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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 174 - JUL-AGO-SET - 2016 Jornal do XIX Congresso com duas edições antecipa informações durante evento A iniciativa da presidência da SBO ao criar o Jornal do XIX Congresso, cujas duas edições saíram nos dias 7 e 8 de julho, mereceu a aprovação de todos participantes do evento, também muito elogiado pela “excelente grade científica”. Os 1.400 participantes, palestrantes nacionais e internacionais, congressistas, convidados e expositores, foram unânimes em considerar o XIX Congresso Interna- cional um dos melhores dos últimos anos. Para expositores, visita aos estandes superou as expectativas. EDITORIAL E PÁGINAS 12 E 13 XIX CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA No International Corner, entrevista com diretor de pesquisas do Bascom Palmer V ittorio Porciatti, diretor pes- quisador na McNight Vision Research Center, no Bascom Pal- mer Eye Institute da Universidade de Miami, é o entrevistado desta edição do JBO no International Corner. Uma das pesquisas do prof. Porciatti está focada na detecção precoce do glaucoma. PÁGINA 7 Presidentes executivos do IX Congresso Nacional apostam no sucesso do evento L ançado em julho, o IX Congresso Nacional da SBO, no Reci- fe, vai repetir o sucesso do congresso internacional, garantem os presidentes executivos Marcelo Ventura e Theophilo Freitas: - Queremos motivar principalmente os oftalmologistas mais jovens e da região Nordeste e Norte e para isso contamos não só com as facilidades para a inscrição, gratuita para os sócios da Sociedade Pernambucana de Oftalmologia, assim como das demais sociedades filiadas do Nordeste. A localização do encontro- o Sheraton Reserva do Pai- va- Hotel & Convention Center é outro trunfo, segundo os presidentes executivos. Hotelaria e instalações com os mais modernos recursos tecnológicos, geograficamente equidis- tante do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes e do Complexo Industrial Portuário de Suape, a que se somam os recursos naturais (mar, praia e Mata Atlântica). PÁGINA 3 Plano de saúde popular proposto pelo governo é injusto e pouco ético S érgio Fernandes, ex-presidente da SBO, conselheiro responsável pela Câmara Técnica de Oftalmologia do Cremerj, analisa na seção Opinião o projeto de plano de saúde com caráter popular proposto pelo Ministério da Saúde, para o qual foi formado um Grupo de Trabalho através de portaria no dia 5 de agosto passado. Para Sérgio Fernandes, a justificativa do governo de que não há dinheiro para custear o SUS e que o plano de saúde popular viabilizaria o atendimento a demandas menores é injusto e pouco ético, uma vez que não contempla todos os itens da lisa da Agência Nacional de Saúde: “ Quando o paciente tiver uma patologia mais severa ou necessitar exames ou trata- mentos de maior custo, estes não serão cobertos pelo seu “plano de saúde”, devendo-se então recorrer ao velho e sucateado SUS”. No caso da oftalmologia, afirma Sérgio no seu artigo, com a crescente sofisticação de diversos exames complementares, que muito auxiliam no diagnóstico, certamente os oftalmologistas sofreriam uma “ampu- tação” em seu trabalho. PÁGINA 4 JBO Pergunta: Luiz Carlos Portes entrevista presidente da SPO E ntrevistada no JBO Pergunta por Luiz Carlos Portes, membro da Comissão de Relações Internacionais da SBO para Portu- gal, a presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), Maria João Qua- drado, que participou do XIX Congresso Internacional, aborda questões de interesse para os dois países. Entre os quais, o ensino oftalmológico em Portugal, a relação dos médicos com os planos de saúde locais, o futuro dos congressos de língua portuguesa, sem esquecer o exercício da optometria. Em Portugal, informa Maria João Quadrado, os optometristas não realizam atos médicos. PÁGINA 11 Participante do Simpósio Internacional Brasil- Portugal, Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) Seção Brasil traz a história do início da Plástica Ocular no país 50 Anos do Setor de Plástica Ocular do Departamento de Oftal- mologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais contados por Eduardo Soares, que o criou a partir da “tarefa” dada pelo então chefe do Departamento, prof. Hilton Rocha. Esse é o tema da Seção Brasil, na qual Eduardo Soares também apresenta informa- ções sobre os primórdios da subes- pecialidade e a importância de John Clark Mustardé, a grande referência no século XX. PÁGINA 9 Foto histórica da VII Turma do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFMG, 1965 a 1967, a primeira a ter aulas de Cirurgia Plástica Ocular Acervo Eduardo Soares Maurício Moreno

JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA · de lanosterol – uma nova droga que pode ser aplicada diretamente no olho para dissolver a catarata, foram temas abordados na palestra e na entrevista

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Page 1: JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA · de lanosterol – uma nova droga que pode ser aplicada diretamente no olho para dissolver a catarata, foram temas abordados na palestra e na entrevista

NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIARECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959

JORNAL BRASILEIRODE OFTALMOLOGIA

Nº 174 - JUL-AGO-SET - 2016

Jornal do XIX Congressocom duas edições antecipa informações durante eventoA iniciativa da presidência da SBO ao criar o Jornal do

XIX Congresso, cujas duas edições saíram nos dias 7 e 8 de julho, mereceu a aprovação de todos participantes do evento, também muito elogiado pela “excelente grade científi ca”. Os 1.400 participantes, palestrantes nacionais e internacionais, congressistas, convidados e expositores, foram unânimes em considerar o XIX Congresso Interna-cional um dos melhores dos últimos anos. Para expositores, visita aos estandes superou as expectativas.

EDITORIAL E PÁGINAS 12 E 13

XIX CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA No International Corner,entrevista com diretor depesquisas do Bascom Palmer

Vittorio Porciatti, diretor pes-quisador na McNight Vision

Research Center, no Bascom Pal-mer Eye Institute da Universidade de Miami, é o entrevistado desta

edição do JBO no International Corner. Uma das pesquisas do

prof. Porciatti está focada na detecção precoce do glaucoma.

PÁGINA 7

Presidentes executivos do IX CongressoNacional apostam no sucesso do eventoLançado em julho, o IX Congresso Nacional da SBO, no Reci-

fe, vai repetir o sucesso do congresso internacional, garantem os presidentes executivos Marcelo Ventura e Theophilo Freitas:

- Queremos motivar principalmente os oftalmologistas mais jovens e da região Nordeste e Norte e para isso contamos não só com as facilidades para a inscrição, gratuita para os sócios da Sociedade Pernambucana de Oftalmologia, assim como das demais sociedades fi liadas do Nordeste.

A localização do encontro- o Sheraton Reserva do Pai-va- Hotel & Convention Center é outro trunfo, segundo os presidentes executivos. Hotelaria e instalações com os mais modernos recursos tecnológicos, geografi camente equidis-tante do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes e do Complexo Industrial Portuário de Suape, a que se somam os recursos naturais (mar, praia e Mata Atlântica).

PÁGINA 3

Plano de saúde popularproposto pelo governoé injusto e pouco éticoSérgio Fernandes, ex-presidente da SBO, conselheiro

responsável pela Câmara Técnica de Oftalmologia do Cremerj, analisa na seção Opinião o projeto de plano de saúde com caráter popular proposto pelo Ministério da Saúde, para o qual foi formado um Grupo de Trabalho através de portaria no dia 5 de agosto passado.

Para Sérgio Fernandes, a justifi cativa do governo de que não há dinheiro para custear o SUS e que o plano de saúde popular viabilizaria o atendimento a demandas menores é injusto e pouco ético, uma vez que não contempla todos os itens da lisa da Agência Nacional de Saúde: “ Quando o paciente tiver uma patologia mais severa ou necessitar exames ou trata-mentos de maior custo, estes não serão cobertos pelo seu “plano de saúde”, devendo-se então recorrer ao velho e sucateado SUS”.

No caso da oftalmologia, afi rma Sérgio no seu artigo, com a crescente sofi sticação de diversos exames complementares, que muito auxiliam no diagnóstico, certamente os oftalmologistas sofreriam uma “ampu-tação” em seu trabalho.

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JBO Pergunta: Luiz Carlos Portesentrevista presidente da SPO

Entrevistada no JBO Pergunta por Luiz Carlos Portes, membro da Comissão de

Relações Internacionais da SBO para Portu-gal, a presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), Maria João Qua-drado, que participou do XIX Congresso Internacional, aborda questões de interesse para os dois países. Entre os quais, o ensino oftalmológico em Portugal, a relação dos médicos com os planos de saúde locais, o futuro dos congressos de língua portuguesa, sem esquecer o exercício da optometria. Em Portugal, informa Maria João Quadrado, os optometristas não realizam atos médicos.

PÁGINA 11

Participante do Simpósio Internacional Brasil-Portugal, Maria João Quadrado, presidente da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO)

Seção Brasil traz a história do início da Plástica Ocular no país

50 Anos do Setor de Plástica Ocular do Departamento de Oftal-mologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais contados por Eduardo Soares, que o criou a partir da “tarefa” dada pelo então chefe do Departamento, prof. Hilton Rocha. Esse é o tema da Seção Brasil, na qual Eduardo Soares também apresenta informa-ções sobre os primórdios da subes-pecialidade e a importância de John Clark Mustardé, a grande referência no século XX.

PÁGINA 9

Foto histórica da VII Turma do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFMG, 1965 a 1967, a primeira a ter aulas de Cirurgia Plástica Ocular

pesquisas do Bascom PalmerVittorio Porciatti, diretor pes-

quisador na McNight Vision Research Center, no Bascom Pal-mer Eye Institute da Universidade de Miami, é o entrevistado desta

edição do JBO no International Corner. Uma das pesquisas do

prof. Porciatti está focada na detecção precoce do glaucoma.

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Armando Crema*

XIX Congresso driblacrise e supera expectativas

2

PÁGINA PÁGINA

Confira ....................................................... 2Editorial ..................................................... 2IX Congresso Nacional da SBO ................. 3Opinião - Sérgio Fernandes ....................... 4Fique de Olho - Questões tributárias ........ 6International Corner - Vittorio Porciatti .... 7ABLAO/Loftes............................................ 8Seção Brasil - Eduardo Soares - 50 Anosde Cirurgia Plástica Ocular ....................... 9Fique por dentro da SBO - 11ª e 12ª Sessões Extraordinárias-SBO em Goiânia............... 10JBO Pergunta - Entrevista com Maria João Quadrado ................................ 11

XIX Congresso Internacional da SBO ........ 12 e 13Entrevista com Kang Zhang (EUA) no Hospital Universitário da UFF ................... 17Conta-Gotas .............................................. 11, 17 e 23Necrológio - Raphael Benchimol eJoaquín Barraquer .................................... 18Tempo e Memória ..................................... 19Fique de Olho - Seguros ............................ 20Na Estante ................................................. 22Filiadas à SBO - Bem Estar Global Manaus 21Depoimento - Gustavo Gameiro, presidente da ABLAO .................................................. 25Olho Vivo ................................................... 27

A cidade do Rio de Janeiro foi o ce-nário para recepcionar o XIX Congresso Internacional da SBO, realizado de 7 a 9 de julho deste ano, Mesmo com a crise política e econômica brasileira, o evento superou as expectativas, contando com a presença de 1.400 inscritos.

Foi um evento brilhante, onde a SBO mostrou mais uma vez a sua capacidade de aglutinação de colegas das mais va-riadas especialidades da oftalmologia. A grade do Congresso foi elaborada de forma bastante objetiva pela Comissão Científica, contando com 14 palestrantes estrangeiros e mais de 300 palestrantes brasileiros que se destacam no cenário internacional e nacional.

Sucesso de público, com salas sempre lotadas, as discussões de casos clínicos e em especial o “Dia a Dia do Consultório”, formato já tradicional dos Congressos da SBO, “know how” desenvolvido pelo ex-presidente Sérgio Fernandes, hoje adotado em eventos de outras entidades, mostrou mais uma vez que cada vez mais os oftalmologistas estão procurando conhecimentos práticos, que possam utilizar no seu contato diário com os pacientes.

Sucesso também na área técnico--científica. Expositores comemoraram a grande afluência dos congressistas aos estandes e os bons resultados comerciais. “O Rio é sempre o Rio”, afirmou um grande expositor, destacando o clima da cidade no período pré-olímpico.

Os Simpósios Internacionais con-juntos Brasil-Portugal, Brasil-Fran-ça e Brasil-Itália contribuíram para consolidar as relações da SBO com as respectivas Sociedades internacionais. Vale destacar também o grande número de jovens oftalmologistas e de acadêmi-

cos participantes, que prestigiaram o Fórum dos Residentes e o Simpósio das Ligas de Oftalmologia, evidenciando a importância e o compromisso da SBO com nossos jovens futuros médicos e oftalmologistas.

Não podemos deixar de destacar ainda as duas edições do Jornal do XIX Congresso, publicadas nos dias 7 e 8 de julho. Distribuídas entre os congressis-tas, palestrantes e nos estandes da expo-sição científica. Sugestão do presidente João Alberto Holanda de Freitas, as duas edições alcançaram seu objetivo: destacar tópicos do Programa Científico e, no segundo número, noticiar a cerimônia de abertura do evento e a eleição da diretoria para o biênio 2017-2018.

Durante o evento também foi dado início à organização do próximo IX Con-gresso Nacional da SBO, que será realizado de 6 a 8 de julho de 2017 No Hotel She-raton - Reserva do Paiva em Recife, sob a presidência dos Drs. Francisco Cordeiro, Duval Valença (Presidentes de Honra), Marcelo Ventura e Theophilo Freitas (Presidentes Executivos), que certamente mais uma vez celebrará o congraçamento de especialistas de todo o País.

Alguns dos maiores nomes da oftal-mologia brasileira estão hoje no Nor-deste. Pernambuco é um dos polos da pesquisa sobre os efeitos do vírus Zika na visão dos recém-nascidos. Nada mais justo do que homenagearmos os colegas da região.

Portanto, todos a Recife no ano que vem.

* Presidente do XIX Congresso Nacional, atual vice-presidente- RJ

da SBO, eleito presidente para o biênio 2017-2018.

Tenda dos Olhos do Bem Estar Global em Manaus atende 750 mesmo debaixo de chuva

Banco de Imagens da SBO: acervo tem até fotode congressistas jogando futebol em 1939

Prof. Kang Zhang, da Universidade da Califórnia,especialista em célula-tronco, dá palestra na UFF

Prof. Kang Zhang, da Universidade da Califórnia – San Diego, é entrevistado por Eduardo Damasceno após sua palestra na Universida-de Federal Fluminense (UFF), a convite de Marcelo Palis. Temas como célula-tronco, doenças hereditárias e reversão da catarata com colírio de lanosterol – uma nova droga que pode ser aplicada diretamente no olho para dissolver a catarata, foram temas abordados na palestra e na entrevista . O objetivo dessa pesquisa é oferecer uma alternativa à cirurgia de catarata, mas atualmente, informou Kang Zhang, a droga ainda não foi testada em seres humanos, apenas em animais.

PÁGINA 17

Mesmo sob forte chuva, as duas Ten-das dos Olhos do Programa Bem Estar Global realizado em Manaus no dia 9 de setembro, teve recorde de atendimentos: 750, sendo 180 pessoas encaminhadas para exames posteriores.

A novidade desta vez foi o espaço. Fo-ram duas tendas e um trailer refrigerado para atendimento, promovido pela Socie-dade de Oftalmologia do Amazonas, filiada à Sociedade Brasileira de Oftalmologia, e pela Sociedade Brasileira de Ceratocone.

Coordenados por Leonardo Bivar, Ja-cob Cohen, Ranieri Alfaia e Leila Gouvea ( à distância, pois estava no exterior), tra-balharam 13 residentes. Foram oferecidos exames de refração, medida de pressão

Mesmo sob a forte chuva que caiu à tarde, público não arredou pé das duas Tendas dos Olhos, aguardando a vez de ser atendido

intraocular, exame para glaucoma, exame para retinopatia diabética, também houve orientação sobre saúde ocular.

PÁGINA 21

O acervo iconográfico da SBO tem al-gumas curiosidades, além das tradicionais fotos de reuniões e congressos, flagrante de oftalmologistas posando depois de uma partida de futebol, por exemplo.

Quem tiver fotos antigas e quiser doar para a Sociedade deve entrar em contato com João Diniz pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (21) 3235-9229. As fotos farão parte do futuro Museu da SBO.

Nesse número do JBO, a coluna Tempo e Memória apresenta mais algumas fotos his-tóricas, inclusive uma de 1901, no consultó-rio do Dr. Henrique Guedes Melo. Também a das comemorações do 47º aniversário da Sociedade, em 1969. PÁGINA 19

No Congresso Brasileiro de Oftalmologia em Belo Horizonte (1939), “team” de congressistas: Correa da Fonseca, Plínio Toledo Piza, Paiva Gonçalves, Ciro Rezende e Armando Galo

Gustavo Gameiro, presidente da ABLAO (Associação Brasileira de Ligas Acadê-micas de Oftalmologia), trancou matrícula no 4º período da Faculdade de Medicina da USP e está no Bascom Palmer Eye Institute da Universidade de Miami, onde conseguiu ser admitido excepcionalmente como scholar. Uma experiência única conforme narra no seu depoimento. PÁGINA 25

Um acadêmico de Medicina no Bascom Palmer

Leonardo Bivar/ Jacob C

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3Julho - Agosto - Setembro - 2016

O paraíso é aqui, no litoral sul de Pernambuco, a 14 km do Aeroporto Internacional

Ao anoitecer, em uma das faixas de praia mais bonitas do Nordeste,

um dos bares do Sheraton Reserva do Paiva, a oportunidade de encontrar amigos, namorar, relaxar e jogar

conversa fora. Quem pode pedir mais para seu lazer?

Depois de Foz do Iguaçu e Brasília, a Sociedade Brasileira de Oftal-mologia promove seu próximo

Congresso Nacional- o IX, em Recife, Pernambuco, no paradisíaco Sheraton- Reserva do Paiva- Hotel & Convention Center, de 6 a 8 de julho de 2017. As reservas para hospedagem já podem ser feitas através do site da Luck:

http://luck.short-nx.com.br//pagi-nassite/compra.php?lang=1&pOIDE-vento=6668914

O site do IX Congresso Nacional da SBO será lançado no dia 25 de novem-bro de 2016. Até lá as informações serão divulgadas por mala direta e pelo site da Sociedade: www.sboportal.org.br

Em reunião na sede da SBO, no dia 29 de setembro passado, os presidentes executivos do evento, Marcelo Ventu-ra e Theophilo Freitas, de Pernambu-co, juntamente com o presidente da

S o c i e d a d e , João Alber-to Holanda de Freitas, e o tesoureiro, Mário Motta, alinhavaram as principais diretrizes para o encontro, para o qual se espera uma grande parti-cipação de oftalmologistas do Nordes-te, inclusive na grade científi ca.

Uma das decisões tomadas é presti-giar os colegas das sociedades da re-gião fi liadas à SBO. Residentes fi liados à Sociedade Pernambucana de Oftal-mologia terão inscrição cortesia, assim como das demais sociedades fi liadas do Nordeste.

Na reunião também foram decidi-das as áreas da grade científi ca: Cata-rata, Córnea/Refrativa e Doenças Ex-ternas, Glaucoma, Lentes de Contato/

R e f r a ç ã o , N e u r o - O f -talmologia, Oftalmope-d ia t r i a /Es -t r a b i s m o , Órbita/ Vias

Lacrimais/Pálpebra, Retina, Tumores, Uveítes/Doença Sistêmicas, Visão Sub-normal e Ligas Acadêmicas de Oftal-mologia.

O IX Congresso Nacional da SBO tem como presidentes da Comissão Organizadora e da Comissão Cientí-fi ca, respectivamente, Vasco Bravo, coordenador do Departamento de Retina e Vítreo da Fundação Altino Ventura, e Paulo Saunders, presiden-te da Sociedade Pernambucana de Oftalmologia.

No início de novembro já serão en-viados os convites para os coordenado-

res da grade científi ca, formada por dois nomes para cada área: um indi-cado pela comissão local e outro pela diretoria da SBO.

Em 2017 a Sociedade Brasileira de Oftalmologia completa 95 anos de fundação e durante o evento no Recife haverá uma apresentação da história da entidade, a mais antiga da especialidade no Brasil e a quarta das Áméricas.

- Consideramos fundamental, nesse momento em que a Sociedade Brasilei-ra de Oftalmologia amplia as fronteiras de seus eventos, que as novas gerações conheçam um pouco a importância da entidade para a consolidação da prática médica oftalmológica no país, enfatiza-ram Marcelo Ventura e Theophilo Frei-tas, secundados por João Alberto Holan-da de Freitas e Mário Motta, ao término da reunião do dia 29 de setembro.

Sheraton Reserva do PaivaHotel & Convention Center:5 estrelas de padrão internacional

Município de Cabo de Santo Agostinho, onde fi ca o Sheraton- Reserva

do Paiva- Hotel & Convention Center, no litoral sul de Pernambuco, a 30 minutos da cidade de Recife. Cabo de

Santo Agostinho ainda conserva antigo casario do Brasil colônia

Uma das salas do Centro de Convenções. Todas fi cam em um

único pavimento, com pé direito de 7m, acesso direto aos terraços exteriores, controle individual da

temperatura, som e iluminação com tecnologia de última geração

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia4

A oftalmologia não pode deixar de se manifestar diante da portaria do Ministério da Saúde, do dia 5 de agosto de 2016, criando um Grupo de Trabalho para discutir e elaborar o projeto de plano de saúde com caráter popular.

O Conselho Federal de Medicina, o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, entre outros, já se ma-nifestaram contra esta medida.

A justificativa do governo é que não há dinheiro para custear o SUS e que isto viabilizaria o atendimen-to a demandas menores, sendo cria-dos e oferecidos planos de saúde a baixo custo, mas que, por sua vez, dariam direito a uma gama restrita de atendimento. Isto é: não contem-plaria todos os itens que constam da lista da Agência Nacional de Saúde. Quando o paciente tiver uma patolo-gia mais severa ou necessitar exames

Sergio Fernandes*

Plano de saúde popular proposto peloMinistério da Saúde é injusto e pouco ético

ou tratamentos de maior custo, estes não serão cobertos pelo seu “plano de saúde”, devendo-se então recorrer ao velho e sucateado SUS.

Quem menos tem culpa des-te sucateamento, que é causado por desmandos e desvios de verbas é a própria população, que não deve ser penalizada com mais esse imposto disfarçado de plano de saúde popular.

É impossível, a meu ver, que nos-sos governantes não se deem conta que é injusto e pouco ético propor uma medida suplementar de qualida-de e sem restrições para os que podem pagar e ruim ou, na melhor das hipó-teses, bem restrita para os outros. Ne-nhum empresário entrará nesse jogo a não ser como negócio para obtenção de lucros. Seus técnicos trarão cálcu-los atuariais que dirão de forma corre-ta e fria como deve ser administrado o plano, quanto devem pagar os mais

idosos e quais os limites de utilização. Já podemos imaginar como seriam

estabelecidos os honorários médicos. O usuário paga pouco e o médico, por sua vez, receberá também pouco. Quantas consultas devem realizar por hora para viabilizar seu consultório? Poderemos dedicar o tempo necessá-rio a uma consulta para que digamos ter sido bem realizada?

Inúmeros pacientes, nas diver-sas especialidades, poderiam ter seus atendimentos realizados pelo SUS, se ao invés da criação do Grupo de Tra-balho para implementar o “jeitinho brasileiro”, este tivesse sido criado para viabilizar uma política de saúde sem desvios de verbas e com objeti-vos definidos para que garantíssemos o direito a uma medicina pública de boa qualidade para toda população.

A oftalmologia tornou-se, através dos tempos, uma especialidade so-

fisticada, com diversos exames com-plementares, que muito auxiliam no diagnóstico e acompanhamento de diversas patologias e as cirurgias hoje necessitam de grande tecnologia para serem realizadas.

A oftalmologia brasileira, reco-nhecida como uma das melhores do mundo, certamente sofreria uma am-putação em seu trabalho com a não realização de exames fundamentais para o diagnóstico correto e seguran-ça em suas cirurgias.

Esperamos que em algum mo-mento uma inspiração superior ilu-mine as ideias do nosso Ministério da Saúde para que possa buscar soluções por caminhos mais éticos e seguros.

*Conselheiro responsável pela Câmara Técnica

de Oftalmologia do Cremerj, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia6

Justa causa, medida extrema de demissão de empregado

NÚMERO 17

Questões tributárias, contábeis e fiscais na área da Saúde

RECORTE E GUARDE

Justa causa é todo ato faltoso do emprega-do que faz desaparecer a confiança e a boa-fé existentes entre as partes, tornando indesejá-vel o prosseguimento da relação empregatícia. Treze são as hipóteses mais comuns, e impli-cando nas seguintes Penalidades: Perda do seguro desemprego, saque FGTS, 13º propor-cional e aviso prévio indenizado. Empregado recebe somente saldo do salário e férias venci-das com um terço.

Situações que podem gerar justa causa:- Ato de improbidade - é toda ação ou omis-

são desonesta do empregado, que revelam deso-nestidade, abuso de confiança, fraude ou má-fé, visando a uma vantagem para si ou para outrem.

- Má conduta - ofensa ao pudor, porno-grafia, obscenidade, desrespeito aos colegas de trabalho e à empresa, tornando impossível a manutenção do vínculo empregatício.

- Excercício de forma habitual, ativida-de concorrente - empregado sem autorização expressa do empregador, por escrito ou verbal-mente, exerce, de forma habitual, atividade concorrente, explorando o mesmo ramo de negócio do empregador.

- Condenação criminal - se em trânsito em julgado, por não poder recorrer, não po-dendo mais exercer atividade na empresa.

-Desídia - repetição de pequenas faltas leves, que vão se acumulando até culminar na dispensa do empregado. Atrasos frequentes, pouca produ-

ção, faltas injustificadas, desinteresse do empre-gado por sua função que prejudicam a empresa.

-Embriaguez habitual ou em serviço - alcoólatra patológico ou não. Se apresentar na empresa embriagado ou no decorrer do dia. Deve ser comprovado por exame médico pe-ricial. O mesmo para substâncias de efeitos análogos (psicotrópicos).

-Violação de segredo da empresa - a

revelação só caracterizará violação se for feita a terceiro interessado, capaz de causar preju-ízo à empresa, ou a possibilidade de causá-lo de maneira apreciável.

-Ato de indisciplina ou de insubordi-nação - a desobediência a uma ordem especí-fica, verbal ou escrita, constitui ato típico de insubordinação; a desobediência a uma norma genérica constitui ato típico de indisciplina.

-Abandono de emprego - a falta injus-tificada ao serviço por mais de trinta dias faz presumir o abandono do emprego, conforme entendimento jurisprudencial.

- Ofensas físicas - as ofensas físicas consti-tuem falta grave quando têm relação com o vín-culo empregatício, praticadas em serviço ou contra superiores hierárquicos, mesmo fora da empresa.

- Lesões à honra e à boa fama - com ges-tos ou palavras expor outrem ao desprezo de ter-ceiros ou por qualquer meio magoá-lo em sua dignidade pessoal. Na aplicação da justa causa devem ser observados os hábitos de linguagem no local de trabalho, origem territorial do em-pregado, ambiente onde a expressão é usada, a forma e o modo em que as palavras foram pro-nunciadas, grau de educação do empregado e outros elementos que se fizerem necessários.

-Jogos de azar - é quando se comprova a prática, por parte do colaborador de jogos no qual o ganho e a perda dependem exclusiva ou principalmente de sorte.

-Atos atentatórios à segurança nacio-nal - a prática de atos atentatórios contra a segurança nacional, desde que apurados pelas autoridades administrativas, é motivo justifi-cado para a rescisão contratual.

Fonte: Artigo 482 da CLTVitor Marinho

Diretor do Grupo [email protected]

Geralmente ela decorre da quebra de confiança do empregador, inviabilizando relação empregatícia

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7Julho - Agosto - Setembro - 2016

Pela primeira vez desde que a seção International Corner foi criada, um estudante de medicina, Gustavo Gameiro, é o responsável pela entrevista, praticamente toda elaborada por ele, que é fellow, na condição de scholar, no Bascom Palmer Eye Institute, em Miami.

Por sugestão dele, o entrevistado é o professor Vit-torio Porciatti, italiano, radicado nos Estados Unidos desde 2001. Antes ele era professor e pesquisador na Universidade de Pisa. Vittorio Porciatti é diretor pes-quisador na McNight Vision Research Center, no Bas-com Palmer Eye Intitute, eleito pela 15ª vez o hospital

G u s t a v o Gameiro- You are resear-ch director at McNight Vi-sion Research Center, in Bas-com Palmer Eye Institute (BPEI). What

is the role of BPEI in Ophthalmo-logy nowadays and, in your point of view, how research contributes to that?

Vittorio Porciatti - Bascom Pal-mer is considered the number one eye hospital in the United States. This ranking originates from the percep-tion that ophthalmologists around the country have about the quality and the magnitude of the work done in Bascom Palmer. BPEI is primary a clinical eye hospital. But we also have a huge re-search component. Actually, the suc-cess of BPEI originates from research, the very first vitrectomy, for instance, was done in Bascom Palmer. The Oph-thalmic Biophysics Center was able to design the very first vitrectomy instru-ment and Dr. Machemer used it to suc-cessfully perform the surgery. This was really an example of the right formula for doing first class clinical activity ba-sed on state-of-the-art development in all fields that are relevant for the oph-thalmologists. Microbiology, psycho-physics for testing, OCT for imaging, electrophysiology for testing the func-tion, and so on, all of these areas are making the quality of the clinical work done here elevated.

GG- Why did you come to the United States and stabilize yourself here? Why did you choose Bascom Palmer and how did you manage to overcome the difficulties and beco-me a world-renowned researcher in Opthalmology and Neuroscience?

VP- I moved from Italy to Miami in 2001. In Europe, I had a pretty long research carrier as a scientist in the Na-tional Research Council working on electrophysiology in human and expe-

rimental models. My choice was made first of all due to the fact of Bascom Palmer was considered the best place, second, because I met an ophthalmo-logist that I fell in love with. That was the right combination that made up my mind. I moved, so, from a very nice place in Pisa and came here where I could develop the same work I have been doing so far. The biggest challen-ge was to deal with different system of funding: in Europe, it is provided by the government directed to the Insti-tution, instead, here, you have to com-pete for federal funding from the Na-tional Institute of Health (NIH). After some time I was successful and I have started my program in both humans and also in experimental models.

GG- Could you describe a litt-le bit of the projects that you are working on currently?

VP - I have two major projects: one in human patients and one on experi-mental models. Both are dealing with the early detection of glaucoma. The idea behind them is that we believe that there is a stage, actually a reversi-ble stage, of retina ganglion cells dys-function that can be detected and re-versed before the cell die. This ability is called retina ganglion cell plasticity which means dysfunctional, but not yet dead ganglion cells are able to set significant plastic changes in order to survival. This situation can be detec-ted and may be also modified with the corrected treatment, for instance, redu-cing the intraocular pressure or using neuro protection so as to preserve the function of the cells and prevent their death.

GG- As Professor of Ophthalmo-logy, Neuroscience and Biomedical Engineering at Bascom Palmer Eye Institute how do you feel that have a wide view comprehending diffe-rent areas may be paramount to de-velop a good research?

VP - Modern research implies that one has to deal with multiple disci-plines not only with just the medical area. It requires high-level technology

that will be important, for example, for imaging, electrophysiology or micro-biology. On one hand, having forma-tion in biomedical engineering helps to face these problems because, someti-mes, to address new research you have to build new instruments that do not exist in the market, so one may have to generate your own instruments, a state-of-the-art technology. On the other hand, neuroscience helps in or-der to understand the biology behind the disease. Quite often, you will have to deal with experiments and that re-quires analysis or investigation on mo-lecular level, this is also paramount nowadays in our context.

GG- When did you discover that you wanted to be part of the acade-mic field and foster your ability to teach?

VP- I have always thought that I was comfortable in the academic en-vironment. In Italy, I worked in two institutions: one is most for teaching, a university, and the other institution is mainly for research - the National Research Council. Even though, there is some teaching even in the research field. I was working in the National Research Council that was most geared to research. Moving here, in Miami, my main activity is also research, but there is a lot of mentoring activities with students from medical school, biomedical engineer school and neu-roscience. Furthermore, academic field allows a lot of interaction with pro-fessionals from other disciplines that generates suitable environment for understanding science and to establish collaborations.

GG- What do you feel does the future holds for the PERG?

VP-I have been working in this te-chnology for many years. Pattern Elec-troretinogram (PERG) was discovered in 1981 when I was in Pisa. It was a long story… Before that date was im-possible to have a measurement of the function of the retina ganglion cells. You could have a measurement of the auditory nerve, the somatossensitive

system, but not of the optic nerve. The-re was a big gap in understanding the biology of diseases and also monitoring them like glaucoma and other optic di-sorders without the right approach. So, after this big discover, I immediately started applications in humans and ex-perimental models of optical nerves di-seases to understand the generation of the response and also to try to develop new technology that will be needed to generate state-of-the-art instruments. That activity is still under running to-day and, indeed, we have already ge-nerated two machines for humans and experimental models in mice to assess the function using PERG.

GG- Outside Ophthalmology, do you have any activities or pastimes?

VP-I had a lot of activities when I was in Italy. In the United States, I am pretty busy with the work, but I still go to the gym, swim and exerci-se in the weekend at the University of Miami campus. I sometimes go for walking and biking. Moreover, occa-sionally I dance.

GG- You are an outstanding human being, a inspiring mentor and a incredible professor. What do you believe that are the abilities that young doctors need to seek in order to become leaders in their fields and, in the end, enhance pe-ople’s life?

VP-I think that in order to have a role in the improvement of somebody’s else life, in a general purpose, you don’t need to be a doctor. The MD has the possibility to do directly something for a patient, but the scientist has the ability to indirectly provided tools, understand the biology of diseases and develop drugs, for example. The acade-mic environment gives a large amou-nt of ways to promote the interaction between these figures that eventually may have a role in helping people’s life.

*Diretor de pesquisa do Bascom Palmer Eye Institute, da Universi-dade de Miami. Professor de Oftal-mologia, Neurociência e Engenha-ria Biomédica

número um em oftalmologia pelo U.S.News & World. Report.

Prof. Vittorio Porciatti desenvolve pesquisas focadas na detecção precoce do glaucoma, uma vez que há indícios de que existe um estágio, na verdade um estágio reversível, quando é possível perceber precocemente disfunções nas cé-lulas ganglionares da retina e reverter o processo antes que a célula morra. Suas pesquisas, conforme destaca, começaram ainda na Itália, quando em 1981 foi descoberto o Patern Electroretinogram (PERG), que permitiu ter uma medida da função das células ganglionares da retina.

Vittorio Porciatti*

Estudante de graduação de medicina entrevista Vittorio PorciattiNa entrevista a Gustavo Gameiro, professor fala sobre suas pesquisas com células ganglionares da retina

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia8

ABLAO tem nova diretoria para o biênio 2016-2017Associação Brasileira das Ligas Acadêmicas de Oftalmologia com nova logomarca

Presidente: Gustavo Rosa Gameiro - Universidade de São Paulo (USP)

Vice-Presidente: Frederico de Miranda Cordeiro - Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (CMMG)

Diretora de Cursos: Ana Áurea Vilas Boas Pombo Hilarião - Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP)

Diretora de Pesquisa: Mariama de Almeida Ferreira - Universidade Estácio de Sá (UNESA-RJ)

Diretor de Extensão: João Jorge Nassaralla Neto - Universidade Federal de Goiás (UFG)

Diretor de Marketing: Guilherme Macedo Souza - Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Secretários: Carlos Alberto Campello Jorge - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e

Giuliana Baldassin - Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes (FMUMC)

Gustavo Rosa Gameiro Frederico de Miranda Cordeiro Ana Áurea Vilas Boas Pombo Hilarião Mariama de Almeida Ferreira

João Jorge Nassaralla Neto Guilherme Macedo Souza Giuliana BaldassinCarlos Alberto Campello Jorge

DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LIGAS ACADÊMICAS DE OFTALMOLOGIA (ABLAO) - BIÊNIO 2016-2017

A Associação Brasileira das Ligas Acadêmicas de Oftalmologia (ABLAO) conta com uma nova

diretoria para o biênio 2016-2017, sob a presidência de Gustavo Rosa Gameiro (veja box ao lado), da USP. Mariama de Almeida Ferreira, da Universidade Es-tácio de Sá- Unesa-RJ, ex-presidente da ABLAO, agora é diretora de pesquisa. Juntamente com o anúncio da diretoria para 2016-2017, foi apresentada a nova logomarca da entidade.

Segundo o presidente Gustavo Rosa Gameiro, a nova logo simboliza os pro-pósitos da diretoria recém-eleita, que planeja uma renovação na organização, estimulando a participação de todos os associados para cumprir o principal objetivo da entidade: o aprimoramento do ensino da oftalmologia no Brasil, através do fortalecimento das parcerias da ABLAO com instituições como a Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Criada em 2013, com o intuito de promover a integração político-científi-co-social dos discentes interessados em Oftalmologia, a ABLAO se consolidou como órgão de referência para as ligas acadêmicas de oftalmologia de todo o Brasil. Consolidação que só foi possível, segundo a nova diretoria, “graças ao com-prometimento e troca de experiências das ligas associadas, a existência de entidades médicas abertas a novas ideias e a dedica-ção das diretorias anteriores da ABLAO”.

Loftes reúne 102 alunos em simpósio realizado no campus Arcos da Lapa

Organizado pela Liga de Oftal-mologia Estácio de Sá (Lof-tes), foi realizado nos dias 14

e 15 de setembro último, no campus Arcos da Lapa, Rio de janeiro, o 1º Simpósio sobre “A Abordagem Clí-nica na Oftalmologia na Faculdade de Medicina Estácio de Sá”. Os con-teúdos abordados nos dois dias de palestras foram cobrados no processo seletivo para o ingresso na Loftes no segundo semestre de 2016, informou Agnes Paredes Menezes, presidente da entidade.Um total de 102 alunos de graduação em Medicina, do 1ª ao 12º período, participou do Simpósio.

No dia 14 de setembro, a pales-tra foi ministrada por André Portes, professor adjunto da disciplina de Of-talmologia da Faculdade de Medicina Estácio de Sá, diretor de publicações da Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia, que abordou o tema “Fundo de olho, o que um médico generalista deve saber”. A palestra do dia seguin-te foi ministrada por Bruno Esporcan-te, professor auxiliar da disciplina de Oftalmologia da Faculdade Estácio de Sá, que falou sobre “Lesões traumá-ticas do segmento anterior”. Ambas as aulas foram seguidas de discussão, perguntas e respostas.

Alunos do 1º ao 12º período do curso de graduação da Faculdade de Medicina Estácio de Sá lotaram auditório do campus Arcos da Lapa nas palestras promovidas pela Loftes com André Portes e Bruno Esporcante

Veja na próxima edição do JBO notícias daI Jornada Acadêmica de Especialistas Médicos de Tocantins

Divulgação

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9Julho - Agosto - Setembro - 2016

Especialização em cirurgia plástica ocular no Brasil50 Anos do Setor de Plástica Ocular do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFMG

1975 a 1977 - Eduardo Jorge Carneiro Soares (MG)1977 a 1979 - Evaldo Machado dos Santos (RJ)1979 a 1981 - Euripedes da Mota Moura (SP)1981 a 1983 - Eduardo Jorge Carneiro Soares (MG)1983 a 1985 - Sebastião Eloy Pereira (MS)1985 a 1987 - Waldir Martins Portelinha1987 a 1989 - Vicente Muniz de Carvalho (GO)1989 a 1991 - Valênio Perez França (MG)1991 a 1993 - Marilisa Mano Costa (SP)1993 a 1995 - Waldir Martins Portelinha (SP)1995 a 1997 - Roberto Caldato (SP)

1997 a 1999 - Hélcio Fortuna Bessa (RJ)1999 a 2001 - Ana Rosa Pimentel (MG)2001 a 2003 - Antônio Augusto Velasco e Cruz (MG)2003 a 2005 - Ana Estela B. P. Santana (SP)2005 a 2007 - Raquel Dantas (MG)2007 a 2009 - Silvana Artioli Schellini (SP)2009 a 2011 - Suzana Matayoshi (SP)2011 a 2013 - Ricardo Morchbacker (RS)2013 a 2015 - Guilherme Herzog (RJ)2015 a 2017 - Murilo Alves Rodrigues (MG)

Setor de Cirurgia Plástica Ocular - UFMG50 anos - 1966 - 2016

1966 a 1996 - Prof. Eduardo Jorge Carneiro Soares1996 a 2016 - Profª Ana Rosa Pimentel

Hospital São Geraldo

Prof. Hilton Rocha, homenagem e gratidão

M.E.C.

ReitoriaUFMG

Fac.de Medicina

Departamento de Oftalmologia

Córnea

Retina

Plástica

EstrabismoNeuro oftalm.

Imunologia

Desenhos e Foto--documentação

AnatomiaPatol.

Fisiologia

Clínica

Óptica oftalm.

Uveítes

Glaucoma

Curso de Especialização em Oftalmologia

ORGANOGRAMA

ï1966Dr. Alfredo Bonfioli, primeiro fellow (1974)

VII Turma: 1965 a 1967 - A primeira turma do Curso a receber ensinamentos de CPO

1966 - Pioneiro no Ensino da Plástica Ocular na Formação do oftalmologista1974 - Pioneiro na formação de cirurgiões especializados em CPO

Doutorados: 101ª Tese: 1982 - Dra. Vânia G. Favato - “Ação do músculo Orbicula no funciona-mento da Bomba Lacriminal”.

Reconhecimento aos presidentes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular

Sushruta, médico h indu (600 a .C) , responsáve l pe los p r ime i ros re la tos d o c u m e n t a d o s d e procedimentos reconstrutivos em cirurgia plástica e ocular

J o h a n n F r i e d d r i c h Dieffenbach, autor de vários procedimentos de reconstrução das pálpebras inferiores, publicados em 1892

John Clark Mustardé, oftalmologista, cirurgião e professor, a grande r e f e r ê n c i a p a r a o desenvolvimento da cirurgia plástica ocular no século XX

Esse ano comemora-se o aniversário de 50 anos do Setor de Plástica Ocular do Departamento de Oftalmologia da Facul-dade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cria-do por Eduardo Soares, quando o prof. Hilton Rocha chefiava o Departamento.

A partir de então, o Setor de Plástica Ocular passou a fazer parte do Curso de Especiali-zação em Of-talmologia do Hospital São Geraldo, sen-do assim o pri-meiro serviço a introduzir a Cirurgia Plás-tica Ocular na formação do oftalmologista brasileiro. As comemorações das Bodas de Ouro do Serviço acontecem durante o XXXVI Congresso do Hospital São Geraldo, de 27 a 29 de outubro próximo, no Hotel Mercure Lourdes, em Belo Horizonte.

Nascido em Belém do Pará em 1938, Eduardo Soares completou o curso médico na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Pará em 1962, mas fez toda

sua carreira em Belo Horizon-te, para onde seguiu logo após a forma-tura. Integrou a quinta tur-ma do Curso de Especiali-zação em Of-talmologia da Faculdade de Medicina da UFMG. Após receber o título de especialista em 1965 pas-sou a integrar o corpo docen-te do Curso de

Especialização da instituição.-Fui profundamente influenciado pelo

prof. John Clark (Jack) Mustardé, quando em 1971 frequentei seu Serviço de Cirurgia Plástica, no Canniesburn Hospital, em Glasgow, na Escócia, ex-plica Edu-ardo Soares ao ressaltar a importância do professor no desenvol-vimento da especialida-de.

S e g u n -do Eduardo Soares, prof. John Clark M u s t a r d é (1916-2010)

é um raro caso de médico que atuou em praticamente todas as áreas, tendo iniciado o exercício da medicina como oftalmologista, mas durante a II Guerra Mundial trabalhou ao lado de grandes mestres no campo da plástica ocular.

-É reconhecidamente um dos mais im-portantes cirurgiões do século XX, pioneiro em vários procedimentos, ressaltando-se suas importantes contribuições para a plástica of-talmológica, particularmente as suas técnicas de reconstrução palpebral, a partir de sua experiência nas cirurgias reparadoras em sol-dados feridos no front da II Guerra Mundial.

-Desde 1969, Evaldo Machado dos San-tos, Sebastião Eloy Pereira e eu formamos um trio para estudar e divulgar a subespecialidade.

Um incentivo significativo foi dado pela visita do prof. Mustardé em outubro de 1971, convi-dado pelo Congresso Luso-Hispano-Brasileiro, no Rio de Janeiro, explica Eduardo Soares.

Prof. Mustardé esteve presente à funda-ção do Centro de Estudos de Plástica Ocular (Cepo), embrião da atual Sociedade Brasilei-ra de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO), em 27 de novembro de 1974, durante Sessão Científica realizada na sede da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Na ocasião, prof. Mustardé proferiu a conferência “Cirurgia plástica reparadora das pálpebras”.

Sócio Honorário da SBO, título recebido em 20 de julho de 2006, durante o XIV Congresso Internacional, Eduardo Soares é filiado à Sociedade desde 1965.

Em 2014 publicou “A Cirurgia Plástica Ocular no Brasil- 1974-2014- Marcos da sua História”, para comemorar os 40 anos de fundação do Cepo. Na obra, o autor aborda desde os primórdios da cirurgia plástica ocular” com o Código de Hamurabi, rei da Babilônia (2250 a.C), primeira referência da Cirurgia Plástica Ocular, os antigos hindus, entre eles o médico Sushruta (600 a.C), responsáveis pelos primeiros relatos docu-mentados de procedimentos reconstrutivos em cirurgia plástica geral ocular. E Johann Frieddrich Dieffenbach (1792-1847), con-siderado o pai da cirurgia plástica em geral, autor de vários procedimentos de estrabismo e de reconstrução das pálpebras inferiores, publicados em 1829.

Fotos divulgação

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia10

Sessões Extraordinárias da SBO: oportunidadepara apresentação de temas livres e casos clínicos

No estande da SBO em Goiânia, sóciose parceiros recebidos por Marcelo Diniz

À esquerda, ao término da 11ª Sessão Extrarodinária, Arlindo Portes (secretário da SBO) ladeado à sua direita por Clarissa Matosinho e Evandro de Lucena Junior (Inca) e à sua esquerda, Raphael Benchimol e Vinicius Vanzan (HUCFF-UFRJ). À direita, presidente da SBO, João Alberto Holanda de Freitas, na abertura da 12ª Sessão Extraordinária

Wyslen Roberto Braga (SC), Gilberto dos Passos, Marcelo Diniz, Rafael Viana e Ronaldo Viana no estande da SBO em Goiânia. À direita, Marcelo Diniz mostra exemplar da Revista Brasileira de Oftalmologia (RBO), publicação científica bimensal da Sociedade, a congressistas do CBO

Dando prosseguimento à programação das Sessões Extraordinárias da SBO, nos dias 30 de junho e 25 de agosto passado, foram realizadas as 11ª e 12ª Sessões Ex-traordinárias, prestigiadas por residentes de outros Serviços, que participaram ati-vamente da apresentação de temas livres e discussões dos casos clínicos, contribuindo para o intercâmbio de experiências, um dos objetivos desses encontros mensais.

Em 30 de junho, a 11ª Sessão contou com a participação dos Serviços de Oftalmo-logia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho- UFRJ (Fundão), Hospital de Olhos Santa Beatriz e Instituto Nacional de Câncer (Inca), chefiados, respectivamente, por Antonio Luiz Zangalli, Armando Ma-

galhães Neto e Evandro de Lucena Junior.A 12ª Sessão Extraordinária, realizada

no dia 25 de agosto, reuniu os Serviços de Oftalmologia da Oftalmoclínica de São Gonçalo, Hospital Naval Marcílio Dias, Instituto Brasileiro de Oftalmologia (Ibol), sob a coordenação dos Chefes de Serviço, Eduardo Kestelman, Jaime César Estuma-no Freire e Oswaldo Moura Brasil, além da Cirurgia Ocular São Cristóvão (COSC), com o diretor da Comissão de Residência Médica, Jaime Guedes.

A programação das Sessões Extraordi-nárias é divulgada antecipadamente pela mala direta da Sociedade Brasileira de Of-talmologia e pelo site www.sboportal.org.br São abertas a médicos e residentes.

A Sociedade Brasileira de Oftalmolo-gia esteve presente no XXII Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual, realizado em Goi-ânia, de 3 a 7 de setembro passado, com um estande, onde promoveu pequenos reencontros, distribuiu exemplares da Revista Brasileira de Oftalmologia e do Jornal Brasileiro de Oftalmologia.

Na ocasião, o secretário executivo da Sociedade, Marcelo Diniz, e o fun-cionário Marcos Mattos aproveitaram

para divulgar, juntamente com a Inte-revent, empresa responsável pela secre-taria executiva do evento, o IX Congres-so Nacional, programado para Recife, Pernambuco, no Sheraton-Reserva do Paiva- Hotel & Convention Center, de 6 a 8 de julho de 2017.

Ronaldo Viana e Rafael Viana, da RV Assessoria Representação Comercial, contatos de publicidade para a revista e o jornal da Sociedade também estiveram presentes.

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11Julho - Agosto - Setembro - 2016

Presidente da Sociedade Portuguesa responde às perguntas de Luiz Carlos PortesNa entrevista, Maria João Quadrado explica a importância do intercâmbio entre Portugal e BrasilMaria João Quadrado, cujo mandato

à frente da Sociedade Portuguesa de Of-talmologia termina no fi nal deste ano, é a entrevistada dessa edição do JBO Per-gunta. Luiz Carlos Portes, ex-presidente da SBO, membro da Comissão de Re-lações Internacionais da Sociedade para Portugal conduziu a entrevista, onde são abordados desde o papel da optometria em Portugal até a importância da presen-ça de Portugal nos encontros de países de língua portuguesa.

Oftalmologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Maria João Quadrado é doutorada em Ciências da Visão pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e participa de projetos de investigação e ensaios clíni-cos relacionados com a Superfície Ocular e Córnea. Entusiasta do estreitamento das relações entra a SPO e a SBO, par-ticipou do XIX Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, realizado no Windsor Barra Hotel em ju-lho passado.

Jornal Brasileiro de Oftalmologia- A senhora poderia descrever em bre-ves linhas como é o ensino oftalmoló-gico em Portugal?

Maria João Quadrado - O ensino oftalmológico em Portugal ocorre nos hospitais públicos ou de parceria públi-co-privada, após concurso de seriação nacional (exame por escolha múltipla) de

candidatos com o Mestrado Integrado de Medicina e o Ano Comum concluídos .

Os internos escolhem uma vaga num hospital central ou distrital, com ido-neidade total ou parcial para o ensino de todas as áreas da oftalmologia. No casos de idoneidade parcial complementa-se o período necessário em centros capazes de fornecer a formação adequada nessas áre-as específi cas.

O internato de oftalmologia tem qua-tro anos de duração e o interno é acom-panhado, supervisionado e orientado por um orientador de formação.

Em cada um destes quatro anos os in-ternos são submetidos a uma avaliação anual. No fi nal do Internado é realizado um exame global que compreende três provas: curricular, prática e teórica.

A formação oftalmológica não termina no fi nal da especialidade e outras activida-des formativas serão necessárias para atin-gir a excelência pretendida nomeadamente congressos, cursos, reuniões, estágios, etc.

JBO- Como atua a optometria e o atendimento oftalmológico?

MJQ- Em Portugal os optometristas não realizam atos médicos e não colabo-ram com os oftalmologistas.

Existe uma subespecialidade que é a ortóptica. Os técnicos de ortóptica cola-boram com os oftalmologistas com ações sinérgicas e não competitivas. Realizam exames de triagem e auxiliares no diag-

nóstico oftalmológico (biometria, paqui-metria, tomografi a de coerência óptica, perimetria, etc ). Alguns deles realizam refracção, ainda que com limitações for-mais na prescrição de lentes. Também têm um papel muito importante na área da contatologia e da estrabologia.

Não poderemos confundir estas acti-vidades que acabei de referir, com outras, mais abrangentes, que incluo no conceito de acto médico, e que são indiscutivel-mente da exclusiva responsabilidade dos médicos.

JBO-Como atuam os planos de saúde em Portugal?

MJQ- Em Portugal existe uma rede de referenciação dos Centros de Saúde (Cen-tros de cuidados primários efetuados pelos Médicos de Saúde Familiar) para os hospi-tais com serviços especializados. A oftal-mologia não é excepção e funciona nesse modelo de atendimento. As unidades hos-pitalares foram divididas em 3 grupos de acordo como numero de habitantes que abrangem e os cuidados que prestam.

Grupo I: Realizam refração, consul-ta geral, DMI e diabetes; Habitantes da área abrangida – 75.000.

Grupo II: Responsáveis por todos os cuidados de saúde oftalmológicos com exceção de oncologia, transplantação, glaucoma e catarata pediátricas, retino-patia da prematuridade, doenças raras; Urgência médico-cirúrgica diurna –

12h/dia; 7 dias/semana)Grupo III: Responsáveis por todos os

cuidados de saúde oftalmológicos; Ur-gência polivalente – 2 médicos oftalmo-logistas em presença física; 24h/dia; 7 dias/semana.

A Rede de Referenciação Hospitalar é dotada de elevados níveis de efi ciência e qualidade dos cuidados prestados. A articulação em rede varia em função das características dos recursos disponíveis, dos determinantes e condicionantes re-gionais e nacionais

JBO- Como a senhora projeta o fu-turo dos congressos de Língua Portu-guesa e colaboração com a Sociedade Brasileira de Oftamologia?

MJQ- A S.P.O.aposta fortemente na colaboração com outras sociedades cien-tifi cas, nomeadamente na realização de reuniões conjuntas e de protocolos de colaboração que permitam enriquecer os conhecimentos e as práticas oftalmológi-cas bilateralmente.

Os países de língua ofi cial portuguesa são uma prioridade nestas acções conjun-tas, não só pelas facilidades linguísticas mas também, e sobretudo, pela cultura e passado comuns.

A Sociedade Brasileira de Oftalmolo-gia tem sido um exemplo nesta fi losofi a de colaboração científi ca e pretendemos estreitar ainda mais os laços já estabele-cidos.

IBAP, agora IBAP Oftalmologia, comemora 33 anos com coquetel no MAC, em Niterói, e anuncia a ampliação de suas atividades

Guto Lima, assessor do IBAP, o treinador Fábio Vasconcelos e a seleção brasileira de futebol de 5 para cegos, tetracampeã nos Jogos Paralímpicos do Rio

A seleção brasileira de futebol de 5 para cegos, que acaba de conquis-tar mais uma medalha de ouro nos

Jogos Paralímpicos do Rio, sagrando-se tetracampeã, foi um dos destaques das comemorações dos 33 anos do Instituto Brasileiro de Assistência e Pesquisa (Ibap), comemorados no dia 25 de julho com um coquetel no belíssimo prédio projetado por Oscar Niemeyer para sediar o Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói.

Médicos de várias especialidades e autori-dades municipais prestigiaram a celebração.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, foi representado pela primeira-dama, Fernanda Sixel. O presidente de honra da Associação Fluminense de Amparo aos Cegos (Afac), parceira do Ibap, Luiz Benedito Gonçalves de Souza, foi um dos homenageados na ocasião, assim como a seleção brasileira de futebol de 5 para cegos e o treinador Fábio Vasconcelos. A seleção treina da Associação Niteroiense dos Defi cientes Físicos (Andef).

O Instituto Brasileiro de Assistência e Pesquisa presta serviços de atendimentos oftalmológicos em três níveis: através do

SUS, clínica particular e planos de saúde, e clínicas a preço popular, mantendo também convênio com a Universidade de Tubingen na Alemanha.

A partir do segundo semestre deste ano se reposicionou e passou a adotar um novo modelo de atuação, que inclui oferecer ao mercado de profi ssionais e residentes em Oftalmologia, cursos e palestras com nomes importantes do setor. Com esse novo modelo de atuação, o IBAP passa a adotar o nome IBAP Oftalmologia.

Bastante emocionado, Rodrigo Pegado,

Rodrigo Pegado, à direita, com seu pai, Luiz Carlos Pegado, fundador do IBAP, e o irmão Daniel, segundo da esquerda para a direita

Representando o prefeito de Niterói Rodrigo Neves, a primeira-dama Fernanda Sixel, pedagoga por formação: elogios às atividades do IBAP

coordenador técnico do IBAP Oftalmologia, ressaltou no seu discurso de boas-vindas aos presentes à comemoração dos 33 anos “a importância da tríade: assistência, ensino e pesquisa, o que permite a instituição ofere-cer à população de Niterói um atendimento de qualidade.

-Nós seres humanos precisamos aju-dar uns aos outros, reafirmou Rodrigo, ao reforçar os valores que dão sentido à vida, no que foi secundado por seu irmão Daniel, também coordenador técnico da instituição.

Fotos Marcelo Prado

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia12

Rio de Janeiro mais uma vez recebe os oftalmologistas de braços abertosInfraestrutura montada para as Olimpíadas e para os Jogos Paralímpicos de 2016 benefi cia XIX Congresso Internacional da SBO, que reuniu 1400 participantes incluindo os do Pré-Congresso (6/7)

PRÊMIO VARILUX

Após a Cerimônia de Abertura, entrega do 44º Prêmio Varilux, o mais tradicional da oftalmologia brasileira: Ana Silvia Hayne, diretora jurídica da Essilor, entrega o Prêmio Incentivo à Pesquisa a Nadyr Damasceno (RJ), à direita, Jorge Freitas, diretor comercial da Essilor. Na foto ao centro, João Alberto Holanda de Freitas entrega do Prêmio Categoria Sênior a Vanessa Waisberg (MG). À direita, Roberta Lilian Fernandes (SP), Prêmio Master também com João Alberto Holanda de Freitas

Na Cerimônia Ofi cial de Abertura do XIX

Congresso, no pódio, João Diniz, assessor da

diretoria, que atuou como mestre de cerimônia.

Na mesa de abertura, da esquerda para a

direita, Homero Gusmão (presidente do CBO),

Miguel Hage Amaro (vice-presidente PA),

Jorge Darze (Sinmed-RJ), Sérgio Fernandes

(representando o Cremerj), Armando Crema, João

Alberto Holanda de Freitas e Miguel Ângelo Padilha

(representando o Colégio Brasileiro de Cirurgiões)

Realizado às vésperas das Olimpíadas no Rio de Janeiro, de 7 a 9 de julho, no Windsor Barra Hotel, o XIX Con-

gresso Internacional da SBO benefi ciou-se da infraestrutura montada pela Prefeitura do Rio para as competições esportivas, princi-palmente em relação ao tempo gasto pelos congressistas dos Aeroportos Internacional e Santos Dumont, muito menor do que antes do término das obras viárias.

A avaliação é da Comissão Organizadora, segundo Armando Crema, presidente do evento, o que, em sua opinião, também con-tribuiu para que o XIX Congresso fosse o de maior número de participantes nos últimos anos. “Entre congressistas, palestrantes, 14 internacionais, convidados e expositores foram quase 1.400, número expressivo, na avaliação dos organizadores.

-Cada dia, estamos mais convencidos que o gigantismo é contraproducente em eventos científi cos, onde a confraternização entre colegas ocupa um papel importante, afi rmou Mário Motta, membro da Comissão Orga-nizadora, ao fazer um balanço do encontro.

A Cerimônia Ofi cial do XIX Congresso, no dia 7/7, foi breve e objetiva, fato elogiado por todos os presentes. João Diniz, assessor da diretoria, há 60 anos na Sociedade, atuou como mestre de cerimônias. Muito emociona-do, principalmente porque seu fi lho, Marcelo Diniz, secretário administrativo da SBO, onde começou há 27 anos, está seguindo sua traje-tória, conforme ressaltou, João Diniz fez um breve resumo da história da Sociedade, fundada em 1922. E, em nome da atual diretoria, agradeceu a colaboração dos funcionários, que foram homenageados na ocasião.

Logo a seguir foi feita a entrega do 44º Prêmio Varilux aos vencedores nas três categorias: Nadyr A. Damasceno (RJ) - Ca-tegoria Incentivo à Pesquisa-Refração; Ro-berta Lilian Fernandes de Sousa Meneghim (SP)- Categoria Master, e Vanesssa Waisberg (MG)- Categoria Sênior.

O coquetel “Boteco Carioca”, com mú-sica ao vivo do Quarteto Tocata Brasil, sob o comando do baixista Ricardo Medeiros, encerrou a primeira noite do Congresso.

Por iniciativa do presidente da SBO, João Alberto Holanda de Freitas, durante os dois primeiros dias do encontro foi dis-tribuído o Jornal do XIX Congresso a todos os presentes.

No estande da SBO, Marcelo e João Diniz, secretário executivo e assessor da diretoria, com os funcionários homenageados: Lindalva Rodrigues, Marcos Mattos, Marco Antonio Pinto e Luiz Eduardo Galdino da Silva

Theophilo Freitas, no pódio, e Marcelo Ventura, presidentes executivos do IX Congresso Nacional da SBO, apresentam o evento, que será realizado em Recife , de 6 a 8 de julho de 2017

Quarteto Tocata Brasil se apresenta durante o coquetel “Boteco Carioca”, que se seguiu à Cerimônia de Abertura. Em clima descontraído, os quatro instrumentistas tocaram de Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, à bossa nova

Em assembleia no dia 8/7, Armando Cremaé eleito para presidir SBO nos próximos 2 anos Presidente:

Armando Stefano Crema (RJ)Vice-presidentes:Edna Emilia G. da M. Almodin (PR)José Beniz Neto (GO)Leila Suely Gouvea José (AM)Marco Antônio Rey de Faria (RN)Newton Kara José Júnior (SP) Secretário Geral:André Luís Freire Portes (RJ)1º Secretário:Bruno Machado Fontes (RJ)2º Secretário:Evandro Gonçalves de Lucena Junior (RJ)Tesoureiro:João Luís Curvacho Capella (RJ)Diretor de Cursos:Arlindo José Freire Portes (RJ)Diretor de Publicações:Marcony Rodrigues de Santhiago (RJ)

Diretor de Biblioteca:Oswaldo Ferreira Moura Brasil (RJ)Conselho Consultivo:Durval Moraes de Carvalho Jr. (DF)Fernando Cançado Trindade (RJ)Renato Ambrósio Jr. (RJ)Conselho Fiscal:Efetivos:Mário Ursulino Machado Carvalho (SE)Nelson Alexandre Sabrosa (RJ)Tiago Bisol (RJ)Suplentes:Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ)Gustavo Amorim Novais (RJ)Marco Antônio de Souza Alves (RJ)Assessor da Diretoria:João DinizSecretário Executivo:Marcelo Diniz

Diretoria biênio 2017-2018

À esquerda, ex-presidentes da SBO, Yoshifumi Yamane e Oswaldo Moura Brasil, com Armando Crema, durante a eleição da diretoria para o biênio 2017-2018, no segundo dia do XIX Congresso Internacional

Vice-presidente (RJ) na atual gestão da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e presidente do XIX Congresso Internacio-nal, Armando Crema vai presidir a SBO no biênio 2017-2018. Eleito por aclamação em chapa única, durante assembleia realizada no dia 8 de julho, segundo dia do Congresso, ele já divulgou os nomes da sua diretoria (box ao lado).

Armando Crema vai anunciar suas principais metas para os dois próximos anos até novembro e sua posse, conforme os estatutos da Sociedade, ocorrerá na segunda quinta-feira de janeiro de 2017, dia 12, no auditório da sede, no Rio de Janeiro, na rua São Salvador, 107-Laranjeiras.

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13Julho - Agosto - Setembro - 2016

Rio de Janeiro mais uma vez recebe os oftalmologistas de braços abertosInfraestrutura montada para as Olimpíadas e para os Jogos Paralímpicos de 2016 beneficia XIX Congresso Internacional da SBO, que reuniu 1400 participantes incluindo os do Pré-Congresso (6/7)

PRÉ-CONGRESSO

Bem localizada, exposição de Pôsteres, juntamente com a apresentação de Temas Livres, sempre atrai os congressistas mais jovens. Os pôsteres eletrônicos são os dispositivos ideais por ocupar menos espaço

Julia de Souza Almeida, da Turma 2014/2016 do Cepoa, apresenta “Estudo Prospectivo Endotelial Pós-Faco” no Pré-Congresso, presidido por Jacqueline Provenzano

No dia anterior ao início do XIX Congresso Internacional, 6 de julho, foi realizado o Pré-Con-

gresso, com o 1º Encontro dos Ex-Alunos do Centro de Estudo e Pesquisa Oculistas Associados (Cepoa) e o 1º Encontro dos Ex-médicos, Residentes e Pós-graduandos do Serviço de Oftalmologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), ambos coroados de sucesso.

A iniciativa, segundo Aderbal Alves

Painel de casos desafiadores: da esquerda para a direita, Marcio Nehemy, Gustavo Mansur, Homero Gusmão, Paulo César Fontes, Armando Crema, Amarylis Avakian, Flavio Shinzato, José Beniz Neto, Pedro Paulo Fabri

Ainda no último dia, Edna Pochaczevsky mais uma vez lotou a sala do Curso de Estética em Oftalmologia. Sob sua coordenação e de Maria del Pilar Biot e Anna Estela Santana, o Curso reuniu oftalmologistas e dermatologistas

Fórum de Residentes, com o diretor de cursos da SBO, Gustavo Novais. Cesar Motta e Juliana de Sá Freire Medrado Dias, moderadores nas apresentações dos Temas Livres, no último dia do Congresso

Expositores elogiaram a mostra tecno-científica pela excelente localização, que permitiu a ampla circulação dos congressistas tanto no coffee-break, quanto nos intervalos das aulas: todas as salas estavam voltadas para o local dos estandes das empresas que participaram do evento. Comemoraram o sucesso das vendas e a procura das últimas novidades na área oftalmológica, apesar da recessão econômica atual. Os congressistas também gostaram da localização. O Windsor Barra Hotel, portanto, foi uma escolha acertada, segundo os organizadores

Após as palestras, no lanche, à esquerda, de terno, Leonardo Lins, presidente do Cepoa, Jacqueline Provenzano, Luiz Alberto Molina, agachado, e outros participantes do encontro

Aderbal de Albuquerque Alves, primeiro residente de Oftalmologia do Brasil, discorre sobre sua vivência como chefe do Serviço de Oftalmologia do HFSE

Mário Motta, chefe do Setor de Retina e Vítreo do HFSE, apresenta um pouco da história da subespecialidade, uma das que mais progrediu nos últimos anos

Jr., ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oftamologia e chefe de Clínica Oftalmo-lógica do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), deve ser estendida a outros Serviços nos próximos congressos. “Queremos criar esse vínculo entre os antigos e novos residentes e ex-alunos. Os congressos da SBO são ideais para esse tipo de reunião, uma vez que por si só já reúnem oftalmologistas de todo o país”, destacou.

Os dois encontros celebravam, res-

pectivamente, os 51 anos de fundação do Cepoa e os 66 anos do Serviço de Oftalmologia do HFSE. Os dois eventos foram notícia na segunda edição do Jornal do XIX Congresso.

“Relembrar o passado, mas sempre de olho no presente e futuro”. Com essa frase Jacqueline Provenzano, presidente dos Oculistas Associados, e Leonardo Lins, presidente do Cepoa, sintetizaram o encon-tro, que contou com palestras de diversos

ex-alunos de vários estados brasileiros. Ao final foi servido um lanche.

Com a presença de Aderbal de Al-buquerque Alves, ex-chefe do Serviço de Oftalmologia, primeiro residente de Oftal-mologia do Brasil, o 1º Encontro dos Ex--médicos, Residentes e Pós-Graduandos do Serviço de Oftalmologia do HFSE teve mais de 80 participantes que, depois das palestras, se reuniram num jantar de confraternização próximo ao Windsor Barra Hotel.

Mesa redonda de estrabismo com María Susana Chiapero de Gamio (ARG), Mauro Goldschmit e Andrea Mollinari Szewald (EQU). Na platéia Beatriz Simões Correa, apresentadora

Simpósio Internacional Brasi l -França, coordenado por Ricardo Paletta Guedes e Marcus Safady, Pierre-Jean Pisella, Isabelle Cochereau, José Beniz Neto, João Alberto Holanda de Freitas e Mário Motta

No Simpósio Internacional Brasil-Itália, da esquerda para a direita, Matteo Piovella, Ricardo Paletta Guedes, Terezio Avitabile, João Alberto Holanda de Freitas, Guiuseppe Durante, Alfredo A. Sadun (EUA) e Miguel Padilha

Pedro Paulo Fabri, presidente da ABCCR/BRASCRS, Carlos Arieta, Aileen Crema, Miguel Padilha, Amarylis Avakian, Marco Antonio Rey Faria e no pódio Rogério Penin, na mesa redonda Catarata (Atualização em LIOs)

Todas as fotos do XIX Congresso Internacional de Oftalmologia da SBO estão disponíveis para visualização e download no site: www.sboportal.org.br

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17Julho - Agosto - Setembro - 2016

Solícito, prof. Kang Zhang, que obteve sua graduação na Harvard Medical School, fez residência médica na Johns Hopkins University e fellowship em retina na Uni-versidade de Utah, não se furtou a responder às perguntas abaixo, feitas para o JBO por Eduardo Damasceno, chefe do Serviçode Oftalmologia da UFF:

Eduardo Damasceno - Prof. Zhang, could you please tell us more about your recent research in genetics, diabetes and retina hereditary diseases?

Kang Zhang - Imagine a cataract treatment without surgery, only with eyedrops.Imagine anti- VEGF without

intravitreous injections, but only with the use of eyedrops.

The glaucoma has been treated till now with the use of agents focusing on lowering the intraocular pressure. We know till now that the glaucoma is part of the ageing process and we need to protect the nerve fibers. My team has mapped the genes in-volved on this and is developing a drug to act inhibiting its activation.

ED - When do you believe that lanos-terol reverses protein aggretagion in cata-racts will become a common procedure?

KZ - It’s under study but I can’t predict exactly when.

ED - Will this procedure be for all types of cataracts?

KZ - Till now, this procedure is being tested for all cataracts, but for hard nuclear cataracts the results are not the same. It’s more poor.

ED - Is there anything more that you would like to comment in this interview?

KZ - The main points of our studies are involved with the use of stem cells and gene. We are mapping the genes involved in glaucoma and AMD in oder to improve their treatment.

ED - All of our international inte-

views usually are followed by a question about what are the interviewers interest out of Ophthalmology. Is it the first time you are in Rio? As you came for the Olympic Games, I presume that you are a sports fan. Do you practice any sports during you laisure time? Do you have any hobby? In the name of the Brazilian Society of Ophthalmology thank you.

KZ - This is my first time in Rio, but not in Brazil. I am a sports fan. This is the third Olympic Games that I come to see. This time I brought my children at Rio. They are swim-mers and who knows, maybe they represent the USA Team in the next Olympic Games.

Prof. Kang Zhang (EUA) no Hospital Universitário da UFFTratamento da catarata com colírio, um dos temas abordados pelo especialista da Universidade da California

Eduardo Damasceno entrevista prof. Zhang para o JBO

Pesquisador nas áreas de genética, célula tronco, DMRI, retinopatia diabética e doenças hereditárias da

retina além de uso de impressora 3D para construção de membrana de Descemet arti-ficial, recuperação pós-operatória rápida no PRK, através de lente de contato com células ronco e neuroproteção. prof. Kang Zhang, da Universidade da Califórnia- San Diego, ministrou palestra no dia 19 de agosto pas-sado, durante as Olimpíadas, no Hospital Universitário Antonio Pedro, a convite de Marcelo Palis.

- Como prof. Zhang, de quem sou amigo, estava no Rio de férias com os filhos, para acom-panhar as Olimpíadas, é um aficionado por esportes, aproveitei para convidá-lo a dar uma palestra na UFF, mas o deixei bastante à vonta-de, explicou Marcelo Palis, lembrando que em Niterói não houve feriado por causa dos jogos.

-Ele não só se dispôs a sair da Barra da Tijuca, onde estava hospedado, como levou os dois filhos para a palestra, elogiada por

todos, que puderam fazer as perguntas que desejavam no final, quando o Auditório Aloisio de Paula se transformou em uma me-sa-redonda de debates, acrescentou Marcelo Palis que, além de professor da UFF, preside a Sociedade Brasileira de Glaucoma.

Na palestra, prof. Zhang abordou suas pesquisas nas áreas da genética e mostrou dados importantes sobre os estudos com células tronco e doenças hereditárias da retina. Mas o assunto que despertou mais interesse entre os alunos presentes foi a reversão da catarata com colírio de lanosterol, uma nova droga que pode ser aplica-da diretamente no olho para dissolver a catarata, e a regeneração do cristalino com células tronco em pacientes com catarata congênita.

Segundo prof. Kang Zhang, a droga ainda não foi testada em humanos, sendo ex-perimentada em animais em seu laboratório. O objetivo de sua pesquisa é oferecer uma alternativa à cirurgia de catarata. Estima-se que o colírio poderá estar disponível nas farmácias em cinco anos.

Após a palestra no Hospital Universitário Antonio Pedro , Kang Zhang, segundo da direita para a esquerda, ladeado por Guilherme Herzog Neto e Maurício Pereira, vendo-se a partir da esquerda Luiz Allonso, Eduardo Damasceno, Helena Solari, Marcelo Palis, todos do corpo docente de Oftalmologia da UFF

Câmara Municipal de Santos homenageia80 anos do Hospital Oftalmológico Visão Laser

HON promove Fórum sobre importânciada qualificação profissional para acreditação

A Câmara Municipal de Santos homenageou a família Colombo pe-los 80 anos do Hospi-tal Oftalmológico Visão Laser, fundado em 1936 por Luiz Barbosa Filho, falecido em 2006. Seu filho, Luiz Roberto Co-lombo Barboza recebeu a homenagem no dia 6 de junho passado, em cerimônia que contou com a presença de diver-sas autoridades, médicos da região e professores das duas Faculdades de Medicina de Santos, onde seus filhos Marcello e Guilherme são docentes.

Empresa familiar, onde trabalham Maria Margarida, esposa de Luiz Roberto Co-lombo Barboza, e os filhos Luiz, Marcello, Guilherme e Maria Cláudia, o Hospital Oftalmológico Visão Laser, recentemente ampliado e modernizado, é uma referência na área da Baixada Santista. Credenciado

Luiz Roberto Colombo Barboza, conhecido por Dr. Colombo, com parte da família, depois da homenagem, exibe orgulhosor a placa alusiva aos 80 anos do Hospital Oftalmológico Visão Laser, que conta com cinco salas cirúrgicas e oito leitos para internação

pelo Ministério da Saúde para captação e transplante de córneas, o Hospital também promove campanhas periódicas de preven-ção do glaucoma e é parceiro do Instituto Neymar, de Praia Grande, prestando atendi-mento oftalmológico às crianças da entidade.

À direita, na primeira foto, Faiga Marques, administradora do Hospital de Olhos de Niterói, e os demais palestrantes do Fórum, que lotou o auditório do Hotel H. Niterói, no Ingá. Debate foi o ponto alto do encontro, que reuniu gestores hospitalares da rede pública e particular durante toda a manhã do dia 13 de agosto passado

Com o auditório do Hotel H. Niterói lotado, o Hospital de Olhos de Niterói (HON) promoveu no dia 13 de agosto pas-sado o Fórum “Acreditar na Qualidade Vale a Pena”-A Importância da Acreditação nas Instituições de Saúde, aberto pelo diretor administrativo, o médico André Patrão.

Coube a Riuitiro Yamane fazer a apre-sentação dos palestrantes: Helidea Lima, coordenadora acadêmica do Curso Analista de Acreditação da FGV, Faiga Marques, ad-ministradora do HON, Josier Vilar, diretor presidente da IBKL, Soluções Educacionais para Saúde , e Tania Furtado, coordenadora do MBA Executivo de Saúde da FGV.

Diretora do Instituto Brasileiro para Excelência e Saúde (IBES), Vivian Giu-

dice também fez uma apresentação. Ao término do encontro, sob a coordenação de Tania Furtado houve um debate, quando os palestrantes puderam interagir com o público do auditório, composto predo-minantemente por gestores hospitalares em busca das melhores soluções para seus problemas do dia a dia, a relação com os funcionários e pacientes. A qualidade do atendimento desde a recepção foi destacada com item imprescindível para conquistar a confiança do público, sempre carente de atenção, conforme destacou Faiga Marques, do HON, para quem o investimento na formação dos profissionais é o primeiro passo para garantir a acreditação de qual-quer instituição de saúde.

Jessica Costa

Fotos divulgação

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Uma vida plena e um exemplo.Aba, meu pai, Dr. Raphael Benchimol. Pessoa extraordinária.Eu gostaria de compartilhar com vocês

um pouco de sua história. Filho de Isaac Israel e Nina Lili, am-

bos brasileiros, nascidos no interior da Amazônia, fi lhos de judeus de Tânger, no Marrocos. Isaac Israel Benchimol exercia no interior do Amazonas atividade de far-macêutico, contador etc.

Meu pai, porém, nasceu na pobreza, no fi nal do segundo ciclo da borracha, num se-ringal, perdido na fronteira com a Bolívia, em plena fl oresta amazônica.

Ele me contava que minha avó fez ques-tão de atravessar a rua para que ele nascesse brasileiro.

Teve malária aos 6 meses de idade e sobreviveu num dos locais em que a mor-talidade infantil impera até hoje, perto do rio Madeira, próximo à histórica estrada de ferro, Madeira- Mamoré, conhecida pelo alto índice de mortalidade durante sua construção.

Mas graças a tenacidade de minha avó, que decidiu que seus fi lhos não teriam esse tipo de vida, com muito esforço costuran-do e economizando, comprou passagem de ida para Manaus para si e seus fi lhos que já eram quatro ( ainda viriam mais quatro). Meu avô seguiu mais tarde após cumprir com sua responsabilidade profi ssional e quitar suas dívidas.

Minha avó não deu opção aos fi lhos: dizia “ vocês têm de se formar e ter uma profi ssão. E estudar um instrumento: piano ou violi-no”. Lembro bem de meu pai “ atacando “ o piano com os acordes de “ O Guarani “.

Cedo meu pai teve de se afastar da fa-mília para estudar fora. Já aos 10 anos foi pra Belém. Daí em diante só voltava pra casa nas festas e nas férias.

No científi co ( pré- médico) foi para Bahia onde prestaria vestibular para me-dicina, e, ao passar entre os primeiros colocados, ganhou moradia, alimentação e uma pequena bolsa de estudos, o que lhe permitiu com grande felicidade dizer para meus avós que não precisaria mais da mesada.

Formou- se aos 23 anos e veio para o Rio, onde ajudou a organizar a jovem So-ciedade Brasileira de Oftalmologia da qual anos depois se tornou diretor de cursos e presidente.

Fez concurso para oftalmologista da Aeronáutica, tendo sido aprovado em pri-

meiro lugar, e foi designado a diversas mis-sões no Brasil e no exterior.

Mas o grande prêmio de todo seu es-forço estava por vir: encontrou minha mãe, que não resistiu ao charme de seus olhos azuis, de seu uniforme de tenente médico, e de sua carequinha.

Minha mãe passou a ser sua grande mo-tivação, e seu objetivo: fazê-la feliz.

Cercou- a de todos os mimos possíveis. Levava-a a todos os congressos ao redor do mundo.

E com ela construíram nossa família. Eu e minhas irmãs, Nina e Lia, somos mui-to sortudos de ter tido um pai como ele.

Pessoa generosa, tranquila, super in-teligente e informada (a Lia o chamava de enciclopédia), entusiasmado com a Vida, amoroso, emotivo, bem-humorado, orga-nizado, milico.

Sua especialidade era levantar a au-toestima das pessoas, e orientá-las, espe-cialmente as próximas. Transformou seus fi lhos, alguns tímidos, outro(a) sapeca em chefes de família.

Infl uenciou gerações, tendo formado quase 10 oftalmologistas, por enquanto. Atualmente na Clínica Benchimol traba-lham 23 médicos, sendo oito deles da famí-lia Benchimol.

Um líder quieto, gentil, mas decidido. Um leão ao defender os seus.

Sempre teve uma forte identidade ju-daica e um amor a Deus.

Me ensinou a praticar a Tsedaká ( jus-tiça social) seja atendendo gratuitamente aos necessitados, mas também contri-buindo fi nanceiramente desde meu pri-meiro salário.

Me ensinou da importância da existên-cia do estado de Israel, e de sua luta contra o antissemitismo.

Me ensinou a importância do estudo e do aprimoramento contínuo.

De cuidar bem da família, da esposa, dos fi lhos, dos netos.

E também de ter um tempo para o la-ser, para música, para leitura, para poesia.

Meu pai queria escrever uma peça de teatro baseado no seu atendimento no con-sultório onde seria o narrador, às vezes ator e muitas vezes apenas fi gurante. Queria es-crever as suas memórias, na casa de Teresó-polis. Mas 95 anos foram pouco.

A arte é longa e a vida, breve. Nos seus últimos 10 anos curtiu uma

aposentadoria não planejada, mas bem aproveitada, ao lado de sua querida esposa. Viu netos casarem, se formarem médicos, fazerem bar mitzva, bisnetos nascerem, a família e a clinica se expandir.

Tudo isso de frente para o mar que, como ele dizia, citando Drummond, “ o mundo é grande, mas todo ele cabe numa Janela de frente para o mar. “

Meu pai teve uma vida plena e deixou mais do que uma marca no mundo. Deixou um exemplo que deve ser lembrado e seguido.

Um adendo especial à SBO:O amor de meu pai à família nunca teve

nenhum grande concorrente. O que mais se aproximou foi seu amor à medicina e em es-pecial à SBO: A Casa do Oftalmologista Bra-sileiro, como ele sempre gostava de se referir.

Na profi ssão e na SBO fez vários amigos. Só para citar alguns: Ruy Costa Fernandes, Dario Dias Alves, Aderbal de Albuquerque Alves, Evaldo Campos, Evaldo Machado, Werther Duque Estrada, David Griner, Mori-zot Leite Filho, sem esquecer Orlando Manda-rino e João Diniz, os executivos da SBO.

Foi eleito presidente da SBO em 1963 e diretor do curso de especialização mais de uma vez. Foi responsável pela ampliação do curso de especialista para anual. Criou um curso áudio-visual de oftalmologia dis-tribuído em todo Brasil nos anos 1970.

Na Aeronáutica criou as bases da se-leção dos pilotos, tendo descoberto a Sín-drome da Pré-Miopia, cuja descrição é re-ferenciada na enciclopédia do Duke Elder, no capítulo de estrabismo, uma espécie de Google da Oftalmologia da época.

No último Dia do Oftalmologista pedi a ele para dar um conselho à nova geração de oftalmologistas e ele me disse: “Unam--se em torno da SBO e infl uenciem seus fi -lhos a fazer medicina e serem oftalmologis-tas, pois é a melhor de todas as profi ssões”.

Uma grande declaração de amor! Obrigado. Sérgio Benchimol

Raphael Benchimol (Amazonas 15/7/1921-Rio de Janeiro 13/6/2016)

À esquerda, Raphael Benchimol ao ser admitido na FAB como 1º tenente médico. Quando estudante de medicina, foi voluntário para a Segunda Guerra Mundial, que terminou antes que fosse convocado. À direita, no centro Raphael Benchimol com sua esposa, Donna, artista plástica, quem o incentivou a abrir o consultório em Copacabana, cercados dos fi lhos, netos e bisnetos. Hoje a Clínica Benchimol conta com 23 médicos oftalmologistas, sendo oito membros da família Benchimol

Aos 89 anos, faleceu Joaquín Barraquer, presidente da Sociedade Espanhola de Oftalmologia, que pertencia à terceira geração de uma família dedicada à saúde ocular. Filho do oftalmologista Ignacio Barraquer que em 1941 fundou a Clínica Bar-raquer e neto de Antonio Barraquer Roviralta, primeiro catedrático de Oftalmologia da Universidade de Barcelona, Joaquín Barraquer deixa dois fi lhos oftalmologistas- Elena e Rafael e a nora, também oftalmolo-gista, Marinka Kargachin.

Especialista em cirurgia da catarata

e de glaucoma, além de transplante de córnea e miopia, Joaquín Barraquer formou-se em 1951 pela Universidade de Barcelona e completou o doutorado pela Universidade de Madri em 1955. No entanto, como gostava de contar., sua vocação para a oftalmologia surgiu ainda criança, quando acompanhava seu pai em visitas a pacientes e passava horas no laboratório.

Joaquín Barraquer foi catedrático de Cirurgia Ocular da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB, sigla em espanhol) e diretor do Instituto Universitário Barraquer (filiado à

UAB), diretor executivo do Instituto Barraquer, diretor-fundador do Banco de Olhos para Tratamento da Ce-gueira, e cirurgião chefe do Centro de Oftalmologia Barrraquer.

Pioneiro no mundo na im-plantação de lentes de contato intraoculares, contribuiu para o desenvolvimento do modelo para tratar grandes miopias, tinha o título de Doutor Honoris Causa de 11 universidades de todo o mundo e membro honorário de 40 associações científi cas e 52 socieda-des médicas.

UAB), diretor executivo do Instituto Barraquer, diretor-fundador do Banco de Olhos para Tratamento da Ce-gueira, e cirurgião chefe do Centro

para tratar grandes miopias, tinha o título de Doutor Honoris Causa de 11 universidades de todo o mundo e membro honorário de 40 associações científi cas e 52 socieda-

Joaquín Barraquer (Barcelona 26/1/1927- Barcelona 26/1/2016)Colecionador de

prêmios, na Espanha e no exterior, membro de inúmeros conselhos editoriais de publicações especializadas, pioneiro no implante de lentes intraoculares

para correção da míopia Joaquín Barraquer, uma referência mundial na oftalmologia

Fotos: Álbum

de família

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19Julho - Agosto - Setembro - 2016

SBOTempo e Memória

João Diniz

Fotos históricas que compõem o acervo iconográfico da SBONa coluna Tempo e Memória do JBO 173 (abril/

maio/junho2016), as fotos publicadas foram doa-das ao acervo iconográfico da SBO pela Dra. Liane

de Rezende, a quem agradecemos mais uma vez pela ines-timável colaboração.

Caso o/a prezado (a) leitor (a) queira colaborar para nos-so acervo ou até mesmo apenas divulgar fotos antigas de oftalmologistas ou de eventos oftalmológicos do passado, solicitamos que nos envie o material, identificando sempre que possível as pessoas que fazem parte das mesmas.

Nessa edição do JBO estamos publicando foto de um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Dr. Henrique Guedes Melo, datada de 1901, portanto há de 115 anos, conforme consta no verso

Também estamos publicando algumas outras fotos. In-felizmente não conseguimos identificar várias pessoas. É uma foto do XII Congresso Brasileiro de Oftalmologia, re-alizado em Belo Horizonte em 1962 (acima). A outra foto, na chamada na página 2, é do time de craques congressistas de 1939, também em Belo Horizonte. Drs. Correa da Fon-seca (SP), Plinio Toledo Piza (SP), Paiva Gonçalves (RJ), Cyro Rezende (SP) e Armando Gallo (SP). O último da direita não está identificado.

Tirada no 47º aniversário da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, em setembro de 1969, a terceira foto mos-tra ex-presidentes da SBO: de costas, segurando uma taça, Dr. Carlos Henrique Bessa. Na sua frente, Dr. Renato Pe-reira Machado, presidente à época, com Dr. Evaldo Cam-

pos atrás. Enxugando a testa com um lenço, Dr. Orlando Rebello, ex-chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado.

A Sociedade está próxima de lançar um livro sobre “ Famí-lia Oftalmológica Brasileira – Seus Descendentes Oftalmolo-gistas”. Estamos solicitando do/a leitor(a) que nos informe, se for do seu conhecimento, nomes de famílias de oftalmologis-tas: bisavô, avô, pai ,filho, naturalidade, data de nascimento, falecimento, Faculdade que se formou, número do CRM, etc.

Nesse livro estamos catalogando nomes desde o sécu-lo XIX e já estamos bastante adiantados com relação aos dados, mas nosso desejo é fazer o mais perfeito possível este livro que pretende ser a árvore genealógica dos oftal-mologistas.

Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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1 - Prof. Antonio Paulo Filho, 2 - Prof. Isaias de Arruda, 3 - Dr. Ruy Costa Fernandes, 4 - Dr. Adroaldo de Alencar, 5 - Prof. Antonio Giardulli, 6 - Dr. Américo José de Souza, 7 - Prof. Almiro Azeredo, 8 - Dr. Campos (dono do Laboratório Cissa), 9 - Dra. Sally Moreira, 10 - Alfred Hack, 11 - Dr. Campos da Paz, 12 - Dr. Fontes Lima, 13 - Dr. Edson Cavalcanti, 14 - Prof. Hilton Rocha, 15 - Prof. Paiva Gonçalves, 16 - Dr. Jacques Tupinambá, 17 - Dr. Daudete Gonçalves Pastor, 18 - Prof. Paulo Braga de Magalhães, 19 - Dr. Barboza da Luz, 20 - Prof. Ivo Correa Meyer, 21 - Prof. Renato de Toledo, 22 - Dr. Murilo Carvalho, 23 - Dra. Maria Heloisa Paula Filho Carvalho, 24 - Dra. Lydia Campos Para-guassú, 25 - Dr. Carlos Fernando Ferreira, 26 - Dr. Evaldo Campos, 27 - Dr. Paulo Veloso, 28 - Prof. Heitor Marback, 29 - Dr. João Ando, 30 - Dr. Roberto Jauçaba, 31 - Marcelo Martins Ferreira, 32 - Dr. Natalício Lopes de Farias, 33 - Prof. Antonio Augusto Almeida, 34 - Dr. Luiz Velloso, 35 - Paulo José Casotti, 36 - Carlos Augusto Moreira, 37 - Dr. José Caputo Moreira,38 - Prof. Rubens Belfort Mattos, 39 - Prof. Hilton Rocha, 40 - Dr. Evaldo Santos, 41 - Dr. Nassim Calixto, 42 - Dra. Cleonice Alakija, 43 - Dr. Romano Neurauter

Em 1901, examinando um paciente, sob o olhar atento de um auxiliar, Dr. Henrique Guedes Melo, que posteriormente, em 1922, viria a ser um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, primeira sociedade da especialidade no Brasil e a quarta das Américas

Em setembro de 1969, nas comemorações do 47º aniversário da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, os ex-presidentes Drs. Carlos Henrique Bessa, de costas, segurando uma taça, Evaldo Campos e Orlando Rebello, enxugando a testa com um lenço. Em primeiro plano, Dr. Renato Machado, presidente da Sociedade

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Fotos: Álbum

de família

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20 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Toda clínica ou consultório precisa de segurança. Esta afirmativa é verdadeira e não há quem a con-

teste. Mas para ter segurança é preciso que o médico tome algumas medidas importantes para que tudo esteja bem protegido. Uma delas é a contratação de um seguro empresarial para a empresa.

O que é o seguro empresarial? O seguro empresarial é uma moda-

lidade de seguro que visa a proteção da empresa contra diversos tipos de riscos. Estes riscos podem ter diversas origens, mas sempre o mesmo fim: o prejuízo para o médico. Tal prejuízo pode ser causado por roubo, incêndio, fenômeno da natu-reza etc. Em um único seguro, o médico pode proteger sua clínica de diversos ti-pos de riscos. Por isso, é importante ter sempre um seguro empresarial.

Ele serve para proteger o patrimônio, que envolve geralmente os móveis, equi-pamentos, utensílios, máquinas, veículos etc. O que pode variar é o porte da clíni-ca, mas mesmo assim ela pode ser atendi-da pelo seguro empresarial.

O médico pode escolher dentre vários tipos de seguro e montar uma apólice personalizada, que atenda às suas necessi-

Seguros para oftalmologistas

A importância do seguro empresarial para clínica/consultóriodades e proteja sua clínica de riscos impre-visíveis. Assim, pode ficar tranquilo para se dedicar à sua clientela, além de pensar estratégias de negócio, mercado etc.

Importância do seguro empresarialO seguro empresarial é fundamental

para manter sua clínica/ consultório a salvo. Em um mercado tão competitivo como o de hoje, em que são gastos mui-tos milhões em investimento, não seria nada interessante para o médico perder parte dos seus ativos em um incêndio, não é mesmo? Por isso, ter um seguro se torna tão importante.

Ter um seguro empresarial é garantir um futuro mais seguro para sua empre-sa (clínica ou consultório). E a dica que deixamos é para que você não espere acontecer o pior para contratar um segu-ro empresarial, afinal, como diz o ditado popular: “o seguro morreu de velho”.

Adaptado de artigo de Gustavo Pe-riard.

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21Julho - Agosto - Setembro - 2016

URGÊNCIAS DIA E NOITEsábados, domingos e feriados

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Consultas e Cirurgias Oftalmológicas

Direção: Dr. Morizot Leite FilhoCRM - 5209868-3

Bem Estar Global em Manaus: Tenda dos Olhos atende 750Apesar da forte chuva que caiu à tarde, nenhum equipamento foi danificado e atendimento não foi suspenso

Umas das poucas a não interromper o atendimento quando a chuva apertou, as Tendas dos Olhos conseguiram abrigar boa parte do público, deixando poucos do lado de fora

Da esquerda para a direita, Fabiano Bivar, Jacob Cohen, José Cavalcanti Júnior e Leonardo Bivar numa das Tendas dos Olhos. Oftalmologia bate recorde de atendimentos

A Sociedade de Oftalmologia do Amazonas, filiada à SBO, junta-mente com a Sociedade Brasileira

de Ceratocone, atendeu a 750 pessoas na edição do Bem Estar Global, em Manaus, no espaço da Ponta Negra no dia 9 de setembro passado. Nem a chuva forte que desabou sobre a cidade à tarde, depois de um calor de quase 40ºC, impediu o atendimento das pessoas com senhas distribuídas pela manhã. Foi o maior número de atendimentos desde 2015, quando a Sociedade Brasileira começou a participar do Programa através de suas filiadas. Um recorde, na avaliação da própria TV Globo.

Repetindo as edições anteriores do Programa Bem Estar Global, a Tenda dos Olhos (dessa vez foram duas) foi das mais procuradas. Sob a coordenação de Leonardo Bivar, Jacob Cohen e Ranieri Alfaia, a equipe contou com 13 mé-dicos, que se revezaram durante o dia: Taynah Miranda Leão, Cristina Freire de Oliveira, Wilson Neto, Bruno Queiroz, Júlio Lins, Ana Carolina Carvalho, Ana Carolina Lucena, Roberto Daibes Naiff Júnior, Luana Abitbol, Gustavo Henri-que Ramos Bruno, Daniel Nascimento,

Fabiano Bivar e José Cavalcanti Júnior. Foram oferecidos exames de refração (prescrição de óculos), medida da pressão intraocular, exame para glaucoma, exame para retinopatia diabética e orientações sobre saúde ocular.

Durante o atendimento nas Tendas, Fernando Rocha comandou o Bem Estar ao vivo, com show da cantora Marcia Siqueira, diversos shows e reportagens sobre comidas típicas da Amazônia, como pirarucu e camu camu.

Na avaliação dos coordenadores o

resultado da Ação foi excelente. Dos 750 atendimentos, 180 pacientes foram encaminhados para exames posteriores na Policlínica Nova Cidade João dos Santos Braga.

A Sociedade Brasileira de Oftalmolo-gia agradece o empenho dos coordenado-res e de Leila Gouvea, ex-presidente da Sociedade de Oftalmologia do Amazonas, vice-presidente (AM) da SBO no biênio 2017-2018, que mesmo ausente do Brasil, não deixou de acompanhar as atividades do Programa Bem Estar de Manaus.

Sociedades Filiadas à SBO:Atualizem suas

informaçõesA Sociedade Brasileira de Of-

talmologia está atualizando seu banco de dados e mailing das sociedades filiadas.

Com esse objetivo, pede a to-das filiadas que enviem as infor-mações mais atualizadas de suas diretorias, prazo dos mandatos e notícias que gostariam de ver publicadas no Jornal Brasileiro de Oftalmologia, no site (www.sboportal.org.br ) e no Facebook.

Enviem para os seguintes e-mails: [email protected] com cópias para mí[email protected] e [email protected]

Leonardo Bivar e Jacob Cohen

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22 JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Editora Cultura Médica comemora 50 anos de fundação e lança uma logomarca alusiva ao cinquentenário

Fundada pelos irmãos Ezequiel e Luiz Feldman (in memoriam) em 11 de março de 1966, a Cultura Médica completou 50 anos, dedicada exclusivamente a prestigiar autores brasileiros. Para comemorar suas “bo-das de ouro” foi criada uma logomarca especial para esta que é, hoje, uma das maiores editoras da América Latina, segundo Ezequiel Feldman.

-Os livros da área da Of-

t a l m o l o g i a passaram a ser p u b l i c a d o s na década de 1990 por su-gestão do meu outro irmão, Isaac Feldman, também já fa-lecido. “Não deixamos de publicar e pres-tigiar as outras especialidades médicas, mas a Oftalmolo-gia, uma das especialida-

des que mais cresceram nos últimos anos, ocupa uma lu-gar de desta-que, reconhece Ezequiel.

- Nos últi-mos 27 anos, já editamos 280

títulos de Oftalmologia sem contar os recentes lançamen-tos no Congresso Brasileiro de Oftalmologia em Goiânia, en-

“Refração”, publicado pela Cultura Médica, já está na sua sexta ediçãoJá na 6ª edição, “Refração”, do ex-presidente

da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Aderbal de Albuquerque Alves, é considerado um clássico sobre o tema, um verdadeiro “Vade Mecum”, livro de consulta sobre um dos assuntos fundamentais da Oftalmologia.

Embora hoje a maioria dos residentes já queira começar operando catarata, conforme destacam os chefes de serviços, todos fazem

coro com Aderbal de Albuquerque Alves sobre a importância da refração lembrando que ela faz parte de um exame oftalmológico completo, que só pode ser feito por um médico oftalmo-logista.

- Um paciente que nos procura ainda jovem, se bem atendido, se tornará um paciente para a vida toda, não podemos ser imediatistas, alerta Aderbal de Albuquerque Alves.

Um dos livros lançados este ano pela Cultura Médica é “Farmacologia Ocular- Bases & Terapêutica” de Francisco Irochima e Acácio Alves de Souza Lima Filho. No ano passado, foi lançada a 4ª edição revista de “Topografi a da Cór-nea- Atlas Clínico”, de Paulo Polisuk.

Em julho de 2016 foi lan-çado “Paralisias Oculomotoras”, de Adalmir Morterá Dantas, ex-professor titular da UFRJ, um dos sócios do Hos-

pital de Olhos de Niterói (HON) tam-bém ex-presidente da SBO e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

tre os quais destaca-se “Pedia-tria Ocular”, com o qual são 20 títulos da Coleção CBO.

Depois das eleições munici-pais, a Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, por prepo-sição da vereadora Teresa Ber-gher, vai homenagear a Cultura Médica pelo seu cinquentená-rio. Mas para Ezequiel, a maior homenagem é a fi delidade de seus autores, colaboradores, clientes e amigos feitos no decorrer desses 50 anos.

Ainda em 2016, a Cultura Médica também lançou “Atlas de Oculoplástica da Unicamp”, de ¨Gustavo Büchele Rodri-gues, Marcelo Torigoe, Roberto Caldato e Newton Kara-José.

A 3ª edição da publicação “Gestão de Consultório Mé-dico”, de Márcia Campiolo, psicóloga com especialização em recursos humanos, diretora

administrativa da Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia, também foi lançada em 2016.

Lançamentos da UNESP

Habermas e a visão crítica do mundo atual Com 87 anos de idade, comple-

tados no dia 18 de junho, Jürgen Habermas ocupa lugar de destaque entre os pensadores contemporâneos. A Coleção Habermas, da Fundação Editora Unesp, criada em 1987 com o objetivo de mostrar a produção

acadêmica e científi ca da instituição, oferece a oportunidade para travar conhecimento como este fi lósofo e cientista social, que há mais de 50 anos discute questões políticas alemãs e europeias. Na opinião dos organi-zadores da Coleção, sua obra ajuda

a compreensão da vida pública nas sociedades democráticas.

Segundo ainda os responsáveis pela Coleção Habermas, da Editora Unesp, Jürgen Habermas, com sua visão crítica do mundo contemporâneo, é um dos principais fi lósofos da atualidade.

Jürgen Habermas,fi lósofo e cientista social

Um lado menos conhecido de GoetheAutor de “Os sofrimentos do jovem

Werther” (1774), marco inicial do ro-mantismo, Johann Wofgang von Goethe, cientista, poeta e romancista alemão, é autor de um clássico estudo sobre cor. Em “Teoria das Cores”, de 1810, ele faz uma descrição do fenômeno das cores. O livro infl uenciou fortemente pintores como o inglês William Turner (1775-1851), um precursor do impressionismo. Para Was-

sily Kandisky, um dos mais conceituados pintores do início do século XX, o livro é um dos mais importantes sobre o tema.

Goethe também foi um autor de frases e aforismas que fi caram célebres. Como, por exemplo: “Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. Saiba eu com que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar”. “Devemos cultivar as nossas qualidades, e não as nossas parti-

cularidades”. “Quando um homem não se encontra a si mesmo, não encontra nada”.

“Conversações com Goethe”, tam-bém lançamento da Fundação Editora da Unesp, é resultado das anotações diárias e de argutas observações de seu secretário Johann Peter Ekerman, possibilitando a imersão profunda no cotidiano do escritor em seus últimos nove anos de vida (1823-1831).

Goethe, cientista,poeta e romancista

Ebook traz aexperiência de doisexperts em glaucoma

O livro intitulado “Diagnosis and Management of Glaucoma” é uma sinopse da experiência dos autores Nassim Calixto e Sebas-tião Cronemberger, e de muitos que passaram pelo Serviço de Glaucoma do Hospital São Geral-do nos seus 59 anos de existência, e foi recentemente publicado como ebook na Apple i Bookstore.

Segundo Sebastião Cronem-berger, foi escolhido o formato eletrônico por apresentar custo acessível, assim como possibili-dade de atualização sempre que for necessária.

Para baixá-lo há necessidade de equipamento da Apple: Mac, IPad ou IPhone.

O link para comprá-lo ou baixar uma amostra é: www.goo.gl/UEOkjD

Sebastião Cronemberger

Lançamentos recentes da Cultura Médica incluem novas edições revistas

Nassim Calixto

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23Julho - Agosto - Setembro - 2016

CBO premia oftalmologistas do Rio e de Goiânia no 60º Congresso Brasileiro

“Trocater Móvel como Instrumental para Cirurgia de Vitrectomia via Pars Pla-na. Análise de Cicratização do Colágeno Escleral”, trabalho de Eduardo Damasceno (Universidade Federal Fluminense), Na-dyr Damasceno (Hospital Naval Marcílio Dias), Nadia Campos de Oliveira Miguel (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Marco Ávila (Universidade Federal de Goiás), recebeu o Prêmio Oftalmologia Cirúrgica, no 60º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, realizado em Goiânia de 2 a 6 de setembro último.

Marcos Ávila e Eduardo Damasceno com o diploma do Prêmio Oftalmologia Cirúrgica, que dividiram com Nadyr Damasceno e Nadia Campos de Oliveira Miguel

Fernando Trindade, um brasileiro com trânsito internacional, integra conselho consultivo

Marcony Santhiago, aos 37 anos, recordista de prêmios nacionais e internacionais da especialidade

Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Catarata e Implan-tes Intraoculares, também um dos mais premiados oftalmolo-gistas no Brasil e no exterior, Fer-nando Trindade, que já ocupou uma das vice-presidências regio-nais da SBO na gestão de Mário Motta, será um dos membros do conselho consultivo da diretoria de Armando Crema, que assume a presidência da Sociedade no dia 12 de janeiro de 2017.

Mineiro, apaixonado pelo Rio de Janeiro, prestigiando sempre os eventos da SBO, Fernando Trindade participou do EyeWorld Video Update, no programa Clinical Tips & Techniques” gravado ao vivo em Nova Orleans, durante o congresso da ASCRS, de 6 a 10 de maio passado, quando

D i v u l g a ç ã o d a programação de vídeos e entrevistas da revista Eyeworld

Renato Ambrósio Jr., também um recordista de prêmios, homenageado no congresso indiano

Renato Ambrósio Jr. e Amar Agward, ex-presidente da Sociedade Indiana de Implantes Intraoculares e Cirurgia Refrativa, referência mundial em cirurgia de catarata

Renato Ambrósio Jr., ex-presidente da SBAO e ex--vice-presidente do CBO, colaborador assíduo da Revista Brasileira de Oftalmologia (RBO), que também integra o conselho consultivo da gestão de ArmandoCrema, recebeu a “Goden Medal 2016” em reconhecimento por suas contribuições para a oftalmologia internacional, durante o congresso da Sociedade Indiana de Implantes Intraoculares e Cirurgia Refrativa (IIRSI- sigla em inglês).

Organizada por Amar Agward, ex-presidente da Sociedade Indiana, referência mundial na subespecia-lidade, o congresso foi na cidade de Chennai nos dias 2 e 3 de julho passado, reunindo mais de 2.500 congres-sistas. A medalha vem somar às inúmeras premiações nacionais e internacionais de Renato Ambrósio Jr.

Diretor de publicações da SBO no biênio 2017-2018, Marcony Rodrigues de Santhiago é um dos oftalmo-logistas brasileiros mais pre-miados no exterior. Em 2016 recebeu a Gold Medal for Contribution to Global Oph-thalmology da Indian Intrao-cular Implant and Refractive Society. Também esse ano foi premiado no Scientific Video of the Month da European Society of Cataract and Refracive Surgery.

Apenas quatro anos após receber o título de especialista, em 2012, ganhou o Troutman Award, criado em reconhecimento ao mérito científico de jovens autores publicados no

Journal of Refractive Surgery, conferido pela International Society of Refractive Surgery e pela American Academy of Ophthalmology. A partir dessa data foi acumulando prêmios, que somam mais de 20.

Marcony Santhiago fez residência no Hospital Mu-nicipal da Piedade no Rio de Janeiro, é chefe do Setor de Catarata da UFRJ, além de docente da pós-graduação

(orientador de doutorado) da USP. Revi-sor dos mais importantes periódicos em Oftalmologia no mundo, tem mais de 90 trabalhos científicos publicados em revistas indexadas nacionais e internacionais.

Marcony Santhiago

falou sobre “Surgical managment of a high myope”, abordando o desenvolvimento da cirurgia nos último 20 anos.

Logo a seguir participou como conferencista convidado, o único da América do Sul, do Con-gresso da Sociedade Australiana de Catarata e Cirurgia Refrativa, realizado de 20 a 23 de julho.

Várias vezes premiado em festivais de vídeo nos congres-sos da ASCRS, que também já premiou outros oftalmologistas brasileiros, Fernando Trindade é membro da exclusiva instituição “International Intraocular Im-

plant Club, fundada em 1966 e que conta com apenas 250 membros. Em 2014 foi “Guest of Honor” no evento sobre catarata promovido por Robert Osher, na Flórida.

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“Nunca pensei em estudar fora do Brasil antes de entrar na faculda-de, ao contrário de minha irmã,

Giovana, que sempre falava muito dos EUA, do Canadá, e como talvez fosse pro-veitosa uma experiência no exterior.

No ano passado, 3º ano da faculdade, conheci mais sobre um convênio em que um grupo de cerca de 15 alunos da USP é selecionado para fazer um intercâmbio de pesquisa básica na Escola de Saúde Públi-ca da Harvard (T.H. Chan School of Public Health), voltado mais à área de patologia. Quando começou o processo seletivo e fiquei sabendo os laboratórios participantes fiquei muito animado. Afinal existia um que tra-balhava com a fisiopatologia do glaucoma. Decidi me inscrever! Meu pai, Marcelo Ga-meiro, é oftalmologista em Londrina-PR e, desde criança, acompanho ele, até mesmo em cirurgias, e quero seguir a especialidade.

Na hora da entrevista, última fase do processo seletivo, infelizmente, o profes-sor coordenador, que veio nos avaliar, me comunicou que aquele laboratório de bio-física não estava trabalhando mais naquela área. Sugeriu que talvez eu pudesse fazer pesquisa em outro e tentar acompanhar algo com o departamento de oftalmologia de lá, ou, ainda entrar em contato com a oftalmologia diretamente através do pro-fessor John Miller e perguntar se não havia alguma possibilidade de fazer intercâmbio.

Foi o que fiz, mas, não havia, pelo menos até o momento, nenhuma possibilidade, pois não sou um MD. Nessa parte, confesso que, tanto os professores do Brasil quanto os de fora, não dão muita atenção para os alunos não formados, o que dificulta bas-tante qualquer intercâmbio na graduação.

Essa conversa com o Massachusetts Ear and Eye Infirmary (MEEI) em Harvard, durou cerca de dois meses e já era dezem-bro. Alguns dos meus amigos já tinham decidido que iriam para Boston pelo pro-grama que mencionei e eu queria muito fazer um intercâmbio especificamente em oftalmologia.

Decidi então procurar na internet quais eram os melhores hospitais de oftalmologia dos EUA para me candidatar a fazer um in-tercâmbio de pesquisa. Eis que minha pes-quisa levou ao Bascom Palmer Eye Institute (BPEI) em Miami, eleito pela 15ª vez o nú-mero um nessa especialidade pelo U.S. News & World Report, então porque não tentar né? Se não desse certo, seguiria perguntando aos outros da lista: Wills Eye Hospital, Wilmer Eye Institute e assim sucessivamente.

Escrevi uma carta de motivação contan-do minha história e meu objetivo, anexei meu CV, cartas de recomendação, que pedi a professores com quem já trabalhei na USP, e notas da faculdade. Mais ou menos todos os documentos que eles normalmen-te pedem para aplicações para fellows/resi-dentes, além do diploma de médico/ todos os passos do USMLE, que não tinha. Man-dei tudo para o chairman do Bascom, prof. Eduardo Alfonso, cujo contato consegui através de um artigo científico em que ele era autor correspondente. Ele encaminhou, então, todos os documentos para o McKni-

ght Vision Research Center, departamento de pesquisa do BPEI, para tomar providên-cias cabíveis. Cerca de poucos dias depois, recebi resposta do prof. Vittorio Porciatti, diretor do departamento de pesquisa. Fi-quei muito feliz quando me informou que queria marcar uma entrevista comigo após ler tudo o que tinha mandado.

Fizemos uma entrevista de meia hora por Skype e ele me disse que estava dis-posto a me receber em seu próprio labora-tório, que trabalha com neuroeletrofisiologia e glaucoma. Fiquei muito feliz! Foi, lite-ralmente, um presente de Natal.

Depois a Universida-de de Miami pediu meu diploma de graduação e o Bascom informou que para vir como Fellow na condição de Scholar, essas eram as condições, além de eu provar que iria receber bolsa ou me manter por conta pró-pria financeiramente.

Infelizmente o go-verno brasileiro havia cortado praticamente todas as bolsas para intercâmbio e a USP, também passando por dificuldades financei-ras, não poderia ajudar nesse quesito. Porém, com relação à gradua-ção, devido a diferença dos sistemas americano e brasileiro, em que entramos direto na fa-culdade de Medicina e dado que tinha con-cluído todo o ciclo básico, a USP, baseada em minhas notas, declarou que tinha con-dições e conhecimento suficiente e compa-rável a um aluno que fez College. Agradeço muito aqui a diretoria da FMUSP em espe-cial ao prof.José Otávio. Com isso, somado à ajuda do prof. Porciatti, que intermediou toda a negociação, a Universidade de Mia-mi aceitou excepcionalmente minha ma-tricula como Scholar e liberou meu visto com possibilidade de renovação de até de 5 anos.

Está sendo uma experiência maravilho-sa. Estou aprendendo muito, às vezes assis-to às aulas dos residentes, todos os dias às 7 da manhã, e vou a reuniões específicas das diferentes áreas. Além disso, posso aprovei-tar os simpósios/ cursos/ conferências ofere-cidas pelo BPEI.

Quando mandei minha carta, queria fa-zer pesquisa clínica, entrar em contato com os pacientes e é exatamente isso que faço. No laboratório do prof. Porciatti, estuda-

mos a função das célu-las ganglionares da re-tina medida por PERG (Pattern Electroreti-nogram) em condições como o glaucoma e como podemos rever-ter eventual disfunção causada pela doença. É inspirador, a máquina que usamos foi dese-nhada aqui e construí-da sobre medida. Toda semana temos reuniões internas em que a par-te clínica e básica se encontram para trocar experiências e cada se-mana um membro deve apresentar sugestões.. Antes de desenvolver um ensaio clínico, seja com uma nova droga, seja um novo protoco-lo, primeiro testamos em modelos animais. Toda a ideia é valori-zada e discutida, isso é muito legal e admi-

rável!Ademais, ele também estimula muito a

integração com outros médicos, então aca-bamos trabalhando juntos em projetos da neuro-oftalmologia sobre terapia genética em LHON (Neuropatia Optica Hereditá-ria de Leber) com o Dr. John Guy, uma das maiores autoridades na área. E com o Dr. Jay Wang que, além de médico, é enge-nheiro, um dos responsáveis pelo aprimo-ramento do OCT e outras técnicas avança-das de imagem. Conversando com outros fellows, comecei a me envolver também com o Dr. Luis Vazquez, que participa se-

manalmente das reuniões do laboratório e foca na análise de imagens de OCT e OCT--A no diagnóstico do glaucoma.

Prof. Porciatti achou que seria inte-ressante eu também acompanhar alguns médicos na clínica e cirurgia. Ele então encaminhou minhas cartas para o Depar-tamento de Córnea e Doenças Externas, que é também a especialidade do meu pai. Comecei a acompanhar a Dra. Sonia Yoo e a fazer pesquisa com o Dr. Mohamed Abou Shousha. Nessa última usamos um OCT com resolução de 2 micrômetros e conseguimos segmentar todas as camadas da córnea, através de um processamento de imagens por softwares desenvolvidos aqui, patenteado. Até um pouco de programação estou aprendendo a fim de analisar algu-mas imagens para Universidade de Toron-to, que vai usar nosso protocolo, que tive a oportunidade ímpar de ajudar a desenvol-ver. Essa multidisciplinaridade, o contato com outros profissionais, como engenheiros de várias áreas, farmacologistas e médicos, literalmente do mundo inteiro realmente abre nossa cabeça e nos fazem pensar “out of the box”. O ambiente é animador, suas ideias são levadas a sério e não é exagero em falar que formamos uma família.

Por exemplo, recentemente, sugeri um estudo ao grupo que precisaria utilizar um novo protótipo de OCT-A que está sendo desenvolvido aqui, em parceria com a em-presa Carl Zeiss. Apresentei minha ideia ao prof.Porciatti e conversando com a profes-sora Raquel Goldhardt, que se tornou uma grande amiga, pois moramos no mesmo prédio, levei a proposta ao time da Retina, liderado pelo prof. Philip Roselfeld, pionei-ro na injeção de anti-VEGF, e eles me au-torizaram a fazer um piloto para provar o conceito. Outro aspecto muito legal é o trei-namento cirúrgico que eles oferecem, tive a oportunidade de, recentemente, fazer minha primeira catarata em olho de porco usando os mais modernos equipamentos do mundo, acho que vou ficar mal acostumado!

Conheci e fiz muitos amigos que vou le-var para vida inteira, frequentemente saio com os fellows que trabalham nos mesmos laboratórios que eu seja para jogar tênis, ir ao cinema, seja para um jantar. Todo o staff do Bascom é muito unido e periodicamente temos sociais com os professores, fellows e residentes. A vida em Miami é maravilhosa, há eventos culturais o ano inteiro, o clima é bem quente, o que possibilita que pos-samos ir à praia nos fins de semana, afinal, ninguém é de ferro. Outra particularida-de de Miami é que você não só desenvolve seu inglês, língua “oficial” do hospital, mas também o espanhol pelo contato diário com a população de origem hispânica.

No começo, estava um pouco apreensivo em sair de turma, trancar a faculdade, mas a experiência está sendo incrível. Minha família sempre me apoiou nesse sentido ainda que longe. Apesar das dificuldades e de perder minha turma, com certeza faria tudo de novo.

Nunca devemos desistir de nossos so-nhos e devemos aproveitar sempre as opor-tunidades que nos são oferecidas.”

Um acadêmico de Medicina, scholar na Universidade de MiamiGustavo Gameiro conta como chegou ao Bascom Palmer Eye Institute cursando ainda o 4º período de Medicina

Presidente da ABLAO, aluno do 4º período de Medicina da USP-Pinheiros, editor sênior da Revista de Medicina do Depar-tamento Científico, Gustavo Rosa Gameiro trancou a matrícula na faculdade para ser scholar no Bascom Palmer Institute. Jun-to com Camila Ventura, Potyra Regis Rosa, palestrante no XIX Congresso e do IV Encontro Nacional das Ligas de Oftalmologia, Suzy Pachón e João Rafael Dias, faz parte do grupo “Brascom Palmers”, formado por cinco brasileiros que estudam e trabalham

lá. Pesquisadora sênior no Bascom Palmer Eye Institute, Potyra Rosa já tem inclusive residência permanente nos Estados Unidos.

A experiência de Gustavo Gameiro na instituição, eleita pela 15ª vez a número um em oftalmologia pelo U.S. News & World Report, que publica anualmente o ranking das universidades norte-americanas, certamente irá interessar quem pensa em es-tudar fora do país.

Abaixo o JBO publica parte do depoimento de Gustavo Garneiro:

Prédio principal do Bascom Palmer Eye Institute da Universidade de Miami, eleito pela 15ª vez o número um em oftalmologia pelo U.S. News & World Report, que publica anualmente o ranking das instituições de ensino superior dos Estados Unidos

“Nunca devemos desistir de nossos sonhos...”

Gustavo Gameiro

Divulgação

25Julho - Agosto - Setembro - 2016

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Rua São Salvador, 107Laranjeiras

Rio de Janeiro - RJCEP 22231-170

Tel. (21) 3235-9220Fax (21) 2205-2240

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DIRETORIABiênio 2015-2016

PresidenteJoão Alberto Holanda de Freitas (SP)

Vice-presidentesArmando Stefano Crema (RJ)

Durval Moraes de Carvalho Jr. (SP)Francisco de Assis Cordeiro Barbosa (PE)

Miguel Hage Amaro (PA)Sérgio Kwitko (RS)Secretário Geral

Arlindo José Freire Portes (RJ)1º Secretário

Oswaldo Ferreira Moura Brasil (RJ)2º Secretário

Jorge Carlos Pessoa Rocha (BA)Tesoureiro

Mário Martins dos Santos Motta (RJ)Diretor de Cursos

Gustavo Amorim Novais (RJ)Diretor de Publicações

André Luis Freire Portes (RJ)Diretor de Biblioteca

Evandro Gonçalves de Lucena Junior (RJ)Conselho Consultivo

Carlos Alexandre de Amorim Garcia (RN)Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ)

Marco Antonio Rey de Faria (RN)Conselho Fiscal

EfetivosJacqueline Coblentz (RJ)

Marcelo Lima de Arruda (RJ)Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)

SuplentesArnaldo Pacheco Cialdini (GO)Helcio José Fortuna Bessa (RJ)

Silvana Maria Pereira Vianello (MG)

Jornalista Responsável:Eleonora Monteiro - M.T. 12574

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Estagiária de jornalismo:Jessica Costa

Conselho Editorial:João Alberto Holanda de Freitas

André PortesOswaldo Ferreira Moura Brasil

João DinizMarcelo Diniz

Editoração Gráfica:Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Responsável: Marco Antonio PintoDG 25341RJPublicidade:

RV Assessoria Representação Comercial Ltda

Ronaldo Viana e Rafael VianaTels.: (21) 96432-0271/(21) 97278-1952

E-mails: [email protected]@hotmail.comPublicação: TrimestralImpressão: Colorset

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e seu conteúdo não representa, obrigatoriamente, a opinião do JBO.A SBO não se responsabiliza nem endossa a qualidade dos serviços e produtos anunciados nesta publicação.Qualquer reclamação deverá ser feita diretamente ao fabricante ou ao prestador de serviços.É permitida a reprodução de artigos, desde que citada a origem.

JBO

EXPEDIENTE

Sociedade Brasileirade Oftalmologia

JORNAL BRASILEIRODE OFTALMOLOGIA

Julho - Agosto - Setembro - 2016 27

Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as informações para a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 -

Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected] o calendário completo no site da SBO

X Simpósio Sul Mineiro de Oftalmologia

Dias 23 e 24 de setembro de 2016, em Po-ços de Caldas (MG), no Palace Casino.www.ssmo-pocos.com.br

Transferência de Habilidades em Facoemulsificação - Dr. Newton Kara Jr.

De 7 a 10 de outubro de 2016, em São Pau-lo (SP), no Hospital Sírio Libanês.Tel: (11) [email protected]

20º Curso Cleber Godinho de Lentes de Contato

De 8 a 12 de outubro de 2016, em Belo Ho-rizonte (MG), no Centro de Convenções do Hotel Mercure BH Lourdes.Tel: (31) [email protected]

Academia Americana de Oftalmologia

De 15 a 18 de outubro de 2016, em Chica-go (EUA), no McCormick Place.www.aao.org/annual-meeting

II World Keratoconus Society MeetingDias 21 e 22 de outubro de 2016, em São Paulo (SP), no Novotel São Paulo Jaraguá Conventions.Tel: (11) 5082-3030 / (11) 5084-5284 / (11) 5084-9174www.ceratocone.net.br

I Curso de Anel Intraestromal e Crosslinking

Dias 21 e 22 de outubro de 2016, em Joinville (SC), no Centro Catarinense de Tratamento do Ceratocone. Tel: (47)3033-5674XXXVI Congresso do Hospital São GeraldoDe 27 a 29 de outubro de 2016, em Belo Horizonte (MG), no Hotel Mercure Lourdes.www.hospitalsaogeraldo.com.br

SINBOS – Simpósio Internacional do Banco de Olhos de Sorocaba

De 27 a 29 de outubro de 2016, em São Paulo (SP), no Hospital Oftalmológico de Sorocaba. Tel: (15) 3212-7077

VIII Congresso da Sociedade Latino-Americana de Glaucoma

6º Congresso da Sociedade Peruana de Glaucoma

Dias 4 e 5 de novembro de 2016, em Lima (Peru), no Hotel Los [email protected]º Congresso Português de OftalmologiaDe 8 a 10 de dezembro de 2016, em Coim-bra (Portugal), no Convento de São [email protected]

A coluna Olho Vivo é exclusiva para os associados da SBO. Para anun-ciar enviar o texto para a Sociedade Brasileira de Oftalmologia ou pelo fax (21) 2205-2240 ou e-mail: [email protected] e [email protected]. A publicação é gratuita. Os anúncios devem ser concisos e com informações preci-sas. A SBO não se responsabiliza pelas informações divulgadas, que devem ser con fe ridas pelas partes interessadas.

Vendo equipamento oftalmológico para consultório e material cirúrgico em bom estado de conservação por motivo de encerramento de atividades. Contato para informações: Dr. Sérgio Cavalcan-ti- telefones/ celular: (21)2214-3833/ 2568-4750/ 97924-2128/ 98331-1529. E-mail: [email protected]

Vendo clínica oftalmológica, toda equipada e com vários convênios. Três unidades: Barra da Tijuca (Centro ci-rúrgico), Madureira (Centro cirúrgico) e Bangu (Consultas e exames). Falar com Sra. Paula (21) 99985-7807.

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