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Curitiba, quinta-feira, 30 de abril de 2009 - Ano X - Número 477 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Divulgação Câncer de mama Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Desde ontem, as mu- lheres que têm mais de quarenta anos podem fa- zer de graça o exame que permite diagnosticar o cân- cer de mama. Até a nova lei, que entrou em vigor ontem, o serviço médico era gratuito ape- nas para mulheres com mais de cinquenta anos. A intenção do Mi- nistério da Saúde é formar uma es- pécie de banco de dados para moni- torar o tempo de espera de cada pa- ciente desde o momento da solicita- ção do exame até sobre os avanços de tumores constatados nas avaliações. Para 2010, o Ministério prevê que se- jam realizados 3,5 milhões de mamo- grafias. Os especialistas afirmam que é muito importante se descobrir o cân- cer mais cedo, já que assim o trata- mento é menos agressivo. Mas, paralelo a isso, existe também a realidade da saú- de pública brasileira, com falta de pro- fissionais qualificados e infra-estrutura, nem sempre adequada. As histórias dos profissionais das estradas de ferro, que se con- fundem, em muitos aspectos, com a própria história de desenvol- vimento do país. Entre as denominações antigas para os funcio- nários das ferrovias e as novas maneiras de se transportar cargas sobre trilhos, resta uma tradição dos trabalhadores antigos e as suas longas jornadas de trabalho fora de casa. Profissionais das ferrovias contam suas histórias no dia do ferroviário Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Páginas 4 e 5 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Deputados e senadores paranaenses são pouco eficazes, mostra pesquisa Desde 2003, os senadores aprovaram somente oito, dos 162 projetos apresentados no Senado. Na Câmara, no primeiro período de 2007, os deputados do Paraná apresentaram mais de 200 projetos, mas apenas um de- les foi aprovado. Feira oferece seis mil vagas de emprego aos trabalhadores em Curitiba Página 3 Página 3 Página 3 Página 3 Página 3

LONA 477- 30/04/2009

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, quinta-feira, 30 de abril de 2009 - Ano X - Número 477Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Divulgação

Câncerde

mamaPágina 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Desde ontem, as mu-lheres que têm mais de

quarenta anos podem fa-zer de graça o exame que

permite diagnosticar o cân-cer de mama. Até a nova lei,

que entrou em vigor ontem, oserviço médico era gratuito ape-

nas para mulheres com mais decinquenta anos. A intenção do Mi-

nistério da Saúde é formar uma es-pécie de banco de dados para moni-torar o tempo de espera de cada pa-ciente desde o momento da solicita-ção do exame até sobre os avançosde tumores constatados nas avaliações.Para 2010, o Ministério prevê que se-jam realizados 3,5 milhões de mamo-grafias. Os especialistas afirmam queé muito importante se descobrir o cân-cer mais cedo, já que assim o trata-mento é menos agressivo. Mas, paraleloa isso, existe também a realidade da saú-de pública brasileira, com falta de pro-fissionais qualificados e infra-estrutura,nem sempre adequada.

As histórias dos profissionais das estradas de ferro, que se con-fundem, em muitos aspectos, com a própria história de desenvol-vimento do país. Entre as denominações antigas para os funcio-nários das ferrovias e as novas maneiras de se transportar cargassobre trilhos, resta uma tradição dos trabalhadores antigos e assuas longas jornadas de trabalho fora de casa.

Profissionais das ferrovias contamsuas histórias no dia do ferroviário

Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5Páginas 4 e 5 Página 3Página 3Página 3Página 3Página 3

Deputados e senadores paranaensessão pouco eficazes, mostra pesquisa

Desde 2003, os senadores aprovaram somente oito,dos 162 projetos apresentados no Senado. Na Câmara,no primeiro período de 2007, os deputados do Paranáapresentaram mais de 200 projetos, mas apenas um de-les foi aprovado.

Feira ofereceseis mil vagas

de emprego aostrabalhadores

em Curitiba

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Opinião

Expediente

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalis-mo da Universidade Positivo – UP,

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-30. Fone (41) 3317-3000

Reitor: Oriovisto Guimarães. Vice-Reitor: José Pio Martins.Pró-Reitor Administrativo: Arno Antônio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: Renato Casagrande; Pró-Reitora de Extensão:Fani Schiffer Durães; Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesqui-sa: Luiz Hamilton Berton; Pró-Reitor de Planejamento e Ava-liação Institucional: Renato Casagrande; Coordenador do Cur-so de Jornalismo: Carlos Alexandre Gruber de Castro; Profes-sores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida e Mar-celo Lima; Editores-chefes: Antonio Carlos Senkovski, Cami-la Scheffer Franklin e Marisa Rodrigues.

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimentosgerais e humanísticos, capa-citação técnica, espírito cria-tivo e empreendedor, sólidosprincípios éticos e responsa-bilidade social que contribu-am com seu trabalho para oenriquecimento cultural, so-cial, político e econômico dasociedade”.

Missão do cursode Jornalismo

Poítica

HeróisAbuso deFórmula 1

Gabrielle Chamiço

Nesta semana acontece asessão do plenário na Câmaraque vai decidir se as regraspara o uso das cotas de passa-gens aéreas serão mais rigoro-sas. O motivo da discussão foio fato do uso abusivo das pas-sagens pelos deputados e seusfamiliares. Além do vergonho-so uso indevido do dinheiropúblico, existe a polêmica deque os deputados pedirampara que a votação, que vaiacontecer na sessão de semanaque vem, seja secreta.

Nesta história, teve políticoque colocou até o próprio casa-mento em jogo. Em uma maté-ria publicada na última sexta-feira, na Folha de S. Paulo, o de-putado Silvio Costa (PMN-PE)reclamou sobre as regras pro-postas, as quais preveem que ascotas só podem ser utilizadaspelo próprio parlamentar e porum assessor credenciado, e dis-se que elas poderiam até acabarcom o casamento dele. Costaainda comentou que achava umexagero o uso abusivo das pas-sagens, mas que não existiauma norma clara sobre isso.Além disso, o deputado alegoua possível omissão de tais nor-mas. Ao menos, ele e os colegaspoderi-

am então ter usado o bom sen-so. O dinheiro público tem umdestino a ser seguido, isso é deconhecimento nacional. Infeliz-mente, é de conhecimento naci-onal também que muitas vezestodo o dinheiro não é destina-do para fins que desrespeitem apopulação.

Quanto ao pedido de vota-ção secreta, a norma é clara: oregimento da Câmara determi-na que a votação seja aberta,mas existe chance de mudan-ça se os deputados apresenta-rem um requerimento com umpedido de votação secreta.Mas, as irregularidades apare-cem até para isso. Não é co-mum os deputados apresenta-rem este requerimento. Elestêm medo do quê afinal? Dian-te de declarações tranqüilas,afirmando usar as cotas paraviagens de familiares a pas-seio na Europa, por que que-rer esconder o voto? Uma dasrespostas pode ser a possívelpressão da opinião pública so-bre o resultado da votação. In-felizmente, é somente nestesmomentos que alguns políti-cos deste país se voltam paraa população e realmente sepreocupam com ela. Como senão bastasse o uso abusivodas cotas, agora eles querem

também abusar da pa-ciência do brasi-

leiro.

Cássio Bida de Araújo

E lá se foram quinze anos.Enquanto muitos vão à praia ouao campo aproveitar mais um fe-riado, o mundo do esporte fica emsilêncio por alguns instantes.Nos próximos dois dias é lembra-da a mais recente tragédia de umfinal de semana de corrida naFórmula 1. No Grande Prêmio deSan Marino de 1994 morreramdois pilotos: Roland Ratzenber-ger da Áustria no treino oficial dosábado e, na corrida, o brasileiroe tri-campeão mundial AyrtonSenna.

O momento atual da catego-ria traz algumas semelhançascom 1994, pelo menos no regula-mento técnico. Assim como em2009, naquele ano estava proibi-da a ajuda eletrônica nos carros.Nada de controle de tração, frei-os ABS ou suspensão ativa. Apotência dos motores, no entan-to, era a grande questão daqueleperíodo. Ainda eram potentes V-12, ou seja, doze cilindros. Hojesão modestos V-8 que precisamdurar, no mínimo, três corridas ecom a potência limitada em pou-

co mais de 19 mil giros.Eram outros tempos, de vacas

mais gordas. Motor novo a cadacorrida e carros extrapolando os300 km/h nas pistas mais rápi-das. A questão não foi a impru-dência em tornar o esporte maishumano. O problema foi nãopensar no detalhe mais básico: asegurança dos pilotos. Algo queficou evidente durante os treinoslivres do GP de San Marino, nocircuito de Imola. Na sexta-feira,dia 29 de abril, Rubens Barriche-llo se acidentou com violência.No dia seguinte foi a vez da Si-mtek de Roland Ratzenberger seespatifar contra o muro da curvaVilleneuve. Morte instantânea, oque faria a corrida ser canceladade imediato.

Mas, como o jeitinho não é ex-clusividade brasileira, avisarama morte do austríaco após a pro-va e o show de horrores conti-nuou. Na largada, a Lotus doportuguês Pedro Lamy encheu atraseira da Benneton de J. J. Lehtoe jogou detritos na arquibancada.Alguns minutos depois, o aciden-te fatal de Senna na curva Tam-burello. Foi a gota d'água. Era

hora de tomar providências séri-as sobre a segurança dos pilotosou novas tragédias iriam aconte-cer.

De lá para cá, a segurançados bólidos evoluiu bastante.Prova disso foi o acidente gigan-tesco no Grande Prêmio da Bél-gica em 1998 em que quase vintecarros se envolveram. O dano, fe-lizmente, foi material. Outro aci-dente impressionante aconteceuem 2007, com o polonês da BMWRobert Kubica, no GP do Cana-dá. A batida assustou. Mas odano final ao piloto não passoude um tornozelo torcido.

Hoje, a categoria vive sem aajuda de componentes eletrôni-cos e parece ter voltado ao tem-po das disputas eletrizantes.Pena que tudo isto tenha sido àcusta da vida de dois pilotos. Umdeles no seu ano de estréia. O ou-tro no auge da competitividade esedento por mais títulos. Doisverdadeiros heróis que morreramem nome da paixão pela veloci-dade e que, de alguma forma,contribuíram na evolução da ca-tegoria mais assistida no automo-bilismo mundial.

paciênciapaciência

Fotos: Divulgação

da resistênciaHeróis

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OpiniãoPoítica

Cássio Bida de Araújo

A prefeitura de Curitiba,em parceria com 89 partici-pantes, promove nos próxi-mos dias 1 e 2, no calçadãoda Rua XV de Novembro, aPrimeira Feira do Emprego eCapacitação. Durante o even-to, serão oferecidas em tornode seis mil vagas de empregosdiretos, além de 20 mil vagasem cursos de capacitação pro-fissional.

Para o Secretário Munici-pal do Trabalho, Jorge Ber-nardi, a feira é uma forma di-ferente de se comemorar oDia do Trabalho, geralmentemarcado por festas, shows ealguns protestos em diversascidades. “Em um período decrise, resolvemos comemorara data com o foco nos desem-pregados. O objetivo do even-to é fazer o elo de ligação en-tre as empresas e as pessoasque procuram uma oportuni-dade de inclusão no merca-do de trabalho”, explica o se-cretário.

Participam do evento uni-versidades, empresas, agên-cias de emprego e algumasinstituições não-governamen-tais, como a Universidade Li-vre para a Eficiência Huma-na (Unilehu). A instituiçãotrabalha desde outubro de2003 e conta com o apoio de22 empresas mantenedoras.O objetivo da Unilehu é a in-clusão das pessoas portado-ras de necessidades especi-ais nos diversos setores da

Trabalhadores têmchance de encontraremprego no feriado

sociedade. A instituição enxer-ga na feira uma boa oportuni-dade de divulgação de vagasde emprego e estágio. “Espera-mos, através deste evento, mo-bilizar as pessoas com defici-ência. Além de mostrar à soci-edade em geral as possibilida-des que essas pessoas têm emdesempenhar atividades pro-fissionais”, comenta o coorde-nador de projetos da institui-ção Enéas Pereira.

Para se inscrever, é impor-tante que o candidato leve umdocumento com foto e um cur-rículo atualizado. Quem aindanão fez a Carteira de Trabalhopode ir à feira para fazer o do-cumento. A prefeitura vaimontar uma barraca para aconfecção da carteira. Quem játem o currículo deve levar có-pias, já que diversas agênciasde emprego estarão coletandodados para agendamento deentrevistas. Só o Banco Nacio-nal de Empregos (BNE) devecoletar aproximadamente milcurrículos, de acordo com aexpectativa do gerente do BNEJosé Luiz Tortato. “Esperamosque nossos clientes consigamfechar as vagas oferecidasneste evento”, conclui.

Feira do Emprego e Capacitação traz ofertas deemprego em pleno feriado do Dia do Trabalho

1ª Feira do Emprego eCapacitação – Dias 1º e 2 demaio. Os estandes estarãoinstalados na Praça Osórioe no calçadão da Rua XV deNovembro das 09 às 17 ho-ras. A entrada é franca.

Serviço

Nova Leigarante examepara detectarcâncer de mamaMedida beneficiará mulheres com mais de 40 anos; as pacientes terãodireito a descobrir se têm a doença sem ter que pagar pelo serviço médico

Marisa Rodrigues

Entrou em vigor ontem (29)a Lei nº 11.664 de 2008, que ga-rante a realização do examepreventivo de mamografia noSistema Único de Saúde (SUS)para mulheres acima de 40anos. Antes, os exames só eramrealizados pelo SUS por indica-ção de um médico ou para mu-lheres com mais de 50 anos.Agora, com a nova medida o re-querimento do exame pode serfeito pela própria paciente.

Segundo dados do Ministérioda Saúde, houve um aumento de118,3% nos exames realizadospelo SUS nos últimos sete anos.A expectativa é que sejam reali-zadas três milhões de mamogra-fias na rede pública até o fim doano. Em 2010, a previsão do Mi-nistério é de 3,5 milhões de exa-mes e 4,4 milhões em 2011.

Atualmente os postos da redepública contam com 1.246 apare-lhos que realizam o exame cha-mado mamamografia. O Institu-to Nacional do Câncer (INCA) es-tima que no ano passado foramdiagnosticados cerca de 50 milnovos casos da doença no país eque a taxa anual de mortalidadede mulheres com câncer é de,aproximadamente 10 mil.

De acordo com a FederaçãoBrasileira de Instituições Fi-

lantrópicas de Apoio à Saúdeda Mama (Femama) uma emcada três mulheres teve, temou terá algum tipo de câncer euma em cada dez desenvolve-rá câncer de mama.

A nova lei também garante aassistência integral do SUS paraa paciente que for diagnosticadacom câncer de mama, com trata-mento e controle da doença. An-tes, a assistência só era garanti-da até a detecção.

Para monitorar os avançosna detecção e cura da doença,o Ministério da Saúde prevê acriação, em junho deste ano, deum banco de dados (Sismama)que vai reunir informações daspacientes, como idade, tempo deespera para a realização de exa-

mes e estágio do tumor.A ginecologista Clélia Sche-

ffer acredita que a lei é um avan-ço para a saúde das mulheres.“O diagnóstico precoce aumen-ta, consideravelmente, as chan-ces de cura da doença, além deminimizar os procedimentos ci-rúrgicos, no caso de uma retira-da de um tumor, o que contri-bui para uma melhor qualida-de de vida da paciente”.

Porém, Clélia alerta que a am-pliação e melhoria do atendi-mento do SUS, com mais mamó-grafos e técnicos que sejam qua-lificados para realizar o exame,são imprescindíveis para que agarantia dos novos direitos nãofiquem somente no papel e sejambem desenvolvidos na prática.

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ProfissãoDia do ferroviário

Trilhose trensPriscila Fernandes

O dia amanhece. Estamosna década de 60, época deouro da estrada de ferro. Ostrens cortam o país. Ao longe,se escuta um apito, é o tremchegando em mais uma cida-de, crianças chegam bem per-to do trilho para receber o paique acaba de chegar de maisuma casativa jornada de traba-lho de dias a fio.

Na cabeça um quepe lhedá um ar nobre e no coração aconfiança do dever compridolhe permite por os pés nochão. Chegara são e salvo no-vamente em casa após dias deviagem. Esta era a vida de umtrabalhador da rede Ferroviá-ria até alguns anos atrás, an-tes da privatização da ferro-via. Mas quem é o ferroviário?

O ferroviárioO trabalhador da ferrovia

contribui para o funciona-mento do complexo sistema detransportes que é a rede detrens. O cargo que vem à ca-beça das pessoas quando sepensa em transporte férreo é ode maquinista - o "motorista",que comanda o trem. As pes-soas que tem um pouco maisde idade, e que já passearamde trem, devem lembrar desteprofissional sempre muitobem vestido, com um beloquepe na cabeça. A verdade, éque existem muitos outrosprofissionais que atuam paraque um trem possa cruzar ascidades.

Para começar, é precisolembrar que o ferroviário podeatuar em vários tipos de trens:urbanos, turísticos, de carga.Para o presidente da Associa-ção dos Aposentados e Pensi-onistas da Ferrovia, Nery Car-valho, embora se denomineferroviário todo o trabalhador

da rede - que atua para o bomfuncionamento da ferrovia -, háum grupo merece maior desta-que. “O pessoal ferroviário pro-priamente dito era o pessoalque trabalhava ao logo da via,o pessoal da via permanente, opessoal de trens, guarda-freio,chefe de trem, maquinista, fo-guista, entre outros. Essa no-menclatura foi mudando. Estessão os ferroviários propriamen-te ditos, havia ainda as pesso-as da manutenção que traba-lhavam nas oficinas da rede”.

Dia do ferroviárioPara homenagear o profis-

sional trabalhador das estra-das férreas, foi designadocomo dia do ferroviário o dia30 de abril. Isto porque, em 30de abril de 1854, foi inaugura-da a primeira linha ferroviáriado Brasil. Esta viagem contoucom a presença do imperadorDom Pedro II e da ImperatrizTereza Cristina.

A Estrada de Ferro Petrópo-lis, que tinha 14 km de trilhos,ligava o Rio de Janeiro à Raizda Serra, na direção da cidadeque batizou a ferrovia. Ela foium empreendimento do empre-sário Irineu Evangelista de Sou-sa, que, por isso, recebeu do go-verno imperial o título de barãode Mauá. Porém, para os traba-lhadores da rede, havia outradata na qual eles comemora-vam, era 30 de setembro que é odia da implantação da rede.

Para os trabalhadores, essaera a data que eles considera-vam a mais importante, comoexplica Nery. “Para nós, traba-lhadores da rede, a data maisespecial era 30 de setembro.Porque foi a data em que acon-teceu a inauguração da rede fer-roviária. Neste dia havia muitafesta”, relembra Carvalho.

A ferrovia e o ferroviárioAssim começava a história

da ferrovia no Brasil. Porém, aferrovia possui outras datasmuito importantes. Uma delas,inclusive, é considerada a maisimportante pelos ferroviários.Como o 30 de setembro, dia emfoi criada a Rede FerroviáriaFederal (RFFSA), que unificouas 42 ferrovias existentes, cri-ando um sistema regional com-posto por 18 estradas de ferro.Nesta época também surge asprimeiras locomotivas a dieselno Brasil.

Nos tempos da ferrovia“Café com pão, café com

pão, café com pão. Virgem Ma-ria que foi isto maquinista?Agora sim.

Café com pão. Agora sim,café com pão. Voa, fumaça, cor-re, cerca; Ai seu foguista, botafogo, na fornalha, que eu preci-so, muita força.Muita força,”quem não conhece o famoso po-ema de Manuel Bandeira. O po-ema relata um pouco como erao trabalho para movimentar ostrens que na época não erammovidos com diesel.

Quando a ferrovia surgiu,os trens e trilhos ligavam po-pulações, regiões, países e

Graças a construção das linhas ferroviárias, milhares de pessoas foram empregadas dediversas locais do mundo, contribuindo com a aproximação de várias culturas.

“O pessoal ferroviário propriamente dito era o pessoal quetrabalhava ao longo da via. O pessoal de via permanente, opessoal de trens, guarda-freio, chefe de trem, maquinista,foguista, entre outros . Essa nomenclatura foi mudando.Estes são os ferroviários propriamente ditos”NERY CARVALHO, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS DA FERROVIA

trens

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ProfissãoDia do Ferroviário

continentes que, atéaí ,estavam completa-mente isolados. Na agri-cultura, produtos que corri-am o risco de ficar nas regiõesonde eram produzidos, pude-ram ser despachados paragrandes distâncias, havendo omenor risco de sua degrada-ção e encorajando o aumentodas produções.

Ao redor das estações fer-roviárias nasceram e cresce-ram vilas e cidades, onde atéentão nada existia. A constru-ção das linhas ferroviáriasempregou milhares de pesso-as, de cidades, regiões e até depaíses diferentes, contribuin-do para aproximar diferentespovos e culturas. Neste perio-do, os trabalhadores tinhammuitos direitos. Embora pas-sassem dias fora de casa lon-ge da familia, eles tinham di-reito de morar em casas darede e de participar de asso-ciações que promoviam lazeraos trabalhadores e suas fami-lias. O trabalho era muito va-lorizado, sendo que as famili-as orientavam os filhos paraque fossem fazer os cursos darede para trabalhar na ferro-via, pois além de estabilidade,por ser um servidor do gover-no, havia outros benefícios.

O trabalhador da antigaRede Ferroviária Renato Stais,foi agente de estação e traba-lhou 19 anos na oficina daRede 11 no transporte. “Nanossa época era muito bom, ostrabalhadores tinham as casasda Rede, tínhamos direito a la-

zer, havia os clubesdos ferroviários e,

além disso, podíamos vi-ajar de trem de passageiro

quase de graça. Foi um perío-do muito bom”, disse Stais.

Desvalorizaçãoda ferrovia

O tempo passou e as casasda rede, que antes eram ocu-padas pela família dos funci-onários, estão abandonadas,assim como muitos trilhos quecortam as cidades. Hoje, as es-tações estão fechadas e aban-donadas à própria sorte. Osvagões, em muitas cidades, setornaram moradias.

Todo esse relato triste teveseu início quando a ferroviaingressou num novo ciclo his-tórico e econômico no Brasil,no fim da década de 1990.

A grande marca desta mu-dança foi o ano de 1997, quan-do a rede foi incluída no Pro-grama Nacional de Desestati-zação e a Rede Ferroviária Fe-deral S.A. (RFFSA) foi privati-zada. Ocorreram desde a pri-vatização, quando a Rede foiconcedida a América LatinaLogística, diversas mudançasnas ferrovias.

Hoje, o transporte ferroviá-rio serve basicamente para otransporte de carga, já que oserviço de passageiros de lon-go e médio percurso, pratica-mente, deixou de existir, res-tando apenas duas linhas delongo percurso e os transpor-tes urbanos em algumas regi-ões metropolitanas.

Desvalorizaçãodo ferroviário

Com as mudanças, passou-se a exigir maior qualificação doprofissional para trabalhar nasferrovias. Em contrapartida, di-minuiu o número de profissio-nais necessários para o trans-porte. “Antigamente eram ne-cessárias muitas pessoas paralevar um trem, precisava o ma-quinista, o foguista e vários ou-tros profissionais. Mais tardequando veio a máquina a dieseleste número diminuiu para duaspessoas. E hoje, um trem partedaqui de Curitiba apenas como maquinista”, explica Nery.

Passada uma década, otransporte ferroviário de cargasretoma o processo de crescimen-to, produtividade e reforça a suaparticipação na matriz nacionalde transportes, demandando no-vos profissionais em novas espe-cialidades. “Olha, eu posso fa-lar até o momento em que eu es-tava na firma, em 1994. Acreditoque houve uma valorização dotrabalho do ferroviário, que novastécnicas foram criadas, novosequipamentos foram introduzi-dos. E as pessoas têm que se ins-truir mais para exercer estas ati-vidades”, ressalta Carvalho.

Não há mais o antigo gla-

mour na ferrovia. Se este brilhosumiu, o profissional que traba-lhava e vivia em torno da rede,deixando por dias a família e olar, também perdeu o valor coma mudança da ferrovia. Para omaquinista da America LatinaLogística *Anderson, ocorreuuma grande mudança na formacomo o ferroviário era visto an-tigamente e como é visto hoje.“No tempo dos meus avôs osferroviários eram mais valoriza-dos. Hoje não, a empresa não dáo mesmo valor que a antiga RFF-SA dava. Outro ponto, que cola-borou para essa mudança naforma como o profissional é vis-to hoje, foi a própria desvalori-zação do trem. Hoje em dia otrem só transporta carga daquipara o sul do estado. É verdadeas pessoas reclamam muito, dobarulho, de tudo, mas faz partedo progresso. Não sei se você jáouviu dizer mais ou menos as-sim: com a ferrovia o Brasil nãopara. Esta frase é mais ou menosdo tempo do Vargas. É umagrande pena que a populaçãonão veja dessa forma e o nossogoverno também não, pois pri-vatizou quase todas as ferroviasdo Brasil”, desabafa *Anderson.

Já para Stais, o profissionalaposentado sofre muito mais com

a desvalorização do ferroviário.“Acredito que hoje os ferroviári-os, são muito discriminados epouco valorizados. Já nós, queéramos da época da rede, somosdiscriminados pela nossa idade.Outro exemplo da desvaloriza-ção do ferroviário aposentado éo fato de não termos nenhum au-mento de salário nos últimostempos, pelo contrário, tivemosuma baixa no ordenado.”

O que se tem a comemo-rar no dia do ferroviário

Com a chegada do dia doferroviário uma pergunta fica noar: o que temos par a comemo-rar? Para Carvalho os motivosnão existem. “Hoje, infelizmen-te, se pensarmos em ferroviárioda rede não temos nada a come-morar. A situação é bem compli-cada, a partir do momento emque ouve a privatização fomosesquecidos. Antigamente haviaum real motivo de júbilo nestadata, mas hoje, infelizmente, asassociações desapareceram. Aspessoas estão morrendo, entãonão vejo nenhuma perspectivapara o ferroviário antigo. Nósnão temos reajustes, somos rene-gados pelo governo. Eles nosdesconsideram”.* O nome foi trocado a pedido da fonte.

Atualmente o transporte ferroviária existe apenas para o transporte de carga.O serviço de passageiros praticamente deixou de existir.

Fotos: divulgação

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No xadrez da

política

ColunasMúsica Cultura

Giulia Lacerda

Fortalecer de dentro parafora. É esse o lema do Pilates.Mais do que uma atividade fí-sica, o método pilates consis-te em uma filosofia de vida.Há pouco tempo comecei apraticar o exercício e as melho-ras já são perceptíveis no meucotidiano. Durante a aula, aocontrário das outras ativida-des desenvolvidas nas acade-mias convencionais, não hárepetições incessantes de cadamovimento e sim uma rotinade exercícios curta e com mai-or eficiência. Isso leva o alunoa ter consciência de suas fun-ções musculares e, dessa for-ma, passa a controlá-las deforma correta. No início os mo-vimentos são difíceis de seremexecutados, porque exigem umgrau de concentração muitoalto, mas isso acaba conformeo equilíbrio entre corpo e men-te vai sendo atingido.

Eu descobri no pilates umamaneira de melhorar minhaqualidade de vida. Não é umaatividade dinâmica, muitomenos agitada, mas possibili-ta um conhecimento do seupróprio corpo e, consequente-mente, uma melhor realizaçãode qualquer outro exercício fí-sico. É incrível como a menteconsegue controlar os movi-mentos do corpo durante aaula e, aos poucos, fora delatambém. É um momento ondetudo o que é externo dá lugarao "eu" interior. A concentra-ção é o principal fator para re-alizar os movimentos de for-ma correta. Os exercícios fo-cam no fortalecimento dosmúsculos posturais, que aju-dam a manter o corpo equili-brado. A chamada "powerhouse" deve estar ativada du-

rante todos osexercícios ecompreende ocontrole da forçamuscular aliado àrespiração e con-centração. Na aula, opraticante aprendequais músculos estãosendo trabalhados paraque mantenha todos osoutros relaxados. Comoefeito disso, os adeptos dométodo adquirem melhorcondicionamento físico, flexi-bilidade, equilíbrio emocionale postura correta.

O método foi desenvolvidopelo alemão Joseph Pilates noinício do século vinte para ocondicionamento total do cor-po. Para muitos especialistasda área, o pilates é a ativida-de física existente mais efici-ente. São basicamente 500exercícios que podem ser re-alizados no solo ou comaparelhos. Todoseles envolvemforça e alon-gamento. Odiferencialdo métodoé a maneiracomo o corpoé trabalhadode forma que, pormeio da consciênciacorporal, melhora a postu-ra, deixa os músculos maisfirmes e fortes e possibilita aosadeptos um maior autocontro-le e tolerância ao stress. Por to-dos os seus benefícios com-provados, o pilates é uma al-ternativa de recuperação de le-sões e cirurgias de qualqueroutra articulação do corpo.Quem pratica entende que nãoé apenas uma atividade físicae sim um condicionamentofísico funcional.

Equilíbrio entrecorpo e mente

Gabriel Hamilko

A esfera política paranaense vive de jogadas e es-tratégias muito bem planejadas. Cada peça é funda-mental para o desfecho do jogo, um jogo que aindavai se prolongar. O início já foi definido e partimospara as situações em que as jogadas se intensificamneste ou naquele lado do tabuleiro, enquanto, lá naoutra parte, discretamente sem saber, o jogador adver-sário vai montando sua ofensiva, que pode ser fatal.

Vamos dar nomes às peças: no último sábado, 25de abril, Osmar Dias coordenou em Foz de Iguaçu,um evento que deu início à elaboração do Plano deGoverno que vai usar em 2010. Diante dessa reu-nião, deixou bem claro para todos os paranaensesque já é um pré-candidato. ”Podem sair quantos qui-serem, mas eu serei candidato”, palavras do convic-to senador.

A mensagem tem direção: os tucanos que estão no“chove e não molha” com a manutenção da superaliança. A popularidade de Beto Richa, o pré-candi-dato invisível e as ambições de seu “brother” Álva-ro Dias, também senador pelo Paraná, atrapalham aaliança. Existe um acordo para não ocorrer uma dis-puta familiar, e quem estiver mais bem avaliado naspesquisas dos próximos meses sairá candidato, sen-do apoiado pelo outro. Aí mora a confiança de Ál-varo, sendo contrariada pela frase proferida pelo ou-tro Dias neste final de semana (Podem sair quantosquiserem).

Sem dúvida, Osmar é a peça do jogo no momen-to: quem sabe um bispo (a peça, não o Lugo) com am-pla movimentação pelas diagonais, ou um cavaloque pode sair em “L” e avançar por cima dos adver-sários, mas o que pode ser afirmado é que todos vol-taram atenção para ele. Desde o desafeto Requião atéo cassado Zé Dirceu. E isso passa pela possibilida-de de Osmar ser o primeiro paranaense a ser nome-ado líder do governo no Senado. Um agrado de Lula,que vê em Osmar o palanque ideal para sua discí-pula, Dilma Rousseff, fazer sua campanha para a su-cessão presidencial. Requião se magoa cada vezmais, tanto com o governo federal, quanto com os de-putados que acreditam mais nos outros do que noseu pré-candidato, Orlando Pessuti.

Esse é um lado do tabuleiro. No outro, por fora,sem holofotes e com inaugurações seguidas em meioao povo e viagens pelo Paraná, o prefeito de Curiti-ba avança com pequena artilharia e sem nada ofici-alizado. Até alguém descobrir a brecha, e as peçasde ataque ou assédio mudarem de direção. O fato éque poderá ser muito tarde até lá.Fotos:

divulgação

política

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Curitiba, quinta-feira , 30 de abril de 2009 7

PolíticaTransparência Brasil

Pesquisa revela que bancada dos deputados paranaense é pouco eficaz

Aline ReisDiego SarzaMaria Carolina Lippi

Ao término de uma eleiçãosão escolhidos nossos represen-tantes legais, que devem lutarpelo interesse público, por me-lhorias e benefícios para o país.

Mas, nem sempre esse papelé cumprido ou se é, nem sempreagrada aos eleitores, foi o queconstatou a pesquisa realizadapela organização não-governa-mental Transparência Brasil.

Os dados apresentados nolevantamento dão conta de quea bancada paranaense está semostrando um tanto quantoineficiente em relação à aprova-ção de projetos. A pesquisa re-vela que desde 2003, os senado-res paranaenses aprovaram so-mente oito projetos dentre os162 apresentados.

Na Câmara a situação não édiferente, no início da 57ª legis-latura (2007) foram apresentadospelos paranaenses mais de 200projetos e apenas um deles foiaprovado.No ranking feito pelaONG, a taxa de aprovação dosprojetos dos paranaenses quan-to aos senadores é de 4,9%, en-quanto na câmara é de 0,5%.

Com esses números os sena-

dores e os deputados federais doParaná ocuparam a 18ª e 19ª co-locação na lista de eficiência di-vulgada pela TransparênciaBrasil, que ainda divulgou quan-to ‘custará’ cada parlamentaraos cofres públicos. Somente nosenado, serão gastos R$34 mi-lhões durante 2009.

Segundo o vereador curitiba-no Pedro Paulo (PT), o métodoutilizado pela ONG para análi-se do trabalho da Câmara Fede-ral e Senado não são satisfatóri-os. “Eu não sei se é eficiente aquantidade (número de projetosaprovados) como forma de medireficiência. De qualquer forma, aminha avaliação é que o parla-mento em geral, incluindo a Câ-mara de vereadores, não têm sidohábil no sentido de efetivar polí-ticas públicas. Eu tenho mais de20 projetos, nem todos viram lei,porque isso é política.”

Ainda de acordo com o vere-ador, existem várias causas paraa falta de aprovação dos projetos,dentre os quais figuram a de-manda e as medidas provisórias.“A mesa da câmara tem essa pos-sibilidade de aprovar projetos, senão aprovam é por falta de prio-ridades”, critica.

O professor Sérgio Czajko-wski, especialista em sociologia

política, analisou a posição dosparlamentares paranaenses e asconsequências que isso podeacarretar para nosso Estado.

“No Paraná, talvez a ques-tão do partido seja mais forte:‘eu não vou me aliar com o in-divíduo do outro partido porqueele defende ideologicamentealgo diferente’. No plano do diaa dia o que leva às vezes a pes-soa a não se unir é porque o po-lítico se considera como repre-sentante de um grupo qualquer,então ele acha que o cargo édele e acaba não se aliandopara ‘não prejudicar o cargo’”.

A questão que vale a pena serdiscutida é até que ponto os elei-tores são responsáveis pela inefi-ciência dos deputados e senado-res da bancada paranaense.“Não seria falta de fiscalizaçãoda população, propriamentedita? A cultura no Brasil pregaque político bom é aquele quefaz, mas não que faz para o cole-tivo, mas aquele que faz paravocê, enquanto indivíduo. O po-lítico bom é o que dá cadeira derodas, óculos, internamento hos-pitalar”, exemplifica Czajkowski.

Ainda de acordo com o espe-cialista, pode-se avaliar o posi-cionamento da bancada para-naense em duas vertentes: a pri-meira trata dos interesses do Es-tado como um todo, indepen-dentemente do partido; a segun-da analisa a ideologia partidá-ria e exclui a ligação entre pes-soas de partidos diferentes mes-mo quando se trata das ques-tões de interesse do Estado. “Separtimos do princípio de nãodar importância ao partido,nosso interesse maior é o Esta-do, e isso é muito prejudicial.Mas se vermos a questão de queo Paraná tem várias vozes con-sonantes e grupos com interes-ses diversos, é muito bom, por-que se todos votassem em blo-cos nós, como eleitores, não te-ríamos opção de voto”.

Rodolfo Stuckert - SEFOT/Secom

Marcha lentalentaPriscila Paganotto

A Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Po-sitivo está com inscrições abertas para o Curso Apli-cado de Jornalismo Esportivo. A atividade é direci-onada para profissionais recém-formados e acadê-micos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda,Relações Públicas e Educação Física, além de pes-soas interessadas em jornalismo esportivo.

O principal objetivo do curso é aproximar os par-ticipantes da realidade do mercado de trabalho, au-xiliar na ampliação de conhecimentos específicos eensinar as diferentes técnicas de trabalho dos veí-culos de comunicação esportiva.

Em Curitiba, por exemplo, todos os canais de tele-visão aberta possuem um ou mais programas esporti-vos. No rádio, são onze emissoras que dedicam espa-ços diários para debates e notícias sobre esporte —além de jornais, revistas e sites. Trata-se de um amplomercado de atuação.

Com carga horária de 36 horas e divisão em oitomódulos, as aulas serão teóricas e explicativas, comparticipação interativa dos alunos. História e noçõesdo jornalismo esportivo, ética e assessoria e marketingserão alguns dos temas discutidos.

O corpo docente é formado pelos coordenadoresCarlos Henrique Bório e Cristian Toledo, Marcelo

Dias Lopes, JoyceCarvalho, Irapi-

tan Costa eL e o n a r d oMendes Jú-nior.

C u r s oAplicado deJornal ismoEsportivo

L o c a l :Universida-de Positivo.Rua Prof.Pedro Viria-

to Parigot deSouza, 5300 – Campo

Comprido.Horário: Sexta-feira, das

18h30 às 20h30, e sábado,das 8h30 às 10h30.

Mais informações e inscriçõespelo site: http://extensao. up.edu.brou pelos telefones (41) 3317-3092e 3317-3201.

Vagas limitadas de 40 alunos.

Profissionais da comunicaçãoesportiva ministram curso

de extensão na UP

Serviço

Divulgação

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EnsaioCopacabana

Muito além do

Texto e fotos: Eli Antonelli

Copacabana no Rio de Janeiro é mais que uma bela praia. A arte se faz presen-te nas belas esculturas na areia, turistas e cariocas não resistem e param atentos ecuriosos pela técnica e perfeição. Enquanto isso, eventos organizados por Institui-ções e pela Prefeitura marcam presença em vários pontos. Um exemplo são as au-las de informática. Idosos de bairros distantes de Copacabana se encontram aosdomingos para aulas à beira da praia.

Mais à frente está o Forte de Copacabana, que tem suas origens em 1763. Inte-gra ao Forte o Museu Histórico do Exército com atividades culturais e educacio-nais. No mês de maio, o museu recebe a exposição “O Aleijadinho e a Religiosida-de Barroca Brasileira.”

Continuando o passeio, é possível sentar num banco e relaxar a beira do marazul. E se esse banco for o mesmo em que o poeta Carlos Drummond de Andraderefletia e elaborava seus textos primorosos? E é esse o presente que Copacabanaoferece. Ao lado da estátua do poeta, você pode imaginar-se conversando com ele.Você e Carlos Drummond de Andrade num cenário de sonhos.

banho de marbanho de mar