TCC - Final (Rodrigo)

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

    CENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLGICAS

    CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

    RODRIGO OLIVEIRA SENA

    UTILIZAO DO GESSO PARA REVESTIMENTO DE

    REAS SECAS

    Orientador: Prof. MSc. Esperidio Fecury Pinheiro de Lima

    Trabalho de Concluso de Curso TCC elaborado junto ao curso de Bacharelado em

    Engenharia Civil, como requisito parcial da

    disciplina de Estgio Supervisionado.

    Trabalho de Concluso de Curso TCC

    Rio Branco Acre

    2013

  • COMISSO EXAMINADORA

    ________________________________________________

    Prof. MSc. Esperidio Fecury Pinheiro de Lima (Orientador)

    UFAC Rio Branco/AC

    ________________________________________________

    Prof. MSc. Moema Pinheiro de Souza

    UFAC Rio Branco/AC

    ________________________________________________

    Prof. MSc. Lauro Julio de Souza Sobrinho

    UFAC Rio Branco/AC

    Rodrigo Oliveira Sena

    Resultado: _____________

    Rio Branco, 17 de Abril de 2013

  • i

    DEDICATRIA

    minha me, Irenice Oliveira Melo,

    que meu grande exemplo de fora e

    determinao, com ela aprendi que

    mesmo diante das adversidades da vida

    devemos nos reerguer e seguir em

    frente.

  • ii

    AGRADECIMENTOS

    A Deus, meu maior e melhor amigo, pela ddiva da vida, sade, pela

    esperana e f que nunca deixou faltar em meu corao.

    A minha me, Irenice Melo, e meu irmo, Rogrio Sena, que com apoio

    e carinho sempre me incentivaram na concluso desta etapa da vida.

    Aos meus grandes amigos, Ana Ksia, Dbora Teixeira, Emmanoelly

    Aguiar, Isabele Maia, Joo Batista, Kfany Maia e Mariana Bandeira, pelos

    momentos felizes que me proporcionam, pela compreenso na ausncia durante

    este perodo de faculdade e pelo auxlio, direto ou indireto, na realizao deste

    trabalho.

    Aos meus amigos-irmos, Elizete Maia e Francisco Ferreira, por toda

    colaborao e incentivo para a concretizao deste sonho.

    A todo o corpo docente do Curso de Engenharia Civil da Universidade

    Federal do Acre, pelos conhecimentos transmitidos, principalmente ao professor

    Esperidio Fecury P. de Lima, pela pacincia e orientao na elaborao deste

    trabalho.

    Aos colegas e amigos de classe, Ana Paula Onofre, Ronan Santos e em

    especial a Carolina Accorsi, com que dividi a maior parte dos momentos nesta

    jornada de graduao.

    Enfim, a todos aqueles que, de alguma forma, contriburam para que este

    trabalho alcanasse seus objetivos.

  • iii

    NDICE

    Dedicatria ............................................................................................................. i

    Agradecimentos ..................................................................................................... ii

    ndice .................................................................................................................... iii

    Lista de Figuras .................................................................................................... vi

    Lista de Tabelas ................................................................................................... vii

    Lista de Abreviaturas e Siglas ............................................................................. vii

    Lista de Smbolos ................................................................................................ vii

    Resumo ............................................................................................................... viii

    1 INTRODUO ............................................................................................ 11

    1.1 CONSIDERAES INICIAIS .............................................................. 11

    1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO........................................................... 13

    2 OBJETIVOS .................................................................................................. 15

    2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................... 15

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ................................................................ 154

    3 REVISO BIBLIOGRFICA ...................................................................... 15

    3.1 SISTEMA DE REVESTIMENTO......................................................... 15

    3.2 REVESTIMENTO COM PASTA DE GESSO ..................................... 16

    3.2.1 Breve Histrico sobre o Gesso ...................................................... 16

    3.2.2 Gipsita ........................................................................................... 16

    3.2.3 Processo de produo do gesso ..................................................... 18

    3.2.4 Gesso de construo civil .............................................................. 19

    3.2.5 Propriedades importantes do gesso ................................................ 20

    a) Pega ..................................................................................................... 20

    b) Durao da pega ................................................................................. 21

    c) Expanso ............................................................................................. 22

    d) Hidratao ou formao da pasta de gesso ........................................ 22

  • iv

    e) Comportamento frente ao fogo ............................................................ 23

    f) Comportamento Acstico .................................................................... 24

    g) Isolao Trmica ................................................................................. 24

    h) Higroatividade ..................................................................................... 24

    i) Secagem do gesso ................................................................................ 25

    3.2.6 Revestimento projetado com argamassa de gesso ........................ 20

    a) Mestrar ................................................................................................ 20

    b) Preparao da Pasta ........................................................................... 21

    c) Projetar ................................................................................................ 22

    d) Sarrafear ............................................................................................... 29

    e) Alisar ..................................................................................................... 30

    3.2.7 Revestimento Manual com Pasta de Gesso .................................. 31

    3.3 REVESTIMENTO DE ARGAMASSA CONVENCIONAL................ 33

    3.3.1 Argamassa de Aderncia (Chapisco) ............................................ 34

    3.3.2 Argamassa de Regularizao (Emboo) ....................................... 36

    3.3.3 Argamassa de Acabamento (Reboco) ........................................... 37

    3.3.4 Revestimento de Camada nica ................................................... 37

    4 METODOLOGIA ......................................................................................... 39

    5 RESULTADOS E DISCUSSES ................................................................ 40

    5.1 COMPARATIVO GESSO X ARGAMASSA DE CIMENTO ........... 40

    5.1.1 Fases de Aplicao ........................................................................ 40

    5.1.2 Desempenho do Conjunto Revestimento/Substrato ..................... 40

    5.1.3 Trabalhabilidade ............................................................................ 41

    5.1.4 Tempo de Aplicao ..................................................................... 41

    5.1.5 Aderncia ...................................................................................... 41

    5.1.6 Acabamento (Lisura)..................................................................... 41

    5.1.7 Tempo de Cura .............................................................................. 42

    5.1.8 Durabilidade .................................................................................. 42

    5.1.9 Densidade ...................................................................................... 42

  • v

    5.2 QUADRO COMPARATIVO ................................................................ 43

    5.3 ESTUDO DE CASO (RESIDENCIAL VIA PARQUE) ....................... 44

    5.3.1 Caracterizao da Obra ................................................................. 43

    5.3.2 Justificativa de Escolha da Tcnica .............................................. 45

    5.3.3 Subcontratao do Servio ............................................................ 46

    5.3.4 Compra de Material e Armazenamento ........................................ 46

    5.3.5 Tcnica Adotada ........................................................................... 47

    5.3.6 Desperdcio de Material ................................................................ 49

    6 CONCLUSES E SUGESTES PARA PESQUISAS FUTURAS ............ 51

    6.1 CONCLUSES ...................................................................................... 51

    6.2 SUGESTES PARA PESQUISAS FUTURAS .................................... 51

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................ 52

  • vi

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01 - Mineral Gipsita ................................................................................ 17

    Figura 02 - Frente de lavra de gipsita em Araripina - PE ................................... 18

    Figura 3 - Relao do estado fsico da mistura gua/Gesso com o tempo ........ 21

    Figura 4 - Relao da pega do gesso com a temperatura da pasta ...................... 22

    Figura 05 - Microscopia dos cristais de hemidrato do gesso .............................. 23

    Figura 06 - Mquina de projetar pasta de gesso.................................................. 26

    Figura 07 - Ferramentas utilizadas na projeo de gesso ................................... 26

    Figura 08 - Mestras verticais executadas com gesso .......................................... 28

    Figura 09 - Alimentao da mquina de projetar pasta de gesso ........................ 28

    Figura 10 - Projeo do gesso em filetes horizontais ......................................... 29

    Figura 11 -Sarrafeamento da superfcie .............................................................. 30

    Figura 12 - Alisamento da superfcie .................................................................. 30

    Figura 13 - Etapas do revestimento manual com pasta de gesso ........................ 32

    Figura 14 - Execuo de Chapisco Convencional .............................................. 35

    Figura 15 - Execuo de Chapisco Rolado ......................................................... 36

    Figura 16 - Localizao da Obra Via Parque ...................................................... 44

    Figura 17 - Vista Area da Obra Via Parque (construo dos prdios em

    alvenaria estrutural) ............................................................................................. 45

    Figura 18 - Descarga de gesso em p na Obra Via Parque ................................. 46

    Figura 19 - Armazenamento dos sacos de gesso na Obra Via Parque ................ 47

    Figura 20 - Aplicao manual de gesso em teto (Obra Via Parque) ................... 48

    Figura 21 - Aplicao manual de gesso em teto (Obra Via Parque) ................... 49

    Figura 22 - Desperdcio de gesso na Obra Via Parque ....................................... 50

  • vii

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Espessuras admissveis de revestimento para parede (NBR-13749,

    1995).

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    AC Acre

    EPI Equipamento de proteo individual

    LTDA Limitada

    MS Materiais facilmente Inflamveis

    NBR Norma Brasileira Regulamentadora

    PVC Policloreto de Vinil

    TCC Trabalho de Concluso de Curso

    LISTA DE SMBOLOS

    g/l Grama por litro

    kg/m - Quilo grama por metro quadrado

    kPa Quilo Pascal

    m Metro

    mm Milmetro

    MPa Mega Pascal

    Alfa

    Beta

  • viii

    RESUMO

    Atualmente, percebe-se que um grupo restrito de materiais domina, quase

    completamente, a cadeia produtiva na construo civil. Em se tratando de

    revestimento de paredes, a predominncia de utilizao das argamassas de

    cimento e seus componentes. O gesso para revestimento tem sido pouco

    utilizado como material para acabamento interno de edificaes em construo e

    apesar de pouco empregado, propicia diversas vantagens, entre elas: rapidez na

    execuo, elevada aderncia, facilidade e qualidade nos acabamentos, entre

    outros. O gesso como material aglomerante para o preparo de pasta para

    revestimento interno de teto ou parede quando comparado ao cimento apresenta

    caractersticas satisfatrias, o que justifica a busca pela popularizao deste

    material alternativo para revestimento.

    Palavras-chave: Revestimento, Gesso, Argamassa de Cimento.

  • 1 INTRODUO

    1.1 CONSIDERAES INICIAIS

    A engenharia um ramo da cincia que est em constante transformao e

    aprimoramento, seja pela necessidade de combater as crises energtica e ambiental, ou mesmo

    pelo surgimento de novos produtos no mercado da construo.

    Em se tratando de engenharia da construo notrio que materiais como cimento,

    concreto, ao e blocos cermicos dominam quase completamente o mercado, de maneira que

    os preos destes produtos esto ligados mais manipulao do comrcio (lei da oferta e da

    procura) do que mesmo aos custos de obteno dos mesmos. Com isso, os materiais de

    construo industrializados tornam-se cada vez mais caros e de difcil acesso a grande parte

    da populao.

    A forma como o oligoplio desses materiais predominantes vigora, reflete a maneira

    como alguns menos difundidos no recebem destaque em um curso de formao em

    engenharia e arquitetura. Isso faz com que os profissionais e a prpria populao absorva a

    idia de que esses produtos mais utilizados apresentem caractersticas superiores aos demais,

    induzindo ao preconceito quando da utilizao de um material ou tcnica construtiva menos

    difundida.

    Neste sentido, o trabalho em questo se prope a expor uns dos materiais mais

    abundantes do planeta, o gesso, principal derivado do mineral gipsita. O gesso utilizado a

    nvel mundial principalmente como material de construo, onde empregado como elemento

    de vedao na forma de chapas de gesso acartonado (drywall), decorao e utilizado tambm

    como revestimento em reas secas, que ser o foco desta pesquisa.

    De acordo com o Sumrio Mineral de 2011, o Brasil o maior produtor de gipsita da

    Amrica do Sul, com uma produo em 2010 de aproximadamente 2,75 milhes de toneladas,

    representando 1,9% do total mundial. O maior produtor mundial a China, produzindo

    aproximadamente 45 milhes de toneladas (30,8% do total), seguida de Ir, Espanha e

    Estados Unidos. No Brasil, a maior parte das reservas lavrveis est concentrada no estado de

    Pernambuco e apesar de dados incertos sobre as reservas de outros pases, calcula-se que as

    reservas brasileiras de gipsita apresenta o quinto maior volume do mundo, depois de Ir,

    China, Canad e Mxico.

  • 1 - Introduo

    12

    A produo de gipsita tem uma correlao muito alta com a construo civil

    (Sumrio Mineral 2011) e apesar de possuir uma das maiores reservas mundiais deste

    mineral, o Brasil ainda no popularizou a utilizao do gesso como material de construo. A

    maior prova disso que das unidades habitacionais, reparties pblicas e prdios construdos

    a nvel nacional, poucos utilizam o gesso em alguma de suas etapas construtivas e quando

    utilizam em elementos de pouca importncia construtiva, como na decorao, por exemplo.

    A utilizao do gesso como revestimento uma tcnica praticamente desconhecida,

    at mesmo por profissionais da engenharia, restando basicamente os tipos de revestimento

    base de cimento Portland (chapisco, emboo, reboco) e de elementos cermicos. Apesar de

    pouco utilizado para esta finalidade o gesso apresenta propriedades extremamente atraentes

    para a produo de revestimentos, como: endurecimento rpido, o que proporciona rapidez na

    execuo dos servios, conseqentemente, elevada produtividade; propriedades mecnicas

    compatveis com os esforos atuantes, principalmente a boa aderncia aos substratos minerais

    e metlicos, que lhe conferem bom desempenho durante o uso; ausncia de retrao por

    secagem, diminuindo o risco de fissurao nas primeiras idades; excelente acabamento

    superficial que pode dispensar a utilizao de acabamento final; entre outras.

    Dessa forma, uma questo a ser repensada a da utilizao do gesso como

    revestimento em reas secas combinada aos revestimentos convencionais nas demais reas,

    visto que o gesso apresenta alta permeabilidade, permitindo a formao de bolor1 devido

    ao da chuva.

    A disseminao da utilizao do gesso como revestimento em reas secas se justifica,

    alm de suas excelentes propriedades, nas necessidades de se economizar combustvel e

    preservar o meio ambiente. Segundo Silva (2010), o gesso considerado um ligante de grande

    eficincia energtica, o que de grande interesse para a sustentabilidade da humanidade: no

    seu processo de fabricao, enquanto o cimento Portland exige temperaturas da ordem de

    1450C, emitindo CO2 na atmosfera, o gesso pode ser obtido com menos de 170C, liberando

    vapor dgua na sua produo.

    Dessa forma, torna-se pertinente o estudo do gesso como material alternativo para

    revestimento, pois apresenta propriedades to satisfatrias quanto s dos revestimentos base

    de cimento, ressaltando-se tambm que podemos nos considerar um pas privilegiado quanto

    grande disponibilidade de matria-prima para sua produo.

    1 Bolor: agente patognico assemelhado a fungo que causa degradao de um elemento construtivo, devido ao

    contato com a umidade

  • 1 - Introduo

    13

    1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO

    O presente trabalho composto por 6 captulos, sendo este de introduo, no qual

    so explanadas as consideraes iniciais sobre o tema proposto.

    O captulo 2 discrimina os objetivos a serem atingidos.

    O captulo 3 destinado reviso bibliogrfica sobre o tema apresentado, onde esto

    contidos conceitos, tcnicas e assuntos relevantes pesquisa.

    O captulo 4 apresenta a metodologia utilizada na elaborao deste trabalho,

    abrangendo os mtodos de pesquisa e elaborao de estudo de caso.

    No captulo 5 apresentam-se os resultados e discusses, que serviro de base para as

    concluses e sugestes de futuras pesquisas, apresentadas no capitulo 6.

    Por fim encontram-se as referncias bibliogrficas consultadas na elaborao deste

    TCC.

  • 2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Apresentar as principais vantagens e desvantagens da utilizao do gesso para

    revestimento de reas secas, bem como possibilitar anlise comparativa entre este tipo de

    revestimento e o executado com argamassa de cimento (convencional).

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Elaborar um quadro comparativo que permita uma anlise das principais vantagens e

    desvantagens dos dois tipos de revestimentos abordados no trabalho;

    Fazer um estudo de caso na obra Via Parque, da empresa Albuquerque Engenharia

    LTDA, a fim de mostrar as consideraes que fizeram do gesso uma opo vivel de

    revestimento nas reas secas desta obra.

  • 3 REVISO BIBLIOGRFICA

    3.1 SISTEMA DE REVESTIMENTO

    Segundo Pereira (2010), o sistema de revestimento pode ser entendido como um

    conjunto de subsistemas. As funes de um sistema de revestimento vo desde a proteo

    alvenaria, regularizao das superfcies, estanqueidade, at funes de natureza estticas, uma

    vez que se constitui do elemento de acabamento final das vedaes. Normalmente, os

    sistemas de revestimento atuam em suas funes e propriedades em conjunto com o substrato.

    Assim que, no se pode falar, por exemplo, da aderncia da argamassa, mas sim da

    aderncia argamassa-substrato. As funes atribudas utilizao dos sistemas de

    revestimento variam enormemente de edifcio para edifcio, ou seja, dependem em grande

    parte da concepo do edifcio, suas fachadas e paredes e, obviamente, do sistema de

    revestimento selecionado.

    Para Pereira (2010), em todas as situaes, os sistemas sero aplicados sobre uma

    base ou substrato formando um conjunto bem aderido e contnuo, necessrio ao atendimento

    do desempenho global. Os substratos devem ser adequados ou preparados a receber o

    revestimento. Assim, caso os mesmos no tenham a adequabilidade necessria (ao

    atendimento dos quesitos que permitam uma execuo satisfatria e o atendimento de um

    bom desempenho), deve se optar pelo uso de elementos que venham a compor uma soluo

    satisfatria em mbito geral. Um exemplo desta situao a utilizao do chapisco como

    preparao de base para aplicao da argamassa.

    Segundo a NBR 13281, argamassa a mistura homognea de agregados midos,

    aglomerantes inorgnicos e gua, contendo ou no aditivos, com propriedades de aderncia e

    endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalao prpria (argamassa

    industrializada).

    Segundo Peres (et. al, 2001), as argamassas convencionais, base de cimento, cal e

    areia, esto presentes h muito tempo na construo de edificaes e em praticamente todas as

    etapas da obra, desde o assentamento de blocos cermicos at o revestimento final.

    Por outro lado, as argamassas base de gesso foram introduzidas no mercado

    brasileiro no final de 1996, com o lanamento do Super Jete, fabricado no Brasil, e com a

    importao de argamassas de gesso da Argentina e Itlia.

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    16

    3.2 REVESTIMENTO COM PASTA DE GESSO

    3.2.1 Breve Histrico sobre o Gesso

    O gesso, inicialmente utilizado em obras de arte e decorao, um dos mais antigos

    materiais de construo utilizados pelo homem, conforme atestam algumas descobertas

    arqueolgicas importantes. (PERES et. al., 2001)

    Ainda segundo Peres (et. al., 2001), o gesso bastante conhecido, na grande

    pirmide erguida por Quops, rei do Egito, da 4 dinastia, no ano 2800 a.C, que consiste numa

    das mais antigas contradies do emprego do gesso na construo, pois, sua execuo seguiu

    uma tcnica at hoje no esclarecida, nas juntas de assentamento estanques, de preciso, entre

    imensos blocos de cerca de 16 toneladas que constituem o monumento.

    As tcnicas de calcinao do gesso e suas propriedades hidrulicas j eram

    amplamente conhecidas pelos egpcios, o que permite inferir que o material era utilizado por

    civilizaes at anteriores a esta. Seu emprego era variado, desde a confeco de objetos

    decorativos, como esttuas, at revestimentos de paredes na forma de argamassas e pastas que

    serviram de base para afrescos que decoram at hoje o interior de algumas pirmides.

    Tambm era comum a utilizao de pigmentos para a produo de revestimentos coloridos.

    (TURCO, 1961; KARNI; KARNI, 1995 apud ANTUNES, 1999)

    Peres (et. al, 2001) ressalta que, a partir do sculo VII e por todo fim da Idade Mdia,

    as construes utilizando as argamassas com gesso eram desejadas por oferecerem diversas

    vantagens. O gesso para estuque2 e alisamento j era conhecido.

    A partir do sculo XX, em funo da evoluo industrial, os equipamentos para

    fabricao do gesso deixaram de ter conceito rudimentar e passaram a agregar maior

    tecnologia, assim como a melhoria tecnolgica dos produtos passou a facilitar suas formas de

    emprego pelo homem. (SILVA, 2010)

    3.2.2 Gipsita

    O mineral gipsita (Figura 01), matria-prima do gesso, encontrada em rochas

    sedimentares e tem sua origem na precipitao de sulfatos de clcio contidos em gua

    2Estuque: argamassa feita com gesso utilizado como revestimento em interiores, principalmente tetos e

    ornamentos executados em relevo

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    17

    marinhas submetidas evaporao. Ele encontrado em depsitos evaporticos originados de

    antigos oceanos. (SILVA, 2010).

    Figura 01: Mineral Gipsita.

    Fonte: http://www.dicionario.pro.br

    A gipsita pode ser utilizada na forma natural ou calcinada. A forma natural bastante

    usada na agricultura e na indstria de cimento. Enquanto a forma calcinada, conhecida como

    gesso, encontra vrias utilizaes na construo civil, em materiais ortopdicos ou dentais etc.

    (BALTAR et. al., 2005)

    Em 2010 a produo brasileira de gipsita bruta alcanou aproximadamente 2.750.000

    t, apresentando um crescimento da ordem de 17,1 % em relao ao ano anterior. A produo

    de gipsita tem uma correlao muito alta com a construo civil, que no ltimo ano tambm

    obteve uma grande elevao. Estima-se que o faturamento total do setor tenha chegado a R$

    1,6 bilho. Formado pelos municpios de Araripina, Trindade, Ipubi, Bodoc e Ouricuri, o

    plo gesseiro do Araripe, no extremo oeste pernambucano, fornece aproximadamente 95% do

    gesso consumido no Brasil. Segundo o Sindusgesso, o Plo Gesseiro cresceu 30% em 2010

    em virtude da alta demanda por gesso. Apesar de uma grande quantidade de empresas

    presentes no setor, seis empresas so responsveis por aproximadamente 70% de toda a

    produo nacional. (SUMRIO MINERAL, 2011)

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    18

    3.2.3 Processo de produo do gesso

    O processo de produo do gesso inicia-se pela extrao da gipsita, ou seja, pela

    minerao. No Brasil, o mtodo de lavra empregado a cu aberto - open pit (Figura 02).

    Esse tipo de extrao recomendado para minerar corpos com dimenses horizontais que

    permitam altas taxas de produo e baixos custos unitrios de produo. O acesso cava

    geralmente feito atravs de uma rampa nica. Na lavra da gipsita so empregados

    equipamentos como: rompedores hidrulicos, marteletes hidrulicos, vagondrill, tratores de

    esteira e ps mecnicas (Peres et al., 2001).

    Figura 02: Frente de lavra de gipsita em Araripina-PE.

    Fonte: Comunicao Tcnica elaborada para Edio do Livro Rochas & Minerais Industriais, 2005.

    Aps a extrao, a gipsita passa por alguns processos de beneficiamento de

    adequao ao tipo de forno onde ser calcinada. Basicamente, as etapas so as seguintes:

    britagem, moagem grossa; estocagem; secagem; moagem fina e ensilagem. (ANTUNEZ,

    1999)

    Feito isto, inicia-se o processo industrial, que dar origem ao gesso. O processo

    industrial consiste na desidratao trmica da gipsita, moagem do produto e seleo em

    fraes granulomtricas em conformidade com a utilizao: Construo (pr-fabricao,

    revestimento) ou moldagem (arte, indstria). (CINCOTTO, AGOPYAN, FLORINDO, 1998)

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    19

    A gipsita composta por sulfato de clcio di-hidratado, CaSO4.2H2O, mais

    impurezas. Ao ser calcinada a diferentes temperaturas ela vai liberado parte da gua, gerando

    diferentes tipos de gesso. (SILVA, 2010)

    A calcinao o processo trmico pelo qual a gipsita desidratada. Quando o

    material desidratado a uma temperatura entre 140 C e 160 C ocorre a formao de

    hemidrato, conforme a expresso a seguir:

    Se a desidratao realizada em autoclave em presses superiores a 100kPa a

    formao do hemidrato d-se pelo mecanismo de dissoluo cristalizao, em meio lquido.

    O produto bem cristalizado, denominado de hemidrato alfa (). Este tipo de gesso tem

    aplicao em odontologia. Se a desidratao realizada presso atmosfrica, com presso

    parcial de vapor de gua baixa, obtm-se um slido microporoso, mal cristalizado,

    denominado hemidrato beta (), utilizado na construo civil. (CINCOTTO, AGOPYAN,

    FLORINDO, 1998).

    Conforme dito anteriormente, o gesso produzido a partir da gipsita se classifica

    segundo o seu processo de desidratao em ou . Devido ao processo de obteno, o preo

    de hemidrato aproximadamente seis vezes maior do que o do hemidrato . (REGUEIRO;

    LOMBARDERO, 1997 apud ROCHA, 2007)

    Dentre os tipos de gesso , destacam-se os de fundio (tipo A) e os de revestimento

    manual (tipo B), sendo ambos produzidos no Brasil sem a adio de aditivos qumicos

    (BALTAR et al. 2004 apud ROCHA, 2007)

    Aps a calcinao da gipsita o material modo, selecionado em fraes

    granulomtricas e classificado conforme o tempo de pega, de acordo com as exigncias da

    NBR 13207 (ABNT, 1994).

    3.2.4 Gesso de construo civil

    ANBR 13207 (ABNT, 1994) define gesso de construo como material modo em

    forma de p, obtido da calcinao da gipsita constitudo predominantemente de sulfato de

    clcio, podendo conter aditivos controladores de tempo de pega. A mesma norma divide o

    emprego do gesso no setor da construo em basicamente dois grupos: para fundio e para

    CaSO4. 2H2O CaSO4 . 0,5H2O + 1,5H2O

    Gipsita Hemidrato

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    20

    revestimento. O gesso para fundio o material empregado na fabricao de pr-moldados

    como peas para decorao, placas para forro, blocos reforados ou no com fibras e chapas

    de gesso acartonado (drywall). O gesso para revestimento, objeto deste estudo, empregado

    para revestir paredes e tetos de ambientes internos e secos. (ANTUNES, 1999)

    Cincotto, Agopyan, Florindo (1998), definem gesso de construo como produto de

    calcinao da gipsita contendo hemidrato em uma porcentagem mnima especificada [...] Em

    decorrncia das condies de calcinao, pode conter em porcentagem menor as anidritas

    solvel e insolvel e a gipsita. Se a matria-prima impurificada por quartzo, argila, calcita

    ou dolomitas, estes constituem-se em impurezas do produto.

    3.2.5 Propriedades importantes do gesso

    Peres (et. al, 2001) afirma que, independente do tipo de gesso, alfa ou beta, ou

    qualquer que tenha sido o mtodo pelo qual o gesso foi obtido, ele mantm em comum

    algumas propriedades intrnsecas. Essas propriedades, segundo Peres (et. al, 2001), esto

    descritas a seguir:

    a) Pega

    Peres (et. al, 2001), afirma que quando se mistura o gesso com gua, formando uma

    pasta, ambos se combinam e como resultado o sulfato volta a apresentar a sua forma

    bihidratado (CaSO4 . 2H2O). Essa reao, acompanhada de elevao da temperatura, um

    pequeno aumento de volume e da transformao do estado pastoso em slido caracteriza o

    fenmeno da pega.

    Uma explicao para a pega do gesso que uma parte do Hemidrato se dissolve

    rapidamente em contato com a gua, sua reao com 1,5 molcula de gua regenera o

    bihidrato, que menos solvel (2,3 a 2,65 g/litro) se tornando, portanto, uma soluo

    saturada, o que leva precipitao espontnea do bihidrato, formando uma pasta que vai

    ficando cada vez mais pastosa at se tornar um slido em cerca de poucos minutos, como

    pode ser observado no diagrama da Figura 3, no qual apresentado o ciclo de pega de um

    gesso com cerca de 13 minutos de trabalhabilidade.

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    21

    Figura 3: Relao do estado fsico da mistura gua/Gesso com o tempo

    Fonte: Peres, 2001.

    b) Durao da pega

    Segundo Peres (et. al, 2001), citada tambm como a diferena entre o incio e o fim

    da pega ou como trabalhabilidade, a durao da pega corresponde ao intervalo de tempo no

    qual a pasta de gesso apresenta uma consistncia ideal para a aplicao.

    O mecanismo da pega no instantneo e varia com a composio do gesso

    (mistura) e varia tambm diretamente proporcional quantidade de gua de empastamento.

    Quanto maior a quantidade de gua de empastamento, maior o tempo de pega.

    Outros fatores podem influenciar no tempo de pega como: a adio de aditivos

    retardadores; adio de produtos especficos, como por exemplo, o Bisulfito de Sdio;

    temperatura da mistura (gua/p).

    No caso especfico da temperatura, o tempo de pega mais curto est para ma pasta

    com temperatura em torno de 35C. Em torno desse valor a durao da pega aumenta como

    exemplificado no diagrama da Figura 4.

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    22

    Figura 4: Relao da pega do gesso com a temperatura da pasta

    Fonte: Peres, 2001.

    A temperatura da pasta ser sempre a resultante entre a temperatura da gua e a

    temperatura do gesso adicionado, assim, a temperatura da pasta ter um valor intermedirio

    entre a temperatura das partes.

    c) Expanso

    Peres (et. al, 2001), diz que a reao de hidratao do gesso se processa segundo uma

    reao endotrmica, com liberao de calor, e um aumento de volume, da ordem de 0,03 a

    0,15% a depender do tipo de gesso. Por outro lado, durante a secagem, o gesso sofre uma

    pequena retrao, de cerca de um dcimo do valor da expanso, provocada pelo deslocamento

    da gua de mistura que se evapora. Dessa forma, o gesso hidratado e seco apresenta uma

    dilatao volumtrica positiva.

    Essa expanso uma das caractersticas que tornam o gesso um excelente material

    para moldagem, j que a expanso o fora a preencher todas as fendas e detalhes das matrizes

    ou moldes.

    d) Hidratao ou formao da pasta de gesso

    Segundo Peres (et. al, 2001), a formao da pasta ou hidratao do gesso se processa

    segundo a reao de hidratao do gesso (CaSO4.0,5H2O) e no momento em que os cristais de

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    23

    dihidrato de clcio (CaSO4.2H2O) comeam a se formar, precipitam e formam uma rede de

    agulhas aleatoriamente distribudas (Figura 5) que vo se formando em nmero cada vez

    maior, at todo hemidrato de clcio ter se hidratado e o material ter atingido o endurecimento

    mximo, o que explica o aumento da resistncia mecnica do gesso durante a hidratao.

    Figura 05: Microscopia dos cristais de hemidrato do gesso.

    Fonte: SILVA, 2010.

    A quantidade de gua necessria rehidratao do gesso cerca de 18% do peso do

    p, a depender do grau de desidratao do gesso; assim, todo o restante da gua adicionada

    durante a preparao dever ser eliminada por secagem. A forma de secagem ir depender da

    aplicao da pasta, que pode ser utilizada tanto para fundio de uma pea, como para o

    revestimento de uma parede de alvenaria.

    e) Comportamento frente ao fogo

    Segundo Peres (et. al, 2001), uma das mais importantes propriedades do gesso a

    sua capacidade de combater a propagao do fogo, classificado como M0, e estabilizar a

    temperatura, por um determinado tempo, da regio onde o gesso foi utilizado.

    Para se entender melhor esse assunto, vale ressaltar que os materiais, segundo seu

    comportamento frente ao fogo, so classificados em cinco categorias, que vo de M0 a M5,

    sendo classificados como M0 materiais incombustveis e M5 materiais facilmente

    inflamveis.

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    24

    Por outro lado, quando aquecidos, a partir de 106C, os elementos ou revestimentos

    de gesso iniciam o processo de desidratao, segundo uma reao endotrmica semelhante a

    que acontece durante a calcinao do minrio, consumindo calor e ao mesmo tempo

    estabilizando a sua temperatura at que toda a gua de cristalizao seja liberada, o que

    representa cerca de 20% em peso da quantidade de gesso presente.

    Durante todo o tempo em que o gesso est liberando gua, a sua temperatura no

    ultrapassa 140C, o que o torna tambm um elemento corta fogo.

    f) Comportamento Acstico

    De acordo com Peres (et. al, 2001), os elementos ou revestimentos de gesso podem

    contribuir para melhorar a sonorizao dos ambientes de diversas formas, por exemplo:

    Graas continuidade dos revestimentos, sobre as alvenarias tradicionais, esses so

    capazes de preencher todas as possveis fendas e orifcios por onde o som se

    propaga;

    Graas a sua plasticidade, o gesso permite a confeco de elementos decorativos com

    geometria especfica capaz de suprimir ou atenuar reverberao oriunda de sons

    emitidos dentro do ambiente, onde os elementos de gesso foram instalados.

    g) Isolao Trmica

    Peres (et. al, 2001), afirma que os revestimentos e elementos fabricados de gesso,

    sozinhos ou associados com outros materiais, melhoram sensivelmente o isolamento trmico

    de paredes em funo do seu baixo coeficiente de condutividade trmica. Esse coeficiente,

    que no caso especfico do gesso varia com a umidade e com a densidade do material hidratado

    e seco, da ordem de 0,25 a 0,50 de acordo com as caractersticas do tipo de gesso

    empregado.

    Possivelmente, o baixo coeficiente de condutividade trmica do gesso, associado a

    sua forte inrcia trmica, responsvel pelo rebaixamento ou amortecimento da intensidade

    com que o fluxo de calor ou frio se transfere, na parede, de um lado para o outro.

    h) Higroatividade

    Para Peres (et. al, 2001), de uma forma geral, os elementos ou revestimentos de

    gesso, em razo de sua porosidade, absorvem a umidade do ar, quando essa se torna

    excessiva, evitando assim a condensao sobre a superfcie das paredes.

  • 3 Reviso Bibliogrfica

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    Por outro lado, quando a umidade relativa do ambiente atinge valores muito baixos,

    inconvenientes para o ser humano, os elementos ou revestimentos de gesso liberam a gua

    acumulada em seu interior regulando a condio higrotrmica ideal do ambiente.

    Vale salientar que elementos e revestimentos de gesso tm sua higroatividade

    diminuda em funo do tipo de pintura ou acabamento que for utilizado em sua superfcie e

    que os piore resultados so encontrados para pinturas altamente impermeveis e os melhores

    para revestimento com papel de parede ou tecidos. E ainda que, mesmo sendo impermeveis

    gua, algumas pinturas so permeveis ao ar no qual o vapor de gua est contido.

    i) Secagem do gesso

    De acordo com Peres (et. al, 2001), a durao da secagem dos elementos e

    principalmente dos revestimentos de gesso aps aplicao funo do tipo de gesso, mas

    principalmente das condies higrotrmicas e da ventilao no ambiente.

    Em casos extremos, quando se desejar diminuir o tempo de secagem aumentando a

    temperatura do ambiente, deve-se ter o cuidado de evitar expor os revestimentos e elementos

    de gesso a temperaturas prximas de 50C.

    3.2.6 Revestimento projetado com argamassa de gesso

    Com a chegada aos canteiros de obra das argamassas pr-misturadas, o processo de

    revestimento com pasta de gesso tornou-se bastante simplificado pela eliminao da sua

    preparao. Com isso, resta ao pessoal da obra o controle praticamente operacional de

    variveis, como o tempo de utilizao, a relao gua/p, as espessuras e a eliminao dos

    desperdcios.

    O processo de revestimento projetado com argamassa de gesso permite um controle

    perfeito das espessuras, pela execuo das mestras contnuas, e a adoo de uma relao

    gua/p predefinida e uniforme, cujo controle realizado exclusivamente na mquina.

    Por outro lado, como a mistura gua/p s se realiza quando a mquina entra em

    operao de projeo, no existe estoque de pasta, o tempo em aberto deixa de ser uma

    varivel crtica e o desperdcio pode ser controlado ou eliminado com facilidade, com o

    treinamento adequado da equipe.

    Existem no mercado cerca de seis marcas de mquinas para projeo de argamassas

    de gesso. Tem-se em operao, no pas, as mquinas da PFT, Putzmeister, Turbosol e

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    26

    Putzneccht. As mquinas so robustas e facilmente adaptveis s condies de operao nas

    obras. A Figura 06 mostra uma tpica mquina de projetar gesso.

    Figura 06: Mquina de projetar pasta de gesso

    Fonte: http://www.equipedeobra.com.br

    As ferramentas e EPIs utilizados na execuo do revestimento projetado so,

    genericamente, balde (se possvel de plstico, para facilitar o manuseio do gesso), esptula,

    raspador, desempenadeira de alumnio, rguas de alumno, trena, luvas, capacete, culos e

    protetor auricular.

    Figura 07: Ferramentas utilizadas na projeo de gesso.

    Fonte: http://www.equipedeobra.com.br

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    As empresas de aplicao de argamassas de gesso projetado no Brasil se dividem em

    dois grupos: o das construtoras, que montam equipes para aplicar o revestimento em suas

    obras, e o de independentes que executam o revestimento de forma terceirizada.

    A execuo de revestimentos sobre alvenarias convencionais com argamassa de

    gesso projetado tem se mostrado um processo competitivo e facilmente assimilvel pela mo-

    de-obra disponvel no Setor da Construo Civil.

    As argamassas de gesso para projeo mecnica so constitudas basicamente por

    Hemidrato de Clcio, Cal hidratada, Filer, Perlita e outros aditivos, misturados

    automaticamente, em plantas industriais especficas que garantem a homogeneidade e a

    repetitividade dos traos e consecutivamente o desempenho uniforme desses produtos.

    Os aditivos so empregados para melhorar a trabalhabilidade das argamassas de

    gesso influenciando, principalmente, o tempo de pega, a reteno de gua, teor de ar

    incorporado, a fluidez e a consistncia.

    Esses materiais, ao serem projetados, aps o tempo de trabalhabilidade. reagem

    completamente alcanando, rapidamente, em cerca de 4 horas, nveis de resistncia mecnica

    e dureza muito acima das conseguidas pelas argamassas convencionais e com a caracterstica

    de no se desagregar pela ao da gua.

    Segundo Peres (et. al, 2001), a execuo do revestimento com argamassa de gesso

    projetado realizada com o auxlio de mquinas de projetar, operrios treinados e de

    ferramentas convencionais no mbito da construo civil. A execuo do revestimento

    compreende basicamente quatro etapas: mestrar, projetar, sarrafear e alisar.

    a) Mestrar

    Segundo Peres (2001), sobre os pontos de mestra definidos, normalmente pelos

    construtores, so executadas as mestrar verticais utilizando gesso rpido, lento ou mesmo com

    argamassa de projetar, como mostra a Figura 08. Alternativamente, podem ser utilizadas

    mestras metlicas normalmente de alumnio ou ao galvanizado. Essas mestras serviro para

    demarcar as reas de projeo e como base de apoio da rgua utilizada no sarrafeamento

    (rgua H).

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    Figura 08: Mestras verticais executadas com gesso

    Fonte: Peres, 2001

    b) Preparao da pasta

    Segundo informaes da Revista Equipe da Obra (Edio 43), a mquina deve ser

    alimentada com gesso em p quando estiver ainda desligada (Figura 09). Porm, depois de

    iniciado o processo de projeo, o gesso pode ir sendo adicionado com a mquina em

    funcionamento.

    Figura 09: Alimentao da mquina de projetar pasta de gesso.

    Fonte: http://www.equipedeobra.com.br

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    c) Projetar

    Segundo Peres (2001), aps o ajuste da relao gua/gesso, deixando a pasta com

    uma consistncia adequada projeo na superfcie a ser revestida, se inicia a projeo com a

    mquina. A aplicao da argamassa deve ser realizada de cima para baixo, formando filetes

    horizontais (Figura 10) e na quantidade suficiente para preencher o pano na altura das mestras

    e evitar o excesso de material. A espessura e largura dos filetes podem ser reguladas,

    afastando e aproximando o bico de projeo e a espessura pode ser regulada em funo da

    velocidade de deslocamento do bico sobre a superfcie, de modo a se poder atender com

    preciso a necessidade de argamassa em cada rea da superfcie a ser revestida.

    Figura 10: Projeo do gesso em filetes horizontais

    Fonte: Peres, 2001.

    d) Sarrafear

    Peres (2001), aps o preenchimento dos panos, a superfcie deve ser regulada ou

    sarrafeada de forma a se retirar o excesso de material, deixando o plano do revestimento

    distorcendo com as mestras em ambos os lados (Figura 11).

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    Figura 11:Sarrafeamento da superfcie

    Fonte: http://www.equipedeobra.com.br

    Quando da eventual falta de material para preencher o pano, a projeo deve ser

    refeita de imediato. Pequenos defeitos na superfcie, aps a projeo, podem ser consertados

    manualmente com uma desempenadeira de ao.

    e) Alisar

    Peres (et., al 2001), afirma que quando a superfcie do revestimento no mais se

    deformar pressionada pelo polegar (trmino do comportamento plstico) est no momento

    certo de se iniciar o alisamento ou fechamento da superfcie.Segundo a Revista Equipe da

    Obra (Edio 43), aps a secagem, deve ser aplicada a desempenadeira lisa carregada com a

    mistura de gesso para corrigir eventuais imperfeies, conforme ilustra a Figura 12.

    Figura 12: Alisamento da superfcie

    Fonte: http://www.equipedeobra.com.br

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    31

    3.2.7 Revestimento manual com pasta de gesso

    Segundo Peres (2001), o revestimento manual pode ser aplicado sobre superfcies de

    blocos cermicos de cimento, lajes e vigas de concreto, sobre massa nica e sobre blocos de

    isopor.O gesso utilizado deve atender as exigncias fsicas especificadas na NBR 13.207

    Gesso para Construo Civil Especificao.

    Uma das caractersticas mais importantes de um bom gesso para revestimento a sua

    trabalhabilidade representada pelo intervalo de tempo entre o incio e fim da pega ou

    endurecimento.

    O gesso para ser aplicado manualmente deve ser misturado em pequenas

    quantidades, normalmente um saco de 40kg mais 30 litros de gua.

    Para execuo do revestimento manual se utiliza as ferramentas convencionais da

    construo civil como: caixotes de PVC ou madeira, desempenos grandes e pequenos de ao

    ou PVC, esptulas de ao, rguas de alumnio, nvel, fio de prumo, esquadros, trena, broxa,

    carril e tambores de PVC.

    A pasta de gesso a ser aplicada deve ser preparada adicionando-se, lentamente, o p

    de gesso sobre a superfcie da gua. Deve-se deixar o material em repouso at completa

    embebeo, cerca de dois minutos. Aps esse perodo deve ser misturado cerca de 70% do

    material para incio imediato do revestimento, deixando sem misturar o restante do material, o

    qual ser utilizado no acabamento ou alisamento da superfcie revestida.

    O processo de revestimento manual sabidamente um processo mais lento, mas

    bastante usado ainda na construo civil, principalmente, em reas difceis de serem

    trabalhadas como corredores de escada, poos de elevadores e outros. O processo atende

    tambm plenamente a pequenas reformas.

    A superfcie onde o gesso ser aplicado manualmente pode ser mestrada, embora

    normalmente se aplique sem a necessidade de mestras. A pasta deve ser espalhada sobre a

    superfcie a ser revestida com auxlio de uma desempenadeira de ao ou PVC. Essa operao

    se repete enquanto, ao mesmo tempo, o operrio vai tentando deixar a superfcie o mais plana

    possvel, utilizando uma rgua como num processo de sarrafeamento.

    Quando as primeiras camadas de gesso j estiverem regularizadas e endurecidas, se

    utiliza o restante da pasta, numa camada fina, para se executar o acabamento com um pequeno

    desempeno de ao. O mesmo procedimento pode ser utilizado para revestimento de tetos ou

    paredes.

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    32

    A revista Tchne (99 Edio, 2005) resume o processo de aplicao manual do

    gesso em 9 passos, conforme ilustra a Figura13.

    Figura 13: Etapas do revestimento manual com pasta de gesso

    Fonte: Revista Tchne (99 Edio, 2005)

    De acordo com a Revista Tchne (99 Edio, 2005), genericamente, os passos so:

    a) 1 PASSO:Para revestimento de teto aplicar com rolo de textura mdia uma demo de

    chapisco rolado na superfcie inferior das lajes para garantir a aderncia da pasta de

    gesso;

    b) 2 PASSO: Remover sujeiras, incrustaes e materiais estranhos como pregos, arames

    e pedaos de ao at que o substrato fique uniformizado;

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    33

    c) 3 PASSO: Aps 72 horas (para lajes, devido o chapisco) iniciar a preparao

    polvilhando o gesso na gua, dentro da argamasseira, at que o p esteja totalmente

    submerso. A seguir, misturar at obter uma pasta homognea e sem grumos;

    d) 4 PASSO: Comear o trabalho pelo teto, aplicando a pasta com o auxlio de

    desempenadeira de PVC em movimentos de vai-e-vem;

    e) 5 PASSO: Nas paredes, o deslizamento deve ser realizado de baixo para cima. Algum

    tipo de referncia - ripa de madeira, pequenas taliscas ou batentes - deve ser escolhido

    para medir a espessura da camada de revestimento;

    f) 6 PASSO: Regularizar a espessura da camada, aplicando a pasta com a

    desempenadeira, agora, no sentido horizontal. Cada faixa deve ser sobreposta

    anterior e a espessura da camada deve ter de 1 a 3 mm;

    g) 7 PASSO: Retirar os excessos limpando o teto e a parede com rgua de alumnio. Em

    seguida conferir a espessura do revestimento junto referncia escolhida;

    h) 8 PASSO: Limpar a superfcie com o canto da desempenadeira de ao para eliminar

    ondulaes e falhas e, depois, aplicar nova camada de pasta para cobrir os vazios e

    imperfeies da superfcie, assegurando a espessura final do revestimento;

    i) 9 PASSO: Desempenar cuidadosamente os excessos e rebarbas exercendo uma certa

    presso para obter a superfcie final. A aplicao de pintura deve respeitar o perodo

    de cura e ser executada aps o lixamento da superfcie.

    3.3 REVESTIMENTO COM ARGAMASSA CONVENCIONAL

    Pereira (2010) afirma que os revestimentos de argamassa podem ser constitudos por

    uma ou mais camadas, ou seja: emboo e reboco, e camada nica. A norma NBR 13749

    (1995) indica as espessuras admissveis (Tabela 01), bem como nveis de aderncia mnimos,

    dentre outros aspectos para essas camadas de revestimento.

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    34

    Tabela 01 - Espessuras admissveis de revestimento para parede (NBR-13749, 1995).

    Camada de Revestimento Espessura (mm)

    Interna Externa

    Emboo 5 a 20 15 a 25

    Emboo e Reboco 10 a 30 20 a 30

    Camada nica 5 a 30 15 a 30

    Azeredo (1987) classifica as argamassas, de acordo com sua funo, em cinco

    classes:

    a) Argamassa de aderncia (chapisco)

    b) Argamassa de junta

    c) Argamassa de regularizao

    d) Argamassa de acabamento (reboco)

    e) Argamassas especiais

    Para esta pesquisa, interessam apenas as argamassas utilizadas como revestimento,

    que sero descritas a seguir:

    3.3.1 Argamassa de Aderncia (Chapisco)

    Segundo Azeredo (1987), esta argamassa tem como finalidade proporcionar

    condies de aspereza em superfcies muito lisas e praticamente sem poros como: concreto,

    cermicas, tijolos laminados, tijolos prensados, etc., criando condies de receber outro tipo

    de argamassa e, portanto, argamassa de suporte. Sua aplicao diferente, pois jogada com

    certa violncia a uma determinada distancia de lanamento, para que haja um certo impacto, a

    fim de dar maior aderncia e aspereza. A superfcie que ira receber o chapisco no deve ser

    molhada antecipadamente, pois a argamassa de chapisco bastante fluida. Devido o seu modo

    de aplicao, a perda muito grande. A sua aderncia semelhante a superfcie de uma

    ralador, portanto, a finalidade proporcionar a aspereza em superfcies lisas, de pouca

    rugosidade. Assim sendo, o primeiro cuidado que devemos ter de obter uma argamassa que

    tenha maior quantidade de material fino, fino este que seja compatvel com a porosidade e a

    resistncia do elemento de suporte.

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    35

    Pereira (2010) ressalta que, o chapisco um procedimento de preparao de base e

    no se constitui de uma camada do revestimento. A espessura mdia deste tratamento situa-se

    prxima a 5mm, dependendo das caractersticas granulomtricas da areia empregada. No se

    recomenda usar espessuras muito maiores do que a mencionada, nem promover uma textura

    excessivamente rugosa.

    Pereira (2010) diz que a preparao de base para recebimento do revestimento

    engloba um conjunto de operaes importantes, tanto do ponto de vista da execuo do

    revestimento (permitindo que a argamassa ao ser lanada tenha adeso ao substrato), como

    tambm do enfoque sobre a aderncia argamassa-substrato. Assim, tm-se: a remoo de

    resduos, correo de irregularidade, remoo de incrustaes metlicas e o preenchimento de

    furos, rasgos e depresses localizadas, lavagem e pr-umedecimento. Alm disso, com o

    intuito de melhorar e adaptar o substrato emprega-se rotineiramente o chapisco, o qual visa

    em sua essncia fornecer ao substrato uma textura adequadamente rugosa e com porosidade

    adequada ao desenvolvimento da aderncia. A textura rugosa atua tambm nos momentos

    iniciais ps aplicao favorecendo o mecanismo de adeso inicial.

    Pereira (2010) relaciona os principais tipos de chapisco utilizados atualmente na

    construo civil:

    Chapisco Convencional: composto da aplicao de uma argamassa fluda de cimento e

    areia mdia a grossa (suficiente para dar a textura necessria) com trao em volume da

    ordem de 1:3 (cimento:areia). O procedimento de aplicao consiste em se lanar

    energicamente o chapisco sobre a superfcie com a colher de pedreiro.

    Figura 14: Execuo de Chapisco Convencional

    Fonte: http://casabady2.blogspot.com.br

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    36

    Chapisco modificado com polmeros: muito parecido ao chapisco convencional,

    diferenciando-se pelo emprego de adesivos polimricos ltex adicionados gua de

    mistura.

    Chapisco rolado: constitui-se da aplicao de uma argamassa cimento/areia de trao 1:3

    (volume) em que se utiliza areia mdia a fina. Tambm so empregados na maioria das

    vezes adesivos polimricos ltex. A aplicao feita com rolo de pintura (rolo para

    textura), no se devendo fazer movimentos de vai-vem (ocorre selagem dos poros se isso

    for feito). O substrato deve ter condies muito boas de planeza para uma correta

    aplicao.

    Figura 15: Execuo de Chapisco Rolado

    Fonte: http://www.vivaacabamentos.com.br

    Chapisco industrializado: recentemente a indstria de argamassas lanou o chapisco

    industrializado, que consiste em uma argamassa industrializada a qual se mistura com

    gua, e aplica-se a mesma sobre o substrato com o uso de desempenadeira denteada

    (processo similar argamassa colante para assentamento de cermica). O aspecto final

    obtido o de filetes orientados, sendo que a textura da formao dos filetes a rugosidade

    obtida.

    3.3.2 Argamassa de Regularizao (Emboo)

    Depois de preparada a base com argamassa de aderncias (chapisco) iniciam-se as

    camadas, propriamente ditas, do revestimento.

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    37

    Segundo Azeredo (1987), o emboo deve atuar como uma boa capa de chuvas, evitar

    infiltrao e penetrao de guas sem, porm, impedir a ao capilar que transporta a umidade

    de material da alvenaria superfcie exterior desta. Deve tambm uniformizar a superfcie,

    tirando as irregularidades dos tijolos, sobras de massas, regularizando o prumo e alinhamento

    de paredes.

    J Pereira (2010), afirma que o papel do emboo (muitas vezes confundido com o

    reboco) consiste em cobrir e regularizar a superfcie do substrato ou chapisco, propiciando

    uma superfcie que permita receber outra camada, de reboco, de revestimento cermico, ou

    outro procedimento ou tratamento decorativo (que se constitua no acabamento final).

    Portanto, o emboo constitui-se de uma camada de argamassa aplicada (geralmente a mais

    espessa do sistema de revestimento) que consiste no corpo do revestimento, possuindo

    aderncia ao substrato, e apresentando textura adequada aplicao de outra camada

    subseqente. Assim que o emboo normalmente emprega granulometria um pouco mais

    grossa do que as demais argamassas (camada nica, reboco, por exemplo), e o acabamento

    somente o sarrafeado (deve se deixar textura spera para melhorar a aderncia quando da

    aplicao dos outros materiais, como ocaso da argamassa colante no assentamento de peas

    cermicas, por exemplo).

    3.3.3 Argamassa de Acabamento (Reboco)

    Para Pereira (2010), o reboco a camada de revestimento utilizada para cobrir o

    emboo, propiciando uma superfcie que permite receber o revestimento decorativo ou se

    constitua no acabamento final. Sua espessura apenas o necessrio para constituir uma

    superfcie lisa, contnua e ntegra.

    Azeredo (1987) afirma que o reboco atua como superfcie suporte para pintura,

    portanto, com aspecto agradvel, superfcie perfeitamente lisa e regular. Com pouca

    porosidade e de pequena espessura, ordem de 2mm. Ela preparada com material inerte de

    granulometria fina.

    3.3.4 Revestimento de Camada nica

    Segundo Pereira (2010), o revestimento de camada nica executado diretamente

    sobre os substratos, sem a necessidade da aplicao anterior do emboo. Neste caso, a camada

  • 3 Reviso Bibliogrfica

    38

    nica tem funo dupla, ou seja, deve atender as exigncias do emboo e da camada de

    acabamento (reboco). Assim, so necessrias operaes especficas de execuo, como corte,

    sarrafeamento e acabamento, realizadas momentos aps a aplicao. Na verdade, a argamassa

    para ser sarrafeada deve perder a plasticidade inicial (necessria operao de aplicao), o

    que ocorre pela suco de gua pelo substrato e por evaporao. Ao se executar o

    sarrafeamento, a argamassa deve esfarelar pelo corte da rgua. O momento para execuo

    do sarrafeamento feito por avaliao ttil do oficial pedreiro. Sarrafeamento precoce induz

    ao surgimento de fissurao, e sarrafeamento retardado exige grande esforo para o corte da

    argamassa. Portanto, deve-se cuidar quando da definio da extenso dos panos a revestir,

    dimensionando equipes com produtividade adequada execuo do revestimento. As

    operaes de acabamento (desempeno, camura, outras) ocorrem em momentos subseqentes,

    e dependem das caractersticas que se desejam para o revestimento final.

  • 4 METODOLOGIA

    Na fase inicial de elaborao do presente trabalho utilizou-se para embasamento

    terico-cientfico: pesquisa bibliogrfica em livros, revistas, artigos disponveis relacionados

    utilizao do gesso como revestimento e tambm relacionados ao revestimento de argamassa

    convencional ( base de cimento). Foram consultados tambm trabalhos cientficos e normas

    tcnicas.

    Com base nas informaes coletadas foi realizado um breve comparativo entre as

    caractersticas do revestimento de argamassa convencional (cimento) e o executado com pasta

    de gesso. Posteriormente, foi feita a organizao e compilao das informaes disponveis

    sobre ambos, o que possibilitou a elaborao de um quadro comparativo onde podem ser

    observadas as vantagens e desvantagens de cada um.

    Na ltima fase de elaborao deste trabalho, foi realizado um estudo de caso na obra

    do Residencial Via Parque da Empresa Albuquerque Engenharia LTDA, com filial na cidade

    de Rio Branco/Acre. A obra fica localizada na Estrada da Floresta, n1893, Bairro Floresta,

    prximo ao Shopping Via Verde. Nesta etapa, foram realizadas visitas a obra em busca de

    informaes sobre a tcnica de utilizao da pasta de gesso para revestimento de paredes e

    tetos, bem como as possveis informaes sobre mobilizao de pessoal, compra de material e

    viabilidade de utilizao da tcnica na obra. Foram realizados registros fotogrficos da

    execuo do revestimento com pasta de gesso, alm de outros aspectos importantes, como

    armazenamento de material, tcnica de aplicao e desperdcio de material.

    .

  • 5 RESULTADOS E DISCUSSES

    A seguir ser apresentada uma comparao entre as principais caractersticas e

    propriedades do revestimento executado com pasta de gesso e o executado com argamassa

    convencional (de cimento). A comparao foi realizada com base nos conhecimentos tericos

    apresentados na Reviso Bibliogrfica e em outros estudos realizados neste mbito.

    5.1 COMPARATIVO GESSO X ARGAMASSA DE CIMENTO

    5.1.1 Fases de Aplicao

    A aplicao dos revestimentos de argamassa de cimento , geralmente, realizada em

    trs fases (chapisco, emboo e reboco), por esse motivo, implica em maiores custo de mo-de-

    obra e de material. Com relao a este aspecto, a pasta de gesso tornou-se um material

    alternativo de qualidade para aplicao de revestimentos internos porque pode ser aplicada

    numa s camada (de espessura mxima de 5mm), diretamente sobre as paredes, se estas

    apresentarem uma superfcie regular, obtendo-se uma economia em material e mo-de-obra

    quando comparadas aos revestimentos tradicionais, aumentando a produtividade em obra.

    Quando a superfcie no for regular, as pastas de gesso podem ser aplicadas sobre uma

    camada regularizadora de emboo dispensando o reboco e a massa corrida, necessrios

    aplicao da pintura, diminuindo tambm o custo.

    5.1.2 Desempenho do conjunto Revestimento/Substrato

    Por outro lado, quanto ao revestimento utilizando argamassas, de uma forma

    genrica, pode-se adiantar que o desempenho depende do comportamento de um conjunto de

    matrias como: a base ou substrato, a argamassa de preparo da base (chapisco), a argamassa

    de regularizao (emboo) e, finalmente, a argamassa de acabamento (reboco). No caso

    especfico de revestimento com argamassa de gesso, realizada de uma s passagem, o

    desempenho de revestimento depende basicamente do comportamento do binmio

    argamassa/substrato, o que diminui o nmero de variveis significativas, concorrendo para a

    diminuio da quantidade de erros.

  • 5 Resultados e Discusses

    41

    5.1.3 Trabalhabilidade

    A trabalhabilidade uma das caractersticas mais importantes das pastas e

    argamassas em geral, pois permite que estas sejam de fcil aplicao. Nas argamassas de

    cimento, a trabalhabilidade depende de sua composio bem como da finura e forma dos

    agregados. O gesso, por ser um material muito fino, resulta numa pasta com maior

    trabalhabilidade, porm esta caracterstica resulta no rpido endurecimento, em geral inferior

    a 20 minutos, aps misturado com gua.

    5.1.4 Tempo de Aplicao

    O tempo de aplicao para que o revestimento de alvenaria esteja pronto tambm

    uma das vantagens do gesso sobre as argamassas tradicionais, devido ao rpido

    endurecimento. Segundo Hincapi e Cincotto (1997), a camada de emboo deve ser aplicada

    24 horas aps a aplicao do chapisco, e, o reboco, 7 dias aps a aplicao do emboo, sendo

    necessrio 30 dias de secagem do reboco para aplicao da pintura. Comparativamente, as

    pastas de gesso precisam de somente uma semana para que a superfcie esteja pronta para

    receber lixamento e pintura.

    5.1.5 Aderncia

    Uma das propriedades mais importantes a mencionar a aderncia do revestimento

    de gesso quando aplicado em diferentes tipos de substrato como tijolos, concreto e blocos

    cermicos, de concreto, etc. Segundo Hincapi e Concotto (1997), um acompanhamento feito

    em obra permite dizer que embora esta propriedade dependa de diferentes fatores como tipo

    de substrato, limpeza e preparo da superfcie bem como o modo de aplicao, a aderncia do

    gesso nos diferentes tipos de substratos alta, chegando a ter valores de tenso de

    arrancamento de 1,5MPa, superior aos valores obtidos com revestimentos de argamassa,

    sendo o valor exigido, para este ltimo material, pela ABNT, maior que 0,3MPa.

    5.1.6 Acabamento (Lisura)

    O acabamento do revestimento com gesso, quanto lisura da superfcie endurecida,

    muito superior ao de argamassas de cimento e cal, mesmo quando estas so produzidas com

  • 5 Resultados e Discusses

    42

    areias muito finas, o que confere ao gesso um acabamento de qualidade e base adequada

    pintura.

    5.1.7 Tempo de cura

    A alta porosidade do revestimento, resultante da evaporao da gua de

    amassamento, vai permitir um isolamento trmico e acstico, porm, estas propriedades

    variam com a densidade e a espessura do revestimento. Uma outra vantagem a sua

    resistncia ao fogo, devida baixa condutividade trmica do material e sua

    incombustibilidade. O gesso endurecido conta com cerca de 20% de gua na sua composio;

    pela ao trmica decompe-se consumindo calor e ao mesmo tempo, protege a estrutura

    contra incndio atravs de gua combinada evaporada.

    5.1.8 Durabilidade

    O gesso possui uma alta durabilidade quando aplicado em interiores; em aplicaes

    externas ou em reas molhadas, as pasta de gesso no apresentam um bom desempenho

    devido sua solubilidade (2,1g/L), sendo um material pouco resistente ao da chuva.

    5.1.9 Densidade

    Hincapie e Cincotto (1997) afirmam que o gesso endurecido tem densidade aparente

    baixa, da ordem de 1000 kg/m, sendo outra de suas vantagens. Dependendo da porosidade do

    material, esta densidade pode ser ainda menor (800kg/m), produzindo um peso de 8kg por m

    quando a espessura de revestimento de 10mm, assim reduzindo o peso das edificaes. As

    argamassa produzem revestimentos de 30kg por m quando aplicadas com 20mm de

    espessura.

  • 5 Resultados e Discusses

    43

    5.2 QUADRO COMPARATIVO

    O quadro comparativo apresentado a seguir foi elaborado com base nas propriedades

    analisadas neste estudo e representa uma avaliao qualitativa entre os dois tipos de

    revestimento.

    QUADRO COMPARATIVO

    GESSO X ARGAMASSA DE CIMENTO

    ASPECTO / CARACTERSTICA GESSO ARGAMASSA

    Fases de Aplicao

    1

    3

    Trabalhabilidade Maior Menor

    Tempo de aplicao Menor Maior

    Tempo de cura Menor Maior

    Massa especfica Menor Maior

    Acabamento (lisura) Maior Menor

    Comportamento frente ao fogo Maior Menor

    Durabilidade frente umidade Menor Maior

    Chapisco

    Emboo

    Reboco

    Pasta de

    Gesso

  • 5 Resultados e Discusses

    44

    5.3 ESTUDO DE CASO (RESIDENCIAL VIA PARQUE)

    5.3.1 Caracterizao da Obra

    O estudo de caso foi realizado na obra do Residencial Via Parque da Empresa

    Albuquerque Engenharia LTDA, com filial na cidade de Rio Branco/Acre. A obra fica

    localizada na Estrada da Floresta, n1893, Bairro Floresta, prximo ao Shopping Via Verde,

    conforme ilustra a Figura 16.

    Figura 16: Localizao da Obra Via Parque

    Fonte: Google Earth (Adaptado)

    O Via Parque um empreendimento com aproximadamente 62.000 m de rea. Ele

    composto por prdios de 4 andares, com 4 apartamentos por andar e 2 quartos por

    apartamento, sendo construdos em alvenaria estrutural (Figura 17). O condomnio tambm

    composto por diversas reas de convivncias arborizadas, quadras de areia, salo de eventos e

    lojas de convenincia.

  • 5 Resultados e Discusses

    45

    Figura 17: Vista Area da Obra Via Parque (construo dos prdios em alvenaria estrutural).

    Fonte: Empresa Albuquerque Engenharia LTDA

    5.3.2 Justificativa de Escolha da Tcnica

    A tcnica de aplicao do gesso como revestimento no comum nas obras que vm

    sendo executadas na capital do estado do Acre. Na obra do Residencial Via Parque essa

    tcnica foi adotada em virtude das seguintes circunstncias:

    Devido ao grande nmero de apartamentos (em nmero de 496, na primeira

    fase) o tempo de execuo no apresentava folga suficiente para que todos os apartamentos

    fossem revestidos com argamassa convencional, pois alm de necessitar da preparao da

    superfcie (chapisco), o processo demandava um tempo de cura relativamente alto

    (totalizando aproximadamente 30 dias para argamassa de cimento, contra 7 dias para a pasta

    gesso), impedindo que novas frentes de servio adiantassem os acabamentos (massa corrida e

    pintura, por exemplo).

    O revestimento em gesso, alm de proporcionar excelente lisura da superfcie

    no necessitaria de preparao da superfcie (podendo ser aplicado diretamente sobre o bloco

    de concreto) e nem de acabamento com massa corrida, o que traria uma economia para a

  • 5 Resultados e Discusses

    46

    realizao do servio. Esse item est garantido na NBR 13867, que afirma que a pasta de

    gesso apresenta a caracterstica de boa aderncia s superfcies speras e absorventes, como o

    bloco de concreto (utilizado na obra em estudo). A norma afirma ainda que as superfcies

    revestidas com gesso, aps completa secagem, podem receber um acabamento final, como

    pintura diretamente sobre o gesso.

    Embasada nos fatores descritos acima, mesmo trazendo equipe de outro estado, a

    Empresa Albuquerque Engenharia avaliou a tcnica de aplicao da pasta de gesso como

    vivel, pois conseguiria reduzir o tempo de execuo do revestimento, que para o gesso bem

    menor que para o revestimento com argamassa de cimento e, alm disso, ainda reduziria

    custos de insumos utilizados na preparao da base (chapisco) e no acabamento (massa

    corrida).

    5.3.3 Subcontratao do servio

    A Empresa Albuquerque Engenharia, assim como a maioria das empresas em Rio

    Branco/AC, no possui funcionrios tecnicamente qualificados para a execuo de

    revestimento com pasta de gesso. Dessa forma, a empresa Albuquerque Engenharia

    subcontratou a Empresa Gesso da Mata para a realizao deste servio. A Empresa Gesso da

    Mata tem sua filial em Aparecida de Goinia/GO.

    5.3.4 Compra de Material e Armazenamento

    O gesso em p, prprio para a preparao da pasta de gesso usada no revestimento,

    foi adquirido em grande quantidade fretada de Goinia-GO. O material era descarregado

    diretamente na obra Via Parque, conforme ilustra a Figura 18.

    Figura 18: Descarga de gesso em p na Obra Via Parque (2012)

  • 5 Resultados e Discusses

    47

    Neste contexto, a NBR 13207 (Gesso para Construo Civil) recomenda que quando

    o gesso entregue em sacos, estes devem ter impressos de forma visvel em cada extremidade

    o tipo correspondente (gesso para fundio, gesso para revestimento) e no centro o nome e a

    marca do fabricante. Na Figura 05, observa-se a identificao nos sacos de gesso, estando de

    acordo com a norma tcnica brasileira.

    A NBR 13207 ainda sugere que os sacos de gesso devem ser armazenados em locais

    secos e protegidos, para preservao da qualidade, e de fcil acesso inspeo e identificao

    de cada lote. Na Obra Via Parque, parte dos sacos de gesso era armazenada dentro dos

    prdios, em ambientes com pouca umidade, conforme se observa na Figura 19.

    Figura 19: Armazenamento dos sacos de gesso na Obra Via Parque (2012)

    5.3.5 Tcnica Adotada

    Como descrito anteriormente, cada prdio do Residencial Via Parque composto de

    quatro pavimentos. No pavimento trreo, devido facilidade de ao da umidade por

    infiltrao, decidiu-se utilizar o revestimento convencional com argamassa de cimento, pois o

    gesso na presena de umidade apresenta uma srie de patologias para a construo. A soluo

    est em conformidade com a NBR 13867 (Revestimento interno de paredes e tetos com pasta

    de gesso), pois recomenda que o revestimento em gesso seja aplicado em superfcies onde no

    haja percolao de guas.

  • 5 Resultados e Discusses

    48

    Na verdade, essa questo no desqualifica ou rebaixa a utilizao do gesso para

    revestimento frente argamassa de cimento, pois ambos apresentam um srie de patologias na

    presena de umidade. Nos demais pavimentos poderia ser executado revestimento em gesso

    de acordo com a disponibilidade da equipe. A equipe de gesso era relativamente pequena em

    comparao ao porte da obra, por esse motivo alguns apartamentos foram revestidos quase

    totalmente em argamassa de cimento, j que a equipe para realizao deste servio era maior.

    Alm de utilizar o gesso como revestimento nas paredes, o teto dos apartamentos

    tambm era revestido com pasta de gesso, para isso era aplicada uma cola especial no fundo

    da laje a fim de manter uma perfeita aderncia entre os elementos, conforme sugere a NBR

    13867: Em superfcies demasiadamente lisas e de baixa absoro, recomenda-se a

    escarificao, a aplicao de argamassa de chapisco de alta aderncia ou ainda a utilizao de

    emulses adesivas.

    O tipo de aplicao da pasta de gesso utilizada na Obra Via Parque foi o manual,

    como ilustram as Figuras 20 e 21.

    Figura 20: Aplicao manual de gesso em teto na Obra Via Parque (2012)

  • 5 Resultados e Discusses

    49

    Figura 21: Aplicao manual de gesso em teto na Obra Via Parque (2012)

    5.3.6 Desperdcio de material

    Um dos maiores problemas enfrentados na construo civil o desperdcio de

    material, pois um fator que pode torna o custo da obra bem mais oneroso que o previsto.

    O gesso um dos materiais mais problemticos com relao ao desperdcio, pois

    apresenta um tempo de pega curto (em torno de 30 minutos). Neste sentido, a NBR 13867

    recomenda que a pasta de gesso para revestimento seja preparada em quantidade suficiente

    para ser aplicada antes do incio da pega, pois a pasta que se encontrar no estado de

    endurecimento no se tornar novamente trabalhvel com adio de gua. Na Obra Via

    Parque, ocorreu um grande desperdcio de gesso, como pode ser observado na Figura 22.

  • 5 Resultados e Discusses

    50

    Figura 22:Desperdcio de gesso na Obra Via Parque (2012)

  • 6 CONCLUSES E SUGESTES PARA PESQUISAS

    FUTURAS

    6.1 CONCLUSES

    Assim como a maior parte dos materiais e tcnicas empregadas na engenharia, um

    tipo de revestimento considerado satisfatrio quando desempenha as funes para as quais

    ele foi designado. Entretanto, sabe-se que para tal necessrio que sejam atendidas s

    recomendaes de utilizao do material, bem como observados os aspectos de conservao e

    manuteno dos mesmos. Neste sentido, no h maneira genrica de comparar dois tipos de

    materiais e chegar a uma concluso absoluta de qual o melhor entre eles, pois o desempenho

    de cada um depender das condies de aplicao, cabendo ao profissional fazer a escolha do

    material em funo da situao. Porm, no decorrer deste estudo foram avaliadas as principais

    propriedades do revestimento utilizando a pasta de gesso comparada ao revestimento com

    argamassa convencional ( base de cimento).

    Pde-se concluir que, apesar de pouco utilizado, o gesso apresenta propriedades

    excelentes para revestimento, como: aplicao em apenas uma etapa e endurecimento rpido,

    proporcionando rapidez na execuo dos servios e alta produtividade; excelente

    trabalhabilidade e superfcie que pode dispensar a utilizao de acabamento final; boa

    aderncia aos substratos, que lhe conferem bom desempenho durante o uso; entre outas.

    6.2 SUGESTES PARA FUTURAS PESQUISAS

    Na eventualidade da realizao de pesquisas futuras acerca da utilizao do gesso para

    revestimento de paredes, sugere-se:

    Realizar um estudo de produtividade para melhor avaliao da rapidez de execuo do

    revestimento base de gesso;

    Realizar um estudo econmico que possibilite uma melhor anlise dos tipos de

    revestimento abordados neste trabalho.

    Fazer uma vistoria na obra estudada a fim de verificar as condies do revestimento

    com pasta de gesso, no que se refere umidade decorrente do clima da regio norte.

  • 52

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 13207: Gesso para

    Construo Civil. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 13281: Argamassa para

    assentamento e revestimento de paredes e tetos. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 13749: Revestimentos de

    Parede e tetos de Argamassas Inorgnicas - Especificao. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 13867: Revestimento

    interno de paredes e tetos com pasta de gesso - Materiais, preparo, aplicao e acabamento.

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    ANTUNES, Rubiane Paz do Nascimento. Estudo da Influncia da Cal Hidratada nas Pastas

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    Usos e Especificaes. Rio de Janeiro: CETEM, 2005.

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    construo composio qumica (1 parte). Instituto de Pesquisas Tecnolgicas. Diviso de

    Edificaes. Tecnologia de Edificaes. So Paulo, 1998.

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    CINCOTTO, Maria Alba; AGOPYAN, V; FLORINDO, M. C. O gesso como material de

    construo composio qumica (2 parte). Instituto de Pesquisas Tecnolgicas. Diviso de

    Edificaes. Tecnologia de Edificaes. So Paulo, 1998.

    Dicionrio Online de Engenharia Civil e Construo Civil - Disponvel em: Acesso em 04/09/2012.

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