Microsoft Word - Serie 0 Rev.docxFilipe Joaquim IST 2017
MECÂNICA QUÂNTICA II Ano lectivo
2017/2018 – Docente : Filipe R.
Joaquim
Série 0 : Revisões Problema
0.1 – Um sistema quântico tem
dois estados próprios |1⟩ e 2
de energia ',) . Além da
energia, o sistema é caracterizado
por um observável , cujo
operador actua nos estados
próprios de energia do seguinte
modo: 1 = 2 ;
2 = 1 . Assumindo que o sistema
está inicialmente no estado
próprio + de correspondente a
= 1,
(a) qual o estado do sistema
para qualquer t>0? (b)
Qual a probabilidade de encontrar o
sistema num estado com = 1 ao
fim de um
intervalo de tempo Δ?
Respostas: (a) = '
= ) − ' 2 .
Problema 0.2 – Considere uma
partícula escalar cuja função de
onda é dada por:
= 2 + + 3CD ,
onde = ) + ) + ) e , são
constantes reais. (a) Qual o
momento angular total da partícula.
(b) Qual o valor esperado da
componente z do momento angular
total. (c) Se LZ fosse
medido, qual a probabilidade de
o resultado dar .
Respostas: (a) ) = 2 ) (b) H
= 0 (c) P H = = 1/6 .
Problema 0.3– Determine os coeficientes
de Clebsch-Gordan correspondentes à
adição de dois momentos angulares
com '=1 e )=1 e confirme
o resultado com os da tabela
de Clebsch-Gordan. Problema 0.4–
As partículas elementares (e
também as compostas) são por vezes
classificadas por um número quântico
denominado isospin , cujas
propriedades são as mesmas do
spin. Considere as reacções:
3 → 3R , R3 , SS que ocorrem
através de ressonâncias com isospin
total bem definido. Tendo em
conta que o isospin se
conserva e que as partículas
acima descritas estão distribuídas
pelos estados próprios de isospin
da seguinte forma:
,
3 ,
determine as probabilidades relativas
associada a estes processos quando
ocorrem através de uma ressonância
com = 1. Respostas: P(3 → 3R, = 1
)=1/2, P(3 → R3, = 1 )=1/2, P(3 → SS
, = 1)=0. Problema 0.5 –
Um electrão | ↑ ⟩ encontra-se no
estado V'S do átomo de
hidrogénio. Se fizermos uma medida
de J2 do electrão, quais
os valores que poderemos obter e
com que probabilidades. Resposta:
Pode-se obter J2=j(j+1) ) com
j=3/2 e j=1/2 com probabilidades
P(j=3/2)=2/3, P(j=1/2)=1/3. Problema 0.6
– Um sistema de duas partículas
de spin ' = 3/2 e ) = 1/2
é descrito pelo Hamiltoniano H
= A S1 . S2 , com A
constante. Em t=0, o sistema
encontra-se no
estado ',Z'⟩ |),Z) = [ ) , ' ) | '
) , − '
) 3V4\7/(]) 1,1 , na base dos estados
próprios do spin total ,_ .
(a) P [ ) , [ ) '
) , − '
) , = [
] sin2() .
Problema 0.7 - Suponha que o
potencial de Coulomb varia com
segundo 1/'Rb com 1.
Determine o efeito do desvio à
interacção de Coulomb nos níveis
de energia 2 e 2 do
átomo de H e obtenha um
limite para comparando a
diferença de energia induzida entre
aqueles dois estados e sabendo
que experimentalmente este desvio
obedece a: Δ/ ≤ 10]kHz.
Resposta: |)Z − )g| = 'S/6 , ≤ 1.8×103j.
Problema 0.8 – Um rotor rígido
quântico de momento de inércia
e momento dipolar eléctrico
está constrangido a rodar no
plano xy em torno a um
eixo perpendicular ao plano de
rotação e que passa pelo centro
de massa. O Hamiltoniano do
sistema é:
S = − )
2 )
) ,
onde é o ângulo que o
rotor faz com o eixo dos
xx num determinado instante de
tempo.
(a) Determine as funções de
onda próprias do sistema e
correspondentes níveis de
energia.
Coloca-se agora o rotor num
campo eléctrico uniforme = Sp .
Tratando a interacção do dipolo
eléctrico com como sendo uma
perturbação,
(b) encontre as correcções não nulas
aos níveis de energia do rotor
em ordem mais baixa de teoria
de perturbações.
Respostas: (a) q = ' )r 4qs , = 0,±1,±2,… ,
q
(S) = :q:
' ]q:3'
Problema 0.9 – Considere
um átomo tipo Hidrogénio resultante
de um átomo de Alumínio
(Z=13,A=27) ao qual se retiraram
todos os electrões excepto um.
Pretende- se neste problema determinar
qual o efeito do tamanho finito
do núcleo nos níveis de
energia do átomo. Para isso,
considere que a carga do núcleo
está uniformemente distribuída numa
esfera de raio = 1.2×103'['/[.
Resposta: (') = {|}:
)rbx~x
V 1.4 ×103[ eV.
Problema 0.10 – Dois protões
localizados no eixo dos zz a
uma distância um do outro
são sujeitos a um campo
magnético constante = SH.
(a) Considerando apenas a interação
do momento magnético de cada
protão 4 = 2S4/ (onde S é o
magnetão de Bohr e 4 o
spin de cada protão) com o
campo magnético S = − ' + ) . , determine
os estados próprios e energias
correspondentes do sistema.
(b) Tratando a interacção entre os
dipolos magnéticos dos protões:
g = 1 [ '. ) − 3
('. )(). ) )
como perturbação, determine as energias
próprias em primeira ordem de
teoria de perturbações.
Respostas: (a) Os estados próprios
são os estados próprios do spin
total do sistema, nomeadamente ,_ =
1,1 , 1,0 , 1, −1 , 0,0 . As
energias são: ','
(S) =
(S) = S,S (S) = 0 .
(b) ',' (') = −2 SS −
1a Série de problemas : Métodos
Variacional e WKB
Problema 1.1 – Considere uma
partícula sob acção de um
potencial unidimensional = %. Use
o método variacional para encontrar
um valor aproximado para a
energia do estado fundamental.
Compare o resultado com o valor
exacto ' = 1.06-//1/(2), onde = 2/-.
Escolha como função teste
= 2
B C
-D . O desvio em relação ao
resultado exato é de aproximadamente
2%.
Problema 1.2 – Se o fotão
tivesse massa (E ≠ 0), a interacção
de Coulomb seria substítuida por
= − -
onde = E/. Usando uma função de
onda à sua escolha, estime a
energia de ligação de um átomo
de Hidrogénio descrito pelo potencial
dado em cima (Potencial de
Yukawa). Considere o limite
1 e dê a sua resposta em
ordem -.
Resposta: ' / 1 − 2 + 1 - - , onde / =
−13.6 eV.
Problema 1.3 – Considere um sistema
quântico cujos estados próprios do
Hamiltoniano são |U⟩
(i=1,2,3,...,n), aos quais correspondem
as energias (' < / < - < < Y).
Seja |⟩ um ket normalizado
qualquer. Mostre que se ' = 0,
então / ≤ | , onde /é a energia
do primeiro estado excitado.
Consegue idealizar uma situação em
que este resultado possa ser
útil?
Resposta: O resultado pode ser usado
para estimar a energia do
primeiro estado excitado de um
sistema.
Problema 1.4 – Considere uma
partícula de massa e energia
sujeita a um potencial
unidimensional:
= ∞ , <
( − ), ≥ com > 0.
(a) Esboce o potencial e identifique
os pontos de retorno clássico.
(b) Determine os níveis de energia
da partícula usando a aproximação
WKB.
/ -
-/1 .
Problema 1.5 – Recorrendo à
aproximação WKB, determine os níveis
de energia dos estados de
um electão que se encontra
ligado a um núcleo de carga
pelo potencial de Coulomb =
−-/(4'). Comente sobre a qualidade da
aproximação realizada, comparando o
resultado com o resultado exato.
Resposta: (b) Y = − d>D ->
e>
%fgh
- / Y> , que coincide com o
resultado exato para os níveis
de energia de um átomo
hidrogenóide.
Problema 1.6 (2º Exame CMQ 2011/2013)
– Considere o decaimento de um
núcleo dA ( 2) em outro
núcleo d;-
A;% com emissão de uma partícula
(um núcleo de Hélio
constítuido por dois protões e
dois neutrões). A este tipo
de decaimento dá-se o nome
de decaimento , e é
vulgarmente representado por:
dA → d;- A;% + .
Em 1928, G. Gamow e,
independentemente, R. W. Gurney e
E. U. Condon, propuseram um
modelo teórico simples para o
decaimento , baseado no fenómeno
de tunelamento. Pretende- se neste
problema que reproduza os resultados
obtidos por Gamow, Gurney e
Condon. Para isso, considere que
antes do decaimento a partícula
se encontra dentro do núcleo
de raio sujeita a um
potencial atractivo constante igual a
−' para < . Após o
decaimento, a partícula é
emitida com uma certa energia
, encontrado-se fora do núcleo
( > ) sujeita apenas ao
potencial repulsivo de Coulomb:
= 2 − 2 -
4'
(a) Esboce o potencial a que
está sujeita a partícula e
identifique os pontos de retorno
clássicos para uma energia > 0.
(b) De modo a escapar do
núcleo, a partícula tem de
penetrar a barreira de potencial
na região < < n. Tratando o
problema a uma dimensão, mostre
que o coeficiente de transmissão
na aproximação WKB para essa
barreira de potencial é:
= exp n sD_ > - − % − arccos , =
2 −2 2 40
.
onde é a massa da partícula
e - ≡ /n.
Respostas: (a) Pontos de retorno: / =
- = n = - d;- e>
%fgh_ .
Problema 1.7 – Uma partícula de
massa está sujeita ao
potencial unidimensional:
= − , ≤ 0 , > 0
(a) Se a partícula tiver energia
E, quais os pontos de retorno
clássicos?
(b) Usando a aproximação WKB, estime
a energia no estado próprio |⟩.
Respostas: (a) Pontos de retorno: / =
−/ e - = /. (b) Y = /
-
1f<{ D(<|{)
Problema 1.8 (1º Teste 2012/2013) –
O sistema upsilon (Υ) consiste
nos estados ligados de um par
quark e anti-quark ().
Considere que, para = 0 (estados
S) o potencial que descreve o
par é dado por:
= + ' ( e ' são
constantes positivas),
onde é a distância entre
e . A cada nível de
energia Y deste potencial corresponde
uma ressonância denominada por Υ(S)
com uma massa igual a Y.
Tratando o problema como sendo
unidimensional:
(a) Esboce o potencial e
descreva os pontos de retorno
clássicos. (b) Use a relação
de quantização de energia WKB
adequada para determinar os níveis
de energia
Y com = 1,2,3,4, … (c) Sabendo
que as massas das ressonâncias
Υ(1S) e Υ(2S) são 9.46
GeV e 10.023 GeV,
respectivamente, use o resultado da
alínea anterior para prever o
valor da massa do estado Υ(3S)
(o valor experimental é 10.355
GeV).
Respostas: (b) ' = _;h
. (c) Y = ' + − / %
-/1 1f - -K
Problema 1.9 (2º Exame MQII
2011/2012)
=>
=B .
(b) Determine os níveis de
energia quânticos de uma partícula
de massa sob a acção do
campo
gravítico terrestre, i.e. = , onde
é a altura a que a
partícula está em relação à
superfície terrestre (considere que a
partícula não pode penetrar a
superfície terrestre e trate o
problema como sendo unidimensional).
Problema 1.10 - Considere uma
partícula de massa cuja
dinâmica é descrita pelo
Hamiltoniano:
= -
1 4 % .
Usando como teste para o estado
fundamental do sistema uma combinação
linear dos estados próprios do
oscilador harmónico |0⟩ e |2⟩
do tipo = cos |0⟩ + sin |2⟩,
use o método variacional para
determinar . Particularize para o
caso 1-/.
Notas: = -D
CD> |2⟩
Problema 1.11 - Considere um
eletrão no interior de um metal
como estando confinado num poço
de potencial com = 0 para
− < < 0 e = + W para ≥ 0
e ≤ −. > 0 é a energia
de Fermi e W > 0 é a
função trabalho do metal. Aplica-se
um campo elétrico constante = −'=
(' > 0) à superfície do metal,
ou seja, para ≥ 0. Determine,
usando a aproximação WKB, o
coeficiente de transmissão correspondente
à emissão por tunelamento de um
eletrão que se encontra no
nível de energia de Fermi no
interior do metal (a este
fenómeno dá-se o nome de
emissão por campo ou tunelamento
Fowler-Nordheim). Como varia a
intensidade de corrente dos eletrões
emitidos com '? Justifique se
o resultado matemático que
obteve faz sentido fisicamente.
Sugestão: Fazer esquemas de antes e
depois de o campo ser aplicado
pode ajudar...
Resposta: exp − % 1
Ano lectivo 2017/2018 – Docente :
Filipe R. Joaquim
2a Série de problemas : Simetrias
em MQ
Problema 2.1 – Mostre que o
gerador das translações no tempo
é dado por −/, onde é
o Hamiltoniano.
Problema 2.2 – Considere uma
partícula de massa m que se
move num poço de potencial
infinito (-L < x < L).
No instante t=0, o estado da
partícula é descrito pela seguinte
função de onda:
() = * √, sin 01 3
4, 5.
Qual a probabilidade de encontrar a
partícula num estado de paridade
+1 para qualquer instante de
tempo t>0.
Resposta: A probabilidade é zero
já que o Hamiltoniano do sistema
é invariante debaixo de 7.
Logo, a paridade conserva-se pelo
que nunca poderá ser positiva
para t>0 se for negativa
para t=0.
Problema 2.3 – Considere os estados
próprios do momento angular |⟩.
Mostre que
Π= |⟩ = (−1) |⟩,
onde Π= é o operador
paridade.
Problema 2.4 (Regras de selecção de
paridade) – Suponha que |⟩ e
|⟩ são estados próprios de
paridade C e D, respectivamente:
Π=|⟩ = C |⟩ ,
Π=|⟩ = D |⟩ .
Seja F um operador Hermítico. Mostre
que:
(a) Se [F, Π=] = 0, então ⟨
|F|⟩ ≠ 0 se CD = 1. (b) Se {F,
Π=} = 0, então ⟨ |F|⟩ ≠ 0 se CD
= −1.
Problema 2.5 – Por vezes a
transformação de paridade podem estar
relacionada com rotações no espaço.
No entanto, isto não acontece
como regra geral. Dê um
exemplo de um potencial V(x,y,z)
que seja invariante debaixo de
transformações de paridade mas que
não seja invariante debaixo de
rotações.
Resposta: Por exemplo (, , ) = 4 + 4 + .
Problema 2.6 – Mostre que os
elementos de matriz ⟨SS||⟩ só
não se anulam entre estados
com S = e S + = 2 + 1, = 0,1,…
Problema 2.7 – Considere os estados
próprios do momento angular orbital
|, ⟩. Mostre que X |, ⟩
= 4Z |,− ⟩ , onde X é o
operador reflexão temporal.
Problema 2.8 – Considere um
sistema quântico descrito por um
Hamiltoniano = invariante debaixo da
transformação → −. Mostre que se
|⟩ for um estado próprio não
degenerado de energia _, então
a função de onda correspondente
é real (a menos de uma
fase constante).
Problema 2.9 – Considere um sistema
cujo Hamiltoniano é invariante
debaixo de um grupo de
transformações contínuas =. Mostre que
se |⟩ é um estado próprio
de energia _ e =|⟩ ≠ |⟩
então o estado |⟩ é degenerado
com todos os estados =|⟩.
Problema 2.10 – Determine a paridade
do estado próprio |⟩ de um
oscilador harmónico a uma dimensão.
Resposta: 7|⟩ = (−1)_|⟩. Logo, a paridade
do estado |⟩ é (−1)_ .
Problema 2.11 – Considere a=, 7b = 0
num sistema com um estado
próprio degenerado |⟩. Mostre que
|⟩ pode não ser um estado
próprio de paridade.
Problema 2.12 – Considere que
uma partícula de spin zero se
encontra sob a acção de
um potencial central () tão
assimétrico que não existem estados
próprios de energia degenerados.
Considerando que o Hamiltoniano é
invariante debaixo da transformação →
−, prove que ⟨ | e |
⟩ = 0 onde e é o momento
angular orbital e | ⟩ é
um estado próprio de =
qualquer. Problema 2.13 –
O Hamiltoniano de um sistema
com spin 1 é dado por
= = Fh4 + ( F34 − Fj4 ),
com A e B reais.
(a) Determine os estados próprios
normalizados deste sistema e os
respectivos valores próprios. (b)
Verifique se o Hamiltoniano é
invariante debaixo de reflexão
temporal. (c) Determine os
estados próprios transformados por
X.
Respostas: (a) Valores próprios:
* = 0, 4 = ( + )4,k = ( − )4. Estados próprios:
|1⟩ = |1,0⟩, |2⟩ = (|1,1⟩ + |1, −1⟩)/√2, |3⟩ = (|1,1⟩
− |1, −1⟩)/√2, escritos na base dos
estados próprios de m. (b) O
Hamiltoniano é invariante debaixo de
X. (c) X|1⟩ = |1⟩, X|2⟩ = −|2⟩, X|3⟩ =
|3⟩.
MECÂNICA QUÂNTICA II
Ano lectivo 2017/2018 – Docente : Filipe R. Joaquim
3a Série de problemas : Rotações, momento angular e Teorema de
Wigner-Eckart
Problema 3.1 – Determine a matriz de rotação (1)() sabendo
que:
Resposta:
Problema 3.2 – Usando o resultado do problema anterior para (1)() e
a forma de (1/2)()
obtida nas aulas teóricas, determine 3
2 , 3
Problema 3.3
(a) Mostre como se transforma o operador vetorial debaixo de uma
rotação finita em torno do
eixo dos z’s e segundo um ângulo .
(b) Mostre como se transforma um operador vetorial debaixo de uma
rotação em torno do
eixo dos y’s, segundo um ângulo .
(c) Mostre que: .
(a) (b)
Problema 3.4 – Use o teorema de Wigner-Eckart para mostrar que para
um operador vetorial ,
os elementos de matriz do operador . (onde é o operador momento
angular total) são dados
por:
, | . | , = [ , 1; , 0|, − 1
√2 , 1; , 1|, + 1 √( + 1) − ( + 1)
+ 1
√2 , 1; , −1|, − 1 √( + 1) − ( − 1)] ⟨ ⟩
Tendo em conta a expressão para os elementos de matriz de um
operador vetorial dada pelo
teorema de Wigner-Eckart, mostre que se pode escrever a
relação:
e use este resultado para mostrar que
Problema 3.5
(a) Mostre que o elemento de matriz ⟨2,0|10|1,0⟩ é:
(b) Use o resultado da alínea anterior e o teorema de Wigner-Eckart
para provar que:
Problema 3.6 – Usando o teorema de Wigner-Eckart e a expressão
geral que permite calcular o
integral de três harmónicos esféricos
Mostre que os elementos de matrix reduzidos do harmónico esférico
(, ) são dados por:
Problema 3.7
(1) e 2
(2) forem dois tensores esféricos irredutíveis de ordem 1 e
2,
respetivamente, então
()
1,2
1
é um tensor esférico irredutível de ordem .
(b) Construa um tensor esférico de ordem 1 a partir de dois vetores
= ( , , ) e =
(, , ).
(c) Determine um tensor esférico irredutível de ordem 2 a partir de
dois vetores = (, , )
e = (, , ).
(1) = −
1
(2) = −
1
−1 (2)
(2) =
1
Problema 3.8 – Determine
,
para qualquer . Verifique o resultado para ′ = ±1/2 (tenha em conta
a forma de ′ (1/2)
()
Problema 3.9
(a) Escreva , e (2 − 2) como componentes de um tensor esférico
irredutível de ordem 2
(use o resultado do problema 3.7.c com = = = (, , ).
(b) A quantidade
= ⟨; , = | (32 − 2)| ; , = ⟩ ,
é chamada momento quadripolar. Calcule ⟨; , ′ | (2 − 2)| ; , = ⟩ em
termos de e
de coeficientes de Clebsch-Gordan adequados.
Respostas: (a) 2 − 2 = +2 (2)
+ −2 (2)
; = (+2
(2) −−2
⟨,2;,0|,⟩
Problema 3.10 – Considere o protão e o neutrão (|⟩ e |⟩) como dois
estados de isospin
diferentes do nucleão, i.e., |⟩ = | 1
2 ,
1
(a) Encontre os estados possíveis de dois nucleões.
(b) Considere o operador = (3 + 1/2) e determine |⟩ e |⟩, Qual o
significado físico do
operador .
Resposta:
(a)
(b) |⟩ = |⟩ ; |⟩ = 0. O operador representa a carga elétrica.
Problema 3.11 – As interações fortes conservam o isospin. Explique
então porque razão a reação
+ → + 0 não se observa, tendo em conta que () = () = 0 e () =
1.
Resposta: ( + ) = 0 ≠ ( + 0) = 1 , logo a reação é proíbida porque
o isospin não se conserva.
Problema 3.12 – O sistema (−, 0, +) pode ser visto como três
estados de isospin distintos.
Determine os estados possíveis de isospin total do sistema
pião-nucleão.
Resposta:
Problema 3.13 – As interações fortes conservam o isospin, ou seja,
2 e 3 permanecem
constantes. Dito de outra forma, pode dizer-se que as interações
fortes são invariantes debaixo
de rotações no espaço do isospin. Tendo em conta que a
probabilidade de ocorrência de um
decaimento controlado pela interação forte é proporcional a |⟨ ||
⟩|2 onde representa o
potencial responsável pela interação, determine as probabilidades
relativas dos decaimentos
Δ+ → 0 e Δ+ → +, sabendo que para o Δ+, = 3/2 e 3 = 1/2.
Resposta:
4a Série de problemas : Sistemas
de N partículas
Problema 4.1- Considere um sistema
de três partículas que não
interagem entre si e que estão
confinadas a um poço de
potencial infinito de largura
( V(x)=0, 0 < x <
e V(x)=∞, x<0, x >
). Determine a energia e
a função de onda do estado
fundamental e do primeiro estado
excitado do sistema nos seguintes
casos:
(a) Partículas escalares com % < ' <
(. (b) Bosões idênticos de spin
0. (c) Partículas de spin ½
com % < ' < (. (d) Electrões
no estado | ↑ ⟩.
Problema 4.2- Determine os níveis de
energia e as funções de onda
dos três primeiros estados de
um átomo com dois electrões
(considere que a única interacção
existente é a interacção de
Coulomb entre o núcleo do
átomo e cada um dos electrões).
Problema 4.3- Determine a energia e
a função de onda do estado
fundamental e do primeiro estado
excitado de duas partículas
independentes movendo-se sob a acção
de um oscilador harmónico comum
no caso de:
(a) duas partículas idênticas de spin
1 sem momento angular orbital.
(b) duas partículas idênticas de spin
½.
Problema 4.4- Duas partículas idênticas
de spin 1/2 encontram-se confinadas
numa caixa com duas paredes
rígidas colocadas em = 0 e =
. Sabendo que as partículas se
encontram num estado de tripleto
de spin, determine a energia,
as funções de onda e as
degenerescências dos três primeiros
estados.
Problema 4.5- Considere um sistema
de duas partículas idênticas de
spin ½ que não interagem entre
si e que estão confinadas a
um poço de potencial infinito
de largura ( V(x)=0, 0
< x < e V(x)=∞,
x<0, x > ). Se o
estado do sistema for descrito
pela função de onda:
Ψ %, ', %, ' = 2 sin
2% sin
5' + sin
2' sin
5% (%, ')
onde % e ' são as coordenadas
das duas partículas e (%, ') é
a função de onda de spin.
(a) (%, ') é um estado de
singleto ou tripleto? (b) Determine
a energia do sistema.
Problema 4.6 - Considere um sistema
de duas partículas indistinguíveis de
spin ½ que estão sob acção
de um oscilador harmónico comum.
Assuma que o estado do sistema
é descrito pela função de onda
Ψ %, ', %, ' = 2
=' ' − % exp −
%' + ''
2=' (%, ')
(a) (%, ') é um estado de
singleto ou tripleto? (b) Determine
a energia do sistema.
Problema 4.7 (1º Teste MQII
2011/2012) – O deuterão () é
um núcleo de carga +1 composto
por um protão e um neutrão
(). O spin e paridade do
deuterão são, respectivamente, D = 1
e D = 1. Um pião negativo (G)
de carga -1 e spin HI = 0
pode ser capturado por um
deuterão formando um estado ligado
%( G + que decai em dois
neutrões, ou seja,
%( G + → + .
Sabendo que os dois neutrões são
fermiões de spin ½, determine a
paridade intrínseca do pião, tendo
em conta que o momento angular
total e a paridade se conservam
no decaimento acima indicado.
Problema 4.8 (1º Exame MQII
2011/2012) – Considere uma partícula
sujeita a um determinado poço
de potencial unidimensional cujos
auto-estados de energia M são
descritos pelas funções próprias:
% , ' , ( , … com % < ' < ( < .
Considere agora duas dessas partículas
(sem interação mútua) nesse poço
de potencial.
Determine a energia total, o grau
de degenerescência e as funções
de onda possíveis para os dois
estados de menor energia do
sistema se as duas partículas
forem:
(a) Idênticas de spin 1/2.
(b) Idênticas de spin 1.
Problema 4.9 (2º Exame MQII
2011/2012) – A porfirina é uma
molécula presente na clorofila,
hemoglobina, e outros compostos orgânicos
importantes. Alguns dos aspetos
associados à Física das propriedades
desta molécula podem ser estudados
considerando um modelo simples em
que 18 electrões estão
constrangidos a mover-se num anel
de raio = 1 . Para cada
um dos electrões, o Hamiltoniano
livre é dado por:
M = − '
Despreze a interação entre os
electrões.
(a) Determine as funções de onda
próprias Z M normalizadas para um
dos eletrões no anel de
porfirina e as respectivas energias.
(b) Quantos electrões existem em cada
nível de energia quando a
molécula se encontra no estado
fundamental?
Problema 4.10 (1º Exame MQII
2012/2013) – Duas partículas idênticas
de massa e spin 1
encontram-se sob a ação de um
oscilador harmónico comum de
frequência . Assuma que no
instante = = o estado do sistema
é descrito pela função de onda
Ψ %, ', %, ' = 1
=' ' − % exp −
%' + ''
2=' %,^_, ',^` .
(c) Em que estados de spin
%,^_, ',^` podemos encontrar o sistema?
(d) Determine a energia do
sistema.
Qual a probabilidade de se encontrar
o sistema num estado próprio de
paridade +1 para > =.
(e) Repita a alínea anterior no
caso em que as partículas
interagem entre si segundo uma
interação spin-spin do tipo %. '.
Notas: Oscilador harmónico:
'
G(/' exp − '
Z = + % '
Problema 4.11 (2º Exame MQII
2012/2013) – Um átomo de Hélio
é constituído por um núcleo
com 2 protões (Z=2) e dois
neutrões e por dois eletrões
ligados ao núcleo pela força de
Coulomb. Considerando apenas a
interação de Coulomb entre cada
um dos eletrões e o núcleo:
(a) Descreva, justificando, as funções
de onda possíveis %, ', %,^_, ',^`
para o estado fundamental do
átomo de Hélio (% e '
referem-se à posição de cada
um dos eletrões num referencial
com origem no núcleo e %,^_,
',^` são os respetivos números
quânticos de spin). Qual a
energia e o grau de
degenerescência deste estado?
(b) Considere agora a configuração
1 % 2 % do átomo de Hélio. Descreva
as funções de onda %, ', %,^_, ',^`
com spin total bem definido
para este estado. Qual a
energia e o grau de
degenerescência do estado 1 % 2 %?
Tenha agora em conta efeito de
repulsão entre os dois eletrões.
(c) Mostre que, em primeira ordem
de teoria de perturbações, a
energia do estado fundamental do
átomo de Hélio é dada por
% 2 ' − gh
i =, onde = é a energia
do estado
fundamental do átomo de Hidrogénio.
Comente este resultado comparando-o
com o resultado obtido na
alínea (a).
(d) Sem efectuar cálculos, diga
justificando quais as configurações
do spin total dos dois eletrões
que correspondem ao estado 1 % 2 %
com energia mais baixa.
(e) Mostre que, em primeira ordem
de teoria de perturbações, a
diferença de energia entre os
estados 1 % 2 % com spin total
igual a 0 e 1 é dada
por:
= '
2= 4 ' 1
|% − '| %= % %= ' '= % '= ' (%(' .
Notas: ZG n o = Zp%!pr
= , %= = 2 h st
u ` G
x_Gx (' = 4 'GU
.
Problema 4.12 – Os quarks,
constituintes dos bariões e mesões,
existem na natureza em três
estados diferentes de um número
quântico denominado côr. Cada tipo
de quark existe em três
estados distintos de côr , |⟩ e
(red, green e blue) que,
para efeitos práticos, podem ser
vistos como as três projeções
possíveis de um spin de côr
(que nada tem a ver com o
spin das partículas). Considere
agora um barião constituído por
três quarks |%'(⟩ ligados pela
força forte (que trata todos
os quarks de igual modo).
Determine a parte da função de
onda de côr deste barião, e
determine as suas propriedades
debaixo de simetria de troca,
sabendo que os estados compostos
de quarks são sempre singletos
de côr. Problema 4.13 –
O protão é uma partícula de
spin ½ constituída por dois
quarks up () e um quark
down (). Considerando o número
quântico de isospin , os quarks
e podem ser vistos
como sendo as projeções distintas (
de (tal como um eletrão
com spin up/down corresponde às
duas projeções distintas do spin
do eletrão em z). É usual
dizer-se que quarks com (
diferente têm sabor diferente. Tendo
em conta que os quarks
estão ligados no protão pela
força forte (para a qual os
quarks são todos idênticos
independentemente do seu sabor, spin
ou côr) e que o protão
tem isospin total = (=1/2
(a) Determine a parte da
função de onda do protão com
= 1/2 correspondente ao isospin e
ao spin, ^sx^MZ (considere a
aproximação em que a função de
onda espacial não tem
qualquer dependência no momento angular
orbital dos quarks constituintes).
Lembre-se que os quarks têm
côr !
=
Ano lectivo 2017/2018 – Docente : Filipe R. Joaquim
5a Série de problemas : Teoria de perturbações dependentes do tempo
(TPDT)
Problema 5.1 – Considere uma partícula no estado fundamental de um
poço de potencial infinito. Em t=0, perturba-se o sistema de tal
modo que o potencial passa a ser:
= $ se 0 ≤ ≤ /2 0 se /2 ≤ ≤ ∞ otherwise
onde $ 6. Depois de um intervalo de tempo T, a energia da partícula
é medida. Qual a probabilidade (em primeira ordem de TPDT) de o
resultado dessa medida ser 7.
Problema 5.2 – Considere um oscilador harmónico a uma dimensão com
frequência angular e carga eléctrica . No instante de tempo t=0, o
oscilador encontra-se no estado fundamental. Um campo eléctrico de
intensidade constante é aplicado durante um intervalo de tempo .
Caracterize as transições possíveis em primeira ordem de teoria de
perturbações e determine as respectivas probabilidades. Problema
5.3 – Um oscilador harmónico encontra-se no estado fundamental para
t<0. Para ≥ 0, aplica-se ao sistema uma perturbação do tipo , =
$?AB/C. (a) Para que estados pode o sistema transitar após um
intervalo de tempo Δ, em primeira ordem
de TPDT. (b) Calcule a probabilidade de o oscilador transitar para
cada um dos estados identificados na
alínea anterior após um intervalo de tempo suficientemente longo (
→ ∞). (c) Em segunda ordem de teoria de perturbações as transições
possíveis continuam a ser as que
identificou na alínea (a)? Justifique a sua resposta por palavras
usando, no máximo, uma equação (pode nem usar nenhuma).
Problema 5.4 – Considere um sistema composto por duas partículas de
spin 1/2. Para t<0, o Hamiltoniano não depende dos spins e pode
ser considerado como nulo (ajustando convenientemente os níveis de
energia). Para t>0, o Hamiltoniano é dado por:
= 4Δ 7 .
Suponha que o sistema está no estado | ↑↓ ⟩ para ≤ 0. Determine a
probabilidade (em função do tempo) de o sistema se encontrar nos
estados ↑↑ , ↑↓ , ↓↑ e | ↓↓⟩:
(a) Resolvendo o problema exactamente. (b) Usando TPDT em primeira
ordem. Comente o resultado.
Problema 5.5 – Um oscilador harmónico encontra-se no estado
fundamental para t<0. Para ≥ 0, aplica-se uma força
espacialmente uniforme
= $AB/C
(a) Use TPDT em primeira ordem para determinar a probabilidade de o
oscilador se encontrar no primeiro estado excitado para t>0.
Mostre que para → ∞, esta probabilidade é constante.
(b) Podemos encontrar o sistema em estados com ≥ 2?
Problema 5.6 – Considere um oscilador harmónico unidimensional de
carga q e frequência $ num estado excitado > 0.
(a) Qual a taxa de decaimento por emissão espontânea do estado
excitado para o estado fundamental e a potência média radiada por
este oscilador.
(b) Obtenha uma estimativa da taxa de decaimento determinada na
alínea anterior e o tempo de vida do estado |⟩ para um electrão a
oscilar à frequência $ = 3×106Wrad/s.
(c) Verifique a validade da aproximação dipolar para o caso do
electrão da alínea anterior.
Problema 5.7 – Um átomo de Hidrogénio encontra-se no estado 2.
Determine a taxa de transição associada às transições 2 → 1
(Lyman-α) e o tempo de vida médio do estado 2.
Problema 5.8 – A aproximação dipolar consiste em desprezar a
variação espacial do campo eléctrico de uma onda electromagnética,
i.e.
exp . = 1 + . + 1. (Eq. 1)
Suponha que consideramos agora o termo de primeira ordem na
expansão acima. A presença deste termo dá origem a transições
vulgarmente denominadas de proíbidas (ou de dipolo magnético e
quadrupólo eléctrico).
(a) Mostre que a taxa de transição por emissão espontânea para as
transições proíbidas é dada por:
c→d = 7e
$e . i. 7
onde e i são as direcções do campo eléctrico e de propagação,
respectivamente. (Não se preocupe em fazer a média nos estados de
polarização e nas direcções de propagação).
(b) Mostre (fazendo agora as médias convenientes) que para um
oscilador harmónico unidimensional as transições proíbidas dão-se
entre os níveis e − 2 com uma taxa de transição dada por
= 7?( − 1) 15$7e
(c) Mostre que as transições 2 → 1 no átomo de Hidrogénio (que não
ocorrem na aproximação dipolar) continuam a não ser permitidas
quando se considera a aproximação dada na eq. (1).
Problema 5.9 – Um átomo de Hidrogénio no estado fundamental é
sujeito a um campo eléctrico
oscilante opq = $ sin . Calcule a probabilidade por unidade de
tempo de o átomo ser ionizado (taxa de ionização) com eletrões
emitidos na direção zz.
Problema 5.10 – Um átomo de Hidrogénio no estado fundamental é
sujeito a um potencial , = $ cos( − ). Use teoria de perturbações
dependentes do tempo para obter uma expressão para a taxa à qual o
electrão é emitido com momento . Qual a distribuição angular do
electrão ejectado.
Problema 5.11 – Suponha que devido a uma pequena força violadora de
paridade, o nível 22S1/2 tem uma pequena mistura do nível 22P1/2.
Descreva os elementos de matriz que correspondem à desexcitação
deste estado na aproximação dipolar? O que acontece se o estado
inicial for o estado 22S1/2 puro?
Problema 5.12 – Uma partícula encontra-se no estado fundamental de
um poço de potencial infinito com paredes em = 0 e = . Esta última
parede é repentinamente deslocada para = 2.
(a) Calcule a probabilidade de encontrar a partícula no estado
fundamental do novo poço de potencial.
(b) Suponha que as paredes do poço inicial [0, ] são retiradas e
que a partícula se encontrava no estado fundamental. Qual a
distribuição de probabilidades para o momento da partícula após ser
libertada.
Problema 5.13 – O número atómico de um núcleo muda repentinamente
de Z para Z+1 por decaimento . Qual a probabilidade de um electrão
no estado n=1 do núcleo pai se encontrar no estado n=1 do núcleo
filho após o decaimento ? (Despreze qualquer interacção que não
seja a atracção entre o electrão e o núcleo).
Problema 5.14 – Considere um neutrão sujeito a um campo magnético
de intensidade constante $ e direcção segundo um angulo com o eixo
dos zz. O vértice do campo magnético descreve uma circunferência na
superfície esférica de raio $. Calcule explicitamente o potencial
de Berry
para o estado próprio do sistema com spin up, e encontre o valor da
fase de Berry para este exemplo específico de caminho fechado
.
Problema 5.15 (1º Exame MQII 2012/2013) – Um sistema quântico é
descrito pelo Hamiltoniano , cuja dependência temporal é controlada
por um conjunto de parâmetros
= [6 , 7 , … , ],
Suponha que inicialmente o sistema se encontra no estado próprio |
⟩ de e que posteriormente se submete o sistema a uma transformação
adiabática durante a qual descreve um caminho fechado no seu espaço
-dimensional. Mostre que se a função de onda for real, então a fase
de Berry () associada à transformação adiabática atrás referida é
nula. Problema 5.16 (2º Exame MQII 2012/2013) – Um sistema quântico
é descrito pelo Hamiltoniano , cuja dependência temporal é
controlada por um conjunto de parâmetros = [6 , 7 , … , ]. Suponha
que o sistema evolui adiabáticamente de = 0 a = enquanto varia de
(0)a () descrevendo um caminho (não necessáriamente fechado) no seu
espaço -dimensional. Considere que a base dos estados próprios
ortonormais de () é constítuida pelos estados | ⟩.
(a) Mostre que a fase geométrica () adquirida pelo sistema durante
o processo adiabático acima descrito é sempre real. (b) Considere
agora que se transforma o estado | ⟩ segundo uma transformação de
gauge → () , onde () é uma função real de e únicamente definida
para cada . Como se transforma o “potencial-vetor” = ⟩ debaixo
desta transformação e qual o efeito na fase geométrica () se for
aberto? Comente sobre a relevância física de () neste caso. Se for
um caminho fechado qual o efeito da transformação em ()? Comente de
novo.
Problema 5.17 (2º Exame MQII 2012/2013) – Considere um sistema
composto por duas partículas de spin 1/2. Para < 0, o
Hamiltoniano não depende dos spins e pode ser considerado como nulo
(ajustando convenientemente os níveis de energia). Para ≥ 0, o
Hamiltoniano é dado por: = W
7 + 7 , onde é o spin total do sistema. Suponha que para ≤ 0 o
sistema está
no estado | ↓↑ ⟩. Determine a probabilidade (em função do tempo) de
o sistema se encontrar nos estados ↑↑ , ↑↓ , ↓↑ e | ↓↓⟩ num
instante > 0, usando teoria de perturbações em primeira
ordem.
MECÂNICA QUÂNTICA II
6a Série de problemas : Scattering
Problema 6.1 – Considere o scattering de uma partícula de massa µ e
momento = & por um potencial de Yukawa:
() = + /0/2
onde + e são constantes reais e positivas. (a) Calcule a secção
eficaz diferencial em primeira aproximação de Born. (b) Obtenha a
secção eficaz total. Problema 6.2 – Considere o scattering de um
nucleão por um núcleo pesado de raio . O efeito do núcleo pesado
pode ser representado pelo potencial:
() = 4−+ , < 0, >
(a) Calcule a secção eficaz diferencial em primeira aproximação de
Born. (b) Explique como poderia usar o resultado da alínea anterior
para medir .
Problema 6.3 – Considere o scattering de uma partícula de massa
pelo potencial
( ) = +/0/2
(a) Determine a secção eficaz diferencial na primeira aproximação
de Born. (b) Esboce a dependência angular da secção eficaz
diferencial para = 0 e = 1. Para
que valores aproximados de o scattering começa a ser
significativamente anisotrópico. (c) Discuta a validade da primeira
aproximação de Born nos limites de alto e baixo . Qual
dos limites é mais restringente no que respeita ao valor do
potencial?
Problema 6.4 – A amplitude de scattering neutrão-protão pode
escrever-se como:
() = ⟨@ A + F. H | J ⟩
onde e são constantes e | ⟩J,@ representam os estados finais do
spin do protão e do neutrão.
(a) Determine a amplitude de scattering para todas as combinações
de estados iniciais e finais do sistema protão-neutrão.
(b) Determine a secção eficaz diferencial para o scattering |+ ⟩H →
|+ ⟩H e |+ ⟩H → |− ⟩H quando o spin do protão emergente não é
medido pelo detector.
(c) Determine a secção eficaz |Singleto⟩ →|Singleto⟩, |Tripleto⟩
→|Tripleto⟩ e |Singleto⟩ → |Tripleto⟩.
Problema 6.5 – Considere um caso de difusão a baixas energias pelo
potencial
() = ( − )
(a) Determine a amplitude de scattering e as secções eficazes
diferencial e total na 1ª aproximação de Born de baixas
energias.
(b) Repita a alínea (a) considerando energias arbitrárias e compare
o resultado com o obtido anteriormente.
Problema 6.6 – Considere o problema de difusão por um potencial do
tipo esfera rígida:
() = 4 ∞ , < + 0, > +
a baixas energias (++ 1).
(a) Usando o método das ondas parciais, determine o desvio de fase,
a amplitude de scattering, e as secções eficazes diferencial e
total para ondas ( = 0).
(b) Escreva a equação radial de Schrödinger com ( = 1) e determine
a solução da mesma para scattering de ondas .
(c) Determine o desvio de fase das ondas e obtenha o limite a
baixas energias.
Problema 6.7 – Considere um poço de potencial quadrado
() = 4−+ , < 0, >
(a) Calcule os desvios de fase para difusão de ondas e a baixas
energias. (b) Determine a condição de ressonância para as ondas e .
(c) Calcule a secção eficaz total fora da ressonância para 1 e S
+.
Problema 6.8 – Considere o scattering de partículas pelo potencial
V(r)=g/r2, onde g é uma constante positiva.
(a) Determine os desvios de fase das ondas parciais. (b) Qual a
dependência da secção eficaz diferencial na energia das partículas
incidentes.
(c) Considere TUV W
1. Determine os desvios de fase neste limite e a secção eficaz
diferencial.
Problema 6.9 – Use a aproximação de Born para exprimir a secção
eficaz diferencial de Coulomb de uma carga pontual por uma
distribuição de carga do tipo:
() = 1
Z/TZ /0W/[W
como o produto da secção eficaz diferencial de Rutherford e o
quadrado do factor de forma ().
Problema 6.10 – Considere o scattering de neutrões com energia E =
1 MeV por um alvo. Sabendo que a distribuição angular dos neutrões
no centro massa é isotrópica e que a secção eficaz total medida é
de 0.1 , determine o desvio de fase das ondas parciais
envolvidas.
Problema 6.11 – Uma partícula sem spin S encontra-se num estado
ligado esféricamente simétrico cuja função de onda é S = ()/Z/Texp
(−T/T), onde é o “tamanho do estado ligado”. Se uma partícula sem
spin T interagir com S segundo o potencial ( − e) = +ZZ( −
e):
(a) Calcule, em primeira aproximação de Born, a amplitude de
scattering elástico de T por S (não de preocupe com a
normalização).
(b) Como varia a distribuição com a energia das partículas
incidentes e como poderia usar a distribuição para determinar o
“tamanho” do estado ligado S.
Problema 6.12 – Considere o scattering de um feixe de partículas de
spin 1/2 e massa m por um alvo constituído por núcleos pesados,
também de spin 1/2. A interacção de uma das partículas incidentes
com um núcleo pode ser descrita como
(S, T, S, T) = S. T (Z)(S − T),
onde é uma constante pequena e S, T definem a posição das
partículas incidentes e do núcleo, respectivamente. Calcule a
secção eficaz total, fazendo a média nos estados iniciais de
spin.
Problema 6.13 – Duas partículas idênticas de spin ½ e massa m
interagem segundo o potencial () = T exp(−) /. Considere o
scattering entre duas destas partículas de energia E no centro de
massa (assuma que a energia é alta).
(a) Calcule (no centro de massa) a secção diferencial para
partículas emergentes segundo um ângulo relativamente ao eixo da
direcção das partículas incidentes.
(b) Assumindo que as partículas são observadas segundo um ângulo
relativamente ao eixo do feixe, qual a probabilidade de, após o
scattering, as duas partículas serem detectadas num estado de spin
total S=1? E num estado em que ambas as partículas têm i =
+1/2?
Problema 6.14 – Mostre que a secção eficaz para o espalhamento de
um electrão rápido por um átomo de Hidrogénio no estado fundamental
é dada por:
Ω =
onde + é o raio de Bohr.
MECÂNICA QUÂNTICA II