100
AGENTES DO SETOR DISCUTEM A TENDÊNCIA DA DESCENTRALIZAÇÃO HOSPITALAR E A SAÚDE EM REDE FOTO: GERCIONE CARDOSO O ECONOMISTA E SOCIÓLOGO EDUARDO GIANNETTI DA FONSECA PROPÕE O REDESENHO DO SISTEMA DE SAÚDE ENTREVISTA FORA DO CENTRO PAULO BASTIAN HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ ISIDE FALZETA L+M GETS PAULO MAGNO DO BEM UNIMED VITÓRIA NEWTON QUADROS HOSPITAL BAÍA SUL CAROLINA BOTELHO KAHN DO BRASIL

Revista FH - Ed. 214

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A REVISTA DE GESTÃO, SERVIÇOS E TECNOLOGIAS PARA O SETOR HOSPITALAR - Ano 20 • Edição • 214 • Agosto de 2013

Citation preview

  • AGENTES DO SETOR DISCUTEM A TENDNCIA DA DESCENTRALIZAO

    HOSPITALAR E A SADE EM REDE

    FOTO: GERCIONE CARDOSO

    O ECONOMISTA E SOCILOGO EDUARDO GIANNETTI DA FONSECAPROPE O REDESENHO DO SISTEMA DE SADE

    ENTREVISTA

    FORA DOCENTRO

    PAULO BASTIANHOSPITAL ALEMO OSWALDO CRUZ

    ISIDE FALZETAL+M GETS

    PAULO MAGNO DO BEMUNIMED VITRIA

    NEWTON QUADROSHOSPITAL BAA SUL

    CAROLINA BOTELHOKAHN DO BRASIL

    lay_capa.indd 1 16/08/13 16:41

  • Acesse o site e conhea os outros produtos da famlia de Estufas.

    Estufas Fanem. Controle absoluto de temperatura.As estufas Fanem so construdas internamente com inox ou ao e, externamente possuem tratamento qumico com pintura eletrosttica para maior durabilidade e segurana.

    Disponveis em diversos modelos e com variadas funes, possuem tambm opo com controle microprocessado ou termostato hidrulico.

    Principais Caractersticas:

    Porta de vidro temperado com guarnio de vedao.

    Circulao do ar interno no sentido vertical ascendente para melhoria da homogeneidade.

    Termostato de segurana ajustado pelo usurio com indicao luminosa.

    Controle de temperatura microprocessado com sistema tipo PID, sensor PT 100 e teclado tipo membrana.

    www.fanem.com.br

    Estufas Fanem. A melhor tecnologia ao seu alcance.

    Estufa 320Secagem

    Estufa 320ESecagem

    Estufa 502Bacteriolgica

    Estufa 520Secagem com circulao de Ar

    Estufa 515Secagem e Esterilizao

    Labincubator 2503-2

    Labincubator 2503-1

    Untitled-7 1 15/08/13 08:32

  • 3040622

    24

    28

    34

    36

    40

    47

    61

    62

    66

    70

    74

    828486

    98

    20

    14

    40

    agosto de 2013 FH 214

    editorial

    CoNeXo Sade WeB PoNto de viSta a FH quis saber o que pensam os gestores hospitalares sobre a lei do ato Mdico, que est sendo analisada por uma comisso de senadores e deputados

    regulaMeNtao veja os principais aspectos do programa Mais Mdicos, seus antecedentes e poss-veis repercusses

    oPeradora diante dos elevados reajustes de planos de sade, os departamentos de rH apos-tam em consultorias, enquanto seguradoras como a Bradesco Sade primam pela transparncia de informaes

    eNtre eloS Prime interway e disclinc unem soluo para melhorar processos de logstica do Hospital estadual vila alpina (Heva)

    especial edifcio sade

    HoSPital ambientes hospitalares voltados para a oncologia auxiliam na reduo do sofri-mento dos pacientes

    it Mdia deBate Hora de descentralizar? it Mdia rene representantes do setor para discutir o modelo hospitalocntrico

    Sade BuSiNeSS SCHoola gesto de operaes com foco na inovao de processos e servios

    Na BagageM No texas (eua), com Mnica Freire, diretora mdica da dasa

    HoSPital Projeto da Planisa com nove Santas Casas de So Paulo aperfeioa gesto e atesta defasagem entre o que pago pelo SuS e o que gasto

    MediCiNa diagNStiCa laboratrios investem em ti para melhorar processos e qualidade. entenda por onde comear

    iNdStria Como a Beneficncia Portuguesa lida com seus fornecedores terceirizados para uma eficiente gesto de segurana e risco

    empresas apostam cada vez mais em parcerias para o desenvolvimento de servi-os e produtos especficos

    livroS

    SHoWrooM

    teCNologia lake Nona, na Flrida (eua), revela uma cidade mdica, construda sob o conceito de conectividade e internet das coisas

    eM CeNa Protesto de mdicos e residentes contra programa Mais Mdicos

    PeNSadoreSPara o economista e socilogo eduardo giannetti da Fonseca preciso redesenhar o sistema

    de sade brasileiro

    PerSoNalidadeSPresidente

    do Mater dei, Henrique Salvador,

    e a inspirao do futebol como

    exemplo de gesto

    lay_indice.indd 3 19/08/13 11:03

  • 4 AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    Maria Carolina BuritiEditora de Sade

    TEMPO DEMUDANAS

    Na revista anterior escrevi sobre como as manifestaes ocorridas nos ltimos meses gerariam grandes transformaes e como seria difcil prever o que estava por vir. Logicamente no sabemos a resposta sobre este futuro, mas j podemos sentir essas consequncias no setor. E elas fazem jus importncia que o tema da sade tem para o debate eleitoral, que daqui a um ano estar em momento decisivo. Afinal de contas, Sade sempre foi uma grande vitrine para a poltica brasileira indepen-dentemente de partido. No que as reclamaes das ruas fossem desconhecidas ainda mais por voc, caro leitor, que acompanha o setor da Sade dia-riamente e sabe das dificuldades de se atuar em um segmento to politizado e com difi-culdades de financiamento. Mas agora tais problemas ganharam fora com promessas de investimentos, passeatas, e talvez, at uma espcie de revoluo na carreira do mdico que atua no Brasil. Sobre essas consequncias e mudanas em voga no setor, nada melhor do que uma reflexo com o economista e filsofo Edu-

    ardo Giannetti da Fonseca. Em entrevista a Verena Souza, ele aborda o descompasso entre o aumento de renda da populao e a falta de investimentos em servios, e prope um redesenho do sistema. Tambm nesta edio, uma linha do tempo detalha o Programa Mais Mdicos e seus possveis desdobramentos. As manifestaes tambm refrescam um tema h muito discutido pela revista FH: o Edifcio Sade. Na reportagem sobre o IT Mdia Debate voc ver como o gestor se encontra entre o mundo ideal de des-centralizar o modelo hospitalar para aten-der um novo perfil de paciente e o mundo real, onde preciso suprir rapidamente a demanda de novos entrantes da sade suplementar e da falta de leitos hospita-lares. Esses so apenas alguns dos desa-fios colocados por nossos debatedores e tais dificuldades sempre geraram outros questionamentos de ordem cultural ou estratgica, afinal, vivemos tempos de grandes transformaes.

    Boa leitura!

    Foto: Bruno Cavini

    EDITORIAL

    lay_editorial.indd 4 16/08/13 18:33

  • /comunidademv

    O Hospital Unimed Sorocaba utiliza as solues MV para integrar os processos clnicos, assistenciais, administrativos e financeiros, garantindo mais segurana com a padronizao de procedimentos e evitando falhas e retrabalhos. Para o Dr. Jos Francisco Moron, contar com as solues MV desde 2009 tm proporcionado informaes confiveis para tomadas de deciso, sendo fundamental para a gesto operacional e estratgica.

    Indispensvel ter mais eficincia na gesto de sade.

    PARA O DR. MORON,INDISPENSVEL TER PROCESSOSINTEGRADOS.

    Dr. Jos Francisco Moron MoradDiretor PresidenteUnimed Sorocaba

    C

    M

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

    AF_anuncio_FH_Agosto_266x310mm.pdf 1 8/13/13 9:41 AM

    Untitled-6 1 14/08/13 08:44

  • 6FH | CONEXO SADE WEB

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    Maior concorrente da multinacional americana,

    a Philips anunciou que sua diviso de sade lucrou 7% mais

    no segundo trimestre de 2013 e agora responde por 40% das vendas globais da companhia

    holandesa. Mercado chins aquecido explica parte do

    bom desempenho.

    VAIE

    VEM

    CURTAS

    Voc sabia? Toda vez que voc ver estes conespode acessar nosso portal e consultar fotos e vdeos

    www.saudeweb.com.br

    Conselho da Abimed ganha novos diretores e vice-presidente O CEO da Agfa Healthcare, Jos Laska (foto), e Kurt Kaninski (da St. Jude) foram eleitos ao cargo de diretores do Conselho de Adminis-trao da Abimed (Associao Bra-sileira da Indstria de Alta Tecno-logia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Mdico-Hospitalares). Pedro Stern, da Phonak, assumir a vice-presidncia da entidade.

    Foto

    : Div

    ulg

    ao

    Foto

    : Div

    ulg

    ao

    Foto

    : Div

    ulg

    ao

    Mercado

    Outro movimento da GE Healthcare no Brasil uma parceria com o Senai-SP em uma escola especializada na indstria da sade, a ser inau-gurada em 2015. Os investimentos dos parceiros em estrutura e equipa-mentos somam R$ 44 milhes para atender 3,6 mil alunos por ano.

    O Hermes Pardini, grupo de laboratrios de Belo Horizonte lide-rado pelo presidente Roberto Santoro, anunciou a aquisio de 70% do Diagnstika, de So Paulo. Plano de expanso da marca e do portflio inclui arremates do goiano Laboratrio Padro e o paulistano Digimagem, entre outros.

    A Omnimed, fabricante mi-neira de equipamentos para CTIs, foi comprada pela GE Healthcare. A aquisio, que no teve os valores revelados, deve aumentar em 50% o fatu-ramento da diviso no Brasil.

    Daniel Coudry assume direo geral daUniversal SadeA Universal Sade Assis-tncia Mdica, operadora com sede em So Paulo, tem um novo diretor geral: Daniel Coudry, que ocupou at julho a posio de dire-tor executivo da Associa-o Nacional de Hospitais Privados (ANAHP).

    lay_online.indd 6 15/08/13 16:12

  • Maior evento de Gesto de Sade do Brasil, o MV Experience Frum rene os principais gestores e profissionais da Comunidade MV.

    Uma oportunidade nica para trocar experincias sobre gerenciamento de resultados, novidades tecnolgicas e as melhores prticas de gesto, alm de debater tendncias e perspectivas sobre tudo o que envolve a rea de sade.

    Esse ano, o expedicionrio e escritor Amyr Klink, um dos mais importantes palestrantes do Pas, comandar o incio dessa experincia.

    Acesse www.mvexperienceforum.com.br e inscreva-se.

    MV Experience Frum 201324 e 25 de outubro | Recife-PECentro de Eventos MV

    .

    EXPERINCIA

    UMA IDEIA COMEA COM

    TODA GRANDE

    A Comunidade MV tem as melhores.

    MV_07_01_13_job705_FH Julho MEF2013_5.indd 1 10/07/13 20:49

    Untitled-6 1 14/08/13 08:45

  • 8FH | CONEXO SADE WEB

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    CURTAS www.saudeweb.com.br

    Tecnolgia

    Totvs lana soluo de mobilidade para clnicas e consultrios de mi-cro e pequeno porte. Software desenvolvido sob plataforma da startup uMov.me permite aos mdicos acessarem pronturios dos pacientes em smartphones ou tablets.

    Anvisa publica resoluo que obriga

    servios de sade no Pas a possurem um Ncleo de

    Segurana do Paciente (NSP), departamentos responsveis por elaborar, implantar, divul-gar e manter planos de segu-

    rana do paciente. Prazo para estruturao ser

    de 120 dias.

    VAIE

    VEM

    Prime Interway tem novo gerente comercialSandro Farah Manzano(foto) assume o cargo de gerente Comercial da Prime In-terway, fornecedora de produtos de automao comercial, no lugar de Justino S. de Moura, que foi para a Disclinc como diretor Comercial.

    Adelson Chagas assume administra-o e finanas da Unimed SegurosA Seguros Unimed anunciou em julho que Adelson Severino Chagas, presidente da Federao Inter-federativa das Sociedades das Cooperativas de Trabalho Mdico da Regio Equatorial, o novo diretor de finanas e administrao da seguradora. Ele estar frente dos ncleos de administrao, finanas e assessoria jurdica. Fo

    to: D

    ivu

    lga

    o

    Regulao

    Projeto de lei (5542/13) em discusso no Con-gresso quer obrigar turistas estrangeiros no Brasil a contratarem um seguro-sade privado. A exemplo dos Estados Unidos e de alguns pa-ses da Europa, objetivo evitar que o SUS arque com as despesas caso visitantes adoeam.

    Mdico americano Rafael Grossmann trans-mite cirurgia pela internet usando o Google Glass, culos inteligentes da gigante america-na de tecnologia. Videoconferncia foi auto-rizada pelo paciente e busca chamar ateno para o potencial educacional do dispositivo.

    Desempenho de genricos derru-ba comando da Sanofi no Brasil Heraldo Marchezini j no mais presidente da Sanofi para o Brasil e a Amrica Latina. Patricie Zagame, oriundo da sua Novartis, assumir o cargo de diretor-geral para o Brasil em outubro. Stephen Cobhan, vice-presidente do grupo na Turquia e Oriente Mdio, ficar com o cargo de vice-presidente para Amrica Latina.

    Mdico americano Rafael Grossmann trans-mite cirurgia pela internet usando o

    lay_online.indd 8 15/08/13 16:12

  • BIOCOR INSTITUTOPESSOAS CUIDANDO DE PESSOAS

    Referencia nacional e internacional na alta complexidade, O BIOCOR INSTITUTO acreditado pelas normas ISOs 9001, 14001 e 27001; OHSAS 18001; ONA Nvel III; QSP 31000; NIAHO e FNQ , certificao de conformidade a 100% dos requisitos legais, alm de diversos prmios pela excelncia, tecnologia e dedicao a servio da Sade, mas sobretudo, reconhecido pelo calor humano com os pacientes.

    ALAMEDA DA SERRA, 217 - VILA DA SERRA - NOVA LIMA - MG

    FONE: (31) 3289 5000 - WWW.BIOCOR.COM.BR

    A VIDA COMO VALOR MAIOR

    Untitled-6 1 14/08/13 08:37

  • 10

    FH | CONEXO SADE WEB

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    NMEROS

    ser o valor alcanado pelo mercado de aplicativos mveis e dispositivos para o setor de sade at 2017, segundo a consul-toria americana Research and Markets. Relatrio estima que 50% de usurios de tablets e smartphones iro baixar aplicati-vos de mHealth nos prximos cinco anos.

    querem ter planos de sade, prioridade s superada pela casa prpria e pelo desejo de uma escola de qualidade para os filhos. Segundo Datafolha, baixa qualidade de atendimento do SUS o maior motivo.

    o montante anunciado pelo Minist-rio da Sade para estados e municpios aplicarem em cirurgias eletivas pelo SUS. Recurso ser liberado em duas parcelas. Operaes de maior demanda - catarata e ortopdicas - tero prioridade.

    so perdidos mensalmente no Hospital do Servidor Pblico Estadual (HSPE), em So Paulo. Razo: pacientes no avisam previa-mente instituio e faltam s consultas, exames e procedimentos ambulatoriais.

    Unisys Security Index 2013, estudo anual feito pelo Lieberman Research Group a pedido da Unisys, revelou que as organizaes de sade so responsveis pelas maiores preocupaes dos brasileiros no que se refere quebra de sigilo de dados pessoais.

    R$ 26

    96%

    bilhes

    dos brasileiros

    R$ 580 milhes

    12 milhorrios

    SIGILO PROVA

    Quando perguntados sobre ameaas relacionadas violao de

    dados causada pela perda acidental, roubo ou a ao de hackers

    a empresas e entidades que hospedam dados pessoais...

    93% disseram se preocupar com essa questo nas empresas da rea de sade;

    84% tem medo de ter seus dados bancrios roubados;

    81% se preocupam com dados em guarda de instituies governamentais;

    78% com servios de internet

    59% em hotis e companhias areas

    * Estudo ouviu mais de mil pessoas de 70 regies metropolitanas no Brasil durante as duas primeiras semanas de abril de 2013.

    O resultado coloca o Brasil com o mais elevado nvel de preocupao sobre dados de sade entre as 12 naes do estudo, superando Mxico (86%) e Espanha (81%).

    lay_online.indd 10 15/08/13 16:12

  • Nada mais importante para sua empresa do que manter a qualidade do ambiente.

    Setor de sade: Solues adaptveis que suportam sistemas crticos, laboratrios, centros cirrgicos e diagnsticos por imagens digitais em hospitais e outros ambientes de atendimento a pacientes.

    Proteja suas operaes com solues Schneider Electric, comprovadas e seguras.

    Make the most of your energySM

    Quedas de energia so uma ameaa a equipamentos, pessoas e processos dos quais voc depende. E com as normas de segurana atuais mais restritas, automao de processos e maior dependncia de sofisticados sistemas de alta tecnologia, a necessidade de energia ininterrupta fundamental. Adicionando a esta equao o crescente custo da energia e preocupaes com o meio ambiente, torna-se essencial proteger a energia com solues no apenas para atender demandas de disponibilidade, mas tambm eficientes do ponto de vista energtico.

    Por que a Schneider Electric a opo certa de proteoVoc pode conhecer nossa empresa como lder de mercado no fornecimento de energia segura para TI. Entretanto, oferecemos tambm uma ampla linha de solues confiveis e altamente eficientes para proteo de energia, projetadas para aplicaes crticas em ambientes fora da sala de TI de sua empresa. Nossos produtos lderes da categoria, servios e solues inovadoras proporcionam energia segura e de alta disponibilidade para manter seus sistemas ativos e operacionais, aumentando tambm a eficincia, o desempenho e a segurana.

    Disponibilidade garantida para sistemas comerciais crticos.No importa em que setor voc opera, nosso portflio sem concorrncia oferece uma soluo que garante o atendimento s necessidades especficas da aplicao, mantendo a energia de sua empresa ligada. Graas aos recursos de gerenciamento de energia da Schneider Electric, da nossa experincia, dos amplos investimentos em P&D e presena global, voc tem recursos confiveis de energia segura em qualquer lugar do mundo.

    2013 Schneider Electric. All Rights Reserved. All trademarks are owned by Schneider Electric Industries SAS or its affiliated companies. www.schneider-electric.com 998-4984_BR

    Solues de energia segura que fornecem o desempenho que voc precisa.

    Produtos: Nosso catlogo completo de solues em energia CP by Schneider Electric, lder de mercado, oferece uma linha de produtos sem precedentes em Nobreaks, sistemas inversores, monofsicos e trifsicos de 1,5 kVA at 300kVA.

    Servios: Os Servios Schneider Electric para enegia crtica e refrigerao podem monitorar de forma proativa e manter a operao de seus sistemas, protegendo investimentos, reduzindo o custo total de propriedade e as despesas operacionais, proporcionando tranquilidade durante toda a vida til dos equipamentos.

    Solues: Escolher a combinao certa de produtos e servios da Schneider Electric proporciona a sua empresa a convenincia de uma soluo total sistemas, software e servios de um nico fornecedor.

    Faa o download de cinco white papers Gratuitos entre eles: Clculo dos requisitos de refrigerao total para centros de dados."Visite a pgina www.SEreply.com Cdigo de acesso 15788H

    Data Center Physical Infrastructure for Medical Imaging and Diagnostic Equipment

    Revision 1

    by Victor Avelar

    Introduction 2

    Modalities 4

    Picture archiving and communication systems (PACS)

    6

    Radiology information systems (RIS) and hospital information systems (HIS)

    8

    Wiring closets or intermediate distribution frame (IDF) 10

    Conclusion 12

    Resources 13

    Click on a section to jump to itContents

    White Paper 86

    Medical imaging and diagnostic equipment (MIDE) is increasingly being networked to Picture Archiving and Communications Systems (PACS), Radiology Informa-tion Systems (RIS), Hospital Information Systems (HIS), and getting connected to the hospital intranet as well as the Internet. Failing to implement the necessary data center physical infrastructure (DCPI) can result in unexpected downtime, and safety and compliance issues, which translates into lost revenue and exposure to expensive litigations, negatively affecting the bottom line. This paper explains how to plan for DCPI when deploying medical imaging and diagnostic equipment, with emphasis on power and cooling.

    Executive summary>

    Fornecedor_Hospitalar_BR_Aug_15788H.indd 1 8/9/2013 10:02:02 AM

    Untitled-6 1 14/08/13 08:45

  • 12

    FH | CONEXO SADE WEB

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    GESTO COMERCIAL EM SADE Enio Salu Indicadores de Gesto de Contratos mostram algum avano, mas ainda temos muito a fazer Nossa realidade ainda a de que diversos contratos so fechados sem metodologia, por impulso e sem aferir se o mercado oferece opes mais vantajosas.

    MDICO HOSPITALISTA Guilherme Brauner Barcellos Bah tch, at deu vontade de ser hospitalista! Muitos mdicos ainda no compreendem bem o que significa o termo, ou pior, o utilizam para plantonistas de intercorrncias, posto de trabalho frequentemente ocupado por residentes de Medicina Intensiva.

    POLTICAS DE VIGILNCIA SANITRIA Roberto Latini Comentando a Consulta Pblica n 20/2013 fundamental propor sugestes que coloquem o texto da futura RDC prximo da realidade do mercado. Se no participar agora, no adianta reclamar depois.

    SADE SUSTENTVEL (NOVO BLOG) Rodrigo Henriques Qual o significado de Sustentabilidade para a sade? Perguntar-se quais so os temas relevantes para a sus-tentabilidade em sua organizao de sade o primeiro passo, e conhecer o que tem sido feito por vrias or-ganizaes que j adotam esta prtica corrobora para demonstrar como possvel comear e obter resultados significativos, no mnimo em termos de auto conheci-mento e viso de futuro.

    BLOGS Leia e discuta com nossos colaboradores os assuntos mais quentes do ms:www.saudeweb.com.br/blogs

    LEIO A REVISTA FH PARA ATUALIZAR MINHAS INFORMAES SOBRE O MERCADO BRASILEIRO DE SADE. SO REPORTAGENS RELEVANTES, QUE NOS SUBSIDIAM, INCLUSIVE, NA TOMADA DE DECISES DA DIRETORIA E DOS GESTORES DA OPERADORA NACIONAL DE PLANOS EMPRESARIAIS DO SISTEMA UNIMED, EM UM MERCADO DINMICO, EXIGENTE E EM CONSTANTE TRANSFORMAO.

    Mohamad Akl, presidente da Central Nacional Unimed

    EU LEIO A FH

    MULTIMDIA

    O EDIFCIO SADE EM DEBATE I T M d ia re ne esp ecia l i s-ta s pa ra d i scut i r os desa-f ios da desospita l i zao e da s nova s tecnolog ia s na s con f i g u raes dos ed i f cios hospita la res .

    Veja: http://migre.me/fHgpF

    IMAGENS DO IT MDIA DEBATE Con f i ra os momentos re -g i st rados do encont ro que ref let iu como a s est r ut u ra s hospita la res esto resp on-dendo v i so si stm ica de a ssi stncia sade.

    Veja: http://migre.me/fHgrY

    ACREDITAO: COMO MEDIR PARA TORNAR MELHOR? P rocesso capa z de t ra n s-for ma r cu lt u ra orga n i zacio -na l e promover mel hor ia s def i n it iva s na gesto da s i n st it u ies

    Veja: http://migre.me/fHguF

    PLAY

    00:00 00:00

    FULLSCREEN MUTE

    PLAY

    00:00 00:00

    FULLSCREEN MUTE i n st it u ies

    a ssi stncia sade.

    Foto

    : Div

    ulg

    ao

    lay_online.indd 12 15/08/13 16:12

  • Untitled-6 1 14/08/13 08:47

  • FH | pensadores

    14 agosto 2013 revistafh.com.br

    Verena souza | [email protected]

    Descompasso anunciadoPara o economista e socilogo Eduardo GiannEtti da FonsEca, as vozes da rua clamam Por um bem-estar que deveria ter acomPanhado a melhoria de renda, mas que deixou a desejar. mas este est longe de ser o nico desafio de um setor que, segundo ele, Precisa ser redesenhado frente no s s exPectativas da PoPulao, mas tambm mudana de Perfil demogrfico brasileiro

    economista formado e filsofo por vocao, eduardo giannetti da fonseca est desapontado com a incapacidade do brasil em continuar se desenvolvendo, passa-da a estabilidade macroeconmica e a forte incluso social das ltimas dcadas. o passo seguinte seria aperfeioar os servios pblicos de modo geral, e, neste contexto, estaria tambm a sade do Pas. o mineiro de belo horizonte e de trabalhos reconhecidos internacionalmente defende uma profunda reviso do sistema, inclusive da premissa constitucional de que a assistn-cia sade seja um direito de todos e um dever do estado. segundo ele, para enfrentar a inverso da pirmide etria dos prximos 20 anos, preciso redesenhar as funes do poder pblico e privado. e a nova classe mdia, que tem mostrado sua voz ativa nas recentes manifestaes, promete no mais ficar calada. giannetti ser o keynote speaker do sade business forum 2013, que acontece entre os dias 19 e 22 de setembro na ilha de comandatuba, bahia. Por telefone, ele conversou com a revista fh sobre as distores econmicas da sade brasileira.

    lay_Entrevista.indd 14 16/08/13 16:13

  • 15

    Revista FH: j te descreveram como o filsofo do nosso tempo. Afinal, porque no cursou filosofia e se enveredou pela economia? Eduardo Giannetti: a filosofia sempre foi uma paixo desde muito jovem, mas ti-nha muita apreenso em relao a minha segurana profissional e independncia financeira e, por conta disso, achei pru-dente na poca levar em conta o aconse-lhamento dos mais velhos e fazer uma graduao em alguma rea que me desse mais condies de ascenso profissional. realmente por vocao pessoal a minha paixo de estudioso sempre foi o campo da filosofia e da histria das ideias. depois eu descobri que a origem da economia a filosofia. os grandes economistas eram filsofos e a economia poltica era parte de uma reflexo mais ampla abrangendo vrios campos do conhecimento. ou seja, a economia e filosofia no estavam to longes uma da outra assim, como pode parecer aos olhos contemporneos.

    FH: Qual o propsito do pensamen-to filosfico e qual a sua importncia, inclusive para homens de negcios, gestores e empreendedores? Como pode ser aplicado na prtica? Giannetti: Indagaes filosficas fazem parte da vida desde o mundo grego. exis-tem algumas perguntas fundamentais: o que eu posso conhecer. Quais so as bases do conhecimento humano e que segurana eu posso ter no conhecimen-to produtivo que me permita acreditar em uma coisa e no em outra. e o que me levou a acreditar em algo e no em outro. esse o campo da epistemologia ou teoria do conhecimento. e um outro campo, que tambm est muito ligado aos problemas da vida, a tica. Como viver. Quais so os valores de uma vida bem vivida. Quais so as regras de con-duta que uma sociedade deve respeitar para que ela possa viver em harmonia e prosperidade, e ser criativa. tem tanto a tica pessoal, cuja pergunta como viver; assim como a tica cvica, que dona da pergunta o que constitui uma boa sociedade. em que sociedade ns desejaramos viver se pudssemos es-colher as instituies e regras que vo pautar a ao e interao humana.

    Foto

    s: K

    iko

    Ferr

    ite

    Quem Ph.D em Economia pela Universidade de Cambridge,formado em Economia pela Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade(FEA) e emCincias SociaispelaFaculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas(FFLCH) ambas daUniversidade de So Paulo.Autor de artigos e livros, entre os quais: Vcios privados, benefcios pblicos?(Cia. das Letras, 1993); Beliefs in action(Cambridge University Press, 1991); Auto-engano(Cia. das Letras, 1997); Felicidade(Cia. das Letras, 2002); O Valor do Amanh(Cia. da Letras, 2005); A Iluso da Alma(Cia das Letras, 2010).

    O Que fazAtualmente escritor e foi professor no Instituto de Ensino e Pesquisa de So Paulo (Insper), Cambridge (Inglaterra) e FEA/USP.

    PrmiOs e TTulOs2004 Economista do Ano Ordem dos Economistas de So Paulo2001 Research Fellowship Centre for Brazilian Studies, Oxford1995 Prmio Jabuti Cmara Brasileira do Livro 1994 Prmio Jabuti Cmara Brasileira do Livro 1993 Joan Robinson Memorial Lecturishio Faculty of Economics, Cambridge1984 Research Fellowship St Jonhs College, Cambridge.

    perfil

    lay_Entrevista.indd 15 16/08/13 16:13

  • 16

    FH | pensadores

    agosto 2013 revistafh.com.br

    dIsCordo InteIraMente da proIBIo da entrada de CapItaL estrangeIro no

    setor HospItaLar. o CapItaL serIa MUIto BeM VIndo, LogICaMente CoM UMa

    regULaMentao adeQUada

    FH: Ao mesmo tempo que o Brasil possui um sistema de sade gra-tuito e, teoricamente, para todos, o mercado de sade suplemen-tar gasta mais dinheiro (4,7% do PIB) com assistncia do que o Es-tado (3,7% do PIB). Quais so os reflexos desse desequilbrio e um mais financiamento pblico seria, de fato, urgente?Giannetti: acho que a diviso das funes entre o setor pblico e o pri-vado no campo da sade est muito mal desenhada. o setor pblico est deixando de atender reas em que ele seria imprescindvel, mas ao mesmo tempo faz coisas que no precisaria no campo da medicina cara e curativa. e isso acaba sobre-carregando tambm o setor privado. por outro lado, a questo da regula-mentao do acesso aos planos de sade no Brasil est mal resolvida, porque se criou tamanha rigidez nas regras de cobertura que praticamen-te no h espao mais, por exemplo, para algo que deveria ser comum na vida do cidado que so os planos de sade individual ou familiar. essa m diviso de tarefas e regulamenta-o est realmente deixando muito a desejar e prejudicando a qualidade de vida dos brasileiros.

    FH: Os hospitais encontram bar-reiras constitucionais entrada de capital estrangeiro enquanto a prtica permitida em empre-sas de diagnsticos, planos de sade, farmacuticas e indstrias de equipamentos. Como voc v essa proibio, tendo em vista jus-

    tificativas como evitar a dependncia internacional, a falta de capacidade do governo em regular o setor e, at, a elitizao dos estabelecimentos. Giannetti: discordo inteiramente da proibio da entrada de capital estrangeiro no setor hospitalar. o capital seria muito bem vindo, logicamente com uma regulamentao adequada, mas no h nenhuma jus-tificativa econmica ou de segurana que me parea vlida e que se sustente. o Brasil precisa desse capital.

    FH: Aumentar a produtividade e o rendimento, evi-tar o desperdcio, reduzir custos, otimizar o tempo, entre outros. Como aliar tais aspectos de negcio ao valor primordial da Sade, que cuidar com quali-dade do paciente. Podemos afirmar que princpios ticos na sade so ainda mais necessrios? Giannetti: o campo da medicina e da sade sempre foi muito exigente do ponto de vista de tica. existe um fenmeno chamado de assimetria de informao em que uma das partes detm o conhecimento e pode resolver us-lo em benefcio prprio, e explorar de ma-neira injustificada a outra parte, que est demandando o uso desse conhecimento. por outro lado, digo que a gratuidade do servio mdico e o acesso ilimitado tambm levam a um enorme desperdcio. o paciente tem que se dar conta que a demanda de diagnstico, remdios e terapias possui um custo. e que precisa contribuir em alguma medida com esse custo, e sentir a realidade do que est sendo envolvido em termos de dispndio de capital, de trabalho e de tempo. H muito desperdcio no setor e vemos o estado arcando com custos proibitivamente altos de terapias e, ao mesmo tempo, negligenciando os servios elementares de sade para a grande maioria da populao. o setor pblico tem de ser voltado fundamentalmente para a medicina preventiva e ao atendimento a grupos sociais que no tm outra maneira de financiar suas necessidades. a universalizao do acesso, garantido na constituio de 88, se tornou invivel e uma farsa, porque est somente no papel. FH: Assim como em outros setores da economia, a Sade tambm no possui oferta adequada de-

    manda crescente, apesar de assistirmos vertigino-sa expanso de prestadores. Mas, por exemplo, nos ltimos seis anos cerca de 11,4 milhes de pessoas passaram a ter plano de sade, com o aumento do emprego formal e da renda. Esse problema estrutu-ral tende a ser solucionado no longo prazo ou prev uma drstica quebra do modelo vigente? Giannetti: no diria drstica quebra, mas o problema est muito longe de ser solucionado e vai se agravar. Basicamente porque a populao brasileira est en-trando numa etapa de envelhecimento acelerado e as demandas por servios de sade nessa etapa final de ciclo de vida so crescentes. o Brasil ainda est vivendo uma situao baixa de taxa de dependncia, ou seja, nmero relativamente pequeno de crianas e idosos em relao populao que est em idade de trabalho, mas esse quadro vai se inverter ao longo dos prximos 15, 20 anos. a taxa de dependncia no Brasil vai subir com muita fora a partir da, e temos algum tempo ain-da para nos preparar. eu acho que preciso repensar fundamentalmente o papel do estado no campo da sade. pensar com muito mais inteligncia o desenho institucional do funcionamento do mercado de sade.

    FH: At repensar, voc diria, essa premissa de sade universal que est na constituio? Giannetti: eu creio que sim. na medida em que isso no tem realidade no pas, e a medicina de grupo no Brasil ainda padece de uma rigidez e ineficincia enorme na cobertura dos segmentos da populao, mesmo apesar da incorporao de um maior contingente de pessoas ao mercado formal de trabalho.

    FH: s recentes manifestaes, se somaram os profissionais mdicos e associaes de classe que tambm exigem melhores condies de tra-balho. Como voc analisa essas manifestaes? Temos um sistema de sade que gera insatisfao de ponta a ponta?Giannetti: essas manifestaes mostram uma enorme insatisfao da populao com os servios pblicos. o governo se gabava da ascenso da nova classe mdia

    lay_Entrevista.indd 16 16/08/13 16:13

  • 17

    que alcanou mercado e ascendeu ao consumo. o que as manifestaes mostraram que essa nova classe mdia no se contenta apenas com ascender a itens de consumo. ela quer ascender cidadania, que sig-nifica: sade, educao e transporte pblico. significa dignidade huma-na. tambm passa pelo campo das relaes polticas e o escndalo que a corrupo no Brasil. eu no me conformo de estar em um pas em que depois de um ano julgando o escndalo do mensalo rigorosa-mente nada aconteceu. Isso uma vergonha nacional. ter feito todo aquele trabalho, mobilizado tantos recursos e ateno da sociedade durante tanto tempo para que, no final, no tenhamos nenhum des-dobramento prtico.

    FH: No que diz respeito ao setor de sade, um das respostas do Gover-no foi o programa Mais Mdicos que, entre outras aes, prev a contratao de profissionais estrangeiros para trabalhar nas periferias e no interior do Pas. Como voc avalia essa resposta do governo?Giannetti: no acho que isso seja a soluo definitiva do problema, mas bem-vinda. Vejo com bons olhos a possibilidade de mdicos estrangeiros atuarem no Brasil des-de que isso seja feito com critrios. Mas acho bem-vinda na medida em que os mdicos brasileiros no se mostram interessados em atender em municpios muito distantes de suas reas de origem. Mas imaginar que isso vai dar conta do tamanho do desafio que est colocado para o setor de sade do Brasil seria real-mente injustificado.

    FH: Tambm temos assistido o desafio do governo em lidar com as alas religiosas na aprovao de polticas de sade para a popula-o. Os exemplos mais recentes de presso religiosa foram em relao obrigatoriedade do atendimento (SUS) para vtimas de violncia sexual, incluindo

    prescrio de plula do dia seguinte e por-taria que altera as regras para a mudana de sexo. Na sua opinio, saudvel o governo ceder s presses dessas alas, consideran-do o direito sade da populao?Giannetti: o estado brasileiro laico e o critrio para legislar no pode ser calcado em dogma religioso de qualquer natureza e origem. a questo do planejamento familiar no Brasil muito srio. ns temos uma inci-dncia enorme de gravidez precoce e esse um problema social de primeira ordem nas populaes mais desassistidas e oprimidas do pas. Impedir um processo de planejamento familiar com base em dogmas religiosos no pode ser sustentado.

    FH: Como em qualquer rea, ideal que haja alinhamento entre os profissionais que trabalham para o mesmo fim. Entre-tanto, observa-se uma verdadeira guerra na sade entre entidades mdicas contra os vetos da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que regulamenta a medici-na (Ato Mdico) e demais profissionais da sade, que so a favor. Como avalia esse comportamento entre os profissionais da sade e possveis danos assistncia? Giannetti: Uma pena que s vezes o esprito de corpo chamado corporativismo domine o interesse pblico. no acho que deva ser uma total desregulamentao, mas vejo que muitas vezes a capacidade de alguns grupos organi-zados em defender seus interesses prejudica o objetivo maior da melhoria do bem-estar social. tem de ter legislao adequada, ins-tituies e regras que impeam que grupos invadam o interesse pblico com suas deman-das, intervenes e capacidade de proteger seus interesses. no conheo especificamente o que est em jogo mas, de um modo geral, a minha predileo por maior competio e abertura. no se pode ter controle exclusivo de uma atividade.

    FH: Li uma entrevista em que voc relacio-na a felicidade ou satisfao das pessoas com o poder aquisitivo ou conquista de

    bens materiais, algo que muda de acordo com o significados atribudos por cada um e diversas variveis envolvidas. O Buto, por exemplo, trocou o conceito de PIB para FIB (Felicidade Interna Bruta), na tentati-va de mensurar a felicidade. Entretanto, o modelo econmico de muitas naes nos levou a grandes riquezas, mas tambm profunda infelicidade. Afinal, a tal alme-jada felicidade existe; ela pode ser plena, como pode ser mensurada? Giannetti: a felicidade algo que cada ser humano pode alcanar. no algo que se conquista coletivamente para todos. o que voc pode ter coletivamente uma sociedade em que as condies sejam adequadas para que cada indivduo persiga o seu ideal e al-cance, na medida do possvel, a realizao dos valores que ele acredita constiturem uma melhor vida. ento, as polticas pbli-cas tm que almejar a criao de condies para que os indivduos estejam aptos a terem maior campo de escolha no exerccio da sua liberdade e realizao humana. o Brasil infe-lizmente deixa muito a desejar porque tem um contingente enorme de brasileiros que no se encontra devidamente capacitado para ter um campo generoso de escolhas no exerccio dessa liberdade. Capacitado quero dizer em educao, sade e em conhecimento.

    FH: Como paciente, qual sua anlise do sistema? Giannetti: eu no me conformo em no conse-guir ter um plano de sade familiar a um preo condizente com as minhas necessidades. a mi-nha grande demanda essa. no entendo por-que to difcil para um cidado brasileiro con-seguir adquirir um plano de sade individual ou familiar adequado s suas necessidades.

    FH: Adequado em qu? Giannetti: em relao a uma combinao de preo e qualidade. praticamente no tem op-es, e esse mercado desapareceu no Brasil. tem alguma coisa profundamente errada no desenho de um sistema em que esse mercado importantssimo no possa acontecer.

    a UnIVersaLIZao do aCesso, garantIdo na ConstItUIo de 88, se tornoU InVIVeL e UMa

    Farsa, porQUe est soMente no papeL

    lay_Entrevista.indd 17 16/08/13 16:13

  • /grupobrasanitas/grupo.brasanitas

    Com processos amplamente estruturados e investimentos constantes em tecnologia, h mais de 30 anos garantimos qualidade, eficincia e segurana para instituies dos mais variados portes. So mais de 300 estabelecimentos atendidos, que fazem da Brasanitas Hospitalar lder em higienizao. Se voc quer os melhores servios, aliando experincia e inovao, j sabe com quem contar.GRUPO BRASANITAS. NOSSA VIDA FACILITAR A SUA. HIGIENIZAO

    HOSPITALARGERENCIAMENTO

    DE LEITOSCONTROLEDE PRAGAS

    GESTO DEROUPARIA

    MANUTENOPREDIAL

    0800 702 7714www.grupobrasanitas.com.br

    C

    M

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

    AF_anuncio_53,2x31_brasanitas_hospitalar_08_agosto.pdf 1 8/14/13 12:16 PM

    Untitled-7 2 15/08/13 08:31

  • /grupobrasanitas/grupo.brasanitas

    Com processos amplamente estruturados e investimentos constantes em tecnologia, h mais de 30 anos garantimos qualidade, eficincia e segurana para instituies dos mais variados portes. So mais de 300 estabelecimentos atendidos, que fazem da Brasanitas Hospitalar lder em higienizao. Se voc quer os melhores servios, aliando experincia e inovao, j sabe com quem contar.GRUPO BRASANITAS. NOSSA VIDA FACILITAR A SUA.

    ONDE TEM BRASANITAS HOSPITALAR,TEM SERVIOS DE ALTA QUALIDADE.

    HIGIENIZAOHOSPITALAR

    GERENCIAMENTODE LEITOS

    CONTROLEDE PRAGAS

    GESTO DEROUPARIA

    MANUTENOPREDIAL

    0800 702 7714www.grupobrasanitas.com.br

    C

    M

    Y

    CM

    MY

    CY

    CMY

    K

    AF_anuncio_53,2x31_brasanitas_hospitalar_08_agosto.pdf 1 8/14/13 12:16 PM

    Untitled-7 3 15/08/13 08:31

  • 20

    FH | personalidades

    agosto 2013 revistafh.com.br

    Com meu pai Jos Salvador Silva, fundador do Mater Dei, aprendi... que sonhar vale a pena e que com persistncia e determinao conseguimos realizaes transformadoras. E tambm que a empresa um ser dinmico e em constante movimento. Por isto a im-portncia de se estar sempre atento e disposio dos interesses do empreendimen-to, de nossos clientes, colaboradores e da sociedade na qual estamos inseridos.

    Dirigir um hospital em parceria com o meu pai e as minhas irms ... uma experincia mui-to enriquecedora e prazerosa. perceber que h que se ter uma liderana, mas que ningum mais importante do que todos, que temos aptides complementa-res e que por isto estamos mais preparados para gerir um negcio to complexo quanto uma rede de hospitais, que, se unidos e alinhados, podemos muito.

    Desde a minha liderana na Anahp at os dias de hoje, acredito que a rede de hospitais priva-dos no Brasil... tem se consolidado como uma rede prestadora de fundamental impor-tncia para que o brasileiro tenha acesso a uma medicina resolutiva e dentro dos melhores padres internacionais de qualidade e eficincia.

    Para atender a demanda, os hospitais privados investem em expanso, como o caso do prprio Mater Dei com a unidade Contorno, mas as alternativas de financiamento... so poucas, limitadas e por isto ainda h um grande dficit de leitos privados no Brasil. Eu acredito que isso pode mudar com a abertura de linhas de crdito especficas e factveis e com o acesso a capital mais barato. A mudana da legislao que regula a entrada do capital estrangeiro nesta rea, que est prestes a ser aprovada e regu-lamentada, pode facilitar a expanso de mais hospitais privados em nosso Pas.

    Mesmo dirigindo o hospital, dedico-me ao atendimento dos pacientes em consultrio por-que... ser mdico para mim a origem de tudo. Alm disso, o consultrio tem sido uma grande fonte de aprendizado a partir do convvio com as pacientes. Ao exercer a medicina me coloco mais perto das pessoas, dos colegas e da assistncia, permi-tindo que no me distancie daquilo que me guia como gestor: a razo de existir do hospital e dos servios de sade atender bem ao ser humano. O relacionamento com os pacientes, principalmente em casos de cncer, importante por-que... me ensina a exercitar a humildade frente nossa condio de seres mortais. Ensina-me tambm o quanto somos fortes e capazes de enfrentar as adversidades. Ensina-me a procurar priorizar na vida aquilo que realmente importante. A teste-munhar a solidariedade e a fora do amor e do carinho em situaes de fragilidade. E tambm o poder da espiritualidade no enfrentamento da doena grave.

    A relao entre os hospitais privados e o sistema pblico de sade... precisa ser mais sin-tonizada. preciso entender que os hospitais privados exercem um importante papel na viabilidade do sistema de sade do Brasil. Sem eles haveria um gargalo gra-vssimo no acesso aos servios de sade, pois praticamente um quarto dos brasi-leiros depende do sistema privado. Que ainda podem ser importantes na difuso de boas prticas de gesto, na inovao e validao da moderna tecnologia e no ensino e na pesquisa.

    em

    dep

    oim

    ento

    a M

    aria

    Car

    oli

    na

    Bu

    riti

    presidente do Mater

    dei e MdiCo Mastologista,

    Henrique salvador, se

    inspira na ltiMa vitria

    de seu tiMe, o galo, CoMo exeMplo de

    gesto, pois para ele, liderar identifiCar o

    que as pessoas podeM trazer

    de MelHor e Conduzi-las

    ruMo a uM oBjetivo CoMuM

    lay_personalidades.indd 20 19/08/13 11:05

  • 21

    A viso de gesto impor-tante para o mdico por-que... aumenta a objeti-vidade e a capacidade de priorizar o que mais importante. Traz tambm maior organizao e ca-pacidade para se traba-lhar em equipe.

    Como conselheiro do Atl-tico Mineiro e apaixonado pelo Galo eu... ACRE-DITO! Sempre prati-quei esportes e aprendi muitas lies a partir destas atividades que tm sido importantes ao longo da minha tra jet-ria! De uma forma l-dica, o Galo nos mos-trou ao ser o campeo da Libertadores da Am-rica o quanto impor-tante um alinhamento de interesses e objetivos nas grandes conquistas! Poucas vezes vi um time de futebol, um tcni-co, uma diretoria e uma torcida to entrosados e imbudos em um mes-mo objetivo. Este exem-plo vale tambm para os desafios da gesto. Mesmo nos momentos difceis, importante demonstrar confiana. Ningum consegue li-derar, a no ser atravs das pessoas e da mobi-lizao daquilo que elas podem dar de melhor para um projeto, uma construo, por mais transformadora e bvia que ela possa parecer.

    Foto

    : Ger

    cion

    e

    DICAS

    Uma viagem:Londres, nos dois anos em que fiz a minha residncia em mastologia no Guys Hospital em London Bridge

    Um banda:The Bee Gees

    Um livro:Juscelino Kubis-tchek - O artista do Impossvel

    lay_personalidades.indd 21 15/08/13 16:19

  • 22

    FH | ponto de vista

    agosto 2013 revistafh.com.br

    Depois De 12 anos, a lei que regulamenta o exerccio Da meDicina, chamaDa De ato mDico,

    foi sancionaDa pela presiDenta Dilma rousseff no ms De julho. entretanto, o texto no

    foi aprovaDo integralmente. o artigo 4, consiDeraDo o mais polmico, teve nove pontos

    vetaDos, inclusive o inciso 1, que atribua exclusivamente aos mDicos a formulao De

    Diagnstico De Doenas. a classe mDica consiDera que esse ponto era a essncia Da lei.

    para as Demais categorias o trecho representava um retrocesso saDe.

    apenas para mDicos:

    Interveno cIrrgIcas PrescrIo dos cuIdados mdIcos Pr e Ps-oPeratrIos IndIcao e execuo de ProcedImentos InvasIvos, sejam dIagnstIcos, teraPutIcos ou estticos, incluinDo acessos vasculares profunDos, bipsias e enDoscopias

    sedao Profunda BloqueIos anestsIcos anestesIa geral

    para Demais profissionais Da saDe

    atendImento a Pessoas soB rIsco de morte ImInente realIzao de exames cItoPatolgIcos e emIsso de seus laudos coleta de materIal BIolgIco Para anlIses laBoratorIaIs ProcedImentos feItos atravs de orIfcIos naturaIs, desde que no comPrometa a estrutura celular

    aprovao

    polmicaverena souza | [email protected]

    lay_ponto de vista.indd 22 15/08/13 16:21

  • 23

    absolutamente normal que em um pas em que se vive em pleno Estado Democrtico de Direito, as diversas classes pro ssionais se mobilizem para

    assegurar e at mesmo ampliar os seus direitos. No seria diferente em relao classe mdica, que ao longo de mais de uma dcada lutou para ver aprovada uma lei que regulamentasse sua pro sso. Todavia, a proposta original do Ato Mdico, se aprovada na ntegra, alm de reduzir signi cativamente a autonomia de outros pro ssionais de sade, em especial psiclogos, enfermeiros e sioterapeutas, acar-retaria na interrupo de diversos programas do Sistema nico de Sade (SUS) que exigem atuao participativa conjunta e multipro ssional, provendo a assistncia universal e de acesso tangvel a todos os brasileiros.

    antonio LUis CesaRino de MoRaes navaRRo - diRetoR sUpeRintendente do HospitaL aMaRaL CaRvaLHo e pResidente da FedeRao BRasiLeiRa de entidades de CoMBate ao CnCeR

    Foto

    : Div

    ulga

    o

    Foto

    : Div

    ulga

    o

    Em um pas como o Brasil, onde a sade enfrenta problemas como a falta de mdicos, a Lei do Ato Mdico pode acentuar as signi cantes las de esperas

    que j existem nos atendimentos em consultrios, hospitais e postos de sade. Alm disso, outras pro sses, que ao longo dos anos, atraram milhares de pro s-sionais veem-se ameaadas de car sob a tutela dos mdicos. Acredito que seja importante ressaltar a funo dos mdicos, todavia, de forma que no desvalorize anos de aprendizado de outros pro ssionais da sade que estudaram para atuar como parceiros da medicina. Entendo a sade como multidisciplinar. preciso promover um equilbrio entre as respectivas competncias.

    aLeX LiMa - diRetoR adMinistRativo e FinanCeiRo do HospitaL e MateRnidade MadReCoR

    at o fechamento Desta eDio, o congresso nacional ainDa no havia votaDo a pauta, prevista

    Para ser analIsada no Prazo de 30 dIas a PartIr da PuBlIcao (11/07/2013). dessa forma, a fH quIs saber o que pensam os gestores hospitalares:

    lay_ponto de vista.indd 23 15/08/13 16:21

  • 24

    FH | REGULAMENTAO

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    2012 2013

    JANEIROFrente Nacional de Prefeitos (FNP) promove campanha defendendo medidas emergenciais para aumentar nmero de mdicos no SUS.

    MAROAumento da tarifa do transporte pblico em Porto Alegre (RS) revertida aps vrios dias de protestos. Nos meses seguintes, passeatas chegam a outras capitais, como Natal (RN) e Salvador (BA).

    MAIOMinistro das Relaes Exteriores, Antonio Patriota, retoma polmica e anuncia inteno de trazer 6 mil mdicos de Cuba.

    6 DE JUNHOManifestao contra o reajuste das tarifas de nibus e metr em So Paulo rene 5 mil pessoas.

    17 DE JUNHOPauta de reivindicaes se expande e temas como falta de investimentos em educao e sade ganham corpo. Capitais de todas as regies registram protestos.

    13 DE JUNHOQuarto dia de protestos transforma So Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais em praas de guerra.

    | REGULAMENTAO

    2012

    Mar

    celo

    Vie

    ira

    |mar

    celo

    .vie

    ira@

    itm

    idia

    .co

    m.b

    r

    ATRS DO PREJUZOPRESSIONADO POR MANIFESTAES, GOVERNO FEDERAL LANOU, POR MEIO DE MEDIDA PROVISRIA, O PROGRAMA MAIS MDICOS PARA O BRASIL. MATRIA RENE MEDIDAS EMERGENCIAIS PARA ACELERAR INVESTIMENTOS E ATRAIR MDICOS PARA REGIES COM ALTO DFICIT DE PROFISSIONAIS. COM PROJETO, DILMA ROUSSEFF AGRADOU PREFEITURAS, MAS COMPROU BRIGA COM ENTIDADES MDICAS. A REVISTA FH REUNIU, NESTA LINHA DO TEMPO, OS PRINCIPAIS PONTOS DO PROGRAMA, SEUS ANTECEDENTES E SUAS POSSVEIS REPERCUSSES

    JANEIROEm Havana (Cuba), a presidente Dilma Rousseff anuncia negociaes entre os dois governos para o envio de mdicos cubanos ao Brasil para atuarem no SUS.

    Fotos: Agncia Brasil

    Lay_regulamentacao.indd 24 16/08/13 18:37

  • 25

    24 DE JUNHOEm resposta voz das ruas, presidente Dilma Rousseff anuncia cinco pactos nacionais: responsabilidade fiscal, reforma poltica, educao, transporte pblico e sade. Presidente defende a contratao de mdicos estrangeiros para suprir dficit de profissionais e um programa de ampliao das vagas em cursos de medicina: 11,4 mil novas vagas de graduao e 12,3 mil de residncia at 2017.

    11 DE JULHO Entidades nacionais discutem estratgia de enfrentamento ao Mais Mdicos, que consideram uma declarao de guerra classe mdica e uma manobra para explorao da mo de obra. Srie de manifestaes e protestos so programadas em todo o Pas.

    22 DE JUNHOEntidades mdicas nacionais repudiam plano de importar mdicos estrangeiros e prometem usar todos os mecanismos para barrar iniciativa.

    21 DE JUNHODilma Rousseff vai rede nacional de rdio e televiso para se pronunciar sobre as manifestaes. Na sade, prope trazer milhares de mdicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS.

    26 DE JUNHO Pressionada, Cmara aprova s pressas projeto que destina 25% dos recursos oriundos dos royalties do petrleo Sade (e 75% para educao).

    8 DE JULHO Dilma Rousseff lana oficialmente o Programa Mais Mdicos para o Brasil, institudo por meio de Medida Provisria (621/13) e fundamentado sobre quatro pilares:1. Atrao de mdicos: vagas sero ocupadas primeiro por brasileiros. Estrangeiros devero comprovar conhecimento em lngua portuguesa e passar por avaliao de universidades brasileiras. Profissionais recebero bolsa de R$ 10 mil mensais, com jornada de 40 horas semanais;2. Expanso das vagas em universidades: oferta nos cursos de Medicina ter aumento de 10% at 2017, ou 3.615 novos alunos em universidades pblicas e 7.832 nas particulares. Em 2013 sero abertas 1.452 vagas;3. Alterao de currculo: alunos ingressantes em medicina a partir de 2015 devero passar dois anos no SUS antes de receber o diploma. Curso passa de 6 para 8 anos de durao, mas estudantes receberiam remunerao do governo durante dois ltimos anos;4. Mais Investimentos: acelerao de aportes j previstos na construo e reforma de unidades de sade chegam a R$ 7,4 bilhes em 2013, mais R$ 5,5 bilhes em 2014.

    2 DE JULHO Senado aprova projeto dos royalties, mas com alteraes exigidas pela presidncia. Matria volta Cmara e gera crise entre governo e base aliada.

    Lay_regulamentacao.indd 25 16/08/13 18:37

  • 26

    FH | REGULAMENTAO

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    22 DE JULHO Um dia aps anunciar a sada de cmaras e comisses tcnicas do governo, o Conselho Federal de Medicina (CFMs) informa que entrou com uma ao civil pblica contra a Unio para suspender o Mais Mdicos.

    18 DE JULHO O ministro da sade, Alexandre Padilha, pede Polcia Federal que investigue denncia de sabotagem do processo de inscrio do Mais Mdicos, feito pela internet. Em uma semana, foram 11.701 inscries de mdicos e 753 de municpios.

    6 DE AGOSTOPerodo de inscrio no Mais Mdicos termina com 16.530 profissionais com diploma brasileiro ou revalidado preliminarmente, mas apenas 938 confirmam a participao. Nmero equivale a 6% das 15.460 vagas declaradas pelos municpios.

    8 DE AGOSTODezenas de mdicos e estudantes de medicina de vrios estados promovem ato contra a MP 621/13 na Cmara.

    13 DE AGOSTOAps adiamento e disputas polticas, Congresso instaura Comisso Mista que analisar MP do Mais Mdicos.

    14 DE AGOSTOPrimeira fase do Mais Mdicos seleciona 1.618 profissionais - 1.096 com diploma brasileiro e 522 formados no exterior (maioria da Argentina, Cuba, Espanha e Portugal). Vagas preenchidas, no entanto, so apenas 10,5% da demanda manifestada pelos municpios.

    FUTURO...

    Polmica, a tramitao da MP 621/13 no deve ser fcil. A falta de acordo entre a base aliada dificulta a instalao da comisso mista que analisar a medida antes de encaminh-la para votao na Cmara e no Senado o prazo para a votao de 60 dias (prorrogveis por mais 60), contados a partir da publicao no Dirio Oficial, ocorrida em de 9 de julho.O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sade (Conasems), Antnio Carlos Nardi, espera que a MP no sofra muitas alteraes e que seja aprovada o mais rpido possvel. Para o dirigente, o conjunto de iniciativas que formam o Mais Mdicos urgente e fortalece a assistncia bsica no Pas.Mas o otimismo do presidente do Conasems no combina com a resistncia sofrida pelo projeto: o nmero de emendas apresentadas por deputados e senadoras contra a MP totalizou 567. Boa parte delas ataca os pontos mais polmicos do texto, incluindo a importao de mdicos sem revalidao do diploma.Outro ponto importante de discordncia a forma de contratao dos profissionais mdicos. O deputado federal Mandetta (DEM/MS), autor de 49 das emendas apresentadas, diz que a MP tem inmeros pontos de confuso e trapalhada jurdica, incluindo registros provisrios para mdicos estrangeiros e estudantes de medicina. Apesar da polmica e das dificuldades, o governo espera ter a MP aprovada nas duas casas at setembro.

    26 DE JULHOPresidente em exerccio do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, emite deciso provisria confirmando validade da MP que instituiu o Mais Mdicos, questionada por meio de mandado de seguranada AMB. 2013

    1 DE AGOSTOGoverno desiste de aumentar o tempo de durao dos cursos de medicina. Nova proposta tornar obrigatria a residncia mdica para todos os recm-formados, sendo o primeiro ano na ateno bsica, urgncia e emergncia do SUS.

    *At o fechamento desta edio, em meados de agosto, a Medida Provisria aguardava avaliao da Comisso Parlamentar Mista antes de ser votada na Cmara e no Senado.

    Lay_regulamentacao.indd 26 16/08/13 18:37

  • A novidade da Zona Sul de So Paulo.A Diretoria do Hospital Santa Paula tem o prazer de comunicar o incio das

    atividades do novo Edifcio do Instituto de Oncologia. Ele foi planejado para

    o maior conforto no atendimento do paciente oncolgico, reunindo no

    mesmo local equipes de oncologia clnica, cirurgia oncolgica e radioterapia.

    o Santa Paula sempre cuidando de voc!

    Av. Santo Amaro, 2.382 - Vila Olmpia - So Paulo - SP(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br

    Av. Santo Amaro, 2.382 - Vila Olmpia - So Paulo - SPAv. Santo Amaro, 2.382 - Vila Olmpia - So Paulo - SPAv. Santo Amaro, 2.382 - Vila Olmpia - So Paulo - SPAv. Santo Amaro, 2.382 - Vila Olmpia - So Paulo - SPAv. Santo Amaro, 2.382 - Vila Olmpia - So Paulo - SPAv. Santo Amaro, 2.382 - Vila Olmpia - So Paulo - SP(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br(11) 3040 8200 - www.santapaula.com.br

    Untitled-6 1 14/08/13 08:40

  • 28

    FH | operadora

    agosto 2013 revistafh.com.br

    Gerenciar a sade dos funcionrios no tarefa fcil frente onda de reajustes dos planos coletivos. na briGa por preos baixos, os departamentos de rH apostam em consultorias enquanto seGuradoras como a bradesco sade investem na transparncia de informaes

    Verena Souza | [email protected]

    sobpresso

    Lay_operadora.indd 28 15/08/13 17:45

  • 29

    manos, em geral, no entendem como funciona a sinistralidade e acabam ficando merc dos reajus-tes, sem analisar o que o ocasionou. a falta de assessoria se agrava em empresas pequenas, onde quem acaba cuidando dessas questes o contador, afirma parra. para prover esse suporte s organi-zaes na hora de negociar preo e servio junto aos planos, assim como ajudar no desenvolvimento de programas de promoo e pre-veno, que nasceram as consul-torias especializadas em gerencia-mento de planos, nicho de mercado crescente no pas e bastante comum nos estados Unidos.

    otimiZando custos Na busca por melhorar sua nego-ciao, o grupo Wilson sons, de logstica porturia e martima, h quatro anos mantm contrato com a multinacional aon Hewitt brasil, que administra cerca de 1.250 titu-lares de planos da companhia bra-sileira. Quando estou negociando diretamente com o prestador, le-vando em conta a quantidade de vidas que tenho, tem um peso. e quando estou com um corretor e sua carteira de vidas, o processo de negociao fica muito mais robusto, conta o gerente de recompensa e planejamento de desenvolvimento Humano e organizacional (dHo) da Wilson sons, antonio Linhares. atu-almente a aon, com sede em Londres, possui uma carteira de mais de 500 clientes corpo-rativos no brasil, incluindo 1.300 vidas nesta rea de benefcios. o vice-presidente tcnico de benefcios globais da aon Hewitt brasil, Humberto torloni, descreve as etapas de trabalho da consultoria, sendo a primeira delas a escolha do plano, que vai alm da simples cotao. tenho que analisar, por exemplo, a distribui-

    o geogrfica da populao, diz o executivo ao explicar a necessidade frequente de se trabalhar com diferentes tipos de planos e operadoras para empresas com unidades es-palhadas pelo brasil. a escolha do benefcio passa tambm pela anlise do que est sendo praticado no mercado. Clientes na rea de tecnologia, por exemplo, com mo de obra qualificada, costumam oferecer planos me-lhores, exemplifica o executivo. depois de fechado o negcio com determina-da operadora, inicia-se a gesto desse contrato por meio de acompanhamento mensal dos resultados financeiros e avaliao de indi-cadores de utilizao (ndice de consultas, exames, internaes, frequncia etc.). su-pomos que uma pessoa fez 83 consultas em

    Um dia de frio, um cobertor curto em mos e a certeza de que alguma parte ficar des-coberta e prejudicada. a analo-gia serve para ilustrar a situao incmoda da sade brasileira em que, frequentemente, algum dos elos do setor sai no prejuzo, quando no o paciente, desco-berto de assistncia pelo curto cobertor econmico. sem contar os fatores estruturais do sistema, a atual presso de custos inten-samente abastecida pelas novas tecnologias, tcnicas e medica-mentos, aumento da sobrevida, das internaes, falta de leitos, crescimento de participantes nos planos de sade etc. Um dos integrantes dessa cadeia, que tem sentido no bolso o ce-nrio descrito, so as empresas contratantes de planos coletivos categoria esta que representa 77% de todos os planos comer-cializados no pas. Com uma inflao mdica de 16,4%, substancialmente supe-rior ao IpCa (ndice de preos ao Consumidor amplo) de 6,1%, segundo ltimo levantamento do Instituto de estudos de sa-de suplementar (Iess), observa--se uma tendncia de elevao nos reajustes anuais de planos coletivos - estabelecidos de ma-neira autnoma por cada ope-radora. os dados mais recentes da agncia Nacional de sade suplementar (aNs), por exem-plo, apontam reajustes acima de 25% em 4,1% dos contratos coletivos, o equivalente a cerca de 46,5 mil contratos. dessa forma, o benefcio ao fun-cionrio, que a segunda maior despesa em recursos Humanos (rH), superada apenas pela fo-lha de pagamento, deixou de ser apenas uma preocupao exclusiva do rH e, cada vez mais, fator decisrio tambm para o diretor financeiro e, at, para o presidente da companhia. para o advogado especialista em planos de sade srgio parra, os profissionais de recursos Hu-

    Foto

    : Div

    ulga

    o

    Mais 500 clientes corporativos na rea de benefcios 1.300 vidas 10 escritrios Cerca de 25% de crescimento ao ano em Sade Foco: corporaes de mdio e grande porte

    Aon Hewitt Brasil

    Linhares, da Wilson Sons: poder de negociao junto operadora maior com suporte de uma consultoria

    Lay_operadora.indd 29 15/08/13 17:45

  • 30

    FH | OPERADORA

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    Coriolano, da Bradesco Sade: a demanda vai alm da qualidade do produto e rede de prestadores

    Custos crescentes para as empresas

    Foto

    : Luc

    iana

    Are

    as um ano, neste caso preciso um trabalho de orientao e, para isso, temos uma rea de enfermagem, assistncia social e de m-dicos, conta Torloni, lembrando que se a empresa tiver um mdico do trabalho, feito um trabalho em conjunto. Das mais de mil vidas da Wilson Sons geren-ciadas pela Aon, cerca de 975 so clientes da Bradesco Sade* e acarretam um gasto de R$ 1,4 milho empresa de logstica. Na ltima negociao com a operadora, o gru-po conseguiu economizar 8% sobre a ap-lice. A Bradesco apresentou um aumento de 18% e, com o suporte da Aon, fizemos uma proposta de 10% em janeiro deste ano, seguida de avaliao e conteno do sinis-tro pelos prximos meses. E conseguimos permanecer com o sinistro abaixo da meta, evitando os 8%, conta Linhares, ressaltando a importncia dos relatrios gerados pela Aon que indicam os maiores riscos da ap-lice. E com base nisso, eu tenho subsdios para negociar. Eles iniciam as conversas, mas nas reunies de deciso final, eu quem participo, conta.

    VISO DO PLANOO presidente da Bradesco Sade, Marcio Coriolano, v a presso dos custos sobre

    a relao entre empresa e ope-radora com normalidade. Nos habituamos a isso e, por isso, nos especializamos em mostrar para o cliente onde o calo est apertan-do, afirma o executivo, enfatizan-do que atualmente a demanda excede o produto e a qualidade da rede de prestadores. Segundo ele, assim como as consultorias, as operadoras tambm esto preocu-padas em munir as empresas com informaes a fim de prover a me-lhor assistncia aos funcionrios. Exemplo disso foi a criao do Sis-tema de Informaes Gerenciais (SIGE) que acompanha as despe-sas ocorridas, possibilitando a gerao de relatrios sob medida para as necessidades de anlise do comportamento das despesas mdico-hospitalares e a identifi-cao de ajustes no desenho do plano-benefcio. O sistema acessado pela inter-net e so encontradas informaes que vo desde quanto gastam os colaboradores por tipo de evento, por prestador, podendo chegar at em informaes por cada segura-do, no entanto, apenas o mdico designado da empresa pode ter acesso a esse tipo de dado. Isso d a transparncia necessria para a empresa questionar a Bradesco Sade, enfatiza. A segunda opinio mdica pode ser outra forma para evitar o uso desequilibrado dos convnios mdicos. A Bradesco Sade, por exemplo, em parceria com os Hos-pitais Albert Einstein (SP) e Mater Dei (MG), fez um projeto desse tipo para proporcionar aos pacientes eventuais alternativas de trata-mento de patologias de coluna ver-tebral que no sejam a interveno cirrgica, com ou sem colocao de prtese. Com isso, mais de 67% dos casos indicados para cirurgia de coluna foram desaconselhados pelo projeto. Outro caminho indicado pelas consultorias e operadoras a chamada coparticipao, na qual o beneficirio arca com uma par-cela das consultas e exames mais

    Fonte: Aon Hewitt Brasil

    Inflao Mdica x Inflao Geral Inflao Mdica

    Inflao Geral

    6%*

    15.33%

    0.00%

    2.00%

    4.00%

    6.00%

    8.00%

    10.00%

    12.00%

    14.00%

    16.00%

    18.00%

    2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

    * Projetado

    Lay_operadora.indd 30 19/08/13 11:06

  • Untitled-8 1 15/08/13 14:49

  • 32 AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    FH | OPERADORA

    Torloni, da Aon: anlises geogrficas e de mercado so importantes para a escolha do plano

    Foto

    : Div

    ulga

    o

    DESEQUILBRIO DE MERCADOOs mais de 47 milhes de usurios de planos de sade pagam cada

    vez mais caro pelo servio que, ainda, figura entre os maiores ndices de reclamaes. A situao dos reajustes problemtica para os

    dois tipos de contratao existentes: planos individuais/familiares ou coletivos (contratados por empresas, associaes ou sindicatos).

    A atual regulao estabelece ndices mximos de reajustes para os individuais/familiares, fixados este ano em 9,04% - 2,55 pontos

    porcentuais acima do IPCA, atingindo 8,4 milhes de pessoas (17,6% do total dos brasileiros com planos). J nos coletivos, os valores

    so livremente reajustados pelos fornecedores, aspecto este, que, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), fere os

    direitos previstos no Cdigo de Defesa do Consumidor. O instituto radicalmente contra a falta de estabelecimento de um teto para esse tipo de servio. direito bsico do cidado ter a informao prvia sobre os custos do servio, afirma a advogada e pesquisadora

    do Idec, Joana Cruz. Em pesquisa de julho deste ano, o Idec apontou que houve aumento excessivo nas mensalidades de planos de sade coletivos

    (com at 30 usurios - 85% do total), com reajustes superiores a 20%. O valor teto deve acompanhar o IPCA e a renda do consumidor, o que no

    acontece em nenhum dos tipos. Se continuarmos nessa tendncia, um plano se tornar impagvel daqui a 30 anos, diz Joana, que defende uma profunda reviso do sistema e tambm do papel da ANS como regulador. Para se ter uma ideia, nos ltimos cinco anos, as despesas assistenciais

    das associadas Federao Nacional de Sade Suplementar (FenaSade) cresceram 133,8%. As mensalidades pagas pelos beneficirios de planos

    so a nica fonte de recursos que mantm este sistema. Desta forma, qualquer desequilbrio que gere resultados deficitrios ou insuficientes para cobrir as despesas assistenciais recai sobre o prprio consumidor,

    disse a FenaSade, em comunicado FH. O fato que o setor de sade continuar crescendo a um ndice mais

    alto do que a inflao geral devido aos diversos fatores socioeconmicos e, enquanto isso, os valores vo sendo reajustados com o objetivo de

    assegurar o equilbrio financeiro dos contratos e, consequentemente, a viabilidade da Sade Suplementar. Resta-nos saber at quando.

    A Bradesco Sade e sua controlada Mediservice possuem mais de 4,083 milhes de clientes; Crescimento de 10,13% em nmero de beneficirios no 1 tri; Faturamento de R$ 5,7 bilhes no 1 semestre, o que representa crescimento de 24,4%; Carteira de pequenas e mdias empresas de mais de 678 mil vidas. No primeiro semestre de 2013, a carteira grupos de 03 a 99 segurados apresentou aumento de 30,4% em nmeros de beneficirios; 95,3% da carteira composta por seguros coletivos; Em junho de 2013, a sinistralidade direta (prmio x sinistro) caiu 0,2% em relao ao primeiro semestre de 2012; Cerca de 70 mil empresas no Brasil so clientes da Bradesco Sade e da Mediservice. Atualmente, dentre as 100 maiores empresas em faturamento do Brasil, 53 esto na carteira das duas empresas

    * Nmeros Bradesco Sade

    Fonte: Bradesco Sade/Resultado de 2013 em comparao ao mesmo perodo referido em 2012

    comuns. Em relao aos chamados programas de promo-o e preveno - que podem incluir atividades fsicas, palestras educacionais, consultas bsicas peridicas, levantamento e acompanhamento de crnicos, entre outros -, consenso entre os entrevistados de que so iniciativas importantes, mas no determinantes para a reduo dos gastos com planos. Os resultados desses programas so de longussimo prazo. No com isso que se controla sinistralidade. Hoje se d pela regulao da utilizao, ou seja, controle forte por parte da operadora na hora de autorizar um procedimento mdico e na questo do reembolso para segurados. O pente fino est na conta mdica, opina o advogado Parra.

    Lay_operadora.indd 32 15/08/13 17:44

  • Untitled-6 1 14/08/13 08:38

  • 34

    FH | ENTRE ELOS

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    Foto: Divulgao

    Foto: Divulgao

    CONTROLEPRESCRITOMuitos projetos no dariam os mesmos resultados se caminhassem sozinhos. Tanto que a empresa Prime Interway, fornecedora de produtos de automao comercial e mobilidade corporativa, sempre trabalha junto a parceiros para complementar as suas solues de hardware. Isto porque a juno de solues tambm uma exigncia do cliente, diz Justino Moura, gerente comercial da empresa.E foi assim que aconteceu a instalao de um sistema de leituras de cdigos de barras para controlar os lotes e validade dos medicamentos do Hospital Estadual Vila Alpina (Heva), de So Paulo. Para estas e outras automatizaes, o hospital contou com o trabalho em conjunto da Prime Interway e Disclinc, fornecedora da soluo Alphalinc, uma sute de aplicativos para a cadeia de suprimentos, baseada nas tecnologias web services e SOA (Arquitetura Orientada a Servio).

    Tati Seoane | [email protected] Elogiado pelos parceiros da implantao do Alphalinc, o Heva um hospital que investe em tecnologia e nos processos de melhoria e automatizao do atendimento. Acolhe uma regio de 30 mil habitantes e refern-cia na zona leste da cidade de So Paulo. E 95% dos pacientes so provenientes do pronto-socorro.

    A companhia entrou na implan-tao do Heva para fornecer automao e melhor usabilidade soluo Alphalinc por meio de seu hardware (coletores de dados). Com atuao nacional e operaes 100% via canais, atua em setores como banco, varejo, logstica, indstria, sade, governo etc.

    1

    2

    Fachada do Hospital

    Estadual Vila Alpina (Heva)

    Coletor de dados da Prime Interway

    lay_entre elos_novo.indd 34 15/08/13 16:32

  • 35

    Foto: Divulgao

    HOSPITAL ESTADUAL VILA ALPINAAntes desta implantao, o Heva passava por um processo em que a farmcia retirava diariamente as prescries mdicas nas unidades de internao, e os farmacuticos faziam a triagem no papel antes de liber-las para separao. O inventrio era todo manual com diversas contagens e recontagens, gerando grande possibilidade de erro, explica o coordenador de tecnologia da informao do Heva, Rodrigo Bonci. No existia controle de cdigo de barras de todos os medicamentos, tampouco a leitura do cdigo de barras 2D (bidimensional Datamatrix), afirma.Hoje, com o Alphalinc, quando o mdico receita, o farmacu-tico recebe a prescrio online na tela do computador e, logo, realiza a triagem. Para Bonci, garantir a integrao e confiabilidade dos sistemas foi um dos principais desafios da implantao. Fizemos testes com diversas cargas de dados e realizados por diversas vezes. Para isso contamos com um total empenho das equipes de TI e financeiro do SECONCI-SP (Servio Social da Construo Civil), e TI da Disclinc e Heva.Aps esta etapa, o sistema de gesto - que contempla a pres-crio mdica, recebimento de mercadorias, ordem de com-pra e o sistema financeiro corporativo Datasul -, foi adaptado nova plataforma. Alm disso, o procedimento contou com treinamento dos funcionrios do departamento de farmcia, enfermagem e TI interna do Heva.Com o Alphalinc, houve tambm a informatizao do setor de fracionamento do hospital. Agora, quando se recebe uma nota fiscal, o sistema gera num Dashboard (lista de tarefas para acompanhamento, baseado no consumo dos medicamentos).

    A SOLUO ALPHALINCA partir do software de logstica Alphalinc, Mattar procurou definir parceiros de tecnologia para complementar a soluo e lembrou-se das experincias com Justino Moura. As parcerias sempre vm de relacionamento, afirma. Desta maneira, na implementao do sistema de gesto para a cadeia logstica do Heva, a prioridade foi usar um processo de leituras de cdigos de barras com tecnologia wi-fi, para ga-rantir mais mobilidade aos procedimentos da farmcia e do departamento financeiro.Neste projeto, foi fundamental trabalhar sem a preocupao com os equipamentos, diz Mattar. De acordo com o executi-vo, a parceria levou ao hospital uma infraestrutura de melhor usabilidade dos sistemas, alm de permitir a armazenagem do medicamento de forma adequada, minimizando os erros at mesmo na hora de medicar o paciente, inclusive na dosagem.

    O HARDWARE PRIME INTERWAYDesde 1994, a Prime Interway trabalha em projetos de insta-laes de cdigos de barras no Brasil. Nestes primeiros anos, Justino Moura, conheceu Jamil Mattar, diretor geral da Disclinc, que na poca, atuava como CIO do Hospital Israelita Albert Einstein, em So Paulo. A partir da, os dois executivos traaram um caminho de muitas parcerias at chegar no Heva.No queremos apenas colocar equipamentos puros e sim-ples. sempre necessrio um software para as leituras, explica Moura. No caso da implementao do Alphalinc na entidade, a necessidade era buscar mais mobilidade para a soluo.Segundo Moura, um fator que ajudou na implementao foi a abertura da equipe do Heva a uma evoluo de melhoria dos sistemas de atendimento ao cliente e controles de che-gada de medicamentos e do almoxarifado. surpreendente que hospitais pblicos no Brasil se preocupem com este rastreamento, diz o executivo. Em geral, vemos softwares de gesto, mas no com mobilidade.

    Com o software de gesto para toda a cadeia de logstica e suprimentos, a companhia - in-tegrante da empresa americana Quadrant Holding - definiu que, ao lado de parcerias, poderia ofe-recer solues mais completas e inteligentes. H sete anos no mer-cado brasileiro, a soluo Alpha-linc est direcionada aos setores de Sade e Petrolfero.

    3

    Jamil Mattar, diretor geral

    da Disclinc

    *Aps conceder entrevista para a reportagem, Justino S. de Moura assumiu o cargo de diretor Comercial da Disclinc e Sandro Farah Manzano assumiu o cargo de gerente Comercial da Prime Interway

    lay_entre elos_novo.indd 35 15/08/13 16:32

  • 36

    FH | especial edifcio sade

    agosto 2013 revistafh.com.br

    Foto: Divulgao

    Marcelo Vieira [email protected]

    AliAdo dA

    cura

    Humanizao e oncologia so termos que ca-minham juntos quando se trata dos edifcios desta especialidade lanados nos ltimos anos. Os investimentos cada vez maiores em prdios e alas altamente adaptados chamam a ateno no s pelo aspecto da assistncia, mas tambm pelo diferencial competitivo. Afinal, a expectativa de vida e a incidncia da doena na populao brasileira crescem na mesma medida que a disposio dos pacientes em gastar o necessrio para obter a cura.No h dados consolidados sobre os investimentos em centros e institutos oncolgicos por parte do se-tor de sade, mas a anlise dos mais recentes per-mite verificar o fortalecimento de uma tendncia.A Beneficncia Portuguesa de So Paulo, por exem-plo, aumentou substancialmente os aportes em oncologia nos ltimos dois anos, quando trouxe para o corpo clnico os mdicos Antonio Buzaid e Fernando Maluf (mais uma equipe de 15 especialis-tas), oriundos do Hospital Srio-Libans. Em junho ltimo foi a vez de lanar o Centro Oncolgico An-tnio Ermrio de Moraes, estrutura dividida entre os hospitais So Jos e So Joaquim, e que consumiu cerca de R$ 12 milhes. Quando for inaugurado um terceiro prdio do centro (ainda sem previso de

    data), exclusivo para atendimento oncolgico, os investimentos devem alcanar R$ 160 milhes.O superintendente de infraestrutura da Benefi-cncia, Luiz Celso Camargo, explica que o centro representa o alinhamento da administrao e dos recursos aplicados pela instituio em oncologia. Para isso, algumas reas do Hospital So Jos e do bloco 5 do Hospital So Joaquim tiveram que ser completamente reformados. Os consultrios para o atendimento so bastante amplos, assim como os quartos e boxes individuais para quimioterapia, com espao para os acompanhantes e privacidade para os pacientes, explica o executivo.Pensados para atender pblicos de alto poder aqui-sitivo, os espaos do Centro Oncolgico buscam tornar mais agradvel a permanncia do pacien-te. Receberam particular ateno, a decorao e a iluminao dos ambientes. Alm disso, os quartos foram adaptados para que a quimioterapia possa ser feita em pacientes deitados, e os boxes tradicionais so a prova de som, garantindo tranquilidade.Outro ponto importante, na opinio de Camargo, a centralizao do diagnstico e do tratamento do paciente com cncer em um mesmo espao fsico: os dois hospitais contam com estruturas

    semelhantes, com equipamentos para consultas e terapia, dispensando deslocamentos desneces-srios e permanecendo sob cuidado da mesma equipe multidisciplinar. Humanizao no s espao fsico, a parte humana tambm funda-mental, pondera.A Beneficncia estima um incremento de 20% a 30% no nmero de pacientes oncolgicos atendidos a partir do estabelecimento do centro.

    PrivacidadeOutro prdio pensado em detalhes para humanizar o atendimento em oncologia o da Unidade Perdizes Higienpolis do Hospital Israelita Albert Einstein. O acesso ao Centro de Oncologia facilitado por rampas e elevadores, e o trnsito interno desobriga o paciente passar pelas salas de espera, garantindo a privaci-dade de quem no queira ser visto.Inaugurado em 2010, o espao possui boxes individu-ais, isolados e privativos, mas pensados para serem confortveis, praticamente um quarto hospitalar, explica o mdico responsvel pela rea oncolgica da unidade, Rafael Kaliks Guendelmann. A prpria localizao do prdio, afastada do hospital central no Morumbi, apontada como outra vantagem.

    Diante Da expectativa Do envelhecimento Da populao, crescem os investimentos Das intuies De saDe brasileiras na oncologia. os novos espaos apostam em ambientes mais acolheDores, que buscam a humanizao para reDuzir o sofrimento Dos pacientes

    Lay_Hospital_arquitetura.indd 36 15/08/13 16:04

  • 37

    Foto: Divulgao

    Foto: Divulgao

    um bairro mais distante para trazer um ambiente mais tranquilo, explica o mdico do Einstein, que tambm aposta na multidis-ciplinaridade da equipe de apoio. A estrutura conta com uma equipe de atendimento psico-lgico e dental, entre outras especialidades. A proximidade com a equipe de exames evita que o paciente se desloque para outras reas.Para aumentar a capacidade de acolhimento destes pacientes, a unidade adotou o modelo Planetree, filosofia que coloca o paciente no centro do processo assistencial. Assim, esto disposio servios de nutrio, entretenimen-to, terapias de integrao e at espiritualidade. Objetivo: minimizar os impactos dos agressivos tratamentos oncolgicos.

    AlicerceInaugurado no fim de junho na capital paulis-ta, o Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (HSP) custou cerca de R$ 26 milhes. Localizado bem ao lado do prdio hospitalar da instituio na zona sul da capital paulista, a gesto tcnica da estrutura est a cargo do Srio-Libans, liderada pelo renomado Paulo

    Santa Paula, box de infuso tem grandes janelas e iluminao controlvel

    Os cinco andares que somam 4 mil mdo instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (HSP) foram pensados para melhorar qualidade de vida dos pacientes

    Afastada do hospital central no Morumbi, a Unidade Perdizes Hi-gienpolis do Hospital Israelita Albert Einstein est localizada em bairro tranquilo na capital paulista, e adotou o modelo Planetree,

    filosofia que coloca o paciente no centro do processo assistencial

    Novo centro do HSP custou cerca de R$ 26 milhes e sua gesto tcnica coordenada

    por Paulo Hoff, mdico-diretor do Srio-libans

    Lay_Hospital_arquitetura.indd 37 19/08/13 11:08

  • 38

    FH | especial edifcio sade

    agosto 2013 revistafh.com.br

    HumanizaO tambm fOcO dO SetOr PblicO

    localizada em Salvador (Ba), as Obras Sociais irm dulce (OSid), entidade filantrpica que administra um dos maiores complexos hospitalares operando integralmente no SUS, teve que esperar mais de 10 anos para receber do governo do estado um terreno localizado ao lado do Hospital Santo antnio, pertencente ao complexo. O espao abrigar a Unidade de radioterapia e Quimioterapia (UrQ), que deve ampliar o nmero de pacientes em tratamento contra o cncer atendidos dos atuais 500 por ms para mais de 2 mil inclusive em radioterapia, tratamento at ento no oferecido pela OSid.a superintendente da entidade, lucrcia Savernini, diz que o projeto do novo centro Oncolgico j aprovado pelo Ministrio da Sade busca desafogar uma estrutura que est no limite da capacidade de atendimento, mas que o tema da humanizao no foi desconsiderado. a sala de espera, por exemplo, ser muito maior que a atual que est em funcionamento no Hospital Santo antnio. Tambm crescero o nmero de consultrios (de quatro para dez), de poltronas para infuso (sero 30 novas) e, principalmente, o espao fsico (1600 m). uma quebra de paradigma, explica arturo Braga, lder do Ncleo de Projetos e Obras da OSid, departamento responsvel pelo projeto do novo prdio. a possibilidade do acompanhante estar sempre junto do doente algo que geralmente no acontece no hospital pblico.apesar das diferenas bvias, a intensidade das preocupao estruturais no so to diferentes daquelas das instituies dos grandes centros. Sob o ponto de vista da humanizao, o projeto da UrQ considera facilidade e flexibilidade de acesso, privacidade dos leitos, necessidade de interao com o espao, iluminao, entre outros aspectos. Organizacionalmente, representa a capacidade para crescimento orgnico da instituio, principalmente no campo oncolgico.O incio das obras est programado para setembro e inaugurao prevista para junho de 2014.

    Hoff. A capacidade de atendimento ambulatorial de cerca de 800 pa-cientes por ms, meta que o hospital espera alcanar em cerca de um ano.Com a qualidade da assistncia as-segurada pela parceria, a ateno se volta para a infraestrutura do prdio, construdo desde a base consideran-do os princpios de humanizao. Os consultrios, por exemplo, so maio-res que os tradicionais com o objeti-vo de abrigar no s o paciente, mas toda a famlia, que fica doente junto, conforme explica o diretor clnico do Santa Paula, Otvio Gebara.So cinco andares que somam 4 mil m: os dois primeiros possuem consul-trios mdicos e os dois ltimos boxes individuais as grandes janelas per-mitem que o paciente em tratamento olhe para a cidade de So Paulo duran-te as horas que obrigatoriamente ali fi-car. Abaixo do nvel da rua, no quarto subsolo, est o acelerador linear para radioterapia. Embora protegido por paredes e portas imensas, mesmo este pavimento busca agradar o pa-ciente: as paredes espessas e portas pesadas so decoradas com quadros e papeis de parede claros.No terceiro andar est o centro de con-vivncia do instituto, que abriga uma biblioteca, um cybercaf, uma sala de nutrio e de esttica (com assessoria de maquiagem e perucas) e o audit-rio, para conferncias e palestras edu-cativas entre mdicos e pacientes. H

    tambm um sino dourado na parede central do centro, tocado todas as vezes em que um paciente recebe um diagnstico de cura.Todo o Instituto de Oncologia foi concebido atravs de um longa pes-quisa no exterior e com pacientes do prprio Santa Paula, explica a diretora da Duarte Schahin Arquitetura, Clia Schahin, responsvel pelo projeto do prdio. Os aspectos de humanizao foram fundamen-tais: conforto trmico, acstico, diferentes iluminaes nos boxes para cada ocasio... Tudo para que o processo de cura seja menos sofrido.Segundo o diretor presidente do Hospital Santa Paula, George Schain, a nova unidade do Santa Paula faz parte da estratgia de ampliar o atendimento a pacientes com cncer. Espera-se que o investimento aumente o faturamento global da instituio entre 25% e 30%, e que a oncologia responda com 50% de todas as receitas, algo entre R$ 12 e R$ 14 milhes por ano. Nossas prioridades so trs: oncologia, oncologia e oncologia, reitera o executivo.

    eficiNciaPara Luiz Gonzaga Leite, responsvel pelo corpo de psiclogos do Hospital Santa Paula que atende no Instituto de Oncologia, o espao pensado de forma humanizada tem a capacidade de alterar o estado de conscincia dos pacientes, influindo sobre o sistema imunolgico. O ambiente tem o poder de facilitar a relao psquica, promover a inte-grao e o crescimento da pessoa, assim como pode adoec-la, explica.O trabalho de humanizao na rea oncolgica busca minimizar o sofrimento causado desde o diagnstico da doena, explica Leite, que coloca o paciente em contato prximo com o medo da morte. A arquitetura hospitalar pode ser considerada um elemento chave para a construo de um ambiente de cura. Esta qualidade do espao fsico tem uma influncia real no processo de recuperao.Mas Joo Carlos Bross, scio da Bross Consultoria e Arquitetura, espe-cializada em edifcios para a rea de sade, diz que a humanizao no depende s do ambiente, mas tambm da visibilidade dada ao indivduo que o frequenta. Para isso devem ser considerados elemen-tos como o comportamento, a mecnica do processo assistencial, os servios de suporte ao funcionamento do hospital e, mais importante, o tratamento dos profissionais que ali atuam, a principal humaniza-o, defende o arquiteto.

    Quarto no beneficncia Portuguesa amplo para acomodar acompanhantes

    Foto: Divulgao

    Lay_Hospital_arquitetura.indd 38 15/08/13 16:04

  • Untitled-6 1 14/08/13 08:41

  • 40

    FH | IT MDIA DEBATEEspecial Edifcio Sade

    AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    EXPECTATIVA DE ENVELHECIMENTO DA POPULAO E MUDANA DE PERFIL EPIDEMIOLGICO DO BRASILEIRO APONTAM O MODELO HOSPITALOCNTRICO COMO ULTRAPASSADO. AGENTES DO SETOR ACREDITAM NA TENDNCIA DA DESCENTRALIZAO, MAS SE SENTEM ENCURRALADOS DIANTE DE DESAFIOS COMO A DEMANDA POR LEITOS, A SUSTENTABILIDADE DE MODELOS ALTERNATIVOS E QUESTES CULTURAIS

    Maria Carolina Buriti | [email protected]

    lay_panorama_Debate.indd 40 16/08/13 18:25

  • 41

    Quadros, do Baa Sul: nos

    EUA, 70% dos procedimentos

    de baixa e mdia complexidade

    foram transferi-dos de hospitais

    para centros ambulatoriais

    Foto: Ricardo Benichio

    Terra no o centro do universo como todos acreditavam at as

    descobertas de Galileu Galilei e Nicolau Coprnico. Salvo s devidas propores, essa teo-

    ria permite uma analogia com o modelo hospita-locntrico vigente no sistema brasileiro de hoje, onde tudo, principalmente o paciente, est em torno do hospital. Tal modelo condenado pelos agentes do setor e apontado como insustentvel, por conta dos altos custos necessrios para a operao do hospital e a pouca resolutividade de um fluxo que foca na doena e no na sade, deixando para trs a to necessria preveno. Essas condies atuais tm impactado direta-mente a construo do Edifcio Sade deixando sempre como tendncia, mesmo que a passos lentos, o desenho de um organismo estruturado em volta do paciente. Tais questes aparecem na pauta de novas construes, porm enfrentam como desafios uma rpida expanso hospitalar. Esse gap entre um possvel mundo ideal (des-centralizao) e o emergencial (acesso imediato) esteve entre as questes mais discutidas pelo IT Mdia Debate, que abordou Tendncias e ex-pectativas sobre as configuraes do Edifcio Sade diante da desospitalizao, e reuniu o superintendente operacional do Hospital Ale-mo Oswaldo Cruz, Paulo Vasconcellos Bastian, o autor do livro Hospital Dia um modelo sus-tentvel, Newton Quadros, a diretora de Projetos da Kahn do Brasil, Carolina Botelho, o Superin-tendente de Ateno Sade da Unimed Vitria, Paulo Magno do Bem, e a arquiteta e consultora da L+M Gets, Iside Falzeta. Leia os principais tre-chos da discusso a seguir.

    lay_panorama_Debate.indd 41 19/08/13 11:10

  • 42

    FH | IT MDIA DEBATE

    43AGOSTO 2013 REVISTAFH.COM.BR

    Especial Edifcio Sade

    EM CONSTRUOO setor de sade est em expan-so e tais investimentos so im-pulsionados por uma demanda existente tanto na rea pblica quanto na privada. Basta analisar os ltimos nmeros sobre o assunto. Na primeira delas, o governo, por meio do programa Mais Mdicos, promete, at 2014, R$ 15 bilhes na expanso e na melhora da rede pblica de sade de todo o Brasil considerando unidades bsicas, unidades de pronto atendim