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Versatildeo On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PUacuteBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produccedilotildees Didaacutetico-Pedagoacutegicas
FICHA PARA IDENTIFICACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO-PEDAGOacuteGICA
Tiacutetulo Leitura como construccedilatildeo de conhecimento e cultura na sala de aula
Autora Antocircnia de Faacutetima Codonho da Silva
DisciplinaAacuterea Liacutengua Portuguesa
Escola de implementaccedilatildeo do
Projeto e sua localizaccedilatildeo
Coleacutegio Estadual Vinicius de Morais - Ensino
Fundamental e Meacutedio - Maringaacute- PR
Municiacutepio da escola Maringaacute
Nuacutecleo Regional de Educaccedilatildeo Maringaacute
Professor Orientador Weslei Roberto Cacircndido
Instituiccedilatildeo de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringaacute
Relaccedilatildeo Interdisciplinar Arte e Geografia
Resumo A falta do haacutebito da leitura na escola especialmente
no Ensino-Fundamental provoca uma defasagem
muito grande na aprendizagem dos alunos que
acabam reprovados Esse problema se natildeo for
resolvido nos anos subsequentes iraacute acompanhaacute-los
por toda vida escolar Por isso faz-se necessaacuterio
desenvolver um trabalho de leitura logo no iniacutecio do
ano letivo Assim essa implementaccedilatildeo didaacutetico-
pedagoacutegica tem como objetivo promover a
aprendizagem atraveacutes da leitura para que o aluno
adquira o haacutebito de ler e dessa forma adquira mais
conhecimento Os textos utilizados para leitura e
interpretaccedilatildeo aprofundadas seratildeo os poemas Quadras
ao gosto popular de Fernando Pessoa e a literatura
de cordel Triste fim do rei do baiatildeo de Guaipuan
Viera Esse trabalho de leitura na sala de aula
pretende despertar no aluno o gosto pela leitura e
leva-lo a apreciar a literatura tambeacutem fazer com que o
aluno aprenda sobre a linguagem erudita e popular e
assim compreender a literatura portuguesa e a
literatura de cordel brasileira A metodologia utilizada
seraacute a linguagem como interaccedilatildeo verbal e social entre
os sujeitos tendo o professor como mediador entre os
diferentes sujeitos dessa interaccedilatildeo Atraveacutes desse
trabalho de leitura espera-se que os alunos adquiram
o haacutebito da leitura e melhorem a aprendizagem natildeo soacute
na disciplina de Liacutengua Portuguesa mas tambeacutem em
outras disciplinas que fazem parte da grade escolar
Palavras-Chave Leitura Literatura de cordel Aprendizagem
Formato do material Unidade Didaacutetica
Puacuteblico alvo Estudantes do 9ordm ano do Ensino- Fundamental na
disciplina de Liacutengua Portuguesa
1- APRESENTACcedilAO
Essa proposta didaacutetico-pedagoacutegica atende aos requisitos contidos na Lei de
Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional ndash LDBEN 9399496 bem como as Diretrizes
Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica do Estado do Paranaacute 2008
Os estudos para a efetivaccedilatildeo da unidade temaacutetica e da implementaccedilatildeo teratildeo como
base a leitura na sala de aula dos gecircneros poema e literatura de cordel especificamente
os textos Quadras ao Gosto Popular de Fernando Pessoa e A Triste Partida do Rei do
Baiatildeo de Quaipuan Vieira aleacutem de outros textos que se fizerem necessaacuterios para a
compreensatildeo e interpretaccedilatildeo dos temas estudados
A metodologia utilizada seraacute baseada na concepccedilatildeo de linguagem a liacutengua como
interaccedilatildeo verbal presente nas praacuteticas sociais conforme as prerrogativas das Diretrizes
Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica Liacutengua Portuguesa Paranaacute (2008 p63) que tem como
Conteuacutedo Estruturante ldquoO Discurso como praacutetica socialrdquo
A aprendizagem da liacutengua atraveacutes da interaccedilatildeo verbal destaca o ato dialoacutegico como
um dos meios mais importantes na comunicaccedilatildeo entre as pessoas conforme Bakhtin
(2006 P125)
Esta unidade didaacutetica serviraacute de material para a aplicaccedilatildeo da intervenccedilatildeo
pedagoacutegica PDE2013 e tem como objetivo geral promover a aprendizagem por meio da
leitura de poemas considerados canocircnicos e por meio do cordel um tipo de literatura
popular muito ligado agrave oralidade nordestina Para isso eacute primordial a leitura e a interaccedilatildeo
entre leitoraluno com textos de diferentes gecircneros e o uso de diferentes instrumentos que
fazem parte do ensino-aprendizagem
Ao longo do trabalho sugere-se a leitura dos poemas e inserccedilotildees de viacutedeos com
declamaccedilotildees explicaccedilotildees sobre os autores bem como contextualizaccedilotildees que se fazem
necessaacuterias para a boa compreensatildeo textual especialmente a literatura de cordel que
mostra a cultura nordestina e toda riqueza cultural que faz parte dessa regiatildeo brasileira
Tambeacutem seraacute feita socializaccedilatildeo dos conteuacutedos com a participaccedilatildeo dos alunos que
poderatildeo declamar e apresentar oralmente suas impressotildees sobre o texto Aleacutem dessas
atividades seratildeo feitos questionamentos escritos para que o aluno busque uma
compreensatildeo mais profunda conseguida por meio da reflexatildeo proporcionada pela
escrita
Por fim os alunos teratildeo a oportunidade de ler e apreciar textos que fazem parte da
cultura de Liacutengua Portuguesa confrontando-os em sua linguagem e conteuacutedo e observar
que apesar das diferenccedilas eles emocionam os leitores com a beleza de suas imagens
11 Objetivo geral
Promover a aprendizagem por meio da leitura de poemas considerados canocircnicos e por
meio do cordel um tipo de literatura popular muito ligado agrave oralidade nordestina
111 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
- Despertar no aluno o gosto pela leitura e a apreciaccedilatildeo da literatura especialmente do
gecircnero poema
- Ensinar por meio dos poemas o ritmo a musicalidade sons e figuras de linguagem
- Fazer com que o aluno observe e aprenda sobre a linguagem erudita e popular nos
poemas estudados
- Levar o aluno a compreender a literatura portuguesa e a literatura de cordel brasileira
observando suas particularidades nos conteuacutedos estudados
PARTE I
Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Poesia e emoccedilatildeo
Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da
linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para
emocionar o leitor ou ouvinte
Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute
poesia com o escritor Augusto de Campos
Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos
httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w
Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto
poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e
significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico
Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos
declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa
O poeta eacute um fingidor
Finge tatildeo completamente
Que chega a fingir que eacute dor
A dor que deveras sente
E os que lecircem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Natildeo as duas que ele teve
Mas soacute a que eles natildeo tecircm
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razatildeo
Esse comboio de corda
Que se chama coraccedilatildeo
lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -
imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por
George Hodan Acesso 182013
Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando
Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b
Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho
httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013
httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013
a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema
Autopsicografia
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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em
que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute
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ATIVIDADE 2
Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis
anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as
liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa
Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico
literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos
Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois
anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema
principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de
publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto
Prado Coelho
Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa
httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013
httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013
Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor
eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a
definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra
A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela
da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila
exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem
faz quadras portuguesas comunga a alma do povo
humildemente de todos noacutes e errante dentro de si
proacuteprio
href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-
janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por
Karen Arnold
A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto
apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam
forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois
proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas
antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio
Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013
Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor
Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)
Cantigas de portugueses
Satildeo como barcos no mar mdash
Vatildeo de uma alma para outra
Com riscos de naufragar
Eu tenho um colar de peacuterolas
Enfiado para te dar
As perlas satildeo os meus beijos
O fio eacute o meu penar
A terra eacute sem vida e nada
Vive mais que o coraccedilatildeo
E envolve-te a terra fria
E a minha saudade natildeo
Deixa que um momento pense
Que ainda vives ao meu lado
Triste de quem por si mesmo
Precisa ser enganado Morto
hei de estar ao teu lado
Sem o sentir nem saber
Mesmo assim isso me basta
Pra ver um bem em morrer
Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive
Morreste E eu quero morrer
Se vive ver-te-ei se natildeo
Soacute assim te posso esquecer
Se ontem agrave tua porta
Mais triste o vento passou mdash
Olha levava um suspiro
Bem sabes quem to mandou
Entreguei-te o coraccedilatildeo
E que tratos tu lhe deste
Eacute talvez por star estragado
Que ainda natildeo mo devolveste
A caixa que natildeo tem tampa
Fica sempre destapada
Daacute-me um sorriso dos teus
Porque natildeo quero mais nada
Tens o leque desdobrado
Sem que estejas a abanar
Amor que pensa e que pensa
Comeccedila ou vai acabar
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria
Dize devo esperar mais
Ou natildeo vens porque inda eacute dia
Toda a noite ouvi no tanque
A pouca aacutegua a pingar
Toda a noite ouvi na alma
Que natildeo me podes amar
Dias satildeo dias e noites
Satildeo noites e natildeo dormi
Os dias a natildeo te ver
As noites pensando em ti
Trazes a rosa na matildeo
E colheste-a distraiacuteda
E que eacute do meu coraccedilatildeo
Que colheste mais sabida
Teus olhos tristes parados
Coisa nenhuma a fitar
Ah meu amor meu amor
Se eu fora nenhum lugar
Depois do dia vem noite
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vecircm as saudades que havia
No baile em que danccedilam todos
Algueacutem fica sem danccedilar
Melhor eacute natildeo ir ao baile
Do que estar laacute sem laacute estar
Vale a pena ser discreto
Natildeo sei bem se vale a pena
O melhor eacute estar quieto
E ter a cara serena
Rosmaninho que me deram
Rosmaninho que darei
Todo o mal que me fizeram
Seraacute o bem que eu farei
Tenho um reloacutegio parado
Por onde sempre me guio
O reloacutegio eacute emprestado
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
FICHA PARA IDENTIFICACcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO-PEDAGOacuteGICA
Tiacutetulo Leitura como construccedilatildeo de conhecimento e cultura na sala de aula
Autora Antocircnia de Faacutetima Codonho da Silva
DisciplinaAacuterea Liacutengua Portuguesa
Escola de implementaccedilatildeo do
Projeto e sua localizaccedilatildeo
Coleacutegio Estadual Vinicius de Morais - Ensino
Fundamental e Meacutedio - Maringaacute- PR
Municiacutepio da escola Maringaacute
Nuacutecleo Regional de Educaccedilatildeo Maringaacute
Professor Orientador Weslei Roberto Cacircndido
Instituiccedilatildeo de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringaacute
Relaccedilatildeo Interdisciplinar Arte e Geografia
Resumo A falta do haacutebito da leitura na escola especialmente
no Ensino-Fundamental provoca uma defasagem
muito grande na aprendizagem dos alunos que
acabam reprovados Esse problema se natildeo for
resolvido nos anos subsequentes iraacute acompanhaacute-los
por toda vida escolar Por isso faz-se necessaacuterio
desenvolver um trabalho de leitura logo no iniacutecio do
ano letivo Assim essa implementaccedilatildeo didaacutetico-
pedagoacutegica tem como objetivo promover a
aprendizagem atraveacutes da leitura para que o aluno
adquira o haacutebito de ler e dessa forma adquira mais
conhecimento Os textos utilizados para leitura e
interpretaccedilatildeo aprofundadas seratildeo os poemas Quadras
ao gosto popular de Fernando Pessoa e a literatura
de cordel Triste fim do rei do baiatildeo de Guaipuan
Viera Esse trabalho de leitura na sala de aula
pretende despertar no aluno o gosto pela leitura e
leva-lo a apreciar a literatura tambeacutem fazer com que o
aluno aprenda sobre a linguagem erudita e popular e
assim compreender a literatura portuguesa e a
literatura de cordel brasileira A metodologia utilizada
seraacute a linguagem como interaccedilatildeo verbal e social entre
os sujeitos tendo o professor como mediador entre os
diferentes sujeitos dessa interaccedilatildeo Atraveacutes desse
trabalho de leitura espera-se que os alunos adquiram
o haacutebito da leitura e melhorem a aprendizagem natildeo soacute
na disciplina de Liacutengua Portuguesa mas tambeacutem em
outras disciplinas que fazem parte da grade escolar
Palavras-Chave Leitura Literatura de cordel Aprendizagem
Formato do material Unidade Didaacutetica
Puacuteblico alvo Estudantes do 9ordm ano do Ensino- Fundamental na
disciplina de Liacutengua Portuguesa
1- APRESENTACcedilAO
Essa proposta didaacutetico-pedagoacutegica atende aos requisitos contidos na Lei de
Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional ndash LDBEN 9399496 bem como as Diretrizes
Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica do Estado do Paranaacute 2008
Os estudos para a efetivaccedilatildeo da unidade temaacutetica e da implementaccedilatildeo teratildeo como
base a leitura na sala de aula dos gecircneros poema e literatura de cordel especificamente
os textos Quadras ao Gosto Popular de Fernando Pessoa e A Triste Partida do Rei do
Baiatildeo de Quaipuan Vieira aleacutem de outros textos que se fizerem necessaacuterios para a
compreensatildeo e interpretaccedilatildeo dos temas estudados
A metodologia utilizada seraacute baseada na concepccedilatildeo de linguagem a liacutengua como
interaccedilatildeo verbal presente nas praacuteticas sociais conforme as prerrogativas das Diretrizes
Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica Liacutengua Portuguesa Paranaacute (2008 p63) que tem como
Conteuacutedo Estruturante ldquoO Discurso como praacutetica socialrdquo
A aprendizagem da liacutengua atraveacutes da interaccedilatildeo verbal destaca o ato dialoacutegico como
um dos meios mais importantes na comunicaccedilatildeo entre as pessoas conforme Bakhtin
(2006 P125)
Esta unidade didaacutetica serviraacute de material para a aplicaccedilatildeo da intervenccedilatildeo
pedagoacutegica PDE2013 e tem como objetivo geral promover a aprendizagem por meio da
leitura de poemas considerados canocircnicos e por meio do cordel um tipo de literatura
popular muito ligado agrave oralidade nordestina Para isso eacute primordial a leitura e a interaccedilatildeo
entre leitoraluno com textos de diferentes gecircneros e o uso de diferentes instrumentos que
fazem parte do ensino-aprendizagem
Ao longo do trabalho sugere-se a leitura dos poemas e inserccedilotildees de viacutedeos com
declamaccedilotildees explicaccedilotildees sobre os autores bem como contextualizaccedilotildees que se fazem
necessaacuterias para a boa compreensatildeo textual especialmente a literatura de cordel que
mostra a cultura nordestina e toda riqueza cultural que faz parte dessa regiatildeo brasileira
Tambeacutem seraacute feita socializaccedilatildeo dos conteuacutedos com a participaccedilatildeo dos alunos que
poderatildeo declamar e apresentar oralmente suas impressotildees sobre o texto Aleacutem dessas
atividades seratildeo feitos questionamentos escritos para que o aluno busque uma
compreensatildeo mais profunda conseguida por meio da reflexatildeo proporcionada pela
escrita
Por fim os alunos teratildeo a oportunidade de ler e apreciar textos que fazem parte da
cultura de Liacutengua Portuguesa confrontando-os em sua linguagem e conteuacutedo e observar
que apesar das diferenccedilas eles emocionam os leitores com a beleza de suas imagens
11 Objetivo geral
Promover a aprendizagem por meio da leitura de poemas considerados canocircnicos e por
meio do cordel um tipo de literatura popular muito ligado agrave oralidade nordestina
111 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
- Despertar no aluno o gosto pela leitura e a apreciaccedilatildeo da literatura especialmente do
gecircnero poema
- Ensinar por meio dos poemas o ritmo a musicalidade sons e figuras de linguagem
- Fazer com que o aluno observe e aprenda sobre a linguagem erudita e popular nos
poemas estudados
- Levar o aluno a compreender a literatura portuguesa e a literatura de cordel brasileira
observando suas particularidades nos conteuacutedos estudados
PARTE I
Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Poesia e emoccedilatildeo
Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da
linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para
emocionar o leitor ou ouvinte
Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute
poesia com o escritor Augusto de Campos
Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos
httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w
Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto
poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e
significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico
Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos
declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa
O poeta eacute um fingidor
Finge tatildeo completamente
Que chega a fingir que eacute dor
A dor que deveras sente
E os que lecircem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Natildeo as duas que ele teve
Mas soacute a que eles natildeo tecircm
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razatildeo
Esse comboio de corda
Que se chama coraccedilatildeo
lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -
imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por
George Hodan Acesso 182013
Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando
Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b
Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho
httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013
httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013
a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema
Autopsicografia
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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em
que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute
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ATIVIDADE 2
Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis
anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as
liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa
Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico
literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos
Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois
anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema
principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de
publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto
Prado Coelho
Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa
httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013
httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013
Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor
eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a
definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra
A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela
da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila
exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem
faz quadras portuguesas comunga a alma do povo
humildemente de todos noacutes e errante dentro de si
proacuteprio
href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-
janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por
Karen Arnold
A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto
apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam
forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois
proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas
antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio
Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013
Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor
Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)
Cantigas de portugueses
Satildeo como barcos no mar mdash
Vatildeo de uma alma para outra
Com riscos de naufragar
Eu tenho um colar de peacuterolas
Enfiado para te dar
As perlas satildeo os meus beijos
O fio eacute o meu penar
A terra eacute sem vida e nada
Vive mais que o coraccedilatildeo
E envolve-te a terra fria
E a minha saudade natildeo
Deixa que um momento pense
Que ainda vives ao meu lado
Triste de quem por si mesmo
Precisa ser enganado Morto
hei de estar ao teu lado
Sem o sentir nem saber
Mesmo assim isso me basta
Pra ver um bem em morrer
Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive
Morreste E eu quero morrer
Se vive ver-te-ei se natildeo
Soacute assim te posso esquecer
Se ontem agrave tua porta
Mais triste o vento passou mdash
Olha levava um suspiro
Bem sabes quem to mandou
Entreguei-te o coraccedilatildeo
E que tratos tu lhe deste
Eacute talvez por star estragado
Que ainda natildeo mo devolveste
A caixa que natildeo tem tampa
Fica sempre destapada
Daacute-me um sorriso dos teus
Porque natildeo quero mais nada
Tens o leque desdobrado
Sem que estejas a abanar
Amor que pensa e que pensa
Comeccedila ou vai acabar
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria
Dize devo esperar mais
Ou natildeo vens porque inda eacute dia
Toda a noite ouvi no tanque
A pouca aacutegua a pingar
Toda a noite ouvi na alma
Que natildeo me podes amar
Dias satildeo dias e noites
Satildeo noites e natildeo dormi
Os dias a natildeo te ver
As noites pensando em ti
Trazes a rosa na matildeo
E colheste-a distraiacuteda
E que eacute do meu coraccedilatildeo
Que colheste mais sabida
Teus olhos tristes parados
Coisa nenhuma a fitar
Ah meu amor meu amor
Se eu fora nenhum lugar
Depois do dia vem noite
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vecircm as saudades que havia
No baile em que danccedilam todos
Algueacutem fica sem danccedilar
Melhor eacute natildeo ir ao baile
Do que estar laacute sem laacute estar
Vale a pena ser discreto
Natildeo sei bem se vale a pena
O melhor eacute estar quieto
E ter a cara serena
Rosmaninho que me deram
Rosmaninho que darei
Todo o mal que me fizeram
Seraacute o bem que eu farei
Tenho um reloacutegio parado
Por onde sempre me guio
O reloacutegio eacute emprestado
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
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de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
diferentes sujeitos dessa interaccedilatildeo Atraveacutes desse
trabalho de leitura espera-se que os alunos adquiram
o haacutebito da leitura e melhorem a aprendizagem natildeo soacute
na disciplina de Liacutengua Portuguesa mas tambeacutem em
outras disciplinas que fazem parte da grade escolar
Palavras-Chave Leitura Literatura de cordel Aprendizagem
Formato do material Unidade Didaacutetica
Puacuteblico alvo Estudantes do 9ordm ano do Ensino- Fundamental na
disciplina de Liacutengua Portuguesa
1- APRESENTACcedilAO
Essa proposta didaacutetico-pedagoacutegica atende aos requisitos contidos na Lei de
Diretrizes e Bases da Educaccedilatildeo Nacional ndash LDBEN 9399496 bem como as Diretrizes
Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica do Estado do Paranaacute 2008
Os estudos para a efetivaccedilatildeo da unidade temaacutetica e da implementaccedilatildeo teratildeo como
base a leitura na sala de aula dos gecircneros poema e literatura de cordel especificamente
os textos Quadras ao Gosto Popular de Fernando Pessoa e A Triste Partida do Rei do
Baiatildeo de Quaipuan Vieira aleacutem de outros textos que se fizerem necessaacuterios para a
compreensatildeo e interpretaccedilatildeo dos temas estudados
A metodologia utilizada seraacute baseada na concepccedilatildeo de linguagem a liacutengua como
interaccedilatildeo verbal presente nas praacuteticas sociais conforme as prerrogativas das Diretrizes
Curriculares da Educaccedilatildeo Baacutesica Liacutengua Portuguesa Paranaacute (2008 p63) que tem como
Conteuacutedo Estruturante ldquoO Discurso como praacutetica socialrdquo
A aprendizagem da liacutengua atraveacutes da interaccedilatildeo verbal destaca o ato dialoacutegico como
um dos meios mais importantes na comunicaccedilatildeo entre as pessoas conforme Bakhtin
(2006 P125)
Esta unidade didaacutetica serviraacute de material para a aplicaccedilatildeo da intervenccedilatildeo
pedagoacutegica PDE2013 e tem como objetivo geral promover a aprendizagem por meio da
leitura de poemas considerados canocircnicos e por meio do cordel um tipo de literatura
popular muito ligado agrave oralidade nordestina Para isso eacute primordial a leitura e a interaccedilatildeo
entre leitoraluno com textos de diferentes gecircneros e o uso de diferentes instrumentos que
fazem parte do ensino-aprendizagem
Ao longo do trabalho sugere-se a leitura dos poemas e inserccedilotildees de viacutedeos com
declamaccedilotildees explicaccedilotildees sobre os autores bem como contextualizaccedilotildees que se fazem
necessaacuterias para a boa compreensatildeo textual especialmente a literatura de cordel que
mostra a cultura nordestina e toda riqueza cultural que faz parte dessa regiatildeo brasileira
Tambeacutem seraacute feita socializaccedilatildeo dos conteuacutedos com a participaccedilatildeo dos alunos que
poderatildeo declamar e apresentar oralmente suas impressotildees sobre o texto Aleacutem dessas
atividades seratildeo feitos questionamentos escritos para que o aluno busque uma
compreensatildeo mais profunda conseguida por meio da reflexatildeo proporcionada pela
escrita
Por fim os alunos teratildeo a oportunidade de ler e apreciar textos que fazem parte da
cultura de Liacutengua Portuguesa confrontando-os em sua linguagem e conteuacutedo e observar
que apesar das diferenccedilas eles emocionam os leitores com a beleza de suas imagens
11 Objetivo geral
Promover a aprendizagem por meio da leitura de poemas considerados canocircnicos e por
meio do cordel um tipo de literatura popular muito ligado agrave oralidade nordestina
111 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
- Despertar no aluno o gosto pela leitura e a apreciaccedilatildeo da literatura especialmente do
gecircnero poema
- Ensinar por meio dos poemas o ritmo a musicalidade sons e figuras de linguagem
- Fazer com que o aluno observe e aprenda sobre a linguagem erudita e popular nos
poemas estudados
- Levar o aluno a compreender a literatura portuguesa e a literatura de cordel brasileira
observando suas particularidades nos conteuacutedos estudados
PARTE I
Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Poesia e emoccedilatildeo
Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da
linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para
emocionar o leitor ou ouvinte
Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute
poesia com o escritor Augusto de Campos
Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos
httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w
Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto
poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e
significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico
Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos
declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa
O poeta eacute um fingidor
Finge tatildeo completamente
Que chega a fingir que eacute dor
A dor que deveras sente
E os que lecircem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Natildeo as duas que ele teve
Mas soacute a que eles natildeo tecircm
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razatildeo
Esse comboio de corda
Que se chama coraccedilatildeo
lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -
imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por
George Hodan Acesso 182013
Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando
Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b
Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho
httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013
httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013
a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema
Autopsicografia
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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em
que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute
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ATIVIDADE 2
Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis
anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as
liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa
Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico
literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos
Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois
anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema
principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de
publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto
Prado Coelho
Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa
httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013
httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013
Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor
eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a
definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra
A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela
da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila
exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem
faz quadras portuguesas comunga a alma do povo
humildemente de todos noacutes e errante dentro de si
proacuteprio
href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-
janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por
Karen Arnold
A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto
apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam
forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois
proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas
antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio
Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013
Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor
Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)
Cantigas de portugueses
Satildeo como barcos no mar mdash
Vatildeo de uma alma para outra
Com riscos de naufragar
Eu tenho um colar de peacuterolas
Enfiado para te dar
As perlas satildeo os meus beijos
O fio eacute o meu penar
A terra eacute sem vida e nada
Vive mais que o coraccedilatildeo
E envolve-te a terra fria
E a minha saudade natildeo
Deixa que um momento pense
Que ainda vives ao meu lado
Triste de quem por si mesmo
Precisa ser enganado Morto
hei de estar ao teu lado
Sem o sentir nem saber
Mesmo assim isso me basta
Pra ver um bem em morrer
Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive
Morreste E eu quero morrer
Se vive ver-te-ei se natildeo
Soacute assim te posso esquecer
Se ontem agrave tua porta
Mais triste o vento passou mdash
Olha levava um suspiro
Bem sabes quem to mandou
Entreguei-te o coraccedilatildeo
E que tratos tu lhe deste
Eacute talvez por star estragado
Que ainda natildeo mo devolveste
A caixa que natildeo tem tampa
Fica sempre destapada
Daacute-me um sorriso dos teus
Porque natildeo quero mais nada
Tens o leque desdobrado
Sem que estejas a abanar
Amor que pensa e que pensa
Comeccedila ou vai acabar
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria
Dize devo esperar mais
Ou natildeo vens porque inda eacute dia
Toda a noite ouvi no tanque
A pouca aacutegua a pingar
Toda a noite ouvi na alma
Que natildeo me podes amar
Dias satildeo dias e noites
Satildeo noites e natildeo dormi
Os dias a natildeo te ver
As noites pensando em ti
Trazes a rosa na matildeo
E colheste-a distraiacuteda
E que eacute do meu coraccedilatildeo
Que colheste mais sabida
Teus olhos tristes parados
Coisa nenhuma a fitar
Ah meu amor meu amor
Se eu fora nenhum lugar
Depois do dia vem noite
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vecircm as saudades que havia
No baile em que danccedilam todos
Algueacutem fica sem danccedilar
Melhor eacute natildeo ir ao baile
Do que estar laacute sem laacute estar
Vale a pena ser discreto
Natildeo sei bem se vale a pena
O melhor eacute estar quieto
E ter a cara serena
Rosmaninho que me deram
Rosmaninho que darei
Todo o mal que me fizeram
Seraacute o bem que eu farei
Tenho um reloacutegio parado
Por onde sempre me guio
O reloacutegio eacute emprestado
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e
Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006
BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo
Hucitec 1996
BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em
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CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em
CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013
CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis
Vozes 1998
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Ao longo do trabalho sugere-se a leitura dos poemas e inserccedilotildees de viacutedeos com
declamaccedilotildees explicaccedilotildees sobre os autores bem como contextualizaccedilotildees que se fazem
necessaacuterias para a boa compreensatildeo textual especialmente a literatura de cordel que
mostra a cultura nordestina e toda riqueza cultural que faz parte dessa regiatildeo brasileira
Tambeacutem seraacute feita socializaccedilatildeo dos conteuacutedos com a participaccedilatildeo dos alunos que
poderatildeo declamar e apresentar oralmente suas impressotildees sobre o texto Aleacutem dessas
atividades seratildeo feitos questionamentos escritos para que o aluno busque uma
compreensatildeo mais profunda conseguida por meio da reflexatildeo proporcionada pela
escrita
Por fim os alunos teratildeo a oportunidade de ler e apreciar textos que fazem parte da
cultura de Liacutengua Portuguesa confrontando-os em sua linguagem e conteuacutedo e observar
que apesar das diferenccedilas eles emocionam os leitores com a beleza de suas imagens
11 Objetivo geral
Promover a aprendizagem por meio da leitura de poemas considerados canocircnicos e por
meio do cordel um tipo de literatura popular muito ligado agrave oralidade nordestina
111 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
- Despertar no aluno o gosto pela leitura e a apreciaccedilatildeo da literatura especialmente do
gecircnero poema
- Ensinar por meio dos poemas o ritmo a musicalidade sons e figuras de linguagem
- Fazer com que o aluno observe e aprenda sobre a linguagem erudita e popular nos
poemas estudados
- Levar o aluno a compreender a literatura portuguesa e a literatura de cordel brasileira
observando suas particularidades nos conteuacutedos estudados
PARTE I
Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Poesia e emoccedilatildeo
Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da
linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para
emocionar o leitor ou ouvinte
Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute
poesia com o escritor Augusto de Campos
Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos
httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w
Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto
poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e
significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico
Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos
declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa
O poeta eacute um fingidor
Finge tatildeo completamente
Que chega a fingir que eacute dor
A dor que deveras sente
E os que lecircem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Natildeo as duas que ele teve
Mas soacute a que eles natildeo tecircm
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razatildeo
Esse comboio de corda
Que se chama coraccedilatildeo
lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -
imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por
George Hodan Acesso 182013
Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando
Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b
Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho
httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013
httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013
a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema
Autopsicografia
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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em
que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute
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ATIVIDADE 2
Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis
anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as
liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa
Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico
literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos
Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois
anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema
principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de
publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto
Prado Coelho
Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa
httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013
httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013
Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor
eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a
definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra
A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela
da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila
exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem
faz quadras portuguesas comunga a alma do povo
humildemente de todos noacutes e errante dentro de si
proacuteprio
href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-
janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por
Karen Arnold
A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto
apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam
forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois
proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas
antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio
Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013
Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor
Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)
Cantigas de portugueses
Satildeo como barcos no mar mdash
Vatildeo de uma alma para outra
Com riscos de naufragar
Eu tenho um colar de peacuterolas
Enfiado para te dar
As perlas satildeo os meus beijos
O fio eacute o meu penar
A terra eacute sem vida e nada
Vive mais que o coraccedilatildeo
E envolve-te a terra fria
E a minha saudade natildeo
Deixa que um momento pense
Que ainda vives ao meu lado
Triste de quem por si mesmo
Precisa ser enganado Morto
hei de estar ao teu lado
Sem o sentir nem saber
Mesmo assim isso me basta
Pra ver um bem em morrer
Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive
Morreste E eu quero morrer
Se vive ver-te-ei se natildeo
Soacute assim te posso esquecer
Se ontem agrave tua porta
Mais triste o vento passou mdash
Olha levava um suspiro
Bem sabes quem to mandou
Entreguei-te o coraccedilatildeo
E que tratos tu lhe deste
Eacute talvez por star estragado
Que ainda natildeo mo devolveste
A caixa que natildeo tem tampa
Fica sempre destapada
Daacute-me um sorriso dos teus
Porque natildeo quero mais nada
Tens o leque desdobrado
Sem que estejas a abanar
Amor que pensa e que pensa
Comeccedila ou vai acabar
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria
Dize devo esperar mais
Ou natildeo vens porque inda eacute dia
Toda a noite ouvi no tanque
A pouca aacutegua a pingar
Toda a noite ouvi na alma
Que natildeo me podes amar
Dias satildeo dias e noites
Satildeo noites e natildeo dormi
Os dias a natildeo te ver
As noites pensando em ti
Trazes a rosa na matildeo
E colheste-a distraiacuteda
E que eacute do meu coraccedilatildeo
Que colheste mais sabida
Teus olhos tristes parados
Coisa nenhuma a fitar
Ah meu amor meu amor
Se eu fora nenhum lugar
Depois do dia vem noite
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vecircm as saudades que havia
No baile em que danccedilam todos
Algueacutem fica sem danccedilar
Melhor eacute natildeo ir ao baile
Do que estar laacute sem laacute estar
Vale a pena ser discreto
Natildeo sei bem se vale a pena
O melhor eacute estar quieto
E ter a cara serena
Rosmaninho que me deram
Rosmaninho que darei
Todo o mal que me fizeram
Seraacute o bem que eu farei
Tenho um reloacutegio parado
Por onde sempre me guio
O reloacutegio eacute emprestado
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
PARTE I
Leitura em emoccedilatildeo poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Poesia e emoccedilatildeo
Observe que o texto poeacutetico busca a expressividade atraveacutes da
linguagem figurada do ritmo rimas e outros recursos expressivos para
emocionar o leitor ou ouvinte
Para entender melhor o que eacute poesia assista ao viacutedeo ldquoO que eacute
poesia com o escritor Augusto de Campos
Sugestatildeo O que eacute poesia Com Augusto de Campos
httpwwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR70w
Mas o que eacute poesia Seraacute que todo texto tem poesia O texto
poeacutetico apresenta uma soacute leitura ou pode apresentar vaacuterias leituras e
significaccedilotildees De que forma pode-se entender e apreciar melhor o texto poeacutetico
Vamos trabalhar juntos Vamos ler com atenccedilatildeo o texto abaixo Vamos
declama-lo juntos Autopsicografia de Fernando Pessoa
O poeta eacute um fingidor
Finge tatildeo completamente
Que chega a fingir que eacute dor
A dor que deveras sente
E os que lecircem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Natildeo as duas que ele teve
Mas soacute a que eles natildeo tecircm
E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razatildeo
Esse comboio de corda
Que se chama coraccedilatildeo
lta href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview -
imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por
George Hodan Acesso 182013
Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando
Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b
Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho
httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013
httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013
a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema
Autopsicografia
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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em
que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute
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ATIVIDADE 2
Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis
anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as
liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa
Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico
literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos
Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois
anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema
principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de
publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto
Prado Coelho
Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa
httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013
httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013
Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor
eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a
definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra
A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela
da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila
exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem
faz quadras portuguesas comunga a alma do povo
humildemente de todos noacutes e errante dentro de si
proacuteprio
href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-
janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por
Karen Arnold
A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto
apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam
forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois
proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas
antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio
Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013
Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor
Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)
Cantigas de portugueses
Satildeo como barcos no mar mdash
Vatildeo de uma alma para outra
Com riscos de naufragar
Eu tenho um colar de peacuterolas
Enfiado para te dar
As perlas satildeo os meus beijos
O fio eacute o meu penar
A terra eacute sem vida e nada
Vive mais que o coraccedilatildeo
E envolve-te a terra fria
E a minha saudade natildeo
Deixa que um momento pense
Que ainda vives ao meu lado
Triste de quem por si mesmo
Precisa ser enganado Morto
hei de estar ao teu lado
Sem o sentir nem saber
Mesmo assim isso me basta
Pra ver um bem em morrer
Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive
Morreste E eu quero morrer
Se vive ver-te-ei se natildeo
Soacute assim te posso esquecer
Se ontem agrave tua porta
Mais triste o vento passou mdash
Olha levava um suspiro
Bem sabes quem to mandou
Entreguei-te o coraccedilatildeo
E que tratos tu lhe deste
Eacute talvez por star estragado
Que ainda natildeo mo devolveste
A caixa que natildeo tem tampa
Fica sempre destapada
Daacute-me um sorriso dos teus
Porque natildeo quero mais nada
Tens o leque desdobrado
Sem que estejas a abanar
Amor que pensa e que pensa
Comeccedila ou vai acabar
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria
Dize devo esperar mais
Ou natildeo vens porque inda eacute dia
Toda a noite ouvi no tanque
A pouca aacutegua a pingar
Toda a noite ouvi na alma
Que natildeo me podes amar
Dias satildeo dias e noites
Satildeo noites e natildeo dormi
Os dias a natildeo te ver
As noites pensando em ti
Trazes a rosa na matildeo
E colheste-a distraiacuteda
E que eacute do meu coraccedilatildeo
Que colheste mais sabida
Teus olhos tristes parados
Coisa nenhuma a fitar
Ah meu amor meu amor
Se eu fora nenhum lugar
Depois do dia vem noite
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vecircm as saudades que havia
No baile em que danccedilam todos
Algueacutem fica sem danccedilar
Melhor eacute natildeo ir ao baile
Do que estar laacute sem laacute estar
Vale a pena ser discreto
Natildeo sei bem se vale a pena
O melhor eacute estar quieto
E ter a cara serena
Rosmaninho que me deram
Rosmaninho que darei
Todo o mal que me fizeram
Seraacute o bem que eu farei
Tenho um reloacutegio parado
Por onde sempre me guio
O reloacutegio eacute emprestado
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
imagephpimage=19320amppicture=coracao-do-amorgtCoraccedilatildeo do Amo rltagt por
George Hodan Acesso 182013
Com atenccedilatildeo ouccedilam a declamaccedilatildeo do poema Autopsicografia de Fernando
Pessoa antes de responder agraves questotildees a e b
Sugestatildeo Viacutedeo Autopsicografia de Fernando Pessoa na voz de Aacutelvaro Coelho
httpwwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 2082013
httpwwwyoutubecomwatchv=RixNvQjlwTs Acesso 23082013
a) Quais elementos baacutesicos do texto poeacutetico podem ser observados no poema
Autopsicografia
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b) Releia a uacuteltima Estrofe e observe com atenccedilatildeo as figuras acima e responda em
que sentido foi empregado a palavra coraccedilatildeo Em que tipo de linguagem estaacute
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ATIVIDADE 2
Acolhida Vida e obra do poeta Fernando pessoa
O poeta Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 com seis
anos foi para a Aacutefrica do Sul onde iniacutecio seus estudos aprendeu as
liacutenguas inglesa e francesa na adolescecircncia voltou para Lisboa
Em Lisboa trabalha como jornalista comentarista poliacutetico criacutetico
literaacuterio e escritor suas obras mais importantes satildeo os heterocircnimos
Alberto Caieiro Ricardo Reis Aacutelvaro de Campos Mensagem dois
anos antes de falecer em 1935 escreveu Quadras ao gosto popular cujo tema
principal eacute o amor e impressiona o leitor pela singela simplicidade Natildeo teve tempo de
publicaacute-las em vida soacute foram publicadas em 1965 por George Rudolf Lind e Jacinto
Prado Coelho
Sugestatildeo viacutedeos biografia de Fernando Pessoa
httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 382013
httpwwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 382013
Quadras ao gosto popular seraacute o nosso objeto de estudo para se entender melhor
eacute preciso algumas explicaccedilotildees sobre os termos quadras populares observe a
definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra
A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela
da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila
exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem
faz quadras portuguesas comunga a alma do povo
humildemente de todos noacutes e errante dentro de si
proacuteprio
href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-
janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por
Karen Arnold
A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto
apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam
forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois
proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas
antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio
Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013
Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor
Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)
Cantigas de portugueses
Satildeo como barcos no mar mdash
Vatildeo de uma alma para outra
Com riscos de naufragar
Eu tenho um colar de peacuterolas
Enfiado para te dar
As perlas satildeo os meus beijos
O fio eacute o meu penar
A terra eacute sem vida e nada
Vive mais que o coraccedilatildeo
E envolve-te a terra fria
E a minha saudade natildeo
Deixa que um momento pense
Que ainda vives ao meu lado
Triste de quem por si mesmo
Precisa ser enganado Morto
hei de estar ao teu lado
Sem o sentir nem saber
Mesmo assim isso me basta
Pra ver um bem em morrer
Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive
Morreste E eu quero morrer
Se vive ver-te-ei se natildeo
Soacute assim te posso esquecer
Se ontem agrave tua porta
Mais triste o vento passou mdash
Olha levava um suspiro
Bem sabes quem to mandou
Entreguei-te o coraccedilatildeo
E que tratos tu lhe deste
Eacute talvez por star estragado
Que ainda natildeo mo devolveste
A caixa que natildeo tem tampa
Fica sempre destapada
Daacute-me um sorriso dos teus
Porque natildeo quero mais nada
Tens o leque desdobrado
Sem que estejas a abanar
Amor que pensa e que pensa
Comeccedila ou vai acabar
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria
Dize devo esperar mais
Ou natildeo vens porque inda eacute dia
Toda a noite ouvi no tanque
A pouca aacutegua a pingar
Toda a noite ouvi na alma
Que natildeo me podes amar
Dias satildeo dias e noites
Satildeo noites e natildeo dormi
Os dias a natildeo te ver
As noites pensando em ti
Trazes a rosa na matildeo
E colheste-a distraiacuteda
E que eacute do meu coraccedilatildeo
Que colheste mais sabida
Teus olhos tristes parados
Coisa nenhuma a fitar
Ah meu amor meu amor
Se eu fora nenhum lugar
Depois do dia vem noite
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vecircm as saudades que havia
No baile em que danccedilam todos
Algueacutem fica sem danccedilar
Melhor eacute natildeo ir ao baile
Do que estar laacute sem laacute estar
Vale a pena ser discreto
Natildeo sei bem se vale a pena
O melhor eacute estar quieto
E ter a cara serena
Rosmaninho que me deram
Rosmaninho que darei
Todo o mal que me fizeram
Seraacute o bem que eu farei
Tenho um reloacutegio parado
Por onde sempre me guio
O reloacutegio eacute emprestado
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
definiccedilatildeo do proacuteprio poeta Fernando Pessoa sobre a palavra quadra
A quadra eacute o vaso de flores que o Povo potildee agrave janela
da sua alma Da oacuterbita triste do vaso escuro a graccedila
exilada das flores atreve o seu olhar de alegria Quem
faz quadras portuguesas comunga a alma do povo
humildemente de todos noacutes e errante dentro de si
proacuteprio
href=httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=42553amppicture=flores-selvagens-
janela-exibicao-de-quadgtFlores selvagens Janela Exibiccedilatildeo de quadltagt por
Karen Arnold
A quadra popular eacute uma estrofe com quatro versos chamado de quarteto
apresenta sentido completo rimas e repeticcedilotildees e seus versos apresentam
forma fixa 7 siacutelabas poeacuteticas muitas vezes seus autores satildeo anocircnimos pois
proveacutem da oralidade os temas abordados tambeacutem satildeo simples e singelos Mas
antes ouccedilam o viacutedeo G1 Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio
Sugestatildeohttpwwwyoutubecomwatchv=-yJ8qqxT5QsAcesso682013
Vamos ler em voz alta declamando as primeiras quadras do autor
Fernando Pessoa (Quadras ao gosto popular)
Cantigas de portugueses
Satildeo como barcos no mar mdash
Vatildeo de uma alma para outra
Com riscos de naufragar
Eu tenho um colar de peacuterolas
Enfiado para te dar
As perlas satildeo os meus beijos
O fio eacute o meu penar
A terra eacute sem vida e nada
Vive mais que o coraccedilatildeo
E envolve-te a terra fria
E a minha saudade natildeo
Deixa que um momento pense
Que ainda vives ao meu lado
Triste de quem por si mesmo
Precisa ser enganado Morto
hei de estar ao teu lado
Sem o sentir nem saber
Mesmo assim isso me basta
Pra ver um bem em morrer
Natildeo sei se a alma no Aleacutem vive
Morreste E eu quero morrer
Se vive ver-te-ei se natildeo
Soacute assim te posso esquecer
Se ontem agrave tua porta
Mais triste o vento passou mdash
Olha levava um suspiro
Bem sabes quem to mandou
Entreguei-te o coraccedilatildeo
E que tratos tu lhe deste
Eacute talvez por star estragado
Que ainda natildeo mo devolveste
A caixa que natildeo tem tampa
Fica sempre destapada
Daacute-me um sorriso dos teus
Porque natildeo quero mais nada
Tens o leque desdobrado
Sem que estejas a abanar
Amor que pensa e que pensa
Comeccedila ou vai acabar
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria
Dize devo esperar mais
Ou natildeo vens porque inda eacute dia
Toda a noite ouvi no tanque
A pouca aacutegua a pingar
Toda a noite ouvi na alma
Que natildeo me podes amar
Dias satildeo dias e noites
Satildeo noites e natildeo dormi
Os dias a natildeo te ver
As noites pensando em ti
Trazes a rosa na matildeo
E colheste-a distraiacuteda
E que eacute do meu coraccedilatildeo
Que colheste mais sabida
Teus olhos tristes parados
Coisa nenhuma a fitar
Ah meu amor meu amor
Se eu fora nenhum lugar
Depois do dia vem noite
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vecircm as saudades que havia
No baile em que danccedilam todos
Algueacutem fica sem danccedilar
Melhor eacute natildeo ir ao baile
Do que estar laacute sem laacute estar
Vale a pena ser discreto
Natildeo sei bem se vale a pena
O melhor eacute estar quieto
E ter a cara serena
Rosmaninho que me deram
Rosmaninho que darei
Todo o mal que me fizeram
Seraacute o bem que eu farei
Tenho um reloacutegio parado
Por onde sempre me guio
O reloacutegio eacute emprestado
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Olha levava um suspiro
Bem sabes quem to mandou
Entreguei-te o coraccedilatildeo
E que tratos tu lhe deste
Eacute talvez por star estragado
Que ainda natildeo mo devolveste
A caixa que natildeo tem tampa
Fica sempre destapada
Daacute-me um sorriso dos teus
Porque natildeo quero mais nada
Tens o leque desdobrado
Sem que estejas a abanar
Amor que pensa e que pensa
Comeccedila ou vai acabar
Duas horas te esperei
Dois anos te esperaria
Dize devo esperar mais
Ou natildeo vens porque inda eacute dia
Toda a noite ouvi no tanque
A pouca aacutegua a pingar
Toda a noite ouvi na alma
Que natildeo me podes amar
Dias satildeo dias e noites
Satildeo noites e natildeo dormi
Os dias a natildeo te ver
As noites pensando em ti
Trazes a rosa na matildeo
E colheste-a distraiacuteda
E que eacute do meu coraccedilatildeo
Que colheste mais sabida
Teus olhos tristes parados
Coisa nenhuma a fitar
Ah meu amor meu amor
Se eu fora nenhum lugar
Depois do dia vem noite
Depois da noite vem dia
E depois de ter saudades
Vecircm as saudades que havia
No baile em que danccedilam todos
Algueacutem fica sem danccedilar
Melhor eacute natildeo ir ao baile
Do que estar laacute sem laacute estar
Vale a pena ser discreto
Natildeo sei bem se vale a pena
O melhor eacute estar quieto
E ter a cara serena
Rosmaninho que me deram
Rosmaninho que darei
Todo o mal que me fizeram
Seraacute o bem que eu farei
Tenho um reloacutegio parado
Por onde sempre me guio
O reloacutegio eacute emprestado
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
E tem as horas a fio
Quando eacute o tempo do trigo
Eacute o tempo de trigar
A verdade eacute um postigo
A que ningueacutem vem falar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas chinelas que batem
No chatildeo com o calcanhar
Antes quero que me matem
Que ouvir esse som parar
Levas uma rosa ao peito
E tens um andar que eacute teu
Antes tivesses o jeito
De amar algueacutem que sou eu
Teus brincos danccedilam se voltas
A cabeccedila a perguntar
Satildeo como andorinhas soltas
Que inda natildeo sabem voar
Tens uma rosa na matildeo
Natildeo sei se eacute para me dar
As rosas que tens na cara
Essas sabes tu guardar
Fomos passear na quinta
Fomos agrave quinta em passeio
Natildeo haacute nada que eu natildeo sinta
Que me natildeo faccedila um enleio
Os alcatruzes da nora
Andam sempre a dar e dar
Eacute para dentro e pra fora
E natildeo sabem acabar
Oacute minha menina loura
Oacute minha loura menina
Dize a quem te vecirc agora
Que jaacute foste pequenina
Tens um livro que natildeo lecircs
Tens uma flor que desfolhas
Tens um coraccedilatildeo aos peacutes
E para ele natildeo olhas
Nunca dizes se gostaste
Daquilo que te calei
Sei bem que o adivinhaste
O que pensaste natildeo sei
O vaso que dei agravequem
Que natildeo sabe quem lho deu
Haacute de ser posto agrave janela
Sem ningueacutem saber que eacute meu
Tive uma flor para dar
A quem natildeo ousei dizer
Que lhe queria falar
E a flor teve que morrer
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------
b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
this video Inscreva
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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube
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wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
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SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013
SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Tens uma salva de prata
Onde potildees os alfinetes
Mas natildeo tem salva nem prata
Aquilo que tu prometes
Adivinhei o que pensas
Soacute por saber que natildeo era
Qualquer das coisas imensas
Que a minhalma sempre espera
Quando olhaste para traacutes
Natildeo supus que era por mim
Mas sempre olhaste e isso faz
Que fosse melhor assim
Todos os dias eu penso
Naquele gesto engraccedilado
Com que pegaste no lenccedilo
Que estava esquecido ao lado
Ouvi-te cantar de dia
De noite te ouvi cantar
Ai de mim se eacute de alegria
Ai de mim se eacute de penar
Por um puacutecaro de barro
Bebe-se a aacutegua mais fria
Quem tem tristezas natildeo dorme
Vela para ter alegria
O malmequer que arrancaste
Deu-te nada no seu fim
Mas o amor que me arrancaste
Se deu nada foi a mim
Apoacutes a leitura e declamaccedilatildeo das quadras responda agraves questotildees abc mas
antes assista aos viacutedeosSugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE A cesso 11 82013
Sugestatildeo httpwwwyoutubecomwatchv=5eGzSqai9pI Acesso 1182013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----
b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --
c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------
b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
a) Quatro pares de rimas que vocecirc mais gostou
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b) O tiacutetulo da obra de Fernando Pessoa eacute Quadras ao gosto popular pode-se
dizer que isso se justifica atraveacutes do uso da linguagem coloquial no texto
Justifique sua resposta
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c) As quadras tecircm tradiccedilatildeo oral na Liacutengua portuguesa a partir dessa
reflexatildeo Fernando Pessoa utilizou linguagem popular ou linguagem mais
erudita nesse texto Explique
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Atividade 3
Acolhida Literatura e emoccedilatildeo no poema
Agora que jaacute conhecemos a obra Quadras ao
gosto popular de Fernando Pessoa vamos
continuar a lecirc-las e a declama-las em voz alta
percebendo toda riqueza de ritmos e linguagem
figurada usados nesse tipo de gecircnero A
linguagem subjetiva faz parte da literatura Para
entender melhor vamos ler as quadras abaixo mas antes assista o viacutedeo
abaixo
Sugestatildeo de viacutedeohttpwwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s06
102013
Teu xaile de seda escura
Eacute posto de tal feiccedilatildeo
Que alegre se dependura
Dentro do meu coraccedilatildeo
O manjerico comprado
Natildeo eacute melhor que o que datildeo
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Potildee o manjerico ao lado
E daacute-me o teu coraccedilatildeo
Rosa verde rosa verde
Rosa verde eacute coisa que haacute
Eacute uma coisa que se perde
Quando a gente natildeo estaacute laacute
A rosa que se natildeo colhe
Nem por isso tem mais vida
Ningueacutem haacute que te natildeo olhe
Que te natildeo queira colhida
Haacute verdades que se dizem
E outras que ningueacutem diraacute
Tenho uma coisa a dizer-te
Mas natildeo sei onde ela estaacute
Quando ao domingo passeias
Levas um vestido claro
Natildeo eacute o que te conheccedilo
Mas eacute em ti que reparo
Tenho vontade de ver-te
Mas natildeo sei como acertar
Passeias onde natildeo ando
Andas sem eu te encontrar
Andorinha que passaste
Quem eacute que te esperaria
Soacute quem te visse passar
E esperasse no outro dia
Nuvem do ceacuteu que pareces
Tudo quanto a gente quer
Se tu ao menos me desses
O que se natildeo pode ter
O burburinho da aacutegua
No regato que se espalha
Eacute como a ilusatildeo que eacute maacutegoa
Quando a verdade a baralha
Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres ser
Eacutes como o meu coraccedilatildeo
Que sente sem nada ter
Vai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do vento
Ambos agrave beira do poccedilo
Achamos que eacute muito fundo
Deita-se a pedra e o que eu ouccedilo
Eacute teu olhar que eacute meu mundo
Aquela senhora velha
Que fala com tatildeo bom modo
Parece ser uma abelha
Que nos diz Natildeo incomodo
Maria se eu te chamar
Maria vem caacute dizer
Que natildeo podes caacute chegar
Assim te consigo ver
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Boca com olhos por cima
Ambos a estar a sorrir
Jaacute sei onde estaacute a rima
Do que natildeo ouso pedir
Quem lavra julga que lavra
Mas quem lavra eacute o que acontece
Natildeo me daacutes uma palavra
E a palavra natildeo me esquece
Tinhas um pente espanhol
No cabelo Portuguecircs
Mas quando te olhava o sol
Eras soacute quem Deus te fez
Boca de riso escarlate
E de sorriso de rir
Meu coraccedilatildeo bate bate
Bate de te ver e ouvir
Quem me dera quando fores
Pela rua sem me ver
Supor que haacute coisas melhores
E que eu as pudera ter
Acendeste uma candeia
Com esse ar que Deus te deu
Jaacute natildeo eacute noite na aldeia
E se calhar nem no ceacuteu
Eu te pedi duas vezes
Duas vezes bem o sei
Que por fim me respondesses
Ao que natildeo te perguntei
Natildeo digas mal de ningueacutem
Que eacute de ti que dizes mal
Quando dizes mal de algueacutem
Tudo no mundo eacute igual
Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade
Mas se nos fazem felizes
Isso eacute a felicidade
Daacutes noacutes na linha que cose
Para que pare no fim
Por muito que eu pense e ouse
Nunca daacutes noacute para mim
Natildeo sei em que coisa pensas
Quando coses sossegada
Talvez naquelas ofensas
Que fazes sem dizer nada
As gaivotas tantas tantas
Voam no rio pro mar
Tambeacutem sem querer encantas
Nem eacute preciso voar
As ondas que a mareacute conta
Ningueacutem as pode contar
Se ao passar ningueacutem te
aponta
Aponta-te com o olhar
Todos os dias que passam
Sem passares por aqui
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Satildeo dias que me desgraccedilam
Por me privarem de ti
Quando cantas disfarccedilando
Com a cantiga o cantar
Parece o vento mais brando
Nesta brandura do ar
Natildeo sei que grande tristeza
Me fez soacute gostar de ti
Quando jaacute tinha a certeza
De te amar porque te vi
A mantilha de espanhola
Que trazias por trazer
Natildeo te dava um ar de tola
Porque o natildeo podias ter
Boca de riso escarlate
Com dentes brancos no meio
Meu coraccedilatildeo bate bate
Mas bate por ter receio
Se haacute uma nuvem que passa
Passa uma sombra tambeacutem
Ningueacutem diz que eacute desgraccedila
Natildeo ter o que se natildeo tem
Tu ao canto da janela
Sorrias a algueacutem da rua
Porquecirc ao canto se aquela
Posiccedilatildeo natildeo eacute a tua
Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar
Tens olhos de quem natildeo quer
Procurar quem eu natildeo sei
Se um dia o amor vier
Olharaacutes como eu olhei
Pobre do pobre que eacute ele
E natildeo eacute quem se fingiu
Por muito que a gente vele
Descobre que jaacute dormiu
Natildeo me digas que me queres
Pois natildeo sei acreditar
No mundo haacute muitas mulheres
Mas mentem todas a par
Aacutegua que natildeo vem na bilha
Eacute como se natildeo viesse
Como a matildee assim a filha
Antes Deus as natildeo fizesse
Sugestotildees httpwwwyoutubecomwatchv=tUbt3dwktVA Acesso 1182013
httpyoutubeftzU3MZdXyc Acesso 23112013
Podemos observar que o texto acima eacute um poema literaacuterio A partir dessas
observaccedilotildees responda
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
a) No verso ldquoas ondas que a mareacute contardquo Haacute uma figura de linguagem
Escreva o nome dessa figura de linguagem e explique
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b) Releia a quadra abaixo e responda qual figura de linguagem vocecirc identificou
mais raacutepido
ldquoVai alta a nuvem que passa
Vai alto o meu pensamento
Que eacute escravo da tua graccedila
Como a nuvem o eacute do ventordquo
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c) Observe os dois versos abaixo estatildeo escritos na linguagem formal de
Portugal transcreva-os para a linguagem formal normalmente utilizada no
Brasil
ldquo Leve sonho vais no chatildeo
A andares sem teres serrdquo
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d) Releia a quadra abaixo e responda como ele a segue sem precisar andar
rdquo Daacute-me um sorriso ao domingo
Para agrave segunda eu lembrar
Bem sabes sempre te sigo
E natildeo eacute preciso andar ldquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
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de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
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de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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Atividade 4
Acolhida Dialogando com a literatura
httpwwwportuguesseedprgovbrmodulesgaleriade
talhephpfoto=635ampevento=9 Acesso 20082013
As principais figuras de linguagem satildeo
comparaccedilatildeo metaacutefora prosopopeacuteia ou
personificaccedilatildeo eufemismo pleonasmo
antiacutetese comparaccedilatildeo hipeacuterbole etc
A comparaccedilatildeo aproxima dois termos que eacute introduzido atraveacutes das
locuccedilotildees conjuntivas como qual assim como Observe o exemplo abaixo
ldquoTeus brincos danccedilam se voltas Satildeo como andorinhas soltasldquo
A metaacutefora eacute uma comparaccedilatildeo simplificada sem a conjunccedilatildeo ou locuccedilatildeo
conjuntiva veja o exemplo abaixordquoSatildeo andorinhas soltasrdquo
A prosopopeacuteia ou personificaccedilatildeo consiste em atribuir sentimentos e
atitudes humanas a animais e seres inanimados e a fenocircmenos da natureza
exemplo ldquoAs ondas que a mareacute conta Ningueacutem as pode contarrdquo
O eufemismo eacute uma linguagem que suaviza ou ameniza termos ou
expressotildees rudes ou grosseiras veja o exemplordquo Todas as coisas que dizes
Afinal natildeo satildeo verdade Mas se nos fazem felizes Isso eacute a felicidaderdquo Eacute
maneira sutil de dizer que o outro ou a outra mente para fazecirc-lo feliz
A hipeacuterbole ocorre quando o autor usa termos ou expressotildees que datildeo ideacuteia
de exagero propositalmente para esse fim exemplo ldquoQualquer das coisas
imensas Que a minhalma sempre esperardquo
Pleonasmo ou redundacircncia eacute a repeticcedilatildeo proposital de um termo para
realccedilar seu significado exemplo ldquoPobre do pobre que eacute elerdquo
Antiacutetese eacute a figura de linguagem que consiste em colocar ideacuteias que se
confrontam entre si exemplordquoTodo mal que me fizeram seraacute o bem que eu
fareirdquo
Para entender melhor assista ao viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c2008 2013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
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de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Oacute loura dos olhos tristes
Que me natildeo quis escutar
Quero soacute saber se existes
Para ver se te hei de amar
Haacute grandes sombras na horta
Quando a amiga laacute vai ter
Ser feliz eacute o que importa
Natildeo importa como o ser
O moinho de cafeacute
Moacutei gratildeos e faz deles poacute
O poacute que a minhalma eacute
Moeu quem me deixa soacute
Dizem que natildeo eacutes aquela
Que te julgavam aqui
Mas se eacutes algueacutem e eacutes bela
Que mais quereratildeo de ti
Tenho um livrinho onde escrevo
Quando me esqueccedilo de ti
Eacute um livro de capa negra
Onde inda nada escrevi
Olhos tristes grandes pretos
Que dizeis sem me falar
Que natildeo haacute filhos nem netos
De eu natildeo querer amar
Meu coraccedilatildeo a bater
Parece estar-me a lembrar
Que se um dia te esquecer
Seraacute por ele parar
Quantas vezes a memoacuteria
Para fingir que inda eacute gente
Nos conta uma grande histoacuteria
Em que ningueacutem estaacute presente
Trazes o vestido novo
Como quem sabe o que faz
Como eacutes bonita entre o povo
Mesmo ficando para traacutes
A tua boca de riso
Parece olhar para a gente
Com um olhar que eacute preciso
Para saber que se sente
A laranja que escolheste
Natildeo era a melhor que havia
Tambeacutem o amor que me deste
Qualquer outra mo daria
Se o sino dobra a finados
Haacute de deixar de dobrar
Daacute-me os teus olhos fitados
E deixa a vida matar
Por muito que pense e pense
No que nunca me disseste
Teu silecircncio natildeo convence
Faltaste quando vieste
Tome laacute minha menina
O ramalhete que fiz
Cada flor eacute pequenina
Mas tudo junto eacute feliz
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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this video Inscreva
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
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de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
A vida eacute pouco aos bocados
O amor eacute vida a sonhar
Olho para ambos os lados
E ningueacutem me vem falar
Dei-lhe um beijo ao peacute da boca
Por a boca se esquivar
A ideacuteia talvez foi louca
O mal foi natildeo acertar
Compras carapaus ao cento
Sardinhas ao quarteiratildeo
Soacute tenho no pensamento
Que me disseste que natildeo
Duas horas te esperei
Duas mais te esperaria
Se gostas de mim natildeo sei
Algum dia haacute de ser dia
Tenho um desejo comigo
Que me traz longe de mim
Eacute saber se isto eacute contigo
Quando isto natildeo eacute assim
Leve vem a onda leve
Que se estende a adormecer
Breve vem a onda breve
Que nos ensina a esquecer
Quando a manhatilde aparece
Dizem que nasce alegria
Isso era se Ela viesse
Ateacute de noite era dia
Nuvem alta nuvem alta
Porque eacute que tatildeo alta vais
Se tens o amor que me falta
Desce um pouco desce mais
Teu carinho que eacute fingido
Daacute-me o prazer de saber
Que inda natildeo tens esquecido
O que o fingir tem de ser
A luva que retiraste
Deixou livre a tua matildeo
Foi com ela que tocaste
Sem tocar meu coraccedilatildeo
O avental que agrave gaveta
Foste buscar natildeo teraacute
Algibeira em que me meta
Para estar contigo jaacute
Quando vieste da festa
Vinhas cansada e contente
A minha pergunta eacute esta
Foi da festa ou foi da gente
Rouxinol que natildeo cantaste
Galo que natildeo cantaraacutes
Qual de voacutes me empresta o canto
Para ver o que ela faz
Quando chegaste agrave janela
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----
b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --
c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------
b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo
Hucitec 1996
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CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em
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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013
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COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
this video Inscreva
OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
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httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Todos que estavam na rua
Disseram olha eacute aquela
Tal eacute a graccedila que eacute tua
Nuvem que passas no ceacuteu
Dize a quem natildeo perguntou
Se eacute bom dizer a quem deu
O que deste natildeo to dou
Vou trabalhando a peneira
E pensando assim assim
Eu natildeo nasci para freira
Gosto que gostem de mim
Roseiral que natildeo daacutes rosas
Senatildeo quando as rosas vecircm
Haacute muitas que satildeo formosas
Sem que o amor lhes vaacute bem
Ribeirinho ribeirinho
Que vais a correr ao leacuteu
Tu vais a correr sozinho
Ribeirinho como eu
Vesti-me toda de novo
E calcei sapato baixo
Para passar entre o povo
E procurar quem natildeo acho
Tua boca me diz sim
Teus olhos me dizem natildeo
Ai se gostasses de mim
E sem saber a razatildeo
Quero laacute saber por onde
Andaste todo este dia
Nunca faz-bem quem se esconde
Mas onde foste Maria
O vaso do manjerico
Caiu da janela abaixo
Vai buscaacute-lo que aqui fico
A ver se sem ti te acho
O cravo que tu me deste
Era de papel rosado
Mas mais bonito era inda
O amor que me foi negado
Trazes os sapatos pretos
Cinzentos de tanto poacute
Feliz eacute quem tiver netos
De quem tu sejas avoacute
Vem de laacute do monte verde
A trova que natildeo entendo
Eacute um som bom que se perde
Enquanto se vai vivendo
Moreninha moreninha
Com olhos pretos a rir
Sei que nunca seraacutes minha
Mas quero ver-te sorrir
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ ---------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Fotohttpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=3907amppicture=mulher-bonito-com-guarda-chuva-vermelho
Acesso 29082013
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=5yCDqz8QZvg Acesso30082013
httpwwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 051020013
Chamar a atenccedilatildeo dos alunos para os instrumentos musicais utilizados na muacutesica
1 Responda as questotildees a b e c colocando x nas quetotildees corretas lembre-se de cada proposiccedilatildeo
apenas uma eacute correta
a)Nos versos ldquoLeve vem a onda leve Que se estende a adormecerrdquo eacute correto afirmar que haacute uma rdquo
O poacute que a minhalma eacute Moeu quem me deixa soacuterdquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) hipeacuterbole ( ) eufemismo
b) Pode-se dizer que nos versos ldquo
( ) metaacutefora ( ) prosopopeacuteia ( ) pleonasmo ( ) eufemismo
c) Nos versos ldquo Por muito que pense e pense No que nunca me dissesterdquo ocorre
( ) metaacutefora ( ) eufemismo ( ) pleonasmo ( ) comparaccedilatildeo
Atividade 5
Acolhida trabalhando diferentes linguagens
Foto httpwwwpublicdomainpicturesnetview-
imagephpimage=49008amppicture=equipeamplarge=1 10102013
A linguagem culta ou formal se caracteriza pela
correccedilatildeo gramatical sem termos regionais ou giacuterias apresenta vocabulaacuterio rico e frases bem
elaboradas
A linguagem erudita eacute o uso de termos que expressam ideias avanccediladas e mostra rigor
gramatical e lexical
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Linguagem coloquial informal ou popular eacute a utilizada no cotidiano na linguagem oral
nas reuniotildees com os amigos eacute descontraiacuteda sem formalidades admite o uso de giacuterias
regionalismos e diminutivos que expressam afeto
Assista ao viacutedeo linguagem formal e informal
Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 29082013
Puseste a chaleira ao lume
Com um jeito de desdeacutem
Suma-te o diabo que sume
Primeiro quem te quer bem
Laacute vem o homem da capa
Que ningueacutem sabe quem eacute
Se o lenccedilo os olhos te tapa
Veio os teus olhos por feacute
Loura dos olhos dormentes
Que satildeo azuis e amarelos
Se as minhas matildeos fossem pentes
Penteavam-te os cabelos
O sino dobra a finados
Faz tanta pena a dobrar
Natildeo eacute pelos teus pecados
Que estatildeo vivos a saltar
Traze-me um copo com aacutegua
E a maneira de o trazer
Quero ter a minha maacutegoa
Sem mostrar que a estou a ter
Olha o teu leque esquecido
Olha o teu cabelo solto
Maria toma sentido
Maria senatildeo natildeo volto
Jaacute duas vezes te disse
Que nunca mais te diria
O que te torno a dizer
E fica para outro dia
Lavadeira a bater roupa
Na pedra que estaacute na aacutegua
Achas minha maacutegoa pouca
Eacute muito tudo o que eacute maacutegoa
O teu lenccedilo foi mal posto
Pela pressa que to pocircs
Mais mal posto eacute o meu desgosto
Do que natildeo haacute entre noacutes
Olhos de veludo falso
E que fitam a entender
Voacutes sois o meu cadafalso
A que subo com prazer
Duas vezes eu tentei
Dizer-te que te queria
E duas vezes te achei
Soacute a que falava e ria
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ ---------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------
b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
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Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Meu coraccedilatildeo eacute uma barca
Que natildeo sabe navegar
Guardo o linha na arca
Com um ar de o acarinhar
Tenho um desejo comigo
Que hoje te venho dizer
Queria ser teu amigo
Com amizade a valer
Eacutes Maria da Piedade
Pois te chamaram assim
Secirc laacute Maria agrave vontade
Mas tem piedade de mim
Tu Eacutes Maria da Graccedila
Mas a que graccedila eacute que vem
Ser essa graccedila a desgraccedila
De quem a graccedila natildeo tem
Caiu no chatildeo o novelo
E foi-se desenrolando
Passas a matildeo no cabelo
Natildeo sei em que estaacutes pensando
A tua saia que eacute curta
Deixa-te a perna a mostrar
Meu coraccedilatildeo jaacute se furta
A sentir sem eu pensar
Meu amor eacute fragateiro
Eu sou a sua fragata
Alguns vatildeo atraacutes do cheiro
Outros vatildeo soacute pela arreta
Vai longe na serra alta
A nuvem que nela toca
Daacute-me aquilo que me falta mdash
Os beijos da tua boca
HAacute um doido na nossa voz
Ao falarmos que prendemos
Eacute o mal-estar entre noacutes
Que vem de nos percebermos
Teu vestido porque eacute teu
Natildeo eacute de cetim nem chita
Eacute de sermos tu e eu
E de tu seres bonita
Entornaram-me o cabaz
Quando eu vinha pela estrada
Como ele estava vazio
Natildeo houve loiccedila quebrada
O rosaacuterio da vontade
Rezei-o trocado e a esmo
Se vens dizer-me a verdade
Vecirc laacute bem se eacute isso mesmo
Castanhetas castanholas mdash
Tudo eacute barulho a estalar
As que ao negar satildeo mais tolas
Satildeo mais espertas ao dar
O manjerico e a bandeira
Que haacute no cravo de papel mdash
Tudo isso enche a noite inteira
Oacute boca de sangue e mel
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Tem A filha da caseira
Rosas na caixa que tem
Toda ela eacute uma rosa inteira
Mas natildeo a cheira ningueacutem
A moccedila que haacute na estalagem
Ri porque gosta de rir
Natildeo sei o que eacute da viagem
Por esta moccedila existir
Lenccedilo preto de orla branca
Ataste-o mal a valer
Agrave roda desse pescoccedilo
Que tem que se lhe dizer
Aquela loura de preto
Com uma flor branca ao peito
Eacute o retrato completo
De como algueacutem eacute perfeito
A tua janela eacute alta
A tua casa branquinha
Nada lhe sobra ou lhe falta
Senatildeo morares sozinha
Vem caacute dizer-me que sim
Ou vem dizer-me que natildeo
Porque sempre vens assim
Pra ao peacute do meu coraccedilatildeo
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Cortaste com a tesoura
O pano de lado a lado
Porque eacute que todo teu gesto
Tem a feiccedilatildeo de engraccedilado
Ai os pratos de arroz doce
Com as linhas de canela
Ai a matildeo branca que os trouxe
Ai essa matildeo ser a dela
Frescura do que eacute regado
Por onde a aacutegua inda verte
Quero dizer-te um bocado
Do que natildeo ouso dizer-te
Oacute pastora oacute pastorinha
Que tens ovelhas e riso
Teu riso ecoa no vale
E nada mais eacute preciso
Dona Rosa Dona Rosa
Quando eras inda botatildeo
Disseram-te alguma cousa
Que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml
060913
h
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----
b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------
b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=XpbpsDTx0UA Acesso 23112013
a) Observe os versos a seguir ldquoO rosaacuterio da vontade Rezei-o trocado e a esmoSe vens
dizer-me a verdade Vecirc laacute bem se eacute isso mesmordquo responda haacute o predomiacutenio da linguagem
formal ou informal
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b) Escreva um verso encontrado no poema lido que apresente caracteriacutesticas da linguagem
informal Popular
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c) Pode-se afirmar que nos versos ldquoEntornaram-me o cabaz Quando eu vinha pela
estrada Como ele estava vazioNatildeo houve loiccedila quebradardquo verifica-se a ocorrecircncia de
linguagem erudita Explique
d)Na quadra ldquoDona Rosa Dona Rosa Quando eras inda botatildeo Disseram-te alguma cousa Que a
rosa natildeo tem coraccedilatildeordquo Por que a rosa natildeo tem coraccedilatildeo
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e)Na quadra ldquoA abanar o fogareiro Ela corou do calorAh quem a faraacute corar De um outro
modo melhorrdquo De que modo ela poderia corar melhor Explique
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Atividade 6
Acolhida Lendo e interpretando
Na leitura de textos devemos estar atentos as suas mensagens
aos conteuacutedos que nos satildeo transmitidos Ler natildeo eacute apenas
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
decodificaacute-lo eacute antes de tudo um exerciacutecio de interpretaccedilatildeo devemos estar atentos a seus
significados expliacutecito e impliacutecito Para isso eacute preciso fazer uma reflexatildeo profunda sobre seu
conteuacutedo verificando o contexto em que uma palavra estaacute inserida Vamos ler o poema abaixo
com atenccedilatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-
k01092013
Tenho um segredo a dizer-te
Que natildeo te posso dizer
E com isto jaacute to disse
Estavas farta de o saber
Os ranchos das raparigas
Vatildeo a cantar pela estrada
Natildeo oiccedilo as suas cantigas
Soacute tenho pena de nada
Rezas porque outros rezaram
E vestes agrave moda alheia
Quando amares vecirc se amas
Sem teres o amor na ideacuteia
A senhora da Agonia
Tem um nicho na Igreja
Mas a dor que me agonia
Natildeo tem ningueacutem quem a veja
Aparta o cabelo ao meio
A do cabelo apartado
Eacute a estrelinha em que leio
Que estou a ser enganado
Esse frio cumprimento
Tem ironia pra mim
Porque eacute o mesmo movimento
Com que a gente diz que sim
Vejo laacutegrimas luzir
Nos teus olhos de fingida
Eacute como quando agrave janela
Chegas um pouco escondida
Trincaste para o partir
O retroacutes de costurar
Quem natildeo soubesse diria
Que o estavas a beijar
Deixaste o dedal na mesa
Soacute pelo tempo da ausecircncia mdash
Se eu to roubasse dirias
Que eu natildeo tinha consciecircncia
Daacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziada
O canaacuterio jaacute natildeo canta
Natildeo canta o canaacuterio jaacute
Aquilo que em ti me encanta
Talvez natildeo me encantaraacute
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e
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BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo
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BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em
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CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em
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CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis
Vozes 1998
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
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COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013
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FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013
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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013
INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013
MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube
Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013
PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008
PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013
PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008
PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -
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PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013
PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
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SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013
SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Rezas a Deus ao deitar-te
Pedindo natildeo sei o quecirc
Se rezasses ao Democircnio
Eu saberia o que eacute
Boca que tens um sorriso
Como se fosse um florir
Teus olhos cheios de riso
Datildeo-lhe um orvalho de rir
Uma boneca de trapos
Natildeo se parte se cair
Fizeste-me a alma em farrapos
Bem natildeo se pode partir
O que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigual
Levas a matildeo ao cabelo
Num gesto de quem natildeo crecirc
Mas eu natildeo te disse nada
Duvidas de mim Porquecirc
Compreender um ao outro
Eacute um jogo complicado
Pois quem engana natildeo sabe
Se natildeo estava enganado
A roda dos dedos juntos
Enrolaste a fita a rir
Coraccedilotildees natildeo satildeo assuntos
E falar natildeo eacute sentir
Chama-te boa e o sentido
Natildeo eacute bem o que eu supunha
Boa natildeo eacute apelido
Eacute quando muito alcunha
Tu Eacutes Maria das Dores
Tratam-te soacute por Maria
Estaacute bem porque deste as dores
A quem quer que em ti se fia
Se vais de vestido novo
O teu proacuteprio andar o diz
E ao passar por entre o povo
Ateacute teu corpo eacute feliz
Tens um anel imitado
Mas vais contento de o ter
Que importa o falsificado
Se eacute verdadeiro o prazer
Tenho ainda na lembranccedila
Como uma coisa que veio
O quando inda eras crianccedila
Nunca mais me daacutes um beijo
O ar do campo vem brando
Faz sono haver esse ar
Jaacute natildeo sei se estou sonhando
Nem de que serve sonhar
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------
b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Quando ela pocircs o chapeacuteu
Como se tudo acabasse
Sofri de natildeo haver veacuteu
Que inda um pouco a demorasse
Quem te deu aquele anel
Que ainda ontem natildeo tinhas
Como tu foste infiel
A certas ideacuteias minhas
Essa costura agrave janela
Que lhe inclinou a cabeccedila
Fez-me ver como era dela
Que o coraccedilatildeo tinha pressa
O ribeiro bate bate
Nas pedras que nele estatildeo
Mas nem haacute nada em que bata
O meu pobre coraccedilatildeo
Nunca houve romaria
Que se lembrassem de mim
Tambeacutem quem se lembraria
De quem se lamenta assim
Comes melatildeo agraves dentadas
Porque assim natildeo deve ser
Natildeo sei se essas gargalhadas
Me fazem rir ou sofrer
Haacute dois dias que natildeo vejo
Modo de tornar-te a ver
Se outros tambeacutem te natildeo vissem
Desejava sem sofrer
O teu cabelo cortado
A maneira de rapaz
Natildeo deixa justificado
Aquele amor que me faz
Se te queres despedir
Natildeo te despidas de mim
Que eu natildeo posso consentir
Que tu me trates assim
Quem te fez assim tatildeo linda
Natildeo o fez para mostrar
Que se eacute mais linda ainda
Quando se sabe negar
Floriu a roseira toda
Com as rosas de trepar
Tua cabeccedila anda agrave roda
Mas sabes-te equilibrar
Morena dos olhos baccedilos
Velados de natildeo sei quecirc
No mundo haacute falta de braccedilos
Para o que o teu olhar vecirc
Quando compotildees o cabelo
Com tua matildeo distraiacuteda
Fazer-me um grande novelo
No pensamento da vida
Teus olhos de quem natildeo fita
Vagueiam statildeo na distacircncia
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ ------
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ ---------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ---------
f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Se fosses menos bonita
Isso natildeo tinha importacircncia
Tocam sinos a rebate
E levantaste-te logo
Teu coraccedilatildeo soacute natildeo bate
Por a quem puseste fogo
coraccedilatildeo eacute pequeno
Coitado e trabalha tanto
De dia a ter que chorar
De noite a fazer o pranto
Foto
wwwgooglecombrsearchq=coraC3A7C3A3o+pequeno+dominio+publicoampsource=lnmsamptbm=is
champsa=X ampei=9 BZUoHIBszMkQfi4IHQBgampved=0CAcQ_AU Acesso 101020013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=kcUWmPILni4 Acesso 23112013
A seguir Leia releia e interprete com sabedoria
a) Nos versos a seguir explique com suas palavras o seu significado
ldquoDaacute-me um sorriso daqueles
Que te natildeo servem de nada
Como se daacute agraves crianccedilas
Uma caixa esvaziadardquo
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b) Nos versos ldquoChama-te boa e o sentidoNatildeo eacute bem o que eu supunhaBoa natildeo eacute apelidoEacute
quando muito alcunha Em que sentido ela eacute boardquo
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c) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
----------------------------------------------------------
-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
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d) Na quadra a seguir haacute uma antiacutetese duas ideias opostas bem e mal ao que ele compara esse
sentimento Explique
ldquoO que sinto e o que penso
De ti eacute bem e eacute mal
Eacute como quando uma xiacutecara
Tem o pires desigualrdquo
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e) Na quadra Aparta o cabelo ao meioA do cabelo apartadoEacute a estrelinha em que leioQue
estou a ser enganado Quando ela arruma o cabelo qual sentimento desperta nele e por
quecirc
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f) Na quadra ldquoRezas a Deus ao deitar-te Pedindo natildeo sei o quecircSe rezasses ao Democircnio Eu
saberia o que eacute
O sentido dessa quadra estaacute impliacutecito por que ele saberia o que eacute
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Atividade 7
Acolhida A palavra no contexto
O estudo dos significados das palavras na liacutengua portuguesa
deve-se levar em conta sua polissemia pois uma soacute palavra
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
possui vaacuterios significados dependendo do contexto em que foi empregada Portanto deve-se
prestar o maacuteximo de atenccedilatildeo na leitura de texto especialmente se for um texto literaacuterio porque as
palavras podem estar sendo empregadas em sentido denotativo ou sentido conotativo (sentido
figurado) Tambeacutem nossa liacutengua mostra outra particularidade importante que eacute o uso de termos e
expressotildees arcaicas i principalmente nos textos literaacuterios Essas palavras arcaicas dificilmente satildeo
encontradas nos dicionaacuterios modernos para entendecirc-las eacute preciso estudar o contexto em estaacute
sendo empregadas
Dessa forma ao estudar um poema natildeo se deve descuidar do aspecto semacircntico o texto
deve ser visto como um todo Para entender melhor vamos ler uma parte do poema de Fernando
Pessoa prestando o maacuteximo de atenccedilatildeo nas palavras mais difiacuteceis ou arcaicas Foto retirada do
Portal do professor MEC 070913
Sugestatildeo assista ao viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
Deram-me um cravo vermelho
Para eu ver como eacute a vida
Mas esqueci-me do cravo
Pela hora da saiacuteda
Fiz estoirar um cartucho
Contra a parede do lado
Assim farei eu agrave vida
Que o sonhar fez-me assoprado
O malmequer que colheste
Deitaste-o fora a falar
Nem quiseste ver a sorte
Que ele te podia dar
Comi melatildeo retalhado
E bebi vinho depois
Quanto mais olho pra ti
Mais sei que natildeo somos dois
Trazes um lenccedilo novinho
Na cabeccedila e a descair
Se eu te beijar no cantinho
Soacute saberaacute quem nos vir
E ao acabar estes versos
Feitos em modo menor
Cumpre prestar homenagem
Agrave bebedeira do cantor
Toda a noite toda a noite
Toda a noite sem pensar
Toda a noite sem dormir
E sem tudo isso acabar
Puseste um vaso agrave janela
Foi sinal ou natildeo foi nada
Ou foi pra que pense em ti
Que te natildeo importas nada
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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this video Inscreva
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PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013
SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Eu vi ao longe um navio
Que tinha uma vela soacute
Ia sozinho no mar
Mas natildeo me fazia doacute
Corre a aacutegua pelas calhas
Laacute segundo a sua lei
Pareces vista de lado
Aquela que te julguei
Laacute por olhar para ti
Natildeo julgues que eacute por gostar
Eu gosto muito do sol
E nem o posso fitar
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-
Viraste-me a cara quando
Ia a dizer-te agrave chegada
Que se voltasses a cara
Que eu natildeo me importava nada
Na quinta que nunca houve
Haacute um poccedilo que natildeo haacute
Onde haacute de ir encontrar aacutegua
Algueacutem que te entenderaacute
Voam deacutebeis e enganadas
As folhas que o vento toma
Bem sei deitamos os dados
Mas Deus eacute sue deita a soma
Ribeirinho ribeirinho
Que falas tatildeo devagar
Ensina-me o teu caminho
De passar sem desejar amar
Do alto da torre da igreja
Vecirc-se o campo todo em roda
Soacute do alto da esperanccedila
Vemos noacutes a vida toda
Daacute-me um sorriso a brincar
Daacute-me uma palavra a rir
Eu me tenho por feliz
Soacute de te ver e te ouvir
Trazes um lenccedilo apertado
Na cabeccedila e um noacute atraacutes
Mas o que me traz cansado
Eacute o noacute que nunca se faz
Vi-te a dizer um adeus
A algueacutem que se despedia
E quase implorei dos ceacuteus
Que eu partisse qualquer dia
Eu voltei-me para traacutes
Para ver se te voltavas
Haacute quem decirc favas aos burros
Mas eles comem as favas
Deixaste cair no chatildeo
O embrulho das queijadas
Riste disso mdash E porque natildeo
A vida eacute feita de nadas
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
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this video Inscreva
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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -
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PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013
PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013
SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Deste-me um cordel comprido
Para atar bem um papel
Fiquei tatildeo agradecido
Que inda tenho esse cordel
No dia de Santo Antocircnio
Todos riem sem razatildeo
Em Satildeo Joatildeo e Satildeo Pedro
Como eacute que todos riratildeo
Tenho uma pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta
Se eacute mentira escreve leve
Se eacute verdade natildeo tem tinta
O capileacute eacute barato
E eacute fresco quando haacute calor
Vou sonhar o teu retrato
Jaacute que natildeo tenho melhor
Baila o trigo quando haacute vento
Baila porque o vento o toca
Tambeacutem baila o pensamento
Quando o coraccedilatildeo provoca
Fizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutem
Se houver algueacutem que me diga
Que disseste bem de mim
Farei uma outra cantiga
Porque esta natildeo eacute assim
Manjerico manjerico
Manjerico que te dei
A tristeza com que fico
Inda amanhatilde a terei Ris-te de mim
Natildeo me importo
Rir natildeo faz mal a ningueacutem
Teu rir eacute tatildeo engraccedilado
Que quando faz mal faz bem
Ouves-me sem me entender
Sorris sem ser porque falo
Eacute assim muita mulher
Mas nem por isso me calo
Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei
Bailaste de noite ao som
De uma muacutesica estragada
Bailar assim soacute eacute bom
Quando a alegria eacute de nada
Natildeo sei que flores te dar
Para os dias da semana
Tens tanta sombra no olhar
Que o teu olhar sempre engana
Descasquei o camaratildeo
Tirei-lhe a cabeccedila toda
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Quando o amor natildeo tem razatildeo
Eacute que o amor incomoda
Cabeccedila de ouro morticcedilo
Com olhos de azul do ceacuteu
Quem te ensinou o feiticcedilo
De me fazer natildeo ser eu
Satildeo jaacute onze horas da noite
Porque te natildeo vais deitar
Se de nada serve ver-te
Mais vale natildeo te fitar
Tiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinho
Ao dobrar o guardanapo
Para o meteres na argola
Fizeste-me conhecer
Como um coraccedilatildeo se enrola
Quando eu era pequenino
Cantavam para eu dormir
Foram-se o canto e o menino
Sorri-me para eu sentir
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubee7gXgK6D6PY Acesso 23112013
a) Na quadra ldquoFiz estoirar um cartucho Contra a parede do lado Assim farei eu agrave vida Que o
sonhar fez-me assopradordquo Identifique uma palavra arcaica e escreva-a
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b) Na quadra ldquoDeste-me um cordel comprido Para atar bem um papelFiquei tatildeo
agradecidoQue inda tenho esse cordelrdquo Escreva o significado da palavra cordel levando em
conta o contexto em que foi empregada
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c) Reescreva a quadra a seguir na linguagem formal usual do Brasil
ldquoFizeste molhos de flores
Para natildeo dar a ningueacutem
Satildeo como os molhos de amores
Que foras fazer a algueacutemrdquo
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
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d) Nos versos a seguir escreva o significado das palavras arca e linho em que sentido foram
empregadas no texto Observe o contexto da quadra inteira
ldquoTiraste o linho da arca
Da arca tiraste o linho
Meu coraccedilatildeo tem a marca
Que lhe puseste mansinhorsquo
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e)Na quadra abaixo haacute uma palavra arcaica identifique-a e escreva-a abaixo ldquoTenho uma
pena que escreve
Aquilo que eu sempre sinta Se eacute mentira escreve leve Se eacute verdade natildeo tem tintardquo
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f)Nos versos ldquoO capileacute eacute barato E eacute fresco quando haacute calor O que eacute capileacute
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Atividade 8
Acolhida Brincando com as palavras
E primordial o estudo das palavras em um texto A esse
conjunto de palavras damos o nome de leacutexico Natildeo
conhecemos todo vocabulaacuterio de nossa liacutengua porque ela eacute
dinacircmica e estaacute em constantes transformaccedilotildees Assim
surgem palavras novas enquanto outras se tornam arcaicas
Isto eacute caem em desuso
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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this video Inscreva
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Foto httpwwwshutterstockcomsubscribemhtml Acesso 03 0920
Devemos estar atentos ao uso das palavras arcaicas que mostram que o texto eacute erudito
pois foi tecido levando em conta o rigor formal e com vocabulaacuterio rico e diferenciado
Tambeacutem devemos dar atenccedilatildeo especial aos verbos pois os modos e os tempos satildeo
importantes para o sentido do textos Os verbos de accedilatildeo mostram dinamismo ao passo que
os de estado indicam estaticidade Os adjetivos caracterizam o sujeito os substantivos podem
particularizar uma situaccedilatildeo
Assista ao viacutedeo abaixo
Sugestotildees de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 08102013
Agora vamos ler o texto abaixo prestando atenccedilatildeo ao campo lexical
Meia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escolta
Natildeo eacute capaz de parar
Fui passear no jardim
Sem saber se tinha flores
Assim passeia na vida
Quem tem ou natildeo tem amores
No dia em que te casares
Hei de te ir ver agrave Igreja
Para haver o sacramento
De amar-te algueacutem que ali esteja
Quando apertaste o teu cinto
Puseste o cravo na boca
Natildeo sei dizer o que sinto
Quando o que sinto me toca
Toda a noite ouvi os catildees
Pra manhatilde ouvi os galos
Tristeza mdash vem ter conosco
Prazeres mdash eacute ir achaacute-los
Deram-me para se rirem
Uma corneta de barro
Para eu tocar agrave entrada
Do Castelo do Diabo
Quando te apertei a matildeo
Ao modo de assim-assim
Senti o meu coraccedilatildeo
A perguntar-me por mim
Tinhas um vestido preto
Nesse dia de alegria
Que certo Pode pocircr luto
Aquele que em ti confia
Soacute com um jeito do corpo
Feito sem dares por isso
Fazes mais mal que o democircnio
Em dias de grande enguiccedilo
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------
b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Esse xaile que arranjaste
Com que pareces mais alta
Daacute ao teu corpo esse brio
Que agrave minha coragem falta
Tem um decote pequeno
Um ar modesto e tranquumlilo
Mas vaacute-se laacute descobrir
Coisa pior do que aquilo
Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrente
Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa
A alegria eacute toda tua
E minha toda a desgraccedila
A esmola que te vi dar
Natildeo me deu crenccedila nem feacute
Pois a que estou a esperar
Natildeo eacute esmola que se decirc
Caiu no chatildeo a laranja
E rolou pelo chatildeo fora
Vamos apanhaacute-la juntos
E o melhor eacute ser agora
Quando te vais a deitar
Natildeo sei se rezas se natildeo
Devias sempre rezar
E sempre a pedir perdatildeo
Eacute limpo o adro da igreja
Eacute grande o largo da praccedila
Natildeo haacute ningueacutem que te veja
Que te natildeo encontre graccedila
Quando agora me sorriste
Foi de contente de eu vir
Ou porque me achaste triste
Ou jaacute estavas a sorrir
Boca que o riso desata
Numa alegria engraccedilada
Eacutes como a prata lavrada
Que eacute mais o lavor que a prata
Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nada
Fazes renda de manhatilde
E fazes renda ao seratildeo
Se natildeo fazes senatildeo renda
Que fazes do coraccedilatildeo
Todos te dizem que eacutes linda
Todos to dizem a seacuterio
Como o natildeo sabes ainda
Agradecer eacute misteacuterio
Eu bem sei que me desdenhas
Mas gosto que seja assim
Que o dendeacutem que por mim tenhas
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e
Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006
BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo
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BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em
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CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em
CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em
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CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis
Vozes 1998
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013
COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013
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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Sempre eacute pensares em mim
A tua irmatilde eacute pequena
Quando tiver tua idade
Transferirei minha pena
Ou fico soacute com metade
Quando me deste os bons dias
Deste-mos como a qualquer
Mais vale natildeo dizer nada
Do que assim nada dizer
Tenho uma ideacuteia comigo
De que natildeo quero falar
Se a ideacuteia fosse um postigo
Era pra te ver passar
Andorinha que vais alta
Porque natildeo me vens trazer
Qualquer coisa que me falta
E que te natildeo sei dizer
Tenho um lenccedilo que esqueceu
A que se esquece de mim
Natildeo eacute dela natildeo eacute meu
Natildeo eacute princiacutepio nem fim
Duas horas vatildeo passadas
Sem que te veia passar
Que coisas mal combinadas
Que satildeo amor e esperar
Houve um momento entre noacutes
Em que a gente natildeo falou
Juntos estaacutevamos soacutes
Que bom eacute assim estar soacute
Das flores que haacute pelo campo
O rosmaninho eacute rei
Eacute uma velha cantiga
Bem sei meu Deus bem o sei
O moinho que moacutei trigo
Mexe-o o vento ou a aacutegua
Mas o que tenho comigo
Mexe-o apenas a maacutegoa
Aquela que tinha pobre
A uacutenica saia que tinha
Por muitas roupas que dobre
Nunca seraacute mais rainha
Tens uns brincos sem valia
E um lenccedilo que natildeo eacute nada
Mas quem dera ter o dia
De quem eacutes a madrugada
Loura teus olhos de ceacuteu
Tecircm um azul que eacute fatal
Bem sei Foi Deus que tos deu
Mas entatildeo Deus fez o mal
Vai alta sobre a montanha
Uma nuvem sem razatildeo
Meu coraccedilatildeo acompanha
O natildeo teres coraccedilatildeo
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
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b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Dizem que as flores satildeo todas
Palavras que a terra diz
Natildeo me falas incomodas
Falas sou menos feliz
Duas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vou
Sugestatildeo de viacutedeo httpyoutubeuWRtS1p72YA Acesso 23112013
viacutedeo
Responda as questotildees abaixo
a ) Releia a quadra a seguir e depois responda qual muacutesica brasileira ela nos lembra
ldquoMeia volta toda a volta
Muitas voltas de danccedilar
Quem tem sonhos por escoltardquo
Natildeo eacute capaz de parar ldquo
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------
b) Observe que nos versos a seguir mostram duas palavras arcaicas eruditas escreva-as e
determine as classes gramaticais a que pertencem
ldquo Teus olhos poisam no chatildeo
Para natildeo me olhar de frente
Tens vontade de sorrir
Ou de rir Eacute tatildeo difrenterdquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-
c) Haacute uma palavra que faz parte do leacutexico dessa parte do poema que eacute repetida vaacuterias vezes
usada como substantivo e como adjetivo escreva-a
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----------
Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Releia as quadras abaixo e responda que cor eacute a blusa encarnada
ldquo Por cima da saia azul
Haacute uma blusa encarnada
E por cima disso os olhos
Que nunca me dizem nadardquo
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d) Nas quadras abaixo identifique os verbos e escreva-os indicando se satildeo de accedilatildeo ou estado
ldquoDuas vezes jurei ser
O que julgo que sou
Soacute para desconhecer
Que natildeo sei para onde vourdquo
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Atividade 9
Acolhida produzindo texto
A leitura com produccedilatildeo de texto eacute muito importante pois faz
parte da construccedilatildeo do conhecimento Eacute atraveacutes da criaccedilatildeo
de texto e da ilustraccedilatildeo que o aluno consolida sua
aprendizagem de maneira mais efetiva e objetiva
As atividades com produccedilatildeo de texto especialmente os
poeacuteticos propiciam aos alunos mostrar suas ideias e opiniotildees de forma mais luacutedica natural e
criativa e criacutetica O trabalho de confecccedilatildeo de texto poeacutetico desperta no aluno o espiacuterito criativo
e reflexivo porque ajuda na elaboraccedilatildeo do pensamento articulado interpretativo
Assim esse trabalho pode ser desenvolvido em equipe ou individual O importante eacute que
todos liberem sua criatividade
A criaccedilatildeo de textos poeacuteticos especialmente de quadras populares satildeo faacuteceis e divertidas
Pode-se tambeacutem introduzir ilustraccedilotildees que as interpretem tornando-as assim mais bonitas e
tambeacutem favorece a interdisciplinalidade com arte
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=HPpj8T5v6S8 Acesso 12102013
Vamos ler essas quadras buscando inspiraccedilatildeo para uma posterior produccedilatildeo de texto
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
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ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Andei sozinho na praia
Andei na praia a pensar
No jeito da tua saia
Quando laacute etiveste a andar
Onda que vens e que vais
Mar que vais e depois vens
Jaacute natildeo sei se tu me atrais
E se me atrais se me tens
Quando haacute muacutesica parece
Que dormes e assim te calas
Mas se a muacutesica falece
Acordo e natildeo me falas
Trazes uma cruz no peito
Natildeo sei se eacute por devoccedilatildeo
Antes tivesses o jeito
De ter laacute um coraccedilatildeo
O guardanapo dobrado
Quer dizer que se natildeo volta
Tenho o coraccedilatildeo atado
Vecirc se a tua matildeo mo solta
Agrave tua porta estaacute lama
Meu amor quem na faria
Eacute assim a velha cantiga
Que como tu principia
Menina de saia preta
E de blusa de outra cor
Que eacute feito daquela seta
Que atirei ao meu amor
Lavas a roupa na selha
Com um vagar apressado
E o brinco na tua orelha
Acompanha o teu cuidado
Duas vezes te falei
De que te iria falar
Quatro vezes te encontrei
Sem palavra pra te dar
Velha cadeira deixada
No canto da casa antiga
Quem dera ver laacute sentada
Qualquer alma minha amiga
Trazes a bilha agrave cabeccedila
Como se ela natildeo houvesse
Andas sem pressa depressa
Como se eu laacute natildeo estivesse
Trazes um manto comprido
Que natildeo eacute xaile a valer
Eu trago em ti o sentido
E natildeo sei que hei de dizer
Olhas para mim agraves vezes
Como quem sabe quem sou
Depois passam dias meses
Sem que vaacutes por onde vou
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
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XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Quando tiraste da cesta
Os figos que prometeste
Foi em mim dia de festa
Mas foi a todos que os deste
Aquela que mora ali
E que ali estaacute agrave janela
Se um dia morar aqui
Se calhar natildeo seraacute ela
Mas que grande disparate
Eacute o que penso e o que sinto
Meu coraccedilatildeo bate bate
E se sonho minto minto
Puseste por brincadeira
A touca da tua irmatilde
Oacute corpo de bailadeira
Toda a noite tem manhatilde
Dizes-me que nunca sonhas
E que dormes sempre a fio
Quais satildeo as coisas risonhas
Que sonhas por desfastio
O teu carrinho de linha
Rolou pelo chatildeo caiacutedo
Apanhei-o e dei-to e tinha
Soacute em ti o meu sentido
A vida eacute um hospital
Onde quase tudo falta
Por isso ningueacutem te cura
E morrer eacute que eacute ter alta
Que tenho o coraccedilatildeo preto
Dizes tu e inda te alegras
Eu bem sei que o tenho preto
Estaacute preto de noacutedoas negras
Na praia de Monte Gordo
Meu amor te conheci
Por ter estado em Monte Gordo
Eacute que assim emagreci
Saudades soacute portugueses
Conseguem senti-las bem
Porque tecircm essa palavra
Para dizer que as tecircm
Mau Maria mdash tu disseste
Quando a tranccedila te caiacutea
Qual Mau Maria Maria
Maacute Maria Maacute Maria
Era jaacute de madrugada
E eu acordei sem razatildeo
Senti a vida pesada
Pesado era o coraccedilatildeo
Deixaste cair a liga
Porque natildeo estava apertada
Por muito que a gente diga
A gente nunca diz nada
Natildeo haacute verdade na vida
Que se natildeo diga a mentir
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Haacute quem apresse a subida
Para descer a sorrir
No dia de S Joatildeo
Haacute fogueiras e folias
Gozam uns e outros natildeo
Tal qual como os outros dias
Santo Antocircnio de Lisboa
Era um grande pregador
Mas eacute por ser Santo Antocircnio
Que as moccedilas lhe tecircm amor
Sugestotildees de viacutedeos wwwyoutubecomwatchv=--5j4WtgmfI Acesso 10102013
httpwwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ
Sugestotildees de slides Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-qq
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-e-8-fernando-pessoa
Acessos 10102013
Vamos produzir textos
Observe as palavras que fazem parte do leacutexico amoroso da obra Quadras ao gosto popular de
Fernando pessoa e a partir do tema e dos subtemas elabore quadras originais ou populares e
escreva-as numa folha em branco posteriormente ilustre-as com figuras representativas dos
temas ou subtemas apresentados nas quadras criadas por vocecircs para essa atividade formem
duplas e matildeos agrave obra
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PARTE II
A literatura de cordel e poesia poeacutetica
Atividade 1
Acolhida Literatura de cordel e emoccedilatildeo
A literatura de cordel faz parte das tradiccedilotildees culturais
nordestinas brasileiras E acontece nas ruas nas praccedilas
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e
Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006
BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo
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BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em
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CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em
CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em
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CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis
Vozes 1998
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
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COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013
COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013
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FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013
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GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de
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GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em
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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013
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PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube
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PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
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e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
puacuteblicas nas feiras estaacute presente no cotidiano dos nordestinos Essas manifestaccedilotildees da
cultura popular apresentam o artesanato a pintura a xilogravura a danccedila as comidas tiacutepicas
as rendas as muacutesicas desde Luiz Gonzaga ateacute os repentistas e os cordelistas etc Dessas
tradiccedilotildees culturais vamos estudar mais profundamente a literatura de cordel
A literatura e cordel que jaacute sofreu muito preconceito devido a sua linguagem popular
reginalizada e informal Mas criacuteticas natildeo foram capazes de dar fim as manifestaccedilotildees populares
que nascem do povo e para o povo A Literatura de Cordel nasceu da tradiccedilatildeo oral hoje ela eacute
impressa em folhetos que satildeo decorados quase manualmente pelo proacuteprio artista assim surge
outra manifestaccedilatildeo popular que eacute a xilogravura Esses livretos apresentam 8 a 32 paacuteginas que
satildeo comercializados pelo proacuteprio autor cordelista Devido a valorizaccedilatildeo da Literatura de cordel
muitos folhetos foram impressos em livros com milhares de tiragem que satildeo reeditados
constantemente Haacute centenas de cordelistas no Brasil desses vamos estudar mais profunda
mente Quaipuan Vieira com o cordel A triste partida do rei do baiatildeo
A literatura de cordel eacute fruto da influecircncia da cultura portuguesa dos antigos trovadores que
trabalhavam a poesia em trovas e versos Os autores cordelistas trovadores declamam suas
poesias acompanhados de viola que na maioria dos casos eles mesmos a tocam fazendo rimas
trovas e versos com grande maestria e encantando os ouvintes
Na produccedilatildeo poeacutetica da literatura de cordel brasileira as estrofes satildeo de seis versos
sextilhas com sete siacutelabas poeacuteticas chamadas de redondilhas maiores o esquema de rimas eacute
ABCBDB A literatura de cordel apresenta os temas mais variados desde religiatildeoo amor e
narrativas de heroacuteis populares contadas oralmente que posterior sofre modificaccedilotildees e satildeo
impressas em folhetos transformados em cordel Tambeacutem haacute as criticas sociais a ironia e o
sarcasmo o uso de imagem estereotipada os exageros textuais o sofrimento do homem
nordestino tudo isso eacute tratado de maneira poeacutetica e artiacutestica pelo cordelista Assim o autor usa
vaacuterias estrateacutegias para convencer o leitorouvinte sobre suas opiniotildees e ideologias a respeito do
mundo e das pessoas enquanto faz poesia os leitores nem percebem que estatildeo sendo
convencidos e aceitam a ideia apresentada Para entendermos melhor o que eacute literatura de
cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89html Acesso 09092013
Agora responda oralmente
a)Vocecirc jaacute tinha ouvido falar da literatura de cordel
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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b) Jaacute conhecia essa cultura brasileira nordestina
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c)Na sua opiniatildeo por que a escola natildeo estuda as tradiccedilotildees culturais brasileiras
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Antes de estudarmos mais a fundo a literatura de cordel e o cordelista Guaipuan Vieira
vamos ouvir a muacutesica Asa branca do principal homenageado neste trabalho Luiz Gonzaga
vamos ler sua letra e ouvi-la na interpretaccedilatildeo de vaacuterias vozes com atenccedilatildeo especial para a
poesia para a candura o amor que perpassa as situaccedilotildees difiacuteceis de anguacutestia e sofrimento
mas no final haacute sempre uma saiacuteda uma esperanccedila que daacute alento alma a alma sofrida do
sertanejo que espera a chuva chegar trazendo alegria fartura e felicidade ao sertatildeo Essa
muacutesica mostra o amor agrave terra e a tudo que ela representa haacute a valorizaccedilatildeo do amor da
famiacutelia dos animais das tradiccedilotildees e a saudade que doacutei e machuca o coraccedilatildeo de quem partiu
para natildeo morre de fome e de sede em sua terra natal tatildeo amada e inoacutespita na seca que
destroacutei tudo que foi plantado poreacutem natildeo haacute desistecircncia porque sempre resta a esperanccedila de
dias melhores e o desejo de retorno essa eacute antes de tudo a alma do nordestino brasileiro
Agora vamos ler em voz alta a letra da muacutesica Asa branca original aquela que foi
cantada primeiro por Luiz Gonzaga
Asa Branca
Quando oiei a terra ardendo
Qual fogueira de Satildeo Joatildeo
Eu preguntei a Deus do ceacuteu uai
Por que tamanha judiaccedilatildeo
Que braseiro que fornaia
Nem um peacute de prantaccedilatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Por farta daacutegua perdi meu gado
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Morreu de sede meu alazatildeo
Inteacute mesmo a asa branca
Bateu asas do sertatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Intonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coraccedilatildeo
Hoje longe muitas leacutegua
Numa triste solidatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertatildeo
Quando o verde dos teus oacuteio
Se espaiar na prantaccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Eu te asseguro natildeo chore natildeo viu
Que eu vortarei viu
Meu coraccedilatildeo
Foto retirada de domiacutenios puacuteblicos para ilustrar a letra Asa branca
wwwgooglecombrsearchq=domain+public+mulher+e+coraC3A7C3A3oampbav=on i=
Acesso 09092013
Agora assista a versatildeo original da muacutesica Asa branca na voz de Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----
b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
Agora assista a segunda versatildeo na voz de Luiz Gonzaga observe a letra Sugestatildeo
httpwwwyoutubecomwatchv=cWb5Iw RJvYQ Acesso 09092013
Veja outra versatildeo cantada por Elba Ramalho Sugestatildeo de viacutedeo
httpwwwyoutubecomwatchv=jLrjVbLCP-M Acesso 09092013
Responda as questotildees abaixo
a) Qual das trecircs versotildees da muacutesica apresenta mais linguagem popular informal Por quecirc
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b) Ao longo da muacutesica haacute muita desolaccedilatildeo e tristeza mas no final o que predomina
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c) Reescreva a primeira estrofe passando-a para a linguagem formal mais usual no Brasil
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Atividade 2
Acolhida viajando pela Geografia
A arte em vermelho no mapa eacute a regiatildeo do
Nordeste brasileirol na eacutepoca da seca o
homem nordestino migrava para o Centro
Sul representado na cor roxa no mapa
especificamente para Satildeo Paulo A seca
acontece no chamado Poliacutegono da seca
que abrange parte dos estados da Bahia Piauiacute Alagoas
Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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Ceaacutera Minas Gerais Pernambuco Paraiacuteba Rio Grande do Norte e Sergipe
BRamptbm=ischampsource=ogampsa=Namptab=wiampei=-xIuUouSFIjk9gTg0oGAAQhl=pt-
BRampq=dominio+publico+chuva+na+caatinga+amptbm=ischampum=1ampfacrc=_ampimg dii=Acesso
09092013
Essa regiatildeo apresenta poucas chuvas devido a sua localizaccedilatildeo e a
permanecircncia por longo periacuteodo de massa de ar quente e seco que dificulta o
surgimento de umidade e consequentemente de precipitaccedilotildees pluviomeacutetricas O
desmatamento e a agressatildeo ao meio ambiente tambeacutem contribuem para agravar
ainda mais a seca nordestina A vegetaccedilatildeo caracteriacutestica dessa regiatildeo semiaacuterida eacute
a caatinga
A seca aliada a vaacuterios outros fatores sociais geram a fome a peste e a morte
Luiz Gonzaga denunciava essa situaccedilatildeo precaacuteria e injusta no cotidiano do
nordestino brasileiro
Para entender melhor assista ao viacutedeo abaixo
Sugestocirces de viacutedeos httpwwwyoutubecomwatchv=czHzCjd50mk
httpwwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acessos 09092013
Biografia de Luiz GONZAGA
Luiz Gonzaga nasceu em Exu Pernambuco em 1012 filho de
sanfoneiro comprou sua primeira sanfona aos 13 anos de idade Aos
dezessete anos se alista no exeacutercito brasileiro onde fica por nove anos
No exercito conhece Domingos Ambroacutesio que lhe ensina a tocar melhor
a sanfona Vai para o Rio de Janeiro desliga-se do exeacutercito se dedica a
muacutesica Em 1940 ganha o primeiro lugar no programa de calouro da
raacutedio Tupi em 1945 nasce seu filho Gonzaguinha Em 1947 numa parceria com Humberto
Teixeira grava Asa Branca sua obra prima Em 1980 canta para o Papa Joatildeo Paulo II em
Fortaleza Nesse mesmo ano canta em Paris Franccedila Em suas muacutesicas valorizou ritmos
nordestinos como o baiatildeo o xote o xaxado e o forroacute mostrou tambeacutem a seca e o sofrimento do
homem nordestino e sua forccedila em recomeccedilar sempre Faleceu a 02 de agosto 1989
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
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b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
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c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013
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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
this video Inscreva
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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008
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YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013
PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013
PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
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SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
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SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Sugestatildeo de viacutedeo Gonzaguinha filho de Luiz Gonzaga
httpwwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
Agora para vocecirc aprender melhor e entender bem a cultura nordestina assista ao filme Luiz
Gonzaga de pai para filho
Sugestatildeo Filme httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
Responda
a)O que Luiz Gonzaga sonhava para seu filho Gonzaguinha o que ele mais valorizava
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- -----
b)Gonzaquinha fez aquilo que o seu pai queria
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
c)O que Luiz Gonzaga fez com sua obra artiacutestica e todos os seus objetos pessoais
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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d)Qual o tipo de linguagem predomina no filme
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Atividade 3
Acolhida vivenciando a magia do cordel
Bigrafia de Guaipuan Vieira
Sou um poeta do povo
Meu diploma deixa aparte
Para que natildeo dificulte
Eu descrever minha arte
Porque ela eacute simples pura
Como a forccedila na natura
Natildeo precisa ter encarte
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013
COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013
COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013
Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013
EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013
FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013
FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013
GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de
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GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em
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GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013
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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
this video Inscreva
OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
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Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013
PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008
PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013
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YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013
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PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
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httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Guaipuan Vieira nasceu em Teresina ndash Piauiacute em 1951 Eacute autor de cordel e poemas
tambeacutem eacute radialista e repentista era funcionaacuterio da Receita Federal formado em teologia e
Histoacuteria Autor de vaacuterios cordeacuteis entre eles ldquoA triste partida do rei do baiatildeordquo Eacute um cordelista
tradicional viaja pelo nordeste cantando e vendendo seus cordeacuteis nas feiras livres Veja como
ele descreve o cordelista
ldquoO autecircntico cordelista
Tem que jaacute nascer poeta
Ter rima simples correta
Oraccedilatildeo como avalista
Da meacutetrica que faz conquista
Para o verso ser perfeito
Ainda pelo direito
Vender folheto na feira
Se natildeo for dessa maneira
Natildeo tem do povo o conceitordquo
Foto httpswwwgooglecombrsearchq=guaipuan+vieiraampbavista
v=on2orr_cpr_qfampbvm=bv52109249deWUpvxjssen_USe7W6Chm7DWQOampbiw=1150ampbi
h=597ampdpr=1ampum=1ampie=UTF-8amphl=pt- Acesso 11092013
Sugestatildeo de viacutedeo entrevista com Quaipuan Vieira
httpwwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
Agora que jaacute aprendemos muito sobre o cordel e sobre os cordelistas vamos declamar o
cordel de Guaipuan Vieira A triste partida do rei do baiatildeo homenagem feita no dia em que
Luiz Gonzaga faleceu
A triste partida do Rei do Baiatildeo
Autor Guaipuan Vieira
Cinco e quinze da manhatilde
Do dia dois de agosto
Do ano de oitenta e nove
Houve um terriacutevel desgosto
De luto entrava o Nordeste
Com pranto triste no rosto
As raacutedios anunciavam
Morreu o Rei do Baiatildeo
O mestre Luiz Gonzaga
O popular Gonzagatildeo
Deixando muita saudade
Pra esta grande Naccedilatildeo
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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BAKHTIN M Marxismo e filosofia da linguagem Trad De Michel Lahud e
Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006
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Hucitec 1996
BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013
CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em
CAMPILHO F Textocontexto intertexto - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=XMyeHYfHzm8 Acesso 08102013 CASTRO A O poema na sala de aula - Coleacutegio Portal do Engenho - Anglo Disponiacutevel em www outubecomwatchv HPpj T v S Acesso 12102013
CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis
Vozes 1998
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013
COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013
COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013
Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013
EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013
FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013
FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013
GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de
mar de 2013
GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013
INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013
MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
this video Inscreva
OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube
Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013
PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008
PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013
PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008
PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013
PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013
PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013
SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
No sertatildeo tambeacutem se ouvia
Acauatilde executar
Lento toque de silecircncio
E outras aves a chorar
E matildee deusa da natura
Do seu trono a soluccedilar
E concretizava o luto
Com sentimento profundo
Entre todas as geraccedilotildees
Por este sofrido mundo
Em homenagem a Luiz
O primeiro sem segundo
Observe o texto e responda as questotildees abaixo
a)Quantos versos haacute na primeira estrofe e quantas rimas Copie-as abaixo
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b) Atraveacutes do contexto sem o uso de um dicionaacuterio responda o que eacute acauatilde
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c) O texto poeacutetico acima inicia a narrar uma histoacuteria qual
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d) Observe rdquoE matildee deusa da natura Do seu trono a soluccedilarrdquo O autor usa uma metaacutefora para se
referir a que fenocircmeno da natureza
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e) Observe ldquoEntre todas as geraccedilotildeesPor este sofrido mundordquo a que mundo o autor se refere
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Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
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b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
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c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
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Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
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b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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Hucitec 1996
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Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013
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mar de 2013
GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013
INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013
MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
this video Inscreva
OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube
Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013
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PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=d5Tnx4ITWag Acesso 05102013
PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013
PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013
SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Atividade 4
Acolhida Cordel eacute emoccedilatildeo encantamento e informaccedilatildeo
A palavra cordel em liacutengua portuguesa quer dizer cordatildeo ou barbante
mas literatura de cordel eacute a expressatildeo da cultura popular em forma de
poesia O poeta da literatura de cordel eacute chamado de cordelista ou
trovador pode ser escrito numa linguagem mais coloquial e simples pode
ser lido e cantado ateacute por r pessoas semi alfabetizadas em eacutepocas remotas era usado como
instrumento de alfabetizaccedilatildeo Por possuir rimas eacute de faacutecil compreensatildeo
Haacute vaacuterias modalidade de cordel o escrito o cantado e o oral e o jornal que traz as notiacutecias
mais recentes eacute escrito em sextilhas seis versos nunca em trovas oito versos
O cordel faz parte da tradiccedilatildeo cultural popular nordestina brasileira tambeacutem trabalha como um
importante veiacuteculo de registro da Histoacuteria do Brasil por ser musicalizado atraveacutes das rimas e do
ritmo se torna de faacutecil compreensatildeo para todos que a ouvem Lecirc ou declama ou para o ouvinte
Satildeo documentos que narram biografias fatos ou histoacuterias do Brasil que ficaratildeo para a posteridade
como eacute o caso do cordel A triste partida do rei do baiatildeo dentre muitos outros
Sugestatildeo de viacutedeo httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-
cordelhtml Acesso 14092013
Leia declamando o texto abaixo
Luiz nasceu em Exu
Agreste pernambucano
Mil novecentos e doze
Foi este o sagrado ano
Que o destino lhe escolheu
Pra ele seguir bom plano
Filho doutro sanfoneiro
Com nome de Januaacuterio
Desde entatildeo herdou seu dom
Uma causa sem inventaacuterio
Isto quando ainda garoto
Segundo seu comentaacuterio
Desta forma seu Luiz
A seu pai acompanhando
Nos bailes forroacutes e feiras
Seu baiatildeo foi ensinando
E fama na regiatildeo
Jaacute estava ateacute ganhando
Deixou a terra natal
Ao exeacutercito foi servir
Vindo entatildeo pra Fortaleza
Pra sua missatildeo cumprir
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
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YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
this video Inscreva
OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
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PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
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SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
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httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
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TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
O que muito lhe ajudou
E a bons planos fez seguir
Devido as Revoluccedilotildees
Sempre era transferido
E nestas suas andanccedilas
Morou num lugar querido
Minas Gerais de Tancredo
O homem nunca esquecido
Foi entatildeo que conheceu
Um amigo e companheiro
Que jaacute servira ao exeacutercito
Naquele rincatildeo mineiro
Este fora Dominguinhos
Especial sanfoneiro
Atraveacutes desta amizade
Luiz voltou a estudar
Dominguinhos professor
E amigo particular
Que tambeacutem lhe ensinou
A modinha popular
Agora responda as questotildees abaixo
a) Observe os versos rdquoDesde entatildeo herdou seu domUma causa sem inventaacuterioldquo por que o autor
considera uma causa sem inventaacuterioExplique com suas palavras
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Observe rdquoE nestas suas andanccedilasrdquo o que satildeo andanccedilas e que tipo de linguagem estaacute
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
c) O Dominguinhos era para Luiz Gonzaga
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------
Atividade 5
Acolhida vivenciando os repentes
O cordel eacute diferente do repente eacute a poesia popular publicada em
folhetos ilustrados com xilogravuras ao passo que o repente eacute a
poesia feita na hora a partir de um mote sugerido pela plateia
tambeacutem haacute os desafios com a exaltaccedilatildeo de qualidades e
depreciaccedilotildees satildeo feitas improvisaccedilotildees e as qualidades intelectuais
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
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guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
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Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em
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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013
INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013
MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube
Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013
PARANAacute Secretaria de Estado da Educaccedilatildeo Diretrizes Curriculares de Liacutengua Portuguesa 2008
PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013
PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008
PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -
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PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013
PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=T86me6f0b3s Acesso 02092013
SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013
SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
dos repentistas satildeo postos a prova pois as respostas tem que ser rimadas e com ritmos mas no
final tudo acaba bem pois eacute soacute uma brincadeira
Tanto o cordel como o repente ambos nasceram da tradiccedilatildeo oral pois no inicio os versos eram
decorados por pessoas que natildeo sabiam ler
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
Vamos ler com entonaccedilatildeo de voz as estrofes abaixo e depois responda as questotildees a b e c
Mas a vida de miliacutecia
Igualmente a do vaqueiro
Sempre eacute solicitado
Segue outro paradeiro
Desta forma pra Satildeo Paulo
Seu Luiz seguiu ligeiro
Na terra dos bandeirantes
Mudou sua opiniatildeo
Nova sanfona comprou
Que lhe deu inspiraccedilatildeo
Assim Luiz comeccedilou
Aprimorar seu baiatildeo
Sendo ainda militar
Foi pro Rio de Janeiro
De onde se desligou
Do exeacutercito brasileiro
E formou a parceria
Com o Xavier Pinheiro
Xavier um portuguecircs
Que vinha se apresentando
Na grande Rio de Janeiro
Laacute no mangue executando
Valsas tangos e ateacute fados
Com Luiz auxiliando
a ) Nos versos ldquoMas a vida de miliacuteciaIgualmente a do vaqueirordquo em que
sentido foi empregada a palavra miliacutecia Explique
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Na segunda estrofe o autor faz uma intertextualidade usa um termo da
histoacuteria dos colonizadores do Brasil ldquoNa terra dos bandeirantesrdquo aacute que estado
ele se refere Por quecirc
c) Observe ldquoLaacute no mangue executandovalsas tangos e ateacute fados Com Luiz auxiliandordquo valsas tangos e fados satildeo muacutesicas e danccedilas de quais regiotildees e paiacuteses
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006
BAKHTIN M A Cultura popular na Idade Meacutedia e no Renascimento o contexto de Franccedilois Rabelais Trad De Yara Frateschi 3ordf ed Satildeo Paulo
Hucitec 1996
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CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em
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CERTEAU M A Invenccedilatildeo do cotidiano Trad Luce Giard 3ordf ed Petroacutepolis
Vozes 1998
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18 092013
COELHO A Autopsicografia - Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=U2zJ3XISTs4 Acesso 02082013
COSTA B Fernando Pessoa - Biografia e Poemas HD By Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=g1_w0XMaWRI Acesso 020820013
Dxxxuss A vida de Fernando Pessoa - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=6ljn26EGTN0 Acesso 03082013
EUNOENEM Texto Literaacuterio e Natildeo-Literaacuterio - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=vvzVWxfv85s Acesso 11082013
FEacuteLIX D Quadras ao gosto popular Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=-- j tgmf Acesso 10102013
FILME De pai para filho Disponiacutevel em httpwwwyoutubecomwatchv=Uelh0Raj1DsAcesso 11092013
GM L Quadras ao gosto popular 0001 - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QqsVzQarVCQ Acesso 10102013
GUAIPUAN V A Triste partida do rei do baiatildeo Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel em lthttpwwwdominiopublicogovbr Acesso em 11 de
mar de 2013
GUAIPUAN Vieira- Programa Papo Literaacuterio na TVC - YouTube Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=54fDn0_7vaY Acesso 13092013
GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
GOLDSTEIN N Verso sons ritmos 13ordf ed Satildeo Paulo Aacutetica 2000 HDKOBRA Profissatildeo Repoacuterter ndash A maior seca no Nordeste - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=QD6ZPx0PaJk Acesso 09092013
INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013
MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
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Declamado por Rolando Boldrin Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=JWovvar_Sz8 Acesso 19082013
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PESSOA F Poemas de Fernando Pessoa Biblioteca Digital Domiacutenio Puacuteblico Disponiacutevel emlthttpwwwdominiopublicogovbrgt Acesso em 11 de mar de 2013
PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008
PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -
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PORTUGAL LDuarte - Cinco Quadras ao Gosto Popular - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=47bLp8JMECE Acesso em 06082013
PROFLEO 2010 Figuras de Linguagem - Agora Vou Aprender - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Vnn3JBvQe-c Acesso 20082013
ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
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SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
httpliedprofsamuelblogspotcombr201206literatura-de-cordelhtml Acesso em 15092013
SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
SILVA D F Norma culta e linguagem coloquial Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=W509FoueMgc Acesso 2908 2013
SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
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Atividade 7
Acolhida Declamando a poesia de cordel
O cordel tambeacutem desenvolve o ato de declamar sua letra
pode ser decorada e declamada ou lido com entonaccedilatildeo
ritmo musicalidade e pausas por meio da pontuaccedilatildeo mas
tambeacutem pode ser cantado com acompanhamento de
instrumentos musicais Mas nunca lido silenciosamente
porque eacute uma arte literaacuteria concebida para ser falada
destacando a oralidade mesmo porque no iniacutecio a literatura
de cordel era declamada e fazia parte das tradiccedilotildees orais do nordestino brasileiro Por isso
deve-se dar destaque a leitura em voz alta a cantoria ou declamaccedilatildeo
Portanto matildeos a obra e vamos declamar mas antes vamos assistir ao viacutedeo com Rolando
Boldrin declamando um poema em homenagem a Luiz Gonzaga
Sugestatildeo de viacutedeo
googlecombrq=rolando+boldrin+homenagem+a+luiz+gonzaga+youtubehttpwwwyoutubeco
mwatchv=JWovvar_Sz8BRampsite=imghpamptbm=ischampsource=hpampbiw=1013amp
Acesso 19082013
Foto
bih=416ampq=declamando+cordel+dominio+publicoampoq=declamando+cordel+dominio+public
oampgs_l00001911jpg3Bhttp253A252F2523B400 Acesso 1982013
Este estilo pra Luiz
Natildeo era o seu verdadeiro
Pois queria apresentar
Seu proacuteprio cancioneiro
A muacutesica regional
E nada do estrangeiro
Com isto Luiz Gonzaga
Se encheu de esperanccedila
Nos programas de calouros
Foi cantar com seguranccedila
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
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b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
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c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
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Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Referecircncias
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CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
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INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013
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this video Inscreva
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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008
PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -
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ROCHA R Polissemia - YouTube Disponiacutevel em
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SANTANA J Cordel e Repente na Escola - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=z_gCzpMBelY Acesso 15092013
SAMUEL P Reportagem sobre a literatura de cordel Disponiacutevel em
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SARAIVA J Luiz Gonzaga Gonzagatildeo Trajetoacuteria de - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=DJZwCikxg-o Acesso 10092013
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SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Apresentando seus Shows
Com muita garra e pujanccedila
Saindo dos auditoacuterios
No Nordeste apareceu
A muacutesica de seu Luiz
Porque na sanfona leu
O sertatildeo em poesia
Daiacute entatildeo se ergueu
O primeiro nordestino
Num trabalho a se empenhar
Pra muacutesica regional
No Brasil vir espalhar
Provando assim a existecircncia
Da arte mais popular
Responda as questotildees abaixo
a) Observe o verso ldquoApresentando seus showsrdquo a palavra shows eacute um neologismo ou seja uma
palavra nova como que se escreve essa palavra jaacute aportuguesada nos dicionaacuterios
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
b) Observe o verso ldquoCom muita garra e pujanccedilardquo a palavra pujanccedila faz parte do leacutexico erudito
popular brasileiro em que sentido foi empregado no texto
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Releia os versos ldquoPorque na sanfona leu O sertatildeo em poesiardquo explique com suas palavras
como eacute essa leitura em poesia
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- --------------
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 8
Acolhida Entendendo a linguagem literaacuteria do cordel
A linguagem do cordel eacute simples e peculiar algumas palavras que satildeo
usadas no cotidiano satildeo de origem erudita e tambeacutem fazem parte do
leacutexico do cordel Os versos satildeo bem estruturados possuem ritmo
rimas e demonstram cadencia e boa sonoridade Esses fatores
servem para serem declamados ou lidos em voz alta e depois
decorados Os temas satildeo variados e os poemas narram sempre
histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
httpswwwgooglecombrsearchq=luiz+gonzaga+xilogravura+de+cordelampsource=lnmsamptbm=ischampsa=X
ampei=YbxZUsPuIIT7kQeem4C4Dwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1252ampbih=523facrc=_ampimgdii=_ampimgr
c=GXeofFpKpwFNQM3A3BXZvwaveNCgVReM3 = Acesso 1010202013
Sugestatildeo de viacutedeo httpwwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
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guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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histoacuterias reais ou
ficcionaisFoto
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Desta forma seu Luiz
Por ter rica criaccedilatildeo
Lanccedilou o xote e o forroacute
O xaxado e o baiatildeo
Ficando o arrasta-peacute
Como siacutembolo do sertatildeo
Lanccedilando estas criaccedilotildees
Fez o zabumba tocar
Dando ao mesmo mais valor
Na arte de forrozar
Tambeacutem deu vida ao triacircngulo
Hoje instrumento exemplar
Em pouco tempo o Brasil
Seu valor reconheceu
E grupo de seguidores
Ligeiramente nasceu
E Luiz Rei do Baiatildeo
Este tiacutetulo recebeu
O seu valor cultural
Foi da maior importacircncia
Pra histoacuteria brasileira
Veja a significacircncia
Pois decantou o Nordeste
Com jeito e com elegacircncia
Apoacutes a declamaccedilatildeo responda
a) observe o verso ldquoNa arte de forrozarrdquo o que eacute forrozar
b) observe o verso ldquoPois decantou o Nordesterdquo em que sentido foi usado a palavra decantou
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Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
anos ela se tornou parte essencial no cordel Assim ocorreu a uniatildeo entre as duas artes hoje natildeo
se concebe uma sem a outra Os cordelistas satildeo especialistas na teacutecnica de confecccedilatildeo das duas
artes pois o bom cordelista tambeacutem eacute artista da xilogravura alguns com trabalhos expostos ateacute no
exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
amptbm=ischampsa=Xampei=kWc2Ur6nKZTA9gTT1YCQDwampved=0CAcQ_AUoAQampbiw=1013ampbih=436ampdpr
=133 Acesso 14092013
Sugestatildeo de viacutedeo Como fazer xilogravura usando o isopor
httpwwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso 18092013
httpwwwyoutubecomwatchv=aJODGw9MeV4 Acesso 18092013
Foi quem mais reivindicou
Melhoria pro Nordeste
Mostrando pros governantes
A seca a fome e a peste
Que muito maltrata o povo
De todo sertatildeo agreste
No seu canto interpretou
O profundo sentimento
Da alma do sertanejo
Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
Simbolizava o vaqueiro
Seu aboio e seu gemido
Invadiam o tabuleiro
Desta forma ele exaltava
O Nordeste brasileiro
Agora que jaacute declamamos vamos formar duplas e preparar as xilogravuras com
folhas de isopor tintas laacutepis e sulfites conforme as explicaccedilotildees dadas Matildeos agrave obra
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
AMORIM A CORDEL LINGUAJAR CEARENSEmpg - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=7Cfc8p2WyNc Acesso 20092013
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Yara Frateschi 12ordf ed Satildeo Paulo Hucitec 2006
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BONFIM JB Como usar o cordel em sala de aula Disponiacutevel em
wwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso 121020013
CAMPOS A O que eacute poesia Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=UC97sOLR7 Acesso em
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Vozes 1998
CHIARAVALLI B Literatura de cordel - Professor sassaacute - Programa Arte
- YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=r5Gdhlzwroc Acesso em 18102013
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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
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INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aniacutesio Teixeira Relatoacuterio Nacional PISA 2009 126 p Brasiacutelia INEP MEC 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwportalinepgovbrinternacional-novo-pisa-resultados Acesso em 13 de abr de 2013
MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
YouTube home Sign in Upload Alert icon You need Adobe Flash Player to watch
this video Inscreva
OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube
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PETIT M Os Jovens e a leitura Trad Celina Olga de Souza 1ordf ed Satildeo Paulo 34 2008
PORTUGUESEWORLDMUSIC Maio Moccedilo - Quadras ao gosto popular -
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SILVA J C Literatura de cordel um fazer popular a caminho da sala de aula 132 p Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Letras) Departamento de Ciecircncias Humanas Letras e Artes Universidade Federal da Paraiacuteba Joatildeo Pessoa 1997 SLIDES disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-
de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-atividades-7-
e-8-fernando-pessoa Acessos em 15092013
TV IG Literatura de cordel nas escolas Disponiacutevel em
httptvigigcombrnoticiaseducacaoliteratura-de-cordel-nas-escolas-
8a4980262ded265d012ded97c82e6d89htm Acesso 09092013
TEIXEIRA H e GONZAGA L Asa branca - youtube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=A5r2_wGk1dI Acesso 09092013
XPTO T G1 - Saiba quais satildeo as caracteriacutesticas do texto literaacuterio -
YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Atividade 9 Acolhida xilogravura arte e cultura popular
A xilogravura eacute um capiacutetulo agrave parte na cultura popular nordestina No
iniacutecio os cordelistas a usaram para ilustrar os folhetos e tornaacute-los mais atraentes com o passar dos
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exterior
httpswwwgooglecombrsearchq=xilogravura+e+o+rei+do+baiao+dominio+publicoampsource=lnms
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Mostrando pros governantes
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Que sofre a todo o momento
No Nordeste que retrata
O mais cruel sofrimento
Quando seu Luiz cantava
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Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
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partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
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sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
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Termino aqui esta histoacuteria
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apresentao-on-line Acesso 19 092013
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guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
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Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
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Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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GOLDSTEIN N Anaacutelise do poema Satildeo Paulo Aacutetica 988
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MERITUSONLINE Portuguecircs - Interpretaccedilatildeo Texto - Ato de Ler - Viacutedeo Aula - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=Ed-K3JOmV-k Acesso 01092013
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OLINGUARUDO Morre o cantor Gonzaguinha - Arquivo Jornal Nacional - YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=4WJ2v71Gbmg Acesso 14092013
PAIVA A Luiz Gonzaga - O Rei do Baiatildeo - Homenagem - YouTube
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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
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pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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YouTube Disponiacutevel em wwwyoutubecomwatchv=- qqxT Qs Acesso 06082013
Atividade 10
Acolhida Exercitando a arte do cordel
Para elaborar um cordel deve-se pensar nas
palavras anotaacute-las no caderno pensar num tema
depois comeccedilar a formar rimas versos e depois
estrofes pode-se olhar o desenho de xilogravura e a
partir dele criar um cordel
Mas antes vamos declamar juntos as derradeiras
estrofes do cordel A triste partida do rei do baiatildeo
Foto httpswwwgooglecombrsearchgs_rn=27ampgs_ri=psy-abamptok=crLvjnF-
KQyG_vWliIrMKAampcp=4ampgs_id=4m5ampxhr=tampq=xilogravuraampbav=on2orr_cpr_qfAce
sso 21092013
Por forccedila do destino
A um chamado atendeu
Vinda do Pai soberano
Quem chamou o filho seu
Para cantar laacute no ceacuteu
As muacutesicas que aprendeu
Certamente o velho Lua
O mestre Rei do Baiatildeo
Jaacute se encontra com seu pai
Laacute em outra dimensatildeo
Aquele que lhe ensinou
Tatildeo honrosa profissatildeo
Este pequeno folheto
Eacute somente uma mostragem
Daquele que foi em vida
Nosso maior personagem
Que o povo guardaraacute
Para sempre a sua imagem
Termino aqui esta histoacuteria
Com o coraccedilatildeo enlutado
Escrita no mesmo dia
Que Luiz ouviu chamado
Pra morar na Santa Casa
Por Deus sendo abenccediloado
Slides disponiacuteveis em httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-
triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
apresentao-on-line Acesso 19 092013
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoa-triste-partida-do-rei-do-baio-de-
guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-apresentao-on-line 18092013
Antes de fazermos o cordel assistam aos viacutedeos abaixo
Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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triste-partida-do-rei-do-baio-de-guaipuan-vieira-apresentao-prof-antnia-de-f-
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Quadras ao gosto popular de Fernando Pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoqquadras-fernando-pessoa
httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-de-fernando-
pessoa-qq httpwwwslidesharenetAntniadeFtimaCodonhoquadras-ao-gosto-popular-
de-fernando-pessoa-ativ-para-slide
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Sugestotildees de viacutedeos
httpwwwyoutubecomwatchv=QGAgzU5CNZw Acesso 1210 2013
httpwwwyoutubecomwatchv=2m4hpf23U1g Acesso12132013
Atividade Agora matildeos a obra vamos fazer cordel faccedilam duplas e escolham um
tema e comecem a elaborar as rimas e a dar ritmo ao texto depois de elaborado
leia-o vaacuterias vezes dando entonaccedilatildeo na voz se ainda natildeo estiver bom procure
arrumaacute-lo ateacute ficar bom
Agora que os cordeacuteis jaacute foram feitos vamos pregaacute-los no cordel barbante e
expocirc-los no paacutetio da escola
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Referecircncias
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