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Modelos de Gestão Estratégica

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Metodologias para gestão da manutenção industrial

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Modelos de Gestão Estratégica

Índice

• ABC – Custeio Baseado em Atividades

• TPM – Manutenção Produtiva Total

• Gestão das Utilidades

• Gestão do Sistema de Lubrificação

ABC (Activity-Based Costing) Custeio Baseado em Atividades

• Metodologia de alocação de custos indiretos aos produtos que tem como base:

– Foco no conceito de atividade;

– Utilização de direcionadores de custos.

Custeio ABC

Fonte: RIOS (2014)

Por que usar ABC na Manutenção?

• Cálculo do custo de bens e serviços;

• Apoio em campanhas de redução de custos;

• Melhoria em processos;

• Determinação de medidas eficazes de desempenho;

• Apoio à elaboração dos orçamentos;

• Determinação das principais causas dos custos das atividades;

• Determinação de quais atividades não agregam valor.

Redução dos custos

• Focar nos serviços não-essenciais

• Comparar continuamente “custos x disponibilidade”;

– Bom: maior custo, maior disponibilidade;

– Melhor: menor custo, maior disponibilidade.

Conselhos Práticos

• Pessoal – Padronizar ordens de trabalho; – Treinamento; – Melhor interação entre produção e manutenção.

• Materiais – Manutenção preventiva onde aplicável; – Avaliar permanentemente a vida útil dos ativos; – Participar dos projetos, intervindo desde o início da aquisição de

um ativo.

• Serviços terceirizados – Antes de terceirizar, questionar a necessidade – Avaliar confiabilidade dos prestadores de serviço,

desenvolvendo critérios de qualidade.

TPM (Total Productive Maintenance) Manutenção Produtiva Total

1º Pilar: Manutenção Autônoma

• Crescimento das indústrias x períodos de baixa produção. • O operador autônomo é como um motorista. • Atividades do mantenedor autônomo:

– Operação correta de máquinas e equipamentos; – Aplicação dos 5S: 5S.jpg – Registro diário de ocorrências e ações; – Inspeção autônoma; – Monitoração com base nos sentidos; – Lubrificação; – Elaboração de procedimentos; – Execução de regulagens simples; – Execução de testes simples; – Aplicação de manutenção preventiva simples.

Etapas da Manutenção Autônoma

1. Limpeza inicial: detecção de vazamentos, partes soltas, fontes de sujeira, locais de difícil acesso e itens a melhorar.

2. Eliminação de fontes de sujeira e locais de difícil acesso;

3. Normas provisórias de limpeza, inspeção e lubrificação;

4. Inspeção geral: operador apto a conhecer o funcionamento da máquina, seus subsistemas e componentes;

5. Inspeção autônoma: - Criação de padrões de desmontagem e substituição de subsistemas;

- Gestor responsável deve definir as responsabilidades;

- Atividades autônomas geralmente variam entre 10 e 30 min

Etapas da Manutenção Autônoma

6. Padronização: posto de trabalho organizado:

- Descritivo das atividades registrado e divulgado através de folhas operacionais e painéis autônomos;

- Materiais de limpeza em locais apropriados;

- Ferramental organizado e identificado;

- Equipamento limpo e apresentável

“Pré-amadurecimento autônomo”

7. Gerenciamento autônomo: posto de trabalho pronto para “andar com as próprias pernas”

2º Pilar: Manutenção Planejada

• Representa todas as ações preventivas;

• Planos de manutenção:

– Plano de inspeções visuais;

– Roteiros de lubrificação;

– Monitoramento de características dos equipamentos;

– Monitoramento de troca de itens de desgaste.

3º Pilar: Controle Inicial

• Conjunto de ações que visam a “prevenção da manutenção”;

• Um bom projeto deve permitir conserto rápido e inclui:

– Facilidade de acesso;

– Componentes de boa qualidade;

– Proteções que evitem resíduos de processo em partes móveis.

4º Pilar: Melhoria Específica

• Ações de melhoria contínua KAIZEN – Grupo de trabalho comprometido com os resultados,

implantando mudanças que visam: • Reduzir tempos operacionais;

• Aumentar segurança;

• Reduzir tempo de set up;

• Aumentar disponibilidade de um ativo.

– Pessoal do “chão de fábrica” é o que mais gera ideias de melhorias.

– A grande oportunidade, implantando melhorias, é a redução das perdas e desperdícios.

5º Pilar: Educação e Treinamento

• Para ter aumento de produtividade, é necessário que os operadores saibam manusear as ferramentas de montagem e operar equipamentos simples ou complexos;

• Bem como que os mantenedores conheçam tecnicamente um equipamento para que possam executar ajustes e consertos necessários.

6º Pilar: Segurança e Meio Ambiente

• Os acidentes podem ser evitados. Há uma relação de causa e efeito; sem uma causa, o acidente (efeito) não aconteceria: – Ato inseguro: ação de desobediência às instruções de um

procedimento; – Condição insegura: circunstância perigosa que permite ou ocasiona o

acidente.

• Segundo pesquisas, 12% dos acidentes de trabalho são causadas por condições inseguras e 88% por atos inseguros.

• Recomendações de segurança devem ser impressas nas ordens de serviço;

• Antes de iniciar qualquer reparo, identifique o equipamento ou local com um aviso!!

Segurança e Meio Ambiente

Algumas NRs relacionadas à Segurança e Medicina do Trabalho, levando em conta a atuação da Manutenção:

• NR-6 Equipamento de Proteção Individual – EPI;

• NR-10 Segurança em Serviços de Eletricidade;

• NR-12 Máquinas e Equipamentos;

• NR-13 Caldeiras e Vasos de Pressão;

• NR-14 Fornos;

• NR-17 Ergonomia;

• NR-20 Líquidos Combusítiveis e Inflamáveis;

• NR-23 Proteção contra Incêndios;

• NR-25 Resíduos Industriais;

• NR-33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.

7º Pilar: Qualidade

• Indica ações integradas para condicionamento de obediência a padrões, como as normas ISO

8º Pilar: TPM Office (Administrativo)

• Ao longo dos anos, as melhorias foram concentradas nas áreas de produção industrial, porque já estavam inseridas neste contexto. A proposta do Office é avançar para outras áreas, como RH, Segurança, Materiais, Finanças, etc.

• Exemplos: – Um equipamento pode “quebrar” por má operação; – Um equipamento pode estar parado por falta de matéria-prima; – Um equipamento pode estar parado porque o operador sofreu

um acidente de trabalho e não há outro operador.

Nestes casos, há perda, mas a manutenção não tem interferência.

TPM (Total Productive Maintenance) Manutenção Produtiva Total

As Seis Grandes Perdas

• Parada acidental: parada para conserto

• Perdas por set up: troca de ferramental e regulagens

• Perdas por espera momentânea: espera de material para operar, peça emperrada, etc.

• Perdas por queda de velocidade: operação lenta por questões de qualidade ou por alguma limitação técnica

• Perdas por defeitos de produção: geração de peças defeituosas a serem descartadas ou retrabalhadas;

• Perdas por queda de rendimento: ocorre logo após o início do processo de produção (start up)

Lean Manufacturing

• Sete desperdícios: – Superprodução: produzir mais que o necessário. – Tempo de espera: materiais que aguardam em filas para serem

processados. – Transporte: movimento desnecessário de material, ferramentas

ou equipamentos. – Processamento: algumas operações de um processo poderiam

nem existir. – Estoque: estoque excessivo de matéria-prima ou produto final. – Excesso de movimentação: movimentações desnecessárias dos

trabalhadores. – Defeitos: produzir produtos defeituosos significa desperdiçar

materiais, mão-de-obra e movimentação de materiais defeituosos.

Objetivo da MPT

• Quanto à dimensão organizacional: Criar um ambiente que propicie as melhorias contínuas na utilização dos ativos da empresa.

• Quanto à gestão de pessoas: possibilitar aumento da capacitação do profissional, novos conhecimentos, habilidades e atitudes.

A meta global é aumentar a rentabilidade empresarial e o rendimento operacional.

Exercícios

• De que forma o OEE está relacionado à TPM?

• Escolha um tipo de indústria e defina um conjunto de estratégias que operacionalizem a implantação da MPT. Para apoiar seu trabalho, pesquise na internet algum caso como este e use como benchmark.

Gestão das Utilidades

• Utilidades se referem a todos os equipamentos que fornecem energia elétrica, água, ar comprimido, óleos, vapor, oxigênio, etc. Exemplos: – Subestação, barramentos e grupos geradores; – Centrais de fornecimento de ar condicionado central ou de

parede e sistemas exaustores; – Compressores, vasos de pressão, secadores de ar comprimido e

tubulações; – Bombas para fornecimento de água ou óleo; – Sistemas de elevação e pontes rolantes; – Centrais de combate a incêndios.

• Inclui utilidades específicas e manutenção predial. • Algumas empresas adotam um grupo de mantenedores

para atuar em máquinas operatrizes e outro em utilidades.

Terceirização da manutenção em utilidades?

• É mais viável ter profissionais para atuar em utilidades ou contratar uma empresa para a execução dos serviços?

• Antes de decidir contratar, relacione as especificações do fabricante com a proposta do serviço

• Se contratar, execute uma avaliação com frequência mensal e faça uma reunião com os responsável pela contratada para melhorias

Exercícios

• Produza um texto citando as vantagens e desvantagens de terceirizar a manutenção das utilidades em uma empresa

Gestão do Sistema de Lubrificação • O início de uma sistemática de lubrificação passa por uma fase

muito similar ao de implementação de manutenção preventiva: leitura de manuais de fabricantes, entrevista com mantenedores e operadores, etc.

• Análise da situação atual e proposta de um sistema de lubrificação (utilize benchmarks e promova brainstormings):

– Equipe de lubrificadores;

– Área de trabalho;

– Ferramentas adequadas;

– Controle da frequência de lubrificação por software

• Apresentação da situação proposta

• Implementação da proposta: um plano de ação de faz necessário (quando colocamos em prática, entram em ação também os fatores não previstos).

Índice

• ABC – Custeio Baseado em Atividades

• TPM – Manutenção Produtiva Total

• Gestão das Utilidades

• Gestão do Sistema de Lubrificação

Referências

• RIOS, B. Levantamento dos custos indiretos do processo. iProcess, 2014. Disponível em: <http://blog.iprocess.com.br/tag/custeio-abc/> Acesso: 23 ago. 2015