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Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana Nº 227 ABR, MAI E JUN - 2011 Gênero e juventude Os números comprovaram que a PO está pre- ocupada com a questão de gênero: sem cota estabelecida, estiveram presentes 40 delegados e 40 delegadas. A juventude marcou presença. Delegados com até 26 anos de idade eram 07 e, somando as pessoas com até 35 anos, verificou-se que eram 25% de toda representação da assembleia. Havia muita gente nova, pela primeira vez num encontro como este, e muita gente das antigas, ajudando a partilhar as experiências, sem impor as ideias, numa troca de conhecimentos e dons. Momentos e decisões fortes O tema da Assembleia - “Lancem suas re- des para águas mais profundas” - baseado no versículo 4, do capítulo 5 do Evangelho de Lucas, influenciou todo o encontro. Foram momentos fortes de oração e espiritualidade, de reflexão e busca de ação. A plenária manteve a proposição de, não apenas questionar o sistema capitalista, mas trabalhar no sentido de romper com este sis- tema de morte, na perspectiva e construção Nos dias 23, 24, 25 e 26/06/2011, 80 delegados de 43 dioceses do Brasil realizaram a 17ª Assembleia Nacional da PO. Também passaram por lá 25 convidados: quatro vieram da Venezuela – são da Pastoral dos Trabajadores da diocese de Maracaibo, que vieram conhecer nossa experiência de evangelização dos trabalhadores. Da Alemanha, veio a nossa companheira Gabriela Fey, viúva de Paulo Fey, que juntos foram militantes da JOC e apoiadores da Pastoral Operária. do Reino de Deus. As prioridades de ação con- tinuam sendo no sentido de: organização da classe trabalhadora, fortalecimento de grupos de base e formação. Onde a Pastoral Operária trabalha No levantamento realizado sobre “onde está a PO”, foi apurado que os/as militantes da pastoral atuam nos mais diversos segmentos da luta popular e da sociedade em geral. - Na Igreja: nos Conselhos de Pastoral Pa- roquial, na liturgia e festas das Paróquias, em organização de romarias, na CF, nas CEBs e nos Fóruns das pastorais sociais. - Na sociedade: nos movimentos de desem- pregados/as, fábricas e sindicatos, em fóruns e grupos de economia popular solidária, orga- nizando plebiscitos, O dia dos trabalhadores (1º de Maio), gritos dos excluídos/as, Associ- ações de Bairro, Assembleia Popular, Fórum de mulheres, Fórum de combate à corrupção, Conselhos municipais e nacional, Partidos, Mo- vimento Fé e Política, ONGs, Cooperativas, trabalho com Moradores em situação de rua, Setores sociais, Ecologia e Direitos Humanos. - Formação e comunicação: formação de lideranças, projetos com jovens, debates e estudos, grupos de terceira idade e programas de rádio. Pessoal a serviço na assembleia Dari Krein nos ajudou a ver a conjuntura da sociedade; Pe. José Oscar Beozzo nos ajudou a visualizar a conjuntura da Igreja Católica. André Langer coordenou a reflexão sobre nossa iden- tidade. O Arnaldo Valentim (Campinas/SP) re- alizou a sistematização. Maria do Amparo e Meire Araújo mantiveram a estrutura funcio- nando, garantindo o que se precisava. Concei- ção Aparecida (Campinas) e Amadeu Guedes (Manaus/AM) tocaram a secretaria. Laurenício Mendes (Montes Claros/MG) juntou as fotos que todos tiraram. Toninha Carrara (Santo André/SP) fez as entrevistas. Pe. Chico (Belo Horizonte/MG) presidiu a celebração eucarística. Enfim, se formos colocar todos os nomes de quem colaborou com a assembleia, iremos precisar de dois jornais “Conquistar” completos. Esperamos que todos e todas, fra- ternalmente, sintam-se contemplados. Eduardo Paludette, coordenador nacional da PO PASTORAL OPERÁRIA lança suas redes para águas mais profundas PASTORAL OPERÁRIA

PASTORAL OPERÁRIA 227.pdf · Pastoral dos Trabajadores da diocese de Maracaibo, ... Em junho foi lançado o Boletim da Pastoral Operária de Barra do Piraí e Volta Redonda. O

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Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana Nº 227 ABR, MAI E JUN - 2011

Gênero e juventudeOs números comprovaram que a PO está pre-

ocupada com a questão de gênero: sem cotaestabelecida, estiveram presentes 40 delegadose 40 delegadas.

A juventude marcou presença. Delegados comaté 26 anos de idade eram 07 e, somando aspessoas com até 35 anos, verificou-se queeram 25% de toda representação da assembleia.Havia muita gente nova, pela primeira vez numencontro como este, e muita gente das antigas,ajudando a partilhar as experiências, sem imporas ideias, numa troca de conhecimentos e dons.

Momentos e decisões fortesO tema da Assembleia - “Lancem suas re-

des para águas mais profundas” - baseado noversículo 4, do capítulo 5 do Evangelho de Lucas,influenciou todo o encontro. Foram momentosfortes de oração e espiritualidade, de reflexãoe busca de ação.

A plenária manteve a proposição de, nãoapenas questionar o sistema capitalista, mastrabalhar no sentido de romper com este sis-tema de morte, na perspectiva e construção

Nos dias 23, 24, 25 e 26/06/2011, 80 delegados de 43 dioceses do Brasil realizaram a 17ª AssembleiaNacional da PO. Também passaram por lá 25 convidados: quatro vieram da Venezuela – são daPastoral dos Trabajadores da diocese de Maracaibo, que vieram conhecer nossa experiência de

evangelização dos trabalhadores. Da Alemanha, veio a nossa companheira Gabriela Fey, viúva dePaulo Fey, que juntos foram militantes da JOC e apoiadores da Pastoral Operária.

do Reino de Deus. As prioridades de ação con-tinuam sendo no sentido de: organização daclasse trabalhadora, fortalecimento de gruposde base e formação.

Onde a Pastoral Operária trabalhaNo levantamento realizado sobre “onde está

a PO”, foi apurado que os/as militantes dapastoral atuam nos mais diversos segmentosda luta popular e da sociedade em geral.

- Na Igreja: nos Conselhos de Pastoral Pa-roquial, na liturgia e festas das Paróquias, emorganização de romarias, na CF, nas CEBs enos Fóruns das pastorais sociais.

- Na sociedade: nos movimentos de desem-pregados/as, fábricas e sindicatos, em fórunse grupos de economia popular solidária, orga-nizando plebiscitos, O dia dos trabalhadores(1º de Maio), gritos dos excluídos/as, Associ-ações de Bairro, Assembleia Popular, Fórumde mulheres, Fórum de combate à corrupção,Conselhos municipais e nacional, Partidos, Mo-vimento Fé e Política, ONGs, Cooperativas,trabalho com Moradores em situação de rua,Setores sociais, Ecologia e Direitos Humanos.

- Formação e comunicação: formação delideranças, projetos com jovens, debates eestudos, grupos de terceira idade e programasde rádio.

Pessoal a serviço na assembleiaDari Krein nos ajudou a ver a conjuntura da

sociedade; Pe. José Oscar Beozzo nos ajudou avisualizar a conjuntura da Igreja Católica. AndréLanger coordenou a reflexão sobre nossa iden-tidade. O Arnaldo Valentim (Campinas/SP) re-alizou a sistematização. Maria do Amparo eMeire Araújo mantiveram a estrutura funcio-nando, garantindo o que se precisava. Concei-ção Aparecida (Campinas) e Amadeu Guedes(Manaus/AM) tocaram a secretaria. LaurenícioMendes (Montes Claros/MG) juntou as fotosque todos tiraram. Toninha Carrara (SantoAndré/SP) fez as entrevistas. Pe. Chico (BeloHorizonte/MG) presidiu a celebraçãoeucarística. Enfim, se formos colocar todos osnomes de quem colaborou com a assembleia,iremos precisar de dois jornais “Conquistar”completos. Esperamos que todos e todas, fra-ternalmente, sintam-se contemplados.

Eduardo Paludette, coordenador nacional da PO

PASTORAL OPERÁRIAlança suas redes para águas mais profundas

PASTORAL OPERÁRIA

2 - Boletim CONQUISTAR da Pastoral Operária Nacional - Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana

Informes de PO

Juventude marcapresença na PO Paraíba

Colocar os jovens como coordenadores degrupo é a receita para formar novas lideranças,porque eles/as não têm medo de assumir a coor-denação de um grupo e o crescimento político érápido. Estas são palavras de Maryanne, da POde João Pessoa/PB. Para ela, a juventude pas-sou a aproximar-se mais da Pastoral Operáriaapós a realização de encontros de formação comtemas diversos e dos trabalhos com dinâmicasde arte (pintura, música, teatro...). A aproxima-ção também acontece pela necessidade de terum trabalho. Muitos se interessaram pela ideiade trabalhar com economia solidária, havendo umgrupo que fará oficina para elaboração de sabãoecológico.

Para Maryanne, foram essenciais as apresen-tações de temas, de forma didática e compreensí-vel e também a oportunidade de todos se expres-sarem. “Nós jovens, ouvimos e entendemos. E tam-bém fomos ouvidos. Isto é importante para a nos-sa militância”, conclui Maryanne.

TENTATIVA DE ATENTADOCONTRA A VIDA DE

JOSÉ DE SÁ BARRETO, DAPO de Pedreiras/MA

Barreto é militante da Pastoral Operária desde

1989. Ocupa hoje o cargo de Presidente do Sindicatodos Comerciários de Pedreiras, o qual tem ação dire-ta contra a exploração dos trabalhadores no comér-cio de Pedreiras e Trizidela do Vale-MA.

No início deste ano, juntamente com os trabalha-dores do antigo Armazém Nordeste enfrentou a ten-tativa dos donos de fecharem o ponto comercial sempagar os direitos trabalhistas. Houve vitória e todosos direitos foram pagos.

Também denunciou na Procuradoria Regional doTrabalho em Bacabal-MA mais de 30 estabelecimen-tos comerciais com irregularidades e agressões àsleis trabalhistas.

Fato: no dia 23 de maio deste ano, por volta de8h15 da manhã, chegou à sede do Sindicato um ho-mem que procurou por Barreto. A secretária infor-mou que ele chegaria logo mais. O desconhecido fezvárias perguntas sobre o tipo físico de Barreto - ale-gando só conhecê-lo por telefone - e que tipo de trans-porte ele usava. Passou a esperar, mas depois de umtempo disse que já estava sem paciência para espe-rar, mostrando à secretária uma arma de fogo colo-cada na cintura. Exigiu que a moça dissesse ondemorava Barreto. Ela não informou e entrou em es-tado de choque. Após a saída do homem, ligou paraBarreto, que chegou em seguida e chamou aPolícia Militar. Barreto e a secretária foram àdelegacia de Polícia Civil para registrar o B.O. (Bo-letim de Ocorrências).

A partir disto, o desconhecido passou a ligar parao celular de Barreto sem dizer com clareza o quedesejava. Barreto registrou outro BO sobre a atualsituação para que se proceda ao rastreamento dasligações feitas. O caso, porém, até hoje não foi escla-recido pela Justiça.

O fato é que desde então, tanto Barreto como seusfamiliares, vivem sob o manto da ameaça, temendopor suas vidas.Informações de José de Sá Barreto – PO Pedreiras/MA

Francisco Emmanuelilumina a PO do BrasilNo dia 21 de junho, nasceu Francisco Emanuel,

filho de Cristina Souza (liberada nacional) e de seuesposo, Sérgio Adriano Barbosa. Francisco chegoujustamente quando os/as representantes da PO doBrasil reuniam-se em Assembleia Nacional, fazendonascer também novos caminhos e orientações para aação pastoral. A alegria da chegada do bebê iluminouas decisões tomadas na Assembleia.

PO de Campinas/SPrealiza formação

Com duração de 3 meses e média de 25 partici-pantes por encontro, a PO Campinas/SP promo-veu curso de formação que, por ter sido positivo,seguirá acontecendo uma vez por mês.

Os temas estudados foram centrados na im-portância das lutas populares no Brasil. Irmã Beatriz,do CIMI – Conselho Indigenista Missionário – abor-dou as lutas dos povos indígenas, demonstrou a li-gação com as manifestações do movimento ope-rário e apontou o desafio: como somar forças paraconstruir outro mundo? Tida e Cíntia, da PastoralAfro retomaram a história, a resistência dos povosAfricanos escravos no Brasil. João Leite, do sindi-cato dos metalúrgicos, levou novos conhecimentossobre as lutas da classe trabalhadora, destacandoos desafios do movimento sindical e da organiza-ção dos trabalhadores nos dias de hoje.

Os temas bíblicos foram refletidos com os de-safios que o Pe. Casio lançou: atualizar as lutasdo Êxodo e descobrir a verdadeira sabedoria quequestiona e procura respostas para os proble-mas da vida. Resumiu o livro do Apocalipse numafrase: “Não tenham medo”. Ressaltou que oApocalipse fortalece as comunidades, dizendoque é preciso lutar sem medo, para construir onovo, enfrentando os dragões.

Paolo, da Pastoral Operária, e o Pe. Ferraroretomaram a riqueza da carta do Papa João PauloII sobre o trabalho, que traz a frase: “O trabalhohumano é uma chave, provavelmente a chaveessencial, de toda a questão social.” CarlosSignorelli, do Conselho dos Leigos, aprofundou odocumento 91 da CNBB, realçando os novosdesafios para construir outro modelo de estado ede sociedade.

Frase de um dos participantes do curso: “Nãopodemos ver o trabalho só para comer, mas paraconstruir o Reino. E a mística da PO se funda-menta na mística de Jesus trabalhador.”

Informações de Ricardo Paris da PO Campinas/SP

Novo BoletimEm junho foi lançado o Boletim da Pastoral Operária de Barra do Piraí e Volta Redonda. O

primeiro número trouxe notícias sobre o mundo do trabalho e anúncios sobre vagas deemprego na região de Barra do Piraí e Volta Redonda. Os contatos para o boletim são como Nicholas e o Milson.

“Queremos nos compenetrar para o compro-misso que temos com a formação de uma Pasto-ral de trabalhadores, e vocês do Brasil são umaluz para ajudar a entender essa missão”. Estassão palavras de Martha Escobar, uma das inte-grantes do grupo da Venezuela que estão forman-do Pastoral Operária naquele país. Os demais são:Yajaira Torres, Maria Galué e Wilfredo Infante.Segundo Yajaira, eles formam essa nova pastoralporque encontraram desigualdade e opressão; equerem ajudar os irmãos a sair desses dilemas.Maria afirma que a missão com a classe traba-lhadora exige pessoas bem formadas e muito aten-tas para não serem permeabilizadas pelas ideolo-gias. Wilfredo informa que já estão realizando re-tiros com os trabalhadores e construindo um cen-tro de formação permanente, incluindo orientaçãoprofissional para jovens e mulheres.

Os quatro conheceram Eduardo, liberado Na-

Grupo de PO da Venezuela participa da nossaAssembleia Nacional

cional da nossa PO, no Encontro Latino-americano“A Pastoral do Mundo do Trabalho numa economiaglobalizada: Organização e perspectivas”, em julho de2010.

Francisco Emmanuelilumina a PO do BrasilNo dia 21 de junho, nasceu Francisco Emmanuel,

filho de Cristina Sousa (liberada nacional) e de seuesposo, Sérgio Adriano Barbosa. Francisco chegoujustamente quando os/as representantes da PO doBrasil reuniam-se em Assembleia Nacional, fazendonascer também novos caminhos e orientações para aação pastoral. A alegria da chegada do bebê iluminouas decisões tomadas na Assembleia.

Jovens na Assembleia nacional da PO

Grupo de PO da Venezuela

Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana - Boletim CONQUISTAR da Pastoral Operária Nacional - 3

Espiritualidade

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Palavra deDom Luiz

AntonioGuedes,

bisporeferencial da

PastoralOperáriaNacional

Mística da PO

SimSimSimSimSim quero assinarNome:.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Endereço:............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ nº ..................... Data Nasc.: ............../ ................/ ..........................

Bairro............................................................................................................................................................................................................................................................................ Cep.: ....................................-...................

Cid.:.................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... Est.: ...............................Tel.: .................................................................................................................... E-mail: ...............................................................................................................................................................................................

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Quem trabalha é o ser humano. É no corpo huma-no que o trabalho acontece. Trabalho é o ser humanotrabalhando. A pessoa, a máquina ou instrumento, ométodo, o ambiente, o resultado, o proveito. É no serhumano que vemos e podemos observar o trabalho.O corpo humano é “a dimen-são subjetiva” do trabalho.Até mesmo o trabalho maisintelectual envolve todo ocorpo de quem exerce o tra-balho. Na nossa cultura, pa-rece que o corpo contradiz eimpede a vida espiritual. Aocontrário, é exatamente nocorpo que acontece aEspiritualidade do Trabalho.Ser um corpo faz com quetodo ser humano participe daHistória. Na história de seucorpo o ser humano faz domundo o seu mundo.

A Bíblia judaica e cristã éuma história de trabalhado-res. Ela é a maneira comonossos ‘ancestrais’ falavamda presença de Deus. “Ancestrais” significa os an-tepassados mais antigos, os pais e mães de nossa fé,os patri-matriarcas. Há os que aparecem na lista deavós, bisavós, trisavós e mais para trás ainda, bemantigamente. Há os que fizeram e falaram pelas pri-meiras vezes, bem antigamente, do Deus presente nonosso meio, do Deus que caminha conosco, luta donosso lado, deu-nos a vida e deu a vida por nós. Deusna vida do ser humano é o futuro que brota e cresce.Porque ninguém, no trabalho corta uma peça, tira avida a uma planta ou animal, só por cortar ou matar.Tem em vista o futuro, o que sairá de seu esforço, avida mais alimentada, organizada, com “abundânciapara todos”. No trabalho Deus nos faz vencer atémesmo a morte, por pior que sejam as feridas e ossofrimentos do trabalho e da luta pela dignidade. Comoé que podemos ler a Bíblia a partir das condições cri-adas e muitas vezes impostas pelo trabalho que te-mos que exercer, para poder viver? Às vezes parece

O trabalho comoespiritualidade

que a pessoa se mata no trabalho para viver. Assimtambém era no tempo bíblico. São duas direções deleitura. Uma direção é ler a bíblia a partir do nossotrabalho. Outra direção é compreender o nosso traba-lho como atividade e espiritualidade, à luz da Bíblia.

Os povos que escreverama Bíblia – em sua caminhadade quase dois mil anos antes deJesus, mais os cento e vinteanos depois dele - eram povosde trabalhadores. Tanto os queviveram antes de Cristo, comoMoisés e Isaías, quanto os quevieram depois de Jesus, comoPaulo que vivia cortando e cos-turando couro, para fazer ou re-parar roupas, calçados e ten-das. Antes de Jesus e Paulo, naPalestina, eram agricultores emconstante conflito com as cida-des em que se estabeleciam astropas dominadoras imperialis-tas. Com a corrida vertiginosade Paulo pela Grécia e o Impé-rio Romano, as comunidades se

estabeleceram nas cidades Imperiais, como escravosdomésticos, rurais ou urbanos. Os lavradores traba-lham literalmente “debaixo do sol”. Os escravos urba-nos em outros ambientes, e aí a expressão toma umoutro sentido. O Sol que marca as características dotrabalho para ser o dono do trabalho. No tempo dosimpérios era o imperador, e provinha daí tanto a ne-cessidade de usar uma palavra cabalística para desig-nar a sua pessoa, quanto a necessidade de um concei-to para dizer o que chamamos hoje de “modo de pro-dução” hegemônico. O que é que acontece debaixodeste sol causticante que é o modo de produção capi-talista neoliberal?

A Bíblia judaica e cristãé uma história de

trabalhadores. Ela é amaneira como nossos

‘ancestrais’ falavam dapresença de Deus.

“Ancestrais” significa osantepassados mais

antigos, os pais e mãesde nossa fé, os patri-

matriarcas.

Rogério Almeida Cunha, teólogo –Belo Horizonte/MG faleceu em 13/02/11 e deixou uma

inestimável coletânea de textos sobre Espiritualidade doTrabalho

A identidade e a fé da POA identidade da Pastoral Operária se efetiva tendo como base

dois pólos dinâmicos. Primeiro a pastoral, que nos remete à fé emJesus Cristo e à vida eclesial. Em segundo lugar, o operário, ou

seja, o mundo do trabalho, no qual se encontram os trabalhado-res/as: emprego, desemprego, exploração, baixos salários, confli-

tos, cansaço, precarização, alegrias e sofrimentos etc. É impor-tante dizer que o pólo da fé, ou da pastoral, é o determinante na

dialética P/O. É a partir da fé em Jesus Cristo e da tradição doensino social da Igreja que a pastoral, uma ação eclesial, pretende

transformar o mundo do trabalho. É a partir deste fundamentoque ela dialoga com os trabalhadores e se articula com os movi-mentos sociais emancipatórios. Se a PO esquecer ou perder essefundamento, ela continuará sendo relevante, mas deixará de ser

biblicamente sal, luz e fermento de um mundo novo.

Arnaldo Valentim é professor em Campinas/SP

4 - Boletim CONQUISTAR da Pastoral Operária Nacional - Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana

O 1º de Maio é um dia de luta da classe trabalhado-ra e não um dia de mega-shows milionários, vaziosde conteúdo. Nas manifestações de luta, a classetrabalhadora denuncia os obstáculos e se fortalecepara enfrentá-los. Os mais destacados foram:· Precarização e trabalho escravo;· Flexibilização das leis trabalhistas;· Salário mínimo de R$ 545,00 quando deveriaser R$ 2.132,00 (segundo o DIEESE);· Aposentados com salário irrisório;· Altos valores de reajuste aos salários de par-lamentares e governantes;· Jovens jogados no subemprego e desem-prego;· Ritmo acelerado do trabalho que sacrifica o tem-po do lazer, a convivência familiar e a organizaçãonos bairros, no trabalho e na política, prejudicandoa participação cidadã e a organização como classe;· Novas doenças do trabalho, como a depres-são, pela falta de tempo para relações sociais efamiliares;· Crescente degradação do meio ambiente; Des-pejos e remoções de famílias;· Muitas lideranças sindicais, políticas e religio-sas tem se preocupado mais em manter seus privi-légios. Perderam o senso crítico e a sensibilidade.

VEJAM COMO VIVE A CLASSE TRABALHADORA,

Neste ano, celebramos os 125 anos da greve geral que aconteceu na cidade de Chicago (Estados Unidos) no dia 1ºde Maio de 1886. O lema da Pastoral Operária Nacional “VEJAM COMO VIVE A CLASSE TRABALHADORA,ELA TRABALHA PARA QUÊ?” provocou novas questões: Por que trabalhamos? Para nos enriquecer? Consumir

mais? Ou para que o fruto de nosso trabalho contribua para uma vida digna?Jesus, em seu tempo, assumiu a condição de trabalhador, sendo filho de um carpinteiro (Mc 6,1-6). Escolheu seus discípulos do meio da classe trabalhadora e,

a partir deles, anunciou a Boa Nova do Reino de Deus (Lc 4,16-30; Mt 11,2-6).Dom Bruno Gamberini, Arcebispo Metropolitano de Campinas

COLABORARAM COM ESTA PÁGINA:Carlinhos – SECOM e Pastoral Operária Mossoró/RN Professor Cyrillo e Marina de Oliveira – PO Cariacica/ES Laurenício Mendes – PO Minas gerais Luzanira Varela

da Silva – PO Manaus/AM Justina Carvalho – PO Imperatriz/MA Flavio Antonio Brandão – PO Nova Iguaçu/RJ Fumiko Kamei de Paula – PO Ribeirão Preto/SP I r m ãBernardete Valenga – PO Paraná Julio Lázaro Torma – PO Pelotas/RS Professor Ediêr Sabino - Surubim/PE Grupo de base da Pastoral Operaria de Mogi das Cruzes e Santo André

Atividades realizadas no período do Dia dos/as trabalhadores/as

ELA TRABALHA PARA QUÊ?

Mossoró/RN-Café da manhã e marcha do tra-

balhador pelas ruas dos bairros;-Filme/Debate: “Eles não usam

Black-Tie”; Panfletagem;-Missa do/a Trabalhador/a;-Semana dos/as Trabalhadores/

as com dois debates por dia;-Ato de protesto em Frente à Sub

Delegacia Regional do Trabalho deMossoró e entrega de documentosolicitando melhores condições deatendimento e estrutura para os/astrabalhadores/as.

Imperatriz/MACafé com reflexão no grupo de

mulheres.Manaus/AMFormação em parceria com uni-

versidade local.

Conquistas resultantes das Mobilizações♦ Deslocamento das pessoas: das festas-show, para oseventos de luta e formação.♦ Presença de Jovens e crianças nas manifestações.♦ Os atos são exercício de resgate de valores como:solidariedade, união, partilha. São bem acolhidos pelapopulação, não só para levar reivindicações, mas comoespaço de afetividade.♦ Mobilizações abertas, em que cada coletivo leva suabandeira de luta. São espaços para anúncio e denúncia.♦ Debates e formação política, promovendo a criaçãode grupos de formação permanentes.♦ Resgate da história e preservação da memória daslutas da classe trabalhadora.♦ Nascimento de parcerias com universidades.♦ Divulgação dos trabalhos da Pastoral Operária e docalendário de lutas populares.

Aspectos da conjuntura que simbolizam es-perança

· Lutas do povo árabe contra ditaduras e por melho-res condições de vida em seus países e greves que acon-tecem nos países da Europa contra a retirada de direitos.

· Campanha da Fraternidade que denuncia a sedede lucro como uma das causas principais das agres-sões contra a vida do planeta.

· Enfrentamentos nos canteiros de obras das hi-drelétricas, refinarias, complexos portuários e da cons-trução civil em geral, que apontam para um novo pa-

Pelotas/RSEntrevistas nas Rádios: Universidade AM e Alfa FM,

estações da UCPEL (Universidade Católica de Pelotas).Marechal Rondon/PRAto público com manifestações de trabalhadores

das indústrias de alimentação.Mogi das Cruzes/SPManifesto contra a exploração do trabalho e con-

tra a destruição do meio ambiente.São Paulo/SPCerca de 2 mil trabalhadores enfrentam repres-

são na praça da Sé (gás de pimenta e balas de borra-cha), o que fez com que aumentasse o ato e denunci-asse a criminalização das lutas e dos movimentos dostrabalhadores no Brasil. Houve detenções e feridos.

Ribeirão Preto/SPEstudos e reflexões no grupo de mulheres.Nova Iguaçu/RJCaminhada, apresentações teatrais, tribuna livre

para denúncia e anúncio.Cariacica-ESMissa com homenagem a entidades que desenvol-

vem atividades voluntárias ou direcionadas à economiasolidária (Pastoral Operária, Recicla Amor, MovimentoNacional de Catadores de Material Reciclado e outros).

XII Marcha pela Vida e Cidadania coordenadapela Pastoral Operária e movimentos sociais.

Acorizal/MT23ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras. Minas GeraisAtos em conjunto com grevistas, celebrações, for-

mação, manifestação dos/as profissionais do sexo. Surubim/PEManhã De Solidariedade – ato com atendimento

voluntário de profissionais, atividades culturais artís-ticas e místicas.

Campina Grande/PB -A PO acampou na Praça da Bandeira - centro de

Campina Grande e lá realizou: tribuna com a palavrada PO e representações sociais presentes;Panfletagem na praça e ruas adjacentes;

-Enquete sobre quais os mais cruéis males soci-ais ou indignações vividas pela sociedade hoje, eposterior envio de um documento à imprensa eaos 3 poderes com os resultados da enquete;

-Participação na rádio Caturité de Campina Grande; -Formação com os subsídios da PO Nacional. Teresina/PI Encontro de formação com a temática

“Flexibilização das relações de trabalho”.

tamar de organização dos trabalhadores.· Crescimento da economia e diminuição do de-

semprego, espantando um dos grandes medos dostrabalhadores.

• Muitas greves pipocando em todo Brasil.

Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana - Boletim CONQUISTAR da Pastoral Operária Nacional - 5

Movimento permanente contra o Desemprego

Este foi o tema do debate no encontro de for-mação promovido pelo Fórum de lutas dos traba-lhadores desempregados de São Paulo, dentro dasequência de um curso de formação política paraformadores. Temos abaixo, as conclusões dos/asparticipantes

Os capitalistas usam o desemprego para domi-nar a vida dos trabalhadores: como o trabalho écentral para a vida, quem domina o trabalho, do-mina a vida.

O trabalho é central para a vida por várias ra-zões, mas destacamos três:

1- Identidade - O trabalho dá identidade às pes-soas – a função ou profissão é sempre uma referên-cia para a pessoa dizer quem ela é.

2- Sustento - O trabalho provê osustento, mantém o ser humanovivo, em suas necessidades básicase outras.

3- Produção da vida - o trabalhoproduz tudo o que é necessário àvida e à estrutura da sociedade.Tudo que nos rodeia e que usamosé produzido pelo trabalho.

Os capitalistas pegam por aí eexercem sua pressão e dominação:

1- Identidade – com o desemprego, o traba-lhador perde sua identidade. O desempre-gado não é aceito no sindicato, na socie-dade, e até a família o discrimina. Aí temuma manobra do sistema, que é a própriapalavra “desempregado”, que funcionacomo se o problema fosse do empregadoque perdeu o emprego. Na verdade, a pa-lavra seria “descontratado”, porque a res-ponsabilidade é de quem não contrata e,portanto, não oferece a oportunidade deestar empregado.

2- Sustento – o capitalismo voltou toda a aten-ção do trabalhador para a remuneração. Es-colhe-se a função por dinheiro e não poroutros motivos. Principalmente, quando so-mos empregados e fazemos o que outrosmandam e que é de interesse da empresae não de nosso interesse. Neste caso, nãodemonstramos nossa criação, mas só temoso objetivo do salário. Os capitalistas nosameaçam com o desemprego, que pode nostirar este salário ou rebaixá-lo, por contada fila de desempregados que aceitariamum salário menor. Na verdade, não precisa-mos ser empregados e vender nosso tem-po de trabalho para outros, mas trabalharde outras formas. É aí que se torna inte-ressante a diferença entre trabalho (comocriação) e emprego (com exploração).

3- Produção da vida – Os capitalistas transfor-mam todo trabalho em emprego, para afir-mar que só o emprego é capaz de produziros bens (alimentos, instrumentos etc.) ne-cessários à vida. Assim, oferecem e negamo emprego, da forma que lhes convém, comose fosse uma rédea. Na verdade, podemexistir trabalhos que não são emprego e,portanto, os patrões não conseguem regu-lar, mas é preciso pesquisar como realizarestes trabalhos. Isto pode ser tema de umpróximo encontro de formação como este.

O edificante trabalhode servir

Benedito Pereira da Silva (o Benê) trabalha háquatro anos no Cefras – Centro Franciscano dereinserção social. É auxiliar de cozinha. Seu cotidi-ano consiste em preparar e servir alimentação parapessoas que vivem em situação de rua em São Pau-lo. É uma média de 300 pessoas que tomam a refei-ção por dia e o salão é aberto a quem chega. Alémda comida, são realizados serviços sociais: as pes-soas são encaminhadas para apanhar roupas e ma-teriais de higiene e também são assessoradas paraobter documentação. Segundo Benedito, os própri-os usuários ajudam a servir as refeições e algunsaté já se tornaram assíduos nesta função voluntária.Ele informa que há encontros com os usuários, nosquais se debate políticas públicas específicas para apopulação que vive nas ruas. “É um trabalhoedificante, mas também divertido; ganho o meu sus-tento e ainda me alegro”, afirma Benê, comentandoque alguns vão até a cozinha para conversar comele sobre o que foi debatido.

Por dentro dos locais de Trabalho

Como o desempregosustenta o capitalismo

Trabalho e ecologiaCom a leitura do livro do Apocalipse (13, 1-9)

iniciou o encontro do mês de julho, dentro da sériede formação política promovida pelo Fórum de lutados trabalhadores desempregados de São Paulo.

Tal qual a besta do Apocalipse, que foi adoradapelo povo, o capitalismo destruidor da natureza tam-bém é tratado como algo bom, porque faz uma pro-paganda a seu favor, ou seja, a favor dos grandescapitalistas, que aparecem como benfeitores, quan-do na verdade tudo fazem somente por dinheiro, enunca pela vida.

A propagação desses “valores” é tão forte queaté mesmo alguns trabalhadores adquirem essa visãode valorizar os ganhos acima de tudo. Além disso, odescaso com o meio ambiente é resultado deensinamentos que colocam o humano como centro enão como parte da natureza. A tendência é se sentirdominador da natureza e não participante dela.

É provado que a dinâmica do sistema capitalistadevasta os recursos naturais, mas cabe também àspessoas, uma parcela de responsabilidade. Salvar oplaneta é um desafio para todos e todas, incluindo anecessidade de se estudar a respeito, para entenderos mecanismos que destroem a vida e lutar paraeliminá-los. Afinal, o ser humano é construtor da his-tória e não somente espectador.

Palavras desafiadorasApós a reflexão inicial, os/as presentes ao en-

contro levantaram palavras e expressões sobre asquais têm dúvidas referentes à questão ambiental.Alguns desses termos desafiadores: passivoambiental; camada de ozônio; efeito estufa; aqueci-mento global; chuva ácida; bioma; superbactéria;biodiversidade; REDD; APP; entre outros.

Eduardo Paludette, liberado nacional da PO, ex-plicou didaticamente cada uma das dúvidas.

Por fim, a plenária concluiu que para salvar oplaneta é preciso mudar a forma de consumo e deorganização do trabalho. Por isto, o tema do próxi-mo encontro, a ser realizado em setembro, será“Nova cultura do trabalho”.

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É hora de reforçar as lutas?A queda do desemprego é um aspecto importante, porque reduz o poder de pressão dos patrões para

baixar os salários. Neste contexto, os trabalhadores ganham mais força para lutar. Por isso, crescem asmobilizações de diversas categorias, com pautas mais ampliadas. Bandeiras históricas são resgatadas. Aaprovação na reunião da OIT (Organização Internacional do Trabalho), da ampliação dos direitos do traba-lhador doméstico e o voto favorável da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal ao aviso prévioproporcional ao tempo de serviço nos casos de demissões sem justa causa, são avanços importantes.Mas, essas medidas somente serão convertidas em direitos, se houver lutas massivas e unitárias.

Baseado no Editorial “Crescimento econômico e luta de classes”-Jornal Brasil de Fato,29/06/11

6 - Boletim CONQUISTAR da Pastoral Operária Nacional - Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana

Ação Sindical Economia Solidária

Projeto de leiProjeto de leiProjeto de leiProjeto de leiProjeto de leipropõe juntar opropõe juntar opropõe juntar opropõe juntar opropõe juntar o

joio e o trigojoio e o trigojoio e o trigojoio e o trigojoio e o trigo

O governo da presidente Dilma lança umprojeto de lei (o PL nº 865) que cria a Se-cretaria de micro e pequenos empresáriose, de uma forma inusitada, agrega a Eco-

nomia Popular Solidária no corpo desteprojeto. Isto nos provoca a fazer um de-bate e nos organizar como movimento

social, para reagir em prol de nossos prin-cípios e objetivos.

Aqueles que falam de capitulação e atéde traição à luta de classes, acusando aprática da economia solidária de ser um

braço do capitalismo, se enchem de razãodiante de um projeto como este.

O problema fica mais feio quando ouvi-mos “companheiros” defendendo a inclu-

são da economia solidária no PL 865,como algo aceitável. Para complicar, di-zem que é normal a convivência entre

micro-empresários individuais e empreen-dimentos coletivos. Ora, os empresáriossão destinados à prática capitalista, deexploração do trabalho, promovendo a

mais valia e o lucro. Os empreendimentoscoletivos, para seguirem os princípios da

economia solidária, devem serautogestionários, praticantes da partilha evoltados para a construção de uma novaeconomia baseada na solidariedade, nasocialização dos meios de produção e norespeito às pessoas e meio ambiente.Para os participantes e construtores da

economia solidária, juntar esses dois seg-mentos tão distintos é como misturar

água com óleo.O Fórum Brasileiro de Economia Solidá-

ria (FBES) conseguiu abrir diálogo com ogoverno para aprofundar o debate e dei-xar claras as diferenças entre os dois se-tores. Também foi criado um grupo de

trabalho para dialogar sobre políticas pú-blicas, no sentido de abrir caminhos para

o crescimento e formação dos trabalhado-res e trabalhadoras que deixaram de ven-der sua força de trabalho ao capital, paratrabalhar de forma coletiva, sem empre-

gado e sem patrão.Segundo os ensinamentos de Jesus Cris-

to, devemos saber separar o joio do trigo,além de aprender na prática a dividir os

bens com alegria.Baseado no texto de Renato Silveira Martins –

PO São Miguel Paulista/SP

CCCCComerciários de Santa Catarinaomerciários de Santa Catarinaomerciários de Santa Catarinaomerciários de Santa Catarinaomerciários de Santa Catarinaconquistam um piso salarialconquistam um piso salarialconquistam um piso salarialconquistam um piso salarialconquistam um piso salarial

Adriano De Martini é Secretário Geral do Sindicato dos Empregados noComércio de Xanxerê e Região – SEC (fundado em 1985) e iniciou suamilitância na Pastoral da Juventude. Conta que estão se organizandoalgumas categorias de trabalhadores/as, especialmente dos frigoríficos,

para articular novamente a PO na diocese de Chapecó

Jornal Conquistar - Há quanto tempo você está nesta atividade sindical?Adriano - Em 2009, recebi o convite para compor a direção do SEC e desde 1º de Maio de 2010 estou

liberado para exercer a função sindical de Secretário Geral.

Conquistar – Você acha que a participação na Pastoral da Juventude (PJ) ajuda na sua atuação sindical?Como?

Adriano - Iniciei na PJ em 1999 e a forma dinâmica como a PJ ensinou-me a viver, trabalhar e relacionarcom o povo ajuda muito no trabalho sindical de base. A vivência em comunidade, a solidariedade, o espírito deliderança, a simplicidade e humildade e o amor ao próximo, são alguns valores que me movem na atuaçãosindical e que são frutos da participação na PJ. E mais: indignar-se perante o mundo injusto e lutar paraconstruir o mundo humano; persistir e jamais deixar de sonhar.

Conquistar - Qual é o tamanho aproximado da sua categoria e quantosestão sindicalizados? Há muitas mulheres? E jovens?

Adriano - A categoria é de aproximadamente 3.500 trabalhadores/as.Em torno de 800 estão sindicalizados. A maioria da categoria é feminina(70%) e em grande parte também são jovens, de 16 a 29 anos.

Conquistar - Os trabalhadores participam das atividades do Sindi-cato?

Adriano - Há pouca participação em reuniões e assembleias quandoconvocadas para a sede do sindicato. Estamos fazendo as reuniões eassembleias nos locais de trabalho e assim há bom resultado quanto àparticipação e discussão da política sindical.

Nos eventos esportivos, de lazer, almoços, seminários e palestras, háboa participação da categoria.

Conquistar - Quais os principais problemas da categoria?Adriano – Entre os principais problemas destacamos: Trabalhar aos

domingos, feriados e às vésperas do Natal até as 22 horas; muitas em-presas não pagam o piso regional de salários; assédio moral; exercerfunções além do que está na CTPS ou contrato de trabalho; falta deorganização e participação dos trabalhadores na luta pela ampliação dosdireitos; más condições de trabalho; disputa pela representação dos trabalhadores(as) por grupos financiadospelos grandes empresários; jovens que não podem estudar devido ao trabalho; grande rotatividade dos traba-lhadores.

Conquistar - Sobre estes problemas, quais são as principais reivindicações atualmente?Adriano – Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas semanais; fim do trabalho aos domingos,

feriados e vésperas do Natal; aplicação do piso salarial da categoria (R$ 695,00); ambiente de trabalhoadequado às características de cada trabalhador/a; formalização de todo o trabalho desenvolvido nas empre-sas; organização da categoria em vista da ampliação dos direitos; licença maternidade de seis meses; direitoa creche; liberação de todos os estudantes às 18 horas; reajuste anual com percentual de 100% sobre ainflação do período anterior; e muitas outras.

Conquistar - Qual a movimentação mais marcante da história das lutas da categoria?Adriano – Foi marcante a Mobilização para conscientização e coleta de assinaturas do abaixo-assinado

reivindicando a implantação do piso regional de salários de SC em 2009. O mesmo entrou em vigor a partir de1º de janeiro de 2010. Em média, os trabalhadores(as) receberam reajuste de 30% sobre o salário normativoque recebiam anteriormente. Outras conquistas foram: horas extras com adicional de 70% sobre a horanormal; licença maternidade de seis meses nas empresas concessionárias de veículos; reajustes de saláriossempre acima da inflação (ganho real).

A vivência emcomunidade, a

solidariedade, oespírito de

liderança, asimplicidade ehumildade e o

amor ao próximo,são alguns valoresque me movem naatuação sindical eque são frutos da

participação na PJ.

Reconquistar o direito de greveA greve é um direito conquistado com muitos sacrifícios, pela classe trabalhadora. E ao longo de mais de meio século em que deixou de ser

criminalizado e passou a ser admitido em nosso ordenamento constitucional, o Estado sempre buscou suprimir este direito, através da lei ordinária,o que tem sido cada vez mais frequente. Nenhuma categoria se arrisca a enfrentar as multas e restrições que vêm impedindo o exercício do direito degreve e, quase sempre, retornam ao trabalho ante a concessão de uma liminar ou a ameaça de terem seu movimento julgado como “abusivo”.

O curioso é que a bandeira da reconquista do direito de greve não vem sendo empunhada com a ênfase necessária pelos dirigentes sindicais.Baseado no Editorial nº 434 do Jornal Brasil de Fato de 22/06/2011

Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana - Boletim CONQUISTAR da Pastoral Operária Nacional - 7

O inícioNo dia 23 de junho (5ª-feira), a partir do lema bí-

blico “Lancem as redes para águas mais profundas”,iniciou-se a Assembleia com a celebração, na qualforam apresentadas todas as regiões do Brasil pre-sentes, e convidados da Venezuela e Alemanha.

A Análise de Conjuntura Social e Política foi feitapelo Professor da Unicamp e ex-liberado nacional daPastoral Operária, Dari Krein, que nos lembrou sobreos diversos movimentos de reação popular que estãoexplodindo pelo mundo todo.

Organizar, articular, formar e informarO segundo dia de Assembleia, iniciado com o tex-

to bíblico das Bem-aventuranças, teve assessoria doPadre Oscar Beozzo, que fez a análise da realidadeeclesial, seus desafios e perspectivas. Deu destaqueaos desafios da Igreja da Libertação, em cuja pers-pectiva se situa o trabalho da Pastoral Operária.

Após reflexão e debate, Pe. Beozzo chamou a aten-ção para a necessidade da Pastoral Operária ser ca-paz de, diante da nova realidade do trabalho, organi-zar, articular, formar e informar a Igreja e a socieda-de sobre os dilemas e contradições do mundo do tra-balho. Sobretudo, destacou a importância dametodologia Ver–Julgar–Agir como contribuição dostrabalhadores para a Igreja.

Mergulho em águas mais profundasNo terceiro dia da Assembleia, as reflexões sobre

a identidade da PO, realizadas com bastante profun-didade, definiram características da pastoral como:

- O P de pastoral remete ao místico, àespiritualidade, inspiração no Projeto de Jesus e fé noReino, sempre inserindo a Palavra de Deus na reali-dade da vida.

- o O de operária repre-senta as ações de formaçãoe organização da classe tra-balhadora, sendo a formaçãopelo método ver-julgar-agirrealizada na base para gerarlideranças questionadoras quepropõem mudanças estrutu-rais na sociedade, com visãoclara da luta de classes.

O questionamento sobre“onde estamosatuando” resultou em umagrande lista de movimentos,fóruns, setores da Igreja e do

Os preparativosEm agosto de 2010, representantes de 14

estados do Brasil iniciaram as discussões so-bre à Assembleia Geral da Pastoral Operá-ria. Dentre muitos outros, três pontos prin-cipais destacaram-se nos debates:

· Apesar do otimismo que reina no Bra-sil, a situação do povo e dos trabalhadores

governo, nos quais os/as militantes da PO atuam.

DesafiosAo serem apontados os desafios, apareceram ur-

gências como: estudar a atual realidade do mundodo trabalho; inserir a juventude nos quadros eatividades da PO; ter uma metodologia mais cla-ra; ouvir mais as pessoas; articular-se com osmovimentos populares.

Foi proposto o desafio de se realizar um gestoprofético unificado da PO do Brasil, nos próximostrês anos. O dia encerrou-se com a tradicional eanimadíssima Noite Cultural.

Decisões finaisNo último dia, foi definido o eixo articulador, ou

seja, o texto que traz os princípios essenciais para ori-entar as ações da Pastoral Operária em todo lugar doBrasil, onde ela esteja representada.

Foram eleitos também três trabalhos prioritáriospara os próximos três anos, em torno dos quais toda aPO do Brasil vai juntar forças para realizar: cada lo-cal segundo sua própria realidade e suas necessida-des. É o que chamamos de prioridades, que incluem

ações de organização da classe trabalhadora, fortale-cimento dos grupos de base da PO e a realização deformação para todos os setores da sociedade.

Uma grande lista de bandeiras de luta apontadana Assembleia revela o desejo e a disposição de apoi-ar as diversas dimensões e atividades da luta popular.

Coordenação Nacional da POO colegiado nacional é o coletivo que encaminha

a formação para os grupos de base e cuida para quehaja unidade nas ações da PO no Brasil, de acordocom o eixo articulador e respeitando as prioridades.No próximo triênio (2011-2014), o Colegiado será com-posto por:

Eduardo Paludette (PO Ipiranga/SP) -liberado nacional;

Cristina Souza (PO Imperatriz/MA) - li-berada nacional;

Mônica Fidelis (PO João Pessoa/PB) -representa a região Nordeste

Flávio Antonio Brandão (PO NovaIguaçu/RJ) - representa a região Sudeste;

Mateus de Marco (PO/RS) - representaa região Sul;

Irmã Bernadete Valenga (PO Curitiba/PR) - assistente religiosa;

Pe. Antonio Carlos Portes - assistenteeclesiástico;

Dom Luiz Antonio Guedes (Diocese deCampo Limpo/SP) - bispo referencial.

Liberação NacionalA PO tem dois Coordenadores liberados

para encaminhar os trabalhos em nível nacio-nal. Representando as regiões Nordeste e Nor-te, Mônica Fidelis teve o nome indicado emencontro da articulação da PO Nordeste e foireferendada pela Assembleia Nacional paraser a próxima coordenadora, iniciando emmarço de 2012. Pelas regiões Sudeste e Sul,

foi aprovado Eduardo Paludette para um segun-do mandato. Portanto, ambos permanecerão li-berados até março de 2015.

em particular, continua muito crítica, sob omando do projeto neoliberal.

· A classe operária precisa se articularmais para a confrontação capital-trabalho.

· A hierarquia da igreja está longe decompreender a situação dos trabalhadores.Medrosa, desconfiando da profecia, prefere a

moderação.Diante disto, decidiu-se levar para a

Assembleia Nacional a reflexão sobre o pa-pel da PO dentro da conjuntura atual (sociale eclesial) e questionamentos sobre a iden-tidade dos militantes pastorais, a fim de quese possa reafirmar esta identidade.

A 17a Assembleia Geral da PO ocorreu de 23 a 26 de junho, em São Paulo/SP. Antes de se realizar,motivou reuniões, estudos, reflexões e debates dos grupos de base do Brasil inteiro.

Tivemos uma paridade exata de sexo em relação aos delegados. Dos 80 delegados edelegadas das 43 dioceses tínhamos 40 homens e 40 mulheres. E nem combinamos.

Observação de Eduardo Paludette – Liberado Nacional

17ª Assembleia Nacional da Pastoral Operária

8 - Boletim CONQUISTAR da Pastoral Operária Nacional - Comunicação a serviço da classe trabalhadora urbana

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Fechamento autorizadoPode ser aberto pela ECT.

EXPEDIENTE:EQUIPE DE COMUNICAÇÃO.Jornalista: Antonia Carrara/MTB 13746-SP • Revisão: André Langer, João Pedro BaresiDiagramação: Maria do Amparo • Colaboradores: Eduardo Paludette, Isabel Cristina

SECRETARIA NACIONAL DA PASTORAL OPERÁRIARua Guarapuava, 317 - Moóca • São Paulo-SP • CEP 03164-150

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Brasil Urgente Mulher

Calendário de Luta

A fala das mulheres da PO“Quando a gente era fraca,

lutamos e alcançamos conquistas. Agora, quesomos fortes, não vamos recuar”

Justina Carvalho – PO Imperatriz/MA

Em entrevista coletiva com as mulherespresentes na Assembleia nacional da PO, elasafirmam que coragem, força e resistência são

qualidades essenciais para se enfrentar ocotidiano feminino e apontam as

contradições vividas, porque as atividadessão muitas, mas o reconhecimento é pouco

DesafiosHoje, as mulheres são maioria nos movimentos populares, mas

seu trabalho nem sempre aparece. O mesmo acontece nos sindica-tos, onde a contribuição feminina cresceu muito, no entanto nem sefala sobre isso. Na igreja não é diferente: têm muito trabalho, masde forma alguma ocupam posições de destaque.

Nos empregos, as dificuldades são incontáveis, incluindo salári-os menores que dos homens na mesma função e o assédio sexual emoral crescentes...

Esperanças e conquistasA Lei Maria da Penha e o crescimento dos movimentos de

mulheres são grandes conquistas que vêm se somar à teimosia,persistência e capacidade de articular.

Na construção de uma nova forma de trabalhar, a presençafeminina é maioria nos grupos de economia popular solidária.

E, como esperança, as mulheres continuam sendo fator de co-esão e equilíbrio, onde participam; produzem frutos da terra, davida e do conhecimento; aumenta a consciência política no sentidode perceber que seu trabalho reprodutivo é tão importante quantoo produtivo.

Há muita gente semexendo...

Um panorama da conjunturapolítico-social, mundial e

brasileira, foi apresentado naAssembleia da PO, por Dari

Krein, que é professor daUNICAMP (Universidade de

Campinas/SP).Destacamos dois pequenos

trechos de sua fala.

No mundoHá uma série de manifestações aconte-

cendo no mundo todo. Contrariamente aosvalores individualistas propagados peloneoliberalismo. Pessoas se colocam nas pra-ças públicas e levam seus gritos contra aspolíticas adotadas pelos governos: na Grécia,na Espanha, no norte da África entre outros...

Algumas movimentações, no entanto, nãosurgem de movimentos e partidos constituí-dos. Vêm de grupos espontâneos, que nãose identificam com organizações tradicionais.Daí surge a questão: Como esses movimen-tos podem crescer, a fim de ameaçar o sis-tema capitalista?

Diante disto, Dari ressalta que projeto po-lítico não é só um conjunto de ideias amarra-das, mas precisa também de base social quesustente as ideias; necessita de força socialque forneça direção a um movimento.

E no Brasil?O desemprego caiu, a renda melhorou, mas

existe inflação e o mercado de trabalho aindaé muito ruim: o número de carteiras assinadasaumentou, mas as condições de trabalho pio-raram, atingindo a saúde dos/as trabalhadores/as e retirando direitos...

Dari acrescenta que a qualidade do traba-lho está relacionada ao modelo de desenvolvi-mento que o país adota. E que para ter bonstrabalhos, há que se desenvolver, incorporan-do a dimensão ecológica e social.

E à classe trabalhadora cabe ficar atentaa novos movimentos que questionam a or-dem econômica e política do país.

A importância daorganização,articulação e

formaçãoPadre Oscar Beozzo, da

coordenação do CESEP, emsua assessoria na Assembleianacional da PO, apresentou

alguns aspectos daconjuntura eclesial.

Pe. Beozzo apresenta a Igreja inseridano mundo e que enfrenta as questões so-ciais, como Igreja da libertação, que sevolta para as pessoas descartadas pelocapitalismo.

Luzes e sombrasAs recentes mobilizações de trabalha-

dores no Brasil e no mundo, osintereclesiais, os fóruns sociais, o trabalhode base, o compromisso de alguns padrese religiosos, foram apresentados como si-nal de ânimo, esperança e luzes para a ca-minhada. Em contrapartida, a cultura geraldo individualismo, os novos movimentosconservadores no interior da Igreja, as mu-danças no mundo do trabalho, entre outros,simbolizam as sombras no caminho.

Mais luzes do que sombras?Esses segmentos que representam as

sombras são muito fortes. No entanto, asmanifestações populares nascem pequenase se esparramam, até internacionalmente;o que supõe organização e isto tem muitopeso. Acrescentando articulação aos mo-vimentos já organizados, a força cresce; daía importância de se estabelecer redes efóruns. As CEBs, pastorais sociais, organi-zações de encontros, romarias e tantas ou-tras manifestações simbolizam uma gran-de rede de libertação. Mas, para avançarmais, é necessário realizar formação sis-temática, com muita informação e utilizan-do o método ver-julgar-agir.

Mulheres na assembleia nacional da PO

Dia 09 de agosto – 16 anos do Massacre dos Sem Terra – Corumbiara-RO

Dias 10 e 11 de agosto - Lançamento da 5ª Semana Social Brasileira- Brasília/DF

Dia 12 de agosto – 28 anos do Assassinato de Margarida Alves

Dias 26 a 28 de agosto - Reunião do Colegiado Nacional da PastoralOperária - Em São Paulo/SP

Dias 30 e 31 de Agosto - 12ª Romaria da Terra e da Água - Lema:Salvar a Terra e a Água é Salvar a Vida - Campo Maior/PI

Dia 07 de setembro - 24ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalha-doras em Aparecida/SP

Dia 07 de setembro - 17º Grito dos/as Excluídos e Excluídas

Dia 11 de setembro – Encontro FLTD - Tema: Ecologia e Trabalho -São Paulo/SP

De 30/09 a 02 de outubro – Auticulação do Nordeste - Mossoró/RN