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Aula 08 Curso: Português p/ INSS (todos os cargos) Professor: Fabiano Sales

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Aula de língua portuguesa para concurso. Nº 8

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AULA 08 Salve, salve, meus vitoriosos alunos! Esta é a aula 08 de nosso curso. Hoje trabalharemos um assunto de fundamental importância nas provas das principais bancas organizadoras de concursos públicos: a pontuação. Para melhor orientá-los em seus estudos, apresento o sumário abaixo a vocês:

SUMÁRIO

01. Pontuação - Introdução .................................................................02 02. Pré-requisitos para o Emprego da Vírgula....................................05 03. O Emprego da Vírgula ....................................................................07 04. O Ponto e Vírgula ...........................................................................13 05. Os Dois-Pontos ...............................................................................14 06. O Ponto ...........................................................................................16 07. O Ponto de Exclamação..................................................................16 08. O Ponto de Interrogação.................................................................17 09. As Aspas..........................................................................................18 10. O Travessão ....................................................................................19 11. Questões Comentadas ...................................................................20 12. Gabarito ...........................................................................................43

Para refletir:

"Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: A VONTADE." (Albert Einstein) Reforçaremos o estudo acerca do emprego dos sinais de pontuação com questões de outras bancas.

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PONTUAÇÃO (Introdução)

A pontuação é um recurso de extrema importância para a interpretação da superfície textual. Inicialmente, quero demonstrar a vocês que a omissão ou alteração do sinal de pontuação pode modificar parcial ou totalmente o sentido do texto. De maneira geral, o texto abaixo representa o valor da pontuação. Um homem rico, à beira da morte, deixa o seu testamento assim: "Deixo meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres." (Luiz Bertin Neto) Não teve tempo de pontuar e morreu. A quem ele deixara a riqueza? Eram quatro os concorrentes: o sobrinho, a irmã, o alfaiate e o juiz. Segue um exercício de aplicação para vocês. Observando os textos abaixo, numere-os, usando os seguintes códigos: (A) O sobrinho reescreve o testamento em seu benefício; (B) A irmã reescreve o testamento em seu benefício; (C) O alfaiate reescreve o testamento em seu benefício; (D) O juiz decide doar os bens aos pobres e reescreve o testamento. ( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". ( ) "Deixo meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". ( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". ( ) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres". Conseguiram fazer a correlação? Vamos visualizar como ficaria o texto acima sob as quatro perspectivas: "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". - alfaite (C)

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"Deixo meus bens à minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". - irmã (B) "Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres". - sobrinho (A)

"Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres". - juiz (D)

Sendo assim, percebam o quão importante é estudar o tema pontuação.

Agora, proponho um desafio a vocês: empreguem APENAS UMA VÍRGULA no período a seguir:

"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher andaria de quatro a seus pés."

Pensem! (rs...) Prontos? Vamos lá! Se você é do sexo masculino, provavelmente empregou a vírgula após o verbo ter:

"Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro a seus pés".

Porém, se você é do sexo feminino, provavelmente empregou a vírgula após o vocábulo mulher:

"Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro a seus pés". O que pretendo demonstrar com isso? Que uma única modificação pode alterar completamente o sentido de um texto. Por exemplo, o emprego da vírgula: - pode ser uma pausa (ou não). Exemplos: Não, espere. (pausa) Não espere.

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- pode denotar autoritarismo (ou não). Exemplos: Aceito, obrigado. Aceito obrigado. (autoritarismo) - pode criar heróis ou vilões. Exemplos: Isso só, ele resolve. (vilão) Isso só ele resolve. (herói) Este, juiz, é corrupto. (herói) Este juiz é corrupto. (vilão) - pode denotar uma solução. Exemplos: Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido. - pode mudar uma opinião. Exemplos: Não queremos saber. Não, queremos saber. É necessário que vocês, futuros servidores públicos, tenham muita atenção ao redigir um documento. Vejam o que uma simples vírgula pode ocasionar.

A VÍRGULA DE UM MILHÃO DE DÓLARES Pode parecer incrível, mas uma única vírgula causou uma confusão e um prejuízo terrível para o governo dos EUA. A história é a seguinte: Na lei de tarifa alfandegária aprovada pelo congresso, em 6 de junho de 1872, uma lista de artigos livres de impostos incluía:

“plantas frutíferas, tropicais e semitropicais”.

No momento em que redigiu o documento, um servidor público distraído acrescentou uma vírgula, deixando o texto assim:

“plantas, frutíferas, tropicais e semitropicais”

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Com isso, todos os importadores de plantas americanos pleitearam o direito de importação livre de impostos, ocasionando uma perda de impostos milionária aos cofres dos EUA. Pasmem: o desastrado servidor público, ao que parece, não foi demitido. (rs...)

PRÉ-REQUISITOS PARA O EMPREGO DA VÍRGULA

Antes de estudar os casos em que se emprega a vírgula, sinal de pontuação muito explorado nas provas, é oportuno apresentar a vocês alguns comentários introdutórios.

� Ordem direta

Diz-se que uma oração está na ordem direta quando seus termos se apresentam na seguinte progressão:

SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO(S) + ADJUNTO(S) Exemplos: O professor iniciará a aula às sete horas. sujeito verbo O.D adj. adverbial Aquele servidor deu ordens aos terceirizados ontem. sujeito verbo O.D. O.I adj.adv.

CASOS PROIBIDOS - Não se deve separar por vírgula o sujeito de seu predicado e os verbos de seus complementos. Exemplos: Fabiano, comprou um carro na concessionária. (errado, pois há vírgula entre sujeito e verbo) Fabiano comprou, um carro na concessionária. (errado, pois há vírgula entre o verbo e seu complemento) Fabiano comprou um carro na concessionária. (correto) - Não se emprega vírgula entre o termo regente e o termo regido (adjuntos adnominais e complementos nominais).

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Exemplos: Aquele, aluno de Brasília passou no concurso. (errado, pois há vírgula entre o adjunto adnominal “Aquele” e o núcleo (nome) “aluno”) Aquele aluno de Brasília passou no concurso. (correto) O estudo é necessário, à aprovação. (errado, pois há vírgula entre o nome “necessário” e o complemento nominal “à aprovação) O estudo é necessário à aprovação. (correto) - A posição originária do adjunto adverbial é o final do período. Seguindo essa ordem (sujeito + verbo + complemento + adjunto), a vírgula entre o complemento do verbo e o adjunto adverbial é facultativa. Exemplo: Aquele funcionário deu ordens a nós, ontem. (correto) sujeito verbo O.D. O.I adj.adv. Aquele funcionário deu ordens a nós ontem. (correto) sujeito verbo O.D. O.I adj.adv.

� Ordem inversa

A ordem direta, descrita acima, pode ser rompida por inversões ou intercalações, constituindo o que se convencionou chamar de ordem inversa. Exemplos: O professor iniciará, às sete horas, a aula. (correto) sujeito VTD adj. adverbial OD O professor, às sete horas, iniciará a aula. (correto) sujeito adj. adv. VTD OD Às sete horas, o professor iniciará a aula. (correto) adj. adv. sujeito VTD OD Observa-se, nos exemplos acima, que o adjunto adverbial “às sete horas” está deslocado em relação à sua posição tradicional (final do período). Houve, portanto, uma inversão da ordem direta da frase. Por essa razão, justifica-se o emprego da(s) vírgula(s).

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Importante! Segundo as lições de Celso Cunha, em Nova Gramática do Português Contemporâneo, pág. 660, quando os adjuntos adverbiais deslocados forem curtos e de fácil entendimento, o emprego da vírgula fica dispensado. Exemplos: Ontem, estudei bastante. (correto) Ontem estudei bastante. (correto) Felizmente, cheguei antes de o portão fechar. (correto) Felizmente cheguei antes de o portão fechar. (correto) Entretanto, quando houver a intenção de realçá-los, recomenda-se o emprego da vírgula. Exemplo: Depois, tudo caiu em silêncio (Castro Soromenho)

O EMPREGO DA VÍRGULA

• No interior das orações, emprega-se a vírgula para: a) separar apostos (exceto os especificativos) e vocativos. Exemplos: O leão, o rei da selva, é um animal carnívoro. Preste atenção, caro aluno! Caro aluno, preste atenção! b) separar nomes de lugar nas datas. Exemplo: Rio de Janeiro, 21 de julho de 2012. c) separar núcleos de uma mesma função sintática ou componentes de uma enumeração quando não vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem. Exemplos: Eu, você e ele seremos aprovados. Ele comprou couve, alface, coentro e agrião. “Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado.” (Machado de Assis)

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Importante! Conforme as lições de Evanildo Bechara, em Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro, editora Lucerna, pág. 609, “na série de sujeitos seguidos imediatamente de verbo, o último sujeito não é separado do verbo por vírgula. Exemplo: “Carlos Gomes, Vítor Meireles, Pedro Américo, José de Alencar tinham- -nas começado.” (Carlos de Laet, Obras Completas) Esse é o mesmo posicionamento de Celso Cunha & Lindley Cintra, em Nova Gramática do Português Contemporâneo, Rio de Janeiro, editora Lexikon, pág. 664: “Os termos essenciais e integrantes da oração ligam-se uns com os outros sem pausa; não podem ser, assim, ser separados por vírgula”. d) indicar elipse (omissão) de um termo. Exemplos: Ele canta a vida; e você, a morte. (a vírgula omitiu o verbo “cantar”) Bebida mata; velocidade, também. (a vírgula omitiu o verbo “matar”) e) separar os pleonasmos, as repetições. Exemplos: A casa é linda, linda. “Contigo, contigo, Antônio Machado, Fora bom passear.” (Cecília Meireles) “Nunca, nunca, meu amor!” (Machado de Assis) f) separar termos de ordem inversa ou adjuntos adverbiais antecipados. Exemplos: Ele, diariamente, resolvia questões. Na Europa, afirmam que o clima é frio. Lá fora, chove bastante. Na ordem direta, teríamos: Ele resolvia questões diariamente. Afirmam que o clima é frio na Europa. Chove bastante lá fora.

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g) separar partículas e expressões de explicação, correção, continuação, conclusão, concessão (qual seja, a saber, por exemplo, aliás, isto é, ou melhor, ou seja, não obstante). Exemplos: Este curso é muito bom, isto é, esclarecedor. Fiz os exercícios, ou melhor, as questões. Sairá amanhã, aliás, depois de amanhã. “...e, não obstante, havia certa lógica, certa dedução” (Machado de Assis) h) separar conjunções coordenativas adversativas (porém, contudo, entretanto, todavia etc.) ou conclusivas (pois, portanto, logo etc.) deslocadas. Exemplos: Não consegui, entretanto, engordar. Estudaram muito, portanto, foram aprovados. Importante! Segundo as lições de Celso Cunha e Lindley Cintra, “das conjunções adversativas, mas deve ser empregada no começo da oração; porém, todavia, contudo, entretanto e no entanto podem vir ora no início da oração, ora após um de seus termos. No primeiro caso, põe-se uma vírgula antes da conjunção; no segundo, vem ela isolada por vírgulas”. Exemplos: “Vá aonde quiser, mas fique morando conosco.” (Machado de Assis) Vá aonde quiser, porém, fique morando conosco. Vá aonde quiser, fique, porém, morando conosco. “As pessoas dedicadas, contudo, haviam desde a véspera abandonado a cidade.” (João ribeiro) As pessoas dedicadas haviam, contudo, desde a véspera abandonado a cidade. Importante! Segundo as lições de Celso Pedro Luft, na obra A vírgula, editora Ática, págs. 49-50, o conectivo “todavia (e palavras semelhantes), no interior da frase, aparece pontuado de maneiras diferentes. Exemplos:

O aluno, todavia, nada respondeu. No período acima, todavia no interior de sua oração, temos a pontuação das partículas intercaladas.

O professor repetiu a explicação, todavia, os alunos continuaram com dúvidas. No exemplo acima, todavia é interior da frase, mas não de sua oração. Usar

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duas vírgulas é má pontuação, porque sinaliza, como intercalado, um elemento inicial de oração. Querendo sinalizar pausa depois de todavia, é preciso aumentar a pausa anterior.

O professor repetiu a explicação; todavia, os alunos continuaram com dúvidas. Celso Cunha e Lindley Cintra citam que “quando a conjunção pois for conclusiva, vem sempre posposta ao verbo da oração a que pertence e, portanto, isolada por vírgulas. Exemplos: Não compactua com a ordem; é, pois, uma rebelde. “Vens, pois, anunciar-me uma desventura.” (Alexandre Herculano) Esse é o mesmo posicionamento de Luft, na obra A vírgula. Exemplo: Transmiti o recado ao nosso colega. Deve, pois, estar de sobreaviso. Agora, observem as orações a seguir.

(1) O homem é mortal; deve, pois, estar preparado para morrer.

(2) O homem deve estar preparado para morrer, pois é mortal.

Em (1), o “pois” está posposto ao verbo. Portanto, é uma conjunção conclusiva, equivalendo a “portanto”. Por essa razão, aparece entre vírgulas. Já em (2), o conectivo “pois” está anteposto à forma verbal, sendo um conector explicativo, equivalendo a “porque”. Não aparece isolado por vírgulas. Percebam que, ao fazer uma simples mudança no período (2), o “pois” assume tom de conclusão:

O homem deve estar preparado para morrer; pois, por natureza, é mortal.

Fiquem atentos a isso!

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As demais conjunções conclusivas “(logo, portanto, por conseguinte, etc.) podem encabeçar a oração, ou pospor-se a um dos seus termos, conforme ocorre com as adversativas. Exemplos: Ele anda muito ocupado, por isso não tem respondido às suas cartas. Penso em passar neste concurso. Logo, tenho que estudar.

• Entre as orações, emprega-se a vírgula para: a) separar orações coordenadas assindéticas. Exemplos: Ele comeu, bebeu, conversou e saiu. b) separar orações coordenadas sindéticas, salvo as introduzidas pela conjunção “e”. Exemplos: Há aqueles que se esforçam muito, porém raramente são reconhecidos. (oração coordenada sindética adversativa) Estudamos bastante, logo seremos aprovados. (oração coordenada sindética conclusiva) Importante! Segundo as lições de Bechara (obra citada anteriormente), emprega-se a vírgula para separar orações coordenadas alternativas (ou, quer, etc.), quando proferidas com pausa. Exemplo: Ele sairá daqui logo, ou me desligarei do grupo. A mesma regra vale quando o conectivo “ou” exprimir retificação. Exemplo: “Teve duas fases a nossa paixão, ou ligação, ou qualquer outro nome, que eu de nome...” (Machado de Assis) Entretanto, quando o “ou” denotar equivalência, não se emprega vírgula. Exemplos: Solteiro ou solitário se prende ao mesmo termo latino. Nenhuma lei ou ato normativo pode ser editado se não estiver em consonância com a Constituição Federal.

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OBSERVAÇÃO! As orações coordenadas sindéticas introduzidas pela conjunção “e” podem vir separadas de suas respectivas orações principais por vírgula. Isso ocorre em três casos, quais sejam:

• Quando as orações apresentarem sujeitos distintos: Exemplos: Elas estarão de folga, e eu tomarei conta da casa. “O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo.” (Graciliano Ramos) Importante! Modernamente, a vírgula é facultativa nos exemplos acima. Elas estarão de folga(,) e eu tomarei conta da casa. (correto) O pirralho não se mexeu(,) e Fabiano desejou matá-lo. (correto) Nota: Não haverá vírgula quando o sujeito das orações for o mesmo. Exemplo: Elas estarão de folga e tomarão conta da casa. (=Elas estarão de folga e (elas) tomarão conta da casa.)

• Quando a conjunção “e” aparecer repetida por várias vezes, constituindo o que, em figura de linguagem, chama-se de polissíndeto (vários elementos de ligação). Exemplos: Trejeita, e canta, e ri nervosamente. “De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto (...)” (Vinícius de Moraes) “Comigo, o mundo canta, e cisma, e chora, e reza, E sonhar o que eu sonhar.” (Teixeira de Pascoaes)

• Quando a conjunção “e” possuir matiz semântico de adversidade. Exemplo: Não estudou, e passou no concurso. (e = mas) c) separar orações subordinadas antepostas às orações principais. Exemplo: Se eu estudar, passarei no concurso. Embora ele não tivesse estudado, passou no concurso.

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d) separar orações reduzidas de infinitivo, de gerúndio e de particípio ou orações adverbiais que iniciam o período. Exemplos: Ao entrar o fiscal de sala, os candidatos se calaram. Estudando assim, será aprovado. Terminado o concurso, houve a aprovação. e) separar orações intercaladas. Exemplos: O professor, disse o estagiário, já distribuiu as notas dos alunos. E o candidato, perguntou o professor, foi aprovado ou não? “Não lhe posso dizer com certeza, respondi eu.” (Machado de Assis) f) separar orações adjetivas explicativas. Exemplos: As frutas, que estavam maduras, caíram no chão. O soldado, que era arguto, entendeu as ordens. “... eu, que valia mais, muito mais do que ele, ...” (Machado de Assis) As orações adjetivas explicativas denotam qualidade acessória do antecedente – e, portanto, dispensáveis ao sentido essencial da frase –, separam- -se dele por uma pausa, indicada na escrita por vírgula.

O PONTO E VÍRGULA

O ponto e vírgula, sinal empregado para denotar que o período não foi encerrado integralmente, é empregado para contribuir com a clareza textual. Deve ser empregado:

a) em orações coordenadas extensas, quando, dentro destas, já houver a ocorrência de vírgula. Exemplo: Ela, que é muito esperta, queria uma ajuda do pai; necessitava, acima de tudo, da aquiescência da mãe, dos avós e dos irmãos; sabia que, antes de qualquer coisa, o seu nome estava em jogo. b) para separar itens de uma lei, um estatuto, um decreto ou outro documento semelhante. Exemplo: Artigo 1º - Será considerado mau cidadão aquele que cometer alguma das

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seguintes faltas: I) cuspir no chão, em ambientes fechados ou abertos; II) avançar o sinal vermelho em qualquer via pública; III) jogar lixo fora das lixeiras, mesmo que o detrito se resuma a um minúsculo papel de bala; e IV) atirar latas de cerveja ou refrigerantes nas vias públicas, através das janelas dos veículo, parados ou em movimento. c) antes de conjunções adversativas e conclusivas, empregadas no início da oração. Com isso, o sentido adversativo (ou conclusivo) dos conectivos fica acentuado, realçado. Exemplos: Vá aonde quiser; porém, fique morando conosco. Ele sabia toda a matéria; mas não era ela quem iria reconhecer a sabedoria do irmão. Ele anda muito ocupado; por isso não tem respondido às suas cartas. Ele acertou; está, pois, de parabéns. d) em orações coordenadas assindéticas, ainda que apresentem um valor adversativo. Exemplo: Fiz todo o meu serviço; ninguém reconheceu o meu esforço. (= Fiz todo o meu serviço, porém ninguém reconheceu o meu esforço.)

OS DOIS-PONTOS

Apresentam uma função bastante própria: a da enunciação. Este sinal marca uma supressão de voz em frases ainda não concluídas.

O sinal de dois-pontos é empregado para:

- anunciar uma citação. Exemplo: O chefe disse: o horário de trabalho é igual para todos.

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- anunciar uma enumeração. Exemplos: Comprou dois presentes: um livro e uma caneta. É dever de todo funcionário: cumprir a lei, ler e interpretar o estatuto da empresa e não faltar ao serviço. Nota: No último exemplo acima, as vírgulas poderiam ser substituídas por ponto e vírgula sem prejuízo para o período. Exemplo: É dever de todo funcionário: cumprir a lei; ler e interpretar o estatuto da empresa; e não faltar ao serviço. - anunciar uma explicação ou desdobramento de ideia, indicando conclusão, síntese, esclarecimento, consequência. Exemplo: São causas da doença: falta de alimentação adequada, estresse e noites sem dormir. - caracterizar os diálogos, antes dos discursos diretos. Exemplo: "Acrescentou, em voz meia surda, como se lhe custasse sair do coração apertado esta palavra de agradecimento: – Obrigada." (Machado de Assis)

- acompanhar, antes ou depois, aposto resumitivo. Exemplo: Vinho, dinheiro, mulheres: nada o alegrava mais. Nada o alegrava mais: vinho, dinheiro, mulheres. OBSERVAÇÃO!

Depois do vocativo que encabeça cartas, requerimentos, ofícios, etc., costuma- -se colocar dois-pontos, vírgula ou ponto. Vale frisar que, nesses casos, a vírgula é o sinal de pontuação preferível. Exemplo: Senhor Diretor : Senhor Diretor , Senhor Diretor ,

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O PONTO

Representa a pausa máxima do período. É empregado para: - encerrar uma linha de raciocínio (ponto-final), indicando o fim de uma frase declarativa. Exemplo: Vocês não terão dificuldades em usar o ponto. - separar orações independentes, dentro um mesmo parágrafo. Exemplo: Atravessara o seu amor e o seu inferno. Penteava-se diante do espelho. Estava vazio o seu coração. - separar grupo de ideias distintas (ponto-parágrafo). Exemplo: (...). O engenho dava-me assim as suas despedidas, como os namorados, fazendo os derradeiros agrados. (ponto-parágrafo) Na estação estava o povo de Angico esperando o trem. - escrever as abreviaturas de palavras.

Ex.: Prof. ; U.S.A.

OBSERVAÇÃO!

Segundo as lições do Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio

Buarque de Holanda Ferreira: “Quando o período, oração ou frase termina por abreviatura, não se coloca o ponto final adiante do ponto abreviativo, pois este, quando coincide com aquele, tem dupla serventia. Exemplo: O ponto abreviativo põe-se depois das palavras indicadas abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que se representam: V.S.a ; Ex.a ; etc.” Esse também é o posicionamento de Celso Cunha e Lindley Cintra, que prescrevem o seguinte: “se a palavra assim reduzida (abreviada) estiver no fim do período, este encerra-se com o ponto abreviativo, pois não se coloca outro ponto depois dele”.

O PONTO DE EXCLAMAÇÃO

É importante recurso para dar expressividade à leitura e à escrita, pois é responsável pela variação melódica que imprimimos à voz.

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O ponto de exclamação é empregado para: - indicar, dependendo da intenção da mensagem, surpresa, espanto, animação, alegria, ironia, dor, além de acompanhar as interjeições e intensificar as mensagens imperativas. Exemplo: Pega! Ele está fugindo! Nota: Geralmente, emprega-se letra maiúscula após tal pontuação. Entretanto, há ocasiões em que aparece no interior da frase, nos casos em que o período continua para além do diálogo citado ou quando a sequência se prende fortemente ao texto anterior, sem ser preciso o uso de letra maiúscula após ele. Exemplo: “– Dê cá a mão! dê cá! vamos!” (Macho de Assis) - depois de uma interjeição. Exemplos: “Olé! exclamei.” (Machado de Assis) “Ah! brejeiro.” (Machado de Assis)

O PONTO DE INTERROGAÇÃO

Normalmente é usado para indicar interrogações diretas – típicas dos diálogos. O ponto de interrogação é empregado: - quando o período pede uma resposta (frase interrogativa direta). Ex.: Quem fez isso? Como te chamas? - geralmente depois do advérbio NÃO, quando se deseja confirmar uma ideia. Exemplo: Esse filho é seu mesmo, não? OBSERVAÇÃO! Emprega-se, geralmente, letra maiúscula depois do ponto de interrogação em final de enunciado. Exemplo: "Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê? O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?" (Fernando Sabino)

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Porém, devemos empregar letra minúscula quando o período continua (interrogação interna), por se tratar de diálogo citado (discurso direto). Exemplos: Já tomou o remédio? perguntei. “ – Esqueceu alguma coisa? perguntou Marcela de pé, no patamar.” (Machado de Assis) “ – Que tem isso? perguntava-lhe eu.” (Machado de Assis) “Aonde? perguntou Dona Plácida.” (Machado de Assis)

AS ASPAS

Empregam-se as aspas: - antes e depois de uma citação textual retirada de outro qualquer documento escrito. Exemplos: “A bomba não tem endereço certo.” (C.M.) Definiu César toda a figura da ambição quando disse aquelas palavras: “Antes o primeiro na aldeia do que o segundo em Roma.” (Fernando Pessoa) - expressões ou conceitos que se deseja pôr em evidência. Exemplo: Muitos usam as aspas a fim de chamar a atenção sobre um vocábulo específico, uma forma “sutil” de evidenciar uma ideia que acham “importante”. - para grifar termos da gíria, palavras ou expressões, estrangeiras ou não, revelando ironia ou simplesmente marcando termos regionalistas. Exemplos: Assim me contou o “tira”... (Alcântara Machado) – O senhor promete que não “espaia” a notícia? (“espaia” é marca de regionalismo, equivalente à forma verbal “espalha”) A “parteira” se fechou novamente no quarto de Helena. (Alcântara Machado)

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- um título de artigos, de periódicos e de capítulos ou partes de um livro, de uma publicação. Exemplo: O livro “Os Sertões” foi escrito por Euclides da Cunha. - para indicar a origem estrangeira do vocábulo. Exemplo: “Sorry”, disse o cavalheiro elegantemente para a jovem dama. - isolar contextos ou falas ou pensamentos de personagens. Exemplo: Nunca aludia ao coronel, que não dissesse: “Deus lhe fale n’alma!” (Machado de Assis) - para indicar ironia. Exemplos: Ele ficou muito “alegre” com a visita da sogra. – Está o mundo perdido, até a Judite tem um “arranjinho”! (Almada Negreiros, Obras Completas)

O TRAVESSÃO

O travessão não deve ser confundido com o hífen, já que liga palavras que formam uma relação na frase. Exemplo: Ponte Rio–Niterói. Segundo as lições de Evanildo Bechara, na obra Moderna Gramática Portuguesa, “o travessão pode substituir os parentes para assinalar uma expressão intercalada”. Em outras palavras, expressões explicativas podem aparecer na frase entre vírgulas, entre travessões e, ainda, entre parênteses. Exemplo: Romário, gênio da pequena área, fez mais de mil gols. Romário – gênio da pequena área – fez mais de mil gols. Romário (gênio da pequena área) fez mais de mil gols.

O travessão pode ser empregado, também:

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- nos diálogos, para indicar mudança de interlocutor, ou para marcar o início da fala de um personagem. Exemplo: – Quem vem lá? perguntou o capataz.

– Sou eu! respondeu o patrão.

O duplo travessão pode ser empregado para isolar palavras ou orações que se quer realçar ou enfatizar, ocupando o lugar da vírgula, dos dois-pontos ou dos parênteses, e ainda para separar expressões ou frases apositivas, explicativas ou intercaladas que se deseja salientar. Exemplo: “Acresce que chovia – peneirava – uma chuvinha miúda, triste...” (Machado de Assis)

1. (FCC/DPE-SP) Julgue o item a seguir. A pontuação está inteiramente correta em: A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto. Comentário: Conforme vimos acima, não se deve separar por vírgula o sujeito (A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances) de seu predicado (está também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto). Sendo assim, a reescritura segundo o padrão culto escrito da língua é: A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances está também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto. Vale frisar que a oração iniciada pelo pronome relativo “que” em “que Graciliano revela na escritura dos romances” tem caráter restritivo. Por essa razão, não poderia ser isolada entre vírgulas. Veremos esse assunto mais detalhadamente adiante. Gabarito: Errado. 2. (FCC/TRE-AM) Julgue o item a seguir. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: A mesma Fundação em que se abona o papel da Igreja como democrática, é também a instituição em que avalia seu decréscimo de fiéis. Comentário: Notem que o sujeito da oração é “A mesma Fundação” e que o verbo “ser” introduz o predicado da estrutura. Vimos, há pouco, que não podemos separar o sujeito de seu verbo. Sendo assim, faltou uma vírgula antes da oração subordinada adjetiva explicativa “em que se abona o papel da Igreja como

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democrática”. A pontuação correta seria “A mesma Fundação, em que se abona o papel da Igreja como democrática, é também a instituição em que avalia seu decréscimo de fiéis. Gabarito: Errado. 3. (FCC/DPE-SP) Julgue o item a seguir. A pontuação está inteiramente correta em: O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. Comentário: A oração intercalada “até onde se pode avaliar” deveria estar isolada entre vírgulas. Mas por que isso? Se a oração intercalada não for isolada entre vírgulas, haverá a separação entre o sujeito e o verbo (predicado). Foi o que ocorreu na questão. O período estaria de acordo com o padrão culto escrito da língua da seguinte maneira: O autor do texto, até onde se pode avaliar, não investe contra a linguagem técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. Gabarito: Errado. 4. (FCC/TRE-MG) A supressão da(s) vírgula(s) implicará alteração de sentido na frase: (A) Ao longo das últimas décadas, as obras de Umberto Eco vêm ganhando mais e mais respeitabilidade. (B) Umberto Eco homenageia os cientistas, que combatem o obscurantismo fundamentalista. (C) O grande pensador italiano, Umberto Eco, homenageia em seu texto a atitude de um grande cientista. (D) Na atitude de Stephen Hawking, há uma grandeza que todo cientista deveria imitar. (E) Não há como deixar de reconhecer, no texto de Humberto Eco, uma homenagem a Stephen Hawking. Comentário: Na assertiva B, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa em “que combatem o obscurantismo fundamentalista”. Nessa oração, Umberco Eco faz uma homenagem a todos os cientistas. Com a supressão da vírgula, entretanto, a oração tornar-se-ia adjetiva restritiva, acarretando alteração no sentido: agora, Umberto Eco homenageia somente os cientistas que combatem o obscurantismo fundamentalista, e não mais a todos. Gabarito: B.

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5. (FCC/DPE-SP) Julgue o item a seguir. A pontuação está inteiramente correta em: Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos. Comentário: A oração “Ao caracterizar várias linguagens” é reduzida de infinitivo deslocada, razão por que se justifica o emprego da vírgula. Por sua vez, o emprego da vírgula após o vocábulo “ofícios” justifica-se pelo caráter explicativo do trecho “correspondentes a vários ofícios”. Por fim, o vocábulo “ironia” apresenta o aposto explicativo “essa arma habitual dos céticos”, razão por que se justifica o emprego da última vírgula. Gabarito: Certo. 6. (FCC/TCE-SP-Adaptada) Julgue o item a seguir. Está plenamente adequada a pontuação em: Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda. Comentário: Esse item é bem abrangente, pois nos permite tecer comentários sobre vários sinais de pontuação. Conforme vimos nas lições, o ponto de interrogação após o vocábulo “Simplórias” foi empregado corretamente, pois se trata de uma interrogativa direta (aquela finalizada por ponto de interrogação). É sempre bom frisar que também existem interrogativas indiretas, que são finalizadas por ponto final: Gostaria de saber o porquê de sua falta. Por sua vez, o adjunto adverbial “certamente” está corretamente isolado por vírgulas, pois está intercalado entre o sujeito “essas fábulas” e o predicado “Não o são”. As vírgulas empregadas para isolar a oração “das quais o autor revelou” devem-se à natureza explicativa da oração, podendo ser substituídas, sem prejuízo gramatical, por travessões ou pa- rênteses: “(...) essas fábulas – das quais o autor revelou – para surpresa (...)” ou “(...) essas fábulas (das quais o autor revelou) para surpresa (...)”. Já as vírgulas que isolam a expressão adverbial “para nossa surpresa” são obrigatórias, haja vista que este trecho está intercalado entre o verbo “revelar” e seu complemento “uma significação ais profunda”. Gabarito: Certo. 7. (FCC/TRT-16ª Região-Adaptada) Há justificativa para esta seguinte alteração de pontuação: “... o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula.” (A) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridícula.

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(B) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridícula. (C) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto, meio ridícula. (D) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portanto meio ridícula. (E) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e portanto, meio ridícula. Comentário: Notem que, no enunciado, a vírgula antes de “querendo” foi empregada para separar a oração principal da oração subordinada adverbial reduzida de gerúndio. Como está na ordem direta (or. principal + or. subordinada), o emprego da vírgula é facultativo. A conjunção coordenativa conclusiva “portanto” tem sua posição natural no início da frase. Por isso, sempre que vier intercalada, deverá ser isolada por vírgulas. Foi o que ocorreu na assertiva C. Gabarito: C. 8. (FCC/TRE-AL) Em (...) as crianças, seres naturalmente carregados de energia e vitalidade, estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade. Pode-se reconstruir com correção e coerência a frase acima, começando por As crianças estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade e complementando com: (A) em que pesem os seres naturais, imbuídos de energia e de vitalidade. (B) não obstante sejam naturalmente providas de muita energia e vitalidade. (C) porquanto constituem-se como seres de natural energia e vitalidade. (D) ainda quando seres incutidos de energia e vitalidade em sua natureza. (E) mesmo quando se mostram atreladas a muita energia e força vital. Comentário: No enunciado, a expressão “seres naturalmente carregados de energia e vitalidade”, isolada entre vírgulas, apresenta a noção de oposição, contraste, concessão. Sendo assim, deveremos encontrar a mesma ideia nas assertivas. É o que ocorre na letra B: o conectivo “não obstante” mantém a ideia do enunciado original, ou seja, não há alteração da informação original. Logo, o período pode ser construído da seguinte forma: As crianças estão vivendo longas horas diárias de concentração solitária e de imobilidade não obstante sejam naturalmente providas de muita energia e vitalidade. Gabarito: B.

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9. (FCC/Banco do Brasil) Está plenamente correta a pontuação do seguinte segmento: (A) Poder viver um homem sem acesso à civilização. Não pode: embora haja muitos que pensem o contrário. O que não é evidentemente, o caso do cronista. (B) O poeta Álvares de Azevedo, no século XIX, parecia alimentar a mesma convicção do cronista. Embora fosse um romântico, o poeta ridicularizada os idealistas que, tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural. (C) O cronista é um dos maiores humoristas nossos, sem receio de ofender pontos de vista alheios, costuma atacar o senso comum; no que este tem de vicioso e sobretudo, artificial. (D) Provavelmente se sentirão hostilizados, aqueles que defendem as delícias da vida natural. Em compensação: os que relutam em aceitá-la, muito se divertirão com essa crônica. (E) Não se privaria o cronista, do conforto que oferecem instalações sanitárias, em nome de uma vida mais pura e mais rústica. Por que haveríamos de renunciar aos ganhos da civilização, pergunta-se a ele? Comentário: Vamos analisar as opções. Letra A. Resposta incorreta. O período estaria corretamente pontuado da seguinte forma: Poder viver um homem sem acesso à civilização? Não pode, embora haja muitos que pensem o contrário. O que não é, evidentemente, o caso do cronista. Em outras palavras, o trecho “Poder viver um homem sem acesso à civilização” é uma interrogação direta, devendo, portanto, ser finalizado por ponto de interrogação. O que se sucede a esse trecho é a resposta “Não pode”, seguida de uma oração subordinada adverbial concessiva, introduzida pelo conectivo “embora”, razão por que se justifica o emprego da vírgula. Por fim, o excerto adverbial “evidentemente” deve ser isolado por vírgulas, a fim de denotar a intercalação entre a forma verbal “é” e o predicativo. Letra B. Resposta correta. Em “O poeta Álvares de Azevedo, no século XIX, parecia alimentar a mesma convicção do cronista.”, a expressão adverbial “no século XIX” foi empregado entre vírgulas para denotar a intercalação entre o sujeito e o predicado. Continuando o trecho contido na assertiva em análise, em “Embora fosse um romântico, o poeta ridicularizada os idealistas que, tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural.”, a vírgula foi empregada após o adjetivo “romântico” para denotar a antecipação da oração subordinada adverbial “Embora fosse um romântico”. Por sua vez, as vírgulas antes e depois de “tendenciosamente” justificam-se pela intercalação da expressão adverbial entre o sujeito e o predicado. Letra C. Resposta incorreta. A vírgula após o vocábulo “nossos” deve ser substituída por um ponto, para indicar o encerramento de uma ideia, o término de um período: “O cronista é um dos maiores humoristas nossos. Sem receio de ofender pontos de vista alheios, costuma atacar (...)”. A vírgula após “alheios” justifica-se pela presença do termo explicativo “Sem receio de ofender pontos de vista alheios”. Por sua vez, o sinal de ponto e vírgula foi inadequadamente empregado, pois infringiu uma das condições básicas: não podemos separar o a forma verbal “atacar” do complemento “no que este tem de vicioso”. Por fim, o vocábulo “sobretudo” deve ser isolado por vírgulas: “(...) e, sobretudo, artificial”. Letra D. Resposta incorreta. A primeira vírgula, após “hostilizados”, separa inadequadamente o predicativo do sujeito “aqueles que defendem das delícias da vida

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natural”: Aqueles que defendem as delícias da vida natural se sentirão hostilizados(,) provavelmente. Por sua vez, o sinal de dois-pontos também foi empregado inadequadamente após a expressão “Em compensação”. No lugar desse sinal de pontuação dever-se-ia ter empregado a vírgula: “Em compensação, os que refutam (...)”. Por fim, a vírgula antes de “muitos” também foi empregada incorretamente. Conforme vimos, não podemos separar o sujeito do predicado. Logo, a reescritura correta do excerto é: “Provavelmente se sentirão hostilizados aqueles que defendem as delícias da vida natural. Em compensação, os que relutam em aceitá-la muito se divertirão com essa crônica”. Letra E. Resposta incorreta. A primeira vírgula, empregada após o vocábulo “cronista”, separa inadequadamente o objeto indireto (“do conforto”) da forma verbal “privaria”. Observem como ficaria a construção do trecho na ordem direta: “O cronista não se privaria do conforto (...)”. 10. (FCC/TRE-AP) Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período: (A) Certamente, os homens caçados pelo czar prefeririam que este, como outros caçadores, tomasse como alvo apenas alguma borboleta, ou uma andorinha, ou mesmo um macaco. (B) Macacos, borboletas, e andorinhas, são, para muita gente, interessantes alvos de caça, mas não para o índio jivaro, nem tampouco, para o czar naturalista. (C) Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema motivam uma ampla discussão, acerca do que se pode ou não classificar, como uma ação bárbara. (D) Nunca ocorreu, ao Sr. Matter, que, um índio jivaro, tivesse qualquer critério para escolher aquele, de quem reduziria a cabeça. (E) A curiosidade do explorador Matter, não deixava de ser mórbida, mas por vezes, somos levados a apreciar a crueldade, sem pensar no que, esta, significa para a vítima. Comentário: A única construção correta encontra-se na assertiva A. A vírgula empregada após “Certamente” justifica-se pelo deslocamento desse adjunto adverbial, o qual denota a opinião do autor. Por sua vez, a expressão “como outros caçadores” tem caráter explicativo, razão por que apareceu corretamente isolada por vírgulas. Vamos analisar as demais opções: Letra B. Resposta incorreta. Em “Macacos, borboletas, e andorinhas”, temos uma enumeração, razão por que se justifica o emprego da vírgula. Porém, o emprego do conectivo “e” antes de “andorinhas” torna inadequado o emprego da última vírgula do trecho em análise. Por seu turno, a vírgula após “andorinhas” separa inadequadamente o sujeito do predicado “Macacos, borboletas e andorinhas são, para muita gente, interessantes alvos (...)”. A expressão “para muita gente” apareceu corretamente isolada por vírgulas, haja vista seu caráter explicativo. Por sua vez, a vírgula após “tampouco” foi empregada incorretamente. Não há justificativa para o emprego desse sinal de pontuação. Vale frisar que a expressão “nem tampouco” pertence à fala, e as regras gramaticais prescrevem o emprego de “tampouco” unicamente. Logo, a reescritura correta do período é: “Macacos, borboletas e andorinhas são, para muita gente, interessantes alvos de caça, mas não para o índio jivaro, tampouco para o czar naturalista”.

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Letra C. Resposta incorreta. Em “Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema motivam (...)”, a expressão “em sua crônica” apresenta caráter explicativo, razão por que deveria ter sido isolada por vírgulas. O mesmo ocorre com a expressão “em seu poema”: “Tanto Rubem Braga, em sua crônica, quanto Drummond, em seu poema, motivam (...)”. Por sua vez, a vírgula após “discussão” separa-o inadequadamente de seu complemento “acerca do que se pode ou não classificar”. Já a vírgula empregada após a forma verbal “classificar” foi empregada inadequadamente por separar esse elemento de seu complemento “como uma ação bárbara”. Letra D. Resposta incorreta. O período apresenta várias incorreções. A forma verbal “ocorreu” não pode ser separada do objeto indireto “ao Sr. Matter”: “Nunca ocorreu ao Sr. Matter (...)”.Por sua vez, a expressão “que um índio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduziria a cabeça” desempenha a função de sujeito oracional do verbo “ocorrer“. A visualização fica melhor na ordem direta: Que um índio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduziria a cabeça nunca ocorreu ao Sr. Matter. Para facilitar ainda mais a visualização, podemos substituir o sujeito oracional por “isso”: Isso nunca ocorreu ao Sr. Matter. Logo, a vírgula antes da conjunção integrante “que” foi empregada incorretamente. Na estrutura do sujeito oracional, também há alguns erros de pontuação, a saber: as vírgulas que isolam o trecho “um índio jivaro” devem ser retiradas; a segunda vírgula separa o sujeito “um índio jivaro” do predicado “tivesse qualquer critério”; e a vírgula após “aquele” foi empregada incorretamente, pois “de quem reduziria a cabeça” é uma oração subordinada adjetiva restritiva, razão por que não deve haver o emprego de vírgula. O período estaria corretamente pontuado da seguinte forma: “Nunca ocorreu ao Sr. Matter que um índio jivaro tivesse qualquer critério para escolher aquele de quem reduziria a cabeça”. Letra E. Resposta incorreta. A primeira vírgula, empregada após “Matter”, separa o sujeito de seu predicado, causando erro na construção. Por sua vez, a expressão “por vezes” tem caráter explicativo, razão por que deveria ter sido isolada por vírgulas. Por fim, no trecho “sem pensar no que, esta, significa para a vítima.”, não há justificativa para isolar o pronome “esta” entre vírgulas. Portanto, a pontuação estaria correta da seguinte forma: “A curiosidade do explorador Matter não deixava de ser mórbida, mas, por vezes, somos levados a apreciar a crueldade, sem pensar no que esta significa para a vítima”. Gabarito: A. 11. (FCC/TCE-SP) A pontuação está inteiramente correta em: (A) Nicolau Maquiavel analisando os problemas dos principados italianos, escreveu em plena Renascença, um tratado sobre os fundamentos das ações políticas. (B) Em plena Renascença, Maquiavel, analisando os problemas dos principados italianos, escreveu O Príncipe, um verdadeiro tratado de política. (C) Quando escreveu O Príncipe Maquiavel preocupou-se com os problemas, dos principados italianos, resultando uma obra, considerada basilar, para quem se interesse por política. (D) Tendo escrito O Príncipe, em plena Renascença Maquiavel nos legou sem dúvida, um tratado sobre política cujo valor continua sendo reconhecido em nosso tempo.

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(E) Poucos imaginariam que, aquele tratado sobre política datado da Renascença, teria um valor tal que se manteria vivo, por tantos séculos, e, continuaria atual em plena modernidade. Comentário: A pontuação correta encontra-se na assertiva B. A expressão “Em plena Renascença” é um adjunto adverbial deslocado, razão por que se justifica o emprego da vírgula. Por sua vez, o isolamento por vírgulas da oração reduzida de gerúndio deslocada é justificável, por estar intercalada entre o sujeito “Maquiavel” e o predicado “escreveu O Príncipe”. Por fim, a última vírgula se justifica pelo fato de o trecho “um verdadeiro tratado de política” assumir caráter explicativo. Gabarito: B. 12. (FCC/TRE-MG) A supressão da(s) vírgula(s) implicará alteração de sentido apenas do que está em: I. A preocupação do autor é com os jornalistas, cuja liberdade de expressão se encontra ameaçada. II. Os jornalistas, que costumam cuidar de seus próprios interesses, não preservam sua independência. III. O direito à livre informação é dos jornalistas e, também, da sociedade como um todo. (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

Comentário: Na afirmação I, temos uma oração subordinada adjetiva explicativa em “cuja liberdade de expressão se encontra ameaçada”. E qual o sentido apresentado? Nessa oração, todos os jornalistas têm a liberdade de expressão ameaçada. Portanto, temos um sentido explicativo. Entretanto, se a vírgula for retirada, haverá alteração do sentido, ou seja, a preocupação do autor se dará somente com aqueles jornalistas que sofrem ameaça à sua liberdade de expressão. Fiquem muito atentos à pontuação nas orações subordinadas adjetivas. Por sua vez, na afirmativa II, a oração “que costumam cuidar de seus próprios interesses” é explicativa, isto é, todos os jornalistas costumam cuidar de seus próprios interesses, não preservando sua independência. Se houver a supressão das vírgulas, a oração assumirá caráter restritivo, acarretando alteração no sentido: haverá tanto os jornalistas que não costumam cuidar de seus próprios interesses quanto aqueles que costumam cuidar de seus próprios interesses, sendo que somente estes últimos não preservam sua independência. Por fim, na afirmativa III, a supressão das vírgulas não altera o sentido original. Gabarito: D.

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13. (FCC-2012/ISS-SP) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi um mero fantasma, mas ruiu exatamente conforme as previsões de Kant. Outra pontuação para a frase acima, que mantém o sentido e a correção originais, é: (A) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais, não foi um mero fantasma (mas: ruiu exatamente conforme as previsões de Kant). (B) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi: um mero fantasma; mas ruiu, exatamente, conforme as previsões de Kant. (C) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi um mero fantasma. Mas ruiu exatamente, conforme as previsões de Kant. (D) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados, nacionais, não foi um mero fantasma − mas ruiu; exatamente conforme as previsões de Kant. (E) O equilíbrio alcançado pelo sistema de Estados nacionais não foi um mero fantasma; mas ruiu, exatamente conforme as previsões de Kant. Comentário: Vamos analisar cada alternativa. A) Resposta incorreta. A vírgula, após o vocábulo “nacionais”, foi empregada incorretamente, pois está separando o sujeito “o equilíbrio” da forma verbal “foi”. Por sua vez, os parênteses foram corretamente empregados para denotar uma explicação. Por fim, o sinal de dois-pontos foi mal empregado, não encontrando justificativa gramatical para o contexto em que se encontra. B) Resposta incorreta. O sinal de dois-pontos separou, equivocadamente, a forma verbal “foi” do predicativo do sujeito “um mero fantasma”. O ponto e vírgula, empregado após o vocábulo “fantasma”, foi utilizado corretamente. Vale frisar que esse sinal de pontuação poderia ser substituído por uma vírgula, introduzindo a oração coordenada sindética adversativa (conjunção “mas”). Por fim, o vocábulo “exatamente” foi isolado entre vírgulas de maneira gramaticalmente correta, exprimindo a opinião do autor do texto, mas modificando o sentido original do enunciado. C) Resposta incorreta. O ponto empregado antes do conectivo “Mas” foi bem empregado, valendo frisar que poderia, também, ser substituído por uma vírgula. A vírgula utilizada após “exatamente” foi bem empregado do ponto de vista gramatical, mas altera a informação original contida no enunciado. D) Resposta incorreta. O adjunto adnominal “nacionais” foi incorretamente isolado por vírgulas. O ponto e vírgula foi incorretamente empregado, não encontrando justificativa gramatical para o contexto em que se encontra. Deve, portanto, ser substituído por uma vírgula. E) Esta é a resposta da questão. Tanto o sinal de ponto e vírgula como o da vírgula foram empregados em obediência às regras gramaticais, mantendo o sentido original do enunciado. Gabarito: E.

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14. (FCC-2012/TCE-SP) Pois se, por exemplo, criticamos a falta de liberdade e a injustiça social, seria sempre em nome de valores que ainda não se realizaram, mas a respeito dos quais nós, ocidentais, saberíamos, de antemão, seu sentido. Do ponto de vista da pontuação, o padrão culto escrito abonaria também, sem prejuízo do sentido original, a substituição proposta no seguinte segmento: (A) "Pois se por exemplo,". (B) "Pois se, por exemplo:". (C) "em nome de valores, que ainda não se realizaram,". (D) "saberíamos de antemão, seu sentido.". (E) "mas a respeito dos quais nós ocidentais saberíamos, de antemão, seu sentido.". Comentário: Vamos analisar cada alternativa. A) Resposta incorreta. A expressão “por exemplo” tem caráter explicativo. Por essa razão, deveria estar isolada por vírgulas. B) Resposta incorreta. O sinal de dois-pontos deve ser substituído por uma vírgula, a fim de isolar a expressão explicativa. C) Resposta incorreta. No período do enunciado, o trecho “que ainda não se realizaram” possui caráter restritivo, ou seja, há uma oração subordinada adjetiva restritiva. Se empregássemos as vírgulas, o excerto assumiria caráter explicativo, alterando o sentido original. D) Resposta incorreta. A expressão “de antemão” deveria estar isolada por vírgulas, haja vista o caráter explicativo do segmento. E) Esta é a resposta da questão. A expressão “de antemão” tem caráter explicativo, razão por que foi corretamente isolada por vírgulas. Gabarito: E. 15. (FCC-2012/TRE-SP) Atente para as afirmações seguintes sobre a pontuação empregada nas frases transcritas: I. ... e, em alguns lugares, dr. Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha presença no palanque. Os travessões isolam um segmento explicativo e, sem prejuízo para a correção e a lógica da frase, poderiam ser substituídos por parênteses. II. ... o incansável Ulysses, que na Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer para ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. A retirada simultânea das duas vírgulas não causaria prejuízo para a correção, a lógica e o sentido da frase.

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III. "Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito formal de falar até em momentos descontraídos. As aspas poderiam ter sido dispensadas, pois seu emprego é facultativo quando não há dúvida de que o autor transcreve a fala de outrem. Está correto SOMENTE o que consta em: (A) I. (B) II. (C) I e III. (D) I e II. (E) II e III. Comentário: Vamos analisar cada item. I. Resposta correta. Conforme estudamos nas lições, os travessões e os parênteses podem ser empregados em lugar das vírgulas para isolar trechos explicativos, sem que isso acarrete erro gramatical. Portanto, é lícita a substituição do duplo travessão por parênteses: “... e, em alguns lugares, dr. Ulysses (era assim que se referiam a ele) fazia questão de anunciar minha presença no palanque”. II. Resposta incorreta. O excerto “que na Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer para ir ao banheiro” constitui uma oração subordinada adjetiva explicativa. Se, entretanto, forem retiradas as duas vírgulas, o segmento em destaque assumiria caráter restritivo, alterando o sentido da frase. III. Resposta incorreta. As aspas não poderiam ser dispensadas, pois, quando há fala ou pensamento de personagens, esse sinal de pontuação deve ser obrigatoriamente empregado. Portanto, somente o item I está correto. Gabarito: A. 16. (FCC-2012/TRE-SP) Está inteiramente correta e adequada a pontuação da seguinte frase: (A) Mesmo nas obras modernistas que, por um motivo ou outro, parecem hoje datadas, pode-se reconhecer a importância que tiveram, na época, para a busca da liberdade de criação e expressão, conquista que Mário de Andrade não se cansou de acentuar. (B) Mesmo nas obras modernistas, que por um motivo, ou outro, parecem hoje datadas pode-se reconhecer a importância que tiveram na época, para a busca da liberdade de criação e expressão, conquista que Mário de Andrade não se cansou, de acentuar. (C) Mesmo nas obras modernistas, que por um motivo ou outro, parecem hoje datadas, pode-se reconhecer a importância que tiveram, na época, para a busca da

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liberdade de criação e expressão: conquista, que Mário de Andrade não se cansou de acentuar. (D) Mesmo nas obras modernistas que, por um motivo ou outro, parecem hoje datadas pode-se reconhecer, a importância que tiveram na época, para a busca da liberdade de criação e expressão, conquista que, Mário de Andrade, não se cansou de acentuar. (E) Mesmo nas obras modernistas que por um motivo ou outro, parecem hoje datadas, pode-se reconhecer a importância que tiveram, na época para a busca da liberdade de criação e expressão; conquista que Mário de Andrade não se cansou de acentuar.

Comentário: A pontuação correta encontra-se na assertiva (A). A expressão “por um motivo ou outro” tem caráter explicativo, o que justifica o isolamento entre vírgulas. A vírgula após o vocábulo “datadas” foi empregada para indicar a antecipação da oração subordinada adverbial concessiva “Mesmo nas obras modernistas que, por um motivo ou outro, parecem hoje datadas”. Por sua vez, a expressão “na época” desempenha a função de adjunto adverbial, o qual está deslocado de sua posição original. Sendo assim, foi corretamente isolada por vírgulas. Por fim, a vírgula emprega após o vocábulo “expressão” justifica-se pelo caráter de aposto assumido pelo trecho “conquista que Mário de Andrade não se cansou de acentuar”. Gabarito: A.

17. (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRAS-Adaptada) Considerando o fragmento a seguir, quanto à pontuação, tem-se que: a) “ – ou talvez muito diferentes – “, os travessões pode sem substituídos por parênteses, mas não por vírgulas; b) “buscando significado num cosmo que só mostra indiferença”, pode-se usar a vírgula antes de “que”; c) “Vemos mundos belíssimos e hostis à vida, borbulhantes ou frígidos, cobertos por pedras inertes ou moléculas...”, o sinal de dois-pontos pode ser colocado após a palavra “mundos”; d) “veremos nossa galáxia, soberana, casa de 300 bilhões de estrelas”, podem ser retiradas as vírgulas sem alterar o sentido da sentença; e) “seja melhor que não tenha. Pois é dessa inquietação do ser...”, o ponto pode ser substituído por uma vírgula. Comentário: Vamos analisar cada opção. A) Resposta incorreta. No contexto, os travessões foram empregados com a finalidade de pôr um comentário em destaque. Portanto, podem ser substituídos tanto por parênteses quanto por vírgulas, uma vez que o destaque permanece. B) Resposta incorreta. No excerto, a oração iniciada pelo pronome relativo “que” é subordinada adjetiva restritiva. Portanto, não é correto empregar a vírgula. C) Resposta incorreta. No contexto, a expressão “mundos belíssimos e hostis à vida” compõe um sintagma que desempenha a função de objeto direto. Logo, a inclusão de dois-pontos separaria, incorretamente, os componentes “mundo” e “belíssimos”. D) Resposta incorreta. As vírgulas foram empregadas para isolar o predicativo do objeto “soberana”. Trata-se de uma função sintática que deve estar isolada do termo a

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que se refere. Logo, a retirada dos sinais de pontuação modificaria o sentido e impossibilitaria o entendimento da sentença. E) Esta é a resposta da questão. Antes do conectivo “Pois”, o ponto, que foi empregado para destacar uma explicação, poderia ser substituído por uma vírgula sem causar prejuízo gramatical: “seja melhor que não tenha, pois é dessa inquietação do ser...”. Gabarito: E. 18. (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRAS) Em qual dos pares abaixo os períodos podem ser unidos corretamente apenas com a eliminação do ponto entre eles? a) Algumas ligações caíram no ramal errado. É preciso reencaminhá-las. b) Descobri que tenho um xará. Ele mora na minha rua. c) Presto atenção em como as pessoas agem diante dos erros. Umas ficam muito mal-humoradas. d) Seja compreensivo com as pessoas. Elas não erram de propósito. e) Saiba que enganos acontecem. E que errar é humano. Comentário: O gabarito da questão encontra-se na assertiva E. Ao unir as orações “Saiba que enganos acontecem” e “E que errar é humano”, ambos os componentes serão ligados por meio da conjunção coordenada aditiva “e”. Percebam que há, entre as orações, um paralelismo sintático: “Saiba que enganos acontecem e que errar é humano”. Os constituintes “que enganos acontecem” e “que errar é humano” exercem a função de objeto direto do verbo “saber”. Por fim, as frases apresentam sujeitos distintos (“enganos” e “errar”). Segundo alguns gramáticos, o emprego da vírgula, nesse caso, é facultativo: Saiba que enganos acontecem (,) e que errar é humano”. Gabarito: E. 19. (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRAS-Adaptada) Em relação aos aspectos gramaticais, analise a afirmativa a seguir. Em “A tolerância, a ousadia e a criatividade, fazem parte do perfil de um bom profissional.”, foi respeitado o registro culto e formal da língua. Comentário: O emprego da vírgula antes do verbo “fazer” torna o período incorreto, já que separa a forma verbal “fazem” do sujeito “A tolerância, a ousadia e a criatividade”. Esse é um dos pré-requisitos básicos para o emprego desse sinal de pontuação. A correção gramatical será mantida ao suprimir a vírgula: A tolerância, a ousadia e a criatividade fazem parte do perfil de um bom profissional”. Gabarito: Incorreta.

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20. (CESGRANRIO – 2010 – PETROBRAS) Nas sentenças abaixo, aquela em que os dois-pontos estão usados corretamente e sem prejuízo ao texto é: a) Para isso, os mestres de retórica criaram métodos de memorização ou “memória artificial”, que constituíram a “arte da memória”: técnicas de ampliação do poder natural da memória. b) A deusa Memória dava aos poetas e adivinhos: o poder de voltar ao passado e de relembrá-lo para a coletividade. c) A memória é, pois, inseparável do sentimento do tempo ou da percepção/experiência do tempo: como algo que escoa ou passa. d) Por meio de perguntas, fazia o paciente lembrar-se de todas as circunstâncias que antecederam o momento em que ficara doente: as circunstâncias em que adoecera. e) Além de: imortalizar os mortais e de auxiliar a arte médica, para os antigos a memória também possuía outra função. Comentário: Vamos analisar as alternativas. A) Esta é a resposta da questão. O emprego do sinal de dois-pontos indica a inclusão de um trecho que esclarece a “memória artificial”. Logo, a utilização desse sinal de pontuação está correta. B) Resposta incorreta. O emprego de dois-pontos provocou, incorretamente, a separação entre a forma verbal “dava” e o complemento direto “o poder”. C) Resposta incorreta. No contexto em que se insere, o emprego de dois-pontos não encontra respaldo gramatical. Antes da expressão “como algo que escoa ou passa”, deveria ser empregada uma vírgula, separando esse termo daquilo que foi citado anteriormente. D) Resposta incorreta. A expressão “as circunstâncias em que adoecera” desempenha a função de aposto. Portanto, o sinal de dois-pontos deve ser substituído por uma vírgula. E) Resposta incorreta. Novamente, o emprego do sinal de dois-pontos não encontra respaldo gramatical. Portanto, deve ser suprimido. Gabarito: A. 21. (CESGRANRIO – 2009 – PETROQUÍMICA) Assinale a opção em que a justificativa do emprego da(s) vírgula(s) difere da dos demais. a) “Em muitas dessas reflexões, acabo percorrendo”. b) “Mas, em geral, estamos sempre pensando ...”. c) “Em uma determinada tarde, ao final do dia, decidi sair”. d) “Julguei, em um primeiro instante, através de uma análise superficial, que caminhava ...”. e) “... porque estes são variáveis, mas diversas coisas que fazem positivamente a diferença...”. Comentário: Vamos analisar cada justificativa. A) A expressão “Em muitas dessas reflexões” desempenha a função de adjunto adverbial. Conforme estudamos nas lições, esse segmento estrutural aparece,

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originalmente, no final do período. Portanto, a vírgula foi corretamente empregada para assinalar sua antecipação. B) Novamente, as vírgulas foram empregadas para demarcar a antecipação de um adjunto adverbial: “em geral”. C) Ambas as vírgulas foram empregadas para indicar o isolamento dos adjuntos adverbiais “Em uma determinada tarde” e “ao final do dia”. D) Igualmente, as vírgulas empregadas antes e após a expressão “em um primeiro instante” justificam-se para isolar o adjunto adverbial deslocado de sua posição original, qual seja, o final do período. E) Esta é a resposta da questão. Nesta assertiva, a vírgula foi empregada para separar a oração coordenada adversativa “mas diversas coisas que fazem positivamente a diferença...”. Gabarito: E. 22. (CESGRANRIO – 2009 – DECEA) “Só assim evitar-se-ia que as crises, nacional e mundial, se transformassem em drama coletivo de grandes proporções”. As vírgulas, no segmento acima, ocorrem porque separam: a) aposto; b) vocativo; c) oração coordenada; d) sujeitos; e) complementos. Comentário: No período apresentado no enunciado, a expressão “nacional e mundial” desempenha a função de aposto explicativo, razão por que foi corretamente isolada por vírgulas. Gabarito: A. 23. (CESGRANRIO – 2009 – BNDES) Assinale a opção em que a justificativa da(s) vírgula(s) difere da dos demais. a) “Por trás dessa enorme energia, existem emoções... “ b) “... o medo, que tanto pode ter efeito paralisante, como nos impelir para a ação...” c) “No fundo, a origem de tudo é a emoção”. d) “Nos dois casos, os supostos aplicadores...”. e) “Muitas vezes, elas nos fazem...”. Comentário: Vamos analisar a justificativa em cada opção. A) No excerto, a vírgula foi empregada para isolar o adjunto adverbial “Por trás dessa energia”, que está deslocad. B) Esta é a resposta da questão. As vírgulas foram empregadas para isolar a oração subordinada adjetiva explicativa “que tanto pode ter efeito paralisante”. C) O emprego da vírgula deve-se à antecipação do adjunto adverbial “No fundo”.

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D) Novamente, a vírgula foi utilizada para separar o adjunto adverbial deslocado. A intenção dessa antecipação é provocar realce, pôr em relevo. E) Por fim, mais uma vez, a vírgula foi empregada com a intenção de sinalizar a antecipação do adjunto adverbial “Muitas vezes”. Gabarito: B.

24. (FGV-2011/TRE-PA) Os sócios e colaboradores dificilmente são consultados, e muitas vezes o apoio reflete mais as posições pessoais dos controladores do que os valores e princípios das empresas. A respeito da vírgula no período acima, é correto afirmar que: (A) está correta, pois se trata de vírgula antes da conjunção E com valor adversativo. (B) está correta, pois é caso de vírgula antes da conjunção E que inicia oração com sujeito diferente do da anterior. (C) está incorreta, uma vez que não é necessário usar vírgula já havendo a conjunção E, mesmo sem valor aditivo. (D) está incorreta, já que introduz oração aditiva, mesmo que os sujeitos sejam diversos. (E) é facultativa, pois as orações apenas se justapõem e não se coordenam. Comentário: Percebemos que, no enunciado, os sujeitos das orações separadas por vírgulas são diferentes: na oração coordenada assindética, a função de sujeito é desempenhada pela expressão “Os sócios e colaboradores”, ao passo que, na oração sindética aditiva, o sujeito é “o apoio”. Logo, há um caso de vírgula antes da conjunção E que inicia oração com sujeito diferente do da anterior. Portanto, o emprego da vírgula está correto. Gabarito: B. 25. (FGV-2011/TRE-PA) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e, mais ainda, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. Assinale a alternativa que apresente pontuação igualmente correta para o período acima. (A) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e, mais ainda, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato, ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. (B) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e – mais ainda – a transformação dessa

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dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. (C) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas e – mais ainda –, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. (D) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas, e, mais ainda, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. (E) É certo que a separação dos valores e princípios pessoais dos controladores dos valores e princípios das empresas, e, mais ainda, a transformação dessa dissociação em um novo critério para a tomada de decisões, sobre aspectos tão sensíveis, como o apoio a determinado partido ou candidato ainda é uma atitude difícil para grande parte dos empresários. Comentário: A pontuação correta encontra-se na assertiva B. O emprego dos travessões justifica-se pelo fato de a expressão “mais ainda” estar intercalada. Também seria correto isolar a expressão entre parênteses ou vírgulas. Vamos analisar as demais alternativas. A) No trecho “(...) o apoio a determinado partido ou candidato, ainda é uma atitude (...)”, a vírgula separou equivocadamente sujeito e verbo. C) No excerto “e – mais ainda –, a transformação”, o par de travessões substituiu as vírgulas que isolavam a expressão “mais ainda”. Entretanto, a vírgula após os travessões é inadequada, pois esta isolaria, incorretamente, o conectivo “e” do trecho “a transformação dessa dissociação em um novo critério (...)”. D) No trecho “princípios das empresas, e, mais ainda, a transformação”, o emprego da vírgula antes do conectivo “e” foi incorreto, pois separa termos que formam o sujeito. E) Novamente, no trecho “princípios das empresas, e, mais ainda, a transformação”, o emprego da vírgula foi incorreto. Por fim, a vírgula após “decisões” também foi incorretamente empregada, pois separa o substantivo e seu complemento nominal (“sobres aspectos tão sensíveis”). Gabarito: B. 26. (FGV-2009/Polícia Civil-RJ) "Porém, havendo um número ‘excepcionalmente elevado’ de estrangeiros, estes podem ser mesclados aos presos comuns, e as famílias podem ser separadas." No trecho acima, segundo as regras da boa discursividade, utilizou-se apropriadamente a vírgula antes da conjunção e. Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido. (A) Eles chegaram à janela muito timidamente, espiaram com cuidado, e depois abriram um sorriso.

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(B) Eles se esforçaram muito, e acabaram sendo reprovados. (C) A turba gritava, e vociferava, e brandia ameaçadoramente. (D) Fiz, e faria tudo novamente. (E) Ele esperava, naquela tarde, a chegada do malote, e, depois, ela esperaria após anoitecer. Comentário: No excerto do enunciado, o emprego da vírgula ocorreu por haver sujeitos distintos: “estes” e “as famílias”. O emprego da vírgula, portanto, é facultativo. Entretanto, o erro encontra-se na assertiva A: no período em análise, há três orações com o mesmo sujeito: “Eles”. Logo, o emprego da vírgula antes do conectivo “e” foi incorreto. Gabarito: A. 27. (FGV-2008/Senado) "Fala-se muito em transparência hoje no Brasil." Assinale a alternativa em que, alterando-se a ordem dos termos do período acima, não se tenha mantido correção quanto à pontuação. (A) Hoje, fala-se muito, no Brasil, em transparência. (B) Hoje, fala-se muito em transparência no Brasil. (C) Hoje, no Brasil, fala-se muito em transparência. (D) No Brasil, hoje, fala-se muito, em transparência. (E) Fala-se muito, hoje, em transparência no Brasil. Comentário: Primeiramente, para facilitar, faremos a análise sintática dos termos constantes do enunciado: Fala-se: verbo intransitivo, seguido do SE (índice de indeterminação do sujeito); muito: adjunto adverbial de intensidade; em transparência: adjunto adverbial de assunto; hoje: adjunto adverbial de tempo; no Brasil: adjunto adverbial de lugar. Conforme estudamos nas lições, percebemos que a frase do enunciado está na ordem direta. Assim, torna-se evidente que a banca modificará a posição dos adjuntos adverbiais. Ora, sabemos que a localização original dos adjuntos ocorre ao final da oração e, também, que, quando deslocados, devem ser isolados por vírgulas. Portanto, percebemos que o erro se encontra na assertiva D. O adjunto adverbial “muito”: - deveria estar isolado entre vírgulas: “No Brasil, hoje, fala-se, muito, em transparência.” ou; - não deveria receber esse sinal de pontuação após sua estrutura: “No Brasil, hoje, fala-se muito em transparência.” Gabarito: D.

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28. (FGV-2009/Prefeitura de Santos) "Sem melhorar a educação pública, milhões continuarão prisioneiros do assistencialismo, e as empresas, desassistidas." A respeito da pontuação do período acima, analise as afirmativas a seguir: I) A segunda vírgula se justifica por separar sujeitos de orações diferentes. II) A terceira vírgula é caso de zeugma. III) Ao se retirar o E do período, no lugar da vírgula imediatamente anterior a ele seria melhor vir um ponto e vírgula. Assinale: (A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas (C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas (D) se todas as afirmativas estiverem corretas (E) se nenhuma afirmativa estiver correta. Comentário: No enunciado, a primeira vírgula foi corretamente empregada para isolar uma oração adverbial deslocada. Por sua vez, a segunda vírgula está empregada adequadamente, pois os sujeitos das orações são diferentes: “milhões” e “as empresas”. Assim, a afirmativa I está correta. Notem que, com a retirada do conectivo “e”, a vírgula poderia ser subs- tituída, sem prejuízo gramatical, por um ponto e vírgula, já que uma das funções desse sinal de pontuação é separar orações coordenadas em um período quando há vírgulas. Logo, a afirmativa III está correta. Por fim, o emprego da terceira vírgula justifica-se por ser um caso de zeugma (caso especial de elipse, marcado pela omissão de um verbo anteriormente mencionado: “continuarão”). Portanto, a afirmativa II está correta. Gabarito: D. 29. (FGV-2008/Senado) "Parodiando a lenda do moleiro – que não quis ceder suas terras a Frederico da Prússia, dizendo que as defenderia, porque 'ainda havia juízes em Berlim' -, posso afirmar: há juízes em Brasília, e dos bons!" É correto afirmar que o trecho entre travessões: (A) poderia vir isolado por ponto e vírgula. (B) constitui uma ressalva ao que é dito anteriormente. (C) bastaria vir isolado pelo primeiro travessão, já que após o segundo há uma vírgula. (D) deixou de vir simplesmente entre vírgulas a fim de receber destaque.

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(E) caracteriza uma intervenção para inserir a fala do autor do texto. Comentário: A oração “que não quis ceder suas terras a Frederico da Prússia, dizendo que as defenderia, por ainda havia juízes em Berlim” é iniciada pelo pronome relativo “que”. Como está isolada pelo duplo travessão, é adjetiva explicativa. E por que os travessões foram empregados: Para isolar uma explicação no período, proporcionando ênfase a ela. Gabarito: D. 30. (FGV-2009/Polícia Civil-RJ) "No entanto, o tema central do encontro – o desmatamento de uma região que perde um Rio de Janeiro por mês de floresta – foi o que menos parece ter mobilizado os participantes." Assinale a alternativa que apresenta o objetivo do emprego dos travessões. (A) Fazer uma enumeração. (B) Esclarecer uma informação. (C) Retificar um dado anterior. (D) Definir um vocábulo. (E) Apresentar um argumento. Comentário: O segmento “o desmatamento de uma região que perde um Rio de Janeiro por mês de floresta” é um aposto explicativo, tendo como núcleo o substantivo “desmatamento”. O excerto tem a função de explicar a expressão “tema central do encontro” . Trata-se, portanto, de uma explicação, com o objetivo de esclarecer uma informação, pois ambos possuem a mesma noção. Gabarito: B. 31. (FUNRIO-2012/CEITEC) Chamada do jornal O Tempo informa: “A edição número 10 da Revista Mais destaca o papel que a música exerce para além da arte ou do lazer. Ela pode fazer uma perfeita harmonização dos sentimentos e ser utilizada como terapia”. Os dois períodos foram redigidos sem a presença de nenhuma vírgula, o que pode ser considerado: A) correto, pois ambos estão construídos objetivamente na ordem direta. B) correto, pois não se pode usar vírgula em chamadas de jornal. C) incorreto, pois o nome da revista funciona como aposto e devia estar entre vírgulas. D) incorreto, pois faltou a vírgula que deveria anteceder a conjunção aditiva. E) facultativo, pois o uso da vírgula é uma opção estilística do escritor. Comentário: Na exposição teórica, estudamos que a ordem direta ocorre quando a sentença está estrutura na progressão sujeito – verbo – complementos – adjunto adverbial. Essa estruturação está presente na chamado do jornal, pois: (i) o segmento “A edição número 10 da Revista Mais” desempenha a função de sujeito; (ii) a estrutura “destaca” é o verbo do período; e (iii) o fragmento “o papel que a

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música exerce para além da arte ou do lazer” exerce a função de complemento direto do verbo “destacar”. No período seguinte, temos: (i) a forma pronominal “Ela” desempenhando a função de sujeito; e (ii) a locução verbal “pode fazer” é transitiva direta, tendo como objeto direto o constituinte “uma perfeita harmonização dos sentimentos e ser utilizar como terapia”. Logo, a letra (A) é nossa resposta. Gabarito: A. 32. (FUNRIO-2012/CTI RENATO ARCHER) “Comer pombas é, como diria Saint-Exupéry, a verdade do gavião, mas matar um gavião no ar com um belo tiro também pode ser a verdade do caçador.” (Rubem Braga) Assinale a afirmativa correta para o emprego das duas primeiras vírgulas no texto: A) isolam oração intercalada. B) tratam de isolar o vocativo. C) separam elementos de uma enumeração. D) separam orações coordenadas assindéticas. E) servem para isolar o aposto. Comentário: No fragmento citado no enunciado, as vírgulas foram empregadas para isolar a oração “como diria Saint-Exupéry”, em razão de sua intercalação entre a forma verbal “é” e o predicativo “a verdade do gavião”. Com isso, a utilização desse sinal de pontuação é obrigatório na sentença. Vale frisar que, caso o segmento “como diria Saint-Exupéry” estivesse no início da sentença, deveria ser isolado por uma vírgula: Como diria Saint-Exupéry, comer pombas é a verdade do gavião, mas matar um gavião (...)”. Por fim, apenas a título de complementação dos estudos, a vírgula antes da conjunção “mas” foi empregada para introduzir a oração coordenada sindética adversativa “mas matar um gavião no ar com um belo tiro também pode ser a verdade do caçador”. Logo, a opção (A) é nossa resposta. Gabarito: A. 33. (FUNRIO-2010/INVESTE RIO) De acordo com as regras de pontuação vigentes na Língua Portuguesa, o adjunto adverbial deslocado para o início da frase deve ser seguido de vírgula. Assinale a alternativa em que se exemplifica essa afirmação. A) A fala oral, então... nem pensar! B) Já nós, que herdamos a língua, consertaremos a forma de dizer. C) Dentro em pouco, todos os tapumes divulgarão o aviso. D) Talvez se preocupem as editoras de gramáticas e dicionários e os computadores criarão um novo programa corretor.

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E) Trocaram seis por meia dúzia nas regras para o hífen, que continuam complexas e improdutivas. Comentário: A frase que exemplifica a afirmação contida no enunciado localiza-se na assertiva (C). No período “Dentro em pouco, todos os tapumes divulgarão o aviso”, a expressão destaca desempenha a função de adjunto adverbial, exprimindo acepção de tempo. Pelo fato de este constituinte estar deslocado de sua posição originária, qual seja, o final do período, o isolamento por vírgula é obrigatório. Caso a sentença fosse transcrita na ordem direta, teríamos “Todos os tapumes divulgarão o aviso dentro em pouco”. Gabarito: C. 34. (FUNRIO-2008/IDENE-MG) Marque a alternativa em que a frase está inteiramente adequada no que concerne à pontuação: A) Todos os brasileiros têm essa oportunidade única de mudar para um país melhor. B) Todos os brasileiros, têm essa oportunidade única de mudar para um país melhor. C) Todos os brasileiros têm, essa oportunidade única de mudar para um país melhor. D) Todos os brasileiros têm essa oportunidade, única de mudar para um país melhor. E) Todos os brasileiros têm essa oportunidade única de mudar para, um país melhor. Comentário: A frase em conformidade com a norma culta encontra-se na assertiva (A). No período “Todos os brasileiros têm essa oportunidade única de mudar para um país melhor”, a sentença foi estruturada na ordem direta, o que dispensa o emprego de vírgulas. Nas demais opções, houve os seguintes erros: B) A vírgula após “brasileiros” separou, inadequadamente, o sujeito “Todos os brasileiros” da forma verbal “têm”. C) A vírgula após a forma verbal “têm” infringiu as regras gramaticais, separando o verbo de seu complemento. D) A vírgula separou, incorretamente, o adjunto adnominal “única” de seu núcleo “oportunidade”. E) A vírgula empregada após a conjunção “para” não encontra respaldo gramatical para sua utilização no contexto. Gabarito: A. 35. (FUNRIO-2010/FURP) Das frases abaixo, assinale a que NÃO está pontuada de acordo com o padrão formal da língua. A) “Os empresários recebem em vez de salário, uma remuneração fixa, o pró-labore ou uma parte do lucro”. B) “Na pesquisa da FGV, os donos de empresas com mais de cinco funcionários aparecem em quarto lugar no ranking.”

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C) “Quem conversa com um jovem sobre perspectivas de carreira costuma citar, como meta a ser perseguida, um bom emprego numa multinacional ou em um órgão governamental.” D) “Na fase inicial, não é fácil remunerar bem os colaboradores, o que contribui para a dificuldade de contar com boa mão de obra.” E) “Quando se retrocede no tempo, constata-se, ainda, que a Constituição de 1988 foi determinante para semear outros campos, como o direito do consumidor, o previdenciário e o ambiental.” Comentário: Há incorreção no que se refere ao emprego dos sinais de pontuação na opção (A). Na sentença, faltou uma vírgula antes da expressão “em vez de salário”. Ao empregar apenas uma vírgula após essa expressão, houve a fragmentação, inadequada, do período, separando o verbo “receber” do complemento “uma remuneração fixa”. Nas demais opções, houve pleno respeito aos cânones gramaticais. Gabarito: A. 36. (FUNRIO-2010/SEBRAE-PA) De tudo ao meu amor serei atento Antes e com tal zelo e sempre e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. (Fonte: Poesia Completa, de Vinícius de Moraes. Editora J. Aguilar, 2005) É comum na poesia moderna a omissão dos sinais de pontuação ao final de cada verso. Os versos de Vinícius de Moraes contêm apenas o ponto final, mas poderiam receber algumas vírgulas caso fossem escritos, por exemplo, como frase de um texto em prosa. Assinale a alternativa que reescreve o texto empregando corretamente as vírgulas. A) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto que, mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento. B) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto, que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento. C) De tudo ao meu amor serei atento, antes, e com tal zelo e sempre e tanto, que, mesmo em face do maior encanto dele se encante mais meu pensamento. D) De tudo ao meu amor serei atento, antes e com tal zelo e sempre e tanto que mesmo, em face do maior encanto dele, se encante mais meu pensamento. E) De tudo, ao meu amor serei atento antes, e com tal zelo, e sempre e tanto, que, mesmo em face do maior encanto dele se encante mais meu pensamento. Comentário: Texto em prosa é aquela superfície textual escrita linearmente, continuamente, disposta em parágrafos. Caso a composição de Vinícius de Moraes fosse construída dessa forma, o emprego correto das vírgulas seria ilustrado na alternativa (A). Nessa opção, o excerto “mesmo em face do maior encanto” tem

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Curso de Português - INSS Teoria e questões comentadas

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caráter explicativo e, por estar intercalado entre os segmentos “antes e com tal zelo e sempre tanto que” e “dele se encante mais meu pensamento”, foi adequadamente isolado por vírgulas. Na ordem direta, teríamos “(...) e com tal zelo e sempre tanto que dele se encante mais meu pensamento, mesmo em face do maior encanto”. Gabarito: A.

Gabarito

01. Errado 19. Incorreta 02. Errado 20. A 03. Errado 21. E 04. B 22. A 05. Certo 23. B 06. Certo 24. B 07. C 25. B 08. B 26. A 09. B 27. D 10. A 28. D 11. B 29. D 12. D 30. B 13. E 31. A 14. E 32. A 15. A 33. C 16. A 34. A 17. E 35. A 18. E 36. A

Grande abraço e até a próxima aula, último encontro de nossa preparação! Fabiano Sales.

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