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lona.redeteia.com Opinião Colunistas Página 5 Hospital Pequeno Príncipe tem príncipio de incêndio e para atendimento por uma hora Dois funcionários de uma empre- sa terceirizada que trabalhavam na reforma de uma das salas no térreo iniciaram o foco de incên- dio. A cola com que aplicavam o carpete teria sido a responsá- vel pelo susto. O Hospital teve que paralisar o atendimento por uma hora. A tenente do Corpo de Bombeiros Tamires Silva Pereira apontou duas falhas no caso e dá dicas para a prevenção de incên- dios: não acumular materias in- flamáveis e usar sempre equipa- mentos de segurança. “Se a Rússia, que se pressupõe pos- suir uma boa de- fesa virtual, to- mou essa medida extrema, o que resta ao Brasil, que de criptogra- fia pouco tem?” “Vai que Cola es- treou na onda do impacto da exi- bição de quatro episódios inéditos de Sai de Baixo”, Guilherme Dea O que fazem os estudantes de jor- nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Gabriela Junqueira. Editorial Humor Por onde anda? Notícia Antiga No dia 23 de setembro de 1939, o mundo deu adeus a Sigmund Freud, o pai da psi- canálise Edição 834 Curitiba, 23 de setembro de 2013 “A crítica em GTA V é presen- te a todo instan- te, atingindo os campos sociais de uma maneira atualizadíssima”, Maximilian Rox. “O pior problema do Coritiba que, pelo visto, fez a equipe chegar à situação em que está, é o Depar- tamento Médico sempre lotado”, Osmar Murbach. Games Esportes Lucas de Lavor Milionários da bola Cada vez mais o mundo do fute- bol vem dando interesse aos bi- lionários dos negócios que adqui- rem clubes de futebol no mundo inteiro. São 50 clubes que têm ad- ministração com esse novo tipo de gestão. Alguns obtiveram su- cesso, outros estão em busca dele e há os que não querem nem sa- ber mais do seu “brinquedinho”. Página 4 Site Oficial do PSG

Lona 834 - 23/09/2013

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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lona.redeteia.com

Opinião

Colunistas

Página 5

Hospital Pequeno Príncipe tem príncipio de incêndio e para atendimento por uma horaDois funcionários de uma empre-sa terceirizada que trabalhavam na reforma de uma das salas no térreo iniciaram o foco de incên-dio. A cola com que aplicavam o carpete teria sido a responsá-vel pelo susto. O Hospital teve que paralisar o atendimento por uma hora. A tenente do Corpo de Bombeiros Tamires Silva Pereira apontou duas falhas no caso e dá dicas para a prevenção de incên-dios: não acumular materias in-flamáveis e usar sempre equipa-mentos de segurança.

“Se a Rússia, que se pressupõe pos-suir uma boa de-fesa virtual, to-mou essa medida extrema, o que resta ao Brasil, que de criptogra-fia pouco tem?”

“Vai que Cola es-treou na onda do impacto da exi-bição de quatro episódios inéditos de Sai de Baixo”, Guilherme Dea

O que fazem os estudantes de jor-nalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Gabriela Junqueira.

Editorial Humor Por onde anda?

Notícia AntigaNo dia 23 de setembro de 1939, o mundo deu adeus a Sigmund Freud, o pai da psi-

canálise

Edição 834 Curitiba, 23 de setembro de 2013

“A crítica em GTA V é presen-te a todo instan-te, atingindo os campos sociais de uma maneira atualizadíssima”, Maximilian Rox.

“O pior problema do Coritiba que, pelo visto, fez a equipe chegar à situação em que está, é o Depar-tamento Médico sempre lotado”, Osmar Murbach.

Games Esportes

Lucas de Lavor

Milionários da bola

Cada vez mais o mundo do fute-bol vem dando interesse aos bi-lionários dos negócios que adqui-rem clubes de futebol no mundo inteiro. São 50 clubes que têm ad-ministração com esse novo tipo de gestão. Alguns obtiveram su-cesso, outros estão em busca dele e há os que não querem nem sa-ber mais do seu “brinquedinho”.

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Expediente

Exposição, expo-sição e exposição. Hercule Poirot, personagem épico de Agatha Cristhie, uma vez disse que “antigamente” era muito difícil pers-crutar na vida de um indivíduo e que “atualmente” uma simples prancheta na mão e a pessoa responderia tudo o que você quisesse. O interessante dis-so é que o livro em que ele declamou essas verdades foi escrito em no iní-

cio do século XX. A espionagem, de uma maneira ou outra, não é no-vidade para nin-guém. Semana passada o Lona publicou uma en-trevista com o Ale-xsandro Eugenio Pereira, Coorde-nador do Núcleo de Pesquisa em Relações Interna-cionais da Uni-versidade Federal do Paraná. Para Alexsandro terro-rismo é pretexto para espionagem

econômica. Sema-na passada foi di-vulgada pelo ex-a-gente da Agência Nacional de Segu-rança (NSA) que a Petrobras é alvo de espionagem pelos Estados Unidos. A presidente Dilma Rouseff exigiu sa-tisfações imediatas e o que recebeu fo-ram respostas eva-sivas e uma nova reunião sem data prevista.Falta de efetivo na defesa cibernética do país é um dos

principais pontos que afeta o país, a Rússia, preocupa-da, comprou má-quinas de escrever. Se a Rússia, que se pressupõe possuir uma boa defesa virtual, tomou essa medida extrema, o que resta ao Brasil, que de criptografia pouco tem? Dilma passará três dias em Nova York e não se encontra-rá com nenhuma autoridade. Dil-ma tomou uma postura admirá-

Espionagem vintage

Gabriela JunqueiraApós terminar a Universidade, optei por traba-lhar como free-lancer durante um semestre. Fiz alguns trabalhos com produção cultural, envol-vendo eventos de música, dança e teatro. Paralela-mente a isso, fiz outros trabalhos envolvendo asses-soria de imprensa e mídias digitais.

Todas essas expe-riências foram de grande valia para ampliar meu le-que de contatos e de conhecimento. Passado esse pe-ríodo, senti a ne-cessidade de me inserir no mer-cado de trabalho formal, pois, caso contrário, se tor-naria cada vez mais difícil con-seguir uma opor-tunidade. Apesar

de gostar muito de rádio, há um tempo pensava em experimen-tar comunica-ção empresarial, uma área que me abriria novos ho-rizontes e novas perspectivas.Atualmente estou na Lide Multimí-dia, que trabalha com assessoria de imprensa e comu-nicação empre-sarial. A empresa

O “Vai que Cola?” colou de vezGuilherme Dea

Dona Jô (Catarina Abdal-la) após um dos seus es-quemas dar errado. Lá ele tem de conviver com Jés-sica (Samantha Schmutz), filha de Dona Jô, e seus dois namorados, Maicól (Emilliano D´Ávilla) e Lacraia (Silvio Guidane), assim como Terezinha (Cacau Protásio), uma viúva de um bicheiro, Velna (Fiorella Martins), uma golpista se fazendo de estrangeira para pro-curar o dinheiro perdido deixado pelo falecido ma-rido de Terezinha, Wilson (Fernando Caruso), um atrapalhado mecânico que tenta se declarar para Dona Jô, e o concierge Ferdinan-do, que nunca trabalha e sonha em estrelar um mu-sical da Broadway.O programa, que recebeu grande promoção nos in-tervalos do canal, se difere das sitcoms (comédias)

habituais por ser grava-da ao vivo, diante de uma plateia. Erros dos atores são comuns e acabam se juntandoà graça dos pro-gramas. O formato não é novidade: em 1996, estreou na TV Globo o clássico hu-morístico Sai de Baixo, que teve Marisa Orth, Aracy Balabanian, Miguel Fa-labella, Tom Cavalcante, Luis Gustavo e Claudia Jimenez no elenco e era filmado ao vivo, no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo. Logo depois era exibido após o Fantástico, nas noites de domingo. O programa logo se popu-larizou pelo seu formato inovador e por oferecer maior liberdade aos ato-res.A atração se difere do Sai de Baixo ao utilizar um palco giratório, compos-to de vários ambientes do local da série, a Pensão da

Dona Jô, que se localiza no bairro do Méier, no Rio de Janeiro. Ao utili-zar tal feito, Vai que Cola oferece um dinamismo maior às tramas, fugindo da mesmice do cenário que tornava alguns episó-dios de Sai de Baixo can-sativos.Assim como Sai de Bai-xo, Vai que Cola teve vá-rios convidados em seus episódios, dentre eles os cantores Naldo, Péri-cles, Ivete Sangalo e Dio-go Nogueira (que canta o tema de abertura), a atriz Marcia Cabrita (que atuou em Sai de Baixo e em seus recentes espe-ciais) e Sabrina Satto, os comediantes Helio de La Peña e Sergio Mallandro, e até mesmo a socialite Narcisa Tamborindeguy. Aos poucos, a série foi ganhando tal fama que

os atores da série foram escalados para cobrir o Prêmio Multishow 2013, realizando entrevistas com vários convidados, e Paulo Gustavo, apresen-tando o evento ao lado de Ivete Sangalo.Aliás, Vai que Cola es-treou na onda do impac-to da exibição de quatro episódios inéditos de Sai de Baixo, que foram fil-mados em comemoração do aniversário do canal onde é exibido atualmen-te, o Viva, que é dedica-do a reprises de séries da TV Globo. Caco Antibes e companhia são a maior audiência do canal, o que justificou uma reunião. Os episódios foram tão bem recebidos que já estão na fila dos especiais de fim de ano da emissora cario-ca. Porém, o sucesso da sit-com de Paulo Gustavo tem levado a emissora a cogitar

a exibição de Sai de Baixo em seu horário original, logo após o Fantástico, se-gundo matéria publicada por Keila Jimenez.O sucesso das reprises de Sai de Baixo e da primei-ra temporada de Vai que Cola? tem mostrado que comédia tem ainda muito fôlego com o público. E as emissoras têm mostrado que continuarão investin-do no filão da comédia. O canal Multishow já anun-ciou a segunda tempora-da do Vai que Cola? para ano que vem e parece es-tar dando atenção especial ao programa. Dentre os futuros convidados, já foi confirmado Fabio Porchat, comediante que tem apare-cido em muitos comerciais neste ano e faz sucesso na internet com sua série Por-ta dos Fundos.

Por Onde Anda?

Reitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Da Redação

vel e está cobran-do respostas vee-mentemente, não surpreenderá nin-guém se ela peça satisfação por lá e desvie um pouco a sua agenda ofi-cial. A presidente estará acompanha-da pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombi-ni, pelo ministro da Fazenda , Gui-do Mantega, por Luciano Coutinho –presidente do Banco Nacional de D e s e nvolv i me nto

Econômico e So-cial (BNDS)- e pelo Ministro da Fazen-da Guido Mantega, além de Fernando Pimentel minis-tro do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio. Colhões não vai faltar para a cobrança.Mas não surpreen-de a ninguém: se no início do século passado já era fácil investigar alguém. Um país não é nada para o século XXI.

Anunciado logo no início do ano pelo canal Mul-tishow, o humorístico “Vai que Cola?”, estrelado pelo comediante Paulo Gustavo e por Cacau Protásio, Ca-tarina Abdalla, Fernando Caruso, Marcus Majel-la, Samantha Schmutz, Emiliano D´Avila, Silvio Guindane e Fiorella Ma-theis, quebrou um re-corde de audiência na tv fechada: 11 milhões de telespectadores nos pri-meiros 20 episódios. É o programa de maior au-diência da década na tv fechada brasileira, segun-do dados coletados pela jornalista Keila Jimenez, em sua coluna Outro Ca-nal, no site da Folha de São Paulo. A narrativa da trama gira em torno das falcatruas de Valdomi-ro (Paulo Gustavo), que vai morar na pensão de

é muito bacana e possui uma es-trutura muito só-lida dentro deste setor, o que torna nossas ações mais eficazes. Este tipo de trabalho me permite estar em constante conta-to com todos os tipos de veículos de comunicação, além dos setores de comunicação e marketing de di-versas empresas.

Editorial

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Incêndio em Hospital Pequeno Príncipe paralisa atendimento por uma horaUma fagulha de uma furadeira teria causado o fogo em uma cola que era usada para colocar um carpete. A má utilização teria causado o incidente, segundo a tenente do Corpo de Bombeiros Tamires Silva Pereira

Foi registrado on-tem (22), no Hos-pital Pequeno Prín-cipe, um princípio de incêndio que interrompeu que os serviços de pronto-atendimento para convênios particu-lares durante uma hora, ferindo dois trabalhadores. O susto aconteceu por volta das 17h por conta de um aci-dente de trabalho durante a reforma de uma das salas de observação foi o motivo do iní-cio do incêndio. Os feridos foram en-caminhados aten-didos no próprio hospital e encami-nhados para o Hos-pital Evangélico. Mesmo com muita fumaça, o fogo foi rapidamente con-trolado pela bri-

Lucas de Lavor

gada de incêndio. Os pacientes foram orientados a utili-zar outros serviços de emergência.

A Tenente do Cor-po de Bombeiros, Tamires Silva Pe-reira, classificou o caso como “atípi-co”. Os dois homens trabalham para uma empresa ter-ceirizada, instala-vam um carpete no andar térreo com as janelas estavam fe-chadas. A cola, que é inflamável solta um vapor, e uma fagulha liberada por uma furadeira iniciou o fogo. Um dos homens foi en-caminhado em es-tado grave, o outro apresentava estabi-lidade.

Tamires apontou

duas falhas nes-se caso: uma delas seria o uso inade-quado do material tóxico, que só po-deria ser utilizado em ambiente ven-tilado, nesse caso, um exaustor seria o suficiente para li-

berar a fumaça. A outra falha seria o uso de equipamen-tos como máscara de proteção e uma terceira pessoa que vigiaria o estado dos funcionários, caso estivessem desmaiados.

Mesmo não sendo o caso, o Corpo de Bombeiros alerta que para minimi-zar os riscos de in-cêndio deve-se agir sempre de acordo com as regras es-tabelecidas: manu-

tenção frequente das instalações elé-tricas e o armaze-namento compar-timentado, que é uma distância con-siderável entre pro-dutos inflamáveis.

Notícias do DiaLucas de Lavor

O avental amarelo se destaca dentro do Hos-pital Pequeno Príncipe. Marcos Antônio, um dos voluntários, veste o avental com orgulho há 15 anos e se sente honrado, ao responder o que representa aju-dar as crianças, mesmo tendo uma deficiência física que o obriga a usar muletas. “Faz mui-to bem pra gente, fico bem feliz. Quanto mais você ajuda, melhor fica”. Marcos fala que parte da rotina dele é pegar o violão e ir para a cardiologia. “Não te-nho rotina certa. Chego aqui, pergunto se tem algo de especial para fazer e pego o violão e normalmente vou para a cardiologia, onde eu mais gosto de ir”. Uma das crianças na cardio-logia é Augusto de 10 anos. Com bochechas rosadas e pela clara, Augusto nasceu com uma das artérias do co-

ração trocada e já teve que fazer três cirurgias. A mãe de Augusto, Regina, veio da cidade de Dois vizinhos, su-doeste do Estado. “Só deu para eu e ele vir-mos, ele teve que ser encaminhado e não sei quando e como a gente volta”. Há duas semanas não sai do lado do filho e fala que o programa de voluntários ajuda muito na distração das crianças. “Elas chegam até esquecer que es-tão aqui por uma coisa ruim”. E é exatamente essa a intenção do pro-grama: os responsáveis do hospital orientam a não conversar sobre os problemas nas frentes das crianças. “Parte do programa dos voluntá-rios é justamente fazer com eles se esqueçam, mesmo que por pouco tempo, que eles estão ali por alguma coisa ruim”, informa Camila Mendes, assessora que

acompanha as visitas da imprensa ao hospi-tal. Estima-se que o núme-ro de voluntários seja algo aproximado dos 500. O grande número se justifica em partes pelo ganho de horas complementares para os alunos da Faculda-de Pequeno Príncipe. “Sempre temos bastan-te gente, é uma pena que tem gente que vem e logo vai, ou fica um ano e tem que parar. Eu mesmo já tive que me ausentar por dois períodos, mas eu voltei e não pretendo parar”, afirma Marcos. Para os voluntários, depois da inscrição, o candidato passa por uma entre-vista seguida de um treinamento. Além da recreação de crianças e adolescentes, a higieni-zação dos brinquedos e organização geral é o trabalho dos voluntá-rios que Marcos clas-

sifica como “gratifican-te”. Mariana Mansur, responsável pelo pro-grama de voluntários, explica que para parti-cipar tem que ser maior de 18 anos. “O trabalho aqui é enobrecedor, fi-camos agradecidos por existir essas pessoas”.

O próprio hospital é fruto do trabalho vo-luntário no início do século XX, quando mulheres se mobiliza-ram para criar um aten-dimento exclusivo para pessoas de baixa renda, de preferência a crian-ças. São 490 leitos, 2 toneladas de roupa suja por dia e mais de 11 mil crianças e adolescentes entre 0 a 18 anos do Brasil inteiro que pas-sam pelo hospital que é referência no país. “Um garotinho índio de 6 anos que veio do Ama-zonas e não fala portu-guês veio para cá com a mãe, teve que fazer um

transplante de medula óssea”, afirma Camila. “Casos assim são bem comuns”.

Pequeno Príncipe tem cerca de 500 voluntários

Lucas de Lavor

O hospital, que é fruto do trabalho voluntário, agrega hoje cerca de 500 pessoas que se oferecem a prestar ser-viço comunitário

Emergência: pacientes foram orientados a procurarem outros serviços.

Lucas de Lavor

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4 Geral

Em um mundo glo-balizado, os clubes de futebol tiveram uma grande mu-dança quando o assunto é adminis-tração. O modelo de gestão clube-empresa, ou seja, modelo em que o clube passa a ter um dono, está se tornando mais co-mum. Sua função principal é injetar dinheiro e contra-tar grandes joga-dores para o clube que irá adminis-trar, ao todo são 50 clubes no mundo que têm esse tipo de gestão, poden-do aumentar den-tro de alguns anos. Só na Premiere League, a primei-ra divisão do cam-peonato inglês, há cerca de 11 clubes, ou seja, mais da metade tem inves-timento de empre-sários. A grande maioria desses empresários são bilionários e têm seus negócios atrelados a em-presas energéti-cas, como petróleo e minerais. Além disso, os donos desses clubes são de origem estran-geira, sendo que sua grande maio-ria é composta por árabes, americanos e russos. Contudo, essa mudança de gestão acabou ge-rando a inserção de clubes sem mui-ta tradição e histó-ria no futebol no seleto grupo dos “novos ricos”.

Exemplos de Su-cesso Muitos clubes ti-veram sucesso após sua venda; o Chelsea, da Ingla-terra, é uma bom exemplo. O clube foi adquirido pelo empresário bilio-nário russo Roman Abramovich em 2003, por pouco mais 100 milhões de libras. Houve um investimen-to de 140 milhões de libras, cerca

um pouco mais de R$ 360 milhões de reais, apenas na primeira tempora-da da gestão Abra-movic. Na tempo-rada seguinte, com as contratações do técnico português José Mourinho e jogadores como o atacante marfinen-se Didier Drogba, o Chelsea conseguiu chegar até as semi-finais da Liga dos Campeões quando foi eliminado pelo Monaco da Fran-ça. Vendo que te-ria que haver mais investimentos para conquistar efetiva-mente um título de relevância, Abra-movich aumentou seus investimen-tos nos Blues e aos poucos os resulta-dos foram apare-cendoEm 10 anos com-pletados neste ano de sua administra-ção, o Chelsea con-quistou ao todo 12 troféus, 3 Premiere League, ou simples-mente Campeonato Inglês, 4 Copas da Inglaterra, 2 Copas da Liga da Ingla-terra, a competi-ção mais antiga do mundo, 2 Superco-pas da Inglaterra e, o mais importante de todos, o troféu da Liga dos Cam-peões, na tempora-da, 2011-2012. Outro clube que está fazendo suces-so é o Shakhtar Do-nestk da Ucrânia, t ime o qual tem uma legião de bra-sileiros. Ao todo, são 11 brasilei-ros que compõem o elenco do time do leste europeu. O último a chegar foi o atacante Ber-nard, do Atlético Mineiro. Já os The Miners teve sua adminis-tração repassada ao bilionário ucrania-no, Rinat Akhme-tov, em 1996, que perdura até hoje. Com a nova gestão, o clube ucraniano conquistou 7 títu-los dos últimos 13

campeonatos ucra-nianos, além de um troféu da extinta Copa da Uefa em 2009, atual Liga Europa, além de manter sua presen-ça seguida na Liga dos Campeões, sendo seu melhor resultado na tem-porada 2010-2011, quando chegou às quartas de f inal da competição, sen-do eliminado pelo fortíssimo Barce-lona.

Os que estão na buscaAlém dos times que já têm seu su-cesso consolidado, outros times estão em busca dele. É o caso de Manches-ter City, da Ingla-terra, e do Paris Saint German, da França, que foram comprados pelos bilionários sheiks quatarianos Man-sour bin Zayed Al Nahyan e Nasser Al-Khelaif i, res-pectivamente. Os frutos já começam a aparecer e, para o Manchester City, isso não demorou, com a contratação de jogadores de alto nível, como o argentino Carlitos Tevez, o espanhol David Silva e o ita-liano Mario Balo-telli. Em dois anos da nova adminis-tração, os cityzens conquistaram o Campeonato Inglês e a Premiere Lea-gue da temporada 2011-2012, após

44 anos de jejum. Além desse título, o Manchester City conquistou uma Copa da Inglaterra na mesma tempo-rada e vem tendo presenças frequen-tes na Liga dos Campeões, apesar de não ter conse-guido passar da fase de grupos. Outro que está no mesmo caminho é o Paris Saint Ger-man, que teve seus resultados já em seu primeiro ano com a nova admi-nistração. Após as contratações de reforços de peso, como o atacan-te sueco Zlatan Ibrahimovic e za-gueiro brasileiro Tiago Silva, pela bagatela de 62 mi-lhões de euros, em torno de R$ 222 milhões de reais, o PSG conquista o Campeonato Fran-cês, a Ligue 1 na temporada 2012-2013, após 19 anos sem o gostinho do título, as Copas da França e da Liga Francesa, além de chegar nas quartas de f inais da Liga dos Campeões da mesma temporada quando foi elimi-nado pelo Barcelo-na. Nesta tempora-da 2013-2014, tem a chance de con-quistar a competi-ção mais desejada da Europa.

Os fracassadosNem tudo na vida são f lores, alguns

dos bilionários que resolveram se inse-rir no novo merca-do acabaram ven-do seus negócios irem à falência. É o que aconteceu com o Anzhi Makha-chkala, da Rússia. O magnata russo Suleyman Kerimov comprou o clube em 2011, após sua ascensão à Primie-re Russa, a primei-ra divisão do Cam-peonato Russo. O bilionário investiu 45 milhões de li-bras em torno de R$ 145 milhões de reais para tentar conquistar o Cam-peonato Nacional e ir à Liga dos Cam-peões. Além disso, vários jogadores brasileiros foram contratados, como os meias Jucilei e Willian, o atacante Diego Tardelli e o r e c é m - a p o s e n t a -do lateral esquer-do Roberto Carlos, que foi campeão do mundo com a seleção brasilei-ra. E após resul-tados negativos, o magnata resol-veu cortar gastos, e possíveis novos investimentos, for-çando o clube a vender seus prin-cipais jogadores. Ao todo, foram 8 jogadores negocia-dos, incluindo os brasileiros. Além do Anzhi, outro exemplo de fracasso é o time do Málaga da Es-panha, que foi comprado pelo

sheik Abdullah Bin Nasser Al-Thain, o qual investiu 36 milhões de libras, cerca de R$ 129 milhões de reais, e contratou prati-camente um time inteiro, dando des-taque às contrata-ções do atacante holandês Van Nis-telrooy, do meia brasileiro Júlio Ba-tispta e do meia atacante espanhol Isco. Com resul-tados relevantes, um quarto lugar na temporada 2011-2012 do Campeo-nato Espanhol, a La Liga, culminou na classif icação para a fase de play offs da Liga dos Campeões, conse-guindo ir até a fase de grupos, classi-f icando-se em pri-meiro, f icando à frente do Milan, que foi campeão europeu em sete o p o r t u n i d a d e s . Além disso, che-gou até as quartas de f inais, isso na sua primeira apa-rição na Liga dos Campeões, quando foi eliminado pelo vice-campeão Bo-russia Dortmund, da Alemanha, e uma sexta coloca-ção na tempora-da seguinte 2012-2013. Apesar disso o magnata tem o desejo de vender o clube, tanto que Isco e Júlio Batisp-ta não fazem mais parte do time.

Futebol, a alma do negócio

Igor Lara Castro

Cada vez mais empresários bilionários se inserem no mercado no futebol, vendo novas oportunidade de negó-cios no esporte

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5Colunistas

Press StartGTA V e a crítica dionisíaca

Maximilian Rox

Não gosto de ava-liar nada por meio de notas. Tenho a ideia de que elas não con-seguem simplificar uma argumentação bem estruturada, ou sequer conseguem apontar com clareza os acertos e defeitos do objeto de análise. Mas precisamos dela – precisamos desse resumo simplista para a maioria das avalia-ções, e querer mudar isso é conflitar com conceitos já enraiza-dos pela sociedade. E assim, damos notas.Atingir a perfeição é algo difícil, raro, quase divino. Mas alguns até encontram essa per-feição – aliás, dizem ter encontrado recen-temente, quando, em casa, com os olhos e

mãos emocionados, abriram pela primei-ra vez o grandioso e belo mundo de Grand Theft Auto V. A série, já conhecida pelos ca-sos de violência e de má influência, deu um passo gigantes-co para mostrar para a indústria o que é um game que costura com fios de enredo a interatividade, a be-leza e a ironia – com a calculada pitada de crítica social e mo-ral que tornou a sé-rie GTA um sucesso dentre as franquias dos videogames.O quinto título não esconde as feridas so-ciais – as expõem das mais diversas formas. Los Santos é visitada por olhos diferentes: Franklin, o negro que

para sobreviver co-mete crimes e roubos; Michael, o criminoso já “aposentado”, que tenta criar sua fa-mília que sofre dos mesmos problemas da classe média norte-americana; e Trevor, o faz-tudo que cons-trói sua vida a partir dos crimes. A inte-ração da cidade com a liberdade quase dionisíaca continua presente no game, ampliando para ní-veis maiores uma das características mais marcantes e reconhe-cidas do jogo: em GTA V se busca o dinheiro fácil, a liberdade, a festa e a diversão mas-caradas sob os vícios modernos das dro-gas e do sexo casual.Visitar a cidade de

Los Santos é descobrir toda a capacidade grá-fica do PlayStation 3. Jamais visualizamos uma água tão real ou prédios tão bem de-finidos. A cidade é viva – ela pulsa vita-lidade como o melhor dos filmes, ela res-ponde de uma forma jamais vista as ações do seu personagem.A crítica em GTA V é presente a todo instante, atingindo os campos sociais de uma maneira atualiza-díssima. Ao entrar na internet, assim encon-tramos um dos sites: “Bleeter. Tudo gira em torno de você. Infor-mação não significa mais compartilhar co-nhecimento. A inter-net mudou tudo isso”. Se não pescou a refe-

rência, basta visuali-zar o primeiro bleet, escialmente compos-to por 140 caracteres. Há também o Life-invader, que, coinci-dentemente, podemos compartilhar fotos e status aos nossos ami-gos, só pelo prazer de buscar atenção. Afinal, como a pró-pria página principal diz, “estamos des-truindo 10 mil anos de comunicação”. Se-nhoras e senhores, a crítica ácida, como sempre esteve pre-sente na série GTA.A elite da mídia espe-cializada contemplou o título em pouquís-simos dias após a saí-da do jogo – e assim firmaram a menor nota fundamentada para GTA V: 9, dire-

tamente da Games-pot. Choveram notas 10 pela comunidade e pela mídia, mui-tas pela sinceridade da análise e outras pelo medo das crí-ticas adversas. Mas o complexo e enor-me mundo de GTA V mal foi desvenda-do e garotinhos com seus games debaixo do braço já empur-ram elogios engran-decidos pela beleza e pela interatividade do título que acaba-ram de comprar. Los Santos é sem dúvida bela, viva e ácida – mas se for para me-dí-la a partir de um número, para mim ele estará dissolvido em 3.349 caracteres.

Do campo pro LonaInoperância alviverde se deve ao departamento médicom lotado

Osmar Murbach

O Coritiba passa por um momento contur-bado no Brasileirão 2013. Depois de ficar 10 rodadas sem per-der, chegar a figurar entre os primeiros colocados e ser dado como um dos favori-tos pela disputa por uma vaga na Copa Li-bertadores da Améri-ca (e por alguns mais otimistas pelo título do campeonato), o Coritiba passou a de-clinar cada vez mais, apresentando atuações pífias que têm deixado o torcedor irritado. E a irritação do torcedor é completamente com-preensível.Torcedor é o indiví-duo mais passional que existe: em dois minutos pode passar do estágio de xingar técnico, jogadores, comissão técnica, es-tádio, o tio que vende refrigerante ao estágio de amar o time, vene-rar o jogador, jogar o

tio do refrigerante pro alto de tanta alegria. E nada é pior para um torcedor que ver a equipe arquirrival em boas condições na ta-bela de classificação. E o pior, tendo um elen-co visivelmente pior que o time pra quem torce possui. O pior problema do Coritiba que, pelo vis-to, fez a equipe chegar à situação em que está, é o Departamento Médico sempre lota-do. No momento, são nada mais nada menos que oito jogadores le-sionados, alguns de ti-tularidade indiscutível como Deivid, Leandro Almeida, Victor Fer-raz e Júnior Urso (que há tempos deixou Wil-lian para trás) e outros valores de destaque como Uélinton, que estreou bem e se lesio-nou após apenas dois jogos no jogo contra o Bahia, Geraldo e Sér-gio Manoel. Comple-

tam a lista Anderson Aquino, que se lesio-nou assim que voltou a atuar e Rafhael Lucas, que se lesionou no co-meço do ano, na pri-meira partida válida pela primeira rodada do Campeonato Para-naense, ainda em ja-neiro deste ano. Neste patamar, fica realmente difícil para qualquer treinador montar uma equipe competitiva e que te-nha um banco de re-servas equilibrado. E como é de cultura bra-sileira sempre jogar toda responsabilida-de sobre o treinador, Marquinhos Santos tem sofrido amarga-mente com questiona-mentos sobre os times que escala. Ora, como o jovem técnico do coxa vai tirar água de pedra e conseguir fa-zer que a equipe man-tenha o nível que tinha nos primeiros jogos do campeonato sem um

elenco com a mesma qualidade da que co-meçou a competição? Alex, um dos porta-vozes alviverdes fren-te aos repórteres deste país costuma culpar o calendário brasileiro como pior problema para montagem de ti-mes competitivos. Se os jogadores atuam muito, com certeza é muito mais fácil que o desgaste físico seja maior, e aí as lesões aparecem. Na saída do jogo contra o Bahia, dia 15 de setembro, no

Couto Pereira, o cami-sa dez do Cori voltou a culpar o, considerado por ele, desumano ca-lendário e a defender Marquinhos Santos. O capitão está cor-reto. Entretanto, isso não deve mudar no Brasil, e infelizmente os jogadores poderão apenas se adaptar ao que a CBF impõe. Jo-gar quarta e domingo, quinta e sábado, com-petições diferentes, realmente causam um forte impacto no pre-paro de qualquer equi-

pe, e é aí que a quali-dade do elenco entra em questão. E pensem o que pensarem, o elenco do Coritiba tem sim muita qualidade. Qualidade superior à de muito time grande por aí. Mas boa fatia dela está entregue ao D.M. Resta torcer para que ela seja entregue novamente ao técnico Marquinhos Santos e que o time volte a bri-lhar como brilhou no começo do Brasileirão.

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NOTÍCIANTIGA O que fazer em Curitiba?Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC

De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Fran-cisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi.

Museu de Arte Contemporânea

Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contem-porânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e ax-posição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kamini-shi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337.

Teatro Novelas Curitibanas

De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Nove-las Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psico-délico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.

No dia 23 de setem-bro de 1939, faleceu Sigmund Freud., co-nhecido como o pai da psicanálise. Freud iniciou seus estudos pela utilização da técnica da hipnose como forma de aces-so aos conteúdos mentais no trata-mento de pacientes com histeria. Ao ob-servar a melhoria de pacientes de Char-cot, elaborou a hipó-tese de que a causa da doença era psi-cológica, não orgâ-nica. Essa hipótese serviu de base para seus outros concei-tos, como o do in-

c o n s c i e n t e . F r e u d também é conhecido por suas teorias dos mecanismos de de-fesa, repressão psi-cológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psico-patologia, através do diálogo entre o pa-ciente e o psicanalis-ta. Freud acreditava que a desejo sexual era a energia moti-vacional primária da vida humana, assim como suas técni-cas terapêuticas. Ele abandonou o uso de hipnose em pacien-tes com histeria, em favor da interpre-

tação de sonhos e da livre associação, como vias de acesso ao inconsciente. Suas teorias e seu tratamento com seus pacientes fo-ram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debati-dos hoje. Suas ideias são frequentemente discutidas e analisa-das como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.