Trabalho Sobre ISS

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CINCIAS E LETRAS CAMPUS DE ARARAQUARA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAO PBLICA

TRABALHO SOBRE ISS IMPOSTO SOBRE SERVIOS DE QUALQUER NATUREZA

Discentes:

Murilo Diniz Signori Renata Forni Ricardo Andrade Santana

Docente: Patrcia Borba Marchetto

ARARAQUARA - NOVEMBRO 2011 -

1-

INTRODUO

De acordo com o art. 16 do Cdigo Tributrio Nacional, imposto um tributo de carter genrico que independe de qualquer atividade ou servio do poder pblico em relao ao contribuinte. Desta forma, no h indicao prvia sobre sua definio, ou seja, aplicado para o custeio da administrao (CF, art. 167. IV) e, trata-se de um tributo no vinculativo, que, portanto, independe de qualquer atividade estatal especfica relativa ao contribuinte. O ISS classificado como um imposto fiscal, criado para arrecadar recursos a pessoa jurdica de direito pblico interno, para que possa cobrir seus gastos, diferentemente dos impostos parafiscais e extrafiscais. Classifica-se tambm como um imposto declaratrio, ou seja, para ser pago e/ou recolhido aos cofres pblicos, depende da vontade ou de providncias por parte do responsvel pelo recolhimento. Alm disso, a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia vem reconhecendo que o ISS pode ser classificado tanto como tributo direto quanto indireto. A base de clculo do ISS , em regra, o preo do servio, hiptese em que a exao assume a caracterstica de tributo indireto, permitindo o repasse do encargo financeiro ao tomador do servio e atendendo ao princpio da essencialidade, ou seja, quanto mais essencial for o servio, menor ser o tributo. Por outro lado, em se tratando de ISS recolhido na forma prevista no art. 9, 3, do Decreto-Lei 406/68, no h vinculao direta entre o tributo devido e os servios prestados. Nessa hiptese, ele possui natureza de tributo direto. 1.1 Surgimento do ISS no mundo O ISS (Imposto Sobre Servios de qualquer natureza) surge da preocupao dos Estados Modernos na substituio do Imposto Geral sobre o Volume de Vendas por um Imposto Sobre o Valor Acrescido, no cumulativo. Ou seja, aplicar, aos bens e servios, um imposto geral sobre o consumo exatamente proporcional ao preo dos bens e servios. O ISS obra do sexto decnio do sculo XX, embora a idia do imposto sobre o valor agregado possa ser atribuda a autores de pocas anteriores, como os alemes.

O imposto difundiu-se com sua aceitao pela Comunidade Econmica Europia, da qual faziam parte diversos pases (tais como a Alemanha, Blgica, Frana, Itlia, Luxemburgo

e Pases Baixos). A CEE recomendou e ofereceu suas caractersticas atravs de suas diretrizes: Primeira Diretriz do Conselho da Comunidade Econmica Europia e a Segunda Diretriz do Conselho da Comunidade Econmica Europia, ambas aprovadas em 11 de abril de 1967. Estas duas Diretrizes da CEE apresentaram a estrutura do imposto sobre o valor acrescido, abrangendo a circulao de mercadorias (que corresponde ao nosso antigo ICM). Vrios pases, em uma nica lei, adotaram, assim, um tributo sobre a venda de mercadorias e de servios, destacando-se: a Frana (Lei n 102, de 31 de maro de 1967), a Republica Federal Alem (Lei n 545, de 29 de maio de 1967), o Uruguai (Lei n 13.637, de 21 de dezembro de 1967), a Holanda (Lei de 29 de junho de 1968), a Blgica (Lei de 03 de julho de 1969), Luxemburgo (Lei de 05 de agosto de 1969), o Equador (Decreto n 469, de 12 de maio de 1970), a Itlia (Lei n 825, de 09 de outubro de 1971, e Lei n 633, de 26 de outubro de 1972), o Peru (Decreto-lei de 21 de novembro de 1972) e a Argentina (Lei n 20.63, de 27 de dezembro de 1973). 1.2 Surgimentos do ISS no Brasil No Brasil, diferente do que ocorreu nos pases europeus, surgiram dois impostos diversos o ICM e o ISS , atribuindo competncia tributria a duas entidades polticas diferentes (Estados ICM; e Municpios - ICM). O Primeiro tributo o ICM, denominado Imposto Sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias (Emenda Constitucional n 18, de 1965, art. 12); o segundo o ISS, batizado Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza (at ento regido pela Emenda Constitucional n 18, de 1965, art. 15). Com a Edio da nova Carta Magna Brasileira, aos 05 de outubro de 1988, o ISS no perdeu a sua denominao original, mas o ICM teve o acrscimo de mais duas atividades consubstanciadas no servio de transporte e de comunicao em seu fato gerador, passando a chamar Imposto sobre operao relativas a circulao de mercadorias e servios - ICMS (art. 155, I, b, da Constituio Federal, de 05/10/88).

2- SUJEITO PASSIVO O Sujeito Passivo aquele que deve cumprir a obrigao tributria. No caso do ISS, so as empresas ou profissionais autnomos, com ou sem estabelecimento fixo, que prestem servios constantes da Lista de Servios (Anexo I, LC n116 de 31 de julho de 2003). Segundo o Cdigo Tributrio Nacional (CTN): Art. 121. Sujeito passivo da obrigao tributria principal a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniria. Pargrafo nico O sujeito passivo da obrigao principal diz-se: I- contribuinte, quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador; II- responsvel, quando, sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa de lei. Art. 128. Sem prejuzo do disposto deste captulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crdito tributrio a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigao, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em carter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigao. Quanto ao ISS, segundo a Lei Complementar n 116/2003, em seu artigo 6: Art. 6. Os Municpios e o Distrito Federal, mediante lei, podero atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crdito tributrio a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigao, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em carter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigao, inclusive no que se refere multa e aos acrscimos legais. 1o Os responsveis a que se refere este artigo esto obrigados ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acrscimos legais, independentemente de ter sido efetuada sua reteno na fonte. 2o Sem prejuzo do disposto no caput e no 1o deste artigo, so responsveis:

I o tomador ou intermedirio de servio proveniente do exterior do Pas ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior do Pas; II a pessoa jurdica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediria dos servios descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa.

3 SUJEITO ATIVO O Sujeito Ativo do ISS, ou seja, a entidade tributante que tem competncia para exigilo o Municpio e o Distrito Federal. Como regra geral, o ISS recolhido ao municpio em que se encontra o estabelecimento prestador (Decreto Lei n 406/68). Porm, o Superior Tribunal de Justia (STJ) vem decidindo que o ISS deve ser recolhido ao municpio onde foi prestado o servio. Isto tem criado situao incmoda a algumas empresas prestadoras de servio, por incorrerem em bitributao (tributado por mais de um municpio), o que vedado pela CF/88. Lei Complementar n 116/2003: Art. 3o O servio considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domiclio do prestador, exceto nas hipteses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto ser devido no local: I do estabelecimento do tomador ou intermedirio do servio ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hiptese do 1o do art. 1o desta Lei Complementar; II da instalao dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos servios descritos no subitem 3.05 da lista anexa; III da execuo da obra, no caso dos servios descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa; IV da demolio, no caso dos servios descritos no subitem 7.04 da lista anexa;

V das edificaes em geral, estradas, pontes, portos e congneres, no caso dos servios descritos no subitem 7.05 da lista anexa; VI da execuo da varrio, coleta, remoo, incinerao, tratamento, reciclagem, separao e destinao final de lixo, rejeitos e outros resduos quaisquer, no caso dos servios descritos no subitem 7.09 da lista anexa; VII da execuo da limpeza, manuteno e conservao de vias e logradouros pblicos, imveis, chamins, piscinas, parques, jardins e congneres, no caso dos servios descritos no subitem 7.10 da lista anexa; VIII da execuo da decorao e jardinagem, do corte e poda de rvores, no caso dos servios descritos no subitem 7.11 da lista anexa; IX do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes fsicos, qumicos e biolgicos, no caso dos servios descritos no subitem 7.12 da lista anexa; X (VETADO) XI (VETADO) XII do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubao e congneres, no caso dos servios descritos no subitem 7.16 da lista anexa; XIII da execuo dos servios de escoramento, conteno de encostas e congneres, no caso dos servios descritos no subitem 7.17 da lista anexa; XIV da limpeza e dragagem, no caso dos servios descritos no subitem 7.18 da lista anexa; XV onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos servios descritos no subitem 11.01 da lista anexa; XVI dos bens ou do domiclio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos servios descritos no subitem 11.02 da lista anexa; XVII do armazenamento, depsito, carga, descarga, arrumao e guarda do bem, no caso dos servios descritos no subitem 11.04 da lista anexa;

XVIII da execuo dos servios de diverso, lazer, entretenimento e congneres, no caso dos servios descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, da lista anexa; XIX do Municpio onde est sendo executado o transporte, no caso dos servios descritos pelo subitem 16.01 da lista anexa;

XX do estabelecimento do tomador da mo-de-obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos servios descritos pelo subitem 17.05 da lista anexa; XXI da feira, exposio, congresso ou congnere a que se referir o planejamento, organizao e administrao, no caso dos servios descritos pelo subitem 17.10 da lista anexa; XXII do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodovirio, ferrovirio ou metrovirio, no caso dos servios descritos pelo item 20 da lista anexa. 1o No caso dos servios a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, considerase ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Municpio em cujo territrio haja extenso de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locao, sublocao, arrendamento, direito de passagem ou permisso de uso, compartilhado ou no. 2o No caso dos servios a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada Municpio em cujo territrio haja extenso de rodovia explorada. 3o Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do estabelecimento prestador nos servios executados em guas martimas, excetuados os servios descritos no subitem 20.01.

4 FUNDAMENTAO JURDICA O ISS fundamenta-se: 1) Constituio Federal, de 05 de outubro de l988, art. 156, III combinado com a Emenda Constitucional n 3 de 1993. 2) Decreto-lei n 406, de 31 de dezembro de 1968. 3) Lei Complementar n 116/2003 (que revogou os arts. 8o, 10, 11 e 12 do DecretoLei no 406, de 31 de dezembro de 1968; os incisos III, IV, V e VII do art. 3 o do Decreto-Lei no 834, de 8 de setembro de 1969; a Lei Complementar n o22, de 9 de dezembro de 1974; a Lei no 7.192, de 5 de junho de 1984; a Lei Complementar no 56, de 15 de dezembro de 1987; e a Lei Complementar no 100, de 22 de dezembro de 1999). 4) Legislao Municipal

5 COMPETNCIA De acordo com a Constituio Federal, de 1988, compete aos Municpios e ao Distrito Federal instituir o Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza. Assim, qualquer servio de qualquer natureza, est compreendido na competncia dos Municpios, exceto aqueles descriminados no art. 2, LC n 116/2003: Art. 2o O imposto no incide sobre: I as exportaes de servios para o exterior do Pas; II a prestao de servios em relao de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundaes, bem como dos scios-gerentes e dos gerentes-delegados; III o valor intermediado no mercado de ttulos e valores mobilirios, o valor dos depsitos bancrios, o principal, juros e acrscimos moratrios relativos a operaes de crdito realizadas por instituies financeiras.

Pargrafo nico. No se enquadram no disposto no inciso I os servios desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior. Os Municpios, privativamente, legislam sobre o ISS, cada qual dentro do respectivo territrio, observadas as normas constantes da legislao hierarquicamente superior. Salientase apenas que, como no Distrito Federal est vedada a sua diviso em Municpios (art. 32, CF/88), este tem competncia para legislar e instituir o ISS em seu espao territorial, cabendo a este a sua arrecadao; e que, nos Territrios da Unio (como ocorre na ndia, por exemplo), mesmo tendo a faculdade para serem divididos em Municpios, neste a competncia para legislar e instituir ISS em seu espao territorial da Unio, cabendo a esta a arrecadao.

6 ALQUOTA Alquota o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de clculo, determina o montante do tributo a ser pago. A alquota utilizada no ISS , geralmente de 5%, podendo variar de um municpio para outro, de acordo com seus interesses de desenvolvimento em certas atividades. A alquota mxima de incidncia do ISS foi fixada em 5% pelo art. 8, II, da Lei Complementar 116/2003: Art. 8o. As alquotas mximas do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza so as seguintes: I (VETADO) II demais servios, 5% (cinco por cento).

7 BASE DE CLCULO Segundo a Lei Complementar n 116/2003: Art. 7o A base de clculo do imposto o preo do servio.

1o Quando os servios descritos pelo subitem 3.04 da lista anexa forem prestados no territrio de mais de um Municpio, a base de clculo ser proporcional, conforme o caso, extenso da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao nmero de postes, existentes em cada Municpio. 2o No se incluem na base de clculo do Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza: I - o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos servios previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de servios anexa a esta Lei Complementar; II - (VETADO) 3o (VETADO)

8 ATUALIDADES SOBRE O IMPOSTOhttp://expresso-noticia.jusbrasil.com.br/noticias/142459/iss-deve-ser-cobrado-no-local-ondeos-servicos-foram-prestados http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,justica-autoriza-sp-a-penhorar-o-que-for-pago-emcartoes-a-devedores-de-iss,787253,0.htm http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,nota-fiscal-paulistana-comeca-a-valerhoje,78217,0.htm http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,kassab-recua-e-mantem-iss-de-profissionalliberal,74136,0.htm http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,kassab-desiste-de-aumentar-iss-de-profissionaisliberais,738994,0.htm http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,prefeitura-de-sp-isenta-setor-artistico-de-pagariss,526592,0.htm http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2010/10/11/senado-estuda-isentar-servicos-decartorio-de-cobranca-do-iss.jhtm

9 ESCOLHER UMA CIDADE E ANALISAR A ARRECADAO DO ISS Analisamos os dados da cidade de Araraquara do ano 2005 at setembro de 2011. No site da prefeitura de Araraquara existem vrios demonstrativos das finanas municipais de acordo com a lei de 101/2001 sobre a publicidade das contas pblicas. Para elaborar os grficos foram utilizados, principalmente, dados do Balancete de Receitas, Comparativo da Receita Orada com a Arrecadada e Prestao de Contas Quadrimestrais. Atravs dos grficos percebe-se o aumento gradativo da receita arrecada pelo ISSQN, que mesmo em mais da metade dos anos analisados a receita arrecada tenha ficado atrs da receita orada. Nesse sentido, para entendermos melhor a situao, no podemos, somente, fazer uma anlise tcnica desses demonstrativos, temos que apontar o carter poltico na elaborao do oramento, nesse trabalho no nosso intuito se aprofundar nesse tema. O aumento gradativo da receita do ISSQN refora a tendncia de desenvolvimento econmico do municpio de Araraquara na direo de prestao de servios, uma vez que, junto com So Carlos so os municpios mais desenvolvidos da regio central do estado de So Paulo, j que muitos cidados dos municpios limtrofes vem a Araraquara para obter servios que em suas localidades no oferecem tanta variedade, ou mesmo qualidade, como servios mdicos, tecnologia e servios diversos. Dessa forma, o ISSQN tornou-se um dos principais impostos municipais, perdendo apenas para o IPTU, que deve ter um aumento mais significativo que o IPTU. de interesse do municpio um olhar mais atento sobre o ISSQN que se torna de plena importncia, desde que quanto maior a arrecadao mais recursos para o desenvolvimento local.

Oramento como instrumento tcnico-poltico: relao da previso com o efetivamente arrecadado. Crise financeira do 2 semestre de 2008 A receita do ISSQN aumenta gradualmente, mesmo no tendo atingindo a meta estabelecida.

Cdigo Tributrio Municipal ISSQN Fato gerador Artigo 147 - O Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza tem como fato gerador a prestao de servios constantes da lista de servios tributveis, Anexo I desta Lei Complementar, ainda que esses no se constituam como atividade preponderante do prestador. O imposto incide tambm sobre o servio proveniente do exterior do Pas ou cuja prestao se tenha iniciado no exterior do Pas. Os servios listados no anexo no so tributveis de ICMS, salvo excees. A incidncia do imposto no depende denominao do servio Incidncia Artigo 148 - A Incidncia do Imposto independe: I II III - da existncia de estabelecimento fixo; - do resultado financeiro do exerccio da atividade; - do cumprimento de qualquer exigncia legal ou regulamentar para o

exerccio da atividade, sem prejuzo das penalidades cabveis; IV exerccio. Artigo 149 - O imposto incide tambm sobre os servios no expressos na lista mencionada no caput do artigo 147, mas que, por natureza e caractersticas, assemelhem-se a qualquer um dos que compem cada item da lista - Anexo I - desde que no constituam hipteses de incidncia de imposto federal ou estadual. No incidncia Exportao de servios para o Exterior - do recebimento ou no do preo do servio no mesmo ms ou

-

A prestao de servios em relao de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e fundaes, bem como dos scios-gerentes e dos gerentes-delegados;

-

Imunidade -Artigo 151 - So imunes ao Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza: (Artigo alterado pela LC n 137/2003) I - os servios da Unio, dos Estados e de suas respectivas autarquias, quando

vinculados s suas finalidades essenciais; II - os servios dos partidos polticos ou de instituies de educao ou

assistncia social, sem fins lucrativos, quando vinculados s suas finalidades essenciais, e desde que: Artigo 152 - O reconhecimento inicial da imunidade para as entidades e instituies previstas no inciso II do artigo anterior se dar atravs de solicitao do interessado. Pargrafo nico. Reconhecida a imunidade, esta somente ser cassada mediante deciso proferida em processo administrativo fiscal que comprovar o no preenchimento dos requisitos estabelecidos pela legislao para sua manuteno. (Artigo e Pargrafo nico alterado pela LC n 137/2003.) Sujeito Passivo Artigo 155 - Contribuinte do imposto o prestador de servios, assim entendidos, a empresa, a sociedade de profissionais e o profissional autnomo, que exera em carter permanente ou eventual, quaisquer dos servios elencados na lista de servios tributveis, mencionada no artigo 147 desta lei ou a eles assemelhados. Obrigao Principal a) b) - no distribuam, direta ou indiretamente, qualquer parcela de seu patrimnio - apliquem integralmente no Pas os seus recursos na manuteno de seus ou de suas rendas, a ttulo de lucro ou participao em resultados; objetivos institucionais; - mantenham escriturao de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatido.

Base de Clculo - Artigo 162 A base de clculo do imposto o preo do servio, como qual entendido a receita bruta auferida pelo prestador sem qualquer deduo, ainda que a ttulo de subempreitada de servios, frete, despesas em geral, juros, seguro ou impostos. Tipos de Lanamento - Regime de apurao mensal Artigo 173 - Salvo disposio em contrrio, a apurao do valor do imposto a pagar ser feita ao final de cada ms, calculada em funo da receita de servios auferida, com base na documentao fiscal do contribuinte Artigo 174 - Os lanamentos so de exclusiva responsabilidade do contribuinte e esto sujeitos a posterior homologao pela Fiscalizao de Rendas do Municpio. - Regime de lanamento fixo Artigo 175 - Quando se tratar de prestao de servio sob a forma de trabalho pessoal do prprio contribuinte, o imposto ser calculado por meio de alquotas fixas ou variveis, em funo da natureza do servio ou de outros fatores pertinentes, na forma da tabela em anexo, sem ser considerada a importncia paga a ttulo de remunerao do prprio trabalho. Regime de estimativa Artigo 177 - A autoridade fiscal poder instituir sistema de cobrana do Imposto em que a base tributria seja fixada por estimativa, nas seguintes hipteses: I II III - quando se tratar de atividade exercida em carter provisrio; - quando se tratar de prestadores de servios de rudimentar organizao; - quando o contribuinte no tiver condies de emitir documentos fiscais, ou

deixar, sistematicamente, de cumprir as obrigaes acessrias previstas na legislao vigente. IV - quando a espcie, modalidade ou volume de operaes realizadas pelo contribuinte justificar, a critrio da autoridade fiscal, tratamento especfico. Reteno na fonte

-

Artigo 186 - Qualquer pessoa, fsica ou jurdica, ainda que amparada por imunidade ou iseno tributria, sempre que utilizar servios prestados por empresas ou profissionais autnomos, salvo nos casos em que o lanamento seja fixo, dever exigir nota fiscal em que conste o nmero de inscrio do prestador dos servios no cadastro de contribuintes mobilirios.ANEXO I

LISTA DE SERVIOS TRIBUTVEIS E ALQUOTAS DO IMPOSTO SOBRE SERVIO DE QUALQUER NATUREZA - ISSQN

QUANTIDADE DE UFM POR ANO (AUTNOMO E PROFISSIONA L LIBERAL) % SOBRE A RECEITA AUFERIDA (EMPRESAS E CARTRIOS ) QUANTIDA DE DE UFM POR ANO (SOCIEDAD EDE PROFISSIONAIS)

ITEM E SUB ITE M

ATIVIDADES TRIBUTADAS

1 1.01 1.02 2

Servios de informtica e congneres Anlise e sistemas Programao Servios de desenvolvimento natureza Servios de desenvolvimento natureza pesquisas e de qualquer pesquisas e de qualquer 15 desenvolvimento de 15 15

3,0 3,0 3,0 3,0

2.01

3,0

3

Servios prestados mediante locao, cesso de direito de uso e congneres Cesso de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda Locao, sublocao, arrendamento, direito de passagem ou permisso de uso, compartilhado ou no, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos 15 -

3,0

3.02 3.04

3,0 3,0

ITEM E SUB ITE M

ATIVIDADES TRIBUTADAS

QUANTIDADE DE UFM POR ANO (AUTNOMO E PROFISSIONA L LIBERAL)

% SOBRE A RECEITA AUFERIDA (EMPRESAS E CARTRIOS )

QUANTIDA DE DE UFM POR ANO (SOCIEDAD EDE PROFISSIONAIS)

e condutos de qualquer natureza 4 4.01 Servios de sade, mdica e congneres Medicina assistncia 15 15 Biomedicina 4.03 Hospitais, clnicas, laboratrios, sanatrios, manicmios, casas de sade, prontos-socorros, ambulatrios e congneres Inseminao artificial, fertilizao in vitro e congneres Bancos de sangue, leite, pele, olhos, vulos, smen e congneres 2,0 2,0 2,0 2,0 30

4.18 4.19 -

15 -

2,0 2,0

BIBLIOGRAFIA: Lei Complementar n 116/2003 Constituio Federal de 1988 Cdigo Tributrio Nacional Decreto-lei n 406, de 31 de dezembro de 1968 Sites: http://www.multieditoras.com.br/produto/PDF/600108.pdf http://ww2.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/secretarias/financas/legislacao/LeiComplementar-116-2003.pdf http://www.cartaforense.com.br/ModeloPecas.aspx?id=113 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm http://www.widesoft.com.br/users/fp/Artigo_OISSEALISTADESERVICOS.htm http://jus.com.br/revista/texto/8970/iss-imposto-sobre-servicos http://www.portaltributario.com.br/tributos/iss.html http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lc116.htm