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Ação contra a Telos Cinquenta participantes da Telos já subscreveram ações individuais para tentar anular a aplicação de reajuste negativo, em 2010, nos benefícios dos aposentados que uti- lizam o IGP-DI como indicador. Segundo decisão do Conselho Deliberativo da Telos, fundo de pensão dos empregados da Embra- tel, os benefícios de seus planos previdenciários vigentes em dezem- bro de 2009 foram reajustados em 01/12/2011 pelo IGP-DI acumula- do de dez/2009 a nov/2011, incluin- do o IGP-DI negativo referente ao período dez/2009-nov/2010 (-1,755 %). Com isso, houve redução na renda mensal vitalícia de seus apo- sentados e pensionistas, em frontal violação ao Inciso IV, do Art. 194, da Constituição Federal de 1988. Os representantes dos empregados são minoria no Conselho e foram voto vencido nesta questão. A entrada de ações individuais foi decidida em reunião realizada em março, na sede da Asastel (Associ- ação dos Assistidos da Telos/Em- bratel). As ações estão sendo orien- tadas pelo Departamento Jurídico do Sinttel-Rio, que promoveu plan- tão específico para tal. Os prejudi- cados que pretendem entrar com ação devem procurar o Departa- mento Jurídico. O horário de atendi- mento é de segunda a sexta-feira, de 9 às 18h, na sede do Sinttel (Rua Morais e Silva, 94 – Maracanã, Bloco C, 1º andar). Assembleia dia 3 elege delegados ao Cecut O Sindicato con- voca todos os tra- balhadores para assembleia que realizará dia 3, a partir das 18h, na sua sede (Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã) para eleger os delega- dos da entidade ao 14º Congresso Estadual da CUT Rio (14º CECUT), que ocorrerá de 31 de maio a 3 de junho. O Sinttel- Rio pode eleger até 40 delegados. Participe! Convenção dos prestadores de serviço O Sindicato realiza na segunda- feira, dia 7, a segunda reunião com o Sinstal, o sindicato patronal que reúne as empresas prestadoras de serviço em redes de telecomunica- ções. Como atualmente existem duas convenções – uma em maio e outra em setembro - o Sinttel quer unificar a data base em abril ou maio. A unificação não é difícil porque é pequena a diferença entre os va- lores dos benefícios e, inclusive, do percentual de reajuste salarial das duas convenções. Confira: Reajuste salarial – 6,30% na Con- venção de maio; e 7,39% na Con- venção de setembro Piso salarial – R$ 685,00 para os trabalhadores com data base em maio; e R$ 732,00 para os trabalha- dores com data base em setembro Tíquete refeição – R$ 10,15 (jor- nada de 40 e 44h) na convenção de maio; e R$ 11,00 na convenção de setembro Cesta básica – R$ 45,10 na con- venção de maio com participação de 20% dos trabalhadores Esse calvário diário tem sido uma das bandeiras dos movimentos sociais e, on- tem, 1º de Maio, foi lembrado num ato público na Quinta da Boa Vista pelo Fó- rum de Mobilidade Social. Esta foi a primeira vez que o IBGE incluiu o dado neste tipo de trabalho. O Censo constatou que as três piores cida- des brasileiras em relação ao tempo que a população demora para ir e vir são nesta ordem: São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. No Rio, 1,2 milhão de cariocas (o que representa 23,1% do total de trabalhadores que trabalhavam fora de casa) gasta mais de uma hora no deslocamento; o número da população que demora entre uma e duas horas para se deslocar é de 21,34% e acima de duas horas, mais de 4%. 1 HORA DE VIAGEM Segundo a presidenta do IBGE, Was- mália Bivar, a concentração de pessoas que vive na região metropolitana do Rio é a maior do país. - É preciso considerar a elevada con- centração da população do estado do Rio de Janeiro na região metropolitana, repre- senta 75% da população do Estado. Este é o maior percentual de concentração da região metropolitana de todo o país e, portanto, tem um impacto direto nesse resultado. O censo mostra ainda que, no país, 32,2 milhões de pessoas (52,2% do total de trabalhadores que trabalhavam fora de casa em 2010) levavam de seis a 30 minutos para chegar ao trabalho, e 7 mi- lhões (11,4%) demoravam mais de uma hora. Segundo dados do censo, no Brasil, do total de 86 milhões de pessoas de dez anos ou mais de idade ocupadas em 2010, 87,1% trabalhavam no próprio município de residência, sendo que 20 milhões (26,6%) trabalhavam em casa, e 55 mi- lhões, fora. Já os que exerciam alguma função no mercado de trabalho em outra cidade atingiram 11,8% da população Transporte do Rio é o segundo pior do país Dados do Censo Demográfico 2010, divulgado na sexta-feira, 27, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que os trabalhadores do estado do Rio, principalmente da região metropolitana, são os brasileiros que levam mais tempo para ir de casa ao trabalho e vice-versa. ocupada (10,1 milhões). O tempo gasto diariamente pelos traba- lhadores no percurso casa-trabalho-casa, além de afetar de forma considerável a qualidade de vida (desde o simples cansa- ço e estresse até a maior probabilidade de acidentes graves durante esse percurso), acarreta prejuízos financeiros significati- vos aos trabalhadores e ao país, se consi- derada a riqueza que deixa de ser criada e/ou apropriada nesse mesmo tempo. PERDA DE R$ 93 BI Levando-se em conta apenas as horas gastas no deslocamento casa- trabalho, o rendimento médio auferido por hora tra- balhada e a massa de horas não trabalha- das por causa do tempo perdido no trânsi- to, há no país uma “perda” potencial de recursos de quase R$ 93 bilhões ao ano para os trabalhadores (em valores de março de 2004). Em outras palavras, se o tempo em circulação fosse trabalhado e/ ou remunerado, os trabalhadores teriam a soma de sua renda aumentada entre um sexto e um quinto. No conjunto das regiões metropolita- nas, essa “perda” é da ordem de R$ 55 bilhões em um ano (também em valores de março de 2004). São Paulo e Rio de Janeiro (que concentram a maior parte dos trabalhadores metropolitanos e, pa- ralelamente, impõem o maior tempo de deslocamento entre a casa e o trabalho aos mesmos) respondem por quase 70% desses R$ 55 bilhões. No caso do Rio, os quase R$ 13 bilhões equivalem a nada menos que 26,8%. No dia 19, a direção da Oi se reuniu com dirigentes do Sinttel e da Federação, em São Paulo, para anunciar a terceirização da área administrativo-financeira da em- presa, ou melhor, o que resta dela como mão de obra própria. Três dias depois, em 22/04, a empresa publicou anúncio de página inteira no jornal O Globo convocan- do gente para trabalhar lá. O Sindicato quer saber: afinal, a Oi vai terceirizar ou ampliar o seu quadro funci- onal? Nós defendemos a segunda opção e vamos exigir explicações da empresa. Se vai ampliar o quadro funcional por que terceirizar trabalhadores cuja capacidade e produtividade a empresa já conhece? O anúncio, além de ressaltar as “mara- vilhas” e o crescimento da Oi (veja repro- dução), afirma que a empresa já fez cerca de três mil contratações, mais de 1.500 só no início deste ano, e a intenção é aumentar o quadro funcional em 15% até o final do ano. Destaca também que há vagas em diversas áreas estratégicas como Enge- nharia, TI, Operações de Rede, Comerci- al, Finanças e outras. Se a Oi está contra- tando, não há porque terceirizar. E é contra isso que o Sindicato está lutando. Oi terceiriza, mas anuncia contratações SOCORRO ANDRADE REPRODUÇÃO

Jornal do Sinttel-Rio Edição nº1313

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Transporte do Rio é o segundo pior do país

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Page 1: Jornal do Sinttel-Rio Edição nº1313

Ação contraa Telos

Cinquenta participantes da Telosjá subscreveram ações individuaispara tentar anular a aplicação dereajuste negativo, em 2010, nosbenefícios dos aposentados que uti-lizam o IGP-DI como indicador.

Segundo decisão do ConselhoDeliberativo da Telos, fundo depensão dos empregados da Embra-tel, os benefícios de seus planosprevidenciários vigentes em dezem-bro de 2009 foram reajustados em01/12/2011 pelo IGP-DI acumula-do de dez/2009 a nov/2011, incluin-do o IGP-DI negativo referente aoperíodo dez/2009-nov/2010 (-1,755%). Com isso, houve redução narenda mensal vitalícia de seus apo-sentados e pensionistas, em frontalviolação ao Inciso IV, do Art. 194,da Constituição Federal de 1988.Os representantes dos empregadossão minoria no Conselho e foramvoto vencido nesta questão.

A entrada de ações individuais foidecidida em reunião realizada emmarço, na sede da Asastel (Associ-ação dos Assistidos da Telos/Em-bratel). As ações estão sendo orien-tadas pelo Departamento Jurídicodo Sinttel-Rio, que promoveu plan-tão específico para tal. Os prejudi-cados que pretendem entrar comação devem procurar o Departa-mento Jurídico. O horário de atendi-mento é de segunda a sexta-feira,de 9 às 18h, na sede do Sinttel (RuaMorais e Silva, 94 – Maracanã,Bloco C, 1º andar).

Assembleia

dia 3 elege

delegados

ao CecutO Sindicato con-

voca todos os tra-balhadores paraassembleia querealizará dia 3, apartir das 18h, nasua sede (RuaMorais e Silva, 94- Maracanã) paraeleger os delega-dos da entidade ao14º CongressoEstadual da CUTRio (14º CECUT),que ocorrerá de 31de maio a 3 dejunho. O Sinttel-Rio pode elegeraté 40 delegados.Participe!

Convenção dosprestadores deserviço

O Sindicato realiza na segunda-feira, dia 7, a segunda reunião como Sinstal, o sindicato patronal quereúne as empresas prestadoras deserviço em redes de telecomunica-ções. Como atualmente existemduas convenções – uma em maio eoutra em setembro - o Sinttel querunificar a data base em abril ou maio.

A unificação não é difícil porqueé pequena a diferença entre os va-lores dos benefícios e, inclusive, dopercentual de reajuste salarial dasduas convenções. Confira:

Reajuste salarial – 6,30% na Con-venção de maio; e 7,39% na Con-venção de setembro

Piso salarial – R$ 685,00 para ostrabalhadores com data base emmaio; e R$ 732,00 para os trabalha-dores com data base em setembro

Tíquete refeição – R$ 10,15 (jor-nada de 40 e 44h) na convenção demaio; e R$ 11,00 na convenção desetembro

Cesta básica – R$ 45,10 na con-venção de maio com participaçãode 20% dos trabalhadores

Esse calvário diário tem sido uma dasbandeiras dos movimentos sociais e, on-tem, 1º de Maio, foi lembrado num atopúblico na Quinta da Boa Vista pelo Fó-rum de Mobilidade Social.

Esta foi a primeira vez que o IBGEincluiu o dado neste tipo de trabalho. OCenso constatou que as três piores cida-des brasileiras em relação ao tempo quea população demora para ir e vir sãonesta ordem: São Paulo, Rio de Janeiroe Salvador. No Rio, 1,2 milhão decariocas (o que representa 23,1% dototal de trabalhadores que trabalhavamfora de casa) gasta mais de uma hora nodeslocamento; o número da populaçãoque demora entre uma e duas horas parase deslocar é de 21,34% e acima de duashoras, mais de 4%.

1 HORA DE VIAGEM

Segundo a presidenta do IBGE, Was-mália Bivar, a concentração de pessoasque vive na região metropolitana do Rio éa maior do país.

- É preciso considerar a elevada con-centração da população do estado do Riode Janeiro na região metropolitana, repre-senta 75% da população do Estado. Esteé o maior percentual de concentração da

região metropolitana de todo o país e,portanto, tem um impacto direto nesseresultado.

O censo mostra ainda que, no país, 32,2milhões de pessoas (52,2% do total detrabalhadores que trabalhavam fora decasa em 2010) levavam de seis a 30minutos para chegar ao trabalho, e 7 mi-lhões (11,4%) demoravam mais de umahora.

Segundo dados do censo, no Brasil, dototal de 86 milhões de pessoas de dez anosou mais de idade ocupadas em 2010,87,1% trabalhavam no próprio municípiode residência, sendo que 20 milhões(26,6%) trabalhavam em casa, e 55 mi-lhões, fora. Já os que exerciam algumafunção no mercado de trabalho em outracidade atingiram 11,8% da população

Transporte do Rio é osegundo pior do paísDados do Censo

Demográfico 2010,

divulgado na sexta-feira,

27, pelo IBGE (Instituto

Brasileiro de Geografia e

Estatística), mostram que

os trabalhadores do estado

do Rio, principalmente da

região metropolitana, são

os brasileiros que levam

mais tempo para ir de casa

ao trabalho e vice-versa.

ocupada (10,1 milhões).O tempo gasto diariamente pelos traba-

lhadores no percurso casa-trabalho-casa,além de afetar de forma considerável aqualidade de vida (desde o simples cansa-ço e estresse até a maior probabilidade deacidentes graves durante esse percurso),acarreta prejuízos financeiros significati-vos aos trabalhadores e ao país, se consi-derada a riqueza que deixa de ser criadae/ou apropriada nesse mesmo tempo.

PERDA DE R$ 93 BI

Levando-se em conta apenas as horasgastas no deslocamento casa- trabalho, orendimento médio auferido por hora tra-balhada e a massa de horas não trabalha-das por causa do tempo perdido no trânsi-to, há no país uma “perda” potencial de

recursos de quase R$ 93 bilhões ao anopara os trabalhadores (em valores demarço de 2004). Em outras palavras, se otempo em circulação fosse trabalhado e/ou remunerado, os trabalhadores teriam asoma de sua renda aumentada entre umsexto e um quinto.

No conjunto das regiões metropolita-nas, essa “perda” é da ordem de R$ 55bilhões em um ano (também em valoresde março de 2004). São Paulo e Rio deJaneiro (que concentram a maior partedos trabalhadores metropolitanos e, pa-ralelamente, impõem o maior tempo dedeslocamento entre a casa e o trabalhoaos mesmos) respondem por quase 70%desses R$ 55 bilhões. No caso do Rio, osquase R$ 13 bilhões equivalem a nadamenos que 26,8%.

No dia 19, a direção da Oi se reuniu comdirigentes do Sinttel e da Federação, emSão Paulo, para anunciar a terceirizaçãoda área administrativo-financeira da em-presa, ou melhor, o que resta dela comomão de obra própria. Três dias depois, em22/04, a empresa publicou anúncio depágina inteira no jornal O Globo convocan-do gente para trabalhar lá.

O Sindicato quer saber: afinal, a Oi vaiterceirizar ou ampliar o seu quadro funci-onal? Nós defendemos a segunda opção evamos exigir explicações da empresa. Sevai ampliar o quadro funcional por queterceirizar trabalhadores cuja capacidadee produtividade a empresa já conhece?

O anúncio, além de ressaltar as “mara-vilhas” e o crescimento da Oi (veja repro-dução), afirma que a empresa já fez cercade três mil contratações, mais de 1.500 sóno início deste ano, e a intenção é aumentaro quadro funcional em 15% até o final doano. Destaca também que há vagas emdiversas áreas estratégicas como Enge-nharia, TI, Operações de Rede, Comerci-al, Finanças e outras. Se a Oi está contra-tando, não há porque terceirizar. E é contraisso que o Sindicato está lutando.

Oi terceiriza, mas anuncia contratações

SOCORRO ANDRADE

REPRODUÇÃO

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bersot

humor no1.313

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DIRETOR DE IMPRENSAMarcello Miranda

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EDIÇÃOSocorro Andrade Reg. 460 DRT/PB

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REDAÇÃOSocorro Andrade e Rosa Leal

ILUSTRAÇÃOAlexandre Bersot www.alexandrebersot.com.br

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

ESTAGIÁRIACamila Palmares

IMPRESSÃOGráfica do SINTTEL-Rio:Jorge Motta Reg 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica)

Valdir Tedesco (impressor)

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Sindicatospodem criarComissão daVerdade

A Secretaria de Direitos Humanos(SDH) da Presidência está firmandoparcerias com sindicatos e entidadesde classe para resgatar a memória dostrabalhadores brasileiros vítimas daditadura militar. De acordo com GilneyViana, coordenador do projeto Direitoà Memória e à Verdade, a proposta écriar “comissões da verdade” em todasas entidades interessadas, a exemplodo que já vem sendo feito em assem-bleias legislativas, câmaras de verea-dores e entidades de direitos humanosde todo o país. “Os sindicatos têm queassumir a responsabilidade pelo seupassado”, afirma.

Para ele, que ficou preso nos porõesda ditadura por quase 10 anos, nem aComissão de Mortos e Desaparecidos,criada de 1995, e nem a Comissão deAnistia, de 2001, foram capazes de darconta do grau de impacto da ditadura navida dos brasileiros. “A Comissão deMortos e Desaparecidos, por exem-plo, reconhece apenas 17 campone-ses vítimas do período. E os relatos jásistematizados indicam que pelomenos 450 vítimas. Além disso, há asperdas institucionais que tambémforam enormes. A Universidade deBrasília (UnB), para citar a mais pre-judicada, perdeu cerca de 80% doquadro docente”, reforça.

Gilney acredita que, neste contex-to, o apoio dos sindicatos e entidadesde classe é fundamental para o res-gate da história. Ele explica que aSDH oferecerá todo o suporte para aefetivação das parcerias, mas quecada entidade terá total autonomia paradecidir como encaminhará seus traba-lhos. Já demonstraram interesse emparticipar do projeto a Central Únicados Trabalhadores (CUT), a CentralSindical e Popular, a ConfederaçãoNacional dos Trabalhadores da Agri-cultura (Contag), a Ordem dos Advoga-dos do Brasil (OAB) e a FederaçãoNacional dos Jornalistas (Fenaj).

Fonte: Carta Maior

Se você tem dívidas no cheque especialou no cartão de crédito, a hora de quitá-lasé agora. Essas duas modalidades de crédi-to, justamente por serem pré-aprovadas efáceis de ser utilizadas, são as mais busca-das na hora do sufoco. E aí, em geral o queacontece é que a pessoa acaba despindoum santo para vestir outro. Para você nãose enrolar ainda mais, fique atento para oconselho de especialistas.

Como renegociar a dívida para aprovei-tar os juros menores? Carlos Tadeu deOliveira, gerente de Testes e Pesquisas doInstituto Brasileiro de Defesa do Consumi-dor (Idec), dá três alternativas: refinanciara dívida mais cara diretamente na institui-ção; pegar um novo empréstimo com taxamelhor e quitar a dívida anterior; ou se valerda portabilidade de crédito e transferir adívida para outra instituição financeira.

Mas será que vale a pena trocar adívida? Primeiro, você precisa entenderexatamente o que está pagando. Vá aobanco e peça um demonstrativo da dívi-da, com projeção das prestações faltan-tes e solicite um documento com os va-lores, caso vá liquidar a dívida à vista.Com o documento em mãos, pesquise,entre os bancos, o que oferece as melho-res condições – que não se restringem àstaxas de juros.

Renata Reis, especialista em Defesa do

Consumidor da Fundação Procon-SP, ob-serva que muita gente tem uma falsa noçãode que basta olhar a taxa de juros para saberse é mais vantajosa ou não. Mas os bancosnão cobram só juros, existem taxas, impos-tos, outros valores agregados. O interessa-do tem que verificar o Custo Efetivo Total(CET), que deve constar em contrato, issoé uma obrigação legal.

Para comparar as condições oferecidaspelos bancos leve em consideração sem-pre o mesmo valor de empréstimo e igualnúmero de prestações. Para não se perderentre nomes de tarifas e números variados,uma maneira simples de saber qual bancooferece melhor condição é comparando ovalor da prestação.

Samy Dana, professor de Finanças daescola de Economia da Fundação GetúlioVargas (FGV-SP), orienta: “A pessoa podefazer uma pesquisa pela parcela. Ela seinforma em todos os bancos, usando omesmo prazo e valor, e compara a parcela,para ver qual é mais barata”. Oliveira, doIdec, diz que, ao optar pela transferência dadívida para outro banco que oferece taxamenor, mas alongando o prazo de paga-mento, o consumidor pode ter prejuízo. “Sefor diluir em mais prestações, tem quefazer o cálculo para saber o custo efetivototal, porque pode não valer a pena, aindaque os juros sejam menores.”

Vale a pena trocar de banco? Se vocêoptar pela portabilidade de crédito – ou seja,decidir migrar sua dívida para outra institui-ção –, essa transferência é isenta da co-brança de taxas, como a de liquidaçãoantecipada. O banco não pode impor ne-nhuma condição, nem alegar que não podeaceitar o pedido de portabilidade. A quita-ção de dívida com o banco do qual pretendetransferir a dívida deve ser feita pelo bancopara onde o consumidor está levando ofinanciamento – e não pelo próprio cliente.“O novo banco credor liquida a dívidadiretamente com o banco de origem”, es-clarece o especialista.

PEGADINHAS

E fique atento. Se o banco lhe oferecerqualquer oferta, peça por escrito. Antes deassinar, verifique se está condizente com oque foi dito. Os bancos também não podemexigir a contratação de um determinadoserviço ou produto para aceitar a migração.Isso se chama venda casada e é proibida

QUEDA DE JUROS

Aproveite, mas não aumente as dívidasA decisão do governo, de baixar os juros dos bancos

públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica), o que

obrigou os bancos privados a fazerem o mesmo, é para ser

comemorada. Primeiro, porque o Brasil tem uma das mais

altas taxas de juros no mundo. Segundo, porque o crédito

barato é necessário para que as pessoas possam adquirir

bens e investir em negócios, o que movimenta a economia.

Mas é preciso ter cuidado para que essa boa notícia não se

transforme em pesadelo.

pelo Código de Defesa do Consumidor. Você também tem que ficar alerta às

pegadinhas que os bancos escondem.Embora a propaganda diga que a taxa dejuros é de 0,90% ao mês, na hora defechar o empréstimo ele cobra 3%. Èque, para determinar a taxa de juros, osbancos levam em conta o perfil de cadacliente. Assim, a taxa não é a mesmapara todos. Contam pontos na reduçãoda taxa o relacionamento do tomadordo empréstimo com o banco (se écliente ou não, há quanto tempo, quaisprodutos tem), além do histórico decrédito – quem já esteve inadimplentepode ter que pagar juros maiores emum novo empréstimo.

Resumindo: quem tem dívidas, tem quebuscar a renegociação. E quem não tem,antes de sair comprando carro ou usando ocartão de crédito para mobiliar a casa, temque fazer as contas e verificar se temcondições de bancar a dívida sem compro-meter a receita.

Trabalho doméstico,trabalho decente

Segundo dados da Pesquisa deEmprego e Desemprego (PED), di-vulgada em 2010 pelo Departamen-to Intersindical de Estatísticas eEstudos Socioeconômicos (Diee-se), o país possui mais de 7 miltrabalhadoras domésticas, garantin-do a ocupação de 17% do total demulheres. Contudo, apenas 70%delas tem carteira assinada.

Por isso, uma das principais bandei-ras da CUT e outras entidades sindi-cais é a ratificação da Convenção 189da OIT (Organização Internacionaldo Trabalho). A Convenção garanteàs domésticas os mesmos direitos dosdemais trabalhadores, como o recebi-mento de horas-extras, em caso deatividade que ultrapasse oito horasdiárias e 44 horas semanais, e adici-onal noturno.

No Rio, a Secretaria da MulherTrabalhadora da CUT, coordenadapela diretora do Sinttel-Rio, VirginiaBerriel, realizou um seminário a res-peito no dia 27/04. E enquanto a Con-venção não é ratificada pelo governobrasileiro, a CUT e demais entidadesparticipam da Campanha 12 por 12,promovida pela Confederação Sindi-cal Internacional (CSI) e pela Confe-deração Sindical das Américas(CSA). O objetivo é fazer com queneste ano, 12 países ratifiquem a con-venção. Na América do Sul, a primei-ro a fazer isso foi o Uruguai.

Começa negociaçãoda Nokia Sistema

Começa dia 3, em São Paulo, asnegociações com a Nokia Sistema deComunicação para o fechamento dacampanha salarial 2012/13. A reuniãoserá coordenada pelo Departamentode Negociação da Fenattel formadapor dirigentes dos Sinttel’s do Rio deJaneiro, Paraná e São Paulo. Mais in-formações sobre essa negociação napróxima edição e no Portal do Sinttel(www.sinttelrio.org.br).

Caos no prédio da Oiem Ramos

Segundo denúncia dos trabalhadoresdo prédio da Oi da Rua Uranos, 1119,em Ramos, as condições dos sanitáriossão as mais precárias possíveis. Alémda falta de luz, o teto de gesso estáprestes a cair na cabeça de alguém ecausar um acidente. Se chove, queminsistir em usar pode sair de lá bastanteencharcado devido às goteiras. Assimnão dá. Onde estão os responsáveispela manutenção dos prédios? Se nadafor feito qualquer dia desses os traba-lhadores terão que pedir ao chinês dalanchonete para usar o banheiro. OSindicato exige providências urgentese estará de olho. Se nada for feito,voltem a denunciar.

Está confirmada para o dia 4, às 10h, nasede do Sindicato (Rua Morais e Silva,94), uma nova reunião com o presidenteda Vidax, Marcelo Martins. A reuniãocontará com a participação de 15 traba-lhadores (um representante da cada setore três delegados sindicais), além de diri-gentes do Sinttel.

Na reunião, será discutida a solução daspendências e esperamos que, desta vez,seja possível botar um ponto final nasirregularidades. Entre as questões a se-rem discutidas estão:.Regularização de pendências salariais

SEREDE+VELOX=EXPLORAÇÃODesde a migração, quando 90%

dos técnicos ASDL , ligadores esupervisores não se sentiram muitoseguros, o problema se agravou.Até o momento, 7 técnicos ADSL deCampo Grande e 1 supervisor daZona Oeste pediram demissão ale-gando falta de preparo da gerênciaalém de um plano de saúde ruim,tíquete alimentação baixo e escra-vidão na jornada de trabalho, che-gando a ser de 14 dias ininterruptospara se folgar apenas 1 dia, esomente no domingo, sem compen-sação de folgas. Ainda adicionaramà hora de almoço mais 30 minutos.Isso porque ao longo da semanavocê atinge as horas do seu contratode trabalho e, no sábado, trabalhade graça!! Um absurdo!!

O mais grave aconteceu no dia18/04. Em uma reunião em CampoGrande,o novo supervisor da áreaobrigou os técnicos ADSL da área aassinarem um documento de que apartir daquela data não haveriamais folgas aos sábados e apenas 2domingos no mês. Isso sob coaçãode advertência e demissão, consti-tuindo assédio moral, visto que emoutras áreas técnicos continuamtrabalhando e folgando em escala de50%.

Queremos no mínimo respeito.Folgas não são bonificações,sãodireitos assegurados na Constitui-ção e na CLT. Estamos caminhandopara uma paralisação forçada egostaríamos, dentro da lei, da ajudado Sindicato para este ato de deses-pero. Não podemos ser crucificadoscom sobrecarga de trabalho até aexaustão.

Técnicos ADSL da Serede

.Pagamento das diferenças salariaisde janeiro e fevereiro/12 conforme a últi-ma convenção coletiva (CCT).Pagamento em dia de vale transporte.Plano de saúde.Reembolso de valores cobrados inde-vidamente para pagamento do plano odon-tológico.Comprovantes de regularização dosrecolhimentos do FGTS dos últimos trêsmeses.Comprovação dos recolhimentos aoINSS.Pagamento das verbas rescisórias

VIDAX

Nova reunião no Sinttel dia 4

TAIANA STORQUE

ALEXANDRE BERSOT