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www.reporterdomarao.com.pt [email protected] Telf. 255 521 307 6 a 19 de Novembro 2008 Edição n.º 1206 Ano 25 Publica-se à quinta-feira Director: Vítor Almeida Edição: Media Marco - Publicações Lda. 1,00€ IVA 5% incluído Operários do Tâmega e Sousa “dão o salto” para França Reportagem Crise do imobiliário afasta trabalhadores da construção civil de Espanha. Páginas 2 e 3 Ladrões dos Castiçais do Anjo de Portugal em julgamento Página 8 Penafiel Romaria de S.Martinho este fim-de-semana Baião Inaugurado novo centro escolar Amarante Ampliação do cemitério de Figueiró Celorico População recebe vacina da gripe gratuita Cinfães Autarquia decreta menos impostos Marco Concelho aderiu ao Vinipolis Resende Loja do Cidadão de segunda geração Penafiel derrota Amarante em dérbi regional Cinfães recebe Fátima para a Taça de Portugal

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O Jornal da Região

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www.reporterdomarao.com.pt • [email protected] • Telf. 255 521 307

6 a 19 de Novembro 2008 • Edição n.º 1206 • Ano 25 • Publica-se à quinta-feira • Director: Vítor Almeida Edição: Media Marco - Publicações Lda.

1,00€ IVA 5% incluído

Operários do Tâmega e Sousa “dão o salto” para FrançaReportagem Crise do imobiliário afasta trabalhadores da construção civil de Espanha. Páginas 2 e 3

Ladrões dos Castiçais do Anjo de Portugalem julgamento Página 8

PenafielRomaria de S.Martinho este fim-de-semana

BaiãoInauguradonovo centroescolar

AmaranteAmpliação docemitério deFigueiró

CeloricoPopulaçãorecebe vacinada gripe gratuita

CinfãesAutarquiadecreta menos impostos

MarcoConcelhoaderiu aoVinipolis

ResendeLoja do Cidadãode segundageração

Penafiel derrota Amaranteem dérbi regional

Cinfãesrecebe Fátima

para a Taçade Portugal

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Repórter do Marão 6 Novembro 20082

Portugal: 531€ Espanha: 1.200€França: 2.000€Suíça: 2.600€Inglaterra: 2.800€(Tabela do Sindicato da Construção do Norte para 8 horas diárias)

1º Operários qualificados,carpinteiros, condutores emanobradores.

2º Encarregados, chefes deequipa e engenheiros.

3º Operários não qualificados,sem especialização

Salários mínimos

dos trabalhadores

da construção civil

na Europa:

Tipo de profissões

mais procuradas

pelos trabalhadores

portugueses: 60 mil em Espanha

15 mil na Galiza

15 mil em França

4 mil de Marco de Canaveses

2 mil de Baião

Mil de Cinfães 80% em situação precária(contratos a prazo/ hora ou metro)

Os números dos

trabalhadores:

Empresas de “carrinha etelemóvel” com fim à vista

Na altura em que Espanha era o destino privilegiado dos trabalhadores portugueses, a estrutura de muitas empresas limitava-se a uma carrinha de nove lugares e um telemóvel. Em muitas situações, os empresários da opor-tunidade, eles próprios antigos empregados de outras empresas de média dimensão, decidiram arriscar e constituir uma firma. Angariavam cinco ou seis empregados e partiam para o país vizinho atrás de contratos de subem-preitadas. As condições de trabalho não eram as melhores mas como, re-gra geral, os trabalhadores trabalhavam ao metro ou à hora, o salário no fi-nal do mês acabava por compensar. Este tipo de funcionamento terá agora tendência a cair. Cada vez mais, as empresas espanholas têm tendência a exi-gir empresas certificadas. Aliás, cada vez mais, os trabalhadores portugueses da construção estão agora a ver os seus contratos de trabalho com empresas portuguesas a passar para firmas espanholas com descontos e regalias seme-lhantes aos do país vizinho. Os trabalhadores que se encontravam nesta si-tuação passaram de uma média de 700 euros para 1200 euros, para oito ho-ras diárias.

Primeiros sinais deracismo na Galiza

Agora que o trabalho escasseia em Espanha a disputa para os postos de trabalho entre portugueses e espanhóis já passou os limites da competitivi-dade comercial para chegar à xenofobia. A ocupação das vagas de mão-de-obra pelos portugueses está a irritar um grupo restrito de espanhóis que já protagonizou cenas de racismo na Galiza.

O sector da construção civil em Espanha baixou 40 % e os trabalhadores naturais da Galiza, que até agora procuravam locais como Sevilha, Madrid ou Barcelona para trabalhar, estão a regressar a casa, onde os portugueses “ocu-pam os postos de trabalho”.

Agostinho Cunha um operário natural de Penafiel, contou ao RM que os sinais são frequentes após o dia de trabalho, à noite, nos cafés: “Agora que há crise, muitos estão de regresso à Galiza, no desemprego. Dizem-nos que lhes tiramos os postos de trabalho.”

Construção civil deixalugar aos doutores

Espanha vai precisar de 100 mil imigrantes por ano até 2012 - um total de 400 mil - para ocupar postos de trabalho qualificados, sobretudo em saúde, engenharia e sectores tecnológicos como internet, isso, embora a crise eco-nómica deva reduzir o fluxo migratório a menos da metade em três anos.

Estes são dados do 3º Anuário da Comunicação do Imigrante em Espa-nha que revela que serão necessários pelo menos 430 mil trabalhadores qua-lificados para manter a competitividade da economia nos próximos cinco anos.

O envelhecimento da população espanhola e os baixos índices de natali-dade são alguns dos factores que resultam no desajuste entre procura e ofer-ta do mercado de trabalho, diz o estudo. O estudo revela ainda que, além dos profissionais de alta formação, o mercado necessita de técnicos de mé-dia qualificação em sectores como produção, operações e manutenção, e em ofícios manuais qualificados, como electricistas e soldadores. A actual situ-ação económica prevê a entrada na Espanha de um número entre 250 mil e 300 mil novos imigrantes, uma redução a menos da metade do fluxo migra-tório dos últimos anos.

O relatório adverte que um saldo migratório negativo levaria a Espanha a “um impacto socioeconómico muito negativo”.

Quanto ao nível de formação da população estrangeira, o estudo assinala a imigração está contribuindo para melhorar os recursos humanos da Espa-nha, tanto por sua idade como sua preparação.

Trabalhadores da construção civil rumamà EuropaCom a crise que o mundo inteiro está a atravessar, também Espanha, que nos últimos anos absorveu dezenas de milhares de trabalhadores portugueses do mercado da construção civil, está a viver uma época difícil e cada vez mais as empresas portuguesas procuram novos des-tinos, pela Europa fora.

Destaque [email protected]

Page 3: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 2008 3

Alexandre Panda

Já foram 90 mil. Agora são cerca de 60 mil trabalhadores portugueses a trabalhar em Espanha e a fazer semanalmente viagens do país vizinho até Portugal.

Com a crise que o mundo inteiro está a atravessar, também Espanha, que nos últi-mos anos absorveu dezenas de milhares de trabalhadores portugueses do mercado da construção civil, está a viver uma época difí-cil e cada vez mais as empresas portuguesas procuram novos destinos, pela Europa fora.

França, Suíça, Noruega e Inglaterra são os novos destinos dos operários da constru-ção civil, maioritariamente oriundos da re-gião do Tâmega e Sousa.

Esta nova vaga, começou há pouco me-ses, mas promete intensificar-se cada vez mais com o abrandamento das obras espa-nholas que até agora acolhiam a esmagadora maioria dos operários emigrados.

Com as distâncias entre local de trabalho e a terra natal a engrandecer, também o tem-po sem regressar a casa torna-se maior.

Em entrevista ao RM, Albano Ribeiro, o presidente do Sindicato dos trabalhadores da Construção Civil do Norte adiantou que nesta altura cada vez mais os operários te-rão de se deslocar mais a norte de Espanha para encontrar trabalho: “a zona de Bordéus, em França deverá acolher nos próximos tem-pos muitos portugueses uma vez que muitas obras vão arrancar a curto prazo”, explicou aquele responsável.

Espanha com salários em atrasos

“Hoje em dia, Espanha já não tem capa-cidade para absorver tantos trabalhadores portugueses, até porque também já há pou-co trabalho para os próprios espanhóis e há sinais de racismo entre operários. Ago-ra as empresas estão a procurar ganhar obras pela Europa fora”, adiantou ainda, Albano Ribeiro que também denunciou situações de salários em atrasos: “ com esta crise, as empresas espanholas que pagavam no final do mês, estão agora a pagar à 90 dias e há muitos subem-preiteiros que não aguentam”.

Com esta emigração de maior al-cance, os acidentes de viação e de trabalho que já mataram quarenta e quatro trabalhadores portugue-ses da construção civil em apenas cinco anos, em Espanha, de-verão também diminuir: “Te-nho a certeza que haverá me-nos mortos por dois motivos: as viagens de França ou Suíça são efectuadas de avião, o que di-minui a possível sinistralidade e as condições de trabalho naquele país são mais fiscalizadas de que em Espanha. Au-tomaticamente se há mais controlo, haverá menos situações de erros de segurança nas obras”, rematou o presidente do sindicato.

Ainda assim e enquanto houver um nu-mero significativo de trabalhadores portu-gueses em Espanha, Albano Ribeiro defende a necessidade de se “investir a sério” numa campanha de sensibilização e de fiscalização para acabar com as mortes na estrada.

“Vamos estar brevemente em Chaves para sensibilizar os trabalhadores que sema-nalmente fazem viagens”.

Emigração mortífera

Ainda recentemente dois trabalhadores portugueses oriundos de Baião morreram na estrada em Verín, Ourense, na Galiza, quan-do cumpriam o percurso de 660 quilómetros até uma obra em Logroño, na província de La Rioja. A carrinha em que seguiam com outros sete compatriotas chocou violenta-mente na traseira de um camião. Na semana anterior, habitan-tes do Marco de Cana-veses morreram nas estradas estrangeiras.

Em meados des-te ano, e depois de quatro portu-g u e -s e s t e -

rem morri-

do em dois aci-dentes de viação

em Lugo, as auto-ridades da Gali-za iniciaram uma

campanha de contro-lo de trânsito especialmen-

te vo- cacionada para garantir a se-gurança rodoviária dos operários lusos que trabalham naquela região espanhola.

Só em Junho, 91 furgonetas com traba-lhadores portugueses foram “apanhadas” pelos radares das estradas galegas por cir-cularem com excesso de velocidade.

Fotos e Infografia:Repórter do Marão

O DRAMA DE QUEM CÁ FICA

“Fico com o coração nas mãos”Com as notícias de acidentes de trabalhadores portugueses nas estradas espanholas, as

famílias que cá ficam, não sossegam até saber que os familiares chegaram ao destino.Francisco Monteiro de 38 anos, já foi empresário da restauração, mas teve de mudar-se

para Espanha para oferecer melhor qualidade de vida à família: “lá ganho o triplo do salário que cá se pratica”, garantiu ao RM, o homem minutos antes de fazer a viagem até o país vizi-nho. A mulher e os filhos, nunca perdem os últimos minutos em que ainda podem estar com ele, antes de entrar na furgoneta: “fico sempre com o coração nas mãos até saber que ele está bem e que chegou a bom porto”, desabafou ao RM Natércia Cunha.

A família não tem medo dos acidentes de trabalho até porque Francisco não trabalha nas obras. O homem é chefe da cozinha onde diariamente comem cerca de 50 operários. “As via-gens é que nos assustam e tanto eu como os nossos filhos matamos as saudades com telefo-nemas diários”, disse Natércia enquanto se despedia do marido que só voltará a ver seis dias depois.

[email protected] Destaque

“A zona de Bordéus, em França deverá acolher nos próximos tempos muitosportugueses”.

Albano Ribeiro,presidente do Sindicatodos Trabalhadores daConstrução Civil do Norte.

Para além de Espanha,França, Suíça, Inglaterrae Noruega são os novosdestinos dos trabalhadoresportugueses.

Page 4: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 20084 Opiniões [email protected]

Manuel Moreira*

Como é do conhecimento geral, quando assumimos os destinos da Câmara Municipal do Marco de Ca-naveses, fomos confrontados com al-gumas situações graves, nomeada-mente um contrato de reequilíbrio financeiro, assinado pelo executivo anterior um ano antes das eleições, que nos deixou com graves constran-gimentos financeiros, já que todos os meses, a actual Câmara Municipal se vê obrigada a retirar cerca de 300 mil euros para pagar as obrigações assumidas pelos anteriores respon-sáveis autárquicos, que mesmo sa-bendo que não continuariam a gerir os destinos do Marco, não tiveram qualquer pejo em endividar a Câma-ra e os marcoenses para os próximos vinte anos!

Como se não bastasse esta situ-ação, que tanto nos limita, o Marco de Canaveses é, de todos os conce-lhos do distrito do Porto, o único que tem investimento zero no Orçamen-to de Estado/PIDDAC para 2009.E o mais triste é que esta situação não é virgem. Pelo segundo ano consecuti-vo, o Governo esqueceu-se do Marco de Canaveses e dos marcoenses, não olhando ao facto de se tratar de uma população tão afectada pelos efeitos da interioridade e que, fruto de uma gestão sem critério ao longo de vinte e três anos, nem sequer teve direito à construção de infra-estruturas bá-sicas como a água e o saneamento na

maior parte do território do municí-pio.

Em tempo útil, fizemos notar ao Governo e a todos os líderes dos gru-pos parlamentares da Assembleia da República, que esta situação contri-bui de forma decisiva e determinan-te para o agravamento da qualidade de vida dos marcoenses, colocando entraves ao desenvolvimento econó-mico e social de uma terra com talen-to, competência, ambição e potencia-lidades nas mais diversas áreas, de que a indústria extractiva da pedra, o têxtil e o turismo são exemplos pa-radigmáticos. Esta ausência de in-vestimento é tanto mais preocupan-te, já que tem sido essa a tendência ao longo dos anos.

A análise à evolução do inves-timento público organizado em PI-DDAC, permite constatar a drástica e preocupante redução do investi-mento do Governo no Concelho do Marco de Canaveses. De facto, no actual mandato autárquico, desig-nadamente, no ano de 2006 constava em PIDDAC um montante superior a 3 milhões de euros, do qual, mais de metade, se destinou ao pagamen-to da conclusão das obras da variante EN321-1, no troço que liga Soalhães ao concelho de Baião, o principal be-neficiário da intervenção. Já para o ano 2007, reduziu-se drasticamente o investimento em cerca de 92%, pre-vendo apenas 220 mil euros. Estes valores assumiram o pagamento das instalações da Escola Secundária

de Alpendorada, no montante de 20 mil euros e o projecto de substitui-ção das instalações da Escola Profis-sional de Arqueologia do Freixo, no montante de 200 mil euros, montan-te este que não foi executado. Para o ano 2008 estava previsto, em PI-DDAC, um investimento de zero eu-ros. O cenário repete-se para o PI-DDAC 2009.

Em face desta realidade, o Con-celho do Marco de Canaveses, não pode e não deve, ser permanente-mente estigmatizado por algumas características de interioridade, tão bem conhecidas e combatidas um pouco por todo o País, e voltamos a reafirmar a necessidade de concreti-zação de alguns projectos indispen-sáveis para o Concelho de Marco de Canaveses, incluindo-os na Propos-ta de Orçamento de Estado no PI-DDAC para 2009 que enviámos ao Governo, como são os casos da elec-trificação da via-férrea da Linha do Douro no troço Caíde/Marco de Ca-naveses, extensão da linha sub-urba-na até Marco de Canaveses, remo-delação das estações ferroviárias de Marco de Canaveses e de Livração, duplicação da Ponte sobre o Rio Tâ-mega e novos acessos imediato, cons-trução de um acesso rápido, das fre-guesias do baixo concelho do Marco de Canaveses ao IC-35 para ligação à auto-estrada A4, criação de um nó de acesso à A4 na zona da Livração, conclusão da variante à Estrada Na-cional 211 com a construção do troço

entre o nó de S. Salvador (Soalhães) e o nó de Mesquinhata (Baião) e a li-gação a Cinfães, valorização do Cais de Bitetos, na freguesia de Várzea do Douro, construção do novo pos-to territorial da GNR na freguesia e vila de Alpendorada e Matos, novos Paços do Concelho, Casa Municipal da Juventude, Museu Etnográfico, construção de um Pavilhão Multiu-sos, Biblioteca Municipal, despolui-ção do rio Tâmega, centro de Reabi-litação Profissional, Lar Residencial para Crianças e Jovens, centro de Acolhimento Temporário/Emergên-cia Infantil e remodelação e constru-ção de unidades de saúde.

Fizemos as nossas sugestões e tentámos, por diversas vezes e diver-sos meios no actual mandato, sensi-bilizar o Governo para esta situação no mínimo injusta, mas de Lisboa fi-zeram-nos ouvidos de mercador. So-mos homens e mulheres de convic-ções e com uma grande vontade de fazer do Marco, uma referência a nível regional e nacional, mas cada vez mais nos convencemos que, para este governo, a resolução das dificul-dades dos marcoenses não faz parte das prioridades. Até quando?

Da nossa parte, caros marcoen-ses, não desistiremos e tudo faremos para corrigir estas e outras injusti-ças, assim vocês nos ajudem!

*Presidente da C.M. Marcode Canaveses

No PIDDAC, o Governo esqueceo Marco de Canaveses

Beja Santos* Uma aclamada jornalista britânica da

área da saúde, tratada a cancro da mama, resolveu passar as suas experiências de vida a escrito, na qualidade de doente. O resultado é primoroso, ter um cancro da mama pode ser uma experiência aterra-dora mas pode igualmente transformar-se numa reorganização de vida em que descobrimos uma elevada responsabilida-de em saber comunicar aos outros a me-lhor forma de lidar com a doença (“Com-preender o cancro da mama”, por Joy Ogden, Climepsi Editores, 2005).

O cancro da mama abala a feminili-dade, pode incendiar a nossa relação com a família, os amigos, a profissão. A auto-ra, especializada em divulgação na saúde, resolveu disponibilizar a informação es-sencial e um conjunto de conselhos prá-ticos com todos os aspectos do cancro da mama, organizando a sua mensagem nas seguintes vertentes: opções de tratamen-to disponíveis; como lidar com o impacto psicológico; o essencial da reconstrução e das próteses mamárias; terapias e regi-mes alimentares complementares; cancro da mama, gravidez e fertilidade.

Primeiro, o cancro da mama é fun-damentalmente uma doença das mulhe-res, ninguém conhece a sua causa, sa-be-se que 80% dos casos ocorrem em mulheres acima dos 50 anos, outro factor de risco bem comprovado é uma exposi-ção prolongada aos estrogénios. Uma das principais atitudes de prevenção é a vigi-lância dos seios e o diagnóstico oportuno pode ser decisivo. As mulheres devem to-

mar consciência da apalpação e a aparên-cia dos seios em diferentes dias do mês, para saberem o que é normal e terem mais probabilidade de reconhecer qual-quer mudança. As associações e institui-ções de saúde recomendam que se deve estar atento aos sintomas e mudanças que devem ser investigados prontamen-te: um caroço ou espessamento da mama, um inchaço debaixo do braço mudança de tamanho ou forma da mama, mudanças no aspecto ou toque da mama, mudanças no aspecto ou toque da pele da mama, por exemplo. Quando os caroços se mostram suspeitos, o médico de família irá enviar a doente a um especialista que fará um diagnóstico depois de ter executado um ou mais exames (palpação, mamografia, ecografia, biopsia, por exemplo). Os casos mais difíceis têm a ver com o cancro se-cundário, este espalhou-se pelos ossos, fí-gado, pulmões ou cérebro, é o mais difí-cil de debelar.

Segundo o diagnóstico de cancro é quase sempre um trauma, uma ameaça de morte ou uma cirurgia mutiladora. A autora explica como lidar com o cancro da mama, como reagir ao choque e como me-lhorar a auto-estima, há uma grande di-versidade de tácticas psicológicas. O pa-pel da família, amigos e profissionais de saúde tem grande destaque, precisamos sempre de pontos de apoio e de profissio-nais de saúde que saibam utilizar o bom senso para dar o bem-estar aos doentes.

Terceiro, é importante que quem te-nha o cancro da mama possa tomar par-te activa na decisão do tratamento que vai receber, conhecer as opções (cirurgia, ra-

dioterapia, quimioterapia, terapia hor-monal ou imunoterapia). Os médicos es-tudam e classificam os tumores de duas maneiras: uma pelo grau, que represen-ta a aparência das células tumorais ao mi-croscópio, indica a velocidade provável que o tumor irá crescer provavelmente; a outra pelo estádio, que é a forma de defi-nir a sua progressão. A comunicação com o médico é fundamental para se conhece-rem as opções da cirurgia. A autora refe-re as perguntas que se devem fazer antes da cirurgia e depois refere o contexto em que se faz a mastectomia (implica a remo-ção dos músculos do peito e todos os gân-glios linfáticos até à clavícula). As duas mastectomias mais comuns são a simples, em que toda a mama é removida ou a ra-dical modificada, em que toda a mama é removida juntamente com parte do mús-culo da parede do peito e alguns ou todos os gânglios linfáticos debaixo do braço. A mastectomia pode ter vários efeitos se-cundários, por exemplo: para mulheres com peito grande, pode desequilibrar o peso e dar origem a dores no pescoço e nas costas.

Quarto, a reconstrução da mama tem o maior interesse para a identidade sexu-al da mulher, e a autora procura respon-der a questões que tem a ver com a op-ção em fazer-se a reconstrução, o que são os implantes mamários e como se carac-terizam.

Quinto, o cancro da mama faz emer-gir angústias que tem a ver com os tra-tamentos, e por isso a autora explica a radioterapia, a quimioterapia e as tera-pias hormonais. Dado que muitas mulhe-

res adiam a gravidez até terem 30 e 40 anos, é cada vez maior o número de mu-lheres que estão grávidas quando desco-brem que têm cancro da mama. Explica-se por conseguinte o que é o diagnóstico durante a gravidez, as relações entre fer-tilidade e tratamento.

Sexto, depois do cancro da mama ter sido diagnosticado e o tratamento termi-nado, a vida segue o seu curso. Mas nada será mais como dantes, haverá mudan-ças, far-se-á a habituação a uma nova imagem corporal, é preciso saber o que se pode fazer para que o doente se prote-ja da recidiva.

Sétimo, as terapias complementares têm cada vez mais popularidade, é preci-so conhecê-las, bem como os seus limites.

Por último, a obra apresenta 16 per-guntas frequentes e um elucidativo glos-sário. Resta esclarecer que ao tempo que este livro foi dado à estampa já existia a Associação Portuguesa de Apoio à Mu-lher com Cancro da Mama (APAMCM), criada por um grupo interdisciplinar de voluntários profissionais ligados à pro-blemática da patologia mamária. Esta associação, pelas suas características, é pioneira na Europa na prestação de cui-dados de saúde ao doente com patologia mamária, por voluntários profissionais. Contactos da APAMCM: Avenida Mare-chal Craveiro Lopes Nº 1, 1749-012 Lis-boa, Telefones: 217568911/217585648 e E-mails: [email protected]; [email protected]

*Consultor; Quadro doInstituto do Consumidor

Compreender o cancro da mama

Page 5: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Opiniões

José Luís Carneiro*

Há dias, a OCDE dava conta pú-blica de que Portugal, pese embo-ra ter conhecido, nos últimos anos, uma evolução positiva no combate às desigualdades, continua a ser um dos países europeus onde ainda sub-siste um grave desequilíbrio na re-distribuição do rendimento. Con-clusão que nos exige e impõe uma responsabilidade cívica e política no sentido de darmos o nosso contribu-to para alterar esta realidade. Esta tem sido a razão pela qual temos de-fendido para a sub-região do Baixo-Tâmega um Plano de Desenvolvi-mento Integrado.

A propósito deste assunto, a co-municação social, e bem, retomou as conclusões de um estudo elaborado pela Rede Europeia Anti-Pobreza (REAPN) que incide sobre a sub-região do Tâmega, baseado essen-cialmente em indicadores de 2001, 2003 e 2005. Em nosso entender, po-rém, o modo acrítico e superficial como certa comunicação social tra-tou o assunto, contribui mais para descredibilizar a reflexão e o deba-te sobre a matéria, do que para dar um real contributo à ponderação das melhores decisões políticas para fa-zer face a um problema de séculos no nosso País. A informação é fun-damental para formar uma socieda-de plural, consciente e interventi-

va. Mas acarreta consigo um sentido de responsabilidade que, nesta situ-ação, nem sempre esteve presente, contribuindo para que se colem ró-tulos negativos, e, pior do que isso, falsos, sobre o território e as suas gentes.

Convém lembrar: o estudo foi solicitado e co-financiado pelas Câ-maras deste espaço territorial e CCDR-N, com vista a apresentar pistas de acção estratégicas que vão no sentido de auxiliar a definição de políticas autárquicas de médio e de longo-prazo adequadas às reais ne-cessidades sociais locais. Por outro lado, o estudo visou criar um quadro de intervenção que permita à admi-nistração central, caso essa seja a sua vontade política, definir um pla-no concreto de acção que tenha em vista contrariar alguns dos indicado-res mais negativos do território.

Em função destes pressupostos, entendemos que, sensibilizados que estão os autarcas para trabalharem em cooperação e definidas as priori-dades políticas da intervenção social e económica local, os deputados à Assembleia da República, o Governo e as estruturas desconcentradas do Estado devem apostar num Plano de Desenvolvimento Integrado para a região do Baixo Tâmega que con-temple as seguintes prioridades:

qualificar da rede de mobilida-de (rodovia, ferrovia e fluvia) entre os municípios e inter-freguesias, fo-

mentando ainda uma rede de trans-porte pública em meio rural ade-quada ao território e à dispersão do povoamento;

concretizar de um plano de for-mação e qualificação profissional destinado ao enriquecimento de competências pessoais, sociais e ins-titucionais. Poder-se-ia, para o efei-to, adoptar a abordagem dos Con-tratos Locais de Desenvolvimento Social lançados pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Aliás, Baião é um dos concelhos pi-loto na implementação deste contra-to, através de uma acção tripartida entre a Câmara Municipal, a Santa Casa da Misericórdia e a Seguran-ça Social;

lançar do Programa Conforto Habitacional para Pessoas Idosas – iniciativa do Ministério do Traba-lho e da Solidariedade – a nível na-cional;

garantir a total materialização dos objectivos inscritos nas Cartas Educativas Municipais;

alargar ao Baixo-Tâmega as vantagens fiscais de que usufrui o Concelho de Baião, concretamente em termos de IRC (10%);

adoptar um plano de benefí-cios fiscais que favoreça o empar-celamento para fins agrícolas e flo-restais;

agilizar os instrumentos de or-denamento do território para efeitos de acolhimento de iniciativas de in-

vestimento privado, particularmen-te nos sectores agro-florestal e tu-rístico;

legislar no sentido de promo-ver a inclusão de cidadãos que este-jam no limar da exclusão social por intermédio do estabelecimento de uma quota obrigatória no regime de contratação pública e privada, à se-melhança do que já acontece com as pessoas portadoras de deficiên-cia. Esses cidadãos, em regra sina-lizados nas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens e nos Núcle-os Locais de Inserção deveriam ser posteriormente objecto de pontu-ais acompanhamentos multidisci-plinares em termos de projecto de formação/qualificação adequado às funções que iriam desempenhar.

Por último e muito importante, que seja colocado todo o cuidado na abordagem pública às dificuldades e constrangimentos desta região sob pena de, em detrimento do apoio ao desenvolvimento deste sub-espaço, estarmos a contribuir para acentu-ar uma imagem negativa, o que em nada contribui para o envolvimento, a auto-confiança e o empenhamen-to dos cidadãos, factores indispen-sáveis no aproveitamento e dinami-zação das imensas potencialidades naturais, históricas, culturais e so-ciais deste território.

* Presidente da C.M. de Baião

O Baixo-Tâmega exige um Plano deDesenvolvimento Integrado (PDI)

Nicolau Ribeiro (*)

Todos se lembrarão dos índices de abstenção registados no referen-do sobre a interrupção voluntária da gravidez, realizado há cerca de dois anos, e que deixou em casa cer-ca de 60 por cento dos eleitores ins-critos. Na altura, politólogos e soci-ólogos, debruçados sobre o assunto, encontraram as mais variadas expli-cações para o (naquele caso) “fenó-meno da abstenção”: o peso da Igre-ja, o melindre do tema, o estado do tempo (chuva e frio), o desinteresse dos eleitores…

Das análises que então vi, ne-nhuma teve em conta a forma pouco cómoda, desinteressante, ultrapas-sada, como continuamos a votar. De facto, votamos, hoje, praticamen-te, como se votava aquando da ins-tituição do sufrágio e como se vo-tou ao longo dos séculos XIX e XX. Mudaram-se os tempos, os ritmos de vida (hoje marcados pela mobi-lidade, portabilidade, pela globali-zação e desterritorialização da co-municação), mas a forma de votar permaneceu: analógica, pouco atrac-tiva e motivadora, totalmente desen-quadrada com o tempo actual, nada “sexy”, como diria um amigo meu.

A questão é esta: porque con-tinuamos a ter de votar presen-

cialmente, sendo obrigados a uma deslocação à secção de voto onde es-tamos recenseados?

Na Era Digital, esta pergun-ta faz todo o sentido. Senão veja-mos: actualmente, não precisamos de uma deslocação às repartições de Finanças para fazer a entrega dos modelos de IRS. É-nos dada a pos-sibilidade de o fazermos electronica-mente; quase não vamos ao banco, tratamos de tudo via Internet, atra-vés do “home banking”; certidões, registos criminais, selos para viatu-ras, declarações, eu sei lá, está tudo disponível, on-line, a partir do Portal do Cidadão; as Câmaras Municipais, por exemplo, têm cada vez mais ser-viços em linha e não demorará mui-to tempo em que os tenham todos; electronicamente, compramos, en-comendamos, visitamos bibliotecas e museus, estudamos, trocamos cor-respondência…

Só não votamos! Se o fizésse-mos, o exercício deste dever cívico seria mais atraente, cómodo, ami-gável e, estou certo, faria diminuir a abstenção.

Imagine-se que, por motivos profissionais, ou outros, estou no Al-garve ou estrangeiro em dia de acto eleitoral. Para votar, teria de me deslocar a Amarante, só que me é impossível fazer a viagem. Resulta-

do, não voto. As estatísticas dirão que eu me abstive, mas, na realida-de, o que aconteceu é que fui impe-dido de votar.

Se o voto fosse electrónico e eu esti-vesse no Algarve, teria duas formas de votar: deslocar-me-ía a uma as-sembleia de voto, qualquer que ela fosse, e exerceria aí o meu dever cí-vico (as ligações electrónicas, as ba-ses de dados e o ciberespaço não conhecem fronteiras, sendo-lhes in-diferente o meu local de recensea-mento) ou votaria através da Rede. Se estivesse no estrangeiro e não ti-vesse à mão um Consulado, a opção era mesmo a Rede. Simples.

Mas o voto electrónico tem ou-tras, evidentes, vantagens para além de poder fazer diminuir a abs-tenção: é amigo do ambiente, já que dispensa o papel, e permite o apura-mento total dos resultados imediata-mente a seguir ao fecho das urnas.

Se é assim tão vantajoso, por-que não é instituído, perguntar-se-á. Não sei, mas que é pena, é. Portugal teve já algumas experiências-pilo-to nesta área e, ao que julgo saber, bem sucedidas. Foi seu principal promotor e entusiasta Diogo Vas-concelos – porventura o mais lúci-do e competente operacional portu-guês da Sociedade da Informação - ,

ex-Presidente da UMIC (Unidade de Missão para a Informação e Co-nhecimento). Com a sua saída desta agência, a opção pelo voto electróni-co parece ter esmorecido, apesar do Plano Tecnológico, do computador Magalhães e de outras muito meri-tórias iniciativas.

A opção pelo voto electróni-co volta a pôr-se, de novo, tendo em conta que, já para o ano, os portu-gueses serão chamados a três ac-tos eleitorais: europeias, autárqui-cas e legislativas. Ora, ir a votos três vezes num só ano, ainda por cima em tempos de crise - quando é su-posto a abstenção funcionar (tam-bém) como “voto” de protesto -, cau-sa cansaço e desmotivação. Tornar simples, atractivo, cómodo e amigá-vel o acto de votar poderia ser uma estratégia para aumentar a partici-pação. Sobretudo dos mais jovens, de quem se diz andarem arredados da política.

Só uma nota: no Brasil, onde ir às urnas é obrigatório e há mais de 70 milhões de eleitores inscritos, o voto é electrónico. Imagine-se quan-tas árvores são poupadas em cada acto eleitoral! E os resultados são apurados em menos de 24 horas.

(*) Técnico Superior daAdministração Pública

Abstenção e voto electrónico

Page 6: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 20086 Sociedade [email protected]

Redacção

“As ordens vieram do lí-der do grupo e avancei de marreta em punho para a carrinha. Dei várias marre-tadas”. Foi assim que João Filipe Teixeira, um dos sete arguidos que começaram a ser julgados em Guimarães, justificou o facto de ter par-ticipado na tentativa de as-salto falhada a uma carrinha de valores no IP4, próximo de Amarante, em Junho de 2007.

Filipe Teixeira, que se colocou na condição de “ar-rependido”, confessou, na última segunda-feira, per-tencer ao denominado “gang das picaretas” que está a ser

julgado por 58 crimes, que vão de associação criminosa, roubo agravado, furto, pos-se ilegal de armas e substân-cias explosivas a incêndio, falsificação de documentos, receptação e coacção sobre elementos da Polícia Judici-ária (PJ).

O “gangue das picaretas” era alegadamente constituí-do por sete homens - chega-ram também a ser constituí-das arguidas duas mulheres, mas entretanto o processo quanto a estas foi arquiva-do - os quais através de em-boscada e recurso a armas de fogo, picaretas e carros de alta cilindrada, terão as-saltado diversas carrinhas de valores, em 2006 e 2007,

tendo sido subtraídos várias centenas de milhares de eu-ros. Dos sete alegados mem-bros do gang, apenas dois, os arguidos Filipe Teixeira e António Magalhães qui-seram prestar declarações, tendo os restantes declinado essa possibilidade, “de mo-mento”.

No seu depoimento, Fi-lipe Teixeira disse que en-trou no grupo em Maio de 2007, e revelou que no assal-to do IP4 foram utilizados três carros (BMW, Audi A4 e Volkswagen Polo) roubados, anteriormente, pelo sistema de “carjacking”, para fazer a emboscada a uma carrinha da Esegur (ver foto).

O arguido “atirou as cul-

pas” dos restantes assaltos para cinco dos outros sete arguidos, afirmando que não participou neles.

Filipe Teixeira contou que o crime no IP4 foi come-tido por volta das 6:20 horas da manhã, e que tudo tinha sido tudo planeado ao milí-metro, com os carros a virem de diferentes sentidos, tendo em vista encurralar a viatu-ra, que transportava 558 mil euros em notas.

O julgamento prossegue dia 10 de Novembro, com a audição do arguido António Magalhães que começou no início desta semana a pres-tar declarações, no mesmo sentido das de Filipe Teixei-ra.

Alexandre Panda

Um ex militar da GNR foi condenado pelo tribunal de Penafiel a quatro anos e seis meses de pena suspen-sa por ter violado e agredido a mulher na própria casa fa-miliar. A vítima que foi mal-tratada durante largos me-ses perdoou ao marido o que acabou por beneficiá-lo pe-rante a justiça.

O caso remonta aos últi-mos meses de 2006, quando o militar reformado forçou a mulher a ter uma relação sexual sob ameaça e, noutra ocasião, tentou também pela força.

No acórdão do colecti-vo de juízes do tribunal de Penafiel, a que o RM, teve acesso, pode-se ler que des-de meados de 1990, quando o militar sofreu um acidente em serviço e ficou com uma

doença psíquica – o que lhe valeu a aposentação da es-trutura militar –, o indiví-duo tornou-se uma pessoa agressiva. Durante estes anos a mulher sofreu maus-tratos físicos e psicológicos sem nunca se queixar, levan-do com murros, bofetadas e injúrias.

Só em Dezembro de 2006, é que a mulher quebrou o si-

lêncio depois de ter sido vio-lada pelo marido, numa noite em que o ex-militar chegou à extremos que levaram a mu-lher a suplicá-lo para parar. Logo no dia seguinte, a ví-tima abandonou a casa e foi procurar a ajuda das autori-dades, ficando alojada uma Casa Abrigo.

O Núcleo de Mulher e Menor da GNR de Penafiel –

a estrutura militar especia-lizada em casos de violência doméstica – iniciou uma in-tensa investigação que aca-bou por convencer o colecti-vo de juízes de Penafiel.

A justiça teve em conta o facto do casal ter reatado a relação para aplicar uma pena que pudesse permitir ao homem ter uma segunda oportunidade.

Em Janeiro deste ano ambos entregaram um re-querimento ao tribunal, pe-dindo que revogasse as me-didas que impediam o militar de se aproximar da vítima.

Para além da pena sus-pensa, que é acompanha-da de regime de prova com um plano individual de rea-bilitação social, o ex-GNR foi condenado a pagar uma indemnização de 2500 euros à mulher.

CARRINhA DE vAlORES DE AMARANTE TINhA 558 MIl EUROS

Gang das picaretas acusado de58 crimes começou a ser julgado

TRIBUNAl TEvE EM CONTA O PERDãO DA víTIMA

Ex-GNR condenado por ter violado a mulher

O caso foi julgado em Penafiel

Penafiel: ladrõesfogem assustados

Uma loja de calçado do Centro Comercial Brasí-lia em Penafiel foi assaltada na madrugada no passado domingo por pelo menos dois indivíduos que se puse-ram em fuga depois de populares se terem apercebi-do do assalto. Com uma pedra, os assaltantes partiram a montra da loja e apanharam alguns artigos, mas os clientes de um café do mesmo edifício assustaram os ladrões que acabaram por fugir.

Felgueiras: Detidoassaltante perigosoHomem tinha assaltado Pingo Doce

O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) do desta-camento da GNR de Felgueiras deteve um indivíduo de 30 anos suspeitos de vários assaltos violentos na lixa, que foi encaminhado para a cadeia de Guimarães, em prisão preventiva.

O homem residente na lixa, que tinha sido conde-nado a 12 anos de cadeia por homicídio, tinha saído do estabelecimento prisional no início do ano por já ter cumprido dois terços da pena e desde essa altura que estaria a fazer assaltos na zona.

O Pingo doce de Felgueiras foi o último estabeleci-mento que o indivíduo atacou com uma arma branca, ameaçando o funcionário, perto da hora do fecho, na quarta-feira 29 de Outubro.

Depois deste assalto em que o NIC de Felgueiras conseguiu recolher alguns indícios, os militares detive-ram o indivíduo que foi ontem ouvido no tribunal de Guimarães e encaminhado para a cadeia.

Já nos primeiros meses deste ano, este indivíduo voltou a ser detido pela PSP do porto na posse de uma quantidade significativa de droga e dinheiro.

Penafiel: Acidente detrabalho fatal em Canelas

Um homem de 42 anos morreu nas consequências de um acidente de trabalho numa obra de um lar in-fantil em Canelas Penafiel, na última sexta-feira 31 de Outubro. Cerca das 11h30, José Teixeira natural de Er-mesinde estava a manobrar uma mini retroescavadora, quando por motivos ainda desconhecidos a pá do veí-culo descontrolou-se e esmagou a cabeça do operário. Os bombeiros de Entre-os-Rios, chamados ao local, en-contraram a vítima já inanimada. O acidente de traba-lho deu-se numa obra de colocação de betão para ins-talações desportivas do lar “Refugio do Amanhecer”.

Depois da chegada da GNR das Termas de São vi-cente, que elaborou um relatório sobre as circunstân-cias do acidente, o corpo foi transportado para a mor-gue do Instituto de Medicina legal de Penafiel, para ser autopsiado. Os inspectores da Autoridade para as Condições do Trabalho estiveram no local a investigar o caso.

Paredes: Traficantedetido pelo NIC PenafielNIC de Penafiel montou operação.

O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Pe-nafiel deteve, em Paredes na madrugada do 25 de Ou-tubro, em flagrante delito, um indivíduo de 26 anos na posse de dois sabonetes de haxixe – 265 gramas – mar-cados com o símbolo da marca de automóvel Audi. O jovem que trabalha em Espanha vendia a droga aos fins-de-semana na zona de Paredes. havia cerca de 15 dias que o NIC observava o traficante que dissimulava a droga em doses individuais num baralho de cartas. Na operação montada para deter o jovem, o traficante ti-nha cerca de 20 gramas e foi em casa dele que os mili-tares encontraram os dois sabonetes.

Page 7: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Sociedade

“Furei o Nheca todo, o gajo estava a chatear-me”. Foi com essas palavras pro-feridas à porta do café, de-pois do acto, que o alegado esfaqueador de Lousada jus-tificou o homicídio de Carlos Ferreira Costa de 37 anos, assassinado à tesourada no quarto onde vivia, cerca das 23h00 do passado Domingo, em Macieira Lousada.

Conhecido como “Bran-quinho”, o homicida de 18 anos, golpeou por várias ve-zes a vítima, antes de a aban-donar para ir ao café. Aí ad-mitiu o crime perante alguns clientes e desapareceu cer-ca de uma hora, antes de ser detido pela GNR de Lousa-da.

Os dois homens, que eram amigos, tinham estado no estabelecimento “Palmei-ras” em Lousada e saíram junto do café, aparente-mente em paz. Branquinho acompanhou Carlos, conhe-cido como Nheca, até o quar-to onde vive gratuitamente, situado nas traseiras de uma habitação da rua Dr. Sér-gio Cunha. Quando os dois amigos estavam sozinhos no quarto, por motivos ainda desconhecidos, o jovem de 18 anos, armado de uma te-soura golpeou violentamen-te e por várias vezes a vítima no tórax. O chão do peque-no quarto, onde Carlos esta-va albergado ficou cheio de sangue.

“Chegou ao café com

sangue nas mãos, afirmou que tinha assassinado o Nhe-ca e desapareceu. Fomos ver ao anexo onde vivia o rapaz e deparamos com o homem sem vida, cheio de sangue”, contou ao RM Ana Paula Ri-beiro, cliente do café Palmei-ras.

Os populares alerta-ram de imediato a GNR que montou uma caça ao homem para apanhar Branquinho. Em menos de uma hora os

militares de Lousada, deti-veram o jovem de 18 anos e recuperam as tesouras que serviram para o homicídio, que o assassino tinha larga-do a poucos metros da cena do crime.

“É um diabo! Já amea-çou os pais, já apontou uma arma à cabeça do próprio ir-mão, ninguém sabe como li-dar com ele”, coutou ao RM Gracinda Fonseca, tia do jo-vem.

“Não percebemos o que poderá ter acontecido. Eles não andavam zangados, nem estavam evolvidos em nada. Apenas eram amigos”, con-tou ao RM Manuel António Costa, irmão da vítima.

O jovem foi ouvido na segunda-feira à tarde no tribunal de Lousada e foi encaminhado para o estabe-lecimento prisional de Gui-marães para prisão preven-tiva. A.P.

Lousada: Ladrãoapanhado por populares

Um indivíduo de 28 anos armado de uma faca rou-bou ontem um idoso de 60 anos em mais de 13000 eu-ros que tinha acabado de levantar da caixa geral de de-pósito de lousada e foi apanhado momentos depois por populares, no dia 29 de Outubro.

Eram cerca das 19 horas, quando a vítima foi amea-çada e o assaltante arrancou o maço de notas que esta-va no porta-luvas da viatura e pôs-se em fuga a pé. Um popular que se apercebeu da situação foi ao encontro do assaltante, travando a sua fuga. A GNR entretanto chamada deteve o indivíduo residente no concelho de lousada. Ouvido no tribunal local, o homem ficou com apresentações periódicas às autoridades e também está impedido de se ausentar da localidade onde resi-de. O indivíduo é um operário da construção civil apa-rentemente sem antecedentes criminais.

Lousada: Comerciantede 53 anos detido comdois quilos de haxixe

O Núcleo de Investigação de Crimes de Droga da GNR de Penafiel apreendeu, em lousada, dois quilos de haxixe em três buscas domiciliárias às casas e es-tabelecimento de um comerciante de 53 anos. O ho-mem era bem visto da sociedade e a sua actividade ilí-cita só foi descoberta depois de meses de investigação dos militares.

Para além do haxixe, foram apreendidas 60 doses de cocaína, cerca de 400 euros e uma grande quanti-dade de material pirotécnico ilegal. O homem geriu, ao longo dos últimos anos vários cafés em lousada e nun-ca ninguém suspeitou da sua actividade ilícita. “O in-divíduo estava a ser investigado pelo NICD há meses e era muito discreto, por isso há suspeitas que o homem tenha traficado droga durante anos”, disse ao RM uma fonte policial. Depois de ter passado uma noite nos ca-labouços do quartel da GNR de Penafiel e de ter sido ouvido pelo tribunal judicial de lousada, o quinquage-nário foi encaminhado para prisão preventiva.

GNR DETEvE JOvEM DE 18 ANOS

Morto à tesourada em Lousada

Alexandre Panda

Apenas frequentou o curso de So-ciologia e nunca foi médico, mas du-rante cerca de uma década enganou pacientes, passou dezenas de receitas e até começou a ganhar a fama de ser bom médico.

Júlio C., de 42 anos foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) do Porto pela prática dos crimes de usurpação de fun-ções, falsificação de documentos e trá-fico de estupefacientes, uma vez que nas buscas domiciliárias as autoridades encontraram uma elevada quantidade de medicamentos que só os verdadei-ros médicos podem receitar. Estes cri-mes são passíveis de uma pena de 4 à 12 anos de cadeia. Dr. Júlio vai aguardar julgamento em casa com pulseira elec-trónica.

Segundo a Polícia Judiciária, até ao momento, não existem informações so-bre danos em pessoas decorrentes da administração do medicamento em cau-sa.

O homem auto-intitulado especialis-ta em neuropsicológia clínica foi detido na sua casa na localidade de Ordem em Lousada.

Rui Nunes, coordenador de inves-tigação criminal da Secção Regional de Investigação de Crime Económico e Fi-nanceiro afirmou que o médico tinha “credibilidade junto do meio onde actu-ava”, devido à “boa carteira de doentes” de que dispunha.

Foi um paciente que desconfiava das verdadeiras habilitações do “Dr. Júlio” que alertou as autoridades, de-sencadeando uma investigação de cer-ca de três meses.

Medicou centenas de pacientes, en-tre os quais crianças hiperactivas. Con-seguiu de tal forma inserir no meio da medicina que tirar um curso de pós-gra-duação e até foi palestrante em eventos clínicos. Nas buscas domiciliárias os inspectores da PJ apreenderam docu-mentação, que vai ser ainda alvo de in-vestigação, podendo vir a constituir no-vos crimes.

Dr. Júlio poderá ter trabalhadoem outros concelhos da região

Os responsáveis pela investigação revelaram que o indivíduo poderá ter enganado outros pacientes na região do Vale do Sousa: “Há suspeitas de que este indivíduo possa ter outros consul-tórios, talvez em Felgueiras e na Lixa”, revelou Rui Nunes, coordenador de in-vestigação de crime económico da PJ do Porto. Segundo o responsável, “não há informações sobre pacientes que te-nham corrido risco de vida, mas há al-guns casos com gravidade”.

O Dr. Júlio praticava preços entre os 40 e os 100 euros.

As vinhetas clínicas têm nomes de outros médicos e uma grande quantida-de de impressos para receitas ou atesta-dos têm o timbre do Ministério da Saú-de. A PJ terá agora que apurar como é que o suspeito obteve estes documen-tos, aparentemente verdadeiros, ou se tinha cúmplices nesta actividade ilícita.

PJ DETEvE O AUTO INTITUlADO “DR. JúlIO” EM lOUSADA

Falso médico trabalhou10 anos na região

O presumível homicida de 18 anos é descrito comonervoso e violento. A própria família acredita que o rapaz tenha problemas psicológicos, com tendên-

cias mórbidas. Tem antecedentes criminais emrelação a pequenos furtos.

Carlos Costa, conhecido em Macieira como Nheca, é descrito como um homem pouco instruído, mas muito amigo da população e sempre disponível

para ajudar nas tarefas dos vizinhos idosos.

Page 8: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 20088 Sociedade [email protected]

Centro Hospitalardo Tâmega e Sousalançou campanha para sensibilizar população para a diabetes

O Centro hospitalar do Tâmega e Sousa (ChTS) ini-ciou, no passado dia 31 de Outubro, uma campanha de divulgação da Diabetes, envolvendo três dezenas de outdoors e dezenas de anúncios em jornais regionais, adiantou fonte hospitalar.

A campanha é desenvolvida de forma articulada com a International Diabetes Federation (IDF) e vai ter-minar a 14 de Novembro, Dia Mundial da Diabetes. A acção abrange os nove municípios do vale do Sou-sa e do Baixo Tâmega, que correspondem à área e in-fluência das duas unidades do ChTS - hospital Pa-dre Américo, em Penafiel, e hospital de S. Gonçalo, em Amarante.

Nos concelhos Penafiel, lousada, Felgueiras, Paços de Ferreira, Castelo de Paiva, Paredes, Amarante, Baião e Marco de Canaveses estão a ser colocados vários ou-tdoors com mensagem alusivas à doença, que serão diferenciados à medida que evoluem as três fases da campanha.

“Porque a Diabetes é uma doença silenciosa que mata. Torna-se por isso, ao nível da saúde em Portugal, uma doença para a qual é fundamental alertar a popu-lação, promovendo nomeadamente estilos de vida sau-dável”, explica a fonte.

Esta campanha, que o ChTS diz ser inédita em Por-tugal, vai chegar às mais de 530 mil pessoas que resi-dem no conjunto dos nove municípios.

O ChTS conta também com a colaboração de cin-co jornais regionais, que se disponibilizaram a publi-car graciosamente publicidades alusivas à campanha, iguais às que constarão dos outdoors.

Até dia 14 de Novembro vão decorrer outras ac-ções, incluindo a distribuição pela população de toda a região de material alusivo à diabetes.

Hospital Padre Américo foi oprimeiro do país a receberacreditação internacional

A Unidade hospitalar Padre Américo do Centro hospitalar do Tâmega e Sousa (ChTS) tornou-se o pri-meiro hospital português a conquistar a “acreditação total”, segundo os padrões de avaliação de qualidade da Joint Commission Internacional (JCI).

O processo durou mais de três anos e, de acordo com Alberto Marques, presidente do Conselho de Ad-ministração do ChTS, a acreditação “é uma chave fun-damental para continuarmos a desenvolver e melhorar os procedimentos, melhorar e garantir a formação ade-quada aos nossos profissionais e o acompanhamento adequado a doentes e seus familiares”.

Durante a apresentação oficial do diploma de acre-ditação, a qual decorreu no passado dia 20 de Outu-bro, no anfiteatro do ChTS, a administração do hospital não deixou de agradecer a toda a equipa que traba-lhou neste processo, que envolveu 11 grupos secto-riais compostos por dezenas e profissionais de diver-sos serviços.

Em termos de mudança, o Presidente do Conselho Administrativo do hospital diz esta já vem a acontecer há algum tempo. “Todo o sistema que está montado para ajudar os doentes, os mais modernos equipamen-tos que estão à sua disposição, são algumas das mu-danças”, disse o administrador.

Futura Unidade Hospitalar deAmarante deverá arrancar em breve

À margem da cerimónia de apresentação da acredi-tação do ChTS, Alberto Marques, deixou escapar que a fase final do novo hospital de Amarante seria apresen-tada no passado dia 21 de Outubro, no Padre Américo.

O futuro hospital de Amarante será uma unidade essencialmente virada para o ambulatório, com uma lotação de 60 camas e três salas cirúrgicas, capazes de realizar cerca de 40 cirurgias por dia.

O Colégio Casa Mãe, si-tuado no concelho de Pa-redes, lidera o ranking das escolas secundárias a nível do Baixo Tâmega e Vale do Sousa, classificando-se em décimo segundo lugar no ranking nacional, com a mé-dia de 13,85, menos 2,26 va-lores da primeira classifica-da, a Academia de Música de Santa Cecília, em Lisboa.

Em segundo, a nível do Baixo Tâmega e Vale do Sousa, encontramos o Co-légio São Gonçalo de Ama-rante (58.ª no ranking nacio-

nal), com a média de 12,25 e em terceiro lugar a Escola Secundária/3 de Amarante (194.ª a nível nacional), com a média de 11,13 valores.

Seguem-se as escolas se-cundárias de Vilela, em Pa-redes (237.ª ranking nacio-nal); de Paredes (258.ª); de Vila Cova da Lixa, Felguei-ras (314.ª); de Felgueiras (322.ª); Externato de Vila Meã (323.ª); Secundária/3 Prof. Dr. Flávio F. Pinto Re-sende, Cinfães (332.ª); Se-cundária de Paços de Fer-reira (335.ª); Externato D.

Afonso Henriques, Resen-de (371.ª); Secundária/3 de Marco de Canaveses (377.ª); de Celorico de Basto (404.ª); de Lousada (405.ª); Penafiel (425.ª); e a Escola Secundá-ria/3 D. Egas Moniz, Resen-de (440.ª), esta última com a média de 10 valores.

A baixo desta média e com 9,91 valores está a Es-cola Secundária/3 Joa-quim Araújo, Penafiel (454.ª ranking nacional); Escola Secundária de Alpendorada, Marco de Canaveses (458.ª); de Baltar (493.ª); EB 2,3/S

de Castelo de Paiva (547.ª), e no final da tabela do Bai-xo Tâmega e Vale do Sousa encontramos a EB 2,3/S de Baião, com a média de 8,98 e a nível nacional aparece já no final da tabela, na posi-ção 554.

Foram avaliadas nes-te estudo, 608 escolas públi-cas e privadas, mantendo-se a tendência já dos anos an-teriores no que se refere às escolas privados, pois são es-tas que continuam a liderar o ranking.

Alexandre Panda

O tribunal de Castelo de Paiva está a julgar os três indivíduos suspeitos de ter furtado e receptado os cas-tiçais do Anjo de Portugal, o monumento de homenagem às vítimas da queda da Pon-te de Entre-os-Rios.

Dois arguidos, ambos to-xicodependentes referencia-dos pelas autoridades em muitos furtos de cobre, são acusados de um crime de furto qualificado enquanto que um sucateiro da zona da Foz do Sousa está acusado de receptação.

Na acusação do Minis-tério Público de Castelo de Paiva pode se ler que Car-los S. de 23 anos, natural de Penafiel e Joaquim P. de 36 anos de Castelo de Paiva, fo-ram ao Monumento do Anjo de Portugal na noite do 18 de Fevereiro de 2007 onde en-contraram a porta aberta.

Roubaram os 47 casti-çais que representam as víti-mas da tragédia da ponte.

Segundo a acusação, no dia seguinte, os arguidos fo-ram à zona da Foz do Dou-ro em Gondomar, onde pro-curaram um sucateiro, José F., oferecendo os objectos sagrados para as famílias de Castelo de Paiva. 176 euros terá sido o preço que os dois toxicodependentes recebe-ram pela venda dos 47 casti-çais. O dinheiro terá servido para comprar heroína con-sumida em pouco tempo pe-los dois alegados ladrões.

O valor atribuído pelo MP aos objectos de culto era de 550 euros, mas para as fa-mílias das vítimas os casti-çais tinham um valor senti-mental.

Na altura do roubo, a Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia da Ponte de Entre-os-Rios, fi-

cou chocado com o furto que causou o alarme social da po-pulação.

Os castiçais do Anjo de Portugal foram recuperados

no dia seguinte ao furto pelo Núcleo de Investigação Cri-minal da GNR de Penafiel, na zona da foz do rio Sousa em Gondomar. Desde daque-

le dia que o NIC de Penafiel desenvolveu intensas inves-tigações para recuperar os castiçais, já que aquele furto provocou a revolta dos fami-liares das vítimas e da popu-lação local.

Em declarações ao RM, Augusto Moreira da Asso-ciação, explicou que “as fa-mílias estão esperançadas que justiça seja feita”. O res-ponsável acrescentou que “é um monumento sensível, tratando-se de um local de culto onde as famílias vão re-colher-se e lembrar os fami-liares”.

O julgamento prosse-gue no próximo dia 12 de Novembro prevendo-se que nessa sessão possam decor-rer as alegações finais.

Colégio Casa Mãe de Paredes lidera rankingdas escolas do Baixo Tâmega e vale do Sousa

TRêS ARGUIDOS RESPONDEM EM CASTElO DE PAIvA

Suspeitos do furto dos castiçais das vítimas da tragédia de Entre-os-Rios em julgamento

Page 9: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Região

O contrato da concessão da barragem de Fridão, no rio Tâmega – um empreendimen-to muito contestado em Amarante – a cele-brar entre o Estado e a EDP vai ser assinado em Dezembro, assegurou terça-feira o presi-dente do Instituto da Água (INAG).

Os contratos de concessão com a EDP - que ganhou o concurso para Fridão, Alvito e Foz Tua - com a Endesa - que ganhou Gira-bolhos - e com a Iberdrola - que ganhou Gou-vães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões - serão assinados dentro de um mês, afirmou o presidente do INAG.

A atribuição dos contratos de concessão às três empresas será feita por decreto-lei, precisou Orlando Borges. O responsável sa-lientou que os concursos não tiveram “uma única contestação, o que demonstra a sua transparência e rigor”.

O Governo lançou o ano passado um pro-grama nacional para a construção de 10 bar-ragens, prevendo um investimento total en-tre os 1.000 e os 2.000 milhões de euros e um aumento da capacidade de produção hídrica do país em 1.100 megawatts (MW), de modo a ultrapassar os 7.000 MW de potência insta-lada até 2020.

Estado encaixa mais de 600milhões de euros

O Estado vai encaixar 624 milhões de eu-ros com a adjudicação da concessão de oito barragens do Programa Nacional de Barra-gens à EDP, Iberdrola e Endesa, afirmou o presidente do Instituto da Água (INAG).

O investimento total nas oito barragens será de cerca de 3.000 milhões de euros e

o aumento da produção hídrica, que estava previsto ser de 1.100 megawatts (MW) para as 10 barragens programadas, será “ultra-passado”, afirmou Orlando Borges.

O presidente do Instituto da Água con-firmou que as barragens de Almourol e Pi-nhosão não receberam qualquer proposta no concurso lançado pelo Governo, ficando por construir.

Orlando Borges afirmou, no entanto, que dadas as “fortíssimas restrições” colocadas à construção das barragens de Almourol e Pi-nhosão, vê como “positiva” a sua não cons-trução.

“Os objectivos que tínhamos com dez barragens [em termos de encaixe financeiro e de produção hídrica], vamos conseguir atin-gi-los com oito”, afirmou.

Jorge SousaAlexandre Panda

O presidente da câmara de Amarante, Armindo Abreu, que em Outubro contestou Penafiel para a sede da CIM Tâmega e Sou-sa, defende que a nova estrutura territorial deve ter uma equipa mínima e nem sequer precisa de ser criado o lugar de director exe-cutivo.

“A ideia que passa [entre os municípios] é que se vai constituir a CIM empurrados pela legislação e apenas para se poder contratua-lizar com o Governo [através da CCDR Nor-te] o Plano de Desenvolvimento Territorial (PDT)”. Se o objectivo é esse faz sentido a CIM ter apenas uma estrutura funcional li-geira, sem um executivo”, quem o afirma é Armindo Abreu, presidente da Câmara de Amarante.

O autarca acredita que a estrutura, que nasce da fusão das duas comunidades urba-nas do Tâmega e do Vale do Sousa, não de-veria limitar-se a ser uma mera estrutura destinada a lançar candidaturas para fundos comunitários.

Armindo Abreu (foto) lamenta que as duas sub-regiões continuem a viver de costas voltadas, garantindo que até foi defensor que a sede da CIM deveria ficar instalada não em Amarante mas num município mais interior, dando como exemplos Resende, Baião ou até Celorico de Basto.

“Não se pode pedir a um presidente de câmara que olhe para a região sem olhar pri-meiro para o seu concelho, mas eu acredito que para defender os interesses concelhios é necessário ter uma perspectiva regional”, adiantou o autarca em entrevista ao RM.

Penafiel diz que ainda é cedo pararesolver organização administrativa

A nova Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa vai ter uma equipa de ges-tão com a missão de trabalhar na contratu-

alização dos fundos comunitários para a re-gião.

Em declarações ao RM Alberto Santos, presidente da Comunidade Urbana do Vale do Sousa, adiantou que a nova região admi-nistrativa irá, ao longo do próximo ano, de-finir as estratégias para a contratualização com a entidade governamental que gere os fundos comunitários do QREN.

“A questão, que neste momento é oportu-na, é a criação de uma equipa de cinco ou seis pessoas que deverá elaborar o plano estraté-gico a apresentar para os fundos comunitá-rios. O consenso reunido entre todos os con-

celhos do Tâmega e Sousa foi precisamente resolver a contratualização, que era a prin-cipal missão do momento”, afirmou ao RM o também presidente da câmara de Penafiel, deixando no ar a ideia que o seu homologo de Amarante está a adiantar-se no calendá-rio da organização da CIM.

“A questão da contratualização é impor-tante porque esse passo é que vai permitir a cada um dos municípios receber verbas para poder realizar as obras que entendam que sejam necessárias”, esclareceu o autarca.

Alberto Santos explicou ainda que só de-pois dessa questão estar resolvida é que os

municípios irão, em conjunto, resolver a questão da organização administrativa da CIM.

“A equipa de gestão poderá ser recruta-da na bolsa de pessoal das actuais comuni-dades urbanas do Tâmega e do Sousa ou até dos Gabinetes de Apoio Técnico de Penafiel ou Amarante”, adiantou ainda o líder da co-munidade urbana do Vale do Sousa.

O que é a contratualização?

As candidaturas aos fundos comunitários têm ser elaboradas ao nível regional. Antiga-mente os fundos eram distribuídos pelos mu-nicípios ou associações de municípios, mas agora as novas regras exigem maior abran-gência. Daí a criação da nova Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa com 12 concelhos.

As equipas de gestão terão de organizar a divisão do bolo financeiro entre os municí-pios.

As dotações orçamentais irão depender da qualidade das propostas apresentadas.

Eleições na segunda quinzenade Novembro A futura Assembleia Intermunicipal da

CIM do Tâmega e Sousa terá 67 membros, que serão eleitos proporcionalmente nas as-sembleias municipais dos 12 municípios, se-gundo o número de eleitores de cada um. A eleição terá lugar na segunda quinzena de Novembro.

Refira-se que a sede da futura Comu-nidade Intermunicipal do Tâmega e Sou-sa (CITS) vai funcionar na cidade de Pena-fiel, escolha que foi votada maioritariamente pelos 12 municípios da região – Amarante, Baião, Celorico de Basto, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende, para a região do Tâ-mega, e Castelo de Paiva, Felgueiras, Lousa-da, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel.

Duas visões sobre a nova Comunidade Intermunicipal do Tâmega e SousaAmarante não quer director executivo à frente da CIM e Penafielestá preocupado com equipa de gestão.

NOvAS BARRAGENS vãO DAR MAIS DE 600 MIlhõES AO ESTADO

Contrato de concessão da barragem de Fridão assinado antes do final do ano

Page 10: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 200810 Amarante [email protected]

Os Familiares do escri-tor e advogado Carlos Babo doaram ao Município de Amarante mais espólio do escritor e advogado, consti-tuído por bibliografia acti-va, manuscritos e iconogra-fia, designadamente cartões (inclusive o seu Bilhete de Identidade original) e foto-grafias.

Em Dezembro de 2007, a biblioteca Municipal Alba-no Sardoeira havia já ficado depositária de espólio do es-critor, constituído por livros, manuscritos e correspon-dência trocada com figuras suas contemporâneas, como Teixeira de Pascoaes e Raul Brandão, ao qual se juntará o agora doado.

Vida do escritor

Carlos Cândido dos San-tos Babo nasceu em Figuei-ró, concelho de Amarante, a 4 de Setembro de 1882. Filho de Eduardo Pinto dos San-tos Teixeira e de Isabel Cân-dida Teixeira Babo, nascida no Rio de Janeiro, de pais naturais de Amarante, am-bos proprietários e com ren-dimentos no Brasil.

Os Babo eram família vinda da Idade Média, de Herzegovina, que se fixaram

em entre Douro e Minho. Eduardo Teixeira era um homem educado e culto.

Carlos Babo ingressou na Faculdade de Direito, em Coimbra, em 1898 e concluiu em 1904 a sua formatura.

Em 6 de Outubro acei-tou o cargo de chefe de Ga-binete no Ministério do Inte-rior, que acumulava com o da Instrução. Interveio na Re-partição Pedagógica da Ins-trução Primária e foi Secre-tário-Geral do Ministério da Instrução, inaugurado em 1913.

Elevam-se a muitas cen-tenas as crónicas e arti-gos que escreveu em Alma

Nova, República, Pátria, Li-berdade, Humanidade, Di-ário de Lisboa, Primeiro de Janeiro, Montanha, O Cla-rim, Voz da Justiça, Figuei-rense, O Raio, etc., jornais que foram silenciados pelo salazarismo.

Trabalhador infatigável, Carlos Babo passava muito tempo no seu escritório a es-crever. Não ia ao cinema, ao teatro, nem a concertos. Um quarto interior com jane-la para o saguão, uma cama de ferro, uma cadeira, uma mesa de pinho e uma arca velha onde guardava os pa-péis. Trabalhava até altas horas.

Biblioteca Municipal commais espólio de Carlos Babo

O Museu Rural de Gon-dar deverá ser inaugurado até final do mês de Novem-bro, quando deverão estar disponíveis todos os seus espaços e concluídos os ar-ranjos exteriores. Aquele equipamento resulta da re-cuperação de um lagar de azeite da Quinta do Encon-tro, na sequência de uma candidatura da Câmara de Amarante ao Programa Le-ader. A recuperação do edi-fício custou cerca de 125 mil euros.

O Museu de Gondar, com uma área de exposição de cerca de 400 metros qua-drados e cuja gestão será da Junta de Gondar, inclui-rá arte sacra, peças de bar-ro preto e utensílios e arte-factos ligados às profissões e actividades rurais, preten-dendo demonstrar, de forma apelativa a história da re-gião, em termos agrícolas, formas de vida e técnicas de trabalho. O seu espólio co-meçou a ser recolhido há vá-rios anos, através de exposi-

ções etnográficas realizadas na freguesia, havendo pe-ças que foram doadas e ou-tras que ficaram à guarda do museu. Muitas delas tiveram que ser restauradas.

Aquele equipamento de-verá funcionar de forma in-tegrada com o Centro In-terpretativo do Marão, prevendo-se a sua inclusão nos roteiros dos visitantes que procuram a serra e a re-gião para as suas viagens de lazer. Públicos preferenciais serão, também, os alunos

das escolas da região.Para além da mostra

permanente, prevê-se que o museu promova actividades de animação e eventos liga-dos ao calendário agrícola, como as vindimas e as desfo-lhadas, bem como acções so-bre gastronomia tradicional.

A inauguração, que se prevê ocorra em finais de Novembro, deverá contar com uma feira medieval e duas conferências sobre te-máticas rurais.

Museu Rural deGondar abre asportas no fim do mês

A Junta de Freguesia de Carvalho de Rei e a ADES-CO – Associação de Desen-volvimento Comunitário, le-varam a cabo a iniciativa “Desfolhada à Moda Anti-ga”, que decorreu no pas-sado dia 19 de Outubro, no largo da antiga Escola Pri-mária de Carvalho de Rei.

Dois carros de bois car-regados com o milho foram deslocados pelos respecti-vos lavradores até ao largo, onde depois o milho foi ati-rado para o chão, para pos-teriormente ser desfolhado.

Juntou-se um eleva-

do número de pessoas pro-venientes não só da aldeia como também da cidade, para poder participar de forma activa na desfolhada.

Ao som das concertinas, com bailarico à mistura, lá iam surgindo pelo meio al-gumas espigas de milho rei, que faziam a delícia dos vi-sitantes. No final, cantou-se ao desafio e o lanche foi servido à boa moda antiga, para que todos pudessem desfrutar do momento.

Feira dasAbóborasno Cavalinho

A Feira das Abóboras do lugar de Cavalinho vai to-mar conta da freguesia de Gondar este domingo, dia 9 de Novembro, numa or-ganização da Associação de Freguesias da Aboboreira e Marão. A abertura da fei-ra está prevista para as 10 horas, com animação musi-cal, e pelas 15 horas será re-alizado o concurso para a maior abóbora, a mais pesa-da e a mais original. A en-trega de prémios está mar-cada para as 17 horas, com prémios para os vencedores.

Desfolhada à moda antigaem Carvalho de Rei

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Amarante

Detido traficantede droga em Vila Meã

O Núcleo de Investigação de Crimes de Droga da GNR de Penafiel deteve em vila Meã, Amarante um ho-mem de 63 anos suspeito de vender droga no café que gere e que seria o ponto de encontro para pequenos traficantes da região. havia cerca de dois meses que os militares observavam as movimentações do café Pin-to em Travanca, vila Meã e na noite do passado dia 25, avançaram com uma busca ao estabelecimento. 370 doses de cocaína foram apreendidas, para além de uma arma adaptada 6.35 e cerca de 500 munições.

O gerente do café também estava na posse de cer-ca de 1000 euros, supostamente fruto de um dia de tráfico. “Este indivíduo já foi condenado pelo mes-mo crime num processo conduzido pela PJ e ainda no ano passado foi constituído arguido pela GNR por cri-mes de contrabando de tabaco e suspeitas de tráfico”, adiantou ao RM uma fonte policial. O indivíduo de 63 anos será, segundo apurou ao RM, um abastecedor de revendedores da região do Tâmega.

O homem foi ouvido no tribunal de Amarante, ten-do sido decretada a sua prisão preventiva como medi-da de coação, no Estabelecimento Prisional de vila Real.

Menor de 15 anosbaleou mãe e tiopara comprar droga

Um jovem de 14 anos baleou, com tiros de caça-deira, a mãe e o tio durante uma discussão familiar em Travança, vila Meã, Amarante, na noite do passado 29 de Outubro. Os Bombeiros voluntários de vila Meã e a GNR local foram chamados, cerca das 20h00, por uma vizinha alertada pelos gritos das duas vítimas. Segundo algumas testemunhas, o adolescente queria que a mãe lhe desse dinheiro, presumivelmente para comprar droga, mas perante recusa daquela disparou.

O tio veio em auxílio da primeira vítima e foi tam-bém atingido. Os feridos foram atingidos na cara e nas pernas. Ana Rosa, de 45 anos, e henrique Teixeira, de 35 anos, foram transportados pelos bombeiros para o hospital de Penafiel. A mãe foi mais tarde transferi-da para o hospital de S. João, no Porto, mas não correu perigo de vida.

Ao que o RM apurou no local, em causa está uma família problemática, na qual costuma ocorrer confli-tos frequentemente testemunhados pelos vizinhos. Quanto ao menor, foi levado naquela noite pelos mili-tares para o posto da GNR de Amarante, onde aguar-dou para ser ouvido por investigadores da PJ. O caso foi participado ao Tribunal de Menores e o jovem ficou à guarda de uma tia, também residente em Amarante.

Escola de Penedosreabriu na terça-feira

A escola básica de Penedos, freguesia de Oliveira, no concelho de Amarante, esteve encerrada segunda-feira todo o dia depois dos pais dos alunos terem pro-testado contra uma alegada falta de pessoal para to-mar conta das crianças. A escola reabriu na terça-feira depois do agrupamento de escolas ter contratado uma nova auxiliar. A escola de Penedos tem 38 alunos no presente ano lectivo e integra o Agrupamento de Esco-las Amadeo de Souza-Cardoso - com sede na EB 2,3 de Telões, Amarante.

A Câmara Municipal de Amaran-te vai proceder ao arranjo urbanístico do adro da Igreja de Vila Chã do Ma-rão, bem como do parque de estacio-namento adjacente, num obra que de-verá custar cerca de 200 mil euros.

Em concreto, o projecto, que pre-vê uma intervenção numa área total de 3.300 metros quadrados, preco-niza a transformação do arruamen-to entre a EM 573 e a Igreja numa alameda com faixas de circulação au-tomóvel separadas, a construção de passeios desde aquela estrada até ao Cemitério Paroquial e a criação de aparcamentos com 13 lugares na zona central e com 30 lugares na par-

cela de terreno situada na retaguarda da Igreja.

Para tal, propõe o levantamento dos pavimentos existentes, a instalação das redes de águas pluviais e de ilumi-nação pública, o reforço do muro exis-tente e a pavimentação das faixas de rodagem e aparcamentos com calçadas de cubos e dos passeios e separadores com micro cubos. O cruzeiro existen-te será recolocado no fim da alameda e esta, bem como os aparcamentos, se-rão arborizados.

Aprovados o projecto e caderno de encargos, segue-se a abertura de con-curso para execução da obra, cujo pra-zo foi fixado em 120 dias.

O cemitério de Figueiró, em Amarante, vai ser alvo de uma remodelação completa. A obra está orçada em cerca de 300 mil euros e vai incidir sobre uma área de cerca de 9.000 metros quadrados de toda a zona envolvente ao lo-cal de culto.

A câmara que já lançou o concurso vai demolir o pa-vimento da Via de Santiago e de alguns muros para po-der proceder à regularização

de declives e à construção de muros em pedra e em betão. No mesmo projecto a autar-quia quer instalar redes de drenagem de águas pluviais e de rega e também ampliar as redes de abastecimento de água, de saneamento e de iluminação pública, bem como a reabilitação dos mu-ros de vedação do cemité-rio e a preparação das zonas verdes para futuros ajardi-namentos e arborização.

Com esta obra a autar-quia amarantina pretende dar seguimento ao Plano de Pormenor aprovado para a zona onde esta área se in-tegra e criar um espaço ex-terior com a valorização do equipamento existente e a promoção do equilíbrio en-tre espaços pavimentados e verdes.

Em comunicado a câ-mara de Amarante explica que o projecto visa também

criar condições de funciona-lidade, segurança e conforto na circulação de viaturas e de peões com a beneficiação dos arruamentos vizinhos e construção de aparcamentos e de percursos pedonais ar-borizados com acessibilida-des garantidas ao cemitério para pessoas com mobilida-de reduzida.

Cemitério de Figueiró vai ser requalificado

Arranjo urbanístico do adro da Igrejade Vila Chã do Marão vai a concurso

As notícias... quando acontecemwww.maraoonline.com

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Repórter do Marão 6 Novembro 200812 Baião [email protected]

O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, inaugurou no passado dia 31 de Outubro, o primeiro de três centros escolares do concelho de Baião, este loca-lizado na freguesia de Cam-pelo.

Este novo centro, com capacidade para 280 alunos do primeiro ciclo do ensino básico, tem a particularida-de de estar preparado para receber oito crianças com necessidades especiais, nes-te caso, crianças autistas, não só de Baião, mas tam-bém da região do Tâmega. Para este efeito foram pre-paradas duas salas e estão já inscritas cinco crianças, de Baião, Marco de Canaveses, Paredes e Felgueiras.

Dois professores de edu-cação especial vão dar apoio aos alunos autistas, auxilia-dos por mais quatro espe-cialistas – terapeuta e te-rapeuta da fala, psicólogo e fisioterapeuta.

Face a esta particulari-dade, o Secretário de Esta-do da Educação referiu que Portugal “é o país que mais investe na integração de alu-nos com necessidades es-peciais na escola pública”, garantindo que “até 2013 va-mos integrar todos os alu-nos com necessidades espe-ciais”.

O Centro Escolar de Baião tem 12 salas de aula, todas dotadas de quadros in-teractivos, num investimen-

to que totalizou os 1,4 mi-lhões de euros. Investimento que, segundo José Luís Car-neiro, presidente da Câmara Municipal de Baião vai pros-seguir, com a construção de mais dois centros escolares, em Eiriz, freguesia de An-cede e em Santa Marinha

do Zêzere. Nas freguesias de Teixeira e Santa Cruz do Douro vão também ser cons-truídos dois pólos escolares.

O autarca baionense re-feriu-se a este investimentos como sendo “a face visível da nossa política, em que o re-ordenamento da rede escolar

não se realiza para economi-zar recursos, antes para pro-porcionar a todas as crianças a igualdade de oportunida-des no acesso a uma estrutu-ra educativa e formativa que os habilita a um futuro cada vez mais exigente”.

Este novo centro esco-

lar vem substituir as escolas básicas do Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil, que compreendia as EB1 das freguesias de Campelo, Ovil e Loivos do Monte e recebeu já os alunos na passada se-gunda-feira.

Novo centro escolar preparado para receber crianças autistas

Laurinda PintoÉ bom termos este novo centro escolar, mas po-diam ter pensado que as nossas crianças mais pe-quenas vão ter de almo-çar com os grandes. Neste novo edifício podia ha-ver uma sala onde pudes-sem estar com alunos da mesma idade. Os mais pe-quenos podem vir a es-tar confrontados com lin-guagem e atitudes com

as quais podem não vir a saber li-dar, é esse o meu re-ceio.

Cândida CarvalhoEstou muito satisfeita com este novo centro. Na outra escola os alu-nos com níveis de ensino diferentes estavam na mesma sala. Agora es-tão com melhores condi-ções. A minha filha que estava na terceira clas-se tinha aulas com alu-nos da segunda. Os da primeira estavam juntos com os da quarta classe.

Agora este problema está resol-vido.

“Estas são duas obras que vêm de encontro aos desejos da população do Gôve”. Foi desta forma que o presidente da Junta de Freguesia do Gôve, José Ma-galhães, caracterizou, no dia 25 de Ou-tubro, a obra de criação do Centro Cívico da freguesia e a pavimentação da estra-da do lameirão. No primeiro caso, foi lançada a primeira pedra da obra, que tem um prazo de conclusão de quatro meses; já a estrada do lameirão foi per-corrida de uma ponta à outra – mais de um quilómetro e meio – por largas de-zenas de habitantes da freguesia, que seguiram um grupo liderado pelo pre-sidente José luís Carneiro e pelo já fa-moso grupo de Concertinas do lamei-rão. O Centro Cívico do Gôve vai surgir da requalificação e valorização do largo da Feira. O espaço será pavimentado, se-rão criados 15 lugares de estacionamen-to e colocado mobiliário de apoio. Neste último caso destaca-se uma “inovado-ra solução de floreira amovível”, que per-mitirá que o espaço esteja embeleza-do na generalidade dos dias, mas que se ganhe espaço quando for caso disso. “O

Centro Cívico situa-se num ponto cen-tral da freguesia, entre os lugares de Go-sende, Portela e Casa Nova”, destacou José luís Carneiro perante um salão da junta de freguesia completamente lota-do. Os Centros Cívicos, continuou o au-tarca, têm uma “dimensão material, por-que vão servir de ponto de encontro e convívio aos baionenses, e uma dimen-são imaterial, já que vão melhorar a qua-lidade de vida da população e fazer as pessoas mais felizes”. Criados para serem funcionais, os Centros Cívicos poderão receber espectáculos de música, de te-atro, feiras e qualquer outro tipo de ma-nifestação popular. No caso concreto do Gôve serão investidos 150 mil Euros; ao todo, vão ser construídos 15 centros, nos quais a autarquia vai aplicar mais de 2,5 milhões de Euros.

O lugar “dos Monteiros”está mais perto da freguesia

Depois de terem lançado a primei-ra pedra do Centro Cívico, José luís Car-neiro e José Magalhães seguiram para o

lugar do lameirão, acompanhados pela população e por várias figuras da vida pública baionense, como o presiden-te da Assembleia Municipal, Pinho Sil-va e os vereadores do executivo Pau-lo Pereira, Manuel Durão, e a vereadora independente Paula Freitas. Quem não podia deixar de estar presente naque-la inauguração era o grupo das Concer-tinas do lameirão, que ao fim e ao cabo assumia o papel de anfitrião. Constituí-do por 7 membros da família Monteiro – quase todos os cerca de 100 habitan-tes do lugar são da família –, o animado grupo alegrou a caminhada que inaugu-rou o novo “tapete” da estrada do lamei-rão. Com mais de um quilómetro e meio de extensão, esta obra de 100 mil Euros vai permitir uma circulação, mais rápida e segura, entre o lugar e a freguesia do Gôve. A obra vai também facilitar a mo-bilidade entre o Gôve e o Marco de Ca-naveses.

PRIMEIRA PEDRA DO CENTRO CívICO E ESTRADA DO lAMEIRãO

150 mil euros investidos em requalificações no Gôve

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Baião

Um homem de 83 anos foi colhido na passada terça-feira 28 de Outubro, por um comboio da Linha do Dou-ro quando atravessava a pé uma passagem de nível per-to de Baião, disse fonte dos Bombeiros de Santa Mari-nha do Zêzere. O acidente ocorreu às 13h12 na passa-gem de nível do Mirão, São

Tomé de Covelas, Baião, lo-cal onde Adrião Tomé, víti-ma mortal, habitualmente costumava atravessar a pé.

O ancião foi colhido por uma composição que fazia a ligação do Peso da Régua ao Porto e, pelo que o RM con-seguiu apurar, o idoso iria pescar e terá sido um des-cuido por parte deste que le-

vou ao acidente.De acordo do Comando

Distrital de Operações de Socorro, a circulação na fer-rovia esteve cortada até ser emitida a certidão de óbito, algo que aconteceu já a meio da tarde. O corpo foi depois levado para a morgue do Centro Hospitalar do Tâme-ga e Sousa. AP

Meia centena de jovens baionenses tomou contacto com aquilo que o concelho de Baião tem de melhor. Da Fundação Eça de Queiroz ao Biscoito da Teixeira acabado de fazer, houve muito para experimentar e descobrir.

A viagem, organizada pela Câmara Municipal de Baião no âmbito da iniciativa “A Tua Voz”, serviu para que os jovens do concelho pudes-sem tomar um contacto mais aproximado com a realidade do concelho e com aquilo que ele tem de melhor. A primei-ra paragem foi pelo núcleo de Arqueologia do Museu Mu-nicipal, onde a coordenadora daquele espaço, a arqueólo-ga Carla Stockler, transpor-tou os visitantes numa re-trospectiva pelos mais de vinte anos de trabalhos rea-lizados no Campo Arqueoló-gico da Serra da Aboboreira (CASA). Daí a viagem seguiu para a Teixeira, no Marão, altura de provar o famoso Biscoito da Teixeira acaba-do de fazer por uma jovem produtora local. O percur-

so incluiu ainda uma passa-gem pela Casa das Benga-las de Gestaçô, onde se pode apreciar e aprender mais so-bre esta centenária, e origi-nal, arte baionense.

O evento “A Tua Voz” teve um primeiro momen-to no dia 12 de Julho. Nessa data, três dezenas de jovens reuniram-se para debater,

com especialistas e políti-cos, temas como a educação, o turismo, a saúde, ou o em-preendedorismo. A meta era fornecer pistas para pensar “o futuro de Baião”. Nesse dia surgiu um figurino para definir novos encontros, que passarão pela reunião dos

jovens a três níveis: primei-ro, ao nível das freguesias, serão constituídos grupos com até 10 elementos, res-ponsáveis por sugerir ideias, num momento designado “A Tua Voz”; em segundo lu-gar, dar-se-á um novo encon-tro, “A nossa Voz”, para que todos os grupos troquem ideias; em terceiro lugar é a altura de dar a conhecer “A Voz de Todos”, evento onde as ideias serão dadas a co-nhecer a especialistas e aos políticos, esperando-se que possam ser dados contribu-tos valiosos para o futuro do concelho.

Cada um dos vinte gru-pos de jovens, correspon-dentes a cada freguesia, terá um porta-voz, responsável pela representação do gru-po no futuro Conselho Muni-cipal de Juventude.

lANçADA A PRIMEIRA PEDRA DO CENTRO CívICO

“Esta obra vai marcar a imageme o futuro de Santa Marinha”

Começaram as obras para a criação do Centro Cívico de Santa Marinha do Zêzere. A primeira pedra da empreitada que vai criar uma área de lazer, convívio e encon-tro no centro da freguesia mais populo-sa do concelho de Baião foi lançada no dia 19 de Outubro.

Ao todo a Câmara Municipal de Baião vai investir 340 mil Euros numa obra que “vai marcar a imagem e o futuro” de “uma freguesia charneira na relação do conce-lho com o Douro e com os concelhos de Resende e Mesão Frio”, segundo o presi-dente da Câmara de Baião, José luís Car-neiro.

Parque Infantil, 120 lugares de estacio-namento e um espaço arborizado – vão ser plantadas mais de 80 árvores – que a freguesia já há muito reclamava para a or-ganização da feira, das festas zezeren-ses e de outras iniciativas de cariz cultural: é nestas várias valências que se traduz o Centro Cívico. Um obra que, na opinião do presidente da Junta local, henrique Gas-par, “dignifica a freguesia mas que só foi possível depois de uma difícil negociação de mais de ano e meio”.

Isso mesmo foi atestado pelo proprie-tário do terreno, Carlos Coutinho, que não tendo estado presente se manifestou atra-vés de uma mensagem: “A concretização desta obra só foi possível graças ao em-penho e vontade, mas também à tena-cidade, do presidente José luís Carnei-ro”, mencionou em carta. Foi também lida uma missiva de luís de Carvalho, vereador

da autarquia oriundo de Santa Marinha do Zêzere, na qual este se mostrava orgulho-so por pertencer a um executivo capaz de levar a cabo tal obra na freguesia.

A cerimónia decorreu ao fim da ma-nhã, perante o olhar de centenas de muní-cipes. Presentes estiveram também o pre-sidente da Assembleia Municipal de Baião, Pinho Silva, o vereador da autarquia, Ma-nuel Durão, bem como figuras da socieda-de civil local, nomeadamente o presidente dos Bombeiros voluntários de Santa Mari-nha do Zêzere, Joaquim Miranda e a presi-dente da Casa do Povo de Santa Marinha, hélia Monteiro.

O terreno que dentro de quatro me-ses albergará o Centro Cívico surge gra-ças a um protocolo entre o proprietário e a autarquia, que cede o direito de super-fície e utilização do terreno, por um perí-odo de 20 anos (o protocolo poderá ser denunciado ao fim de 15 anos, ficando o proprietário obrigado a indemnizar a au-tarquia pelo valor das construções edifica-das). Findo o protocolo, o proprietário tem a garantia do direito de edificação junto à Casa da Azenha (possibilidade já hoje con-sagrada no PDM), mas compromete-se a ceder o restante espaço para o domínio público. Este foi, segundo José luís Car-neiro, o melhor acordo possível para todas as partes. O autarca referiu que, em man-datos anteriores, o terreno havia sido ne-gociado, por valores na casa dos 1,250 mi-lhões de Euros.

Octogenário colhidomortalmente em passagemde nível da linha do Douro

INICIATIvA “A TUA vOZ”

Jovens descobriram“o que o concelhotem de melhor”

Cada um dos vintegrupos de jovens,correspondentes a cada freguesia, teráum porta-voz, responsá-vel pela representação do grupo no futuroConselho Municipalde Juventude.

Page 14: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 200814 Desporto [email protected]

O Lixa vai receber, no dia 16 de Novembro, a for-mação do Vila Meã, em jogo a contar para a nona jornada do “Nacional” da 3ª Divisão. Por se tratar de duas equi-pas vizinhas, o jogo rever-te-se de alguma expectativa, até se atendermos à carreira das duas equipas.

O Vila Meã parece que-rer abandonar a fase menos boa do início do campeonato, enquanto o Lixa ainda não conhece o sabor da vitória.

Na última jornada o Vila Meã foi arrancar uma pre-ciosa vitória no reduto do Alpendorada, enquanto os lixenses perderam no seu

terreno ante o Coimbrões.Os vilameanenses ocu-

pam a 10ª posição, com nove pontos, resultantes de duas vitórias, três empates e três derrotas. Marcaram 11 golos e sofreram outros tantos.

Já o palmarés do Lixa é bem diferente: averbaram apenas dois empates, sofre-

ram 13 golos e marcaram apenas quatro.

Será, certamente, um confronto interessante entre estas duas equipas, orienta-das por Zeca Lopes (Lixa) e Eduardo Luís (Vila Meã), que lutam pelo mesmo ob-jectivo: a manutenção na 3ª Divisão nacional. A.O.

TAçA AF BRAGACabeceirense, 3 - Celoricense, 1

Realizou-se este fim-de-semana a 1ª mão da 2ª eli-minatória da Taça da Associação de Futebol de Braga. No derby local entre o Cabeceirense e o Celoricenses, a formação da ‘casa’ levou a melhor e venceu por 3-1.

III DIvISãO NACIONAl

Dérbi Lixa-Vila Meã prende as atenções

O Clube Desportivo (CD) de Cinfães (III divisão, série C) e o Centro Desportivo de Fátima (II Divisão, Série C) vão dispu-tar o acesso à 5ª eliminatória da Taça de Portugal no próximo domingo, dia 9, às 15h00, em Cinfães.

O CD de Cinfães é a úni-ca equipa do distrito de viseu ainda em prova na Taça de Por-tugal.

Isento na primeira elimina-tória da Taça, o CD de Cinfães eli-minou a equipa madeirense do Clube Desportivo Ribeira Brava (sé-rie A da II Divisão B), na Madeira, em jogo da II eliminatória, a 14 de Setem-bro (empate a 1 golo durante 120 mi-nutos de jogo e vitória por 3-5 em gran-des penalidades); e derrotou a equipa do União Sport Clube Paredes (III divisão, série B), como visitante, a 19 de Outubro (vitória por 1-2).

Cinfães e Fátima disputamquarta eliminatória da taça

Jogos da 4.ª eliminatória:

Sábado (8 Nov): Boavista (lv)-v. Guimarães (lS), 20:30 (SportTv)

Domingo (9 Nov): Cinfães (3.ª)-Fátima (2.ª), 15:00 Arouca (2.ª)-P. Ferreira (lS), 15:00

Gondomar (lv)-Trofense (lS), 15:00Olivais e Moscavide (2.ª)-Beira Mar (lv), 14:00

vizela (lv)-Esmoriz (2.ª), 14:00 At. valdevez (2.ª)-Gil vicente (lv), 14:00

Académica (lS)-E. Amadora (lS), 15:00 leixões (lS)-Santana (2.ª), 15:00

Portimonense (lv)-varzim (lv), 16:00 Naval (lS)-Belenenses (lS), 18:30 (SportTv)

Sporting (lS)-FC Porto (lS), 20:45 (TvI)

Segunda-feira (10 Nov): Nacional (lS)-Sp. Braga (lS), 16:00 Benfica (lS)-D. Aves (lv), 20:30 (TvI)

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Desporto

Alcino Oliveira

Um auto-golo e uma pe-nalidade inexistente dita-ram o desfecho do jogo en-tre o Penafiel e o Amarante, a contar para o Campeona-to Nacional de Futebol da 2ª Divisão.

Este dérbi, entre duas equipas que já não se encon-travam há alguns anos em provas oficiais, era aguar-dado com muita expectati-va, atendendo ao diferente percurso que ambas as for-mações estão a a registar no Campeonato: o Penafiel con-tabiliza quatro vitórias con-secutivas, enquanto o Ama-rante averbou três derrotas e sofreu nove golos e não marcou nenhum. Estes re-sultados colocam o Penafiel na liderança e o Amarante no último lugar.

No encontro de domin-go, os primeiros 20 minu-tos foram jogados com al-guma timidez por ambas as equipas que se estudavam mutuamente, mas sem des-curar a possibilidade de sur-preender em contra-ataque. Numa das investidas dos pe-nafidelenses, aos 24 minu-tos, Vítor apontou um livre do lado esquerdo da equipa da ‘casa’ e o estreante César,

na tentativa de aliviar o peri-go, cabeceou para o fundo da sua própria baliza.

Após sofrer o golo o Ama-rante imprimiu uma nova di-nâmica e obrigou o Penafiel a recuar. Numa dessas joga-das, Paulo Cintra conseguiu levar a melhor sobre alguns adversários e já dentro da

pequena aérea tocou atrasa-do para Brito que frente ao guardião do Penafiel rema-tou à sua figura. O “balde de água fria” aconteceu aos 35 minutos e numa altura em que os amarantinos procura-vam chegar ao golo do empa-te. Quim fez falta sobre um atleta do Amarante e caiu

de seguida dentro da área e o árbitro, para espanto de toda a gente apontou a mar-ca da grande penalidade que Vítor aproveitou para con-verter e aumentar para 2-0, resultado com que se atingiu o intervalo.

No segundo tempo o Amarante apresentou-se to-

talmente transformado e desfrutou de algumas boas ocasiões para marcar, mas os seus avançados estavam em tarde perdulária.

O Amarante poderá quei-xar-se da falta de sorte e da actuação da equipa de arbi-tragem que, além da gran-de penalidade que não exis-

tiu, mostrou a cartolina por 12 vezes, num jogo correcto e sem justificação para tan-to cartão.

No próximo fim-de-se-mana joga-se mais uma eli-minatória da Taça de Portu-gal e, por isso, o campeonato da 2ª Divisão só regressa no dia 16.

Jogo no Estádio 25 de Abril, em Penafiel. Árbitro: António Resende, aulixiado por Amé-rico Pinto e Pedro Gomes.

PENAFIEL - Zé Eduardo, Dias, Ferreira, Quim (Rafa, 86’), ví-tor, Michel (Edu Castigo, 89’), Alexandre (leo Oliveira, 83’), Costa, Zé Nando, Ginho e Bru-no Madureira.Treinador: Rui Quinta.

AMARANTE - Celso, Pinheiro, César (Ricardo, 70’), Marcos (Joel, 83), Rochinha, Alex, Bri-to, Paulo Pereira, Nuno Quei-rós (Jorginho, 62’), Tiago Cin-tra e hélder.Treinador: Paulo Antunes.Ao intervalo: 2-0. Marcadores: César (24’, na p.b.) e vítor (35’, de g.p.).

Cartões amarelos: Dias, Fer-reira, Quim, vítor, Costa, Gi-nho, Marcos, Rochinha, Paulo Pereira, Nuno Queirós, hélder e Jorginho.

2ª DIvISãO NACIONAl > PENAFIEL, 2 - AMARANTE, 0

Carreiras opostas reflectiram-se no resultado do dérbi regional

(In)formação é o título do novo men-sário do Futebol Clube de Penafiel, apre-sentado durante o jogo do passado do-mingo, que colocou frente a frente o Penafiel e o Amarante.

Com uma tiragem de 1000 exempla-res e sob a direcção de Ana Mário Praça, o jornal dá a conhecer todas as activida-des do cube ao longo de 16 páginas, com especial destaque para as várias equipas que participam nos escalões jovens.

Num comunicado da direcção, im-

presso na ultima página, pode ler-se que o jogo da 3ª eliminatória da Taça de Por-tugal, em que o Penafiel foi derrotado pelo Benfica apenas através da marcação de grande penalidades, serviu para revi-ver alguns momentos da sua já brilhan-te história de mais de meio século. “Todos aqueles que vivem e sentem as cores do nosso clube e que se encontram espalha-dos pelos quatro cantos do Mundo, viram pelas imagens na televisão a forma digna e galharda como os nossos jogadores en-

cararam, olhos nos olhos, uma das equi-pas mais poderosas do nosso país”, adian-ta o comunicado.

A direcção, presidida por António da Silva Gomes, desafia todos os penafide-lenses a apoiarem o clube, “aproveitando as condições de perdão do pagamento das quotas em atraso de anos anteriores, com a certeza, igualmente, de que não haverá bilhetes suplementares nos jogos disputados no Estádio Municipal 25 de Abril”. A.O.

FC Penafiel lança jornal para projectar o clube

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Repórter do Marão 6 Novembro 200816 Desporto [email protected]

SEGUNDA DERROTA NO CAMPEONATO

Crestuma, 2 - Baião, 0Jogo em Crestuma. Árbitro: Arlindo Alves.CRESTUMA - Moreira, Samuel, Castro, hierro e André

(Rui); Nélson, Teixeira e Ricardo (Eurico); luís (Fábio), Tia-go e Di.

Treinador: José Cardoso.BAIãO - Ernesto; Sérgio, valério (Carlos Mota), Jú-

lio (Nuno) e André; Paulinho, hélder e Chico; Márcio, Rui (Patacas) e Pedro vieira.

Treinador: Carlos Mendes.Ao intervalo: 1-0. Marcadores: Nélson (42’) e luís

(50’).Cartões vermelhos: Paulinho (55’) e Teixeira (82’).

O Baião atrasou-se na corrida aos lugares da fren-te ao perder no terreno do Crestuma por 2-0, em jogo a contar para a nona jornada da primeira divisão da AF Porto.

A equipa orientada por Carlos Mendes já perdia por 1-0 ao intervalo e no segundo tempo não conseguiu eli-minar a desvantagem perante uma equipa faminta de pontos que ocupa os últimos lugares da tabela classifi-cativa.

O Baião iniciou a segunda parte com vontade de chegar, pelos menos, à igualdade, mas seriam os locais a marcar o segundo golo, por intermédio de luís.

Após esta segunda derrota para a prova, os baionen-ses ocupam a quarta posição, com 17 pontos, a sete do leões de Citânia que lidera a classificação.

Na próxima jornada, a 9 de Novembro, o Baião rece-be a formação lousadense do Caíde de Rei.

III DIvISãO NACIONAl - SÉRIE C

Sátão, 1 - Cinfães, 1A equipa do Cinfães, que milita no “Nacional” da 3ª

Divisão, foi a Sátão arrancar um precioso empate a uma bola que lhe permite manter contacto com os lugares ci-meiros da classificação.

A formação do Cinfães, orientada por vítor Moreira ocupa a quarta posição, com 14 pontos, a seis pontos do líder, o Fiães.

Nos oito jogos já disputados averbou quatro vitó-rias, dois empates e duas derrotas. Em termos de golos, é uma equipa que marca e sofre muitos golos. São já con-tabilizados 15 golos marcados e 13 sofridos.

Na próxima jornada, a 16 de Novembro, o Cinfães re-cebe o Milheiroense que ocupa a quinta posição com os mesmos pontos da formação duriense.

DIvISãO DE hONRA - AF vISEU

S.J. Pesqueira, 2 - Resende, 0O Resende continua a ocupar a última posição no

Campeonato da Divisão de honra da Associação de Fu-tebol de viseu. Na última jornada deslocou-se ao terre-no do São João da Pesqueira, que até então ocupava o último lugar sem qualquer ponto, e perdeu por duas bo-las a zero.

Em seis jogos disputados, a formação de Resende averbou cinco derrotas e apenas um empate. Marcou quatro golos e sofreu 16, numa série liderada pelo Man-gualde que contabiliza 16 pontos

Emoções à flor da pele puseram fim a um dérbi re-gional em futebol realiza-do entre o Livração e o Vila Caíz, dois clubes vizinhos de freguesias vizinhas e amigas, mas que ao nível do futebol existe sempre uma grande rivalidade.

Tudo estava a correr bem, com o jogo a decor-rer normalmente, mas com o G.D. Livração já a vencer por 2-0. Isto até à altura em que um penálti “duvidoso” terá exaltado os ânimos nos jogadores do Livração e já com um atleta do Vila Caíz a menos.

O intervalo chegou e quando todos se encaminha-vam para os balneários, o ár-bitro da partida expulsou mais dois jogadores do Vila Caíz, aos 45 e 46 minutos, talvez por “bocas” dirigi-

das ao juiz da partida, levan-do o Vila Caíz a regressar ao campo reduzido a oito joga-dores.

Reiniciada a partida, ao minuto cinquenta, um atleta do Livração caiu no chão evi-denciando dificuldades res-piratórias o que, ao que apu-ramos, não aconteceu pela primeira vez. Face a tal situ-ação o árbitro da partida deu

o jogo por terminado por não haver condições para que o mesmo tivesse conti-nuidade e com o resultado fi-nal de 3-0.

No final do encontro o Prof. Carlos, treinador do Livração estava naturalmen-te contente pela vitória, para mais tratando-se de um der-by. “Entramos no jogo com a predisposição de ganhar e de

jogar bem. Penso que conse-guimos tudo isso mas com muita pena nossa as coisas não terminaram bem”, re-feriu o técnico do Livração, que admitiu o erro do árbi-tro no penálti 3, as p mesmo nos aconteceu no jogo ante-rior e nem por isso os joga-dores do Livração deixaram de acatar a decisão com dig-nidade. Nesse sentido, la-mento que atitudes destas são uma falta de respeito para com toda a gente e para as instituições”, salientou o Prof. Carlos a terminar.

Sobre estas ocorrências gostaríamos de ter ouvido a opinião de Fernando Araújo, treinador do Vila Caíz, mas tal não foi possível. Uma si-tuação que esperamos pos-sa vir a alterar-se oportuna-mente.

G.D. lIvRAçãO, 3 – vIlA CAíZ, 0

Emoções à flor da pele num jogoque durou apenas 50 minutos

Um pouco à semelhança do que se passa noutros clu-bes, também o F.C. Alpendo-rada está a viver “uma crise” de finalização. Isto segundo dados técnicos referidos pelo seu treinador Tiago Moreira que continua a elogiar a pos-tura dos seus atletas. “Sabí-amos que o Vila Meã se tinha reforçado e quem viu o jogo viu que sofremos um golo logo à entrada, o que é sem-pre desmotivador”.

Como lhe competia, e com o Vila Meã a vencer, o Alpendorada foi atrás do prejuízo e chegou mesmo a levar duas bolas ao poste, mas foi o Vila Meã a bene-ficiar de uma grande pena-lidade “algo duvidosa, pois quanto a nós foi forçada, mas agora só temos de dar os parabéns aos jogadores e levantar a cabeça e tenho a certeza de que mais dia me-nos dia, as coisas vão ser di-ferentes”, confessou Tiago Moreira que não se cansa de

dizer “temos um leque de jo-gadores fantásticos e con-tinuo a confiar neles. Ago-ra hoje não tivemos a sorte connosco.”

Quem se mostrou sa-tisfeito no final do encon-

tro foi Eduardo Luís, técni-co do Vila Meã que começou por referir: “segundo sei de-frontamos uma equipa que vinha evidenciando algumas dificuldades”, salientou, re-ferindo-se depois ao encon-

tro do seguinte modo: “te-nho de confessar que não foi um grande jogo, mas fo-mos mais fortes do que eles e acabamos por vencer, o que nos deixa muito satisfeitos.”

F.C. AlPENDORADA, 1 – vIlA MEã, 2

Vila Meã vence em Alpendorada

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Destaque

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Repórter do Marão 6 Novembro 200818 Motores [email protected]

Pedro Salvador recebeu em Penafiel o título nacional de montanha de 2008, uma prenda esperada pelo seu 31º aniversário comemorado este Domingo.

A Rampa Sentir Penafiel encerrou o campeonato com muito público. Os pilotos elo-giaram o traçado da mesma forma que criticaram a falta de segurança e o mau esta-do do piso, facto reconhecido pelo ACP.

Só um enorme azar pode-ria tirar o título a Pedro Sal-vador, mas Paulo Ramalho encarregou-se de facilitar ainda mais as coisas quando teve uma saída de pista e o Juno SSE aterrou num cam-po 5 metros abaixo da estra-da. Com a recuperação pos-sível, Ramalho não podia lutar pelos lugares cimeiros. Também azarado esteve An-tónio Rodrigues que acertou com o Toyota Corolla TSpor numa enorme pedra.

Pedro Salvador tentou ir melhorando os tempos e ain-da “aumentar a vantagem para os adversários em re-lação às provas anteriores.” Facto que conseguiu, tendo ainda tempo para brilhar o público com muitos slides na

derradeira subida.A luta pelo 2º lugar foi

muito intensa, António Bar-ros começou nessa posição mas Joaquim Teixeira aca-bou por lhe fazer frente. O piloto de Murça conseguiu bater Barros na derradeira subida. “Foi uma forma de terminar a época em beleza. Fizemos um pião nos treinos que nos desacertou o carro, depois fomos melhorando a afinação ao longo das su-

bidas.” António Barros re-conhcia que “este traçado era mais propício aos pro-tótipos, tentei dar o máximo mas este carro não dá mais.” Barros ainda viu soltar-se o fundo do BRC na derradeira subida de prova.

PenafielAntónio Noguei-ra colocou o Porsche 911 GT2 no 4º lugar e com isso garan-tiu o triunfo no campeonato da Categoria 1. António da Cunha surgiu com um Mit-

subishi Lancer Evo, mas fi-cou longe dos lugares cimei-ros. “Poderia er feito melhor, pois não treinei a rampa con-venientemente” explicava Nogueira no final. João Por-tinha ficou em 5º tendo esta-do ausente da derradeira su-bida de prova. José Teixeira com o Mini venceu a catego-ria 3 destinada aos clássicos.

Texto: www.sportmotores.ptFoto: Amado Marques

Fórmula 1: Lewis Hamiltoné campeão do Mundo

O inglês lewis hamilton (Mclaren-Mercedes) tornou-se no domingo o mais jovem campeão mundial da his-tória da fórmula 1, ao terminar no quinto lugar o Grande Prémio do Brasil, em Interlagos, última prova do Mundial de 2008.

hamilton (23 anos), que tinha sido vicecampeão na es-treia (a um ponto do finlandês Kimi Raikkonen, da Ferra-ri), em 2007, conseguiu o mínimo que precisava, face aos sete pontos de avanço que tinha sobre o brasileiro Feli-pe Massa (Ferrari), vencedor em Interlagos. Na geral, o in-glês totalizou 98 pontos, apenas mais um do que o pilo-to da Ferrari.

Rali do Japão: Loeb assegurouo quinto título mundial

O piloto francês Sebastien loeb (Citroen) sagrou-se no domingo pentacampeão mundial, ao terminar na terceira posição o rali do Japão, ganho pelo finlandês Mikko hirvo-nen (Ford). loeb, que precisava apenas dos seis pontos do terceiro lugar para assegurar matematicamente o título, tem agora 10 pontos de vantagem sobre hirvonen, quan-do falta disputar apenas uma prova.

No Japão, a luta pelos dois primeiros lugares foi prota-gonizada pelos dois pilotos finlandeses da Ford, com hir-

vonen a vencer o duelo, termi-nando a prova em 3:25.03 ho-ras, com 31,1 segundos de vantagem so-bre Jari-Matti latvala, segun-do classifica-do.

hirvonen e latvala es-tiveram sem-pre nos dois

primeiros lugares da prova, mas o segundo piloto da Ford chegou a “assustar” o seu chefe-de-fila, quando na pe-núltima especial encurtou a distância para menos de cin-co segundos. Sem arriscar muito, Sebastien loeb assistiu com “segurança mínima” ao duelo dos finlandeses e termi-nou na terceira posição, a 2.30,06 segundos de hirvonen, e a 1.12,06 segundos de Chris Atkinson (Subaru), quarto na prova nipónica.

Com 10 pontos de vantagem sobre hirvonen, loeb as-segurou matematicamente o quinto título consecutivo, pois mesmo em caso de vitória do finlandês no rali da Grã-Bretanha e de não conseguir pontuar - o que os deixaria empatados no topo da tabela -, o francês garantia o cep-tro mundial por ter mais vitórias.

Superleague: FC Porto venceusegunda corrida em Itália

O FC Porto venceu no passado domingo, 2 de No-vembro, a segunda corrida da etapa de vallellunga, Itália, e conquistou a primeira vitória na Superleague Formula, competição automóvel reservada a clubes de futebol.

O monolugar do FC Porto, tripulado pelo francês Tris-tan Gommendy, partiu da sexta linha da grelha de parti-da da segunda corrida em vallellunga, quinta etapa da Su-perleague Formula, e foi galgando lugares até ultrapassar o carro da AS Roma e se fixar na primeira posição a quatro voltas do final.

Tristan Gommendy, que não foi além do oitavo posto na primeira corrida, concluiu as 28 voltas da segunda cor-rida no circuito de vallellunga em 46:15,508 minutos, com uma vantagem de 01,482 segundos para o bólide da AS Roma. Com este triunfo, o FC Porto ascendeu do 13º para o oitavo lugar da classificação geral da Superleague For-mula, somando agora um total de 218 pontos, menos 135 do que o ainda líder, Beijing Gouan FC (China).

A sexta e última prova da Superleague Formula, cam-peonato que se iniciou este ano, está calendarizada para 22 e 23 de Novembro, no circuito de Jerez de la Frontera, Espanha.

O australiano Troy Bayliss (Ducati) confirmou no passado domingo, 2 de Novembro, o título de cam-peão Mundial de Super-bikes, ao vencer as duas provas disputadas no Autó-dromo Internacional do Al-garve, despedindo-se com “chave de ouro” das compe-tições profissionais.

Bayliss que se apresen-tou como favorito à partida para a derradeira prova do Mundial e da sua carreira, cumpriu as 22 voltas da se-gunda prova do circuito al-garvio de 4,592 quilómetros, em 38.26,125 minutos.

O italiano Michel Fa-brizio (Ducati), obteve o se-gundo lugar a mais de três segundos do seu colega de equipa, tendo o britânico Leon Haslam (Honda) ter-minado na terceira posição a quatro segundos do ven-cedor.

O tricampeão do mundo de Superbikes, que já duran-te a manhã vencera a primei-ra prova da categoria, voltou a confirmar toda a sua su-

premacia, tendo liderado a corrida do primeiro ao últi-mo minuto, repetindo a pro-eza da primeira “manga”.

O piloto australiano da Ducati, de 39 anos, que quin-ta-feira tinha anunciado a sua retirada das competi-ções profissionais de motoci-

clismo, despediu-se das pis-tas com uma dupla vitória no mundial, na estreia da pista portuguesa.

“Cumpri o meu objectivo que era a dupla vitória na úl-tima prova do mundial”, dis-se o piloto australiano no fi-nal da corrida.

Mundial Superbikes:1. Troy Bayliss, Aus 410

Pontos; 2. Noriyuki Haga, Jap; 325; 3. Troy Corser, Aus 316; 4. Max Neukirch-ner, Ale 298; 5. Carlos Che-ca, Esp 284.

RAMPA SENTIR PENAFIEl/ACP

Pedro Salvador sagrou-secampeão nacional de montanha

MOTOCIClISMO: SUPERBIKES

Troy Bayliss despediu-se das competições profissionais com dupla vitória em Portugal

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Destaque

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Repórter do Marão 6 Novembro 200820 Celorico de Basto [email protected]

Estão abertas as inscrições para a se-gunda edição da taça municipal de fute-bol “Seniores +”, que terá lugar no Está-dio Municipal de Celorico de Basto.

O evento, organizado pela Câma-ra Municipal, através do Pelouro do Desporto tem como principal objecti-vo incentivar os seniores do concelho à prática de desporto, neste caso futebol, uma das modalidades mais apreciadas pelos celoricenses.

Podem participar neste campeonato equipas representativas de associações, clubes ou grupos informais do concelho de Celorico de Basto com atletas, com idade igual ou superior a 35 anos.

As inscrições para o campeonato de-correm até ao dia 20 de Novembro e de-vem ser efectuadas na autarquia. Os interessados podem consultar o regula-mento no site da autarquia - www.mun-celoricodebasto.pt.

Para a inscrição é necessário apre-sentar os seguintes documentos: Bole-tim de inscrição da equipa devidamen-te preenchido; Bilhete de Identidade dos atletas e dirigentes; Uma Foto tipo pas-se; O valor de inscrição será de 100.00 € (cem euros) por equipa. De referir que cada equipa pode inscrever no máximo 24 atletas e deverá possuir 4 elementos com idade igual ou superior a 45 anos.

Concelho abrangido no novo Banco Alimentarcontra a Fome

O Banco Alimentar Contra a Fome vai ter instala-ções na cidade de Braga o que vai permitir exercer ac-tividade em 14 municípios daquele distrito, incluído Celorico de Basto e colaborar com cerca de 30 institui-ções.

No Dia Mundial da Alimentação, o Banco Alimen-tar Contra a Fome assinou um contrato de utilização da marca para que o distrito de Braga possa usufruir dos alimentos desta instituição de solidariedade.

Numa primeira fase o Banco Alimentar vai fornecer cerca de 30 instituições, que posteriormente vão entre-gar os produtos a mais de 2.200 pessoas carenciadas. As doações vão ser feitas através de refeições ou de ca-bazes alimentares.

O Banco vai exercer actividade nos concelhos de Braga, vila verde, Amares, Terras de Bouro, Póvoa de la-nhoso, vieira do Minho, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Fafe, Guimarães, vizela, vila Nova de Famali-cão, Barcelos e Esposende.

O Banco Alimentar recebe produtos através de em-presas, para além das duas grandes campanhas de re-colha de alimentos que realizam durante o ano nas su-perfícies comerciais. Posteriormente distribuem por 1542 instituições de solidariedade social.

Município oferecemanuais escolaresaos alunos do 1º Ciclo

Os alunos de Celorico de Basto que frequentam as

escolas do 1º Ciclo do concelho vão receber um vale com o valor do custo dos livros escolares para o ano lectivo 2008/2009.

A medida que irá envolver custos significativos para a autarquia, abrange cerca de mil alunos e procu-ra apoiar as famílias que no início das aulas, a cada ano, sentem inúmeras dificuldades financeiras para adquirir os manuais escolares.

As crianças abrangidas por esta medida da autar-quia pertencem ao Escalão A e B, sendo que os abran-gidos pelo escalão A receberão um vale com o valor to-tal dos livros e os abrangidos pelo escalão B receberão 50% do valor. As que pertencem ao escalão C não se-rão contempladas, nesta fase.

A medida insere-se num programa denominado “Crianças Felizes” que engloba um conjunto de iniciati-vas que estão a ser desenvolvidas pela autarquia para

proporcionar uma educação melhor às crianças e facili-tar a vida dos pais

Os encarre-gados de educa-ção receberão, em suas casas, uma carta informativa desta medida, jun-

tamente com um vale correspondente ao valor a rece-ber nos serviços da autarquia, por conta do pagamen-to já efectuado.

O vereador da Educação, Joaquim Mota e Silva, sa-lienta o papel importante que a autarquia tem na edu-cação dos alunos que frequentam os estabelecimentos de ensino do concelho referindo o sistema de trans-portes que a autarquia implementou, o facto de todos os alunos terem direito a fazer a sua refeição na escola, bem como a possibilidade de frequentarem as activi-dades de enriquecimento escolar.

“A Câmara Municipal de Celorico de Basto está cada vez mais presente na educação das crianças. Criamos um sistema de transportes escolares que permite uma maior proximidade entre os alunos e a escola. As esco-las oferecem às crianças equipamentos de aprendiza-gem cada vez mais modernos, desde material didáctico a computadores. Todos têm a possibilidade de almoçar nos refeitórios da escola, e agora queremos ajudar ain-da mais a vida dos pais, contribuindo para a aquisição dos manuais escolares”.

Centenas de pessoas já usufruíram do serviço im-plementado pela Câmara Municipal e pelo Centro de Saúde de Celorico de Basto que consiste numa campa-nha de vacinação para a po-pulação de Celoricense que irá abranger milhares de pessoas.

A freguesia de Cane-do de Basto recebeu a Uni-dade Móvel de Saúde, onde a vacina foi dada a mais de 90 utentes, e as pessoas que pretenderam mediram a ten-são arterial, diabetes e coles-terol, controlo de medicação, marcação de consultas e cui-dados de enfermagem, tais como curativos, entre ou-tros.

O vereador da Acção So-cial, Joaquim Mota e Silva, esteve em Canedo, ouviu al-guns testemunhos da popu-lação e lembrou que o servi-ço de Acção Social deve ir de encontro às pessoas, facili-tar-lhes a vida. “Desta forma a população pode usufruir de um serviço fundamental de

forma útil e credível, na me-dida em que é prestado com apoio médico de retaguarda por enfermeiros especializa-dos e devidamente creden-ciados”.

As pessoas que usufru-íram do serviço têm uma opinião bastante positiva do trabalho que está a ser de-senvolvido pela autarquia, como é o caso de Maria Fer-reira de 72 anos. “É bom termos este serviço perto de casa, caso contrário terí-amos de ir ao Centro de Saú-de e de nos deslocarmos em transportes públicos”. Desta forma vou ser mais acompa-nhada, porque quando vier cá a Unidade Móvel de Saú-de eu virei medir a tensão arterial e as diabetes, por-que com esta idade temos de nos prevenir”, concluiu.

A campanha é destina-da a todas os pensionistas R e está a ser desenvolvi-da através da Unidade Mó-vel de Saúde de Celorico de Basto, no âmbito do progra-ma Câmara Amiga, em par-

ceria com o Centro de Saú-de de Celorico de Basto que percorre todas as freguesias do concelho e pretende re-duzir os riscos de saúde rela-cionados com a gripe.

Nesta campanha o mu-nicípio está comparticipar a despesa que o utente pen-sionista R teria que pagar, ficando a referida vacina a custo zero ao munícipe.

Para beneficiar deste serviço os utentes têm de se deslocar ao seu posto médi-co, adquirir uma receita jun-to do médico de família e deixar na farmácia, seguida-mente a equipa da Unidade Móvel de Saúde irá levantar as vacinas à Farmácia e leva-a ao utente no dia em que se deslocar à sua freguesia.

As pessoas que não são reformadas e querem ser vacinadas podem igualmen-te deslocar-se esta Unidade Móvel de Saúde e desde que se façam acompanhar da va-cina receberão o tratamen-to.

Esta campanha abran-

ge também pessoas acama-das e com fraca mobilidade, que recebem a vacina em sua casa e também a medição de tensão arterial, diabetes e colesterol, controlo de medi-cação, marcação de consul-tas e cuidados de enferma-gem, tais como curativos, tal como os utentes que podem deslocar-se à unidade.

A Unidade Móvel Mu-nicipal (UMM), é uma das medidas do programa “Câ-mara Amiga”, é a estrutura que visa levar mais próximo do munícipe um conjunto de serviços de carácter social e de intervenção na área da saúde.

Este programa vai per-mitir às populações mais dis-tantes da sede do concelho e com maiores dificuldades de mobilidade, ter acesso à saú-de é à acção social de uma forma mais próxima, plena satisfação de necessidades e um controlo de saúde mais eficaz sendo uma mais valia para o utente e para o médi-co que o acompanha.

CAMPANhA ESTÁ A SER UM SUCESSO, DIZ AUTARQUIA

Vacinação gratuitacontra a gripe

Câmara Municipal promove 2ª edição da Taça “Seniores+”

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 21

O Presidente da Câmara Municipal de Cinfães, Pereira Pinto, assinou os contratos para a execução de três obras signifi-cativas e de grande importância para o desenvolvimento do con-celho.

Foi assinado com a empresa Santana & CA. S.A. o contrato para a construção do futuro au-ditório, também com esta em-presa o contrato para a cons-trução do Complexo Escolar de Santo António – Santiago de Pi-ães e com o consórcio INME-TRO – Construções Lda. e ABB – Alexandre Barbosa Borges, S.A. o contrato para a constru-ção do Complexo Escolar de Ta-rouquela.

Antes de começarem estas obras, as questões legais obri-gam agora ao visto do Tribu-nal de Contas, já que se trata num montante global de investi-mento que rondará os cerca de 3.500.000,00 euros (setecentos mil contos em moeda antiga).

[email protected] Cinfães

PIDDAC prevê Serviço deUrgência Básica, creche e larde idosos para o concelho

O Município de Cinfães tem inscrito um Serviço de Urgência Básica (SUB), uma creche e um lar de idosos no Programa de Investimentos e Despesas de Desen-volvimento da Administração Central (PIDDAC) para 2009. O SUB tem uma programação financeira de 250 mil euros e segundo o presidente da Câmara Munici-pal de Cinfães, Pereira Pinto, “representa uma mais-va-lia para o concelho, porque implicará a contratação de, pelo menos, mais dois médicos e dois enfermeiros, e a disponibilização de, entre outros, Serviço de Raio X 24 horas por dia”.

A creche e o lar de idosos programados, ambos da Associação de Solidariedade Social de Souselo, têm verbas inscritas no PIDDAC no valor de 19.082 euros e de 65.990 euros, respectivamente. Duas obras que o Autarca de Cinfães também considera “muito impor-tantes” para o município.

Antiga propriedadede Serpa Pinto acolheresort turístico de luxo

Foi assinado, no passado dia 20 de Outubro, nos Paços do Concelho de Cinfães, o contrato de comoda-to para a cedência da “Quinta do Paço da Serrana”, anti-ga propriedade do explorador africanista, Alexandre de Serpa Pinto, agora espólio do Município de Cinfães.

O contrato foi assinado com a empresa Filtrimix, pertença de um investidor brasileiro, que se compro-meteu a executar um projecto turístico e cultural de ca-tegoria superior para acolher manifestações culturais de todo o mundo, apoiado por uma unidade hoteleira tipo resort de cinco estrelas.

Para o Presidente da autarquia cinfanense, este projecto é “aquilo que, quer o espaço quer o concelho precisam, pois para além das questões sociais no que toca à empregabilidade, será também um motor im-pulsionador de desenvolvimento turístico, cultural e lu-sófono de toda a região”.

Com a construção desta infra-estrutura, Cinfães pretende ser um dos concelhos impulsionadores da nova dinâmica turística em Portugal, afirmando-se como porta de entrada do vale do Douro.

Tendais vai receber aV Feira da Castanha

A v Feira da Castanha de Tendais vai ter lugar este fim-de-semana, entre 7 e 9 de Novembro. Anunciam-se “castanhas cruas, piladas, cozidas, assadas, caldo de castanha, doce de castanha, bolos e falachas”, para além de mostra de artesanato, exposição de plantas medicinais, jogos, dança, música e teatro.

Do programa constam baile tradicional com a or-questra Os Cinfanenses (dia 7, 21h00); actuação da Fan-farra de Santa Cristina (dia 8, 11h00); jogos tradicionais (dia 8, 14h00); teatro pelo Grupo Filandorra, com “Con-tas Nordestinas” (dia 8, 16h30); baile tradicional com a orquestra de Quinhão – Tendais (dia 8, 21h00); e actu-ações da Fanfarra de Santa Cristina de Tendais, do Ran-cho Infantil e Juvenil de Tendais, do Rancho Folclórico de Tendais e do Rancho de Santa Quitéria de Tendais (dia 9, 14h30).

A Feira vai decorrer no recinto da Escola de Fer-mentãos, a partir das 15h00 de amanhã e a partir das 11h00 de sábado e de domingo.

E.M. 556-2 de Tarouquela aMoimenta foi requalificada

O executivo cinfanense deslocou-se no passado dia 24 de Outubro às freguesias de Moimenta e Tarouquela para inaugurar a requalificação da E.M. 556-2, que liga aquelas duas freguesias.

O Imposto Municipal so-bre Imóveis (IMI) e o Im-posto sobre o Rendimen-to das Pessoas Singulares (IRS) vão ter taxas mais bai-xas em 2009, no concelho de Cinfães.

A câmara municipal de-liberou fixar em 0,55% e em 0,25% as taxas de IMI res-peitantes aos prédios urba-nos antigos (ainda não ava-liados segundo o Código do IMI) e novos, respecti-vamente. As taxas fixadas para 2008 foram de 0,7% e de 0,4%.

Quanto ao IRS, a taxa fixada para 2009 foi de 3%,

uma redução de dois pontos percentuais em relação ao valor de 2008, 5%, limite má-ximo da participação a que os municípios têm direito no IRS dos municípes.

O presidente da Autar-quia, Pereira Pinto, garante que “o Município de Cinfães, dada a actual situação finan-ceira, está em condições de abdicar de dezenas de mi-lhares de euros” que seriam arrecadados com a cobrança de taxas mais altas de IMI e de IRS. O autarca subli-nha ainda que a redução dos Impostos acompanha outras medidas de alcance seme-

lhante, como a não cobrança de Derrama e de taxa pela recolha de Resíduos Sólidos Urbanos e a disponibilização de água a preços mais baixos do que os valores pagos pela câmara municipal à empre-sa Águas do Douro e Paiva, concessionária do abasteci-mento.

Correcta separação do lixotem reflexos financeiros

A Câmara Municipal de Cinfães tomou conhecimen-to que a Residouro, respon-sável pela Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos Urba-

nos (RSU) do Vale do Douro Sul, apresentou ao Ministé-rio do Ambiente e ao Institu-to Regulador de Águas e Re-síduos (IRAR) uma proposta de tarifa para 2009 mais bai-xa do que a de 2008: 41,30 euros, em vez de 42 euros, por tonelada de RSU depo-sitada.

O autarca de Cinfães, em comunicado, congratula-se com o reflexo da correc-ta separação do lixo pela po-pulação na redução da tarifa de recolha e tratamento dos RSU paga pela Autarquia à Residouro.

Quatro bombeiros feridos e três fa-mílias desalojadas é o balanço de um in-cêndio ocorrido no passado dia 30 de Outubro num bairro social de Cinfães.

José Fernando Silva, comandan-te dos Bombeiros voluntários de Cin-fães, disse que no combate ao fogo dois bombeiros sofreram ferimentos ocula-res e outros dois «ficaram em estado do choque».

«Um chefe e um sub-chefe foram transportados ao centro de saúde e de-pois mandados para Porto, para o servi-ço de Oftalmologia do S. António, por-que receberam bastante calor nos olhos

e um deles apanhou com o jacto de uma agulheta», contou.

Os outros dois «não apresentavam nada de grave» e tiveram entretanto alta do centro de saúde, acrescentou.

José Fernando Silva contou que o fogo teve início «numa das casas pré-fabricadas, todas em madeira e unidas umas às outras».

Os bombeiros conseguiram, no en-tanto, circunscrever as chamas a três das «cerca de 12 que estavam todas segui-das».

«Uma ardeu na totalidade, outra pra-ticamente na totalidade e uma terceira

ainda terá reparação», explicou. Segundo o comandante, ficaram de-

salojadas cerca de 15 pessoas das três famílias que as habitavam, para as quais a Câmara de Cinfães encontrou aloja-mento.

José Fernando Silva contou que se viveram «momentos de pânico» no bair-ro social, «com as garrafas de gás a ex-plodir e o fogo a propagar-se».

«Teve de ser retirada uma senhora de cento e tal anos de dentro de casa», exemplificou, congratulando-se por to-dos os habitantes terem ficado a salvo.

Incêndio feriu quatro bombeiros edesalojou três famílias em Cinfães

Complexos escolares de Tarouquelae Santiago de Piães vão avançar

Impostos maisbaixos em Cinfães

Page 22: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 200822 Marco de Canaveses [email protected]

Alexandre Panda

Os ânimos dissiparam-se, o gás que levou 45 estudan-tes para o hospital de Santa Isabel no Marco de Canave-ses também. No início desta semana todas as turmas re-gressaram as escolas que, faz esta quinta-feira uma se-mana, encerrou as portas. No recreio e nas imediações do estabelecimento de ensi-no todos falavam do gás e to-dos queriam saber quem foi o autor da aparente “brinca-deira de mau gosto”.

Ao que tudo indica, o lan-çamento de um gás lacrimo-géneo num pavilhão da EB 2/3 de Fornos em Marco de Canaveses é que levou 45 crianças e uma professora de educação física para o hos-pital de Santa Isabel. Uma turma do oitavo ano entrou no pavilhão da escola onde iam ter uma aula de educa-ção física, na passada quin-ta-feira 30 de Outubro e, em pouco tempo, os primeiros

sintomas de comichões, difi-culdades respiratórias e irri-tação dos olhos começaram a afectar as crianças.

Os 28 alunos da turma foram levados pelos bom-

beiros locais para o hospi-tal, mas cerca de meia hora depois nove alunos de outra turma que iam ter aulas no mesmo local também sofre-ram os mesmos sintomas e

seguiram para o hospital da misericórdia, que, ao inicio da tarde, tratou mais alu-nos.

“Tive tanto medo pela minha filha que vim buscá-la

à escola. Falava-se de um ví-rus que estava a propagar-se pelos alunos. Só depois do al-moço, quando as crianças já estavam em casa é que sou-bemos que se tratava de gás

lacrimogéneo”, contou ao RM Maria Felisbela Couti-nho, mãe de uma das alunos afectada pelos sintomas.

A escola tomou a decisão de fechar a escola até segun-da-feira para proceder a lim-pezas e arejar o pavilhão.

“As crianças e a profes-sora foram examinadas por dois médicos, mas em pou-cas horas tiveram alta por-que os sintomas não necessi-tavam de grandes cuidados”, adiantou ao RM uma fonte do Hospital de Santa Isabel.

“Não nos apercebe-mos de nada, nem sabemos como é que o gás foi lá pa-rar. Disseram-nos para não nos aproximar do pavilhão e ao final da manhã, cerca da 13h00, mandaram-nos todos para casa até segunda-feira. Agora está tudo bem”, expli-cou ao RM uma aluna da EB 2/3 do Marco.

A GNR está a investigar quem foram os autores do lançamento do gás.

GÁS lACRIMOGÉNEO lANçOU PâNICO NA ESCOlA

Alunos da EB 2/3 do Marco deCanaveses regressaram às aulas

Iluminação de Natal paraa cidade em preparação

A AEMarco – Associação Empresarial de Marco de Canaveses e a Câmara Municipal de Marco de Canaveses vão, uma vez mais, iluminar as ruas da cidade, na época natalícia que se avizinha.

Paralelamente, vão decorrer acções de animação de rua, concurso de montras e a Praça da Brincadeira, “promovendo uma nova dinâmica comercial na cidade”.

Neste sentido, a AEMarco e a câmara municipal convocam todos os comerciantes da cidade do Marco para uma reunião, a ter lugar amanhã, dia 7, pelas 19h15, no Auditório Municipal.

Sensibilização de imigrantesno auditório municipal

A ACT - Autoridade para as Condições de Trabalho de Penafiel, com a parceria da AE-Marco – Associação Empresarial do Marco de Canaveses e da Câmara Municipal do Mar-co de Canaveses, vão realizar uma Campanha de Sensibilização de Imigrantes, a qual terá amanhã, dia 7, no Auditório da Câmara Municipal do Marco de Canaveses.

Esta campanha pretende sensibilizar as entidades empregadoras para a utilização le-gal de mão-de-obra imigrante e alertar os trabalhadores imigrantes para a importância da prevenção de riscos profissionais como factor de diminuição dos acidentes de traba-lho e das doenças profissionais.

De acordo com a organização “este tema é de extrema importância para as entidades empregadoras como também para os trabalhadores e comunidade local.”

O início da campanha está marcado para as 20h30 com a recepção dos participan-tes, seguindo-se as intervenções de Manuel Moreira, presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses; Antero Jorge, presidente da AEMarco – Associação Empresarial do Marco de Canaveses e António das Neves Ferreira, autoridade para as Condições do Tra-balho – Penafiel. A sessão de encerramento ficará a cargo de Cláudio Ferreira, secretário-geral da AEMarco – Associação Empresarial do Marco de Canaveses.

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Marco de Canaveses

O concelho de Marco de Canaveses foi o único concelho do distrito do Por-to a não ser contemplado com verbas do Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), situação que acon-tece pelo segundo ano consecutivo.

Manuel Moreira, presidente da câ-mara municipal, recebeu a informação com

“enorme surpresa e profundo des-gosto” sobretudo porque se trata de “um concelho e de uma população tão

afectados pelos efeitos da interioridade, onde a carência de infra-estruturas bá-sicas está patente, para além dos gra-ves constrangimentos financeiros de-correntes da celebração de um contrato de reequilíbrio financeiro draconia-no, celebrado pelo executivo anterior”, acrescentou.

Face a esta situação, a autarquia vê privada a construção de algumas “obras essenciais para o concelho”, como o pa-vilhão multiusos, a duplicação da Pon-te sobre o Rio Tâmega e novos acessos

imediatos, novos Paços do Concelho, remodelação e construção de unidades de saúde e a despoluição do rio Tâme-ga, entre muitas outras que estariam nos propostos da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, a qual, na pessoa do Presidente, já fez sentir o desagra-do ao Governo relativamente a uma si-tuação que “contribui de forma decisiva e determinante para o agravamento da qualidade de vida dos marcoenses”.

A Associação de Municípios do Bai-xo Tâmega (AMBT) esteve representa-da na 11ª Expogalaecia, a feira anual de turismo internacional de Vigo, através de um stand que reuniu a oferta turís-tica dos seis municípios que integram a AMBT (Amarante, Baião, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Marco de Canaveses e Mondim de Basto). Os mu-nicípios do Tâmega também divulga-ram junto dos galegos os produtos tra-dicionais e vinícolas da Região.

A viatura Netmóvel do Tâmega Di-gital também suscitou grande curio-sidade e adesão por parte dos visitan-tes, que assim tiveram oportunidade de conhecer o projecto, para além de po-derem, através da internet, ficar a co-nhecer com maior detalhe a Região do Baixo Tâmega.

O objectivo da iniciativa prendeu-se com a apresentação, ao mercado ga-lego, das potencialidades da região do Tâmega e dos concelhos que compõem a região.

A Galiza pode ser considerado um mercado de proximidade importante

para os concelhos do Baixo Tâmega – situa-se a pouco mais de hora e meia de viagem – constituindo-se para os gale-gos um conjunto de destinos de rápida acessibilidade, coincidindo com paisa-gens verdes, com reconhecida qualida-

de da gastronomia e das suas infra-es-truturas hoteleiras.

O stand da AMBT foi premiado pela organização da feira de vigo e tam-bém pela fundação Luso-galaica, com o quarto lugar da 11ª Expogalaecia.

Dois feridos ligeirosem acidente na varianteà EN 211

Dois feridos ligeiros é o resultado de um acidente ocorrido ao início da tarde do passado dia 30 de Outu-bro, na variante à EN 211, junto ao nó de Constance.

Um Citroen C3 seguia no sentido A4 – Marco de Canaveses e despistou-se indo embater num Smart que seguia em sentido contrário.

Deste acidente resultaram dois feridos ligeiros, os condutores de ambos os carros, que, depois de assisti-dos no local pelos Bombeiros do Marco, seguiram para o Centro hospitalar Tâmega e Sousa, em Penafiel.

Fonte dos Bombeiros do Marco disse ao Jornal A vERDADE que as vítimas aparentavam ferimentos li-geiros, com escoriações e queixando-se de dores lom-bares.

Testemunhas no local referem a acumulação de óleo naquela curva da variante, já conhecida pelo ele-vado número de sinistros ali ocorridos, facto que pode-rá estar na origem de mais este despiste.

Associação dos Amigosdo Rio Ovelha vai eleger novos corpos sociais

A Associação dos Amigos do Rio Ovelha

(AARO) vai eleger os novos corpos sociais para o próximo mandato de três anos.

Os corpos sociais da AARO são compostos pela Mesa da Assembleia Geral (um Presidente, um Secre-tário e um vogal), a Direcção (um Presidente, dois vice-Presidentes, um Tesoureiro, dois Secretários e três vo-gais) e o Conselho fiscal (um Presidente, um Redactor e um vogal).

Os interessados em formalizar uma candidatura devem faze-lo endereçando-a ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral até ao próximo dia15 de Novem-bro. De acordo informação da Assembleia-geral, “são elegíveis para os órgãos da Associação dos Amigos do Rio Ovelha (AARO), os sócios que tenham a sua situação regularizada em relação à AARO, e efectivos maiores que estejam no pleno gozo dos seus direitos.”

Sande recebe peça deteatro “A Estalajadeirade Goldoni”

Dando continuidade à iniciativa “Festival de Tea-tro do Tâmega”, da responsabilidade da Comunidade Urbana do Tâmega, o grupo T’AMARANTO, vai levar à cena a peça “A Estalajadeira de Goldoni”.

Depois do concelho de Baião ter recebido o gru-po de teatro GRUTA – CCl, da livração, é a vez da fre-guesia de Sande, em Marco de Canaveses receber este evento, o qual vai ter lugar no próximo dia 8, pelas 21 horas, no Salão Paroquial de Sande.

PIDDAC volta a deixaro concelho de lado

31 DE OUTUBRO A 2 DE NOvEMBRO EM vIGO

Associação de Municípiosdo Baixo Tâmega naExpogalaecia 2008

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Repórter do Marão 6 Novembro 200824 Vale do Sousa [email protected]

Rota do Românicoapela à participaçãode investidores

A Rota do Românico do vale do Sousa (RRvS) vai

realizar sessões de informação nos seis municípios da região do Sousa, abertas a todos os potenciais investi-dores, no âmbito da candidatura ao PROvERE – Progra-ma de valorização Económica de Recursos Endógenos .

O PROvERE pretende fomentar, de uma forma sus-tentável, a competitividade dos territórios através da dinamização de actividades económicas (produtoras de bens e serviços transaccionáveis) inovadoras e ali-cerçadas na valorização de recursos locais, tendencial-mente, inimitáveis do território.

Neste sentido, a RRvS está a preparar a Estratégia de Eficiência Colectiva que será submetida até meados do mês de Janeiro, ao programa O Novo Norte, inseri-do no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Na-cional (QREN).

Nesta Estratégia deverá ser incluído um conjunto coerente de projectos de investimento, integrado num Programa de Acção, que vise a inovação e a qualifica-ção das empresas e o desenvolvimento integrado da região. Esta Estratégia será sustentada por um consór-cio/parceria de entidades públicas e privadas.

As sessões de informção começam dia 11 de No-vembro em Paredes e terminam nove dias depois em Felgueiras.

Comandante dosBombeiros da Lixano conselho da Liga

Decorreu de 22 a 26 de Outubro o 40.º Congresso Nacional da liga dos Bombeiros Portugueses, em Pom-bal, cujo tema foi “Bombeiros: o futuro começa agora.”

No dia de abertura e da sessão solene presidiu o ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

O Congresso contou com um vasto programa, tan-to geral como social, destacando-se as eleições para os Órgãos Sociais para o triénio 2009-2011, sendo que a lista vencedora é presidida por Duarte Caldeira e no conselho executivo, entre outros, está o comandante dos Bombeiros voluntários da lixa, José Campos.

Recorde-se que o Comandante Campos já foi diri-gente nacional dos Bombeiros Portugueses, tanto na liga, como no Ex-Serviço Nacional de Bombeiros e na Escola Nacional de Bombeiros.

Uma vez mais os Bombeiros da lixa, bem como o Concelho de Felgueiras, se orgulham por estarem bem representados numa Instituição Nacional que é a liga dos Bombeiros Portugueses.

A sessão solene de encerramento do 40.º Congres-so foi presidida pelo Presidente da Republica, Aníbal Cavaco Silva.

Cartão Jovem jáestá a venda emCastelo de Paiva

Os jovens com idades entre os 12 e 25 anos de ida-de e residentes em Castelo de Paiva têm acesso ao Car-tão Jovem, sendo que os titulares deste cartão pas-sam a ter as mesmas regalias e todas as vantagens inerentes actuais e futuras ao existente Cartão Jovem Euro«26.

Além de ser uma vantagem a nível nacional, usu-fruindo de descontos em vários sectores, o Cartão -Jo-vem Municipal apresenta muitas vantagens relativas a descontos em lojas do comércio local, que estão já de-vidamente identificadas.

O novo cartão é um título pessoal e intransmissí-vel, sendo valido por um período de um ano, a partir do mês da sua aquisição e tem um custo unitário de 8 euros, podendo ser adquirido nos Serviços de Atendi-mento da autarquia paivense.

Encontra-se disponível para consulta pública, na Câ-mara Municipal de Penafiel, Agência Portuguesa do Am-biente e Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento Regional do Norte, até 29 de Dezembro de 2008, o estu-do do impacte ambiental do projecto “IC 35 – Nó de Gui-lhufe (A4/IP4) /Nó de Pena-fiel Sul”.

Num comunicado da câ-mara de Penafiel, a autar-quia informa que, no âmbi-to do processo de consulta pública, todas as opiniões e sugestões apresentadas por escrito serão consideradas e apreciadas, desde que re-lacionadas, especificamen-te, com o projecto em ava-liação.

Essas exposições deve-rão ser dirigidas ao Director Geral da Agência Portugue-sa do Ambiente, até à data

do termo da consulta públi-ca.

Durante a Bienal da Pe-dra que decorreu em Al-pendurada no Marco de Ca-naveses, os deputados da Assembleia da Republica do Partido Socialista tinham anunciado que o projecto será lançado a partir do se-gundo semestre de 2009.

Há uma década há esperaO processo de constru-

ção do IC 35 já tem mais de 10 anos, constando do Plano Rodoviário Nacional 2000 e foi expressamente contem-plado na Resolução da As-sembleia da República, que recomendou a criação de um programa especial de apoio aos municípios de Castelo de

Paiva e Penafiel, destinado a fazer face às despesas, en-cargos e prejuízos decorren-tes da queda da Ponte Hint-ze Ribeiro.

A construção do Itinerá-rio Complementar 35 (IC 35) constitui uma velha reivindi-cação da região do Vale do Sousa, mormente dos mu-nicípios de Castelo de Paiva e de Penafiel. Esta infra-es-trutura rodoviária estabe-lecerá a ligação entre a au-to-estrada A4 em Penafiel e o antigo IP 5, e actual au-to-estrada A 25, em Sever do Vouga, constituindo uma via estruturante para muni-cípios como Penafiel, Caste-lo de Paiva, Cinfães e Mar-co de Canaveses, que desse modo ficarão ligados à rede nacional e europeia de auto-estradas.

Paredes senta-se à mesa durante os fins-de-semana deste mês para provar os partos que compõem a gas-tronomia local.

A terceira edição do evento “À Descoberta da Gastronomia da Rota dos Móveis”, pretende ser uma viagem pelas tradições da culinária paredense.

A iniciativa visa pro-mover o Município da Rota dos Móveis, os restauran-tes locais e as suas riquezas gastronómicas, bem como, divulgar os produtos da re-gião, nomeadamente, os vi-nhos verdes.

No âmbito desta inicia-tiva foram realizados dois

workshops, num dos espa-ços do mercado da renovada Feira de Paredes, a cargo do Chefe Chakall.

Estes workshops tive-ram como objectivo a criação do prato típico Gourmet de Paredes, em conjunto com os restaurantes que aderiram à iniciativa. Pretendeu-se de-senvolver um prato de car-ne com produtos locais que pudesse ser confeccionado pelos restaurantes, funcio-nando como prato turístico. O prato escolhido foi “Lom-binho de Porco à Paredes”. Foi, também, concebida uma sobremesa, à base de casta-nhas, nozes e mel com gela-do de baunilha, denominada

“Sabores de Paredes”.Tendo provado o vinho

verde tinto Rota dos Móveis, produzido pela Adega Coo-perativa de Paredes, o Che-fe Chakall foi surpreendi-do pelo seu aroma frutado e pelo seu gosto suave, que permitiu a elaboração de uma redução do vinho com açúcar, utilizada na decora-ção do prato e da sobreme-sa, sendo o elemento de liga-ção dos dois.

Tal como nas edições an-teriores, no fim-de-semana de S. Martinho, a Adega Co-operativa de Paredes ofere-ce vinho novo aos restauran-tes aderentes.

Estudo de impacte ambiental do IC 35 em consulta pública

TODOS FINS-DE-SEMANA EM PAREDES

“À Descoberta da Gastronomia da Rota dos Móveis”

RESTAURANTESADERENTES:- Adega Tradicional Vinha do Muro - So-brosa- Anfitrião - Baltar- Broa da Avó - Cête- Casa do Baixinho - Bitarães- Churrasqueira do Vasco - Castelões de Cepêda- Cozinha da Terra - Louredo- Cozinha do Frade - Rebordosa- D’Avental - Lordelo- Melo Rodízio - Gandra- O Tradicional - Castelões de Cêpeda- Requinte - Sobrosa- Terra Mar - Castelões de Cêpeda- Varandas da A4 - Parada de Todeia- Xarcutão - Castelões de Cêpeda- Zé D’Àdélia - Rebordosa

Alexandre Panda

O grupo era composto por cinco jovens que lança-ram o pânico nas escolas dos concelhos de Paredes e Pe-nafiel, mas também são sus-peitos de assaltos a residên-cias e também se dedicaram ao carjacking. Desde de 28 de Setembro que uma onda de assaltos a escolas e jar-dins-de-infância estava a as-sustar professores alunos e pais. Ao todo foram 18 es-colas assaltadas pelo grupo, desmantelado recentemente pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Penafiel.

Apesar da juventude – 17 e 18 anos – os detidos, que entretanto confessaram uma serie de assaltos, são responsáveis por dezenas de assaltos, em que roubavam essencialmente aparelha-gem de música, televisores e computadores. Todos são re-sidentes em Paredes e todos já se desligaram da escola há muitos anos.

Desde o início da onda de assaltos, O NIC de Penafiel iniciou uma investigação que resultou na identificação do grupo suspeito e na deten-ção dos jovens assaltantes.

Durante a operação, os investigadores da GNR

apreenderam um Smart Bo-oster, roubado em Vila Real, pelo método de carjacking com arma de fogo, há umas semanas atrás.

Armas brancas e de fogo, computadores, televisores, portáteis e electrodomésti-cos, num total que represen-ta dezenas de milhares de euros de material, foi o que o NIC conseguiu recuperar durante o dia de ontem, uma vez que muito do material já tinha sido “despachado” pelo jovens.

“Este grupo de jovens já estava a causar um grande sentimento de insegurança e pelo material recuperado

é fácil de concluir a enverga-dura que este grupo estava a atingir no Vale do Sousa”, adiantou ao RM, o Tenente Adriano Rocha comandante da GNR de Penafiel.

Para além da onda de as-saltos a escolas e creches de Paredes e Penafiel o grupo é também suspeito de ter pra-ticado vários assaltos em ca-fés na mesma zona.

Os jovens foram aborda-dos na posse de gorros, on-tem de madrugada em Pa-redes, pelos elementos NIC, quando estaria a prepara-se para realizar mais um assal-to.

GRUPO ERA ESPECIAlIZADO EM ESTABElECIMENTO DE ENSINO

GNR trava assaltantes das escolas

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Vale do Sousa

Quem passa por Pena-fiel já sente o cheiro a cas-tanha assada, a poucos dias de se comemorar o dia de S. Martinho (11 de Novembro). Num ano em que a qualida-de da iguaria escassa e os preços não são nada convi-dativos - alguns supermer-cados vendem a castanha a 4 euros/kg - os vendedores es-palham-se pelas ruas da ci-dade com o objectivo de an-gariar mais alguns tostões para ajudarem a combater a crise que o país atravessa. Luzia Silva (foto) é uma das muitas vendedoras que não se cansa de dar voltas o as-sador à espera que alguém pare na principal rua de Pe-nafiel e se dirija ao seu pos-to de venda para levar um quarteirão de castanhas por dois euros. “O negócio não está nada bom e apesar das castanhas estarem mais ca-ras eu mantenho o preço do ano passado”, disse ao RM Luzia Silva. No perío-do de 10 a 20 de Novembro, afluem à cidade de Penafiel milhares de pessoas, trans-formando as principais ruas em locais de verdadeiras ro-marias. O dia de S. Marti-nho comemora-se no dia 11, sendo feriado municipal, em Penafiel. O programa inclui actividades culturais, recre-ativas e económicas, inte-gradas na maior feira anual que se realiza no distrito. No início do mês já começam a chegar vendedores de todo o

país. Mais de três centenas, vêm aqui oferecer produtos variados. As castanhas en-contram-se por toda a feira, não faltando também clien-tes para as mesas das docei-ras e as barracas onde se vai provar o vinho novo que aqui aflui de várias procedências.

O programa contempla algumas iniciativas que vi-sam a recriação da feira des-de o séc. XVIII até ao séc. XX, no Largo da Ajuda e Rua Alfredo Pereira.

A partir de dia 9, Pena-fiel enche-se de gente. Há quem venha todos os anos, cumprindo, o que dizem ser, uma tradição. O vinho novo é o chamariz, mas há também bons negócios que se fazem noutros sectores, nomeada-mente no têxtil. Cobertores, mantas e vestuário de Inver-no, chamam a atenção do vi-sitante, que aqui, na mesma cidade, encontra de tudo.

Por isso, há quem venha de manhã e regresse a casa à noite. Com ou sem far-nel, nos restaurantes ou nas “tasquinhas”, os visitantes provam o vinho novo.

A caneca ou o copo, jun-ta grupos de amigos que co-mentam o preço e a qualida-de da produção do “verde” deste ano e encomendam-se pipas enquanto se aprecia o saboroso “néctar”.

Componente agrícolacontinua em destaque

“A Feira de S. Martinho”

em Penafiel era, desde tem-pos antigos, uma das maio-res e espantosas em movi-mento comercial, dentro do reino. Especialmente, a ven-da e troca de cavalgaduras e suas albardas ganharam me-recida fama”, escreveu Ma-nuel Pinto Ferreira de Sou-sa, na “Gazeta das Aldeias” em 1974.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. A procura foi alterando a ofer-ta e hoje, apesar de introdu-

zidas algumas mudanças e novidades, mantém-se o es-pírito da feira.

A componente agrícola ainda merece destaque com a venda de maquinaria e pro-dutos agrícolas, sendo de re-alçar a feira de gado cavalar, no dia 11, dia de S. Martinho e feriado municipal, junto às piscinas de Penafiel, onde se realiza no dia anterior, Sába-do, a feira de gado bovino.

CIDADE ESPERA MIlhARES DE PESSOAS NA TRADICIONAl ROMARIA

São Martinho em Penafielcom vinho e castanha assada

O Campeonato Interes-colas do Vale de Sousa, ini-ciativa promovida pelo cen-tro comercial Ferrara Plaza que envolve cerca de duas centenas de alunos das esco-las da região, já arrancou.

Durante quatro semanas, até 16 de Novembro, 192 es-tudantes, oriundos de 18 es-colas de todos os concelhos da região do Vale de Sou-sa, participam nesta compe-tição, inspirada nos concur-sos de televisão “Sabe mais que um miúdo de 10 anos” ou “Roda da Sorte”. Apresenta-do por Gabriela Nunes, este evento, de entrada livre, “as-sume em tudo contornos de produção televisiva, desde o palco aos plasmas, passan-do pelos púlpitos com botão de zapping e por uma plateia destinada a apoiantes e fa-

miliares” aponta aquele res-ponsável.

Trata-se, segundo José Diogo Soveral, responsável de marketing do shopping, “do maior desafio entre es-colas alguma vez realizado junto de instituições de ensi-no da região”.

A selecção dos alunos não é aleatória, como expli-ca José Diogo Soveral: “con-tactámos todas as escolas dos seis concelhos do Vale do Sousa e pedimos aos profes-sores, que, desde a primei-ra hora aceitaram o nosso desafio, para seleccionarem os alunos com melhores no-tas e melhores médias, para assim constituírem as equi-pas que participam nas duas competições paralelas - a dos juniores (7º, 8º e 9º) e senio-res (10º, 11º e 12º)”.

Concurso de sabedoriareúne crianças do Vale do Sousa em Paços de Ferreira

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Repórter do Marão 6 Novembro 200826

O presidente da Câma-ra Municipal de Castelo de Paiva, Paulo Teixeira, acom-panhado do vereador Ma-nuel Rocha, presidente da Associação Comercial e In-dustrial, António Novais, e do ex. Director do GAT do Vale do Sousa, esteve na tar-de do passado dia 22, de vi-sita à Quinta do Toutiçal, na freguesia de Fornos, onde o Grupo Turinroch está a pre-parar a construção de um novo projecto turístico, fa-zendo uso da experiência já

adquirida em outros investi-mentos na zona do Minho.

Nesta visita, guiada por Joaquim Rocha Santos, ad-ministrador da Turinroch S.A. e pelo conhecido enó-logo Jorge Pinto, o edil pai-vense teve a oportunidade de conhecer as instalações da nova adega e dos espaços concebidos para a prática do Enoturismo, assim como to-mar contacto com o potencial turístico deste espaço e ficar a par dos grandes objectivos que esta empresa tem para o

concelho nesta área.Conforme referiu o res-

ponsável da Quinta do Touti-çal, a aposta no Enoturismo baseia-se na viagem motiva-da pela apreciação do sabor e do aroma dos vinhos pro-duzidos na quinta, engloban-do o conhecimento dos méto-dos de produção tradicionais e actuais, e a cultura do local onde são concebidos e estão inseridos.

Esta quinta paivense tem uma produção estimada em 30 pipas de vinho, entre verde tinto, branco e rosé e prepara-se agora, para con-quistar mercado, através da comercialização de espu-mante de vinho verde, es-tando a ser preparado o lan-çamento de quase 3000 mil garrafas, entre as três mar-cas ali produzidas.

O empreendimento ago-ra visitado, que mais tarde será complementado com um hotel, um restaurante e uma adega regional, repre-senta um investimento supe-rior a 350 mil euros, estando devidamente apetrechado para promover o ensino so-bre a produção vitícola, a re-alização de cursos, provas de vinhos e conferências.

Paulo Teixeira enalte-ceu a beleza da paisagem, sobranceira ao Rio Paiva e com a Ponte de Caninhas em fundo, e congratulou-se com este investimento de grande qualidade, com todos os re-quisitos para cativar turistas e os entusiastas da enolo-gia, considerando que o em-preendimento já é uma mais valia para o concelho, e que vai ajudar a potenciar ainda mais o sector do turismo na região.

A Quinta do Toutiçal é

uma quinta centenária, si-tuada no concelho de Caste-lo de Paiva, a 50 km da cida-de do Porto, com 8 hectares e uma vista deslumbran-te sobre o Rio Paiva, sendo que a propriedade convida à prática de diversas activida-des desportivas como o mon-tanhismo, a pesca, rafting, o remo e a canoagem.

Este espaço agrícola e turístico assume-se como uma espécie de lugar encan-tado, que convida ao lazer, ao descanso e a bons momen-tos de distracção. A beleza da paisagem, aliada ao mur-múrio das águas embatendo na sua margem de Rio, com centenas de metros, aliada ao som dos animais, consti-tuí uma espécie de paraíso, hoje em dia inconcebível, na vida agitada das grandes ci-dades.

A Quinta do Toutiçal or-ganiza e participa regular-mente em diversos eventos como: provas de vinho, apre-sentação de novos produ-tos, exposições, feiras de tu-rismo, restauração e vinhos, concursos e mostras em-presariais e, neste momen-to, está a avançar com mais um empreendimento turísti-co do Grupo Turinroch.

O hotel a ser construído nesta propriedade em Cas-telo de Paiva, destacou Joa-quim Santos Rocha, preten-de brindar cada convidado com o conforto e moderni-dade das suas instalações, fazendo uso da experiência adquirida no sector, já com-provada nos apartamentos turísticos “Quinta das Mi-neirinhas” em Vila Nova de Cerveira.

Vale do Sousa [email protected]

TRIBUNAL JUDICIAL DE PENAFIEL

2º JUízo

ANÚNCIo

Processo: 888/06.1TTPNFAcção do processo ComumN/Referência: 1525126Data: 16-10-2008Sinistrado: António Moreira de SousaEntidade Responsável: Francisco Fernando da Cruz Monteiro

Nos autos acima identificado, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(a) ré(u) Enten-dida responsável: Francisco Fernando da cruz Monteiro, Portador do BI – 5972889, com último domicílio conhecido em Crespos, Várzea do Douro, 4600-000 Marco de Canaveses, para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção com a cominação de que falta de contestação importa a confissão dos factos articulados pelo(s) autor(es) sendo logo proferida sentença a julgar a causa conforme for de direito e que em substancia o pedido consiste, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secretaria, à disposição do citando.

Deve, com a contestação, juntar os documentos, apresentar o rol de testemunhas e requerer quaisquer outras provas.

Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judi-cial, e o prazo não suspende em férias judiciais.

Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afixados.

O Juiz de Direito,Ana Cristina Gomes Quinta (Dra.)

O Oficial de Justiça,Maria Eduarda Magalhães

REPÓRTER DO MARÃO • Nº 1206 • 2008/11/06 – 1.ª Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE PENAFIEL

3º JUízo

ANÚNCIo

Processo: 607/08.8.1TTPNFAcção do processo ComumN/Referência: 1532110Data: 21-10-2008Autor: Celso carlos de Sousa Fernandes e outros(s)…Réu: José Manuel de Jesus e outros(s)…

Nos autos acima identificado, correm éditos de 30 dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio, citando o(a) ré(u) Réu: Kifambriz Construções Unipessoal, Lda, domicílio: Av.ª Manuel Pereira So-ares, n.º 80, 1.º Dt.º, Fornos, 4630-000 Marco de Canaveses com última residência conhecida na(s) morada(s) indicada (s) para no prazo de 10 dias, decorrido que seja o dos éditos, contestar, querendo, a acção, com a cominação de que a falta de contestação determina o prosseguimentos dos autos e que em substância o pedido consiste na declaração da ilicitu-de do despedimento e a condenação da Ré no pagamento da quantia de €5.285,63 e ainda nas retribuições vencidas até à sentença, tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial que se encontra nesta Secre-taria, á disposição da citanda.

Deve, com a contestação, juntar os documentos, apresentar o rol de testemunhas e requerer quaisquer outras provas.

Fica advertido de que é obrigatória a constituição de mandatário judi-cial, e o prazo não suspende em férias judiciais.

Fica advertido de que é obrigatória a constituição do mandatário ju-dicial.

O Juiz de Direito,Germana Ferreira Lopes (Dra.)

O Oficial de Justiça,Fernando Cardoso

REPÓRTER DO MARÃO • Nº 1206 • 2008/11/06 – 1.ª Publicação

Os empresários do mo-biliário de Paços de Ferreira assentam arraiais este sába-do em Vila Garcia de Arousa. Durante uma semana, no pa-vilhão de exposições da Fe-xdega, os 8000 metros qua-drados de área de exposição estarão totalmente ocupados com mobiliário proveniente da principal região produto-ra de Portugal, representan-do cerca de 200 marcas.

Depois do sucesso alcan-çado em 2007, os objectivos do Departamento de Fei-ras e Eventos da Associa-ção Empresarial de Paços de Ferreira (AEPF) mantêm-se para esta segunda edição. Aumentar o conhecimento do público consumidor ga-lego em relação ao mobiliá-rio português e promover a

excelente relação qualida-de/preço que os produtos da Capital do Móvel portugue-sa apresentam em relação à concorrência.

Se no ano passado a fei-ra terminou com mais de 18000 visitantes, a organi-zação espera poder man-ter ou aumentar o interesse do público galego para a se-gunda edição da feira. Para esse facto em muito vai con-tribuir a campanha de meios publicitários que se encon-tra a decorrer, bem como o interesse que este certame já despertou em Portugal, o que poderá significar a des-locação de muitos portugue-ses até terras galegas para conhecerem o evento pesso-almente.

Esta embaixada portu-

guesa representa um avulta-do investimento em promo-ção internacional. Espanha é um dos principais mer-cados externos portugue-ses e tem aumentado as en-comendas de mobiliário nos últimos anos, graças à qua-lidade do design e dos pre-ços atractivos que os indus-triais lusos ainda conseguem oferecer.

Para Vilagarcia de Arou-sa, em particular, a para a Galiza, em geral, a presen-ça desta feira constitui uma boa oportunidade de negó-cio. Em 2007, as autoridades locais elogiaram a qualida-de do mobiliário nacional e a forma como a feira estava organizada, introduzindo um novo patamar de qualidade a que não estavam ainda habi-

tuados. A fasquia subiu, con-sideravelmente, após a pre-sença da Capital do Móvel nesta bela cidade galega. Até o sector hoteleiro sen-tiu a presença portuguesa, esgotando a sua capacida-de numa altura em que os hotéis apresentam taxas de ocupação muito baixas. No ano passado, entre membros da organização, expositores, trabalhadores de empre-sas de montagem e convida-dos, Vilagarcia acolheu cer-ca de 200 pessoas oriundas da Capital do Móvel ao lon-go de duas semanas. A cida-de recebeu, assim, um valor acrescentado pela presen-ça desta feira, para além da ocupação do pavilhão de ex-posições para a realização do certame.

Castelo de Paiva: ProjectoMICAS da Rede Socialpromoveu Campeonato de Bóccia

No passado dia 16, o Projecto MICAS (Movimento, Ino-vação, Cultura, Animação e Saúde), criado no âmbito da actividade da Rede Social de Castelo de Paiva promoveu mais uma acção no concelho, tendo estado presentes os vereadores Manuel Rocha e lino Pereira, que louvaram a iniciativa e procederam à entrega de diplomas às IPSS par-ticipantes. A iniciativa desenvolvida pelo Centro Social do Couto Mineiro do Pejão contemplou um Campeonato Mu-nicipal de Boccia que teve lugar no Pavilhão Municipal do Couto Mineiro e onde participaram a entidade orga-nizadora com cinco jogadores, a Associação de Reforma-dos Idosos e Pensionistas de Pedorido com 15 jogadores, o Centro Social de Santa Maria de Sardoura com oito jo-gadores, a Santa Casa da Misericórdia de castelo de Paiva com 10 jogadores seniores e 10 jogadores cidadãos porta-dores de deficiência e o Centro Social de Real com seis ele-mentos. Esta actividade era meramente desportiva sem quaisquer vencidos ou vencedores, o objectivo central foi proporcionar uma tarde diferente. A realização desta ac-ção esteve a cargo do Centro Social do Couto Mineiro do Pejão.

EXPOSIçãO DE MOBIlIÁRIO PORTUGUêS REGRESSA A vIlAGARCIA DE AROUSA

Capital do Móvel à conquista dos galegos

UM NOvO PROJECTO TURíSTICO EM CASTElO DE PAIvA

Quinta do Toutiçal aposta no Enoturismo

Page 27: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Resende

A oferta de equipamen-tos sociais vai aumentar no concelho de Resende, indica a autarquia, que lançou re-centemente a primeira pe-dra da obra do Lar de idosos de s. Martinho de Mouros.

A nova estrutura é uma iniciativa da Irmandade S. Francisco Xavier, sendo que o valor do investimento as-cende a cerca de 1.3 milhões de euros. Para a construção deste equipamento, a insti-tuição conta com o apoio da Segurança Social que, atra-vés do programa PARES, irá comparticipar com mais de 640 mil euros. O Municí-pio de Resende contribuirá com 150 mil euros e assegu-rará os arranjos exteriores da zona envolvente ao edi-fício, enquanto que a Jun-ta de Freguesia de S. Marti-nho de Mouros apoiará com 5 mil euros e a Irmandade S. Francisco Xavier comporta os restantes 496 mil euros.

O equipamento, que terá capacidade para 30 utentes, Centro de Dia para 20 pesso-as e prestará apoio domicili-ário a 40 idosos, será implan-tado em terreno pertença da Irmandade S. Francisco Xa-vier, no lugar da Feira, fre-guesia de S. Martinho de Mouros, e desenvolve-se em três pisos.

No piso inferior situam-se os espaços de utilização interna, dois lugares de es-tacionamento, área técnica, acessos verticais de serviço, expedição de refeições SAD,

arrecadações, zona de lixo, lavandaria, sala do pessoal, I.S. e vestiários.

O rés-do-chão será o piso de maior acesso ao público, destinando-se ao utentes das diferentes actividades e aos visitantes. Neste piso funcio-narão os serviços adminis-trativos, sala de actividades / ateliers, sala de convívio, gi-násio, I.S., sala de refeições, cozinha e pátio exterior.

No piso superior estão distribuídos nos extremos dois núcleos de quartos, en-quanto que na área central se localizam os espaços co-muns ao lar de idosos e ao centro de dia, como gabine-te de saúde e enfermaria.

Assim, em cada ala do edifí-cio existe um núcleo de nove quartos agrupados, consti-tuindo um total de dezoito unidades, simples, duplos ou de casal.

População a envelhecer

A construção deste novo equipamento reveste-se de grande importância para Resende já que nos últimos anos se tem verificado o en-velhecimento da população no concelho, sendo que, pe-los dados apresentados nos Censos 2001, 20,4% da po-pulação residente tem mais de 65 ou mais anos de idade.

O Lar de Idosos de S. Martinho de Mouros irá au-

mentar a resposta na situ-ação de dependência dos idosos, e Centros de Dia e melhorar as condições dos serviços de Apoio Domicili-ário, apoiando a permanên-cia de idosos em suas casas, com maior autonomia e me-lhor qualidade de vida.

Na sessão solene, o Pre-sidente da Câmara Munici-pal de Resende, António Bor-ges, salientou que “se trata de um novo equipamento na área social que dará respos-ta a alguns dos mais comple-xos quadros sociais do con-celho mas que também irá criar mais emprego em S. Martinho de Mouros”.

Uma Loja do Cidadão de 2ª Geração vai ser insta-lada no edifício do Tribunal de Resende em Janeiro de 2009.

O objectivo é oferecer aos munícipes e às empre-sas uma maior integração de serviços em função das suas necessidades e raciona-lizar geograficamente o mo-delo de distribuição de ser-viços públicos, sem perda de proximidade para o cidadão e com economias em termos de custos de instalação e ex-ploração. Assim, num mesmo local a população terá acesso a um maior número de ser-viços organizados de forma mais conveniente e adapta-dos à satisfação das suas ne-cessidades.

De referir que desde a data da sua criação, em 1999, as lojas do cidadão têm sido a escolha preferencial dos ci-dadãos na procura da reso-lução das suas situações com os diversos serviços públi-cos.

A partir de Janeiro, os cidadãos de Resende, as-sim como os empresários vão passar a poder tratar de toda a espécie de documen-tação sem sair do concelho”, frisou António Borges. “Tra-ta-se de um momento mui-to importante para Resende, porque nos abre a esperan-ça de contrariar a marca de interioridade que tem carac-terizado a realidade territo-rial deste concelho”, afirmou o autarca socialista.

O autarca socialista su-blinhou que a Loja do Ci-dadão de Resende vai ofe-recer “aos munícipes e às empresas um serviço públi-co de qualidade, assumindo-se como um factor de com-petitividade do concelho que vem contrariar a tendência de abandono do interior”.

A secretária de Esta-do da Modernização Admi-nistrativa anunciou recen-temente, em Santo Tirso, a abertura de dez novas lo-jas do cidadão de 2ª Gera-ção, oito das quais na região Norte.

Santo Tirso e Penafiel, (distrito do Porto), Vimio-so (distrito de Bragança), Chaves e Murça (distrito de Vila Real), Resende e Tarou-

ca (Viseu), Ovar/Esmoriz e S. João da Madeira (Aveiro) e Borba (Évora) são os con-celhos onde a “muito cur-to prazo” nascerão “Lojas 2G”. Maria Leitão Marques, que fez um balanço positivo da adesão dos municípios ao novo modelo de Lojas do Ci-dadão, frisou que o objecti-vo do Governo é centralizar os serviços estatais num úni-co local em cada um dos con-celhos.

Segundo a secretária de Estado, cada concelho “terá um equipamento à medi-da das suas necessidades”, desde balcões multifunções a grandes espaços com mais de 1.700 metros quadrados, como é o caso do de Santo Tirso.

Assinatura de protocolos dinamiza equipamentos desportivos em Resende

A câmara de Resende assinou um protocolo de co-laboração com dez instituições do concelho para a cria-ção e funcionamento de escolinhas do desporto nas freguesias abrangidas pelos Pavilhões Gimnodesporti-vos de Anreade, Freigil, Resende e S. Martinho e Mou-ros. Assim, foram celebrados protocolos com as Juntas de Freguesia de Anreade, Freigil, Resende e S. Martinho de Mouros e com as seguintes associações: Associação de Pais e Encarregados de Educação do Centro Escolar de S. Martinho de Mouros, Clube Desportivo e Recreati-vo de S. M. Mouros, Grupo Desportivo de Resende, Clu-be Desportivo e Recreativo Juventude de Anreade, MI-GUElANJO – Associação Social, Cultural, Desportiva e Recreativa da Paróquia de S. Miguel de Anreade.

A Câmara Municipal de Resende compromete-se a disponibili-zar os equi-pamentos desporti-vos, a su-portar a despesa com três técnicos superio-res de des-porto, para prestarem

apoio à tarefa das Associações e a elaborar o plano das escolinhas do desporto.

São obrigações das Juntas de Freguesia e das Asso-ciações promover localmente a figura da Escolinha do Desporto, organizar a constituição de grupos e equipas nas escolinhas locais, fazer cumprir o plano das escoli-nhas do desporto elaborado pela Autarquia e promo-ver a realização anual de dois torneios por modalida-de praticada.

As modalidades desportivas que integram o pro-jecto são o voleibol, o Andebol, o Futebol, o Futsal, a Natação e os Desportos Náuticos.

Com esta iniciativa o Município de Resende preten-de dinamizar os equipamentos desportivos do conce-lho, por forma a dar cobertura às necessidades de prá-tica e desenvolvimento desportivo da população, em condições de segurança e comodidade, proporcionan-do um desenvolvimento físico saudável e equilibrado de todos os utilizadores e melhorando as condições da sua prática, o aumento do número de praticantes e a diversificação das formas e níveis desportivos.

ADMITE

PROMOTORCOMERCIAL

M/F

• Facilidade de comunicação• Boa apresentação• Viatura própria (preferencialmente)

Integração em equipajovem e dinâmica

Envie o seu C.V. para:[email protected]

lOJA vAI FUNCIONAR NO EDIFíCIO DO TRIBUNAl

Resende com Loja do Cidadão de segunda geração

lANçAMENTO DA 1.ª PEDRA DO lAR DE IDOSOS DE S. MARTINhO DE MOUROS

Equipamentos sociaisvão aumentar no concelho

Page 28: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 200828 Fecho [email protected]

O democrata Barack Obama entrou para a história ao vencer, na terça-feira, as elei-ções e tornar-se no primeiro negro a alcan-çar o cargo de Presidente dos Estados Uni-dos da América.

O senador do Ilinois chega aos 47 anos à chefia da maior economia do mundo, após uma campanha eleitoral onde era considera-do o grande favorito para vencer nos Esta-dos ganhos pelo democrata John Kerry em 2004.

Os democratas alargaram ainda as suas maiorias tanto no Senado como na Câmara dos Representantes.

Um número recorde de eleitores compa-

receu nas urnas, apesar da chuva e das lon-gas filas de espera, numa eleição dominada pelo que pode ser a pior crise económica dos últimos 80 anos e quando o país ainda trava duas guerras, no Afeganistão e no Iraque.

O senador do Illinois toma posse a 20 de Janeiro como Presidente dos EUA, 145 anos depois de Abraham Lincoln abolir a escrava-tura.

Barack Obama ganhou notoriedade po-lítica há quatro anos quando realizou o dis-curso de abertura da convenção nacional de-mocrata, quando John Kerry concorria à presidência.

Entre as principais promessas do novo

Presidente dos EUA estão a retirada das tropas norte-americanas do Iraque nos pró-ximos 16 meses, o início do diálogo com o con-junto de países que George W. Bush apelidou de “eixo do mal”, as reformas do sistema de saúde norte-americano e o apoio aos mais desfavorecidos nas suas políticas fiscais.

O primeiro-ministro português, José Só-crates, felicitou Barack Obama pela sua vitó-ria nas presidenciais norte-americanas, con-siderando que o seu triunfo representa “uma oportunidade de mudança para os Estados Unidos e para o mundo”.

Na sua mensagem, o primeiro-ministro considera que a vitória do candidato demo-

crata e senador do Ilinois constitui “um mo-mento histórico”.

“A voz de Barack Obama é uma voz de esperança e a sua eleição representa uma oportunidade de mudança para os Estados Unidos e para o mundo”, sublinha José Só-crates.

Para o primeiro-ministro português, a eleição de Barack Obama “representa tam-bém a possibilidade de um novo ciclo de rela-cionamento entre os Estados Unidos e a Eu-ropa ao serviço da paz, da cooperação entre os povos e de uma globalização mais justa e regulada”.

Menos 74 pessoas morreram nas estra-das portuguesas desde o início do ano face a igual período de 2007, numa descida de 10,6 por cento, indicam dados publicados pela Au-toridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Os acidentes de viação causaram, entre 01 de Janeiro e sexta-feira passada, 622 mor-tos, menos 10,6 por cento do que no mesmo período do ano passado, quando morreram 696 pessoas em desastres rodoviários.

Os dados disponibilizados no site da ANSR não contabilizam os acidentes ocor-ridos no domingo, dia em que a Brigada de Trânsito da GNR registou 178 desastres, que provocaram seis mortos.

De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, o número de feri-

dos graves também está a diminuir este ano, numa descida de 19,2 por cento.

Enquanto em 2007 registaram-se 2.619 feridos graves, este ano o número desceu para 2.114.

Quanto ao número de vítimas mortais nos acidentes de viação por distritos, Lisboa mantém-se no topo com 77 mortos, seguindo-se Porto (68), Aveiro (59) e Setúbal (56).

Já os menores índices de mortalidade re-gistaram-se em Vila Real e Portalegre, com nove mortos, e Guarda, com 12.

Estes dados dizem apenas respeito ao território continental português, não abran-gendo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

JOSÉ SÓCRATES FElICITOU vENCEDOR

Barack Obama, primeiroafro-americano na Casa Branca

DESDE INíCIO DO ANO: 622 MORTOS

Menos mortos nas estradas portuguesas

Page 29: Reporter do Marão

Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] Fecho

EditorialA nova reorganização administrativa da região do

Tâmega e Sousa impõe novas dinâmicas na comunica-ção social regional. Antes, havia a zona do vale do Sou-sa e do Baixo Tâmega. Agora, estas duas regiões, que sempre estiveram social e geograficamente próximas, vão unir-se e formar uma só região, um só território.

Paços de Ferreira, Paredes, lousada, Felgueiras, Cas-telo de Paiva e Penafiel, para o vale do Sousa e Amaran-te, Baião, Marco de Canaveses, Resende, Cinfães e Ce-lorico de Basto para a região do Tâmega unem-se para formar uma região, com cerca de meio milhão de ha-bitantes.

Perante esta reorganização administrativa, a comu-nicação social também tem de se readaptar, reencon-trar-se com os leitores e ter uma postura mais abran-gente e transversal a esta população.

O novo Repórter do Marão, apesar do contexto económico desfavorável, decidiu assumir o desafio e ajudar o cidadão do Tâmega e Sousa a compreender a região, a manter-se informado com notícias que se-jam relevantes para o seu meio, procurando sempre in-formar com rigor e isenção. A nossa missão, nestes 12 concelhos, será procurar dar aos leitores uma informa-ção clara e concisa, baseada nos conceitos de liberda-de de imprensa e de proximidade. Queremos dar-lhe as notícias da sua área, mas também das zonas que ago-ra vão fazer parte desta nova região administrativa, isso com a qualidade que merece.

O novo Repórter do Marão vai estar atento ao seu concelho, à sua região, escrutinando as instituições pú-blicas e privadas, mas também dando voz às colectivi-dades e agentes locais.

Vítor AlmeidaJornalista

Alexandre PandaJornalista

Jorge Sousa

O Município do Marco de Canave-ses é um dos 18 concelhos do país que aderiu ao projecto “Vinopolis”, um fó-rum de diálogo entre as regiões vinha-teiras.

O projecto vai ser explicado este mês em Lamego, onde vai ter lugar uma conferência com mais de meia cen-tena de participantes nacionais e es-trangeiros.

O programa da conferência de aber-tura do projecto “Vinopolis - Cooperan-do através da cultura para uma cidada-nia activa”, que vai decorrer dias 10 e 11 em Lamego, foi apresentado terça-feira no Porto pela Associação de Muni-cípios Portugueses do Vinho (AMPV).

Este projecto, apoiado pela União Europeia através do programa “Euro-pa para os Cidadãos”, visa “promover um espaço de reflexão, de diálogo e de união entre as diversas regiões vitiviní-colas europeias e os seus cidadãos”.

O “Vinopolis” conta com a partici-pação de 18 municípios economicamen-te dependentes da actividade vitiviní-cola e ligados entre si por acordos de geminação, tendo como objectivo final a “criação de uma rede de informações e comunicação entre os municípios gemi-

nados que vise a consolidação das par-cerias já existentes e a simplificação de novas parcerias e projectos comuns en-tre os vários municípios”.

Região Norte representada porLamego, Marco e SabrosaA participação portuguesa abran-

ge os municípios de Arruda dos Vinhos, Batalha, Cadaval, Cartaxo, Lamego, Marco de Canaveses, Moura, Sabrosa, Santarém e Ponte da Barca.

José Arruda, secretário-geral da AMPV, referiu que a conferência de La-mego vai reunir cerca de 70 participan-tes, estando previstas intervenções de Jean Paul Angers, secretário-geral da Assembleia das Regiões Europeias Vi-tícolas (AREV), Floriano Zambon, pre-sidente da Rede Europeia de Cidades do Vinho (Recevin), e Paolo Benvenuti, presidente da Associação Internacional Rota do Vinho.

A conferência “Vinopolis” terá ain-da a presença de Eduardo Cabrita, se-cretário de Estado Adjunto e da Admi-nistração Local, António José Seguro, presidente da Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da Repúbli-ca, Margarida Marques, chefe da Re-presentação da Comissão Europeia em Portugal, e de Vasco d’Avillez, presi-

dente da Viniportugal.O secretário-geral da Associação de

Municípios Portugueses do Vinho(AMPV) disse também que será

anunciado em meados de Dezembro o concelho que irá ostentar pela primeira vez o título “Cidade do Vinho”.

“Vamos criar o título ‘Cidade do Vi-nho Ano 2009’. Estamos a aceitar pro-postas e já temos candidaturas de mu-nicípios do Douro, do Ribatejo e Oeste e do Alentejo”, disse José Arruda, à mar-gem da apresentação da conferência e projecto “Vinopolis”.

Segundo o secretário-geral, a ci-dade escolhida vai acolher ao longo do próximo ano várias iniciativas de pro-moção do vinho, nomeadamente feiras e concursos.

A AMPV foi criada em Abril de 2007, na sequência de um desafio lança-do pelo presidente da Câmara do Car-taxo, Paulo Caldas, a cerca de 20 outros municípios.

A associação tem actualmente cer-ca de 70 municípios associados, todos eles com “forte dependência económica da viticultura” e interessados em pro-mover e valorizar este sector, em com-plemento com outros sectores próxi-mos, como o turismo, cultura, comércio e promoção de recursos naturais.

CIDADE DO vINhO 2009 ESCOlhIDA EM DEZEMBRO

Marco é um dos 18 Municípios do “Vinopolis” que vai serapresentado nos dias 10 e 11

As negociações salariais para 2009 na Função Públi-ca arrancam esta quinta-fei-ra com base numa propos-ta governamental de 2,9 por cento e uma actualização mí-nima de 3,5 por cento do lado sindical.

As negociações anuais das três estruturas sindicais da Função Pública com o Go-verno iniciaram-se dia 23 de Outubro, mas só esta quin-ta-feira é que se irão centrar nas matérias salariais.

A Frente Comum de Sin-dicatos da Administração Pública reivindica um au-mento de 5 por cento para 2009 e um aumento interca-lar de 0,9 por cento para col-matar o poder de compra perdido em 2008.

A estrutura afecta à CGTP já agendou entretan-to para dia 21 de Novembro uma manifestação nacional contra os aumentos salariais propostos pelo Executivo.

A Frente Sindical da Ad-

ministração Pública (FE-SAP), filiada na UGT, apre-sentou, por seu turno, uma actualização de 3,5 por cen-to para o próximo ano, a mais baixa das três estrutu-ras, tendo já avisado que não aceitará aumentos na ordem dos 2,9 por cento.

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) - filiado também à UGT - pede por sua vez aumentos salariais de 4 por cento para 2009, com base numa previ-

são de inflação de 3 por cen-to, acrescido de 1 por cento para recuperação do poder de compra perdido nos últi-mos anos.

Este ano, os funcionários públicos tiveram um aumen-to de 2,1 por cento, que era o valor que o Governo tinha previsto para a inflação, mas as últimas estimativas do ministro das Finanças apon-tam para uma inflação média de 2,9 por cento em 2008 e de 2,5 em 2009.

Distribuição nos concelhos:

AmaranteBaiãoCastelo de PaivaCelorico de BastoCinfãesFelgueiraslousadaMarco de CanavesesPaços de FerreiraParedesPenafielResende

O Jornal da Região

NEGOCIAçõES SAlARIAIS EM CIMA DA MESA

Governo e sindicatos começam hojea discutir aumentos para 2009

Já arrancou a campanha de avaliação do colesterol efectuada na Unidade Mó-vel de Saúde de Celorico de Basto. A acção que se dirige a toda a população, decorre durante todo o mês de No-vembro e visa informar as pessoas sobre a problemáti-ca do colesterol.

Para fazer a avaliação ao colesterol os interessados

devem dirigir-se à Unidade Móvel de Saúde nos dias em que esta se desloca à fregue-sia e aí serão atendidos por especialistas.

Esta acção decorre no âmbito do projecto Câma-ra Amiga, desenvolvido pela autarquia de Celorico de Basto, que integra um con-junto de medidas de cariz social.

O colesterol é um tipo de gordura produzido pelo fíga-do. Ele também está conti-do em certos alimentos que comemos, tais como ovos, carnes e derivados de lei-te. Quando você come estes alimentos frequentemente, a taxa de colesterol em seu sangue aumenta, porque seu fígado transforma as gordu-ras saturadas em colesterol.

O colesterol a mais pode ser depositado nas suas ar-térias, e pode fazer com que estes mesmos vasos se tor-nem estreitos. A quantida-de de colesterol nas pare-des de uma artéria pode ser tão grande, que a artéria fica entupida e o sangue não con-segue passar, aumentado os riscos de acidente cardiovas-cular.

DURANTE O MêS DE NOvEMBRO

Celorico de Basto: Unidade Móvel de Saúdepromove campanha de avaliação do colesterol

Carros vandalizados em PenafielPelo menos 12 veículos foram vandalizados na madruga-

da de quarta-feira na garagem de um prédio do centro da ci-dade de Penafiel. Os vândalos partíramos vidros dos carros, furtando apenas um par de óculos, enquanto que os veículos continham máquina fotográficas que não despertaram o inte-resse dos ladrões.

O prédio onde foram cometidos os actos de vandalismo está situado em frente às piscinas municiais de Penafiel, uma zona habitualmente tranquila. AP

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Repórter do Marão 6 Novembro 200830

Cartoons de Santiago

Dúvida&Cartoon [email protected]

DúviDaPúblicaDúvida Pública é um espaço do Repórter do Marão

onde os leitores podem colocar perguntas que a redac-ção procurará responder publicamente. As suas dúvi-das devem ser enviadas por e-mail para: [email protected]

Neste edição, Albano Cunha, de Torrão, Marco de Canaveses pretende saber quais são os requisitos para constituir uma empresa na hora, qual é o custo e tam-bém se o depósito legal pode ser levantado no dia se-guinte à constituição.

Fonte: site empresanahora.pt

Nas “empresas na hora” a firma poderá ser es-colhida de uma lista de expressões de fantasia pré-aprovadas (Bolsa de Firmas) que se encontram para consulta em www.empresanahora.mj.pt e a afecta-ção é efectuada no momento da constituição da so-ciedade.

Também pode optar por constituir a Empresa na Hora com base em Certificado de Admissibilida-de previamente aprovado pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas.

Por questões técnicas, não é possível consti-tuir a Empresa na Hora com base em denominação aprovada por Certificado de Admissibilidade no dia em que este é emitido.

Por outro lado, será ainda necessária a escolha de um dos modelos de pacto social, previamente aprovados e disponíveis no referido website ou nos balcões de atendimento.

O custo de constituição de sociedade é de 360,00€, incluindo publicações. Este montante po-derá ser reduzido em 60,00€ quando a actividade principal da sociedade seja classificada como acti-vidade informática ou conexa, ou ainda como de in-vestigação e desenvolvimento. A estes custos acres-ce imposto de selo sobre o valor das entradas de capital social, à taxa de 0,4%.

Quanto ao levantamento do capital social da empresa na hora, o mesmo pode ser efectuado em qualquer momento, após a sua constituição.

Receba o seu exemplar comodamente em casa.

Envie os seus dados pessoais para: [email protected]

Forma de Pagamento: Cheque ou Vale Postal à ordem de Média Marco Publicações, Lda.

Assinatura só será validada após recepção do pagamento

Alberto Costa, ministro da Justiça Nascimento Rodrigues, provedor de Justiça

António Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados

Fundado em 1984Quinzenário Regional • Publica-se à quinta-feiraRegisto/Título: ERC 109918Depósito legal: 26663/89

Director: vítor Almeida (C.P. 5286)Redacção: Alexandre Panda (C.P. 8276), Jorge Sousa (C.P. 1689), Sandra Teixeira, Alcino Oliveira (C.P. 4286)

Propriedade:Baião Repórter / Sociedade Editorial, lda.NIF: 501475320Sede Social: Rua Camões - Apartado 1 - 4640 BaiãoPartes sociais superiores a 10% do capital: Jorge ManuelSoares de Sousa, Marta Cláudia Amaro de SousaCap. Social: 5.000 Euros

Empresa Editora:Média Marco Publicações, lda. - NIF 504 850 725Sede Redacção:Rua Manuel Pereira Soares, 80 1º Esq.Apartado 12 - 4634-909 Marco de CanavesesTelef. 255 521 307 - Fax: 255 534 850E-mail: [email protected]

Impressão: Gráfica Diário do Minho - BragaTiragem desta edição: 7.000 exemplares

A opinião expressa nos artigos assinados pode não correspon-der necessariamente à opinião da Direcção deste jornal.

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Repórter do Marão 6 Novembro 2008 [email protected] O Nosso Património

O Museu Municipal de Resende está ins-talado no edifício da antiga cadeia de Resen-de, recuperado e ampliado em 2003.

O edifício da antiga cadeia foi construí-do nos anos 30, sendo que a 1ª pedra foi co-locada no dia 27 de Setembro de 1931, dia da inauguração da Câmara Municipal. O res-ponsável pela edificação deste equipamen-to que substituía a antiga cadeia de Vinhós foi o então Presidente da Câmara de Resen-de, Manuel Rebelo Moniz. Local de reclu-são para os excluídos da sociedade, cumpriu a sua função até 1974, época em que se ex-tinguiram as cadeias concelhias, passando os serviços prisionais para a Cadeia Regio-nal de Lamego. Serviu de Armazém Geral da Cooperativa Agrícola e de Oficinas Muni-cipais até 2003, transformando-se num lugar de acolhimento de “memórias culturais e his-tóricas”

Inaugurado em 03 de Junho de 2006, o edifício do Museu Municipal de Resende, ca-

racteriza-se por um estilo arquitectónico contemporâneo, em contraste com o edifício existente, evidenciando-se claramente as di-ferentes épocas de construção.

Preservando os seus traços arquitectó-nicos e características funcionais, o edifício mantém a fachada principal em cantaria e as molduras em pedra dos vãos das janelas, bem como os respectivos gradeamentos, con-ferindo ao conjunto a “dignidade” do dese-nho e do seu carácter público.

Os espaços do Museu Municipal desen-volvem-se em torno de um pátio funcional in-terior com funções de área de estar/lazer, arejamento e iluminação natural dos espaços que lhe são contíguos. O edifício assume um carácter polivalente e flexível nas diferentes valências: áreas de exposição permanentes e temporárias, auditório, áreas administrati-vas e de apoio, espaços multiusos e áreas ofi-cinais.

O espólio etnográfico, que caracteriza

os usos e costumes da nossa região, e o nú-cleo arqueológico, composto por um conjunto de materiais desde a pré-história aos nossos dias, constituem maravilhas a apreciar e ad-mirar no Museu Municipal de Resende.

Não deixe de visitar, ainda, a sala de ex-posição permanente “Edgar Cardoso, Pon-tes no Douro”, ilustre engenheiro que criou laços afectivos com Resende e o Douro.

O Museu Municipal de Resende encon-tra-se aberto ao público, de Terça a Sex-ta-Feira, das 9:00 às 12:30 horas e das 14:00 às 17:30, Sábados e Domingos das 10:00 às 12:30 horas e das 14:00 às 17:00 horas.

Museu de ResendePorque existem maravilhas na região que merecem ter destaque, o Jornal Repórter do Marãovai evidenciar, em todas as edições, o património da região. Esta semana, o Museu de Resende.

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Repórter do Marão 6 Novembro 200832 Destaque [email protected]