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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA VINÍCIUS ALVES SANTOS GUIMARÃES PRODUÇÃO DE RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE BIOLOGIA: CONTEXTUALIZANDO O ESTUDO DAS ALGAS VERDES (CHLOROPHYTA E GAMOPHYTA) Cristóvão - SE 2008/1

Vinícius A. S. Guimaraes -Monografia- Produção de um Recurso Didático para o Ensino de Biologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

VINÍCIUS ALVES SANTOS GUIMARÃES

PRODUÇÃO DE RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE BIOLOGIA: CONTEXTUALIZANDO O ESTUDO DAS ALGAS

VERDES (CHLOROPHYTA E GAMOPHYTA)

Cristóvão - SE 2008/1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

VINÍCIUS ALVES SANTOS GUIMARÃES

PRODUÇÃO DE RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE BIOLOGIA: CONTEXTUALIZANDO O ESTUDO DAS ALGAS

VERDES (CHLOROPHYTA E GAMOPHYTA)

Monografia apresentada à disciplina Pesquisa em Ensino de Ciências e Biologia II, como pré-requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas, sob a orientação da Profª Drª Edilma de Jesus Andrade.

São Cristóvão - SE 2008/1

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida e inteligência e a “Nossa Senhora” pelo amor e

intercessão aos seus filhos.

Aos meus pais que me proporcionaram amor e educação. E sem o apoio dos quais não

teria chegado a este momento de minha vida. A minha divertida família que muito me fez feliz

todos esses anos.

À professora Edilma que muito me ajudou na construção deste trabalho com sua

orientação e persistência. Pelos momentos agradáveis e seus capuccinos, não esquecendo das

broncas e exemplos (risos).

À professora Mônica Ismerim que muito colaborou para a realização deste trabalho.

Aos professores Diogo, Eliane, Leisitânia, Lívia e Mônica que participaram da análise do

software Algas Verdes de Sergipe.

A todos os professores que muito colaboraram com meu crescimento pessoal e

acadêmico, desde minha infância e adolescência no Colégio Arquidiocesano até hoje no curso de

Biologia da UFS. Nomes? São muitos! Cada um deles deve saber o quanto foi importante na

construção de minha história.

E a todos os meus amigos - de Laranjeiras, do Arqui, do Pontal, do Médice, da UFS, da

ABIIN, do CEFET, do Sol Nascente e os Amigos Queridos de Aracaju - que muito me

proporcionaram momentos felizes e únicos. Cada um de vocês foi e é muito querido por mim.

Enfim, agradeço a mim mesmo por ser um cara compreensivo, paciente, amigo e

companheiro (risos).

A todas essas pessoas, um muito obrigado!

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RESUMO Os recursos didáticos são ferramentas integrantes do processo de ensino-aprendizagem que subsidiam o professor em seu trabalho de levar o aluno a atingir a aprendizagem. Modernamente, com os avanços das tecnologias da informação e comunicação e sua crescente ascensão no processo de ensino, essas ferramentas têm podido estar mais sofisticadas com recursos que reúnem a potencialidade de diversos outros recursos até hoje existentes. São instrumentos que se caracterizam por conferir um meio de rápido e fácil acesso para dirimir alguns problemas na educação formal como a falta de contextualização de conteúdos. O presente trabalho teve como principal objetivo a produção de um recurso multimídia sobre o tema algas verdes para o Ensino de Biologia, com a contextualização e atualização desse tema. O multimídia foi montado no programa Power Point, de fácil acesso e utilização, que oferece recursos para se trabalhar com links, imagens, textos, dentre outras ferramentas. Além disso, esse recurso pode ser modificado e atualizado pelo utilizador. Nele estão dispostos textos que retratam a atual sistemática das algas verdes. São apresentadas também, imagens desses organismos que ocorrem no Estado de Sergipe, informações sobre um pouco da ecologia desse grupo e algumas técnicas de coleta como proposta de trabalho a ser utilizada no processo de ensino-aprendizagem. O recurso foi disponibilizado a cinco professores que lecionam no Ensino Médio da rede pública e particular de ensino de Sergipe para ser avaliado, por eles, com base em um questionário. De um modo geral o software foi bem aceito por todos os professores. Sendo assim, esse trabalho vem a colaborar com o Ensino de Biologia através da produção desse recurso que contribui com a contextualização e atualização do tema algas verdes, e por dar o exemplo de que é possível se construir, com ferramentas computacionais simples, recursos que conferem grande auxílio ao processo de ensino-aprendizagem. Palavras-chave: Recurso didático; Multimídia; Algas Verdes; Ensino de Biologia.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1 2. PROBLEMA ..........................................................................................................................3 3. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................3 4. OBJETIVOS...........................................................................................................................4

4.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................4 4.2 Objetivos Específicos .......................................................................................................4

5. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................................5 5.1 Ensino de Ciências ...........................................................................................................5 5.2 Conhecendo as “Algas Verdes”........................................................................................8

6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .........................................................................11 6.1 Coleta de dados...............................................................................................................11 6.2 Produção do recurso .......................................................................................................13 6.3 Avaliação do recurso ......................................................................................................13

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO .........................................................................................14 7.1 Dos dados coletados .......................................................................................................14 7.2 Apresentação do recurso didático produzido..................................................................16 7.3 Análise dos questionários de avaliação do recurso ........................................................21

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................................24 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................24 APÊNDICE ..............................................................................................................................28

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1. INTRODUÇÃO

Os recursos didáticos são instrumentos usados no processo de ensino-aprendizagem

para se transmitir ou facilitar o entendimento dos conteúdos. A ampliação desses recursos é de

grande importância para dinamizar esse processo, haja vista a potencialidade didático-

pedagógica destes instrumentos.

A natureza em si funciona como recurso didático para que os conteúdos acadêmicos

que sobre ela abordam, sejam mais bem compreendidos. A aquisição dos conhecimentos

científicos torna-se prazerosa quando os professores fazem aulas que envolvem práticas que

coloca os alunos em contato com o objeto de estudo. Essa estratégia adotada por esses

professores, contextualizando o conhecimento acerca desses temas, faz com que a

aprendizagem ocorra de forma mais legível e até prazerosa.

O convívio com sistemas biológicos ajudou-me muito na aprendizagem científica de

boa parte dos temas abordados no ensino de biologia. Essa aprendizagem ocorreu de forma

mais simples, pois pude conciliar o conteúdo científico com os conhecimentos que adquiri do

contato com as formas de vida e paisagens daqueles sistemas.

Os conhecimentos adquiridos dos debates e leituras nas disciplinas do curso de

Biologia (Prática de Ensino, Fundamentos de Ensino de Ciências e Biologia, Estágio em

Laboratório de Ensino, dentre outras) e das trocas de idéias com os colegas proporcionou-me

uma percepção melhor acerca de algumas questões relacionadas ao processo de ensino-

aprendizagem - (1) a utilização de recursos didáticos diferenciais que auxiliam o professor em

sua tarefa de trazer a atenção do aluno para o processo de ensino-aprendizagem e (2) a falta de

atualização e contextualização de diversos temas no Ensino de Biologia, - que juntamente

com meu fascínio pela Biologia me direcionaram a fazer este trabalho.

O desenvolvimento tecnológico, através da ascensão das Tecnologias da Comunicação

e Informação (TIC) na sociedade e consequentemente no processo de ensino-aprendizagem,

confere cada vez mais, ferramentas bastantes potenciais para a elaboração de recursos usuais

para o ambiente de ensino. Ao fazer curso técnico de Desenvolvimento de Sistemas da

Informação, no qual aprende-se a transformar a realidade natural em sistemas virtuais, pude

aperfeiçoar a percepção acerca do uso dessas tecnologias para a elaboração desses recursos.

Com a aprendizagem adquirida nessas duas formações surgiu a idéia da produção de

um recurso didático do tipo multimídia que tem o propósito de contextualizar e atualizar o

tema algas verdes no Ensino de Biologia.

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Por que o tema algas verdes? Inicialmente foi pensado o tema as algas em geral.

Contudo, o tempo para trabalhar os diversos grupos de algas não seria suficiente, dessa forma,

foi escolhido então somente as algas verdes (Chlorophyta e Gamophyta), formas com as quais

me encantei durante a disciplina Biologia das Algas, Briófitas e Pteridófitas. Além disso, as

algas verdes são tratadas por alguns autores de livros didáticos de forma desatualizada e

descontextualizada.

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2. PROBLEMA

Como contextualizar o conteúdo algas verdes no Ensino de Biologia?

3. JUSTIFICATIVA

O livro didático, por ser um dos recursos mais utilizados no processo de ensino,

poderia ser um meio mais eficaz de atualização de conhecimentos para professores e alunos,

contudo, em alguns deles, os conteúdos não têm sido atualizados com a mesma rapidez com

que as mudanças resultantes das descobertas do mundo científico ocorrem. No Brasil, a

produção deste material didático tem se dado principalmente nas regiões sul e sudeste, e

conseqüentemente, muitos dos conteúdos não tem sido satisfatoriamente contextualizados

para as demais regiões. Do mesmo modo, o conteúdo abordado nessas obras é voltado para

preparação de concursos vestibulares.

Dentro dessa realidade foi escolhido o tema “algas verdes” nos conteúdos do Ensino

de Biologia, uma vez que algumas algas do Filo Chlorophyta (pluricelulares) ainda são

tratadas por alguns autores como pertencentes ao Reino Plantae. Contudo, estudos

taxonômicos recentes agrupam todos esses organismos no Reino Protoctista, e atualmente as

algas verdes incluem organismos classificados nos filos Chlorophyta e Gamophyta. Além

disso, as algas verdes são de grande importância ecológica nos diversos ambientes em que

ocorrem, servindo de refúgio e alimento para outros organismos ou como produtoras de

oxigênio e seqüestradoras de carbono da atmosfera o que contribui para amenizar o efeito

estufa. Muitas delas também servem como indicadoras de ambientes poluídos. Apesar de ser

encontrada uma alta diversidade desses organismos aqui no Estado de Sergipe, observa-se

uma quantidade mínima de trabalhos publicados sobre essas algas que sirvam de fonte de

dados para trabalhos posteriores.

Os avanços da informática permitem a criação de recursos sofisticados que têm a

capacidade de reunir a função de vários outros tipos de recursos usados no meio educativo.

Eles também se caracterizam por serem de certa forma, de rápido e de fácil acesso. Sabe-se,

hoje, que muitas escolas possuem alguns desses recursos disponíveis para os professores,

podendo então, serem usados como ferramentas complementares ao processo de ensino, o que

pode vir a suprir algumas carências de conteúdo dos livros didáticos ou a somar-se a esses

como fonte de conhecimento.

O recurso didático do tipo multimídia produzido neste trabalho apresenta imagens de

algas verdes e de ambiente de Sergipe em que elas ocorrem, e é de caráter inovador no que se

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diz ao estudo dessas algas em nosso Estado. Este recurso vem a se somar com aquele

produzido sobre macroalgas por Vieira (2006). Através da produção desse recurso multimídia,

pode-se oferecer a professores e alunos a possibilidade de conhecer as potencialidades

ilustrativas e prático-pedagógicas locais sobre estas algas, subsidiando a eles, atores do

processo de ensino-aprendizagem, a oportunidade de vivenciar a relação entre teoria e prática.

4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Elaborar um recurso didático do tipo multimídia para contextualizar o tema “algas

verdes” (Chlorophyta e Gamophyta) no Ensino de Biologia.

4.2 Objetivos Específicos

• Verificar nos livros didáticos se o conteúdo “algas verdes” é contextualizado para a

região nordeste e como é tratada a posição sistemática desse grupo;

• Contextualizar o tema “algas verdes” com um recurso didático que apresenta

espécimes desses organismos que ocorrem em alguns ambientes de Sergipe;

• Colaborar com a atualização do conteúdo sobre as “algas verdes” através da criação de

um recurso didático;

• Ilustrar o recurso com imagens de espécimes de algas verdes marinhas e de água doce;

• Avaliar o recurso didático produzido com a análise de professores do Ensino Médio.

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5. REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 Ensino de Ciências

Os cursos de Ciências, por sua riqueza e diversidade em conteúdos e abordagens,

podem se realizar de forma interessante e significativa para os alunos, sendo necessário ao

professor possuir condições objetivas de trabalho e disposição para sua formação continuada

(BRASIL, 1998). Esta deve ser subsidiada pelo governo, senão de forma direta por

intervenção do Ministério da Educação (MEC) realizando cursos de aperfeiçoamento nas

escolas públicas do ensino básico, através do incentivo as pesquisas nas Universidades

Federais para que estas, através de projetos de extensão, levem às escolas de ensino básico o

conhecimento científico das diferentes áreas de pesquisa.

Atualmente não se convêm mais um ensino de Ciências centrado na memorização dos

conteúdos e fora de contexto social, cultural ou ambiental, que resulta em uma aprendizagem

momentânea, para realização de uma prova, que não se sustenta a médio ou longo prazo. As

aulas de Ciências, por sua riqueza de conteúdos, podem envolver coisas bem diferentes,

como, por exemplo, ler texto científico, experimentar e observar, fazer resumo, esquematizar

idéias, ler matéria jornalística, não deixando de fora também a utilização de tecnologias, como

multimídias e as tecnologias da informação em geral que são ferramentas com grande

potencialidade para dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. Elas possibilitam aos

usuários uma visão mais dinâmica do fenômeno estudado quando não for possível o acesso

direto à informação em seu meio natural ou sua observação de forma presencial. Assim, o

conhecimento científico, pode auxiliar os alunos a compreenderem sua realidade global ou

regional (BRASIL, 1998).

O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que

dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de

tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar

em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se

comporta e a vida se processa (BRASIL, 2000). Agregando-se maior valor a esse julgamento

com a contextualização do conhecimento da situação em que se encontram os recursos

ambientais locais aos atores do processo de ensino-aprendizagem. De acordo com Brasil

(2004), “as diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio destacaram, dentre outros, o

princípio da contextualização, como processo de enraizamento dos conceitos científicos na

realidade vivenciada pelos alunos, para produzir aprendizagens significativas”.

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Segundo Mello (2008):

Quanto mais próximos estiverem o conhecimento escolar e os contextos presentes na

vida do aluno e no mundo no qual ele transita, mais o conhecimento terá significado

[...] Buscar o significado do conhecimento a partir de contextos do mundo ou da

sociedade em geral é levar o aluno a compreender a relevância e aplicar o

conhecimento para entender os fatos, tendências, fenômenos, processos que o

cercam.

O papel fundamental da educação formal, no desenvolvimento das pessoas e das

sociedades, amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a necessidade de

se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos. Vivemos numa era marcada pela

competição e pela excelência, onde progressos científicos e avanços tecnológicos definem

exigências novas para os jovens que ingressarão no mundo do trabalho. Tal demanda impõe

uma revisão dos currículos, que orientam o trabalho cotidianamente realizado pelos

professores e especialistas em educação do nosso país (BRASIL, 1998). Os professores

devem estar preparados e abertos para receber as inovações lançadas pela comunidade

científica, que se difundem pela sociedade transformando conhecimentos e técnicas. Eles

devem então mediante essas mudanças refletir sobre suas práticas afim de que possam

atualizar ou re-elaborar suas estratégias de ensino de modo que possam melhor preparar seus

alunos para investigação e resolução de problemas. De acordo com Sandholtz et al. (1997),

quando os professores se reúnem, desenvolvendo equipes de apoio nas quais discutem e

criticam suas práticas, enfatizam a elaboração de novas tarefas de aprendizagem, situações,

interações, ferramentas e avaliações para suas salas de aula, estão contribuindo para o seu

crescimento profissional.

Os recursos didáticos são instrumentos usados como mediadores no processo de

ensino-aprendizagem. Através do uso desses instrumentos se contribui para que os alunos

compreendam a proposta da atividade, o seu desenvolvimento e seu resultado (BRAVIM;

MUGRABI, 2008).

Ao serem usados no trabalho com os conteúdos escolares, os recursos didáticos

servem como mediadores na relação professor-conteúdos-conhecimento-alunos, sendo que

nesse processo os alunos se apropriam dos conteúdos e do papel social de determinado

recurso didático (BRAVIM; MUGRABI, 2008). Quando o aluno assume o papel social de um

recurso ou associa a idéia que ele transmite com algum fato ocorrido, pode-se dizer que a

aprendizagem se efetivou de forma significativa ou contextualizada.

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Sabe-se hoje que o uso e a disponibilidade de Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC) no ensino é uma realidade em boa parte do ensino público brasileiro. O

governo federal através do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) vem

promovendo o uso pedagógico das TIC no ensino fundamental e médio (BRASIL, 2008).

Alguns professores, que têm mais habilidade com o uso dessas tecnologias, têm preparado

suas aulas em meio eletrônico, ou a partir destes recursos tecnológicos, o que lhes permitem

usar uma gama de estratégias, como ilustrações e animações, além de textos que dinamizam o

processo de ensino-aprendizagem prendendo de alguma forma a atenção do aluno, se fazendo

de um bom caminho para se atingir a aprendizagem significativa.

Segundo Sandholtz et al. (1997) a aprendizagem é:

Um processo ativo e social que ocorre melhor em ambientes centrados no aluno, nos

quais os professores são facilitadores para orientar os alunos em indagações

significativas, nos quais descobrir relações entre os fatos é mais valorizado que

memorizar os fatos em si, e nos quais as atividades construtoras de conhecimento

são balanceadas com o uso sensato da prática orientada e da instrução direta

(SANDHOLTZ et al., 1997, p. 174).

Ultimamente o uso das TIC no ensino tem sido discutido por muitos pesquisadores.

Alguns autores (FERREIRA, 1998; GIANOTTO, 2002) comentam que o ensino tem muito a

ganhar com essa parceria entre ensino e novas tecnologias, desde que sejam utilizadas de

forma responsável. De acordo com Teixeira et al. (2005), o desenvolvimento de novos

materiais e a adequação daqueles já existentes tornam-se fundamental para que o professor

possa exercer seu papel de mediador na construção do conhecimento pelo aluno. Porém, só o

uso das tecnologias como ferramentas não será suficiente para dar boa continuidade ao

processo de ensino-aprendizagem. Alguns fatos devem ser mencionados como, por exemplo,

a atitude positiva dos professores frente a estas tecnologias. A organização das aulas em torno

da Internet e de outros produtos tecnológicos é recomendável. Contudo, a determinação clara

dos objetivos do ensino por parte dos professores é um dos pontos mais significativos do

processo (FERREIRA, 1998).

Para se implantar um projeto educativo informatizado em um ambiente escolar, não se

faz necessário transformar o professor em um expert em recursos computacionais, nem levá-

lo ao pensamento de abolir o uso das outras estratégias educacionais por ele realizadas, mas

sim, colocá-lo em contato com uma tecnologia contemporânea, em processos que, juntamente

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com pessoas ligadas à informática, possam gerar produtos com características didático-

pedagógicas mais efetivas (GIANOTTO, 2002).

De acordo com Sandholtz et al (1997), “os professores ficam mais dispostos a adotar e

adaptar novas idéias quando vêem modelos em salas de aula ativas onde os alunos participam

de forma bem-sucedida”. Deste modo, também, é importante não esquecer que os alunos

devem receber atenção especial na construção de um processo de ensino-aprendizagem

contextualizado, ou seja, significativo. Os recursos elaborados devem dar a base geral para

uma melhor noção dos conteúdos de ensino, bem como trazer pontes de ligação com a

realidade do aluno.

5.2 Conhecendo as “Algas Verdes”

Os esquemas de classificação são invenções humanas usadas para tentar selecionar e

agrupar as formas de vida que existem ou já existiram na Terra. Eles nos dão maior suporte

para compreender a vida e sua evolução em nosso planeta. São uma tentativa de classificação

utilizada para se poder conhecê-la e estudá-la, e que almejam também, reproduzir a relação de

parentesco e ancestralidade entre as diferentes formas em que ela se manifesta, a maneira

como ela aqui surgiu e sua história evolutiva até se chegar às espécies atuais (MARGULIS;

SCHWARTZ, 2001).

Desde que o sueco Carolus Linnaeus (1707–1778) iniciou a moderna prática da

Nomenclatura Binomial, para classificar os diferentes tipos de vida, até a classificação de

Cinco Reinos – que de acordo com Margulis e Schwartz (2001) se constitui em “um sistema

de classificação completo, internamente consistente, válido e atualizado, tendo em vista a

literatura variante, fragmentada e freqüentemente inconsistente de onde suas informações

foram retiradas” – a Sistemática tem evoluído na história através da inovação das técnicas de

comparação e agrupamento dos seres vivos classificando-os no que chamamos de grupos

taxonômicos (BICUDO; MENEZES, 2006; MARGULIS; SCHWARTZ, 2001).

Em meio aos conceitos da sistemática, o termo “alga” foi proposto por Linnaeus em

1753 e foi usado para denominar uma grande variedade de organismos. Teve sua

interpretação tão discutida que hoje não se pode atribuir um significado preciso. Devemos

entender por alga os talófitos e protistas clorofilados, incluindo-se seus parentes aclorofilados,

cujos órgãos de reprodução jamais são envoltos por um tecido de células estéreis, contudo

mesmo essa definição tem suas controversas (BICUDO; BICUDO, 1970; BICUDO;

MENEZES, 2006).

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Seguindo a nova classificação de cinco reinos da vida, proposta por Whittaker em

1959 e modificada por Lynn Margulis e Karlene Schwartz em 2001, classificam-se as algas

verdes como pertencentes ao Reino Protoctista, no qual estão representados os

microorganismos eucarióticos, todas as algas, mofos-de-água undulipodiados, mofos-de-lodo

e os protozoários junto com outros organismos aquáticos. Os seres agrupados neste reino não

são animais, nem plantas, nem fungos, tampouco, procariontes (MARGULIS; SCHWARTZ,

2001). Os organismos classificados como protoctistas apresentam particularidades que os

distinguem dos demais grupos de seres vivos e os une como tal. Outros autores (RAVEN;

EVERT; EICHHORN, 2006; BRUSCA; BRUSCA, 2007) também classificam o Filo

Chlorophyta como pertencente a esse reino.

Todas as células protoctistas têm núcleo e outros atributos caracteristicamente

eucarióticos. Muitos fotossintetizam, muitos são aeróbios e muitos têm undulipódios,

estrutura locomotora diferente dos flagelos dos procariontes, com bases de cinetossomo em

algum estágio de seu ciclo de vida. Todos os protoctistas se desenvolveram por simbiose

dentre pelo menos dois tipos diferentes de bactérias e em alguns casos, dentre muito mais do

que dois, e mais além, em simbiose entre dois protoctistas. À medida que os simbiontes se

integraram, novas formas de vida surgiam (MARGULIS; SCHWARTZ, 2001).

As algas verdes (Filo Chlorophyta) e as algas verdes de conjugação (Filo Gamophyta)

são tratadas por Margulis e Schwartz (2001) em distintos filos do Reino Protoctista, devido ao

fato das gamófitas não apresentarem undulipódios em nenhuma fase de seu ciclo de vida.

As clorófitas são algas que têm cloroplastos verdes, circundados por duas membranas,

e que formam gametas undulipodiados, normalmente pelo menos dois de igual tamanho.

Cerca de 500 gêneros, com até 16.000 espécies, foram descritos. Dentro do Filo Chlorophyta,

diversas linhas evolutivas conduziram desde as formas unicelulares até os organismos

multicelulares. Seus cloroplastos contêm as clorofilas a e b, o que lhes confere a cor verde,

assim como derivados carotenóides. Essas algas têm como principal produto de reserva

(carboidrato) o amido. Os botânicos concordam que em algum lugar deste grupo

extremamente diverso encontram-se os ancestrais das plantas, tendo em vista algumas

evidências marcantes como paredes celulares compostas de pectinas e celulose, ou de xilose

ou manose conectadas à proteína, a exceção disso, algumas apresentam ainda secreção de

carbonato de cálcio que envolvem suas células. As clorófitas possuem grande importância

ecológica na composição do fitoplâncton, sendo responsáveis pela fixação de em torno de um

bilhão de toneladas de carbono nos oceanos e nas águas doce a cada ano (MARGULIS;

SCHWARTZ, 2001).

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As algas verdes de conjugação (Filo Gamophyta), diferentemente das clorofíceas, não

possuem undulipódios em nenhum estágio da sua vida. São dotadas de células simétricas onde

se encontram cloroplastos complexos de cor verde, contendo as clorofilas a e b, que se

posicionam alinhados com o eixo longo de cada célula, as quais também possuem um núcleo

grande e abundante. Porém, devido à situação de seus cloroplastos são freqüentemente

classificadas com as clorófitas. São encontradas em ambientes de água doce, poços, lagos e

correntes, não sendo descrita nenhuma forma verdadeiramente marinha. São encontradas

formas unicelulares, que podem estar dispostas em colônias, bem como as formas

filamentosas a exemplo das algas do gênero Spirogyra. (MARGULIS; SCHWARTZ, 2001).

As algas verdes são de grande importância para o desenvolvimento da vida no planeta.

Elas fazem parte da grande massa de produtores nas cadeias alimentares dos ambientes

aquáticos, além de servir de refúgio (as macroalgas) para diversos animais que vivem

principalmente nos ambientes marinhos. Através da fotossíntese elas produzem grande parte

do oxigênio que é liberado para a atmosfera. São responsáveis por boa parte da produção de

biomassa nesses ambientes e por contribuir com a amenização das implicações ocasionadas

pelo efeito estufa, atuando como seqüestradoras de carbono da atmosfera. Pesquisas também

têm mostrado a importância das algas para produção de biocombustíveis (CASTRO NETO,

2008; DOMINGOS, 2008). As algas verdes possuem diversos compostos de grande interesse

para as indústrias de alimentos, cosméticos e farmacêuticas, muitas espécies marinhas são

usadas na alimentação e na extração de beta-caroteno e de outros importantes antioxidantes

naturais (RAYMUNDO; HORTA; FETT, 2004).

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6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para a elaboração do recurso didático, do tipo software educativo, veiculado em uma

mídia (CD-R), foram desenvolvidas as seguintes etapas:

6.1 Coleta de dados

Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a atual posição sistemática

das algas verdes (Chlorophyta e Gamophyta) que serviu como base de dados para montagem

de alguns textos do recurso.

A fim de saber-se como o tema algas verdes é abordado nos livros didáticos do 2º ano

do Ensino Médio, com relação à posição sistemática do grupo e a sua contextualização para a

região nordeste, foram utilizados oito livros adotados por escolas de Sergipe, relacionados a

seguir:

1. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, v. 2, 2004.

2. UZUNIAM, Armênio; BIRNER, Ernesto. Biologia volume único. 2. ed. São

Paulo: Harbra, 2004.

3. CRUZ, Daniel. Ciências & Educação Ambiental: Os seres vivos. 2. ed. São Paulo: Ática, 2005.

4. FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. 2. ed.

Coleção BA/SE. São Paulo: Moderna, 2003. 5. LINHARES, Sergio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje: os

seres vivos. 11. ed. São Paulo: Ática, v. 2, 2004. 6. LOPES, Sônia Godoy. Bio: introdução ao estudo dos seres vivos. 1. ed. São

Paulo: Saraiva, v. 2, 2002. 7. PAULINO, Wilson Roberto. Biologia atual: seres vivos e fisiologia. 15. ed.

São Paulo: Ática, v. 2, 2002. 8. SILVA JUNIOR, César; SASSAR, Sezar. Biologia - seres vivos: estrutura e

função. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

Para produção das imagens utilizadas na confecção do recurso multimídia, foram

coletadas algas de água doce em uma planície alagada localizada próximo a lagoa de

estabilização do Campus de São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (Figura 1).

Com a finalidade de se obter uma maior diversidade de espécies foram realizadas coletas no

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mesmo ponto do alagado em diferentes épocas, entre agosto de 2007 e julho de 2008. A

profundidade no local de coleta não ultrapassava 30 cm.

As amostras de água junto com matéria orgânica em suspensão e materiais do

substrato arenoso foram coletadas com a utilização de um coletor artesanal, feito com garrafa

PET e um cabo de madeira. Depois de coletadas, as amostras eram vertidas em um recipiente

de 3000 ml e levadas ao laboratório de Fitoplâncton do Departamento de Biologia da UFS,

onde foram realizadas as análises ficológicas (identificação das espécies) e a produção das

imagens.

Foram também utilizadas macroalgas (Chlorophyta) de ambiente marinho adquiridas

da coleção didática, em construção, da disciplina Biologia das Algas, Briófitas e Pteridófitos,

coletadas em janeiro de 2008 na Ilha de Itaparica, Bahia. Estas algas foram comparadas com

aquelas obtidas por Vieira (2006) durante o levantamento realizado na costa de Sergipe.

As fotografias das microalgas foram realizadas utilizando-se um microscópio ótico da

marca Carl Zeiss Jena e uma câmera digital, imagem VGA, de celular da marca LG modelo

MX500. Boa parte das imagens foi coletada em aumento de 640x de zoom ótico do

microscópio e 11x de zoom digital da câmera. As fotografias das macroalgas foram realizadas

Reitoria

Figura 1 - Imagem de satélite do Campus de São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe. Destacando em amarelo a região aqui denominada, área do alagado onde foram realizadas algumas coletas de microalgas.

Área do alagado Lagoa de estabilização

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com uma câmera digital Sonny. Algumas fotos foram tratadas com programas de edição de

imagem (Photoshop e Picasa), para correção de brilho e contraste.

Na identificação e descrição das algas foi adotada a classificação de Cinco Reinos

proposta por Margulis e Schwartz (2001) para a designação dos táxons mais altos. Os

espécimes foram identificados ao nível de gênero através de comparações de fotografias e

desenhos obtidos em trabalhos de levantamentos ficológicos realizados por Joly (1967), Hino

e Tundisi (1977), Streble e Krauter (1987), Bicudo e Menezes (2006) e Marques (2006).

6.2 Produção do recurso

A apresentação multimídia (software) foi desenvolvida utilizando o programa

PowerPoint, versão 2003 da ferramenta OFICCE da Empresa Microsoft Corporation © que se

constitui em uma ferramenta acessível e de fácil utilização. Para montagem desse recurso

foram utilizados textos descritivos e imagens produzidas do material analisado, bem como,

artigos científicos, notícias, informações e imagens, pesquisados na Internet. Depois de

concluída, a apresentação foi gravada em um CD-R.

6.3 Avaliação do recurso

Com o objetivo de se saber a opinião de profissionais que trabalham com o Ensino de

Biologia sobre o recurso produzido, foram entregues um CD-ROM do software Algas Verdes

de Sergipe e um questionário (apêndice) constituído de oito perguntas, sendo duas objetivas e

seis discursivas, a cinco professores que lecionam no Ensino Médio de escolas da rede pública

e ou particular de Sergipe para que eles pudessem analisar o recurso. E essa avaliação serviu

para o aperfeiçoamento do recurso.

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7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

7.1 Dos dados coletados

A classificação proposta por Margulis e Schwartz (2001) foi adotada nesse trabalho

para a designação dos táxons mais altos e para algumas descrições das características gerais

dos grupos por se mostrar concisa e coerente quanto aos aspectos abordados em sua

sistematização, isso porque no decorrer de sua obra estas autoras deixam claro quais os

critérios usados para agrupar os organismos em tais grupos e que com o avanço das pesquisas

as posições sistemáticas desses organismos podem mudar. De acordo com Margulis e

Schwartz (2001), as algas verdes são agrupadas nos filos Chlorophyta e Gamophyta do Reino

Protoctista. Apesar de adotar essa classificação, devemos reconhecer que não se deve tratar

com demérito outras formas de se classificar esses organismos, por exemplo, a sistemática

utilizada por Raven et al. (2006) em que as gamófitas estão juntas com as clorófitas, ou ainda

a mostrada por Reviers (2006) em que as algas verdes são agrupadas no Reino Plantae (ou

Viridaeplantae).

É importante que se adote uma forma padrão, concisa e coerente, para se classificar a

vida, uma vez que os sistemas de classificação foram inventados pelo homem para melhor

tentar entendê-la e não para complicá-la mais ainda. É sabido que algumas mudanças são tão

recentes ou ainda inconsistentes que não se pode exigir que sejam aceitas de imediato. Deve

ficar claro, porém, que não podemos nos ater apenas a uma teoria ou a outra, devemos sempre

que possível, no processo de ensino-aprendizagem explanar os temas nas diversas formas que

eles se apresentam.

Na maior parte dos livros didáticos do Ensino Médio aqui observados (LOPES, 2002;

SILVA JÚNIOR; SASSAR, 2002; FAVARETTO; MERCADANTE, 2003; AMABIS;

MARTHO, 2004; UZUNIAM; BIRNER, 2004) as algas verdes são tratadas como

pertencentes ao Reino Protoctista. Contudo, eles abordam as algas verdes de maneiras

distintas no filo Chlorophyta, como é o caso de Amabis e Martho (2004) que apesar de citar

em sua obra a classificação de Cinco Reinos modificada por Margulis e Schwartz (2001), não

a utilizam fielmente, pois não tratam Gamophyta separadas de Chlorophyta, e, além disso,

apresentam Charophyta como um grupo à parte, mas deixam evidente que outros autores as

tratam como clorofíceas. Já os autores Paulino (2002), Linhares e Gewandsnajder (2004) e

Cruz (2005) tratam as algas pluricelulares (clorófitas, rodófitas e feófitas) como pertencentes

ao Reino Plantae.

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Nenhum dos 8 livros didáticos consultados apresenta o conteúdo de algas verdes

contextualizado para região nordeste. Vieira (2006) constatou em sua pesquisa com o ensino

de macroalgas, que apesar de os livros didáticos serem os recursos mais utilizados no

processo de ensino, não há adequação do conteúdo à realidade regional específica, já que esse

material didático é elaborado para atender um mercado amplo. Destes resultados necessitar-

se-ia fazer uma investigação profunda para se saber o por quê de se adotar, na região nordeste,

livros didáticos que não estão adaptados à realidade dessa região? O Brasil carece de editoras

governamentais regionalizadas que fossem responsáveis pela elaboração e incentivo à criação

de recursos didáticos contextualizados, que se somariam aos livros didáticos produzido pelas

demais editoras.

Das algas verdes coletadas, para serem utilizadas na confecção do software, foram

selecionados 8 gêneros do Filo Chlorophyta e 10 do Filo Gamophyta, apresentados a seguir:

Super-Reino Eukarya

Reino Fungi Reino Plantae Reino Animalia

Filo Gamophyta

Classe Euconjugatae

Ordem Zygnematales

Família Desmidiaceae

Gênero Cosmarium

Gênero Euastrum

Gênero Micrasterias

Gênero Pleurotaenium

Gênero Spondylosium

Gênero Staurastrum

Gênero Xanthidium

Família Mesotaeniaceae

Gênero Spirotaenia

Família Zygnemaceae

Gênero Spirogyra

Filo Chlorophyta Classe Charophyceae

Ordem Charales Família Characeae

Gênero Chara Classe Chlorophyceae

Ordem Volvocales Família Volvocaceae

Gênero Eudorina Ordem Chlorococcales

Família Scenedesmaceae Gênero Desmodesmus Gênero Scenedesmus

Classe Ulvophyceae Ordem Siphonocladales

Família Codiaceae Gênero Codium

Ordem Siphonales Família Udoteaceae

Gênero Halimeda Ordem Caulerpales

Família Caulerpaceae Gênero Caulerpa

Ordem Ulvales Família Ulvaceae

Gênero Ulva

Reino Protoctista Reino Bacteria

Super-Reino Prokarya

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7.2 Apresentação do recurso didático produzido

O recurso didático produzido, “Algas Verdes de Sergipe”, contem uma tela inicial de

abertura que apresenta o tema explorado neste trabalho, as algas verdes, onde são exibidas

imagens das algas dos filos Chlorophyta e Gamophyta (figuras 2 e 3), seguida por uma tela

final de abertura que possui imagens dessas algas e o título do trabalho (figura 4).

Figura 2- Tela inicial da abertura.

Figura 3 – Tela seqüencial da abertura.

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Figura 4 – Tela final da abertura.

Na tela final da abertura (Figura 4) ao clicar no título “ALGAS VERDES DE

SERGIPE” será aberta a tela central da apresentação na qual há links auto-explicativos que

levam o usuário ao conhecimento que ele possivelmente quer adquirir (Figura 5).

Figura 5 - Tela central da apresentação, que dá acesso aos conteúdos da aplicação.

A tela representada pela Figura 5 possibilita o acesso, através de links, aos conteúdos

da apresentação, como os textos que retratam sobre a classificação das algas, os ambientes em

que se podem encontrar esses organismos, algumas formas de coleta e observação, as imagens

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das algas verdes e algumas informações acerca da produção do software. Os links

apresentados são detalhados a seguir:

• Quem são as Algas Verdes?

o Descrição da atual sistemática das algas verdes e algumas de suas

principais características.

• Onde encontrá-las?

o Descrição dos locais mais prováveis onde se encontrar essas algas,

inclusive com imagens dos ambientes em que elas ocorrem em Sergipe.

• Coletando e Observando as Algas

o Apresenta uma seqüência de telas nas quais está descrito um roteiro sobre

algumas técnicas de coleta e observação para o estudo das algas verdes,

além de um link que abre um arquivo no formato PDF sobre outras técnicas

de coleta e preservação.

• CONHECENDO AS ALGAS VERDES DE SERGIPE

o Esse é o link principal do recurso. É ele que vai direcionar o usuário à parte

do software que contém as imagens das algas verdes encontradas em

ambientes de Sergipe, sendo deste modo o foco de contextualização do

tema.

• Créditos

o Apresenta algumas informações sobre a produção deste trabalho.

• Referências Bibliográficas

o Nesse link constam as principais referências utilizadas para produção do

recurso.

• PRODUÇÃO DE RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE BIOLOGIA:

CONTEXTUALIZANDO O ESTUDO DAS ALGAS VERDES

(CHLOROPHYTA E GAMOPHYTA)

o Esse link abre o arquivo em formato PDF desta monografia. O usuário

poderá ter, então, uma visão mais detalhada da idéia e produção deste

software e uma pequena amostra sobre a pesquisa em ensino.

• Essa tela também apresenta um botão vermelho intitulado “Sair” que ao ser

pressionado encerra a apresentação. Esta também pode ser encerrada a

qualquer momento se pressionando a tecla “Esc”.

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Para navegação não linear, algumas telas apresentam palavras destacadas que

funcionam como hiperlinks (nomes sublinhados e destacados na cor verde) que direcionam a

um tipo de glossário dinâmico com textos e (ou) imagens relacionados a essas palavras, ou a

documentos PDF com notícias a respeito do conteúdo abordado. Além disso, apresentam um

botão vermelho em forma de “X” que funcionam como retorno à tela de origem mais imediata

dessa ou do conjunto de telas comum a um tipo de conteúdo (Figura 6).

Figura 6 - Estrutura não linear. Apresentação de hiperlinks e objetos que dão acesso a diferentes telas relacionadas.

Os conteúdos que estão divididos em mais de uma tela são navegados de forma linear

utilizando-se botões de ação que estão localizados no canto superior direito dessas telas como

pode ser visto na Figura 7 (A, B, C e D).

Assim como no trabalho realizado por Gianotto (2002) para o ensino de genética, esta

aplicação foi desenvolvida no programa Power Point, numa forma de tutorial que usa tanto

hipertexto em forma de navegação linear, quanto links e objetos que fazem com que a

apresentação assuma, também, uma forma de navegação não linear.

A apresentação dos conteúdos de Biologia em recursos do tipo multimídia pode

contribuir bastante para a dinamização do Ensino de Ciências, uma vez que as ferramentas

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disponibilizadas pelas TIC proporcionam uma gama de estratégias que podem ser utilizadas

durante o processo de ensino-aprendizagem.

A B

C D

Figura 7 (A, B, C e D) –. Estrutura linear de telas seqüenciais que podem ser navegadas clicando-se nos botões azuis situados no canto superior direito dessas telas.

Apesar de algumas dificuldades encontradas no uso das TIC na educação, devido ao

despreparo dos professores e dos ambientes de ensino e da estrutura de alguns desses produtos

da tecnologia, trabalhos realizados por diversos autores (SANDHOLTZ et al., 1997;

GIANOTTO, 2002; TEIXEIRA et al., 2005; LADEIRA; JACUK; BITENCOURT, 2002) têm

demonstrado bons resultados no que diz respeito à aceitação ou ao efeito atrativo dessas

tecnologias no processo de ensino-aprendizagem. Como relata Teixeira et al. (2005) em seu

trabalho com o uso de hipermídia no Ensino de Zoologia:

Durante a aplicação do CD-ROM [...] Os alunos interagiram muito bem com o

material apresentado, inclusive aqueles normalmente com problemas de

concentração na sala de aula ou com dificuldades de aprendizagem. Durante todo o

tempo em que as crianças estiveram envolvidas na atividade, percebemos que elas

estavam completamente concentradas e até mesmo as conversas estavam

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relacionadas aos assuntos abordados no material. A professora responsável pela

turma ficou impressionada com o excelente comportamento dos alunos na sala de

informática (TEIXEIRA et al., 2005).

Aquelas dificuldades do uso das TIC parecem estar para acabar. Segundo notícia

veiculada no Portal do Ministério da Educação, ainda este ano (2008) cerca de 100 mil

professores da rede pública serão capacitados para utilizar novas tecnologias na sala de aula,

inclusive computadores e Internet. Sendo este, um dos objetivos do Programa Nacional de

Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado) e parte do Programa

de Desenvolvimento da Educação (PDE) (CHAMARELLE, 2008).

Os recursos das TIC se constituem em ferramentas bastante usuais que dão acesso

rápido e fácil às informações atualizadas e contextualizadas, contribuindo desta forma, com a

formação continuada dos professores e aumentando a riqueza e qualidade dos conhecimentos

que podem ser assimilados pelos alunos. Segundo Teixeira et al (2005), “materiais

alternativos, que chamam a atenção dos alunos e os estimulam a buscar as informações para a

construção do seu próprio conhecimento, são importantes para se atingir o objetivo do ensino,

ou seja, a aprendizagem por parte do aluno”.

Araújo e Santos (2005) acreditam que a contextualização dos conhecimentos

científicos em ambientes escolares facilite o estabelecimento da ponte entre esse

conhecimento e as situações do cotidiano, contribuindo para que a aprendizagem seja mais

significativa, o desenvolvimento cognitivo dos estudantes seja promovido e o conhecimento

seja socializado. Partindo-se desse princípio, as características apresentadas por este software

servem de base ao processo de ensino-aprendizagem para promoção do conhecimento de uma

forma significativa aos alunos através da apresentação de imagens de algas e de alguns

ambientes que são possíveis de serem vivenciados pelos alunos.

7.3 Análise dos questionários de avaliação do recurso

O software produzido nesse trabalho foi avaliado por cinco professores que lecionam

na rede pública e ou particular do ensino médio de Sergipe. Após a análise do recurso, os

professores responderam um questionário (em anexo). A partir das respostas obtidas nos

questionários foi possível aprimorar o software antes que ele possa ser disponibilizado para

ser usado como recurso didático no processo de ensino.

Ao serem questionados sobre a estrutura do software, todos os professores mostraram-

se otimistas quanto a este quesito, julgando-a como boa. Eles também afirmaram que

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utilizariam esse software em sua prática pedagógica já que esse apresenta um bom conteúdo,

que serve para melhor apresentar o tema algas aos alunos, devido à riqueza das imagens e de

leituras alternativas, e à apresentação de algas que ocorrem em Sergipe, não se limitando

apenas aos conteúdos do livro didático. Um deles diz: “Muito bom, serviria não só como

auxilio da prática pedagógica, mas também como material de atualização do professores de

ensino de Biologia”.

Outro diz ainda:

“Achei o conteúdo muito bom, mas que como deve ser visto por alunos carece de

mais alguns links para explicar termos como: pirenóides, estigma, undulipódios,

carófita, cenocítico. Com certeza auxiliariam a explicar o conteúdo melhor, pois

possibilitam, pela riqueza das imagens, mostrar aos alunos o que são algas verdes e

as que existem aqui”.

Quando questionados se o software assume a proposta de contextualizar o ensino de

algas verdes um deles respondeu: “Sim, pois o autor se deteu ao contexto local, utilizando

fotos e exemplos práticos de algas”. Outro disse: “Sim, pois retrata exemplos de algas verdes

em Sergipe localizando onde encontrá-las, demonstrando com isso a importância de se estudar

tais seres”. De modo geral, os professores responderam que o software dá uma boa base para

contextualização do tema no momento em que apresenta espécies encontradas em Sergipe,

trata o assunto com profundidade exemplificando com fotos, o que facilita a aprendizagem,

traz o conteúdo à realidade do aluno, mostrando dessa forma a importância se estudar esses

organismos aqui em Sergipe e vem a complementar o conteúdo de algas verdes do livro

didático que em muitos casos é apresentado de forma resumida.

Todos os professores concordam que a idéia e a proposta deste software têm muito

com o que contribuir para o Ensino de Biologia. Segundo eles, essa contribuição seria dada

das seguintes formas: pela presença de assuntos interessantes acerca do conteúdo, ao mostrar

a importância dessas algas para o homem e a diferença entre elas e as plantas aquáticas, as

curiosidades sobre esses organismos e sua sistemática, ajudando dessa forma na compreensão

do assunto. Contribui também, através das imagens apresentadas, para amenizar algumas

dificuldades encontradas por professores e alunos, como a falta de um laboratório de ensino,

equipado com microscópios para que os alunos possam observar esses organismos que fazem

parte de seu contexto.

Page 29: Vinícius A. S. Guimaraes  -Monografia- Produção de um Recurso Didático para o Ensino de Biologia

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Quando indagados sobre a contribuição das TIC para o desenvolvimento do processo

de ensino-aprendizagem, quais características dessas ferramentas contribuiriam com esse

processo e se o software Algas Verdes de Sergipe se encaixa nessas características, observou-

se que todos professores tiveram a opinião que as TIC vêm a contribuir para o

desenvolvimento desse processo através dos recursos visuais que podem ser apresentados

como fotografias, desenhos, movimentos, e essas ainda possibilitam que as informações

veiculadas nesses meios sejam discutidas pelos alunos. Segundo um dos avaliadores, a

flexibilização na apresentação dos recursos presentes nesse software, torna possível sua

utilização em diversos contextos. Outro diz ainda que elas também oferecem ao professor a

possibilidade de melhor organizar as informações que serão utilizadas em suas aulas, desde

que eles saibam como fazer o uso devido dessas tecnologias.

Um dos avaliadores acrescenta:

“Eu acredito que as TIC contribuem e muito ao ensino, quando a escola pode

proporcionar isso aos alunos. O único ponto que este software não contempla é na

interatividade com o aluno, como por exemplo, um jogo ou exercício (palavras-

cruzadas, etc.)”.

De um modo geral, os professores estão de acordo que o software Algas Verdes de

Sergipe se encaixa em algumas dessas características das TIC que contribuem para o processo

de ensino-aprendizagem.

Quando questionados se possuíam computador em casa e se o mesmo fora adquirido

com o auxílio de algum programa de governo, os professores avaliadores responderam que

sim, porém, apenas um dos professores adquiriu um equipamento através do auxílio

concedido pelo Governo Federal. Mesmo que o número de professores que responderam ao

questionário de avaliação seja reduzido, não correspondendo a uma amostra significativa da

classe de professores, é sabido que, de acordo com Brasil (2008a) e Chamarelle (2008), o

Governo Federal vem equipando, dando auxílio e capacitando escolas e professores com essas

tecnologias, ou seja, a possibilidade do uso desses recursos pelos professores, mesmo que

apenas em casa para preparar suas aulas, já é uma realidade.

Enfim, foi perguntado aos avaliadores o que poderia ser melhorado no software. As

principais sugestões apresentadas foram: a inclusão de alguns termos para facilitar a

compreensão de alguns assuntos, colocar um fundo musical; transformá-lo em um modelo que

possa ser visto em aparelho de DVD, tentar mudar algumas fotos que estão meio turvas,

inserir algumas perguntas para que o professor, como também os alunos, possa trabalhar na

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sala de aula após visualizar o CD-ROM. A partir das informações e sugestões apresentadas

nessa questão e em partes das respostas das outras perguntas, foram realizadas algumas

modificações no software.

Essa avaliação realizada por professores do Ensino de Biologia foi importante porque

veio a contribuir para o aperfeiçoamento da qualidade do recurso, através da análise dos

diferentes olhares que trazem em si uma visão introspectiva de suas experiências (vivências) e

práticas pedagógicas em sala de aula.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da pesquisa desenvolvida neste trabalho pôde-se notar que em nenhum dos

livros didáticos observados o conteúdo sobre as algas verdes encontra-se contextualizado para

a região nordeste. O recurso didático do tipo multimídia produzido nesse trabalho pode

colaborar com o Ensino de Biologia através da contextualização e atualização do ensino

dessas algas.

Com base na análise dos questionários aplicados e da avaliação do software produzido

realizada por professores do Ensino Médio, pode-se inferir que, da mesma maneira que o

recurso agradou a eles, provavelmente esse será bem aceito pelos demais professores que

fazem parte da rede de ensino de Sergipe e que simpatizam com as TIC. Foi possível ainda, a

partir das sugestões dos professores, realizar algumas modificações no software.

Nesse trabalho também foi dado o exemplo de que é possível se construir, com

ferramentas computacionais simples, recursos didáticos que podem conferir grande auxílio ao

processo de ensino-aprendizagem.

Este software pode ser usado em aulas de biologia como parte de uma prática de

reconhecimento de algas verdes e de alguns locais em que elas ocorrem, abrindo espaço para

uma discussão acerca da realidade desses organismos e dos ambientes que com eles

compartilhamos.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIENCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

PRODUÇÃO DE RECURSO DIDÁTICO PARA O ENSINO DE BIOLOGIA: CONTEXTUALIZANDO O ESTUDO DAS ALGAS VERDES (CHLOROPHYTA E

GAMOPHYTA)

Questionário de Avaliação do Recurso Didático do tipo multimídia sobre o tema algas verdes para o Ensino de Biologia como subsídio para desenvolvimento da monografia do

discente Vinícius Alves Santos Guimarães

São Cristóvão - SE 2008/1

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Questionário1 de Avaliação do Recurso Didático do tipo multimídia sobre o tema “Algas Verdes” do Ensino de Biologia

1 - O que você achou da estrutura da apresentação desse recurso? ( ) boa ( ) regular ( ) ruim 2 - Você utilizaria esse recurso didático em sua pratica pedagógica? ( ) Sim ( ) Não 3 - Você acha que este software assume a proposta de contextualizar o ensino de algas verdes? Por que? 4 - O que você acha da qualidade do conteúdo apresentado? Eles serviriam de auxílio a sua prática pedagógica? 5 - Você acha que a idéia e a proposta deste software contribui com o Ensino de Ciências? 6 - Você concorda que as Tecnologias da Informação e Comunicação, como computadores e TV, pode contribuir para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem? Se sim, quais características dessas ferramentas contribuiriam com esse processo? O recurso apresentado se inclui em alguma dessas características? 7 - Você possui computador em casa? Ele foi adquirido com o auxílio de algum programa do governo? 8 - O que poderia ser melhorado neste software? 1 É interessante se pedir em um questionário desse tipo alguns dados profissionais de quem se dispõe a respondê-lo.