O novo sentido do sucesso para Varejo e Consumo · Apresentação A tecnologia digital ampliou o poder dos consumidores e a interação das empresas com seus diversos stakeholders,

19ª Pesquisa Global com CEOsO crescimento em tempos difíceis / Como lidar com expectativas cada vez maiores / Transformação: tecnologia, inovação e talento / Como medir e comunicar o sucesso

O novo sentido do sucesso para Varejo e Consumo

www.pwc.com/ceosurvey

ApresentaçãoA tecnologia digital ampliou o poder dos consumidores e a interação das empresas com seus diversos stakeholders, criando novas demandas e expectativas. A 19ª Pesquisa Global com CEOs da PwC revela um ambiente de negócios em que essas organizações têm cada vez mais dificuldade de se adaptar. O levantamento se baseia em informações fornecidas por 148 CEOs do setor de varejo em 48 países e 210 CEOs do setor de produtos de consumo em 61 países.

Sabemos, no entanto, que esse cenário de incertezas é acompanhado de grandes oportunidades. E isso talvez explique por que os líderes desses setores estão mais otimistas em relação ao futuro do qwue seus pares de outras indústrias: 45% dos CEOs de varejo e 40% dos líderes do setor de produtos de consumo estão muito confiantes no crescimento das receitas de suas empresas nos próximos 12 meses, em comparação com 35% da amostra global da nossa pesquisa.

Para vencer os desafios crescentes, acreditamos que as empresas deverão usar seu propósito organizacional para nortear a definição de uma proposta de valor atraente e diferenciada e inspirar suas decisões estratégicas. Este relatório apresenta a visão dos líderes dos setores de varejo e produtos de consumo sobre os temas que preocupam suas organizações e como elas estão se estruturando para lidar com essas questões.

Fernando Alves

Sócio-presidente PwC Brasil

Ricardo Neves Sócio e líder de Varejo e consumo PwC Brasil

Sobre a 19ª Pesquisa Global com CEOs

Na pesquisa deste ano, líderes executivos globais manifestam novas preocupações sobre o crescimento econômico e a expansão dos negócios. Ao mesmo tempo, eles veem um mundo mais divergente e multipolar, no qual a tecnologia transforma as expectativas dos consumidores e de outros stakeholders. Na publicação O novo sentido do sucesso, exploramos como os CEOs estão enfrentando esses desafios. Solicitamos respostas de 1.409 CEOs de 83 países, em diferentes indústrias, no último trimestre de 2015 e realizamos entrevistas presenciais com 33 CEOs.

Os líderes das empresas têm a difícil tarefa de buscar crescimento e gerar resultados positivos ano após ano. Mas eles sabem que há um trabalho ainda mais árduo pela frente: preparar suas organizações para um futuro mais complexo, no qual os consumidores e outros stakeholders esperam que eles ampliem seus esforços para enfrentar problemas importantes da sociedade.

Pensando nesse desafio – e também em gerar confiança e assegurar seu sucesso no longo prazo – os CEOs estão focados em três competências essenciais. Em primeiro lugar, eles se preocupam ainda mais com as necessidades dos consumidores e com a definição do seu propósito organizacional – a razão de existir das suas empresas – para estabelecer uma visão mais abrangente de como seu negócio opera dentro da sociedade. Em segundo lugar, eles estão aproveitando a tecnologia, a inovação e o talento para executar estratégias que satisfaçam a expectativas maiores. Por último, eles desenvolvem maneiras melhores de medir e comunicar o sucesso nos negócios.

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Foco no setor de varejo e consumo Este relatório analisa em detalhe as opiniões de 148 CEOs do setor de varejo em 48 países e 210 CEOs do setor de produtos de consumo em 61 países e se baseia em entrevistas aprofundadas com:

Elizabeth Smith CEO Bloomin’ Brands, Inc. EUA

Denise Morrison Presidente e CEO Campbell Soup Company EUA

Richard Pennycook CEO The Co-operative Group Reino Unido

Mikko Helander Presidente e CEO Kesko Corporation Finlândia

André Calantzopoulos CEO Philip Morris International Inc. Suíça

Richard Goyder Diretor geral Wesfarmers Austrália

Jeff M. Fettig Presidente e CEO Whirlpool Corporation EUA

19ª Pesquisa Global com CEOs: principais conclusões sobre o setor de varejo e consumo

Entre 2000 e 2015, a penetração da Internet cresceu de 6% para 43% da população mundial – quase sete vezes. Desde 2007, a banda larga móvel ampliou seu alcance em 12 vezes; atualmente o padrão 3G atende a 69% da população global1. A tecnologia (em combinação com vários outros fatores) alterou radicalmente a maneira como os consumidores pensam e agem. Essa transformação levou a uma forte turbulência para os varejistas e as empresas de produtos de consumo. A 19ª Pesquisa Global com CEOs da PwC revela um ambiente de negócios cada vez mais complicado de entender e ao qual as empresas têm dificuldades para se adaptar.

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1 ITU, http://www.itu.int/en/ITU-D/statistics

19ª Pesquisa Global com CEOs |3

O crescimento em tempos difíceis

dos CEOs de varejo e

dos CEOs do setor de produtos de consumo estão preocupados com mudanças no comportamento e gastos dos consumidores

77%

73%


Novos modelos para novos desafios…

As compras on-line têm sido o principal fator de disrupção no setor de varejo. Pequenas startups vendem atualmente para o mundo inteiro, enquanto algumas grandes cadeias de varejo enfrentam dificuldades para integrar de forma plena as vendas on-line com as operações das lojas físicas. Muito mais hábeis no uso da Internet para pesquisar, comparar e comprar e demandando acesso fácil e a qualquer hora, os consumidores ficaram mais exigentes. O papel da loja física está mudando também, com alguns segmentos polarizados entre lojas de conveniência locais e grandes “centros de compras”, voltadas tanto para o entretenimento quanto para as compras.

Não surpreende, portanto, que 77% dos CEOs de varejo e 73% dos CEOs de produtos de consumo se mostrem preocupados com o impacto das mudanças no comportamento e nos gastos dos consumidores – um percentual consideravelmente maior do que nos outros setores.

No entanto, diante do nível crescente de incerteza em relação aos negócios e à economia global que observamos no universo total da nossa pesquisa, podemos dizer que a percepção geral dos CEOs de varejo e produtos de consumo é um pouco mais positiva. O fato de as oportunidades serem amplas, sem dúvida, responde pelo menos por parte do otimismo: 45% dos CEOs de varejo e 40% dos líderes do setor de produtos de consumo estão muito confiantes no aumento das receitas de suas empresas nos próximos 12 meses, em comparação com 35% da amostra global. Da mesma forma, é menor hoje do que há três anos a parcela de CEOs no varejo (57%) que registram um aumento das ameaças ao crescimento das suas empresas. Além disso, 45% acreditam que existem mais oportunidades de crescimento hoje do que em 2013.

Volatilidade de preços das commodities

Instabilidade social

Disponibilidade de qualificações-chave

Incerteza geopolítica

Déficit fiscal e dívida pública

Mudanças no comportamentoe gastos dos consumidores

Carga tributária crescente

Excesso de regulamentação

Volatilidade do câmbio

73%

Varejo

Consumo

75%

69%73%

64%71%

66%67%

73%66%

77%73%

78%79%

79%80%

81%81%

Figura 1: Os CEOs de varejo e consumo estão mais preocupados com a volatilidade do câmbio e o excesso de regulamentação P: Qual o seu grau de preocupação com as seguintes ameaças econômicas, políticas e sociais para as perspectivas de crescimento de sua organização?

Base: Todos os participantes (Varejo: 148; Produtos de consumo: 210).


Dos muitos diferentes riscos políticos, sociais e econômicos que as empresas enfrentam de modo geral, os que mais preocupam os CEOs do setor de varejo são o excesso de regulamentação (37% estão extremamente preocupados), a volatilidade da taxa de câmbio (36%), uma carga fiscal crescente (33%) e a instabilidade social (29%). Em contrapartida, os temas que menos preocupam são o acesso a capital de baixo custo (20% não estão preocupados com o tema), o desemprego (14%) e a crise da dívida na zona do euro (14%). Surpreendentemente, considerando alguns outros resultados do setor, 20% dos CEOs de varejo não estão nada preocupados com as mudanças climáticas, embora 34% mencionem essa questão como uma preocupação importante. Os principais temores dos CEOs de produtos de consumo são a volatilidade da taxa de câmbio, a carga tributária crescente e a disponibilidade de qualificações-chave.

Riscos da cadeia de suprimentos preocupam mais

A volatilidade dos preços das commodities preocupa as empresas de produtos de consumo, pois exige que elas sejam mais eficientes quando não podem aumentar preços. As flutuações de preços mudam a reação das empresas ao longo de toda a cadeia de valor, inclusive dos varejistas. Portanto, não surpreende que 71% dos líderes de produtos de consumo citaram essa questão como uma grande preocupação, além de 64% dos CEOs de varejo. Estes percentuais superam a média de 57% da pesquisa global.

Com o tempo, as cadeias de suprimentos tornaram-se mais longas e mais complexas e, portanto, mais propensas à falhas. Sessenta e dois por cento dos varejistas estão preocupados com essa questão (em comparação com uma média global de 50%), enquanto 29% se dizem “extremamente preocupados”. Essas falhas podem ter variedade ampla de causas, como eventos climáticos extremos, agitação política e crime cibernético. São riscos que exigem gestão ativa, com planos específicos de continuidade, hierarquias claras, sistemas de alerta e uma estratégia de conscientização de fornecedores.

“...empresas como a Kesko precisam direcionar todos os seus esforços para desenvolver suas operações e transformar suas estruturas tradicionais e sua abordagem de negócios... os consumidores estão cada vez mais exigentes...”

Mikko Helander Presidente e CEO da Kesko Corporation, Finlândia


Como lidar com expectativas cada vez maiores?Os CEOs ajustaram seu radar para lidar com uma gama mais ampla de stakeholders. Os consumidores vêm em primeiro lugar – e suas prioridades evoluem de acordo com as interações entre mudanças econômicas globais, demográficas e tecnológicas. Como afirma André Calantzopoulos, CEO da Philip Morris International, na Suíça, “os limites entre o mundo interno da empresa e o público geral estão diminuindo rapidamente. Na minha opinião, transparência, ética e integridade são de extrema importância, bem como o diálogo consistente com stakeholders diretos ou indiretos para encontrar soluções adequadas”.


“Reunir as pessoas em torno de ações que façam diferença para nossas comunidades é parte daquilo que somos e do que representamos como empresa.”

Denise Morrison Presidente e CEO da Campbell Soup Company, EUA

Varejo na vanguarda da mudança

Continuam a crescer as pressões sociais sobre as empresas para agir de forma ética e responsável – e elas não vêm apenas de consumidores, mas de empregados, investidores, parceiros de negócios e governos. Do total, 85% dos CEOs do varejo e 84% dos líderes de produtos de consumo nunca se sentiram tão pressionados a abordar preocupações mais amplas dos stakeholders. “Acredito que somos parte da comunidade; temos de operar como parte da comunidade. Como uma empresa listada, não acho que exista alguma dúvida de que nosso principal objetivo seja gerar retornos para os nossos investidores. Mas precisamos fazer isso de forma sustentável, ética e que contribua com as comunidades nas quais operamos”, afirma o diretor geral da australiana Wesfarmers, Richard Goyder.

As mudanças climáticas e a escassez de recursos estão gerando novas expectativas em relação às empresas de produtos de consumo

Os CEOs do setor de produtos de consumo destacam a escassez de recursos e as mudanças climáticas como as principais ameaças globais que podem transformar as expectativas dos stakeholders em relação a suas empresas: 58% citam essas questões como fatores que influenciam as expectativas, em comparação com apenas 40% dos varejistas. É comum, portanto, que mais CEOs do setor afirmem que suas empresas provavelmente desenvolverão novos produtos e serviços éticos em resposta a mudanças nas expectativas dos stakeholders (35%, em comparação com 23% da pesquisa geral). Eles também se sentem sob pressão para reduzir os impactos sociais e ambientais de suas operações (41%, em comparação com 31% da pesquisa geral) e para gerenciar os impactos das suas cadeias de suprimentos (33%, contra 23% no total).

Os CEOs de empresas de produtos de consumo também dizem que farão mudanças para melhorar sua reputação como empregadores éticos e socialmente responsáveis a fim de atrair e reter os melhores talentos e se manter relevantes e competitivos (38%, em comparação com 29% dos varejistas). Atrair a próxima geração de talentos também pode significar outros tipos de mudanças. “A geração nascida na era digital cria desafios específicos em relação ao ambiente de trabalho, estruturas hierárquicas, engajamento, sistemas de remuneração e desenvolvimento pessoal, mas também oferece enormes oportunidades para soluções de problemas mais colaborativas, além de tomar decisões de forma mais distribuída e desenvolver uma cultura voltada para o ambiente externo”, explica André Calantzopoulos, da Philip Morris International.


Qual é o futuro da responsabilidade social corporativa?

Empresas de varejo e consumo têm um histórico de contribuir para o bem-estar das comunidades que atendem e, de fato, 41% dos CEOs de varejo que participaram da nossa pesquisa dizem que o propósito de suas empresas sempre esteve focado em seu impacto social mais amplo.

A maioria (68%) afirma que seu propósito atual se concentra em gerar valor para os stakeholders, em contraposição aos acionistas (32%), e esses resultados estão quase iguais à média geral. Grande varejistas foram pioneiros em responsabilidade social corporativa – e empresas líderes consideram o tema em todas as decisões importantes. Surpreende, portanto, que 40% afirmem ter um programa autônomo nessa área, não integrado a outros aspectos da organização. Ainda em relação à responsabilidade social corporativa, 58% dos CEOs de varejo e 67% dos líderes de empresas de produtos de consumo concordam que ela será essencial a todas as suas atividades nos próximos cinco anos. “Acredito que as expectativas aumentarão cada vez mais, e com razão”, afirma Richard Goyder, da Wesfarmers.

Varejo e Produtos de consumo

Na forma de cuidar das questões fiscais

Na forma de minimizar os impactos sociais eambientais em nossa cadeia de suprimentos

Na forma de escolher e estabelecer parcerias

Na forma de desenvolver de maneira ética novos produtos e serviços

Em nossos valores, ética e código de conduta

Nos direitos e bem-estar dos empregados

Na forma de medir nosso sucesso e lidar com as responsabilidades assumidas

Na forma de definir e gerenciar riscos

Na forma de usar a tecnologia para avaliare cumprir as expectativas dos stakeholders

Na forma de gerenciar nossa marca,marketing e comunicações

57%57%

36%34%34%

39%

31%35%

30%31%

29%33%

24%27%

28%41%

37%43%

41%49%

51%45%

Varejo

Consumo

Figura 2: Os CEOs de varejo e produtos de consumo estão mudando a forma de gerenciar a marca para atender às expectativas dos stakeholders de modo mais eficaz P: Em que medida você está fazendo mudanças nos seguintes aspectos em resposta à mudança nas expectativas dos stakeholders? Participantes que responderam “mudanças significativas”.



Transformação: tecnologia, inovação e talentoFerramentas de captura das demandas sociais são uma forma de aprender o que é importante para os stakeholders: 34% dos varejistas e 32% das empresas de produtos de consumo acreditam que elas representam mecanismos valiosos de engajamento, em comparação com apenas 23% dos participantes da pesquisa global. Outras tecnologias muito bem avaliadas por sua capacidade de conectar os varejistas e as empresas de produtos de consumo com seus públicos foram dados e análises (70% no varejo, 64% em produtos de consumo) e sistemas de customer relationship management - CRM (71% no varejo, 69% em produtos de consumo). As redes sociais são outra forma possível de se conectar com os stakeholders, mas elas ainda confundem alguns varejistas. Segundo Andrea Fishman, diretora da PwC e especialista em estratégia digital, “ao mesmo tempo que se adapta às mudanças tecnológicas, os varejistas continuam tendo dificuldades para descobrir como usar as redes sociais para melhorar o engajamento e a lealdade dos consumidores”. Os resultados da nossa pesquisa mostram que os CEOs do setor de produtos de consumo estão mais avançados nessa área que os de varejo. Do total, 59% dos líderes de produtos de consumo acreditam que as redes sociais têm um valor significativo como ferramenta de engajamento – em comparação com 53% dos CEOs de varejo. “Aproveitar o valor das redes sociais é essencial para os varejistas, pois os consumidores estão usando cada vez mais esse recurso para tomar decisões de compra”, acrescenta Fishman.


Transformação: tecnologia, inovação e talento

Como acompanhar a transformação digitalA Internet alterou radicalmente os hábitos de compra dos consumidores, e a tecnologia digital está acelerando essa mudança. Os varejistas, especialmente, entendem o poder da informação e estão sabendo usá-la cada vez melhor. As empresas de produtos de consumo evoluem nesse ritmo e começam a criar seus próprios sites de comércio eletrônico para alcançar os consumidores. Mas acompanhar os avanços digitais – e como os consumidores os utilizam – é uma tarefa difícil: 52% dos CEOs de varejo e produtos de consumo estão preocupados com o ritmo da mudança tecnológica.

Para 74% dos CEOs do setor de varejo, os avanços tecnológicos são uma das três principais tendências globais que devem transformar as expectativas dos stakeholders em relação a suas empresas, em comparação com apenas 60% dos líderes do setor de produtos de consumo. Tecnologias como CRM e data analytics foram muito citadas pelos líderes de ambos os setores.

“A tecnologia certamente desempenha um papel importante na maneira como os nossos produtos funcionam, mas acreditamos que os consumidores não estão preocupados com a tecnologia pela tecnologia. Eles querem economia de tempo, eficiência energética, melhor cozimento e refrigeração, mas não estão pedindo que inventemos o chip que levará a esse desempenho. Nosso trabalho é empregar a tecnologia e disponibilizá-la para os nossos clientes.”

Jeff M. Fettig Presidente e CEO da Whirlpool Corporation, EUA

Figura 3: Os CEOs dos setores de varejo e produtos de consumo acreditam que as tecnologias como CRM e data analytics são as que geram o maior retorno para o engajamento de stakeholders P: Selecione as tecnologias de conexão que, na sua opinião, geram o máximo de retorno em termos de engajamento dos stakeholders.


Retail Consumer

70%64%

71%

53%

61%

42%

59%

69%

11%

22%

16%

20%

31%

34%

39%

38%

34%

32%

50

Data analytics

Sistemas de CRM

Tecnologias de geração de relatórios on-line

P&D e inovação

Comunicação e engajamento via redes sociais

Ferramentas de colaboração via Web

Segurança de dados pessoais

Ferramentas de captação das demandas sociais

Ferramentas de relação com investidores


Ao todo, 70% dos CEOs de varejo e 64% dos líderes do setor de produtos de consumo acreditam que as tecnologias de data analytics podem gerar grandes retornos para o engajamento com os stakeholders.

De acordo com David Meer, diretor da Strategy&, da PwC, as empresas de varejo e produtos de consumo tendem a ficar atrás de outras indústrias em termos de investimentos e habilidade de usar data analytics de maneira arrojada. “A questão não é que elas não acreditem que exista valor nessa atividade”, diz Meer, “mas sim a dificuldade de colocá-la em prática. O caminho para gerar ROI (retorno sobre investimento) não é tão claro como em outras indústrias”.

Elizabeth Smith, CEO da Americana Bloomin’ Brands, descreve como a sua empresa usa o data analytics para melhorar a experiência do consumidor: “Estamos entregando a customização e a personalização que os millennials demandam. Dobramos nossos investimentos em tecnologia e reformulamos totalmente a nossa equipe de tecnologia este ano. A análise de dados fornece tantas informações sobre o comportamento do consumidor. Um casal passa pela porta, e podemos dizer: ‘Olá, John e Susan. Bom ver vocês. Sabemos que gostam de se sentar aqui e tomamos a liberdade de colocar seu drink preferido sobre a mesa.’”

Dada a natureza cada vez mais digital das empresas de varejo, e o enorme volume de dados pessoais e financeiros que elas detêm, é surpreendente que os CEOs do setor não demonstrem muita preocupação com as ameaças cibernéticas. Metade deles está pouco ou nada preocupada, enquanto 61% dos CEOs da amostra global estão preocupados de forma moderada ou extrema. Essa é uma área em que o risco de ficar parado é realmente muito alto.

“Acredito que investir em segurança cibernética é um daqueles princípios básicos que praticamente todas as empresas precisam reconhecer”, explica Richard Pennycook, CEO do Co-operative Group, no Reino Unido. “Comecei no varejo. Passei minha carreira no varejo. Naqueles primeiros anos, se alguém dissesse na diretoria ‘vamos construir lojas sem fechaduras e não teremos portas traseiras’, teria sido considerado um louco. Portanto, você não faria o mesmo em TI. É preciso ter essa segurança, ter portas traseiras bem protegidas. Não é possível encarar isso como algo opcional. É apenas um investimento a ser feito. E não uma vez apenas; é para sempre.”


Como medir e comunicar o sucesso?Os CEOs de varejo e produtos de consumo querem medir melhor inovação e riscosPerguntamos aos CEOs em que áreas eles querem medir melhor impacto e valor. Para os CEOs das empresas de varejo e produtos de consumo, como também os de outras indústrias, risco e inovação são as duas principais áreas, indicadas por praticamente o mesmo número de líderes. Indicadores não financeiros (inclusive marca), práticas dos funcionários e impacto ambiental são algumas das outras questões que eles acham que poderiam ser melhor medidas.


O novo sentido do sucesso para o setor

Mas medir o sucesso significa pouco para os stakeholders a menos que as empresas comuniquem seus resultados. A principal área que os CEOs de varejo e produtos de consumo querem divulgar melhor é a de valores e propósito organizacional. As empresas desses setores afirmaram que já estão focadas no longo prazo. Do total, 81% dos CEOs de varejo e 79% dos líderes de produtos de consumo priorizam os lucros de longo prazo em relação aos de curto prazo. Ambos concordam que esse é o caminho do futuro – 76% dos CEOs de varejo e 81% dos líderes de produtos de consumo acreditam que o sucesso dos negócios no século 21 será redefinido por questões que vão além do lucro financeiro.

Segundo Richard Pennycook, do Co-operative Group, “desenvolveremos outro braço para nossos relatórios financeiros, que informará especificamente o valor que criamos através da cadeia de suprimentos e dos nossos negócios que os consumidores nos ajudaram a criar… Acredito que isso seja muito importante. Quando observo, por exemplo, o trabalho que fazemos para minimizar o desperdício de alimentos, vejo que existe uma métrica financeira nesse caso, segundo a qual o desperdício de alimentos é x por cento menor do que antes. Não tenho certeza se isso terá muito efeito sobre as pessoas. Mas quando você transforma isso em uma história dizendo que, em vez de deixar a comida ir para o aterro, fornecemos um milhão de refeições grátis no ano passado, faz muito mais sentido. Acho que precisamos contar mais histórias como essas.”

Figura 4: Os CEOs dos setores de varejo e produtos de consumo estão buscando medir melhor os principais riscos e inovação P: Em quais das seguintes áreas, na sua opinião, a empresa deveria estar fazendo mais para medir/comunicar impacto e valor para uma gama mais ampla de stakeholders.

Impacto nascomunidades

Relatórios financeirostradicionais

Propósito e valoresda organização

Estratégia de negócios

Práticas dos funcionários

Impacto ambiental

Informações financeirasnão exigidas por lei

Indicadoresnão financeiros

Principais riscos

Inovação 47%2º

4º

1º

9º

2º

2º

7º

8º

4º

3º

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4º

7º

1º

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10º

6º

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53%

39%

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32%

30%

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49%

51%1º

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4º

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1º

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10º

2º

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37%

41%

48%

41%

33%

46%

47%

Varejo Consumo

Medir

Comunicar



Em resumo

Expectativas crescentes dos stakeholders – especialmente os consumidores –, a evolução da tecnologia, a incerteza sobre os negócios e a economia global, tudo isso torna o ambiente cada vez mais complicado para as empresas de varejo e consumo entenderem e reagirem às mudanças. E esses desafios não devem diminuir no curto prazo. Usar seu propósito organizacional como um princípio orientador permite que a empresa defina uma proposta de valor atraente e diferenciada, crie uma estratégia de negócios focada nessa proposta e mantenha um modelo operacional para executá-la de modo eficaz. Denise Morrison, presidente e CEO da Campbell Soup Company, dos Estados Unidos, resume essa questão muito bem: “Considerando todas essas transformações, o nosso propósito funciona como uma âncora em um mar de mudanças. Ele também inspira as nossas decisões sobre aquisições, as estratégias que perseguimos, a alocação de capital e os talentos que recrutamos para fortalecer nosso negócio principal, enquanto expandimos nossa atuação para mercados de crescimento mais rápido”.

Medir

Comunicar


Contatos

Ricardo Neves Sócio Líder de Varejo e Consumo Tel: [55](11) 3674-3699

Hercules Maimone Sócio Líder de Consultoria em Varejo e Consumo Tel: [55](11) 3674-2790

Luiz Ponzoni Sócio Líder de Auditoria em Varejo e Consumo Tel: [55](11) 3674-3801

Luis Reis Sócio Líder de Consultoria Tributária e Societária em Varejo e Consumo Tel: [55](11) 3674-2276

Patrícia Prado Especialista em Varejo e Consumo Tel: [55](11) 3674-3420

Explore os dadosSaiba mais sobre o que os CEOs de varejo e produtos de consumo disseram sobre a liderança em tempos complicados.

E siga #ceosurvey no Twitter para saber o que outros líderes estão dizendo sobre a pesquisa.

Agradecimentos

Gostaríamos de agradecer a contribuição fornecida a esta publicação pelos CEOs que participaram das nossas entrevistas presenciais, listados a seguir. Assista às entrevistas dos CEOs em vídeo para entender melhor o que eles pensam.

Elizabeth Smith CEO Bloomin’ Brands, Inc., EUA

Denise Morrison Presidente e CEO Campbell Soup Company, EUA

Richard Pennycook CEO The Co-operative Group, Reino Unido

Mikko Helander Presidente e CEO Kesko Corporation, Finlândia

André Calantzopoulos CEO Philip Morris International Inc., Suíça

Richard Goyder Diretor geral Wesfarmers, Austrália

Jeff M. Fettig Presidente e CEO Whirlpool Corporation, EUA


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