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O ALICERCE EDIÇÃO 7 - GRAMADO, MARÇO DE 2016. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - CIRCULAÇÃO MENSAL FACEBOOK.COM/OALICERCEGRAMADO D entro de alguns meses, ocorrerão as eleições mu- que se observam entre de votos, que dá uma indicação da corrupção do sistema eleitoral-par- sabendo, por exemplo, que uma - ciamento da ex-chefe da subpre- feitura da Várzea e atualmente vice-presidente da Câmara de Ve- readores de Gramado, Rosi Ecker - lícia civil, solicitado pelo Ministério Público, aponta que Rosi distribuiu recursos públicos, tais como canos, brita e cedência de máquinas para - Eleita com votação histórica para a Câmara de Vereadores em 2012, Rosi, obviamente, negou que tenha agido contra o bem público, em suas declarações à imprensa. O julgamento do caso cabe à Jusça. O que se pode constatar é que - dos os níveis de poder. Quantos a máquina pública para capitalizar a adesão da população? Fazem inaugurações grandiosas, discur- sos eloquentes (mesmo quando a obra inaugurada foi executada com verba de outro ente público). Apre- sentam feitos da administração - do” as conquistas para o povo. Um grande culto ao personalismo. A verdade, porém, é que quem financia uma obra ou melhoria é sempre o povo. E em nenhum can- to deste país, em municípios ou no âmbito da união, algum direito social veio sem luta da população. A compra de voto, enm, é uma ponta do iceberg de um sis- tema políco viciado, que inibe a parcipação da população nas decisões sobre os rumos do país, Estado e município. Elegemos “representantes”. Estes, na maio- ria das vezes, recebem o voto do povo, mas governam e legislam para as elites de onde saíram. Ve- ja-se, por exemplo, a poderosa bancada BBBB (Boi-Bala-Bíblia- -Bola) na Câmara dos Deputados, representando interesses de la - fundiários, militares, indústria de armas, religiosos e cartolas que minam o futebol. E a corrupção está longe de ser exclusividade do alto escalão da políca. Ela começa nas empre- sas que sonegam ou nos gestores que fazem “agradinhos” aos elei- tores, por exemplo. Esta políca de “vantagens”, personalização e troca de favores não tem nada a ver com o sendo de democracia. Canos e britas que viram votos

O Alicerce - edição 7

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Page 1: O Alicerce - edição 7

O ALICERCEEDIÇÃO 7 - GRAMADO, MARÇO DE 2016. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - CIRCULAÇÃO MENSAL

FACEBOOK.COM/OALICERCEGRAMADO

Dentro de alguns meses, ocorrerão as eleições mu-

que se observam entre

de votos, que dá uma indicação da corrupção do sistema eleitoral-par-

sabendo, por exemplo, que uma -

ciamento da ex-chefe da subpre-feitura da Várzea e atualmente vice-presidente da Câmara de Ve-readores de Gramado, Rosi Ecker

-lícia civil, solicitado pelo Ministério Público, aponta que Rosi distribuiu recursos públicos, tais como canos, brita e cedência de máquinas para

-

Eleita com votação histórica para a Câmara de Vereadores em 2012, Rosi, obviamente, negou que tenha agido contra o bem público, em suas declarações à imprensa. O julgamento do caso cabe à Justiça.

O que se pode constatar é que -

dos os níveis de poder. Quantos

a máquina pública para capitalizar a adesão da população? Fazem inaugurações grandiosas, discur-sos eloquentes (mesmo quando a obra inaugurada foi executada com verba de outro ente público). Apre-

sentam feitos da administração -

do” as conquistas para o povo. Um grande culto ao personalismo.

A verdade, porém, é que quem financia uma obra ou melhoria é sempre o povo. E em nenhum can-to deste país, em municípios ou no âmbito da união, algum direito social veio sem luta da população.

A compra de voto, enfim, é uma ponta do iceberg de um sis-tema político viciado, que inibe a participação da população nas decisões sobre os rumos do país, Estado e município. Elegemos “representantes”. Estes, na maio-ria das vezes, recebem o voto do povo, mas governam e legislam

para as elites de onde saíram. Ve-ja-se, por exemplo, a poderosa bancada BBBB (Boi-Bala-Bíblia--Bola) na Câmara dos Deputados, representando interesses de lati-fundiários, militares, indústria de armas, religiosos e cartolas que minam o futebol.

E a corrupção está longe de ser exclusividade do alto escalão da política. Ela começa nas empre-sas que sonegam ou nos gestores que fazem “agradinhos” aos elei-tores, por exemplo. Esta política de “vantagens”, personalização e troca de favores não tem nada a ver com o sentido de democracia.

Canos e britas que viram votos

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Pressão Popular?

Seu voto é para vereador ou secretário?

Nos últimos anos surgiram sites e páginas de internet de todos os lados políticos, partidários, intervencionis-tas e apartidários visando

repassar ideais, muitas vezes sem se-rem sequer aceitáveis.

Tais meios têm promovido propa-gandas contra partidos políticos e pes-soas sem qualquer compromisso com a verdade visando somente denegrir a imagem e criar memes sem funda-mentos, pois vendem uma imagem aliada a uma mentira que fatalmente não será conferida.

Estas páginas divulgam-se como sendo sérias e defensoras de uma ver-dade, que é só delas, e seus adeptos creem que estão em um movimento popular, quando na verdade infeliz-mente estão sendo manipulados e utilizados como meros serviçais de quem quer apenas o poder.

Nos últimos meses a população tem sido levada por estes meios a crer que uma campanha de impedimento da presidente sem fundamento legal plausível é bom para o país. Mas, des-de quando criar um tumulto em um país ameaçando a democracia dura-mente conquistada após anos de dura repressão pela ditadura é bom para a imagem do Brasil? É óbvio que isso não faz bem para o país.

Assim como, vemos que estes mes-mos meios se aproximam de pessoas do pior modo de fazer política visando atacar o governo, aliando-se pessoas preconceituosas, que querem mis-turar medidas de Estado interesses pessoais e de entidades particulares, assim como, juntam-se habitualmen-

te com pessoas investigadas por cor-rupção e uso dos bens públicos. Viu algum deles falar mal do Cunha?

Estes movimentos que vendem frases fáceis e que agradam aos ouvi-dos são incapazes de promoverem a verdade e principalmente de incentivar a população a pensar e a ir atrás de co-nhecimento.

Veja que tais meios se dizem de di-reita e liberais, porém, sequer estudam o que quer o liberalismo uma vez que defendem tal pensamento no qual se indica a maior liberdade possível, mas, querem que o Estado lhes dê tudo. Ou o vivente quer ser liberal ou não, mas, pensar assim não é coisa de liberal.

Bem como, se dizem capitalistas, porém, muitos acham que ser capita-lista seria tomar Coca-Cola e pensar em defender os empreendedores quando na verdade ser capitalista é ter capital ($$$, muito capital) e de-fender quem realmente tem o poder

da propriedade privada (grandes pro-priedades e empresários multimilio-nários).

Estas afrontas ao povo no último ano foram e são dirigidas por meios poderosos que creem que tem per-dido muito nos últimos anos com a valorização que obteve o salário mí-nimo, a ampliação do acesso à uni-versidade, a inclusão de programas voltados à moradia e de apoio aos mais pobres, governando de modo humanista.

Infelizmente, os atuais governantes não souberam demonstrar à popula-ção todos os ganhos que tiveram e não se desvincularam de serem reféns da grande mídia que trabalha somente para vender o que os realmente pode-rosos querem que seja vendido.

Vendem uma ideia de que tudo está errado e que nada vai para fren-te, porém, pretendem derrubar um governo popular e democraticamente

eleito para agradar aos seus senhores, venderem nossas riquezas a preço de banana como já fizeram antigamente com as comunicações e a Vale do Rio Doce no final dos anos de 1990 e se apoderarem de qualquer forma para garantir mais para os mais ricos flexibi-lizando os direitos dos trabalhadores.

É importante o povo começar a enxergar que não pode acreditar em qualquer coisa oferecida na internet contra um lado só e que deve come-çar a eleger quem possa realmente lhes representar e não em quem os partidos escolhem/mandam votar e ainda pensar bem em quem está por trás destes movimentos e o que real-mente querem.

Assim, resta claro que os inte-re$$es de quem ataca o governo hoje prevalecem sobre o social. E fica a dica de que se você acha que está ruim hoje pode ter certeza de que estaria muito pior na mão deles.

Este ano teremos eleições e nós como cidadãos temos que observar atentamente o que está ocorrendo em nosso município, pois estamos votando em pessoas que se elegem com nossos votos para nos repre-sentarem no legislativo de nossa cidade e acabam após eleitos igno-rando os votos dados pelo cidadão.

Este eleito vai para um cargo de secretário para o poder executivo. Penso que se quiséssemos que fos-

sem secretários não precisaríamos votar neles, pois para cargo no exe-cutivo não necessita votação e sim indicação do prefeito.

Assim eles acabam deixando as nos-sas câmaras de vereadores de vários municípios abandonadas já que quem realmente teria que estar nos repre-sentando não está lá e sim suplentes.

Este tipo de política de troca de posições por cargos tem que ser re-pudiada em todas as esferas (muni-cipais, estaduais e federal) uma vez que na verdade estes políticos só pensam nos seus partidos e não na comunidade.

Contudo, temos que neste ano

analisar se queremos colocar em nossas câmaras de vereadores se-cretários a mando de prefeitos ou vereadores realmente preocupados com o bem da sua comunidade.

Cito aqui um grande exemplo onde não estamos sendo represen-tados por nossa câmara de vereado-res, referente à criação de cargos de CC’s às vésperas de eleições e com grandes salários, onde numa vota-ção de um projeto que a população lotou a casa do povo e mesmo di-zendo não, nossos vereadores vota-ram sim, deixando a população sem respaldo nenhum e mostrando que eles estão ali para representar inte-

resses do partido e os seus próprios interesses e não os interesse da po-pulação.

Isso que entre os que votaram contra a população nem eleitos fo-ram e entram para a câmara depois que os eleitos foram para os cargos de secretaria do executivo e deixan-do nossas câmaras sem a represen-tação que as ruas pediram.

Por isso que digo vereador é elei-to para permanecer na câmara de vereadores e honrar os votos que nós os damos e não para somente obedecer a mandos e desmandos dos prefeitos ou dos caciques de seus partidos.

ANDREI MENDES DE ANDRADES

SILVANO SILVA

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EDUCAÇÃO EM TRANSFORMAÇÃO

O prelúdio da ação! Greve Geral Já!

O momento urge para profundas transformações e articulação de movimentos so-

ciais protagonistas. A so-ciedade atual encontra-se confusa, sem espírito cole-tivo, em uma inversão de valores aguda, resultado de décadas de uma educa-ção engessada, preocupada com uma ética do mercado e a alienação da classe tra-balhadora.

O setor dominante da so-ciedade subsidiou os qua-dros da educação com sua mentalidade excludente, em que o ser humano não é importante, muito menos a convivência social que per-mite o efetivo bem-estar social.

Neste contexto sombrio, o professor deve assumir enquanto um profissional social e político, uma posi-ção importante de caracte-rística não omissa e neutra, mas sim com um propósito ativista.

Por convivermos numa sociedade seletista, classi-ficatória e opressora o en-gajamento da maioria dos professores, que no gover-no estadual têm status de minoria, deve patrolar o caos educacional, por pos-suir uma legitimidade para cooptar comunidade esco-lar e “sociedade civil”.

Ao professor cabe então a responsabilidade de exer-cer a função de socializar o saber a todos os alunos, lutando pela garantia e per-manência de todos na esco-la, independente da classe social.

Do exemplo surge a ação que define rumos, e esse exemplo está vindo de fora da escola, transformando a realidade da escola e comu-nidade escolar em mais um braço da otimização imobi-

lista. Em uma comunidade em

que escola e população não dão os braços para a promo-ção de todos fica pratica-mente impossível visualizar o próprio contexto social com criticidade e reflexão interativa. O que coloca o processo da mudança cada vez mais ação efetiva.

O papel do professor na sociedade atual não é da procrastinação covarde, da aceitação da violência cognitiva, proposta por um governo estadual que infla-ma a criatividade, decepa a auto-estima e promove o terror.

Sua responsabilidade é mediar e possibilitar que os alunos utilizem o conheci-mento como um processo de descoberta, de produ-ção, de troca e cooperação.

A realidade que se apre-senta, constantemente nos mais variados meios de comunicação, denunciam que a violência, o descaso, a apatia e a indisciplina são os comportamentos mais vistos nas escolas de gran-de parte do país. Crianças e adolescentes que perderam o encanto e o verdadeiro sentido do que é realmente estudar, ir à escola.

Dentre as causas podem ser as famílias desestrutu-radas, onde pai e mãe já não existem, lares em que se vê crianças abandona-das, em função de uma so-ciedade consumista onde a busca do poder aquisitivo fala mais alto que os valores morais e éticos. Pais saem para buscar desesperada-mente o dinheiro para dar mais e mais bens materiais, enquanto seus filhos ficam em companhia da televisão, da internet e dos jogos ele-trônicos.

Muitas vezes o que re-almente importa para essas crianças é o amor e o cari-nho dos pais, e vemos cres-cendo em busca de algo que compense o vazio causado pela sociedade capitalista.

A escola que buscamos não quer fazer o papel dos pais, mas quer preencher o vazio com o espírito solidário e de luta.

Os professores estão en-volvidos num papel central em tudo isto, pois é sobre eles que recai a tarefa de pôr em prática qualquer forma de educação que procuramos desenvolver, e por essa perspectiva os professores já não podem ser funcionários cegos, e sua tarefa torna-se cada vez mais difícil.

As teorias acerca da edu-cação aumentam a todo o momento e a maioria delas está embasada na manu-tenção de uma sociedade cada vez mais distante da chave do problema.

O estudo da educação como um processo social fundamental está se trans-formando em uma ativida-de extremamente sofistica-da, especialmente por que a educação torna-se cada vez mais institucional e for-mal, realidade que deveria ser outra, pelas conquistas inclusivas dos últimos anos, mas que encontra resis-tência severa na classe de propedêutas sem consci-ência de classe e que ocu-pam muitas vezes cargos na educação que emperram a verdadeira educação liber-tadora.

Significa que todos aqueles que participam no processo educativo, e par-ticularmente quem é res-ponsável por fornecer lide-rança, os professores, tem de alcançar um elevado grau de conscientização e de compreensão das causas coletivas.

À medida que a nossa sociedade se torna mais complexa e independente (em muitos aspectos, de-pendente), a vocação para ensinar torna-se mais im-portante, já que o modelo estrito de instruir em sala de aula é cada vez mais de-safiado e suplantado,

Muitos professores pro-cedem com seu ensino de forma imobilista e subser-viente, indicando uma in-diferença consciente e até mesmo propositada.

Hoje simplesmente não é possível aos professores continuarem a desconhe-cer que a prática da sua vocação é guiada pelo sen-timento da justiça. Um sen-timento de justiça que não permite incongruências nem desmandos.

Os professores da trin-cheira têm em suas mãos a possibilidade de mudar esse quadro terrorista que já se instalou no Rio Grande do Sul. Qualquer proposta que não seja de Greve Geral Já ultrapassa as vias da sa-nidade e desconstrói total-mente a história do magis-tério no Rio Grande do Sul, que sempre foi valoroso e de conquistas.

Temos nos nossos pro-fessores antecessores a admiração por direitos con-quistados e greves com re-sultado, mesmo à duras pe-nas.

Uma comunidade que não se identifica com seus professores, vai vislumbrar que tipo de contexto com seus filhos na escola. Fu-gaz hipocrisia. Escola não é contêiner imóvel e sem ação. Escola é vida. E vida é coletividade solidária den-tro da construção democrá-tica de convívio.

Escola é cidadania, não é permissiva aos desmandos de mantenedoras ou um governo reacionário que sucateia o serviço público, parcela salários, busca des-moralizar nossa profissão.

Muitos estão com medo nas escolas, não fiquem, va-mos nos unir para melhorar nossa situação como classe e que tem o papel legítimo de fazer uma comunida-de melhor, uma sociedade possível agora.

Greve Geral já, esse é o grito coletivo da mudança!

LUCIUS FABIANO MARTINS DA SILVA

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CONSCIÊNCIA LIBERTÁRIA

IGOR MALLMANN

O povo paga pela crise; as elites lucram e mentem

Mulheres em luta

Dica de Filme - A Grande Aposta (The Big Short)

Lei do governo federal pode criminalizar movimentos sociais

Quem realmente sofre com a

em andamento, são as classes menos favorecidas. As elites

deitando e rolando. Isso a grande mídia não diz. Pois é propriedade dessas elites, claro. Vejamos um exemplo de um gigante dos bancos privados. Em 2015, o Bradesco registrou o segundo maior lucro da histó-ria de um banco de capital aberto no país. Nada menos do que R$ 17,19 bilhões!

E o presidente deste banco ainda teve

crise todo mundo perde”! Quem perde é o povo mais simples, os assalariados, os estudantes, os desempregados. Demis-sões em massa, aumento do custo de vida, queda na qualidade dos serviços públicos sucateados... Mas não as castas privilegia-

Essa gente passa muito bem, obrigado!

custos; eles têm gordura para queimar. Se -

cionários a menos, tanto melhor. Mas e o trabalhador que depende de seu próprio suor para sustentar a casa?

-

social é a culpada pela crise do orçamento

economia pela UFRJ, que vem tornando públicos os dados de seus estudos. Se-gundo ela, se somarmos todas as receitas

social veremos que o setor previdenciário dá lucro bilionário a cada ano. R$ 16 bi-

fala só existe porque é calculado apenas o dinheiro das contribuições do INSS. Mas,

na verdade, outras fontes de receita como

seguridade social.Assim, a reforma previdenciária que o

governo federal quer implementar é mais uma ação para agradar os banqueiros e companhia. Por quê? Pois se o governo poupa com a previdência, sobra mais gra-na para o pagamento da dívida pública. O badalado “superávit primário”. E quem

-da pública? Adivinhem: os bancos! Aí está o câncer. Aí está a explicação da falta de re-cursos para saúde, educação....

No dia 8 de março lembramos do Dia Internacional da Mulher. Mais do que fazer simples “homenagens”, precisa-mos compreender, debater e repensar as opressões sofridas pelas mulheres, as

o machismo e a violência de gênero que subsistem na sociedade. Aqui cabe uma

que somos, pois atualmente o Alicerce não conta com nenhuma mulher como

edições tratamos de temas como femi-nismo, direitos violados, aborto etc. Mas nunca é a mesma coisa. O debate é ur-gente e nunca se esgota.

Assim, é com alegria que publicamos nesta edição um texto da companheira

-ra da causa curda. na página ao lado. Atualmente, as mulheres do Curdistão protagonizam o movimento de liberta-ção de seu povo frente o capitalismo, o patriarcado e os Estados que oprimem a

população curda no Oriente Médio. Com destaque para a região de Rojava (norte da síria), onde o processo da revolução está bastante avançado.

Reproduzo o lema das companheiras de luta: “A revolução será feminista ou não será!”

Dirigido por Adam McKayAno de produção: 2015

Um dos indicados ao Oscar deste ano, esta produção mostra um pouco como funciona o complexo – e sujo – mundo da

levaram à Crise de 2008. Somos apresen-

tados ao mundo obscuro das “agências

cuja fome fraudulenta por lucros causa a crise. Mas quem paga a conta é o povo.

Sinopse: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imo-

biliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) per-cebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve

Carell), o dono de uma corretora que enfren-ta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad

Recentemente, foi aprovado pela Câ--

ca crimes de terrorismo de autoria do go-verno federal. O problema é que o texto

diversas. Isso pode levar à criminalização

e de sindicatos, por exemplo. O que é um tremendo retrocesso nas já limitadas li-berdades de movimento do povo.

Dilma vai mais para a direita, atendendo aos desejos das elites. É cada vez mais absurdo dizer que esse governo tem algo de esquerda, algo de popular. As ações to-madas em conjunto com PMDB e cia são de dar inveja até aos tucanos.

Agora a base do governo arranca os

relações de Lula com as empreiteiras. Es-

bravejam com a grande mídia que faz co-

no poder e em momento algum ousaram dizer um “ai” contra a Globo, por exem-plo. Ao contrário: injetaram verbas publi-

hoje os jura de morte. Isso que dá fazer pacto com as elites para governar.

pela repressão dos governos aliados aos

patrões, é a única saída que temos. União e organização de nossos colegas de traba-lho, estudo ou bairro. Já passou e muito da hora de perceber que as soluções não virão de cima. Nem com esse governo pe-

no poder. E muito menos com a turma reacionária que quer o impeachment. Só a luta do povo por seus direitos que cons-trói mudanças.

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FLORENCIA GUARCH

Curdos enfrentam recrudescimento das

A guerra aos curdos ganha um novo capítulo dentro do território da Turquia. O recru-

militares cerquem cidades, atentem contra a população civil e massacrem crianças e jo-

vens por meio, inclusive, de armas químicas.

frequência foram iniciadas em julho de 2015, com a

que desde 2013 havia sido declarado o cessar-fogo en-tre o movimento de libertação curdo (PKK) e o governo turco. Contudo, após a derrota nas eleições o governo

--

-curdos (principalmente o HDP). Com estas eleições o AKP não conseguiu a maioria absoluta e, assim, não foi

-

representação de minorias no parlamento. O impacto destas eleições frustrou tanto o governo AKP que foram marcadas novas eleições para novembro e, com isto, a

centenas de pessoas foram deslocadas de suas casas e outras tantas foram mortas e agredidas pelo exérci-to nacional turco. Cidades como Sur, Nusaybin, Silopi e Dargeçit foram o palco de constantes ataques e bom-bardeios.

É certo que desde os anos 1980 estas regiões são -

ral por parte do governo turco. Contudo, foi em junho

forma mais dura e frequente. A supressão de di--

tante dentro da Turquia. Vale lembrar que o simples ato de falar em idioma curdo no Parlamento turco é passí-vel de prisão, levando, inclusive, a que Leyla Zana, par-

onze anos de prisão na década de 90.Frente a estes ataques e, em busca de defesa, a po-

pulação curda começou a organizar-se em barricadas e

infelizmente, caminha em vias de se transformar em uma guerra civil.

Podemos dizer que hoje o sudeste da Turquia vive uma guerra de grandes proporções que faz com que ci-dades inteiras enfrentem bloqueios completos, toques de recolher constantes e falta de comida, água e aten-ção médica. Há um anel de aço formado nessa região fazendo com que pessoas busquem sobreviver por trás de barricadas e sacos de areia.

do Curdistão). Contudo, os ataques são feitos à bairros residenciais, lojas, supermercados e centros urbanos,

-sar disto, o governo não parece se importar com as de-nuncias de uso de armas químicas contra a população civil, os bloqueios de alimentos e os toques de recolher constante, massacres contra a população civil são uma

-bakir, uma importante cidade que tem uma população de mais de 1,5 milhões de habitantes, foi palco de um intenso massacre que matou mais de 200 pessoas, en-tre elas, um grande numero de crianças.

O apoio da Turquia a grupos jihadistas, sua oposição aos ganhos dados no Curdistão Sírio (Rojava) e seu pa-pel frente à guerra civil na Síria demonstram que Erdo-gan não possui o menor interesse em construir um pro-cesso de paz levando cada vez mais mercenários para suas fronteiras, principalmente ao sul, em território do

-

mais variadas partes do mundo demonstram que seu projeto revolucionário prospera causando ainda mais

uma ferrenha oposição a isto, fortalecendo seu caráter autoritário, nacionalista e, porque não dizer, fascista.

presidente turco, Erdogan) a jornais, revistas, canais de -

reitos humanos e acadêmicos que denunciam tais mas-sacres.

Recentemente Erdogan diz que não aceita as deci-sões judiciais que consideram ilegais as prisões de jorna-listas que faziam oposição contra o governo turco.

A perseguição do presidente turco aos curdos tem

a população civil curda, mas, agora, intelectuais, jorna-listas e todos aqueles que demonstrem seu repúdio ao

Em resposta disto, foi lançado um chamado interna-cional em busca de paz em que professores, pesquisa-dores, jornalistas e advogados do mundo todo exigem

constante violação de direitos humanos por parte das autoridades turcas. Entre os intelectuais que apoiam

Immanuel Wallerstein, Noam Chomsky, David Harvey e Judith Butler, que foram chamados de “ignorantes e traidores” pelo presidente turco, Erdogan.

Entre as cidades mais afetadas, encontra-se Silopi e Diyarbakir, grandes centros urbanos que estão tomadas pelas forças especiais de guerra turcas que estão imple-

-truções e, ao mesmo tempo, massacrando a população por meio de toques de recolher e, inclusive, o uso de armas químicas.

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Desde que foi criado o salário mí-nimo regional em 2001 pelo en-tão governador do Estado Olívio Dutra (PT), os reajustes anuais sempre foram no mínimo cor-

respondentes à reposição da inflação do período, tendo sua maior valorização no último governo, Tarso Genro (PT).

Sequer a governadora neoliberal Yeda Crusius (PSDB) ousou conceder reajustes menores que a reposição da inflação.

O salário mínimo regional beneficia diretamente mais de um milhão e trezen-tos mil trabalhadores e serve como parâ-metro para as negociações coletivas dos dissídios-reajustes salariais de inúmeras categorias em todo o Estado do RS.

É um importante instrumento de distri-buição de renda para quem mais precisa, significa mais dinheiro na economia gaú-cha, dinheiro que será gasto com produtos de necessidade básica, inclusive gerando arrecadação de impostos para o Estado e ainda garantindo que nossa economia te-nha um maior fluxo de financeiro.

Porém, o que vimos este ano foi um

governo que mostra bem de que lado está, enviando um projeto para a Assem-bléia Legislativa de reajuste de 9,6%, bem abaixo da reposição da inflação, que é de 11,31%, percentual pedido pelas entida-des sindicais como a CTB (Central dos Tra-balhadores e Trabalhadoras do Brasil) e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Isto mostra que temos hoje um gover-no que não tem compromisso com os que menos têm e que encontra respaldo de seus aliados no parlamento, pois os depu-tados da base aliada do Sartori aprovaram o projeto de reajuste de apenas 9,6% sem nem debater a possibilidade de um reajus-te maior proposto pelos sindicatos.

Deputados Estaduais do PCdoB, PT, PSB, PSOL tentaram de todas as formas rever o percentual proposto pelo gover-no, mas, os neoliberais de direita do PP, PSDB, PMDB, PV,PR e de alguns traidores da classe do PDT e PTB (hoje aliados do rei) aprovaram o reajuste menor proposto pelo governo.

Estes mesmos aliados que aprovaram aumento de ICMS (imposto estadual) so-bre produtos de consumo básicos como alimentos, luz e combustíveis. E silencio-samente os gaúchos baixam a cabeça sem reclamar, avalizando as medidas contra os trabalhadores e os menos afor-

tunados. Temos ainda três longos anos pela

frente de um governo que não respeita os trabalhadores, mas precisamos de-finir quem são os deputados que estão ao lado do trabalhador e que deverão fazer no parlamento o bom debate, as-sim como, os integrantes dos movimen-tos sociais devem ir às ruas ao lado dos trabalhadores, contra os retrocessos e as

perdas impostas por este (des)governo.Fica aqui uma pergunta: Com quantos

votos dos trabalhadores de nossa região esta gente que vai contra o trabalhador se elegeu?

Garanto que muitos, e é passada a hora dos trabalhadores saberem quem os representa e quem não representa para garantirem um futuro melhor para si e seus filhos.

Mais uma vez vemos nosso país corren-do sério perigo, desta vez, não diferente de muitas outras, temos a ação do imperialis-mo, liderado pelos EUA, tentando como fa-zem em várias regiões do mundo, usurpar as riquezas da maioria de países emergentes ou subdesenvolvidos.

No oriente médio gastam centenas de milhares de dólares com uma ofensiva mili-tar, com a ilusão de “intervir” em ditaduras e espalhar a democracia pelo mundo (na base do genocídio e da tortura), somente pretex-to, cortina de fumaça, quando na verdade o objetivo é somente um: petróleo.

Foi e tem sido assim na história do mun-do, o imperialismo norte americano, e dos países membros da OTAN, fazendo de tudo para explorar os outros países, tratando-os como se fossem suas colônias.

Não diferente acontece na nossa Amé-rica Latina, com a descoberta do Pré-Sal em nosso território, uma enorme riqueza que pertence ao povo brasileiro, o imperialismo aponta seus canhões em nossa direção.

Porém aqui a tática é outra, não é neces-

sário os milhões e milhões de dólares gas-tos com intervenções militares ao redor do mundo (apesar da quarta frota americana estar novamente ativa), basta alguns Sena-dores tucanos e outros tantos Deputados, todos de vários partidos representantes do neoliberalismo, para através das instituições entregar nossas riquezas.

É isto que estamos vendo com o projeto do Senador tucano (entreguista) José Serra, PLS 131 que foi aprovado no Senado, onde retira a exclusividade da exploração do Pré--Sal da Petrobrás e abre a possibilidade de explorar nossa riqueza para as empresas estrangeiras, um verdadeiro segundo tiro no peito de Getúlio Vargas, criador da nossa Petrobrás.

O que estamos assistindo é um saque nas nossas riquezas, abrindo a exploração para empresas como a Chevron (Norte Americana).

Não somente através dos seus represen-tantes como, José Serra, Eduardo Cunha, Re-nan Calheiros, o imperialismo atua também patrocinando movimentos em vários países

tentando acabar com o ciclo progressista em toda a América Latina que iniciou com a vitó-ria do comandante Hugo Chavez, em 1998, na Venezuela, trazendo consecutivas vitórias da esquerda latina americana, e dando mais autonomia ao Brasil e nossos países vizinhos, não mais estando de joelhos ao império.

Este projeto PLS 131 foi apenas a carta-da principal, mas o terreno já vinha sendo preparado com o uso político da operação Lava Jato, desvirtuado de seu objetivo inicial de combate à corrupção e transformado em um verdadeiro ataque a maior empresa estatal do país, abrindo caminho assim para sua desmoralização e criando a falsa expec-tativa de fracasso desta empresa que sem-pre foi e ainda é orgulho do povo brasileiro.

Os corruptos e corruptores devem ser punidos, mas a Petrobrás não pode pagar este alto preço, nem o povo brasileiro. Nada justifica entregar nossas riquezas ao capital estrangeiro, acabando com um projeto de país, pois os recursos extraídos do Pré-Sal se-rão em grande parte (já aprovado pelo con-gresso) destinados para a saúde e educação.

Aqueles e aquelas que manifestam com a camisa do Brasil (na verdade da CBF) con-tra a corrupção ou os que batem panelas nas varandas de seus apartamentos luxuosos, nada falam sobre entregar nossas riquezas ao imperialismo, talvez sejam coniventes, também nada dizem sobre os ladrões de merenda escolar (do PSDB) em São Paulo ou sobre Eduardo Cunha que deve ser um gran-de ídolo para estes uma vez que faz e desfaz rindo da cara do povo.

A conclusão que se tira é que a luta de classe em nossa América Latina está cada vez mais aguda, dividida em dois pólos, nós que defendemos a soberania dos povos contra o império, a democracia, a paz, or-ganizados nos movimentos sociais os quais estaremos nas ruas e partidos políticos pa-triotas que defendam nossas riquezas e con-sequentemente nosso país e nação, contra os vendilhões da pátria.

Na luta pelo Brasil, com seu povo livre, pela paz e no caminho do socialismo, junte--se a quem realmente defende este país e diga NÃO à entrega do Pré-Sal.

O TRABALHO

Governo Sartori e aliados votam contra os trabalhadores

Intervenção imperialista. O Pré-Sal é nosso!!!

RODRIGO CALLAIS

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A soberania nacional é do povo! Abaixo o Golpismo!

HISTÓRIA IMEDIATA 7

LUCIUS FABIANO MARTINS DA SILVA

Professor

O Brasil vive um mo-mento que detalha a participação popular e a continuidade das conquistas sociais

contra a manipulação, o golpis-mo e a tentativa do retorno dos vendilhões da pátria.

É hora da posição, da defesa do nacional, da defesa das refor-mas e da inclusão do coletivo. Em uma sociedade capitalista e selvagem temos que nos articu-lar com o rompimento dos gri-lhões e das barreiras que não permitem o acesso aos direitos do povo.

Somos nós, os lutadores pela sociedade mais justa e possível agora contra o golpismo, o ter-rorismo e a volta da manutenção do poder individual, o sucatea-mento do estado e a venda do patrimônio.

Um Estado suficientemen-te forte pode fazer o que quiser sem se preocupar com uma in-tervenção externa e a chamada “intervenção humanitária” parte sempre dos poderosos atingindo os fracos, incentivando golpes, ameaças, embargos, sanções uni-laterais e eleições compradas.

A interferência dos EUA em assuntos internos de outros es-tados é multifacetada e várias vezes tiveram consequências de-sastrosas. Não só os milhões de mortes causadas por guerras di-retas e indiretas, mas também as oportunidades perdidas, o “fim da esperança” para centenas de milhões de pessoas que pode-riam se beneficiar com as políti-cas sociais progressistas iniciadas por líderes como Arbenz na Gua-temala, Goulart no Brasil, Allen-de no Chile, Lumumba no Congo, Mossadegh no Irã, os sandinistas na Nicarágua ou o presidente Chávez na Venezuela, os quais fo-ram sistematicamente corrompi-dos, derrubados ou mortos com total apoio ocidental.

Hoje a humanidade escuta frases de efeito sobre a paz e o desarmamento, ou o consenso de uma “comunidade internacio-nal”, mas até agora os anúncios de um mundo sem guerras e sem armas nucleares são peças de re-tórica ou a manifestação de um vago ideal. Na prática ainda pre-valecem às chantagens e as ame-aças, o que nos impõe o dever da

vigilância e da luta.A América Latina, que desde

a primeira eleição do presiden-te Hugo Chávez, em 1998 e de Lula, em 2002, transformou-se

num “continente rebelde”, onde se processa a ascensão de forças democráticas e progressistas aos governos nacionais de vários pa-íses.

Cuba segue resistindo, desa-fiando e derrotando desígnios imperialistas. Na Bolívia, no Equador e na Nicarágua, estão em curso processos políticos que tendem a consolidar as novas ex-periências de governos popula-res.

Os Estados Unidos e aliados tem objetivos claros, o de conter os avanços dos países e povos do continente na conquista de democracia, da soberania nacio-nal, do progresso social, além do controle dos mercados e das fon-tes de recursos naturais, como a biodiversidade da Amazônia, as fontes de água, como o aqüífero guarani, as grandes jazidas mi-nerais e principalmente o petró-leo, que teve seu primeiro passo dado por representantes impe-rialistas no senado e congresso nacional.

O intervencionismo é um tra-ço permanente na política dos Estados Unidos em relação à América Latina desde finais do século 19 até os nossos dias. O século 20 conheceu também a “diplomacia missioneira”, de Woodrow Wilson, a formação do sistema pan-americano, a “di-plomacia do dólar”, a política da “boa vizinhança”, implementada por Franklin Delano Roosevelt, a “doutrina de segurança nacio-nal”, e com o pós-Guerra Fria, a política da “segurança hemisféri-ca”.

As primeiras vítimas do in-tervencionismo estadunidense na América Latina foram Cuba e Porto Rico, sob o pretexto de lu-tar contra a Espanha. Outro alvo precoce do intervencionismo foi o Panamá, em 1903 e mais recentemente, em 1989. Entre 1915 e 1934 os Estados Unidos invadiram o Haiti e entre 1916 e 1924 a República Dominicana.

A partir de 1930, os EUA pa-trocinaram umas das ditaduras mais cruéis, duradouras e cor-ruptas do século 20 na América Latina. De 1912 a 1926 ocupa-ram a Nicarágua, contra os quais lutou Augusto Cesar Sandino, o “general de homens livres”.

O México, que teve boa parte

do seu território roubado duran-te o processo de expansão terri-torial dos EUA ao longo do sécu-lo 19, também sofreu múltiplas intervenções entre a primeira e segunda décadas do século 20.

Em 1947, em aliança com se-tores entreguistas das Forças Ar-madas, derrubam o governo ve-nezuelano de Rômulo Gallegos. Em 1954, reagem à eleição de Ja-cobo Arbenz na Guatemala com um golpe de Estado. Em 1961 in-vadem Cuba, sendo rechaçados pelos revolucionários comanda-dos por Fidel em Playa Girón. Em 1965 novamente invadem a República Dominicana contando com o apoio da ditadura militar brasileira.

Entre 1964 e meados dos anos 1980, a começar pelo golpe militar no Brasil, os EUA fomen-taram, apoiaram e financiaram golpes de Estado e ditaduras cru-éis como a de Pinochet, no Chile, e as dos generais fascistas argen-tinos e uruguaios. Nesse período têm lugar também às guerras contra-revolucionárias na Améri-ca Central e a invasão de Grana-da em 1983.

Com o advento da globaliza-ção, imposta pelos “donos do mundo”, através da manipulação principalmente dos meios de co-municação de massa (no Brasil na mão de cinco grandes famí-lias), passa a ser prioritário para os apátridas acabar com o Esta-do Nacional Soberano, cumprin-do as determinações oriundas do sistema financeiro internacional, que procura “vender a ideia de soberania relativa, assim como tentam desmoralizar nossos va-lores, princípios, a moral e a éti-ca.

A cada dia agem, através de insidiosas operações psicológi-cas, minam nossas crenças, dis-torcem nossa História, desmo-ralizam nossos heróis populares e tradições, subtraindo do povo brasileiro a auto-estima, facili-tando os planos de conquista de nossos corações e mentes.

Preservar para os nossos fi-lhos aquilo que foi tão duramen-te conquistado pelos nossos an-tepassados através das lutas é prioridade em qualquer momen-to. O Brasil é dos brasileiros!

Não podemos ficar indiferen-tes, ausentes e medrosos, nosso país clama pela união de todos, para que a continuidade das re-formas sociais, o processo de inclusão e bem da coletividade sejam a única prioridade.

EDIÇÃO/ REDAÇÃO

REDAÇÃO

PROJETO GRÁFICO/ DIAGRAMAÇÃO

IGOR MALLMANN

LUCIUS FABIANO MARTINS

RODRIGO CALLAIS

ANDREI MENDES DE ANDRADES

SILVANO SILVA

GABRIELE MENEZES

Estudante de Jornalismo

Professor

Dirigente sindical

Advogado

Dirigente sindical

Estudante de Publicidade e Propaganda

[email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

silvano.narizinho@gmail

[email protected]

EXPEDIENTE

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8

ANDREI MENDES DE ANDRADES

O ALICERCEEDIÇÃO 7 - GRAMADO, MARÇO DE 2016. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.

PENSAR COLETIVO

Neste momento nosso país vive instantes de forte

-

Mas, também é um momento de grande perigo diante dos discursos vazios, sensacionalis-

que os grandes oposicionistas vêm divagando por nosso Brasil.

A grande cartada foi dada no dia 04/03 quando o juiz Moro mandou que o ex-presidente Lula fosse obri-gado a depor sem sequer ter sido in-

Para muitos foi uma aclamação, mas, para os que ao menos param alguns segundos para analisar e pen-sar no que realmente é um proces-

seja analisado se constata uma me-dida arbitrária e em desrespeito à Lei.

Veja amigo, que tal análise é de um direito que é de todos (pois, to-dos estão sujeitos à aplicação da Lei), direito de consideração ao devi-do processo legal e ainda o respeito ao maior bem que a cidadania nos permite ter em um país civilizado

Nos preocupa muito o modo como a imprensa “imparcial” de nosso país tem divagado quanto aos casos de corrupção que tem sido ob-

de alguns falsos donos da moral e bons costumes, que se denominam como as “pessoas de bem” da nação.

--se de um clima de consternação

-

que infelizmente o câncer da cor-rupção se disseminou durante toda a história de nosso país.

-pos e detentores de uma salvação da

pátria, mas, na verdade o que realmente querem e temem

contra a corrupção alavanca-

quintais.-

der corruptos, mas, creio muito mais que os corruptores (hoje delatores) não merecem uma cega sensação de homens honestos e íntegros que ja-

público em proveito pessoal e visan-do somente o lucro e sem qualquer pudor.

E o mais incrível, estes corrupto-res doaram dinheiro para todas as campanhas eleitorais, mas, os hoje oposicionistas/oportunistas querem nos fazer crer que para suas campa-nhas o dinheiro seria honesto.

Todos os ataques ao PT e seus

-gações, miram somente uma coisa: PODER.

Relembre-se camarada que o “primeiro” mensalão foi o mineiro (Mensalão do PSDB), depois o Men-salão do PT e ainda o dos grandes honestos e íntegros integrantes do Mensalão do DEM no Distrito Fede-ral. E eles tentam fazer crer que o

-ção de punição enquanto os outros

que seus aliados não sejam punidos.-

ma da merenda em SP? Por que Aécio, mesmo citado na Lava-Jato,

desvio do metrô em SP é “esqueci-do” pela imprensa? Por que um es-quema existente desde 1998(?) na Petrobrás somente agora foi “desco-berto”? Porque quem suborna, des-viou dinheiro para o exterior e ame-aça testemunhas ainda comanda a Câmara dos Deputados?

O que eles querem é que o povo brasileiro em um momento frágil e iludido em decorrência de crise

ano movida pelos que querem atra-palhar a nação e visam somente se

diminuir salários e favorecer os ban-queiros e grandes empresários com

trabalhistas (ou seja, mais para os que mais tem e menos para os que menos tem).

Corremos o risco de ao vermos os

-

uma carta branca para fazerem o que bem quiser, mas, somente para os seus amigos e o povo que se dane.

Criaremos monstros que não con-seguem entender alguns pontos, por exemplo, como que um país conse-guiu incluir milhões na universidade

universitário?), possibilitou que mi--

-vou a criação de creches liberando

(responsáveis legais pela educação

A direita só quer saber é como conseguirá fazer uma nova priva-taria dando de graça nossos bens como o petróleo (vide o que o Ser-ra fez por ordem dos americanos), assim como, querem estragar todos

anos vendendo a falsa ideia de que seria culpa dos outros e não da in-competência deles o modo como go-vernariam.

disso no RS onde o governo estadu-al, contrário à Brasília, aumenta im-postos como bem entende, concede a mando dos empresários aumento do mínimo regional abaixo da in-

negociações de dissídio-reajuste sa-larial), parcela salários dos servido-res públicos (sem que a população se volte contrária a um desrespeito a um direito sagrado do trabalhador) e pior ainda criminaliza os servidores/trabalhadores que se voltam contrá-

rios aos mandos e desmandos ce-gamente aceitos pelo cidadão. Este silêncio realmente assusta.

Viram como se criam monstros e se perpetuam desrespeitos ao cida-dão quando o ódio cega?

Só que este ódio é plantado por aqueles que somente querem se dar

somente existem corruptos em um -

mente esta mancha foi lançada so-bre boa parte dos que deveriam nos

em todas as esferas (municipais, es-taduais e federal).

Lamentável é o modo como os -

lhando para eleger quem representa

cartas marcadas e que jamais renova

eleitos que sempre são os mesmos.

renovação, mas sim de mudança e que somente ocorrerá com a luta do povo, mas, sem cegueira ou ódio

--

Tristemente o que se constata é -

dos (veja a votação dos CC’s em Gra-mado) e não para a população, de-fendem interesses pessoais (vide o

bens públicos como brita e canos

perpetuarem no poder, bem como,

de eventos públicos historicamente vinculados à cidade (Natal Luz).

E aí onde estão ou estavam os re-voltadinhos on line nestes casos?

Estão/estavam logo ali cegos, sur--

do coisas na internet, pois, não lhes é conveniente já que não é contra o que ou quem eles “lutam”.

Abra o olho camarada, pois a va-lorização do salário mínimo ocorrida

e ofende quem só pensa em lucro pessoal e jamais em ganhos sociais.

O ódio que cega e pode criar monstros