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1 COLÉGIO ESTADUAL VILA INDUSTRIAL – E.F.M PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO LARANJEIRAS DO SUL 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · 2012-02-10 · projeto político-pedagógico faz parte do planejamento e da gestão escolar e sua ... seja no que concerne ao aspecto geopolítico,

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COLÉGIO ESTADUAL VILA INDUSTRIAL – E.F.M

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

LARANJEIRAS DO SUL

2010

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICOCOLÉGIO ESTADUAL VILA INDUSTRIAL - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

A alegria não chega apenas no encontro do achado,

mas faz parte do processo da busca. E ensinar e

aprender não pode dar-se fora da procura, fora da

boniteza e da alegria.

(Paulo Freire)

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Sumário

1.APRESENTAÇÃO .................................................................................................05

2.IDENTIFICAÇÃO....................................................................................................06

3.MARCO SITUACIONAL.........................................................................................07

4.MARCO CONCEITUAL..........................................................................................22

5.MARCO OPERACIONAL.......................................................................................32

6.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO........................................................................................................................38

6.1. ARTE...................................................................................................................38

6.2. BIOLOGIA...........................................................................................................45

6.3. CIÊNCIAS...........................................................................................................55

6.4. EDUCAÇÃO FÍSICA...........................................................................................73

6.5. ENSINO RELIGIOSO.........................................................................................79

6.6. FILOSOFIA.........................................................................................................84

6.7. FÍSICA................................................................................................................87

6.8. GEOGRAFIA......................................................................................................95

6.9. HISTÓRIA.........................................................................................................109

6.10. LEM.................................................................................................................120

6.11. LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................142

6.12. MATEMÁTICA................................................................................................170

6.13. QUÍMICA.........................................................................................................180

6.14. SOCIOLOGIA..................................................................................................190

7. ATIVIDADES ESCOLARES DE APOIO E COMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR

7.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA DO PROGRAMA VIVA A ESCOLA ARTES

VISUAIS...................................................................................................................194

7.2.PROPOSTA PEDAGÓGICA DO PROGRAMA VIVA A ESCOLA ATIVIDADES

LITERÁRIAS............................................................................................................199

7.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA DO CELEM.........................................................203

7.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA SALA DE RECURSOS......................................208

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................223

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................224

10. ANEXOS

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10.1.MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL.................................227

10.2.MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO.................................................228

10.3.CALENDÁRIO ESCOLAR...............................................................................229

10.4.PLANO DE ESTÁGIO......................................................................................232

10.5.PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA...................................238

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1. APRESENTAÇÃO

A democratização da escola pública e a busca de sua dignidade social é um

processo de “luta” que se trava no âmbito da sociedade e da escola. Exige reflexão,

consonância, dos diversos condicionamentos e limites e, especialmente, luta pelos

espaços possíveis, além de coragem e determinação em face dos avanços

necessários. O Projeto Político-Pedagógico é um trabalho que não se esgota,

impõe-se num processo dialético de construção histórica.

O projeto é político porque reflete as opções e escolhas de caminhos e

prioridades na formação do cidadão, como membro ativo e transformador da

sociedade em que vive. O projeto é pedagógico porque expressa as atividades

pedagógicas e didáticas que levam a escola a alcançar seus objetivos educacionais,

"É importante que o projeto político-pedagógico seja entendido na sua globalidade,

isto é, naquilo que diretamente contribui para que os objetivos prioritários da escola,

que são as atividades educacionais, e naquilo cuja contribuição é indireta, ou seja,

as ações administrativas. É também um instrumento que identifica a escola como

uma instituição social, voltada para a educação, portanto, com objetivos específicos

para esse fim". (Veiga, 2002, p.13-14).

O processo inicial do Projeto Político–Pedagógico, vivenciado pela escola

ficou constatado que se tratou de possibilidades efetivamente construídas para um

futuro próximo, pautadas na realidade local de nossa comunidade, em consonância

com anseios de melhoria de nossa condição humana enquanto sujeito sócio-

histórico.

Na perspectiva da gestão escolar , o referido projeto delineia as ações

político- pedagógicas, incorporando novas ideias à prática educativa visando uma

educação emancipadora capaz de transformar a realidade vivida por nossos

educandos.

O projeto político pedagógico mostra a visão macro do que a instituição

escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias, tanto no que

se refere às atividades pedagógicas, como às funções administrativas. Portanto, o

projeto político-pedagógico faz parte do planejamento e da gestão escolar e sua

importância reside no fato de que ele passa a ser uma direção, um rumo para as

ações da escola. É uma ação intencional que precisa ser definida coletivamente,

com consequente compromisso coletivo.

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2. IDENTIFICAÇÃO

2.1 DADOS DO ESTABELECIMENTO

Escola: Colégio Estadual Vila Industrial – E.F.M.

Código 0250-6/INEP: 41102991.

Endereço:Rua Brasília, 179 – CEP (42) 85303 -350

Telefone (42) 3635-3252.

Site da Escola: WWW.ljsvilaindustrial.seed.pr.gov.br

E-mail Institucional: [email protected]

Município: Laranjeiras do Sul.

Código do Município: 1340

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação (SEED)

NRE: Laranjeiras do Sul

Código: 31

Distância da escola até o NRE

2.2 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

A história do Colégio Estadual Vila Industrial tem início em 28 de janeiro de

1993 a partir da autorização pautada na resolução n.º 044/93 a qual iniciou

funcionando apenas com o ensino fundamental ( antigo ginásio ), denominando-se

assim Escola Estadual Vila Industrial – EF. A Escola não tinha sede própria,(não

tem até o presente), portanto funcionava no Clube de Mães da Vila das Palmeiras,

situado na rua dos canários s/n, iniciado com a 5ª série e gradativamente foi sendo

implantado a série subsequente.

Na data de 28 de novembro de 1996, a Escola Estadual Vila Industrial

passa a compartilhar o prédio com a Escola Municipal José Bonifácio, situado a Rua

Brasília nº 179, a qual pertence a Prefeitura Municipal de Laranjeiras do Sul.

Decorridos quatro anos, no dia 03 de janeiro de 1997, a escola é

reconhecida pela resolução 4590/96.

Em 19 de fevereiro de 1999 o Diretor em Exercício da SEED autoriza o

funcionamento do Ensino Médio – Educação de Jovens e Adultos sob resolução

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854/99 passando o estabelecimento a denominar-se Colégio Estadual Vila

Industrial – Ensino Fundamental e Médio.

No ano de 2006 encerra-se o funcionamento do Ensino Médio – Educação

de Jovens e Adultos, e a partir de 2007 inicia-se o Ensino Médio regular de forma

gradativa, contando com uma turma de 1º ano no turno da noite.

Diretor (a) GestãoLeoni Araújo Scheffer

Marta Cristina Padilha Reynaud

Sirlei Terezinha Silva Rodrigues

Joseane dos Santos

1993-1997

1998-1999

2000-2008

2009-2011

No período de 01/01/2008 a 27/02/2008, assume inteirinamente, nomeada

pelo Chefe do Núcleo Regional de Educação, a professora pedagoga Joseane dos

Santos.

3. MARCO SITUACIONAL

A base sobre a qual se assenta a concepção de sociedade e de mundo é a

realidade, a qual apresenta um quadro de incertezas e de crise quase permanente,

seja do ponto de vista econômico, com a globalização impondo um alto preço aos

países em desenvolvimento, seja no que concerne ao aspecto geopolítico, marcado

pela unipolaridade estratégica internacional, estabelecendo e consolidando um

quadro de desigualdade militar, política, ambiental e econômica entre as nações.

A dimensão considerada aqui é aquela que chamamos de Estrutural e

Conjuntural da sociedade, que refletirá a visão do contexto macro da sociedade em

seus aspectos econômicos, políticos e sociais. Em função da atual conjuntura sócio-

política, alguns fatores devem ser levados em consideração: exclusão social e

educacional; desemprego; desvalorização do trabalho humano; bolsões de riqueza e

miséria existindo simultaneamente; ausência de políticas públicas sociais; falta de

recursos materiais e profissionais para a gestão da escola (AGUILAR,1997, p. 7).

Sobre a dimensão Estrutural e Conjuntural assim se expressa Aguilar: Para

consolidar a relação entre instituições educacionais e sociedade é necessário

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conhecer os determinantes que condicionam sua organização no âmbito econômico

e político. Esses determinantes devem ser contemplados se queremos responder a

seguinte pergunta: que indivíduos estamos formando para viver nessa sociedade?

(AGUILAR, 1997, p. 7, grifos do autor) Aqui cabe também, complementando o

pensamento acima exposto por Aguilar, um questionamento que deve estar sempre

presente, implícita e explicitamente, em toda a construção do projeto político-

pedagógico: que sociedade queremos construir?

A globalização é a marca da economia moderna, tendo definido uma

realidade dominada pela interligação acelerada dos mercados nacionais, pela

possibilidade de movimentar grandes volumes de dinheiro mediante um comando

de computador, pela instantaneidade no processamento, difusão e transmissão de

informações, pela interdependência entre mercados, empresas, regiões e estados,

assim como, pelos avanços tecnológicos que se processam em ritmo acelerado,

criando novas relações de produção e ampliando a distância competitiva entre

países ricos e países pobres.

Na economia globalizada, os custos de produção ficam gradualmente

menores, à base de uma tecnologia cada vez mais avançada, definindo uma

realidade onde a mão-de-obra pouco qualificada é quase sempre descartada e onde

os países, que não têm condições de acompanhar o ritmo acelerado da revolução

tecnológica, ficam decididamente para trás.

Nesse sentido, a globalização é concentradora de renda, com os países

ricos subsidiando seus produtos agrícolas e os países pobres lutando contra a

desvalorização das suas matérias-primas e contra o atraso tecnológico.

A economia mundial se recuperará em 2010 e registrará um crescimento

global em torno de 2,4%, embora persistam os riscos de uma recessão secundária,

segundo um relatório divulgado pelas Nações Unidas. Os analistas da ONU

esperam que após a aguda recessão mundial sofrida em mais de dois anos, a

economia global cresça em torno de 2,4% neste ano. No entanto, ressaltam que "a

recuperação é fraca" e afirmam que a demanda e os investimentos ainda são

vulneráveis.

Segundo o relatório, os índices de desemprego continuarão altos e a

inflação baixa e, por isso, consideram que o desafio imediato será determinar o

tempo de duração dos estímulos fiscais.

Para evitar o retorno de um padrão de crescimento mundial insustentável, os

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economistas sugerem que "com o tempo, o crescimento da demanda do setor

privado substitua as despesas do Governo para sustentar uma demanda agregada

mundial". Além disso, defendem a necessidade de mais investimentos para frear a

mudança climática e reequilibrar a demanda em todos os países.

Tais são, em síntese, as características da realidade mundial, hoje

marcadas por grandes, profundas e aceleradas mudanças, pelo crescimento das

desigualdades e da exclusão social, por uma generalizada incerteza quanto ao

futuro, mas, ao mesmo tempo, pelas crescentes reivindicações e anseios da

sociedade por bem-estar e segurança, pela preservação ambiental, pelo direito ao

trabalho, por justiça, paz e igualdade entre os povos e nações. É nesse quadro de

contornos imprecisos no qual está inserida a crise brasileira.

A economia do Brasil tem um mercado livre e exportador. Medido por

paridade do poder de compra, seu Produto Interno Bruto é próximo de 2 bilhões de

dólares (R$ 2.817,9 bilhões), sendo a nona maior economia do mundo.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil foi o país que mais melhorou

em competividade em 2009, ganhando oito posições entre outros países, superando

a Rússia pela primeira vez e fechando parcialmente a diferença de competitividade

com a Índia e a China. Importantes passos dados desde a década de 1990 para a

sustentabilidade fiscal, bem como as medidas tomadas para liberalizar e abrir a

economia, impulsionaram significativamente os fundamentos do país em matéria de

competitividade, proporcionando um melhor ambiente para o desenvolvimento do

setor privado.

Ao analisar as políticas sociais adotadas ao longo dos 20 anos de vigência

da Constituição brasileira, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

(Novembro de 2009), chegou à conclusão de que o país adotou uma política social

bastante similar ao que foi feito pelos países europeus desenvolvidos no período

pós-guerra.

A pesquisa afirma que o Brasil já possui uma política social, ainda que ela

tenha se aproximado tardiamente das políticas sociais da Europa. Entre os avanços

destacados está a institucionalização de políticas como: seguridade social,

previdência social, saúde, assistência social, educação, trabalho, cultura,

desenvolvimento agrário, direitos humanos, acesso à justiça, segurança pública,

igualdade de gênero e igualdade racial. Já é uma realidade que gerou inúmeros

benefícios para o país o fato de contarmos com secretarias e ministérios com a

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estrutura montada e voltada para discutir promoções de tipo racial, de gênero, além

das relativas a aspectos ligados à regionalidades, idade e direitos humanos. As

políticas sociais precisam ser constantemente aperfeiçoadas uma vez que compõem

uma área em construção contínua. E que, como tal, dificilmente deixarão de

apresentar problemas. Há muitos desafios sociais a serem enfrentados. Na área da

saúde é preciso assegurar a universalização e a integralidade e intensificar sua

promoção. Na educação precisamos alcançar a universalização do acesso na

educação básica e uma progressividade com qualidade. No âmbito da assistência

social é preciso garantir o direito à renda e aos serviços básicos.

É necessário constituir um sistema público de emprego e de ampliar a

distribuição de terra, implementando políticas integradas de geração de renda e

inclusão produtiva. A questão agrária está entre as que menos avançaram no país

ao longo desses 20 anos.

Enfim, em países periféricos como o nosso, apesar dos avanços ocorridos

com a Constituição Federal de 1988, as políticas sociais podem ser caracterizadas

como de um Estado Mínimo (fragmentada, setorial e emergencial) e não de um

Estado Previdência. Direitos ainda não estão sendo praticados ou ao menos

regulamentados, o que garantiria os mínimos sociais aos indigentes. O nível de vida

está vinculado ao mercado capitalista e este esta mais voltado à especulação do

que à produção, e ainda sofre as pressões externas. Diante do desemprego e de

privações ilimitadas, a intervenção estatal é imprescindível para concretizar os

direitos sociais previstos na CF de 1988, visando construir e afiançar a segurança

social no estado e no Brasil.

O Ipea avalia que faltam recursos para colocar em prática tantas políticas

sociais. Por isso é importante que continuemos crescendo fortemente, para que haja

recursos fiscais, porque não basta ter apenas recursos gerados. Há também falta de

recursos humanos, como professorado, médicos, enfermeiros. Até porque há

problemas gerados pelo próprio crescimento, como a falta de engenheiros e de

outros profissionais que precisam ser ofertados pelo sistema educacional.

Com relação ao estado do Paraná, este localiza-se na Região Sul do País,

ocupando uma área de 199.554 km2, que corresponde a 2,3 % da superfície total do

Brasil e contando atualmente com 399 municípios instalados. A população estimada

em 9,9 milhões de habitantes segundo dados do IBGE, é formada,

predominantemente por descendentes de diversas etnias como: poloneses,

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italianos, alemães, ucranianos, holandeses, espanhóis e japoneses que aqui se

fixaram, somando-se ao índio, ao português e ao negro, os três elementos básicos

que formaram o povo e a cultura paranaense, fazendo com que o Paraná seja

conhecido como a “Terra de Todas as Gentes”.

Analisando os programas sociais no Paraná , em especial alguns dos

projetos e programas para atender a população de baixa renda ou sem renda,

observamos avanços no que diz respeito ao fato do salário mínimo regional ser

maior que o nacional, ocorreu aumento dos postos de trabalho formal no setor

privado. Outro fator positivo foi a redução de ICMS para determinados setores da

produção e ampliação do microcrédito. Visando o desenvolvimento econômico e a

universalização dos programas básicos de cidadania por meio da integração de

ações das três instâncias governamentais, a participação da sociedade, junto aos

agricultores familiares e assentamentos da reforma agrária, populações de

quilombolas, indígenas e pescadores de regiões com baixo Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH), foi criado o Território da Cidadania. Destacamos

também a política de Inclusão Digital, Programa de apoio às nações e tribos

indígenas, Paraná em Ação – Feira de serviços gratuitos.

Porém, o aumento das vagas de emprego formal se dá principalmente na

zona urbana, o que gera o deslocamento populacional do campo para a cidade,

gerando problemas sociais, como o aumento da violência. No que diz respeito a

educação houveram avanços: Distribuição de livros didáticos para o ensino médio;

Informatização das escolas e TV Multimídia; Programa de alfabetização de jovens,

adultos e idosos; Educação profissional e a implantação do Programa Universidade

Sem Fronteiras. Apesar das políticas desenvolvidas continua ocorrendo a evasão

escolar nas primeiras séries do ensino fundamental.

Já o município de Laranjeiras do Sul, localiza-se na região Centro Oeste

paranaense, possui formação étnica com descendentes de povos europeus,

africanos e indígenas. É um Município essencialmente agropecuário, com um

parque industrial em desenvolvimento e uma estrutura comercial generalista. Bem

situado, possui um entroncamento rodoviário que o liga rapidamente a todas as

regiões paranaenses e brasileiras. Criado através da Lei Estadual nº 533, de 21 de

novembro de 1946, e instalado em 30 de novembro do mesmo ano, foi

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desmembrado de Guarapuava. Os limites geográficos são: Nova Laranjeiras,

Marquinho, Virmond, Porto Barreiro, Rio Bonito do Iguaçu.

Segundo o IBGE (2006), Laranjeiras do Sul tem um total de 30.335

habitantes sendo destes, 23.973 vivem na zona urbana e 6.462 na zona rural.

Possui uma área de 673,313 km2, altitude de 900.00 metros, está localizada

geograficamente na latitude 25° 24' 11'' Sul e longitude: 52° 24' 48'' W-GR. Á

distância da cidade de Laranjeiras do Sul até a capital Curitiba é de 361,48 km e do

Porto de Paranaguá 460 km.

O clima é subtropical úmido mesotérmico, verões frescos (temperatura

média inferior a 22° C), invernos com ocorrências de geadas severas e frequentes

(temperatura média inferior a 18° C), não apresentando estação seca.

Nos aspectos econômicos podemos dizer que em relação ao PIB Municipal,

Laranjeiras do Sul ficaria da seguinte forma; Agropecuária: 3,87%, Indústria:

77,09%, Serviços: 19,04%, Produto Interno Bruto: US$ 234.856.447,25, PIB per

capita: US$ 6.624,26. População economicamente ativa está em torno de 16.456,00

habitantes (IBGE 2000). Principais produtos agropastoris são, o milho da safra

normal, milho safrinha e mandioca. A indústria dominante: madeira, produtos

alimentares, mobiliária e mecânica.

O prefeito atual é o Sr. Jonatas Felisberto da Silva, e segundo o TSE (2008)

a cidade possui um total de 22.048 eleitores. Com relação os alunos matriculados,

segundo o MEC/INEP (2009) ficou da seguinte forma: Pré-escola – 626 alunos;

Ensino Fundamental 1º a 9º ano – 5.401 alunos e Ensino Médio 1.624 alunos.

O Colégio Estadual Vila Industrial está localizado no município de

Laranjeiras do Sul, Bairro Palmeiras, à Rua Brasília, 179, às margens da BR277,

região periférica do município, atende a uma população social e culturalmente

diversificada.

A maioria das famílias são assalariadas com renda familiar assim

distribuída:

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Renda Familiar

Menos que sm 6%1 sm 63,4%Até 3 sm 28%Até 5 sm 1,2%Mais de 5 sm 0%Não Resp. 1,2%

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Devido às condições de vida enfrentada pela maioria das famílias,

observamos através de pesquisa que 18% delas não possuem casa própria e/ou

moram em casas emprestadas ou cedidas.

Conforme o resultado da pesquisa há que se ressaltar que o número de

filhos das famílias da comunidade escolar representa a família da pós modernidade

do sistema capitalista composta na sua maioria por 2 filhos, visto que a família

tradicional com muitos filhos não é hegemônica nesse contexto:

No que diz respeito a profissão dos pais a maioria são pedreiros e operários

das empresas mais próximas do Colégio.

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Moradia

Casa Própria 64%Casa Alugada 17%Casa Cedida, Emprestada 18%

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Número de filhos

1(um) 1,2%2(dois) 44%3(três) 8,9%4(quatro) 17,9%5(cinco) 14,1%6(seis) 0%7(sete) 5,1%

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O percentual de desempregados também é um quadro que chama atenção

conforme nos mostra o gráfico.

A maioria das mães trabalham em seus lares ou como diaristas e se

consideram desempregadas, quando trabalham em casa.

A pesquisa sócio- econômica também apontou que a maioria dos familiares

da comunidade escolar possuem nível de escolaridade correspondente às primeiras

séries do ensino fundamental, com um percentual muito baixo dos que completaram

o Ensino Fundamental, poucos que iniciaram o Ensino Médio e somente alguns

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Profissão dos pais

PedreiroOperárioAgricultorMotoristaAçougueiroVigilanteEletricistaMecânico Serrador

CarpinteiroAposentadoGesseiroChapeadorMontadorFrentistaVendedornão informou Desempregado

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Profissão da mãe

Do larDiaristaOperária Serviços Gerais Técnica em EnfermagemBabáAgricultora

Agente de Saúde ManicureConfeiteiraAutônomaAposentada

Desempregada

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conseguiram completar o Ensino Médio. Em relação às mães 53,3% delas não

completaram o Ensino fundamental, 21,1% conseguiram completar e apenas 3,3%

completaram o Ensino Médio. Quanto aos pais a situação é ainda mais complicada

pois 60,4% deles não completaram o Ensino Fundamental e apenas 13,3%

conseguiram terminar, sendo que 11,1% dos pais e 8,8% das mães não possuem

nenhum estudo, conforme nos mostram os gráficos a seguir:

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Escolaridade do Pai

Nenhum Estudo 11,1%Fund Incomp 60,4%Fund Comp 13,3%Médio Incomp.6,6%Médio Comp.7,7%Superior Incomp.1,1%Superior Comp.0%Pós Graduado 0%

Percebeu-se também que apesar de fazerem uma boa avaliação da escola

de seus filhos e do seu corpo docente, os pais não fazem uma relação direta da

qualidade da educação ofertada com a possibilidade de melhoria da condição

econômica e social de seus filhos.

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Contribuição da escola para a vida

Contribui bastante Contribui pouco Não contribui

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Programas sociais que a famíla recebe

Bolsa Família 68%Leite das Crianças 9,75%ABB Comunidade 1,2%PETI 2,4%Luz para Todos 12,19%Minha casa minha vida 0%Outros 0%

Observamos através de pesquisa que em termos de moradia e conforto

(calculando o que seria o mínimo necessário para viver com dignidade), as

condições das casas em que vivem nossos alunos são precárias. Isso significa que

a falta de condições mínimas impulsiona a maioria de suas expectativas na luta pela

sobrevivência, deixando um pequeno espaço para as atividades intelectuais, de

criatividade ou lazer saudável. Essa vivência os desqualifica como seres sociais e

competentes na nossa sociedade capitalista, que acaba levando-os ao consumismo,

ao modismo fútil e degradante como única alternativa distanciando-os da busca por

valores éticos e morais.

O gráfico abaixo demonstra de modo geral a quantidade de utensílios

domésticos que as famílias dispõem:

Automóvel

Motocic leta

TV em cores

TV a cabo

Computador

Vídeo Cassete

DVD

Máquina de Lavar Roupa

Aspirador de pó

Geladeira

Frezer

Telefone Fixo

Telefone Celular

Fogão

Liquidificador

0 10 20 30 40 50 60 70

Utensílios Domésticos

NenhumUmDois Três ou mais

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No gráfico abaixo podemos observar que a comunidade escolar em grande

percentual não utiliza a rede de esgoto, que deve ser um problema geral no Bairro.

Portanto, como conclusão disso, pode haver um sério problema de saneamento

básico com graves consequências ambientais e de saúde pública.

Em suma a comunidade, a qual o colégio pertence, sofre com a falta e/ou

ineficiência de políticas públicas capazes de combater a pobreza, o desemprego, a

prostituição infantil e de adolescentes, a gravidez na adolescência, o analfabetismo,

a violência e a discriminação. O Colégio por sua vez, se depara com uma

formação inicial deficitária de seus educandos, nas áreas de leitura, escrita e ,

operações matemáticas.

O prédio onde funciona o Colégio possui 9 salas de aula, sendo que destas,

o Colégio utiliza 4, as restantes são ocupadas pelos alunos da rede municipal. O

colégio utiliza duas salas adaptadas, construídas em material pré- fabricado.

No prédio principal, estão as salas da secretaria, coordenação pedagógica,

direção, professores, biblioteca e laboratório de informática.

Atualmente o colégio funciona com as seguintes turmas, no período

matutino, 2 turmas de 5 ª série, 2 turmas de 6 ª serie, 1 turma de 7ª série e 1 turma

de 8ª série, totalizando 129 alunos matriculados.

No período noturno estão em funcionamento três turmas do Ensino Médio,

sendo 1 turma de 1º ano, 1 turma de 2º ano e 1 turma de 3º ano, totalizando 54

alunos matriculados.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Serviços que a família utiliza

Coleta de LixoÁgua tratadaEnergia ElétricaRede de EsgotoPosto de Saúde

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Em cada um dos períodos, matutino e noturno, há a regência diária de cinco

(5) horas aula, perfazendo semanalmente vinte (20) horas aula. No período matutino

as aulas iniciam ás 7h e 30min e terminam ás 11h e 50min; no período noturno as

aulas iniciam ás 18h e 45min e terminam ás 23h e 10min.

No período vespertino funcionam as atividades de complementação

curricular e apoio, tais como Salas de Apoio à Aprendizagem nas disciplinas de

Português e Matemática, para as 5ª séries, Sala de Recursos, Programa Viva

Escola, sendo um na área de Artes Visuais e outro na área de Literatura. Contamos

também com o CELEM Espanhol.

O quadro funcional do Colégio Vila Industrial Ensino Fundamental e Médio

é composto por 05 docentes de Língua Portuguesa; 02 docentes de História; 02

docentes de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, 01 docente de Ciências; 02

docentes de Arte; 03 docentes de Educação Física; 02 docentes de Ensino

Religioso; 02 docentes de Matemática, 03 docentes de Geografia; 02 docentes de

Filosofia; 01 docente de Química; 01 docente de Sociologia; 01docente de Biologia;

01 docente Sala de Apoio à Aprendizagem – Matemática; 01 docente Sala de Apoio

à Aprendizagem - Língua Portuguesa; 01 docente - Complementação Curricular

Viva Escola - Artes Visuais; 01 docente – Complementação Curricular Viva Escola –

Atividades Literárias; 01 docente CELEM – Espanhol e 01 docente Sala de

Recursos. Conta também com 03 Técnicos Pedagógicos; 04 Agentes Educacionais

I; 03 Agentes Educacionais II e 01 Diretor.

A Hora-Atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de

docência, para estudos, avaliação e planejamento, sendo este momento privilegiado

para o pensar-fazer pedagógico coletivo. Nesta perspectiva o Colégio Estadual Vila

Industrial procura dentro de suas possibilidades, organizar a Hora-Atividade

Coletiva, de acordo com a instrução do NRE, porém há limitações inerentes a

realidade do Colégio, as quais impossibilitam a efetivação da instrução na sua

plenitude. Dentre as impossibilidades estão o fato de contarmos com apenas 03

(três) docentes QPM (Quadro Próprio do Magistério), com padrão lotado no Colégio,

17 (dezessete) docentes contratatos pelo regime PSS, 04 (quatro) docentes com

acréscimo de jornada (SC 02) e 03 docentes com ordem de serviço, o que resulta

numa carga horária distribuída de forma a permitir a rotatividade destes profissionais

nos vários estabelecimentos, nos quais desempenham suas funções.

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Outro fator que impede a realização da Hora Atividade Coletiva, diz respeito

ao fato de haverem disciplinas com apenas um docente lotado no Colégio. Há entre

os docentes o reconhecimento da importância da participação nos encontros

disciplinares realizados pelo NRE.

Desta forma está organizado o cronograma da Hora Atividade coletiva,

comum a todos os estabelecimentos jurisdicionados ao NRE de Laranjeiras do Sul:

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

Língua

Portuguesa e

LEM

Educação Física

e Arte

Biologia,

Ciências e

Química

Matemática e

Física

História, Filosofia,

Sociologia, Ensino

Religioso e

Geografia

No que diz respeito aos aspectos materiais e físicos, o Colégio dispõe:

RECURSOS MATERIAIS:

• 6 Aparelho de TV Pendrive;

• 3 Aparelho de TV 20 polegadas;

• 1 Aparelho de Tv 29 polegadas;

• 3 Aparelhos de DVDs;

• 2 Aparelhos Videocassete;

• 1 Antena parabólica;

• 2 Aparelho de som;

• 12 Microcomputadores (PR. Digital);

• 2 Microcomputadores;

• 2 Impressoras (PR Digital);

• 1 Impressora multifuncional;

• 1 Impressora matricial;

• 1 Scaner;

• 1 Caixa de som acústica;

• 2 Microfones.

RECURSOS FÍSICOS:

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• 6 salas de aula, sendo 2 destas adaptadas;

• 1 Laboratório de informática:

• 1 Biblioteca, a qual funciona dividindo o espaço com o laboratório de

informática;

• 1 Sala dos professores;

• 1 Sala para Coordenação pedagógica;

• 1 Sala para Secretaria;

• 1 Sala para direção;

• 1 Cozinha;

• 1 Depósito para merenda escolar;

• 1 Banheiro com 4 sanitários femininos e 4 masculinos;

• 1 Banheiro para funcionário com 2 sanitários, um feminino e outro

masculino;

• 1 Saguão fechado;

• 1 Quadra esportiva coberta.

O regime de oferta do Ensino Fundamental e Médio é presencial e

por série. Quanto a Classificação, procedimento utilizado pelo Colégio Estadual Vila

Industrial, para posicionar o o aluno na etapa de estudos compatíveis com a idade e

experiência, pode ser realizada por promoção, transferência ou mediante

avaliação para posicionar o aluno na série de acordo com o seu grau de

experiência.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração da sua frequência. O aluno que apresentar frequência mínima

de 75% do total de horas letivas e média igual ou superior a 6,0 (seis, vírgula zero)

em cada disciplina, será promovido à série seguinte.

O Colégio Estadual Vila Industrial não oferta aos seus alunos matrícula com

progressão parcial, porém assegura aos alunos transferidos com dependência em

até três disciplinas , deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

O IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) o qual mede a

qualidade na educação, considerando o desempenho dos alunos na Prova Brasil ,

somados aos índices de aprovação, reprovação e taxa de abandono demonstram

uma melhora significativa, haja vista que no ano de 2007 o índice era de 3,6

saltando em 2009, para 4,9.

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A análise dos índices de aproveitamento escolar, do Colégio Vila Industrial

verificados nos anos de 2006 a 2009, demonstram os avanços obtidos, conforme

tabela abaixo:

No que se refere a demanda administrativa, o Colégio está classificado no

porte 2.

A formação dos profissionais, lotados neste Colégio, correspondem a 23

docentes pós graduados; 04 docentes graduados; 02 Técnicos pedagógicos pós

graduados; 03 Agentes Educacionais I, Ensino Médio: 01 Agente Educacional I

Superior Incompleto; 02 Agentes Educacionais II pós graduados; 01 Agente

Educacional II Superior Incompleto, e 01 diretor pós graduado.

A relação dos profissionais da escola e alunos, está pautada no

cumprimento da legislação que norteia os direitos e deveres de cada um dos

envolvidos, tomando por base os princípios éticos da convivência e o respeito

mútuo.

A Formação Continuada destinada aos profissionais da educação, ocorre

conforme cronograma da SEED e do NRE.

A iparticipação dos pais na vida escolar dos filhos tem apresentado um

papel importante no desempenho escolar. O diálogo entre a família e a escola, tende

Rendimento Escolar – Aprovação Rendimento Escolar – Reprovação Rendimento Escolar – Abandono

Ensino/Série

79,60% 87,40% 79,10% 97,10% 16,50% 8,60% 15,90% 0,70% 3,70% 3,90% 4,80% 2,10%

5ª SERIE 70,80% 87,80% 87,50% 100,00% 20,80% 4,80% 12,50% 0,00% 8,30% 7,30% 0,00% 0,00%

6ª SERIE 82,00% 90,20% 73,60% 97,20% 17,90% 9,70% 23,60% 2,70% 0,00% 0,00% 2,60% 0,00%

7ª SERIE 72,70% 75,80% 77,50% 93,50% 22,70% 17,20% 12,50% 0,00% 4,50% 6,80% 10,00% 6,40%

8ª SERIE 100,00% 100,00% 76,90% 96,80% 0,00% 0,00% 15,30% 0,00% 0,00% 0,00% 7,60% 3,10%

83,30% 60,00% 86,30% 5,50% 5,70% 4,50% 11,10% 34,20% 9,00%

1ª SERIE 83,30% 68,40% 84,60% 5,50% 5,20% 0,00% 11,10% 26,30% 15,30%

2ª SERIE 50,00% 81,80% 6,20% 9,00% 43,70% 9,00%

3ª SERIE 100,00% 0,00% 0,00%

Taxa de Aprovação

2006

Taxa de Aprovação

2007

T axa de Aprovação

2008

Taxa de Aprovação

2009

Taxa de Reprovação

2007

T axa de Reprovação

2008

Taxa de Reprovação

2009

Taxa de Reprovação

2010

T axa de Abandono

2006

T axa de Abandono

2007

Taxa de Abandono

2008

Taxa de Abandono

2009

FUNDAMENTAL - TO TAL

MEDIO REGULAR - TO TAL

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a colaborar para um equilíbrio no desempenho escolar. Família e escola são pontos

de apoio e sustentação ao ser humano.

Quanto melhor for a parceria entre ambas, mais positivos e significativos

serão os resultados na formação da criança/adolescente. A participação dos pais na

educação formal dos filhos deve ser constante e consciente. Vida familiar e vida

escolar são simultâneas e complementares. Assim, cabe aos pais e à escola a

preciosa tarefa de transformar a criança imatura e inexperiente em cidadão maduro,

participativo, atuante, consciente de seus deveres e direitos, possibilidades e

atribuições.

O Colégio Estadual Vila Industrial preza pela participação efetiva dos pais

na vida escolar dos filhos , oportunizando esta relação através de reuniões

formação, para tanto o estabelecimento firma parcerias com a rede pública de

saúde, Conselho Tutelar, Ministério Público, Patrulha Escolar, assim como também

com outros profissionais tais como psicólogos,pedagogos, advogados,

representantes de entidades religiosas, entre outros; informação de resultados

(entrega de boletim de rendimento escolar), além de convocação de pais de forma

individualizada, a fim de encontrarmos coletivamente possíveis soluções para

problemas pontuais.

A participação da comunidade escolar nas instâncias colegiadas, é

oportunizada, porém poucos pais manifestam interesse em participar. Aqueles que

se propõe a participar o fazem, porém limitam-se a legitimar as ações e proposições.

Isto representa um obstáculo para a efetivação da gestão democrática.

Dialogando a esse respeito com pais de alunos, ouvimos algumas

afirmações, como: “não temos tempo para participar das reuniões”, “não temos

conhecimento suficiente para opinar ou decidir” ou “o que a escola fizer está bom”.

Ou seja, é necessário criar condições concretas para que essa participação ocorra

de fato. Neste sentido empenhamos nossos esforços para superar esta realidade.

4. MARCO CONCEITUAL

No processo educativo é preciso ver o homem em sua interação com a

realidade, que ele sente, percebe e sobre a qual exerce uma prática transformadora.

É exatamente em suas relações dialéticas com a realidade que deveremos discutir a

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educação, como um processo de constante libertação do homem. Educação que,

por isto mesmo, não aceitará nem o homem isolado do mundo – criando este em

sua consciência, nem tampouco o mundo sem o homem – incapaz de transfomá-lo.

(FREIRE, 2002).

A escola como uma instituição social voltada para a educação do cidadão,

tem como objetivos principais a sua instrução e a sua formação. Entretanto, esses

objetivos podem ser alcançados com melhor qualidade quando integrados e

articulados aos objetivos administrativos.

Caberá à administração, como "coordenação do esforço humano coletivo",

promover um clima institucional saudável, onde as pessoas se sintam responsáveis

pela escola, pelos seus fins últimos de formar cidadãos criativos, construtores e

transformadores da sociedade; a articulação harmônica entre os fatores materiais e

humanos, ou seja, aqueles recursos que a escola tem para atingir os seus objetivos

de ensino e da aprendizagem dos seus alunos.

Poderá lançar mão de métodos e técnicas de administração sem contudo

descaracterizar a sua essência e especificidade de instrução e formação e sem

transformá-la em uma organização empresarial que visa apenas a produtividade,

não aceitando o conceito produtivista de escola, impingido pelas políticas públicas a

educação neoliberal. Parte-se da premissa de que a escola deve formar os alunos

para a vida, isto é, dar instrução e formação para o cidadão poder ser agente de sua

história, mesmo estando esta condicionada a outras inúmeras circunstâncias.

O resultado final, portanto, é formar o aluno como cidadão consciente e

capaz de decidir os seus destinos.

Considerando que é do interesse da sociedade que seus cidadãos sejam

educados, instruídos e formados, e que esta é a principal função da escola,

administrá-la de modo eficiente e eficaz é uma das condições para que cumpra o

seu papel. Quando assim administrada a escola oferece condições para a melhoria

da qualidade do ensino e da aprendizagem. Para que a escola, realmente, alcance

os seus objetivos, é de fundamental importância que a construção e o

acompanhamento do projeto Político-Pedagógico estejam alicerçados em uma

administração participativa, coletiva, em que as decisões sejam democratizadas e

que o seu processo de avaliação e revisão seja uma prática coletiva constante,

como oportunidade de reflexão para mudanças de direção e caminhos.

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Entende-se que uma vez formulado e conhecido o problema a sua solução

está posta, ou seja, a própria escola possui as suas forças transformadoras, os seus

agentes sociais, econômicos, políticos que podem impulsioná-la para uma gestão

eficiente e eficaz, alcançando os seus objetivos especificamente

pedagógicos/educacionais de forma significativa. Justifica-se essa forma positiva de

encarar o desafio da gestão escolar na frase de Marx: [...] a humanidade só se

propõe as tarefas que pode resolver, pois, se considerar mais atentamente, se

chegará à conclusão de que a própria tarefa só aparece onde as condições

materiais de sua solução já existem, ou, pelo menos são captadas no processo de

seu devir.(MARX, 1985, p. 130)

O papel da escola é ensinar bem, buscando sempre caminhos

metodológicos que atendam e respeitem a pluralidade cultural existente na

instituição escolar, que cada ser possa visualizar-se enquanto indivíduo conhecedor

de seus direitos e deveres, objetivando uma melhor qualidade de vida.

A formação deve ser voltada para edificar a cidadania, não como meta a ser

atingida num futuro distante, mas como prática efetiva de cidadãos autônomos,

críticos e participativos, para atuarem com competência , dignidade e

responsabilidade na sociedade em que vivem, esperando assim, que suas

necessidades individuais, políticas e econômicas sejam atendidas.

O compromisso com a cidadania exige uma prática educacional que

enfoque a compreensão da realidade social, dos direitos e responsabilidades em

relação a si mesmo, aos outros e ao ambiente. Eleger a cidadania como eixo

principal da educação escolar, implica colocar-se explicitamente contra valores e

práticas sociais que desrespeitem aqueles princípios, comprometendo-se com as

perspectivas e decisões que os favoreçam.

A contribuição da escola é desenvolver um projeto de educação

comprometida com o desenvolvimento de capacidades, as quais permitam intervir

na realidade e transformá-la. A educação para cidadania requer, portanto, que

questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos.

Novos olhares que mostram a produtividade do diálogo entre conhecimento

e desconhecimento, que percebem todo ponto de chegada como indício de novos

pontos de partida, sendo ambos marcados pelos erros e acertos, num processo

contínuo e desafiador. Desafio inscrito na necessidade/possibilidade humana de

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sonhar utopias e tecer coletivamente trajetos para torná-las realidade.” (MARX,

1985, p 188).

Propor que a escola trate questões sociais nesta perspectiva coloca

imediatamente em pauta a formação dos educadores, sua formação e sua maneira

de ver o mundo enquanto cidadão. Para desenvolver sua prática, o docente precisa

também aperfeiçoar-se, como profissionais enquanto sujeitos críticos nas realidades

em que estão inseridos, isto é, devem situar-se como cidadãos, e como tais,

participantes do processo construtivo da cidadania, reconhecer seus direitos

valorizando o social.

A escola é o lugar que favorece possibilidades de construir as relações de

autonomia, de criação e recriação de seu próprio trabalho, reconhecimento de si e

de seu papel na sociedade. A formação da cidadania se faz, antes de mais nada

,pelo seu exercício. O ambiente escolar possui meios especiais para essa tarefa.

Contudo, só o fará, se os professores, alunos, funcionários, equipe pedagógica,

administrativa e pais, interagirem e participarem, promovendo uma convivência

democrática, pois, aprende-se participar, participando.

A LDB 9394/96 consolida e amplia a responsabilidade e o dever do poder

público para a educação em geral, em particular para o Ensino Fundamental. Assim,

vê-se no artigo 22 desta Lei que a Educação Básica da qual o Ensino Fundamental

é parte integrante, deve assegurar a todos “a formação como indispensável para o

exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em

estudos posteriores,” fato que confere a este, ao mesmo tempo, um caráter de

terminalidade e continuidade.

A falta de qualidade no ensino não deve ser de responsabilidade apenas do

corpo docente, mas também é reflexo de um longo período histórico, onde os

governantes não deram o tratamento adequado a educação, falta de espaço físico

adequado, falta de material didático diversificado, tempo escolar insuficiente, número

elevado de alunos por sala, etc, estes representam alguns dos problemas

educacionais brasileiros.

A busca da qualidade de ensino e aprendizagem no Brasil torna explícita a

necessidade de investimentos em diferentes níveis. Sendo que a mesma somente

efetivar-se-á, caso haja qualificação nas atividades escolares, em seu currículo e

uma formação de professores adequada.

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O movimento educativo se radica na transferência sistemática do caráter

humano do trabalho, a ciência, a arte e a cultura de uma geração à sua seguinte. O

núcleo de ação, portanto, das metodologias pedagógicas, praticadas socialmente é

constituído pelo conjunto de relações que os homens criam entre si e o

conhecimento historicamente herdado. Estas relações são criadas no sentido de

produzir e reproduzir aqueles elementos básicos do caráter humano do trabalho.

Elas sofrem uma dupla determinação: de um lado refletem as relações que os

homens travam entre si para a produção material; de outro lado refletem a dinâmica

específica da produção de ideias.

O educador deve ter propostas claras sobre o que, quando, como ensinar e

avaliar, afim de possibilitar o planejamento de “ensino para a aprendizagem” de

maneira adequada e coerente aos seus objetivos. A partir destas determinações, o

educador elabora e programa sua aula e organiza sua intervenção de maneira a

propor situações de ensino ajustadas as capacidades cognitivas dos educandos. “O

diálogo tem que estar enlaçado ao debate sobre a função social da escola e do

conhecimento.” (MARX, 1985, p 188).

Avaliar, não se restringe ao julgamento sobre sucessos e fracassos do

aluno. Deve ser compreendida como um conjunto de atuações que tem a função de

alimentar e orientar a intervenção pedagógica, possibilitando conhecer o quanto ele

se aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que temos, em determinados

momentos da aprendizagem. Neste caso, a avaliação só poderá acontecer se forem

relacionadas com as oportunidades oferecidas, isto é, analisando a adequação das

situações didáticas propostas ao conhecimento prévio dos alunos e aos desafios

que estão em condição de enfrentar.

Tomar o processo avaliativo nestas perspectivas e dimensões requer que

ocorra, sistematicamente, durante o processo de ensino- aprendizagem e não

somente após o fechamento de etapas do trabalho como é habitual. Isso possibilita

ajustes constantes, num mecanismo de regulação, que contribui efetivamente para

que a tarefa educativa tenha sucesso.

A avaliação é um processo sistemático e não apenas um resultado. Como

tal, deve acontecer ao longo de todo o período letivo. Desta forma, não faz sentido

limitar a avaliação a momentos especiais. Ao privilegiarmos em demasia esses

momentos, jogamos toda a luz sobre eles, obscurecendo assim o processo cotidiano

da aprendizagem.

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A avaliação pode fornecer ao professor subsídios para uma reflexão

constante de sua prática, bem como favorecer a utilização de novos instrumentos de

trabalho. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades, o que facilitará a reorganização da sua

tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar os

aspectos das ações educacionais que demandam maior apoio.

A medida que se considera o e o professor como sujeitos históricos e

produtores de conhecimento, entende o professor como mediador entre o

conhecimento acumulado historicamente e o aluno, pressupõe que o conhecimento

não é estático, mas dinâmico e condicionado pelas relações sociais que o

engendram, o processo de avaliação assumem novas características, e estabelece

uma proposta de avaliação escolar diagnóstica, cumulativa, cotidiana, pautada nas

relações de aprendizagem e na realidade social do aluno.

A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem, cujos objetivos

transcendem em muito a tarefa de aprovar ou reprovar, ela deve servir como

instrumento para corrigir as deficiências na aprendizagem do aluno ao longo do ano

letivo.

A avaliação da aprendizagem escolar se utiliza de vários instrumentos, tais

como: provas, testes, trabalhos individuais e de grupo, observações sistemáticas,

trabalhos de casa etc., devendo ser continuada, processual e diagnóstica.

A Prova é apenas uma das formas de se gerar nota, que por sua vez, é

apenas uma das formas de se avaliar. (Vasconcellos, 1993).

Provas e testes não devem ser descartados, mas também não podem ter

exclusividade. Há outros tipos de avaliação que devem ser complementares às

avaliações do desempenho escolar, como a auto-avaliação, realizada por professor

e aluno.

A diversidade de instrumentos de avaliação é a estratégia mais segura para

obter informações a respeito dos processos de aprendizagem.

Não acreditamos que a escola possa transformar a sociedade. Tampouco

acreditamos que uma sociedade excludente como a nossa possa deixar de produzir

fracasso escolar. No entanto acreditamos (...) que é possível instaurar práticas que

atuem no sentido da transformação da escola como parte do processo de

transformação social.”( ESTEBAN, 2001, p 187).

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A gestão democrática está vinculada aos mecanismos legais e institucionais

e à coordenação de atitudes que propõem a participação social. Dentre os

mecanismos de participação efetiva, estão a constituição do Conselho Escolar; a

elaboração do Projeto político Pedagógico de forma coletiva e participativa; definição

e fiscalização dos recursos financeiros da escola pela comunidade escolar;

divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação institucional da escola,

no que diz respeito a todos os profissionais envolvidos, professores, dirigentes,

estudantes, equipe técnica e eleição direta para diretor(a).

O Conselho Escolar é um colegiado com membros de todos os segmentos

da comunidade escolar com a função de gerir coletivamente a escola. Com suporte

na LDB, lei nº 9394/96 no Artigo 14, que trata dos princípios da Gestão Democrática

no inciso II – "participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares

ou equivalentes", esses conselhos devem ser implementados para se ter uma

gestão democrática. Porém, como diz Carlos Drummond Andrade: "as leis não

bastam. Os lírios não nascem das leis" (SEED 1998, p. 44). Dessa forma, os

Conselhos Escolares podem servir somente para discutir problemas burocráticos,

ser compostos apenas por professores e diretor(a), como um ‘Conselho de Classe’,

mas se estiver dentro dos princípios da Gestão Democrática esse Conselho terá que

discutir politicamente os problemas reais da escola e do lugar que ela está inserida

com a participação de todos os sujeitos do processo.

Assim como o Conselho Escolar, o PPP também tem leis para assegurá-lo.

Na LDB, o Artigo 12 dispõe: "Os estabelecimentos de ensino (..) terão incumbência

de: (Inciso I:) elaborar e executar sua proposta pedagógica". Também no Artigo 13

das incumbências dos docentes, o Inciso I lê: "participar da elaboração da proposta

pedagógica do estabelecimento de ensino"; e o Inciso II lê: "elaborar e cumprir plano

de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino".

Para que se tenha êxito em fazer um Projeto Político-Pedagógico, com a

participação da comunidade, e para que sua implementação esteja presente na

realidade escolar, algumas características são fundamentais:

Comunicação eficiente: Um projeto deve ser factível e seu enunciado

facilmente compreendido.

Adesão voluntária e consciente ao projeto: Todos precisam estar

envolvidos. A co-responsabilidade é um fator decisivo no êxito de um projeto.

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Suporte institucional e financeiro: Tem que ter vontade política, pleno

conhecimento de todos e recursos financeiros claramente definidos.

Controle, acompanhamento e avaliação do projeto: Um projeto que não

pressupõe constante avaliação não consegue saber se seus objetivos estão sendo

atingidos.

Credibilidade: As idéias podem ser boas, mas, se os que as defendem não

têm prestígio, comprovada competência e legitimidade, o projeto pode ficar bem

limitado.

A história do processo de escolha democrática de dirigentes escolares

começa no Brasil na década de 60, quando, nos colégios estaduais do Rio Grande

do Sul, foram realizadas votações para diretor a partir das listas tríplices. Foi então

que, no movimento da democratização, principalmente com o Fórum Nacional em

defesa da Escola Pública, a eleição direta tornou-se uma das importantes bandeiras

da educação, e pela qual não foi incorporada, como outras (pelo menos em parte),

nas legislações principais (Constituição e LDB). É por essa razão também que a

história da eleição direta para diretores é marcada por constantes avanços e

retrocessos, dependendo da vontade política de dirigentes, para se aparar em leis

estaduais e municipais.

Na Gestão Democrática o dirigente da escola só pode ser escolhido depois

da elaboração de seu Projeto Político-Pedagógico. A comunidade que o eleger

votará naquele que, na sua avaliação, melhor pode contribuir para implementação

do PPP. Porém, existem outras formas de escolha de diretor, que são a realidade da

maioria das escolas públicas do Brasil. Para entender melhor o que significa

eleições diretas para a direção da escola, é importante conhecer essas outras

formas de escolhas, que são: nomeação, concurso, carreira, eleição e esquema

misto.

Em se tratando da realidade estadual, o diretor é escolhido por processo

eletivo, o qual se baseia na vontade da comunidade escolar, por voto direto,

representativo. Essa é a maneira que mais favorece o debate democrático na

escola, o compromisso e a sensibilidade política por parte do diretor, além de

permitir a cobrança e a co-responsabilidade de toda a comunidade escolar que

participou do processo de escolha.

A violência, a intolerância, o desrespeito e a banalização da vida têm

sido fatos presentes na vida da sociedade brasileira. Fazem parte do dia-a-

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dia das cidades fatos violentos envolvendo crianças e adolescentes, tanto como

vítimas ou agressores.

Sabe-se que a violência e outras atitudes não cidadãs que geram a

intranqüilidade e a convivência não pacífica, têm causas multideterminadas desde

as estruturais relacionadas às questões sócio-político-econômica e culturais da

sociedade numa dimensão macro, às conjunturais ou microssociais peculiares

a cada contexto social. Todas as classes sociais são atingidas pela violência

que tem preocupado governantes, educadores, instituições governamentais e

não governamentais.

O conceito de cidadania pode ser compreendido como um conjunto de

direitos que se podem subdividir em três blocos: os direitos civis, os políticos e os

sociais.

No exercício da cidadania são indispensáveis a compreensão e o

respeito aos direitos humanos, ou seja, ter uma vida cidadã implica,

necessariamente, em usufruir seus direitos, respeitar seus deveres à luz dos

direitos humanos.

A escola representa um espaço privilegiado de vivência onde os alunos

devem ser levados a discutir os valores éticos, não numa visão tradicional, mas sim

de uma forma onde realmente todos possam ter o privilégio de entender os

significados de seus valores éticos e morais que constituem toda e qualquer ação de

cidadania.

O tempo escolar não é uma estrutura neutra; é um dos instrumentos mais

poderosos para generalizar uma idéia de tempo como algo mensurável e objetivo

que traz implicitamente determinadas concepções pedagógicas; proporciona uma

visão da aprendizagem como processo de seleção e opções, de ganhos e perdas,

de avanços e progressos. Ele pode ser entendido como um dos aspectos da cultura

escolar; é um tempo específico, diferente de outros tempos; é institucional e

organizativo; é parte de uma organização cultural e específica e como tal, resulta de

uma construção histórica.

O espaço escolar também não é neutro, pois, conforme afirma Viñao Frago

(2001), sempre educa. O locus de aprendizagem, a arquitetura do prédio e seus

elementos simbólicos, a localização das escolas nas cidades e sua relação com a

ordem urbana, o tipo e a disposição das salas de aulas e de outras instalações, o

tipo e a disposição das carteiras e dos móveis escolares e os tempos alocados a

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cada disciplina também não são elementos neutros na educação. Todos esses

aspectos, desde a estrutura arquitetônica do prédio ao mínimo detalhe decorativo,

devem ser considerados como também fazendo parte do currículo escolar, uma vez

que correspondem a “padrões culturais e pedagógicos que a criança internaliza e

aprende” (ESCOLANO, 2001, p. 45).

Na educação, os currículos incorporam conhecimentos tomados como um

saber objetivo e indiscutível. Os conhecimentos são estruturados em verdades

indispensáveis que devem ser transmitidas às novas gerações. Normas e hábitos

são institucionalizados. Raças, gêneros, grupos e outros fatores identitários são

considerados superiores aos demais, gerando todo tipo de preconceito e de

exclusão.

Entretanto, as mudanças que estão ocorrendo no mundo contemporâneo –

inerentes à Pós-Modernidade –, em função das novas configurações políticas e

sociais e dos novos mapas culturais, demandam um novo delineamento para os

currículos escolares.

Novos fenômenos sociais, políticos, culturais e econômicos, anteriormente

desconhecidos ou com pouca expressão, tais como “a globalização, a exacerbação

da diferença, a fantasmagoria, o hipercontrole, o hiperconsumo, a volatilidade” e

outros, estão desencadeando uma nova forma de “significar, representar e usar o

espaço e o tempo” (VEIGANETO).

Nos lembra Gadotti (2002), que a educação pós-moderna seria aquela que

leva em conta a diversidade cultural, portanto uma educação multicultural. Como

concepção geral, o multiculturalismo defende uma educação para todos que respeite

a diversidade, as minorias étnicas, a pluralidade de doutrinas, os direitos humanos,

eliminando os estereótipos, ampliando o horizonte de conhecimentos e de visões de

mundo. O pós-modernismo na educação trabalha mais com o significado do que

com o conteúdo, muito mais com a intersubjetividade e a pluralidade do que com a

igualdade e a unidade. Não nega os conteúdos. Pelo contrário, trabalha para uma

profunda mudança deles na educação, para torná-los essencialmente significativos

para os estudantes.

O Colégio Estadual Vila Industrial aborda em seu currículo, os Desafios

Educacionais Contemporâneos, os quais por sua vez tratam as inquietudes

humanas, as relações sociais, econômicas, políticas e culturais. São temas

presentes em seu entorno, como a Educação Ambiental, Prevenção ao uso

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indevido de drogas, Relações Étnico-Raciais, Sexualidade e Violência na escola.

Pretende desta forma, tornar o ensino aprendizagem condizente com a realidade.

De acordo com Libâneo (2003), a Escola está precisando rever os

processos, os métodos e as formas de educar, de ensinar e de aprender. É preciso

compreender que a Escola não é mais, na atualidade, a única forma de transmissão

do saber, o qual pode ser obtido em vários lugares, tais como, nos meios de

comunicação, nas empresas, nos clubes, no dia-a-dia de qualquer pessoa.

A educação tem hoje, portanto, um grande desafio: garantir o acesso aos

conteúdos básicos a todos os indivíduos , inclusive àqueles com necessidades

educacionais especiais, dentre elas, alunos que apresentam altas habilidades,

precocidade, superdotação; condutas típicas de síndromes/quadros psicológicos,

neurológicos ou psiquiátricos; portadores de deficiências, ou seja, alunos que

apresentam significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais,decorrentes

de fatores genéticos, inatos ou ambientais, de caráter temporário ou permanente e

que, em interação dinâmica com fatores sócio ambientais, resultam em

necessidades diferenciadas da maioria das pessoas.

5. MARCO OPERACIONAL

A gestão do Colégio baseia-se numa administração não hierarquizada. Para

tanto professores, alunos, funcionários, pais e/ou responsáveis e a comunidade

escolar, por meio de sua representatividade, participam das decisões, ações

tomadas e implantadas.

Efetivar o acima exposto, em sua plenitude representa um desafio

constante. A escola tem sido um espaço de contradições. Há todo um discurso

democrático e de inserção da comunidade no processo decisório, mas ainda não

foram criadas condições para que essa prática se efetive a contento.

Existem muitos obstáculos que se contrapõem à participação coletiva,

dentre eles a falta de programas de formação permanentes e consistentes que

possibilitem a capacitação das instâncias colegiadas.

Na tentativa de superar esta realidade o Colégio Vila Industrial,definirá datas

em seu calendário, para reuniões ordinárias de todos os segmentos que formam as

instâncias colegiadas. As reuniões trarão em pauta, entre outras, o estudo dos seus

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estatutos. Desta forma os membros componentes terão a oportunidade de conhecer

a sua função, assim como também contribuir positivamente na construção da gestão

democrática.

De acordo com a Lei 9394, a qual foi projetada em 1988, e aprovada em

1996, o processo avaliativo deverá ser contínuo, cumulativo, diagnóstico e

processual.

O Sistema Avaliativo do Colégio Vila Industrial está instituído e regimentado

refletindo as prerrogativas da LDBEN 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional). Dentre os artigos do Regimento Escolar (2009) que tratam da

Avaliação e da Recuperação, destacamos o fato do Colégio utilizar-se dos mais

variados instrumentos de avaliação, oportunizando ao aluno e ao próprio professor,

condições para que estes reflitam o processo ensino aprendizagem.

O sistema avaliativo adotado pelo Colégio Vila Industrial é apresentado aos

pais e/ou responsáveis e a comunidade escolar, por meio de reuniões pedagógicas,

reuniões com as instâncias colegiadas e reuniões de pais, as quais ocorrem nas

datas pré definidas em calendário.

No que diz respeito à evasão escolar, a escola efetivou o Programa Fica

Comigo, o qual delineia ações que visam o retorno do aluno à escola. Para tanto se

estabelece parcerias com o Conselho Tutelar e o Ministério Público. O programa

Fica Comigo consiste na comunicação pelo professor, através do preenchimento de

uma ficha, relatando o número de faltas do aluno, assim como também os dias em

que este faltou. O professor deverá preencher esta ficha quando o aluno completar

Cinco (05) faltas consecutivas ou sete (07) faltas alternadas. Esta ficha deverá ser

encaminhada à Equipe Pedagógica, a qual estabelecerá contato com os familiares

procurando identificar as causas da não frequência. Nos casos em que após o

contato com os familiares o aluno não retornar à escola, a Equipe Pedagógica

comunica à direção e encaminha a ficha ao Conselho Tutelar.

Com o intuito de enriquecer o currículo e torná-lo mais próximo da

realidade, trabalhamos com os temas sugeridos pelos Desafios Educacionais

Contemporâneos, entre eles o Enfrentamento à violência na escola e a Prevenção

ao uso indevido de drogas. Para o desenvolvimento destes temas, contamos com o

apoio de organismos como Patrulha Escolar, Ministério Público, Secretaria Municipal

de Saúde e outros.

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Todas as disciplinas tem o compromisso em abordar , incluso em seu

conteúdo, questões referentes ao Meio Ambiente. Tal trabalho culmina com a

Conferência do Meio Ambiente e o Fera Com Ciência.

Contamos com a efetivação do Programa Viva escola, sendo um na área de

Literatura e outro de Artes Visuais.

Conforme abordado anteriormente, o Colégio atende um alunado com altos

índices de gravidez na adolescência, e por este fato além de trabalharmos os

conteúdos pertinentes buscamos o engajamento de toda a comunidade escolar,

proporcionando formação e informação. Neste aspecto há contribuição dos

profissionais da Secretaria Municipal de Saúde.

Comemoramos a Semana da Independência do Brasil, assim como

também o aniversário de emancipação política administrativa do município

(setembro e novembro), respectivamente, com atos cívicos, e por ocasião do

aniversário, com desfile comemorativo, ambos com cronograma previamente

organizado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura em conjunto com o

Núcleo Regional de Educação (NRE).

Para que os alunos inclusos, do Colégio estadual Vila Industrial, sejam

efetivamente atendidos na Sala de Recursos, estes são avaliados por uma equipe

multiprofissional, da qual fazem parte, professor regente, professor da sala de

recursos, pedagogo, psicologo, assistente social e fonoaudiólogo. Após comprovada

a necessidade do atendimento especializado, a professora de sala de recursos, por

meio de planejamento, identificará as necessidades educacionais específicas dos

alunos, definindo os recursos necessários e as atividades a serem desenvolvidas.

Os alunos serão atendidos através de um cronograma .

Dentre as funções desenvolvidas pela professora de Sala de Recursos

estão a orientação de professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de

acessibilidade utilizados pelo aluno e a articulação com os professores do ensino

regular, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de

acessibilidade e das estratégias que promovam a participação dos alunos nas

atividades escolares.

Ao professor do ensino regular cabe estar sempre em contato com o

professor da sala de recursos traçando metas e observando o progresso do

conhecimento adquirido pelo aluno. Cabe a ele também adaptar/flexibilizar o

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currículo, através de metodologias diferenciadas e significativas . Todas estas ações

têm o intuito de promover a inclusão através do conhecimento.

As Salas de Apoio a Aprendizagem do Colégio Estadual Vila Industrial, têm

o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças

que frequentam a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental. Ela prevê o atendimento

aos alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com

o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de

oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas

operações básicas e elementares.

São quatro horas semanais de atendimento ao aluno,por disciplina, e uma

hora atividade para o professor e atende no máximo 15 alunos, no turno contrário

ao qual os alunos estão matriculados.

Ao professor regente compete o trabalho de diagnosticar as dificuldades

dos alunos e encaminhar, enquanto aos professores da sala de apoio compete

elaborar e desenvolver o plano de trabalho, além de registrar os documentos

relativos aos alunos, participar de conselho de classe e ajudar a decidir sobre a

permanência ou não do aluno na sala de apoio.

É oportunizado aos alunos e comunidade escolar, a aprendizagem de

Língua Estrangeira Moderna (LEM), através do Centro de Língua Estrangeira

Moderna, (CELEM), Espanhol. O ensino desta Língua, objetiva desenvolver a

compreensão de valores sociais e adquirir conhecimentos sobre outras culturas.

Está amparado pela Resolução nº 3904/2008 da SEED-PR (de 27/08/2008):

Regulamentação e Organização do CELEM e pela Instrução Normativa nº 019/2008

da SUED/SEED-PR (de 31/10/2008).

O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar objetiva o

atendimento educacional aos educandos que se encontram impossibilitados de

frequentar a escola em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento

de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção

ou a reinserção em seu ambiente escolar.

O Colégio deve proceder da seguinte forma: informar o NRE, via setor, pela

Planilha Informativa Situacional, que a equipe pedagógica preenche em duas vias,

sendo que, uma fica na pasta individual do aluno; Solicitar aos familiares um

atestado (com CID) ou laudo médico, cujo teor deverá estabelecer os limites da ação

pedagógica, observando se o aluno poderá frequentar as aulas, mesmo que

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eventualmente; se existe alguma restrição preventiva, tais como: contato com

material escolar não-esterilizado, locomoção, ações cognitivas duradouras, práticas

de atividades desportivas, etc.

A partir das informações obtidas a equipe pedagógica, professores e

direção, reunida em data definida e com registro em ata, elaborará um plano de

ação para o atendimento pedagógico do aluno, respeitando suas condições clínicas,

estabelecidas no laudo médico, e o seu histórico escolar antes da situação presente;

agendar uma reunião com o responsável pelo aluno, com registro em ata, para

informar sobre as ações pedagógicas propostas pela equipe da escola, verificando e

adequando as possíveis situações relatadas pela família que, de alguma forma,

dificultem ou inviabilizem a sua execução.

Definir quem da família será o responsável pela busca e entrega, na escola,

das atividades propostas, fazendo com estas cheguem até o aluno, devolvendo-as já

concluídas, no todo ou em parte, mantendo a equipe pedagógica informada sobre as

dificuldades encontradas pelo aluno.

Deixar claro, também, que a escola preserva a sua autonomia na

elaboração das atividades propostas e nos resultados atribuídos quando da sua

conclusão, no que diz respeito à promoção ou não deste aluno, sempre respeitando

os princípios estabelecidos na LDB.

Surgem daí o compromisso de cada um dos envolvidos no processo, sejam

eles professores, pedagogos e direção.

Há leis que asseguram a obrigatoriedade do ensino da cultura e história

afro-brasileiras, africanas e indígenas nas escolas. A Lei 10.639, foi sancionada em

2003, e institui o ensino da cultura e história afro-brasileiras e africanas e a Lei nº

11.645, a qual complementa a lei nº 10.639, acrescentando o ensino da cultura e

história indígena.

O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o

reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros,

bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes

africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias, asiáticas.

O Colégio Estadual Vila Industrial em suas reuniões pedagógicas aborda

temas relevantes, a exemplo, A Educação das Relações Étnico-Raciais. Promove

orientações para o constante debate e combate ao racismo, ao preconceito, e à

discriminação, elaborando em conjunto estratégias de intervenção. Estimula a

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interdisciplinaridade para disseminação da temática no âmbito escolar, construindo

junto com professores e demais profissionais da educação, processos educativos

que possam culminar seus resultados na Semana de Consciência Negra e/ou no

período que compreende o Dia da Consciência Negra (20 de novembro).

Efetivamos a composição de uma equipe multidisciplinar, a qual é uma

instância de organização do trabalho escolar, coordenada pela equipe pedagógica,

e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da

Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o

desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período

letivo.

Com relação a Lei nº 13.381/2001, a qual trata da obrigatoriedade do ensino

da História do Paraná, abordado pela disciplina de História, tem por objetivo a

formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso

Estado. O Colégio Estadual Vila Industrial ao propor o ensino-aprendizagem da

Historia do Paraná, estará privilegiando o estudo do local e do regional e isto não

significa perder de vista o contexto mais amplo, universal. Há dificuldades no

trabalho com tais conteúdos, pois ainda não há um material didático de História do

Paraná que forneça as bases para o desenvolvimento dessa disciplina. A História do

Paraná ainda é pouca estudada e conhecida. E quando foi estudada, foram através

de trabalhos científicos que estão restritos nas bibliotecas das Universidades e em

poucos livros publicados.

Este estabelecimento desenvolve o programa de acompanhamento

nutricional , adotado pela SEED, o qual tem por objetivo promover a saúde e

prevenir doenças, acompanhando o desenvolvimento da altura e do peso dos

estudantes. A verificação é feita pelos professores de Educação Física e os dados

coletados são incluídos no Sistema Estadual de Registro Escolar (Sere)

Posteriormente, esses dados vão para um software da Organização Mundial da

Saúde, que vai mapear o perfil nutricional dos alunos . Com essas informações, a

escola aplicará medidas voltadas tanto para a diminuição de problemas causados

pelos maus hábitos alimentares, quanto pela falta de atividade física.

Temos previsto em calendário a Semana Cultural, a qual oportuniza ao

alunado atividades artísticas, científicas e culturais. Dentre elas, a escolha do Garoto

e da Garota Colégio Vila Industrial, jogos intersalas, gincana de conhecimentos

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gerais, oficinas de teatro, dança, trabalhos manuais, etc. Este trabalho conta com a

parceria de pessoas voluntárias da comunidade.

O Colégio participa do Fera Com Ciência – Festival de Arte e Educação do

Paraná, desenvolvendo o tema, o qual é previamente determinado, e apresentando

o material produzido.

Efetivou-se no Colégio, no corrente ano, o Programa Prontidão Escolar

Preventiva, (PEP), o qual foi desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação em

parceria com a Polícia Militar por meio do Comando do Corpo de Bombeiro, do

BPEC/PROERD, 13° Batalhão de Polícia Militar, Cia choque através do COE

(Comandos e Operações Especiais). O programa é de natureza pedagógica e

objetiva preparar os profissionais que atuam nas escolas e alunos, a executar ações

de prevenção de incêndios, desastres naturais e situações de risco na escola. É

importante que docentes, discentes e toda a comunidade escolar estejam

preparados para, de maneira eficaz, enfrentar esses acontecimentos. Na

eventualidade de um sinistro é de grande valia que todos saibam os primeiros

passos de enfrentamento de princípios de incêndio, procedimentos de segurança

pessoal, bem como noções de primeiros socorros a serem utilizados até que o

socorro especializado chegue ao local.

Em anexo, segue o plano da brigada de emergência.

Há previsto, em casos de alunos trabalhadores em situação de estágio não

remunerado, um plano de estágio, o qual está em anexo neste documento.

Haja visto o número expressivo de pais de alunos não escolarizados,

demonstrado por pesquisa, através de questionário socioeconômico, o Colégio

Estadual Vila Industrial, incentivará e mobilizará ações, junto aos órgãos

competentes, para que este quadro se reverta por meio do Programa Paraná

Alfabetizado.

6.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

6.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO DE ARTE DO

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Entende-se a Arte como um produto das relações sócio-culturais,

tecnológicas, econômicas e políticas inseridas dentro do contexto histórico. Pela

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Arte, o ser humano se transforma, se humaniza, torna-se consciente da sua

existência individual e coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de

conhecimento. Com relação ao ensino da Arte, os saberes específicos das

diferentes linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço

escolar, possibilitam a ampliação do horizonte perceptivo, do raciocínio, da

sensibilidade, do senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos

estabelecem com o seu meio físico e sociocultural. Por essa razão se faz necessário

a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente consolidados nesta

área do conhecimento, aprimorando a capacidade do educando de analisar e

compreender os signos verbais e não verbais que as Artes são constituídas nas

diferentes realidades culturais.

Conforme Diretrizes Curriculares Estaduais – Arte (DCEs) a disciplina de Arte

é constituída por quatro modalidades artísticas (Artes Visuais, Música, Teatro e

Dança), sendo que o professor fará o planejamento e o desenvolvimento do seu

trabalho, fundamentado na sua formação específica. A partir desta formação,

pesquisas, capacitações e experiências artísticas, será realizada a abordagem de

conteúdos das outras modalidades, sempre numa inter-relação com as Artes

Visuais. Também buscar-se-á relações com as demais áreas do saber,

especialmente com a Língua Portuguesa, História, Educação Física, Literatura por

apresentarem conteúdos afins. Estas relações possibilitam ampliar o horizonte

perceptivo do aluno e romper com a fragmentação do conhecimento.

O planejamento de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental será organizado de

modo que permita amplas relações com as demais áreas do conhecimento. O

desenvolvimento dos conteúdos neste nível de ensino, terá como ponto de partida o

conteúdo estruturante “Composição” e seus desdobramentos.

OBJETIVOS:

• Identificar, reconhecer e analisar as diferentes composições artísticas e seus

elementos formais articulando-as aos movimentos e períodos da produção

artístico/cultural;

• Ampliar o repertório cultural através da decodificação, experiênciação e

fruição da arte; compreender as manifestações culturais e seu contexto

formador; compreender a função e importância dos espaços destinados a

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fruição da arte (museu, teatros, salas de concertos, cinemas entre outros)

para a sociedade.

ENSINO FUNDAMENTAL

ARTE – 5ª série ARTE – 6ª série ARTE – 7ª série ARTE – 8ª série

De acordo com as Diretrizes Curriculares da disciplina, os conteúdos de 5ª série serão direcionados para a estrutura e organização da arte em suas origens e em outros períodos históricos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da disciplina, os conteúdos de 6ª série serão direcionados para a relação do conhecimento em arte com o cotidiano do aluno.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da disciplina, os conteúdos de 7ª série serão direcionados para o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando as mídias e os recursos tecnológicos na arte.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da disciplina, os conteúdos de 8ª série têm em vista o caráter criativo da arte, a ênfase será na arte como ideologia e como fator de transformação social.

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ARTE – 5ª série ARTE – 6ª série ARTE – 7ª série ARTE – 8ª série

Artes Visuais1.Elementos Formais:• Ponto –

tipologia, na natureza, na arte

• Linha – conceito e Tipologia

• Formas básicas – regulares e irregulares

• Cor – monocromia

• Volume – noções no espaço bi e tridimensional

• Textura e superfície – tátil e gráfica

2.Composição: bidimensional, tridimensional, figurativo, geométrica, simetria.

• Gêneros: Paisagem; Retratos; natureza-morta, cenas históricas, mitológicas e religiosas.

Técnicas: Pintura, desenho, colagem, interferência em fotografia e escultura.

3.Movimentos e Períodos:• Arte Pré-

Histórica; Arte Greco-Romana; Arte Africana;

Artes Visuais1.Elementos Formais:• Ponto• Linha –

movimento• Formas – figura

e fundo, geometria, assimetria

• Sobreposição• Volume -

Profundidade• Cor – quentes e

frias• Superfície -

Textura• Luz

2.Composição: bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato, geométrico, movimento, deformação e perspectiva.

• Gêneros: Paisagem; Natureza morta; Retratos – figura humana; Cenas oníricas, História em quadrinhos (mangá) e Arte popular.

• Técnicas: Pintura, desenho, colagem, mista e modelagem-máscaras.

3..Movimentos e Períodos: 1. Arte Indígena;

Artes Visuais1.Elementos Formais:• Linha -• Forma –

regulares, orgânicas, irregulares

• Textura - Superfícies

• Volume• Cor e contrastes

– complementares

• Luz

2.Composição: bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato, geométrico.

Gêneros: paisagem; retratos, natureza-morta; Figuração e Abstração.

Técnicas: Pintura, desenho, fotografia, colagem, gravura, móbiles, áudio visual.

3.Movimentos e Períodos:

Fotografia, Impressionismo, Indústria Cultural; Arte digital; Arte Contemporânea; Arte cinética e Op Art; Pop Art

• Espaço para Arte: Museu de Arte no mundo;

Artes Visuais1.Elementos Formais:• Linha• Forma e volume

– positivo e negativo

• Textura - Superfície

• Volume• Cor • Luz• Ritmo visual

2.Composição: bidimensional, tridimensional, figurativo geométrico, semelhanças, contraste e ritmo visual.

• Gêneros: Paisagem, retratos, cenas do cotidiano, publicidade, Instalação, performance e muralismo.

• Técnicas: Pintura, Grafitte, desenho, Fotografia, colagem, gravura e mista.

3.Movimentos e Períodos: Dadaísmo; Indústria Cultural, Arte Engajada; Hip Hop, Pop Art, Arte Contemporânea.

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ARTE – 5ª série ARTE – 6ª série ARTE – 7ª série ARTE – 8ª série

Teatro1. Elementos

Formais

• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

• Ação• Espaço.

2. Composição: Enredo, roteiro, espaço cênico, adereços.

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto; improvisação; manipulação e máscara.

1. Gênero: Tragédia, comédia e circo.

3.Movimentos e Períodos• Greco-Romana• Teatro Oriental• Teatro Medieval• Renascimento

Teatro1. Elementos

Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação; Espaço

2. Composição: representação, leitura dramática e cenografia.

• Técnicas: jogos teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas.

• Gênero: Rua, arena, caracterização.

3.Movimentos e PeríodosComédia dell’arte; teatro popular brasileiro e paranaense, teatro africano.

Teatro1.Elementos

Formais

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais; Ação; Espaço

2.Composição: representação no cinema e Mídias, texto dramático; maquiagem; sonoplastia e roteiro.

• Técnicas: jogos teatrais, sombras e adaptação cênica.

3.Movimentos e Períodos

Indústria Cultural, Realismo, Expressionismo e Vanguardas.

Teatro1.Elementos

Formais

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e faciais;

Ação; Espaço2.Composição: representação, leitura dramática e cenografia.

• Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-forum. Dramaturgia; Cenografia; Sonoplastia; Iluminação e Figurino.

3.Movimentos e Períodos

• Teatro Engajado, do Oprimido, Pobre, do Absurdo.

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ARTE – 5ª série ARTE – 6ª série ARTE – 7ª série ARTE – 8ª série

Dança

1.Elementos Formais

• Movimento corporal;

• Tempo• Espaço

2.Composição: Eixo,

Deslocamento, Ponto de Apoio,

Formação.

1. Técnicas: improvisação.

2. Gênero: circular.

3.Movimentos e Períodos• Pré-História• Greco-Romana• Medieval• Idade Média

Dança

1.Elementos Formais

• Movimento corporal;

• Tempo• Espaço

2.Composição: Ponto de Apoio,

Formação, rotação, salto e queda,

níveis (alto, médio e baixo), coreografia.

1. Gênero: folclórica, popular, étnica.

3.Movimentos e Períodos• Dança Popular

Brasileira;• Paranaense• Africana• Indígena• Renascimento

Dança

1.Elementos Formais

• Movimento corporal;

• Tempo• Espaço

2.Composição: Direções, dinâmicas, aceleração,

coreografia e sonoplastia.

1. Gênero: improviso e espetáculo.

3.Movimentos e Períodos

• Hip Hop• Indústria

Cultural• Dança Moderna• Dança Clássica

Dança

1.Elementos Formais

• Movimento corporal;

• Tempo• Espaço•

2.Composição: Ponto de Apoio,

níveis (alto, médio e baixo),

Deslocamento, coreografia.

1. Gênero: espetáculo, salão, moderna.

3.Movimentos e Períodos

• Vanguardas• Dança

Contemporânea• Romantismo

ENSINO MÉDIOÁREA DA MÚSICA ÁREA DAS

ARTES VISUAISÁREA TEATRO ÁREA DA DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

COMPOSIÇÃO

RitmoMelodiaHarmonia

ELEMENTOS FORMAIS

PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

COMPOSIÇÃO

ELEMENTOS FORMAIS

Personagem:expressõescorporais,vocais,gestuais efaciaisAçãoEspaço

COMPOSIÇÃO

ELEMENTOS FORMAIS

MovimentoCorporalTempoEspaço

COMPOSIÇÃO

KinesferaFluxoPesoEixo

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EscalasModal, Tonal e fusãode ambos.Gêneros: erudito,clássico, popular,étnico, folclórico,Pop ...Técnicas: vocal,instrumental,eletrônica,informática e mistaImprovisação

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Música PopularBrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americana

BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilizaçãoTécnica: Pintura,desenho,modelagem,instalaçãoperformance,fotografia, gravurae esculturas,arquitetura, históriaem quadrinhos...Gêneros: paisagem,natureza-morta,Cenas do Cotidiano,Histórica, Religiosa, da mitologia.

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte deVanguardaIndústria CulturalArteContemporâneaArte Latino-Americana

Técnicas: jogosteatrais, teatro diretoe indireto, mímica,ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação e leituradramáticaGêneros: Tragédia,Comédia, Drama eÉpicoDramaturgiaRepresentação nasmídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurinoe iluminaçãoDireçãoProdução

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro doOprimidoTeatro PobreTeatro deVanguardaTeatroRenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista

Salto e QuedaGiroRolamentoMovimentosarticularesLento, rápido e moderadoAceleração e desaceleraçãoNíveisDeslocamentoDireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo,industria cultural,étnica, folclórica,populares e salão

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria CulturalDança ModernaVanguardasDançaContemporânea

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Estruturado sobre os três eixos do saber artístico: a produção, a

apreciação/apropriação e o conhecimento em arte, assim os encaminhamentos,

recursos e materiais utilizados proporcionarão aos alunos o contato e a reflexão

sobre arte. Serão desenvolvidos aulas teóricas para desenvolver conceitos sobre

arte e a reflexão sobre a poética de alguns artistas, acompanhadas pela leitura de

obras e aulas práticas, para a experimentação das linguagens da arte – desenho,

pintura, colagem e escultura, música, dança, teatro. Esta proposta de ensino tem a

área de Artes Visuais como norteadora do trabalho a ser desenvolvido, estando os

elementos das linguagens da dança, teatro e música sempre numa inter-relação

com as Artes Visuais. Também propõem a relação com as demais áreas do saber o

contato com as manifestações Culturais diversas.

Desta forma, fica garantido o conhecimento mínimo necessário nas quatro

linguagens artísticas. Como recursos didáticos serão utilizados: reproduções de

obras de Arte, laboratório de informática e a biblioteca para a realização de

pesquisas.

AVALIAÇÃO

A avaliação em arte é diagnóstica e processual, diagnóstica por ser uma

referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos,

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O

planejamento deve ser constantemente redirecionado, utilizando a avaliação do

professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto-avaliação

dos alunos.

Avaliação por meio da observação e registro: sem parâmetros comparativos

entre os alunos, considerando aspectos experiências (práticos) e conceituais

(teóricos). Desenvolvimento do pensamento estético e sistematizado do

conhecimento para a leitura da realidade.

REFERÊNCIAS

ARGAN, G.C. Arte Moderna.

OSTROWER, F. Universos da Arte. 9 ed. Rio de Janeiro: campus, 1991.

GOMBRICH, E. A Historia da Arte. São Paulo: LTC, 1996.

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NETO, O.P. Desenho Estrutural. São Paulo: Perspectiva, 1981.

RICHER, A estética do cotidiano.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte

para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba,2008.

6.2 PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Ao

longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre esse

fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo. Hoje o

estudo da Biologia permite compreender o que esta acontecendo no mundo e

participar, de forma esclarecida, das decisões que afetam toda a coletividade.

Decidir sobre questões que envolvem a destruição dos ecossistemas, o

aquecimento global, a perda da biodiversidade, o destino do lixo ou os alimentos

transgênicos, nos torna mais capazes de tomar decisões que afetam nossa saúde e

nosso bem-estar, como a importância de não fumar, de praticar atividades físicas, de

ter uma alimentação equilibrada. Outro aspecto importante é o desenvolvimento do

espírito crítico, a necessidade de se buscar evidências, de questionar afirmações

gratuitas, de usar argumentos. Desenvolver o espírito crítico é extremamente

importante no mundo de hoje, dominado pela propaganda, até mesmo propagandas

enganosas veiculadas nos meios de comunicação ( DCE- Biologia).

O estudo da Biologia deve possibilitar a compreensão de que a vida se

organizou, através do tempo, sob a ação de processos evolutivos, o que resultou

numa diversidade de formas, sobre as quais continuam atuando as pressões

seletivas. Esses organismos, incluindo os seres humanos, não estão isolados; ao

contrário, constituem sistemas no interior dos quais estabelecem complexas

relações de interdependência. O entendimento dessas interações implica

compreender as condições físicas do meio, o modo de vida e a organização

funcional interna própria das diferentes espécies biológicas. Contudo, particular

atenção deve ser dada às relações estabelecidas pelos seres humanos,

considerando a especificidade de seu potencial de interferência. Em tal abordagem,

os conhecimentos biológicos não se dissociam das questões sociais, políticas e

culturais.

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A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais

levou o homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como

parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a

sobrevivência humana.

Desde o homem primitivo, caçador e coletor, as observações dos diferentes

tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram registradas nas

pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em explorar a

natureza.

No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no

Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos

modelos teóricos elaborados pelo homem – seus paradigmas teóricos –, que

evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino,

buscou-se, na História da Ciência, os contextos históricos nos quais influências

religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.

A História da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na

Antiguidade. Idéias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da

Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a.C.

– 322 a.C.). Esse filósofo deixou contribuições relevantes quanto à organização dos

seres vivos, com interpretações filosóficas que buscavam, dentre outras, explicações

para a compreensão da natureza.

Na Idade Média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto no aspecto

religioso quanto no social, político e econômico.

Os estudos de zoologia desenvolveram-se mais rapidamente a partir dos

avanços tecnológicos, posteriores a 1800, com o desenvolvimento das técnicas de

conservação dos animais que permitiram estudos anatômicos comparativos, dando

novo impulso à sistemática animal e aperfeiçoando as observações e descrições

feitas por Aristóteles (RONAN,1987a; MAYR,1998).

Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a natureza

de forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um método

científico a ser adotado para compreender a natureza. Em meio às contradições

desse período histórico, o pensamento do filósofo Francis Bacon (1561-1626)

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contribuiu para uma nova visão de Ciência, pois recuperou o domínio do homem

sobre a natureza.

No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882)

apresentou suas idéias sobre a evolução das espécies. Inicialmente, manteve-se fiel

à doutrina da Igreja Anglicana. Entretanto, os espécimes coletados na viagem pelas

Ilhas Galápagos começaram a lhe fornecer evidências de um mundo mutável. Com

Darwin, a concepção teológica criacionista, que compreendia as espécies como

imutáveis desde sua criação, deram lugar à reorganização temporal dessas

espécies, inclusive do homem. "Quando lemos A origem das espécies não surge

dúvida nenhuma de que Darwin incluía o Homem entre os produtos da seleção

natural" (REALE & ANTISERI, 2005, p. 344)

No século XIX, a Biologia fez grandes progressos com a proposição da teoria

celular, a partir de descrições feitas por naturalistas como os alemães Matthias

Schleiden (1804-1881), em 1838, e Theodor Schwann (1810-1882), em 1839, ao

afirmarem que todas as coisas vivas – animais e vegetais – eram compostas por

células. O aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida contribuiu para a

refutação do vitalismo e da idéia de geração espontânea.

No século XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel e

provocou uma revolução conceitual na Biologia que contribuiu para a construção de

um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético,

sob influência do pensamento biológico evolutivo.

Os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan (1866-1945) contribuíram

para que a Genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos

políticos e tecnológicos decorrentes das grandes guerras, promoveu uma

ressignificação do darwinismo e deu força ao processo de unificação das Ciências

Biológicas. Nesse contexto histórico e social, a Biologia começou a ser vista como

utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em

outras áreas.

A Biologia então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma dessas

áreas a biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos interesses

biológicos na atualidade. Os avanços dessa área, sobretudo os relativos à

bioquímica, à biofísica e à própria biologia molecular, permitiram o desenvolvimento

de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico evolutivo. Por

exemplo, ao conhecer a estrutura e a função dos cromossomos foi possível

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desenvolver técnicas que permitiram intervir na estrutura do material genético e,

assim, compreender, manipular e modificar a estrutura físico-química dos seres

vivos e as conseqüentes alterações biológicas (Mayr,1988).

Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e põem

em discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA.

Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se constitua

como base para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação

genética.

Do ponto de vista do ensino, à semelhança do que ocorre com as demais

disciplinas escolares, não se trata de promover, unicamente, a aquisição de um

repertório de saberes, mas, sobretudo, de dar oportunidades aos estudantes para

que desenvolvam os objetivos de:

- Reconhecer a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico, fruto da

conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e

tecnológicos;

- Buscar encontrar a informação de maneira autônoma, crítica e criativa;

Compreender os fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos,

relacionando a teoria com a prática;

- Integrar a informação na sua experiência pessoal;

- Avaliar o impacto da produção científica e tecnológica na real melhoria da

qualidade de vida da população;

- Reconhecer a relatividade (histórica e cultural) dos saberes e das crenças;

- Procurar as formas (institucionais ou não) de participação democrática;

Valorizar a responsabilidade individual, o trabalho em equipe e a postura solidária e

cooperativa.

Conteúdos Estruturantes e Básicos – Biologia

1ª Série

1º TrimestreCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

• Breve história das origens.• Evolução dos primeiros seres vivos.• Ecologia• Componentes do ecossistema.

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2º TrimestreCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

• Fluxo de matéria e energia nos ecossistemas.• Ciclo biogeoquímicos.• Citologia

3º Trimestre

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

• Reprodução• Embriologia• Histologia Animal

2ª Série

1º TrimestreCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

• Nomenclatura e classificação dos seres vivos• Os reinos da natureza.- Vírus.• Reino Monera.• Reino Protista.• Reino Fungi• Reino Animal.• Filo dos Poríferos.• Filo dos Cnidários

2º Trimestre

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

- Filo Platelmintos• Filo Nematelmintos• Filo dos Anelídeos.• Filo dos Artrópodes.• Filo dos Moluscos.- Filo dos Equinodermos.- Filo dos Cordados.- Classe dos Peixes.

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3º TrimestreCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

- Classe dos Anfíbios.- Classe dos Répteis.- Classe das Aves.- Classe dos Mamíferos.- Reino Vegetal.- Vegetais Inferiores.- Vegetais Intermediários.- Vegetais Superiores

3º Série

1º TrimestreCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

- Conceitos básicos da Genética.- Primeira Lei de Mendel (monoibridismo).- Segunda Lei de Mendel (diibridismo).- Como calcular “probabilidades”.- Retrocruzamento e os heredogramas.- Polialelia ou alelos múltiplos;

2º TrimestreCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

• Sistema ABO (grupos sangüíneos) e sistema Rh.

• Interação Gênica.• Vinculação ao sexo.• Clonagem.• Mapeamento genético.• Origem da vida.• Teorias evolucionistas.

3º TrimestreCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS

• Organização dos seres vivos• Mecanismos Biológicos• Biodiversidade• Manipulação genética

• Provas da Evolução• Divisões do tempo geológico.• A dinâmica dos ecossistemas• Ciclos biogeoquímicos.• A biosfera e os biociclos.• Os seres vivos e suas relações.

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na disciplina de Biologia segue-se a orientação de que os conteúdos não

sejam ensinados com um fim em si mesmos, como resultados científicos, mas que

se liguem à significação humana e social. Desta forma, os conteúdos específicos

não estabelecem as posições entre cultura popular / conhecimentos espontâneos e

cultura erudita, mas uma relação de continuidade em que o conhecimento

sistematizado supera a apreensão da realidade requerida pela experiência imediata.

O ensino da Biologia não se trata, portanto, de um ensino enciclopédico, mas

que exercita os modos de pensar, além da memória, e desenvolve valores. Assim a

maior parte das situações de aprendizagem deve procurar envolver a resolução de

um problema, por meio de uma investigação documental e/ou experimental, a partir

da qual os alunos, ao interagirem com os objetos e com os indivíduos, analisem,

levantem hipóteses, proponham explicações, concluam e comuniquem os

resultados, servindo-se de diferentes linguagens (textos, gráficos, tabelas, etc.).

Tais situações devem estar, preferencialmente, fundadas na vida real, o que implica

ter em conta as experiências, os interesses e os contextos socioculturais dos

alunos.

De acordo com a flexibilização curricular faz-se necessário uma modificação do

nível de complexidade das atividades. Considerando que nem todos os alunos

conseguem aprender um determinado conteúdo se ele não lhe for apresentado

passo a passo, mesmo que o “tamanho” dos passos precise ser diferente de um

aluno para outro. A disciplina de Biologia utiliza com freqüência a terminologia

científica e termos até então desconhecidos pelos alunos. O professor, tanto pode

eliminar componentes da cadeia que constitui a atividade, como dar nova seqüência

à tarefa, dividindo a cadeia em passos menores, com menor dificuldade entre um e

outro. Para isso pode apropriar-se de uma adaptação de matérias para atender às

mais diferentes necessidades dos alunos, sendo elas permanentes ou temporárias,

dando preferência a materiais que objetivem uma ação pedagógica voltada ao

aprendizado do aluno e não um mero repasse de conteúdos.

As diretrizes curriculares para a disciplina de Biologia apresentam quatro modelos

interpretativos do fenômeno VIDA, sendo divididos em conteúdos estruturantes,

sendo eles:

1 – Organização dos Seres Vivos;

2 – Mecanismos Biológicos;

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3 – Biodiversidade: relações ecológicas, modificações evolutivas e variabilidade

genética;

4 – Manipulação Genética.

Sendo assim, os conteúdos estruturantes apontam como a Biologia se constitui

como conhecimento, e como esta tem influenciado na construção de uma

concepção de mundo contribuindo para que se possam compreender as

implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais que envolvem a apropriação

deste conhecimento biológico pela sociedade.

Os conteúdos propostos serão trabalhados de tal forma que relacionem

diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento

devendo priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e

propiciar uma reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos de questões

emergentes.

Os Conteúdos Estruturantes são interdependentes e não passíveis de

seriação e organização, porém aqui, fez-se uma divisão geral dos conteúdos

específicos para facilitar o trabalho, com estratégias metodológicas voltadas para a

prática social, problematização, instrumentalização e o retorno à prática social,

ressaltando que os conteúdos estruturantes serão trabalhados em todos eles.

Compreendendo-se a proposta dos Conteúdos Estruturantes, procurar-se-á dar

uma atenção especial em como os recursos pedagógicos serão utilizados e aos

critérios político-pedagógicos da seleção de recursos didáticos que podem contribuir

para uma leitura crítica que permitirá realizar os recortes necessários dos conteúdos

específicos identificados como significativos para o Ensino Médio e Normal.

Recursos como à aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as

analogias, entre tantos outros poderão ser utilizados no sentido de possibilitarem a

participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas

percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a

produção/criação de novos significados, tendo em vista que esse processo acarreta

o encontro e o confronto das diferentes idéias que circulam em sala de aula.

A leitura e a escrita, práticas tão comuns e tão pouco refletidas em sala de

aula merecem atenção especial, pois são propagadoras de repetição e ou de

deslizamentos de significado dados ao conhecimento científico. Elas são

demarcadoras do papel social assumido pelo professor e pelos alunos, devendo ser

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pensadas a partir do significado das mediações, das influências e incorporações

que os alunos demonstram.

O uso de diferentes imagens como vídeo, transparências, fotos e atividades

experimentais, são recursos a serem utilizados com freqüência nas aulas de

Biologia e requerem uma problematização em torno da questão demonstração-

interpretação. Analisar quais os objetivos, expectativas a serem atingidas, além da

concepção de ciência que se agrega a estas atividades, pode contribuir para a

compreensão do papel do aluno frente a tais atividades.

Uma aula experimental, seja ela de manipulação de material ou

demonstrativo, também representa um importante recurso de ensino. É preciso

lembrar que para estas aulas promoverem aprendizagem elas não necessitam estar

associadas a um aparato experimental sofisticado, mas sim a sua organização,

discussão e reflexão, possibilitando a interação com fenômenos biológicos, a troca

de informações entre os grupos que participam da aula e assim promover novas

interpretações.

Atendendo aos encaminhamentos metodológicos expressos nas Diretrizes,

essa prática pode potencializar o aprendizado e nesse sentido são indissociáveis do

processo ensino-aprendizagem de Biologia. Assim os experimentos podem ser o

ponto de partida para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de

sua relação com as idéias discutidas em aula, levando os alunos à reflexão sobre a

teoria e a prática e, ao mesmo tempo permitindo que o professor perceba as

dúvidas de seus alunos.

Devem-se considerar também as aulas demonstrativas como um importante

recurso, entretanto é preciso permitir a participação do aluno e não apenas tê-lo

como observador passivo.

Outra atividade que, além de integrar conhecimentos veicula uma concepção

sobre a relação homem-ambiente e possibilita novas elaborações por meio da

pesquisa, é o estudo do meio, como parques, praças, terrenos baldios, bosques,

rios, hortas, mercados, lixões, fábricas etc.

Também os jogos didáticos contribuem para gerar desafios. Segundo MOURA

(1994), o jogo é considerado um instrumento impregnado de conteúdos culturais a

serem veiculados na escola. Ele detém conteúdo com finalidade de desenvolver

habilidades de resolução de problemas, o que possibilita a oportunidade de traçar

planos de ações para atingir determinados objetivos.

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Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros serão trabalhados de forma interdisciplinar adaptando as

atividades no decorrer do ano letivo. A LEI 9795/99: Institui no país a Política

Nacional de Educação Ambiental que deve ser trabalhada de forma interdisciplinar e

integrada nos diferentes conteúdos pois é um direito coletivo devendo ser

estimulado através da participação coletiva e individual

AVALIAÇÃO

A avaliação diagnóstica será uma ajuda ao processo ensino aprendizagem:

ela fornecerá elementos que permitam os conhecimentos prévios dos alunos bem

como os pontos críticos para que se avance na construção do saber, tendo em vista

um projeto de escola não excludente. A avaliação diagnóstica é vista como um

processo de construção permanente, de acerto de estratégia para mobilizar a

aprendizagem, ampliando o conceito e a prática da avaliação ao conjunto de

saberes que interesse contemplar na aprendizagem de conceitos biológicos,

superando sua habitual limitação a rememoração receptiva de conteúdos

conceituais, de auxílio (e não de punição ou prêmio) ao aluno e professor.

Portanto, na perspectiva da diversidade sociocultural de nossos alunos,

construir uma forma avaliativa é aquela que incorpora as diferenças, combatendo a

desigualdade e discriminação, a exclusão, que permite a pesquisa, a reflexão crítica

sobre os ajustes e reajustes de rota para que o diálogo com as culturas dos alunos

se concretize no dia a dia da escola, avançando e alcançando os resultados

desejados.

A avaliação na disciplina de Biologia permite ampliar o conceito e a prática do

aluno, possibilitando reflexões e reformulações nos procedimentos e estratégias do

trabalho do professor, visando sempre ao sucesso efetivo do aluno.

Propõe-se aqui uma avaliação como prática emancipadora, passando a ser

entendida como instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos

de aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão onde o aluno toma conhecimento dos

resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.

A avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo.

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Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de

superar obstáculos.

Para tanto, as formas de avaliação na disciplina de Biologia podem ser bem

variadas: individuais, coletivas, orais e escritas. Os instrumentos de avaliação

comportam a observação sistemática durante as aulas, as respostas dadas, os

registros de debate, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de experimentos, dos

desenhos de observações, relatórios de leituras de experimentos, avaliações

dissertativas e de múltipla escolha.

REFERÊNCIAS

AMABIS, J. M. e MARTHO, G. R. e MIZUGUCHI, Y. Biologia. São Paulo: Editora

Moderna

PAULINO, Wilson R. Biologia. São Paulo: Editora Ática

CHEIDA, Luiz Eduardo. Biologia Integrada. São Paulo: Editora FTD

PARANÁ,Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Biologia para os

anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba,2008.

MERCADANTE, Clarinda. Biologia. São Paulo: Editora Moderna

MOURA, M. O. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. A Educação

Matemática em Revista – SBEM, n.3, 1994.

LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJEDER, Fernando. Biologia Hoje. São Paulo:

Editora Ática

SILVA JÚNIOR, César e SASSON, Sezar. Biologia. São Paulo: Editora Saraiva

SOARES, José Luís. Biologia. São Paulo: Editora Scipione.

6.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Segundo as DCEs, a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o

conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista

científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que

constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar

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racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações

entre elementos fundamentais como o tempo, espaço, matéria, movimento, força,

campo, energia e vida.

A história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do

conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na

Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos

que nela ocorrem.

A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos

a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e

Fourez (1995), modelos científicos são construções humanas que permitem

interpretações a respeito do fenômenos resultantes das relações entre elementos

fundamentais que compõe na Natureza. Muitas vezes esses modelos são utilizados

como paradigmas, leis e teorias.

A histórias da Ciência começa a partir da evolução do raciocínio humano de

forma falível e intencional. Dessa forma o homem começou a relacionar os astros

com ciclos das plantas e animais associado de certa forma para o seu maior bem

estar e benefício próprio.

A descoberta do fogo foi um marco importantíssimo para a história da

humanidade, pois aí o homem começou a modificar sua própria alimentação e

interferindo no seu próprio futuro.

Com o cultivo da terra o homem interferiu na natureza modificando-a para o

plantio e com o passar do tempo alterando as técnicas e evoluindo cada vez mais

fazendo novas descobertas em todas as áreas da ciência. Assim surgiram vários

cientistas importantíssimos que marcaram a historia da ciência como muitas

descobertas como a produção de pólvora, desenvolvendo a anatomia.

E a partir daí a ciência como estudo vem tendo grandes descobertas tento

como benefício nosso conforto e também nos trazendo muitos prejuízos certamente

irreversíveis.

Segundo as DCEs, diante da impossibilidade de compor uma análise

totalmente abrangente a respeito da história da ciência optou-se, por um recorte

epistemológico dessa historia que, de acordo com Ramos(2003), permite refletir

sobre a gênese, o desenvolvimento, a articulação e a estruturação do conhecimento

científico.

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Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884 – 1962)

contribuiu de forma significativa com reflexão voltada à produção do conhecimento

científico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se

com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados

fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do

desenvolvimento do conhecimento científico.

O primeiro período, que representa o estado pré-científico, compreenderia

tanto a Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas,

como os séculos XVI, XVII e até XVIII. O segundo período, que estenderia por todo

o século XIX e início do século XX. Em terceiro lugar consideraríamos o ano de 1905

como o inicio da era do novo espírito científico, momento em que a Realidade de

Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre

(BACHELARD, 1996, p. 9)

O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um

período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.

O século XIX foi segundo Bachelard (1996) um período histórico marcado

pelo estado científico, em que um único método científico constitui-se para a

compreensão da Natureza. Isto não significa que no período pré- cientifico os

naturalistas ao se utilizavam de métodos para a investigação da Natureza, porém, tal

investigação reduzia-se ao uso de instrumentos e técnicas isolados.

O estado do novo espírito científico configura-se também, como um

período fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade

de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços

científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de

dois terços após a Segunda Guerra Mundial. Ainda, pesquisadores formandos desde

o início da ciência ainda estão vivos, continuam a contribuir com pesquisas e

produzir conhecimento científico.

Alguns exemplos que demonstram o aspecto descontínuo da validade dos

modelos científicos são: a superação do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico; a

substituição do modelo organicista pelo modelo dos sistemas para explicação das

funções do corpo humano; a superação das idéias de criação pela teoria da

evolução, a refutação da teoria do calórico pelas noções de energia; a detecção da

inexistência do éter e a afirmação da constituição e conservação da matéria; a

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dualidade onda-particula da luz e do elétron; a transição da mecânica newtoniana

para a relativística e muitos outros.

Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a

superação dos estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em

que ocorre na atividade científica e tecnológica, o processo de produção do

conhecimento científico seria mais bem vivenciado no âmbito escolar, possibilitando

discussões acerca de como a ciência realmente funciona ( DURANT, 2002)

O ensino da Ciência, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que

se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado

à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre

antigas e recentes profissões,” frutos das novas relações de trabalho que se

originam nas sociedades contemporâneas, centradas na informação do consumo”

(MARANDINO, 2005, p. 162)

No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à

integração de campos de referência como a Biologia, a Física, a Química, a

Geologia, a Astronomia, entre outras. A consolidação desta disciplina vai além e

aponta para “questões que ultrapassam os campos de saber científico e do saber

acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais” (MACEDO e LOPES, 2002, p.

84) de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos conhecimentos

científicos que resultam da investigação da Natureza, em um contexto histórico-

social, tecnológico, cultural, ético, e político.

Portanto, ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento

histórico, percebeu que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com

os seus interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando

assim, a mudança de foco do processo de ensino e de aprendizagem, escola e

educação, contribuindo para a formação, em diferentes épocas, de novos cientistas,

de cidadãos pensando lógica e criticamente, de mão-de-obra qualificada para o

mercado de trabalho e, de cidadãos críticos, participativos e transformadores.

Deve-se salientar que a partir de 2003, iniciou-se um novo período na história

da educação paranaense. Isso se deve ao processo de reformulação política

educacional do Estado. Destaca-se, como aspecto relevante dessa reformulação, o

descrédito à proposta neoliberal de educação, regatando a historicamente

constituídos em detrimento dos projetos promovidos por empresas, organizações

não governamentais (ONGs), multinacionais e outras instâncias. Além de instituir o

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currículo escolar como eixo fundante da escola, essa proposta busca suscitar no

professor a reflexão sobre a própria pratica fomentando a formação continua de

forma a oportunidade a todos os professores a fundamentação teórica – pratica

essencial ao desempenho das suas funções.

Com base em investigações realizadas sobre o ensino de Ciências, nota-se

uma tendência de superação de estratégica de ensino que privilegiam atividades de

estímulo, resposta, reforço positivo, objetivos operacionais e instrução programada

(MOREIRA, 1999).

Tais estratégicas não enfocam a aprendizagem no processo de construção de

significados. A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no

entendimento de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quanto

lhes atribui significados. Isso põe o processo de construção de significados como

elemento central do processo de ensino-aprendizagem.

O estudante constrói significados cada vez mais que estabelece relações

“substâncias e não-arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores

(nível de desenvolvimento real – conhecimentos alternativos) e o que aprende de

novo (AUSUBEL, NOVAK, HANESIAN, 1980).

As relações que se estabelecem entre o que o estudante já sabe e o

conhecimento específico a ser ensinado pela mediação do professor, não são

arbitrárias, pois dependem da organização dos conteúdos; de estratégias

metodológicas adequadas; de material didático de apoio potencialmente

significativo; e da “ancoragem” em conhecimentos especificamente relevantes já

existentes na estrutura cognitiva do estudante (MOREIRA, 1999).

Quando o estudante relaciona uma noção a ser aprendida com um conceito já

presente na sua estrutura cognitiva, ele incorpora “a substancia do novo

conhecimento, das novas idéias” e, a esse processo denomina-se substantividade

(MOREIRA, 1999, p. 77). Ao se trabalhar a definição de um conceito de forma literal

a arbitrária, o ensino não possibilita.

De certa forma o estudante pode, também, aprender conteúdos científicos

escolares sem atribuir-lhes significados. Isto acontece, por exemplo, quando

aprende exclusivamente pelo processo repetitivo de memorização. Nesse caso,

porém, faz uso dos conceitos sem entender o que esta dizendo ou fazendo.

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Processo em que a nova informação resulta em crescimento e modificação de

conceitos mais amplos (generalizados) que o sujeito possui na sua estrutura

cognitiva, considerada hierárquica (conceito subsunçor)

Esses conceitos atuam como subordinadores de outros conceitos na estrutura

cognitiva e como “ancora” no processo de assimilação dessa nova informação.

Como resultado dessa ancoragem, a própria idéia-âncora (conceitos mais amplos)

acaba por ser modificada e diferenciada (MOREIRA, 1999).

Assim, a construção de significados pelo estudante é o resultado de uma

complexa rede de interações composta por no mínimo três elementos: o estudante,

os conteúdos científicos escolares e o professor de Ciências como mediador do

processo de ensino aprendizagem.

O estudante é o responsável final pela aprendizagem ao atribuir sentido e

significado aos conteúdos científicos escolares. O professor é quem determina as

estratégicas que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade

dos significados construídos. É o professor, também, a responsabilidade por orientar

e direcionar tal processo de construção.

Por meio dessa mediação quanto mais relações conceituais, interdisciplinares

e contextuais o estudante puder estabelecer, maior a possibilidade de reconstrução

interna de significados (internalização) e de ampliar seu desenvolvimento cognitivo.

Nesse sentido, o estudante constrói significados cada vez que estabelece relações

substantivas e não arbitrárias entre o que já conhece e o que aprende de novo.

Em síntese, pode-se dizer que o ensino significativo de conhecimento

científico escolares está à frente do desenvolvimento cognitivo do estudante e o

dirige. Da mesma forma, a aprendizagem significativa de conhecimentos científicos

escolares está avançada em relação ao desenvolvimento das suas estruturas

cognitivas.

No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos

científicos escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais,

considerando-se a zona de desenvolvimento proximal do estudante (VIGOTOSKY,

1991b), descrita anteriormente, em um processo de interação social em que o

professor de Ciências “é o participante que já internalizou significados socialmente

compartilhados para os materiais educativos do currículo e procura fazer com que o

aprendiz também venha a compartilhá-los” (MOREIRA, 1999, p. 109).

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Segundo as DCEs, o conceito de Conteúdo Estruturante é entendido como

conhecimento de grande amplitude que identificam e organizam as disciplinas

escolares além de fundamentarem as abordagens pedagógicas dos conteúdos

específicos.

Propões-se, então, que o ensino de Ciências ocorra por meio de uma

integração conceitual que estabeleça relações entre os conceitos científicos

escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais);

entre os conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento

científico (relações contextuais).

Nas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para

a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental.

São eles:

Astronomia

Matéria

Sistemas Biológicos

Energia

Biodiversidade

ASTRONOMIA

A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma

das ciências de referências para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos

celestes.

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e

a evolução do Universo. Sugerem-se, a seguir, alguns conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos minimamente necessários para o estudo da disciplina

de Ciências.

5º série

universo;

sistema solar;

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movimentos celestes e terrestres;

6° série

astros

movimentos celestes e terrestres;

7º série

origem e evolução do universo;

8°série

astros;

gravitação universal.

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem

ser ampliados pelo professor em função de interesses regionais e do avanço na

produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles devem ser

selecionados conteúdos mais específicos.

MATÉRIA

No conteúdo estruturante da matéria propõe-se a abordagem de conteúdos

específicos que privilegiem os estudos da constituição dos corpos, entendidos

tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam a nossa

percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite entendimento não

somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo

além daquilo que num primeiro momento vemos sentimos e tocamos.

Sugerem-se alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos

essenciais para o entendimento da constituição de propriedades da matéria e suas

relações com o objeto de estudo da disciplina de Ciências:

5º série

constituição da matéria;

6° série

constituição da matéria;

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7º série

constituição da matéria;

8°série

propriedades da matéria;

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem

ser ampliados pelo professor em função de interesses regionais ou do avanço na

produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles devem ser

selecionados conteúdos mais específicos.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos

sistemas orgânicos e fisiológicos, bem como suas características especificas de

funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o

funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,

como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.

Neste conteúdo estruturante, sugerem-se alguns conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os

sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e suas relações com o objeto

de estudo da disciplina de Ciências:

5º série

níveis de organização;

6° série

célula;

morfologia e fisiologia dos seres vivos;

7º série

célula;

morfologia e fisiologia dos seres vivos;

8°série

morfologia e fisiologia dos seres vivos;

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mecanismo de herança genética.

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e

podem ser ampliados pelo professor em função de interesses regionais ou do

avanço na produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles

devem ser selecionados conteúdos mais específicos.

ENERGIA

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do

conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde

a Antiguidade.

Nas diretrizes destaca-se que a ciência Física não define energia. Assim tem-

se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de

compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações,

como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia

luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma

forma em outra.

Neste conteúdo estruturante, sugerem-se alguns conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a

conservação e a transformação de uma energia em outra forma e suas relações com

o objeto de estudo da disciplina de Ciências:

5°série

• formas de energia;

• conversão de energia;

• transmissão de energia.

6° série

• formas de energia;

• Transmissão de energia.

7° série

Formas de energia;

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8° série

formas de energia;

conversão de energia;

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem

ser ampliados pelo professor em função de interesses regionais ou avanço na

produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles devem ser

selecionados conteúdos mais específicos.

BIODIVERSIDADE

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além

da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número

de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada

ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.

Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de

Ciências, a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intra-

relacionados.

Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimento

científicas que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a

diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas estabelecidas

entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem;

e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações.

Sugerem-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a

biodiversidade e suas relações com o objeto de estudo da disciplina de Ciências:

5°série

• organização dos seres vivos;

• ecossistemas;

• evolução dos seres vivos.

6° série

• origem da vida;

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• organização dos seres vivos;

• sistemática;

7° série

evolução dos seres vivos.

8° série

interações ecológicas;

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem

ser ampliados pelo professor em função de interesses regionais ou do avanço na

produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles devem ser

selecionados conteúdos mais específicos, relações conceituais, interdisciplinares e

de contexto.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o

professor deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo

disponível para o trabalho pedagógico (horas/aulas semanais); o Projeto Político

Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola esta

inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações

atualizadas sobre os avanços da produção científica.

É necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em

sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de

conhecimento físico, químico e biológico; estabeleçam relações interdisciplinares e

sejam abordados a partir dos contextos tecnológicos, social, cultural, ético e político

que os envolvem.

É importante que o professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes

recursos e estratégias, de modo que o processo ensino-aprendizagem em Ciências

resulte de uma rede de iterações sociais entre estudantes, professores e o

conhecimento científico escolar selecionado para o trabalho em um ano letivo.

No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados essenciais tanto

para a formação do professor quanto para a atividade pedagógica. Abordam-se,

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nesse documento, três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a

divulgação científica e a atividade experimental.

A história da ciência é fundamental para o professor de Ciências, pois ele

não apenas. Transmite aos seus alunos os conteúdos (resultados) dessa ciência,

mas também (consciente ou inconscientemente) uma concepção sobre o que é

Ciência. Ora, o conhecimento sobre a natureza da pesquisa científica só pode ser

adquirido de duas formas: ou pela prática da pesquisa e contato com cientistas (isto

é, pela vivencia direta) ou pelo estudo da história da Ciência (MARTINS, 1990, p.4).

Sobre a história da ciência os alunos no Ensino Fundamental têm contato

principalmente por meio dos livros didáticos, mesmo que esses de acordo com as

DCEs apresentam uma série de problemas que precisam ser superados.

Um importante papel da divulgação científica consiste em servir de

alternativa para cobrir a defasagem entre o conhecimento científico e o

conhecimento científico escolar, permitindo a veiculação em linguagem acessível do

conhecimento que é produzido pela ciência e dos métodos empregados nessa

produção. Também, tem papel de oportunizar ao professor de Ciências o contato

com o conhecimento científico atualizado contribuindo desta forma para sua própria

formação continuada (LINS DE BARROS, 2002).

Nos professores utilizamos a divulgação científica raramente pelas

dificuldades que encontramos em adequar o material, bem como a qualidade deste,

devido a falta de recursos encontrados na escola, já que as revistas, jornais,

documentários requer uma adequação didática.

As atividades experimentais estão presentes no ensino de Ciências, desde

sua origem e são estratégias de ensino fundamentais, pois podem contribuir para a

superação de obstáculos na aprendizagem de conceitos científicos, não somente

por propiciar interpretações, discussões e confrontos de idéias entre estudantes,

mas também pela natureza investigativa.

Entende-se por atividades experimentais toda atividade prática cujo objetivo

inicial é a observação seguida da demonstração ou da manipulação, utilizando-se de

recursos como vidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos ou materiais

alternativos, a depender do tipo de atividade e do espaço pedagógico planejado para

sua realização.

O professor, ao propor atividades experimentais, precisa considerar que sua

intervenção (mediação didática) será essencial para a superação da observação

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como mera ação empírica e de descoberta. As atividades experimentais possibilitam

ao professor criar duvidas problematizar o conteúdo que pretende ensinar e

contribuir para que o estudante construa suas hipóteses.

É preciso superar o entendimento de que as atividades experimentais sempre

devem apresentar resultados verdadeiros e de que há uma dicotomia irreversível

entre aula teórica e aula prática.

Ao realizar uma atividade experimental, ressalta-se a importância da

contextualização do conteúdo específico de Ciências.

Tão importante quanto selecionar conteúdos específicos para o ensino de

Ciências, é a escolha de estratégias pedagógicas adequadas à mediação do

professor. A estratégia contribui para que o estudante se aproprie de conceitos

científicos de forma mais significativa.

O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado como uso de:

* recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revistas em quadrinho,

música, quadro de giz, mapa (geográfico, sistemas biológicos, entre outros), globo,

modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre

outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computados, retro projetor,

entre outros;

*de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, gráficos, tabelas, entre outros;

*de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus,

laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos

metodológicos a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a

problematização, a contextualização, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em

grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico.

A problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada,

evidenciando-se duas dimensões: na primeira, o professor leva em conta o

conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes,

problematizando-as; na segunda, o professor realiza a problematização de forma

que o estudante sinta a necessidade do conhecimento científico escolar para

resolver os problemas apresentados.

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A contextualização pode, também, ser o ponto de chegada caso o professor

opte por iniciar a sua prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.

Nesse caso, contextualiza significa aproximar os conteúdos científicos

escolares das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre

outras.

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do

conhecimento.

A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre os

estudantes e o professor, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um

maior aprofundamento de conceitos.

No trabalho em grupo, o estudante tem a mesma oportunidade de trocar

experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar idéias,

desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite

aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a

construção significativa de conhecimento pelo estudante.

A estratégia da observação estimula, no aluno, a capacidade de observar

fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles;

Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da

disciplina, pois o estudante pode desenvolver observações e superar a simples

constatação de resultados, passando para a construção de hipóteses que a própria

observação possibilita.

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se

como uma importante estratégia de ensino e aprendizagem.

É importante que essas práticas proporcionem discussões, interpretações e

se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala. Não devem, portanto, ser

apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das aulas

teóricas.

Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de

relações, gráficos, tabelas, entre outros) podem e devem ser usados na análise do

conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da

aprendizagem.

Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras

fixas a serem utilizados na sua construção.

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O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo

utilizar-se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade

e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas

habitualmente pelo professor, entre outros.

AVALIAÇÃO

A avaliação não deve ser considerada como uma etapa final do processo de

ensino, mas sim de forma abrangente devendo fornecer ao professor informações

sobre o aprendizado do aluno.

O professor precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos ara

verificar se seus objetivos foram alcançados, bem como informar o aluno sobre seu

desempenho, avanço e dificuldades.

Os desenvolvimentos das capacidades do aluno devem estar relacionados à

aprendizagem de todos os conteúdos estruturantes e básicos.

Avaliar, não se resume à mecânica do conceito formal e estatístico; não é

simplesmente atribuir nota, obrigatória decisão de avanço ou retenção em

determinadas disciplinas, mas sim possibilitar tomadas de decisões relativas a

promover a aprendizagem dos alunos, quanto aos resultados alcançados.

O que afirma Pedro Demo (2002, p.18): [...] a avaliação, ao contrário do que

se aventa, é feita para classificar, buscar comparar, contrasta as pessoas sobre

cenários onde sempre há quem esteja mais em cima e quem esteja mais em baixo.

Assim em vez de negar seu contexto classificatório é bem melhor- e mais realista –

argumentar sobre as razões pedagógicas de classificação e seus riscos óbvios.

Avaliamos, entre outras coisas, para saber a distância entre o lugar que se

ocupa no momento o aluno e o lugar onde deveria estar. Pretendemos

descobrir os motivos por que não aprende gostaríamos que, sabendo disso,

pudesse recuperar a posição onde deveria estar. Para tanto, é mister, primeiro

classificar sua posição desfavorável, claramente, com o melhor manejo do

conhecimento, porque só podemos mudar o que bem conhecemos. Esta

informação é necessária ao professor para que ele encontre meios e estratégias que

venham ajudar os alunos para se aperceberem delas e tentarem ultrapassa-las com

a ajuda do professor e com o próprio esforço. Por isso, a avaliação tem uma

intenção formativa.

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Luckesi (2002 p.81) ainda afirma que: [...] a avaliação deverá ser assumida

como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se

encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para

que possa avançar no processo de aprendizagem. Se é importante aprender

aquilo que se ensina na escola, a função da avaliação será possibilitar o educador

condições de compreensão de estágio em que o aluno se encontra, tendo em

vista poder trabalhar com ele para que saia do estagio defasado em que se encontra

e possa avançar em termos dos conhecimentos necessários.

A avaliação realizada com os alunos possibilita o sistema de ensino verificar

como esta atingindo os seus objetivos, portanto, nesta avaliação ele tem uma

possibilidade de auto compreensão. O professor, na medida em que esta atento ao

andamento dos seus alunos, poderá através da avaliação da aprendizagem, verificar

o quanto o seu trabalho esta sendo eficiente e que desvio esta tendo. O aluno, por

sua vez, poderá estar permanentemente descobrindo em que nível de aprendizagem

se encontra, dentro de sua atividade escolar, adquirindo consciência do seu limite e

das necessidades de avanço. Além disso, os resultados manifestados por meio dos

instrumentos de avaliação poderão auxiliar o aluno num processo de auto-

motivação, na sua medida em que lhes fornece consciência dos níveis obtidos de

aprendizagem.

Cabe ao professor desafia-lo a superar as dificuldades e fazer com que ele

continue progredindo na construção dos conhecimentos. Ao aluno permite verificar

em que aspectos ele deve melhorar durante seu processo de aprendizagem e aos

familiares no sentido que venham auxiliar a escola para que o aluno chegue ao

conhecimento estabelecidos como necessários.

O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo

compreendido pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária

retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos

e estratégias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que evolvem:

origem e evolução do universo;

constituição e propriedades de matéria;

sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;

conservação e transformação de energia;

diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem

como os processos evolutivos envolvidos.

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73

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significativos no qual o

estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa

refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados.

A avaliação será contínua, processual e cumulativa, utilizando instrumentos

como:

Trabalhos individual e/ou em dupla;

Provas escritas, individual e/ou coletivas e orais;

Tarefa de casa e/ou em sala de aula e cadernos;

Nestes termos, avaliar o ensino de Ciências implica intervir no processo ensino

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significativo dos

conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – DCE 2008.

Projeto Político Pedagógico – PPP. Colégio Estadual Vila Industrial.

Projeto Araribá: ciências/ obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela

Editora Moderna; editor responsável José Luiz Carvalho da Cruz – 1. ed. – São

Paulo: Moderna, 2006.

LUCKESI, C.C. Avaliação de aprendizagem escolar: estudos e proposições.

São Paulo; Cortez, 2005.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de ciências. São Paulo: EPU/Edusp,

1987.

6.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FISICA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física, assim como as demais disciplinas, se desenvolveu

historicamente, discursos teóricos e metodológicos algumas vezes hegemônicos.

Sendo assim optou-se por retratar os fatos ocorridos a partir do século XIX, devido

às transformações sociais pelas quais o Brasil passava, dentre elas o fim da

exploração escrava e as políticas incentivo à imigração, principalmente o

crescimento das cidades exigindo uma série de medidas com vistas a aplicar os

preceitos de moralidade.

Ainda no final do século XIX, Rui Barbosa emitiu um parecer denominado

“Reforma do Ensino Primário” no ano de 1882, onde entre outras conclusões,

afirmou a importância da Ginástica para a formação do cidadão, equiparando com

as demais disciplinas. A partir de então a disciplina tornou-se obrigatória dos

currículos escolares.

Para atender objetivos de adquirir, conservar, promover e estabelecer a

saúde por meio dos exercícios físicos, foram importados da Europa, práticas

confirmativas como o modelo de saúde e o “Sistema Ginástico”, assim a Educação

Física começou a se fazer presente na academia e, depois, na escola, como meio

de capacitar o indivíduo para o trabalho.

No Brasil, já no início do século XX: (...) “a Educação Física Escolar era

entendida como atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não

diferenciá-la da instrução militar”.(Coletivo de autores, 1992, pg. 53).

No período pós Segunda guerra, a prática de atividades físicas nas escolas

públicas brasileiras foi marcada pela supremacia dos esportes, sob influência das

escolas européias. Este pensamento concebia as atividades esportivas com

elementos que viviam a se instalar por longos períodos no ambientes escolares do

país, cultuados de maneira mecânica e tecnicista, de forma mais acentuada na

década de 70. O aluno devia reproduzir gestos técnicos, sem condição de criar,

modificar ou transformar tais movimentos.

Já no início da década de 90, no Estado do Paraná ocorreu a elaboração do

Currículo Básico, onde, a Educação Física esteve elaborada na Pedagogia histórico

critica da Educação. Tendência esta, denominada, por alguns teóricos, como

Educação Física progressista, revolucionária e crítica, com os fundamentos teóricos

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pautados no materialismo histórico dialético. O documento propôs, assim, um

modelo de superação das contradições e injustiças sociais.

O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a

instrumentalização do corpo deveria dar lugar à formação humana do aluno em

todas as suas em todas as suas dimensões. No entanto, apresentava uma rígida

listagem de conteúdos que limitava o trabalho do professor, enfraquecendo seus

pressupostos teóricos metodológicos.

No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da

Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação

Física. A proposta também se fundamentou na concepção histórica - crítica da

educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da

ação pedagógica de Educação Física.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Física da Secretaria de

Estado da Educação do Paraná, versão 2008, o corpo é entendido em sua

totalidade, ou seja, o ser humano é o seu corpo, que sente, pensa e age. Os

aspectos subjetivos de valorização ou não do corpo devem ser analisados sob uma

perspectiva critica da construção hegemônica do referencial de beleza e saúde,

veiculados por mecanismos mercadológicos e midiáticos, que fazem do corpo uma

ferramenta produtiva e um objeto de consumo.

Dessa forma pretende-se que a disciplina desenvolva atividades que

busquem a compreensão do ser humano, enquanto produto de cultura, formando

assim, pessoas conscientes, solidárias e que aprendam a fazer uso das expressões

corporais, levando-o a descobrir como o corpo é sensível e possui linguagem própria

demonstrada pelos gestos, os quais possibilitam um elo com o mundo.

Desta forma, procura proporcionar a interação, socialização, desenvolvimento

psico motor e importância do corpo, por meio de atividades recreativas, físicas e

esportivas, de forma organizada e compatível com as idades.

Para que ocorra o desenvolvimento global dos educandos respeitando seus

limites e suas potencialidades, despertando-os para a pratica de atividades físicas

visando uma melhora na qualidade de vida.

A humanização das relações humanas e a compreensão do aluno sobre

nossa diversidade cultural em termos culturais, para que possa respeitar as

diferenças identificadas bem como se posicionar frente a elas de modo autônomo,

criando novas alternativas.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Esporte

Básicos: coletivos e individuais

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Jogos e Brincadeiras

Básicos: Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos

de tabuleiro e jogos cooperativos

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Ginástica

Básicos: rítmica, circense e geral.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Lutas

Básicos: lutas de aproximação e capoeira.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Dança

Básicos: Danças Folclóricas. danças criativas e dança de rua.

6ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Esporte

Básicos: coletivos e individuais

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Jogos e Brincadeiras

Básicos: Jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de roda, jogos

de tabuleiro e jogos cooperativos

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Ginástica

Básicos: rítmica, circense e geral.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Lutas

Básicos: Lutas de aproximação e capoeira.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Dança

Básicos: folclóricas, de rua, circulares e criativas.

7ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Esporte

Básicos: coletivos, individuais e radicais.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Jogos e Brincadeiras

Básicos: Jogos e brincadeiras populares, jogos dramáticos, jogos de tabuleiro e

cooperativos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Ginástica

Coletivos: rítmica, circense e geral.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Lutas

Básicos: Lutas com instrumento mediador e capoeira.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Dança

Básicos: Circulares e criativas.

8ª SÉRIE

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Esporte

Básicos: coletivos, individuais e radicais.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Jogos e Brincadeiras

Básicos: jogos dramáticos, jogos de tabuleiro e cooperativos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Ginástica

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Básicos: rítmica e geral.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Lutas

Básicos: lutas com instrumento mediador e capoeira.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Dança

Básicos: folclóricas, circulares e criativas.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Esporte

Básicos: coletivos, individuais e radicais.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Jogos e Brincadeiras

Básicos:Jogos dramáticos, de tabuleiro e cooperativos.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Ginástica

Básicos: artística/olímpica, de academia e geral.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Lutas

Básicos: lutas com aproximação, lutas que mantém a distância, lutas com

instrumento mediador e capoeira.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE:Dança

Básicos: folclóricas, afro-brasileiras, de salão e de rua.

METODOLOGIAUsar-se-á um encaminhamento metodológico voltado para a conscientização

dos objetivos buscando diversificar as aulas, deixando-as mais atrativas aos olhos

do educando, para que, através da harmonia e bom relacionamento entre professor

e alunos, ocorra com maior facilidade a aprendizagem.

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A partir da inclusão construir um ambiente de aprendizagem significativa, que

faça sentido ao aluno, no qual ele tenha a possibilidade de fazer escolhas, trocar

informações, estabelecer questões e construir hipóteses, na tentativa de respondê-

las. Valorizando a história e a cultura do povo afro descendente, indígena e também

de alunos com necessidades educacionais especiais, na perspectiva de não apenas

elevar a auto-estima, mas compreender a sua participação dentro de uma sociedade

multicultural e suas miscigenações.

Será proposta a realização de pesquisas bibliográficas, reflexão sobre textos,

elaboração de projetos, jogos, gincanas, resgate de brincadeiras populares,

elaboração de coreografias, utilização de materiais alternativos, trabalhos individuais

e em grupo, utilização de meios tecnológicos que a escola oferece e que o professor

dispõe.

AVALIAÇÃO

A avaliação terá o professor atuando como mediador, será o elo para que

se possa interagir na construção da autonomia do sujeito. Será usada técnicas e

instrumentos diversificados, de acordo com as diversidades e possibilidades das

várias turmas e turnos, respeitando as vivencias dos alunos tais como: seminários,

tarefa específica, trabalhos de criação individual e em grupo, pesquisa de

informações, observação espontânea ou dirigida, conversas e debates, relatório,

prova teórica e prática. Também será utilizado a auto-avaliação como um momento

para reflexão do educando sobre as contribuições no seu crescimento profissional e

coletivo, sobre seu próprio desempenho, buscando assim, a mudança da conduta e

posicionamento do educando sobre o processo de construção do conhecimento

contínuo.

Para a recuperação simultânea, primeiramente, será efetuada uma revisão

dos conteúdos, após a verificação que não foram assimilados pelos alunos, podendo

ocorrer a qualquer momento do ano letivo durante as aulas teóricas e práticas.

Quanto aos alunos inclusos será feita uma avaliação diferenciada,

respeitando seu tempo e limitações.

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REFERÊNCIAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de Ensino da Educação Física. São

Paulo: Cortez,1992.

DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA OS ANOS FINAIS

DO ENSINO FUNDAMENTAL E PARA O ENSINO MÉDIO. Governo do Estado do

Paraná, Secretaria do Estado da Educação, Superintendência da Educação,

Curitiba, 2008.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO COLÉGIO ESTADUAL VILA

INDUSTRIAL.

6.5. PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso tem como objeto de estudo, o fenômeno religioso que

compreende um conjunto de fatos, acontecimentos, manifestações e expressões,

tanto de ordem material como espiritual, que envolvem o ser humano na busca e

relação com o Transcendente.

Essa busca pode ter caráter individual e comunitário,

O fenômeno religioso acontece no universo de uma cultura. Tal fenômeno é

inerente ao ser humano e tem como pressuposto a transcendência, a qual está na

raiz de toda produção cultural.

O Ensino Religioso tem em vista o compromisso com a transformação social

histórica diante da vida e da Transcendência.

Como área do conhecimento, favorece a compreensão das diferentes expressões

religiosas, possibilitando uma visão global de mundo e de pessoa. Essa

humanização se constrói nas relações que o ser humano estabelece consigo

mesmo, com os outros, com o mundo e com o Transcendente.

A Educação Religiosa fundamenta-se na fenomenologia religiosa e objetiva

instrumentalizar o aluno com o conhecimento do fenômeno religioso, tendo como

ponto de partida a realidade sociocultural do mesmo, com enfoque centrado no

conhecimento religioso, historicamente produzido e acumulado pela humanidade,

sem perder de vista as questões que se relacionam ao aprendizado da convivência

baseada em valores éticos..

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A mesma tem uma contribuição social e uma função importantíssima na

formação do cidadão. Todavia, o seu conteúdo precisa estar alicerçado na

pluralidade e na diversidade religiosa. Ser multirreligioso é usar uma comunicação

inter religiosa. Sua metodologia precisa estar fundamentada nos princípios da

imparcialidade.

Esse conteúdo está sempre em movimento pelas ações da história.

CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

PAISAGEM RELIGIOSA – SÍMBOLO – TEXTO SAGRADO

CONTEÚDOS BÁSICOS

I – Respeito à diversidade religiosa

• Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

• Declaração universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira, respeito

a liberdade religiosa.

• Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão, direito à liberdade

de reunião e associação pacífica.

• Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado.

II – Lugares sagrados, caracterização dos lugares e templos sagrados lugares de

peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, princípios práticas de

expressão do sagrado nesses locais.

• Lugares da natureza, rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

• Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

III – Textos orais e escritos – sagrados

• Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas

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• Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc), Vedas,

Hinduísmo, tradições orais africanas, afro-brasileiras e ameríndias, alcorão,

Islamismo, etc.

IV – Organizações religiosas

• Compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão

tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características

de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que

expressam as diferentes formas de expressão e de relações com o sagrado.

• Fundadores e líderes religiosos

• Estruturas Hierárquicas, como organizações religiosas mundiais e regionais,

budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan

Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), etc

6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

PAISAGEM RELIGIOSA – SÍMBOLO – TEXTO SAGRADO

CONTEÚDOS BÁSICOS

I - Universo simbólico, os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e

textos

• nos ritos

• mitos

• no cotidiano

• arquitetura religiosa, mantras, parâmetros, objetos, etc

II - Ritos

• Práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por

um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de

um acontecimento sagrado anterior e imitação, serve a memória e a

preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e

também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações

presentes

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• Ritos de passagem

• Mortuários

• Propiciatórios

• Outros

• Danças (Xire),, Candomblé, Kiki (kaigang ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo

Indígena de Colheita, etc.

III – Festas religiosas

• Eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos

diversos, confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

importantes

• Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas,

como a Festa do Dente Sagrado (budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de Iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaísmo), etc.

IV – Vida e morte

• As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado;

• O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas

• Reencarnação

• Ressurreição – ação de voltar a vida

• Alem morte

• Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se

tornam presentes;

• Outras interpretações.

METODOLOGIAS

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, destaca-se a

necessária superação das tradicionais aulas de religião e a inserção de conteúdos

que tratem a diversidade de manifestações religiosas, seus ritos, das suas

paisagens e símbolos, as relações culturais, sociais, políticas e econômicas.

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A partir dessas considerações o ensino religioso tem como objetivo orientar

também a abordagem e a seleção dos conteúdos, uma vez que o Sagrado compõe

o universo cultural humano, fazendo parte da organização de diferentes sociedades.

Propõe-se subsidiar os alunos, por meio de conteúdos, à compreensão,

comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, interpretando seus

múltiplos significados, partindo de abordagens de manifestações religiosas,

manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco

conhecidas dos alunos, para posteriormente inserir os conteúdos que tratam de

manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural da

comunidade.

Isto não significa que significa que as tradições e manifestações religiosas

mais conhecidas ou não, não serão tratadas no currículo de Ensino religioso, Elas

serão objeto de estudos ao final de cada conteúdo tratado, de modo que os

conhecimentos apreendidos de outras manifestações religiosas, constituam-se em

novas referências para se analisar e aprofundar os conhecimentos a respeito das

manifestações já conhecidas ou praticadas pelos alunos ou na comunidade.

AVALIAÇÃO

Esta disciplina não se constitui como objeto de reprovação, bem como não

terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar.

Deste modo, a avaliação no ensino Religioso parte do princípio de inclusão e

não de exclusão. O aluno se auto avalia e é avaliado para tomar consciência do que

já aprendeu, ou seja, sobre os avanços atingidos na aprendizagem e saber onde

deve investir mais esforços para melhorar e superar as dificuldades. E podem ser

usados alguns instrumentos para avaliar os alunos, tais como auto – avaliação,

temas, desenhos, debate, conclusão, textos produzidos pelos alunos, textos para

análises, músicas, livros (mostragens), individual ou coletivo, atividades no caderno

ou outras atividades (painéis, cartazes).

REFERÊNCIAS

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Editora Scipione Ltda, 1994.

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85

COSTELLA, Domenico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In:

DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO – Ensino Fundamental,

versão preliminar, julho 2006.

ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiôes. São paulo:

Martins Fontes, 1992.

JUNQUEIRA, Sérgio, WAGNER, Raul (Orgs) O ensino religioso no Brasil.

Curitiba: Champagnat, 2004.

OLIVEIRA, Maria Antonieta Albuquerque de. Componente Curricular. In. Ensino

Religioso no BrasilJUNQUEIRA, Sérgio, WAGNER, Raul. Curitiba: Champagnat,

2004. p. 119.

OTTO, R. O Sagrado, Lisboa: Edições 70, 1992.

6.6. PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

DO ENSINO MÉDIO

I - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Filosofia gira em torno de problemas e conceitos criados no decorrer de sua

longa história, os quais, devidamente aplicados, geram discussões criativas, muitas

vezes, ações e transformações, um dos objetivos é de oferecer aos estudantes a

possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo e tem

como papel fundamental viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a

compreensão do mundo em todos os aspectos.

Cabe a Filosofia recu12perar a prática reflexiva, questionadora que contribui

para a compreensão de quem somos em que mundo vivemos, quais são as relações

sociais existentes na sociedade, permitindo ampliar a visão de mundo trazida pela

Ciência e outras expressões de cultura, apresentadas na escola como saber escolar.

Ora, a Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que

possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento. O ensino de

Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o

filosofar como atividade indissociáveis que dão vida ao ensino de Filosofia.

Por ser a Filosofia uma disciplina que busca, desvelar a realidade, levando o

indivíduo a criar consciência da sua existência no mundo, como agente histórico,

portanto um ser de relações e em constante transformação é que em 1971, erradica-

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se as Ciências Humanas do currículo e os seus professores, notadamente os de

Filosofia, ficam sem campo de ação.

Após um longo período fora do currículo, é que a Filosofia está voltando para

as escolas, lugar onde nunca deveria Ter saído.

Segundo a nova LDB em seu Artigo 35 a finalidade da Filosofia no Ensino

Médio é “a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos, a preparação

básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo” o

aprimoramento do educando, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico, ...a compreensão dos fundamentos

científicos tecnológicos dos processos produtivos.

Portanto, a Filosofia tem um papel fundamental na formação do cidadão e da

cidadania, deve fornecer elementos para a construção deste. Não se pode pensar

em nenhum homem que não seja solicitado a refletir e agir, isso significa que todo

homem tem (ou deveria Ter) uma concepção de mundo, uma linha de conduta moral

e política, e deveria atuar no sentido de manter ou modificar a maneira de pensar e

agir do seu tempo.

Portanto, a Filosofia assim como as outras disciplinas, têm um papel árduo,

frente aos novos desafios que a sociedade nos apresenta, logo, tem uma

especificidade que se concretiza na relação do estudante com os problemas

suscitados, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio da investigação, no

trabalho em direção a criação de conceitos.

II OBJETIVOS

Oportunizar o exercício de interpretação e reflexão através da compreensão

de elementos da filosofia.

A reflexão filosófica permite ao ser humano uma consciência plena, em cada

momento, de todos os fatores que envolvem cada situação e cada evento de sua

existência, produzir a decisão certa no momento certo e oportuno, com sabedoria, a

partir de valores éticos de respeito a vida em todas as formas

III CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Mito e Filosofia

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- Teoria do Conhecimento

- Ética

- Filosofia Política

- Estética

- Filosofia da Ciência

IV METODOLOGIA

As aulas de Filosofia dar-se-á em quatro momentos: o primeiro deles é a

sensibilização, que pode ser conduzido pelo professor através de inúmeras

atividades, assim como: a leitura de textos, filmes, imagens e músicas, são meios

utilizados para poder iniciar uma aula de Filosofia, com o objetivo de levar o

estudante a pensar e refletir motivando os mesmos a fazer possíveis relações com

sua própria realidade e também com o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.

Isso posto, passamos para o segundo momento, que é a problematização,

trabalho propriamente filosófico, onde de forma conjunta professor e estudantes

levantam questionamentos, formulam conceitos, enfim, identificam problemas.

Problemas estes, que sugerem uma análise profunda e que pode ser estudado por

meio das investigações e que aqui podemos chamar de terceiro momento. Ao

estudante recorrer à teoria e se empenhar na investigação, perceberá diferentes

maneiras de encarar o problema, mesmo que este não encontre soluções, mas ao

menos servirá para que guie ou oriente suas discussões. É importante ressaltar

aqui, que haja uma preocupação em fazer uma análise da atualidade, trazer o

debate para o presente com o objetivo de entender o que ocorre na nossa realidade.

Dessa forma, caminhamos para o último ou quarto momento da aula, que é a

conclusão, depois que o estudante conhece o conteúdo filosófico e relaciona com

seu cotidiano, pode-se dizer que ele possui capacidade para formular conceitos, ter

suas próprias idéias e defender aquilo que pensa, enfim, é neste processo dialógico

que ocorre o ensino-aprendizagem, onde o estudante vai se mostrar preparado para

atuar sobre os problemas de nossa sociedade.

V AVALIAÇÃO

A avaliação se inicia com a observação do que o estudante pensava antes e o

que ele adquiriu durante e após os estudos. Deve ser levada em conta a parte

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prática, isto é, o diálogo com outro, é a partir da discussão que se constroem

conceitos e que só se encontra seu sentido na experiência. O professor pode

propiciar e preparar essas discussões. A avaliação deve ser concebida na sua

função de diagnosticar, ou seja, auxiliar na ação do processo ensino aprendizagem.

No ato de avaliar, alguns aspectos devem ser levados em consideração:

respeito pelas posições dos estudantes, pois o que está em jogo é a capacidade

argumentativa, deve ser levada em conta a capacidade de construção e de tomar

posições, isto é, avaliar qual discurso que o estudante tinha antes e qual é o

discurso depois de ter estudado, jamais o professor pode determinar ou medir, pelo

contrário, deve simplesmente diagnosticar sua capacidade desenvolvida antes e

depois de ter estudado Filosofia.

Portanto, a avaliação deve conceber o educando como o sujeito do processo

educativo e não pode ser tratado como algo estático que ocorre num determinado

momento do processo educacional, mas que se dá no processo contínuo do ensino-

aprendizagem.

VI - REFERÊNCIAS

- ABBAGNANO, Nicola; Dicionário de Filosofia. São Paulo: Cromosete.

- ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: Introdução a Filosofia. 2 ed. São

Paulo: Moderna, 1993.

- CORDI, Cassiano... et al. Para filosofar. 4.ed. São Paulo: Scipione, 2000.

- CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 9.ed. São Paulo: Ática, 1997.

- LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de

metodologia científica. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991.

− SEED, Secretaria de Estado da Educação/ Superintendência da Educação.

Diretrizes Curriculares de Filosofia para a educação Básica. Curitiba, 2006.

6.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PARA O ENSINO DE FÍSICA-

ENSINO MÉDIO

1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física é uma Ciência que tem como objeto de estudo o Universo, sua

evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam. Por alguma

razão, os fenômenos da natureza obedecem a equações matemáticas. Dessa forma,

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o papel do físico consiste em elaborar modelos para os fenômenos expressos em

equações matemáticas.

Até o final do século XIX e inicio do século XX, praticamente toda a Física

conhecida estava concentrada no estudo dos Movimentos, apresentada no Principia

de Newton, e o Eletromagnetismo de Maxwell, cuja síntese manifesta a junção dos

fenômenos elétricos e magnéticos. E ainda, as três leis da Termodinâmica,

formulações ocorridas especialmente com os trabalhos de Mayer Helmholtz e Gibbs,

donde surgiu uma das primeiras formulações para a Conservação da Energia.

No século XVI, a mecânica de Newton uniu os fenômenos celestes e os

terrestres, sendo que suas Leis de Movimento englobam a Estática, a Dinâmica e a

Astronomia. No século XIX, os estudos da Termodinâmica, que tiveram como mote

as máquinas térmicas, unificam os conhecimentos sobre gases, pressão,

temperatura e calor. Ainda no século XIX, Maxwell inclui a Óptica dentro da Teoria

Eletromagnética, concluindo a terceira grande sistematização da Física ao unir os

fenômenos elétricos com os magnéticos e a óptica.

O século XX presenciou grandes avanços no conhecimento dos fenômenos

naturais: o invento do computador, dos modernos meios de comunicação como o

rádio, a televisão, o telefone, e hoje o celular, que cobrem o mundo todo, avanços

que revolucionaram toda a humanidade nas últimas décadas devem suas

descobertas aos físicos e a Física. Os inventos do avião, dos motores, do satélites,

das naves espaciais, tornam o mundo diferente. O desenvolvimento dos estudos do

átomo, chegando-se ao conhecimento íntimo da matéria, à construção dos motores

propulsores atômicos, ao uso atômico na medicina, desencadeou as conquistas da

Física de hoje.

Entende-se que a Física deve educar para cidadania e contribuir para o

desenvolvimento de um sujeito capaz de compreender a beleza da produção

científica ao longo da história. Ao propor um currículo de Física para o Ensino Médio

deve-se ir além do domínio dos aparatos tecnológicos para que não haja prejuízo da

abordagem dos conteúdos científicos, históricos e filosóficos, pois a educação

científica, indispensável à participação política, deve capacitar os estudantes para

uma atuação social histórico- crítica, sob o horizonte de transformação de sua vida e

do meio que o cerca. (SEED, 2008).

A Física é uma ciência que trabalha com modelos que demostram uma

aproximação do real, e não exatamente o real.

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2. CONTEÚDOS, ESTRUTURANTES E BÁSICOS

− Movimento

− Termodinâmica

− Eletromagnetismo

− Conteúdos Básicos

− 1ª Série

− Movimentos

− Momentum e inércia

− Conservação de quantidade de movimento (momentum)

− Variação da quantidade de movimento: impulso

− 2ª Lei de Newton- Princípio fundamental da Dinâmica

− 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

− Gravidade

− Energia e o Princípio da Conservação da energia

− Variação/transformação da energia de parte de um sistema- trabalho e

potência

− Fluidos

− 2ª Série

− Movimento

− Oscilações

− Termodinâmica

− Leis da Termodinâmica:

− Lei zero da Termodinâmica

− 1ª Lei da Termodinâmica

− 2ª Lei da Termodinâmica

− 3ª Lei da Termodinâmica

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− 3ª Série

− Eletromagnetismo

− Carga, corrente elétrica, campo

− Força eletromagnética

− Equações de Mxwell:(lei de Gauss, lei de Coulomb para eletrostática), lei de

Ámpere, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday.

− Óptica

3.METODOLOGIA

− A Física vem sendo estudada de maneira desconectada do mundo e vem se

dando mais ênfase a quantidade de conteúdo visto pelo aluno do que a qualidade

desse conteúdo. Desta forma esses conteúdos ficam desvinculados da realidade do

educando, fazendo com que ele não aprenda, ou não se torne significativo para ele

a aprendizagem de Física.

Não podemos esquecer, e talvez tenha sido este o grande erro, de que esse

conhecimento científico é parte da construção humana e que uma abordagem

histórica é útil e rica, auxiliará o aluno a reconhecer a ciência como o objeto humano,

tornando o conteúdo científico mais interessante e compreensível, mais perto da

condição real do aluno e do homem que constrói historicamente o que conhece. Se

faz necessário traçar um paralelo entre a história e a ciência. Ciência como parte da

realidade e que se relaciona com outras atividades humanas, transformando a Física

como algo compreensível.

Desta forma será possível mostrar que a Física é uma construção coletiva, os

conceitos físicos devem estar aliados “ a história”. “Ciência como construção

humana- reflete visões de uma época”. Assim o aluno não terá a impressão de que

a Física é um conhecimento pronto e acabado, que se desenvolveu graças a alguns

gênios, como se o conhecimento surgisse do nada.

− O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está

pronto e acabado, mas que deve ser superado. Muitas das ideias dos estudantes já

foram consideradas pelos cientistas, pois também o conhecimento científico não se

constitui em uma verdade absoluta e definitiva.

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− Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados na

busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o

conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,

integram, modificam e enriquecem o saber já existente, inclusive com a

possibilidade de substituí-lo.

O Papel dos Livros Didáticos no Ensino de Física

O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do

professor como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência,

assim como a de outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho

pedagógico, responsabilidade do professor. Em outras palavras, o pedagogo do livro

deve ser o professor e não o contrário. O professor é quem sabe quando e como

utilizar o livro didático.

Os Modelos Científicos e o Ensino de Física

A Ciência surge na tentativa de decifrar o universo físico e é

determinada pela necessidade humana de resolver problemas e demandas

materiais nas diversas épocas, por isso é histórica e contribui para a formação de

uma visão de mundo.

O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos:

um teórico e um experimental. Em ambos, o objetivo é estabelecer um “modelo” de

representação da natureza ou de um fenômeno. No teórico, é feito um conjunto de

hipóteses, acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto de

equações deve permitir que se façam previsões, podendo, às vezes, receber o apoio

de experimentos em que se confrontam os dados coletados com os previstos pela

teoria.

Entender os modelos científicos, suas possibilidades e limitações, pode ajudar os

docentes de Física a extrapolar o senso comum levando-os à rejeição do argumento

de que para aprender Física o pré-requisito é saber Matemática.

− Resolução de Problemas

− A resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses

além das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de

um valor para obter um valor numérico de grandeza.

− Isso pode ser obtido através da resolução literal em contrapondo a

resolução matemática. Ou seja, primeiro o estudante deve encontrar a

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93

relação entre todas as grandezas físicas envolvidas- uma expressão

matemática literal para depois buscar um valor.

− Sobre o Uso da História no Ensino de Física

− A História da Ciência contribui para dois importantes aspectos da

formação do professor, conforme Martins (1990): sua competência científica,

isto é, o domínio dos conteúdos que leciona; e sua competência didática, que

contribui para que ele tenha uma concepção de ciência para além do

resultado nas aulas, em que, muitas vezes, transmitem-se doutrinas e não se

propicia o ensino de ciência, ao negá-la como construção humana.

− O Papel da Experimentação no Ensino de Física

− Os experimentos podem suscitar a compreensão de conceitos ou a

percepção da relação de um conceito com alguma ideia anteriormente

discutida. Neste último caso, a atividade experimental precisa contribuir para

que o estudante perceba, além da teoria, as limitações que esta pode ter.

Ainda, privilegiam o confronto entre as concepções prévias do estudante e a

concepção científica, o que pode facilitar a formação de um conceito

científico. Mesmo as dificuldades e os erros decorrentes das experiências de

laboratório devem contribuir para uma reflexão dos estudantes em torno do

estudo da ciência.

− Leituras Científicas e Ensino de Física

− O texto não deve ser visto como se todo o conteúdo do processo

pedagógico estivesse nele presente, mas como instrumento de mediação

entre aluno-aluno e aluno-professor, a fim de que surjam novas questões e

discussões. De fato, os leitores não são iguais, carregam em si histórias de

vida diferentes e diversas leituras, ou, eventualmente nenhuma a respeito do

tema em questão. Cabe ao professor ficar atento na hora de selecionar esse

material.

− Para tal seleção, o professor deve considerar ainda a realidade social e

cultural onde a escola está inserida, sem esquecer que é, ela sobretudo,

espaço de trabalho com o conhecimento e que, também, produz o

conhecimento escolar.

− As Tecnologias no Ensino de Física

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− Faz-se necessário uma reflexão crítica do docente quanto ao uso de um

recurso tecnológico e a forma de incorporação à sua ação pedagógica. A

partir daí se estabelece o uso de um recurso tecnológico em função do

conteúdo a ser ministrado e do contexto escolar.

− A Informática na Educação

− O uso da internet, por exemplo, implica selecionar, enfim, tomar decisões

sobre o que é relevante. Por isso, sempre que o estudante navegar, o

professor deve auxiliá-lo, mostrar caminhos para selecionar uma informação

considerada segura, pois nem todos os textos encontrados nos diversos sítios

da web podem ser utilizados em sala de aula. Ao navegar na rede encontram-

se, também, excelentes imagens para o ensino de Física.

− Qualquer que seja o recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de

acordo com o planejamento da disciplina feito pelo professor. O computador,

o livro, a TV, o filme, são meramente instrumentos e recursos para o ensino e

não substituem o professor.

4.AVALIAÇÃO

− A Avaliação na Disciplina de Física deverá contemplar os diferentes

momentos de aprendizagem servindo como um instrumento que orienta a

prática do professor e possibilitando ao aluno rever sua forma de estudar,

contribuindo para a aprendizagem e possível intervenções, seguindo as

normas previstas na Proposta Pedagógica e Regimento Interno da Escola, ou

seja, a apropriação dos conceitos, leis e teorias que compõem o quadro

teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o acompanhamento

constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos aspectos

históricos, filosóficos e culturais, a evolução das ideias em Física e à não

neutralidade da ciência.

− A avaliação será realizada em função dos conteúdos trabalhados,

utilizando métodos e instrumentos diversificados.

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− O resultado da avaliação deverá proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que o colégio possa

reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

− O professor deverá avaliar os trabalhos coletivos ou individuais. A

nota trimestral será obtida somando- se a avaliação dos trabalhos que

equivale 30% com nota das avaliações trimestrais relativas a provas escritas

ou outros instrumentos, que equivale a 70%. O professor tem autonômia de

usar diversos critérios na formulação de suas avaliações, sem se esquecer de

assegurar a qualidade do ensino.

− A avaliação, após ser realizada, deverá ser corrigida pelo professor

e revisada com os alunos para que entendam seu erro, oportunizando-lhes

saber qual seus avanços e retomando o que não aprendeu.

− A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente

do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, dar-se-á maior atenção

aos alunos que não atingiram este nível. A avaliação de recuperação será

ministrada logo após a avaliação, com retomada de conteúdos. A avaliação

de recuperação deverá ser especificada em seu cabeçalho e após corrigida,

assinada pelos pais ou responsáveis, sendo arquivada na escola por um ano,

para possíveis consultas.

− A avaliação terá espaço num trabalho educativo, priorizando a

aprendizagem e o desenvolvimento do aluno de uma maneira dinâmica e

responsável. Assim, a avaliação pode ser considerada um diagnóstico dos

resultados intermediários ou finais estando a ciência pedagógica hoje,

suficientemente amadurecida para oferecer subsídios a condução de uma

prática educativa capaz de levar à construção de resultados significativos da

aprendizagem manifestando- se em prol do desenvolvimento do educando.

− Quanto a educação ambiental, a história e cultura Afro e Indígena

por serem temas atuais de grande relevância, serão abordados dentro de

vários conteúdos básicos de Física, principalmente que se referem ao

estruturantes e dimensão sócio ambiental, cultural. Em alguns conteúdos de

determinadas séries serão trabalhados e avaliados na nota trimestral.

REFERÊNCIAS

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96

PARANÁ / SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio –

Documento elaborado para Elaboração do Projeto. Curitiba Seed, 1994.

− PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Física para o ensino médio. Curitiba:

Seed, 2008.

− PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO COLÉGIO ESTADUAL VILA

INDUSTRIAL.

6.8.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A geografia é uma ciência natural e humana, que faz com que, o professor e o

aluno tenham uma visão geral do nosso mundo. Ela tem a responsabilidade de

demonstrar a realidade do espaço físico e humano, e fazer com que o aluno entenda

a transformação que ocorreu no espaço, desde o menor até o maior espaço da

natureza e do ser humano, onde ele utiliza e transforma. Na geografia o aluno deixa

de ser passivo para participar da construção dos conceitos, ele não deve meramente

ouvir e repetir, mas principalmente ler, pesquisar, dialogar, desenhar, interpretar

mapas ou fotos, estabelecer as ligações entre o conhecimento científico e sua vida

cotidiana.

As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das

estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de

organização. Observar as estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da

natureza, a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes

marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância entre o período seco e

chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses conhecimentos

permitiram às sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em

benefício próprio.

A geografia tem como objetivo mostrar a realidade do mundo e fazer com que

o aluno compreenda os acontecimentos de seu mundo, e tenha a possibilidade de

refletir, entender e transformar.

A concepção de Geografia passou por diferentes momentos, gerando grandes

reflexões distintas acerca dos objetos e métodos do pensar e do fazer geográfico.

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O lugar deixou de ser simplesmente o espaço em que ocorre interação entre

o homem e a natureza para incorporar as representações teóricas que constroem

juntamente com a materialidade dos lugares, e com as quais também interagem.

Existe novamente uma preocupação em recuperá-lo no interior de uma nova

Geografia que trabalha esse conceito enriquecido pelas posições teóricas

humanistas.

As desigualdades no desenvolvimento entre lugares e territórios originavam-

se no interior das classes sociais e nas formas de alianças que estabeleciam entre

si.

É inegável a contribuição do marxismo para o aluno compreender e explicar o

processo de produção do espaço. É por meio da lógica dialética que se chega a

compreender as desigualdades na distribuição da renda e da riqueza que se

manifestam no espaço, pelas contradições entre o espaço produzido pelo

trabalhador e aquele de que ele se apropria, tanto no campo como na cidade

(produção coletiva e apropriação individual).

É muito importante que o aluno compreenda as diferentes formas de

organização espacial, no contexto da ocupação sócio econômica inserida no meio

rural e urbano para produzir bens e serviços na circulação do processo produtivo.

Trabalhando com as contradições do sistema capitalista.

Os alunos convivem no seu cotidiano com várias representações e

significados que são construídos no imaginário social de cada um. Acreditamos que

trabalhar com o imaginário do aluno no estudo do espaço é facilitar a interlocução e

compreender o significado que as diferentes paisagens, lugares e coisas têm para

ele.

Compreender o que é território implica também compreender a complexidade

da convivência, nem sempre harmônica, em um mesmo espaço, da diversidade de

tendências, idéias, crenças, sistema de pensamentos e tradições de diferentes

povos e etnias que se influenciam reciprocamente.

É importante a interação da Geografia com outros campos do saber, como a

Antropologia, a Sociologia, a Biologia, as Ciências Políticas e outros, trabalhando

tanto as relações sócio-culturais da paisagem como os elementos físicos e

biológicos que dela fazem parte, investigando as múltiplas interações entre eles

estabelecidas na constituição dos lugares e territórios.

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98

A Geografia é uma disciplina comprometida em tornar o mundo

compreensível, explicável e passível de transformações, identificando-se com os

conhecimentos considerados como questões emergências para a conquista da

cidadania, proporcionando a possibilidade de compreender sua própria posição no

conjunto de interações entre sociedade e natureza.

O espaço na Geografia é considerado uma totalidade dinâmica em que

interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos. Por ser dinâmica, ela

transforma-se ao longo da história e as pessoas redefinem suas formas de viver e

de percebê-las.

A Geografia ainda possibilita a compreensão do aluno sobre sua posição no

conjunto das relações da sociedade com a natureza. Também permite que adquiram

conhecimentos para compreender as atuais redefinições do mundo em que vivem e

percebam a relevância de uma atitude de solidariedade e de comprometimento com

o destino das futuras gerações.

Seus objetivos de estudo e método possibilitam que se compreenda o avanço

na tecnologia, na ciência e na arte como resultantes de trabalhos e experiência na

coletividade da humanidade.

ENSINO FUNDAMENTAL

Geografia 5ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão socioambiental do

espaço geográfico

• Tempo e espaço

• Formação e transformação das paisagens naturais

• A sociedade moderna e o espaço

• cartografia: leitura e interpretação de mapas;

• Maneiras de se orientar no espaço geográfico;

• As várias maneiras de representar o espaço;

• Os Movimentos da Terra no Universo e suas influências na

organização do Espaço Geográfico;

• Litosfera: Rochas e Minerais, constituição dos solos, placas

tectônicas, formas de relevo,alterações e desafios para

sustentabilidade;

• A superfície Terrestre: impactos sócio-ambientais e suas

influências na organização do Espaço Geográfico;

• Hidrosfera: rios e Bacias Hidrográficas,oceanos e mares,

alterações, poluição e desafios para sustentabilidade.

• Atmosfera: camadas, tempo e clima, fenômenos atmosféricos,

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massas de ar e climas

• Biosfera:Os grandes biomas mundiais

• Sistemas de energia;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e produção

Geografia-6ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão cultural demográfico do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

A construção do espaço geográfico;

Sociedade Moderna e Estado;

Sociedade moderna e economia;

Formação do território brasileiro: suas diversas reconfiguraçoes;

Atividades Industriais;

Caracterização do espaço urbano;

Caracterização do espaço rural;

Comunicação, comércio e transportes;

Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no

Espaço Geográfico;

Fluxos migratórios mundiais;

Formaçoes e conflitos étnicos, étnicos-religiosos e gênero( disputas

territoriais e culturais entre Brancos e Índios);

Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e

econômicas;

Composição demográfica regionais e nacionais;

Identidade nacional e processo de globalização;

Emprego, renda e situação econômica do País, da região e

do lugar.

Regionalização do espaço brasileiro contemporâneo;

Características gerais do Nordeste;

Características gerais do Centro-Sul;

Amazônia: complexo mundial da biodiversidade.

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Geografia 7ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfico

Dimensão cultural

demográfico do espaço

geográfico

Dimensão sócio-ambiental

do espaço geográfico

Continentes: fatores que influenciaram em suas formações e suas

características físicas (clima, relevo, hidrografia, vegetação e solo

ou pedogênese).

Regionalização do espaço Mundial;

Conflitos e suas influências na organização e configuração espacial;

Organizações internacionais e suas influências nas transformações

do Espaço Geográfico;

Neoliberalismo: suas características e influência na organização e na

configuração de/o Espaço Geográfico;

Movimentos sociais locais e globais: A formação dos micro-territórios;

América Latina e suas divisões regionais: formação histórica, suas

diferentes etnias( indígenas, europeus e africanos), diferenças

econômicas, sociais e culturas;

África e seus conjuntos regionais;

Ásia e suas peculiaridades, bem como suas divisões.

Geografia 8ª Série

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do

espaço geográfico

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

• As diversas formas de regionalizar o espaço geográfico.

• Países do Norte e países do Sul.

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o

papel do Estado.

• Europa,japão, Estados Unidos e Canadá, Austrália e Nova

Zelândia: características gerais.

• A revolução técnico-científico-informacional e os novos

arranjos do espaço de produção.

• Globalização e suas influências na configuração do espaço

geográfico.

• O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais.

• A formação e a mobilidades das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da

paisagem e a organização do espaço geográfico.

• O espaço em rede:produção, transporte e comunicações na

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Dimensão sócio-ambiental

do espaço geográfico

atual configuração territorial.

• A dinâmica da natureza e suas alterações pelo emprego de

tecnologias de exploração e produção.

• A evolução demográfica da população, sua distribuição

espacial e os indicadores estatísticos.

• A mobilidade populacional e as modificações sócio-espaciais

da diversidade cultural.

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS ENFOQUE SEGUNDO OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfica Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão sócio­ambiental do espaço geográfico

• Representação cartográfica do espaço geográfico 

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. 

      ­ A dinâmica da Terra       ­ As dinâmica das águas       ­ A dinâmica da atmosfera

As grandes paisagens naturais da Terra; 

A formação e transformação das paisagens. 

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico

A formação, localização e exploração dos recursos naturais.  

      ­ Recursos naturais 7) A revolução técnico­científica­informacional e os novos arranjos no espaço da produção;

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL • Água (recurso natural, 

poluição...) • Solos (produção agrícola, 

desertificação...) • Vegetação: desmatamento, 

questões climáticas; • Fenômenos climáticos (locais, 

regionais, globais). •

DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA

Conceitos de lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade. 

Ocupação humana do planeta (distribuição demográfica);

DIMENSÃO ECONÔMICA Recursos renováveis e não renováveis;  Recursos naturais (extrativismo animal, vegetal e mineral);  Recursos energéticos (produção de energia);  Solos: produção agrícola;

 DIMENSÃO POLÍTICA Desenvolvimento sustentável: movimentos e mobilizações.

2ª SÉRIE

CONTEÚDOS 

ESTRUTURANTES

 

CONTEÚDOS BÁSICOS 

ENFOQUE   SEGUNDO   OS 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão   econômica   do   espaço  • A evolução demográfica, DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL 

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102

geográfico

Dimensão   política   do   espaço 

geográfica

Dimensão cultural demográfica do 

espaço geográfico

Dimensão   sócio­ambiental   do 

espaço geográfico

a distribuição espacial da 

população   e   os 

indicadores estatísticos. 

­ Teorias demográficas

• As   diversidades   sócio­

culturais da população e 

suas marcas na paisagem 

e no espaço; 

− Os   movimentos 

migratórios   e   suas 

motivações. 

3. A   mobilidade 

populacional   e   as 

manifestações   sócio­

espaciais   da   diversidade 

cultural. 

4. O   espaço   rural   e   a 

modernização   da 

agricultura. 

5. As   relações   entre   o 

campo   e   a   cidade   na 

sociedade capitalista. 

6. A   formação   e   o 

crescimento das cidades, 

a   dinâmica   dos   espaços 

urbanos e a  urbanização 

recente. 

7. Os   movimentos   sociais, 

urbanos   e   rurais,   e   a 

apropriação do espaço. 

8. O   comércio   e   as 

implicações   sócio­

espaciais. 

A   produção   do   espaço 

mundial; 

Movimentos e mobilizações; 

• O uso da água no meio urbano; 

• A   poluição   dos   rios   pelos 

dejetos urbanos; 

• Ocupação urbana de encostas e 

várzeas; 

• Políticas   públicas   e 

saneamento   básico   nas 

cidades; 

• O lixo urbano; 

• Poluição nas cidades. 

• O uso da água no meio rural; 

• O uso de agrotóxicos; 

• Desmatamento no campo; 

• Desertificação dos solos; 

• Políticas   públicas   ambientais 

para o campo; 

• Desenvolvimento sustentável. 

 

DIMENSÃO   CULTURAL   E 

DEMOGRÁFICA

Estrutura   e   distribuição   da 

população 

Indicadores demográficos; 

Movimentos populacionais; 

Etnias, religiões e cultura; 

Índices demográficos; 

Crescimento populacional; 

Migrações internacionais; 

Teorias demográficas. 

Movimentos   migratórios   e 

ocupação urbana; 

Movimentos sociais urbanos; 

As  relações  étnicos­raciais  no 

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ambiente urbano; 

Os sistemas de cultivo; 

Movimentos   migratórios   e 

ocupação rural; 

Movimentos sociais rurais; 

Reforma agrária. 

DIMENSÃO ECONÔMICA

Desigualdades regionais; 

Bolsões de pobreza; 

Migrações   por   razões 

econômicas; 

Desigualdades   sócio­

econômicas e espaço urbano; 

Crescimento   desordenado   das 

cidades; 

Industrialização e os processos 

de urbanização; 

Ocupação do solo urbano; 

As relações urbano­rurais; 

O   modo   de   produção 

capitalista no campo; 

Os   sistemas   agrários   e   a 

propriedade rural; 

Desigualdades   sócio­

econômicas no espaço rural; 

Revolução   tecnológica   no 

campo; 

Agroindústria no campo; 

O agro negócio. 

Políticas   internacionais 

voltadas para a agricultura; 

Cooperativismo rural; 

Conflitos rurais. 

DIMENSÃO POLÍTICA

Migrações internacionais; 

Conflitos étnicos e culturais. 

As cidades globais 

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Os micro­territórios urbanos; 

A hierarquia das cidades. 

Rede urbana. 

Conflitos urbanos. 

3ª SÉRIE

CONTEÚDOS 

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS  ENFOQUE   SEGUNDO   OS 

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESDimensão   econômica   do   espaço 

geográfico 

Dimensão   política   do   espaço 

geográfica 

Dimensão cultural demográfica do 

espaço geográfico 

Dimensão   sócio­ambiental   do 

espaço geográfico

1. O   espaço   em   rede: 

produção,   transporte   e 

comunicação   na   atual 

configuração territorial. 

2. A circulação de mão­de­

obra,   do   capital,   das 

mercadorias   e   das 

informações 

3. Formação,   mobilidade 

das   fronteiras   e   a 

reconfiguração   dos 

territórios 

4. As   diversas 

regionalizações   do 

espaço geográfico. 

5. As   implicações   sócio­

espaciais do processo de 

mundialização. 

6. A nova ordem mundial, 

os   territórios 

supranacionais e o papel 

do Estado. 

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL 

Políticas   ambientais 

internacionais; 

A   produção   industrial   e   os 

impactos ambientais; 

Interesses   econômicos   e   a 

questão ambiental; 

DIMENSÃO   CULTURAL   E 

DEMOGRÁFICA

Conflitos   étnico­culturais   no 

mundo contemporâneo; 

Nacionalismo e separatismo; 

Conflitos   na   América   Latina, 

África e Ásia; 

Migrações internacionais; 

Os sistemas  sócio­econômicos 

no mundo contemporâneo; 

Indicadores   de 

desenvolvimento   econômico  e 

social; 

DIMENSÃO ECONÔMICA

Formação   de   blocos 

econômicos; 

As empresas transnacionais; 

Globalização  de  mercados,  da 

produção   e   das   relações   de 

trabalho. 

As   empresas   transnacionais 

(origem, formação, expansão). 

Mercado   consumidor   e 

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sistemas de crédito. 

Mercado de capitais 

DIMENSÃO POLÍTICA

Tipos de estados nacionais; 

A   Guerra   Fria   e   seus 

desdobramentos   no   espaço 

mundial; 

Redefinições de fronteiras; 

Demarcação   de   territórios 

indígenas; 

A circulação de pessoas, bens e 

capitais no mundo globalizado; 

Barreiras   comerciais   e   de 

circulação de pessoas.

METODOLOGIA

No desenvolvimento das aulas, o tratamento metodológico assume o papel

relevante no ensino da Geografia, uma vez que se torna imprescindível ao professor

realizar um trabalho criativo com aulas não só de modelo tradicional como aulas

inovadoras, com auxílio da tecnologia, fugindo um pouco das atitudes padronizadas

do cotidiano escolar que elimina a multiplicidade de ações.

O papel do professor frente a estas novas tecnologias nas interações

educativos é fundamental, ora de criador e orientador de desafios perante os

conteúdos propostos, que por sua vez poderão estar revelando a realidade do

mundo do aluno.

O espaço apropriado para a interação dos fatores envolvidos na

aprendizagem desde o campo da efetividade, o nível de maturidade e a

individualidade, o nível de conhecimentos prévios, a natureza do espaço físico e dos

materiais e recursos didáticos é a sala de aula que deverão ser propiciadas as

condições para:

Que seja desenvolvido um clima de aceitação e respeito em que erro seja

encarado como desafio para o aprimoramento do conhecimento e construção de

personalidade e que todos se sintam seguros e confiantes para pedirem ajuda.

Considerando o objeto de estudo de geografia (Espaço Geográfico) os

principais conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes bem como, seus

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conteúdos básicos e específicos, cabem apontar que os mesmos devem ser

abordados no ambiente escolar de forma crítica e dinâmica, integrando teoria,

prática e dinâmica, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos aqui

propostos, utilizando-se a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando

assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice –

versa, sendo utilizado para tal, além do livro didático para o embasamento científico

dos conteúdos, pesquisas bibliográfica, trabalho em grupo, pesquisa de campo,

utilização de fitas de vídeo e imagens ( TV Multimídia ), trabalhos com mapas,

gravuras, artigos, debates.

Quanto à educação ambiental, a história e cultura Afro e Indígena por serem

temas atuais de grande relevância, serão abordados dentro de vários conteúdos

básicos da geografia, principalmente no que se referem ao estruturantes e dimensão

sócio ambiental, cultural e demográfica do espaço geográfico. Em alguns conteúdos

de determinadas séries serão trabalhados e avaliados na nota trimestral.

AVALIAÇÃO

A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo professor,

a avaliação deverá ser contínua, para perceber os avanços e dificuldades dos

alunos no processo de apropriação do conhecimento. Para que isso aconteça , o

professor deve acompanhar a realização das atividades desenvolvidas pelos alunos

e também observar o avanço estabelecido pelos mesmos entre o conhecimento

obtido na escola e o conhecimento cotidiano, possibilitando que o aluno, assim

construa seu próprio conhecimento, (conhecimento empírico) com o conhecimento

escolar (conhecimento científico), com a junção deste dois conhecimentos o aluno

fica apto a desenvolver seu próprio conhecimento (conhecimento cognitivo); assim

se faz necessário aprendendo como se dá a contextualização na prática, envolvendo

a realidade do aluno.

A avaliação no ensino de Geografia é num processo contínuo e cumulativo,

utilizando-se de vários meios como: pesquisas de campo, trabalhos individuais e

coletivos, seminários, filmes, documentários, fotografias, mapas, cartazes, painéis,

croquis, produções de textos, músicas, coletânea de reportagens, projetos, visitas e

Internet, trabalhos com mapas, vídeo, provas e pela própria participação do aluno

em sala de aula.

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Dessa maneira, o professor percebe se o aluno apropriou-se dos

conhecimentos para compreender a dinâmica em que interagem os fatores naturais,

sociais, econômicos e políticos no cotidiano de cada um.

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia, versão preliminar, Julho,

2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola

pública do Paraná. 3° ed. Curitiba, 1997.

Livros didáticos: 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries – Geografia Crítica de J. Willian Vesentini e

Vânia Vlach.

Livros didáticos: 1º, 2º e 3º séries – Geografia Geral e do Brasil de Lúcia Marina e

Tércio.

6.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

A História tem como objetivo de estudos e processos históricos relativos às

ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os

sujeitos deram as mesmas. Já as relações humanas produzidas por estas ações

podem ser definidas como estruturas sócio-históricos, ou seja, são as formas de

agir, de pensar ou raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto de se

relacionar social, cultura e politicamente.

A produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador possui um

método específico, baseado na explicação e interpretação dos fatos do passado. A

problematização construída a partir dos documentos e da experiência do historiador,

produz uma narrativa histórica histórica que tem como desafio contemplar a

diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas

relações.

A finalidade da História é expressa no processo de produção do

conhecimento humano sob a forma de consciência histórica dos sujeitos. É voltada

para a interpretação dos sentimentos do pensar histórico dos mesmos, por meio da

compreensão da provisoriedade deste conhecimento. O conhecimento histórico

possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação, construída a partir

de experiências dos sujeitos.

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Ao tratar o conhecimento histórico como resultado do processo de

investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar

diferentes sujeitos históricos e suas relações, abre-se inúmeras possibilidades de

reflexões e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que se tornam

mais abrangente.

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE – OS DIFERENTES SUJEITOS, SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Relações de poder, trabalho e cultura

CONTEÚDOS BÁSICOS

1) A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade:

o tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as

relaçoes humanas no tempo)

O local e o Brasil

* O aluno e suas percepções do tempo histórico (temporalidades e peiodizações):

memórias e documentos familiares e locais;

* O aluno e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer,

esporte, escola, cidade, estado, país e mundo).

A relação com o mundo

A formação do pensamento histórico:

* Os vestígios humanos: os documentos históricos.

* O surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, arquivos,

monumentos, espaços públicos, privados e sagrados.

* As diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e industriais.

* As formas de periodização: eras, eventos significativos, etc.

2) Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias

O local e o Brasil

* Os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs,

xoklengs e tupi-guaranis;

* Colonizadores portugueses e suas culturas na América e no território paranaense;

* Os povos africanos e sua cultura no Brasil e no Paraná;

* Os imigrantes europeus e asiáticos e sua cultura no Brasil e no Paraná:

* A condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná.

A relação com o mundo

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• O surgimento da humanidade na África e a diversidade cultural na sua

expansão: as teorias sobre seu aparecimento;

• As sociedades comunitárias;

• As sociedades matriarcais e patriarcais;

• O sisgnificado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas.

3) A cultura local e a cultura comum: cultura popular, festas e religiosidades; a

constituição do pensamento científico; as formas de representação humanas;

a oralidade e a escrita; as formas de se narrar a história.

O local e o Brasil

* Os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses;

*As manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas,

rituais e as festividades religiosas;

• Pinturas rupestres e sambaquis no Paraná:

• A produção artística e científica paranaense.

A relação com o mundo

* Pensamento científico: antiguidade grega, romana e Europa Moderna;

* A formação da arte moderna;

* As relações entre cultura oral e escrita: a narrativa histórica.

* Civilizações fluviais, Mesopotâmia, Egito, China e Índia;

• Fenícios e Hebreus.

6ª SÉRIE – A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DOS MUNDOS RURAL E URBANO E

A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Relações de poder, trabalho e cultura.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1) As relações de propriedade: a propriedade coletiva, a propriedade pública, a

propriedade privada; a terra.

O local e o Brasil

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* A propriedade coletiva entre os povos índigenas; quilombolas, ribeirinhas, ilhéus e

faxinais no Paraná;

* A família e o espaço privado: a sociedade patriarcal brasileira; a constituição do

latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e republicano;

* As reservas naturais e índigenas no Brasil; a reforma agrária no Brasil; a

propriedade da terra nos assentamentos; a constituição do espaço público da

antiguidade na pólis grega e na sociedade romana; a reforma agrária na antiguidade

greco-romana; a sociedade coletiva nas sociedades pré-colombianas.

A relação com o mundo

• A consttuição do espaço públicoda antiguidade na pólis grega e na sociedade

romana;

• A reforma agrária na antiguidade greco-romana;

• A propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas.

2) O mundo do campo e o mundo da cidade

O local e o Brasil

* As primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das câmaras municipais;

* Os engenhos coloniais; a conquista do sertão; as missões jesuíticas; a Belle

Époque tropical; modernização das cidades; cidades africanas e pré-colombianas.

A relação com o mundo

* As cidades na antiguidade oriental, nas sociedades antigas e clássicas;

* A ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeu;

* A constituição dos feudos (Europa ocidental, Japão e sociedades da África

meridional); glebas servis (Europa Ocidental).

* As transformações do feudalismo europeu;

* O crescimento comercial e urbano na Europa.

3) As relações entre o campo e a cidade

O local e o Brasil

* As cidades mineradoras; as cidades e o troperismo no Paraná;

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* Os engenhos da erva mate no litoral e no Primeiro Planalto.

A relação com o mundo

• Relações campo-cidade no Oriente; as feiras medievais; o comércio com o

Oriente; os cercamentos na Inglaterra moderna; o início da indistrialização na

Europa; a reforma agrária na América Latina no século XX.

4) Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade

O local e o Brasil

• A relação entre senhores e escravos; o sincretismo religioso (formas de

resistência afro-brasileira;

• As cidades e as doenças; a aquisição da terra e da casa própria; o MST e

outros moviventos pela terra; os movimentos culturais camponeses e urbanos

no Brasil republicano nos séculos XIX,XX e XXI.

A relação com o Mundo

• A peste negra e as revoltas camponesas

• As culturas teocêntrica e antropocêntrica

• As manifestações culturais na América Latina África e Ásia

• As resistências no campo e nas cidades América Latina e Continente Africano

• A história das mulheres orientais, africanas e outras.

7ª SÉRIE – O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Poder, Trabalho e Cultura

CONTEÚDOS BÁSICOS

1) História das relações da humanidade com o trabalho

O local e o Brasil

• Sociedade Patriarcal e Escravocrata

• Mocambos/Quilombos as resistências na colônia

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• Remanescentes de Quilombos

A relação com o Mundo

• A história do trabalho nas primeiras sociedades humanas

• o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita

• O trabalho assalariado

2) O trabalho e a vida em sociedades

O local e o Brasil

• A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Imério

• Abusca pela cidadania no Brasil Império

• Os saberes nas sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam

as tradições

• Corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom

trabalhador

• A independência do Brasil

Primeiro e Segundo Reinado

A relação com o Mundo

• Os significados do trabalho na Antiguidade Oriental e Antiguidade

Clássica

• As três ordens do imaginário feudal

• As corporações de ofício

• O entretenimento na corte e nas feiras

• O nascimento das fábricas e a vida cultural ao redor

3) O mundo do trabalho

O local e o Brasil

• A desvalorização do trabalho

• O latifúndio no Paraná e no Brasil

• A sociedade oligárquico-latifundiária

• A vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as contradições

da modernização

• a época de ouro no Brasil.

A relação com o Mundo

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• A produção9 e a organização social capitalista

• A ética e moral capitalista

• A Revoluçãp Industrial.

4) As resistências e as conquistas de direito

O local e o Brasil

• O movimento sufragista feminino

• A discriminação racial e linguística (o caipira no contexto do capital)

• As congadas como resistência cultural

• A consciência negra e o combate ao racismo

• Movimentos sociais e emancipacionistas

• Os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná

A relação com o Mundo

• O movimento sufragista

• A Declaração dos Direitos do homem e do Cidadão (Revolução Francesa)

• O ludismo

• A Constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadores

• Os homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneosA

Inglaterra absolutista e as treze colônias

• A Independência dos Estados Unidos

8ª SÉRIE – RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO

ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de poder, trabalho e cultura.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1) A formação das instituições sociais: As instituições políticas ; as

instituições religiosas; as institucionais culturais; as instituições civis.

O local e o Brasil

• A formação do cacicado nas sociedades índigenas do Brasil;

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• A igreja católica e as reduções jesuíticas na América portuguesa; as

irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesa; o

surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus,

arquivos, escolas e universidades do Brasil; a formação dos sindicatos no

Brasil, as associações e clubes esportivos.

A relação com o mundo

• A instuição da igreja no Império Romano; as ordens religiosas católicas; as

guildas e as corporações de ofício na Europa Medieval; o surgimento dos

bancos, escolas e universidades medievais; a organização do poder entre os

povos africanos; a formação das associações de trabalhadores e dos

sindicatos do Ocidente; o surgimento das empresas transnacionais e

instituições internacionais (ONU, FMI, OMC, FIFA, Olimpíadas).

2) A formação do estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e

democracia); os poderes do Estado.

O local e o Brasil

• As relações entre o poder local e o Governo Geral na América portuguesa; os

quilombos na América; o movimento anarquista, comunista e tenentista no

Brasil.

• O Brasil nas guerras Mundiais; os movimentos pela democratização do Brasil

(carestia, feministas, etnoraciais e estudantis).

A relação com o mundo

• O surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade no Crescente

Fértil;

• A monarquia e a nobreza na Europa Medieval; a formação dos reinos

africanos.

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: relações de trabalho, relações de poder e

relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS (TEMAS HISTÓRICOS)

Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre

• o conceito de trabalho livre e explorado;

• o mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho explorado,

escravo e servil (teocráticas, greco-romanas, medievais e africanas)

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• transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho assalariado;

• o trabalho livre: as sociedades do consumo produtivo: as primeiras

sociedades humanas, as sociedades nômades, as etnias indígenas e

africanas;

• as experiências do trabalho livre em sociedades revolucionárias: a Comuna

de Paris, os soviets russos, associações húngaras e os círculos bolivarianos.

Urbanização e industrialização

*as cidades na História: cidades neolíticas, da antiguidade greco-romanas, da

Europa medieval, pré-colombianas, africanas e asiáticas.

*urbanização e industrialização no Brasil urbanização no Brasil Urbanização e

industrialização nas sociedades ocidentais, africanas e orientais.

* Urbanização e industrialização no Paraná no contexto da expansão do capitalismo;

A arquitetura das cidades brasileiras em diferentes épocas e espaços.

3. O estado e as relações de poder

• Os estados teocráticos;

• Os estados na Antiguidade Clássica;

• O estado e a igreja medieval:

• A formação dos estados nacionais;

• As metrópoles europeias, as relações de poder sobre as colônias e a

expansão do capitalismo;

• O Paraná no contexto de sua emancipação;

• O estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo e positivismo)

• O nacionalismo nos estados ocidentais;

• O populismo e as ditaduras na América Latina;

• Os sistemas capitalistas e socialistas;

• Estados da América Latina e o neoliberalismo.

4. Os sujeitos, as revoltas e as guerras

* Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na

Antiguidade: mulheres, crianças , estrangeiros e escravos.

• Guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma;

• Relações de dominação e resistência na sociedade ocidental moderna;

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• Relações de dominação e resistência na sociedade medieval: camponeses,

artesãos, mulheres, hereges e doentes;

• As revoltas indígenas, africanas na América Portuguesa;

• Os quilombos e comunidades quilombolas no território brasileiro;

• As revoltas sociais na América Portuguesa.

5. Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

* As revoluções democrática-liberais no ocidente: Inglaterra, França e EUA;

* Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX: o surgimento

do sindicalismo;

* A América Portuguesa e as revoltas pela independência;

* As revoltas federalistas no Brasil imperial e republicano:

* As guerras mundiais no século XX e a Guerra Fria;

* As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina;

* Os estados africanos e as guerras étnicas;

* A luta pela terra e a organização do movimento pela conquista do direito à terra na

América Latina;

* A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.

6. Cultura e religiosidade

• A formação das religiosidades dos povos africanos, americanos, asiáticos

e europeus neolíticos: xamanismo, totens e animismo;

• Os mitos e a arte greco-romanos e a formação das grandes religiões:

hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo, cristianismo e islamismo;

• Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista;

• Reforma e contra reforma e seus desdobramentos culturais;

• O modernismo brasileiro;

• Cultura e ideologia no governo de Vargas;

• Representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da

arte brasileira;

• As etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e

religiosas;

• As manifestações populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de

reis, boi de mamão, romaria de São Gonçalo.

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METODOLOGIA

Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da

consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com

seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico. Para

estudá-lo, o historiador adota um método de pesquisa de forma que possa

problematizar o passado, e buscar, por meio dos documentos e das perguntas que

faz aos mesmos, respostas ás suas indagações. A partir deste trabalho o historiador

produz uma narrativa histórica, que tem como desafio contemplar a diversidade de

experiências políticas, econômicas, traços sociais e culturais.

A escolha da abordagem integrada, por sua vez, reflete a preocupação em articular

os conteúdos de História Geral, História do Brasil, História do Paraná e História

local, permitindo que se percebam as semelhanças e as particularidades de

diferentes processos históricos.

Técnicas a serem utilizadas:

• Propiciar informações, ideias e conceitos históricos através da leitura de

diversos textos, para que o educando saiba distinguir que os fenômenos

históricos não são naturais e irresistíveis, mas produzidos por sujeitos

coletivos em relação à dialética de seus contextos históricos.

• Valorizar o conhecimento histórico oriundo das diferentes instâncias sociais,

utilizando letra de músicas, poesias etc.

• Propor estudo individual e coletivo valorizando a identidade étnica e cultural

da humanidade.

AVALIAÇÃO

Avaliação diagnóstica e processual possibilitando a compreensão do estágio ensino-

aprendizagem, objetivando propiciar a reflexão sobre o processo avaliativo.

A avaliação como parte do processo de ensino-aprendizagem, é um elemento de

articulação entre o educando e o professor, o que possibilita acompanhar o

desenvolvimento do conhecimento histórico de cada educando.

As avaliações serão feitas através da análise de produções escritas ou orais,

trabalhos de pesquisas bibliográficas, sistematizações de conceitos históricos,

apresentação de seminários, tendo como base a apropriação de conceitos históricos

e o aprendizado de conteúdos.

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A recuperação de conteúdos e de notas será feita imediatamente após cada

instrumento avaliativo.

REFERÊNCIAS

DREGUER. Ricardo e TOLEDO. Eliete. História – Cotidiano e Mentalidades, ed.

Atual, S.P, 2000.

SEED. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, Curitiba, 1990.

SEED. Diretriz Curricular Estadual de História – Versão 2008.

SEED. Livro Didático Público do Estado do Paraná.

Lei 11.645/03 - Establece a obrigatoriedade do ensino da Cultura Afro-brasileira ,

africana e indígena.

Lei 9.795/99 - Estabelece a obrigatoriedade da Educação Ambiental.

6.10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LEM – INGLÊS - ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

o ensino das Línguas Estrangeiras Modernas, só passou a ser valorizado

depois da chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808. No ano de 1809, e

com assinatura do dcreto de 22 de junho pelo Príncipe D. João XVI, criaram-se as

cadeiras de Inglês e Francês. Atualmente, a Língua Inglesa é considerada a 2ª

língua mais usada em todo o território nacional, devido a globalização e as

diferentes culturas advindas de outros países. No Paraná, de acordo com as

Diretrizes Curriculares, a maioria das escolas públicas adota o ensino da Língua

Inglesa. O acesso aos diferentes meios tecnológicos inseridos no cotidiano da

comunidade do educando e do educador justifica a escolha.

Sabe-se que o ensino da Língua deve oportunizar aos alunos a aprendizagem

de conteúdos que ampliem as possibilidade de ver o mundo, de avaliar os

paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos do e no mundo,

considerando as relaçoes que podem ser estabalecidas entre a Língua Estrangeira e

a inclusão social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na

sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção

das identidades transformadoras.

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METODOLOGIA

A metodologia deve ser dinâmica e envolvente, para que o aluno desenvolva

a consciência linguística e perceba a influência que as línguas exercem umas sobre

as outras e, observando a cultura dos povos que falam a língua inglesa, através da

própria língua, assim como também observando o fenômeno da importação cultural.

Levar em consideração os conhecimentos prévios dos alunos, realizar

trabalhos individuais e/ou em grupos, jogos, apresentações culturais, produções

escrita, traduções, compreensão de diferentes textos, utilização de materiais como

tirinhas, fotografias e gráficos, aula expositiva e exercícios para fixar o conteúdo.

Os conteúdos trabalhados devem estar embasados em textos e estes devem

ser inseridos em contextos significativos. Para tal, é necessário que as estratégias

de intervenção estejam adequadas ás necessidades do aluno.

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada em função de todo o conteúdo desenvolvido,

utilizando diferentes instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e

possibilidades de expressão, através da leitura, oralidade e escrita.

A avaliação além de representar um meio para aferir nota à aprendizagem , a

reflexão da prática pedagógica, e por consequência o refazer pedagógico.

CONTEÚDOS

GÊNEROS DISCURSIVOS – 5ª e 6ª SÉRIE

História em quadrinhos, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de TV,

diário, quadrinhas, bilhetes, fotografias, horóscopo, carta, e-mail, cartaz e outros.

Conteúdo Estruturante- Discurso como prática social

5ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

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LEITURA

Identificação do tema, do argumento principal.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

Linguagem não verbal.

ORALIDADE

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

ESCRITA

• Adequação ao gênero: elementos que compõem, elementos formais e

marcas lingüísticas.

• Clareza de idéias.

ANÁLISE LINGUISTICA

• Coesão e coerência.

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Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,

substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras

categorias como elementos do texto.

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

• Vocabulário.

LEITURA

• Práticas de leitura de textos de diferentes

gêneros.

• Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação

de textos.

• Análise dos textos levando em consideração a complexidade dos mesmos.

• Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

• Leitura de outros textos para a observação das relações dialógicas.

ORALIDADE

• Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos.

• Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos,

reportagem.

• Análise dos recursos próprios da oralidade.

• Dramatização de pequenos diálogos.

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ESCRITA

• Discussão sobre o tema a ser produzido.

• Leitura de textos sobre o tema.

• Produção textual.

• Revisão textual.

Reestrutura e reescrita textual

ANALÍSE LINGUISTICA

• Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir

de gêneros selecionados para leitura ou escrita, de textos

produzidos pelos alunos.

Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua

LEITURA

• Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição

de produção.

• Localizar informações explícitas no texto.

• Emitir opiniões a respeito do que leu.

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• Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações

de outras culturas e de outros grupos sociais.

ORALIDADE

• Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção.(formal e informal)

• Apresentar clareza nas idéias.

ESCRITA

• Produzir textos atendendo as circunstâncias propostas.

• Diferenciar a linguagem formal da informal.

Sugestões de gêneros discursivos para a 5ª série:

história em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV,

diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,

lista de compras, avisos, música, etc.

6º SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

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Identificação do tema, do argumento principal.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

Linguagem não verbal.

ORALIDADE

• Variedades lingüísticas.

Intencionalidade do texto

• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

Exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

ESCRITA

• Adequação ao gênero: elementos que compõem, elementos formais e marcas

lingüísticas.

• Clareza de idéias.

• Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

ANÁLISE LINGUISTICA

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Coesão e coerência.

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas,

advérbios, preposições, verbos, substantivos, substantivos contáveis e

incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos

do texto.

Vocabulário.

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

LEITURA

• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

• Inferências de informações implícitas.

• Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos, quadrinhos...)

para interpretação de textos.

• Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos

mesmos.

• Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

• Leitura de outros textos para a observação das relações dialógicas.

ORALIDADE

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• Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

• Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos,

reportagem.

• Análise dos recursos próprios da oralidade.

Dramatização

• Discussão sobre o tema a ser produzido.

• Leitura de textos sobre o tema.

• Produção textual.

ESCRITA

• Leitura de textos sobre o tema.

• Produção textual.

• Revisão textual.

• Reestrutura e reescrita textual.

ANÁLISE LINGUISTICA

• Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir

de gêneros selecionados para leitura ou escrita, de textos

produzidos pelos alunos.

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LEITURA

• Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição

de produção.

• Localizar informações explícitas no texto.

• Emitir opiniões a respeito do que leu.

Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a

informações de outras culturas e de outros grupos

• Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações

de outras culturas e de outros grupos sociais.

• Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas informações

aos saberes já adquiridos.

ORALIDADE

• Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção. (formal e informal).

• Apresentar clareza nas idéias.

ESCRITA

• Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

Diferenciar a linguagem formal da informal.

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ANÁLISE LINGUISTICA

Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do

artigo, dos pronomes, etc.

• Ampliar o vocabulário.

• Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo

Sugestões de gêneros para a 6ª série:

entrevista,notícia, música, tiras,textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios,

diário, cartoon, narrativa, música, etc.

7º SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

• Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

Linguagem não- verbal.

ORALIDADE

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• Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Exemplos de pronúncias e de vocábulos da

língua estudada em diferentes países.

ESCRITA

Adequação ao gênero: elementos que compõem, elementos formais e marcas

lingüísticas.

Clareza de idéias.

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

ANÁLISE LINGUISTICA

• Coesão e coerência

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos,

preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras

interrogativas,substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, question tags,

falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como elementos do texto.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

• Vocabulário.

LEITURA

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• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

• Inferências de informações implícitas.

• Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos, quadrinhos...) para

interpretação de textos.

• Análise dos textos visando reflexão e transformação.

• Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

• Leitura de outros textos para a observação das relações dialógicas.

ORALIDADE

• Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

• Seleção de discursos de outros, como: entrevista, cenas de desenhos,

recortes de filmes, reportagem.

• Análise dos recursos próprios da oralidade.

• Dramatização.

ESCRITA

• Discussão sobre o tema a ser produzido.

• Leitura de textos sobre o tema.

• Produção textual.

7. Revisão textual

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ANÁLISE LINGUISTICA

• Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir

de gêneros selecionados para leitura ou escrita, de textos

produzidos pelos alunos.

8. Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.

LEITURA

• Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua

condição de produção.

• Localizar informações explícitas e implícitas no texto.

• Emitir opiniões a respeito do que leu.

• Ampliar,no indivíduo, o seu horizonte de expectativas.

• Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações

de outras culturas e de outros grupos sociais.

9. Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas

informações aos saberes já adquiridos.

ORALIDADE

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10.Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção(formal ou

informal).

• Apresentar clareza nas idéias.

• Desenvolver a oralidade através da sua prática.

ESCRITA

• Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

11.Diferenciar a linguagem formal da informal.

ANÁLISE LINGUISTICA

• Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do

artigo, dos pronomes, etc.

• Ampliar o léxico.

• Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

Sugestões de Gêneros discursivos para a 7ª série:

reportagem, slogan,sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor,

blog, etc.

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8ª SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.

• Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

• Linguagem não- verbal.

12.Realização de leitura não linear dos diversos textos.

ORALIDADE

− Variedades lingüísticas.

− Intencionalidade do texto.

13.Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em países

diversos.

− Finalidade do texto oral.

− Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

ESCRITA

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9. Adequação ao gênero: elementos que compõem, elementos formais e marcas

lingüísticas.

14.Paragrafação.

10. Clareza de idéias.

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

ANÁLISE LINGUISTICA

• Coesão e coerência.

• Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos,

preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras

interrogativas,substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, question

tags, falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como elementos do

texto.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

• Vocabulário.

LEITURA

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

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Inferências de informações implícitas.

Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos, quadrinhos...)para

interpretação de textos.

Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos

mesmos.

Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

Leitura de outros textos, através de pesquisas, para a observação das

relações dialógicas.

ORALIDADE

Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

Seleção de discursos de outros, como: entrevista, cenas de desenhos,

recortes de filmes, documentários, reportagem,etc.

Análise dos recursos próprios da oralidade.

15.Dramatização de textos.

ESCRITA

Discussão sobre o tema a ser produzido.

Leitura de textos sobre o tema.

Produção textual.

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Revisão textual.

Reestrutura e reescrita textual.

ANÁLISE LINGUISTICA

• Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir

de gêneros selecionados para leitura ou escrita, de textos

produzidos pelos alunos.

Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da

língua.

LEITURA

Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua

condição de produção.

Localizar informações explícitas e implícitas no texto.

Emitir opiniões a respeito do que leu.

Ampliar, no individuo, o seu horizonte de expectativas.

• Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações

de outras culturas e de outros grupos sociais.

ORALIDADE

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• Reconhecer as variantes lexicais.

Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção(formal, informal).

Apresentar clareza nas idéias.

• Desenvolver a oralidade através de sua prática.

ESCRITA

Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

Diferenciar a linguagem formal da informal.

Estabelecer relações entre partes do texto, identificando repetições ou

substituições.

ANÁLISE LINGUISTICA

Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do

artigo, dos pronomes, etc.

Ampliar o vocabulário.

16.Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

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Sugestões de gêneros discursivos para a 8ª série:

reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges,

entrevistas,depoimentos, narrativa, imagens,etc.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE – DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Conteúdo básicos:

Leitura

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade

e intertextualidade do texto.

• Linguagem não- verbal.

• As particularidades do texto em registro formal e informal.

• Finalidades do texto.

• Estética do texto literário.

• Realização de leitura não linear

dos diversos textos.

Oralidade

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Variedades lingüísticas.

• Intencionalidade do texto.

• Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.

• Finalidade do texto oral.

• Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita

• Adequação ao gênero: elementos que compõem formas e marcas

lingüísticas.

• Paragrafação.

• Clareza de idéias.

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

Análise Lingüística

Coesão e coerência.

Função dos pronomes, artigos,adjetivos, numerais preposições,

advérbios,locuções adverbiais, conjunções,verbos, palavras interrogativas,

substantivos,substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso

direto e indireto, vozes verbais, verbos modais, concordância verbal e nominal,

orações condicionais, phrasal verbs e outras categorias como elementos do

texto.

• Vocabulário.

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto

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REFERÊNCIAS

ARRUDA, Cordila Canabrava, English Plus - Ed. Scipione, 1996

AZEVEDO, Dirce Guedes de, Blow Up – Ed. FTD, S.A, São Paulo – SP, 1999.

KAY, Susan, Reward – Macmillan Publihers, 1997.

DCE - Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar – junho – 2006.

6.11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As novas exigências educacionais e a consolidação da abertura política

que fortaleceu a pedagogia histórico-crítica, inserindo no pensamento pedagógico

dos anos 80 uma vertente progressista, dá ênfase aos estudos lingüísticos

centrados no texto e na interação social das práticas discursivas que deram origem

a novas concepções sobre a aquisição da língua materna.

Segundo as DCEs para o ensino de Língua Portuguesa é a palavra que

apresenta-se como instrumento de poder e legitimação, pois esta tem sido, na

história do mundo ocidental objeto de inúmeras disputas.

Então, nos perguntamos: Que papel desempenha a escola? Sabemos que

não basta dar a palavra ao outro, é necessário, porém, devolver e aceitar a palavra

do outro. Conforme Geraldi, 1990, p. 124 “ É devolvendo o direito à palavra – e na

sociedade isto inclui o direito à palavra escrita – que talvez possamos um dia ler a

história contida, e não contada, da grande maioria que hoje ocupa o banco das

escolas públicas.”

Assim sendo, a dimensão tradicional do ensino da língua cede espaço aos

novos paradigmas. O eixo dessa discussão no ensino fundamental centra-se,

principalmente, no aprimoramento das práticas de leitura, escrita e oralidade, tendo

como foco central: o dinamismo (aprendizagem significativa) e as diferentes

modalidades discursivas, fundamentadas na concepção sócio – interacionista, a qual

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possibilitará ao aluno a oportunidade de participar , produzir seus próprios

discursos e se necessário for, interferir na transformação social.

A necessidade da reorganização do ensino fundamental no Brasil, no final

da década de 70 e início dos anos 80, ocorreu quando as primeiras obras do Círculo

de Backhtin passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Diz ele, que o trabalho

pedagógico precisa partir de uma interação, pela qual a linguagem é o meio social

capaz de trazer a intertextualidade entre teoria e pratica.” Todos os diversos campos

da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem”. (BAKHTIN,1992, p..261).

Logo, o ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa

estar comprometido, com práticas discursivas envolvendo a leitura, a oralidade e a

escrita. Estas precisam estar comprometidas com o processo de enunciação e do

discurso, e sua prática estar relacionada a situações reais de comunicação. A sala

de aula será lugar de interação, de encontro entre sujeitos; as atividades de leitura e

produção passarão a ser significativas, de modo a promover uma reflexão crítica

daquilo que se apresenta.

Essas considerações dão ênfase à língua viva, dialógica, e em constante

movimentação, mas para que isso aconteça, é necessário que o professor conheça

e saiba usar diferentes estratégias, considerando as práticas lingüísticas que o

aluno já domina, para então incluir conceitos e definições, ou seja os conhecimentos

necessários para o uso da norma padrão. Pois estes devem constituir-se como

ferramentas básicas de que o aluno precisa para ampliar seus conhecimentos e

saber como proceder nas diversas situações comunicativas.

Ao comunicar-se, o aluno troca experiência, certifica-se de seu

conhecimento do mundo e dos outros com quem interage. Isso lhe permite

compreender melhor a realidade em que está inserido e o seu papel como sujeito

social.

Assim, as condições em que a produção escrita acontece é que determinam

o texto: quem escreve; o que escreve; para quem escreve; para que escreve; com

que objetivo; quando e onde escreve, fato esse que conduz ao uso de uma certa

variedade de língua, um certo registro, um como escrever.

Ao pensar no como escrever e, de modo especial, na intenção que permeia

o ato da escrita, o produtor/autor inevitavelmente terá que fazer opção por um

determinado gênero textual. Portanto, a produção de significados – que implica uma

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relação dinâmica entre autor/leitor e entre aluno/professor – acontece de forma

compartilhada, configurando-se como uma prática ativa, crítica e transformadora.

Quanto à prática da reflexão ou análise lingüística, tais atividades incidem

sobre aspectos discursivos, estruturais e ortográficos, sendo prioritariamente usadas

nos anos iniciais no Ensino Fundamental, em uma prática de reestruturação textual.

Neste sentido, ensinar a ler e a escrever com proficiência precisa e deve ser o

objetivo fundamental da disciplina de Língua Portuguesa.

Nessa perspectiva, o trabalho na disciplina de Língua Portuguesa é

fundamental para a formação de um cidadão crítico e consciente que segundo

ROSS (1998, p. 107) é nela “... que se constituem em instrumentos imprescindíveis

ao pleno exercício da cidadania. Isso representa à necessidade de superar as

formas empíricas de educação, os conteúdos curriculares de orientação meramente

manipulativos, as doses homeopáticas de escolaridade e as estratégias isoladas e

espontaneístas de participação travestidas pelo discurso da igualdade e da

integração”.

Assim sendo, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, muitas

deverão ser as possibilidades de se trabalhar com os mais diversos gêneros textuais

(tanto orais quanto escritos), pois estes apontam caminhos que levam o aluno a

entender e participar com mais entusiasmo das aulas, sendo que terá oportunidade

de expressar-se, e também de aprender, ouvindo as diferentes opiniões sobre um

mesmo tema ou assunto. Nessa direção, o trabalho com literatura torna-se

essencial, o professor poderá aproveitar a potência dos textos para explorar o

contexto social da época, as características históricas e as necessidades vigentes,

considerando as dimensões estéticas dos textos literários como Arte e cultura do

povo. Sabe-se que toda obra literária não está presa e fixa ao contexto original de

sua produção, logo, compreender esse momento histórico e suas necessidades,

possibilita uma relação dialógica entre leitor, texto e autor. È isso, permite o

dinamismo e o entendimento de algumas transformações, pois cada época tem suas

exigências, na forma de agir, de pensar e de transformar a realidade.

È importante que, ao planejar um trabalho envolvendo a diversidade

discursiva com ênfase, ou não, a literatura o professor tenha claro os objetivos que

deseja alcançar , bem como as estratégias que vai desenvolver, para que o aluno

compreenda a proposta, participe e automaticamente aprenda.

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Mas, cabe salientar, que no trabalho voltado para a formação de um cidadão

critico e consciente torna - se necessário e indispensável discutir na sala de aula

assuntos contemporâneos que fazem parte da realidade escolar, entre eles a

história e cultura afro –descendente, a educação indígena e a educação ambiental.

Neste contexto, conhecer e defender o meio ambiente permite que o aluno

compreenda a importância que tem a preservação da natureza para a melhoria da

qualidade de vida do planeta, em especial do ser humano. Sabemos que o contexto

histórico mostra que até o século XIX, a natureza era considerada fonte inesgotável

de recursos, porém esse cenário mudou devido à exploração desenfreada, a qual

gerou uma situação de alerta para a humanidade, mostrando que ilimitado tornou-se

limitado. Isso exige de cada cidadão novas posturas e ações em prol do equilíbrio

ambiental

Já o conhecimento referente à educação indígena destaca-se dentre os

temas atuais, pois é o Paraná que constitui um marco lingüistíco e histórico no

cenário nacional. É o único que conjuga estado, capital e o ponto inicial de

colonização em tupi-guarani: Curitiba significa "muitos pinhões" "ou terra dos

pinheirais"; Paraná quer dizer "semelhante ao mar" e Paranaguá, "mar redondo" ou

"Grande Baía". Assim acredita-se que, conhecer um pouco da história e cultura

indígena faz parte da formação integral do aluno. É também neste panorama que a

história e cultura afro se insere, sabe-se que em termos legais, as iniciativas para a

reorganização educacional em direção aos excluídos ainda são tímidas. Por

exemplo a Lei 10.639/03, que alterou a Lei 9.394/96 (a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional) em seus artigos 26 e 79, dando-lhe a seguinte estrutura: Art.

26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares,

torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro- Brasileira.. Art. 79-B. O

calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência

Negra”.

As dificuldades para a real implementação desse dispositivo legal são

muitas, porém a riqueza cultural que a educação formal desconhece ou faz por

desconhecer, precisa e deve ser resgatada na escola.

Por tudo o que foi dito acima, sabemos que a responsabilidade da escola é

muito grande no que se refere a formação do aluno, porém as escolas do campo

ainda tem alguns desafios a considerar: a cultura dos povos do campo em sua

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144

dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como processo de apropriação e

elaboração de novos conhecimentos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Gêneros Discursivos: história em quadrinho, piadas, adivinhas, lendas, fábulas,

contos de fadas, verbetes, narrativa de aventura, dramatização, exposição oral,

receitas, convites, poemas, narrativa de enigma, , dramatização, exposição oral,

comercial para TV, causos, gráficos, quadrinhas, cantigas de roda, letra de música,

carta pessoal, carta de solicitação, e-mail, , autobiografia, cartaz, carta do leitor,

classificados, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, anedotas,

autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, bilhetes, fotos, mapas, aviso,

horóscopo, regras de jogo, anedotas, entre outros.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

LEITURA

Identificação do tema

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intertextualidade

- informatividade

- intencionalidade

- marcas lingüísticas

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

Inferências

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ORALIDADE

-Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

- Variedades lingüísticas

- Intencionalidade do texto

- Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

- Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

- Argumentação

- Paragrafação

- Clareza de idéias

- Refacção textual

Produção e reescrita de: história em quadrinhos, descrição pessoal, autobiografia,

adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativas de fatos reais e

imaginários(envolvendo narrador-observador e narrador-personagem) , narrativa de

aventura, reescritas de causos (orais), quadrinhas, canções (paródias), fábulas,

lendas entrevistas, carta pessoal, receita, convite, cartaz, , classificados, bilhetes,

cartões, aviso, regras de jogo, anedotas

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

• Ortografia MP MB e N

• Ordem alfabética

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• Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto, bem como

sua classificação e flexão.

• Função do adjetivo, e do artigo

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico,

• Gírias e expressões do cotidiano

• Acentuação gráfica

• Processo de formação de palavras

• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• Classificação dos adjetivos , gênero locuções adjetivas

• Algumas figuras de pensamento (prosopopéia, ironia ...)

• Encontros vocálicos – ditongo/ tritongo e hiato

• Divisão silábica

• Pontuação;

• Revisão de substantivos e seu valor semântico advérbio, pronome, e de outras

categorias como elementos do texto;

• Noções básicas de verbos e tempos verbais

• Frases e orações Classificação (afirmativas, negativas, interrogativas e

exclamativas)

• Pronomes-demonstrativos, possessivos, de tratamento e indefinidos

• Numerais: uso e função

• Sílaba átona e tônica (oxítona- paroxítona e proparoxítona

6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Gêneros discursivos: entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia,

estatutos, narrativa mítica, textos informativos, poemas, anúncios, sinopse de filmes,

cartum, história em quadrinhos, tiras, propagandas, fabulas, anúncio publicitário,

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debate exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família,

literatura de cordel, carta de reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso,

cartum, história em quadrinhos, placas, pinturas, provérbios, notícias,títulos e

legendas entre outros.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

LEITURA

- Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- ideologia

- papéis sociais representados

- intertextualidade

- intencionalidade

- informatividade

- marcas lingüísticas

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

-As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal

e informal.

- Texto verbal e não-verbal(*)

ORALIDADE

1. - Adequação ao gênero:

2. - conteúdo temático

3. - elementos composicionais

4. - marcas lingüísticas

5. - Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação

(entonação, repetições, pausas...)

6. - Variedades lingüísticas

7. - Intencionalidade do texto

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8. - Papel do locutor e do interlocutor:

9. - participação e cooperação

10.- Particularidades de pronúncia de algumas palavras

ESCRITA

11.- Adequação ao gênero:

12.- conteúdo temático

13.- elementos composicionais

14.- marcas lingüísti

15.- Linguagem formal/informal

16.- Argumentação

17.- Coerência e coesão textual

18.- Organização das idéias/parágrafos

19.- Finalidade do texto

20.- Refacção textual

21.- Produção

22.- Reescrita

Produção e reescrita de:: narrativas reais e imaginárias, pesquisas, poemas,

anúncios, história em quadrinhos, propagandas, analise de imagens, fabulas,

causos , provérbios produção de :anúncio publicitário, notícias, textos de opinião,

textos descritivos, pensamento ,carta pessoal e de reclamação, diário, carta ao

leitor, placas, entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, paródia, notícia, bilhete,

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

− Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam

no texto

− Função do substantivo, adjetivo, e advérbio,

− A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

− Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen

− Acentuação gráfica

− Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

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− A representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico;

determinado/indeterminado; ativo/passivo)

− Artigo e de outras categorias como elementos do texto

− Frases e oração

− Sujeito e predicado

− Neologismo

− Noções de figuras

− Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

− Linguagem digital

− Pronomes e sua classificação (uso e função)

− Acentuação de ditongos e hiatos

− Preposição

− Particularidades de grafia de algumas palavras (trema)

− Tipos de predicado

− Ortografia do Mal/ mau / mais/ mas

− Uso do há/ a / por que/ porque/ por quê/ o porquê

7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Gêneros discursivos: conto fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de

humor, crônica jornalística, paródia, textos relacionados ao universo da

adolescência, á psicologia, aos valores e à sensibilidade do adolescente, slogan,

telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, poema, biografia,

narrativa de ficção científica, memoriais, textos relacionados a temas atuais, como:

consumo, educação, publicidade na TV , anúncios publicitário, carta ao leitor, relato

pessoal, outdoor, blog, poemas, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa

redonda,dissertações, textos argumentativos...

CONTEÚDOS BÁSICOS:

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LEITURA

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- ideologia

- intencionalidade

- informatividade

- marcas lingüísticas

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

- As diferentes vozes sociais representadas no texto

- Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.

- Relações dialógicas entre textos

ORALIDADE

- Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

- Coerência global do discurso oral

- Variedades lingüísticas

- Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

- turnos de fala

- Particularidades dos textos orais

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...

- Finalidade do texto oral.

ESCRITA

- Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

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- Argumentação

- Coerência e coesão textual

- Paráfrase de textos

- Paragrafação

- Refacção textual

- Produção

- Reescrita

Produção e reescrita de: narrativas pessoais, de ficção de humor, crônica

,jornalística,paródia,resumo,descrição, poemas, biografias, texto de

memória,crônicas, dissertação (noções básicas), cartazes, depoimentos, anúncio

publicitário,textos de opinião, lendas, murais, noticias entre outros.

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

• Discurso direto e discurso indireto

• Tipos de sujeito ( simples e composto – revisão) desinencial –

indeterminado e oração sem sujeito

• Conotação e denotação

• Pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Ortografia M e N

• J e G e S

• Revisão de substantivos e adjetivos

• Pronomes revisão

• Vozes do verbo

• Acentuação gráfica

• Homônimos (significado e uso correto)

• Figuras de linguagem

• Vícios de linguagem

• A função das conjunções na conexão de sentido do texto

• Conectividade textual

• Problemas e valores semânticos concernentes à relação entre pontuação

e o complemento nominal, o aposto e vocativo

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• Transitividade verbal - VI. – VTD e VTI

• Ortografia Z/X/CH

• Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos...)

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias

como elementos do texto(revisão)

• Procedimentos de concordância verbal e nominal

• A elipse na seqüência do texto

• Estrangeirismos

• As irregularidades e regularidades da conjugação verbal

• A função do advérbio: modificador e circunstanciador

• Complementação do verbo e de outras palavras

• Conjunções coordenativas e subordinativas

• Período simples e composto

8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Gêneros discursivos: narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos,

música, charges, imagens, crônicas, fragmentos de romances, textos literários,

informativos, reflexivos, memorial, artigo de opinião, debate, reportagem oral e

escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica, , editorial,

curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembléia, agenda cultural, novela

fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre

outros.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

LEITURA

- Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

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- fonte

- intencionalidade

- intertextualidade

- ideologia

- informatividade

- marcas lingüísticas

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

- Informações implícitas em textos

- As vozes sociais presentes no texto

- Estética do texto literário

ORALIDADE

- Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

- Variedades lingüísticas

- Intencionalidade do texto oral

- Argumentação

- Papel do locutor e do interlocutor:

- turnos de fala

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

- Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas lingüísticas

• - Argumentação

• - Resumo de textos

• - Paragrafação

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• - Paráfrase

• - Intertextualidade

• - Refacção textual

• - Produção e reescrita

Produção e reescrita de : contos, causos, descrição, notícias, poesias e paródias

Narração com discurso direto e indireto (narrador-=observador e narrador-

personagem) envolvendo fatos reais e fictícios, produção com base em imagens,

sinopse, resumo, dissertação objetivos e subjetivos, anúncio publicitário, fábulas,

murais, crônicas narrativas e argumentativas, cartas, textos de opinião, diálogos,

memorial, convite, cartaz, propagandas

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto (revisão)

Dígrafos (letras e fonemas),

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Conotação e denotação

Discurso direto e indireto

Coesão e coerência textual

Vícios de linguagem

Pronomes e sua função

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que

diz, como: felizmente, comovedoramente...)

Semântica

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

Acentuação gráfica

Advérbios e locução adverbial

Conjunções e suas funções

Procedimentos de concordância verbal e nominal

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

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155

A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

Coordenação e subordinação nas orações do texto.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS: Leitura, escrita e oralidade

Gênero discursivo : LEITURA

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer aseleção de gêneros, nas

diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta

Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade

com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada

uma das séries. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto ;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso ideológico presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Contexto de produção da obra literária;

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Progressão referencial;

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• Partículas conectivas do texto;

• Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;

• Semântica:

• - operadores argumentativos;

• - modalizadores;

• - figuras de linguagem;

• -sentido conotativo e denotativo;

LEITURA – ABORDAGEM METODOLÓGICA

É importante que o professor:

• · Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

• · Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

• · Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas tex-

tuais;

• · Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais

e ideologia;

• · Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

Referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o mo-

mento de produção da obra e dialogue com o momento atual, bem como com

outras áreas do conhecimento;

• · Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráfi-

cos, fotos, imagens, mapas e outros;

• · Relacione o tema com o contexto atual;

• · Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;

• · Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de pala-

vras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de ex-

pressões que denotam ironia e humor;

• · Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de

cada gênero;

• · Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e con-

seqüência entre as partes e elementos do texto.

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• Proporcione análises para estabelecer a progressão referencial do texto;

Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;

LEITURA – AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno:

· Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e

não-verbais;

· Localize informações explícitas e implícitas no texto;

· Produza inferências a partir de pistas textuais;

· Posicione-se argumentativamente;

· Amplie seu léxico;

· Perceba o ambiente no qual circula o gênero;

· Identifique a idéia principal do texto;

· Analise as intenções do autor;

· Identifique o tema;

· Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os

diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com

o

contexto histórico atual;

· Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

· Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões

no

sentido conotativo e denotativo;

· Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre

as partes e elementos do texto;

· Reconheça de palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão re-

ferencial;

Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ESCRITA - Conteúdo temático;

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• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Ideologia presente no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Progressão referencial;

• Partículas conectivas;

• Relação de causa e

• Conseqüência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica:

• - operadores argumentativos;

• - modalizadores;

• -sentido conotativo e denotativo;

• - figuras de linguagem;

• · Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação,

• recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

• Vícios de linguagem;

• Sintaxe de concordância;

• Sintaxe de regência.

ESCRITA – ABORDAGEM METODOLÓGICA

É importante que o professor:

· Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, in-

tenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,

temporalidade e ideologia;

· Proporcione o uso adequado de palavras e expresssões para estabelecer a

referência textual;

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· Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;

· Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

· Acompanhe a produção do texto;

· Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotati-

vo, bem como de

expressões que denotam ironia e humor;

· Estimule produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio

de cada gênero;

· Incentive a utilização de recursos de causa e conseqüência entre as partes e

elementos do texto;

· Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos ele-

mentos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, ob-

servar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se

a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.);

· Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade te-

mática, se atende à

finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

· Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero

Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ESCRITA – AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno:

• · Expresse idéias com clareza;

• · Elabore textos atendendo:

• - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

• - à continuidade temática;

• · Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• · Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextuali-

dade, etc;

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• · Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção,

etc;

• · Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero

proposto;

• · Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e conseqüência entre as partes e

elementos do texto;

• · Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão refe-

rencial;

• · Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

• · Aceitabilidade do texto;

• · Informatividade;

• · Papel do locutor e interlocutor;

• · Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas ...;

• · Adequação do discurso ao gênero;

• · Turnos de fala;

• · Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• · Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• · Elementos semânticos;

• · Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• · Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

• · Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, es-

truturais e normativos.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

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161

• · Informatividade;

• · Papel do locutor e interlocutor;

• · Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e ges-

tual, pausas ...;

• · Adequação do discurso ao gênero;

• · Turnos de fala;

• · Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

• · Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• · Elementos semânticos;

• · Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• · Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ORALIDADE- ABORDAGEM METODOLÓGICA

É importante que o professor:

• · Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em con-

sideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do

texto;

• · Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais

dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e conseqüência entre

as partes e elementos do texto;

• · Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• · Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da orali-

dade em seu uso formal e informal;

• · Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos re-

cursos

• extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pau-

sas e outros;

• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;

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• · Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes

(ex: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc.), afim de

perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.

ORALIDADE – AVALIAÇÃO

Espera-se que o aluno:

• · Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/

informal);

• · Apresente idéias com clareza;

• · Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

• · Compreenda argumentos no discurso do outro;

• · Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas idéias;

• · Organize a seqüência da fala de modo que as informações não se percam;

• · Respeite os turnos de fala;

• · Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas

em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;

• · Contra-argumente idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates,

mesas redondas, diálogos, discussões, etc;

• · Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais corporais e ges-

tuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos ex-

tralingüísticos.

TABELA DE GÊNEROS CONFORME AS ESFERAS DE COMUNICAÇÃO

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA = Adivinhas; Álbum de Família; Anedotas; Bilhetes; Cantigas de

Roda;Carta Pessoal; Cartão; Cartão Postal; Causos; Comunicado; Convites; Curri-

culum Vitae; Diário; Exposição Oral; Fotos; Músicas; Parlendas; Piadas; Provérbios;

Quadrinhas; Receitas; Relatos de Experiências Vividas; Trava-Línguas;

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LITERÁRIA / ARTÍSTICA= Autobiografia; Biografias; Contos; Contos de Fadas;

Contos de Fadas Contemporâneos, Crônicas de Ficção; Escultura;Fábulas; Fábulas

Contemporâneas;Haicai; Histórias em Quadrinhos; Lendas; Literatura de Cordel;

Memórias; Letras de Músicas; Narrativas de Aventura; Narrativas de Enigma; Narra-

tivas de Ficção Científica;Narrativas de Humor; Narrativas de Terror; Narrativas Fan-

tásticas;Narrativas Míticas; Paródias; Pinturas; Poemas; Romances; Tankas Textos

Dramáticos

CIENTÍFICA= Artigos; Conferência; Debate;Pesquisas; Relato Histórico; Relatório;

Resumo; Verbetes;

ESCOLAR = Ata; Cartazes; Debate Regrado; Relato Histórico; Relatório; Relatos de

Experiências Científicas, Diálogo/Discussão; Argumentativa; Exposição Oral; Júri

Simulado; Mapas; Palestra; Pesquisas; Resenha; Resumo; Seminário; Texto Argu-

mentativo; Texto de Opinião; Verbetes de Enciclopédias;

IMPRENSA= Agenda Cultural; Anúncio de Emprego; Artigo de Opinião;

Caricatura;Carta ao Leitor; Carta do Leitor; Cartum; Charge;Classificados;Crônica

Jornalística;Editorial; Entrevista (oral e escrita); Fotos; Horóscopo; Infográfico; Man-

chete; Mapas; Mesa Redonda; Notícia; Reportagens; Resenha Crítica; Sinopses de

Filmes; Tiras;

PUBLICITÁRIA= Anúncio; Caricatura; Cartazes; Comercial para TV; E-mail; Folder;

Fotos; Slogan; Músicas; Outdoor; Paródia; Placas; Publicidade Comercial; Publicida-

de Institucional; Publicidade Oficial; Texto Político;

POLÍTICA = Abaixo-Assinado; Carta de Emprego; Carta de Reclamação; Carta de

Solicitação; Debate; Debate Regrado; Discurso Político “de Palanque”. Fórum; Mani-

festo;

Mesa Redonda; Panfleto;

JURÍDICA= Boletim de Ocorrência; Constituição Brasileira; Contrato; Declaração de

Direitos; Depoimentos; Discurso de Acusação; Discurso de Defesa; Estatutos; Leis;

Ofício; Procuração; Regimentos; Regulamentos; Requerimentos.

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PRODUÇÃO E CONSUMO = Bulas; Manual Técnico; Placas; Regras de Jogo; Rótu-

los/Embalagens.

MIDIÁTICA =Blog; Chat; Desenho Animado; E-mail; Entrevista; Filmes; Fotoblog;

HomePage; Reality Show; Talk Show; Telejornal; Telenovelas; Torpedos; Vídeo Clip;

Vídeo Conferência;

METODOLOGIA:

O trabalho focalizará as propostas das Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa, para tanto o ensino desta disciplina dará prioridade as atividades

voltadas para leitura, oralidade e produção e análise lingüística, priorizando os mais

diversos gêneros textuais, ressaltando as diferenças estruturais e funcionais de cada

tipo de texto.

Seguindo esta orientação compreende-se que cabe a escola a função de

valorizar os conhecimentos de seus educandos e orientá-los naquilo que precisam

aprender, no entanto como bem se expressa CAGLIARI (1994, p. 33), “... o

aprendizado da escrita e da leitura, não termina no final da primeira série nem do

primeiro grau...”

Nesse sentido, todas as atividades realizadas buscarão oferecer subsídios

para que o aluno se sinta motivado e capaz de produzir seus textos, mesmo que

para isso dependa de intervenção da professora. Cientes de que a escrita não é

uma tarefa fácil à leitura de textos tidos como referências e a reestruturação serão

atividades fundamentais, pois o enfoque da linguagem estará voltado para o uso de

metodologias diversificadas a fim de atender as dificuldades individuais, desde os

erros ortográficos até as normas gramaticais e a estrutura textual.

Para isso, a realização das atividades estarão voltadas para um trabalho

integrado de leitura, oralidade, produção e reflexão sobre a língua, desenvolvido

sobre uma perspectiva textual e enunciativa. As propostas de produção textual

partirão de conhecimentos adquiridos em sala de aula e se contemplarão com

leituras, tendo como finalidade ampliar o conhecimento e a visão de mundo de

alunos. Nessa concepção, a linguagem é vista como objeto de ação, e os

educandos como sujeitos capazes de ler, interpretar, diferenciar, produzir textos e de

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expressar-se oralmente nas mais diversas situações de comunicação. Conforme as

Diretrizes “Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca

experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel como

participante da sociedade...”, diante desta afirmação nota-se a importância da

socialização das atividades desenvolvidas, as quais acontecerão diariamente.

A análise lingüística estará voltada para um processo de interação

considerando os conhecimentos prévios do educando e o seu contexto de produção.

Em relação à ortografia, será desenvolvido um trabalho que permita ao aluno não

apenas descobrir as convenções ortográficas, mas sim analisar as relações entre a

língua oral e a escrita, compreendendo que esta é mais uma ferramenta necessária

para formação acadêmica.

Para que esse trabalho se concretize buscar-se-á apoio nas diferentes

estratégias de ensino entre elas destaca-se: pesquisas, dramatizações, entrevistas,

debates, atividades lúdicas, interpessoais e emocionais, trabalhos individuais e em

grupos, meios tecnológicos (TV multimídia), exposições, leituras e reflexões,

debates, aulas passeios, incentivo à leitura e a produção do diário entre outros.

Considerando que o tratamento didático não é mero coadjuvante no

processo de aprendizagem, buscar-se-á um encaminhamento metodológico

diferenciado, contemplando o estudo e discussão de temas contemporâneos (em

especial: educação indígena, educação ambiental e estudo da história e cultura afro

- descendente) e voltado para a concretização dos objetivos propostos no plano

docente.

AVALIAÇÃO

Conforme estudos realizados entende-se que avaliar é investigar para poder

intervir e melhorar o nível de aprendizagem dos alunos, num processo contínuo e

formativo. Logo a avaliação é compreendida como conjunto de ações organizadas

com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma

e em quais condições. Elaborando assim, um conjunto de procedimentos

investigadores que possibilitem ao professor analisar criticamente sua prática

educativa, tendo a avaliação como instrumento que apresente ao aluno avanços,

dificuldades e possibilidades de mudanças.

Sendo assim, ela deve contribuir efetivamente para a formação do educando

possibilitando-lhe diferentes formas de aprender. Nesse processo a avaliação será

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um ato contínuo presente no planejamento do professor, para isso será necessário,

também, que o aluno seja informado sobre o que precisa aprender o que precisa

saber fazer melhor. Assim, as anotações, correções e comentários do professor

sobre as produções do aluno devem oferecer indicações claras para que este possa

efetivamente melhorar.

Além disso, espera-se que o aluno: realize, oralmente ou por escrito,

retomadas de textos ouvidos, de forma que sejam preservadas as idéias principais e

a partir da identificação do ponto de vista que determina o tratamento dado ao

conteúdo, possa confrontar o texto lido com outros textos e opiniões, posicionando-

se criticamente diante dele; selecione procedimentos de leitura adequados a

diferentes objetivos e interesse (estudo, formação pessoal, entretenimento,

realização de tarefas) e a características do gênero e saiba se posicionar diante do

texto de maneira crítica e receptiva; produza textos escritos utilizando recursos

próprios, em que os mesmos sejam coesos e coerentes, observando as

regularidades lingüísticas e ortográficas, bem como, outros elementos gráficos;

utilize conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise lingüística; utilize

no seu dia-a-dia conteúdos de ética, como: justiça, solidariedade, diálogo e respeito;

perceba a importância do meio-ambiente e a preservação do mesmo; demonstre

interesse por conhecer a historia e diversidade cultural que contribuiu para a

formação do povo brasileiro.

A avaliação contemplará uma variedade de instrumentos que perpassarão a

oralidade, a leitura e a escrita desde conhecimentos lingüísticos, leitura,

interpretação, conhecimentos gramaticais, análise lingüística, prova, produção

textual individual ou em grupo, exposições de trabalhos, debates, seminários,

apresentações... entre outras. Em relação ao educando também serão observados

aspectos como: participação, criatividade e desempenho de atividades propostas.

O contexto de avaliação terá como finalidade o crescimento do aluno,

proporcionado meios que permitam ampliar seu conhecimento através de uma

pratica pedagógica reflexiva e interacionista. Para isso, é que serão oferecidas

diferentes formas de avaliações: individuais, duplas, grupos, com pesquisas,

evitando a mera repetição.

Neste sentido, a avaliação será diagnóstica, contínua e somatória, através de

critérios selecionados de acordo com o conteúdo abordado. Nessa concepção,

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serão avaliados: o professor, o aluno, os conteúdos, os recursos, as estratégias, a

grade curricular, enfim, o sistema de ensino como um todo.

A recuperação acontecerá da seguinte forma: recuperação de Conteúdos:

Após o aluno colar a avaliação em seu caderno será realizado a correção dos

exercícios com a retomada dos conteúdos, entretanto, esta revisão não valerá nota,

prova de recuperação: será proposta uma outra prova, a qual poderá dar ao aluno a

chance de mostrar que recuperou os conteúdos e assim melhorar sua nota, sendo

que o valor da prova de recuperação será de acordo com o valor da prova anterior,

vale lembrar que as notas de trabalhos e outras atividades não serão recuperadas.

As provas de recuperação não serão entregues para o aluno levar para casa, pois

serão arquivadas na escola.

OBRAS CONSULTADAS

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma

perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese

(Doutorado em Lingüística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo, São Paulo, 2001

BRASIL LEI Nº 9795 de 27 de abril de 1999. Disposições sobre Educação

Ambiental, institui a política nacional de educação ambiental e dá outras

providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil de 28 de abril de 1999.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Lingüistica. São Paulo, Scipione 1994.

CEREJA, William Roberto. Português: linguagens. 2 ed. São Paulo: Atual, 2002.

FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. Curitiba. Base 2006.

KLEIMAM, A. Leitura: ensino e pesquisa. Campinas , Pontes 1989.

OLIVEIRA, Tânia Amaral Tecendo linguagens-Língua Portuguesa/ Tânia Amaral

Oliveira, Cícero de Oliveira Silva,Elizabeth Gavioli e Lucy Araújo- 1ª. Edição – São

Paulo : IBEP, 2006- 5ª., 6ª., 7ª. e 8ª. Séries.

PARANÁ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa

para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.Curitiba, 2008

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ROSS, Paulo R. Educação e trabalho: a conquista da diversidade ante as

políticas neo- liberais. Campinas - SP: Papirus, 1998.

INTERNET

www8.pr.gov.br/portals/portal/estaticas/alunos/alunos_indigena.php -

16kwww.webartigos.com/articles/2393/1/o-papel-da-escola-na...do-afro-

descendente/pagina1.html – 41k

6.12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Através da História da Matemática é possível compreender a Ciência

Matemática desde suas origens e como a disciplina Matemática tem se configurado

no currículo escolar brasileiro.

A História da Matemática revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram

a compor a Matemática que conhecemos hoje. Os Babilônicos por volta de 2000

a.C. acumularam registros que hoje podem ser classificados como álgebra

elementar. Porém, como Ciência a Matemática emergiu somente mais tarde, em

solo grego, nos séculos VI e V a.C. Os filósofos gregos da escola pitagórica

percebem a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das

pessoas. Nesse período, ocorreu a sistematização das matemáticas, como

conhecemos hoje, a aritmética, a geometria, a álgebra e a trigonometria.

No Século V d.C. o ensino teve um caráter estritamente religioso. A

Matemática era ensinada com o objetivo de entender os cálculos do calendário

litúrgico e determinar as datas religiosas. As aplicações práticas e o caráter empírico

da Matemática não eram explorados. Entretanto, no Oriente, ocorreram produções

Matemáticas entre os hindus, árabes, persas e chineses surgiram importantes

avanços no conhecimento algébrico.

Entre os séculos VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino.

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Após o Século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e

industriais exigiram atividades práticas. Já no Século XVI, os avanços no

conhecimento matemático, levaram a um novo período de sistematizações,

denominada Matemática de grandezas variáveis.

No Século XVII, a Matemática desempenhar o papel fundamental para a

comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de Lei Quantitativa

que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal, as bases da Matemática

de hoje

O Século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial, com estes

novos moldes da economia e da política capitalista, a pesquisa se direcionou a

atender aos processos de industrialização e o estado passou a intervir na educação.

O desenvolvimento matemático no Século XIX ficou conhecido como o

período das matemáticas contemporâneas. Trata-se de uma reconsideração crítica

do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas, ou

seja, as sistematizações das geometrias não euclidianas.

No Século XX, os matemáticos antes pesquisadores passaram a ser também

professores, preocupando-se mais diretamente com as questões de ensino, ou seja,

os aspectos psicológicos, filosóficos e Sociológicos, são o início da renovação do

ensino da Matemática.

As idéias reformadoras do ensino da Matemática se inseriram no contexto das

discussões introduzidas pelo movimento da escola nova. Este movimento fez surgir

uma concepção Empírico-Ativista que pressupunha a valorização dos processos de

aprendizagem em atividades de pesquisa, atividades lúdicas, resolução de

problemas, jogos e experimentos. O estudante era considerado o centro do

processo e o professor, o orientador da aprendizagem.

Outras tendências influenciaram o ensino de Matemática em nosso país:

Formalista Clássica – baseava-se no modelo euclidiano e na concepção

platônica de Matemática, a aprendizagem era centrada no professor e no seu papel

de transmissor e expositor do conteúdo.

Formalista Moderna – centrada no rigor e na precisão da linguagem

Matemática, uma Matemática escolar orientada pela lógica, pelos conjuntos, pelas

relações, pelas estruturas Matemáticas, pela axiomatização.

Tendência Tecnicista – esta concepção tinha a função de manter e estabilizar

o sistema de produção capitalista. O método de aprendizagem enfatizava a

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memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e as habilidades de

manipulação de algoritmos e expressões algébricas de resolução de problemas.

Tendência construtivista – o conhecimento Matemático resultava de ações

interativas e reflexivas dos estudantes nos ambientes ou nas atividades

pedagógicas. A Matemática era vista como uma construção constituída por

estruturas e relações abstratas entre formas e grandezas.

Tendência Socioetnocultural – essa tendência valorizou aspectos sócio –

culturais da Educação Matemática e tinha sua base teórica e prática na

Etnomatemática.

Tendência Histórica – Crítica – concebia a Matemática como um ser vivo,

dinâmico, construído historicamente para atender as necessidades sociais e

teóricas, a aprendizagem da Matemática se dava no desenvolvimento de estratégias

que possibilitavam ao aluno atribuir sentido e significado às idéias Matemáticas e,

sobre essas idéias, tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar,

discutir e criar.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, a Matemática ficou fortemente voltada

para as aplicações na vida prática, minimizando o valor científico da disciplina e

seus contextos internos. O ensino era voltado na formação de competências e

habilidades.

A partir de 2003, a SEED elabora o documento de Diretrizes Curriculares,

resgatando importantes considerações a respeito de abordagens sobre o ensino e a

aprendizagem de Matemática, com forte influencia da tendência histórico – critica,

onde mais importante do que manejar fórmulas é saber interpretar, criar significados,

desenvolver o raciocínio lógico.

No conhecimento da Matemática é imprescindível que o estudante se

aproprie do conhecimento matemático de forma que “compreenda os conceito e

princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique idéias matemáticas,

reconheça suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança”.

Assim, embora o objeto de estudo da Educação Matemática ainda esteja em

construção está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o

ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático e envolve o estudo do

processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da própria

Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos

algoritmos etc”. Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento

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matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua

formação integral como cidadão.

Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos

estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e

formulação de idéias. Aprende-se Matemática não somente por sua be4leza ou pela

consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu

conhecimento e, por conseguinte contribua para o desenvolvimento da sociedade.

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Números e Álgebra

• Grandezas e Medidas

• Geometrias

• Funções

• Tratamento da informação

Números e Álgebra

Para o Ensino Fundamental, o conteúdo estruturante Números e Álgebra se

desdobra nos seguintes conteúdos:

• Conjunto numéricos e operações

• Equações e inequações

• Polinômios

• Proporcionalidade

Para o Ensino Médio, o conteúdo estruturante Números e Álgebra se desdobra

nos seguintes conteúdos:

Números reais

Números complexos

Sistema lineares

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Matrizes e determinantes

Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares

Polinômios

Grandezas e Medidas

Para o Ensino Fundamental, o conteúdo estruturante Grandezas e Medidas

engloba os seguintes conteúdos:

• Sistema monetário

• Medidas de comprimento

• Medidas de massa

• Medidas de tempo

• Medidas derivadas: área e volume

• Medidas de ângulos

• Medidas de temperatura

• Medidas de velocidade

• Trigonometria: relação métrica no triângulo retângulo e relações

trigonométricas nos triângulos.

Para o Ensino Médio, o conteúdo estruturante Grandezas e Medidas aprofunda e

amplia os conteúdos do Ensino Fundamental:

Medidas de massa

Medidas derivadas: área e volume

Medidas de informática

Medidas de energia

Medidas de grandezas vetoriais

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Trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e a

trigonometria na circunferência.

Geometrias

Para o Ensino Fundamental e Médio, o conteúdo estruturante geometrias se

desdobra nos seguintes conteúdos:

• Geometria plana

• Geometria espacial

• Geometria analítica

• Noções básicas de geometrias não-euclidianas.

FUNÇÕES

Para o Ensino Fundamental, o conteúdo estruturante Funções engloba os

seguintes conteúdos:

• Função afim

• Função quadrática

Para o Ensino Médio, o conteúdo estruturante Funções engloba os seguintes

conteúdos:

• Função afim

• Função quadrática

• Função polinomial

• Função exponencial

• Função logarítmica

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• Função trigonométrica

• Função modular

• Progressão aritmética

• Progressão geométrica.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Para o Ensino Fundamental, o conteúdo estruturante tratamento de informação

engloba os seguintes conteúdos:

• Noções de probabilidade

• Estatística

• Matemática financeira

• Noções de análise combinatória

Para o Ensino Médio, o conteúdo estruturante tratamento da informação se

desdobra nos seguintes conteúdos:

− Análise combinatória

− Binômio de Newton

− Estatística

− Probabilidade

− Matemática financeira.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos estruturantes evocam outros conteúdos estruturantes e

conteúdos específicos, priorizando relações e interdependências. A articulação entre

os conhecimentos presentes em cada conteúdo estruturante é realizada na medida

em que os conceitos podem ser tratados em diferentes momentos e, quando

situações de aprendizagens possibilitam, podem ser retomados e aprofundados.

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A postura metodológica a ser assumida e a que promove a organização de

um trabalho escolar, que se inspire e se expresse em articulações entre os

conteúdos específicos pertencentes ao mesmo conteúdo estruturante e entre

conteúdos específicos pertencentes a conteúdos estruturantes diferentes, de forma

que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do

enriquecimento e de construções de novas relações.

Tendências metodológicas que irão fundamentar a prática docente:

Resolução de Problemas:

Os conteúdos Matemáticos serão abordados sempre que possível, a partir da

resolução de problemas. O estudante terá a oportunidade de aplicar conhecimentos

previamente adquiridos em novas situações.

Etnomatemática:

A etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o

exercício da crítica e a análise da realidade. O ensino de Matemática da ênfase às

Matemáticas produzidas pelas diferentes culturas, isto é, valoriza a história dos

estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.

Modelagem Matemática:

O ensino e a aprendizagem da Matemática pode ser potencializado quando

se problematizam situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que valoriza o aluno

no seu contexto social procura levantar problemas que sugerem questionamentos

sobre situações da vida.

Mídias Tecnológicas:

Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as calculadoras,

os aplicativos de internet, entre outros, têm favorecido as experimentações

Matemáticas, potencializando formas de resolução de problemas. O trabalho som as

mídias tecnológicas, insere formas diferenciadas de ensinar e aprender, e valoriza o

processo de produção de conhecimentos.

História da Matemática:

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A História da Matemática será utilizada como um elemento orientador na

elaboração de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca , na

compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilitam

o levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos fatos,

raciocínios e procedimentos por parte do estudante.

Investigação Matemática

Uma investigação é um problema em aberto e por isso, o aluno é chamado

a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões,

mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que está

investigando.

Quanto a educação ambiental, a história e cultura Afro e Indígena por serem

temas atuais de grande relevância, serão abordados dentro de vários conteúdos

básicos da matemática, principalmente que se referem ao estruturantes e dimensão

sócio ambiental,cultural e tratamento da informação. Em alguns conteúdos de

determinadas séries serão trabalhados e avaliados na nota trimestral.

AVALIAÇÃO

Em virtude do desenvolvimento e da pesquisa realizadas em Educação

Matemática, percebe-se um crescimento das possibilidades do ensino e da

aprendizagem de matemática.

As atividades avaliativas propostas em sala de aula, levarão o aluno a

explicitar os procedimentos adotados, tendo a oportunidade de explicar oralmente ou

por escrito as suas afirmações.

O conhecimento matemático não é fragmentado, e seus conceitos não são

concebidos isoladamente, a avaliação terá um papel de mediação no processo de

ensino e aprendizagem, o professor é o responsável pelo processo de ensino e da

aprendizagem, desta forma, será levado em consideração nos registros escritos e

nas manifestações orais dos alunos, os erros de raciocínio e cálculo do ponto de

vista do processo de aprendizagem.

Os encaminhamentos metodológicos utilizados na prática avaliativa devem

abrir espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo

trabalhado e a compreensão por parte do aluno.

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O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da

sua vivência, de modo a relacioná-las com novos conhecimentos abordados nas

aulas de Matemática. Assim, será então possível que as práticas avaliativas

finalmente superem a pedagogia do exame para basearem-se numa pedagogia do

ensino e da aprendizagem.

A avaliação pode fornecer ao professor subsídios para uma reflexão

constante de sua prática, bem como favorecer a utilização de novos instrumentos de

trabalho. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades, o que lhe facilitará a reorganização da sua

tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar os

aspectos das ações educacionais que demandam maior apoio.

A diversidade de instrumentos de avaliação é a estratégia mais segura para

obter informação a respeito dos processos de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Matemática para o ensino fundamental e

medio. Curitiba: SEED/DEM, 2006.

ALEKSANDRO, A. D. et al. La Matemática: su contenido, métodos y significado. 2.

Ed.Madrid: Alianza Editorial, 1976.

BARBOSA, J. C. Modelagem Matemática e os professores: a questão da formação.

Bolema: Boletim de educação matemática, Rio Claro, nº 15, p.5-23, 2001.

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concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999, p. 285-295.

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Horizonte: Autêntica, 2001.

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Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n.4, p.1-37. 1995.

LORENZATO. S. ; VILA, M. C. Século XXI: qual matemática é recomendável?

Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n.1, p. 41-49. 1993.

MIGUEL, A.; MIORIM, M. A. História na educação matemática: proposta e desafios.

Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO- Colégio Estadual Vila Industrial.

6.13. PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A aplicação da Química sempre esteve no desenvolvimento das

civilizações. Mesmo antes de ela ser assim nominada, iniciou-se seu

desenvolvimento e estudo através da alquimia, evoluindo e passando pela

latroquímica até ser considerada como uma ciência essencial à evolução humana.

O século XIX foi o período no qual a ciência moderna se consolidou e

passou a deixar marcas na caminhada da humanidade. Nesse contexto, John Dalton

apresentou sua teoria atômica em uma série de conferências realizadas na Royal

Institution de Londres. Para ele, a matéria era constituída de partículas esféricas

maciças e indivisíveis, denominadas átomo, as quais seriam reorganizadas pelas

rações químicas.

No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a

Química, surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações

de ordem política e econômica que ocorriam na Europa.

A partir de 1931, com a Reforma Francisco Campos, a disciplina Química

passa a ser ministrada de forma regular no currículo do Ensino Secundário no Brasil.

O conhecimento químico interage com o homem em diversos meios,

devendo não apenas pensar nele como problema para a sociedade, e sim, como

caminho para controlar as fontes poluidoras, melhorar os processos industriais e

tornar eficaz o tratamento de efluentes.

Conforme a DCE o conhecimento químico interage com o homem em

diversos meios, devendo não apenas pensarmos nele como problema para a

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sociedade, e sim, como caminho para amenizar os efeitos das fontes poluidoras,

melhorar os processos industriais de diversos gêneros alimentícios, vestuário,

medicamentos entre outros e tornar mais eficaz o tratamento de efluentes.

A química tem como objetivo o conhecimento da matéria e suas

transformações no mundo físico, assim sendo capaz de interferir nas suas

aplicações tecnológicas, ambientais, e sociais, políticas e econômicas.

É claro que o conhecimento químico, aliado aos conhecimentos de outras

disciplinas afins vem dar embasamento à compreensão do mundo em que vivemos.

A preocupação com o caráter interdisciplinar do estudo da Química tem como

objetivo estimular a percepção da inter-relação entre os fenômenos, dos seus

aspectos mais relevantes, do seu caráter essencial para as diversas tecnologias,

para a compreensão da problemática ambiental e para o desenvolvimento de uma

visão articulada do homem com o meio, do qual é construtor e transformador. Enfim,

os objetivos propostos para o ensino da química, podem contribuir para a formação

da pessoa humana, como cidadão crítico e transformador de sua realidade.

Como consequência dessa abordagem, o ensino de Química, no

cotidiano da sala de aula, deve considerar o grau de maturidade dos alunos, estar

voltado para o seu dia-a-dia, bem como mostrar-se mais flexível quanto a ordem dos

conteúdos programáticos a serem estudados, desenvolver-se de maneira crítica,

para que o aluno não aprenda apenas fórmulas e cálculos, mas, principalmente,

como interpretar macro e microscopicamente o mundo da matéria, fazendo

analogias e se posicionando sobre os aspectos sociais, políticos econômicos e

éticos do mundo que o cerca.

– CONTEÚDOS ESTRUTURANTES, CONTEÚDOS BÁSICOS E CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Matéria e sua Natureza;

Biogeoquímica;

Química Sintética.

1ª SÉRIE:

Conteúdo Básico: MATÉRIA

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Conteúdos Específicos:

- Constituição da matéria;

- Estados de agregação;

- Natureza elétrica da matéria;

- Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr e outros)

- Tabela Periódica.

Conteúdo Básico: SOLUÇÃO

Conteúdos Específicos:

- Substância: simples e composta;

- Misturas;

- Métodos de separação;

- Solubilidade.

Conteúdo Básico: LIGAÇÃO QUÍMICA

Conteúdos Específicos:

- Tabela Periódica;

- Propriedade dos materiais;

- Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos materiais;

- Solubilidade e as ligações químicas;

- Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias

moleculares;

- Ligações de hidrogênio;

- Ligação metálica;

- Ligações sigma e pi;

- Ligações polares e apolares;

- Alotropia.

Conteúdo Básico: ÓXIDO-REDUÇÃO

Conteúdos Específicos:

- Estudo dos metais (tabela periódica, propriedades, etc);

- Ligações metálicas (elétrons semi-livres).

Conteúdo Básico: FUNÇÕES QUÍMICAS

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Conteúdos Específicos:

- Funções Inorgânicas;

Tabela Periódica.

2ª SÉRIE:

Conteúdo Básico: SOLUÇÃO

Conteúdos Específicos:

- Concentração;

- Forças intermoleculares;

- Temperatura e pressão;

- Densidade;

- Dispersão e suspensão;

- Tabela periódica.

Conteúdo Básico: VELOCIDADE DAS REAÇÕES

Conteúdos Específicos:

- Reações químicas;

- Lei das reações químicas;

- Representação das reações químicas;

- Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas

(natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão);

- Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de

contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes);

- Lei da velocidade das reações químicas;

- Inibidores das reações químicas;

- Tabela periódica.

Conteúdo Básico: EQUILÍBRIO QUÍMICO

Conteúdos Específicos:

- Reações químicas reversíveis;

- Concentração;

- Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

- Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração,

pressão, temperatura e efeito dos catalisadores;

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- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks);

- Tabela periódica.

Conteúdo Básico: REAÇÕES QUÍMICAS

Conteúdos Específicos:

- Princípios da termodinâmica;

- Calorias;

- Reações exotérmicas e endotérmicas;

- Variação de entalpia;

- Equações termoquímicas;

- Lei de Hess;

- Entropia e energia livre;

- Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;

- Calorimetria;

- Tabela periódica.

Conteúdo Básico: RADIOATIVIDADE

Conteúdos Específicos:

- Modelos atômicos (Rutherford);

- Elementos químicos (radioativos);

- Tabela periódica;

- Velocidade das reações;

- Emissões radioativas;

- Leis da radioatividade;

- Cinética das reações químicas;

- Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear).

Conteúdo Básico: ÓXIDO-REDUÇÃO

Conteúdos Específicos:

- Reações químicas;

- Número de oxidação;

- Balanceamento de reações de óxido-redução;

- Reações de óxido-redução: bafômetro de dicromato, fotografia em

preto e branco (redução da prata e oxidação do ânion presente);

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- Tabela periódica.

Conteúdo Básico: GASES

Conteúdos Específicos:

- Estados físicos da matéria;

- Tabela periódica;

- Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x

temperatura, pressão x volume e temperatura x volume);

- Modelo de partículas para os materiais gasosos;

- Misturas gasosas;

- Diferença entre gás e vapor;

- Leis dos gases.

3ª SÉRIE:

Conteúdo Básico: FUNÇÕES QUÍMICAS

Conteúdos Específicos:

- Funções orgânicas;

- Isomeria;

- Reações orgânicas;

- Polímeros

FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

O ensino da Química deve partir do conhecimento prévio dos estudantes,

utilizando-o para a elaboração de um conhecimento científico.

A complexidade crescente dos conteúdos será alcançada através da

abordagem dinâmica as interações entre as visões macroscópicas, tornando desta

maneira conceitos significativamente entendidos.

Sendo que a química utiliza uma linguagem própria para a representação

do real, símbolos fórmulas, convenções e códigos, necessário que o aluno

desenvolva competências adequadas para reconhecer e saber utilizar tal linguagem,

sendo capaz de entender e empregar, a partir das informações, a representação

simbólica .

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Os conteúdos abordados a partir de temas que permitam a

contextualização do conhecimento ganham flexibilidade e interatividade e permitem

que se desenvolvam competências para identificar fontes de informação e de obter

formas de informações, sabendo interpretá-las nos aspectos químicos e

considerando também as implicações sócio-políticas, culturais e econômicas,

promovendo discussões que levem a valorização de temas emergentes do dia-a-dia

como política nacional da educação ambiental (9795/99), assim como a história da

química, a história da cultura brasileira e africana (l0639/03) e cultura dos povos

indígenas (11645/3/2008), com isso reconhecer os limites éticos e morais do

conhecimento científico, tecnológico e das suas relações.

No primeiro momento da aprendizagem de Química prevalece a

construção dos conceitos a partir de fatos.

Sendo uma das estratégias que pode colaborar para que os alunos

tenham uma visão mais abrangente do universo é a utilização da experimentação,

porém pensando nela como ponto de partida para a compreensão de conceitos e

não apenas para comprovar um fato já estudado teoricamente, dando ao aluno a

falsa idéia da ciência como pronta e acabada. Essa experimentação pode se dar

com a utilização de materiais simples de uso cotidiano sem, necessariamente

precisar de um laboratório com equipamentos sofisticados.

A aula expositiva (demonstrativa) também deve ser utilizada como um

recurso que propicia ao estudante condições para o entendimento da natureza e dos

fatos tecnológicos ou culturais.

Outro recurso que consideramos de grande valia é a utilização de leituras

complementares que contribuam para a formação e identificação cultural do aluno,

motivando-o a aprendizagem da Química.

Devemos considerar a flexibilização dos conteúdos e da maneira de

ensina-los procurando contemplar de forma satisfatória todos os estudantes,

respeitando suas diversas diferenças.

Estas e outras estratégias adotadas nas aulas de Química visam integrar

o aprendizado do aluno já com a realidade de seu meio.

Já no segundo momento, prevalece o conhecimento de informações

ligadas as reações e transformações químicas. Na interpretação dessas

informações, utilizam-se os conceitos e equações químicas já bem como se

constroem outros, necessários para a compreensão dos assuntos tratados. A

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primeira leitura do mundo físico sob a ótica da química são reutilizadas e, nesse

processo, podem ser aperfeiçoadas, de acordo com a complexidade das situações

em estudo.

A abordagem qualitativa e suas interações é a primeira ação a ser

desenvolvida e após introduz-se o tratamento quantitativo para que dessa forma o

aluno perceba as relações quantitativas sem utilização de algoritmos. Só então a

partir de entendimento do assunto o aluno terá suporte para construir seus próprios

algoritmos.

Como “esses dois momentos”, visam-se uma aprendizagem ativa e

significativa, as abordagens dos temas através de atividades elaboradas para

provocar a especulação, a construção de idéias.

No terceiro momento reconhecemos a importância do modelo molecular

orgânicos, os quais constituem a maior parte das substâncias. Trabalhando seus

mecanismos, reações e a conservação de suas massas. Valorização da importância

dos compostos de carbono para os seres vivos, também estudar sua obtenção e

elaboração através de laboratórios, bem como seu uso em produtos industriais,

alimentícios e farmacêuticos.

Ainda tratar da relação e influencia do homem sobre a natureza, levando

benefícios, bem como agressões, com isto levar os alunos a ter uma consciência do

bom uso dos conhecimentos adquiridos.

Todos os momentos de estudos serão estruturados de tal forma a permitir

o desenvolvimento (representação e comunicação, compreensão e investigação e

percepção social e histórica).

No processo coletivo da construção do conhecimento em sala de aula, os

valores com respeito pela opinião dos colegas, pelo trabalho em grupo,

responsabilidade, lealdade e tolerância serão enfatizados para desenvolver valores

humanos que fazem parte do processo educativo.

Como o processo ensino-aprendizagem é um processo ativo e coletivo,

baseado nas interações alunos, aluno-professor, objeto do conhecimento, essas

interações serão auxiliadas por recursos tais como:

• Leitura de textos, onde o importante é a discussão de idéias;

• Experimentação formal, com discussão pré e pós laboratório visando a

construção e ampliação de conceitos;

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• Demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posterior

discussão;

• Estudo do meio, através do qual permite a interdisciplinaridade e

contextualização;

• Aulas dialógica, instigando sobre o objeto de estudo;

• Áudio-visual, com período de pré e pós-discussão para facilitar a construção e

ampliação dos conceitos;

• Informática, como fonte de dados e informações;

• Contextualização do objeto de estudo, visando à aproximação com o

cotidiano;

• Projetos e oficinas;

• Biblioteca, como fonte de dados e informação;

• Através da mediação, pois dota o aluno de instrumento para pensar.

AVALIAÇÃO

Avaliar é uma questão do cotidiano e se traduz na interação professor-

aluno, no acompanhamento individual e coletivo no convencimento e

reconhecimento de avanços e limites. A avaliação só tem sentido se for para um

aprendizado, pra que na escola e na vida ele se avalie e se auto-avalie sempre e se

construa dessa maneira. É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino

aprendizagem e não apenas em momentos caracterizados como fechamento de

grandes etapas de trabalho e que envolve não somente o professor, mas também

pais e comunidade escolar.A avaliação para verificar, os valores e atitudes serão em

Química um processo contínuo para que sirva de orientação na prática pedagógica,

avaliação formativa e como promoção do aprendizado incluirá registros e

comentários, adquirindo caráter fornecedor do progresso pessoal e da autonomia do

aluno para permitir a mesma consciência de seu próprio crescimento intelectual e

crescimento como ser humano atuante capaz de interagir na sociedade onde

convive.

Portanto, é objeto da avaliação o progresso do aluno em relação aos

domínios dos conceitos, das capacidades e das atitudes, dando informações sobre:

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• A capacidade para aplicar os conhecimentos na resolução de problemas do

cotidiano.

• A capacidade para usar as linguagens das ciências e das tecnologias;

• Comunicar idéias;

• Habilidades de pensamentos, como: analisar, generalizar e tirar conclusões.

Será eixo norteador na pratica pedagógica os pressupostos e princípios da

avaliação, tais como:

• Que avaliação é um processo contínuo e sistemático, é um meio, um recurso;

• De que a avaliação é funcional, porque se realiza em função dos objetivos

previstos;

• Em que a avaliação é orientadora, porque indica os avanços e dificuldades do

aluno, ajudando-o no sentido de atingir os objetivos propostos;

Sendo portanto, a avaliação formativa e processual visando orientar e

facilitar a aprendizagem.

O objetivo principal da avaliação é a verificação da apropriação de

conceitos científicos.

Vários instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de

expressão dos alunos devem ser utilizados, como: leitura e interpretação de textos,

leitura e interpretação da tabela periódica, relatórios de atividades experimentais,

entre outros.

Devemos também levar em conta a flexibilização dos conteúdos e das

avaliações para que todos os alunos sejam contemplados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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São Paulo, 2001.

COVRE, Geraldo José; Química TOTAL. Editora FTD S.A. . São Paulo, 2001.

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SARDELLA, Antônio; Curso de Química. Editora Ática. 16ª edição. São Paulo,

2001.

TITO & CANTO; Química na abordagem do cotidiano. Editora Moderna.1ª edição.

São Paulo, 1995.

VANIN, José Atílio. Alquimistas e Químicos. Editora Moderna. 2ª edição. São

Paulo, 2005.

BRASIL. Ministério da Educação. Leis de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional – Lei: 9394/96. Brasília: Ministério da Educação, 1996.

6.14. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O mundo hoje está passando por transformações dramáticas. Há um aumento

das taxas de desemprego, ocorrendo uma transferência dos empregos para países

com mão-de-obra mais barata; um aumento dos conflitos étnicos, maior

concentração de riquezas na “mão” de poucas pessoas; a propagação por contágio

de uma doença mortal AIDS, destruição do ecossistema; aumento da fome e da

miséria; modificações nos papéis sociais do homem e da mulher; um aumento do

sectarismo e várias outras mudanças.

Assim, é importante indagarmos acerca do conhecimento produzido pelos

clássicos da sociologia abrindo a possibilidade do exercício da crítica, ou seja, da

nossa capacidade de problematizar criticamente a sociedade em que vivemos.

Sociologia e educação são áreas do saber e do fazer indissociáveis e

complementares, pois estudam e constroem relações que constituem a sociedade e

a história da humanidade. Não podemos mais concebê-las de forma fragmentada ou

isoladamente, pois são áreas que se integram e se definem como mola propulsora

das relações humanas e, consequentemente da qualidade de vida do planeta tão

almejada atualmente.

Num mundo onde o saber progride vertiginosamente, seja pela “globalização”

ou pelo crescente desenvolvimento tecnológico, mudam também as relações de

produção. Nesse contexto é preciso aprender a aprender e para isso devemos

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romper com a forma mecanicista do pensar. É nesse sentido que a Sociologia se

apresenta de forma ampla, integrando e completando outras áreas do

conhecimento.

II - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

• Processo de Socialização;

• Instituições Sociais, Familiares, Religiosas;

• Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos e

outras)

A CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL

• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua

contribuição na análise das diferentes sociedades;

• Diversidade Cultural;

• Identidade;

• Indústria Cultural;

• Meios de Comunicação;

• Sociedade de consumo;

• Indústria cultural no Brasil;

• Questões de Gênero;

• Culturas afro-brasileiras, africanas e indígenas.

TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS

• o conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

• Desigualdades sociais, estamentos, castas, classes sociais;

• Organização do trabalho nas sociedades capilalistas e suas

contradições;

• Globalização e Neoliberalismo;

• Relações de Trabalho;

• Trabalho no Brasil.

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PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA

• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

• Democracia, autoritarismo e totalitarismo;

• Estado no Brasil;

• Conceitos de Poder;

• Conceitos de Ideologia;

• Conceitos de domininação e legitimidade;

• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS

• Direitos Civis, Políticos e Sociais;

• Direitos Humanos;

• Conceitos de cidadania;

• Movimentos Sociais;

• movimentos no Brasil;

• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

• a questão das ONGs.

III – METODOLOGIA

Participação dos alunos nas atividades individuais e coletivas.

Realização das atividades propostas.

Questionamentos feitos pelos alunos

Realização de trabalhos e avaliações orais, escritos e gráficos;

Micro – aulas;

Seminários

Recursos Didáticos

Leitura, discussão e interpretação de textos;

Produção de textos;

Soluções de atividades;

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Elaboração de Cartazes

Trabalhos em Grupos;

Vídeos;

Pesquisas.

Proposta de trabalho para o aluno:

Abordar aspectos da realidade por meio de uma análise didática e crítica dos

problemas sociais;

Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos numa atitude ativa e

participativa;

| Metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprensizado.

IV CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades

relacionadas a disciplina a ser pensada e elaborada de forma transparente e

coletiva;

A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a

prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente a

clarezas e a coerência na exposição das ideias, no texto oral ou escrito;

As formas de avaliação em sociologia, acompanham as próprias práticas de

ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, nas

pesquisas de campo, produção de textos que demonstrem capacidade de

articulação entre teoria e prática.

V – REFERÊNCIAS

OLIVEIRA, P. S. Introdução a Sociologia. São Paulo: editora Ática – 2000.

CARDOSO, Fernando Henrique e IANNI, Octávio (orgs). Homem e sociedade. 7

ed. São Paulo, Nacional, 1971.

DURKEIN, E. Da Divisão Social do Trabalho. São Paulo: Marins Fontes, 1995.

ARENTES, A.A. O que é Cultura Popular. 5ª ed.São Paulo: Brasiliense, 1983.

ALTHUSSER, L. Aparelhos Ideológicos de Estado. Rio de janeiro: Graal, 1985.

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BRANDÃO, C. R. O que é Educação. São Paulo; Brasileiense, 1982.

SEED, Secretaria de Estado da educação/Superintendência da Educação.

Diretrizes Curriculares de Sociologia para a Educação Básica. Curitiba, 2006.

7. ATIVIDADES ESCOLARES DE APOIO E COMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR

7.1 POPOSTA PEDAGóGICA VIVA A ESCOLA – ARTES VISUAIS

Justificativa

A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um

numero cada vez maior de estudantes oriundos de várias classes populares. Ao

assumir essa função intensificou-se a necessidade de discussões contínuas sobre o

papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer para o país. Ao definir

qual formação que se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui para

determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Temos como

política curricular o objetivo de construir uma sociedade justa, onde as

oportunidades sejam iguais a todos. O Projeto Viva Escola de artes visuais remete-

se as reflexões de Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço de

conhecimento, na escola deveria equivaler à idéia de atelier-biblioteca-oficina, em

favor de uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica.

As diferentes formas de pensar Arte e o seu ensino são constituídas nas

relações socioculturais, econômicas e políticas no momento histórico em que se

desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem

referências sobre sua função social, tais como: da arte pode servir à ética, à política,

à religião, à ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou

simplesmente proporcionar o prazer.

A Arte é um processo de humanização e transformação. Com relação ao ensino

da Arte, os saberes específicos das diferentes linguagens artísticas, organizadas no

contexto do tempo e do espaço escolar, possibilitando a ampliação do horizonte

perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do senso crítico, da criatividade,

alterando as relações que os sujeitos estabelecem com o seu meio físico e

sociocultural. Por essa razão se faz necessário a mediação do professor sobre os

conteúdos historicamente consolidados. Nesta área do conhecimento, aprimorando

a capacidade do educando de analisar e compreender os signos verbais e não

verbais que as artes são constituídas nas diferentes realidades culturais.

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Conteúdos

Pretende-se neste projeto trabalhar com a interrelação dos três conteúdos

estruturantes da disciplina de artes, com ênfase maior ao conteúdo estruturante:

Composição

Os conteúdos serão os seguintes:

Elementos Formais (estruturante)

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Composição (estruturante)

Bidimensional

Tridimensional

Figurativa/Abstrato

Geométrica

Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura...

Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia

Os conteúdos acima citados serão trabalhados nas diferentes técnicas e gêneros.

Técnicas de utilização do lápis de cor;

- Grafitagem;

- Método ternário

- Hachuras: - Grafite;- Lápis de cor;- Caneta esferográfica;

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- Releituras de obras;

- Mosaicos:

-Mosaicos de papel;

-Mosaico Alternativo (materiais recicláveis)

-Mosaico no CD.

- Estruturas tridimensionais em papel cartão;

-Para uma praça pública;

-Para um parque infantil;

-Para a fachada de uma empresa.

- Escultura de argila;

- Estrutura tridimensional em gesso;

- Estrutura em gesso

- Escultura de papietagem;

- Escultura Modular em papelão;

- Molde Vazado – ( fotografia)

- Papietagem ;

- Papel machê;

- Técnicas de utilização de pincéis;

- Pintura em garrafa pet;

Pintura em tela ( tinta à óleo).

Para os conteúdos acima citados será feita uma breve consideração dos mais

importantes movimentos e períodos.

Movimentos – Períodos (estruturante)

Arte Greco-Romana

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Arte Africana

Arte Oriental

Idade Média

Arte Popular (folclore)

Arte Pré-Histórica

Renascimento

Barroco

Abstracionismo

Expressionismo

Impressionismo

Indústria Cultural

Arte Digital

Arte Contemporânea

Pop Art

Clássicismo

Realismo

Grafite (Hip Hop)

Romantismo

Objetivos

Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre as diversidades de

pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e

desenvolver o pensamento crítico.

− Contextualizar aos alunos os movimentos e períodos que se caracteriza pelo

contexto histórico relacionado ao conhecimento da arte.

− Levar ao conhecimento do educando os recursos empregados numa obra.

− Desenvolver a capacidade criadora de uma estrutura em que duas faces

serão observadas.

− Apresentar-lhes diferentes materiais, e mostrar que a partir de materiais

alternativos surge-se diversas possibilidades de arte.

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− Expressar por meio das atividades artísticas, as vivencias emocionais.

− Desenvolver a habilidade de descobrir e apreciar os valores estéticos.

− Desenvolver senso de individualidade e confiança no seu discernimento ao

experimentar, criar, julgar e avaliar um produto de arte.

Interagir com materiais novos, instrumentos e procedimentos variados em Artes,

experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais.

− Possibilitar ao educando maior integração na comunidade escolar, fazendo a

interação com colegas, professores e comunidade.

Encaminhamento Metodológico

As aulas serão realizadas no Colégio estadual Vila Industrial com turma de

20 alunos, onde serão abordadas primeiramente aulas expositivas utilizando-se de

fotos, imagens, trabalhos, recortes de revistas, livros, a utilização da TV pendrive

propondo aos alunos sentir, perceber e conhecer obras e trabalhos artísticos,

contextualizando os períodos e movimentos históricos.

Apartir desta contextualização passaremos as aulas práticas onde os alunos a

partir do embasamento teórico produziram suas obras articulando o conhecimento,

científico com sua vivência diária e sua capacidade criadora.

Infraestrutura

O Colégio conta com uma sala de aula para abrigar o projeto, biblioteca, laboratório

de informática, um espaço externo para a realização de algumas das atividades

práticas.

Resultados Esperados

Espera-se que com esse projeto os alunos tenham uma nova visão de arte, do

ensino da arte nas escolas, e que consigam expressar através de suas produções

artísticas suas vivencias emocionais, inlectuais, sociais e culturais, desenvolvendo

sua capacidade criadora.

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Espera-se que estes aprendam a interagir com novos materias, explorando sua

capacidade criativa, desenvolvendo um pensamento mais crítico, integrando-se mais

e melhor à comunidade escolar.

Critérios de Participação

O projeto destina-se a alunos de 6ª, 7ª 8ª série do ensino fundamental e Ensino

Médio, privilegiando aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade

social.

7.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA VIVA ESCOLA LITERATURA

Justificativa

Como afirma CAGLIARI (1994 P.148) “o melhor que a escola pode oferecer

aos alunos deve estar voltado para a leitura”. Nessa direção é que se percebe que o

professor precisa valorizar as atividades voltadas para a leitura, se a finalidade é

tornar o aluno leitor e desenvolver o gosto pela produção textual.

Com essa visão é que se justifica o presente projeto, no sentido de promover

primeiramente momentos individuais de leitura, para posteriormente tornar essa

atividade coletiva através da socialização de diferentes modalidades textuais, com

intuito de motivar o aluno a produção escrita.

Com a atividade de leitura pretende-se que o educando tenha oportunidade

de compartilhar com os colegas as impressões tidas daquilo que mais gostou do

texto lido, ou do que mais chamou sua atenção, podendo assim mostrar sua

capacidade de entendimento e compreensão por meio da oralidade. Já a produção

de texto terá como finalidade desenvolver o potencial criativo e a capacidade de

cada educando, valorizando seu conhecimento através da leitura, exposição e

socialização das próprias produções .

O trabalho será realizado no decorrer do ano letivo e buscará envolver: alunos

das 6ª, 7ª e 8ª séries, no sentido de aprimorar o gosto e pela leitura e o

conhecimento literário. Este projeto pretende ter como produto final a edição de um

livro contendo uma coletânea de textos produzidos pelos alunos, bem como

exposições de trabalhos nos murais da escola.

Conteúdos

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O discurso enquanto prática social:

-LEITURA

Identificação do tema

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intertextualidade

- informatividade

- intencionalidade

- marcas linguísticas

Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- ideologia

- papéis sociais representados

- intertextualidade

- intencionalidade

- informatividade

- marcas linguísticas

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e

informal.

Texto verbal e não-verbal

Relações dialógicas entre textos

Informações implícitas em textos

As vozes sociais presentes no texto

Estética do texto literário

ORALIDADE

Adequação ao gênero:

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- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

Variedades linguísticas

Intencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.

Particularidades de pronúncia de algumas palavras

ESCRITA

Adequação ao gênero:

- conteúdo temático

- elementos composicionais

- marcas linguísticas

Argumentação

Coerência e coesão textual

Paráfrase de textos

Paragrafação

Refacção textual

Argumentação

Paragrafação

Clareza de ideias

Objetivos

Despertar através da leitura, interpretação e produção de diferentes gêneros

textuais o resgate dos conhecimentos prévios, a criatividade e o potencial de cada

educando.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Desenvolver o gosto pela leitura, oralidade e escrita;

Promover debates e socializações sobre as produções propostas;

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Ler diferentes tipos de textos que sirvam como referencial de escrita;

Valorizar o trabalho dos alunos através de apresentações e exposições na

escola;

Atender individualmente cada educando a fim de ajudá-lo a superar suas

dificuldades;

Reconhecer a estrutura e objetivo dos diferentes tipos de textos;

Envolver os pais nas atividades referentes à rescrita de causos, valorizando

assim a cultura local.

Encaminhamento Metodológico

Tendo em vista que a grande maioria dos alunos encontra dificuldades para

interpretar e produzir diferentes gêneros textuais o presente projeto com o intuito

de envolver alunos e comunidade escolar, despertando o gosto pela leitura e

construir bases para a prática de escrita de diferentes tipos de textos. O trabalho em

sala será baseado na leitura, oralidade, produção e interpretação dos mais variados

gêneros textuais, incluindo o uso de mídias e de textos que circulam socialmente_

panfletos, propagandas, cartazes entre outros, tendo como atividades centrais a

leitura, escrita e oralidade. Sabe-se que esse tipo de trabalho é fundamental para

que o aluno amplie seu conhecimento de mundo, e seja capaz de resolver

problemas cotidianos. No entanto, ele precisa compreender e interpretar aquilo que

lê, por isso quando tem oportunidade de expressar-se através da escrita, oralmente

ou ouvindo os colegas, entende melhor e reconhece o uso e função da escrita.

Convém ressaltar que para que o trabalho tenha êxito serão utilizadas

diferentes estratégias como: leitura de textos referências, a socialização de ideias

através de discussões, entrevistas, debates, interpretações, compreensão de texto,

produção própria e re-escrita, exposições, depoimentos de pessoas experientes

como: avós, profissionais aposentados e demais membros da sociedade.

O ponto de referencia será a valorização dos conhecimentos prévios de cada

educando, porém no trabalho de produção e re-escrita de textos a intervenção do

professor será uma ferramenta básica para que o aluno perceba a importância da

coerência e coesão textual. Por isso, em cada correção feita serão pontuadas as

falhas (de modo individual e também coletivo, no caso de restruturação), tendo como

finalidade ampliar e melhorar a produção individual dos educandos.

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Como produto final de cada etapa serão feitas exposições dos trabalhos,

sendo esta uma forma de socializar com os demais alunos e também valorizar o

processo de aprendizagem dos participantes. Todas as atividades realizadas serão

corrigidas e arquivadas, para que no final do projeto seja feita uma coletânea das

produções desenvolvidas.

Infraestrutura

Sala de aula,

Laboratório de informática;

Saguão (para realização de atividades extraclasse e exposição de trabalhos).

Resultados Esperados

Ao final do trabalho espera-se que o aluno saiba reconhecer as diferentes

estruturas textuais (uso e função) , sendo capaz d e produzir textos coerentes e

coesos, sabendo também expressar-se nas diferentes situações comunicativas.

Espera-se também publicar um livro com a coletânea dos diferentes tipos de

texto produzidos pelos alunos.

Critérios de Participação

Nesse processo serão priorizados os alunos de 6ª, 7ª e 8ª séries que

apresentam dificuldades de leitura, escrita e interpretação. Levando-se em conta o

interesse e a vontade de fazer parte do projeto.

7.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM

APRESENTAÇÃO

O processo de integração em andamento na américa Latina, tem no Mercosul

seu mais eloquente marco, seve de comprovação as nações desenvolvidas de que

nós, latino-americanos, temos plenas condições de garantir uma participação

destacada na nova sociedade.

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Em poucos anos, a sociedade brasileira, do Paraguai, da Argentina, Uruguai, Chile,

Bolívia e Peru se aproximaram alastrando-se nos segmentos sociais e culturais e

todos os que se sentiram atraídos pelos ideais de integração passaram a conhecer e

estudar a língua espanhola conquistando assim, um espaço cada vez maior no

ensino da Língua Espanhola no Brasil.O aprendizado da Língua Espanhola é uma

possibilidade de aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como

cidadão e o papel educacional da Língua Espanhola é importante, para o

desenvolvimento integral do indivíduo proporcionando uma nova experiência de

vida. Experiência esta, que significa uma abertura para o mundo, tanto o mundo

próximo, quanto o mundo distante, contribuindo assim, para a construção de uma

competência não somente no aprendizado da Língua Espanhola, mas também na

compreensão de outras disciplinas, de novas culturas e ampliando também a

possibilidade de inserção do indivíduo no mercado de trabalho.

Por isso o CELEM no que se refere ao ensino da Língua Espanhola

proporciona ao aluno participante, habilidades comunicativas não apenas na língua

materna, mas também na sua língua estrangeira que está desenvolvendo na

aprendizagem, num processo de reflexão sobre a realidade social, política e

econômica, com visôes de mundo, hábitos e valores que comumente são bem

diferentes dos nossos e, por essa razão, abrem a mente e outras possibilidades de

ser no mundo.

Outro aspecto relevante na aprendizagem da língua Espanhola é o

alargamento de possibilidade de acesso a informação. A apropriação de informação

é tão veloz nos dias de hoje e muitas delas nos chegam em outros idiomas dando

cobertura dos fatos que faz faz-se mais do que nunca uma necessidade conhecer e

estudar outros idiomas para ter acesso a essas informações.

OBJETIVO GERAL

O objetivo do ensino e aprendizagem da Língua espanhola é alcançar a

competência comunicativa linguística, textual, discursiva e sociocultural dominando

as quatro habilidades e usando adequadamente a língua em estudo consciência de

sua importância.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

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CONTEÚDOS EXPRESSOS COM HABILIDADES TRABALHADOS NA

ORALIDADE NA LEITURA E NA ESCRITA

Primeiro Semestre (P1, P2, P3)

• Associar os diferentes sons as letras do alfabeto

• Identificar os dias da semana, meses e nacionalidade

• Identificar as cores, objetos da casa e da escola, vestuário e partes do corpo

humano

• Identificar os membros da família

• Utilizar formas no presente

• Dominar as fórmulas de apresentação (nome, idade, profissão, nacionalidade,

etc)

• Descrever pessoas, localizar objetos

• Pedir informações

• Instrumentos e meios de comunicação

• Números cardinais

• Horas

• Noções de temporalidade Estações do ano

• Pronomes pessoais

• artigos definidos e indefinidos

• Gênero e número dos substantivos e adjetivos

• Identificar os sinais de pontuação

• Aspectos culturais do México, Paraguai e Argentina

• Dar e pedir informações sobre localização e lugares

• Desenvolver conversação eletrônica

• Desenvolver comunicação telefônica

• Descrever atividades semanais: dias da semana e hora

• Relacionar profissões com sua área de atuação e os produtos que utilizam

• Convidar, aceitar ou recusar um convite

• Descrever características físicas, utilizando aumentativos, diminutivos

• Conhecer e identificar animais e alimentos

• Utilizar formas verbais nos diferentes tempos

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• Expressar desejos e opiniôes

• Artigo neutro “lo”

• Advérbios

• Muy e mucho

• Pronomes demonstrativos

• Pronomes possessivos

• Pronomes interrogativos

• Imperativo

• Verbo gostar, parecer e similares

• Perífrases verbais

• Números ordinais

• Aspectos culturais de Barcelona, Argentina e Cuba

Segundo Semestre P1 P2

• Revisão dos tempos passados

• Utilizar formas verbais no futuro

• Comprar alimentos ou outros objetos

• Narrar fatos no passado

• Dar informações e instruções

• Expressar obrigado, necessidade e proibição

• Utilizar pronomes possessivos e pessoais

• Expressar dúvidas ou hipóteses (presente, passado, futuro)

• pronomes complementares

• Acentuação

• Modo subjuntivo, antônimo e sinônimo

• Regras e eufonia

• Preposições

• Reconhecer os numerais fracionários, multiplicativos e coletivos

• Aspectos culturais dos Incas, Astecas, Peru, Chile

• Utilizar frases que expressam ações

• Realizar comparações entre climas, países e costumes

• Solicitar ajuda

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• Expressar hipótese no tempo passado ou condicional

• Pedir informações telefônicas sobre horário, preços, etc

• Convencer alguém para realizar algo

• Argumentar um ponto de vista

• Verificar os significados das expressões idiomáticas

• Escrever carta formal ou informal

• Refrões e pensamentos

• Conjunções

• Heterotonicos

• Heteriogenéricos

• Heterossemânticos

• Aspectos culturais de Macchu Picchu e espanha

• Festas típicas da Espanha e países latinoamericanas

• Identificar os principais poetas e pintores espanhois

METODOLOGIA

Cada professor tem uma realidade muito própria, única e que necessita de

abordagens específicas. Contudo, o professor precisa ousar e inovar para atingir

objetivos e despertar no aluno o gosto pelo aprendizado de uma L.E.M.

Mas para que o novo aconteça, segundo BOHN (2001), o professor que ensina,

dentro de uma perspectiva inovadora precisa estar em estado de aprendência. No

momento que se distancia da aprendizagem torna-se autoritário, patriarcal,

prescritivo.

Recursos como revistas, jornais, livros, TV, vídeo, DVD, devem ser utilizados na

elaboração das tarefas pedagógicas, para vincular o que se faz em sala de aula com

o mundo exterior.

Trabalhos em duplas, grupos ou a classe utilizando formas de conversação facilitam

o aprendizado e estimulam o aluno ao diálogo e a leitura.

Assim, em vez de utilizar imposições feitas por diferentes métodos, pensa-se em

termos de variedade de opções pedagógicas a fim de atingir o objetivo esperado.

AVALIAÇÃO

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Elemento que integra o ensino e a aprendizagem, a avaliação tem por meta o

ajuste e a orientação para a intervenção pedagógica, visando a aprendizagem de

forma mais adequada para o aluno. É um elemento de reflexão contínua para o

professor sobre sua prática educativa é instrumento para que o aluno possa tomar

consciência de seus progressos, dificuldades e possibilidades.

Para uma avaliação satisfatória devemos levar em conta que o aluno deve

demonstrar compreensão geral dos textos variados, selecionar as informações

específicas do texto, demonstrar conhecimento da organização textual, consciência

de que a leitura não é um processo linear que exige entendimento de cada palavra,

ser crítico em relação aos objetivos texto e possuir um conhecimento sistêmico

fixado fixado para o texto.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá se contínua

permanente e cumulativa.

REFERÊNCIAS

BUENO, Eduardo. Náufragos, traficantes e Degredados: as primeiras expedições ao

Brasil. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1998

CHARLAN, Valmireh. O MERCOSUL a integração econômica da América latina.

São Paulo: Sipione, 1996.

DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA. ESPANHOL

SEED. Diretrizes Curriculares Educacionais de Espanhol/Ensino Médio. Governo do

Paraná, 2006. versão preliminar.

7.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA SALA DE RECURSOS

1. DEFINIÇÃO

Considerando os preceitos legais que regem a Educação Especial, como

a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N.º 9394/96;

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as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer

CNE N.º 17/01 ;

a Resolução CNE N.° 02/01; e

a Deliberação N.° 02/03 - CEE – PR, a Sala de Recursos é

“Um serviço especializado de natureza pedagógica que complementa o

atendimento educacional realizado nas classes comuns. Tem por objetivo atender

alunos matriculados no Ensino Fundamental nas séries finais, egresso de Escolas

de Educação Especial, Classes Especiais e/ou Salas de Recursos das séries iniciais

do Ensino Fundamental, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe

multiprofissional; da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente

da Deficiência Mental/Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por

equipe multiprofissional; bem como, da classe comum, com Transtornos Funcionais

Específicos, com Avaliação no Contexto Escolar, realizada por equipe

multiprofissional.”

2. DA AVALIAÇÃO DE INGRESSO NA SALA DE RECURSOS

A avaliação de ingresso na Sala de Recursos é realizada no contexto do

ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado,

pedagogo da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa

– (Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento

de parcerias, entre outros) e equipe do NRE, devidamente orientada pela

SEED/DEEIN.

O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos

com indicativos de Deficiência Mental/Intelectual, enfoca aspectos pedagógicos

relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos,

cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do

desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e

concentuais, acrescida do parecer psicológico.

Para a identificação de alunos com indicativos de Transtornos

Funcionais Específicos (Distúrbios de Aprendizagem – dislexia, disortografia,

disgrafia e discalculia), além dos aspectos citados acima, o processo de avaliação

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no contexto escolar é complementado com parecer fonoaudiológico e/ou de

especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem necessários.

Já para a identificação de alunos com indicativos de Transtornos

Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade), o processo de

avaliação no contexto escolar, além dos aspectos citados acima, é acrescido de

parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementada com parecer psicológico.

Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, são

registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para o

plano de trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos

que se fizerem necessários, sendo ainda devidamente datado e assinado por todos

os profissionais que participaram do processo.

3. ASPECTOS PEDAGÓGICOS

O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, constitui um

conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos

cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários para apropriação e produção

de conhecimentos.

O planejamento pedagógico é organizado (e, sempre que necessário

reorganizado), de acordo com:

os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;

as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional);

os conteúdos pedagógicos defasados das séries iniciais, principalmente Língua

Portuguesa e Matemática.

Os atendimentos na Sala de Recursos se dão em período contrário ao que

o aluno está matriculado e freqüentando a classe comum, sendo atendido de forma

individualizada ou em grupos, considerando-se que o tempo de trabalho coletivo não

excede o tempo do trabalho individual. Na Sala de Recursos, o número máximo de

alunos é de 20 (vinte) alunos com atendimento por cronograma, sendo este, flexível,

e organizado de acordo com o desenvolvimento e necessidade dos alunos, com

anuência da Equipe Pedagógica da escola.

O aluno freqüentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar

as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

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4. TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS – DEFINIÇÃO E METODOLOGIA

DE TRABALHO NA SALA DE RECURSOS

4.1 DISLEXIA

A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita, normalmente

detectado a partir da alfabetização, período em que o aluno inicia o processo de

leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta soletrar

letras com bastante dificuldade e sem sucesso.

Porém se o aluno estiver diante de pais ou professores especialistas a

dislexia poderá ser detectada mais precocemente, pois a criança desde pequena já

apresenta algumas características que denunciam suas dificuldades, tais como:

• Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer laço no

cadarço do sapato, pegar e chutar bola.

• Atraso na locomoção.

• Atraso na aquisição da linguagem.

• Dificuldade na aprendizagem das letras.

• Possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média.

• Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras

e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e

escrita.

A dislexia normalmente é hereditária. Estudos mostram que as pessoas com

dislexia possuem pelo menos um familiar próximo com dificuldade na

aprendizagem da leitura e escrita.

O distúrbio envolve percepção, memória e análise visual. A área do cérebro

responsável por estas funções envolve a região do lobo occipital e parietal.

CARACTERÍSTICAS

• Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-c, f-

t, m-n, v-u.

• Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.

• Inversões de sílabas: em/me, sol/los, las/sal, par/pra.

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• Adições ou omissões de sons: casa lê casaco, prato lê pato.

• Ao ler pula linha ou volta para a anterior.

• Soletração defeituosa: lê palavra por palavra, sílaba por sílaba, ou reconhece

letras isoladamente sem poder ler.

• Leitura lenta para a idade.

• Ao ler, movem os lábios murmurando.

• Freqüentemente não conseguem orientar-se no espaço tendo dificuldade de

distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldades para se orientarem com

mapas, globos e o próprio ambiente.

• Usa dedos para contar.

• Possui dificuldades em lembrar seqüências: letras do alfabeto, dias da semana,

meses do ano, lê as horas.

• Não consegue lembrar-se de fatos passados como horários, datas, diário

escolar.

• Alguns possuem dificuldades de lembrar objetos, nomes, sons, palavras ou

mesmo letras.

• Muitos conseguem copiar, mas na escrita espontânea como ditado e ou

redações mostra severas complicações.

• Afeta mais meninos que meninas.

METODOLOGIA E ORIENTAÇÕES

A metodologia utilizada na Sala de Recursos para atender alunos com

dislexia se dá, sempre que possível, de maneira individual e freqüente. Busca-se

utilizar material estimulante e interessante. São utilizados jogos empregando-se

preferencialmente os que contém letras e palavras.

Busca-se reforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto

relevo, com diferentes texturas e cores. Leituras são realizadas todos os dias, de

modo silencioso e oral, individual e coletivo, entretanto, vale ressaltar que não são

estimuladas as competições com colegas, nem se exige que ele responda no

mesmo tempo que os demais.

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Em alguns casos, o aluno é orientado para que escreva em linhas

alternadas, para que tanto ele quanto o professor possa entender o que escreveu e

poder corrigí-los. Entretanto, os erros nunca são criticados negativamente. Procura-

se mostrar onde errou, porque errou e como evitá-los. Busca-se ainda não exagerar

nas inúmeras correções, pois isso pode desmotivá-lo. Procura-se mostrar os erros

mais relevantes.

4.2 DISGRAFIA

A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma

incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve

muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra

ilegível.

Alguns alunos com disgrafia possuem também uma disortografia

amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos

digráficos que possuem disortografia. A disgrafia, porém, não está associada a

nenhum tipo de comprometimento intelectual.

CARACTERÍSTICA S

• Lentidão na escrita.

• Letra ilegível.

• Escrita desorganizada.

• Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito

leves.

• Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.

• Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes

ou ultrapassando. Quando este último acontece, tende a amontoar letras na

borda da folha.

• Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas,

omissão de letras, palavras, números, formas distorcidas, movimentos contrários

à escrita (um S ao invés do 5 por exemplo).

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• Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita

alongada ou comprida.

• O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.

• Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.

TIPOS

Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:

• Disgrafia motora (discaligrafia): a criança consegue falar e ler, mas encontra

dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e

números, ou seja, vê a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos

para escrever

• Disgrafia perceptiva: não consegue fazer relação entre o sistema simbólico e as

grafias que representam os sons, as palavras e frases. Possui as características

da dislexia sendo que esta está associada à leitura e a disgrafia está associada à

escrita.

METODOLOGIA E ORIENTAÇÕES

A metodologia requer uma estimulação lingüística global e um

atendimento individualizado complementar à escola, no caso a Sala de Recursos.

Pede-se aos pais e professores que evitem repreender o filho/aluno. Reforça-se o

aluno de forma positiva sempre que consegue realizar uma conquista. Sugere-se

aos professores que, na avaliação dar mais ênfase à expressão oral, bem como

evitar o uso de canetas vermelhas na correção de cadernos e provas.

Vale ressaltar que busca-se conscientizar o aluno de seu problema e

ajudá-lo de forma positiva.

4.3 DISORTOGRAFIA

A característica principal de um sujeito com disortografia são as confusões

de letras, sílabas de palavras, e trocas ortográficas já conhecidas e trabalhadas pelo

professor.

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213

Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas

porque a relação com os sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por

completo. Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem

repetidamente, é importante que o professor esteja atento já que pode se tratar de

uma disortografia.

CARATERÍSTICAS

• Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo,

porta/borta.

• Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.

• Adições: ventitilador.

• Omissões: cadeira/cadera, prato/pato.

• Fragmentações: en saiar, a noitecer.

• Inversões: pipoca/picoca.

• Junções: No diaseguinte, sairei maistarde.

METODOLOGIA E ORIENTAÇÕES

Dentre as diversas ações para sanar as dificuldades de escrita do

educando, realiza-se leitura diariamente, sendo esta silenciosa e oral, individual e

coletiva. Busca-se estimular a memória visual através de quadros com letras do

alfabeto, números, famílias silábicas. Entende-se que exigir da criança que escreva

vinte vezes a palavra não é algo válido, pois isso de nada irá adiantar.

Vale ressaltar que busca-se conscientizar o aluno de seu problema e

ajudá-lo de forma positiva.

4.4 DISCALCULIA

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A matemática para alguns alunos ainda é um bicho de sete cabeças.

Muitos não compreendem os problemas que a professora passa no quadro e ficam

muito tempo tentando entender se é para somar, diminuir ou multiplicar; não sabem

nem o que o problema está pedindo. Alguns, em particular, não entendem os sinais,

muito menos as expressões. Contas? Só nos dedos e olhe lá.

Em muitos casos o problema não está no aluno, mas no professor que

elabora problemas com enunciados inadequados para a idade cognitiva do aluno.

O aluno com discalculia comete erros diversos na solução de problemas

verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na

compreensão dos números.

O educando com discalculia é incapaz de:

Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;

Conservar a quantidade: não compreendem que 1 quilo é igual a quatro

pacotes de 250 gramas.

Seqüenciar números: o que vem antes do 11 e depois do 15 – antecessor e

sucessor.

Classificar números.

Compreender os sinais +, - , ÷, ×.

Montar operações.

• Entender os princípios de medida.

• Lembrar as seqüências dos passos para realizar as operações matemáticas.

• Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de

uma sala à quantidade de carteiras.

• Contar através dos cardinais e ordinais.

METODOLOGIA E ORIENTAÇÕES

A metodologia utilizada na Sala de Recursos para atender alunos que

apresentam quadro de discalculia se dá, sempre que possível, de maneira individual

e freqüente. Procura-se elevar sua auto-estima valorizando suas atividades, seus

acertos, suas conquistas, fazendo-o perceber que tem muitas qualidades. Além

disso, o uso de jogos é indispensável no tratamento à discalculia, pois ajudam na

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215

seriação, classificação, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais, contagem.

Por se tratar de um objeto de interesse do educando, o computador é também um

instrumento de grande importância nesse processo, utilizando-se de jogos on-line,

por exemplo.

Quanto às orientações aos professores do núcleo comum, orienta-se que

estes evitem:

• Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais;

• Mostrar impaciência com a dificuldade expressada pela criança ou

interrompê-la várias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer

completando sua fala;

• Corrigir o aluno freqüentemente diante da turma, para não o expor;

• Ignorar a criança em sua dificuldade.

Busca-se ainda apresentar algumas dicas aos professores, como:

• Não forçar o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter

conseguido;

• Explicar a ele suas dificuldades e dizer que está ali para ajudá-lo sempre que

precisar;

• Propor jogos na sala;

• Não corrigir as lições com canetas vermelhas ou lápis;

• Sempre que possível, procurar usar situações concretas, nos problemas.

4.4 TDAH – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

O TDAH é uma disfunção no córtex pré-frontal e suas conexões com o

circuito subcortical e córtex parietal. Caracterizado por sintomas de hiperatividade,

impulsividade e/ou desatenção, devido a alterações dos sistemas motor, perceptivo,

cognitivo, e do comportamento, comprometendo assim o aprendizado.

Pode-se dizer que existem três tipos de TDAH:

TIPO 1: Predominantemente desatento;

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TIPO 2: Predominantemente hiperativo/impulsivo

Combinado.

CARACTERÍSTICAS

Para caracterizar um hiperativo é importante se levar em conta o tempo

que a criança começou a apresentar os sintomas. Segundo o DSM IV (Manual

Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) os sintomas deverão ser

ininterruptos e com duração mínima de seis meses sem limitar-se a apenas uma

situação.

A criança não precisa, necessariamente, apresentar todas as

características descritas, mas pelo menos seis delas.

A seguir, os sintomas apresentados por educandos com TDAH Tipo 1:

Predominantemente Desatento:

Não presta atenção a detalhes e erra por descuido;

Tem dificuldade de manter e concentração nas atividades;

Não ouve quando lhe falam diretamente (“cabeça no mundo da lua”);

É desorganizado;

Distrai-se facilmente por estímulos que não tem nada a ver com o que

está fazendo;

Não persiste nas tarefas que exigem esforço mental continuado;

É esquecido;

Tem dificuldade de seguir instruções e/ou terminar tarefas;

Perde as coisas necessárias para as tarefas e atividades.

Sintomas apresentados por educandos com TDAH Tipo 2:

Predominantemente Hiperativo/Impulsivo:

Não pára sentado;

Irrequieto com as mãos e com os pés quando sentado;

É um foguete, a mil por hora, a milhão;

Fala demais;

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Tem dificuldade em esperar a vez;

Interrompe, intromete-se nas conversas ou jogos dos outros;

Tem uma sensação de inquietude;

É barulhento para jogar ou se divertir;

Salta com as respostas antes de terminar as perguntas;

Uma criança ou um adulto hiperativo pode estar em qualquer lugar;

batendo os pés, sentando e levantando a todo o momento, cantando sem parar,

assobiando em horas impróprias, distraindo-se com facilidade, impacientes em filas,

não se mantêm sentado durante as refeições, não se concentra em um canal de

televisão mudando sempre, faz movimentos desnecessários com o corpo, possui

gestos bruscos, tem sono agitado, perde-se no tempo.

Quando bebês, normalmente possuem sono intranqüilo, mexendo-se

muito, ao começar a andar tropeçam e se esbarram mais do que o normal. Podem

apresentar um retardo na fala e troca de letras por um período maior.

Na realidade não podemos dizer que esta criança não presta atenção a

alguma coisa, mas sim a várias coisas ao mesmo tempo e por isso distrai-se

facilmente.

O hiperativo apresenta certa incoordenação motora. Possui dificuldade

para andar de bicicletas, patins, pular cordas, subir em árvores, abotoar roupas,

amarrar sapatos, fazer recortes com tesoura, arremessar bola etc.

Conforme Golfeto, a criança hiperativa apresenta dificuldade em distinguir

direita de esquerda, alterações de memória visual e auditiva, em orientar-se no

espaço, fazer discriminações auditivas, em elaborar sínteses auditivas, além de

possuir má estruturação do esquema corporal (1992, p. 12).

Em geral, é desorganizada, distraída, esquecida, bagunceira, não gosta

de limites, possui dificuldades em completar tarefas, e nos relacionamentos com

colegas. Estas características ficam mais evidentes e perceptivas no período

escolar cujo nível de concentração deve aumentar para que ocorra a aprendizagem.

Na escola é a criança problema, respondendo aos professores com

agressão, não respeitando limites, xingando e batendo nos colegas, não se

concentrando e atrapalhando as aulas, o que prejudica seu rendimento escolar.

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Geralmente é apontada como desorganizada pelos professores. Quando

começa uma atividade quase sempre não a faz ou deixa pela metade, interessando-

se por outra e depois por outra e assim nunca conclui o que começou, prejudicando

sua aprendizagem. Por não conseguir terminar suas tarefas, não parar quieto na

sala, mexer com todo mundo atrapalhando a aula, é bombardeada por palavras

desagradáveis seja por partes dos professores ou colegas. Esta atitude tende a

baixar sua auto-estima.

Em casa deixa os pais desorientados. Bagunça o quarto, sobe em

armários, não senta à mesa para refeições, não obedece. Os pais devem estar

atentos para quando perceber um comportamento excessivamente agitado e unindo

às queixas escolares, procurar um especialista. É importante que as queixas não

sejam somente em casa, mas que se apresentem em outros lugares também, assim

descarta-se a hipótese de querer aborrecer os pais por algum motivo que lhe esteja

incomodando como o nascimento de um irmão, os pais trabalharem fora muito

tempo e não lhes dar atenção etc.

BAIXA AUTO-ESTIMA E COMPORTAMENTO DE RISCO

O hiperativo normalmente é rejeitado pela sociedade. Seu

comportamento inadequado prejudica a concentração dos colegas que passa a

excluí-lo. Esta exclusão pode levar o indivíduo a desenvolver problemas

psicológicos podendo tornar-se introvertido ou agressivo, exibicionista e com baixa

auto-estima acentuadas.

Estas pessoas têm tendência a comportamentos de alto risco tais como vícios,

jogatina, temperamento explosivo e acidentes. Como já foi citado, anteriormente,

elas não possuem exata noção de limites e unindo à sua baixa auto-estima tentam

fugir de seus problemas através destes vícios.

Crianças hiperativas adoram correr riscos, pois não possuem a exata

noção de perigo e limites. Podem se machucar com muita facilidade, sendo

desajeitadas, esbarrando-se em copos, mesas, pessoas, levando os pais a

prejuízos por danos causados a terceiros ou a elas mesmas, como atravessar uma

rua sem olhar para os lados devido a sua impulsividade e falta de atenção.

METODOLOGIA E ORIENTAÇÕES

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219

O TDAH não é um problema de dificuldade de aprendizagem, porém o

comportamento da criança atrapalha muito seu rendimento.

Para um tratamento adequado é importante um trabalho multidisciplinar

envolvendo pais, professores, fonoaudióloga (no caso de disortografia e disgrafia).

Deverá ser traçadas estratégias de como lidar com esta criança em casa e na

escola para que não haja distorções na maneira de lidar com ela. Criar regras,

modificar o ambiente tornando-o mais adequado e menos perigoso, flexibilização no

currículo escolar, adequar o tempo dividindo as atividades em partes, por exemplo,

são algumas das modificações a serem providenciadas.

Em casos mais graves a psicoterapia sozinha não resolve, sendo

indicado o uso de medicamento, porém é totalmente reprovado o uso da

automedicação. O medicamento deverá ser indicado pelo médico, mais

provavelmente o psiquiatra. Muitos possuem efeitos colaterais, por isso é

importante o acompanhamento médico para que ele mude se necessário

verificando o mais adequado e o que melhor o paciente se adapta.

AÇÕES DA SALA DE RECURSOS E DICAS AOS PROFESSORES DA CLASSE

COMUM:

Substituir aulas monótonas ou cansativas por aulas mais estimulantes que prendam

sua atenção (o professor deverá ter muito preparo e ser bastante flexível com

seu planejamento, mas ter cuidado para que o hiperativo não se empolgue

demais);

Estes alunos adoram novidades, lancar mão destes recursos não habituais para

prender sua atenção. Pedir ajuda ao professor de artes para trabalhar de forma

interdisciplinar. Estas crianças são muito criativas e se identificam muito com

tarefas como criar, construir, explorar. Os adultos hiperativos poderão ter mais

sucesso em carreiras ligadas a designers, publicidade, artes plásticas.

Organizar as carteiras em círculo, em forma de U, ao invés de fileiras a fim de

visualizar melhor toda a classe e seu movimento;

Colocar este aluno próximo a outras mais concentradas e calmas, assim ele não

encontrará seguidores para sua agitação;

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220

Trazê-lo para perto de você, assim poderá ver se ela está conseguindo acompanhar

seu ritmo, ou se você precisa desacelerar um pouco. Isto o ajudará também a

dispersar-se menos.

Colocar sempre no quadro as atividades do dia para que este aluno perceba que há

regras pré-definidas e previamente organizadas e que todos devem cumpri-las

sem exceção de ninguém.

As tarefas não poderão ser longas. Deverão ter conclusão rápida para que ele

consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum. As

tarefas maiores deverão ser divididas em partes para que ele perceba que elas

podem ser terminadas.

Evitar cores muito fortes na sala e na farda como amarelo e vermelho. Cores fortes

tendem a deixá-los ainda mais agitados, excitados e menos atentos. Procurar

colocar tons mais neutros e suaves. Comparar com o quarto de um bebê; agora

pense: porque ninguém usa cores fortes nele? Estímulo demais não é bom para

ninguém.

Permitir que o aluno saia algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz em

outra sala, ir ao banheiro. Estes alunos não gostam de ficar parados por muito

tempo e desta forma estará evitando que ele fuja da sala por conta própria.

Elogiar seu bom comportamento, incentivar os colegas a elogiar suas produções,

desta forma a turma estará ajudando este aluno a elevar sua auto-estima.

As aulas de educação física são um ótimo auxílio para estas crianças que parecem

ter energia triplicada. A ginástica ajuda a liberar mais esta energia que parece

ser inesgotável, ajuda na concentração através de exercícios específicos, ajuda

a estimular hormônios e neurônios, a distinguir direita de esquerda já que

possuem problemas de lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem.

5. SÃO ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DA SALA DE RECURSOS

Conforme a Instrução Nº 013/08 – SUED/SEED, cabe ao Professor da

Sala de Recursos:

− Elaborar o planejamento pedagógico individual, com metodologia e

estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as intervenções

pedagógicas sugeridas na avaliação de ingresso e/ou relatório semestral;

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221

− Desenvolver um trabalho partindo dos interesses, necessidades e

dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno, oferecendo

subsídios pedagógicos, contribuindo assim para a aprendizagem dos

conteúdos na série em que se encontra.

− Orientar aos professores as Classe Comum, juntamente com a Equipe

Pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliação e metodologias que

serão utilizadas no ensino regular, em atendimento aos alunos com

Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos;

− Apoiar individualmente ao aluno com Deficiência Mental/Intelectual e/ou

Transtornos Funcionais Específicos, na sala de aula comum, com ênfase à

complementação do trabalho do professor da classe comum;

− Participar na avaliação no contexto escolar dos alunos com indicativos de

Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

− Registrar sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do aluno,

conforme planejamento pedagógico individual.

Vale ressaltar que o trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não

deve ser confundido com reforço escolar ou repetição de conteúdos

programáticos da classe comum.

BIBLIOGRAFIA

ABDA – Associação Brasileira do Déficit de Atenção – Como diagnosticar crianças e

adolescentes - http://www.tdah.org.br/diag01.php

SITES CONSULTADOS: www.novaescola.abril.com.br

www.psicopedagogiabrasil.com.br

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Projeto Político Pedagógico foi concebido, desenvolvido e

avaliado pelo coletivo escolar. Desta forma propicia compromisso e

responsabilidade de todos os envolvidos.

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222

O mesmo foi elaborado, considerando ações prioritárias a curto, médio e

longo prazo, as quais estão de acordo com as condições e possibilidades reais do

Colégio. Este Projeto Político nasceu da própria realidade, tendo como suporte a

explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas

aparecem; é exeqüível e prevê as condições necessárias ao desenvolvimento e à

avaliação; articula todos os envolvidos com a realidade da escola, será construído

continuamente, pois é produto, e também processo.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AGUILAR, L. E. A gestão da educação: seu significado a partir de

propostas1. pedagógicas institucionais. Texto apresentado no III Congresso

Latino-Americano de Administração da Educação – 21-25 de julho de 1997.

Unicamp – São Paulo, Brasil.

2. ARROYO, Miguel G. Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens, Petrópolis, RJ.

Vozes, 2000.

3. CF. Constituição da República Federativa do Brasil: 5 de outubro de 1988.

4. ESTEBAN, M. Teresa. O que sabe quem erra? Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

5. FRAGO, Antonio V.; ESCOLANO, Agustín. Currículo, Espaço e Subjetividade: a

arquitetura como programa. 2. ed. RJ: DP&A, 2001.

6. FREIRE, P. Extensão ou Comunicação. Rio de Janeiro, 2002.

7. (IBGE) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Perfil socioeconômico da

população brasileira, paranaense e larajeirense. Disponível em www.ibge.gov.br/ .

Acesso em 06/07/2010.

8. (IDEB) Índice de desenvolvimento da Educação Básica. Metas para o

município, estado e nacão. Disponível em www.sistemasideb.inep.gov.br/resultado.

Acesso em 14/06/2010.

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9. (IDH) Índice de Desenvolvimento Humano. Caracterização socio-economica do

Brasil , Estado e Município. Disponível em www.pnud.org.br//. Acesso em 05/07/2010.

10. (IPEA) Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Políticas Sociais

Brasileiras.

Disponível em www.ipea.gov.br/ . Acesso em 17/08/2010.

11. LIBÂNEO, José Carlos. A escola com que sonhamos é aquela que assegura

a todos a formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e

cidadã. In: COSTA, Marisa Vorraber (Org.). A escola tem futuro? Rio de Janeiro:

DP&A, 2003. p. 23-52.

12. LDBEN, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 9394/96.

13. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 7.ed. São Paulo: Cortez

Editora, 1998.

14. MARX, K. Para a crítica da economia política. In: Os Pensadores. São Paulo:

Abril Cultural, 1985.

15. (MEC/INEP) Ministério da Educação e Cultura/Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Anísio Teixeira. Índice de matrícula inicial. Disponível em

www.inep.gov.br/ . Acesso em 09/06/2010. e

16. PARO, V. Gestão da escola pública: alguns fundamentos. Trabalho

apresentado no VI Congresso Estadual de Educação. São Paulo outubro, 1995 .

_____ Administração escolar: introdução crítica. 11.ed. São Paulo: Cortez

Editora, 2002.

17. QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO. Colégio Estadual Vila Industrial.

Versão 2010.

18. REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Vila Industrial. Versão 2010.

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224

19. ROSSA, Leandro. Projeto Político Pedagógico: uma construção coletiva,

inclusiva e solidária. Revista da AEC. Brasília, V. 28, nº 111, 1999.

20. SANDER, B. Gestão da educação na América Latina. Campinas: Editora

Autores Associados, 1995.

21. SCHIEFELBEIN, E. Teoria, tecnicas, procesos y casos em el planeamiento

de la educacion. 2.ed. Buenos Aires: Libreria “El Ateneo” Editorial, 1978.

22. SNYDERS,G. Para onde vão as pedagogias não diretivas? Lisboa: Moraes,

1978.

23. VASCONCELLOS, C. dos S. Avaliação: Concepção Dialético Libertadora do

Processo de Avaliação Escolar. São Paulo : Libertad, 1993.

24. VEIGA, I. P. A. (Org.) Projeto político-pedagógico da escola: uma

construção possível. 15.ed. Campinas: Papirus, 2002.

25. VEIGA-NETO, Alfredo. De geometrias, currículo e diferenças. Educação e

sociedade: formação de profissionais da educação, São Paulo, n. 79, p. 163-

186, ago. 2002.

26. VIÑAO FRAGO, Antonio. Historia de la educación y historia cultural:

posibilidades, problemas, cuestiones. Revista Brasileira de Educação, Campinas,

SP, n. 0, p. 63-82, set./out./nov./dez. 1995.

______ . Do espaço escolar e da escola como lugar: propostas e questões. In:

VIÑAO FRAGO, Antonio; ESCOLANO, Agustín. Currículo, espaço e subjetividade:

a arquitetura como programa. Tradução: Alfredo Veiga-Neto. 2. ed. Rio de Janeiro:

DP&A, 2001. p. 59-139.

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225

10. ANEXOS

10.1. MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 31- LARANJEIRAS DO SUL

MUNICÍPIO: 1340 – LARANJEIRAS DO SUL

ESTABELECIMENTO: 02506 – VILA INDUSTRIAL, C E – E FUND MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4000 ENSINO FUNDAMENTAL 5/8 SER TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS / SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTES

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃOFÍSICA

ENSINO RELIGIOSO *

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

1

3

3

4

4

2

4

3

3

3

4

4

2

4

3

3

3

4

4

SUB – TOTAL 22 22 23 23

PD L.E.M. INGLES ** 2

22 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA AO ALUNO.**IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.

DATA DE EMISSÃO: 01 DE DEZEMBRO DE 2006

_______________________________________________ASSINATURA DO CHEFE DO NRE

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10.2.MATRIZ CURRICULAR ENSINO MÉDIO

NRE: 31- LARANJEIRAS DO SUL MUNICÍPIO: 1340 – LARANJEIRAS DO SUL

ESTABELECIMENTO: 02506 – VILA INDUSTRIAL, C E – E FUND MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS / SÉRIE 1 2 3

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FILOSOFIA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

QUÍMICA

SOCIOLOGIA

2

2

2

2

2

2

4

3

2

2

2

3

2

-

2

2

2

4

4

2

-

2

2

2

2

2

2

3

4

2

2

SUB – TOTAL 23 23 23

PD L.E.M. INGLES * 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINOA L.E.M – ESPANHOL SERÁ OFERTADA NO CELEM.

OBS. SERÃO MINISTRADAS 5 AULAS DE 50 MINUTOS.

LARANJEIRAS DO SUL, 03 DEZEMBRO DE 2009.

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227

10.3.CALENDÁRIO ESCOLAR

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL VILA INDUSTRIAL – EFM

CALENDÁRIO ESCOLAR - 2010

JANEIRO FEVEREIRO MARÇOD S T Q Q S S D S T Q Q S S

12 dias

D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6

3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 7 8 9 10 11 12 1310 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 14 15 16 17 18 19 2017 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 3131

1 - Dia mundial da PazABRIL MAIO JUNHO

D S T Q Q S S

20 dias

D S T Q Q S S

21dias

D S T Q Q S S1 2 3 1 1 2 3 4 5

4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 1211 12 13 14 15 16 17 9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 1918 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30

30 312 - Paixão 1 - Dia do Trabalho 3 - Corpus Christi21 - Tiradentes 8 - OBMEP - 1ª fase

JULHO AGOSTO SETEMBROD S T Q Q S S

12 dias

D S T Q Q S S

15 dias

D S T Q Q S S1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4

4 5 6 7 8 9 10 8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 1111 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 1818 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30

7 - Independência11 - OBMEP - 2ª fase

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBROD S T Q Q S S

18 dias

D S T Q Q S S

20 dias

D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4

3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 5 6 7 8 9 10 1110 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 12 13 14 15 16 17 1817 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131

12 - N. S. Aparecida 2 - Finados 19 - Emancipação Pol. Paraná15 - Dia do Professor 15 - Proc. da Republica 25 - Natal

20 - Consciência NegraFeriado Municipal 1 dia Férias Discentes Férias/Recessos/DocentesNRE itinerante 3 dias Janeiro 31 Janeiro/Férias 30Dias letivos 200 Fevereiro 7 Julho/Agosto/reces. 23

Julho/Agosto 28 Dez/reces. 9Dezembro 9Total 75 Total 62

Inicio/Termino Fera ConciênciaPlanejamento e Replanejamento Reunião PedagógicaFérias Feriado MunicipalFormação Continuada Conselho de Classe

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228

10.4. PLANO DE ESTÁGIO

Apresentação

Identificação da instituição de ensino:

Nome do estabelecimento:

Endereço (rua, n°., bairro):

Município:

NRE:

Identificação do curso:

Professor orientador

Justificativa

Levando em consideração os preceitos legais da Lei 11.788/ 2008 e da

Instrução 006/ 2009 – SUED/SEED que orienta e dispõe sobre os procedimentos do

estágio dos estudantes, as Instituições de Ensino da rede estadual,

obrigatoriamente, deverão prever o estágio não-obrigatório, assumido pela

instituição a partir da demanda dos alunos, desenvolvido como atividade opcional

para o aluno, com idade mínima de 16 anos, acrescida a carga horária regular e

obrigatória, não interferindo na aprovação e reprovação do aluno.

Considerando que o “estágio é o ato educativo escolar supervisionado,

desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às

exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do

educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo” (INSTRUÇÃO nº

006/2009 SUED/SEED), o desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos

princípios de proteção do estudante, considerando os riscos decorrentes de fatores

relacionados ao ambiente, condições e formas de organização do trabalho.O estágio

não-obrigatório contribuirá assim para a formação do aluno no desenvolvimento de

atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato

educativo.

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Objetivos do estágio

• Possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas que contribuam para a

formação profissional;

• Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do

trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do

educando.

• Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao mundo

do trabalho.

• Oportunizar experiência profissional diversificada

• Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das

experiências realizadas.

• Ampliar a formação profissional, através da vivência em situações reais de

vida e de trabalho em instituições públicas e privadas.

Carga-horária e período de realização de estágio não-obrigatório

O Estágio será realizado em horário compatível com o escolar, não podendo

exceder a 6 horas diárias e 30 horas semanais.

A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração:

• 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes

de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na

modalidade profissional de educação de jovens e adultos;

• 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do

ensino médio.

Atividades de estágio

Atividades devem possibilitar:

• A integração social;

• O uso das novas tecnologias;

• Produção de textos;

• Aperfeiçoamento do domínio do cálculo;

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• Aperfeiçoamento da oralidade;

• Compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como:

planejamento,organização e realizações de atividades que envolvam rotina

administrativa,documentação comercial e rotinas afins.

Atribuições da instituição de ensino

Realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do

estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio, no Termo de

Compromisso e no relatório sobre a avaliação dos riscos.

Observar se o número de horas estabelecidas compromete ou não o

rendimento escolar do estudante;

possibilitar o desenvolvimento de atividades práticas que contribuam para a

formação profissional;

Solicitar ao responsável pela supervisão de estágio na parte concedente,

sempre que necessário,subsídios que permitam o acompanhamento e a

avaliação das atividades desenvolvidas pelo estagiário.

Solicitar à parte concedente o Relatório de Avaliação de Riscos.

Comunicar à parte concedente quando o estudante interromper o curso.

Indicar professor orientador (pedagogo), responsável pelo acompanhamento

e avaliação das atividades de estágio.

Atribuições Professor orientador de Estágio:

O Professor Orientador precisa analisar em que medida o Plano de Estágio

está sendo cumprido:

a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-

obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não

para o desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor orientador precisa ter

acesso a três documentos do aluno:

• rendimento e aproveitamento escolar;

• relatório elaborado pelo aluno;

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•relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente.

b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às

instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de

funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade.

Caso o professor orientador constate descumprimento da legislação, deve

comunicar a irregularidade à parte concedente para adequação imediata.

Quando a parte concedente não cumprir a legislação, a instituição de ensino

deve registrar em relatório, comunicar ao aluno e seu responsável e aconselhar o

estagiário para procurar outro local de estágio.

Compete ao professor orientador solicitar da parte concedente relatório, que

integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos inerentes às

atividades a serem desenvolvidas pelo estagiário, levando em conta: local de

estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua

utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do trabalho; a

formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio; Exigir do

estudante a apresentação periódica de relatório das atividades, em prazo não

superior a 6 (seis) meses, no qual deverá constar todas as atividades desenvolvidas

nesse período; Auxiliar o educando com deficiência, quando necessário, na

elaboração de relatório das atividades; Esclarecer à parte concedente do estágio o

Plano de Estágio e o Calendário Escolar; Zelar pelo cumprimento do Termo de

Compromisso; Responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades,

aferir mediante relatório, as condições para realização do estágio firmados no termo

de Convênio e Plano de Estágio.

Atribuições da parte concedente

• Proporcionar ao estagiário atividades de aprendizagem social, profissional e

cultural.

• Proporcionar à Instituição de Ensino, sempre que necessário, subsídios que

possibilitem o acompanhamento, a supervisão e a avaliação do Estágio.

• Para estágio não-obrigatório, conceder Bolsa-Auxílio mensal, com base no

valor/hora referencial correspondente ao nível de escolaridade do estagiário,

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auxílio transporte e eventual concessão de benefícios relacionados à saúde e

outros na forma da legislação vigente.

• Conceder ao estagiário recesso remunerado de 30 dias, preferencialmente

durante suas férias escolares, sempre que o estágio tenha duração igual ou

superior a 12 meses, ou de maneira proporcional, quando se tratar de Estágio

não-obrigatório.

• Por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do

estágio (certificado) com indicação resumida das atividades

desenvolvidas,com especificação dos períodos e da avaliação de

desempenho.

• Fornecimento de equipamento de proteção, toda vez que as circunstâncias o

exigirem.

• Contratar em favor do estagiário, seguro contra acidentes pessoais, cuja

apólice seja compatível com a cumprida pelos valores de mercado.

• Encaminhar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses,

relatório das atividades, com vista obrigatória ao estagiário(a).

• Encaminhar à instituição de ensino o relatório sobre a avaliação dos riscos do

local de estágio.

Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente

Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente

e a instituição de ensino;

Tomar conhecimento do Termo de Compromisso;

Orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de

Estágio;

• Preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;

• Manter contato com o Professor orientador da escola;

Propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social,

profissional e cultural dos alunos;

• Encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do

estagiário, à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

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Atribuições do estagiário

A jornada de trabalho deve ser compatibilizada com as atividades escolares,

para não comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais

compromissos escolares.

• Cumprir com empenho e interesse, as atividades estabelecidas para seu

estágio, comunicando à parte concedente, em tempo hábil se houver

impossibilidade de fazê-lo.

• Elaborar e entregar à Instituição de Ensino, relatórios sobre seu estágio;

• Observar e obedecer às normas internas da parte concedente e da Instituição

de ensino, bem como outras eventuais recomendações emanadas pela chefia

imediata e/ou pelo supervisor e ajustadas entre as partes.

• Responder por perdas e danos decorrentes da inobservância das normas

internas ou das constantes no presente Termo.

• Respeitar as normas internas referentes à segurança.

Considerando a Concepção de Estágio:

• Ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte

concedente como na instituição de ensino;

• Celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição

de ensino;

• Respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;

• Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;

• Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas

não previstas no plano de estágio;

• Entregar os relatórios de estágio no prazo previsto;

Avaliação do estágio:

Avaliação do estágio pela instituição de ensino são instrumentos

imprescindíveis à garantia do estágio como ato educativo.

A cada seis meses o estagiário deverá apresentar ao Professor Orientador a

Ficha de Avaliação – Aluno Professor Orientador, indicando as atividades que

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realizou na parte concedente, e o Professor Orientador vai analisar se o plano de

estágio e Termo de compromisso está sendo cumprido. No mesmo período o

Supervisor de estágio da parte Concedente deve encaminhar ao Professor

Orientador o relatório de atividades realizadas pelo estagiário, bem como, relatar o

desempenho, assiduidade, pontualidade, iniciativa, conhecimento, responsabilidade,

cooperação e demais considerações que julgar pertinentes.

A avaliação do estágio também será efetivada através do Termo de

Compromisso firmado entre a Parte Concedente, o Estudante ou seu representante

legal, e a Instituição de Ensino, o qual descreve as condições do estágio e o que

compete a cada segmento.

10.5. Programa Prontidão Escolar Preventiva - Plano da Brigada de Emergência

1. ATRIBUIÇÕES GERAIS DA BRIGADA DE EMERGÊNCIA

1.1 COORDENADOR DE BLOCO OU PAVIMENTO (Pedagogo):

É responsável por um BLOCO ou PAVIMENTO (os blocos ou pavimentos

serão identificados por letras e cores).

1.1.1 Ações

• Recebe informação de possível emergência;

• Verifica com a Direção a situação da Emergência;

• Comunica aos Professores Regentes/Agentes Educacionais I e II;

• Coopera na organização e condução da fila da área de emergência;

• Verifica se alguém, por qualquer motivo, ficou para trás, considerando que:

• Em caso positivo – avisa-o para seguir para o ponto de encontro,

pedindo apoio quando necessário;

• Em caso negativo – segue para o Ponto de Encontro ocupando a

última posição da fila dos Blocos.

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1.2 PROFESSORES REGENTES E AGENTES EDUCACIONAIS I E II:

São os responsáveis pelas salas de aula e outros ambientes da escola,

identificadas nos blocos por números, bem como por sua respectiva população

interna.

1.2.1 Ações

Fica atento a possíveis indicativos de emergências;

Comunica possíveis emergências ao Coordenador de Bloco ou Pavimento;

Caso a emergência seja:

Em sua Sala – decide e procede ao Abandono imediato de local;

Em outro local – aguarda informação pelo Coordenador de Bloco ou Pavimento, sem

deixar de permanecer atento aos possíveis imprevistos e às falhas de comunicação;

Após a determinação do Abandono, via sinais convencionados ou através do

Coordenador do respectivo bloco ou pavimento, dá voz de comando para saída.

Desliga equipamentos eletro-eletrônicos (se for o caso);

Realiza a Formação de Fila com os alunos (o abre-fila é o aluno líder da turma);

Solicita apoio (se for o caso) para deslocar portadores de necessidades especiais e

crianças menores;

O professor é o cerra-fila, se posiciona por último e procede a saída seguindo a rota

pré-definida até o “Ponto de Encontro” (Concentração).

1.3 AGENTES EDUCACIONAIS I e II

Possuem acesso a todos os espaços na escola. Estão sempre circulando

pelos ambientes externos realizando o monitoramento de possíveis emergências.

1. 3.1 Ações

• Verifica indicativo(s) de possível emergência;

• Comunica imediatamente ao Líder de Turno (diretor ou diretor-auxiliar);

• Na falta do diretor, informa à Secretária da escola;

• Após autorização, a Secreária emite sinal de alerta convencionado e aciona

o(s) órgão(s) de emergência, através dos telefones 190, 193, 199.

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• Verifica sinalização externa das Rotas de Fuga e do Ponto de Encontro;

• Libera passagens e controla portões de acesso;

• Sinaliza Ponto de Encontro na área externa.

1.4 EQUIPE DE COMBATE INICIAL À EMERGÊNCIA (Agentes Educacionais I e

II)

São os que respondem à emergência, buscando conter o seu princípio ou

evitar maiores danos, procurando controlar o agente causador da emergência até a

realização da saída em segurança.

1. 4.1 Ações

Em caso de princípio de emergência, realiza verificação local;

Realiza ações de combate e socorro, buscando evitar ampliação dos efeitos

negativos da emergência;

Avalia e comunica necessidade de abandono de local à Direção;

Realiza o bloqueio e orientação de trânsito quando necessários;

Recebe e orienta órgãos externos de combate e socorro, quando estes chegam

na escola.

1.5 DIREÇÃO E DIREÇÃO-AUXILIAR

A Direção e a Direção-Auxiliar são responsáveis pela coordenação geral do

PBE da escola e pelo procedimento de abandono convencionado.

1. 5.1 Ações

• Elabora e coordena treinamento do plano de emergências locais (PBE), sob

orientação da Defesa Civil;

• Coordena a atuação das equipes da escola em situações emergenciais;

• Define necessidade de ativação do PBE;

• Determina abandono parcial ou total de local sob emergência;

• Autoriza emissão do sinal de alerta convencionado;

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• Coordena a realização do abandono, avaliando necessidade de

deslocamento para local de concentração externo (Ponto de Encontro).

• Avalia possibilidade de retorno para a escola, sob orientação de órgãos

competentes.

• Representa a escola nas informações à mídia e à comunidade circunvizinha.

SECRETÁRIA ou EQUIPE DE SECRETARIA DA ESCOLA

Emite sinal de alerta convencionado.

Aciona órgãos externos de socorro em emergências (Corpo de Bombeiros,

Policia Militar, Defesa Civil, Ambulância, etc.), pelos telefones 190, 193, 199.

Repassa as informações iniciais sobre a situação;

Recepciona a equipe dos órgãos de emergência.

2.CONVENÇÕES

SINAIS DE ALARME

• Sinal sonoro único

Será o sinal de alerta da escola (“sinal escolhido”- sugestões: sirene contínua

de ar comprimido ou sistema interno de som);

Será acionado de forma contínua ou intermitente sob determinação da

Direção, quando da constatação de emergência;

A emissão do sinal significará que foi verificada alguma alteração e que todos

devem permanecer em alerta, interrompendo o que estão fazendo e

aguardando o comando da Direção;

Sinal Contínuo – aproximadamente 15’ (quinze segundos) de duração, em um

único toque;

Sinal Intermitente – aproximadamente a cada 02’(dois segundos), em vários

toques.

O responsável pelo Sinal de Alarme deverá certificar-se que todos tenham

ouvido o alarme. Caso contrário, o sinal deverá ser acionado novamente.

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• Sinal Complementar

Será realizado por contato visual e verbal pelos Coordenadores de Blocos ou

Pavimentos responsáveis, após o sinal sonoro ou na impossibilidade deste

ser acionado;

O coordenador de Bloco ou Pavimento chamará o Professor para fora da sala

de aula e repassará as informações, visando evitar pânico.

2.2 FORMAÇÃO DE FILA

2.2.1 Organização

• A fila de alunos será montada considerando a disposição dos alunos em sala;

• Deverá ser marcada a distância, bem como, mantido o silêncio na fila;

• Os alunos deverão permanecer sempre na mesma localização na fila, sendo

incentivado a gravar quem é o colega da frente e o colega logo atrás, para

facilitar aos Professores Regentes o controle da presença dos mesmos.

2.2.2 Saída e Deslocamento

• A fila passará por portas, corredores, escadas, rampas e portões sempre pelo

lado DIREITO;

• Será realizada a caminhada rápida (evitando-se as corridas);

• A formação, saída e deslocamento da fila no local da emergência deverá ser

imediata, sendo que nos demais locais dependerá dos sinais de alarme;

• A ordem de saída será:

1. Local da Emergência constatada;

2. Local imediatamente ao lado que esteja mais distante em relação à saída;

3. Local que esteja imediatamente do outro lado;

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4. Outra ordem a ser definida pela Direção, de acordo com cada situação

emergencial.

• A fila deverá seguir a rota pré-definida, conforme layout elaborado pela

escola, procurando a rota mais segura, preferencialmente que não passe

próximo ao local de emergência.

2.3 SINALIZAÇÃO

2.3.1 Identificação

Os conjuntos construídos serão chamados de BLOCOS ou PAVIMENTOS e

receberão a identificação por cores e letras alfabéticas (de “A” até... ),

enquanto as salas e outros ambientes internos de estudo serão identificadas

por números (de 01 até... ),conforme layout elaborado;

Os extintores, mangueiras, hidrantes (internos ou externos) serão dispostos e

sinalizados, conforme legislação e orientação técnica;

As rotas, saídas, passagens e portões receberão sinalização por faixas, setas e

placas;

Os quadros de energia (sala, corredor, bloco e geral), a central de gás, hidrante

público e o registro da água receberão cartazes ou placas de identificação;

Áreas de risco (escadas, rampas, almoxarifados, central de gás, alta tensão,

etc.) receberão cartazes ou placas de advertência.

2.3.2 Ponto de Encontro - PE (NÃO BRIGADISTAS)

O local que servirá como PONTO DE ENCONTRO será: (a ser escolhido pela

escola); poderá haver mais de um PE a ser definido, conforme a situação

emergencial e deve constar do Plano.

Todos de cada BLOCO ou PAVIMENTO se encontrarão nele depois da

saída das salas e outros ambientes, inclusive os externos;

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As pessoas pertencerão ao BLOCO ou PAVIMENTO em que se

encontrarem no momento do Sinal de Alarme e com seus ocupantes deverão

se deslocar até o PONTO DE ENCONTRO;

O Ponto de Encontro será sinalizado no piso e/ou por placa e/ou

bandeiras com as cores dos blocos identificando onde deverão permanecer

as respectivas turmas dos BLOCOS ou PAVIMENTOS.

Cada Coordenador levará consigo até o PONTO DE ENCONTRO a

bandeira com a respectiva cor do Bloco ou Pavimento pelo qual é

responsável, onde os respectivos desocupantes deverão permanecer até

anunciado o próximo procedimento.

Os moradores serão expressamente avisados da possível utilização do

espaço externos em casos emergenciais;

Todos deverão permanecer no local até autorização (da Direção) de

retorno ou outra ordem;

A Equipe de Apoio fará cordão de isolamento no final do Ponto de

Encontro e quando todos estiverem no local, outro cordão será feito na frente

do grupo concentrado, mantendo a população coesa.

No Ponto de Encontro haverá previsão de espaço para permanência e

atendimento de possíveis vítimas do incidente, onde receberão os primeiros

socorros até a chegada do socorro emergencial.

1. Ponto de Encontro - PE (BRIGADISTAS)

• Definir Ponto de Encontro, de acordo com o número de Blocos/Pavimentos,

para recebimento de orientações iniciais do Líder de Combate;

• Após cumpridas as orientações iniciais os brigadistas deverão retornar a este

ponto para novas orientações.

CASOS ESPECIAIS

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Idosos e gestantes seguirão na fila da sala/bloco em que se encontrarem;

Todos os visitantes receberão informação da existência do PBE e explicação

prévia de como agir em momentos emergenciais;

Quem por ventura venha a se ferir em treinamentos ou emergências reais,

receberá os primeiros socorros possíveis e, se a situação permitir ou exigir,

será cuidadosamente deslocado até o espaço especialmente destinado no

Ponto de Encontro, em caso contrário, deverá aguardar atendimento médico

no local em que se encontrar;

Todos os fatos especiais, acidentes e outros imprevistos serão informados à

Direção.

EXERCÍCIOS E TREINAMENTOS SIMULADOS

Será realizado nas Salas de Aula o treinamento de formação de fila com os

respectivos alunos;

Haverá treinamento (com apoio do professor de Educação Física) de

deslocamento, em passo apressado, até o Ponto de Encontro, seguindo

respectiva rota, ao menos uma vez por mês;

Exercícios de Alerta Simulados deverão ser realizados, no mínimo, uma vez por

bimestre.

Os Professores Regentes poderão oferecer atividades de reconhecimento dos

espaços físicos in loco e através da planta baixa da escola (croqui);

Estabelecer calendário de verificação periódica do Sistema de Iluminação e

Hidrantes;

Por ocasião da recarga dos Extintores, prever o treinamento dos funcionários

utilizando os extintores.

INFORMAÇÕES, CHAVES E CONTATOS

2.6.1 Informações

• Haverá espaços, no interior das salas e dos outros ambientes, bem como no

pátio, especialmente separados para colocação de informações sobre o PBE,

contendo layout e outros dados importantes do PBE;

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• Todos os funcionários e professores não poderão alegar desconhecimento do

PBE, a partir das reuniões de Partida;

• Os pais e responsáveis deverão dar ciência do conteúdo do PBE;

• Os vizinhos deverão ser informados do PBE, bem como dos dias em que

haverá treinamento e/ou exercícios simulados.

2.6.2 Chaves e Contatos

• As chaves serão devidamente identificadas (por cores de Blocos ou

Pavimentos e números de Salas) e terão cópia em claviculário em localização

de comum conhecimento e acesso em emergências;

• Haverá lista simplificada de nome, endereço e telefones de contato dos

alunos por Bloco ou Pavimento com os professores e funcionários da

secretaria.

• Será elaborado cartaz contendo contatos dos principais órgãos externos de

atuação em emergências e será exposto em local visível na secretaria.