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Técnico Judiciário – Área Administrativa Direito Administrativo – Parte 1 Prof. Luís Gustavo

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Técnico Judiciário – Área Administrativa

Direito Administrativo – Parte 1

Prof. Luís Gustavo

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Direito Administrativo

Professor Luís Gustavo

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Edital

DIREITO ADMINISTRATIVO: 3 Serviços Públicos: conceito e princípios. 5 Organização administrativa: administração direta e indireta. 6 Contratos administrativos: conceito e características. Contratos administrativos: características; formalização, alteração, execução, inexecução e rescisão dos contratos administrativos; sanções administrativas. 9 Regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais - Lei nº 8.112/1990: Das disposições preliminares; Do provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição. Dos direitos e vantagens: do vencimento e da remuneração; das vantagens; das férias; das licenças; dos afastamentos; Do direito de petição. Do regime disciplinar: dos deveres e proibições; Da acumulação; Das responsabilidades; Das penalidades.

BANCA: FCC

CARGO: Técnico Judiciário – Área Administrativa

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Introdução

Luís Gustavo Bezerra de Menezes é Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro e Ex-Presidente da ANPAC. Aprovado em diversos concursos públicos, entre os quais se destacam Técnico Judiciário da Justiça Federal do Rio de Janeiro e Fiscal de Tributos do Espírito Santo, já atuou em diversos cursos preparatórios, em vários Estados e, atualmente, é professor de cursos virtuais e telepresenciais.

LIVROS PUBLICADOS:

Direito Administrativo – Coleção Provas Comentadas FCC – Editora Ferreira (2ª Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes

Direito Administrativo – Coleção Provas Comentadas CESGRANRIO – Editora Ferreira (1ª Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino

Direito Administrativo – Coleção Provas Comentadas FUNRIO – Editora Ferreira (1ª Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino

Comentários à Lei 8.112/90 – Teoria mais 500 questões de provas anteriores – Editora Ferreira (1ª Edição) – Luís Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino

Fanpage: www.facebook.com/lgbezerrademenzes

Periscope: @ProfLuisGustavo

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Direito Administrativo

LEI Nº 8.112/90 (ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL)

HISTÓRICO

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

"Art 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais."

CF, art. 39, "caput" – REDAÇÃO ANTIGA – ANTES DA EC 19/98"Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e panos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e fundações públicas."

• Assim, antes da EC 19/98, os entes da nossa Federação deveriam estabelecer um regime jurídico unificado para seus servidores (Administração Pública Direta, autárquica ou fundacional). O nosso Texto Constitucional preocupou-se, apenas, em unificar o tratamento dado aos seus funcionários, evitando-se um conflito resultante de tratamentos diferenciados para os servidores de uma mesma Administração.

• Assim, para se adequar aos mandamentos da Constituição Federal, respeitando a redação antiga do art. 39, a União estabeleceu, através da Lei nº 8.112/90, o regime jurídico estatutário, para o servidor público federal, da Administração Direta, autárquica e fundacional.

• Hoje, após a EC 19/98, passou-se a possibilitar que as Administrações Direta, autárquica e fundacional da União prevejam a contratação e o vínculo com os seus servidores por regimes diferentes. Acabou a obrigatoriedade do regime jurídico único.

• Por fim, é importante ressaltar que os empregados públicos das sociedades de economia mista e das empresas públicas serão sempre regidos pelo regime celetista.

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CUIDADO: DECISÃO LIMINAR DO STF!Em 2007, o Supremo Tribunal Federal, LIMINARMENTE, determinou a suspensão da vigência do caput do art. 39, da Constituição Federal, dada pela Emenda Constitucional 19/98, restabelecendo-se a sua redação original.

Com isso, até que o Supremo Tribunal Federal decida de forma definitiva a matéria, a Lei nº 8.112/90 pode ser tida como o regime jurídico único estatutário, aplicável aos servidores públicos federais da Administração Direta, autárquica e fundacional.

De tal decisão liminar até o julgamento definitivo, pelo menos, não pode mais haver contratação de pessoal por meio do regime celetista, com base na lei 9.962/00, no âmbito da Administração Pública Federal Direta, autárquica e fundacional.

CARGO PÚBLICO

É o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional da Administração que devem ser cometidas a um servidor. Segundo a Lei nº 8.112/90, os cargos públicos são:

a) acessíveis a todos os brasileiros

"I – os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;" (EC – 19/98)

"CF – Art. 207,§ 1º – É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma lei.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica"

"Lei nº 8.112/90 – art. 5º § 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei."

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b) denominação própria

c) criados por lei

d) vencimento pago pelos cofres públicos

e) para provimento efetivo ou em comissão

II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

• A nomeação para cargo efetivo depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo.

• A nomeação para cargo em comissão independe de aprovação prévia em concurso público, visto ser um cargo de livre nomeação e exoneração.

• É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I – a nacionalidade brasileira;

II – o gozo dos direitos políticos;

III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;

IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;

V – a idade mínima de dezoito anos;

VI – aptidão física e mental.

• As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

• Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras. Para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

• As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos dessa lei.

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CONCURSO PÚBLICO

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. (A PRORROGAÇÃO É UMA FACULDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA!!)

§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.

§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado." (vide CF, ART. 37, IV)

FORMAS DE PROVIMENTO

1. CONCEITO

É ato administrativo por meio do qual é preenchido cargo público, com a designação de seu titular. De acordo com o Texto Constitucional, os cargos públicos podem ser de provimento em comissão ou efetivo. O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

2. TIPOS

Segundo o STF, as formas de provimento são classificadas como: Originária e Derivada.

a) Provimento Originário – ocorre quando não há vínculo anterior com a Administração.

b) Provimento Derivado – ocorre quando já havia um vínculo anterior com a Administração.

• O STF já afirmou que a única forma de provimento originário compatível com a Constituição Federal é a NOMEAÇÃO.

• O STF considerou inconstitucionais as seguintes formas de provimento: transferência e ascensão (ou acesso).

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3. FORMAS

a) Nomeação

b) Promoção

c) Readaptação

d) Reversão

e) Aproveitamento

f) Reintegração

g) Recondução

a) NOMEAÇÃO

• Única forma de provimento originário, segundo o STF.

• Pode ocorrer em caráter efetivo ou em comissão.

• Segundo a CF, art. 37, II, a nomeação para cargo efetivo depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo.

• Segundo a CF, art. 37, II, a nomeação para cargo em comissão independe de aprovação prévia em concurso público, visto ser um cargo de livre nomeação e exoneração.

• O nomeado tem o prazo de 30 dias, improrrogáveis, para tomar posse.

• Se não tomar posse, o ato de provimento será tornado sem efeito.

• O Plenário do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade e com repercussão geral, reconheceu que o candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas indicado no edital tem direito subjetivo de ser nomeado, dentro do prazo de validade do concurso (RE 598.099/MS, rel. Min. Gilmar Mendes, 10.08.2011).

b) PROMOÇÃO

• Só ocorre nos cargos escalonados em níveis, ou seja, nos cargos de carreira. Não ocorre em cargos isolados.

• É a passagem de nível do servidor, dentro da mesma carreira. A EC 19/98 trouxe como requisito prévio à promoção, a participação em cursos de formação e aperfeiçoamento em escolas de governo (art. 39, § 2º).

• A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.

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c) READAPTAÇÃO

• É forma de provimento derivado que visa adaptar a uma nova função o servidor, estável ou não, que sofreu uma limitação, física ou mental, na sua capacidade laborativa, mas que não ficou inválido permanentemente.

• Deverá ocorrer em cargo equivalente ao anterior, tanto em atribuições, quanto em vencimentos. Na hipótese de não haver vaga, o servidor ficará como excedente, até a existência de vaga.

d) REVERSÃO

"Art. 25 – Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; (reversão de ofício)

II – no interesse da administração, desde que:

a) tenha solicitado a reversão (reversão a pedido)

b) a aposentadoria tenha sido voluntária

c) estável quando na atividade

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação

e) haja cargo vago

§1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

§2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para a concessão de aposentadoria.

§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.

§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo.

§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo."

• Sendo assim, agora é possível ao servidor que se aposentou voluntariamente retornar, a pedido, ao serviço ativo, desde que haja interesse da administração (discricionário) e sejam atendidos os requisitos estipulados pela MP.

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• Já no caso do servidor que tenha sido aposentado por invalidez permanente, ocorrerá a reversão de ofício, ou seja, diretamente, independentemente de interesse da Administração (vinculado).

e) APROVEITAMENTO

• Previsto na CF, art. 41, § 3º.

• É o retorno, ao serviço ativo, do servidor estável posto em disponibilidade.

• Ocorre em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anterior.

• Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal.

Obs1: Disponibilidade – ocorre quando é extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade pela Administração. O servidor posto em disponibilidade receberá proventos proporcionais ao tempo de serviço.

DISPONIBILIDADE – TEMPO DE SERVIÇO

REGRAS DE APOSENTADORIA – TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Obs2: Outra observação importante é que a disponibilidade não é forma de punição do servi-dor. A punição do servidor posto em disponibilidade é a sua cassação.

f) REINTEGRAÇÃO

• Prevista na CF, art. 41, § 2º.

• É o retorno ao serviço público do servidor estável, que havia sido injustamente demitido e que conseguiu, por via judicial ou administrativa, invalidar sua demissão.

• Apesar de a CF só falar em via judicial, é certo que também é válida a invalidação de tal ato por via administrativa, dado o poder de autotutela da Administração.

• Retornará ao cargo de origem com o ressarcimento de todos os direitos e vantagens inerentes ao cargo.

• Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, até seu adequado aproveitamento.

• Segundo o Texto Constitucional, caso seja reintegrado o servidor e o eventual ocupante da vaga, for estável, será ele: RECONDUZIDO ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

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• Caso o eventual ocupante não seja estável, será ele exonerado.

g) RECONDUÇÃO

• Segundo o art. 29, da Lei nº 8.112/90, é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, podendo decorrer de:

a) inabilitação em estágio probatório, relativo a outro cargo

b) reintegração do anterior ocupante

Obs 1: Cada vez que um servidor for nomeado para outro cargo, em virtude de concurso público, será ele obrigado a fazer um novo estágio probatório, visto que tal estágio serve para avaliar a capacidade do servidor para o exercício das funções do novo cargo.

Obs 2: Nos termos de jurisprudência do STF, é possível ao servidor estável aprovado para outro cargo, dentro do período de estágio probatório, optar pelo retorno ao cargo antigo, caso deseje.

4. POSSE

A investidura em cargo público ocorre com a posse (art. 7º). Só há posse nos casos de provimento por nomeação (originário). Com a posse, o nomeado passa a ser servidor.

O prazo para o nomeado tomar posse é de 30 dias, improrrogáveis, da data da nomeação. Caso o nomeado não tome posse, o ato de nomeação será tornado sem efeito. Como ainda não há vínculo entre o nomeado e a Administração Pública, não há que se falar em exoneração e, muito menos, em demissão.

"§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento."

Art. 81:

I – licença por motivo de doença em pessoa da família

III – licença para o serviço militar

V – para capacitação

Art. 102:

I – férias;

IV – participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento;

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VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII – missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento;

VIII – licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade;

b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo;

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;

f) por convocação para o serviço militar;

IX – deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;

X – participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica.

5. EXERCÍCIO

Segundo o art. 15, da Lei nº 8.112/90, exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. O prazo para o servidor entrar em exercício é de 15 dias, improrrogáveis. Caso o servidor empossado não entre em exercício, será ele exonerado ou será tornado sem efeito o ato de sua designação para função de confiança.

O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Para dar exercício ao servidor, é competente a autoridade do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado.

6. ESTÁGIO PROBATÓRIO

"Art 20 – Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de vinte e quatro meses durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

1) assiduidade2) disciplina3) capacidade de iniciativa4) produtividade5) responsabilidade"

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CUIDADO!Há uma grande polêmica quanto ao prazo do estágio probatório. Tudo começou com a ampliação do prazo para aquisição de estabilidade que passou de 2 para 3 anos de efetivo exercício, em decorrência da alteração trazida pela Emenda Constitucional 19/98.

Desde então, o tema é objeto de conflito entre posicionamentos doutrinários e até entre os Tribunais, tanto administrativa, quanto judicialmente. Alguns defendem que o prazo do estágio probatório é de 24 meses (como estabelecido pelo texto original da Lei nº 8.112/90) e outros que o prazo passou a ser de 36 meses.

Atualmente, a pode-se dizer que a polêmica está "pacificada", pois o entendimento do STF, do STJ, da AGU e da grande maioria das bancas examinadoras é que o prazo do estágio probatório é de 36 meses.

Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.

• Servidor não aprovado em estágio probatório:

a) ESTÁVEL ==> EXONERADO ==> RECONDUÇÃO

b) NÃO ESTÁVEL ==> EXONERADO (não há que se falar em demissão)

VITALICIEDADE X ESTABILIDADE X EFETIVIDADETais conceitos não se confundem. A estabilidade é prevista no art. 41, da CF, sendo uma garantia de permanência no serviço público para os servidores ocupantes de cargo efetivo, aprovados em concurso público, adquirida após três anos de efetivo exercício.

Assim, diz-se que a estabilidade está relacionada com o tempo de serviço público. Já a efetividade é um atributo do cargo público, ou seja, terá efetividade o servidor ocupante de cargo público efetivo. Logo, a efetividade está relacionada com o tipo de cargo público que a pessoa ocupa.

Por fim, a vitaliciedade seria uma "superestabilidade" aplicável aos ocupantes de cargos vitalícios, tais como os magistrados e membros do Ministério Público. Os detentores de tal privilégio somente perderão seus cargos em virtude de sentença judicial com trânsito em julgado.

Obs.: Estabilidade Extraordinária (ADCT, art. 19) – "Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público."

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FORMAS DE VACÂNCIA

1. CONCEITO

É a forma pela qual o cargo público fica vago, ou seja, é a maneira pela qual o servidor desocupa o cargo público. É o contrário de provimento.

2. FORMAS

a) Exoneração (≠ demissão)

b) demissão

c) promoção

d) readaptação

e) aposentadoria

f) posse em outro cargo inacumulável

g) falecimento

Obs.: É importante ressaltarmos que são hipóteses simultâneas de vacância e provimento, explícitas, de acordo com o texto da Lei nº 8.112/90: promoção e readaptação

Quanto à exoneração do servidor, podemos afirmar que:

1) para o servidor ocupante de cargo efetivo poderá ser:

a) a pedidob) de ofício, em decorrência de:

• inabilitação em estágio probatório

• o servidor não entrar em exercício no prazo legal após a posse

2) para o servidor em cargo comissionado poderá ser:

a) a pedidob) de ofício, a juízo da autoridade competente ("livre nomeação e exoneração")

São também hipóteses de exoneração:

a) quando extinto o cargo do servidor não estável

b) na hipótese de reintegração, quando o cargo em que deva ser reintegrado o servidor encontrar-se ocupado por servidor não estável

c) por insuficiência de desempenho (CF, art. 41, § 4º)

d) por excesso de despesa com pessoal (CF, art. 169, § 4º)

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REMOÇÃO

Desde já, é importante ressaltarmos que não é hipótese de provimento ou de vacância de cargo público.

Além disso, remoção não é sinônimo de transferência. Essa foi julgada inconstitucional pelo STF e era forma de provimento de cargo público, revogada pela Lei nº 9527/97.

Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede, ou seja, o servidor permanecerá no mesmo cargo, podendo implicar ou não mudança na localidade de exercício do servidor.

A remoção de ofício independe da vontade do servidor e será sempre determinada no interesse da Administração. Já a remoção a pedido pode ocorrer a critério da Administração ou pode, em certos casos, a Administração ser obrigada a concedê-la.

Sendo assim, a Lei nº 8.112/90 entende como modalidades de remoção:

I – de ofício, no interesse da Administração;

II – a pedido, a critério da Administração;

III – a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administra-ção:

a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

REDISTRIBUIÇÃO

Também não é forma de provimento, nem de vacância. Ocorre deslocamento do cargo para outro órgão ou entidade, e não o preenchimento de um cargo preexistente nesse órgão ou entidade. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder.

A redistribuição deve ser previamente apreciada pelo órgão central do Sistema de Pessoal Civil e possui os seguintes pressupostos:

I – interesse da administração;

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II – equivalência de vencimentos;

III – manutenção da essência das atribuições do cargo;

IV – vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;

V – mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;

VI – compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade.

É importante ressaltarmos que ela só existe ex-officio. É uma técnica que permite à Administração adequar seus quadros às reais necessidades de serviço de seus órgãos ou entidades.

Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, o servidor estável que tenha seu cargo extinto ou declarado desnecessário, não sendo redistribuído, será colocado em disponibilidade, com proventos proporcionais, até seu adequado aproveitamento. Alternativamente, o servidor que não for distribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do SIPEC e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento.

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.

§ 1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do impedimento.

§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput.

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SUBSTITUIÇÃO

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.

§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria.

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Questões

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES – PARTE 1

1. (FCC – TRF-1a – Analista Administrativo – 2011) João, servidor público federal, está-vel, retorna a cargo anteriormente ocupa-do em virtude de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo. Maria, servidora pública federal, aposentada por invalidez, retorna à atividade, tendo em vis-ta que a junta médica oficial declarou insub-sistentes os motivos de sua aposentadoria. Os exemplos narrados correspondem, res-pectivamente, às seguintes formas de provi-mento de cargo público:

a) readaptação e aproveitamento.b) reintegração e recondução.c) reversão e readaptação.d) recondução e reversão.e) aproveitamento e reintegração.

2. (FCC – TRT-18 – Juiz Substituto – 2014) No tocante à disciplina da remoção dos servi-dores públicos, nos termos da Lei Federal no 8.112/1990, é INCORRETO afirmar:

a) Remoção é o deslocamento do servi-dor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

b) A remoção a pedido, para acompa-nhar cônjuge ou companheiro, tam-bém servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios, que foi deslocado de ofício, é concedida independentemente do inte-resse da Administração.

c) A remoção a pedido, por motivo de saú-de do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expen-sas e conste do seu assentamento fun-

cional, pode ser concedida mediante declaração firmada por médico de con-fiança do interessado.

d) Na hipótese em que o número de in-teressados for superior ao número de vagas, a remoção a pedido se dará me-diante processo seletivo, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lota-dos.

e) A remoção a pedido não gera direito à percepção de ajuda de custo pelo servi-dor removido.

3. (FCC – DPEP – Defensor Público – 2014) De-terminado servidor público que ocupava cargo efetivo foi demitido, tendo essa de-cisão sido lançada no bojo de processo dis-ciplinar que tramitou nos termos da legis-lação vigente. Entende o servidor que não foram apreciados corretamente todos os fatos e provas colacionados aos autos. Pre-tende questionar judicialmente a decisão, requerendo

a) sua recondução ao cargo, cabível nos casos de nulidade do processo discipli-nar

b) seu ingresso no serviço público, inician-do novo vínculo com a Administração pública.

c) sua remoção para outro cargo, precedi-da de invalidação da decisão que o de-mitiu, para que seja resgatado o vínculo inicial.

d) sua readaptação, precedida de invali-dação da decisão que o demitiu, para possibilitar que seja resgatado o vínculo inicial.

e) sua reintegração ao cargo anteriormen-te ocupado, fazendo jus a todos os ven-cimentos que lhe deveriam ter sido pa-gos desde a demissão.

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4. (FCC – TRF-4 – Analista Judiciário – 2014) O provimento de cargo público confere àque-le que tomou posse o status de servidor pú-blico. A propósito do provimento de cargos públicos, com base no que dispõe a Lei nº 8.112/1990, o

a) provimento de cargo por pessoa porta-dora de deficiência, regularmente apro-vada em concurso público, chama-se recondução.

b) provimento de cargo por pessoa porta-dora de deficiência, regularmente apro-vada em concurso público, chama-se reintegração.

c) retorno ao cargo por servidor público aposentado, que se submeteu a outro concurso público de provas e títulos, chama-se readaptação.

d) ingresso de estrangeiro em cargo públi-co chama-se reintegração, desde que tenha se submetido a regular concurso público de provas e títulos.

e) provimento de cargos de professores, técnicos e cientistas pode se dar com estrangeiros, no âmbito das universida-des e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais.

5. (FCC – TRT-19 – Oficial de Justiça – 2014) Caterina, servidora pública federal, deverá ter exercício em outro Município em razão de ter sido removida. Nos termos da Lei nº 8.112/90, a servidora terá um prazo mí-nimo, contado da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. O prazo mínimo a que se refere o enunciado é de

a) dez dias.b) um mês.c) cinco dias.d) setenta e duas horas.e) quinze dias.

6. (FCC – TRE-TO – Analista Administrativo – 2011) Quanto a reversão, é certo que

a) a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

b) não poderá reverter o aposentado que já tiver completado sessenta e cinco anos de idade.

c) é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compa-tíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental ve-rificada em inspeção médica.

d) é o retorno à atividade de servidor em disponibilidade e far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatí-veis com o anteriormente ocupado.

e) se fará no interesse da Administração, desde que a aposentadoria ou disponi-bilidade, não tenha sido voluntária.

7. (FCC – TRT-14a – Analista Judiciário – 2011) De acordo com a Lei nº 8.112/90, que dis-põe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, a remoção de servidor público

a) não é cabível, a pedido, para outra lo-calidade, a fim de acompanhar compa-nheiro, também servidor público civil da União, que foi deslocado no interes-se da Administração Pública.

b) pode se dar de ofício ou a pedido, sen-do, nesta segunda hipótese, sempre de-pendente do interesse da Administra-ção Pública.

c) ocorre somente no âmbito do mesmo quadro.

d) pressupõe sempre mudança de sede ou função.

e) é cabível, a pedido, para outra localida-de, em razão de processo seletivo pro-movido, na hipótese em que o número de interessados for inferior ao número de vagas, de acordo com normas prees-tabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

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TRT-SE – Direito Administrativo – Prof. Luís Gustavo

8. (FCC – TRT-4a – Analista Administrativo – 2011) É cabível remoção a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração, em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for:

a) Superior ao número de vagas, de acordo normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade, em que aqueles estejam lota-dos

b) Inferior ao número de vagas, em confor-midade com normas estabelecidas pelo Poder Público em que aqueles estejam designados

c) Superior ao número de vagas, a critério da autoridade competente, desde que presente o interesse público, indepen-dentemente da respectiva lotação

d) Inferior ao número de vagas, a critério da autoridade competente, quando ne-cessário ao atendimento de situações emergências do órgão ou entidade

e) Igual ao número de vagas, de acordo com normas estabelecidas pelo órgão público independentemente do local da respectiva designação

9. (FCC – TRT-4ª – Seg. e Transp. – 2011) Nos termos da Lei nº 8.112/90, às pessoas por-tadoras de deficiência é assegurado o di-reito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras. Para tais pessoas, das vagas oferecidas no concurso, serão reservadas até:

a) vinte por cento.b) trinta por cento.c) trinta e cinco por cento.d) quarenta por cento.e) vinte e cinco por cento.

10. (FCC – TRE-AP – Técnico Judiciário – 2011) Deocleciano foi empossado como servidor efetivo do cargo público “X”. De acordo com a Lei nº 8.112/90, Deocleciano:

a) terá o prazo de quinze dias para entrar em exercício, contados da data da pos-se.

b) terá o prazo de trinta dias para entrar em exercício, contados do primeiro dia útil posterior à data da posse.

c) entrará em exercício imediatamente, tendo em vista que a posse e o exercício são atos que devem ser realizados obri-gatoriamente concomitantemente.

d) terá o prazo de dez dias para entrar em exercício, contados do primeiro dia útil posterior à data da posse.

e) terá o prazo de dez dias prorrogáveis por mais dez, contados da data da pos-se.

11. (FCC – TRE-AP – Analista de Sistema – 2011) Clotilde, servidora pública civil federal, está aposentada por invalidez. Na última perícia realizada para avaliação das condições de sua saúde, uma junta médica oficial decla-rou insubsistentes os motivos de sua apo-sentadoria determinando o retorno de Clo-tilde à atividade. Neste caso, ocorreu

a) a transferência.b) a readaptação.c) a recondução.d) o aproveitamento.e) a reversão.

12. (FCC – TRF-4 – Analista Judiciário – 2014) O provimento de cargo público confere àquele que tomou posse o status de servidor pú-blico. A propósito do provimento de cargos públicos, com base no que dispõe a Lei nº 8.112/1990, o

a) provimento de cargo por pessoa porta-dora de deficiência, regularmente apro-vada em concurso público, chama-se re-condução.

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b) provimento de cargo por pessoa porta-dora de deficiência, regularmente apro-vada em concurso público, chama-se reintegração.

c) retorno ao cargo por servidor público aposentado, que se submeteu a outro concurso público de provas e títulos, chama-se readaptação.

d) ingresso de estrangeiro em cargo públi-co chama-se reintegração, desde que tenha se submetido a regular concurso público de provas e títulos.

e) provimento de cargos de professores, técnicos e cientistas pode se dar com estrangeiros, no âmbito das universida-des e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais.

13. (FCC – TRT-1 – Analista Judiciário – 2014) De acordo com a Lei nº 8.112/90, a nomeação é uma das formas de provimento de cargo público, aplicável para ocupação de

a) cargo público efetivo, não aplicado para os comissionados, exceto os reintegra-dos.

b) cargo público efetivo e para cargos de confiança.

c) cargo ou emprego público efetivos.d) função pública de confiança, cargo em

comissão efetivo e emprego público.e) cargo em comissão, desde que derivado

de readaptação.

14. (FCC – TRT-5 – Analista Judiciário – 2013) A investidura em cargo público ocorre com a posse e dependerá de prévia inspeção mé-dica oficial. Todavia, nos termos do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, somente haverá posse nos casos de provimento de cargo por:

a) nomeação.b) promoção.c) readaptação.d) reintegração.e) recondução.

15. (FCC – TRT-12 – Técnico Judiciário – 2013) Segundo a Lei nº 8.112/90, especificamente no que concerne ao regime jurídico dos ser-vidores públicos da União, é INCORRETO:

a) A posse, em regra, ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.

b) Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concur-so anterior com prazo de validade não expirado.

c) As universidades e instituições de pes-quisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com profes-sores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedi-mentos previstos em lei.

d) Para as pessoas portadoras de deficiên-cia serão reservadas até 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso público para provimento de cargo com atribuições compatíveis com a deficiên-cia de que são portadoras.

e) Só haverá posse nos casos de provimen-to de cargo por nomeação.

16. (FCC – TRT-19 – Contador – 2014) Jéssica, servidora pública federal, aposentou-se por invalidez em 2011. Decorridos dois anos, a junta médica oficial declarou insubsisten-tes os motivos de sua aposentadoria. Cum-pre salientar que Jéssica, no início de 2013, completou 70 (setenta) anos de idade. A propósito do tema e nos termos da Lei nº 8.112/90,

a) aplica-se, no caso, o instituto da recon-dução.

b) aplica-se, no caso, o instituto da readap-tação.

c) é possível a reversão, independente-mente da idade, devendo Jéssica, poste-riormente, requerer sua aposentadoria por idade.

d) não é possível a reversão, uma vez que Jéssica completou setenta anos de ida-de.

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e) é possível a recondução de Jéssica, in-dependentemente da idade, devendo, posteriormente, requerer sua aposenta-doria por idade.

17. (FCC – TCE-RS – Auditor Público – 2014) De-terminado servidor público que ocupava cargo efetivo foi demitido, tendo essa de-cisão sido lançada no bojo de processo dis-ciplinar que tramitou nos termos da legis-lação vigente. Entende o servidor que não foram apreciados corretamente todos os fatos e provas colacionados aos autos. Pre-tende questionar judicialmente a decisão, requerendo

a) sua recondução ao cargo, cabível nos casos de nulidade do processo discipli-nar

b) seu ingresso no serviço público, inician-do novo vínculo com a Administração pública.

c) sua remoção para outro cargo, precedi-da de invalidação da decisão que o de-mitiu, para que seja resgatado o vínculo inicial.

d) sua readaptação, precedida de invali-dação da decisão que o demitiu, para possibilitar que seja resgatado o vínculo inicial.

e) sua reintegração ao cargo anteriormen-te ocupado, fazendo jus a todos os ven-cimentos que lhe deveriam ter sido pa-gos desde a demissão.

18. (FCC – CNMP – Administração – 2015) No tocante às formas de provimento de cargo público, tem-se que:

a) o aproveitamento é decorrência obriga-tória do retorno à atividade de servidor em disponibilidade e será feito em car-go de atribuições e vencimentos com-patíveis com o anteriormente ocupado.

b) a hipótese de reversão do aposentado voluntariamente depende de seu inte-resse desde que não tenha 70 (setenta) anos de idade.

c) na hipótese de reintegração, encontran-do-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, com direito à indenização caso não aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

d) a recondução é a reinvestidura do ser-vidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

e) a readaptação é a investidura do servi-dor em cargo de atribuições e respon-sabilidades menos complexas e será efetivada em cargo de atribuições cuja habilitação exigida não dependa de ní-vel de escolaridade.

19. (FCC – TRT-18 – Juiz Substituto – 2014) No tocante à disciplina da remoção dos servi-dores públicos, nos termos da Lei Federal no 8.112/1990, é INCORRETO afirmar:

a) Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

b) A remoção a pedido, para acompanhar cônjuge ou companheiro, também ser-vidor público civil ou militar, de qual-quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado de ofício, é concedi-da independentemente do interesse da Administração.

c) A remoção a pedido, por motivo de saú-de do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expen-sas e conste do seu assentamento fun-cional, pode ser concedida mediante declaração firmada por médico de con-fiança do interessado.

d) Na hipótese em que o número de in-teressados for superior ao número de vagas, a remoção a pedido se dará me-diante processo seletivo, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou

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entidade em que aqueles estejam lota-dos.

e) A remoção a pedido não gera direito à percepção de ajuda de custo pelo servi-dor removido.

20. (FCC – TRT-6 – Juiz Substituto – 2015) San-dro, servidor público, ocupa cargo efetivo de engenheiro, integrante do quadro de autar-quia federal responsável pelos sistemas de transporte rodoviário. Tendo em vista a sua classificação no concurso público de ingres-so, Sandro teve a oportunidade de ocupar cargo lotado em unidade regional da autar-quia, localizada próxima à cidade onde resi-de. Ocorre que, no decorrer do tempo, di-versos cargos do quadro de engenheiros da autarquia ficaram vagos em função de apo-sentadorias e desligamentos, prejudicando o atendimento em determinadas localida-des. Considerando as disposições da Lei fe-deral no 8.112/1990, Sandro:

a) poderá sofrer remoção, de ofício, no interesse da Administração, ainda que com mudança de sede.

b) caso removido de ofício pela Adminis-tração para outra localidade, terá prio-ridade para recondução à lotação de origem na hipótese de abertura de novo concurso público para provimento de cargos vagos.

c) poderá ter a sua lotação alterada para outra sede, no interesse da Administra-ção, desde que instaurado processo se-letivo de remoção.

d) somente poderá ser removido a pedido, salvo se ainda não tiver completado o período de estágio probatório.

e) somente estará obrigado a exercer suas atribuições em localidade diversa de sua lotação original na hipótese de re-distribuição do seu cargo.

Gabarito: 1. D 2. C 3. E 4. E 5. A 6. A 7. C 8. A 9. A 10. A 11. E 12. E 13. B 14. A 15. D 16. D 17. E  18. A 19. C 20. A

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DIREITOS E VANTAGENS

1. VENCIMENTO:

Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

2. REMUNERAÇÃO:

É o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes, estabelecidas em lei. O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível. Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo.

SUBSÍDIO:

Sistema remuneratório introduzido em nosso Texto Constitucional pela Emenda Constitucional 19/98. Sua característica é ser em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória (art. 39, § 4º).

O importante é sabermos quais são os agentes públicos que obrigatoriamente receberão através dessa espécie remuneratória. São eles: o membro do Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais (art. 39, § 4º).

Já os servidores organizados em carreira poderão (facultativamente) receber através dessa espécie remuneratória (art. 39, § 8º).

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3. TETO REMUNERATÓRIO:

Constituição Federal, art. 37:

"XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores."

5. PERDA DO VENCIMENTO:

"Art. 44. O servidor perderá:"

1. a remuneração dos dias em que faltar ao serviço, sem justo motivo;

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2. a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata (com a nova redação dada pela Lei 9527/97, qualquer atraso ou saída antecipada, independentemente do tempo, deverá ser compensada);

3. quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. (ACRESCIDO POR NÓS).

Obs.: As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício (art. 44, parágrafo único)

6. REPOSIÇÕES E INDENIZAÇÕES:

Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. (art. 45)

TEXTO Lei nº 13.172/2015§ 1º Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento.

§ 2º O total de consignações facultativas de que trata o § 1º não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para:

I – a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou

II – a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão de crédito.

As reposições e as indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais. O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa.

O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial.

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7. VANTAGENS:

São vantagens quaisquer valores percebidos pelo servidor que não sejam vencimento. Possuem caráter permanente ou temporário, sendo certo, que apenas as vantagens de caráter permanente integram a remuneração.

"Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

I – indenizações;

II – gratificações;

III – adicionais.

§ 1° As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

§ 2° As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei."

Pelas definições acima, percebemos que as indenizações jamais farão parte da remuneração, porém, as gratificações e os adicionais poderão ou não fazer parte, dependendo do caráter permanente ou não, nos casos e nas condições indicadas em lei.

a) INDENIZAÇÕES:

• Como visto anteriormente, não se incorporam à remuneração do servidor, visto o seu caráter temporário (indenizatório).

• Segundo o art. 51, da Lei nº 8.112/90, são elas:

I) Ajuda de Custo

II) Diárias

III) Indenização de Transporte

IV) Auxílio Moradia (Lei nº 11.355/06)

Obs.: Os valores das indenizações estabelecidas nos itens I a III, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.

I) AJUDA DE CUSTO:

• Destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente.

• Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção a pedido.

• Correm, também, por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

• O valor pago a título de ajuda de custo é calculado sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a 3 meses de remuneração.

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• Garante-se, ainda, à família do servidor que falecer na nova sede, ajuda de custo e transporte para localidade de origem, dentro do prazo de 1 ano, contado do óbito.

• O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 dias.

II) DIÁRIAS:

• O servidor que, a serviço, se afastar da sede em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e locomoção urbana.

• A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.

• Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.

• Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional.

• O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. No caso de o afastamento do servidor durar menos que o previsto, ele deverá restituir as diárias percebidas em excesso, no prazo, também, de 5 dias.

III) INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE:

• Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

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IV) AUXÍLIO MORADIA (Lei nº 11.355/06):

Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de 1 (um) mês após a comprovação da despesa pelo servidor.

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos:

I – não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor;

II – o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional;

III – o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos 12 (doze) meses que antecederem a sua nomeação;

IV – nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;

V – o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes;

VI – o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses previstas no § 3º do art. 58 desta Lei, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor;

VII – o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos 12 (doze) meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a 60 (sessenta) dias dentro desse período; e

VIII – o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo.

IX – o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006.

Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V

Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado.

§ 1º O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado.

§ 2º Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).

Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês.

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b) GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS:

• Como visto anteriormente, podem incorporar-se ou não à remuneração, dependendo do seu caráter permanente ou não.

• Segundo o art. 51, da Lei nº 8.112/90, são elas:

• gratificação pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;

• gratificação natalina;

• adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

• adicional pela prestação de serviço extraordinário;

• adicional noturno;

• adicional de férias;

• gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006);

• outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho.

Obs. 1: A lista não é taxativa, visto que a lei pode estabelecer outros adicionais relativos ao local ou à natureza do trabalho.

Obs. 2: O Adicional por tempo de serviço foi revogado. Os adicionais já concedidos aos servidores abrangidos pelo Estatuto, ficaram transformados em anuênios (art. 244)

I) Gratificação pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento

• Ao servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento é devida uma gratificação pelo seu exercício. A remuneração dos cargos em comissão deve ser estabelecida em lei específica.

Obs.: Não existe mais no serviço público federal a incorporação de função

II) Gratificação Natalina

• É o conhecido 13º salário do servidor público. Será pago até o dia 20 do mês de dezembro de cada ano.

• Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

• O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

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III) Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas

• Adicional de Insalubridade – é devido ao servidor que trabalhe com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas ou radioativas. Ex: operador de raio-X.

• Adicional de Periculosidade – é devido ao servidor que coloca em risco sua integridade física em razão do exercício de suas funções. Ex: servidor que trabalha com rede de alta tensão.

• Adicional de Penosidade – é pago de acordo com a localidade em que o servidor é lotado. Será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.

• O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles. O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

• Nos casos de atividades consideradas insalubres ou perigosas, a aposentadoria observará o disposto em lei específica. (art. 186, § 2º)

IV) Adicional pela Prestação de Serviço Extraordinário

• É a conhecida "hora extra" do servidor. (CF, art. 39, § 3º)

• Destina-se a remunerar as atividades executadas fora do período normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionário, no desempenho de seu cargo efetivo.

• O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho.

• Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

V) Adicional Noturno

• Considera-se serviço noturno aquele prestado entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do dia seguinte.

• O servidor que presta serviço nesse horário perceberá, a título de adicional noturno, 25% de acréscimo sobre o valor da hora paga pelo mesmo serviço exercido em horário diurno.

• Considera-se hora de serviço noturno o período de 52 minutos e 30 segundos.

• Em se tratando de serviço extraordinário, o adicional noturno incidirá sobre a remuneração do servidor, acrescida de 50% em relação à hora normal de trabalho.

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VI) Adicional de Férias

• Lei nº 8.112/90, art. 76, c/c CF, art. 7º, XVII

XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

• No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

VII) Gratificação pelo Encargo de Curso ou Concurso (Lei nº 11.314/06)

• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual:

I – atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal;

II – participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;

III – participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes;

IV – participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades.

• Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros:

I – o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;

II – a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais;

III – o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da administração pública federal:

a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo;

b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo.

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• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do § 4º do art. 98 desta Lei.

• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões

8) Férias

• Lei nº 8.112/90, art. 77 ao 80, c/c CF, art. 7º, XVII

XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;

• O servidor fará jus a 30 dias de férias remuneradas, anualmente.

• O servidor que opera direta e permanentemente com raios-X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação.

• Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

• É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

• É vedado ao servidor público converter um terço de suas férias em abono pecuniário.

• As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor e a critério da Administração. Nesse caso, o servidor receberá o adicional de férias na fruição do primeiro período.

• Em caso de necessidade de serviço, as férias poderão ser acumuladas, até o máximo de dois períodos.

• As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público. O restante do período interrompido será gozado de uma só vez.

9) Licenças

"Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:

I – por motivo de doença em pessoa da família;

II – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

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III – para o serviço militar;

IV – para atividade política;

V – para capacitação;

VI – para tratar de interesses particulares;

VII – para desempenho de mandato classista.

VIII – para tratamento de saúde (art. 202 ao 206)

IX – gestante, adotante ou paternidade (art. 207 ao 210)

X – por acidente de serviço (art. 211 ao 214)"

a) Prorrogação da Licença

"Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação"

I) Licença por motivo de doença em pessoa da família

• Será precedida de exame por perícia médica oficial, bem como as suas prorrogações.

• É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período dessa licença.

• Grau de parentesco:

i. cônjuge ou companheiro

ii. pais

iii. filhos

iv. padrasto ou madrasta e enteado

v. dependente que viva às expensas do servidor e conste do seu assentamento funcional

• O servidor deve comprovar que é essencial sua assistência direta e que essa não pode ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horários.

• § 2º Esta licença, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:

I – por até sessenta dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e

II – por até noventa dias, consecutivos ou não, sem remuneração.

• § 3º O início do interstício de doze meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida.

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• A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de doze meses, observado o disposto no § 3º, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2º

II) Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

• Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

• A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.

• No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (Não é caso de provimento derivado, visto que o exercício é provisório!)

III) Licença para Serviço Militar

• Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e nas condições previstas na legislação específica.

• Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

• O período de licença será considerado como de efetivo exercício (art. 102, VIII, "f")

IV) Licença para Atividade Política

• Será concedida sem remuneração durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. Esse período não é computado como tempo de serviço.

• Com a remuneração do cargo efetivo, a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição. A remuneração somente será paga pelo período de três meses. Caso o período entre o registro da candidatura e o décimo dia seguinte ao da eleição supere três meses, o servidor poderá permanecer de licença, mas sem direito à remuneração. Esse período de licença será computado como tempo de serviço apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, III)

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V) Licença para Capacitação

• Após cada cinco anos de efetivo exercício, não acumuláveis, o servidor poderá, no interesse da Administração (ato discricionário), afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

• O período de licença para capacitação é considerado como de efetivo exercício para efeito de contagem do tempo de serviço (art. 102, VIII, "e")

Obs.: Não existe mais, no serviço público federal, a licença prêmio por assiduidade.

VI) Licença para Tratamento de Interesse Particular

• Ao servidor ocupante de cargo efetivo, que não esteja em estágio probatório, poderá ser concedida licença não remunerada para tratar de assuntos particulares. A licença poderá durar até três anos e pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse da Administração.

• Concessão da licença – ato discricionário (pode ser interrompida também por ato discricionário)

• O período de licença não é computado como tempo de serviço para qualquer efeito.

VII) Licença para Desempenho de Mandato Classista

• É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites:

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I – para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores;

II – para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores;

III – para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores.

• Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente.

• A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição.

VIII) Licença para Tratamento de Saúde

• Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica oficial, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

• A licença que exceder o prazo de cento e vinte dias no período de doze meses a contar do primeiro dia de afastamento será concedida mediante avaliação por junta médica oficial.

• A licença para tratamento de saúde inferior a quinze dias, dentro de um ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento.

• A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de perícia oficial previstos nesta lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o campo de atuação da odontologia.

• Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.

• O prazo máximo contínuo de licença para tratamento de saúde é de 24 meses. Ao fim de 24 meses, se o servidor não tiver condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, será aposentado por invalidez permanente. Nesse caso, o lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato da aposentadoria será considerado como prorrogação da licença.

• O período de licença computado como tempo de efetivo exercício até o limite de 24 meses, cumulativos ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo.

• A partir de 24 meses, cumulativos ao longo de tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo, o período de licença será considerado como tempo de serviço apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade.

• O servidor será punido com suspensão até 15 dias quando, sem justificativa, recusar-se a ser submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade, uma vez cumprida a determinação (art. 130, § 1º).

• O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.

• O servidor será submetido a exames médicos periódicos, nos termos e condições definidos em regulamento. Para isso, a União e suas entidades autárquicas e fundacionais poderão:

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a) prestar os exames médicos periódicos diretamente pelo órgão ou entidade à qual se encontra vinculado o servidor;

b) celebrar convênio ou instrumento de cooperação ou parceria com os órgãos e entidades da administração direta, suas autarquias e fundações;

c) celebrar convênios com operadoras de plano de assistência à saúde, organizadas na modalidade de autogestão, que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador, na forma do art. 230; ou

d) prestar os exames médicos periódicos mediante contrato administrativo, observado o disposto na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes.

IX) Licença à Gestante, à adotante e Paternidade

Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.

Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

• Os períodos de licença serão considerados como de efetivo exercício para efeito de contagem de tempo de serviço.

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X) Licença por Acidente em Serviço

Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.

Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

I – decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo;

II – sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos.

Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública.

Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

10) Afastamentos

I) Afastamento para servir em outro órgão ou entidade

II) Afastamento para o exercício de mandato eletivo

III) Afastamento para estudo ou missão no exterior

IV) Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país

I) Afastamento para servir a outro órgão ou entidade

Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002)

I – para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;

II – em casos previstos em leis específicas.

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II) Afastamento para o exercício de mandato eletivo

• CF, art. 38 – Regras Básicas

• No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse, visto que esse período é considerado como de efetivo exercício (art. 102, V), contando também para aposentadoria.

• Naturalmente, essa regra refere-se a servidor na ativa, pois se o mesmo estiver aposentado, poderá acumular o subsídio do cargo eletivo com os proventos da inatividade, qualquer que seja o mandato (CF, art. 40,§ 11)

• O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou distribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

III) Afastamento para estudo ou missão no exterior

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4º As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

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IV) Do Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país

Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País.

§ 1º Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós-graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para este fim.

§ 2º Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento.

§ 3º Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento.

§ 4º Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1º, 2º e 3º deste artigo terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido.

§ 5º Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência previsto no § 4º deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento.

§ 6º Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no § 5º deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 7º Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1º a 6º deste artigo.

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10) Concessões

Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:

I – por 1 (um) dia, para doação de sangue;(não há restrição de ser apenas uma vez a cada 12 meses, como a CLT estabelece!)

II – pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias;

III – por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :

a) casamento;

b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

Ao servidor estudante são assegurados os seguintes direitos:

• Horário especial no caso de incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição (art. 98). O servidor deve cumprir toda a sua carga de trabalho, tendo apenas direito de cumprir em horário diferenciado, em função da incompatibilidade existente.

• Matrícula em estabelecimento de ensino, no caso de mudança de sede no interesse da Administração, inclusive para seus dependentes.

A concessão de horário especial é estendida ao servidor portador de deficiência, nesse caso, independente de compensação de horário (art. 98, § 2º). Tal concessão também é extensiva ao servidor que tenha dependente portador de deficiência física, porém com compensação de horário (art. 98, § 3º).

Será igualmente concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei.

Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual:

I – atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal;

II – participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;

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Art. 20, § 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 81 – Conceder-se-á licença:

I – por motivo de doença em pessoa da família

II – por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro

III – para o serviço militar

IV – para atividade política

Art. 94 – Afastamento para exercício de mandato eletivo

Art. 95 – Afastamento para estudo ou missão no exterior

Art. 96 – Afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração

Afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.

§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento.

Art. 83 – Licença por motivo de doença em pessoa da família

Art. 84 – Licença por motivo de afastamento do cônjuge

Art. 86 – Licença para atividade política

Art. 96 – Afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

Participação em curso de formação

11) Tempo de Serviço

Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.

Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

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Casos nos quais os afastamentos são considerados como de efetivo exercício:

Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I – férias;

II – exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

III – exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República;

IV – participação em programa de treinamento regularmente instituído, ou em programa de pós-graduação stricto sensu no país, conforme dispuser o regulamento;

V – desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento;

VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei;

VII – missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

VIII – licença:

a) à gestante, à adotante e à paternidade;

b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento;

d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

f) por convocação para o serviço militar;

IX – deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;

X – participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica;

XI – afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere.

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Situações que são consideradas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I – o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;

II – a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que exceder a trinta dias em período de doze meses.

III – a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2º;

IV – o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

V – o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;

VI – o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

VII – o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102. (Inciso incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

§ 1º O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria.

§ 2º Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.

§ 3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

12) Direito de Petição

É o direito de pleitear, junto à Administração, com o objetivo de obter uma informação ou o esclarecimento de uma situação.

É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.

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RECURSO HIERÁRQUICO (ART. 107)

A característica do recurso hierárquico é que ele deve ser decidido pela autoridade competente imediatamente superior àquela que tiver expedido o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, em escala ascendente, pelas demais autoridades.

Hipóteses de cabimento:

a) indeferimento do pedido de reconsideração

b) das decisões de recursos sucessivamente interpostos

O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.

Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 110 – O direito de requerer prescreve:

I – em 5 (cinco) anos – quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II – em 120 (cento e vinte) dias – nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.

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Questões

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES – PARTE 2

1. (FCC – CNMP – Analista Jurídico – 2015) Lu-ciomar, servidor público federal, após regu-lar processo administrativo disciplinar, foi exonerado. Considerando que ele possuía débito com o erário, de acordo com a Lei nº 8.112/90, Luciomar:

a) será notificado para pagamento ou par-celamento do débito dentro do prazo de quinze dias da efetivação de sua exo-neração, sob pena de inscrição na dívi-da ativa após noventa dias.

b) terá o prazo de noventa dias para quitar o débito, sendo que a não quitação do débito dentro desse prazo implicará sua inscrição em dívida ativa.

c) terá seu débito inscrito imediatamente na dívida ativa por expressa previsão le-gal, em razão da extinção de seu vínculo com Administração pública.

d) terá o prazo de sessenta dias para qui-tar o débito, sendo que a não quitação do débito dentro desse prazo implicará sua inscrição em dívida ativa.

e) será notificado para pagamento ou par-celamento do débito dentro do prazo de trinta dias da efetivação de sua exo-neração, sob pena de inscrição na dívi-da ativa após cento e vinte dias.

2. (FCC – TRF-4 – Analista Judiciário – Área In-formática – 2014) Diante da prática de ato infracional devidamente apurado em regu-lar processo disciplinar, determinado servi-dor, público que ocupava cargo efetivo, foi demitido. Apurou-se, no entanto, que esse mesmo servidor possuía um débito perante a Administração pública, que estava sendo

descontado em folha de pagamento, nos limites e condições legalmente previstos. Diante dessa situação e de acordo com o que prevê a Lei nº 8.112/1990,

a) o servidor deverá quitar, à vista e ime-diatamente, o débito em aberto, sob pena de imposição de nova punição dis-ciplinar.

b) o débito fica extinto, tendo em vista que, em razão da demissão e da extin-ção do vínculo, passa a ser inviável o desconto em folha de pagamento.

c) a demissão só será efetivamente im-plementada após o prazo estabelecido para pagamento do débito, a fim de que seja possível continuar a proceder os descontos em folha.

d) o servidor demitido terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito, sob pena de inscrição na dívida ativa.

e) será descontado do total da verba res-cisória do servidor o valor referente ao débito, extinguindo-se o remanescente diante da extinção do vínculo.

3. (FCC – TRT-5 – Analista Judiciário – 2013) O vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor vantagens. Os servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 5a Re-gião – TRT/BA receberam as seguintes van-tagens: gratificações, ajuda de custo, diárias e adicionais. Dessas vantagens, incorporam--se aos vencimentos, nos casos e condições indicados em lei,

a) gratificações e diárias.b) ajuda de custo e diárias.c) gratificações e adicionais.d) adicionais e ajuda de custo.e) gratificações, diárias e adicionais.

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4. (FCC – TRT-19 – Analista Judiciário – 2014) Lara, servidora pública federal do Tribunal Regional do Trabalho da 19a Região, está ansiosa para receber sua gratificação nata-lina, a fim de comprar presentes para seus familiares e quitar alguns débitos que ainda possui. A propósito da gratificação narrada e nos termos da Lei nº 8.112/90, é INCOR-RETO afirmar que

a) a gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.

b) a gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de de-zembro, por mês de exercício no res-pectivo ano.

c) a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês inte-gral.

d) a gratificação natalina será considerada para o cálculo de toda e qualquer van-tagem pecuniária.

e) o servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmen-te aos meses de exercício, calculada so-bre a remuneração do mês da exonera-ção.

5. (FCC – CNMP – Administração – 2015) De acordo com a Lei nº 8.112/90, a ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em cará-ter permanente. Na hipótese do servidor se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo:

a) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância corres-pondente a três meses.

b) não será concedida ajuda de custo ha-vendo expressa vedação legal neste sentido.

c) será concedida ajuda de custo corres-pondente ao valor fixo referente ao úl-timo mês da remuneração do servidor.

d) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância corres-pondente a seis meses.

e) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância corres-pondente a dois meses.

6. (FCC – CNMP – Analista de Informação – 2015) De acordo com a Lei nº 8.112/90, o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para ou-tro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias des-tinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. Quando o deslocamento NÃO exigir pernoite fora da sede,

a) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamen-to superar 20 quilômetros.

b) não é devido o pagamento de diária. c) só será devido o pagamento de diária,

ainda que não integral, se o afastamen-to superar 30 quilômetros.

d) a diária é devida em 70%. e) a diária é devida pela metade.

7. (FCC – TRT-12 – Técnico Judiciário – 2013) De acordo com a Lei nº 8.112/90, conside-re:

I. Amarildo é servidor público nomeado para um cargo em cidade que conta com imóvel funcional disponível para o servidor.

II. Marilda, companheira do servidor Naldo, ocupa um imóvel funcional na cidade onde trabalha.

III. Plínio, servidor público federal, é casado e tem dois filhos. Sua filha mais velha reside com ele e recebe auxílio-moradia.

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IV. Pafúncio é nomeado para um cargo em determinada cidade onde já foi proprietário de um imóvel, vendido cinco anos antes de sua nomeação.

NÃO terão direito ao auxílio-moradia, os servidores indicados APENAS nas hipóteses:

a) I, II e III.b) I, II e IV.c) III e IV.d) I e III.e) II e IV.

8. (FCC – TRF-1a – Técnico Judiciário – 2007) Em matéria de vantagens que poderão ser pagas ao servidor público federal, conside-re:

I. Ao servidor que realiza despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições inerentes do cargo, conforme se dispuser em regulamento, será concedida ajuda de custo.

II. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25%, compu-tando-se cada hora como cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.

III. A diária, quando de direito, será conce-dida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despe-sas extraordinárias cobertas por diárias.

Nesses casos, está correto SOMENTE o que se afirma em:

a) II.b) III.c) I e II.d) I e III.e) II e III.

9. (FCC – TRF-1a – Técnico Judiciário – 2007) No que se refere à incorporação das vanta-gens, é certo que:

a) a ajuda de custo poderá ser incorpora-da ao vencimento ou remuneração para determinados efeitos.

b) a Gratificação por encargo de Curso ou Concurso incorpora-se ao vencimento ou salário do servidor para todos efei-tos.

c) os adicionais incorporam-se ao venci-mento ou provento, nos casos e condi-ções indicados em lei.

d) as diárias, se concedidas por período superior a seis meses, incorporam-se à remuneração do servidor.

e) a indenização de transporte, quando concedida durante dois anos, incorpora--se ao vencimento do servidor.

10. (FCC – TRF-5a – Analista Administrativo – 2008) É certo que, a ajuda de custo do ser-vidor público federal será calculada sobre a sua remuneração, conforme dispuser em regulamento:

a) não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.

b) devendo ser fixada no valor de 15 (quin-ze) a 45 (quarenta e cinco) dias.

c) não podendo exceder a importância correspondente a 4 (quatro) meses.

d) devendo ser fixada no valor de 15 (quin-ze) a 30 (trinta) dias.

e) não podendo exceder a importância correspondente a 2 (dois) meses.

11. (FCC – TRF-5a – Técnico Judiciário – 2008) Em matéria de direitos do servidor público federal, analise:

I. O servidor em débito com o erário que ti-ver sua disponiblidade cassada terá um pra-zo legal para quitar esse débito.

II. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda e custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede dentro de um prazo legal.

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Nesses casos, os prazos acima referidos, se-rão, respectivamente, de:

a) 60 (sessenta) e 30 (trinta) dias.b) 90 (noventa) e 60 (sessenta) dias.c) 30 (trinta) e 15 (quinze) dias.d) 120 (cento e vinte ) e 45 (quarenta e cin-

co) diase) 45 (quarenta e cinco) e 10 (dez ) dias.

12. (FCC – TRT-AL – Técnico Judiciário – 2008) Aquiles, técnico judiciário do Tribunal Regio-nal do Trabalho, estando em débito com o erário, cujo valor é de R$ 5.000,00, foi de-mitido do cargo que vinha ocupando. Nesse caso, Aquiles terá um prazo para a quitação desse débito, que será de:

a) noventa dias, e a falta de quitação nesse prazo determinará o protesto em Cartó-rio.

b) sessenta dias, sendo que a não quitação dentro do prazo implicará sua inscrição em dívida ativa.

c) noventa dias, e a não quitação dentro do prazo justifica o imediato ajuizamen-to da ação e cobrança.

d) trinta dias, prorrogável por igual perío-do, sendo que a falta de quitação torna o servidor inapto para outros cargos pú-blicos.

e) sessenta dias, sendo que a não quitação dentro do prazo implica no arresto ou seqüestro do saldo de sua remunera-ção.

13. (FCC – TRE-PB – Técnico Judiciário – 2007) Em matéria de direitos do servidor público federal, especialmente quanto ao venci-mento e à remuneração, analise:

I. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior serão sempre compensadas, mas não consideradas como de efetivo exercício.

II. Se houver autorização do servidor públi-co, também poderá haver consignação em folha de pagamento, a favor de terceiros, a

critério da Administração e com reposição de custos.

III. O servidor público em débito com o erá-rio que, dentre outras situações, tiver sua disponibilidade cassada, terá o prazo de ses-senta dias para quitar o débito.

Nesses casos, está correto APENAS o que se afirma em:

a) I e II.b) I e III.c) II e III.d) II.e) III.

14. (FCC – TRE-AL – Técnico Judiciário – 2010) Antonia, servidora pública federal, recebeu R$ 1.000,00 (um mil reais) a título de diá-rias. Entretanto, atendendo a ordens supe-riores, não houve necessidade de afastar-se da sede. Nesse caso, no que se refere às diá-rias, Antonia:

a) ficará obrigada a restituí-las, integral-mente, no prazo de cinco dias.

b) deverá restituí-las, pela metade, no pra-zo de cinco dias.

c) não deverá restituí-las, por ter cumpri-do ordens superiores.

d) poderá compensar um terço do valor como dias trabalhados, mas restituindo o saldo.

e) deverá restituí-las, de imediato, no va-lor de dois terços e o restante até trinta dias.

15. (FCC – TRE-AL – Técnico Judiciário – 2010) Eduardo, técnico judiciário do Tribunal Regional Eleitoral teve duas faltas, poste-riormente justificadas, durante o mês de dezembro de 2009, em razão de enchen-tes provocadas por chuvas intensas. Nesse caso, é correto afirmar que as faltas justifi-cadas decorrentes de:

a) casos fortuitos não poderão ser com-pensadas, face a continuidade do ser-

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viço público, mas serão consideradas como efetivo exercício.

b) força maior devem ser compensadas pela autoridade, mas não poderão ser consideradas como efetivo exercício.

c) caso fortuito ou de força maior pode-rão ser compensadas a critério da che-fia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.

d) caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas, desde que assim en-tenda o Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, mas não consideradas como efetivo exercício.

e) força maior serão obrigatoriamente compensadas pelo Presidente do Tri-bunal Regional Eleitoral e consideradas como efetivo exercício.

16. (FCC – TRT-24a – Técnico Judiciário – 2011) No que diz respeito às licenças, previstas na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar:

a) Na licença para o serviço militar, conclu-ído tal serviço, o servidor terá até qua-renta dias sem remuneração para reas-sumir o exercício do cargo.

b) É possível o exercício de atividade remu-nerada durante o período da licença por motivo de doença em pessoa da família.

c) A licença ao servidor para acompanhar cônjuge que foi deslocado para o ex-terior será pelo prazo máximo de dois anos.

d) A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma es-pécie será considerada como prorroga-ção.

e) A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de dois meses.

17. (FCC – TRF-1a – Técnico Judiciário – 2011) Sobre as férias dos servidores públicos fede-rais, é correto afirmar:

a) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas até o máxi-mo de dois períodos, no caso de neces-sidade do serviço, ressalvadas as hipó-teses em que haja legislação específica.

b) Não é vedado ao servidor levar à conta de férias alguma falta ao serviço.

c) As férias poderão ser parceladas em até duas etapas, desde que assim requeri-das pelo servidor, e no interesse da Ad-ministração Pública.

d) O servidor exonerado do cargo efetivo perceberá indenização, relativa ao perí-odo das férias a que tiver direito, calcu-lada com base na remuneração do mês anterior ao da publicação do ato exone-ratório.

e) O servidor que opera direta e perma-nentemente com raios X ou substâncias radioativas gozará trinta dias consecuti-vos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipó-tese a acumulação.

18. (FCC – TRT-23a – Execução de Mandados – 2011) Considere as seguintes assertivas so-bre as licenças dos servidores públicos civis federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990:

I. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servi-dor fará jus à licença para atividade política, assegurados os vencimentos do cargo efeti-vo, somente pelo período de dois meses.

II. A licença poderá ser concedida ao ser-vidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro por até trinta dias, consecuti-vos ou não, mantida a remuneração do ser-vidor, e por até sessenta dias, consecutivos ou não, sem remuneração.

III. A critério da Administração poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos

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particulares pelo prazo de até três anos con-secutivos, sem remuneração.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e III.b) II e III.c) I e II.d) II.e) III.

19. (FCC – TRT-20a – Analista Judiciário – 2011) A licença por motivo de doença em pessoa da família, incluídas as prorrogações, po-derá ser concedida a cada período de doze meses, dentre outras, na seguinte condição, por até

a) 120 dias, consecutivos ou não, sem re-muneração.

b) 100 dias, consecutivos ou não, sem re-muneração.

c) 120 dias, consecutivos, mantida a remu-neração do servidor.

d) 60 dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor.

e) 90 dias, consecutivos, mantida a remu-neração do servidor.

20. (FCC – TRT-23a – Técnico Judiciário – 2011) Sobre as férias dos servidores públicos civis federais, prevista na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar que:

a) O servidor fará jus a trinta dias de férias, que não podem, em qualquer hipótese, ser acumuladas com outro período.

b) As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da Admi-nistração Pública.

c) O pagamento da remuneração das fé-rias será efetuado até um dia antes do início do respectivo período, observan-do-se os demais preceitos estabelecidos em lei.

d) É facultado ao servidor público levar à conta de férias qualquer falta ao servi-ço.

e) A indenização relativa ao período de fé-rias do servidor exonerado será calcu-lada com base na remuneração do mês posterior àquele em que for publicado o ato exoneratório.

Gabarito: 1. D 2. D 3. C 4. D 5. B 6. E 7. A 8. E 9. C 10. A 11. A 12. B 13. C 14. A 15. B 16. D  17. A 18. E 19. D 20. B

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REGIME DISCIPLINAR

O Regime Disciplinar a que estão submetidos os funcionários públicos civis da União está situado entre os artigos 116 e 142 da Lei nº 8.112/90. Nele encontraremos os deveres dos servidores, as proibições, as responsabilidades dos servidores referentes ao exercício de suas funções.

Assim, temos:

DEVERES DOS SERVIDORESArt. 116. São deveres do servidor:

I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

II – ser leal às instituições a que servir;

III – observar as normas legais e regulamentares;

IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

V – atender com presteza:

a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;

c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

VI – levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração;

VII – zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

VIII – guardar sigilo sobre assunto da repartição;

IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

X – ser assíduo e pontual ao serviço;

XI – tratar com urbanidade as pessoas;

XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa."

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PROIBIÇÕES DO SERVIDORArt. 117. Ao servidor é proibido:

I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

III – recusar fé a documentos públicos;

IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X – participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV – proceder de forma desidiosa;

XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

XVII – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

XVIII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

XIX – recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado."

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Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X não se aplica nos seguintes casos:

I – participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros;

II – gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91, observada a legislação sobre conflito de interesses.

ACUMULAÇÃO DE CARGOS

Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.

§ 3º Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remunerações forem acumuláveis na atividade.

Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remuneração devida pela participação em conselhos de administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha participação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser legislação específica.

Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.

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CONSTITUIÇÃO FEDERALARTIGO 37

"XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração."

ARTIGO 40

"§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo."

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RESPONSABILIDADES DO SERVIDOR

"CF, art. 37, §6º – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa."

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

§ 1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.

§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função.

Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública."

Interferência da Esfera Penal nas outras (ART. 126)

Pode ocorrer interferência do trânsito em julgado da sentença penal nas outras esferas, dependendo do conteúdo ou dos fundamentos da sentença.

Assim, a condenação penal do servidor, uma vez transitada em julgado, implica interferência nas esferas administrativa e civil, acarretando reconhecimento automático da responsabilidade do servidor nessas duas esferas.

A absolvição por negativa de autoria ou por inexistência do fato também interfere nas outras esferas, absolvendo, igualmente o servidor. Isso porque, se a jurisdição criminal, em que a

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apreciação das provas é muito mais ampla, categoricamente afirma que não foi o agente o autor do fato a ele imputado ou que sequer ocorreu o fato aventado, não há como sustentar o contrário nas outras esferas.

Já a absolvição penal por mera insuficiência de provas ou por ausência de culpabilidade penal ou, ainda, por qualquer outro motivo, não interfere nas demais esferas.

PENALIDADES

As penalidades civis aplicáveis aos servidores civis, no âmbito federal, são as seguintes: (art. 127)

a) advertência

b) suspensão

c) demissão (≠ exoneração)

d) cassação de aposentadoria ou disponibilidade

e) destituição de cargo em comissão

f) destituição de função comissionada

• Para aplicação de uma penalidade a um servidor, deve-se sempre assegurar o contraditório e ampla defesa do servidor (CF, art. 5º, LV). Para isso, o artigo 128, em seu § único, estabelece que o ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

• Para se aplicar qualquer penalidade ao servidor é essencial a instauração prévia de PAD ou sindicância.

• Ainda que a autoridade competente para aplicar a pena presencie a prática da infração, é essencial a abertura prévia de PAD ou sindicância, não se admitindo assim, o instituto da "verdade sabida"

• Apesar de a imposição de penalidades ser tida, tradicionalmente, como exercício do Poder Discricionário, a Lei nº 8.112/90 estabelece que na aplicação das penalidades serão consideradas:

• a natureza e a gravidade da infração cometida;

• os danos que dela provierem para o serviço público;

• as circunstâncias agravantes ou atenuantes;

• os antecedentes funcionais.

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a) ADVERTÊNCIA

Será aplicada por escrito, nos casos de violação das proibições abaixo e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave (art. 129). Segundo a Lei nº 8.112/90, art. 129, a advertência será aplicada nos casos abaixo:

I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

III – recusar fé a documentos públicos;

IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

VI – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

VII – coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII – manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

XIX – recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

A penalidade de advertência terá seu registro nos assentamentos funcionais do servidor cancelado após o decurso de três anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

b) SUSPENSÃO

Será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à demissão. Segundo a Lei nº 8.112/90, art 130, são elas:

XVII – cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

XVIII – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;

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O prazo máximo da penalidade de suspensão é de 90 dias. O servidor não recebe remuneração nesse período e o tempo de suspensão não é computado como tempo de serviço para qualquer efeito.

A Lei nº 8.112/90 ainda estabelece que será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

A penalidade de suspensão terá seu registro cancelado, após o decurso de cinco anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

c) MULTA

Não é uma penalidade autônoma, derivando sempre de uma suspensão. Sendo assim, quando houver conveniência para o serviço (ato discricionário), a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

d) DEMISSÃO

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I – crime contra a administração pública (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal)

II – abandono de cargo;

III – inassiduidade habitual;

IV – improbidade administrativa (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal)

V – incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

VI – insubordinação grave em serviço;

VII – ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal)

IX – revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal)

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XI – corrupção (ficando o servidor impedido de retornar ao serviço público federal)

XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII – transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

ART. 117

IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; (incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 anos)

X – participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; (incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 anos)

XII – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII – aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIV – praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV – proceder de forma desidiosa;

XVI – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do

Art. 132. Implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

IV – improbidade administrativa

VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos

X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional

XI – corrupção

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Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; ("CARTEIRADA")

XI – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;("ADVOCACIA ADMINISTRATIVA")

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

I – crime contra a administração pública

IV – improbidade administrativa

VIII – aplicação irregular de dinheiros públicos

X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional

XI – corrupção

e) CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA E DISPONIBILIDADE

Será aplicada ao inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

f) DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO

A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão (art. 135)

PRAZO PRESCRICIONAL

É o prazo que possui a Administração Pública para punir os seus servidores pela prática de determinados atos. A prescrição da ação disciplinar ocorre, a partir da data em que o fato se tornou conhecido.

PRAZO PENALIDADE

180 DIAS Advertência

2 ANOS Suspensão

5 ANOS Demissão, Cassação de Aposentadoria ou Disponibilidade e Destituição de Cargo em Comissão

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Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime

A abertura de sindicância ou a instauração de PAD interrompe a prescrição, até a decisão final proferida pela autoridade competente. Interrompido o curso de prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:

I – pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;

II – pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;

III – pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;

IV – pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.

SINDICÂNCIA E PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD)

São os meios disponibilizados pela Lei nº 8.112/90 para apuração de irregularidades cometidas pelos servidores públicos no exercício de suas atribuições. Assim, a autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade (art. 144)

É importante ressaltar que a Comissão de Sindicância/PAD não tem competência para aplicar penalidade a um servidor. Tal comissão, apenas sugere a penalidade a ser aplicada pela autoridade julgadora (aquela competente para aplicar a pena sugerida – Lei nº 8.112/90, art 141)

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a) SINDICÂNCIA

A apuração de irregularidades poderá ser realizada por meio sumário, através de sindicância, da qual poderá resultar aplicação de penalidade de:

a) advertência

b) suspensão até 30 dias

Daí, concluímos que a penalidade máxima que pode ser aplicada mediante uma sindicância é a suspensão de 30 dias.

O art. 145 da Lei nº 8.112/90 estabelece que da sindicância poderá resultar:

I – arquivamento do processo

II – aplicação direta das penalidades de advertência ou de suspensão por até 30 dias

III – a instauração do PAD, se for verificado tratar-se de caso que enseje aplicação de penalidade mais grave. Nesse caso, os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça informativa da instrução (art. 154).

O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

Somente enquanto a sindicância constitui um procedimento meramente investigatório, sem a formalização de acusação a qualquer servidor, podemos falar em ausência de contraditório e ampla defesa, pois não há acusado e nem imputação que deva ser contraditada.

Quando a infração for capitulada como ilícito penal, uma cópia dos autos da sindicância ou o processo disciplinar será encaminhado ao Ministério público.

O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade aplicada.

Deve-se observar, por último, que a sindicância não é etapa do PAD, nem deve, necessariamente, precede-lo, vale dizer. Pode-se iniciar a apuração de determinada infração diretamente pela instauração de um PAD.

b) PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD)

A instauração do PAD é necessária para aplicação das penalidades de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, destituição de cargo em comissão, destituição de função comissionada e no caso de suspensão superior a 30 dias.

O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido. (art. 148)

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O PAD desenvolve-se nas seguintes fases:

1. INSTAURAÇÃO

2. INQUÉRITO ADMINISTRATIVO (INSTRUÇÃO, DEFESA E RELATÓRIO)

3. JULGAMENTO

1. INSTAURAÇÃO

Dá-se a instauração do PAD com a publicação da portaria de designação da comissão encarregada de proceder aos trabalhos de investigação. O PAD será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis, designados pela autoridade competente, dentre eles será escolhido o presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. (Art. 149)

Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

O prazo para conclusão do PAD: não excederá a 60 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, a critério da autoridade instauradora, quando as circunstâncias o exigirem (art. 152)

AFASTAMENTO PREVENTIVO TEMPORÁRIO

Caso seja necessária à apuração dos fatos, o servidor poderá ser afastado temporariamente do seu cargo. O afastamento, se for decretado, o será pela autoridade instauradora do processo e será determinado juntamente com a instauração.

Não é uma penalidade, e sim uma medida cautelar. O servidor continuará recebendo normalmente sua remuneração.

O prazo máximo: até 60 dias, prorrogável por igual período, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

2. INQUÉRITO ADMINISTRATIVO

2.1 INSTRUÇÃO

Caso tenha havido uma sindicância prévia à instauração do PAD, seus autos o integrarão como forma informativa. Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo disciplinar.

Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos. Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.

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O servidor pode acompanhar todo o processo pessoalmente ou por meio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Concluídos todos os procedimentos, a Comissão, de posse de elementos comprobatórios, decidirá, com base nesses elementos, se o servidor deverá ou não ser indiciado. Caso a Comissão entenda que não deve, o processo será arquivado, do contrário, formulará a indiciação do servidor.

A partir da indiciação, o servidor deverá ser citado para que apresente sua defesa escrita. A instrução é encerrada com a citação.

Prazos para apresentação de defesa escrita:

a) havendo apenas um indiciado, possui ele dez dias para apresentação da defesa escrita, contados da data de aposição de sua ciência na cópia da citação a ele entregue, ou, caso ele se recuse a assinar, conta-se o prazo da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de duas testemunhas;

b) havendo mais de um indiciado, o prazo será comum para todos, de 20 dias, contados da data de ciência do último citado;

c) o prazo para apresentação da defesa pode ser prorrogado pelo dobro, pelo presidente da comissão, caso sejam indispensáveis diligências para a preparação da defesa. Assim, havendo somente um indiciado, o prazo poderá ser de 30 dias (10 + 20). Se mais de um os indiciados, o prazo poderá ser de 60 dias (20 + 40);

d) o prazo para defesa, quando a citação for feita por edital, será de 15 dias, contados da data da última publicação do edital. A citação por edital ocorre quando o indiciado se encontra em local desconhecido e deve ser feita no DOU e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido do servidor.

2.2 DEFESA

Devido ao princípio da verdade material, aplicado no PAD, caso o indiciado não apresente sua defesa escrita, no prazo estipulado, não surge nenhuma presunção legal contra o servidor e, para defender o revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou e mesmo nível, ou ter nível escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Assim, sempre haverá defesa escrita, seja pelo próprio indiciado, pelo seu procurador e a revelia não possui efeito de confissão.

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2.3 RELATÓRIO

Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.

§ 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.

3. JULGAMENTO

Se houver penalidade a ser aplicada, o julgamento do processo deverá ser feito pela autoridade competente para aplicar essa penalidade (art. 141)

Prazo para proferir a decisão: 20 dias contados do recebimento do processo (caso não seja cumprido, na acarretará a nulidade do processo)

A autoridade julgadora não está totalmente vinculada à conclusão do relatório da comissão, visto que a lei estabelece que o relatório deve ser acatado, salvo se sua conclusão for contrária à prova dos autos. Nesse caso, a autoridade julgadora, motivadamente, poderá agravar ou abrandar a penalidade proposta ou, até mesmo, isentar o servidor de penalidade.

NULIDADE DO PROCESSO

Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração de novo processo

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c) PROCESSO ADMINISTRATIVO DE RITO SUMÁRIO

Casos:

a) acumulação ilícita de cargos públicos

b) abandono de cargo (ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos)

c) inassiduidade habitual (falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias, interpoladamente, durante o período de 12 meses)

A Lei nº 9527/97, que alterou o texto original da Lei nº 8.112/90, estabeleceu para esses casos um rito especial de investigação e julgamento, denominado de rito sumário.

Prazo para conclusão: será de 30 dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até 15 dias, quando as circunstâncias o exigirem.

Dispositivos aplicados: Lei nº 8.112/90, arts. 133 e 140 e, subsidiariamente, as disposições pertinentes ao PAD ordinário.

Relativamente à acumulação de cargos, constatada a qualquer tempo, o servidor deverá ser notificado para apresentar a opção no prazo improrrogável de dez dias contados da data da ciência da notificação. Caso o servidor não apresente a opção no prazo, será instaurado processo administrativo, sob procedimento sumário, visando à apuração e regularização da sua situação.

Nessa hipótese, o PAD sumário terá as seguintes fases:

I – instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração;

II – instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e relatório;

III – julgamento.

A Comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constitui, termo de indiciação e promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.

A opção do servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.

Prazo para autoridade julgadora proferir sua decisão: cinco dias, contados do recebimento do processo.

Caracterizada a acumulação de cargos e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou as entidades de vinculação serão comunicados.

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d) REVISÃO DO PROCESSO

O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. Não pode ser alegada injustiça na aplicação da penalidade aplicada anteriormente.

Essa revisão do processo não pode ser encarada como uma segunda instância administrativa, visto que só caberá se houver fatos novos.

Poderá ocorrer de ofício ou a pedido do servidor ou de pessoa da família, caso ele tenha falecido ou se encontre ausente ou desaparecido.

No processo revisional o ônus da prova cabe ao requerente (art. 175), ao contrário do PAD. Sendo assim, na revisão, inverte-se o ônus da prova.

Caso seja deferida a revisão do processo (o juízo de admissibilidade compete ao Ministro de Estado ou equivalente), será constituída uma comissão revisora, a qual terá 60 dias, improrrogáveis, para conclusão dos seus trabalhos.

O prazo para julgamento, pela mesma autoridade que aplicou a penalidade é de 20 dias.

Da revisão não poderá resultar o agravamento da penalidade (não se admite o "reformatio in pejus")

Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

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Questões

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES – PARTE 3

1. (FCC – TRE-RR – Tecnico Administrativo – 2014) Um servidor da União utilizou recur-sos materiais da repartição em atividade particular. Nos termos da Lei nº 8.112/90, esse ato é passível da aplicação da penalida-de de:

a) advertência. b) suspensão de 15 dias.c) suspensão de 30 dias. d) suspensão de 90 dias. e) demissão.

2. (FCC – CNMP – Administração – 2015) Ma-riazilda, servidora pública federal, recusou fé a documento público e, após regular pro-cesso administrativo, foi condenada a pena de advertência. Dois meses após o trânsito em julgado dessa condenação, Mariazilda promoveu manifestação de desapreço no recinto da repartição. Neste caso, de acordo com a Lei nº 8.112/90, Mariazilda está sujei-ta à pena de

a) demissão.b) suspensão de até 90 dias.c) suspensão de até 120 dias.d) repreensão verbal.e) suspensão de até 180 dias.

3. (FCC – TRT-19 – Técnico Judiciário – 2014) Alice, servidora pública do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, encontrava-se em seu local de trabalho, exercendo nor-malmente suas atribuições, quando foi sur-preendida por um particular que lhe dirigiu graves xingamentos, ofensivos à sua moral. Alice, abalada emocionalmente, ofendeu fi-

sicamente o particular. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, Alice

a) está sujeita à pena de repreensãob) não sofrerá punição, haja vista ter agido

sem legítima defesac) cometeu ato de improbidade e pode

sofrer a suspensão dos seus direitos po-líticos por 8 (oito) anos

d) está sujeita à pena de demissãoe) não sofrerá punição, mas terá o episó-

dio registrado em seu prontuário, para fins de antecedentes funcionais.

4. (FCC – CNMP – Analista Jurídico – 2015) Considere as seguintes situações:

I. Rovanilda, servidora pública federal, man-tinha sob sua chefia imediata, em função de confiança, seu irmão, Rivaildo.

II. Renata, servidora pública federal, aceitou comissão de estado estrangeiro.

Neste casos, de acordo com a Lei nº 8.112/90, considerando as condutas prati-cadas, bem como que ambas são servidoras primárias, sem processo administrativo dis-ciplinar anterior, Rovanilda e Renata estão sujeitas às penas de:

a) suspensão de até sessenta dias.b) advertência e suspensão, respectiva-

mente.c) suspensão de até trinta dias.d) advertência e demissão, respectiva-

mente.e) demissão.

5. (FCC – CNMP – Analista de Informação – 2015) De acordo com a Lei nº 8.112/90, a demissão ou a destituição de cargo em co-missão, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal,

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pelo prazo de 5 anos, em razão da prática da conduta de

a) incontinência pública e conduta escan-dalosa, na repartição.

b) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública.

c) insubordinação grave em serviço.d) ofensa física, em serviço, a servidor ou

a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem.

e) aplicar irregularmente dinheiros públi-cos

6. (FCC – TRT-SP – Oficial de Justiça – 2008) Nos termos da Lei nº 8.112/90, a pena de advertência será aplicada por escrito, den-tre outras hipóteses, quando o agente:

a) praticar usura sob qualquer de suas for-mas.

b) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública.

c) receber presente ou vantagem de qual-quer espécie, em razão de suas atribui-ções.

d) coagir ou aliciar subordinados no senti-do de filiaremse a associação profissio-nal ou sindical, ou a partido político.

e) utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares.

7. (FCC – TRT-AL – Oficial de Justiça – 2008) Em matéria de penalidades, analise o compor-tamento das servidoras públicas federais efetivas abaixo.

I. Mariana vem exercendo atividade incom-patível com o horário de trabalho.

II. Gabriela vem promovendo manifestação de desapreço no recinto da repartição.

Nesses casos, Mariana e Gabriela estarão sujeitas, respectivamente, às penas de:

a) advertência verbal e suspensão até quinze dias.

b) demissão e multa na base de cinqüenta por cento por dia de vencimento.

c) suspensão com possibilidade de con-versão em multa e advertência por es-crito.

d) repreensão e suspensão com conversão em multa.

e) suspensão até noventa dias e destitui-ção do cargo.

8. (FCC – TRT-SP – Analista Judiciário – 2008) Tício, funcionário público da União, opôs resistência injustificada ao andamento de processo que deveria movimentar. Conside-rando que foi a primeira vez que praticou tal conduta, ele está sujeito à penalidade pre-vista na Lei que dispõe sobre o regime jurí-dico dos servidores públicos civis da União, que consiste em

a) demissão.b) advertência verbal.c) suspensão.d) advertência, por escrito.e) desconto de um dia dos seus vencimen-

tos.

9. (FCC – TRE-AP – Analista de Sistema – 2011) Crisela, servidora pública civil federal efeti-va, valeu-se de seu cargo para lograr provei-to pessoal em detrimento da dignidade da função pública. Neste caso, a demissão

a) incompatibiliza-a para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 8 anos.

b) gera a penalidade para Crisela de proi-bição de retornar ao serviço público fe-deral.

c) incompatibiliza-a para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 6 anos.

d) incompatibiliza-a para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 anos.

e) incompatibiliza-a para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 10 anos.

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10. (FCC – TRT-19a – Arquivologia – 2011) No que concerne à prescrição para a ação disci-plinar, é correto afirmar:

a) A abertura de sindicância ou a instaura-ção de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a primeira decisão pro-ferida no processo.

b) A ação disciplinar prescreverá em cento e vinte dias quanto às infrações puníveis com advertência.

c) A ação disciplinar prescreverá em dois anos quanto às infrações puníveis com destituição de cargo em comissão.

d) O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato foi praticado, não importando a data em que se tornou conhecido.

e) Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam- se às infrações discipli-nares capituladas também como crime.

11. (FCC – TRF-4a – Oficial de Justiça – 2007) O processo administrativo, em matéria disci-plinar, admite revisão que deverá atender, dentre outros requisitos, ao que se afirma em:

a) Deverá ser requerida até 1 (um) ano após a condenação e quando se aduzi-rem fatos novos que justifiquem a reno-vação do processo.

b) Poderá ser pedida a qualquer tempo e quando se aduzirem circunstâncias sus-cetíveis de justificar a inocência do pu-nido.

c) Quando da ocorrência de inadequa-ção da pena aplicada, e requerida até 2 (dois) anos após a imposição da pena.

d) Quando da demonstração simples da injustiça da penalidade, podendo ser re-querida a qualquer tempo, desde que a pedido do servidor.

e) Quando do pedido de reavaliação de elementos já apreciados no processo originário e simples alegação de injusti-ça em geral.

12. (FCC – TRT-AL – Técnico Judiciário – 2008) Aretuza, aposentou-se de seu cargo público federal. Posteriormente, foi condenada em processo administrativo por ter recebido propina, em razão de suas atribuições quan-do estava em atividade. Nesse caso, Aretu-za:

a) responderá apenas criminalmente por ser fato delituoso.

b) continua aposentada por não ter mais vínculo funcional.

c) será notificada para repor o valor da propina sem outras conseqüências.

d) terá cassada sua aposentadoria.e) responderá apenas civilmente para o

ressarcimento de terceiros.

13. (FCC – TRT-SP – Técnico Judiciário – 2008) A respeito das responsabilidades do servidor público civil da União, em conformidade com a Lei nº 8.112/90, é correto afirmar:

a) A responsabilidade penal do servidor abrange tão-só os crimes contra a Admi-nistração Pública.

b) A obrigação de reparar o dano não se estende aos sucessores.

c) A responsabilidade civil do servidor de-corre de ato omissivo ou comissivo, do-loso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

d) Sendo independentes as instâncias, a responsabilidade administrativa do ser-vidor não será afastada, mesmo no caso de absolvição criminal que negue a exis-tência do fato.

e) Tratando-se de dano causado a tercei-ros, a responsabilidade será da União, respondendo o servidor apenas no âm-bito administrativo.

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14. (FCC – TRT-GO – Técnico Judiciário – 2008) Com referência à responsabilidade do servi-dor, de acordo com a Lei que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Ci-vis da União, é correto afirmar:

a) Mesmo que o servidor seja absolvido em processo criminal por decisão que negue a existência do fato, o servidor responderá administrativamente.

b) O servidor demitido em processo admi-nistrativo pela prática de ato irregular no exercício do cargo, não responderá civilmente pelo mesmo ato.

c) A responsabilidade penal abrange ape-nas os crimes imputados ao servidor, nessa qualidade.

d) A obrigação de reparar o dano causado ao erário ou a terceiros estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebi-da.

e) Se o terceiro prejudicado for ressarcido pelo Poder Público em regular ação ju-dicial, o servidor não responderá pelo dano a ele causado.

15. (FCC – TRE-RN – Analista Administrativo – 2011) No que concerne às penas disciplina-res, é correto afirmar:

a) As penalidades de advertência e de sus-pensão terão seus registros cancelados após o decurso de três e cinco anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

b) Será aplicada a sanção de advertência ao servidor que utilizar pessoal ou re-cursos materiais da repartição em servi-ços ou atividades particulares.

c) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita à penalidade de demissão, não podendo exceder sessenta dias.

d) Será punido com suspensão de até vinte dias o servidor que, injustificadamente,

recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da pe-nalidade uma vez cumprida a determi-nação.

e) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efe-tivo será aplicada nos casos de infrações sujeitas apenas à penalidade de demis-são.

16. (FCC – TRF-1a – Analista Judiciário – 2007) Túlio, servidor público federal sofreu pena disciplinar em julho de 2003, sendo que seis meses depois teve declarada sua ausência na esfera cível. Nesse caso, tendo em vista a Lei nº 8.112 de 11/12/1990, esse processo administrativo:

a) não é mais passível de revisão tendo em vista a ocorrência da prescrição e deca-dência.

b) poderá ser revisto a qualquer tempo, e por requerimento de qualquer pessoa da família.

c) estará sujeito a revisão desde que o ser-vidor seja encontrado ou justifique seu desaparecimento.

d) não poderá ser revisto porque esse di-reito é personalíssimo, salvo se houver comprovação de seu falecimento.

e) não pode ser revisto de ofício, porque depende de pedido formal e exclusivo dos sucessores ou terceiros interessa-dos.

17. (FCC – TRT-14a – Execução de Mandados – 2011) Nos termos da Lei nº 8.112/90, o ex-servidor público fica incompatível para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de cinco anos, quando tiver sido demitido por

a) aplicar irregularmente o dinheiro públi-co.

b) crime contra a Administração Pública.c) improbidade administrativa.

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d) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública.

e) lesar os cofres públicos e dilapidar o pa-trimônio nacional.

18. (FCC – TRF-1a – Execução de Mandados – 2011) José, servidor público federal, res-ponde a processo administrativo por ter fal-tado ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. Conforme preceitua a Lei nº 8.112/1990, estará sujeito à pena de

a) demissão.b) suspensão pelo prazo máximo de no-

venta dias.c) advertência.d) disponibilidade.e) multa.

19. (FCC – TRE-RN – Técnico Judiciário – 2011) A responsabilidade do servidor público civil:

a) resulta de ato apenas comissivo, prati-cado no desempenho de cargo ou fun-ção.

b) somente será afastada no caso de absol-vição criminal que negue a existência do fato.

c) de reparar o dano não se estende aos sucessores do servidor público.

d) decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em pre-juízo ao erário ou a terceiros.

e) implicará na aplicação de sanção admi-nistrativa, que não poderá cumular-se com demais sanções de natureza penal ou civil, sob pena de caracterizar bis in idem.

20. (FCC – TRT 19 – Analista Administrativo – 2014) André, servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 19a Região, acu-mulou ilegalmente seu cargo com outro no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas. O TRT tomou conhecimento da in-fração, no entanto, não tomou providência, já tendo transcorrido o prazo de dois anos da ciência. Na hipótese narrada e nos ter-mos da Lei nº 8.112/90, a ação disciplinar

a) pende de condição suspensiva, pois é necessário aguardar a ciência do TJ (Tri-bunal de Justiça de Alagoas) para adotar eventual medida administrativa.

b) está prescrita, pois, no caso narrado, o prazo prescricional é de dois anos.

c) está prescrita, pois, no caso narrado, o prazo prescricional é de cento e oitenta dias.

d) não está prescrita.e) está prescrita, pois, no caso narrado, o

prazo prescricional é de um ano.

Gabarito: 1. E 2. B 3. D 4. D 5. B 6. D 7. C 8. D 9. D 10. E 11. B 12. D 13. C 14. D 15. B 16. B  17. D 18. A 19. D 20. D

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Questões

QUESTÕES CESPE

1. (CESPE – SUFRAM – Agente Administrativo – 2014) Um veículo da SUFRAMA, conduzi-do por um servidor do órgão, derrapou, in-vadiu a pista contrária e colidiu com o veícu-lo de um particular. O acidente resultou em danos a ambos os veículos e lesões graves no motorista do veículo particular.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue.

O motorista da SUFRAMA poderá ser res-ponsabilizado administrativamente pelo acidente, ainda que tenha sido absolvido por falta de provas em eventual ação penal instaurada para apurar a responsabilidade pelas lesões causadas ao motorista particu-lar.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

2. (CESPE – TRT-8 – Analista Judiciário – 2013) Acerca da nomeação para cargo público, as-sinale a opção correta.

a) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, durante o prazo de validade do con-curso público, a administração poderá abrir novo concurso para provimento das mesmas vagas, desde que seja prio-rizada a ordem de nomeação do primei-ro concurso.

b) A nomeação para provimento de cargo efetivo ou em comissão deverá ser pre-cedida de concurso público de provas ou de provas e títulos.

c) Aquele que, após a nomeação, não to-mar posse no prazo previsto em lei será exonerado do cargo.

d) A nomeação do servidor ocorrerá com a assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deve-res, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado.

e) A nomeação, assim como a readapta-ção, a reintegração e a recondução são formas de provimento em cargo públi-co.

3. (CESPE – MIN – Administrador – 2013) Con-soante decisão do Supremo Tribunal Fede-ral, os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações pú-blicas devem sujeitar-se a regime jurídico único.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

4. (CESPE – MJ – Analista Administrativo – 2013) Segundo entendimento do STJ, o servidor público federal tem direito de ser removido a pedido, independentemente do interesse da administração, para acompa-nhar o seu cônjuge empregado de empre-sa pública federal que tenha sido deslocado para outra localidade no interesse da admi-nistração.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

5. (CESPE – TRT-8 – Analista Judiciário – 2013) A respeito da Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção correta.

a) Servidores em estágio probatório não poderão ocupar cargos comissionados.

b) O servidor público não estável que for reprovado no estágio probatório será exonerado do cargo público que ocupa.

c) Cada concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorroga-do por duas vezes, até o limite de dois anos.

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d) A posse do candidato aprovado somen-te ocorrerá mediante comparecimento pessoal.

e) Em razão da estabilidade no serviço pú-blico, o servidor estável somente per-derá o cargo em virtude de processo administrativo disciplinar, assegurada a ampla defesa.

6. (CESPE – TRT-8 – Analista Judiciário – 2013) Com relação a direitos e vantagens previs-tos na Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção correta.

a) O servidor que faltar ao serviço injusti-ficadamente poderá, mediante autori-zação expressa, compensar a falta com suas férias.

b) Embora exista um teto remuneratório no funcionalismo público, não se pre-viu um mínimo salarial, de forma que é possível um servidor receber um valor inferior ao salário mínimo como remu-neração.

c) As indenizações a que um servidor faz jus não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

d) A ajuda de custo, em caso de mudança de domicílio, é devida aos servidores públicos de cargo efetivo, porém não é devida aos servidores ocupantes de cargo em comissão por não possuírem estes vínculo com o serviço público.

e) O direito ao adicional de insalubridade é de caráter permanente e torna-se di-reito adquirido do servidor, não poden-do ser retirado, mesmo com a elimina-ção do risco.

7. (CESPE – TRE-MS – Analista Judiciário – 2013) Assinale a opção correta quanto ao provimento de cargos públicos.

a) Entre as formas de provimento de cargo público, inclui-se a ascensão que ocorre quando o servidor muda de classe ou categoria, dentro da mesma carreira, em razão de merecimento ou antigui-dade.

b) O servidor nomeado para cargo efetivo terá o prazo de trinta dias para entrar em exercício.

c) De acordo com a jurisprudência majori-tária, a aprovação em concurso público, dentro do número de vagas oferecidas pelo edital, gera direito subjetivo à no-meação.

d) A promoção não é considerada forma de provimento de cargo público, visto que, nesse caso, o servidor já foi investi-do no cargo por meio da nomeação.

e) A reintegração é forma de provimento originário de cargo público.

8. (CESPE – TRE-MS – Analista Judiciário – 2013) João foi demitido do serviço público por ter praticado falta grave. Dois anos de-pois, conseguiu anular, por meio de ação judicial, a decisão administrativa que o de-mitiu. Além de anular o ato administrati-vo, a decisão judicial determinou que João voltasse ao cargo público que ocupava an-teriormente. De acordo com essa situação hipotética, assinale a opção que apresenta a forma de investidura utilizada para que João volte a ocupar o cargo público.

a) reconduçãob) aproveitamentoc) reversãod) readaptaçãoe) reintegração

9. (CESPE – TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013) Acerca dos requisitos para a investi-dura em cargo público, assinale a opção cor-reta.

a) Vinte por cento das vagas de todos os concursos públicos devem ser reserva-das aos portadores de deficiência, ve-dada qualquer alegação de incompati-bilidade entre a deficiência e o cargo.

b) Para ser investido em cargo público, o candidato deve ter, ao menos, o ensino fundamental completo.

c) As universidades podem prover seus cargos com professores estrangeiros.

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d) A idade mínima para a investidura em cargo público é dezesseis anos.

e) A investidura em o cargo público é con-cretizada com a publicação da nomea-ção no Diário Oficial.

10. (CESPE – TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013) Ao funcionário público federal estável aprovado em novo concurso público, para outro órgão, mas não habilitado no estágio probatório desse novo cargo aplica-se, para que retorne ao cargo por ele anteriormente ocupado, o instituto da

a) recondução.b) readaptação.c) reversão.d) reintegração.e) redistribuição.

11. (CESPE – CNJ – Analista Administrativo – 2013) Suponha que um empregado público de uma empresa pública federal seja no-meado, após aprovação em concurso, para o cargo de analista do CNJ. Nessa situação hipotética, o provimento no novo cargo será derivado, devido ao vínculo anterior que o empregado mantinha com a administração pública.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

12 (CESPE – MPTC-DF – Procurador de Contas – 2013) A anulação do ato de demissão de servidor, por decisão judicial, com a respec-tiva reintegração, tem como consequência lógica a recomposição integral dos direitos do servidor demitido, em respeito ao prin-cípio da restitutio in integrum, salvo no que se refere ao ressarcimento dos vencimentos que seriam pagos no período em que foi in-devidamente desligado do serviço público.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

13 (CESPE – MPU – Técnico Administrativo – 2013) A posse do servidor público nomeado, que pode ocorrer mediante procuração es-pecífica, deve acontecer no prazo de trinta

dias contados da publicação do ato de provi-mento, sendo, ainda, conferidos ao servidor mais trinta dias para entrar em exercício no cargo.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

14 (CESPE – PC-BA – Delegado – 2013) Conside-re que um servidor público federal estável, submetido a estágio probatório para ocu-par outro cargo público após aprovação em concurso público, desista de exercer a nova função. Nessa situação, o referido servidor terá o direito de ser reconduzido ao cargo ocupado anteriormente no serviço público.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

15 (CESPE – MIN – Administrador – 2013) O re-torno à atividade de servidor aposentado é exemplo de reintegração, forma de provi-mento de cargo público que se caracteriza pelo reingresso do servidor no cargo por ele anteriormente ocupado.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

16. (CESPE – IBAMA – Auxiliar Administrativo – 2013) A investidura no cargo público ocorre com a nomeação, sendo de trinta dias o pra-zo para o nomeado tomar posse.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

17. (CESPE – BACEN – Técnico Administrativo – 2013) Se uma pessoa que foi nomeada para determinado cargo tomar posse desse car-go, mas não entrar em exercício dentro do prazo legal, ela deverá ser exonerada de ofí-cio.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

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18. (CESPE – DEPEN – Agente Penitenciário – 2013) Um agente penitenciário federal pode ser promovido na carreira por ascensão funcional, pois a promoção de servidor por ascensão funcional constitui forma de provi-mento derivado compatível com a Constitui-ção Federal.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

19. (CESPE – SUFRAM – Agente Administrativo – 2014) Se um candidato lograr êxito em con-curso público, mas, dias antes da posse, for acometido por dengue que o impossibilite de comparecer pessoalmente para o referi-do ato, a posse poderá dar-se mediante pro-curação específica firmada pelo candidato.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

20. (CESPE – SUFRAMA – Agente Administrati-vo – 2014) Ao servidor removido deverá ser concedido o prazo de, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias para entrar em exercício na outra localidade para onde foi removido.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

21. (CESPE – ICMBio – Agente Administrativo – 2014) O servidor em exercício nomeado para cargo de provimento efetivo está sujei-to a estágio probatório pelo período de três anos, durante o qual serão avaliadas sua ap-tidão e sua capacidade para o desempenho do cargo, observando, entre outros fatores, a assiduidade e a responsabilidade a fim de adquirir estabilidade.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

22. (CESPE – TRE-MS – Técnico Judiciário – 2013) Paulo, servidor público federal, requereu exoneração de seu cargo efetivo. O depar-tamento de recursos humanos do órgão, ao analisar a situação funcional do servidor a fim de preparar o ato exoneratório, consta-tou que Paulo havia recebido, meses antes, uma gratificação em duplicidade. Constata-do o equívoco, Paulo foi notificado a devol-ver a verba recebida indevidamente. Com

base na situação hipotética acima, assinale a opção correta.

a) Caso Paulo não quite o débito em ses-senta dias, seu nome será inscrito em dívida ativa.

b) A autoridade máxima do órgão poderá determinar que se proceda ao arresto dos vencimentos de Paulo, até o limite do valor da dívida.

c) Paulo tem o prazo de noventa dias, a contar da notificação, para quitar o dé-bito, sob pena de responder a processo administrativo disciplinar.

d) Paulo não é obrigado a devolver o valor, dado seu caráter de verba alimentar.

e) Paulo não poderá ser exonerado en-quanto não quitar a dívida.

23. (CESPE – CNJ – Técnico Judiciário – 2013) Além do vencimento, o servidor público pode receber vantagens, como indeniza-ções, gratificações e adicionais, sendo que as duas primeiras vantagens citadas incor-poram-se ao vencimento ou provento.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

24. (CESPE – MIN – Administrador – 2013) Os vencimentos dos servidores públicos podem ser objeto de arresto, sequestro e penhora para pagamento de dívidas comerciais.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

25. (CESPE – TRT-5 – Juiz – 2013) Assinale a op-ção correta em relação à ajuda de custo no âmbito da Lei n.º 8.112/1990.

a) É vedada a concessão de ajuda de cus-to àquele que, não sendo servidor da União, for nomeado para cargo em co-missão, com mudança de domicílio.

b) O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificada-mente, não se apresentar na nova sede no prazo de quinze dias.

c) A ajuda de custo destina-se a compen-sar as despesas de instalação do servi-dor que, no interesse do serviço, passar

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a ter exercício em nova sede, com mu-dança de domicílio em caráter eventual.

d) É vedado o duplo pagamento de in-denização a título de ajuda de custo, a qualquer tempo, no caso de o servidor passar a ter exercício na mesma sede de seu cônjuge ou companheiro, também servidor, anteriormente agraciado com o benefício.

e) Cabe ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em vir-tude de mandato eletivo.

26. (CESPE – MJ – Analista Administrativo – 2013) Se um servidor público federal tiver realizado despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos por força das atribuições próprias do cargo, ele terá direito ao recebi-mento de indenização de transporte, que se incorporará ao seu vencimento.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

27. (CESPE – MJ – Administrador – 2013) Não é devido o pagamento de auxílio-transporte ao servidor público que utiliza veículo pró-prio no deslocamento para o trabalho.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

28. (CESPE – SUFRAMA – Agente Administrativo – 2014) Cabem à administração as despesas de transporte do servidor e de sua família para a nova localidade de exercício, inclu-ídos os gastos com passagem, bagagem e bens pessoais.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

29. (CESPE – TRE-MS – Analista Judiciário – 2013) Considere que Luísa tenha sido apro-vada em concurso público para o cargo de auditora da Receita Federal, tendo sido no-meada para assumir o cargo em outro esta-do da federação. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) Na hipótese de Luísa trabalhar horas ex-tras, além da jornada regular de traba-

lho, no período noturno, ela terá direito ao acréscimo do adicional noturno que incidirá sobre a remuneração do adicio-nal por serviço extraordinário.

b) Luísa poderá tirar férias após doze me-ses de exercício e converter um terço das férias em abono pecuniário.

c) Após cinco anos de efetivo exercício, Luísa fará jus ao adicional por tempo de serviço.

d) Caso Luísa não possua imóvel no local de lotação, ela terá direito a auxílio-mo-radia.

e) Se por necessidade do serviço Luísa tra-balhar além da jornada de quarenta ho-ras semanais, ela deve ser remunerada com acréscimo de cem por cento em re-lação à hora normal de trabalho.

30. (CESPE – MJ – Analista Administrativo – 2013) Conforme decisão recente do STJ, o adicional noturno previsto na Lei nº 8.112/1990 será devido ao servidor público federal que preste serviço em horário com-preendido entre 22 horas de um dia e 5 ho-ras do dia seguinte. Entretanto, esse adicio-nal não será devido se o serviço for prestado em regime de plantão.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

31. (CESPE – TRE-MS – Contador – 2013) Con-sidere que Lucas tenha tomado posse no seu primeiro cargo efetivo no serviço públi-co federal e que esteja em exercício há seis meses. Com relação à situação funcional de Lucas, assinale a opção correta à luz da Lei nº 8.112/1990.

a) Enquanto estiver no período de estágio probatório, Lucas não poderá ocupar cargos em comissão.

b) Lucas poderá tirar licença para desem-penho de mandato classista.

c) Lucas poderá tirar licença para tratar de assuntos particulares pelo prazo de três anos consecutivos, sem direito à remu-neração.

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d) Lucas irá adquirir estabilidade após dois anos de efetivo exercício no cargo.

e) Caso Lucas esteja cursando faculdade e tenha de mudar de localidade no inte-resse da administração, ele terá direito a matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, inde-pendentemente de vaga.

32. (CESPE – TRE-MS – Contador – 2013) Com base na Lei nº 8.112/1990, assinale a opção correta.

a) O servidor pode ausentar-se do serviço por dois dias para votar em outro esta-do da Federação.

b) Ao servidor estudante será concedido horário especial, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário es-colar e o da repartição, independente-mente de compensação de horário.

c) O afastamento do servidor por motivo de doença profissional é considerado como efetivo exercício.

d) A licença-prêmio por assiduidade será concedida apenas aos servidores apro-vados no estágio probatório.

e) O servidor público convocado para o serviço militar obrigatório deverá, para que não fique configurado o abandono de cargo, requerer licença para tratar de assuntos particulares, devendo retornar ao serviço no prazo máximo de trinta dias após o término do período do ser-viço obrigatório.

33. (CESPE – MPU – Analista Administrativo – 2013) O período em que o servidor estiver de licença para desempenhar mandato clas-sista conta como tempo de serviço, sendo considerado de efetivo exercício, salvo para efeito de promoção por merecimento.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

34. (CESPE – DP-DF – Defensor Público – 2013) Segundo entendimento do STJ, é cabível a concessão de licença a servidor público para acompanhamento de cônjuge na hipótese

em que se tenha constatado o preenchi-mento dos requisitos legais para tanto, ain-da que o cônjuge a ser acompanhado não seja servidor público e que o deslocamento não tenha sido atual.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

35. (CESPE – TRT-8 – Analista Judiciário – 2013) Com base no regime disciplinar do servidor público, assinale a opção correta.

a) A penalidade de demissão não poderá ser aplicada ao servidor caso não haja registro, em sua vida funcional, de im-posição prévia de qualquer outra san-ção disciplinar.

b) Constitui penalidade administrativa a decisão que conclui pela inabilitação do servidor em razão do não preenchimen-to dos requisitos do estágio probatório.

c) A conduta do servidor que se vale do cargo para lograr proveito pessoal em detrimento da função pública não ense-ja a aplicação da penalidade de demis-são.

d) Em decorrência do princípio da legalida-de, é vedada a conversão da penalidade de suspensão em multa.

e) Na hipótese de acumulação ilegal de cargos, a infração será apurada median-te processo administrativo disciplinar sumário conduzido por comissão disci-plinar composta por apenas dois servi-dores estáveis.

(CESPE – ANCINE – Técnico Administrativo – 2012) Julgue os itens abaixo, relativos à Lei nº 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das au-tarquias e das fundações públicas federais.

36. Nos termos dessa lei, nenhum servidor po-derá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à au-toridade superior de informação relativa à prática de crimes ou atos de improbidade de que tenha conhecimento.

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37. A remoção, a suspensão e a demissão são exemplos de penalidades disciplinares pre-vistas na lei em apreço.

38. (CESPE – TCU – AFCE – 2011) A revisão do processo administrativo disciplinar é cabí-vel quando se apresentarem novos fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação das penalidades aplicadas, podendo ocorrer de ofício ou a pedido, a qualquer tempo.

(CESPE – TRT-10 – Analista Judiciário – 2012) De acordo com a Lei nº 8.112/1990, suas alterações e sua interpretação doutrinária, julgue os itens seguintes.

39. Ao servidor público é proibido delegar a ou-tro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, mesmo em situações de emer-gência e transitórias.

40. Exoneração e Demissão são formas de saí-da do servidor de cargo público que se di-ferenciam em relação ao aspecto punitivo. Enquanto a exoneração consiste em saída não punitiva, a demissão consiste em saída punitiva, em decorrência de decisão admi-nistrativa ou judicial.

41. Emprega-se o processo administrativo dis-ciplinar para apurar atos ilícitos cujas pena-lidades devem ser mais severas que a sus-pensão por noventa dias.

42. (CESPE – TJRR – Administrador – 2012) A au-sência de defesa técnica oferecida por advo-gado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituição Federal, o que deter-mina a nulidade de todo o processo.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

43. (CESPE – SAEB – 2012) Caso determinado servidor público receba penalidade de ad-vertência em 22/8/2009 e, mantendo-se em efetivo exercício, pratique nova infração dis-ciplinar em 3/11/2012, a penalidade de ad-

vertência não terá seu registro cancelado, já que o prazo exigido por lei, em caso de ad-vertência, é de cinco anos de efetivo exercí-cio do servidor sem praticar nova infração.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

44. (CESPE – SAEB – 2012) Se, em processo ad-ministrativo disciplinar, for comprovada a ocorrência de acumulação proibida de cargos por parte do servidor público, este poderá optar por um dos cargos, se restar comprovada a sua boa-fé.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

45. (CESPE – MP-TO – 2012) Como medida cau-telar, em processo administrativo discipli-nar, a autoridade competente, instauradora do processo, poderá, no âmbito de suas atri-buições, afastar de suas funções o servidor público implicado, pelo prazo de sessenta dias, sem prejuízo da remuneração, para evitar, dessa maneira, que ele possa influen-ciar na apuração das irregularidades.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

46. (CESPE – MP-RR – 2012) O termo inicial do prazo prescricional da ação disciplinar é a data em que o fato foi praticado.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

47. (CESPE – MCTI – Gestão Administrativo – 2012) Caso seja absolvido por falta de pro-vas na esfera criminal, o servidor não pode-rá ser punido na esfera disciplinar.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

48. (CESPE – IBAMA – Técnico – 2012) Mesmo estando no exercício do poder disciplinar, a autoridade competente não pode impor pe-nalidade administrativa ao agente público sem o devido processo administrativo.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

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(CESPE – CAPES – 2012) A respeito de penalida-des e do processo administrativo disciplinar, jul-gue os itens a seguir com base nas disposições da Lei n.º 8.112/1990 e alterações.

49. O registro da penalidade de advertência aplicada a servidor público será cancelado após o decurso de três anos, desde que ele não pratique nova infração disciplinar nesse período.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

50. No transcurso de processo administrativo disciplinar, é vedado à administração afastar o servidor do exercício do seu cargo.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

Gabarito: 1. V 2. E 3. V 4. V 5. B 6. C 7. C 8. E 9. C 10. A 11. F 12. F 13. F 14. V 15. F 16. F  17. V 18. F 19. V 20. V 21. V 22. A 23. F 24. F 25. D 26. F 27. F 28. V 29. A 30. F 31. E 32. C 33. V 34. V  35. E 36. V 37. F 38. V 39. F 40. V 41. V 42. F 43. F 44. V 45. V 46. F 47. F 48. V 49. V 50. F

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ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS

1. Estado, Governo e Administração Pública

1.1 Conceito de Estado

Estado é uma instituição organizada politica, social e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente tendo como lei máxima uma Constituição escrita, e dirigida por um Governo que possui soberania reconhecida tanto interna quanto externamente. O Estado é responsável pela organização e pelo controle social, pois detém, segundo Max Weber, o monopólio legítimo do uso da força (coerção, especialmente a legal).

De acordo com o atual Código Civil, o Estado possui personalidade jurídica de direito público, com prerrogativas especiais, para que possa ser atingida a finalidade de interesse público.

O fim do Estado é assegurar a vida humana em sociedade. O Estado deve garantir a ordem interna, assegurar a soberania na ordem internacional elaborar as regras de conduta e distribuir a justiça. Nesse contexto, insere-se o Direito Administrativo, como ramo autônomo do Direito Público, tendo como finalidade disciplinar as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, bem como entre este e os administrados.

São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, que é um Estado Democrático de Direito: a) construir uma sociedade livre, justa e solidária; b) garantir o desenvolvimento nacional; c) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; d) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º CF)

1.1.1 Elementos do Estado

Sucintamente, temos que Estado é uma pessoa jurídica territorial, composta dos elementos povo, território e governo soberano. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território".

Sendo assim, são elementos do Estado, portanto: povo, território e governo soberano.

O povo é o elemento humano, formado pelo conjunto de pessoas submetidas à ordem jurídica estatal. O território é o elemento material, espacial ou físico do Estado, é a sua base geográfica, compreendendo a superfície do solo que o Estado ocupa, seu mar territorial e o espaço aéreo.

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Governo é a organização necessária ao exercício do poder político, sendo a soberania o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência.

1.1.2 Organização do Estado

O Estado pode ser organizado de várias formas, levando-se em consideração a sua extensão territorial, a estruturação de seus Poderes e a subdivisão em unidades menores. Estados de tamanhos variados podem ter vários níveis de governo: local, regional e nacional. Assim, o Estado pode ser:

a) Unitário ou simples – quando só existe uma fonte de Direito, que é no âmbito nacional, estendendo-se uniformemente sobre todo o seu território. (França, Bélgica, Itália e Portugal são unitários)

b) Composto – como o Estado Federado, no qual há a reunião de vários Estados Membros que formam a Federação. Existem várias fontes de direito: Federal, Estadual e a Municipal. (Brasil e EUA são federados).

No Brasil, a Constituição Federal dispõe, em seu art. 1º, que "A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático do Direito..."

Assim, para o Direito Administrativo, a expressão "Estado", em sentido amplo, abrange a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Destacamos que o Estado, em suas relações internacionais (externas), possui soberania; enquanto a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, nas suas relações internas, possuem, apenas, autonomia.

1.1.3 Poderes do Estado

De acordo com o artigo 2º do Texto Constitucional são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, e o Judiciário.

Cada um desses Poderes do Estado exerce predominantemente uma função estatal específica, porém, não há uma separação absoluta de funções, assegurando o sistema de freios e contrapesos. Assim, os Poderes irão desempenhar funções típicas (principais) e funções atípicas (não principais)

Poder Legislativo é aquele que tem como principal função legislar (fazer leis!), ou seja, inovar o ordenamento jurídico, estabelecendo regras gerais e abstratas, criando comandos a todos os cidadãos, visto que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.

Poder Judiciário é aquele que tem como principal função julgar, solucionar conflitos de interesses entre as partes, aplicando as leis aos casos concretos.

Poder Executivo é aquele que tem como principal função executar, administrar a coisa publica, dentro dos limites impostos por lei, com a finalidade de atender ao interesse público.

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Pelo exposto, percebemos que a função administrativa (objeto do Direito Administrativo) é exercida tipicamente (principal) pelo Poder Executivo, porém, os demais Poderes também irão desempenhá-la, só que de forma atípica (não-principal).

RESUMINDO...

PODER LEGISLATIVO – função legislativaPODER JUDICIÁRIO – função jurisdicionalPODER EXECUTIVO – função administrativa} FUNÇÕES TÍPICAS (PRINCIPAIS)

1.2 Conceito de Governo

Governar é o poder de regrar uma sociedade política e o aparato pelo qual o corpo governante funciona e exerce autoridade. Governo não implica necessariamente a existência de Estado.

O Governo é usualmente utilizado para designar a instância máxima de administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou de uma nação. Representa o conjunto de órgãos e Poderes responsáveis pela função política do Estado, abrangendo as funções de comando e de estabelecimento de objetivos e diretrizes do Estado, de acordo com as suas atribuições constitucionais.

A função política e o Governo são mais objeto do estudo do Direito Constitucional, enquanto que a Administração Pública é objeto do estudo do Direito Administrativo.

1.3 Conceito de Administração Pública

A expressão "Administração Pública" abarca diversas concepções. Inicialmente, temos que Administração Pública em sentido amplo (lato sensu), como o conjunto de órgãos governamentais (com função política de planejar, comandar e traçar metas) e de órgãos administrativos (com função administrativa, executando os planos governamentais).

Num sentido estrito (stricto sensu), podemos definir Administração Pública como o conjunto de órgãos, entidades e agentes públicos que desempenham a função administrativa do Estado. Ou seja, num sentido estrito, a Administração Pública é representada, apenas, pelos órgãos administrativos.

RESUMINDO...Administração Pública (sentido amplo) – órgãos governamentais (políticos) + órgãos administrativos

Administração Pública (sentido estrito) – exclusivamente, órgãos administrativos

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Para fins de prova, é mais comum que as bancas examinadoras exijam do candidato o conceito de Administração Pública num sentido objetivo e num sentido subjetivo. Assim, teremos:

a) Sentido objetivo ou material ou funcional de Administração Pública

Nesse sentido, a Administração Pública confunde-se com a própria função (atividade) administrativa desempenhada pelo Estado. O conceito de Administração Pública está relacionado com o objeto da Administração. Não se preocupa aqui com quem exerce a Administração, mas sim com o que faz a Administração Pública.

Ressaltamos que a função administrativa é exercida predominantemente pelo Poder Executivo, porém, os demais Poderes também a exercem de forma atípica. A doutrina majoritária entende que as atividades administrativas englobam: a prestação de serviço público, a polícia administrativa, o fomento e a intervenção administrativa.

b) Sentido subjetivo ou formal ou orgânico de Administração Pública:

A expressão Administração Pública confunde-se com os sujeitos que integram a estrutura administrativa do Estado, ou seja, com quem desempenha a função administrativa. Assim, num sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades que desempenham a função administrativa. O conceito subjetivo representa os meios de atuação da Administração Pública.

Os meios de atuação da Administração Pública serão analisados posteriormente de forma detalhada, mas de forma sucinta, teremos:

• Entes ou Entidades ou Pessoas: são as pessoas jurídicas integrantes da estrutura da Administração Direta e Indireta. Dividem-se em:

• Entes políticos – União, Estados, Distrito Federal e Municípios (todas com personalidade jurídica de Direito Público)

• Entes Administrativos – autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista (todas com personalidade jurídica de Direito Público e/ou Privado).

• Órgãos Públicos: são centros de competência, despersonalizados, integrantes da estrutura de uma pessoa jurídica, incumbidos das atividades da entidade a que pertencem. A Lei nº 9.784/99 os conceitua como unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração Direta ou Indireta

• Agentes Públicos: segundo o art. 2º, da Lei nº 8.429/92, são todos aqueles que exercem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, emprego ou função pública. Ou seja, são pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal.

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RESUMINDO...Sentido objetivo ou material ou funcional = atividade administrativa (O quê faz a Administração Pública?)

Sentido subjetivo ou formal ou orgânico = órgãos + agentes + entidades (Quem faz a Administração Pública?)

A natureza da Administração Pública é a de um múnus público para quem a exerce, como ensina Hely Lopes Meirelles: "a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade. Como tal, impõe-se ao administrador público a obrigação de cumprir fielmente os preceitos do Direito e da moral administrativa que regem a sua atuação. Ao ser investido em função ou cargo público, todo agente assume para com a coletividade o compromisso de bem servi-la, porque outro não é o desejo do povo, como legítimo destinatário dos bens, serviços e interesses administrados pelo Estado."

Os fins da Administração Pública são sempre o interesse público ou o bem da coletividade, sendo que toda e qualquer atividade administrativa deve almejar este objetivo. Por isso, toda a atividade do administrador público deve ser orientada para este objetivo. Todo ato por ele praticado que se afastar deste fim será considerado ilícito e imoral.

Organização administrativa da União: Administração Direta e Indireta; Agentes Públicos: classificação e espécies

2. Organização administrativa da União.

A organização administrativa da União foi inicialmente estabelecida no Decreto-lei nº 200/67. O qual estabelece que a Administração Pública Federal compreende:

• Administração Direta: que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios;

• Administração Indireta: formada pelo conjunto de autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Ou seja, nesse tópico iremos trabalhar o conceito subjetivo de Administração Pública, ou seja, iremos analisar o conjunto de órgãos, agentes e entidades integrantes da estrutura administrativa brasileira, porém, antes disso, é essencial conhecermos os conceitos de centralização, descentralização e desconcentração.

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2.1 Centralização x Descentralização x Desconcentração

O Estado exerce suas funções administrativas através de um conjunto integrado de órgãos, agentes e entidades, que integra o conceito subjetivo de Administração Pública.

Para exercer tais funções, o Estado organiza-se de duas formas básicas: administração centralizada e administração descentralizada. Daí, surgem, respectivamente, os conceitos de centralização e descentralização.

Centralização ou administração centralizada dá-se quando o Estado exerce suas atividades por meio de seus órgãos e agentes integrantes da estrutura da Administração Direta. Assim, na centralização, o Estado exerce suas funções através de seus órgãos e agentes integrantes das entidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).

Descentralização ou administração descentralizada ocorre quando as entidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) exercem suas funções por meio de outras pessoas físicas ou jurídicas.

Nesse caso, faz-se necessária a presença de duas pessoas jurídicas: o Estado e a entidade que executará o serviço.

A descentralização pode-se dar de duas formas: por outorga (ou por serviços) ou por delegação (ou por colaboração).

Há descentralização por outorga (ou por serviços) quando o Estado cria ou autoriza a criação de uma entidade, por lei, e a ela transfere, por prazo indeterminado, determinado serviço. Ou seja, a descentralização por outorga, na verdade, reflete a Administração Indireta.

É o que percebemos com a leitura da Constituição Federal, em seu art. 37, XIX, na qual o Estado cria, por lei específica, as autarquias e autoriza, também por lei específica, a criação das fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Já na descentralização por delegação (ou por colaboração), o Estado transfere a execução de determinado serviço a pessoa física ou jurídica, normalmente, por prazo determinado, mediante ato ou contrato.

Em tal situação, as delegatárias de serviço público prestarão os serviços em nome próprio, por sua conta e risco, mas sob fiscalização do Poder Público.

É o que ocorre, por exemplo, no caso das concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços públicos.

Pelo exposto, podemos apontar duas formas de prestação de serviço público: a centralização (ou prestação centralizada) e a descentralização (ou prestação descentralizada). Mas, então, o que é desconcentração?

A desconcentração é uma mera técnica administrativa de distribuição interna de competências, visando à eficiência na prestação do serviço. Assim, percebemos que a desconcentração ocorre em âmbito interno, dentro de uma mesma pessoa jurídica.

Essa é a principal distinção entre a desconcentração e a descentralização. Na primeira, pressupõe-se a existência de uma única pessoa jurídica, já na segunda, há duas pessoas (o Estado e a pessoa física ou jurídica que prestará o serviço, por outorga ou delegação).

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CUIDADO!Quando conceituamos descentralização administrativa, percebemos que a mesma ocorre quando o Estado transfere a outra pessoa física ou jurídica a titularidade do serviço. Ora, se as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas jurídicas, de onde surge a possibilidade de transferência a pessoas físicas? Das Delegatárias de serviço público. Assim, teremos:

Concessionárias de serviço público – são pessoas jurídicas ou consórcios de empresas

Permissionárias de serviço público – são pessoas físicas ou jurídicas

Autorizatárias de serviço público – são pessoas físicas ou jurídicas

A desconcentração poderá ocorrer tanto na Administração Direta (União criando seus Ministérios, cada Ministério criando as suas Secretarias, por exemplo) quanto na Administração Indireta (uma universidade pública criando o Departamento de Contabilidade, de Psicologia, e assim sucessivamente).

Por fim, destacamos que poderá ocorrer Administração Pública Centralizada, desconcentrada ou não, e Administração Pública Descentralizada, desconcentrada ou não.

2.1 Administração Direta

A Administração Direta é representada pelo conjunto de órgãos que compõem as entidades federativas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). Representa o conceito de Administração Centralizada.

A Administração Direta é integrada pelas pessoas jurídicas de direito público que possuem competência legislativa, ou seja, pelas pessoas políticas. Assim, os conceitos de Administração Pública Direta, de Administração Centralizada e de Entidades Políticas confundem-se.

Em âmbito federal, a União acompanhada dos diversos órgãos que a compõem (Presidência da República, Ministérios, Secretarias, etc) formam a estrutura da Administração Pública Federal Direta ou Centralizada.

2.1.2 Órgãos Públicos

Segundo Hely Lopes Meirelles, os órgãos públicos são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, por intermédio de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Já a Lei nº 9.784/99 os define como "unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração Direta ou Indireta".

Cabe ressaltar que esses órgãos públicos são estruturados de forma hierarquizada (há relação hierárquica entre os órgãos e unidades integrantes de suas estruturas internas. Assim, a relação existente entre um Ministério e uma Secretaria sua, por exemplo, resulta da relação hierárquica presente em suas estruturas).

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Abaixo, transcreveremos as características dos órgãos públicos, componentes da estrutura administrativa brasileira:

• integram a estrutura de uma pessoa jurídica, logo, nenhum órgão público possui personalidade jurídica própria e nem patrimônio próprio;

• resultam da desconcentração administrativa, como visto anteriormente;

• podem ser encontrados na estrutura da Administração Direta ou Indireta, como visto anteriormente;

• alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira;

• não representam em juízo a pessoa jurídica da qual fazem parte;

• podem firmar contratos de gestão com outros órgãos ou pessoas jurídicas, através de seus administradores (CF, art. 37, § 8º);

• alguns órgãos públicos possuem capacidade processual (ou judiciária) para defesa em juízo de suas prerrogativas funcionais.

CUIDADO! CAPACIDADE PROCESSUAL DE ALGUNS ÓRGÃOS PÚBLICOSO órgão, por ser um ente despersonalizado, via de regra não possui capacidade processual para estar em juízo, ou seja, não pode figurar em um dos pólos da relação jurídica.

Entretanto o Código de Processo Civil, em seu artigo 7º, atribui capacidade processual para os órgãos independentes e autônomos, não alcançando os demais órgãos públicos. A jurisprudência e a doutrina atribuem capacidade processual do órgão público para impetração de mandado de segurança, na defesa de sua competência, quando violada por outro órgão.

Cabe ressaltar que nenhum órgão possui personalidade jurídica, porém, os órgãos independentes e autônomos possuem capacidade processual ou judiciária, ou seja, excepcionalmente, alguns órgãos podem figurar num dos pólos de uma ação (mandado de segurança).

2.1.2.1 Teoria do Órgão

Diversas teorias tentam explicar a relação jurídica existente entre o Estado e seus agentes públicos, pessoas que agem em nome do Estado, por vontade própria. Entre essas teorias, a doutrina majoritária preferiu a denominada teoria do órgão ou da imputação.

Segundo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino: "Por essa teoria, amplamente adotada por nossa doutrina e jurisprudência, presume-se que a pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio dos órgãos, que são partes integrantes da própria estrutura da pessoa jurídica, de tal modo que, quando os agentes atuam nestes órgãos manifestam sua vontade, considera-se que esta foi manifestada pelo próprio Estado. Fala-se em imputação (e não representação) da atuação do agente, pessoa natural, à pessoa jurídica."

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Maria Helena Diniz explica que essa teoria é utilizada para justificar a validade dos atos praticados por funcionário de fato, pois considera que o ato do funcionário é ato do órgão, imputável, portanto, à Administração. Deve-se, entretanto, notar que não é qualquer ato que será imputado ao Estado. É necessário que o ato se revista, ao menos, de aparência de ato jurídico legítimo e seja praticado por alguém que se deva presumir ser um agente público (teoria da aparência). Fora desses casos, o ato não será imputado ao Estado.

2.1.2.2 Classificação dos Órgãos

Adotaremos a classificação consagrada por Hely Lopes Meirelles, por entendermos ser ela a mais utilizada, não só em concursos públicos como também por outras autores pátrios. Segundo ele, os órgãos podem sofrer diferentes classificações, de acordo com sua posição estatal, quanto à sua estrutura (composição) e quanto à sua atuação funcional.

Quanto à posição estatal:

a) Órgãos Independentes: são os diretamente previstos no texto constitucional, representan-do os três Poderes (Câmara dos Deputados, Senado Federal, STF, STJ e demais tribunais, Presidência da República e seus simétricos nas demais esferas da Federação). São órgãos sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional. As atribuições destes órgãos são exercidas por agentes políticos.

b) Órgãos Autônomos: situam-se na cúpula da Administração, hierarquicamente logo abaixo dos órgãos independentes. Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos. São exemplos: os Ministérios, as Secretarias de Estado, a AGU, etc.

c) Órgãos Superiores: são órgãos que possuem atribuições de direção, controle e decisão mas que sempre estão sujeitos ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Não têm autonomia administrativa nem financeira. Incluem-se nessa categoria órgãos com denominações muito heterogêneas, como Procuradorias, Coordenadorias, Gabinetes, etc.

d) Órgãos Subalternos: são todos os órgãos que exercem atribuições de mera execução, sempre subordinados a vários níveis hierárquicos superiores. Têm reduzido poder decisório. São exemplos as seções de expediente, de pessoal, de material, de portaria etc.

Quanto à estrutura:

a) Órgãos Simples: os órgãos simples ou unitários são constituídos por um só centro de competência. Esses órgãos não são subdivididos em sua estrutura interna, integrando-se em órgãos maiores. Não interessa o número de cargos que tenha o órgão, mas sim a inexistência de subdivisões com atribuições específicas em sua estrutura, resultado de desconcentração administrativa.

b) Órgãos Compostos: os órgãos compostos reúnem em sua estrutura diversos órgãos, como resultado da desconcentração administrativa. É o que ocorre com os Ministérios e as Secretarias. Citando um exemplo concreto: o Ministério da Fazenda é integrado por vários órgãos, entre eles a Secretaria da Receita Federal. Esta é composta por diversos órgãos, dentre os quais as suas Superintendências Regionais. Estas são integradas por Delegacias, que são integradas por Seções até chegarmos a um órgão que não seja mais subdividido (este será o órgão unitário; todos os demais são compostos).

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Quanto à atuação funcional:

a) Órgãos Singulares: também denominados unipessoais, são os órgãos em que a atuação ou as decisões são atribuição de um único agente, seu chefe e representante. É exemplo a Presidência da República.

b) Órgãos Colegiados: também denominados pluripessoais, são caracterizados por atuar e decidir através da manifestação conjunta de seus membros. Os atos e as decisões são tomadas após deliberação e aprovação pelos membros integrantes do órgão, conforme as regras regimentais pertinentes a quorum de instalação, de deliberação, de aprovação, etc. São exemplos o Congresso Nacional e os Tribunais.

CUIDADO!Os órgãos públicos podem ser divididos em: deliberativos e consultivos. Os órgãos deliberativos são aqueles que tomam decisões enquanto que os órgãos consultivos são aqueles que emitem pareceres, opiniões, conselhos que por sua vez são transmitidos aos órgãos deliberativos para auxiliarem os órgãos deliberativos na sua tomada de decisão.

Como exemplo de órgãos consultivos podemos citar a Assessoria Jurídica ou o Controle Interno de um entidade que elaboram pareceres opinativos que servem de balizamento às decisões das autoridades.

Sobre os órgãos consultivos, as bancas examinadoras têm destacado que, apesar de se encontrarem inseridos na estrutura hierárquica para fins disciplinares, os mesmos detêm autonomia quanto à elaboração de seus pareceres, fugindo à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções, preservando, assim, a autonomia de suas opiniões.

2.2 Administração Indireta

A Administração Indireta é representada pelo conjunto de pessoas jurídicas de direito público e/ou privado que possuem capacidade de autoadministração. Representa o conceito de Administração Descentralizada.

A Administração Indireta é integrada pelo conjunto de autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista, ou seja, pelas pessoas administrativas. Assim, os conceitos de Administração Pública Indireta, de Administração Descentralizada e de Entidades Administrativas confundem-se.

A seguir, iremos transcrever as características comuns de todas as pessoas jurídicas integrantes da estrutura da Administração Indireta, para, posteriormente, comentarmos uma a uma tais entidades.

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2.2.1 Características Comuns das Entidades da Administração Indireta:

• Resultam da descentralização por outorga (ou por serviço)

• Possuem personalidade jurídica própria

• Patrimônio próprio

• São criadas por lei específica ou possuem a criação autorizada por lei específica (CF, art. 37, XIX)

• Como regra, sujeitam-se às regras de licitação e contratos (Lei nº 8.666/93) e a concurso público

• De acordo com o novo Código Civil, não se sujeitam à falência (regime falimentar)

• Relação de vinculação (e não subordinação!) à Administração Direta

CUIDADO!A relação existente entre as entidades administrativas (Administração Indireta) e as entidades políticas (Administração Direta) não é de subordinação, mas sim de vinculação (ou tutela ou supervisão ministerial ou controle finalístico)

Cabe ressaltar que, na desconcentração administrativa, existe uma relação hierárquica entre os diversos órgãos integrantes da estrutura administrativa, porém na descentrali-zação administrativa, não há tal relação.

Por fim, destacamos que as entidades integrantes da Administração Indireta não sendo subordinadas hierarquicamente à entidade estatal-matriz, não estão submetidas ao controle hierárquico, sendo sujeitas apenas ao controle finalístico de sua administração e da conduta de seus dirigentes.

Controle hierárquico é aquele decorrente do escalonamento vertical dos órgãos do Executivo, em que os inferiores estão subordinados aos superiores, daí decorrendo que os órgãos de cúpula têm sempre o controle pleno dos subalternos, independentemente de norma que o estabeleça.

Já por controle finalístico entenda-se aquele no qual não há fundamento hierárquico, porque não há subordinação entre a entidade controlada e a autoridade ou órgão controlador. É um controle de verificação do enquadramento da instituição no programa geral do Governo, para o atingimento das finalidades da entidade controlada.

a) Autarquias

São pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou serviços descentralizados do ente estatal que as criou. Funcionam e operam na forma estabelecida na lei instituidora e nos termos de seu regulamento.

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Segundo Hely Lopes Meirelles: "A autarquia, sendo um prolongamento do Poder Público, uma longa manus do Estado, deve executar serviços próprios do Estado, em condições idênticas às do Estado, com os mesmos privilégios da Administração-matriz e passíveis dos mesmos controles dos atos administrativos."

De forma resumida, temos as seguintes características nas autarquias:

• Integram a estrutura da Administração Pública Indireta.

• Resultam da descentralização por outorga.

• Personalidade jurídica de direito público, ou seja, sujeita-se a regime jurídico de direito público.

• Possuem patrimônio próprio, composto por bens públicos.

• Os atos lesivos ao seu patrimônio estão sujeitos à ação popular.

• São tidas como um serviço público personificado.

• Estão vinculadas (e não subordinadas!) à pessoa política que as criou. Tal relação de vinculação também é denominada de controle finalístico (e não hierárquico!) ou tutela ou supervisão ministerial, exercido nos termos e limites definidos em lei.

• Criadas ou extintas por lei específica (CF, art. 37, XIX).

• Exercem atividade típica do Estado.

• Sujeitam-se à realização de concurso público e ao procedimento licitatório, como regra.

• Regime de Pessoal: regime jurídico único estatutário, reestabelecido através de medida cautelar deferida pela Corte Suprema, no julgamento da ADI 2.135/DF, de 02 de agosto de 2007.

• Juízo Competente: as autarquias federais, nos litígios comuns, terão suas causas processadas e julgadas na Justiça Federal; já as autarquias estaduais e municipais terão suas causas processadas e julgadas na Justiça Estadual.

• As autarquias respondem de forma objetiva em relação ao dano causado pelos seus agentes, nessa qualidade, a terceiros (CF, art. 37, § 6º.).

• Sujeitam-se à fiscalização do Tribunal de Contas (CF, art. 70).

Como exemplo de tais entidades temos o Banco Central do Brasil (BACEN), o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA), entre outros.

b) Fundações Públicas

Entende-se como Fundação a entidade formada pela atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio ou complexo de bens, para servir a um determinado fim de utilidade pública ou em benefício da coletividade. Possui personalidade jurídica própria e natureza não lucrativa.

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No Direito Brasileiro, a expressão "fundação" requer certo cuidado, pois poderemos ter as fundações privadas, que são fiscalizadas pelo Ministério Público, guardando relação com o estudo do Direito Civil (Fundação da Xuxa, Fundação Roberto Marinho, etc). Já as fundações públicas é que são objeto de estudo do Direito Administrativo, devendo ter suas atividades supervisionadas pela pessoa política responsável.

As fundações públicas podem possuir personalidade jurídica de direito público (quando criada diretamente por lei) ou de direito privado (quando a lei meramente autorizar sua criação), mas, sempre que instituída pelo Poder Público, será fundação pública. No caso das fundações públicas de direito público (as denominadas fundações autárquicas ou autarquias fundacionais), são válidas as mesmas considerações acerca das autarquias.

Quanto ao juízo competente, embora haja divergência doutrinária, a corrente majoritária é que as fundações públicas federais de direito público ou privado possuem o foro da Justiça Federal.

Destacamos que a professora Maria Sylvia di Pietro utiliza a expressão "patrimônio público personificado" para designar as fundações públicas.

Como exemplo de fundações públicas, podemos citar a Fundação Rio Zôo (do Município do Rio de Janeiro), a Fundação IBGE, entre outras.

MACETE!ÓRGÃO – Centros de Competência, sem personalidade jurídica

AUTARQUIA – Serviço Público Personificado

FUNDAÇÃO PÚBLICA – Patrimônio Público Personificado

c) Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

Empresa pública é a entidade com personalidade jurídica de Direito Privado, integrante da Administração Indireta, instituída pelo Poder Público, mediante autorização legislativa específica, revestindo-se de qualquer das formas admitidas em Direito e com capital exclusivamente público, para exploração de atividades econômicas ou execução de serviços públicos.

Sociedade de Economia Mista é a entidade com personalidade jurídica de Direito Privado, integrante da Administração Indireta, instituída pelo Poder Público, mediante autorização legislativa específica, revestindo-se sob a forma de sociedade anônima e com controle acionário do Poder Público, para exploração de atividades econômicas ou execução de serviços públicos.

As empresas públicas e as sociedades de economia mista possuem as seguintes características em comum:

• Personalidade jurídica de Direito Privado (sem as prerrogativas de Direito Público);

• Criação por autorização legislativa específica;

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• Objeto: atividade econômica ou prestação de serviço público;

• Regime de pessoal: celetista (trabalhista), mas o ingresso depende previamente de concurso público;

• Estão sujeitas às regras gerais de licitação (Lei nº 8.666/93), porém poderão ter seu próprio estatuto, quando seu objeto for atividade econômica (CF, art. 173, § 1º, III);

• Estão sujeitas a um regime híbrido, ou seja, seguem regras do direito público (concurso público e licitação, por exemplo) e regras do direito privado (obrigações trabalhistas, por exemplo).

Já como distinções entre elas, podemos apontar as seguintes:

Distinções Sociedade de Economia Mista Empresa Pública

Forma Societária Somente S/A (Sociedade Anônima) Qualquer forma (inclusive S/A)

Composição do Capital Majoritariamente Público Exclusivamente Público

Foro Processual* Justiça Estadual (U/E/DF/M) Justiça Federal (União) ou Justiça Estadual (E/DF/M)

ExemplosBanco do Brasil, Petrobras, Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), dentre outros

Correios, Caixa Econômica Federal (CEF), dentre outras

* No caso de causas trabalhistas, o foro é o mesmo – Justiça do Trabalho

IMUNIDADE TRIBUTÁRIAA Constituição Federal, em seu art. 150, VI, "a", veda a cobrança de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços entre os entes da federação (União, Estados, Distrito Federal e Muinicípios). Essa vedação é chamada de imunidade recíproca.

Assim, não pode o Município cobrar IPTU de um prédio público estadual e nem o Estado cobrar IPVA dos veículos da Prefeitura. O fundamento de tal imunidade é preservar os entes políticos de qualquer pressão indireta que um ente possa exercer sobre o outro.

Nos termos do § 2º do art. 150 da CF/88, as autarquias e fundações mantidas pelo Poder Público também gozam da imunidade tributária recíproca, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Muito embora não haja previsão expressa da imunidade recíproca para empresas públicas e sociedades de economia mista, a jurisprudência tem estendido tal benefício também às empresas públicas e às sociedades de economia mista, desde que prestadoras de serviço público.

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Logo, se a empresa pública ou sociedade de economia mista explorar atividade econômica, não irá gozar do benefício porque a ela deve ser aplicado o mesmo regime jurídico da iniciativa privada (art. 173, § 1º, II, da CF/88).

O exemplo mais comum de empresa pública que goza de imunidade recíproca é a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. Isso porque os Correios são entendidos como uma empresa prestadora de serviço público obrigatório e exclusivo do Estado e não como exploradora de atividade econômica, embora também ofereçam serviços dessa natureza.

2.3 Conceitos Relevantes

2.3.1 AGÊNCIAS EXECUTIVAS:

Agência Executiva é uma qualificação concedida pelo Poder Executivo à autarquia ou fundação pública que assinar contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor. Por meio de tal contrato, serão estabelecidas determinadas metas e objetivos a serem cumpridos. Sendo assim, percebemos que as agências executivas não representam uma nova forma na estrutura da Administração Pública Brasileira.

A qualificação de Agência Executiva pode ser concedida (ato discricionário) pelo Poder Público, desde que os requisitos estabelecidos no art. 51, da Lei nº 9.649/98 sejam preenchidos. Tal contrato de gestão possui base no próprio Texto Constitucional, art 37, § 8º, visando uma maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira da entidade assim qualificada.

O principal é sabermos que as Agências Executivas são entidades integrantes da estrutura da Administração Pública Indireta, visto que apenas representam autarquias ou fundações públicas com privilégios maiores.

2.3.2 AGÊNCIAS REGULADORAS:

No início da década de 1990, iniciou-se um processo denominado "Reforma do Estado", que tinha como objetivo principal a redução da máquina administrativa (formação de um "Estado Mínimo"), pois entendia-se que o Estado desempenhava várias funções que não precisavam ser por ele desempenhadas.

A intenção de tal movimento era aumentar a eficiência nas áreas em que se considerava imprescindível a atuação do Estado. Tanto que tal reforma culminou com a Emenda Constitucional 19, de 1998, conhecida como "Primeira Reforma Administrativa", que inseriu a eficiência no rol dos princípios básicos que integram toda atividade administrativa.

Entre essas atividades que só poderiam ser desenvolvidas pelo Estado, destaca-se a regulação das atividades consideradas típicas do Estado. Assim, surgiram as agências reguladoras, que vieram suprir tal necessidade.

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No Direito Administrativo brasileiro, as agências reguladoras não representaram uma nova figura jurídica na estrutura da Administração Pública, pois as leis que vêm instituindo essas entidades têm-lhes conferido a forma de autarquias em regime especial.

As agências reguladoras são integrantes da Administração Indireta, visto que são autarquias com grande grau de especialização e autonomia.

A expressão "agência reguladora" não encontra base constitucional. No Texto Constitucional, só encontraremos as expressões "órgão regulador". Assim teremos:

CF, art. 21, XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais

CF, art. 177, § 2º – A lei a que se refere o § 1º disporá sobre:

I – a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional;

II – as condições de contratação;

III – a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União;

Consequentemente, as leis que criaram tais "órgãos" reguladores previstos no texto constitu-cional foram: a Lei nº 9.472/97 (Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL) e a Lei nº 9.478/97 (Agência Nacional de Petróleo – ANP).

Ambas as agências foram criadas, pelas respectivas leis, sob a forma jurídica de "autarquia de regime especial", sendo a ANATEL vinculada ao Ministério das Comunicações e a ANP vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Quanto à natureza jurídica das agências reguladoras, cabe ressaltar que não há obrigatoriedade delas serem instituídas na forma de autarquia. Elas poderiam ser, simplesmente, órgãos (logo, despersonalizados) especializados, integrantes da Administração Direta.

Na verdade, o legislador procurou dar um maior grau de independência perante o Poder Executivo, atribuindo às agências reguladoras a forma de autarquias.

Também é importante ressaltar que, pelo fato de as agências reguladoras exercerem atividades típicas do Estado, para o Supremo Tribunal Federal, elas só poderiam ser pessoas jurídicas de direito público, caso contrário, a lei instituidora estaria fadada à inconstitucionalidade.

2.3.3 TERCEIRO SETOR: ENTIDADES PARAESTATAIS

PARAESTATAL OU PARESTATAL – "PARALELO AO ESTADO; AO LADO DO ESTADO"

Tradicionalmente, Hely Lopes Meireles incluía as empresas públicas e as sociedades de economia mista em tal conceito, o qual, modernamente, não é mais aceito, visto que as

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referidas entidades integram a Administração Indireta. Sendo assim, não estão "ao lado do Estado", e sim integrando o próprio Estado.

Entidades paraestatais são entes de cooperação com o Poder Público. São as pessoas privadas que, agindo ao lado do Estado, colaboram com este, no desempenho de atividade de interesse público, não lucrativa, recebendo, por isso, especial proteção estatal, tais como incentivos fiscais e outros benefícios.

Assim, são características comuns ao conceito de entidades paraestatais:

• NÃO INTEGRAM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA;

• Pessoas Jurídicas de Direito Privado;

• Atividade de interesse público, sem fins lucrativos.

São quatro as entidades que integram tal conceito:

a) Serviços sociais autônomos;

b) Organizações sociais;

c) Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP);

d) Entidades de Apoio.

3. Agentes Públicos

É todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública. Tal definição tem origem na Lei nº 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), em seu art. 2º.

De forma sucinta, percebemos que agente público é toda pessoa física que presta serviços ao Estado.

Percebemos que a expressão agente público agrega vários segmentos do serviço público, sendo bem mais ampla que a definição de servidor público, normalmente, adotada pelos Estatutos, que o define como a pessoa legalmente investida em cargo público.

A grande diferença entre as duas nomenclaturas utilizadas no Direito Administrativo Brasileiro é que servidor público é aquele que ocupa cargo público, já a definição de agente público engloba aquele que ocupa cargo, emprego, função ou mandato.

Na verdade, o servidor público, como veremos adiante, integra uma das categorias dos agentes públicos.

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3.1 Espécies e Classificação

Existem várias formas de classificação dos agentes públicos, porém, a mais utilizada para fins de prova é a adotada por Hely Lopes Meirelles, que utilizaremos a seguir:

a) Agentes Políticos;b) Agentes Administrativos;c) Agentes Honoríficos;d) Agentes Delegados;e) Agentes Credenciados.

CUIDADO! A Professora Maria Sylvia Di Pietro utiliza a seguinte classificação:

a) Agentes Políticos;

b) Servidores Públicos;

c) Militares (A Emenda Constitucional 18/98 aboliu a nomenclatura servidor público militar);

d) Particulares em colaboração com o Poder Público.

a) Agentes Políticos

São aqueles componentes do alto escalão do Governo, que possuem competência emanada diretamente pela Constituição Federal, exercendo funções governamentais, judiciais e quase-judiciais, elaborando normas legais, conduzindo os negócios públicos, decidindo e atuando com independência nos assuntos de sua competência

Não se submetem aos regimes jurídicos próprios dos servidores públicos em geral, pois possuem regras próprias, devido à importância de suas funções. Normalmente, seus cargos são providos mediante eleição, nomeação ou designação.

Segundo Hely Lopes Meirelles, são agentes políticos:

• Membros do Poder Executivo – o Chefe do Poder Executivo (Presidente da República, Governador e Prefeito) e seus auxiliares imediatos (Ministros de Estado e Secretários Estaduais e Municipais);

• Membros do Poder Legislativo – Senadores, Deputados (Federais, Estaduais e Distritais) e Vereadores;

• Membros do Poder Judiciário – Magistrados, em geral;

• Membros do Ministério Público (Procuradores e Promotores) e Membros dos Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros);

• Representantes diplomáticos (diplomatas);

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• Demais autoridades que atuem com independência funcional no desempenho das atribuições governamentais, judiciais ou quase judiciais, atuando ao quadro do funcionalismo estatutário.

Já Celso Antônio Bandeira de Mello, seguido por Maria Sylvia Di Pietro, entende que "são os titulares dos cargos estruturais à organização política do País, isto é, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do poder. Sua função é a de formadores da vontade superior do Estado.

Para eles, os agentes políticos seriam, apenas, os Chefes do Poder Executivo, nas diversas esferas, seus auxiliares imediatos, os Senadores e os Deputados.

Segundo Maria Sylvia Di Pietro, "É necessário reconhecer, contudo, que atualmente há uma grande tendência a considerar os membros da Magistratura e do Ministério Público como agentes políticos.

Nesse sentido, o STF referiu-se aos magistrados como "agentes políticos, investidos para o exercício de atribuições constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação específica".

Por fim, é importante ressaltar que por ser o Tribunal de Contas um órgão auxiliar do Poder Legislativo. O STF entendeu que os Conselheiros das Cortes de Contas não são agentes políticos, mas sim agentes administrativos.

b) Agentes Administrativos

São aqueles que possuem uma relação funcional com a Administração Pública. Regra geral, sujeitam-se à hierarquia administrativa e à regime jurídico próprio.

São os servidores públicos, os empregados públicos, os contratados temporariamente, os ocupantes de cargo em comissão, etc.

Como regime jurídico devemos entender o conjunto de regras que estabelecem a relação existente entre a Administração Pública e seus agentes públicos. De modo sucinto, podemos concluir que tal expressão abrange o conjunto de direitos e deveres existente em tal vínculo funcional.

Assim, os servidores públicos federais possuem como regime jurídico próprio a Lei nº 8.112/90, que representa o Estatuto do Servidor Público Federal, que contém seus direitos e deveres.

c) Agentes Honoríficos

Não possuem qualquer vínculo funcional com o Estado. Possuem, geralmente uma função gratuita e temporária, mas respondem penalmente pelo exercício arbitrário delas. Segundo a doutrina, decorrem do dever cívico, da honrabilidade de exercer essas atribuições.

Assim temos: mesários do TRE, jurados do Tribunal de Júri, etc.

d) Agentes Delegados

São os particulares contratados pela Administração, que agem em nome próprio, executando as atribuições para as quais foram contratados. Dividem-se, basicamente, em: concessionários, permissionários e autorizatários de serviços públicos.

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e) Agentes Credenciados

Segundo Hely Lopes Meirelles: "são os que recebem a incumbência da Administração para representa-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante remuneração do Poder Público credenciante".

Como exemplo de agentes credenciados, podemos citar as clínicas especializadas credenciadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e as clínicas especializadas credenciadas pelo DETRAN.

SERVIDOR PÚBLICOEm sentido amplo, Maria Sylvia Di Pietro afirma serem servidores públicos as pessoas físicas que prestam serviço ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com vínculo empregatício (seja estatutário, celetista ou especial) e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.

Os Estatutos definem servidor público em sentido estrito, como sendo a pessoa legalmente investida em cargo público. Essa definição seria a de servidor público, em sentido estrito, englobando as pessoas físicas ocupantes de cargo público, efetivo ou em comissão, sujeitas a um regime jurídico estatutário ou legal.

Assim, em sentido amplo, até os empregados públicos celetistas e os contratados temporariamente, para atender necessidade excepcional de interesse público, podem ser chamados de servidores públicos.

Também cabe ressaltar que a Emenda Constitucional 18/98 aboliu a nomenclatura servidor público militar. Hoje, fala-se em militares que abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas, às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e Distrito Federal.

De qualquer forma, as definições de servidor público (em sentido amplo ou em sentido estrito) são menos abrangentes que a definição de agente público trazida pela Lei nº 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa), em seu artigo 2º.

A grande diferença entre as duas nomenclaturas utilizadas no Direito Administrativo Brasileiro é que servidor público é aquele que ocupa cargo público, já a definição de agente público engloba aquele que ocupa cargo, emprego, função ou mandato. Assim, como visto anteriormente, os servidores públicos são espécies de agentes públicos, classificados como agentes administrativos.

Já a expressão empregado público é utilizada para representar aqueles que possuem um vínculo funcional com a Administração, estabelecido por meio de um regime jurídico celetista, enquanto que funcionário público é um termo que atualmente só é utilizado no Direito Penal, não tendo mais relevância ao estudo do Direito Administrativo.

Funcionário público, para o Direito Penal, é todo aquele que, embora transitoriamente ou sem remuneração, pratica crime contra a Administração Pública, no exercício de cargo, emprego ou função. Os conceitos de agente público e funcionário público são bem amplos e equivalentes.

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Questões

QUESTÕES FCC

1. (FCC – TRT-16 – Técnico Judiciário – 2014) Luísa, candidata a uma vaga de concurso público, em seu exame oral, foi questionada pelos examinadores acerca da classificação dos órgãos públicos, especificamente quan-to à posição estatal, devendo exemplificar os órgãos públicos superiores. Luísa forne-ceu cinco exemplos de órgãos públicos su-periores, equivocando-se acerca de um de-les, qual seja,

a) Divisões.b) Departamentos.c) Ministérios.d) Coordenadorias.e) Gabinetes.

2. (FCC – TRT-16 – Analista Administrativo – 2014) Considere a seguinte assertiva:

A Câmara dos Deputados classifica-se, quanto à posição estatal, como órgão in-dependente. Isto porque, dentre outras características, não possui qualquer subor-dinação hierárquica ou funcional, estando sujeita apenas a controle constitucional.

A assertiva em questão está:

a) correta, pois trata-se de órgão indepen-dente e autônomo, expressões sinôni-mas quanto à classificação dos órgãos públicos.

b) incorreta, pois não se trata de órgão in-dependente e sim autônomo.

c) correta, pois trata-se de órgão indepen-dente, estando a fundamentação tam-bém correta.

d) incorreta, pois embora seja órgão inde-pendente, ele está sujeito à subordina-ção hierárquica e funcional.

e) incorreta, pois trata-se de órgão autô-nomo e sujeito à subordinação hierár-quica e funcional.

3. (FCC – TRT-RR – Analista Judiciário – 2015) Os órgãos públicos consultivos

a) são exemplos típicos de órgãos onde se exclui totalmente a interferência de ór-gãos superiores.

b) estão excluídos da hierarquia adminis-trativa para fins disciplinares.

c) admitem a avocação de atribuições, po-rém não a delegação de atribuições.

d) admitem a delegação de atribuições, porém não a avocação de atribuições.

e) fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções.

4. (FCC – Procurador de Goiás – 2014) Obser-ve as seguintes características, no tocante a determinadas entidades da Administração Indireta:

I. sua criação deve ser autorizada por lei es-pecífica.

II. a contratação de seus servidores deve ser feita por concurso público, porém, eles não titularizam cargo público e tampouco fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal de 1988.

III. seus servidores estão sujeitos à proibi-ção de acumulação de cargos, empregos e funções públicas, com as exceções admiti-das pela Constituição; porém, nem sempre é aplicável a essas entidades a regra do teto remuneratório.

Estamos nos referindo às

a) empresas públicas e às sociedades de economia mista.

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b) autarquias e às sociedades de econo-mia mista.

c) fundações governamentais e às empre-sas públicas.

d) sociedades de economia mista e aos consórcios públicos.

e) agências e às empresas públicas.

5. (FCC – TCE-PI – Assessor Jurídico – 2014) A Administração indireta é composta por diversos entes, com personalidade jurídi-ca própria e características próprias. Sobre eles, é correto afirmar que

a) as autarquias tanto desempenham fun-ções sob regime jurídico de direito pú-blico, quanto de direito privado, confor-me o que dispuser a lei que instituiu o ente.

b) o desempenho de funções próprias do Estado, que não se amoldam à realiza-ção sob regime de direito privado, é tí-pico das autarquias.

c) o desempenho de funções próprias do Estado, que não se amoldam à realiza-ção sob regime de direito privado, é tí-pico das fundações.

d) as empresas estatais são dotadas de au-tonomia ou autoadministração, quali-dades que não podem ser atribuídas às autarquias em razão do regime jurídico de direito público a que estão submeti-das.

e) as empresas estatais, quando criadas por lei, podem exercer funções típicas de Estado, por delegação, submetendo--se a regime jurídico de direito público.

6. (FCC – TCE-PI – Auditor – 2014) Com objeti-vo de implementar políticas públicas e de-senvolver ações governamentais, os entes federados podem optar por criar entidades com personalidades jurídicas próprias e de-les distintas. É exemplo das referidas enti-dades a sociedade de economia mista que

a) detém personalidade de direito privado e é criada por lei sob a forma de socie-dade anônima.

b) tem a criação autorizada por lei especí-fica, o respectivo ato constitutivo arqui-vado no registro próprio e personalida-de de direito privado.

c) detém personalidade de direito priva-do, cuja criação é por lei autorizada, sob forma de sociedade limita da, para ex-ploração de atividade econômica.

d) detém personalidade de direito público, cuja criação é por lei autorizada quando exploradora de atividade econômica.

e) é dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei, sob a for-ma de sociedade anônima.

7. (FCC – TRT-16 – Analista Judiciário – 2014) Facundo, Auditor Fiscal da Receita Federal, pretende multar a Fundação “Vida e Paz”, fundação instituída e mantida pelo Poder Público, haja vista que a mesma jamais pa-gou imposto sobre seu patrimônio, renda e serviços. Nesse caso,

a) Facundo apenas pode cobrar tributo pelos serviços exercidos pela fundação, mas não sobre a renda e o patrimônio, os quais detém imunidade tributária.

b) correta a postura de Facundo, vez que a citada fundação não detém imunidade tributária.

c) correta a postura de Facundo, pois ape-nas as autarquias possuem imunidade tributária.

d) incorreta a postura de Facundo, vez que a fundação possui imunidade tributária relativa aos impostos sobre seu patri-mônio, renda e serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes.

e) Facundo apenas pode cobrar tributo so-bre a renda da fundação, mas não sobre seus serviços e patrimônio, os quais de-tém imunidade tributária.

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8. (FCC – TCE-RS – Arquiteto – 2014) A Admi-nistração indireta pode ser estruturada por meio da

a) instituição de pessoas jurídicas de diver-sas naturezas, que não guardam vínculo hierárquico com a Administraçao direta.

b) instituição de pessoas jurídicas com per-sonalidade jurídica própria, vinculadas hierarquicamente à Administração cen-tralizada.

c) instituição de pessoas jurídicas com per-sonalidade jurídica própria, todas cria-das por meio de lei.

d) criação de órgãos integrantes de sua es-trutura, vinculadas hierarquicamente à Administração centralizada.

e) criação de órgãos distintos da Adminis-tração direta, vinculados hierarquica-mente à Administração central.

9. (FCC – SEFAZ-PI – Auditor – 2015) Considere as seguintes afirmações sobre Administra-ção Direta e Indireta:

I. Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, que desempenham serviço público descentralizado, com capacidade de auto--administração.

II. Sociedades de economia mista subme-tem-se ao regime jurídico de direito público e têm por objeto, exclusivamente, o exercí-cio de atividade econômica em regime de competição no mercado.

III. Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado que podem desempenhar apenas serviços públicos ou atividade eco-nômica em regime de monopólio.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IIIb) II e IIIc) IIId) IIe) I

10. (FCC – SEFAZ-PI – Auditor – 2015) As au-tarquias foram instituídas no contexto de descentralização das atividades estatais, possuindo fundamental relevância no de-sempenho das competências constitu-cionais atribuídas às pessoas políticas. O desempenho das atividades atribuídas às autarquias

a) não pode contemplar a delegação da titularidade de serviços públicos, so-mente sua execução, eis que essas ati-vidades são privativas e exclusivas das pessoas políticas indicadas nas normas constitucionais.

b) pode contemplar a execução de servi-ços públicos e ser prestada por empre-gados submetidos ao regime jurídico trabalhista, não obstante sofram infle-xões do regime público, como no caso da investidura.

c) pode ser feito por servidores denomina-dos empregados públicos quando aque-las atividades forem típicas da presta-ção por empresas estatais, tendo em vista que nesse caso o ente passa a se submeter ao regime jurídico privado.

d) permite a contratação de servidores estatutários, empregados públicos e de comissionados, aos quais não se aplica a vedação ao nepotismo, restrito à Admi-nistração direta.

e) exige que o regime a que se sujeitam seus servidores seja o mesmo previsto para a Administração direta, não sendo possível a submissão a regime jurídico trabalhista, em razão de se consubstan-ciarem em longa manus do Poder Públi-co.

11. (FCC – TJGO – Juiz – 2015) A denominada Administração pública indireta compreen-de, entre outras entidades,

a) empresas públicas, sendo a elas equipa-radas as fundações instituídas ou manti-das pelo poder público.

b) sociedades de economia mista, que po-dem ser prestadoras de serviço público

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ou exploradoras de atividade econômi-ca.

c) organizações sociais que celebrem con-tratos de gestão com a Administração direta.

d) autarquias, sujeitas ao regime jurídico de direito privado, salvo em matéria de pessoal.

e) concessionárias de serviços públicos, que exercem a descentralização de ser-viços por colaboração.

12. (FCC – TCE-CE – Auditor – 2015) O governa-dor do Estado Y entendeu pela necessidade de instituição de uma pessoa jurídica de di-reito privado, com capital exclusivamente público, que realizasse a prestação de ser-viços, nos moldes da iniciativa privada, de interesse da coletividade local, cuja autori-zação para sua criação se realizasse por lei específica. Tais características são próprias das

a) empresas públicas.b) sociedades de economia mista.c) autarquias.d) organizações sociais.e) fundações públicas.

13. (FCC – TRT-2 – Técnico Judiciário – 2014) A Administração pública de determinada es-fera promoveu planejamento e reestrutu-ração de sua organização, cujo resultado re-comendou a criação de uma autarquia para desempenho de serviço público, uma em-presa estatal para desempenho de atividade econômica e uma fundação para atrelar re-cursos e patrimônios fundiários necessários para ditar a política agrária. O movimento levado a efeito pelo ente federado demons-tra que a organização administrativa seguiu o modelo de

a) desconcentração, utilizando pessoas jurídicas distintas para distribuição de competências.

b) descentralização administrativa verti-cal, na qual se instaura hierarquia entre

os entes das diversas pessoas políticas criadas.

c) descentralização política, na qual se ins-taura vínculo hierárquico entre os diver-sos entes e pessoas jurídicas envolvidas, subordinados ao Chefe do Poder Execu-tivo.

d) desconcentração política, na qual se ins-taura vínculo hierárquico entre as diver-sas pessoas políticas e jurídicas envolvi-das, não obstante esses entes guardem algum grau de autonomia.

e) descentralização, por meio da qual há distribuição de competências entre as pessoas jurídicas envolvidas, que detêm capacidade de autoadministração e não se subordinam por vínculo hierárquico com o Chefe do Executivo.

14. (FCC – TRT-18ª Região – Analista Judiciário – 2013) As autarquias integram a Administra-ção indireta. São pessoas

a) políticas, com personalidade jurídica própria e têm poder de criar suas pró-prias normas.

b) jurídicas de direito público, cuja criação e indicação dos fins e atividades é auto-rizada por lei, autônomas e não sujeitas à tutela da Administração direta.

c) jurídicas de direito semipúblico, porque sujeitas ao regime jurídico de direito pú-blico, excepcionada a aplicação da lei de licitações.

d) políticas, com personalidade jurídica própria, criadas por lei, com autonomia e capacidade de autoadministração, não sujeitas, portanto, ao poder de tu-tela da Administração.

e) jurídicas de direito público, criadas por lei, com capacidade de autoadministra-ção, mas sujeitas ao poder de tutela do ente que as criou.

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15. (FCC – MPE-AM – Agente Técnico Jurídico – 2013) Considere as seguintes afirmações a respeito da organização administrativa:

I. Autarquias são pessoas jurídicas de direi-to público, criadas por lei específica, sujeitas ao controle finalístico do ente instituidor.

II. Entidades paraestatais são pessoas jurídi-cas de direito privado que, por lei, são au-torizadas a prestar serviços ou realizar ativi-dades de interesse coletivo ou público não exclusivos do Estado.

III. Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por lei, exclusiva-mente para a prestação de serviço público de natureza econômica.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II. b) I. c) I e III. d) III. e) II e III.

16. (FCC – PGE-CE – Técnico Ministerial – 2013) NÃO constitui característica da empresa pú-blica:

a) extinção autorizada por lei. b) vinculação aos fins definidos na lei insti-

tuidora. c) sujeição ao controle estatal. d) personalidade jurídica de direito públi-

co. e) criação autorizada por lei.

17. (FCC – PGE-CE – Técnico Ministerial – 2013) No que diz respeito ao órgão público, está correto o que se afirma em:

a) É unidade de atuação integrante da es-trutura da Administração direta, ape-nas.

b) Tem personalidade jurídica própria. c) É unidade de atuação integrante da es-

trutura da Administração indireta, ape-nas.

d) Não se confunde com a pessoa física, o agente público, porque congrega fun-ções que este vai exercer.

e) Confunde-se com a pessoa jurídica, sen-do uma de suas partes integrantes.

18. (FCC – Fiscal ICMS-SP – 2013) O Estado pre-tende descentralizar a execução de ativida-de atualmente desempenhada no âmbito da Administração direta, consistente nos servi-ços de ampliação e manutenção de hidrovia estadual, em face da especialidade de tais serviços. Estudos realizados indicaram que será possível a cobrança de outorga pela concessão, a particulares, do uso de portos fluviais que serão instalados na referida hi-drovia, recursos esses que serão destinados a garantir a autossuficiência financeira da entidade a ser criada. Considerando os ob-jetivos almejados, poderá ser instituída:

a) autarquia, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado dotada do poder de autoadministração, nos limites previstos na lei instituidora.

b) agência reguladora, sob a forma de au-tarquia de regime especial, cuja criação deve ser autorizada por lei, dotada de autonomia orçamentária e financeira.

c) agência executiva, sob a forma de em-presa ou de autarquia que celebre con-trato de gestão com a Administração di-reta para ampliação de sua autonomia.

d) sociedade de economia mista, caracte-rizada como pessoa jurídica de direito privado, submetida aos princípios apli-cáveis à Administração pública, e cuja criação é autorizada por lei.

e) empresa pública, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, cria-da por lei específica e com patrimônio afetado à finalidade para a qual foi insti-tuída.

19. (FCC – ALEPB – Consultor Legislativo – 2013) Os órgãos públicos, quanto à posição esta-tal, classificam-se em independentes, au-tônomos, superiores e subalternos. Desta feita, as Secretarias de Estado e as Casas Le-

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gislativas são classificadas, respectivamen-te, em órgãos públicos:

a) superiores e superiores. b) independentes e autônomos. c) independentes e superiores. d) superiores e autônomos. e) autônomos e independentes.

20. (FCC – TRT-18ª Região – Oficial de Justiça Avaliador – 2013) Com relação à composi-ção do capital das empresas estatais, que in-tegram a administração indireta, considere:

I. A sociedade de economia mista é compos-ta por capital público, enquanto a empresa pública admite capital privado, desde que não implique controle acionário.

II. A sociedade de economia mista é com-posta por capital público e privado, deven-do o poder público participar da gestão da mesma, observando-se a condição de acio-nista majoritário.

III. Na empresa pública o capital votante é público, admitindo-se no capital a partici-pação de outras pessoas de direito público interno.

Está correto o que se afirma em

a) I e III , apenas. b) I e II , apenas. c) II e III , apenas. d) I , II e III . e) II , apenas.

21. (FCC – TRT-3 – Técnico Judiciário – 2014) O Estado de Minas Gerais, assim como os demais Estados- Membros e também os Municípios, detêm competência legislativa própria que não decorre da União Federal, nem a ela se subordina, mas encontra seu fundamento na própria Constituição Fede-ral. Trata-se da denominada

a) descentralização funcional.b) descentralização administrativa.c) desconcentração.d) descentralização política.e) descentralização por colaboração.

22. (FCC – TST – Analista Judiciário – 2012) Uma pessoa jurídica que se enquadre no conceito de autarquia

a) subordina-se hierarquicamente a algum Ministério, ou órgão equivalente no pla-no dos demais entes federativos.

b) não integra a Administração Indireta. c) é essencialmente considerada um servi-

ço autônomo. d) deve necessariamente possuir um regi-

me jurídico especial. e) terá garantia de estabilidade de seus di-

rigentes.

23. (FCC – TST – Técnico Judiciário – 2012) Com-põe a Administração pública direta da União

a) a Empresa Brasileira de Correios e Telé-grafos.

b) o Departamento de Polícia Federal. c) o Banco Central do Brasil. d) a Agência Nacional de Aviação Civil. e) a Caixa Econômica Federal.

24. (FCC – TRT-4ª – Juiz do Trabalho Substituto – 2012) De acordo com a Constituição Fede-ral, a criação de empresa pública ou socie-dade de economia mista

a) é feita por decreto governamental, sal-vo no caso de ser cometida à empresa o exercício de atividade em regime de monopólio, hipótese em que a criação depende de lei específica.

b) depende de autorização legislativa para aquelas que atuem no domínio econô-mico e de decreto governamental para as prestadoras de serviço público.

c) depende de autorização legislativa, as-sim como a criação de suas subsidiárias ou a participação em empresa privada.

d) prescinde de autorização legislativa, a qual é exigida na hipótese de alienação do controle acionário ou participação em empresa privada.

e) é feita por decreto governamental, no caso de empresas prestadoras de servi-ço público de titularidade do ente insti-

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tuidor, dependendo de lei autorizativa nas demais hipóteses.

25. (FCC – ARCE – Advogado – 2012) As agências reguladoras, enquanto entidades integran-tes da Administração indireta, são constituí-das na forma de

a) fundação de direito privado. b) autarquia de regime especial. c) autarquia fundacional de direito priva-

do. d) ente paraestatal. e) sociedade de economia mista.

26. (FCC – TRT-11ª Região – Analista Judiciário – 2012) Existem vários critérios de classifi-cação dos órgãos públicos, tais como, os cri-térios de “esfera de ação”, “posição estatal”, “estrutura”, dentre outros. No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas Legis-lativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais são órgãos públicos

a) autônomos. b) superiores. c) singulares. d) centrais. e) independentes.

27. (FCC – Analista – TJ-RJ – Execução De Man-dados – 2012) Determinado Estado da Fede-ração editou decreto alterando a gestão da previdência complementar dos servidores públicos do Estado e transferindo-a para au-tarquia especial criada no mesmo ato. A me-dida é

a) regular, na medida em que é obrigatório ao Estado disciplinar a previdência com-plementar dos servidores públicos não submetidos ao sistema único.

b) regular, desde que a nova autarquia passe a gerir os recursos previdenciários dos servidores públicos admitidos após sua criação.

c) irregular, tendo em vista que a delega-ção operada somente poderia ter sido

feita para ente integrante da Adminis-tração Indireta.

d) irregular, na medida em que a gestão de recursos previdenciários dos servidores não poderia ser delegada a outro ente, ainda que integrante da Administração Indireta.

e) irregular, na medida em que a autarquia somente poderia ter sido criada por lei.

28. (FCC – Fiscal ISS-SP – 2012) A criação, pelo Município, de uma autarquia para desem-penhar atividade especializada, consistente na gestão do regime previdenciário do servi-dor público, constitui exemplo de

a) descentralização administrativa, tam-bém denominada por serviços, funcio-nal ou técnica, sujeitando-se a autarquia à tutela do ente instituidor nos limites da lei.

b) descentralização por colaboração, eis que envolve a transferência da titulari-dade de serviço ou atividade adminis-trativa a outro ente, dotado de persona-lidade jurídica própria.

c) desconcentração, também denominada delegação, correspondendo à transfe-rência da execução da atividade ou ser-viço público, mantendo-se, contudo, a titularidade do ente instituidor.

d) descentralização política, caso alcance servidores de outros poderes além do Executivo.

e) desconcentração, eis que se trata da criação de ente autônomo ao qual é atribuída a execução de atividade de ti-tularidade do ente central.

29. (FCC – ADGJ – Metrô-SP – 2012) É a Entida-de pública, com patrimônio total ou parcial-mente público, instituída pelo Estado e cuja função é a realização de determinados fins e sua criação deve ser autorizada por lei es-pecífica para a prestação de serviço público, sendo ente autônomo, dotado de persona-lidade jurídica que tanto pode ser pública quanto privada:

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a) Fundação.b) Autarquia.c) Empresa pública.d) Sociedade de economia mista.e) Ministério.

30. (FCC – ADGJ – Metrô-SP – 2012) Autarquia criada em regime especial que regula deter-minados setores, fiscalizando e organizando a atividade econômica, impondo limitações administrativas, exercendo todas funções do Poder Público na concessão, permissão ou autorização de serviço público ou con-cessão de bem público ao particular. Trata--se de

a) Entidade paraestatal.b) Agência reguladora.c) Agência executiva.d) Organização social.e) OSCIP – Organização da Sociedade Civil

de Interesse Público.

Gabarito: 1. C 2. C 3. E 4. A 5. B 6. B 7. D 8. A 9. E 10. E 11. B 12. A 13. E 14. E 15. A 16. D  17. D 18. D 19. E 20. C 21. D 22. C 23. B 24. C 25. B 26. E 27. E 28. A 29. A 30. B

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Questões

QUESTÕES CESPE

1. (CESPE – MPU – Técnico Administrativo – 2015) Autarquia é entidade dotada de per-sonalidade jurídica própria, com autonomia administrativa e financeira, não sendo pos-sível que a lei institua mecanismos de con-trole da entidade pelo ente federativo que a criou.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

2. (CESPE – MPU – Técnico Administrativo – 2015) O instrumento adequado para a cria-ção de autarquia é o decreto, pois o ato é de natureza administrativa e de iniciativa priva-tiva do chefe do Poder Executivo.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

3. (CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) As empresas públicas são pessoas ju-rídicas de direito público.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

4. (CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) Com exceção das sociedades de eco-nomia mista, que — devido à participação da iniciativa privada em seu capital — se-guem regras próprias, os órgãos da admi-nistração indireta estão sujeitos à regra de licitar.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

5. (CESPE – Defensoria Pública-PE – 2015) Considera-se desconcentração a transferên-cia, pela administração, da atividade admi-nistrativa para outra pessoa, física ou jurídi-ca, integrante do aparelho estatal.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

6. (CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) Na desconcentração, há divisão de competências dentro da estrutura da enti-dade pública com atribuição para desempe-nhar determinada função.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

7. (CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário – 2015) A descentralização é caracterizada pela distribuição de competência de forma externa, ou seja, de uma pessoa jurídica para outra criada para esse fim específico, o que resulta em uma relação hierárquica en-tre elas.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

8. (CESPE – MPU – Analista Administrativo – 2015) A criação de autarquia é uma forma de descentralização por meio da qual se transfere determinado serviço público para outra pessoa jurídica integrante do apare-lho estatal.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

9. (CESPE/TRE-GO/Analista Judiciário/2015) Entidades paraestatais são pessoas jurídicas de direito público ou privado que atuam ao lado do Estado, executando atividades de interesse público, porém não privativos do ente estatal.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

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(CESPE – TJDFT – Técnico Judiciário – 2013) A respeito da administração direta e indireta e dos conceitos de centralização e descentraliza-ção, julgue os próximos itens.

10. Entidades paraestatais, pessoas jurídicas de direito privado que integram a administra-ção indireta, não podem exercer atividade de natureza lucrativa.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

11. Quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço pú-blico, ocorre a descentralização por meio de outorga.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

12. A criação, por uma universidade federal, de um departamento específico para cursos de pós-graduação é exemplo de descentraliza-ção.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

13. (CESPE – TJDFT – Oficial de Justiça – 2013) Os termos concentração e centralização estão relacionados à ideia geral de distri-buição de atribuições do centro para a peri-feria, ao passo que desconcentração e des-centralização associam-se à transferência de tarefas da periferia para o centro.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

14. (CESPE – TJDFT – Oficial de Justiça – 2013) Pertence à justiça federal a competência para julgar as causas de interesse das em-presas públicas, dado o fato de elas presta-rem serviço público, ainda que detenham personalidade jurídica de direito privado.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

(CESPE – TJ-DFT – Analista Judiciário – 2013) No que se refere ao conceito de administração pú-blica e à classificação dos órgãos públicos, jul-gue os itens seguintes.

15. Os órgãos públicos classificam-se, quanto à estrutura, em órgãos singulares, formados por um único agente, e coletivos, integra-dos por mais de um agente ou órgão.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

16. Administração pública em sentido orgânico designa os entes que exercem as funções administrativas, compreendendo as pesso-as jurídicas, os órgãos e os agentes incumbi-dos dessas funções.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

(CESPE – TJDFT – Analista Judiciário – 2013) Acerca das autarquias, empresas públicas e so-ciedades de economia mista, julgue os itens a seguir.

17. As sociedades de economia mista podem revestir-se de qualquer das formas em di-reito admitidas, a critério do poder público, que procede à sua criação.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

18. Nos litígios comuns, as causas que digam respeito às autarquias federais, sejam estas autoras, rés, assistentes ou oponentes, são processadas e julgadas na justiça federal.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

19. Pessoas jurídicas de direito privado inte-grantes da administração indireta, as em-presas públicas são criadas por autorização legal para que o governo exerça atividades de caráter econômico ou preste serviços públicos.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

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TRT-SE – Direito Administrativo – Prof. Luís Gustavo

20. (CESPE – Telebras – Assistente Administra-tivo – 2013) Para a instituição de fundação pública, deve ser editada lei complementar que autorize o presidente da República a ex-pedir decreto para a criação da fundação.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

(CESPE – PCBA – Delegado – 2013) A respeito de administração pública, julgue os itens seguintes.

21. Entidades paraestatais são pessoas jurídicas privadas que colaboram com o Estado no desempenho de atividades não lucrativas, mas não integram a estrutura da adminis-tração pública.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

22. A criação de nova secretaria por governador de estado caracteriza exemplo de descen-tralização.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

23. (CESPE – INPI – Direito – 2013) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito pri-vado, com totalidade de capital público, cuja criação depende de autorização legislativa, e sua estruturação jurídica pode se dar em qualquer forma admitida em direito.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

24. (CESPE – INPI – Direito – 2013) O instituto da desconcentração permite que as atri-buições sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura organizacional. Assim, concen-tração refere-se à administração direta; já desconcentração, à indireta.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

25. (CESPE – INPI – Direito – 2013) A autarquia, mesmo sendo integrante da administração pública indireta, tem personalidade jurídica de direito privado e sua criação depende de lei específica.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

26. (CESPE – ICMBio – Auxiliar Administrativo – 2014) A administração pública direta é com-posta por entidades autônomas, com natu-reza de direito público ou privado, como as fundações públicas e também as empresas públicas.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

27. (CESPE- ICMBio – Técnico Administrativo – 2014) Existem órgãos da administração di-reta atuando na administração federal, esta-dual e municipal.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

28. (CESPE- ANTAQ – Técnico Administrativo – 2014) Os órgãos administrativos são pesso-as jurídicas de direito público que compõem tanto a administração pública direta quanto a indireta.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

29. (CESPE – SUFRAMA – Agente Administrati-vo – 2014) Empresa pública e sociedade de economia mista são entidades da adminis-tração indireta com personalidade jurídica de direito privado.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

30. (CESPE – MDIC – Analista Administrativo – 2014) Embora nos municípios haja apenas administração direta, nos estados, em razão da autonomia dada pela Constituição Fede-ral de 1988 (CF), pode haver administração indireta

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

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31. (CESPE – ICMBio – Auxiliar Administrativo – 2014) O ICMBio, como entidade da adminis-tração pública indireta, é uma autarquia em regime especial, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, sem autonomia administra-tiva e com dever de subordinação hierárqui-ca aos órgãos da administração pública dire-ta.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

32. (CESPE – CADE – Analista Administrativo – 2014) Para a criação de uma autarquia, é necessária lei que autorize a sua instituição, seguida do registro do ato constitutivo no órgão competente.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

33. (CESPE – CADE – Analista Administrativo – 2014) As entidades da administração públi-ca indireta têm capacidade de autoadminis-tração, ou seja, podem definir regras para se organizarem.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

34. (CESPE – PF – Administrativo – 2014) São características das sociedades de economia mista: criação autorizada por lei; personali-dade jurídica de direito privado; sujeição ao controle estatal; estruturação sob a forma de sociedade anônima.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

35. (CESPE – TC-DF – Técnico – 2014) Em virtude do princípio da reserva legal, a criação dos entes integrantes da administração indireta depende de lei específica.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

36. (CESPE – TC-CE – Técnico Judiciário – 2014) Trata-se de administração indireta quando o Estado, a fim de obter maior celeridade e eficiência, exerce algumas de suas ativida-des de forma desconcentrada.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

37. (CESPE – TC-CE – Técnico Judiciário – 2014) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são integrantes da admi-nistração indireta, independentemente de prestarem serviço público ou de exercerem atividade econômica de natureza empresa-rial.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

38. (CESPE – TC-CE – Técnico Judiciário – 2014) Toda pessoa integrante da administração in-direta está vinculada a determinado órgão da administração direta, fato que decorre do princípio da especificidade.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

39. (CESPE – TC-CE – Técnico Judiciário – 2014) Em virtude do princípio da separação dos poderes, a administração pública direta é exercida exclusivamente pelo Poder Execu-tivo, o qual é incumbido da atividade admi-nistrativa em geral.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

40. (CESPE – TC-CE – Técnico Judiciário – 2014) A criação de empresa pública e de socieda-de de economia mista depende de autoriza-ção legislativa, porém, o mesmo não ocorre às suas subsidiárias.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

(CESPE – TJRR – Tecnico Judiciario – 2012) No que se refere à classificação e às espécies de agentes públicos, julgue os itens seguintes.

41. Os servidores contratados para atender a necessidade temporária de excepcional in-teresse público estão sujeitos ao mesmo re-gime jurídico aplicável aos servidores esta-tutários.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

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TRT-SE – Direito Administrativo – Prof. Luís Gustavo

42. Os empregados públicos, embora sujeitos à legislação trabalhista, submetem-se às nor-mas constitucionais referentes a concurso público e à acumulação remunerada de car-gos públicos.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

(CESPE – TJRR – Analista Processual – 2012) Jul-gue os itens subsequentes, relativos à adminis-tração pública direta e indireta e às entidades paraestatais.

43. As denominadas entidades de apoio não têm fins lucrativos e são instituídas por ini-ciativa do poder público para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

44. Formada mediante a conjugação de capitais público e privado, a sociedade de economia mista é organizada sob a forma de socieda-de anônima e prescinde da participação do poder público na sua gestão.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

45. (CESPE – TJRR – Administrador – 2012) Os agentes administrativos vinculam-se profis-sionalmente ao Estado ou às suas entidades autárquicas e fundacionais e se sujeitam à hierarquia funcional e ao regime jurídico único da entidade estatal a que servem.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

46 (CESPE – TRE-MT – Analista Administrativo – 2015) As atividades de polícia administra-tiva, de prestação de serviço público e de fomento são próprias da administração pú-blica em sentido objetivo.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

47. (CESPE – TJ-RO – Oficial de Justica – 2012) De acordo com a jurisprudência do STF e com a interpretação doutrinária as fundações pú-blicas podem ser criadas com personalidade jurídica de direito público diretamente por lei específica.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

48. (CESPE – TJ-RO – Oficial de Justica – 2012) As entidades administrativas possuem auto-nomia política e administrativa, bem como capacidade de autoadministração.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

49. (CESPE – TJ-RO – Oficial de Justica – 2012) A criação de uma organização social consiste em exemplo de desconcentração adminis-trativa.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

(CESPE – MCTI – Apoio Administrativo – 2012) Com relação aos fundamentos de direito admi-nistrativo, julgue os itens seguintes.

50. O Instituto Nacional de Seguridade Social, órgão da administração descentralizada indireta, embora possua autonomia admi-nistrativa, não tem autonomia política para criar todas as suas normas.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

51. A Fundação Nacional do Índio é órgão da administração direta que exerce função típi-ca de Estado.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

52. (CESPE – IBAMA – Analista – 2012) A criação do IBAMA, autarquia a que a União transfe-riu por lei a competência de atuar na pro-teção do meio ambiente, é exemplo de des-centralização por serviço.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

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(CESPE – DPRF – Agente Administrativo – 2012) No que se refere à administração direta e indire-ta, julgue os itens subsecutivos.

53. São exemplos de prerrogativas estatais es-tendidas às autarquias a imunidade tributá-ria recíproca e os privilégios processuais da Fazenda Pública.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

54. Denominam-se fundações públicas as enti-dades integrantes da administração indireta que não são criadas para a exploração de atividade econômica em sentido estrito.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

55. As autarquias não podem ampliar sua auto-nomia gerencial, orçamentária e financeira, pois isso acarretaria prejuízo do controle fi-nalístico realizado pela administração públi-ca.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

56. Embora tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia mista sejam pes-soas jurídicas de direito privado integrantes da administração pública indireta, ambos os tipos de entidades sujeitam-se a controles administrativos diversos.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

(CESPE – DPRF – Técnico Superior – 2012) Acer-ca da estrutura da administração pública, que abrange as administrações direta e indireta, esta composta por entidades dotadas de personali-dade jurídica, julgue os itens subsequentes.

57. Não é considerada integrante da adminis-tração pública a entidade qualificada com natureza de pessoa jurídica de direito priva-do que, embora se constitua como socieda-de de economia mista, exerça atividade tipi-camente econômica.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

58. O ente federado, ao optar por descentrali-zar determinada atividade administrativa mediante a criação de uma nova entidade pública que integre a administração públi-ca indireta, deve conferir a esta autonomia administrativa, gerencial, orçamentária e fi-nanceira, mas não autonomia política.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

59. Para criar uma empresa pública com o obje-tivo de descentralizar a execução de um ser-viço público, o ente federado deve fazê-lo por meio de delegação mediante contrato administrativo, cabendo à empresa pública a prestação do serviço por sua conta e risco, mas sujeitando-se à fiscalização da pessoa jurídica que o delegou.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

60. As organizações sociais não estão compre-endidas no rol das entidades que consti-tuem a administração pública indireta.

( ) Verdadeiro   ( ) Falso

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TRT-SE – Direito Administrativo – Prof. Luís Gustavo

Gabarito: 1. F 2. F 3. F 4. F 5. F 6. V 7. F 8. V 9. F 10. F 11. V 12. F 13. F 14. F 15. F 16. V 17. F  18. V 19. V 20. F 21. V 22. F 23. V 24. F 25. F 26. V 27. V 28. F 29. V 30. F 31. F 32. F 33. V 34. V  35. F 36. F 37. V 38. F 39. F 40. F 41. F 42. V 43. F 44. F 45. V 46. V 47. V 48. F 49. F 50. V 51. F  52. V 53. V 54. V 55. F 56. F 57. F 58. V 59. F 60. V