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Função Pública Revista do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte Abril 2013 · www.stfpn.pt STFPSN Rua Vasco de Lobeira, 47/51 4249-009 Porto T 225574060 F 225507257 M [email protected] ORGANIZAÇÃO Assembleia e Contas DESTAQUE Defender a Constituição EUGÉNIO ROSA Quem está a pagar a crise? ABRIL E MAIO Construir a alternativa 40 ANOS DEPOIS: ABRIL E MAIO NA RUA

Revista do STFPSN - Abril de 2014

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No ano em que se comemora os 40 anos de Abril e do 1º de Maio livre, em que o povo português conquistou a liberdade e os seus direitos, cabe-nos assinalar esse dia histórico na República Portuguesa.

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Page 1: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

FunçãoPúblicaRevista do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte

Abril 2013 · www.stfpn.pt

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ORGANIZAÇÃOAssembleia e Contas

DESTAQUEDefender a Constituição

EUGÉNIO ROSAQuem está a pagar a crise?

ABRIL E MAIOConstruir a alternativa

40 ANOSDEPOIS:

ABRILE MAIO

NA RUA

Page 2: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Índice 2

03 EDITORIALORLANDO GONÇALVES

04 SECTORESREFORMADOS

O5 SECTORESSITUAÇÃO E ACTIVIDADE

06 DESTAQUEDEFENDER A CONSTITUIÇÃO

08 TEMAABRIL: 40 ANOS DA REVOLUÇÃO

10 OPINIÃOVALDEMAR MADUREIRA

12 LEGISLAÇÃOCÓDIGO DO TRABALHO

13 ORGANIZAÇÃOASSEMBLEIA E CONTAS

18 FORMAÇÃOCURSOS E DATAS

19 PROTOCOLOSSERVIÇOS

21 PAZPAZ SIM NATO NÃO!

22 ESTUDOEUGÉNIO ROSA

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Page 3: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

o ano em que se come-mora os 40 anos de Abril e do 1º de Maio livre, em que o povo português conquistou a

liberdade e os seus direitos, cabe-nos assinalar esse dia histórico na República Portuguesa. Se, por um lado marcamos as conquistas de Abril em que o povo português adquiriu reais direitos, dos quais foi espoliado durante dé-cadas, por outro, a actual conjuntura tem vindo a eliminar todos esses direitos dia após dia, com o argu-mento da crise nacional e internaci-onal e com a intervenção dos mega poderes internacionais. O nosso sindicato, num traba-lho sistemático e contínuo tem vin-do a lutar contra este retrocesso social, económico e laboral no senti-do de repor os direitos perdidos e travar esta ofensiva. Não é uma luta fácil, bem pelo contrário, temos que lutar contra o poder instituído e muitas vezes contra algum corpora-tivismo, onde esta luta tem, nalguns casos, surtido os efeitos desejados. Contudo, convirá não esque-cer que esta luta é de todos e não de alguns, apesar do medo que se encontra instalado, TODOS temos

que lutar sem receio pelos direitos de Abril. Sabemos que na actual conjun-tura as coisas não são fáceis, cada um de nós sente no seu dia-a-dia os efeitos da crise anunciada e, como tal, nos seus locais de trabalho, nem sempre é fácil assumir situações de rotura com o poder onde o contexto é de ameaças constantes: cortes nos salários, requalificação e despedi-mentos, fazem com que o trabalha-dor nos momentos de assumir posi-ção nem sempre tenha a coragem necessária. Nessa perspectiva, cabe a to-dos e a nós em particular enquanto estrutura representativa dos traba-lhadores dar corpo a esta luta contra estas políticas altamente lesivas dos trabalhadores para que a verdadeira força de um Portugal livre, a classe trabalhadora, não continue a sofrer na pele os erros dos governos capita-listas que nos têm (des)governado. Como já referi percebo que o povo trabalhador perante a conjun-tura actual tenha receios, mas deixo aqui um apelo: que jamais percam a vossa dignidade e reajam perante a ofensiva que o poder instituído tem feito, continua a fazer e fará contra os direitos dos trabalhadores, es-

quecendo-se de aplicar as medidas de austeridade a quem de direito. Os ricos continuam impunes a todos os cortes, as grandes fortunas continuam a não serem taxadas, os capitais em offshore continuam a crescer e livres de impostos, a ban-ca, grande responsável pela actual situação em que nos encontramos, continua a estar isenta de impostos e, para os capitalistas da banca, as dividas prescrevem. Perante tudo isto cabe-nos reagir, lutar contra este estado de coisas e fazer Abril todos os dias nos nossos locais de trabalho, lutar pelos direitos adquiridos e não permitir o roubo que diariamente nos é imposto. Para isso é necessário estar-mos unidos e congregados em es-truturas sindicais de forma a poder-mos ter uma luta mais organizada e dessa forma mais eficaz, assim sen-do apela-se a todos os trabalhado-res para uma intervenção mais acti-va e participativa na vida do sindica-to. Acredito que UNIDOS SERE-MOS MAIS FORTES, concretizare-mos Abril e faremos um Maio me-lhor.

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EDITORIALEditorial3

40 anos depois!...

Orlando GonçalvesCoordenador do STFPSN

Page 4: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Sectores 4

APOSENTADOS E REFORMADOS DO STFPSN SAÚDAM

OS 40 ANOS DO 25 DE ABRIL

Recordar e defender todos os direitos adquiridos com a Revolução dos

Cravos de 25 de Abril de 1974.

A CGTP-IN congrega no seu seio, desde Outubro de 1990, os aposentados e reformados, através da In-ter-Reformados. No entanto, o Sindicato dos Trabalha-dores em Funções Públicas e Sociais do Norte, para dar cumprimento à orientação saída da 7ª Conferência Na-cional da Inter-Reformados, realizada em 18 de Janeiro de 2013, em Lisboa, criou no seu seio a Comissão de Aposentados e Reformados (CAR) com o objectivo de dinamizar a sua luta nestes tempos difíceis em que o Governo PSD/CDS e os seus deputados desferiram um ataque feroz e sem precedentes contra os aposenta-dos, reformados e pensionistas, através de cortes nas pensões, temporários ou definitivos (estes anunciados já pela comunicação social ao serviço do Governo PSD/CDS e do grande capital). O Governo PSD/CDS, ao sabor das mentes ilumi-nadas que o integram, não encontra outro caminho para resolver a crise com que o país se debate que não seja o dos cortes nos salários, pensões, saúde, educa-ção, subsídios, nos benefícios fiscais, e o aumento do custo de vida, que conduz a população portuguesa à fome e miséria e todo um conjunto de privações ao ponto de existir uma taxa elevadíssima do aumento da pobreza extrema. Enfim, nada escapa ao brutal, injusto, insensível e desumano ataque aos direitos conquista-dos com muita luta. A CAR foi constituída em 22/10/2013, na sequên-cia de processo eleitoral e desde essa data tem partici-pado e dinamizado os Aposentados-Reformados nas lutas em defesa das Funções Sociais do Estado e dos

direitos conquistados com o 25 de Abril de 1974, que agora nos estão a ser roubados. No passado dia 12 de Abril, mais uma vez, partici-pámos numa Ação de Luta Nacional descentralizada de reformados, aposentados e pensionistas, que se reali-zou no Porto, a partir da Praça da Batalha, sob o lema: “Por Abril/ Contra os Roubos nas Pensões/ Marcha de Indignação e Protesto”, organizada pelo MURPI e apoi-ada pela Inter-Reformados, com o claro objectivo de tentar travar este imoral e injusto regabofe dos roubos perpetrado pela troika de Passos Coelho. É urgente a demissão do governo, estando na hora de dar voz ao Povo e eleger um governo que res-peite a Constituição da República, os Valores de Abril, devolva os Direitos roubados e pratique uma Politica de Esquerda e Soberana, que não seja de submissão às Troikas (Nacional e Estrangeira). Durante o ano de 2013 – com continuidade em 2014 –, realizaram-se no STFPSN várias tertúlias visando a formação, o convívio e partilha de experiência entre seniores, com o acompanhamento da Dr. Maria da Luz Cabral, estando prevista nova tertúlia, com início às 10 horas do dia 19 de Junho, que versará formação básica em informática, tecnologias da comunicação e informa-ção, apelando-se, desde já, à inscrição na mesma dos sócios Aposentados-Reformados do Sindicato. Com vista à organização e reforço da luta contra estes roubos imorais e injustos está também em curso a eleição da Comissão de Aposentados e Reformados do STFPN de Braga. Os Pensionistas em geral, em particular os Apo-sentados da Administração Pública, têm sido alvo pre-ferencial dos ataques do Governo PSD/CDS aos seus direitos e dignidade, após uma vida de trabalho em que contribuíram para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. Estes aposentados e reformados exigem ser res-peitados e dizem NÃO aos Cortes das Pensões, ao Roubo dos Subsídios, à CES (contribuição extraordiná-ria de solidariedade), ao aumento das contribuições para a ADSE e aos cortes na Saúde. A Luta é o caminho. Participa nas comemorações do 25 de Abril e 1º de Maio, contra o roubo e pelo au-mento das pensões, pelo acesso à saúde e a medica-mentos e por transportes mais acessíveis, combatendo, assim as injustiças praticadas pelo Governo PSD/CDS. Queremos ver este Governo na rua!

A Comissão de Aposentados Reformados do STFPSN

Page 5: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALSectores5

ISS, IP O ACEEP celebrado entre o ISS, IP e a FNSTFPS prevê na sua Cláusula 13ª as interrupções ocasionais porém, e desde a sua publicação em 2011, esta disposi-ção tem vindo a ser desrespeitada. A FNSTFPS convo-cou a Comissão Paritária do ACEEP para reunir e clari-ficar duma vez por todas a Cláusula 13ª do ACEEP. Nes-sa reunião o STFPSN voltou a levantar esta questão e finalmente vislumbra-se “luz ao fundo do túnel”. A apli-cação prática desta Cláusula não estava assegurada porquanto a autorização das interrupções ocasionais careciam de autorização por parte do Conselho Directi-vo, situação que dificultava e na prática inviabilizava o seu gozo. Ficou acordado naquela reunião de 27 de Março de 2014 que até final do mês de Abril deste ano serão delegadas competências nos Directores dos Cen-tros Distritais para autorizarem as interrupções. Também em 27 de Março reunimos com o Conse-lho Directivo do ISS, IP para proceder à entrega do Caderno Reivindicativo dos Trabalhadores do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, instru-mento essencial das reivindicações profissionais destes trabalhadores e em torno do qual deverão assentar as lutas para a sua implementação. Pode consultar o Ca-derno Reivindicativo no nosso site em www.stfpn.pt. É importante dar ainda conta do resultado duma luta titânica que vem sendo travada com o Conselho Directivo do ISS, IP e que se prende com exigirmos a presença de efectivos da PSP nos locais de atendimento ao público e… GANHÁMOS! Apesar do Sr. Presidente do CD do ISS, IP ser contra a presença de agentes da PSP nos serviços de Atendimento, a verdade é que no Porto eles se vão manter. Não é despiciendo o facto de só no Porto se manter a presença destes agentes da autorida-de ao contrário do resto do País, pois infelizmente é a Norte que se agudizam as situações de pobreza e de-semprego.

Educação Externalização! Nome pomposo que este Gover-no arranjou para apelidar o programa da privatização dos serviços. Este insidioso Programa está em marcha e como vem sendo hábito vai-se implementando “aos poucos” para não chamar atenções e iludir os mais in-cautos. O STFPSN vem, desde o início, alertando os trabalhadores para a invasão de empresas privadas nas Escolas da Rede Pública. Recentemente chegou ao nosso conhecimento mais um caso: duas escolas de Vila Nova de Gaia, a Secundária Almeida Garrett e a Secundária de Valada-res vão contratar empresas de limpeza. Daqui “não viria o mal ao mundo” se essa contratação não pusesse em causa os actuais Assistentes Operacionais, é que ao fazer essa contratação e (ao contrário do que se passa na realidade) analisando a portaria de rácios, depara-mo-nos com pessoal excedentário! E é essa a verdadei-ra finalidade que este Ministério pretende: extinguir postos de trabalho dos trabalhadores não-docentes. Sabemos bem que a Portaria de Rácios não espe-lha a realidade dos serviços e disso demos conta mais de uma vez ao Sr. Ministro da Educação. Ainda em Março do ano passado solicitámos uma reunião para revermos essa Portaria e, até hoje nada nos disseram, numa falta de respeito total pelos trabalhadores não-docentes. É urgente encontrar soluções para este pro-blema e temos vindo a encetar diversas lutas para pressionar o Sr. Ministro a fazê-lo, como é exemplo o Plenário do passado dia 4 de Abril. Outras lutas acontecerão enquanto não se dignar a reunir connosco.

IPSS/Misericórdias A situação dos trabalhadores do sector social tem vindo a degradar-se ao longo dos últimos 4 anos, em paralelo com a procura cada vez maior destes serviços pelos cidadãos, que vêem de dia para dia agudizarem-se as suas condições de subsistência. Não deixa de ser irónico que o Governo, através das suas políticas que empobrecem os trabalhadores e criam com isso situações de verdadeira miséria, se re-gozije por aprovar um orçamento de 1200 milhões de euros para o sector social. Uma mão dá e a outra tira… Na verdade, e apesar do crescente aumento do custo de vida, estes trabalhadores não têm aumentos salariais há 4 anos e mantêm um valor de subsídio de refeição fixado em 2,38 euro/dia; este cenário tem con-duzido a situações de ruptura iminente (em algumas delas já consumadas…) por parte dos trabalhadores e suas famílias e são precisamente estes os trabalhadores que dão o melhor de si para reparar/minorar as injusti-ças que ocorrem fruto duma governação cega e que castiga os seus concidadãos. Empobrece-se quem ajuda os pobres… Apresentamos a nossa proposta de revisão pecu-niária para 2014 à CNIS em 9 de Janeiro e continuamos a aguardar a marcação da reunião para esse efeito. Quanto à União das Misericórdias Portuguesas queremos salientar o facto de que se está a ultimar a negociação do ACT entre a UMP e a FNSTFPS e de que a breve trecho esperamos concluir este processo que será dado a conhecer aos trabalhadores quando se encontrar finalizado.

Saúde As limitações em matéria de negociação que têm sido impostas, cada vez mais em crescendo, aos legíti-mos representantes dos trabalhadores que são os Sin-dicatos, têm sido contornadas dentro do possível atra-vés da contratação colectiva. É pois, nesse sentido, que o STFPSN e a Federação que integramos têm vindo a apresentar Propostas de Acordos Colectivos de Enti-dade Empregadora Pública (ACEEP) e de Acordos de Empresa (AE); entre várias matérias propostas temos as 35 horas/semana como a mais sonante. Foram já várias as entidades citadas para negociação de AE, nomeadamente o IPO – Porto, ULS – Matosinhos, CHPV-VC, entre outros. Também oficiamos várias enti-dades com as quais iremos negociar ACEEP, tais como a ARS-Norte, CHVNGaia/Espinho, CHTMAD, e outros. As inúmeras irregularidades com horários de tra-balho que têm sido cometidas em inúmeros serviços de saúde foram alvo de denúncia por parte do STFPSN a diversas entidades, tais como o Provedor de Justiça, o Ministério da Saúde, a Inspecção Geral das Actividades em Saúde, entre outras. Estaremos atentos ao desenro-lar deste processo de denúncia e não admitiremos que situações de completo desrespeito e desregulamenta-ção dos horários de trabalho se perpetuem. No passado dia 2 de Abril de 2014 decorreu um Encontro/Debate com o tema “Afirmar Abril e os 35 anos do SNS”, no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra. Saúda-se esta iniciativa (e outras que ve-nham a ocorrer), e na qual estiveram presentes Dirigen-tes do sector da Saúde do STFPSN, pela actualidade do tema em debate e pela qualidade incontestável dos intervenientes entre os quais destacaríamos: António Arnaut, Ex-Ministro dos Assuntos Sociais e responsável pela Criação do SNS, Carlos Silva Santos, Professor na Escola Nacional de Saúde Pública da UNL e Coordena-dor do Programa Nacional de Saúde Ocupacional na DGS e Paulo Moreira, Director do International Journal of Healthcare Management, Londres.

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Destaque 6

Os trabalhadores no activo e aposentados da Administração Pública têm sofrido de uma forma parti-cularmente intensa as consequências da ingerência do FMI, do BCE e da UE na soberania nacional bem como de um vasto conjunto de medidas por parte do gover-no PSD/CDS-PP, apoiadas pelo Presidente da Repúbli-ca: o empobrecimento generalizado, a redução salarial, o agravamento das condições de trabalho e de respos-ta às necessidades das populações nos vários âmbitos da intervenção da Administração Pública, a diminuição das pensões em pagamento e a atribuir, o despedimen-to massivo, o desemprego sem qualquer proteção social, o aumen-to do horário de trabalho, entre muitas outras. Estas consequências repre-sentam, na prática, a denegação de direitos fundamentais previstos na Constituição da República Portu-guesa e a verdadeira subversão das funções sociais do Estado, reduzin-do-as a um mínimo inaceitável em prejuízo não só da Administração Pública como de todos. O congelamento da progres-são e aumentos salariais e das car-reiras dos trabalhadores da Admi-nistração Pública no período 2011-2013 determinou a diminuição em 1028 milhões de euros em remune-rações enquanto os cortes sucessi-vos determinaram uma redução nas retribuições em 1.190 milhões de euros. O corte nas despesas com as funções sociais do Estado atinge, com particular incidência os secto-res da Educação, Saúde e Seguran-ça Social e em 2014 o Orçamento do Estado determina cortes na Educação de 467 milhões de euros; na Saúde de 271 milhões de euros e na Segurança Social de 235 milhões de euros. Tal representa um total de 973 milhões de euros traduzidos em encerramento de serviços e despedimento de tra-balhadores. Os trabalhadores no activo e aposentados da Administração Pública rejeitam esta política de agra-vamento do fosso entre os que têm mais e os que têm menos rendimentos, traduzida pelo favorecimento da concentração de riqueza e dos monopólios. Realidade cujos contornos e conteúdo tem sido garantida à custa da privatização das funções sociais do Estado, mas principalmente da degradação brutal das condições de vida dos trabalhadores portugueses que são quem, com a força do seu trabalho nas empresas e nos servi-ços, vem suportando uma crise, que, como é conheci-

do, não é da sua responsabilidade, mas sim do sistema financeiro nacional e internacional e da globalização económica. As conquistas dos trabalhadores ao longo de vá-rias décadas, sobretudo as resultantes do 25 de Abril de 1974, estão a ser postas em causa ou destruídas, em total desrespeito pela dignidade da pessoa humana, quantas vezes pondo em causa o acesso a direitos bá-sicos, num caminho que já provou não ser o que dá a resposta necessária ao país e ao povo. A Frente Comum dos Sindicatos da Administra-

ção Pública, onde o nosso Sindica-to se insere, tem, a par das iniciati-vas promovidas com os trabalha-dores no activo e os aposentados, nos locais de trabalho e na rua, apelado reiteradamente à Presi-dência da República, Provedor de Justiça e aos Partidos com assento parlamentar para que estes susci-tem a fiscalização, quer preventiva quer sucessiva, da constitucionali-dade de uma série de diplomas que têm posto em causa os direitos fundamentais. Assim foi, em 2011, com o Orçamento do Estado que deter-minou o roubo dos subsídios de férias e de Natal. Entendeu o Tri-bunal Constitucional que «esta medida se traduzia numa imposi-ção de um sacrifício adicional que não tinha equivalente para a gene-ralidade dos outros cidadãos que auferem rendimentos provenientes de outras fontes, tendo concluído que a diferença de tratamento era de tal modo acentuada e significa-tiva que as razões de eficácia na prossecução do objetivo de redu-ção do défice público que funda-mentavam tal opção não tinham uma valia suficiente para a justifi-car. (...) Apesar da Constituição não poder ficar alheia à realidade

económica e financeira, sobretudo em situações de graves dificuldades, ela possui uma específica autono-mia normativa que impede que os objetivos económi-co-financeiros prevaleçam, sem qualquer limite, sobre parâmetros como o da igualdade, que a Constituição defende e deve fazer cumprir.» Contudo, tal decisão, ao restringir os seus efeitos, aplicando somente a decisão de inconstitucionalidade para os subsídios de férias e de Natal referentes a 2013 por força do entendimento de que «a execução orça-mental de 2012 já se encontra em curso avançado, o Tribunal reconheceu que as consequências desta de-claração de inconstitucionalidade, poderiam colocar

FNSTFPS DIRIGE-SE AO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

A defesa da Constituição é um

imperativo nacional!

As conquistas dos trabalhadores ao longo de várias décadas, sobretu-do as resultantes do 25 de abril de 1974, estão a ser postas em causa ou destruídas, em total desrespeito pela dignidade da pessoa humana, quantas vezes pondo em causa o acesso a direitos básicos, num ca-minho que já pro-vou não ser o que dá a resposta ne-cessária ao país e ao povo.

Page 7: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALDestaque7

em risco o cumprimento da meta do défice público imposta nos memorandos», trouxe grandes prejuízos para os trabalhadores e aposentados, diminuindo si-gnificativamente o seu rendimento anual. Acresce que o governo, ao pagar os subsídios em duodécimos mas cobrando uma sobretaxa de 3,5% acabou por, ardilo-samente, contornar a decisão do Tribunal Constitucio-nal, cujo mérito está, efectivamente, a ser violado pelo governo. A Frente Comum sublinhou ainda o condiciona-mento de vários juízos de inconstitucionalidade no pressuposto de que as medidas do governo são tem-porárias aplicando-se durante a vigência do memoran-do de entendimento (cujo prazo termina a 17 de maio de 2014) ou ao cumprimento de normativos legais e constitucionais que estão longe de ser verificados. Aquando da decisão sobre a constitucionalidade dos cortes salariais, o Tribunal Consti-tucional afirmou que «as normas im-pugnadas não visam instituir, com ca-rácter de permanência, um novo regi-me jurídico dos níveis remuneratórios aplicáveis aos sujeitos abrangidos, em substituição definitiva do anteriormen-te vigente, que, desta forma, resultaria eliminado da ordem jurídica» acres-centando que «estando estas medidas instrumentalmente vinculadas à con-secução de fins de redução de despe-sa pública e de correcção de um ex-cessivo desequilíbrio orçamental, de acordo com um programa temporal-mente delimitado, é de atribuir-lhes idêntica natureza temporária, nada autorizando, no presente, a considerar que elas se destinam a vigorar para sempre.» Ora, o Primeiro-ministro já afir-mou, em sede de debate quinzenal na Assembleia da República, a 5 de Mar-ço, que «Não podemos regressar ao nível salarial de 2011 nem ao nível das pensões de 2011» Assim, fica demons-trado, para além de qualquer dúvida, que os sindicatos não fizeram qualquer juízo previsio-nal, mas antes denunciaram, em tempo devido, a natu-reza dos cortes e a intenção do Governo. A posição que o STFPSN e a FNSTFPS tem assu-mido é clara e inequívoca: os cortes salariais foram e são inconstitucionais. Um outro exemplo da sucessiva violação da Cons-tituição e das decisões constitucionais por parte do governo é a violação do direito à contratação colectiva. Sendo certo que a Frente Comum mantém a sua posi-ção de que a Lei nº 68/2013, de 29 de Agosto (a cha-mada «lei das 40 horas») é inconstitucional por viola-ção, entre outros, do direito à justa retribuição, ao re-pouso e lazer e à articulação da vida familiar com a vida profissional, não pode deixar de chamar a atenção para o facto de o TC ter julgado esta lei constitucional conquanto esta pudesse ser derrogada por instrumen-tos de regulamentação colectiva: «Por isso, em especial no que se refere aos instrumentos de regulamentação colectiva do trabalho expressamente admitidos pelo artigo 130º do RCTFP, a prevalência prevista no artigo 10º da Lei nº 68/2013 rege apenas para o passado, fa-zendo cessar todos aqueles instrumentos de que resul-te um período laboral inferior ao agora fixado; mas, para o futuro, não fica impedida a consagração, por via de negociação colectiva, de alterações ao novo perío-

do normal de trabalho dos trabalhadores em funções públicas, em sentido mais favorável a esses trabalhado-res.». Contudo, o Governo, por via do Secretário de Estado da tutela, «vetou» centenas de ACEEP celebra-dos entre sindicatos da FCSAP e as entidades empre-gadoras públicas (designadamente Câmaras Munici-pais), que estabeleciam, para os trabalhadores por eles abrangidos, o horário semanal de 35 horas – não pro-cedendo a DGAEP ao seu depósito por ordem do go-verno que questiona a legitimidade destes acordos. Ora, mais uma vez, o governo desrespeita uma decisão do Tribunal Constitucional, viola o direito à contratação colectiva e, no caso do Poder Local, a sua autonomia, para além dos princípios já referidos acima. Acresce ainda que a recente aprovação pelos partidos do governo e promulgação pelo Presidente da República da Lei nº 11/2014 provocará ainda mais cor-

tes nas pensões, chegando mesmo a atingir 21% nas pensões anteci-padas, numa clara iniciativa re-vanchista contra os aposentados e contra os seus direitos, violando a Constituição e o entendimento sufragado pelo Tribunal Constitu-cional aquando da decisão sobre a inconstitucionalidade do regime de convergência das pensões. Foram já sete as declarações de inconstitucionalidade de pro-postas deste governo, a que se soma agora o veto presidencial do aumento dos descontos para a ADSE: sistema já quase integral-mente suportado pelos seus con-tribuintes e cujo aumento de re-ceita à sua custa iria servir não para garantir qualquer hipotética sustentabilidade do sistema, mas antes para pagar a agiotagem financeira do FMI e do BCE. Para a Frente Comum, ema-nando o Tribunal Constitucional da CRP, o seu papel é o da sua defesa e da garantia do seu cum-

primento. Por esse motivo têm sido muitos os diplomas em que se recorre aos instrumentos de fiscalização ao dispor por via do apelo às entidades competentes. No entanto, a atitude deste governo, que, sem qualquer pudor, faz tábua rasa da Constituição e põe em causa todos e cada um dos direitos ali previstos, que emana leis que não só violam a CRP como pre-tendem mesmo a sua revogação por via da lei ordiná-ria, é uma atitude que não pode continuar a passar impune. As consequências têm sido desastrosas para as populações e a verdade é que a legitimidade deste governo tem sido sucessivamente posta em causa, como demonstram as massivas manifestações popula-res durante este mandato e como demonstrou a mani-festação do passado dia 14 de Março. Os trabalhadores e aposentados da Administra-ção Pública exigem, pois, a devolução de todos os montantes roubados desde 2011 e o fim dos cortes, a reposição das 35 horas e o cumprimento da Constitui-ção da República Portuguesa. Afinal, o maior compromisso que este governo e o Presidente da República Portuguesa assumiram, aquando da tomada de posse, foi o de cumprir e fazer cumprir a Constituição. E esse compromisso está a ser violado desde o início dos seus mandatos.

Page 8: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Tema 8 NAS RUAS E NA LUTA:

NÓS FOMOS FAZENDO E

DEFENDENDO A DEMOCRACIA

DE ABRIL. Abril depende de nós!

Só a luta incessante dos trabalhadores e do Povo permitiu que o conteúdo

democrático das transformações de

Abril não desaparecesse. Os direitos que tanto

custaram a conquistar, têm custado muito

a defender. Mas se não formos nós a fazê-lo,

ninguém o fará por nós. Aqui fica um retrato das

muitas batalhas que se travaram

nestes 40 anos em defesa da

democracia, dos direitos e do

progresso do País.

Page 9: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALTema9MAIO:

EM LUTA PELA NOSSA DIGNIDADEE DIREITOS!Coerência e coragem naluta por umaAdministração Pública ao serviço do Povo e doPaís!

Page 10: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Opinião 10

Abril que abriu as portas da claridade, como tão bem o disse José Carlos Ary dos Santos no seu belo poema “As Portas que Abril Abriu”, está prestes a completar 40 anos.

Será certamente um dia, como todos os dias das comemorações, em que o sonho que representou o 25 de Abril e o processo que se lhe seguiu voltará ao ima-ginário de quem teve a felicidade de o viver porque ele representou o acontecimento mais fascinante da nossa História do século XX. Mas constituirá um momento para confrontarmos o sonho que em tantos e tantos aspectos se concretizou com o pesadelo que preenche as nossas vidas. Neste confronto de realidades, não podemos dei-xar que se apaguem as responsabilidades e os respon-sáveis por este percurso de desgraça do país e dos portugueses. Veremos a profusão de cravos na lapela e aqui apetece recordar outro autor, também um grande inte-lectual, José Barata Moura, que cantou “Cravo verme-lho ao peito/A muitos fica bem/Sobretudo faz jeito/A certos filhos da mãe”. Um dos grandes frutos da Revolução de Abril foi a Constituição da República, aprovada em 2 de Abril de 1976, que apesar das várias revisões que a descaracteri-zaram em aspectos importantes pela vontade conjuga-da do trio PS/PSD/CDS-PP continua a constituir um baluarte ao lado do povo e trabalhadores portugueses. Por isso, os aliados de sempre, a verborreia só serve para apregoarem e enganarem que são diferen-tes, não descansam enquanto não destruírem aspectos fundamentais que a actual Constituição ainda contem-pla. É que, sacrilégio dos sacrilégios, a Constituição ainda tem como opção a defesa de quem trabalha e não do capital. É logo no seu artigo 1º que a Constituição define que “Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária”. Basta este 1º artigo para questionarmos todos, mesmo todos, os governos constitucionais quanto ao

seu cumprimento. E mais questões, tantas são, no que respeita a outros artigos versando matérias específicas.Mas fiquemo-nos, por hoje, por este artigo definitório do que deve ser o nosso país. Portugal, República soberana, preceito desvir-tuado pode-se dizer que logo após a aprovação da Constituição. Foram, por exemplo, a destruição da Reforma Agrária e o ataque às nacionalizações dando início a um processo de privatizações, que ainda con-tinua, a favor de grandes grupos económicos e finan-ceiros, tornando o país mais dependente e, portanto, menos soberano. Esse processo de abdicação da nossa soberania acentuou-se com a adesão em 1986 à então denomi-nada CEE, Comunidade Económica Europeia. Adesão, essa, baseada na sementeira de ilusões de que entrarí-amos para o paraíso, iríamos para o pelotão da frente, os milhões jorrariam e todos atingiríamos a felicidade. Mas a vida mostrou que isso não passou de ilusões, embora tenha servido para alguns verem as suas fortu-nas aumentadas em muitos desses milhões. Em con-trapartida, o nosso tecido produtivo foi profundamente abalado, mesmo destruído em larga escala. Foram os subsídios aos agricultores para não produzirem, os incentivos ao abate de barcos de pesca não obstante termos uma das maiores zonas económicas exclusivas mundiais, as dificuldades à manutenção das nossas indústrias transformadoras, isto porque a Alemanha, sempre tutelar e defensora intransigente dos seus inte-resses, pretendia vender as máquinas e tecnologia que produzia a outros países que passaram a concorrer com o nosso a preços muito mais baixos. Em conse-quência, o desemprego e a fome alastraram, quem não se lembra das crises nos distritos de Setúbal e do Ave. Perdemos mais uma parcela da nossa soberania, fica-mos mais dependentes. A partir daí foi um fartar vilanagem, como diz o Povo. Foram, entre outros, os Tratados de Maastricht e de Lisboa (quem não se lembra do “porreiro, pá!” de Durão Barroso a Sócrates), o Pacto de Estabilidade, a União Económica e Monetária, o “Europa 2020”. Vou referir-me, de forma muito sucinta pois o espaço dis-ponível assim o obriga, a dois instrumentos fundamen-tais que acentuaram a perda da nossa soberania.

O

Valdemar MadureiraPresidente da Assembleia-Geral do STFPSN

Constituição, Soberania,

Eleições para o Parlamento

Europeu

Page 11: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALOpinião11

O primeiro, a adesão ao Euro em que valeu tudo para vender as vantagens em que tal acontecesse. As consequências estão à vista, apenas a Alemanha saiu vencedora deste processo tal como aconteceu em to-dos os anteriores. A coesão social apregoada como um dos princípios basilares da União Europeia esfumou-se. Portugal empobreceu, a sua economia caiu a pique, o desemprego e a fome aumentaram dramaticamente. O Tratado Orçamental, Portugal foi o primeiro país a aprová-lo, quem para isso contribuiu deveria ser condecorado pelo Presidente da República, que tam-bém com ele concorda, nas próximas cerimónias do 10 de Junho, constitui um profundo vexame para o país e os portugueses. Com ele, nenhum orçamento pode ser discutido e aprovado na Assembleia da República sem previa-mente obter o aval da Comissão Europeia e, natural-mente, satisfazer os desejos da patroa Merkel. Isto é, Portugal não pode decidir se quer investir mais na saúde, na educação, na protecção social, mantendo estas áreas na esfera pública. Não, podemos saber do que necessitamos mas não nos dão o direito de deci-dir sem constrangimentos. O Tratado Orçamental constitui a abdicação de mais uma importante parcela da nossa soberania. Um último ponto, a renegociação da dívida. Tra-ta-se de um problema que tem de ser discutido com a maior urgência, mas de forma integral. Tem de se sa-ber qual a dívida legitima, que temos de pagar, e qual a ilegítima, que tem de ser da responsabilidade de quem a contraiu, de discutir os prazos e as taxas de juros, as que têm sido cobradas são verdadeiros actos de agio-tagem e têm de estar condicionadas ao crescimento da economia para que só absorvam uma parte de maneira a que não impeçam a recuperação do país. Em 5 de Abril de 2011, o PCP apresentou na AR um projecto-de-resolução sobre esta matéria em alternativa ao memo-rando de entendimento/pacto de agressão que seria assinado no mês seguinte. Mas o trio, mais moderna-mente denominado de troika, PS/PSD/CDS-PP, prefe-riu o desastre para o país e os portugueses em vez da alternativa que era apresentada. Uma das consequências é que há três anos a dí-vida portuguesa era de cerca de 162,5 mil milhões de euros (94% do PIB) e hoje é de 213,6 mil milhões de euros (130% do PIB), um aumento de mais de 50 mil milhões de euros, com o encargo de mais de 7 mil mi-lhões de juros, só juros, anuais.

Em todo este processo, desde o início da adesão à então CEE, houve quem estivesse sempre de mão dada, a troika nacional PS/PSD/CDS-PP, ainda que agora venham dizer, por razões eleitorais, que estão em desacordo com esta Europa que está a ser constru-ída. Dizem-no sem vergonha, porque tem sido com o seu voto no Parlamento Europeu e na Assembleia da República que este caminho está a ser percorrido. Voltemos ao 1º artigo da nossa Constituição: “Por-tugal é uma República soberana baseada … na vontade popular …”. Mas recordam-se de alguma vez os portu-gueses terem sido chamados a dar a sua opinião sobre matérias que tanta importância têm para o seu futuro e o futuro do país? Não, nunca aconteceu porque os partidos da troika nacional têm medo do esclarecimen-to, preferem semear ilusões, utilizar a arma da descri-minação, promover o preconceito. No próximo dia 25 de Maio, há eleições para o Parlamento Europeu. Há que imputar responsabilida-des a quem nos trouxe a esta situação de destruição do país e da vida de muitos milhões de portugueses. Que ninguém desvalorize a importância destas eleições já que no Parlamento Europeu discutem-se cada vez mais aspectos que muito têm a ver com a nossa vida. Por outro lado, não é uma questão menor, é uma grande oportunidade para penalizar os que sempre têm estado juntos, digam o que disserem, nas medidas que tanto nos estão a penalizar. E eles não desistem, estão a preparar mais roubos nos salários e pensões, designadamente aos trabalha-dores da administração pública, mais despedimentos, mais cortes nas funções sociais do Estado. Mas só anunciarão tais medidas, ou outras com os mesmos destinatários, depois das eleições porque até aí volta-rão a apregoar que o paraíso vem já aí. No dia 25 de Maio, através do voto, digamos BASTA! Levemos a luta ao voto e façamos do voto, nesse dia, a luta!

E terminando como comecei, com José Carlos Ary dos Santos, “Em nome da nossa frente/e dos nos-sos ideais/ diante de toda a gente/dizemos: não pas-sarão mais!”

Com confiança e determinação, venceremos!

No dia 25

de Maio, a

través do

voto, digamos BASTA!

Levemos a luta ao voto

e faça

mos do voto,

nesse dia, a lu

ta!

Page 12: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Legislação 12

NOVOS DIPLOMAS LEGAIS

Destaques: disposições da Lei do Orçamento de Estado para 2014

Lei nº 83-B/2013, de 31 de dezembro Aprova as Grandes Opções do Plano para 2014.

Lei nº 83-C/2013, de 31 de dezembro, retificada pela Declaração de Retificação nº 11/2014, publicada em 24/02, com alteração dada pela Lei nº 13/2014, de 14 de marçoOrçamento do Estado para 2014.

Despacho nº706-A/2014, de 15 de janeiro- Tabelas de retenção na fonte 2014.

Portaria n.º 8-A/2014, de 15 de janeiro - Regulamenta o programa de rescisões por mútuo acordo de técnicos superiores com contrato de traba-lho em funções públicas por tempo indeterminado a realizar no âmbito da administração direta e indireta do Estado.Despacho n.º 750-D/2014, de 16 de janeiro - Gabinete do Secretário de Estado da Administração Pública: aprova o modelo de requerimento do programa de rescisões por mútuo acordo, aprovado pela Portaria n.º 8-A/2014, de 15 de janeiro

Portaria n.º 48/2014, de 26 de fevereiro Regulamenta os termos e a tramitação do procedimen-to prévio de recrutamento de trabalhadores em situa-ção de requalificação.

Lei nº 11/2014, de 6 de março Estabelece mecanismos de convergência do regime de proteção social da função pública com o regime geral da segurança social, procedendo a alterações à Lei 60/2005, DL 503/99 e ao DL 498/72 (Estatuto da Aposentação).

Quanto à Lei do Orçamento de Estado para 2014 há alguns destaques a apontar:

A redução remuneratória passa a aplicar-se a partir dos 675 euros incidindo sobre todas as prestações pecuniárias que o trabalhador aufere (ficam apenas excluídos da redução o subsídio de refeição, as ajudas de custo, o subsídio de transporte ou reembolso de despesas, bem como montantes pecuniários com a natureza de prestação social – por exemplo, subsídios no âmbito da parentalidade ou doença);

O subsídio de natal é pago, em 2014, aos trabalhado-res com contrato de trabalho em funções públicas em duodécimos. Quanto ao subsídio de férias a Lei de Orçamento de Estado nada refere, pelo que, em princí-pio, será pago no mês de junho;

Em 2014 torna a ser possível pagar remuneração superior à categoria de origem nos casos de mobili-dade intercarreiras e (inter)categorias nos termos do artigo 62º da Lei 12-A/2008. Ou seja, enquanto nas LOE anteriores (2011 a 2013) a proibição incidia sobre a mobilidade “em qualquer das suas modalidades”, agora incide apenas sobre a mobilidade na categoria. O que equivalerá a dizer que é permitido o pagamen-to de remuneração superior nos casos de mobilidade interna em carreira superior (mobilidade intercarrei-ras); ou no caso de exercício de funções de coordena-dor técnico ou encarregado operacional (mobilidade intercategorias);

Está igualmente previsto que desde que não haja acréscimo global da despesa com pessoal será possível, ainda este ano, o pagamento de prémios de desempe-nho até ao limite de 2% dos trabalhadores do serviço;

Os trabalhadores que requererem, este ano, autoriza-ção para trabalhar a tempo parcial não lhes é aplicável a redução remuneratória, ainda que o vencimento com que ficam após a redução de tempo de trabalho seja superior aos 675 euros.

02 de abril de 2014Carla Margarida Costa/Jurista STFPSN

Page 13: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALOrganização13

ASSEMBLEIA-GERAL

DE ASSOCIADOS DO STFPSN

Porto, 24 de Abril de 2014

Auditório da Sede do STFPSN Rua Vasco de Lobeira, nº 47, Porto

ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

09:30 horas

Ao�abrigo�do�artigo�62º,�nºs�1�e�2,�convoco�a�AssembleiaͲGeral�Ordinária�do�STFPSN�para,�nos�termos�previstos�no�artigo�61º,�nº�1,�alínea�b)�e�56º,�alínea�c),�todos�dos�Estatutos�do�STFPSN,�reunir�no�próximo�dia�24�de�Abril�de�2014,�pelas�9H30�no�Auditório�da�Sede�do�STFPSN,�sito�à�Rua�Vasco�de�Lobeira,�nº�47,�no�Porto�com�a�seguinte�Ordem�de�Trabalhos:��Ordem�de�Trabalhos:��

Ponto�Único:�Discussão�e�aprovação�do�Relatório�de�Actividades�e�Contas�de�2013�

ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA:

14:00 horas

Considerando� a� decisão� da� AssembleiaͲGeral� de� Associados� de� 13� de�Dezembro� de� 2013�convoco,�ao�abrigo�do� artigo�62º,�nºs�1�e�2,�a�AssembleiaͲGeral�Extraordinária�do� STFPSN�para,�nos� termos�previstos�no� artigo� 61º,�nº� 2,� alínea� a),� todos�dos� Estatutos�do� STFPSN,�reunir�no�próximo�dia�24�de�Abril�de�2014,�pelas�14H00�no�Auditório�da�Sede�do�STFPSN,�sito�à�Rua�Vasco�de�Lobeira,�nº�47,�no�Porto�com�a�seguinte�Ordem�de�Trabalhos:��

Ordem�de�Trabalhos:��

Ponto�Único:�Discussão�e�aprovação�de�orçamento�rectificativo�ao�Orçamento�para�2014.�

Nos� termos� do� artigo� 63º,� nº� 1� dos� citados� Estatutos,� as� AssembleiasͲGerais� funcionarão� à� hora�marcada,�verificada�que�seja�a�existência�de�quórum,�ou�uma�hora�mais�tarde,�com�qualquer�número�de�associados�presentes.��

�Porto,�13�de�Março�de�2014�

O�Presidente�da�Mesa�da�AssembleiaͲGeral�

(Valdemar Madureira)

ASSEMBLEIA-GERAL

DE ASSOCIADOS DO STFPSN

Porto, 24 de Abril de 2014

Auditório da Sede do STFPSN Rua Vasco de Lobeira, nº 47, Porto

ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

09:30 horas

Ao�abrigo�do�artigo�62º,�nºs�1�e�2,�convoco�a�AssembleiaͲGeral�Ordinária�do�STFPSN�para,�nos�termos�previstos�no�artigo�61º,�nº�1,�alínea�b)�e�56º,�alínea�c),�todos�dos�Estatutos�do�STFPSN,�reunir�no�próximo�dia�24�de�Abril�de�2014,�pelas�9H30�no�Auditório�da�Sede�do�STFPSN,�sito�à�Rua�Vasco�de�Lobeira,�nº�47,�no�Porto�com�a�seguinte�Ordem�de�Trabalhos:��Ordem�de�Trabalhos:��

Ponto�Único:�Discussão�e�aprovação�do�Relatório�de�Actividades�e�Contas�de�2013�

ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA:

14:00 horas

Considerando� a� decisão� da� AssembleiaͲGeral� de� Associados� de� 13� de�Dezembro� de� 2013�convoco,�ao�abrigo�do� artigo�62º,�nºs�1�e�2,�a�AssembleiaͲGeral�Extraordinária�do� STFPSN�para,�nos� termos�previstos�no� artigo� 61º,�nº� 2,� alínea� a),� todos�dos� Estatutos�do� STFPSN,�reunir�no�próximo�dia�24�de�Abril�de�2014,�pelas�14H00�no�Auditório�da�Sede�do�STFPSN,�sito�à�Rua�Vasco�de�Lobeira,�nº�47,�no�Porto�com�a�seguinte�Ordem�de�Trabalhos:��

Ordem�de�Trabalhos:��

Ponto�Único:�Discussão�e�aprovação�de�orçamento�rectificativo�ao�Orçamento�para�2014.�

Nos� termos� do� artigo� 63º,� nº� 1� dos� citados� Estatutos,� as� AssembleiasͲGerais� funcionarão� à� hora�marcada,�verificada�que�seja�a�existência�de�quórum,�ou�uma�hora�mais�tarde,�com�qualquer�número�de�associados�presentes.��

�Porto,�13�de�Março�de�2014�

O�Presidente�da�Mesa�da�AssembleiaͲGeral�

(Valdemar Madureira)

ASSEMBLEIA-GERAL

DE ASSOCIADOS DO STFPSN

Porto, 24 de Abril de 2014

Auditório da Sede do STFPSN Rua Vasco de Lobeira, nº 47, Porto

ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

09:30 horas

Ao�abrigo�do�artigo�62º,�nºs�1�e�2,�convoco�a�AssembleiaͲGeral�Ordinária�do�STFPSN�para,�nos�termos�previstos�no�artigo�61º,�nº�1,�alínea�b)�e�56º,�alínea�c),�todos�dos�Estatutos�do�STFPSN,�reunir�no�próximo�dia�24�de�Abril�de�2014,�pelas�9H30�no�Auditório�da�Sede�do�STFPSN,�sito�à�Rua�Vasco�de�Lobeira,�nº�47,�no�Porto�com�a�seguinte�Ordem�de�Trabalhos:��Ordem�de�Trabalhos:��

Ponto�Único:�Discussão�e�aprovação�do�Relatório�de�Actividades�e�Contas�de�2013�

ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA:

14:00 horas

Considerando� a� decisão� da� AssembleiaͲGeral� de� Associados� de� 13� de�Dezembro� de� 2013�convoco,�ao�abrigo�do� artigo�62º,�nºs�1�e�2,�a�AssembleiaͲGeral�Extraordinária�do� STFPSN�para,�nos� termos�previstos�no� artigo� 61º,�nº� 2,� alínea� a),� todos�dos� Estatutos�do� STFPSN,�reunir�no�próximo�dia�24�de�Abril�de�2014,�pelas�14H00�no�Auditório�da�Sede�do�STFPSN,�sito�à�Rua�Vasco�de�Lobeira,�nº�47,�no�Porto�com�a�seguinte�Ordem�de�Trabalhos:��

Ordem�de�Trabalhos:��

Ponto�Único:�Discussão�e�aprovação�de�orçamento�rectificativo�ao�Orçamento�para�2014.�

Nos� termos� do� artigo� 63º,� nº� 1� dos� citados� Estatutos,� as� AssembleiasͲGerais� funcionarão� à� hora�marcada,�verificada�que�seja�a�existência�de�quórum,�ou�uma�hora�mais�tarde,�com�qualquer�número�de�associados�presentes.��

�Porto,�13�de�Março�de�2014�

O�Presidente�da�Mesa�da�AssembleiaͲGeral�

(Valdemar Madureira)

ASSEMBLEIA-GERAL

DE ASSOCIADOS DO STFPSN

Porto, 24 de Abril de 2014

Auditório da Sede do STFPSN Rua Vasco de Lobeira, nº 47, Porto

ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA

09:30 horas

Ao�abrigo�do�artigo�62º,�nºs�1�e�2,�convoco�a�AssembleiaͲGeral�Ordinária�do�STFPSN�para,�nos�termos�previstos�no�artigo�61º,�nº�1,�alínea�b)�e�56º,�alínea�c),�todos�dos�Estatutos�do�STFPSN,�reunir�no�próximo�dia�24�de�Abril�de�2014,�pelas�9H30�no�Auditório�da�Sede�do�STFPSN,�sito�à�Rua�Vasco�de�Lobeira,�nº�47,�no�Porto�com�a�seguinte�Ordem�de�Trabalhos:��Ordem�de�Trabalhos:��

Ponto�Único:�Discussão�e�aprovação�do�Relatório�de�Actividades�e�Contas�de�2013�

ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA:

14:00 horas

Considerando� a� decisão� da� AssembleiaͲGeral� de� Associados� de� 13� de�Dezembro� de� 2013�convoco,�ao�abrigo�do� artigo�62º,�nºs�1�e�2,�a�AssembleiaͲGeral�Extraordinária�do� STFPSN�para,�nos� termos�previstos�no� artigo� 61º,�nº� 2,� alínea� a),� todos�dos� Estatutos�do� STFPSN,�reunir�no�próximo�dia�24�de�Abril�de�2014,�pelas�14H00�no�Auditório�da�Sede�do�STFPSN,�sito�à�Rua�Vasco�de�Lobeira,�nº�47,�no�Porto�com�a�seguinte�Ordem�de�Trabalhos:��

Ordem�de�Trabalhos:��

Ponto�Único:�Discussão�e�aprovação�de�orçamento�rectificativo�ao�Orçamento�para�2014.�

Nos� termos� do� artigo� 63º,� nº� 1� dos� citados� Estatutos,� as� AssembleiasͲGerais� funcionarão� à� hora�marcada,�verificada�que�seja�a�existência�de�quórum,�ou�uma�hora�mais�tarde,�com�qualquer�número�de�associados�presentes.��

�Porto,�13�de�Março�de�2014�

O�Presidente�da�Mesa�da�AssembleiaͲGeral�

(Valdemar Madureira)

ASSEMBLEIAS-GERAIS

Page 14: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Organização 14 A cerca de dois meses do anunciado fim do programa de intervenção da troika, com ou sem saída limpa, a classe traba-lhadora sente a cada dia o peso das medidas desastrosas das políticas então seguidas desde que estamos sob a alçada do plano capitalista de uma Europa sem rumo e sem qualquer respeito pelos trabalhadores, orientada apenas para os gran-des interesses do capital e dos grandes grupos empresariais. O ano de 2013 não foi fácil, e presente não se adivinha melhor, e o futuro exige de todos nós uma atitude séria, de união nas lutas para evitar o descalabro total das já precárias condições de vida em que vivem milhões de portugueses. Jovens sem emprego; casais desempregados; cortes salariais constantes e que ameaçam ser permanentes; trabalho precá-rio; um acesso à saúde cada vez mais dificultado; uma justiça fraca e que deixou de ser “cega”; cortes de pensões; uma panóplia de ataques aos direitos mais básicos da população. Por tudo isto se exige de cada um de nós e de todos medidas de força para se evitar o colapso social. Estamos certos que da nossa parte como estrutura representativa dos trabalha-dores e num âmbito sindical unitário temos lutado contra todo este estado de coisas. Assim sendo e nessa perspectiva temos dado o nosso contributo. Participámos em dois grandes momentos de de-monstração social de descontentamento com as politicas se-guidas – uma greve geral de todos os Trabalhadores e uma greve geral da Administração Pública; dezasseis concentra-ções/manifestações; oitocentas e oitenta e duas reuniões/visi-tas a locais de trabalho; três mil e duzentas presenças em reu-niões/visitas e doze assembleias de delegados, tudo isto num esforço de intervenção sindical junto dos trabalhadores. Todas estas grandes acções tiveram que ser planeadas, programadas e desenvolvidas sem que o restante trabalho sindical fosse posto em causa, numa perspectiva continuada de luta pelos direitos dos trabalhadores. Convirá referir que a ofensiva do poder junto da classe trabalhadora, levou alguns dos nossos associados ao abando-no dos locais de trabalho, por aposentação ou desvinculação, facto que fez baixar as quotizações sindicais, ao que acresce a

perda de salário com reflexo na quotização e por conseguinte na receita de tesouraria do nosso sindicato. Contudo podemos afirmar que apesar de todos estes constrangimentos tudo temos feito para não abrandar a luta e a nossa acção no cam-po sindical, lutando pelos direitos dos nossos associados e dos trabalhadores em geral. Apesar de tudo conseguimos baixar o número de desvinculações e subir o número de novos sócios aderentes (929), num total de 14.289 sócios ativos. No que toca aos nossos serviços, registe-se a acção em termos de contencioso, com um total de 4201 atendimentos telefónicos; 649 atendimentos pré-contencioso; 2028 atendi-mentos por advogados e 511 processos abertos. Em relação a acções de informação/propaganda, no que toca ao sindicato/federação produzimos 128 comunicados num total de 211620 exemplares, no que concerne à CGTP-IN/USP produzimos 30 comunicados num total de 53600 exemplares. Estes números mostram bem todo o nosso empenho e dedicação numa luta constante contra as constantes ameaças aos direitos dos trabalhadores, numa perspectiva de manter os nossos associados e trabalhadores informados das nossas lutas. Continuámos com um amplo plano de formação profis-sional, abrangendo 248 formandos em diversas acções de formação às quais acresceram 4 Workshops para aposentados envolvendo 74 formandos, alargamos os nossos protocolos permitindo aos nossos associados um conjunto de regalias em bens e serviços de forma a minimizar os impactos sociais da perda de vencimentos. Assim estamos certos que apesar de tudo estamos no caminho certo e com o apoio de todos, congregados num único espirito, vamos conseguir. O nosso percurso está neste momento a meio de um mandato, embora com nova Comissão Executiva eleita em Novembro de 2013, estamos certos que iremos conseguir dar resposta à Resolução apresentada por esta nova Comissão Executiva aquando da sua tomada de posse e votada por una-nimidade: “TUDO FAZER EM PROL DO SINDICATO E DOS NOSSOS ASSOCIADOS E DOS TRABALHADORES EM GERAL”

PROPOSTA DE RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2013 INTRODUÇÃO

ORÇAMENTO MOVIMENTO MOVIMENTO V A R I A Ç Ã ORUBRICA ORÇAMENTAL ACUMULADO ACUMULADO do Orçamento 2013

Ano 2013 31-12-2013 31-12-12 €uro %

RENDIMENTOS

Quotizações (c/Suplementares e Reg.Benef) 850.000,00 942.409,39 971.612,14 92.409,39 10,87%Rendimentos Financeiros 30.000,00 22.611,70 57.356,02 -7.388,30Comparticipações - Formação 40.000,00 2.240,22 63.563,83 -37.759,78Comparticipação - Estágios 2.240,22 0,00Fundo para Financ. Gastos Contencioso 50.000,00 55.436,00 57.153,66 5.436,00Fundo de Campanha Sindical 100.000,00 110.872,00 114.307,31 10.872,00Outros Rendimentos 500,00 10.165,58 687,24 9.665,58

TOTAL DOS RENDIMENTOS 1.070.500,00 1.143.734,89 1.266.920,42 73.234,89 6,84%

GASTOS

QUOTIZAÇÕES e COMPARTICIPAÇÕES MSU 214.894,00 238.146,68 265.448,27 23.252,68 10,82%

Quotizações MSU 172.394,00 191.026,20 196.716,66 18.632,20Iniciativas Movimento Sindical 42.500,00 47.120,48 68.731,61 4.620,48

GASTOS COM PESSOAL 525.000,00 519.787,96 562.783,69 -5.212,04 -0,99%

FORNECIM.SERVIÇOS EXTERNOS 408.836,00 596.230,60 617.862,33 187.394,60 45,84%

Corpos Gerentes 20.120,00 53.644,66 44.882,77 33.524,66Delegados e Activistas Sindicais 5.000,00 9.075,11 9.830,33 4.075,11Informação, Propaganda e Iniciativas 95.070,00 146.903,50 171.392,30 51.833,50Administração e Gestão 79.336,00 165.920,87 134.592,68 86.584,87Contencioso 73.340,00 109.363,67 106.131,10 36.023,67Outros Serviços aos Sócios 135.970,00 111.322,79 151.033,15 -24.647,21

GASTOS DE NATUREZA DIVERSA 4.600,00 1.207.631,33 139.077,44 1.203.031,33

Gastos Financeiros 2.500,00 7.572,87 6.267,88 5.072,87Outros Gastos 100,00 258,91 1.286,21 158,91Outros Gastos Extraordinários 2.000,00 11.026,85 18.588,09 9.026,85Provisões do Período 0,00 56.600,97 0,00 56.600,97Gastos Depreciação e Amortização Exercício 0,00 71.430,07 112.935,26 71.430,07Imparidades ativos amortizáveis 0,00 1.060.741,66 0,00 1.060.741,66

TOTAL GASTOS POR NATUREZA 1.153.330,00 2.561.796,57 1.585.171,73 1.408.466,57 122,12%

RESULTADOS LÍQUIDOS DO EXERCÍCIO -82.830,00 -1.418.061,68 -318.251,31 -1.335.231,68

CONTROLO ORÇAMENTAL E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS ENTRE 31 DE DEZEMBRO 2012 E 31 DE DEZEMBRO 2013

Page 15: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALOrganização15

Unid monet: Euro

RUBRICAS Notas Ano 2013 Ano 2012

ATIVO NÃO CORRENTE LIQUIDOATIVOS FIXOS TANGÍVEISEdifícios e Outras Construções 812.196,66 1.532.304,27Equipamento Básico 0,00 3.455,94Equipamento de Transporte 20.330,23 39.675,00Equipamento Administrativo 0,00 1.015,51Outros 542,02Total Ativos Fixos Tangíveis 833.068,91 1.576.450,72

Investimentos em Curso 0,00 0,00

Total Activo Não Corrente 833.068,91 1.576.450,72

ACTIVO CORRENTEEstado e outros entes públicos 905,15 0,00Adiantamentos 12.512,27 4.933,26Outras Contas a Receber-Outros Devedores 102.265,27 104.678,72OCReceber (Deved por Acréscimo de Rendim) 4.219,05 60.737,76Diferimentos (Gastos a Reconhecer) 2.633,29 2.404,34Subtotal 122.535,03 172.754,08Caixa e Depósitos Bancários Depósitos a Prazo 685.000,00 1.200.000,00Depósitos à Ordem 37.676,60 66.986,53Caixa 11.104,63 9.246,66Subtotal Caixa e Depósitos Bancários 733.781,23 1.276.233,19

Total Activo Corrente 856.316,26 1.448.987,27

TOTAL DO ACTIVO 1.689.385,17 3.025.437,99

FUNDOS PATRIMONIAIS e PASSIVOFUNDOS PATRIMONIAIS

Fundos, Reservas e Resultados Fundo Reserva pª Financ.Serviço Contencioso 886.464,74 886.464,74Fundo Reserva Sindical 132.362,02 132.362,02Fundo Campanha Sindicalização 114.307,32 114.307,31Outras Reservas 2.065.499,76 2.065.499,76Subtotal 3.198.633,84 3.198.633,83Resultados Transitados -364.141,53 10.169,16Resultados Transitados (Ajustamento transição) -56.059,38RT-correção erros por efeitos retrospetivos -1.259,99Resultado Líquido -1.418.061,68 -318.251,31Total dos Fundos Patrimoniais 1.415.170,64 2.834.492,30

P A S S I V OPASSIVO CORRENTE

Fornecedores InvestimentoFornecedores-FormaçãoFornecedores C/C 38.314,15 39.675,42Estado e outros entes públicos-Formação 200,00Estado e outros entes públicos-Imp Dir 25.468,69 29.853,79Outras Contas a Pagar-Outros Credores 2.502,79 451,46OCP (Credores por Acréscimo de Gastos) 207.928,90 120.765,02Total Passivo Corrente 274.214,53 190.945,69TOTAL dos FUNDOS PATRIMONIAIS E do PASSIVO 1.689.385,17 3.025.437,99

BALANÇO em 31 de Dezembro de 2013 e 31 de Dezembro de 2012

Ba

lan

ço

Page 16: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Organização 16

Orçamento 2014 DR Previsional 2013 RetificativoPROVEITOSTotal Quotizações Estatutárias 1.100.000,00 1.099.964,00 1.100.000,00Qtz Estatutárias … 1.100.000,00 1.099.964,00 1.100.000,00Qtz Departamentos 1.008.580,00 1.008.580,00 1.008.580,00Qtz Individuais 8.590,00 8.590,00 8.590,00Qtz Transferências 82.730,00 82.730,00 82.730,00Qtz Aplicação Regulamento 100,00 64,00 100,00Comparticip F.Profissional 37.500,00 0,00 37.500,00Comparticip Estágios 7.000,00 2.688,00 7.873,80Rendimentos "Extraordinários" 0,00 6.350,00 0,00Restituição Impostos 0,00 2.329,00 0,00Correcções Exerc Anteriores 0,00 521,00 0,00Donativos 0,00 3.500,00 0,00Outros Rendimentos 0,00 4.232,00 0,00Outros Rendiment Operacionais 0,00 4.232,00 0,00Rendimentos Financeiros 10.000,00 12.000,00 13.000,00Juros Obtidos 10.000,00 12.000,00 13.000,00

Tot Proveitos 1.154.500,00 1.125.234,00 1.158.373,80

CUSTOSQtz e Iniciativas Mov Sindical 277.390,00 277.384,99 277.390,00Quotizações estatutárias 222.390,00 222.386,80 222.390,00Custos Operacionais-CGTP 110.000,00 109.996,40 110.000,00Custos Operacionais-FNSFP 110.000,00 109.996,40 110.000,00Confederação Quadros Técnicos 2.390,00 2.394,00 2.390,00Iniviativas Movimento Sindical 55.000,00 54.998,19 55.000,00Compç.pª União Sind Porto 34.100,00 34.098,88 34.100,00Compç.pª União Sind Braga 11.000,00 10.999,64 11.000,00Compç.pª União Sind Viana 3.850,00 3.849,87 3.850,00Compç.pª União Sind V.Real 3.300,00 3.299,89 3.300,00Compç.pª União Sind Bragança 2.750,00 2.749,91 2.750,00Gastos com o Pessoal 570.140,00 510.053,00 494.100,76Vencimentos e Subs Férias e Natal 393.000,00 392.454,00 380.472,70Subsídio alimentação 26.500,00 26.500,00 25.603,30Encargos s/ Remunerações 87.400,00 87.400,00 84.846,25Seguro Acidentes Trabalho 2.480,00 2.847,00 2.418,51Outr Gastos Pess-Medicina Trabalho 760,00 744,00 760,00Outros Gastos.Pessoal- Indemnizações 60.000,00 108,00 0,00Corpos Gerentes 45.000,00 50.000,00 48.000,00Rem Orgãos Sociais 5.000,00 5.000,00 8.000,00Deslocações dirigentes 40.000,00 45.000,00 40.000,00Delegados Sindicais 6.000,00 7.500,00 6.000,00Deslocações delegados 6.000,00 7.500,00 6.000,00Ação Sindical 107.280,00 121.912,00 95.135,00Serv-Trab.Especializados-Tipográf… 200,00 200,00 0,00Outros materiais 7.900,00 7.934,00 2.000,00Combustíveis 15.000,00 17.000,00 15.000,00Jornais, Revistas e Publicações 300,00 320,00 0,00Aparcamento e portagens Viaturas 4.000,00 6.000,00 4.000,00Aluguer viat ligeiras e autocarros 15.000,00 19.483,00 15.000,00Gastos postais 13.500,00 13.500,00 13.500,00Telefone e Internet 20.000,00 25.000,00 20.000,00Seguros viaturas 1.000,00 1.050,00 1.000,00Honorários Imprensa 22.980,00 22.980,00 17.235,00Conservação Viaturas 2.400,00 2.445,00 2.400,00Publicidade e Propaganda 5.000,00 6.000,00 5.000,00

SINDICATO TRABALHADORES EM FUNÇÕES PÚBLICAS E SOCIAIS DO NORTE

Orça

men

toR

ect

ifica

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o2

01

4

Page 17: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALOrganização17

Orçamento 2014 DR Previsional 2013 RetificativoAdministração 90.307,00 122.377,00 95.867,00Electricidade 13.000,00 13.000,00 15.000,00Água 1.800,00 1.800,00 1.800,00Ferramentas 900,00 981,00 900,00Materal Escritório 15.000,00 17.000,00 15.000,00Rendas Instalações 18.620,00 18.620,00 17.540,00Seguros Edifícios/Equipam/Viat 1.420,00 1.420,00 1.420,00Deslocações funcionários 1.000,00 1.300,00 1.000,00Honorários gestão financeira 6.247,00 6.247,00 6.247,00Honorários informática 8.000,00 8.000,00 8.000,00Honor Serviç Diversos-Fátima.. 15.270,00 15.276,00 15.270,00Conservação Imóveis 1.000,00 1.041,00 1.000,00Conservação Equip Administr 3.900,00 3.937,00 6.000,00Conservação O. Equip-Informáticos 760,00 769,00 0,00Limpeza-Materiais 1.490,00 1.490,00 1.490,00Vigilância e segurança 1.200,00 1.500,00 1.200,00Impostos Directos / Indirectos 700,00 29.996,00 4.000,00Contencioso e Notariado 105.930,00 105.943,00 90.687,00Livros e documentação técnica 550,00 552,00 550,00Honorários advogados 101.240,00 101.248,00 85.997,00Contencioso e Honor Notariado 4.140,00 4.143,00 4.140,00Outros Serviços aos Sócios 139.192,00 117.961,00 139.607,50Formação financiada 37.500,00 2.597,00 37.500,00Formação Interna Sindicato 2.500,00 0,00 2.500,00Unicepe e UPP... 7,00 8,00 307,50Revista 18.000,00 27.395,00 18.000,00Seguro Saúde 80.000,00 86.780,00 80.000,00Outros-Campismo, Benéfica 1.185,00 1.181,00 1.300,00Outros Gastos 3.990,00 7.100,00 3.390,00Artigos pª oferta 100,00 100,00 100,00Transportes mercadorias.. 90,00 100,00 90,00Conselho da Paz 1.800,00 1.800,00 1.200,00Outros serviços 2.000,00 5.100,00 2.000,00Gastos "Extraordinários" 2.020,00 2.203,00 2.600,00Multas,… 20,00 28,00 1.000,00Correções Períodos Anteriores 1.000,00 1.000,00 1.000,00Donativos 900,00 1.010,00 500,00Outr Gastos Extraordinários 100,00 165,00 100,00Gastos "Financeiros" 3.200,00 3.200,00 3.200,00Serviços bancários 3.200,00 3.200,00 3.200,00

C.Reembolsáveis (com Extr) 1.350.449,00 1.325.633,99 1.255.977,26Amortizações 56.590,00 65.878,00 56.590,00Total 1.407.039,00 1.391.511,99 1.312.567,26

Resultado Líquido Período -252.539,00 -266.277,99 154.193,46Autofinanciamento -195.949,00 -200.399,99 97.603,46

Page 18: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Formação 18

A forma como está a ser alterado o Regi-me Jurídico da Função Pública, tem exi-gido tempo de estudo de projectos, pare-ceres e diplomas que não se compadece com a intensa actividade que os constan-tes processos de luta têm exigido.Assim, com a finalidade de dotar dirigen-tes e delegados sindicais dos conheci-mentos e meios que lhes permitam me-lhorar a sua actividade, foi elaborado um Plano de Formação Sindical para 2014:

2014FORMAÇÃO

PROFISSIONAL

+ Formação> Qualificação

DESIGNAÇÃO DURAÇÃO DATA

Mudanças e alterações ao Código do Trabalho 6h a definir

Regime de Protecção Social na Administração Pública 6h a definir

O papel do Dirigente e do Delegado Sindical 12h a definir

Independentemente de não beneficiar de qualquer apoio financeiro por parte dos respetivos programas de financia-mento, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, com o objetivo de proporcionar aos seus associados ações de formação que visem a aquisição, o aper-feiçoamento, a atualização ou reciclagem de conhecimentos, apresenta o seu Plano Formativo para 2014.

*O STFPN reserva-se no direito de não realizar qualquer uma das ações, se o número de inscrições não for suficiente e viável à sua realização, bem como, em alterar as suas datas sem aviso prévio.

Formação Sindical: Dirigentes e Delegados

Período de inscrição Todos os interessados deverão candidatar-se, imprete-rivelmente, até ao dia 23 de Maio de 2014.

Modo de inscrição:Os associados poderão candidatar-se às acções de formação utilizando a ficha de inscrição em anexo. Esta deverá ser enviada para o STFPSN-CEFOMAP, na Rua Vasco Lobeira, 47, 4249-009 Porto.

Local da acção: O local de cada acção está condicionado ao número de inscrições. Assim, é obrigatório preencher, na ficha de inscrição, o campo correspondente ao distrito onde pretende frequentar o curso.

Nº de participantes:Todas as acções de formação têm um número limite de participantes, pelo que sugerimos o envio da candida-tura com a maior brevidade possível. Se o número de inscritos for superior ao previsto, a CEFOMAP utilizará os seguintes critérios:

1º Associados com as quotas em dia; 2º Associados que não tenham frequentado ac-ções de formação promovidas pelo STFPSN; 3º Associados cujas categoria profissional e habili-tações estejam adequadas ao curso a que se inscreve; 4ª Antiguidade como associado do Sindicato.

Montantes envolvidos: A participação nas acções de formação será gratuita, não havendo lugar a qualquer pagamento por parte dos associados.

No que concerne aos trabalhadores da Função Pública não sócios que pretendam frequentar as acções de formação, aplicam-se as seguintes condições:- Inscrição no Sindicato, ou;- Pagamento de uma taxa de inscrição, cujo valor de-pende da duração do respectivo curso.

Será sempre, previamente considerada a existência de vaga. Inscreva-se e Qualifique-se!

Designação Duração Destinatários Data

Lei 7/2009 - Código do Trabalho 30h Todos os trabalhadores de contrato individual de trabalho (IPSS, EPE, Misericórdias )

a)

Mobilidade e Requalificação 14h Trabalhadores em geral da AP a)

Direitos e Deveres (formação inicial) 18h Assistentes Operacionais a)

Procedimento Administrativo e Medidas de Modernização Administrativa

18h Assistentes Técnicos e Técnicos Superiores a)

Regime de Férias e Faltas 14h Trabalhadores em geral da AP a)

Regime de Protecção Social na Administração Pública

14h Assistentes Técnicos eTécnicos Superiores a)

Gestão de stress e emoções 24h Trabalhadores em geral da AP a)

Atitudes assertivas em contexto escolar

18h Trabalhadores que prestam auxílio, às crianças e jovens, nas escolas

a)

Crianças e jovens com necessidades educativas especiais: O papel do auxiliar de acção educativa

18h Trabalhadores que prestam auxílio, às crianças e jovens com deficiência

a)

Utilização Fundamental de Ferramentas do Office (Iniciação)

24h Trabalhadores em geral da AP a)

PowerPoint para apresentações (Iniciação/Intermédio) 18h Trabalhadores em geral da AP a)

Nota: A formação será realizada no local com maior número de interessados/inscritos.

a) As datas das acções de formação serão divulgadas pos-teriormente, assim que forem definidas as turmas, tendo por base as inscrições recepcionadas.

Page 19: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALProtocolos19

O Associado STFPSN tem ao seu dispor um con-junto de bens e serviços com condições muito vantajosas, em diferentes áreas e atividades, que vão desde, os cuidados de saúde, educação, cultu-ra, ginásios, restauração, ramo automóvel, infor-mática, entre outras. Salientamos os acordos ce-lebrados recentemente, podendo ser consultados no nosso site, em www.stfpn.pt (serviços), à se-melhança dos restantes:

PROTOCOLOS RECENTES 2014SAÚDE

Clinicabiológica.com

Encomendas: 229423397 e [email protected]

Conceito inovador, de venda exclusivamente on-line de:- Suplementos Alimentares- Produtos Naturais- Fitoterapêuticos

Redução de 10% em todos os suplementos alimentares dispostos no catálogo de venda, excepto produtos que já se encontrem em promoção ocasional.Oferta de portes de envio em encomendas inferiores a 1kg. Para usufruir destas condições, contacte o Sindica-to que disponibilizará os códigos “de desconto”. Estes têm que ser colocados na secção "vouchers" do seu carrinho de compras.

Activ Medical Clinic

Rua Vitorino Leão Ramos, nº 704580-219 ParedesRedução de 50% na primeira consulta de Medicina DentáriaRedução de 10% em todas as consultas de Medicina Dentária à excepção de Prostodontia, Ortodontia e Implantologia

Rua da Alegria, 136, Vila do Conde Telef.: 252 115 281 URL: http://www.facebook.com/fisio.renovar

- Sessões de fisioterapia - 10€-20%= 8€- Mesoterapia - 10€-10%= 9€- Massagem de Relaxamento - 15€-10%= 13,50€- Consulta de Fisiatria - 30€-5%= 28,50€- Consulta de Nutrição - 30€-5%= 28,50€

Avenida Fernando Pessoa, Nº 1504420-096 Gondomar Telefone: 222 455 455 | Fax:  222 455 499 e-mail: [email protected]

a) Consultas médicas, de enfermagem, de psicologia, de nutrição, de psicomotricidade e de clínica ortomole-cular e integrativa;b) Tratamentos de medicina dentária (excluindo cirur-gias, próteses, implantes dentários e aparelhos orto-dônticos);c) Meios complementares de diagnóstico e terapêutica (imagiologia, patologia clínica e anatomia patológica);d) Fisioterapia;e)Terapêutica da Fala;f) Podologia;g) Internamento;h) Intervenções cirúrgicas;i) Cuidados domiciliários.

Designação

% desconto relati-

vamente ao preço

de tabela do HE-

UFP em vigor

CONSULTASCONSULTAS

Consultas de Especialidade 30%

Episódio Urgência - dia 30%

Episódio Urgência - noite e fim-de-se-

mana30%

Medicina DentáriaMedicina Dentária

Consultas e tratamentos 20%

Meios complementares de diagnóstico e terapêuticaMeios complementares de diagnóstico e terapêutica

Imagiologia, Patologia Clínica (Análises

Clínicas) e Anatomia Patológica20%

Ressonância Magnética 5%

Fisioterapia, Terapêutica da Fala e

Podologia20%

InternamentoInternamento

Quarto Individual 20%

Quarto Duplo 20%

Acompanhante 20%

Intervenções cirúrgicasIntervenções cirúrgicas

Em todos os serviços prestados 20%

Cuidados domiciliáriosCuidados domiciliários

Em todos os serviços prestados 30%

Nota: Os descontos associados ao Cartão Saúde D´Ou-ro do HE-UFP, não são acumuláveis com outros planos de saúde, incluindo a ADSE.

Page 20: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

Protocolos 20

EDUCAÇÃO

Ginásios da Educação Da Vinci – Unidade de Porto-BoavistaCentros de Apoio Escolar - centros de estudos e explicações

Av. da Boavista, nº683, r/c esq., Porto Boavista 4100-127Telef.: 224 950 [email protected]

Redução de 25€ (taxa de inscrição) e de 5% na mensa-

lidade nos serviços de Apoio Escolar / Explicações sobre a Tabela de Preços Base.

TEMPOS LIVRES

Rua S. Sebastião, 1954435-442 Rio [email protected].: 224 853 140Fax.: 224 853 149Telem.: 939 526 848http://www.gvnova.net/

CARTÃO EMPRESA:A mensalidade implica a utilização das instalações do GVN apenas nas salas de cardio, musculação e piscina.

Esta modalidade implica o pagamento por débito di-recto de:

- 26,80€- este valor corresponde a nutrição e ao giná-

sio no regime Free pass. Neste cartão os funcionários ou associados terão direito a frequentar a sala de car-dio, musculação e piscina. Nesta modalidade a jóia de inscrição é gratuita tendo apenas que pagar o seguro pessoal na recepção com o

custo de € 10.

MODALIDADE FREE PASS:Implica igualmente o sistema de débitos directos, no entanto, o funcionário ou associado terá direito a 10% de desconto sobre o preço praticado a público, ou seja

Free Pass a 36€, bem como oferta da inscrição.

Nesta modalidade o funcionário ou associado terá di-reito a todos os testes de avaliação física bem como os seus planos de treino e a todas as aulas de grupo. O pagamento do seguro é feito na recepção com o custo

de € 10.

OUTROS

Nº Azul: 808 24 22 12 E-mail: vendas @matrizauto.ptSite: www.matrizauto.pt

Page 21: Revista do STFPSN  - Abril de 2014

EDITORIALPaz21

Em 2014 assinalam-se 65 anos da criação da NATO, o maior bloco político-militar do Mundo e um meio belicista fundamen-tal através do qual os Es-tados Unidos da América e seus aliados procuram as-segurar o domínio global.

A NATO, instrumento pelo qual foram protagonizadas várias agressões a povos e a Estados soberanos, que deixaram duradouros rastos de morte e destruição, de que são exemplo a Jugoslávia, o Afeganistão, o Iraque e a Líbia, é também responsável pela chocante corrida aos armamentos que prossegue na actualidade. Os países membros deste bloco são responsáveis por cerca de 75% das despesas militares mundiais. No con-ceito estratégico desta aliança agressiva, permanece a possibilidade da utilização de armas nucleares num primeiro ataque e esta arroga-se o direito de actuar em qualquer parte do globo, sob qualquer pretexto.As organizações portuguesas, abaixo assinadas, recor-dam que, aquando da realização da cimeira da NATO em Portugal, em 2010, um grande movimento pela paz, demonstrou a sua firme oposição à realização da Ci-meira e aos seus objectivos, organizando, ao longo do ano, dezenas de iniciativas por todo o país, culminando com a grande manifestação convocada pela «Campa-nha em Defesa da Paz e contra a cimeira da NATO em Portugal - Campanha “Paz Sim! NATO Não!”», onde participaram mais de cem organizações e dezenas de milhares de pessoas que encheram a Avenida da Li-berdade, em Lisboa, denunciando os objectivos milita-ristas da NATO e afirmando a necessidade da constru-ção de um Mundo de paz, solidariedade e cooperação.

Em 2014, ano em que também se comemoram os 40 anos da Revolução de Abril, que pôs fim à guerra colonial e reconheceu a independência dos povos irmãos africanos, as organizações subscritoras rea-firmam as justas e legítimas reivindicações e aspira-ções em prol da paz, designadamente:

- Oposição à NATO e a todos os blocos militaristas e seus objectivos belicistas;- Retirada das forças portuguesas envolvidas em mis-sões militares da NATO;- Encerramento das bases militares estrangeiras, no-meadamente em território nacional;- Dissolução da NATO;- Desarmamento e fim das armas nucleares e de des-truição massiva;- Exigência do respeito e cumprimento da Constitui-ção da República Portuguesa e das determinações da Carta das Nações Unidas, em defesa do direito inter-nacional e pela soberania e igualdade dos povos. 

Organizações que subscreveram, até o momento:

Associação Conquistas da RevoluçãoAssociação de Amizade Portugal Sahara Ocidental

Associação Intervenção Democrática - IDComité de Solidariedade com a Palestina

Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical NacionalConfederação Nacional da Agricultura

Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e CientíficosConselho Português para a Paz e CooperaçãoCooperativa Mó de Vida

Ecolojovem - «Os Verdes»Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal

Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas

Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e SociaisJuventude Comunista Portuguesa

Movimento dos Utentes dos Serviços PúblicosMovimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente

Projecto RuídoSindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços de Portugal

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do SulSindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins

União dos Sindicatos de LisboaUnião dos Sindicatos do Porto

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ace às críticas generalizadas que a política de austeridade imposta a Portugal estava a agravar as desigualdades, em Janeiro de 2014, o FMI produziu um estudo - “FISCAL POLICY AND INCOME INEQUALITY”- muito divulgado nos

media portugueses (o que não aconteceu com o que se apresenta mais à frente) onde procura provar o contrário. Segundo o FMI, as “medidas de consolidação fis-cal”, ou seja, a política de austeridade, determinaram, em Portugal, no período 2008-2012, uma redução de 5,5% no rendimento disponível das classes “inferiores” (bot-tom), ou seja, de baixos rendimentos, e uma diminuição de 10% no rendimento disponível das classes ”superio-res” (Top), ou seja, dos ricos. No entanto, as conclusões do estudo do FMI são desmentidas por um outro estudo realizado por uma en-tidade europeia independente (o FMI é parte interessada nesta política) - o Institute for Social and Economic Re-search da University of Essex da Inglaterra - com o título “The distributional effects of austerity mesures: a compa-rison of six EU countries” divulgado em Dezembro de 2011, sobre os efeitos da política de austeridade em seis países europeus – Estónia, Irlanda, Grécia, Espanha, Por-tugal e Inglaterra – que conclui que em Portugal a política de austeridade tem atingindo mais as classes de baixos rendimentos, e muito menos os ricos. Desse estudo (pág. 25) retiramos o gráfico 2 que é bastante esclarecedor.

Segundo este estudo (no gráfico 2, a linha a roxo corresponde a Portugal), no nosso país, a política de austeridade determinou uma redução de 6% no rendi-mento disponível dos mais pobres e apenas uma diminu-ição de 3% no rendimento dos mais ricos. E isto foi até 2011, e as políticas mais violentas e injustas de austeri-dade tiveram lugar a partir daquele ano. Mas uma análise concreta da natureza das princi-pais medidas impostas ao país pela “troika” e pelo go-verno PSD/CDS mostra também a falta de credibilidade das conclusões do estudo do FMI que visa no fundo ma-nipular a opinião pública para tornar esta politica mais aceitável por ela. É o que se vai procurar fazer utilizan-do, para isso, a linguagem fria dos números oficiais.

O CORTE IMPORTANTE NA DESPESA PÚBLICA E O AUMENTO BRUTAL DOS IMPOSTOS ATINGEM FUNDAMENTALMENTE TRABALHADORES E PENSIONISTAS

O quadro 1, construído com os dados constantes dos relatórios que acompanham os Orçamentos de Es-tado de 2011, 2012, 2013 e 2014, mostra os cortes signifi-cativos feitos na despesa pública assim como o aumento brutal dos impostos no periodo da “troika”, ficando também claro que classes de população foram mais atingidas por essas medidas.

Como revela o quadro 1 (os valores de cada ano são cortes de despesa ou aumento de impostos que acrescem aos dos anos anteriores), dos 15.434 milhões

Estudo 22

F

Eugénio RosaEconomista

Estudo do FMI afirma que a

política de austeridade contra

trabalhadores e pensionistas afinal

tem prejudicado mais os ricos

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EDITORIALEstudo23

de euros de cortes feitos na despesa pública no período 2011-2014, 71,2% dizem respeito a cortes feitos em des-pesas com prestações sociais (nomeadamente pensões), nas remunerações, e em despesas com a educação e saúde, portanto que afectam fundamentalmente classes de médio e baixo rendimento. Por outro lado, do aumen-to de impostos no montante de 9.920 milhões de euros verificado também neste período, 75,4% resultaram de subidas feitas no IVA, no IRS e nos descontos para a ADSE, SAD e ADM, portanto impostos que afectam principalmente as mesmas classes sociais. É evidente que quem está a suportar a maior parte do fardo da austeridade são as classes média e de baixos rendimen-tos, e não os ricos como afirma o FMI no seu estudo. Interessa ainda referir que os cortes na despesa pública e o aumento de impostos já somam 25.354 milhões de euro (15,1% do PIB) e a redução do défice foi apenas de 9.740 milhões de euro (5,8% do PIB), ou seja, 2,6 vezes menos. É um preço demasiadamente elevado que o país e os portugueses estão a pagar.

TAXA DE IRS AUMENTA 100% NOS RENDIMENTOS MAIS BAIXOS E 27% NOS MAIS ELEVADOS

Um exemplo paradigmático desta política de aus-teridade foi o aumento brutal do IRS. E isso foi feito de duas maneiras. Em primeiro lugar através da redução significativa dos benefícios fiscais a nível de IRS em que se tratou da mesma maneira quem tinha baixos rendi-mentos e rendimentos elevados. São exemplos de tal política a redução de 30% para apenas 10% das despe-sas de saúde que podem ser deduzidas no IRS igual para todos o que determinou que, só por esta razão, o IRS pago tenha aumentado em 327 milhões de euro; uma outra medida com efeitos semelhantes foi a redução para metade da despesa com o crédito para habitação que poderá ser deduzida no IRS o que provocou um aumento de IRS estimado em 412 milhões de euro por ano; situação também semelhante se verificou em re-lação às despesas com a educação dos filhos o que determinou também uma subida do IRS pago pelas famílias (mais 154 milhões de euro). Mas é a nível de tabelas de retenção de IRS que fica claro para toda a gente a natureza e objectivos de classe desta política de austeridade, que atinge fun-damentalmente as classes de rendimen-tos mais baixos, poupando descarada-mente os mais ricos. As tabelas de reten-ção do IRS, porque são instrumentos quantificados e oficiais (foram elabora-das pelo próprio governo), desmentem de uma forma demolidora as conclusões do estudo do FMI, o qual visa manipular e enganar a opinião, com o objectivo de tornar esta política de austeridade, re-cessiva e geradora de graves desigual-dades, mais aceitável aos olhos da opini-ão pública.

Como mostra a simples comparação da tabela de retenção de IRS de 2010 (ano anterior à entrada da “troika” e do governo PSD/CDS) e da tabela de 2014, as taxas de IRS aumentaram, entre 2010 e 2014, 100% para os rendimentos colectáveis mais baixos (entre os 595 euro e 633 euro), enquanto para os rendimentos mais elevados (superior a 25.000 euro) a subida foi apenas de 27,5%, ou seja, 3,6 vezes menos que o aumento da taxa verificado no escalão mais baixo. E analisando-se as tabelas globalmente conclui-se que os aumentos das taxas de IRS entre 2010 e 2014, ou seja com a “troika” e com o governo PSD/CDS, foram fortemente regressivos: os aumentos são tanto menores quanto mais elevado é o rendimento colectável. Afirmar, como faz o FMI no seu estudo, que a polí-tica de austeridade em Portugal atingiu mais os ricos, e menos os pobres, é mentir descaradamente com o intui-to de manipular e enganar a opinião pública. E tudo isto ainda se torna mais claro se tivermos presente que, para além da tabela de IRS, ainda se aplica de uma forma igual a todos os rendimentos, mesmos os mais baixos, a sobretaxa de IRS de 3,5%, a que se tem de acrescentar, em relação aos pensionistas, a chamada Contribuição Extraordinária de Solidariedade que, em 2013, foi aplica-da às pensões superiores a 1.350 euro mas, em 2014, já se aplica às pensões superiores a 1000 euro. Enquanto faz isto, o mesmo governo e a mesma “troika” reduzem a taxa de IRC de 25% para 23%, e concedem um conjun-to enorme de benefícios e isenções fiscais aos grupos económicos e financeiros com a alteração do CIRC, re-duzindo desta forma a receita do Estado que, depois, terá de ser compensada com mais impostos sobre os trabalhadores e pensionistas e com mais cortes na des-pesa pública essencial para os portugueses.

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1200 euros ao seu dispor para hospitalização e 150 euros para estomatologia!