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EDIÇÃO ESPECIAL DA CATÁSTROFE NA REGIÃO SERRANA Órgão Oficial da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro • Rua Professor Gabizo, 129 - Tijuca - RJ • Administração Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter • Jornalistas Responsáveis: Francisco Maciel e Jaricé Braga - Registro Profissional nº 12629-MTB de 23.09.1977 • JANEIRO/2011 GAZETA DO MAÇOM Tragédia da Região Serrana no RJ Tragédia da Região Serrana no RJ A tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro no dia 11 de Janeiro, Região Serrana encontrou uma reação imediata na decisão do Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter em determinar plantão de 24 horas na Grande Loja, e convocar todas as Lojas e obreiros da Grande Loja para ajudar as vítimas da maior tragédia já ocorrida em nosso estado.

Gaceta del Masón

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Mientras los ricos son más ricos y los pobres más pobres, nuestros hermanos están en peores condiciones. Los testimonios hablan por si solo, nosotros sabemos donde esta nuestro lugar ¿Usted lo sabrá? Las palabras no caen en el olvido, los hechos los hechos demuestran la valía.

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EDIÇÃO ESPECIAL DA CATÁSTROFE NA REGIÃO SERRANA

Órgão Oficial da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro • Rua Professor Gabizo, 129 - Tijuca - RJ • Administração Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter • Jornalistas Responsáveis: Francisco Maciel e Jaricé Braga - Registro Profissional nº 12629-MTB de 23.09.1977 • JANEIRO/2011

GAZETA DO MAÇOM Tragédia da Região

Serrana no RJTragédia da Região

Serrana no RJ

A tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro no dia 11 de Janeiro, Região Serrana encontrou uma reação imediata na decisão do Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter em determinar plantão de 24 horas na Grande Loja, e convocar todas as Lojas e obreiros da Grande Loja para ajudar as vítimas da maior tragédia já ocorrida em nosso estado.

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GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Tragédia da RegiãoSerrana no RJ

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A tragédia que se abateu sobre o Rio de Janeiro no dia 11 de Janeiro, Região Serrana encontrou uma reação imediata na decisão do Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zvei ter em determinar plantão de 24 horas na Grande Loja, e convocar todas as Lojas e obreiros da Grande Loja para ajudar as vítimas da maior tragédia já ocorrida em nosso estado.

As Lojas e os órgãos atenderam ao chamamento

do Sereníssimo Grão-Mestre levando ajuda material e solidariedade espiritual.

No dia 11 de janeiro a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro recebeu uma grande quantidade de chuvas que assustou toda a população. Logo pela manhã no dia seguinte o noticiário informava a gravidade da situação.

O Sereníssimo Grão-Mestre era informado a todo o momento dos últimos acontecimentos e de imediato providenciava junto à Grande Loja o atendimento emergencial.

Segundo informações do Irmão Matias, a Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro ficou de plantão atendendo e recebendo os primeiros socorros que ultrapassaram a casa das 100 toneladas entre remédios, alimentos e primeiros socorros.

O drama que assolou a região serrana do Rio de Janeiro está entre os dez piores deslizamentos do mundo nos últimos 111 e de imediato a Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro participou com a doação de alimentos não perecíveis como: arroz, feijão, macarrão, biscoito, óleo, açúcar e café, bem como de material de higiene pessoal, remédios, somando um total de mais de 40 toneladas logo nos primeiros momentos.

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PLANTÃO PERMANENTEDAS LOJAS MAÇÔNICAS

Participação deIrmãos e Lojas

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Considerando o grave momento que aflige o Estado do Rio de Janeiro, com as chuvas que provocaram uma das maiores catástrofes na Região Serrana do Rio de Janeiro, provocando alagamento, queda de barreiras, ceifando a vida de muitas famílias e deixando um grande numero de desabrigados e considerando ainda que a solidariedade humana é um dos pilares que alicerçam a Maçonaria Universal, o Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter convocou todas as Lojas jurisdicionadas para empreenderem um plantão permanente com o objetivo de socorrer aos necessitados, prestando-lhes o necessário auxilio. Os Veneráveis Mestres manterão contato permanente com o Grão-Mestrado cuja sede também continua de plantão pelo tempo que for necessário.

Registramos abaixo, a presença imediata das Lojas com seus representantes: 25 de Março Nº 14 - Três Rios; 7 de Dezembro Nº 34 – Sapucaia; Dom Pedro I Nº 53 – Petrópolis; Vale do Paraíba Nº 08 - Paraíba do Sul; Vale do Piabanha Nº118 – Areal; Sebastião de Castro Nº150 - Três Rios; Fé, Esperança e Caridade Nº 175 - Comendador Levy Gasparian; Wilson de Souza Nº 179 - Comendador Levy Gasparian; Fraternidade Mageense Nº 03 – Magé; Marquês de Pombal Nº 20 – Magé; Teresópolis Primeira Nº 21 – Teresópolis; Emancipação de Piabetá Nº 27 – Piabetá; Dedo de Deus Nº 113 – Guapimirim; Madalena Nº 16 - Santa Maria Madalena; Fraternidade do Carmo Nº 37 – Carmo; Jacques DeMolay Nº 47 - Nova Friburgo; Loja Progresso e Ordem Primeira nº 79 ; Monte Hermon Nº51; Cruzeiro do Sul Nº31; Urias 2 Nº66; Imparcialidade e Caridade Nº68; Ação e Justiça Templária 45 Nº85; Silence I Nº65; Frei Caneca Nº180; Estrela do Norte Nº69; Moreira Guimarães Terceira Nº9; Luz da Restauração Nº75; Ressurreição nº54; De Molay 38 Nº81; União e Progresso Nº41; Martin Luther King Nº63; Isabel Domingues Nº109; Fraternidade e Progresso nº42; Portal da Luz Nº116; Septem Frateris Nº 95; Baden Powell Sétima Nº 35; Ideal, União e Justiça Nº128; Theodor Herzl Nº77; Vital Brazil Nº169; Floriano Peixoto Nº39; Progresso e Ordem 36 Nº58; Phoenix Nº96; João Gonçalves de Figueiredo Nº160; Flauta Mágica Nº170; Rei Salomão 41ª Nº36; Domingos da Silva Cunha Nº167; Padre Cícero Ramão Batista Nº155; Evolução Nº2; Duque de Caxias Nº18; Ir.: Miguel Moreira; Condomínio Solar Princesa Renata (Eduardo Ramos)

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PLANTÃO PERMANENTEDAS LOJAS MAÇÔNICAS

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SUPREMO CONSELHODO BRASIL

Supremo Conselho do Brasil se une àGrande Loja Maçônica do Estado do

Rio de Janeiro na ajuda às vítimasda catástrofe da Região Serrana

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O Soberano Grande Comendador do Rito Escocês do Brasil Irmão Enyr de Jesus da Costa e Silva e o

Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro se uniram

na solidariedade com os Irmãos desabrigados da Região Serrana. O Supremo Conselho do Grau 33 do

Brasil sob o comando do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva aliou-se à

Grande Loja em um momento de grande sofrimento humano e de uma justa necessidade.

A participação no auxilio na catástrofe da Região Serrana mostrou a união, a força da grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro e do Supremo Conselho do Brasil.

A Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro deu os primeiros passos para e ajudar a população da Região Serrana no Rio de Janeiro.

Assim, o Grão-Mestrado determinou que a Grande Loja ficasse de plantão 24 horas, recebendo o apoio de todos os Irmãos e Lojas com solidariedade. Logo nas primeiras horas foram arrecadadas mais de 20 toneladas de alimentos.

O Soberano Grande Comendador Irmão Enyr de Jesus da Costa e Silva ligou para Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro informando sua solidariedade aos

Irmãos desabrigados da Região Serrana e aliou-se à Grande Loja em um momento de grande sofrimento humano e de uma justa necessidade.

As doações enviadas pelo Supremo Conselho, através do Soberano Grande Comendador Irmão Enyr de Jesus da Costa e Silva, ultrapassaram mais de duas toneladas e foram entregues pela Grande Loja aos Irmãos de Teresópolis, Friburgo e São José do Rio Preto.

São atitudes como essa do Soberano Grande Comendador Enyr de Jesus da Costa e Silva e do Sereníssimo Grão-Mestre Irmão Waldemar Zveiter que fazem da Maçonaria uma Instituição cada vez mais unida e mais fortalecida na luta por um dia melhor para a grande população de nossa jurisdição.

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TERESÓPOLIS

Os primeiros momentos em Teresópolis

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Segundo o Venerável Mestre Irmão Flávio Gueiros da Loja Teresópolis Primeira, quando chove sem parar em Teresópolis é sempre uma preocupação para os seus habitantes, pois todos sabem que é possível ocorrer deslizamentos em chuvas que vêm com volume.

“As chuvas do dia 12 de janeiro não foram diferentes e registramos a maior catástrofe em nosso município. Logo pela manhã do dia 12 janeiro vieram as primeiras notícias sobre a gravidade da situação. Liguei para todos os Irmãos da Loja Teresópolis Primeira para ajudar nos donativos. Ao chegar no Ginásio Pedrão vi um cenário de guerra, com pessoas sendo atendidas na emergência criada pelos dirigentes do Ginásio. O que mais me impressionou foi um silêncio mórbido e muitas pessoas correndo de um lado para outro sem palavras e sem saber o que realmente tinha ocorrido”, lembra o Irmão.

As imagens pela TV aumentaram o sentimento da tragédia.

“Logo tivemos contato com Sereníssimo Waldemar Zveiter, que se colocou à disposição e mobilizou a compra imediata de uma tonelada de alimentos. Por determinação do Grão-Mestrado da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro, fomos até o Rio de Janeiro para buscar um carregamento de água mineral. Resgatamos a água e voltamos a Teresópolis”, continua o Irmão Flávio.

A cada hora o número de mortos aumentava. Em breve de 11 passou para 110. O IML lotado de corpos estirados. Maçons da Magistratura, como os Irmãos Josimar Miranda, José Ricardo e Rodrigo Ferreira, se colocaram à disposição ainda na noite para ajudar na liberação dos corpos. Os DeMolays do Capítulo Obreiros do Século XXI estavam de prontidão e trabalhando em todas as frentes.

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DEPARTAMENTO FEMININO

As mulheres são abençoadas. São elas que dão a luz, que dão a vida, que alimentam, apóiam, e que realizam a vida. As mulheres são assim porque são maestrinas da evolução. Nos homens necessitamos de escolas iniciáticas para aperfeiçoar um pedra que no máximo pode ser cúbica, mas, não preciosa. São elas, as nossas cunhadas, que são o braço solidário, o abraço materno e a palavra salutar no meio do caos.

Às mulheres dos departamentos femininos das cidades atingidas, fica aqui nosso muito obrigado pela organização de mãe, pelo afeto aos que necessitam e o amor fraternal que nos une como verdadeiros Irmãos aos olhos do Grande Arquiteto do Universo.

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O Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter ligava durante todo o dia, sendo informado da situação e determinando para que a Grande Loja atendesse a todos os nossos pedidos.

As Lojas Maçônicas unidas de Teresópolis recolhiam os mantimentos da Secretaria de Turismo e que eram encaminhados às Oficinas para distribuição e armazenamento dos donativos.

“Arrecadamos e distribuímos alimentos todo o dia entre as Oficinas. Mais caminhões e mais caminhões que não paravam de chegar. Toneladas de alimentos, água e mantimentos. Maçons de todos os cantos estavam em Teresópolis, pessoas que não vimos, não conhecemos, mas estavam praticando o bem e a virtude! Bombeiros, Policiais, Força Nacional, Médicos, Escoteiros e Humanos que entendem que v ivemos em mundo que e s t á s e transformando a cada dia e não sabemos o dia de amanhã”, conclui, emocionado, o Venerável Mestre Irmão Flávio Gueiros da Loja Teresópolis Primeira.

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PETRÓPOLIS

Maçonaria unida em Petrópolis

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Atendendo solicitação do nosso irmão Mathias, abaixo um pequeno relatório da campanha da Maçonaria em Petrópolis e algumas fotos da tragédia no Vale do Cuibá (Petrópolis), Areal e São José do Vale do Rio Preto. A campanha teve a participação da Loja D Pedro I N1º 53 e das Lojas Amor e Caridade e Azylo e Caridade, ambas do GOB, tendo como Veneráveis os irmãos Klinger Monteiro Junior e Marcílio Monteiro Torga, respectivamente.

A Loja Maç.: D PEDRO I N1º 53, em conjunto com as Lojas Maç.: AMOR E CARIDADE e AZYLO E CARIDADE ambas do GOB, decidiram realizar uma campanha para arrecadação de donativos para os desabrigados da tragédia na região serrana ocorrida na madrugada do dia 12 de janeiro. As doações recebidas foram concentradas na Loja Amor e Caridade, levando em consideração o espaço físico e a localização mais próxima ao Centro de Petrópolis.

Com a divulgação para os Irmãos das três Lojas começaram a receber as doações a partir do dia 14 de janeiro. Os Irmãos juntamente com os DeMolays fizeram plantão direto para receber as doações que chegavam de todo o Brasil. Como a cidade de Petrópolis estava sendo muito bem assistida com doações e voluntários, ficou decidido, em comum acordo com os Veneráveis das três Lojas, os donativos recebidos pela Maçonaria de Petrópolis seriam destinados para as cidades de São José do Vale do Rio Preto e Areal.

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Desde o inicio das arrecadações foram enviadas à cidade de São José do Vale do Rio Preto mais de 40 toneladas de doações (água, alimentos, roupas, material de higiene pessoal, produtos de limpeza e muitos remédios). Foram entregues principalmente nas Igrejas que tinham pessoas desabrigadas e em galpões de Irmãos das Lojas Maçônicas destruídas em São José do Vale do Rio Preto. O Irmão Sandro Carini, Venerável Mestre da Loja Divino Mestre coordenou o recebimento e a entrega para pessoas desabrigadas naquela cidade.

Na cidade de Areal já enviadas mais de 20 toneladas de doações (água, alimentos, roupas, material de higiene pessoal, produtos de limpeza e muitos remédios). As doações estão sendo entregues na Loja Maçônica Vale do Piabanha através do V.: M.: Ir.: José Carlos, que, juntamente com a cunhada, coordena o recebimento e a distribuição dos donativos.

Segundo o Ven.: M.: da Aug.: Resp.: e Ben.: L.: Maç.: D Pedro I Nº 53, Irmão José Geraldo Chirigati, da Loja Divino Mestre, o rio levou o salão de festas e a cozinha e inundou a loja. Na Loja Maestro Tom Jobim, o nível da enchente alcançou o telhado, não se sabe o que sobrou do templo.

DEPARTAMENTO FEMININOHORTÊNSIAS IMPERIAIS

As cunhadas do Departamento Feminino Hortênsias Imperiais da Loja D Pedro I Nr 53, se juntaram com os irmãos da Loja para colaborar na campanha para os desabrigados na região serrana. Foi adquirido no comércio local uma boa quantidade de roupas íntimas que era a necessidade do momento que foram entregues diretamente na Igreja Metodista do Vale do Cuibá, região duramente atingida, onde tinha uma média de 50 pessoas desabrigadas. Continuaram arrecadando roupas, alimentos, material de higiene e água que foram destinados aos desabrigados da cidade de São José do Vale do Rio Preto.

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FRIBURGO

Unidos com os mesmos objetivos

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Por determinação do Sereníssimo Grão-Mestre, o Irmão Matias Bogalhas visitou a Loja Jaques DeMolay 45, em Nova Friburgo, onde foi recebido pelo Venerável Mestre Irmão Leandro José Teixeira Simão e o Past da Loja Irmão Celso.

Segundo o Irmão Leandro, desde o dia 12 de janeiro para todos os moradores de Friburgo tem sido um verdadeiro pesadelo, onde a cada dia e a cada momento surgem novas e terríveis notícias.

“Jamais esqueceremos que no dia 12 por volta das três horas da madrugada já existia aqui mais de um metro d’água e ninguém poderia imaginar que o pior ainda estava para acontecer”, disse o Irmão Leandro, que reuniu todos os Irmãos e foi verificar de perto os acontecimentos. “Em muitos lugares já não podíamos passar por c a u s a d a e n c h e n t e e d a l a m a , principalmente no centro da cidade.”

A cidade de Friburgo foi totalmente atingida. Olaria e Cascatinha, foram os únicos lugares que não foram atingidos. Para que se possa ter uma ideia da tragédia em Friburgo até os dias de hoje existem lugares que ocorreram desmoranamento e ainda não foram mexidas.

Todo o trabalho, com a ajuda de mais de 500 garis e da população, foi concentrado onde se poderia salvar vidas. Isso era o mais importante naquele momento.

A catástrofe ocorrida em Friburgo afetou todo o comércio local. Mais de 80% das indústrias perderam tudo. O Hospital São Lucas foi interditado e se prevê que o número de vítimas é bem maior que o que está sendo anunciado.

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“Digo isso porque existe muita gente ainda desaparecida. Foi uma catástrofe que não poupou ninguém: nem rico nem pobre. Todos sofreram de uma forma ou de outra”, afirma o Irmão Leandro. “Todo o comércio de Nova Friburgo foi extremamente abalado, tanto a pequena e como a média empresa

porque foram atingidas todas as lojas, as confecções, as fábricas, criando uma instabilidade muito grande. Todas e todos estavam vindo de um processo de final de ano e isso abalou a economia. Os estoques foram perdidos. Para que se possa ter uma ideia: numa casa de ração entrou água até o teto e não foi diferente em algumas lojas de confecções.”

E prossegue o Irmão Leandro:“ E x i s t e e m N o v a F r i b u r g o a

Termoplástico, que é uma fábrica nova aqui, instalada há não mais de dois anos, e a queda de uma barreira jogou todo o seu maquinário novo de primeira no meio da rua. Outras fábricas foram invadidas por quase dois metros de lama.

As perdas humanas doem mais que as perdas materiais;

“Existe hoje uma previsão de mais de três mil pessoas desabrigadas, e mais de 457 mortes. Isso é uma previsão e com certeza esse numero irá aumentar muito mais. Existem ainda localidades que ainda não foram remexidas.

Mas, nesse momento, a solidariedade serve como consolo e como orgulho de ter lutado contra o destino.

“Como Maçom e Venerável Mestre me orgulho da participação da Maçonaria que foi muito forte, principalmente da Grande Loja. Mantínhamos contato não menos de duas vezes por dia com a Jacques DeMolay, e não estou falando isso para agradar. Estou falando isso porque foi a pura verdade. Os Irmãos participaram para minimizar esse sofrimento. Todas as Lojas me ligaram e do Rio de Janeiro não menos de 25 lojas me ligaram dando o seu apoio. O nosso Grão-M e s t r e m a n t e v e c o n t a t o c o m i g o praticamente diariamente e a Grande Loja nos deu um apoio muito grande. A acredito que a maçonaria deve ter fornecido até os dias de hoje mais de 70 toneladas de alimentos e remédios”

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DEPARTAMENTO FEMININOACÁCIA FRIBURGUENSE

Quando falamos de doações, o Irmão Leandro disse que a princípio estava achando que não mais precisava, mas à medida em que as coisas estavam acontecendo ele achot muito importante a continuidade dessas doações.

“Digo isso porque, além dos que perderam suas casas e encontram-se em abrigo, existem aqueles que ficaram sem emprego, famílias inteiras que trabalhavam nessas fabricas que fecharam suas portas sem condições de produzir estão sem trabalho. E aí surge um segundo problema: essas pessoas precisam comer, beber, vestir, viver. Muitos falam que a cesta básica dá para viver durante trinta dias, isso pode até ocorrer mas em uma situação comum, mas hoje temos famílias aqui que esta abrigando mais de 20 pessoas em suas casas e essas pessoas precisam ser ajudadas. É preciso manter as doações. A entrega pode ser um pouco menos acelerada, mas ela continua sendo muito importante para toda a nossa população.

Na opinião do Irmão Leandro Nova Friburgo, está passando por um momento muito forte, onde existe a união do pobre, do rico, do preto, do branco, de todas as religiões.

“Na Maçonaria todos se uniram como uma grande e verdadeira corda de 81 nós em prol do seu semelhante, e isso está sendo uma grande lição para cada um de nós. Este é em um momento não só de reconstrução, mas sim de limpeza da cidade, dos corações e das mentes.

Para o Irmão Leandro, Nova Friburgo está de braços abertos para receber todos aqueles que desejarem passar um final de semana como sempre foi feito.

“Garanto que a cidade está tranquila, pronta para receber seus visitantes”, conclui o Venerável Mestre Irmão Leandro José Teixeira Simão.

Esclarecemos que a atuação da nossa loja Maçônica Jacques de Molay, nº 47, e sua participação efetiva junto das comunidades atingidas, somente foi possível, face a atuação dos irmãos e principalmente pela atuação do nosso Departamento Feminino, que esteve sempre presente.

Com a participação de nossas cunhadas, na separação das roupas organização dos mantimentos e elaboração das cestas básicas.

A cada dia vivenciamos que seremos cada vez mais fortes se formos unidos, principalmente com a participação dos nossos departamentos femininos, nas questões sociais e filantrópicas, devemos cada vez mais incentivar o convívio dos irmãos e essa fraternidade se tornará uma peça fundamental no auxilio da humanidade, como ocorreu em Nova Friburgo.

Leandro Simão - Venerável Mestre

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OUTROS MUNICÍPIOSAFETADOS

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O forte temporal que atingiu o Estado do Rio de Janeiro no dia 11 deste mês deixou centenas de mortos e milhares de sobreviventes desabrigados e desalojados, na região serrana.

Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. O número de mortos passa de 800 e também há mais de 500 desaparecidos. Quase 30 mil estão fora de suas casas.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim foram as mais afetadas. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados. O número de mortos passa de 800 e também há centenas de desaparecidos.

Em Sumidouro, com 290 desalojados e 109 desabrigados. O mesmo acontece em Santa Maria Madalena (284 desalojados / 44 desabrigados), Sapucaia (30 desalojados / 140 desabrigados), São Sebastião do Alto (32 desalojados / 68 desabrigados), Três Rios (20 desalojados / 45 desabrigados), Carmo (40 desalojados / 12 desabrigados) e Macuco (28 desalojados e 24 desabrigados).

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OUTROS MUNICÍPIOSAFETADOS

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DESTINO OU DESCASO?

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“Se tivesse sido cumprida a lei brasileira em relação a desmatamento e preservação ambiental, teríamos salvado mais de 80% das vítimas da região serrana.” A declaração é de Agostinho Guerreiro, presidente do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro).

“Quem atribui uma catástrofe desse tipo ao aquecimento global está prestando um desserviço ao comportamento do ser humano em geral e principalmente do poder público”, disse Guerreiro em entrevista coletiva realizada no dia 26 de janeiro na sede do órgão, no Rio. O presidente do Crea-RJ atribuiu a responsabilidade do cenário desastroso a prefeituras de duas ou três décadas atrás, por terem permitido a construção de imóveis em áreas inadequadas, como encostas e margens de rios. “Muitas regiões tornaram-se áreas de risco porque foram usadas indevidamente”, afirmou.

O presidente do Crea-RJ também atacou as atuais gestões municipais das cidades mais atingidas pela chuva, criticando a falta de planejamento, de equipes técnicas e de aparelhamento das prefeituras. Guerreiro também apontou defeitos na atuação do governo federal. “Isso tem que ser um plano nacional. Não dá para resolver apenas na questão local”, disse.

No ano passado, o Crea-RJ alertou sobre o r isco de desastres provocados por tempestades. Na edição de nº 81 da revista bimestral do Conselho (Fevereiro/Março de 2010), na página 27, está escrito: “Petrópolis, Teresópolis e Friburgo, na região serrana, assim como morros da capital e da Baixada Fluminense também costumam ser palco de deslizamentos de terra ou enchentes depois de fortes chuvas”.

“Se eu sou um prefeito e encontro o nome do meu município citado numa reportagem como essa, o que eu faria? Viraria a página?”, comentou Guerreiro após ler o trecho durante a coletiva. Segundo o presidente do conselho, todas as prefeituras do Estado recebem exemplares da revista do Crea-RJ.

Soluções de baixo custo e a curto prazo - Nesta quarta, o Crea-RJ apresentou também um relatório com sugestões de medidas que possam evitar novas tragédias. Entre elas, a construção de pequenas barragens em pequenos afluentes no alto dos morros. As barragens serviriam para reduzir a velocidade do curso da água durante as fortes chuvas.

“São obras baratas, mas fundamentais”,

disse. Especialistas avaliam que a enxurrada que devastou a região serrana atingiu uma velocidade de até 100 km/h em determinadas áreas. De acordo com o presidente do Crea-RJ, há tempo hábil para a conclusão de tais obras dentro de doze meses. O relatório já está nas mãos dos prefeitos de Nova Friburgo e Teresópolis.

Questionado por que o relatório só foi feito após a catástrofe, e não antes, Guerreiro alegou que essa não é a função do Crea-RJ. Disse que o órgão é uma autarquia federal cuja principal tarefa é fiscalizar o exercício profissional e não possui autonomia para emitir laudos ou impedir obras. No relatório, o Crea-RJ também sugere a construção de soleiras de encosta, valas de terraceamento e bacias de recarga.

Tragédia evitável - O Ministério público do Rio de Janeiro informou no dia 26 de janeiro que em fevereiro vai completar dois anos uma ação pública para remover as moradias erguidas em áreas de risco no bairro Floresta, um dos locais mais atingidos pela chuva em Nova Friburgo, na região serrana. Segundo o MP, a ação mencionava o risco de deslizamentos e inundações. O processo ainda aguarda sentença.

A proposta do MP citava uma tragédia ocorrida anteriormente no município: as

chuvas do início de 2007, que provocaram 11 mortes na cidade. Na época, dez famílias do bairro ficaram desabrigadas. Destas, sete ficaram fora do programa de aluguel social e retornaram às casas atingidas por falta de opção.

Na ação de 2009, o MP pediu que o município fosse obrigado, em um prazo máximo de 195 dias, a promover um levantamento da situação na localidade, apontando construções localizadas a menos de 20 m da margem de rios, em topos de morros e em áreas com declividade maior de 45 graus. Além disso, solicitava a remoção das construções, a inclusão dos moradores em programa de aluguel social ou reassentamento em casas populares e o início do reflorestamento da área. O MP disse que também pediu que o município fosse condenado a indenizar os moradores que tiveram perdas com a chuva de 2007.

De acordo com o MP, uma liminar foi concedida em março de 2009, determinando apenas o levantamento das áreas de risco, num prazo de 60 dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. Porém, o órgão disse que não tem notícias de que a decisão tenha sido cumprida. Desde então, não foi dada uma sentença que solucionasse o problema, segundo o Ministério Público.