65
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ UNIOESTE CENTRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS EXATAS CAMPUS DE FOZ DO IGUAÇU CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA ANÁLISE DA APLICABILIDADE DOS SISTEMAS DE MANUTENÇÃO VEICULAR EM EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA RAFAEL COLLETTI THRUN FOZ DO IGUAÇU - PR 2012

TCC Pronto CD

  • Upload
    rcthrun

  • View
    202

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

CENTRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS EXATAS

CAMPUS DE FOZ DO IGUAÇU

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

ANÁLISE DA APLICABILIDADE DOS SISTEMAS DE MANUTENÇÃO VEICULAR

EM EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA

RAFAEL COLLETTI THRUN

FOZ DO IGUAÇU - PR

2012

RAFAEL COLLETTI THRUN

ANÁLISE DA APLICABILIDADE DOS SISTEMAS DE MANUTENÇÃO VEICULAR

EM EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA

Trabalho de conclusão de curso

apresentado como requisito parcial para a

obtenção do grau de Bacharel no curso

de Engenharia Mecânica da Universidade

Estadual do Oeste do Paraná.

Orientadora: Prof.ªDrª. Elizete de Andrade Amorim

FOZ DO IGUAÇU - PR

2012

RAFAEL COLLETTI THRUN

ANÁLISE DA APLICABILIDADE DOS SISTEMAS DE MANUTENÇÃO VEICULAR

EM EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Engenharia

Mecânica da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, aprovado pela comissão

julgadora:

___________________________________________________________ Docente Orientador: Prof.ªDrª.Elizete de Andrade Amorim

Professor da UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu

___________________________________________________________ Eng. Adélio de Souza Conter

Diretor Geral da Empresa NEOautus

___________________________________________________________ Prof.ª Mª. Juliana Fenner Ruas Lucas

Professor da UNIOESTE – Campus de Foz do Iguaçu

Foz Do Iguaçu, 05 de novembro de 2012

Dedico este trabalho às pessoas mais

importantes em minha vida, meus pais,

Diomar e Elaine e também minha irmã

Renatta, pelo apoio incondicional e por

tudo que eles tem me ensinado.

iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a minha família pelo apoio que sempre foi

fundamental em minha vida para tornar possível a realização de todos os meus

objetivos, pela paciência e compreensão, jamais me deixando desistir de meus

sonhos, mesmo sabendo que as dificuldades seriam imensas.

A todos os amigos, em especial Leonardo Brustolin, Ruano Andreola Stumpf,

Jian Bernard Costa, Raphael Delgado, Guilherme Ribeiro Camargo, Luiz Felipe

Cotoman, Make Ramon Nogueira, Odair Comarela, Francisco Acioli, Elder Fiuza,

Alisson Costa e Rodrigo Stoppa Colussi, e outros, que contribuíram para tornar esse

caminho mais prazeroso e agradável de ser percorrido, nunca deixando de prestar o

apoio necessário em horas difíceis, sempre acreditando em mim.

Agradeço a minha orientadora pela paciência e dedicação apresentada nesse

período, aos professores responsáveis pela minha formação, ajudando a moldar

meu perfil profissional.

iv

“Os grandes feitos são conseguidos não

pela força, mas pela perseverança.”

Samuel Johnson. v

RESUMO

Thrun, R. C. (2012). “Análise da aplicabilidade dos sistemas de manutenção veicular

em empresas de transporte rodoviário de carga”. Trabalho de Conclusão de Curso

(Graduação) – Curso de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual do Oeste do

Paraná – Foz do Iguaçu-PR, 2012.

As empresas de transporte rodoviário de cargas têm um cuidado especial

direcionado à manutenção de veículos e equipamentos, pois deles depende toda a

operação dos serviços e a própria sobrevivência da empresa. Neste contexto,

estudos têm sido conduzidos para a implantação da manutenção veicular em

empresas que atuam no ramo de transportes rodoviários. Estes estudos podem ser

realizados com o intuito de aumentar a segurança das pessoas envolvidas e do meio

ambiente ou diminuir os custos de manutenção envolvidos. Neste trabalho, tem-se

por objetivo realizar uma análise da aplicabilidade dos sistemas de manutenção

veicular em empresas que atuam no transporte rodoviário de carga. Por meio de

pesquisa conceitual e apresentação de dados da empresa operadora logística DSR

Inteligência e Soluções Logísticas Ltda, verificou-se a importância de um sistema de

manutenção. As inspeções veiculares, ordem de serviços e relatórios de

manutenções geradas pelo sistema de manutenção de transporte TMS,

possibilitaram uma ampla visão de controle de cada etapa das manutenções

corretivas preventivas e preditivas, em consequência do controle correto da

manutenção a empresa possui veículos mais seguros, com maior vida útil, baixo

numero de manutenções corretivas ocasionando um percentual aceitável de

desperdício, satisfação do cliente, cargas entregue no prazo determinado sem

atrasos, segurança das pessoas envolvidas no transporte direta e indiretamente,

menores índices de poluição ao meio ambiente maior lucratividade e

consequentemente sobrevivência da empresa no mercado.

Palavras-chave: Qualidade em serviços, Manutenção preventiva, Manutenção

veicular.

vi

ABSTRACT

Thrun, R.C. (2012). “Applicability analysis of vehicle systems maintenance load road

transport companies”. Work of Course Conclusion (Graduation in Mechanical

Engineering) – State University of West Paraná – Foz do Iguaçu-PR, 2012.

The load road transport companies have special attention towards the maintenance

of vehicles and equipment, for their whole operation depends on the services. In this

context, studies have been conducted for the deployment of vehicular maintenance

in companies operating in the field of road transport. These studies can be performed

in order to increase the safety of those involved and the environment or reduce

maintenance costs. In this work, we have aimed to carry out an analysis of the

applicability in vehicular maintenance systems in companies operating in road freight

transport. Through research and presentation of conceptual enterprise data logistics

operator DSR Intelligence and Logistics Solutions Ltd., noted the importance of a

maintenance system. The vehicle inspections, service, orders of and maintenance

reports generated by the system maintenance TMS transport, provided a broad

overview of each step of the preventive and corrective maintenance as a result of

proper maintenance, the company have safer vehicles, with longer service life, low

number of corrective maintenance resulting in an acceptable percentage of waste,

customer satisfaction, loads delivered on time , safety of the people involved directly

and indirectly in the activity, lower levels of pollution to the environment and hence

greater profitability for the company .

Keywords: Quality services, preventive maintenance, vehicle maintenance.

vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Vista da filial Curitiba – DSR .................................................................... 34

Figura 2: Fluxograma functional das atividades de manutenção realizados na

empresa DSR. .......................................................................................... 35

Figura 3: Imagem da tela do custo de rodar – Fonte: Empresa DSR ...................... 37

Figura 4: Imagem da tela Inicadores Média de consumo de combustível – Empresa

DSR .......................................................................................................... 38

Figura 5: Painel Manutenção utilizado para controle – Fonte: Empresa DSR ......... 39

Figura 6: Tela para controle de manutenção e histórico das manutenções

realizadas. Fonte: Empresa DSR ............................................................. 40

Figura 7: Modelo de Checklist – Fonte: Empresa DSR ........................................... 43

Figura 8: Ordem de Serviço do teste de fumaça – Fonte: Empresa DSR ............... 45

viii

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Veículos destinados ao transporte rodoviário de cargas .......................... 35

Tabela 2: Controle de desperdícios de manutenção ................................................ 41

Tabela 3: Principais Variáveis Observadas .............................................................. 46

ix

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABIQUIM: Associação Brasileira da Indústria Química

ANTT: Agência Nacional de Transportes Terrestres

OS: Ordem de Serviço

RENAVAM: Registro Nacional de Veículos Automotores

SASSMAQ: Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e

Qualidade

TMS: Sistema de Manutenção de Transporte

SAP: Sistemas Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados

TPM: Manutenção Produtiva Total

RCM: Manutenção Centrada na Confiabilidade

FH: A sigla F identifica os caminhões cara chata e letra H dizem respeito a

característica das cabines da marca Volvo

x

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11

1.1 Contextualização .................................................................................... 11

1.2 Estrutura do Trabalho............................................................................. 12

1.3 Justificativa ............................................................................................. 12

1.4 Objetivos .................................................................................................. 13

1.4.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 13

1.4.2 Objetivos Específicos ......................................................................... 13

1.5 Metodologia ............................................................................................. 13

2 REVISÃO TEÓRICA PRELIMINAR ............................................................... 15

2.1 Transporte Rodoviário de Cargas ......................................................... 15

2.2 Gestão de Frota ....................................................................................... 16

2.3 Frete ......................................................................................................... 16

2.4 Tipos de Veículos Rodoviários .............................................................. 17

3 MANUTENÇÃO VEICULAR ........................................................................... 20

3.1 Tipos de Manutenção ............................................................................. 23

3.1.1 Manutenção corretiva .......................................................................... 23

3.1.2 Manutenção preventiva ....................................................................... 25

3.1.3 Manutenção preditiva .......................................................................... 27

3.2 Informatização do Sistema de Manutenção .......................................... 29

4 ESTUDO DE CASO – DESCRIÇÃO DA EMPRESA NO ESTUDO E NAS

ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO ................................................................. 31

4.1 A Empresa de Transporte e Logística ................................................... 32

4.2 Gestão de Manutenção da Frota ............................................................ 33

4.3 Frota ......................................................................................................... 36

4.4 Controle e Indicadores de Gestão ......................................................... 36

4.4.1 Controle Custo de Rodar .................................................................... 37

4.4.2 Média de Consumo de Combustível .................................................. 38

4.4.3 Operação .............................................................................................. 38

4.5 Manutenção Preventiva ........................................................................... 39

4.6 Manutenção Corretiva ............................................................................. 40

4.7 Manutenção Preditiva ............................................................................. 41

4.7.1 Inspeção Veicular...............................................................................42

4.7.2 Teste de Fumaça.................................................................................42

5 ANÁLISE DA APLICABILIDADE DOS SISTEMAS DE MANUTENÇÃO

CORRETIVA PREVENTIVA E PREDITIVA ................................................... 46

5.1 Manutenção Corretiva..................................................................................47

5.2 Manutenção Preventiva...............................................................................48

5.3 Manutenção Preditiva..................................................................................48

5.4 Discussão das Análises...............................................................................49

6 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS .................................................... 50

6.1 Propostas de melhorias para o sistema. .................................................. 51

6.2 Sugestões para futuros trabalhos ............................................................. 52

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................53

ANEXOS ............................................................................................................. 55

ANEXO A – Certificado Sassmaq da empresa DSR .......................................... 56

ANEXO B – Certificado NBR ISO 2001: 2008 da empresa DSR ....................... 57

ANEXO C – Cartão escala Ringelmann .............................................................. 58

ANEXO D – Aparelho Opacímetro ...................................................................... 59

ANEXO E – Modelos de caminhões e equipamentos ....................................... 60

xii

11

1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

As empresas que atuam no ramo de transportes rodoviários de cargas são

caracterizadas como empresas de prestação de serviços. A execução do serviço de

transporte rodoviário requer uma perfeita coordenação ao longo de seu processo e

por ser uma operação que envolve consideráveis riscos, torna-se cada vez mais

imprescindível à implementação de medidas de controle destes riscos, sobretudo

para salvaguardar a segurança das pessoas envolvidas no processo e a proteção ao

meio ambiente.

Os veículos e equipamentos utilizados no transporte rodoviário de carga

devem atender aos requisitos de qualidade exigidos pelo cliente, tornando

necessário que durante a sua utilização não causem problemas do tipo quebras, o

que é possível de se assegurar com uma manutenção adequada.

Na manutenção de equipamentos não se envolve apenas ações para manter

ou restaurar as condições físicas de um equipamento, mas de manter as condições

de funcionamento e desempenho para o qual ele foi projetado, devendo, ainda,

abranger também a manutenção de sua capacidade funcional, incluindo melhorias,

qualidade do produto, segurança e integridade do meio ambiente.

Considerando-se este cenário, parte-se, neste estudo, da hipótese que um

dos aspectos mais importantes do processo de transportar cargas com segurança

relaciona-se, justamente, à manutenção adequada dos veículos e equipamentos que

dele participam, sendo, portanto, essencial que a gestão destes serviços possa

contar com ferramentas como a manutenção corretiva, preventiva e preditiva,

garantindo seu bom funcionamento e, por fim, o sucesso da operação de transporte.

12

1.2 Estrutura do Trabalho

Este estudo esta dividido em seis capítulos, neste primeiro apresentam-se os

objetivos, metodologia e a justificativa para a realização do mesmo. No segundo

capítulo, apresenta-se a revisão teórica preliminar referente ao transporte rodoviário

de cargas, gestão de frota, frete e os tipos de veículos rodoviários. No terceiro

capítulo, são apresentados três tipos de manutenção veicular, sua aplicação e

sistemas informatizados de manutenção. No quarto capítulo apresenta-se o estudo

de caso e sua aplicação em um sistema de manutenção corretiva, preventiva e

preditiva veicular em uma empresa real. No quinto capítulo apresenta-se a análise

de aplicabilidade dos sistemas de manutenção corretiva preventiva e preditiva. No

sexto capítulo, apresentam-se as conclusões e sua utilização futura.

1.3 Justificativa

A atividade de transporte rodoviário de carga desempenha um papel vital para

a economia e bem estar da nação. Sua constante e permanente participação em

todos os eventos, desde a busca dos insumos até a distribuição do produto final ao

consumidor perfaz a ligação entre produtos de matéria prima, até o mercado

consumidor.

Devido ao fato das empresas de transporte rodoviário estar em um mercado

de concorrência livre, regido pela lei da oferta e procura, para a obtenção de

resultados positivos faz-se necessária uma gestão administrativa e operacional

eficiente e eficaz. Adicionalmente outro fator a ser considerado é a administração da

frota, pois esta atividade é um dos pontos chaves de uma operação logística. Dentro

deste contexto percebe-se que implantação de um sistema de manutenção veicular

eficiente em uma empresa de transporte rodoviário de cargas proporciona a

otimização de suas operações, o aumento do nível de satisfação dos usuários e uma

maior responsabilidade social e ambiental o que justifica o escopo deste trabalho.

13

1.4 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral

Analisar conceitos teóricos de manutenção corretiva, preventiva e preditiva

veicular no transporte rodoviário de cargas, comparando sua aplicação em uma

empresa real.

1.4.2 Objetivos Específicos

1- Apresentar uma revisão bibliográfica de sistemas de manutenção corretiva,

preventiva e preditiva veicular;

2- Apresentar um sistema de manutenção corretiva, preventiva e preditiva

aplicados em uma empresa real de transporte rodoviário de cargas;

3- Analisar as informações teóricas levantadas e comparar a sua aplicabilidade

em uma empresa real;

4- Propostas de melhorias para o sistema.

1.5 Metodologia

O estudo se caracterizará como descritivo, tendo uma abordagem qualitativa

no tema desenvolvido, descrevendo e avaliando uma sistemática de manutenção

corretiva, preventiva e preditiva utilizada em uma empresa de transportes

rodoviários.

Observação in loco, com acompanhamento da rotina de trabalho junto aos

operadores do serviço, visando a compreensão dos processos executados na

manutenção veicular. Entrevistas não estruturadas, a partir de roteiro, com

questionários elaborados previamente e sem utilização de formulários.

14

A primeira etapa do trabalho consiste no levantamento de materiais para

realização de estudos sobre Manutenção veicular, bem como, sobre as práticas e

técnicas de gestão de frotas que são aplicadas atualmente.

A segunda etapa do trabalho consiste na obtenção de dados fornecidos pela

empresa DSR Inteligência e Logística, tais como: inspeções veiculares responsáveis

pela manutenção dos veículos através de checklist visando a conservação dos

mesmos, ordem de serviços e relatórios de manutenções.

Por fim, de posse dos conhecimentos e informações adquiridas, é possível a

execução da última parte do trabalho, que consiste da análise das informações

teóricas levantadas e comparar a sua aplicabilidade em empresas reais.

15

2 REVISÃO TEÓRICA PRELIMINAR

Para melhor compreensão do propósito deste estudo, faz-se necessário a

realização de uma breve caracterização de alguns conceitos importante, que serão

apresentados a seguir.

2.1 Transporte Rodoviário de Cargas

No Brasil, o transporte rodoviário de cargas é o mais utilizado para o

escoamento da produção, tendo assim um grande surgimento de novas empresas.

Um dos grandes problemas enfrentados por estas empresas são as rodovias pelas

quais esses veículos de cargas trafegam, pois nem sempre estão em condições

adequadas para que o transporte seja executado de uma forma segura e dentro do

prazo planejado pelo cliente.

Segundo uma pesquisa realizada pela CNT (Confederação Nacional dos

Transportes) durante o ano de 2012, 97.707 km de rodovias federais e estaduais

foram vistoriadas e classificadas de acordo com seu estado (ótimo, bom, regular e

péssimo). Desse total 9,9% apresentaram condições ótimas, 27,4% boas, 33,4%

regular e 20,3% ruim. Salienta-se que com rodovias em estados precários o

desgaste nos veículos será maior, tendo assim uma menor vida útil do mesmo.

Nas empresas de transporte de cargas, um cuidado especial é direcionado à

manutenção dos veículos, pois eles são os responsáveis pelos serviços prestados e

pela própria sobrevivência da empresa. Para facilitar o planejamento da

manutenção, são organizados planos de manutenção, racionalizando os serviços e

os custos. Na execução do serviço de transporte rodoviário de carga ocorre uma

interação entre o prestador de serviço de transporte e o cliente, através do produto a

ser transportado, dos veículos, dos equipamentos e das pessoas envolvidas.

Os veículos de transporte e demais equipamentos devem estar em condições

ideais de funcionamento, em consequência de uma manutenção correta, pois

eventuais problemas que vierem a ocorrer ao longo de sua execução serão

percebidos e avaliados tanto pelos clientes quanto pela sociedade de modo geral,

caso interfiram ou tragam riscos à segurança, saúde, meio ambiente e qualidade do

produto transportado.

16

2.2 Gestão de Frota

A gestão de frota é essencial para a organização, controle e manutenção da

frota. Segundo Aquino et. al (2011) a gestão de frota tem como função administrar

um conjunto de veículos pertencente a uma mesma empresa. Dentre suas

atividades estão os custos, compra de veículos, programação dos planos de

manutenção, roteiro de viagens, escolha de equipamentos e outros.

O gerenciamento eficaz de transportes e frotas exige conhecimentos,

qualificação e atualização contínua, para trabalhar com custos cada vez menores,

sem comprometer a qualidade do resultado final da operação, e consequentemente,

a segurança e a satisfação dos operadores, do usuário e do cliente. De acordo com

Vargas (2008) uma boa gestão de transportes é um fator estratégico logístico muito

importante para a busca de bons resultados. Alem disso, uma troca de informações

eficazes entre diversos setores podem ocasionar economia e lucratividade.

2.3 Frete

O frete é uma modalidade de transporte a ser paga por um contratante, por

uma prestação de serviço (Hijjar (2008)). Esta modalidade de transporte é

acompanhada por um documento com função de estabelecer um contrato de

transporte incluindo também um recibo de entrega da carga. A sua cotação é

baseada na distância e no custo operacional.

No transporte rodoviário as modalidades de frete mais utilizadas são a FOB e

a CIF. Oliveira (2008) define estes dois modelos como segue:

FOB (Free on Board): nesta modalidade a responsabilidade de

integridade do produto como seguro e riscos, são do comprador ou

destinatário;

CIF (CostIn surance and Freight): nesta modalidade o frete e a

titularidade da carga são de responsabilidade da transportadora, sendo

passada para o comprador somente após a entrega.

17

Segundo Hijjar (2008) os fretes rodoviários são um componente importante

dos custos logísticos das empresas industriais. Os executivos responsáveis pela

gestão de transporte devem acompanhar regularmente tanto os preços pagos pelo

frete quanto os custos praticados pelos prestadores de serviço, devem estar sempre

atentos as mudanças no mercado, pois variando o preço do frete de outras

empresas, devem adequar os preços para competir com seus concorrentes, sempre

buscando manter a qualidade do transporte, podendo este ser um diferencial no

mercado atual. Cabe assim a responsabilidade de identificar oportunidades de

reestruturações que aumentem a eficiência e reduzam o custo total.

2.4 Tipos de Veículos Rodoviários

O caminhão é um veículo destinado ao transporte de bens. Este tipo de

veiculo passou por grande evolução tecnológica, apresentando hoje conforto

incomparável com os de décadas atrás. Com o avanço da tecnologia os veículos de

cargas passaram a ser mais seguros proporcionando ao motorista uma viagem mais

confortável. Os veículos de cargas atualmente provocam menos danos a natureza,

assim como, menor poluição excessiva, menores danos a camada de ozônio,

diminuição do efeito estufa, monóxido e dióxido de carbono (gás carbônico), em

consequência da exigência da sociedade para uma maior preocupação com o meio

ambiente.

Segundo Freitas (2004) a variedade de cargas e sua necessidade de

transporte fizeram com que os veículos destinados ao seu transporte de cargas

também sofressem alterações.

Segundo Gontigio; Dias; Araújo; Nunes (2010 apud Freitas,2004) definem os

tipos de veículos como:

Caminhões: veículos fixos, monoblocos, com cabine junto com motor e

unidade de carga, chamada carroceria, e pode transportar até 23

toneladas. As carrocerias podem ser fechadas (baús ou siders), abertos

(carga seca), tanques (cargas líquidas e gasosas) e plataformas (para

carregar maquinários);

18

Caminhão Vuc: caminhão de menor porte, mais apropriado para áreas

urbanas. Esta categoria de veículo deve respeitar as seguintes

características: largura máxima de 2,2m; comprimento máximo de 6,3m e

limite de emissão de poluentes. A capacidade do VUC é de 3 ton.

Caminhão toco: caminhão que tem eixo simples na carroceria, ou

seja, um eixo frontal e outro traseiro de rodagem simples. Sua

capacidade é de até 6 toneladas, tem peso bruto máximo de 16 toneladas

e comprimento máximo de 14 metros.

Caminhão truck: caminhão que tem o eixo duplo na carroceria, ou seja,

dois eixos juntos. O objetivo é poder carregar carga maior e proporcionar

melhor desempenho ao veículo. Um dos eixos traseiros deve

necessariamente receber a força do motor. Sua capacidade é de 10 a 14

toneladas, possui peso bruto máximo de 23 ton e seu comprimento é

também de 14 metros.

Carretas: veículos articulados com unidade de carga separada,

denominada semi reboque, da cabine e motor, o cavalo mecânico. Os

semi-reboques podem ser, assim como as carrocerias, fechados, abertos,

cegonheiras (cargas de veículos), tanques e plataformas e são acoplados

ao cavalo mecânico por um eixo, chamado quinta roda. Uma carreta de

cinco eixos pode carregar até 30 ton e é o modelo mais utilizado no

transporte rodoviário;

Chassis: são as carretas de plataforma próprias para carregamento de

containers de 6,1 m ou 12,2 m. Podem ter um guincho hidráulico acoplado

para movimentar os containers;

Bi-trens: é uma combinação de dois semi-reboques acoplados entre si

através de uma quinta-roda situada na traseira do primeiro semi-reboque.

Um bi-trem pode carregar até 40 ton, mas tem restrição de acesso a

determinadas rodovias;

Treminhões: é a combinação de três ou mais semi-reboques acoplados

entre si através de uma quinta roda situada na traseira dos primeiros

semi-reboques. Os treminhões podem carregar até 50 ton de mercadorias

e assim como os bi-trens, também tem sua circulação restrita pelo

Ministério do Transporte.

19

Os veículos denominados de caminhões podem ter de dois a quatro eixos, já

as carretas, podem ter três eixos até um número bem maior dependendo do peso da

carga que for transportada.

Segundo Coelho (2010) a diferença entre carretas e caminhões é que nas

carretas a força motriz, as rodas de tração e o motor estão no cavalo mecânico, a

parte em que fica a carga (módulo de carga) é o semi-reboque.

O cavalo mecânico é o conjunto formado pela cabine, motor e rodas de tração

do caminhão com eixo simples (apenas duas rodas de tração). Pode ser engatado

em vários tipos de carretas e semi-reboques para o transporte. Denomina-se semi-

reboques a parte acoplada ao cavalo mecânico onde é colocada a carga.

20

3 MANUTENÇÃO VEICULAR

Ao longo dos primeiros anos da revolução industrial as técnicas de

manutenção evoluíram pouco, sendo o equipamento reparado apenas quando

deixava de cumprir suas funções (SMITH, 1993). Esta forma de manutenção atendia

aos requisitos da época, na qual a carga de trabalho era pequena, os equipamentos

superdimensionados e os operadores também os mantinham.

Segundo Smith (1993) após a Segunda Guerra mundial a manutenção dos

equipamentos era realizada respeitando as indicações dos fabricantes, que

determinavam o tempo ideal para a sua substituição, antes da falha. Deste modo, as

empresas aperfeiçoavam seus recursos e reduziam o tempo de paralização.

Mais tarde, com a melhoria dos projetos dos equipamentos, o uso cada vez

mais elevado de dispositivos eletrônicos e, o aumento na carga de trabalho, surgiu

outro sistema de manutenção na qual o final da vida útil de um componente pode ser

indicado com a utilização de um equipamento de medição instalado no componente.

Na atualidade, a necessidade de reduzir as falhas nos equipamentos, intensa

concorrência, prazos de entrega apertados, tem empurrado as empresas a

prestarem serviços cada vez melhores.

Segundo Freitas (2004) independente da área ou tamanho, empresas

portadoras de máquinas, veículos e equipamentos que sofrem desgaste, que

necessitam de manutenção para não perder a sua função requerida. Muitas vezes a

manutenção veicular é vista como atividade não produtiva, porém a experiência no

setor demonstra que planos de manutenção adequados podem representar uma

grande economia para a empresa.

A manutenção nas empresas de transporte de cargas é realizada

principalmente para manter os veículos e equipamentos em condições e padrões de

uso estabelecidos pelo fabricante, evitando a quebra e possibilitando uma viagem

segura para o motorista e sem transtornos. os planos de manutenção de cada

fabricante auxiliam na montagem de ordens de serviços.

Segundo Melo (2010) os planos de manutenção de cada fabricante auxiliam

na montagem de ordens de serviços.

21

Uma manutenção de qualidade é aquela que é bem organizada. Hoje em dia,

fica difícil ter uma boa manutenção sem dispor de informações acuradas e

atualizadas sobre cadastro de equipamentos, histórico de ocorrências, programação

e planejamento de atividades, utilização de mão-de-obra, cronograma de paradas,

emissão de ordens de serviço e controle de estoque, que auxiliam em muito a

programação do plano de manutenção.

Uma manutenção organizada proporciona uma redução de custos e uma

maior segurança para o cliente, gerando assim um maior lucro para a empresa. Uma

empresa que não utiliza essa programação de manutenção tem poucas chances de

sobreviver no mercado.

Segundo Campus e Belhot, (2011) o plano de manutenção deve estabelecer

uma base racional para a formulação de um programa de manutenção preventiva e

fornecer diretrizes para a manutenção preditiva. O monitoramento do

comportamento de um componente ou veículo, considerando várias situações

distintas, torna-se mais fácil quando um histórico de falhas é realizado.

O nível de eficiência da manutenção também está relacionado aos

instrumentos e ferramentas utilizadas pelos mecânicos. Torna-se difícil exigir

serviços de boa qualidade e de alto grau de eficiência quando não se dispõe das

ferramentas necessárias, sendo esse mais um aspecto que dificulta o planejamento

da manutenção. Em conta disso, a terceirização de oficinas é uma das soluções

para garantir um serviço de boa qualidade, pois a empresa contratada para fazer a

manutenção da frota deverá garantir um serviço de boa qualidade, cabendo a ela

fornecer ferramentas e instrumentos para os mecânicos executarem o serviço com

perfeição.

Alguns níveis são aceitos para um plano de manutenção, as manutenções

deveram estar em torno de 70% preventivas e 30 % corretivas, sendo medidas

anteriormente e posteriormente a implantação do plano de manutenção.

Segundo Silva, et al.( 2004 apud Gontigio, 2010), a terceirização é uma forte

ferramenta para se melhorar o atendimento ao consumidor, a responsabilidade de

prestar um serviço de qualidade será passada para o terceiro, em consequência

disso a empresa não ira ter um desvio de foco.

22

Em Queiroz et al.(1992 e apud Queiroz 2010, p. 12) a terceirização é definida

como uma “técnica administrativa que possibilita o estabelecimento de um processo

gerenciado de transferência, à terceiros, das atividades acessórias e de apoio ao

escopo das empresas que é a sua atividade-fim, permitindo a estas concentrarem-se

no seu negócio, ou seja, no objetivo-final”. O autor afirma que os executivos buscam

a terceirização como alternativa para obter uma flexibilidade empresarial com

qualidade, o que proporciona agilidade, simplicidade e competitividade nas

organizações. Para ele, o estabelecimento de uma relação de parceria é

importantíssimo, pois a confiança mútua é indispensável uma vez que os recursos

são despendidos em conjunto e os dados confidenciais são partilhados entre as

empresas parceiras.

As especificações do fabricante podem ser diferenciadas para cada modelo e

marca de veículo, mudando assim o planejamento da manutenção para cada caso.

Segundo Campus e Belhot, (2011) para a criação de um plano de manutenção

devem estar presentes sete condições:

1. Estudo das condições reais de funcionamento dos equipamentos. Em veículos

de cargas, devem-se levar em conta, as horas de funcionamento, os tipos de

estradas, as cargas transportadas e a distância percorrida;

2. Estudo baseado nas falhas e defeitos observados, levando-se em

consideração as falhas mais frequentes;

3. Criação de um sistema adequado de lubrificação e normalização dos

lubrificantes utilizados;

4. Estudo do estoque mínimo de peças de reposição para

evitar perdas de produção e também a compra excessiva de peças que

iram ocupar um espaço desnecessário no almoxarifado;

5. Estudo das ferramentas especiais necessárias à manutenção e ao

conserto dos equipamentos, fazendo uma análise de viabilidade de oficinas

terceirizadas;

6. Estudo de possíveis modificações nas instalações, para

permitir uma manutenção mais fácil e rápida;

7. Estudo de possíveis modificações delayout da oficina, de modo a evitar

perda de tempo.

23

Atualmente as empresas destinadas ao transporte de carga possuem

sistemas de manutenção informatizados. As transportadoras que não possuem este

tipo de sistema se tornam menos competitivas. A organização e a eficiência gerada

traz economia e ganho de tempo.

Para COTTI (1989, apud Campus e Belhot, 2011) o controle informatizado

garante a disponibilidade de informações gerenciais confiáveis, podendo definir a

sobrevivência da empresa. No entanto, a informatização inadequada de um

sistema terá como resultado transtornos e um aumento de gasto. Por isso, a

elaboração de um bom projeto de informatização tende qualificar

acentuadamente o nível do serviço prestado ao usuário e estabelecer diferenciações

competitivas. Uma empresa de transporte de cargas que deseja se sobressair no

mercado, deve ter como meta a modernização de seus instrumentos de gestão e

controle.

3.1 Tipos de Manutenção

Podemos dividir a manutenção veicular em três tipos, manutenção corretiva,

manutenção preventiva e manutenção preditiva.

3.1.1 Manutenção corretiva

Segundo Monchy (1989) a manutenção corretiva corresponde a uma atitude

de defesa, enquanto se espera uma próxima falha acidental, atitude característica da

conservação tradicional. É a ação de tirar um equipamento do estado de pane, isto

é, recoloca-lo em estado de funcionamento, as vezes sem mesmo interromper o

funcionamento do conjunto, tem um caráter “provisório’’. Após a detecção de uma

falha acidental, retira-se o equipamento do estado de pane ou realiza-se o reparo

restabelecendo-lhe a função perdida. Na manutenção corretiva alguns passos

devem ser seguidos, como:

Uma análise das causas da falha;

24

O restabelecimento da função normal do equipamento (retirada do estado

de falha/reparo);

Melhoramento eventual (“correção”) visando a evitar a reincidência da

pane, ou minimizar seus efeitos sobre o sistema.

A colocação em memória da intervenção, permitindo uma exploração

pormenorizada mais tarde.

Este tipo de manutenção visa corrigir, restaurar, recuperar a capacidade

produtiva de um equipamento ou instalação, que tenha cessado ou diminuído sua

capacidade de exercer as funções às quais foi projetado. É simples e direta: quando

o caminhão ou algum de seus componentes quebra, os mesmos são consertados.

Aquino, Luiz, Souza, Stutz (2011) enfatizam como uma técnica de gerência

reativa que espera pela falha da máquina ou equipamento, antes que seja tomada

qualquer ação de manutenção. Também é o método mais caro de gerência de

manutenção.

Segundo Bet (2009) a manutenção corretiva gera altos custos por parada de

manutenção, além do transtorno para o cliente, para empresa e o motorista. O

veículo fica indisponível não podendo executar o transporte de cargas, exige da

empresa um estoque de sobressalente muito alto e um elevado tempo de máquina

parada. Porém esta técnica não exige acompanhamento e inspeções nas máquinas

reduzindo a mão-de-obra de manutenção durante o funcionamento do equipamento,

permitindo o desenvolvimento de um histórico de frequência de falhas durante

determinados períodos, gerando desta forma uma análise detalhada de suas

causas.

Segundo Souza (2007), é obrigação da manutenção corretiva, gerar as

informações necessárias para análise do funcionamento, que poderão ser utilizadas

em posteriores serviços de manutenção devido à reincidência da falha e outros

parâmetros, sobre os equipamentos. Como as principais informações necessárias

para análises originam-se da manutenção corretiva, é fundamental à formação de

uma equipe treinada e qualificada capaz de transmitir estas informações de forma

precisa.

A manutenção corretiva pode ser classifica em dois tipos, como segue:

25

Manutenção corretiva planejada: são tarefas de remoção de falhas em

datas posterior ao evento, sendo que é possível planejar para uma data

programada;

Manutenção corretiva não planejada: são as tarefas que não podem ser

adiada para data posterior, ou programada, sendo que deve ser

executada no momento do evento. Quando o caminhão quebra ou deixa

de funcionar, caso o caminhão esteja na estrada a primeira etapa é

acionar um profissional de manutenção, que irá até o veículo tentar

solucionar o problema ou fazer ajustes provisórios, para que o caminhão

consiga chegar até uma oficina credenciada pela empresa, sendo assim

consertado com confiança e qualidade.

3.1.2 Manutenção preventiva

Para Souza (2007), a manutenção preventiva é uma atividade técnica que

tem como objetivo principal a prevenção da ocorrência de uma falha ou uma parada

do equipamento por quebra e também apoiar a manutenção corretiva através de

aplicações de uma metodologia de trabalho periódico, ou ainda, a responsável pela

intervenção que poderá interromper ou não a produção de uma maneira planejada e

programada.

Os objetivos visados pela manutenção preventiva, segundo Monchy (1989),

são:

Aumentar a confiabilidade de um equipamento e assim reduzir suas falhas

em serviço;

Aumentar a duração da vida eficaz de um equipamento;

Melhorar o planejamento dos trabalhos, e assim, as relações com a

produção;

Reduzir e regularizar a carga de trabalho;

Facilitar a gerência dos estoques (consumos previstos);

26

Aumentar a segurança (menos improvisações perigosas);

Melhorar o clima das relações humanas (uma pane imprevista sempre

gera tensões).

A manutenção preventiva veicular tem como objetivo principal deixar o

caminhão em condições para trafegar com segurança e aumentar a sua vida útil, e

consequentemente, gerar economia para empresa e satisfação para o cliente. Como

itens de manutenção preventiva do caminhão tem-se a troca de óleo, troca do

líquido de arrefecimento, correia dentada, filtros de ar, filtros de combustível, velas

de ignição, baterias, pneus, freios, ar condicionado, suspenção, cambio e

embreagem entre outros.

Segundo Bet (2009) a manutenção preventiva nada mais é do que uma

evolução da manutenção corretiva, pois através de testes, análises de históricos de

falhas e especificação do fabricante, preveem-se quando e porque componentes e

peças dos veículos irão quebrar ou ter suas funções afetadas durante intervalos de

tempo.

A manutenção preventiva é auxiliada pela repetitividade das falhas. Existem

planos preventivos para inspeções, nos quais é determinado um intervalo de tempo

e quilometragem para que seja identificado se o componente apresenta alguma

irregularidade. Para montar um plano de manutenção preventiva eficaz é necessário

tomar alguns cuidados. Deve-se levar em consideração cada tipo de caminhão e a

sua função e percurso solicitado. As especificações dos fabricantes são alteradas

em cada caso e devido a este fato é importante saber as reais condições de uso,

como por exemplo, rodovias esburacadas, trechos com grande inclinação, diferentes

tipos de cargas e outros.

Adicionalmente, é de extrema importância selecionar os componentes que

fazem parte dos planos de troca preventiva, selecionando aqueles que não podem

ser monitorados de alguma forma e são equipamentos críticos da empresa, sendo

que é fundamental ter um histórico consciente para que o plano seja confiável.

Como o caminhão é um veículo que apresenta riscos de acidentes e impactos

no meio ambiente, é aconselhável fazer um plano de manutenção preventiva

correto, pois é a forma mais segura de garantir a integridade física do motorista e

das pessoas envolvidas nesse processo.

27

3.1.3 Manutenção preditiva

De acordo com Meneses (2009), a manutenção preditiva não é meramente

monitoramento de vibração, análise de óleo lubrificante, de imagens térmicas ou

qualquer das outras técnicas de teste não destrutivo que tem sido marcada como

ferramentas dessa técnica. A manutenção preditiva é uma filosofia ou atitude que

usa a condição operacional real do equipamento.

Bet (2010) define a manutenção preditiva como um dos métodos que

possibilita o monitoramento e o acompanhamento do desempenho do equipamento

através de instrumentos que fornecem dados quantitativos dos componentes,

podendo prever falhas que irão acontecer futuramente, diminuindo assim o risco de

quebras.

Branco (2011) afirma que a indústria automobilística utiliza ferramentas e

técnicas de manutenção preditiva para analisar falhas em motores e outros

dispositivos em automóveis antes mesmo que elas aconteçam, já prevendo também

a substituição de componentes antes de sua quebra.

As aplicações de manutenção preditiva foram originalmente construídas para

calcular quando um componente iria falhar com base em uma série de fatores e

indicadores de manutenção.

Segundo Branco (2011) os fatores que afetam a vida útil de componentes

podem incluir a composição física, a forma como os equipamentos são utilizados, o

ambiente onde são utilizados como, por exemplo, estradas esburacadas, agressões

externas, entre outros fatores.

Segundo Bet (2010) um programa de manutenção preditiva pode minimizar o

número de quebras inesperadas e assegurar que o equipamento reparado esteja em

condições mecânicas aceitáveis, identificando-se problemas nas máquinas antes

que se tornem sérios já que a maioria dos problemas mecânicos podem ser

minimizados se forem detectados e reparados com antecedência.

Os motoristas também ajudam no sucesso de um plano de manutenção

preditiva. Como estão em convívio diário com os veículos, podem observar e relatar

através de checklist qualquer anormalidade, como por exemplo, um barulho no

28

motor que não costuma aparecer, as medidas dos sulcos dos pneus ou o estado do

tambor de freio, ressaltando a importância de um treinamento de qualidade dos

funcionários, pois tem influência direta no desempenho da empresa.

A incorporação de técnicas preditivas aos métodos modernos de manutenção

criou a manutenção baseada na condição. Estas técnicas permitem o monitoramento

das condições reais do equipamento possibilitando a identificação prematura de

sintomas que podem levar o equipamento até a falha. Esta identificação torna

possível a tomada de decisões que podem evitar a falha ou informar o momento

ideal de atuação da manutenção.

Esta técnica deve ser aplicada em combinação com o TPM e a RCM para

atingir os níveis máximos de desempenho (benchmarking) dentro do atual estágio de

desenvolvimento.

A metodologia preditiva é composta por diversas tecnologias que podem

trazer resultados positivos para a manutenção. As técnicas preditivas mais utilizadas

nos serviços de manutenção são:

Análise de vibração;

Tribologia e lubrificação;

Temperatura e termografia;

Medição de vazão;

Testes elétricos e análise de motores elétricos;

Detecção de vazamentos;

Monitoramento de corrosão;

Monitoramento de parâmetros de processo;

Análise visual a outros sensores.

O espectro da manutenção preditiva é bastante amplo, variando desde um

simples exame visual a um sistema complexo de monitoramento das condições de

operação das máquinas com o auxílio de sofisticados aparelhos de medição e

análise.

É inviável estabelecer ou classificar todos os métodos e processos possíveis

para obter um programa de manutenção preditiva eficiente e econômico. Existe um

número bem determinado de parâmetros a monitorar.

29

Segundo Monchy (1989), a manutenção preditiva tem como objetivos:

Predizer a ocorrência de uma falha ou degradação;

Determinar, antecipadamente, a necessidade de correção em uma peça

específica;

Eliminar as desmontagens desnecessárias para inspeção;

Aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos para operação;

Reduzir o trabalho de emergência e urgência não planejada;

Impedir a ocorrência de falhas e o aumento dos danos;

Aproveitar a vida útil total de cada componente e de um equipamento;

Aumentar o grau de confiança no desempenho de um equipamento e de

seus componentes;

Redução de custos de manutenção;

Aumento da produtividade e consequentemente da competitividade.

3.2 Informatização do Sistema de Manutenção

Segundo Campus e Belhot (2011) qua lquer que se ja a ap l i cação de

s i s temas de in fo rmação na administração e no gerenciamento da

manutenção, se não houver um envolvimento efetivo dos profissionais desses

setores desde a concepção e do desenvolvimento, até a implementação e testes, a

implantação do sistema não terá êxito, nem mesmo os resultados tão

aguardados e buscados.

Para auxiliar a manutenção corretiva, preventiva e preditiva, temos alguns

instrumentos que possibilitam aplicar os conceitos teóricos na pratica, como

checklist, ordens de serviços, relatório de ocorrências.

Segundo o sistema TMS (Sistema de Manutenção de Transporte) integra

esses instrumentos no programa de manutenção informatizado, estando contidos no

sistema alguns itens como:

30

Ordem de Serviço: contem os dados do cliente, tipo de serviço,

exigências operacionais do cliente, local da operação, agentes, numerário

para despesas, viaturas que executarão o serviço e outras informações

necessárias para execução da tarefa e faturamento. O controle de

numeração pode ser feito de forma manual ou automática;

Controle de frota: contém informações da frota de veículos, permite o

acompanhamento em tempo real das informações e condições

operacionais da frota. Por meio de um checklist e da ordem de serviço

obtém um relatório de veículos à disposição e veículos retidos;

Controle de abastecimento: geram informações de consumo (km/l),

valores gastos por viatura e/ou geral;

Cadastro de clientes e fornecedores: agiliza a comunicação entre a

empresa e seus clientes/fornecedores, gerindo todos os processos como

atividades operacionais, administrativas e financeiras;

Controle de manutenção: fornece todas as informações sobre o veículo,

como: custo, fornecedor, tipo de manutenção, entre outros;

Controle dos equipamentos de rastreamento: cadastro dos

equipamentos de rastreamento via satélite, sua utilização e custo;

Relatório de ocorrências: seleciona os problemas operacionais que

possam causar prejuízos à empresa, bem como registra procedimentos

incorretos de motoristas e funcionários operacionais, permitindo assim

uma fiscalização mais pontual e tomada de providências corretivas num

curto espaço de tempo;

Estatísticas: ordem de serviço realizada, em andamento e abertas na

data, de equipes disponíveis, em operação e abertas na data.

31

4 ESTUDO DE CASO – DESCRIÇÃO DA EMPRESA NO ESTUDO E NAS

ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO

Para validar e comprovar a aplicabilidade dos conceitos e informações

teóricas levantadas utilizou-se o processo de manutenção da empresa DSR

Inteligência e Logística. Nesta etapa, foram acompanhados os serviços de

manutenção de caminhões e identificaram-se os equipamentos modelos, ilustrados

no Anexo E.

A empresa DSR Inteligência e Logística possui filiais localizadas em cidades

de vários estados do Brasil, as quais fazem os serviços de manutenção corretiva,

preventiva e preditiva nos veículos e equipamentos da frota, em oficinas previamente

avaliadas e credenciadas. Para uma integração online entre todas filiais esta

empresa utiliza um sistema de manutenção de Transporte (TSM) desenvolvido para

a gestão dos serviços de manutenção.

Funcionários recebem treinamentos periódicos sobre como executar os

serviços previamente descritos em procedimentos de forma a manter as

características funcionais dos veículos e equipamentos garantindo a qualidade,

segurança no trabalho e cuidado com meio ambiente. Requisitos percebidos pelos

clientes do transporte rodoviário de cargas quanto à forma como são oferecidos e

comparados como ele gostaria receber.

Foram acompanhados in loco os serviços de manutenção executados na

empresa, buscando relacionar os conhecimentos teóricos adquiridos na revisão

bibliográfica com as atividades práticas dos serviços de manutenção realizados.

Para coletar e levantar estas informações foi realizado um acompanhamento na

oficina mecânica da filial Curitiba da empresa, onde foi observado como é feita a

gestão, seus controles e como são executados os serviços de manutenção da

empresa, buscando relacioná-los com os requisitos teóricos estudados

anteriormente.

A seguir será descrita a empresa e como funcionam as atividades de

manutenção, que foram organizadas e separadas em: sistema de gestão,

manutenção preventiva, manutenção corretiva e manutenção preditiva.

32

4.1 A Empresa de Transporte e Logística

A empresa objeto deste estudo é uma empresa operadora logística, DSR

Inteligência e Soluções Logísticas LTDA. Sua história começou a pouco mais de 20

anos, na cidade de Cascavel, no interior do estado do Paraná. Com mais de 20 filiais

distribuídas estrategicamente por todo o país, todas gerenciadas por sofisticados

sistemas de gestão que as integra entre si e com seus clientes, oferece serviços que

prestam às empresas uma completa assessoria de inteligência logística.

Com aproximadamente 1.000 colaboradores diretos e mais de 2.000 indiretos,

atua no mercado nacional e internacional, sediada na cidade de Curitiba. Conta com

representantes em países dos cinco continentes, além de centros de armazenagem

e distribuição em Curitiba, São Paulo, Feira de Santana, Recife e Fortaleza, que dão

suporte para as estruturas das três empresas que compõem o grupo DSR.

A empresa dispõe de uma frota composta por pouco mais de 800 veículos

tipo vuc, toco, truck, Rebocadores, semi-reboques e Empilhadeiras, fazendo o

transporte rodoviário de carga no Brasil e Mercosul. Para a sua gestão, a empresa

utiliza um sistema TMS da empresa SAP.

A DSR é uma empresa ecologicamente correta, que busca contribuir para a

conservação do meio ambiente. Além disso, esta empresa é certificada nos sistemas

da qualidade ISO 9001/2008 conforme certificado mostrado no Anexo B e

SASSMAQ (Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e

Qualidade) conforme certificado mostrado no Anexo A, o que a habilita para operar o

transporte de cargas químicas e perigosas, pois a empresa atende aos pré-

requisitos exigidos pela ABIQUIM, que vão desde a documentação e licenças

ambientais ao controle de emissão de poluentes.

O sistema SASSMAQ é uma ferramenta utilizada na gestão do transporte

rodoviário de produtos químicos. Este sistema visa atender às exigências dos seus

clientes, cujo objetivo é reduzir, de forma contínua e progressiva, os riscos de

acidentes nas operações de transporte e distribuição de produtos químicos.

As indústrias químicas no Brasil necessitam garantir que as etapas da sua

cadeia produtiva até a entrega do produto ao consumidor sejam operadas com

qualidade e com o devido cuidado em relação à segurança dos funcionários, da

33

população e do meio ambiente, pois um acidente com produto químico, além de

resultar em graves consequências, pode até mesmo ocasionar o fechamento da

empresa devido aos prejuízos financeiros recorrentes das pesadas multas aplicadas

pelos órgãos ambientais e Ministério do Trabalho e Emprego, além de desgastar a

sua imagem perante a sociedade.

Com o objetivo de garantir a redução dos riscos de acidentes nestas

operações, a Associação Brasileira da Indústria Química, a ABIQUIM, em 2005 criou

um sistema o Sassmaq, para ser implementado nas empresas prestadoras de

serviços através da padronização e qualificação de procedimentos.

4.2 Gestão de Manutenção da Frota

Na cidade de Curitiba, a empresa utiliza parte da estrutura física da filial para

alocar os responsáveis pela gestão da manutenção coorporativa da frota (Fig. 1).

Os gestores estabelecem diretrizes que são repassadas e seguidas pelas filiais

localizadas em cidades de vários estados do Brasil, das quais 12 delas possuem

gestão dos serviços de manutenção da frota.

34

Figura 1–Vista da filial Curitiba – DSR

A empresa adota os métodos de manutenção preventiva, preditiva e corretiva

com planos e roteiros elaborados a partir da experiência de seus gestores, de

informações retiradas de manuais de manutenção elaborados pelos fabricantes de

veículos e equipamentos utilizados no transporte rodoviário de cargas, atendendo,

assim, aos requisitos legais e aos requisitos exigidos pelos seus clientes da

realização de serviços de qualidade.

A maioria dos serviços de manutenção é realizada em oficinas previamente

credenciadas. Adicionalmente, a empresa dispõe de contratos de manutenção com

os fabricantes de rebocadores (caminhões) possibilitando o atendimento dos

serviços nas redes de concessionários em qualquer horário e na maioria das regiões

do Brasil.

Em suas instalações são realizados apenas serviços de manutenção simples

como troca de lâmpadas, inspeção veicular, teste de fumaça, teste de rastreadores,

lubrificações, abastecimento de combustível, borracharia e outros pequenos

serviços.

Na Figura 2 apresentam-se o processo, os responsáveis e o funcionamento

do sistema de manutenção na empresa.

35

OBJETIVO: Planejar, executar, disponibilizar e monitorar a manutenção dos recursos e ativos, visando atender os requisitos legais e dos clientes atendendo os objetivos estratégicos.

1. FLUXOGRAMA

PDCA FLUXOGRAMA DIRETRIZES RESPONSABILI

DADE

P

D

C

A

Elaborar programas de manutenção de veículos, equipamentos e instalações. Definir formas de controle. Disponibilizar recursos e pessoas para a realização das manutenções dos equipamentos, instalações, pátios e jardins atendendo os requisitos legais e dos clientes.

Treinar os colaboradores nas atividades pertinentes ao setor. Executar as manutenções, os testes de Fumaça, as Inspeções Veicular e teste de rastreador conforme manual; fazer o controle do uso dos discos de tacógrafo, uso dos pneus, uso dos veículos de apoio, dos abastecimentos internos e demais atividades da área de manutenção conforme manuais; manter aferidos os equipamentos de medição conforme formulário. Coorporativo: controlar os documentos veiculares, multas de trânsito e abastecimentos externos. Avaliar a conformidade dos serviços executados, refazer serviços não conformes, disponibilizando os ativos em condição de uso, quando aplicável abrir RNFC para o fornecedor. Monitorar o custo de rodar, a média de consumo combustível, o painel de manutenção e os orçamentos. Tomar ações corretivas e preventivas visando a melhoria contínua das atividades com base nas avaliações dos indicadores.

Supervisor de Manutenção

Coordenador de

manutenção

Assistente de manutenção

Assistente de Manutenção

Assistente de manutenção

Supervisor de manutenção

Coordenador de manutenção

Figura 2 – Fluxograma funcional das atividades de manutenção realizados na empresa DSR.

Elaborar

Disponibilizar recursos

Capacitar

Executar

Avaliar

Tomar ações

Monitorar

Processo Manutenção

36

4.3 Frota

A frota atendida pelo serviço de manutenção da empresa DSR é apresentada

na Tabela 1.

Tabela 1: Veículos destinados ao transporte rodoviário de cargas-Fonte: Empresa DSR.

Marca/Modelo Idade

média Tipo

Frequência Man.

Preventiva

(km)

Caminhões 4x2 2007 VUC 10.000

Caminhões 4x2 2006 Toco 25.000

Caminhões 6x2 2007 Truck 25.000

Mercedes 4x2 2011 Rebocador 22.500

Volvo 4x2 2009 Rebocador 30.000

Volvo 6x4 2011 Rebocador 30.000

Volkswagen 4x2 2010 Rebocador 25.000

Scania4x2 2009 Rebocador 15.000

Scania 6x4 2011 Rebocador 15.000

Internacional 2011 Rebocador 15.000

Facchini 2009 Carreta Sider 3 Eixos 90 dias

Randon 2008 Carreta Sider3 Eixos 90 dias

Randon 2010 Carreta Baú3 Eixos 90 dias

Facchini 2009 Carreta Baú3Eixos 90 dias

Facchini 2010 CarretaBaúRodotrem 90 dias

Hyster 2010 Empilhadeira 50 Hs

4.4 Controle e Indicadores de Gestão

A gestão de manutenção é avaliada e medida pelos resultados apresentados

através de seus indicadores e metas previamente estabelecidas. Os controles são

separados em três grupos: custo de rodar, média de consumo de combustível e

operacional.

37

4.4.1 Controle Custo de Rodar

O custo de rodar compõe relatórios gerenciais gerados através do sistema

TMS que podem ser filtrados por filial, por operação, por tipo e marca de veículos ou

equipamentos, por placa de veículo e outros, todos fornecendo informações

referentes aos valores gastos pela empresa com a frota e a sua operacionalização

sendo separado em três grandes grupos:

Custos Variáveis, onde são mostrados os valores gastos com manutenção

(separados em preventivos, corretivos, sinistros, pesada e terceiros),

pneus, combustíveis e mão de obra dos mecânicos, eletricistas,

borracheiros e lavadores de veículos;

Custos fixos, onde são mostrados os valores da depreciação fiscal,

impostos, seguro, rastreadores e remuneração de capital;

Mão de obra direta, onde são mostrados os valores gastos com os

motoristas, separados em salários, comissões, encargos sociais e

benefícios.

Relatórios são gerados através do Custo de Rodar que faz parte do sistema

TMS, a tela de Custo de Rodar é ilustrado na Figura 3.

Figura 3 – Imagem da tela do custo de rodar – Fonte: Empresa DSR

CUSTO RODAR 2012

TIPO DE MANUTENÇÃO

CUSTOS MÃO DE OBRA DIRETA

CORRETIVA X PREVENTIVA

MANUTENÇÃO SOB CONTRATO

CUSTO DE MANUTENÇÃO

CUSTO VARIÁVEL EM R$ CUSTOS FIXOS

MANUTENÇÃO POR VEÍCULO

CUSTO VARIÁVEL KM / R$

CUSTO POR KM - REDUZIDO

DESPERDÍCIO MANUTENÇÃOVEÍCULOS PARADOSTAXA DE OCUPAÇÃO

38

4.4.2 Média de consumo de combustível

O custo do combustível faz parte do custo variável da empresa, mas devido à

representatividade do valor é analisado separadamente. A empresa utiliza uma

ferramenta disponível no sistema TMS a qual chamam de Controle de Frota

visualizada na Figura 4. Para cada tipo de veículo e tipo de operação foram

estabelecidas metas que devem ser atingidas pelos motoristas. Essa média de

consumo é determinada por um instrutor de motoristas, que realizou viagens com os

diversos tipos de veículo em diferentes percursos, obtendo assim um padrão de

condução que deve ser seguido pelos motoristas.

Figura 4 – Imagem da tela Indicador Média de consumo de combustível – Fonte: Empresa DSR

4.4.3 Operação

Para o controle e monitoramento do período e frequência da manutenção, das

inspeções teste de fumaça, aferição dos tacógrafo, teste de rastreadores dos

veículos e equipamentos, a empresa utiliza uma ferramenta disponível no sistema

TMS a qual chamam de Painel de Manutenção mostrado a seguir na Figura 5. Este

Painel é disponibilizado online aos funcionários responsáveis pela gestão e para as

filiais do grupo. No painel de manutenção a cor verde indica que o veículo esta em

CONTROLES FROTA 2012

POR TIPO DE VEÍCULOABASTECIMENTOS EXTERNOS

MÉDIAS DE CONSUMO DE COMBUSTÍVEIS

RELATÓRIOS DE ABASTECIMENTOS

CONTRATOS DE MANUTENÇÃO

DETALHAMENTOS

VISÃO POR FILIAL

POR CONTRATO

POR MARCA

POR MODELO

POR PERÍODO

VISÃO DETALHADA FILIAL

MÉDIA VALORES R$ / L

DESPERDÍCIO CUSTO RODAR 2012

39

dia com as atividades necessárias. A cor amarela representa um alerta indicando

que o veículo em breve deverá parar. A cor vermelha indica que o veículo deverá

parar imediatamente para realizar as atividades necessárias.

Figura 5 – Painel Manutenção utilizado para controle – Fonte: Empresa DSR

4.5 Manutenção Preventiva

Na empresa DSR a manutenção preventiva é realizada de maneira planejada

e programada, obedecendo às recomendações dos fabricantes de veículos, citando

como exemplo a manutenção dos caminhões de marca Scania, que são realizadas a

cada 15 mil quilômetros, e das carretas são realizadas a cada 30 mil quilômetros.

São realizadas três tipos de manutenção, Revisão preventiva A, Revisão preventiva

B e Revisão preventiva C. A diferença de uma revisão para outra são os tipos de

equipamentos a serem trocados ou inspecionados e a abrangência dos serviços

realizados.

Quando o veículo atingir a quilometragem estabelecida para a revisão, o

motorista é avisado através do sistema de rastreamento, deve encaminhar-se para a

filial mais próxima, que identifica o tipo de revisão a ser realizada, abre-se uma

ordem de serviço com um roteiro de serviços a serem executados conforme

exemplificado na Figura 6. Posteriormente, o veículo é lavado e com a ordem de

serviço o motorista encaminha o caminhão até uma oficina credenciada para realizar

40

os serviços. Após a execução dos serviços de manutenção o veículo é testado e

liberado para viajar.

Figura 6 – Tela para controle de manutenção e histórico das manutenções realizadas. Fonte:

Empresa DSR

4.6 Manutenção Corretiva

Quando o caminhão ou algum de seus componentes quebra, os mesmos são

consertados, como lâmpadas queimadas, palhetas ressecadas, para-brisas

quebrados e outros.

Vale salientar que no sistema de gestão de custos de manutenção adotado

pela empresa DSR, um relatório retirado do seu sistema TMS, para cada modelo de

41

veículo/equipamento é estabelecido um valor padrão tolerável mensal e uma meta

de 30% para os gastos com manutenção corretiva, esse valor é estabelecido devido

aos altos custos e transtornos que esse tipo de manutenção gera por isso a

porcentagem aceita para manutenção corretiva em valores ser menor 70% que o de

preventiva. Os valores gastos acima deste percentual são considerados como

desperdício, serviços de chapeação, sinistros e outros também serão classificados

como desperdício.

Na Tabela 2 apresentam-se, de forma resumida, os números percentuais dos

valores registrados de janeiro até dezembro de 2011. A empresa possui uma política

de renovação dos seus caminhões a cada 5 anos.

Tabela 2: Controle de desperdícios de manutenção - Fonte: Empresa DSR

Período Preventiva Corretiva Desperdício

janeiro-11 54,54% 32,91% -25,19%

fevereiro-11 49,14% 35,03% -17,66%

março-11 41,97% 36,32% -12,97%

abril-11 49,44% 35,26% -7,82%

maio-11 32,35% 29,37% -11,86%

junho-11 51,15% 36,17% -7,54%

julho-11 32,16% 38,89% -14,15%

agosto-11 33,10% 42,30% -18,19%

setembro-11 35,06% 44,82% -9,95%

outubro-11 60,15% 31,38% -27,24%

novembro-11 54,82% 30,46% -11,81%

dezembro-11 53,07% 29,99% -3,74%

Total geral 44,88% 35,09% -14,25%

4.7 Manutenção Preditiva

Bet (2009) coloca que a manutenção preditiva pode ser realizada através de

um checklist registrando qualquer anormalidade, como por exemplo, as medidas dos

42

sulcos dos pneus ou o estado do tambor de freio, aproveitando a vida útil total de

cada componente ou de um equipamento.

A empresa adota a manutenção preditiva através dos serviços de uma

inspeção veicular e teste de fumaça.

4.7.1 Inspeção Veicular

A inspeção veicular é realizada seguindo um checklist, os serviços são

executados em periodicidade determinadas a cada 45 dias em qualquer uma das 12

filiais pertencentes à empresa. Todas as informações e controles são registrados e

operados através do sistema TMS. Se durante o serviço de inspeção em um veículo

ou equipamento são inspecionados vários itens do veículo, como a espessura do

tambor e lona de freio, da profundidade do sulco de pneu e for constatada a

necessidade de algum serviço de manutenção em algum dos itens, o veículo é

encaminhado para as oficinas credenciadas corrigir o problema.

Na Figura 7 apresenta-se o modelo de inspeção veicular adotado pela

empresa, que consiste em um checklistcom os diversos itens a serem inspecionados

por um técnico treinado e preparado para a execução dos serviços.

43

Figura 7 – Modelo de Checklist – Fonte: Empresa DSR

4.7.2 Teste de Fumaça

O teste de fumaça é realizado para diagnosticar a quantidade de fumaça

emitida pelo escapamento dos veículos, eventuais irregularidades no funcionamento

do motor e o índice de poluição emitida ao meio ambiente. A empresa também

encaminha os veículos em locais credenciados para fazer as Inspeções Veiculares e

avaliação do seu nível de ruído, requisitos exigidos por órgão oficiais do governo,

como a ANTT.

A correta realização do teste de fumaça monitora o excesso de emissão de

poluentes ao meio ambiente devido à queima de combustível nos veículo a diesel.

fumaça preta é uma substância tóxica altamente prejudicial à saúde resultante da

44

combustão incompleta do óleo diesel, ocasionada pela má regulagem dos motores

dos caminhões, necessitando de monitoramento. Em caminhões o teste de fumaça

deve ser realizado a cada 6 meses.

O monitoramento pode ser realizado através de dois métodos. A NBR6016

(1986) prescreve o método da Escala de Ringelmann de avaliação do teor de

fuligem no gás de escapamento do motor de combustão interna. Consiste de uma

escala gráfica para avaliação colorimétrica visual, constituída de um cartão mostrado

no Anexo C com tonalidade cinza correspondentes aos padrões de 1 a 5, impressa

com tinta preta sob fundo branco fosco e em um reticulado de tamanho

suficientemente pequeno, de modo a serem vistas com coloração uniforme à

distância de um braço estendido (aproximadamente 40 cm). O motor do veículo deve

estar em funcionamento em qualquer condição de trabalho e temperatura ambiente.

O observador deve estar a uma distância de 20 m a 50 m apontando a abertura do

cartão perpendicularmente a direção de saída da fumaça.

Outro método utiliza um aparelho chamado opacímetro mostrado no Anexo D,

que analisa a fumaça emitida por motores diesel fornecendo os teores de fuligem em

valores nas unidades % e m-1.

A ordem de serviço utilizada para os testes de fumaça é ilustrada na Figura 8.

Estes dados são devidamente registrados e controlados pelo sistema TMS.

.

45

Figura 8 – Ordem de Serviço do teste de fumaça – Fonte: Empresa DSR

46

5 ANÁLISE DA APLICABILIDADE DOS SISTEMAS DE MANUTENÇÃO

CORRETIVA PREVENTIVA E PREDITIVA

A proposta desse estudo foi fazer uma análise da aplicabilidade de um

sistema de manutenção corretiva, preventiva e preditiva veicular em uma empresa

de transporte rodoviário de carga, através da comparação de conceitos teóricos de

manutenção veicular apresentados na revisão bibliográfica e o sistema de

manutenção veicular adotado por uma empresa, conclui-se que:

Segundo Campus e Belhot, (2011) as especificações do fabricante podem ser

obedecidas e diferenciadas para cada modelo e marca de veículo em suas

manutenções. Neste sentido verifica-se que a empresa diferencia suas manutenções

de acordo com as marcas e modelos de seus veículos, evidenciados na figura 6 e na

tabela 1.

A empresa apresenta um sistema informatizado de manutenção garantindo a

disponibilidade de informações gerenciais confiáveis, podendo definir a

sobrevivência da empresa. Identificou-se também que a empresa utiliza os

métodos de manutenção preventiva, preditiva e corretiva em seus veículos e

equipamentos, elaborados a partir de recomendações fornecidas pelos fabricantes,

ou seja, para atender aos requisitos de operação para o qual foi fabricada.

Os caminhões utilizados no transporte rodoviário de carga possuem contrato

de manutenção de 5 anos com os seus fabricantes, fazendo com que os serviços de

manutenção sejam realizados nas oficinas mecânicas de suas concessionárias

autorizadas, os veículos são vendidos após 5 anos de uso.Os serviços de

manutenção também são executados em oficinas mecânicas terceirizadas e

devidamente credenciadas localizadas nas 12 cidades onde a empresa possui filial.

Os motoristas são treinados e habilitados para este tipo de transporte. É

importante ressaltar que todos os serviços de manutenção executados nestas

oficinas são acompanhados em visitas realizadas por um funcionário da empresa

com conhecimentos técnicos suficientes para avaliar os serviços executados, as

peças trocadas e fazer um teste com o veículo para verificar a qualidade dos

serviços.

Todos os serviços realizados são controlados através das OS que são

abertas e impressas, envidas para as oficinas que registram os serviços executados,

bem como as peças trocadas e materiais usados. As OS ficam arquivadas no

47

sistema TMS, fornecendo um histórico dos serviços realizados em cada veículo e

carreta para consultas futuras, possibilitando o controle da manutenção.

Uma empresa que atua no ramo de transporte rodoviário de cargas deve

atender a diversos requisitos exigidos pelos seus clientes, pela certificação ISO

9001:2008 e SASMAQ, dentre os quais requisitos de manutenção.

Segundo informações obtidas junto aos responsáveis pela manutenção

veicular da empresa, os requisitos exigidos pelo sistema ISO 9001: 2001 e SASMAQ

para a manutenção veicular e do questionário relacionado à área de avaliação

equipamentos permitiu afirmar que a manutenção veicular e de equipamentos é

necessária para obtenção da certificação, a qual habilita a empresa a realizar este

tipo de transporte respondendo, portanto, às hipóteses levantadas e ao objetivo

geral deste estudo.

Todos os aspectos levantados permitem afirmar que ações de manutenção

necessárias são tomadas pela empresa para evitar o desgaste anormal dos

componentes dos veículos e resultar em acidentes, possibilitando o controle dos

custos da empresa com manutenção através de relatórios gerenciais

disponibilizados pelo sistema TMS.

5.1 Manutenção Corretiva

Analisando os conceitos teóricos de manutenção corretiva e comparando a

sua aplicabilidade com os serviços executados na manutenção veicular da empresa:

Ciente de que uma manutenção corretiva representa custos maiores, a

empresa adota um sistema de manutenção corretiva administrada dentro de um

percentual previamente determinado abaixo de 30%, valores acima desse

percentual são considerados como desperdício. De acordo com o controle de

desperdícios de manutenção, tabela 2, pode se verificar que no período de janeiro a

dezembro no ano de 2011 as manutenções corretivas passaram do percentual

estabelecido não atendendo sua meta, porém ficaram muito próximas do ideal. O

que vai de encontro ao proposto por Campus e Belhot, (2011) de que alguns níveis

são aceitos para um plano de manutenção e estar em torno de 70% preventivas e 30

48

% corretivas, sendo medidas anteriormente e posteriormente a implantação do plano

de manutenção.

A manutenção corretiva é efetuada em itens ou peças que não comprometem

a operação do veiculo, como por exemplo, lâmpadas queimadas e palhetas do

limpador de para-brisa.

5.2 Manutenção Preventiva

Analisando-se os conceitos teóricos Campus e Belhot, (2011) e comparando-

se sua aplicabilidade com os serviços executados na manutenção da empresa

objeto do estudo temos que as manutenções são realizadas em quilometragens e

períodos previamente estabelecidos de acordo com as especificações e

recomendações do fabricante do veículo atendendo assim os requisitos teóricos

levantados para manutenção preventiva. Evidenciados através da figura 6, que

mostra três tipos de revisões preventivas realizada em intervalos de quilômetros

diferentes, em caminhão da marca Volvo modelo FH. E através da tabela 1 que

mostra intervalos diferentes de quilómetros, dias e horas para cada marca e tipo de

veículo especificando a frequência de suas manutenções.

5.3 Manutenção Preditiva

Teoricamente Bet (2009) propõe que a manutenção preditiva pode ser

realizada através de um checklist na qual qualquer anormalidade é registrada, como

por exemplo, as medidas dos sulcos dos pneus ou o estado do tambor de freio,

aproveitando a vida útil total de cada componente ou de um equipamento.

Comparando-se o que propõem a teoria com as atividades realizadas na

empresa, verifica-se que esta adota um sistema de manutenção chamado de

inspeção veicular que é realizada periodicamente, na qual são analisados vários

componentes que sofrem desgaste com o uso, como por exemplo, a espessura da

lona de freio e a profundidade do sulco dos pneus, caso estejam fora das medidas

toleráveis são registrados em checklist e encaminhados para correção. Um sistema

49

de avaliação da emissão de fumaça expelida pelo escapamento dos veículos, teste

de fumaça que possibilita o diagnóstico do funcionamento do motor.

5.4 Discussão das Análises

Pode-se concluir a análise comparativa afirmando que é condizente com os

conceitos teóricos levantados a realidade encontrada na empresa de transporte de

carga no estudo. Os conceitos estudados estão presentes nos manuais dos

fabricantes e nas especificações técnicas, estando os mesmos incorporados ao

sistema de manutenção da empresa. O sistema de manutenção está interligado em

todas as partes da empresa, confirmando assim a aplicabilidade do estudo.

50

6 CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS

O estudo mostrou a preocupação da empresa com os aspectos econômicos e

também com os aspectos relacionados à saúde e à qualidade de vida das pessoas,

aos danos ambientais e ao passivo a ser assumido pelas gerações futuras, o que

pode ser observado no acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo setor

de manutenção da empresa.

O Estudo de Caso realizado em uma empresa real enriqueceu a aplicação da

proposta deste estudo, uma vez que o desdobramento e o detalhamento de suas

etapas exigiram a busca de mais e novas informações, obtidas através das

pesquisas, entrevistas e acompanhamento dos envolvidos, no próprio local de

trabalho. Este acompanhamento foi bem aceito por parte dos funcionários da

empresa, já habituados a um acompanhamento de seus serviços por auditores por

ocasião de auditorias regulares que são realizadas na empresa.

A experiência foi produtiva e permitiu com que os objetivos, tanto o geral

como os específicos deste estudo, fossem alcançados, conforme se destaca a

seguir:

Apresentar uma revisão bibliográfica de sistemas de manutenção

corretiva, preventiva e preditiva veicular;

A revisão bibliográfica realizada contemplou temas como gestão de serviços

de transporte rodoviário de carga, com enfoque direcionado para manutenção

veicular e equipamentos, possibilitando o embasamento teórico necessário para o

entendimento da gestão desses serviços realizados na empresa objeto do estudo de

caso;

Apresentar um sistema de manutenção corretiva, preventiva e preditiva

aplicados em uma empresa real de transporte rodoviário de cargas.

Os sistemas de manutenções, abordados detalhadamente, mostraram-se

específicos e direcionados para a gestão do transporte rodoviário de cargas. As

definições e conceitos apresentados permitiram o entendimento do sistema e a sua

aplicabilidade.

Inicialmente buscou-se subsídios teóricos na literatura especializada de forma

a possibilitar um entendimento amplo do sobre a manutenção veicular. A seguir,

51

foram abordados tópicos e detalhes específicos de forma a mostrar a importância e

a influência da manutenção neste sistema e sua aplicabilidade em uma empresa, o

que proporcionou, ainda, constatar que uma empresa de transporte rodoviário que

utiliza as manutenções corretivas, preventivas e preditivas em sua gestão possui um

diferencial competitivo no mercado.

Uma empresa que atua no ramo de transporte deve atender requisitos

exigidos pelos seus clientes, como certificações que trazem a garantia de uma

manutenção confiável, habilitando assim a empresa a realizar o transporte rodoviário

de cargas.

Os conceitos de manutenção corretiva, preventiva e preditiva estudados são

aplicáveis na empresa de transporte rodoviário de carga DSR. Estes conceitos são

utilizados constantemente nos planos de manutenção contidos no sistema TMS da

empresa, tais com, ordem de serviços, checklist, inspeção veicular e outros.

Seguindo este estudo é assegurado que a DSR prestará serviços de qualidade, sem

transtornos, com um controle confiável dos seus veículos, pois a manutenção

veicular da empresa esta de acordo com o estudo feito.

6.1 Propostas de melhorias para o sistema.

Avaliado o planejamento e controle das atividades desenvolvidas na

manutenção veicular na empresa, sugere-se:

- Incluir na manutenção preditiva uma análise periódica dos óleos lubrificantes

retirados do motor, da caixa de câmbio e diferencial componentes veicular de alto

valor;

- Incluir no sistema de controle um indicador que mostre a quantidade de

manutenções corretivas ocorridas com os veículos durante suas viagens.

52

6.2 Sugestões para futuros trabalhos

Com o objetivo de aprofundar ou dar continuidade a alguns aspectos não

abordadospropõem-se a verificação da aplicabilidade do sistema Sassmaq,

respeitando-se as possíveis limitações na aplicação entre outros tipos de processos

de serviços.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas. NBR 5462 - confiabilidade e

mantenabilidade. São Paulo: ABNT, 1994. 37p.

ABNT - Associação Brasileira de Normas. NBR 6016 – Gás de escapamento de

motor Diesel – Avaliação de teor de fuligem com a escala Ringelmann. São

Paulo: ABNT, 1986. 2 p.

ABIQUIM, Associação Brasileira da Indústria Química. Sistema de avaliação de

segurança, saúde, meio ambiente e qualidade: transporte rodoviário. Manual

Sassmaq. São Paulo: Abiquim, 2005. 137p.

AQUINO, Maria; LUIS, Ronaldo; SOUZA, Francielly de; STUTZ, Anna Flávia.

Manutenção de Frota. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/70031917/TCC-

COMPLETO>. Acesso em: 10 Dez. 2011.

BET, Ronald. Manutenção preditiva: produtividade e redução de custos.

Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/manutencao-preditiva-

produtividade-e-reducao-de-custos/15395/#ixzz21nNKjN00>. Acesso em: 10 mar.

2009.

BRANCO, Renata. Software de manutenção preditiva. Disponível em:

<http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/2639-software-de-

manutencao-preditiva/>. Acesso em: 11 jan. 2011.

CAMPUS, Celso de; BELHOT, Renato Vairo. Gestão de manutenção de frotas de

veículos. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/52843788/Gestao-de-manutencao-

de-frotas-de-veiculos>. Acesso em: 12 nov. 2011.

CNT- (Confederação Nacional dos Transportes). Pesquisa CNT de rodovias 2012.

Disponível em:<http://pesquisarodovias.cnt.org.br/Paginas/Principais-dados.aspx>.

Acesso em: 2012.

COELHO, Leandro Colledari. Tipos de caminhões ( tamanhos e capacidades).

Disponível em: <http://www.logisticadescomplicada.com/tipos-de-caminhoes-

tamanhos-e-capacidades>. Acesso em: 28 Nov. 2010.

FREITAS, Maxsoel Bastos de. Transporte rodoviário de cargas e sua respectiva

responsabilidade civil. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/5231>.

Acesso em: 5 ago. 2012.

HIJJAR, Fernanda Maria. Preços de frete rodoviário no Brasil. Disponível

em:<http://www.ilos.com.br/web/index.php?option=com_content&task=view&id=685&i

temid=74&lang=br>. Acesso em: 10 fev.2008.

GONTIGIO, Felipe Eugênio Kich; ARAÚJO, Thiago Souza; DIAS, Alexandre Magno

de Paula; ANTUNES, Silmar Neckel. Eficiência na rede de transporte: Estudo de

caso de um canal de distribuição. IV Congresso Nacional de Excelência em

Gestão. Disponível em

:<http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg6/anais/T10_0266_1

258.pdf>. Acesso em:7 ago.2012.

MELO, Heverton Leão. Manutenção e operação de frota. Disponível em:

<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe2LwAE/manutencao-operacao-frota>.

Acesso em: 11 mai. 2010.

MENESES, Elias Sampaio de. Análise dos resultados da implementação da

manutenção preditiva em equipamentos automotivos. Disponível

em:<http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Manuten%C3%A7%C3%A3oPreditiva/1

21724.html>. Acesso em: 1. Ago. 2009.

MONCHY, François. A função manutenção: formação para a gerência da

manutenção industrial, 1989. 420p.

OLIVEIRA, Flávio Fleuri de. Processo de implantação utilizado no laboratório

Teuto Brasileiro. Disponível em:<http://pt.scribd.com/doc/57922056/TCC-Flavio-

Fleuri-Importacao>. Acesso em: 5 Ago. 2008.

OLIVEIRA, Marco. A descoberta do cliente: em busca de um jeito brasileiro de

prestar serviços. São Paulo: Atlas, 1993. 208p.

SOUZA, Valdir Cardoso. Organização e gerencia da manutenção. 2.ed., São

Bernardo do Campo – SP: Ed. All Print, 2007.

ANEXOS

ANEXO A – Certificado Sassmaq da empresa DSR

ANEXO B – Certificado NBR ISO 2001: 2008 da empresa DSR

ANEXO C – Cartão escala Ringelmann

ANEXO D – Aparelho Opacímetro

Opacímetro utilizado na DSR

Ele faz a medição do nível de opacidade de

fumaça emitida pelo motor diesel, através de

uma sonda colocada no escapamento, que

envia os sinais ali coletados da fumaça, para

o monitor, onde são transformados em

valores porcentuais (%), sendo que o 0

(zero), equivale ao ar limpo, e 100%, à

fumaça totalmente saturada, que impede a

passagem de qualquer luz.

Essa fumaça é gerada pelo motor diesel ao

ser este, acelerado desde a marcha lenta até

a máxima rotação sem carga, por várias

vezes, sendo então tirada a média das

leituras registradas pelo opacímetro.

Qual a utilidade do opacímetro?

Para o frotista, permite acompanhar de perto

o estado dos seus motores diesel, podendo programar manutenções apenas quando a

tendência de deterioração indicada pelo equipamento, se torna crítica. Dessa maneira, evita

gastos desnecessários e também eventuais multas pelos departamentos de controle de

trânsito.

Para os órgãos de fiscalização, permite o acompanhamento da frota de veículos diesel, com

a segurança de uma fiscalização objetiva e precisa, calcada em medições eletrônicas,

independentes de operadores, condições de tempo, se dia ou noite, etc.

ANEXO E – Modelos de caminhões e equipamentos

Modelo de rebocador 4x2 e carreta rodotrem

Fonte: Empresa DSR

Modelo de rebocador 4x2 e carreta sider

Fonte: Empresa DSR

ANEXO F - Autorização