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Módulo 3 Tipos de textos e suas finalidades Antes de falarmos em tipos de textos, é necessário que saibamos escrever parágrafos, de forma que eles possam contar a informação que pretendemos transmitir. Em algumas situações, apenas um único parágrafo não é suficiente para que informação seja transmitida. Nesses casos, faz-se necessário a construção de um texto contendo alguns parágrafos, que – por sua vez – devem estar ligados entre si, para que o texto seja coerente e para que haja clareza de raciocínio. Antes de começarmos a relacionar os itens necessários para a construção dos parágrafos, vejamos o seguinte texto: INTERMANAGERS – CIRCUITO Circuito Giuliani: conselhos sobre como liderar com eficácia Rudolph Giuliani Neste circuito, Giuliani compartilha sua experiência e relata fatos que nos mostram como é possível liderar de forma eficaz. Vivências de funcionário público que, além de fascinantes, são uma grande lição. Depois de herdar uma cidade castigada pelo crime e paralisada por um serviço público deficiente, Rudolph Giuliani destacou-se como um dos prefeitos de mais sucesso da história recente dos Estados Unidos. E, depois de seu desempenho nos tristes acontecimentos de 11 de setembro de 2001, ele se tornou um dos líderes mais respeitados do mundo. Neste circuito, dividido em quatro capítulos, Giuliani ensina como liderar com eficácia, a partir de suas experiências como funcionário público. Exatamente por serem tão fascinantes essas experiências se tornaram uma lição. Conselho 1: Não se deixe intimidar (“keep your cool”). A partir de uma série de anedotas, Giuliani enfatiza a importância de não perder a cabeça diante das limitações por parte de adversários ou conjunturas críticas. Um verdadeiro líder deverá ser prudente, mas nunca covarde.

Módulo 3 - Comunicação Empresarial

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Mdulo 3

Mdulo 3Tipos de textos e suas finalidadesAntes de falarmos em tipos de textos, necessrio que saibamos escrever pargrafos, de forma que eles possam contar a informao que pretendemos transmitir. Em algumas situaes, apenas um nico pargrafo no suficiente para que informao seja transmitida. Nesses casos, faz-se necessrio a construo de um texto contendo alguns pargrafos, que por sua vez devem estar ligados entre si, para que o texto seja coerente e para que haja clareza de raciocnio.

Antes de comearmos a relacionar os itens necessrios para a construo dos pargrafos, vejamos o seguinte texto:INTERMANAGERS CircuitoCircuito Giuliani: conselhos sobre como liderar com eficciaRudolph Giuliani

Neste circuito, Giuliani compartilha sua experincia e relata fatos que nos mostram como possvel liderar de forma eficaz. Vivncias de funcionrio pblico que, alm de fascinantes, so uma grande lio.

Depois de herdar uma cidade castigada pelo crime e paralisada por um servio pblico deficiente, Rudolph Giuliani destacou-se como um dos prefeitos de mais sucesso da histria recente dos Estados Unidos. E, depois de seu desempenho nos tristes acontecimentos de 11 de setembro de 2001, ele se tornou um dos lderes mais respeitados do mundo. Neste circuito, dividido em quatro captulos, Giuliani ensina como liderar com eficcia, a partir de suas experincias como funcionrio pblico. Exatamente por serem to fascinantes essas experincias se tornaram uma lio.

Conselho 1: No se deixe intimidar (keep your cool). A partir de uma srie de anedotas, Giuliani enfatiza a importncia de no perder a cabea diante das limitaes por parte de adversrios ou conjunturas crticas. Um verdadeiro lder dever ser prudente, mas nunca covarde.

Conselho 2: Uma luta comea com um plano.Boas intenes no so suficientes. Para ser eficaz preciso traar um plano e ter valor para execut-lo.

Conselho 3: Estude, leia, aprenda por conta prpria.De nada adiantam o valor e a coragem se no h uma curiosidade intelectual que permita que o lder se mantenha alerta e atualizado diante dos desafios.

Conselho 4: No deixe para os especialistas.Todo bom lder deve desenvolver uma base autnoma. No importa o talento de seus conselheiros e colaboradores. Na medida do possvel, voc deve abordar os problemas com seus prprios conhecimentos.Bibliografia:CIRCUITO: banco de dados. In: Intermanagers. Disponvel em: . Acesso em 04 abr. 2005.Observe que, embora o texto seja curto, recheado de informao relevante. Esta uma propriedade de um texto chamado de enxuto, pois transmite de forma objetiva as informaes relevantes. Note que no h enrolaes, o vai-e-volta da informao. Inicialmente o texto traz a informao de quem foi Rudolph Giuliani, o autor dos conselhos. Este pequeno currculo faz toda a diferena ao darmos crdito, ou no, s informaes transmitidas. Faz com que o leitor aceite a informao como verdade e exime (tira) a possibilidade de desconfiana, por parte do leitor.

Seguindo o exemplo acima, ao escrevermos, devemos transmitir verdades. No podemos deixar que a desconfiana possa sequer existir na mente do nosso leitor. Para isso, necessrio que nos preparemos, antes de o escrevermos.

Para que possamos iniciar a construo do nosso texto, no importa se este possuir apenas um pargrafo, ou se for composto por vrios deles, necessrio que tenhamos em mente alguns pontos fundamentais:

oO qu escrever?

oQual o objetivo do texto?

oPara quem escrever?

oQual o tipo de linguagem?

Quando pensamos no qu escrever, automaticamente temos de pensar no propsito do nosso texto. Quanto mais formal for a situao, mais formal ser o nosso texto e muito mais cuidado deveremos ter com o vocabulrio a ser utilizado. O objetivo do texto est diretamente relacionado com as intenes, com a proposta do texto.

No nosso exemplo acima, Rudolph Giuliani aborda ensinamentos para a vida de qualquer pessoa, a partir das experincias pessoais do ex-prefeito americano. A inteno ensinar e no apenas transmitir um conhecimento. Por essa razo a liderana, ou a forma como podemos liderar uma equipe, ensinada por ele est baseada em conselhos, pois ningum obrigado a seguir, no um mandamento, uma ordem expressa. Se a inteno do texto fosse a de impor uma regra, muito provavelmente os conselhos viriam no como conselhos, mas como mandamentos, ou regras. Tudo parte da INTENO.

Para quem escrever, ou seja, a quem se destina tal texto, uma preocupao que devemos ter, antes de escrever a primeira palavra. Costumo dizer, em sala de aula, que se eu contar a minha ida ao cinema, no ltimo final de semana, a um grupo de amigos, os acontecimentos e o que vi sero contados de forma bem descontrada, ao passo que a forma como contarei e as palavras que utilizarei, no sequenciamento do relato, sero completamente diferentes, caso o meu diretor seja o meu interlocutor. O mesmo ocorrer se eu contar o que aconteceu aos meus filhos, ainda crianas.

Observa-se, ento, que tudo uma questo de jogo de palavras. Porm, no podemos simplesmente inserir qualquer palavra, escrita de qualquer forma, no texto. necessrio que haja uma ateno especial ao que chamamos de COESO, caso contrrio o nosso texto poder transmitir falta de credibilidade ao que falamos e desestimular o leitor a continuar a l-lo. No que diz respeito ao tipo de linguagem, este ser um item que abordaremos seus respectivos detalhes no mdulo VI, contedo relacionado ao segundo bimestre do curso desta disciplina.Pargrafos e texto Plano de trabalhoTodo pargrafo deve iniciar com uma declarao inicial. como se dssemos um ttulo ao pargrafo. Na seqncia, desenvolvemos o raciocnio e a partir dessa declarao o texto do pargrafo se conclui. Ao concluir um pargrafo, j introduzimos uma ligao com o pargrafo seguinte, de forma que as idias no se percam, no estejam soltas. Essa seqncia far com que o nosso texto tenha COERNCIA.

Exemplificando, apresentamos o seguinte texto:

As cidades invadem a vida selvagemPesquisadores tm descoberto que cada vez mais as cidades tm invadido os campos, diminuindo a extenso territorial destinada aos seus habitantes naturais. Como se no bastasse, as necessidades de desmatamento e do uso da gua natural, para que a populao local, a invasora, tenha espao para morar e gua para beber, tomar banho e lavar roupas, tem contribudo para diminuio da vida nos rios.

Como conseqncia dessas invases, muitos animais tambm tm sido dizimados, assim como muitas plantas e rvores tambm tm desaparecido. Por essa razo, muitas espcies animais e vegetais, hoje, so os focos de pesquisadores, que tentam preservar suas vidas e permitir que a espcie possa ser preservada, a despeito do desrespeito s leis ambientais brasileiras.

O governo federal tem realizado muitas aes e formulado muitas leis, para que os elementos nativos do territrio brasileiro ainda se mantenham vivos. Prova disso a parceria de muitas empresas privadas que colaboram com as pesquisas, ou destinam parte de seus lucros para a preservao e conservao do meio ambiente.

Alm de contribuir com a natureza, essas aes permitem que a imagem de tais empresas se mantenha preservada e que a populao as observe com bons olhos, pois so as empresas chamadas de empresa verde.

Observe que, no texto acima, a inteno no era propriamente a de falar sobre as cidades que esto avanando sobre reas nativas, de forma a contribuir com o desaparecimento de reas verdes no territrio brasileiro. A inteno, de fato, era falar que as empresas contribuem com a preservao do meio ambiente e o por qu dessa contribuio (incentivos fiscais) e qual a conseqncia de tal ato (melhoramento da imagem corporativa).

Quanto forma como o texto fora construdo, o ttulo j faz parte de uma introduo ao texto, que retomado no incio do primeiro pargrafo (Pesquisadores tm descoberto que cada vez mais as cidades tm invadido os campos......), que finaliza abordando os danos causados pela invaso, aos rios (o meio ambiente).

O segundo pargrafo inicia o texto abordando sobre os danos causados fauna (animais) e flora (plantas; vegetais) e concludo abordando o respeito das normas e leis federais de uso dos espaos, das reas preservadas.

O terceiro pargrafo comea falando das aes do governo federal quanto tentativa de preservao do pouco que ainda existe e finaliza com a informao de que muitas empresas fazem parcerias, ou contribuem com o governo, na tentativa de minimizar os impactos oriundos das invases.

E, novamente, o ltimo pargrafo tem a inteno de falar que a contribuio das empresas no somente ajuda a preservar o meio ambiente, como tambm fortalece a respectiva imagem.

Para que melhor algum possa escrever um texto e, no caso desse algum encontrar muita dificuldade para tal tarefa, uma dica interessante e que muito pode ajudar pensar no que j fora dito anteriormente (o qu, para quem, com qual objetivo e qual a melhor forma de escrever). Porm, isso s no basta. necessrio que palavras-chave possam ser anotadas num papel. Feito isso, essas palavras devem receber um nmero, sendo que o nmero 1 destinado palavra mais relevante e o nmero 10a menos relevante, por exemplo. Esses nmeros faro com que a redao possa ser iniciada pela palavra que recebeu o nmero 1.

Para exemplificar, digamos que a nossa redao seja a respeito do nosso final de semana e precisamos contar algo que fizemos, ou vimos. Inicialmente, comeam,os com as palavras-chave, para que pudssemos dar incio ao nosso texto. Observe algumas palavras:Palavras que surgiram na mente (brainstorming)Seqncia das palavras a serem utilizadas

oFinal de semana1.Final de semana

oRelaxar2.Parque

oPasseio3.Passeio

oGente / pessoas4.Crianas

oAlegria5.Vero

oCrianas6.Sol

oVero7.Calor

oSol8.Pessoas

oCalor9.gua

ogua10.Alegria

oRefrescar11.Descansar

oRefeies12.Relaxar

oRoupas para o calor13.Refrescar

oDescansar14.Roupas para o calor

oParque15.Refeies

Observe a pequena lista acima (muito conhecida e chamada porbrainstorming, que significa tempestade de idias). Conforme as palavras foram surgindo, elas foram sendo escritas. Uma vez terminada a lista, as palavras foram numeradas, numa seqncia, conforme a nossa inteno de texto (segunda coluna da tabela).

Veja agora como ficou o texto:

Domingo no parqueNo ltimo domingo fomos ao parque: eu e minha famlia. Era vero, por isso havia muito sol e fazia calor. Percebemos que as pessoas tambm sofriam com o calor e por isso todo mundo tinha uma garrafa de gua na mo, ou um picol. Apesar de calor e do sol escaldante, o domingo foi muito bom!

Observe o seguinte:

1Nem todas as palavras da lista foram utilizadas.

2O texto fora propositadamente escrito em um nico pargrafo.

J que o texto, at ento, possui apenas um pargrafo, voc aluno poderia dar continuidade ao texto, utilizando as palavras que ainda no foram utilizadas, como treino de montagem de pargrafos. Arrisque-se!

Vale ressaltar, aqui, que a inteno dos exemplos at agora inseridos tm como propsito auxiliar ao aluno a melhor escrever, oferecendo-lhe ferramentas teis e fceis de serem utilizadas. Entretanto, quando nos propomos a escrever algum texto, temos de dispor de tempo. Se tivermos pressa, o nosso texto poder no conter toda a informao que pretendemos que seja transmitida, ou o nosso texto ser mal escrito. Pense nisso. Reserve um tempo razovel, na prxima vez em que se propuser a escrever sobre algum assunto, por mais simples que seja. Voc observar, com o passar do tempo, que se assim fizer, cada vez menos precisar de tempo para melhor escrever. Tudo uma questo de treino, prtica de texto. Boa sorte!

Para finalizarmos, importante que tambm chamemos a ateno para os seguintes tpicos:

Toda e qualquer redao deve conter:

Ttulo: tema a ser abordado.

Introduo: deve despertar o interesse do leitor, para que continue lendo. Ali devero estar presentes os tpicos principais do texto (tpico frasal). Os prximos pargrafos devero trazer o desenvolvimento da idia principal (ttulo), de forma clara e objetiva.

Concluso: por ser a parte final do texto, a que encerra o assunto, deve conter uma sntese (um resumo) da posio do autor do texto, quanto ao assunto abordado, encerrando a discusso inicialmente pretendida pela introduo.

Tipos de textoTEXTO NARRATIVOO texto narrativo o mais comum de vermos, por exemplo, em reportagens, pois relatam fatos j ocorridos. Ou seja, conta o antes, o durante e o depois de um acontecimento. Por essa razo um texto seqencial, que possui uma seqncia.

Ao lermos um romance, por exemplo, possvel encontrarmos a presena do narrador, dos personagens, assim como sabermos o qu aconteceu, com que, quando e onde. Por contar uma histria, que supostamente j aconteceu, os verbos devem vir no tempo passado, no pretrito, podendo conter descries dos lugares e dos personagens envolvidos.

Como todo e qualquer texto, a narrao tambm deve conter um comeo (antes), um meio (desenvolvimento dos acontecimentos) e o fim (depois), de preferncia na cronologia do tempo, da ordem dos acontecimentos.

A preocupao com a construo de um bom texto narrativo, seja jornalstico ou no, est em saber responder s seguintes perguntas: quem, o qu, quando, onde, como, por qu. Essas perguntas garantiro que a informao esteja prxima de todos os fatos ocorridos e das pessoas envolvidas.

Falando-se do mbito corporativo, o texto narrativo est presente nos relatrios e nas atas, sendo que esta ltima tem como recurso o uso polifnico dos verbos (aqueles verbos que transmitem a idia de como uma pessoa disse algo; alguns deles so: afirmar, comentar, falar, assegurar, esclarecer, inquirir, argumentar, enfatizar, advertir, ponderar, confidenciar, exemplificar, concluir, questionar, etc).

TEXTO DESCRITIVO o tipo de texto que apresenta as caractersticas de um lugar, de uma pessoa, de um objeto, de um procedimento, de forma que o leitor possa ter uma idia do todo.

Por ser um texto considerado figurativo, apresenta a descrio detalhada de pessoas, por exemplo, o que poder resultar na formao de uma imagem fsica, ou psicolgica de tal pessoa. Para que este objetivo seja atingido, necessrio o uso de atributos, por meio de adjetivos (palavras que qualificam um substantivo: bonito, grande, caro, bom, etc).

Um dos recursos da descrio a utilizao de metforas quando mudamos o nome de algo, para dar um sentido figurado ao objeto de observao - e de metonmias, quando substitumos um termo por parte de outro. Veja os exemplos abaixo:

Puxa! Que gato lindo o seu namorando, hein!?

Estou com sede, preciso tomar um copo dgua.

Observe que no primeiro exemplo a palavra gato quer dizer bonito, ou seja, uma metfora. No segundo exemplo, temos um caso de metonmia, pois o copo no formado, constitudo, por gua, porm bebemos a gua que um copo puder conter, armazenar. como se dissssemos: Estou com sede, preciso tomar um copocheio dedgua.

A descrio pode ser objetiva, ou subjetiva. Por essa razo, no universo corporativo, necessrio muita cautela ao descrevermos algum objeto, a fim de evitar equvocos. Exemplificando, poderamos dizer que necessitamos de uma sala de aula grande para o prximo semestre. A questo : uma sala de aula de20 mcaberia os alunos, ou precisaramos de uma sala ainda maior para caber os alunos? Outro detalhe: os alunos ficaro em carteiras, cujo brao acompanha as cadeiras, ou as carteiras so maiores, iguais quelas utilizadas no incio dos anos 60? Em outras palavras, uma sala de aula com 50m pode ser suficiente para caber 80 alunos, grande demais para apenas 10, mas insuficiente para colocarmos 200 alunos, l dentro. Ou seja, a palavra grande, como qualquer outro adjetivo tem um peso relativo, pois o que bonito a uma pessoa, feio pode parecer a outra.

Diante disso, quando falamos do universo empresarial, para que a descrio seja a mais precisa, exata, possvel, necessrio que os dados sejam os mais precisos possvel. Exemplo disso est no pargrafo acima.

TEXTO DISSERTATIVOEsse o tipo de texto que explica, analisa, avalia, classifica um tema, um assunto. Parte sempre do princpio da argumentao.

Exemplo desse tipo de texto uma situao na empresa em que o funcionrio pede aumento de salrio, ao chefe. Pedir aumento de salrio fcil, s dizer quero que a empresa aumente o meu salrio. Entretanto, a parte mais difcil convencer o chefe de que o funcionrio merece que o seu salrio sofra um aumento real, alm do dissdio (dissdio = aumento de salrio, por conta do reajuste de preos, com base nas negociaes da empresa com o sindicato da categoria). Para convencer necessrio que se tenha argumentos reais e fortes, capazes de fazer o chefe mudar de idia:

Chefe, tenho trabalho muito nos ltimos meses e o meu trabalho trago resultados positivos para a empresa. Exemplo disso, a comprovao de que o cliente X continua comprando da nossa empresa, apesar da mercadoria ter sido entregue totalmente errada, no ms passado. Confesso que no foi fcil convenc-lo de continuar comprando da gente, mas eu consegui sozinho. Alm disso, a tarefa A que o senhor me delegou eu consegui atingir uma reduo de tempo, acima da mdia e por conta disso conseguimos economizar um percentual significativo para a nossa empresa.. alm disso,................ Por todos esses motivos expostos, peo que pense com carinho na minha proposta, ainda no tenho nada em vista, mas se aparecer alguma boa oportunidade tenho a inteno de checar se me ser uma boa oportunidade, ou no. No ameaa, apenas um comunicado. Na verdade, eu no tenho pretenses de sair dessa empresa, gostaria muito de continuar aqui, pretendo fazer carreira aqui. Obrigado!

Se voc fosse o chefe, voc concederia tal aumento ao seu funcionrio? No exemplo acima, como em qualquer texto, deve haver uma introduo, uma apresentao da idia que ser defendida (eu mereo aumento de salrio), a argumentao (os motivos pelos quais o funcionrio merece o aumento) e o fechamento (a justificativa de estar pedindo tal aumento: fazer carreira na empresa). Observe, tambm, que prevalece uma linguagem objetiva, direta e franca, nada de meios-termos, de linguagem figurada.

A justificativa, a argumentao deve priorizar o tempo verbal presente, uma vez que tais pontos de vista so reais e atuais. Pode tambm conter a comparao dos dados (antes era assim, agora no). Por essa razo poder conter palavras que indiquem oposio aos fatos (mas, porm, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, contra, apesar de, no obstante, ao contrrio, etc), assim como informar, ou esclarecer, possveis causas ou conseqncias (porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por motivo de, graas a, em razo de, em decorrncia de, por causa de, etc.)

Ao concluir um texto dissertativo, algumas introdues de pargrafos podem ser iniciadas pelos seguintes expresses: conclumos que.....; em poucas palavras, possvel......; diante do exposto, podemos afirma que ....; etc.

Em algumas situaes, o nosso texto deve conter algum embasamento terico. Isto , ao afirmarmos alguma coisa a respeito de uma observao, devemos informar a fonte de tais dados ali expostos. Para isso, podemos utilizar o exemplo da citao, extraindo uma pequena parte de um texto da fonte pesquisada, comprovando o que falamos. Veja o exemplo abaixo:

Sabemos que as crises acontecem em qualquer lugar, em qualquer ambiente. As crises podem se transformar em problemas srios e de grandes propores, caso as empresas no tomem uma medida para resolve-los, ou pelo menos minimizar tais impactos nocivos em suas finanas, conforme afirma CORRADO:

As empresas que fracassam com o pblico acabam-se prejudicando financeiramente. H cinco passos fundamentais que toda organizao pode usar para iniciar o processo de planejamento de crises. O mais importante convencer a administrao superior. A regra bsica das comunicaes de crises : conte tudo e depressa. No decorrer do tempo, as empresas que fazem isso e demonstram empatia saem-se melhor. [CORRADO, Frank M.A fora da comunicao: quem no se comunica... Trad. Brbara Theoto Lambert. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994.Ttulo original: Getting the Word Out, How Managers Can Create Value with Communications.p. 199]

Observe que o texto (citao) est em letras diferentes por se tratar de uma cpia de alguma fonte, ou seja, no so as palavras de quem escreve, mas so palavras que servem de base ao que se pretende dizer.

Um outro exemplo de texto dissertativo, usando a mesma fonte de pesquisa a seguinte:

CORRADO (p. 199) afirma que as empresas podem ser prejudicadas financeiramente, caso no tome uma posio planejada de controle, ou de minimizao dos impactos provocados pela situao..... vale lembrar que o autor ainda esclarece que a situao corporativa pode....... s organizaes (p. 234).

Observe que no incio do pargrafo o autor pesquisado aparece como primeiro elemento de observao das crises nas empresas. Esse mesmo autor tambm utilizado para encerrar a argumentao, cuja informao contida na mesma obra est em outra pgina. Porm, para que essas informaes sejam verdadeiras, confiveis, passveis de crdito, necessrio que o autor do texto insira a obra nas referencias bibliogrficas, em ordem alfabtica, conforme exemplo abaixo (neste caso, a 3 obra):

Referncias Bibliogrficas:

ANTUNES, Irand Costa.Lutar com palavras coeso e coerncia. So Paulo: Parbola Editorial, 2005 (Na ponta da lngua; v. 13).

BAHIA, Juarez.Introduo comunicao empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 1995.

CORRADO, Frank M.A fora da comunicao: quem no se comunica... Trad. Brbara Theoto Lambert. So Paulo: Pearson Education do Brasil, 1994.Ttulo original: Getting the Word Out, How Managers Can Create Value with Communications.

NADLSKIS, Hndricas.Comunicao redacional atualizada. 9 ed. So Paulo: Saraiva, 2003.

NASSAR, Paulo; FIGUEIREDO, Rubens.O que Comunicao Empresarial.1 ed., So Paulo: Brasiliense, 1995. (Coleo Primeiros Passos).

Exerccio

1.Qual o tipo de texto predominante em notas fiscais, oramentos e demonstrativos de pagamentos, documentos esses emitidos pelas empresas?

a.O Narrativo e o Descritivo

b.O Narrativo e o Dissertativo

c.O Narrativo

d.O Dissertativo

e.O Descritivo

Alternativa correta: E

Comentrios no mdulo: Tais documentos tm por objetivo descriminar os itens apresentados, por essa razo a predominncia a descrio.

Contedo destinado ao uso exclusivo dos alunos dos cursos de Gesto Tecnolgica, da Universidade Paulista UNIP, elaborado pela Professora Mrcia Bronsert.