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N o próximo domingo (17), a Arena Corinthians irá estrear o espaço Fiel Zone, que promete ser o mais luxuoso camarote do estádio. E, por trás do empreendimento, que tem patrocínio da Jack Daniel's, está um mo- delo de negócio que tem sido adotado pelo clube para tocar projetos no local, com a sociedade da agremiação, que recebe porcentagem do lucro. O Fiel Zone é um projeto da empresa Soccer Hospitality, que tem camarotes semelhantes no Morumbi e no Allianz Parque. A diferença está na relação com o dono do estádio. Com o São Paulo e com a WTorre, o contrato é convencional: a companhia aluga o espaço do camarote e ativa o local. Com o Corinthians, não há cobrança de aluguel, mas o clube entra na iniciativa como sócio majoritário. "Esse é o nosso maior projeto, com mais de 1.500 metros quadrados, com capa- O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR DUDA LOPES Corinthians vira sócio em camarote de luxo 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1186 - SEXTA-FEIRA, 15 / FEVEREIRO / 2019 De Reais ganharam os clubes brasileiros através do mecanismo de solidariedade da Fifa para times formadores de atletas, em 2018 40 mi O FE R E C I M E N T O

NÚMERO DO DIA 40 solidariedade da ... - Máquina do Esporte · Uma das mais tradicionais mar-cas de moda do mundo decidiu entrar de cabeça no segmento de roupas esportivas. A americana

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Page 1: NÚMERO DO DIA 40 solidariedade da ... - Máquina do Esporte · Uma das mais tradicionais mar-cas de moda do mundo decidiu entrar de cabeça no segmento de roupas esportivas. A americana

No próximo domingo (17), a Arena Corinthians irá estrear o espaço Fiel Zone, que promete ser o mais luxuoso camarote do estádio. E, por trás do empreendimento, que tem patrocínio da Jack Daniel's, está um mo-

delo de negócio que tem sido adotado pelo clube para tocar projetos no local, com a sociedade da agremiação, que recebe porcentagem do lucro.

O Fiel Zone é um projeto da empresa Soccer Hospitality, que tem camarotes semelhantes no Morumbi e no Allianz Parque. A diferença está na relação com o dono do estádio. Com o São Paulo e com a WTorre, o contrato é convencional: a companhia aluga o espaço do camarote e ativa o local. Com o Corinthians, não há cobrança de aluguel, mas o clube entra na iniciativa como sócio majoritário.

"Esse é o nosso maior projeto, com mais de 1.500 metros quadrados, com capa-

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR DUDA LOPES

Corinthians vira sócio em camarote de luxo

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1186 - SEXTA-FEIRA, 15 / FEVEREIRO / 2019

De Reais ganharam os clubes brasileiros através do mecanismo de solidariedade da Fifa para times formadores de atletas, em 201840mi

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F E R E C I M E N

TO

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cidade para 300 pessoas. O espaço é muito grande. Se fosse para pagar aluguel de todo o camarote, a conta não fecharia", explicou o proprietário da Soccer Hos-pitality, Leo Rizzo, em conversa exclusiva com a Máquina do Esporte.

Não é a primeira vez que o Corinthians recorre a um modelo de sociedade para um empreendimento dentro de sua arena. No fim de 2018, o clube anunciou a construção de uma academia no estádio, com o licenciamento de marca do luta-dor Anderson Silva. A Spider Fit, que já está em funcionamento, também mantém o clube como sócio na hora de dividir os lucros do local.

Para os torcedores, o Fiel Zone seguirá uma estrutura semelhante às montadas no Morumbi e no Allianz Parque. O plano é criar um ambiente de pub, com pre-sença de ex-jogadores, alimentação, palco para show e jogos para os presentes. Na Arena Corinthians, além do salão interno, haverá o uso dos terraços que avan-çam atrás dos gols. No local, haverá espaços reservados para grupos menores de torcedores, com cadeiras, churrasqueira e até uma pequena piscina.

"Nós temos a opção de venda para os dois públicos: pessoa jurídica e torcedo-res comuns. Há também muita gente de fora, executivos estrangeiros que querem conhecer os estádios, mas preferem uma experiência diferente", comentou Rizzo.

Os preços variam conforme a importância de cada jogo. No domingo, no clássi-co entre Corinthians e São Paulo, a entrada mais barata será de R$ 300. O espaço com piscina será alugado com o preço promocional de R$ 8 mil, com capacidade para dez pessoas. Ou seja, R$ 800 para cada torcedor, o tíquete mais alto.

Apesar dos espaços mais nobres, a ideia é manter o nível de serviço a todos os presentes, com bebidas e comida. O local permanecerá aberto após as partidas, quando poderá também servir bebida alcoólica aos torcedores.

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O P I N I Ã O

Sociedade é saída a clubes em estádios

O Corinthians decidiu adotar uma nova tática para não depender do alu-guel de camarotes, algo difícil num país com economia em crise e num estádio ainda distante da realidade da maioria dos paulistanos. Ser um

sócio do operador do camarote e, em troca, oferecer um novo tipo de serviço ao tor-cedor é uma saída inteligente para driblar a dificuldade de geração de receitas.

Curiosamente, cabe ao Corinthians adotar essa estratégia com os camarotes de seu estádio. Afinal, o clube que se gabou há seis anos de construir um estádio com seus próprios recursos, sem recorrer a um sócio para isso (como fizeram Palmeiras e WTorre), agora entende que é melhor fechar uma sociedade para sofrer menos.

A construção de estádios modernos se transformou na maior necessidade dos clubes brasileiros nesta próxima década. O predomínio dos clubes com novas arenas

na performance esportiva mostra que a nova casa ajuda a aumentar faturamento, atrair mais torcedores e, consequentemen-te, reinvestir tudo isso em jogadores.

O Palmeiras, no fim das contas, foi quem adotou o melhor modelo. O clube achou um sócio para operar o estádio. Fica com quase que a totalidade da receita de bilheteria e ainda lucra com outros even-tos, patrocínios e aluguéis do Allianz Par-que. Sem trabalhar, o clube fatura com o espaço. E, o que é melhor, não tem custo

de manutenção do aparato, hoje o maior problema encarado pelas novas arenas. Os demais clubes acabam tendo uma conta pesada demais a pagar, o que reduz a

vantagem financeira do novo estádio. Alguns têm as cotas mensais dos empréstimos para erguer a arena, como Corinthians, Inter e Grêmio, outros pagam um aluguel para entrar em campo que às vezes não justifica sua utilização, caso da dupla Fla-Flu.

Na tentativa de reduzir custos e ampliar a gama de serviços oferecidos ao tor-cedor, os clubes e os donos de estádios precisam aprender a ser flexíveis. Encontrar parceiros para tocar novas operações, como faz agora o Corinthians, é uma boa ideia.

O maior legado que a Copa do Mundo trouxe ao país foi ter de aprender a fazer do estádio um lugar de geração de receita. Para isso, é preciso ter criatividade, ousadia e flexibilidade. Três palavras que por décadas ficaram afastadas do vocabulário do fu-tebol. E que podem fazer um bem danado para a indústria esportiva como um todo.

Encontrar sócios para diferentes operações é a saída para os clubes nos novos estádios. E, no fim das contas, o torcedor é o maior beneficiado dessas inovações.

Novos estádios obrigam o futebol a ser

ousado, criativo e flexível, três palavras

que inexistiam em seu vocabulário

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Por Champions, Itaú retoma ação com Mastercard

Uma das mais tradicionais mar-cas de moda do mundo decidiu entrar de cabeça no segmento de roupas esportivas. A americana Tommy Hilfiger anunciou nesta quarta-feira (13) que sua primeira coleção no setor já está disponível em lojas próprias, tanto física como on-line, e também em lojas multi-marcas de varejo selecionadas por todo o mundo.

O objetivo da Tommy Hilfiger com a entrada no segmento é jus-tamente conquistar um novo públi-co, que até então não considerava comprar peças da marca. Recente-mente, outras marcas seguiram o mesmo caminho, como a espanhola Desigual e a sueca H&M.

T O M M Y H I L F I G E R E N T R A N O S E G M E N T O E S P O R T I V O

Parceira do Manchester United desde 2017, a marca alemã Melitta

decidiu ativar o patrocínio com uma promoção que promete uma experiên-cia exclusiva aos vencedores. Batizada

de "Melitta Fan Competition", a ação levará torcedores de 13 países

(entre eles o Brasil), cada um com um acompanhante, para passar um final

de semana em Manchester, na Inglat-erra, e conhecer os bastidores do time inglês. O fim de semana escolhido é o

dos dias 30 e 31 de março.

CAFÉ MELITTA LEVARÁ

FÃS PARA CONHECER

UNITED

POR REDAÇÃO

Mais uma vez, o Itaú fará uma ação com a Liga dos Cam-peões da Europa. Para isso, recorrerá a uma parceria com a Mastercard, bandeira de cartões de crédito que é patrocina-dora oficial do torneio de clubes.

A ação será voltada aos clientes Personnalité, o serviço mais nobre do Itaú. Os clientes terão que gastar mais de R$ 1 mil para ganhar um número e participar da promoção. Os interessados têm que fazer um cadastro no "Programa Mas-tercard Surpreenda".

Quem vencer a promoção irá viajar a Madri para assistir à final do torneio desta temporada, com direito a um acompa-nhante. Neste ano, o jogo decisivo será no estádio Wanda Metropolitano, palco do Atlético de Madri.

A chance do torcedor aumenta conforme a categoria do cartão de crédito. Clientes 'Platinum' e clientes 'Black' rece-bem mais números para o sorteio.

Essa não é a primeira vez que o Itaú recorre à Mastercard para fazer uma promoção do tipo. Desde 2016, o banco tem usado a bandeira de cartão para fazer ações com a Liga dos Campeões. Normalmente, o formato da ativação é o mesmo.

A Mastercard também não é o único patrocinador do tor-neio europeu que tem usado o status da competição para fa-zer ativações de marca no Brasil. Nos últimos anos, empresas como Pepsico, Nissan e Heineken têm usado a popularidade do torneio no país para fazer ações com torcedores, com viagens ou atrações em solos nacionais.

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POR ERICH BETING

Desde o ano passado uma parceria entre Puma e NBA vem sendo especu-lada nos bastidores do mercado. Nesta quarta-feira (13), veio a informa-ção oficial: marca e liga fecharam um acordo pelo qual a Puma lançará

uma nova linha de calçados específicos para o basquete, tornando-se, assim, par-ceira oficial de calçados da NBA.

Como parte do contrato, a Puma poderá usar a imagem de jogadores da NBA, mesmo quando estiverem usando uniformes de suas respectivas franquias. Dessa forma, a fabricante alemã poderá se associar indiretamente às equipes e à marca da NBA para se promover. Vale lembrar que a fornecedora oficial de uniformes da liga americana de basquete até 2025 é a Nike.

A Puma comemorou bastante o acordo, já que enxerga o basquete como primor-dial para crescer e ganhar força e credibilidade no mercado americano. Os valores e a duração exata da parceria não foram revelados.

"Estamos entusiasmados em fazer parceria com a NBA para levar a Puma ao próximo nível em nossa reentrada no mercado de basquete. Esta parceria é um testemunho do contínuo ressurgimento da Puma na indústria do basquete", disse Adam Petrick, diretor global de marca e marketing da fabricante alemã.

"A Puma desempenhou um papel importante na cultura de calçados da NBA. Agora, a marca expande sua presença no mercado de basquete com novas rela-ções de jogadores e uma nova linha de tênis de basquete, tornando-se um parcei-ro oficial de calçados da liga. Foi um passo natural para ajudar a ampliar o retorno da marca para a categoria", declarou Dan Rossomondo, vice-presidente da NBA.

Com NBA, Puma avança no basquete

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POR REDAÇÃO