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FUNDAÇÃO FACULDAD FERNA LAR MIC RAISA BA ACEITAÇÃO DO ALUNOS DA F FERNANDÓPOL O EDUCACIONAL DE FERNA DES INTEGRADAS DE FERNA ANDA NUNES MALDONAD RISSA DA SILVA LACERDA CHELI MIECO FUGIWARA ARBOSA DE SOUZA OLIV O MEDICAMENTO GENÉR FEF- FUNDAÇÃO EDUCAC LIS E PELOS PACIENTES INDIAPORÃ - SP FERNANDÓPOLIS 2011 ANDÓPOLIS ANDÓPOLIS DO A A VEIRA RICO PELOS CIONAL DE S DA UBS DE

Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDA NUNES MALDONADOLARISSA DA SILVA LACERDAMICHELI MIECO FUGIWARA

RAISA BARBOSA DE SOUZA OLIVEIRA

ACEITAÇÃO DO MEDICAMENTO GENÉRICO PELOS ALUNOS DA FEF

FERNANDÓPOLIS E PELOS PACIENTES DA UBS DE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLISFACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDA NUNES MALDONADOLARISSA DA SILVA LACERDAMICHELI MIECO FUGIWARA

RAISA BARBOSA DE SOUZA OLIVEIRA

ACEITAÇÃO DO MEDICAMENTO GENÉRICO PELOS DA FEF- FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE

FERNANDÓPOLIS E PELOS PACIENTES DA UBS DE INDIAPORÃ - SP

FERNANDÓPOLIS

2011

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDA NUNES MALDONADO LARISSA DA SILVA LACERDA MICHELI MIECO FUGIWARA

RAISA BARBOSA DE SOUZA OLIVEIRA

ACEITAÇÃO DO MEDICAMENTO GENÉRICO PELOS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE

FERNANDÓPOLIS E PELOS PACIENTES DA UBS DE

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FERNANDA NUNES MALDONADO

LARISSA DA SILVA LACERDA

MICHELE MIECO FUGIWARA

RAISA BARBOSA DE SOUZA OLIVEIRA

ACEITAÇÃO DO MEDICAMENTO GENÉRICO PELOS ALUNOS DA FEF- FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS E PELOS

PACIENTES DA UBS DE INDIAPORÃ - SP

Monografia apresentada ao curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Farmácia bioquímica.

Orientador: Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS – SP

2011

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FERNANDA NUNES MALDONADO

LARISSA DA SILVA LACERDA

MICHELE MIECO FUGIWARA

RAISA BARBOSA DE SOUZA OLIVEIRA

ACEITAÇÃO DO MEDICAMENTO GENÉRICO PELOS ALUNOS DA FEF- FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS E PELOS

PACIENTES DA UBS DE INDIAPORÃ - SP

Monografia apresentada ao curso de Farmácia da Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Farmácia bioquímica. Aprovado em: __ de novembro de 20__.

Examinadores:

____________________________

Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli (Orientador)

____________________________

Profa. Esp. Daiane Fernanda Pereira Mastrocola (Avaliador 1)

____________________________

Profa. Esp. Vania Luiza Ferreira Lucatti Sato (Avaliador 2)

Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli

Presidente da Banca Examinadora

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4

Dedicamos este trabalho

primeiramente a Deus, pois sem ele, nada

seria possível e não estaríamos aqui

reunidos, desfrutando, juntos, destes

momentos que nos são tão importantes.

Aos nossos pais pelo esforço,

dedicação e compreensão, em todos os

momentos desta e de outras caminhadas.

Em especial ao nosso professor:

Roney Eduardo Zaparoli, que nos ajudou,

apoiou e nos incentivou muito para a

realização deste trabalho.

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5

Agradecemos a Deus por estar

sempre ao nosso lado, nos ter permitido

estar aqui hoje apresentado este trabalho.

Ao nosso Professor Roney Eduardo

Zaparoli, pelo carinho, paciência, atenção

e compreensão durante todos esses

meses de trabalho.

Agradecemos também aos nossos

queridos pais por ter acreditado na nossa

capacidade, e nos incentivado sempre.

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6

RESUMO

O presente estudo busca analisar e visa levantar aspectos pertinentes a aceitação de medicamentos genéricos envolvendo aspectos como aceitabilidade, percepção de eficácia, utilização, participação de mercado e a legislação de regulamentação dos medicamentos genéricos. Através do estudo foi possível mensurar a participação e aceitação destes medicamentos pelas diversas classes econômicas. Avaliando a aceitação, o uso e o conhecimento sobre estes medicamentos pela população, traçando um perfil da política de genéricos. Observou-se, também na revisão de literatura que 91% dos usuários escolhem o medicamento genérico influenciados pelo preço. Outro dado obtido é o alto grau de confiabilidade no farmacêutico em praticar a orientação farmacêutica. Por tudo isso, ressaltou-se a importância da orientação farmacêutica na dispensação do medicamento genérico. Podemos concluir que, apesar de um elevado índice de conhecimento sobre medicamentos genéricos, são necessárias ações para uma sólida efetivação da política dos genéricos no Brasil, com modificações de conceitos principalmente entre os profissionais de saúde, para proporcionar uma melhora do acesso da população a estes medicamentos gerando um impacto na qualidade de vida. Palavras-chave: Aceitabilidade; Farmacêutico, Medicamentos genéricos.

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7

ABSTRACT

This study seeks to analyze relevant aspects and aims to raise the acceptance of generics involving aspects such as acceptability, perceived effectiveness, use, market share and legislation for the regulation of generic drugs. Through the study it was possible to measure the participation and acceptance of these drugs by the various economic classes. Assessing the acceptance, use and knowledge of these drugs by the population by establishing a profile of the generic policy. It was observed also in the literature review that 91% of users choose the generic influenced by price. Other data obtained is the high degree of confidence in the pharmacist in pharmaceutical practice guidance. For all this, he stressed the importance of guidance in pharmaceutical dispensing of generic drugs. We can conclude that despite a high level of knowledge about generic drugs, actions are needed for sound policy effectiveness of generics in Brazil, with modifications of concepts especially among health professionals to provide improved public access to these drugs generating an impact on quality of life. Key words: Acceptability, Pharmaceutical, Generic Drugs

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8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de vigilância sanitária.

DCB – Denominação comum brasileira

DCI – Denominação comum internacional

GGMEG – Gerência geral de medicamentos genéricos.

OMS – Organização mundial de saúde.

PNM – Política nacional de medicamentos .

SUS – Sistema único de saúde.

FEF – Fundação Educacional de Fernandópolis

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9

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Embalagem de um medicamento genérico...................................... 17

Figura 2 Incidência do uso de medicamento genérico pelos entrevistados... 25

Figura 3 Grau de instrução do entrevistado................................................... 26

Figura 4 Você sabe o que é medicamento genérico?.................................... 27

Figura 5 Incidência de utilização de medicamento genérico.......................... 28

Figura 6 O medicamento genérico apresentou o efeito desejado?................ 29

Figura 7 Você sabe o que é bioequivalência?............................................... 30

Figura 8 Você acha que a população é bem informada em relação ao

medicamento genérico?...................................................................

31

Figura 9 Diferença de medicamento genérico de um medicamento similar.. 32

Figura 10 Você encontra medicamento genérico com facilidade nas

farmácias da sua região?.................................................................

33

Figura 11 Incidência dos entrevistados que declaram confiar no

farmacêutico para fazer a troca do medicamento de referência

pelo medicamento genérico.............................................................

34

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10

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................

11

1 REVISÃO DE LITERATURA............................................................................... 13

1.1 Aceitação de medicamentos genéricos no Brasil....................................... 13

1.2 Avaliação da disponibilidade de medicamentos genéricos....................... 15

1.3 Histórico do medicamento genérico............................................................. 17

1.4 Perfil dos usuários do medicamento genérico............................................ 18

1.5 A lei dos Genéricos nº 9.787 de 1999............................................................ 19

1.6 Bioequevalência e Biodisponibilidade......................................................... 20

1.7 Genérico, similar e Referência......................................................................

22

2 OBJETIVOS........................................................................................................ 24

2.1 Objetivo geral.................................................................................................. 24

2.2 Objetivos específicos.....................................................................................

24

3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................

25

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................................................

26

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................

37

6 BIBLIOGRÁFIA...................................................................................................

38

7 APÊNDICE.......................................................................................................... 41

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11

INTRODUÇÃO

Segundo Brasil (2000), Os medicamentos genéricos são medicamentos

similares a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este

intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção

patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia,

segurança e qualidade Faria (2006), relata a política pública de medicamentos genéricos implantada

no Brasil em 1999 visa aumentar o acesso da população aos medicamentos,

principalmente àquela de menor poder aquisitivo, contribuindo para reduzir o

problema de saúde pública do país. Segundo a Lei n. 9.987 de 10/02/1999, e nesse

contexto, surge o medicamento genérico como alternativa mais acessível

economicamente. Sabe-se que o medicamento genérico apresenta o mesmo

princípio ativo do medicamento de referência, e que os genéricos precisam ser

aprovados, antes de sua comercialização, nos testes de bioequivalência e

biodisponibilidade.

Ainda de acordo com o autor acima, os medicamentos são administrados de

forma e em dosagens idênticas aos medicamentos de referência, apresentando os

mesmos níveis de eficácia e segurança. São, ainda, mais acessíveis que os

medicamentos com marca comercial, pois dispensam pesquisas de desenvolvimento

e campanhas de publicidade (o genérico é fabricado a partir de uma fórmula já

consagrada e não há marca a ser divulgada).

De acordo com (DIAS, 2006) relata que com a entrada dos medicamentos

genéricos no mercado nacional, aumentou a concorrência entre os produtos. O

genérico passou a conquistar o mercado, enquanto o de referência passou a

competir fortemente para manter sua meta de vendas. Os preços reduzidos dos

medicamentos genéricos são justificados pelo menor investimento em marketing e

pela ausência de despesas com o desenvolvimento de princípios ativos e ensaios

clínicos requeridos para um produto inovador

De acordo com Agência nacional de vigilância sanitária, O medicamento é um

produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática,

curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Os medicamentos podem ser divididos

em três classes gerais: referência, genérico e similar.

Page 12: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

12

O genérico é uma opção para diminuição dos preços abusivos praticados pelo

setor farmacêutico, principalmente através da redução do superfaturamento na

importação de matérias primas, propiciando assim a livre concorrência entre as

indústrias do setor. Também já se levantam conflitos de interesse entre políticas de

saúde e políticas industriais, uma vez que o Governo ao visar a redução de gastos

com a saúde, ao mesmo tempo deve se preocupar com o crescimento industrial, a

fim de fortalecer a economia do país (VIEIRA, ZUCCHI, 2006).

O medicamento genérico é o único que pode ser intercambiável com o

medicamento de referência (ou seja, substituído), por apresentar os mesmos efeitos

e a mesma segurança, demonstrados nos testes de equivalência farmacêutica e de

bioequivalência realizados. Dessa forma, os genéricos incentivam a concorrência

com os produtos de referência, o que também influencia na redução do preço

(ROCHA et al., 2007).

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13

1. REVISÃO DE LITERATURA

1.1 Aceitação de medicamentos genéricos no Brasil

Juntos os estudos descritos a farmacoterapia chegou ao Brasil através dos

jesuítas, que eram os responsáveis pelo tratamento dos doentes em Portugal, visto

que na época do descobrimento do Brasil quase não existia em Portugal a profissão

de médico e farmacêutico. Ao chegarem aqui, foram obrigados a buscar alternativas

para repor os medicamentos que traziam e passaram a utilizar as plantas

medicinais.

A política de medicamentos genéricos no país teve como primeiro marco a Lei

9.787, de 10 de fevereiro de 1999 (Lei dos Genéricos). Os primeiros registros desse

tipo de medicamento ocorreram em fevereiro de 2000, tendo-se sua efetiva

comercialização iniciado em junho daquele ano.

Brasil (1998), assinalou que é responsabilidade do Estado a formulação e

execução de políticas econômicas e sociais que visem, entre outros, estabelecer

condições que assegurem acesso universal às ações e serviços para promoção,

proteção e recuperação da saúde. Neste contexto, a política nacional de

medicamentos, cujo propósito é garantir o acesso da população aos medicamentos

considerados essenciais, bem como a sua necessária segurança, eficácia e

qualidade.

De acordo com Brasil (1998), Para a promoção do acesso a medicamentos,

várias estratégias se faz necessário, encontra-se a política de medicamentos

genéricos, que são, em geral, mais baratos que os medicamentos inovadores devido

em grande parte ao fato de não recaírem sobre o genérico os custos relativos ao

desenvolvimento da nova molécula e dos estudos clínicos necessários.

Segundo Brasil (2000), Os medicamentos genéricos são medicamentos

similares a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este

intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção

patentária ou de outros direitos de exclusividade, comprovada a sua eficácia,

segurança e qualidade.

A literatura esclarece que em um país em desenvolvimento, como o Brasil,

não se pode deixar de salientar o crescimento do consumo de remédios e as novas

alternativas que se apresentam aos consumidores em termos de medicamentos.

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14

O produto genérico citando que para o fabricante de aço o produto genérico é

o próprio aço, de acordo com certas especificações, ou seja, o produto genérico são

os ingredientes em si. Nem todos os produtos genéricos são, porém, os mesmos,

uma vez que existem certas diferenças nos processos de fabricação, ou mesmo em

função das matérias-primas utilizadas. No caso dos medicamentos, os produtos

genéricos são os próprios princípios ativos, os ingredientes que compõem os

medicamentos, sendo assim comercializados sem marca, trazendo apenas o nome

do princípio ativo do medicamento (COBRA,1992).

Entre as ações governamentais estabelecidas para o desenvolvimento da

Saúde Pública no Brasil está a implantação de Políticas de Saúde nas diversas

áreas de atuação. Brasil (2001), Nesse âmbito, temos a implantação da Política

Nacional de Medicamentos (PNM), tendo como propósito garantir a necessária

segurança, eficácia e qualidade destes produtos, promover o uso racional e o

acesso dos medicamentos essenciais à população. Inserida na PNM está a

necessidade do estabelecimento de estratégias para a consolidação de uma Política

Nacional de Medicamento Genérico no Brasil, sendo considerada importante para a

promoção do uso racional de medicamentos. Também é objeto da PNM, o incentivo

da produção de medicamentos genéricos, ação catalisadora para obtenção desta

consolidação. (BRASIL, 2001).

Segundo o Brasil (2001), A principal justificativa para a consolidação de uma

política de medicamentos genéricos é a tendência de que o preço destes seja menor

que os medicamentos de referência. Como conseqüência, o acesso a medicamento

pela população e órgãos governamentais seria substancialmente melhorado,

resultando no cumprimento mais adequado das terapias farmacológicas

estabelecidas.

Silva (2006) relata que os medicamentos genéricos surgiram em Portugal em

1994, porém só nos últimos anos surgiu um aumento da comercialização e

divulgação destes fármacos. Segundo os dados da Associação Portuguesa de

Genéricos, estes medicamentos têm atualmente uma quota de mercado que ronda

os 14,15% em vendas e, de acordo com a literatura, o aumento da comercialização

destes fármacos pode ter um impacto no sector da saúde, contribuindo para a

diminuição da despesa do serviço nacional de saúde e para a poupança dos

próprios utentes.

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15

Os medicamentos genéricos estão sujeitos às mesmas condições de

introdução no mercado exigidas para remédios com marca comercial. A Organização

Mundial da Saúde (OMS), em documento intitulado Glossário de Termos

Especializados para Avaliação de Medicamentos, propõe, a esse respeito, que só

seja autorizada a comercialização de um genérico caso sejam comprovadas e

documentadas sua segurança, eficácia e qualidade.

1.2 Avaliação da disponibilidade de medicamentos genéricos

De acordo com a Resolução nº 10 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA), de 2 janeiro de 2001, medicamentos genéricos são aqueles que contêm o

mesmo fármaco, na mesma dose, forma farmacêutica, indicação e via de

administração de seu referente de marca, cujo prazo de proteção patentária expirou.

A diferença entre os dois está na nomenclatura, pois os genéricos levam o nome do

princípio ativo do medicamento, e o de marca adota o nome comercial (MELLA,

2002).

O medicamento genérico é designado conforme a Denominação Comum

Brasileira (DCB) ou, na sua ausência, de acordo com a Denominação Comum

Internacional (DCI), sendo identificado pela embalagem, que deve apresentar

apenas o nome do princípio ativo e conter os dizeres: “Medicamento Genérico – Lei

nº 9787/99” – e uma tarja amarela, com um “G”, em cor azul em destaque, conforme

definição publicada na Resolução nº 47, de 28 de março de 2001.

A literatura deixa claro que cerca de um terço da população mundial tem

dificuldade de acesso aos medicamentos, o que decorre, principalmente, dos

elevados custos e da dificuldade de regulação do mercado farmacêutico. Por esses

motivos, medicamentos genéricos são utilizados em vários países como agentes

reguladores desse mercado, devido a seu poder de influência na oferta e na

demanda.

De acordo com (DIAS, 2006) relata que com a entrada dos medicamentos

genéricos no mercado nacional, aumentou a concorrência entre os produtos. O

genérico passou a conquistar o mercado, enquanto o de referência passou a

competir fortemente para manter sua meta de vendas. Os preços reduzidos dos

medicamentos genéricos são justificados pelo menor investimento em marketing e

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16

pela ausência de despesas com o desenvolvimento de princípios ativos e ensaios

clínicos requeridos para um produto inovador.

Segundo (VIEIRA, 2006) No Brasil, a implantação dos medicamentos

genéricos proporcionou uma redução média dos custos dos medicamentos,

compreendida entre 40% e 62%, segundo os valores encontrados por diferentes

estudos. A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos informa

que os genéricos são 35%, mais baratos que os de referência.

Valente (2001) ressalta a consolidação do mercado de genéricos, no Brasil,

representa importante estratégia governamental, uma vez que significa maior acesso

da população aos medicamentos. Apenas 23% da população brasileira tem acesso

aos medicamentos e esta pequena parcela está sujeita a muitos problemas. O

surgimento dos medicamentos genéricos se deu devido a esta dificuldade, trazendo

esperanças ao quadro desanimador da saúde brasileira (SANTOS, 2000).

Uma competitividade saudável entre empresas que produzem e vendem

medicamentos tem tido, nos países desenvolvidos, participação expressiva na

redução de custos, desde que possa ser regulada, do ponto de vista do comprador,

particularmente no que concerne à garantia de qualidade. No âmbito do serviço

público no Brasil, existe farta legislação que tenta oferecer meios para

regulamentação da oferta e dos processos de aquisição. Dessa forma, os

medicamentos genéricos se inserem como ferramentas estratégicas para a

diminuição dos custos e manutenção da qualidade nos serviços públicos de saúde.

A sociedade também é exigida com a política dos genéricos, no sentido de

aprender para se defender e cobrar os seus direitos. Segundo Santos (2000, p.3) Os

benefícios que os genéricos trazem devem ser divulgados, pois aumentam as

chances de a população realizar o tratamento farmacológico completo. Na opinião

de Serra (2000) a dificuldade é que muitos médicos ainda não receitam os genéricos

e os pacientes não sabem da possibilidade de utilizá-los. Para que esta política seja

bem sucedida, torna-se imprescindível a participação destes profissionais, pois além

da prescrição eles podem disseminar informações sobre os medicamentos

genéricos à população.

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17

1.3 Histórico do Medicamento Genérico

Podemos observar a partir da leitura mais aprofundada, que em 1999 ocorreu

o surgimento do medicamento genérico, sendo que em 1993, na 46ª Assembléia

Mundial de Saúde, discutiu-se especificamente a recomendação de adoção de

denominação genérica de medicamentos em destaque nos rótulos e propagandas

de produtos farmacêuticos. Neste mesmo ano – através do Decreto 793 de 05 de

Abril de 1993 no Brasil - passa a ser obrigatório que todas as prescrições de

profissionais dos serviços públicos, conveniados e contratados do Sistema Único de

Saúde (SUS) tenham a denominação genérica dos medicamentos, constituindo um

ponto de partida para o estabelecimento do medicamento genérico no país (BRASIL,

1993).

Segundo relatos da literatura revisada, o genérico é uma opção para

diminuição dos preços abusivos praticados pelo setor farmacêutico, principalmente

através da redução do superfaturamento na importação de matérias primas,

propiciando assim a livre concorrência entre as indústrias do setor. Também já se

levantam conflitos de interesse entre políticas de saúde e políticas industriais, uma

vez que o Governo ao visar a redução de gastos com a saúde, ao mesmo tempo

deve se preocupar com o crescimento industrial, a fim de fortalecer a economia do

país (VIEIRA, ZUCCHI, 2006).

.

Figura 1. – Embalagem de um medicamento genérico

Fonte: Eurofarma, disponível em :http/www.genericoseurofarma.com.br

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18

1.4 Perfil dos usuários do medicamento genérico.

Medicamentos genéricos e o monopólio das grandes multinacionais, houve

uma grande elevação no mercado de concorrência, provocando redução nos preços

dos medicamentos de maneira geral”. Dessa forma, uma parcela da população deixa

de depender dos medicamentos distribuídos pelo governo, o que automaticamente

reduz os encargos sobre o poder público, ficando o governo mais ágil para atender

melhor as pessoas que continuam à margem do processo privado de aquisição de

medicamentos.

De acordo com Portaria nº. 3.916/GM (Brasil, 1998), o perfil do consumidor

brasileiro é constituído por três classes: a primeira representa 15% da população,

tem renda acima de 10 salários mínimos e consome 48% do mercado total de

medicamentos; a segunda é formada por 34% da população, tem renda em torno de

4 a 10 salários mínimos e consome 36% do mercado e a terceira é constituída por

51% da população com renda de zero a 4 salários mínimos e consome apenas 16%

do mercado. Esse fato demonstra que por razões sócio-econômicas, o acesso aos

medicamentos não ocorre de forma igual na população, ficando comprometido para

milhões de brasileiros que têm baixa renda.

O aumento constante dos preços dos medicamentos no mercado é um dos

fatores que acabam levando a população ao serviço público (DE CARVALHO, 2006)

Hoje no mundo em que vivemos com tantas dificuldades a população de

baixa renda revela padrão de consumo no qual o que define o acesso ao

medicamento não é o preço e sim a renda, pois mesmo com queda significativa dos

preços, a renda é tão baixa que torna seu consumo praticamente impossível.

De Carvalho (2006), embora não atinja todas as classes definidas no perfil do

consumidor brasileiro, o preço é indiscutivelmente um fator importante no ciclo da

comercialização. Assim sendo, é amplamente compreensível que ele se constitua no

cerne da representação social do medicamento genérico, uma vez que o consumidor

o vê como fator decisivo ao acesso aos medicamentos).

Conforme ressalta a literatura para o consumidor, o preço e a qualidade são

elementos fundamentais na construção de uma noção de valor, que será, por sua

vez, o seu orientador na escolha do mercado. A percepção dos consumidores

quanto aos critérios de avaliação da qualidade pode mudar ao longo do tempo

devido a fatores como o aumento de informações, aumento de competição em uma

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19

categoria de produto e mudança de expectativas. No entanto, isso não invalida a

relação entre o preço e a qualidade, dada a importância que ela representa dentro

do processo de percepção do valor de um bem e sua influência no processo de

decisão de compra.

1.5 A Lei dos Genéricos no. 9787 DE 1999

Após diversas discussões e análises, surge no Brasil a Lei 9.787/99,

conhecida popularmente como Lei do Genérico, a qual dá início a uma nova fase ao

comércio farmacêutico no país. Decorrido os 20 anos de proteção patentária, o

medicamento passa a poder ser copiado por outras empresas. Se por um lado é

função do governo proteger, com a Lei de Patentes, os investimentos em Pesquisa e

Desenvolvimento, por outro, é função do governo garantir a competitividade do

setor, para evitar abusos de preços e tentar garantir medicação a um preço

acessível à toda a população.

De acordo com a Lei nº 9.787 de 10 de fevereiro de 1999. Um medicamento

genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo (fármaco) que o

Medicamento de Referência fabricado no país, a mesma dose e a mesma fórmula

farmacêutica. É administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica,

apresenta a mesma segurança e pode, por essas razões, ser intercambiável com

esse Medicamento de Referência.

Logo em seguida, setembro de 2000, houve a instituição da Gerência Geral

de Medicamentos Genéricos (GGMEG-ANVISA), a qual visou concentrar as ações

necessárias para o aperfeiçoamento a implementação desta categoria de

medicamento.

É aí que entra a Lei de Genéricos. Esta Lei confere ao produto, que passar

por um teste que comprove realmente que ele é intercambiável com o medicamento

de referência, um selo de qualidade definindo-o como genérico, dando ao médico

maior opção na hora de prescrever, e ao paciente a chance de procurar o produto

mais barato, sem o risco de levar uma medicação com menor eficácia e segurança

que a original. A partir daí o paciente passa a poder, com a receita do medicamento

na mão, procurar o medicamento mais barato, com segurança, o que serve como

forma de pressão dos consumidores por redução de preços.

Page 20: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

20

É natural que as maiores preocupações do médico sejam pela eficácia e

segurança do produto e, por esses motivos, para que o fator preço passe a ser

importante, do ponto de vista do médico, na hora de tomar a decisão de prescrição,

primeiro é necessário que o médico esteja seguro com relação à estes dois quesitos.

1.6 Bioquevalência e Biodisponibilidade

Os medicamentos genéricos deverão passar por testes de bioequivalência e

biodisponibilidade, tendo, assim, a garantia de que possuem mesmo valor

terapêutico de um medicamento de marca. A Resolução nº 41 da ANVISA, de 28 de

abril de 2000, é que estabelece os critérios mínimos para a aceitação de unidades

que realizam ensaios de equivalência farmacêutica, biodisponibilidade e

bioequivalência. Conforme a resolução anterior, os testes envolvem a etapa de

equivalência farmacêutica e as etapas clínica, analítica e estatística, devendo ser

realizados em laboratórios credenciados. No Brasil, existem mais de vinte

laboratórios preparados para realizar os testes, sendo na maioria laboratórios de

universidades (SANTOS, 2000). Destes, 18 centros de biodisponibilidade e

bioequivalência estão certificados pela ANVISA, sendo que 13 estão localizados no

estado de São Paulo, dois em Goiás e um em cada um dos estados do Ceará,

Pernambuco e Rio de Janeiro. Existem outros laboratórios em fase de certificação

nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo

(ANVISA, 2001).

Bioequivalência é um método indireto de avaliar a eficácia e a segurança de

qualquer medicamento contendo a mesma substância ativa que o medicamento

original, cuja ação seja dependente da entrada na circulação sistêmica. Tem por

objetivo comparar as biodisponibilidades de dois medicamentos considerados

equivalentes farmacêuticos ou alternativas farmacêuticas e que tenham sido

administrados na mesma dose molar (INFARMED, 2011).

O teste de bioequivalência consiste na demonstração de que o medicamento

genérico e seu respectivo medicamento de referência (aquele para o qual foi

efetuada pesquisa clínica para comprovar sua eficácia e segurança antes do

registro) apresentam a mesma biodisponibilidade no organismo. O teste de

bioequivalência assegura que o medicamento genérico é equivalente terapêutico do

Page 21: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

21

medicamento de referência, ou seja, que apresenta a mesma eficácia clínica e a

mesma segurança em relação ao seu de referência (ANVISA, 2011).

Bioequivalência consiste na demonstração de que os parâmetros

farmacocinéticos do medicamento genérico e seu respectivo medicamento de

referência estão contidos no intervalo de confiança de 90% (IC90%) dentro do limite

de 80% a 125%. Isto significa que para serem aceitos como bioequivalentes, os

valores extremos do intervalo de confiança de 90% para a razão das médias

geométricas ASC teste/ASC Ref e as Cmáx teste/ Cmáx Ref devem ser > 0,8 e <

1,25 (VALENTE, 2004).

Os testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência são realizados em

centros habilitados e autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. É o

teste realizado com o medicamento genérico, onde ele deve conter o mesmo

princípio ativo, na mesma quantidade e com as mesmas características ao seu

medicamento de referência. Essa equivalência farmacêutica é exigida pela

legislação brasileira e os teste são realizados "in vitro" (não envolve seres humanos),

em laboratórios de controle de qualidade habilitados pela Agência Nacional de

Vigilância Sanitária.

A biodisponibilidade é um termo farmacocinético que descreve a velocidade e

o grau com que uma substância ativa ou a sua forma molecular terapeuticamente

ativa é absorvida a partir de um medicamento e se torna disponível no local de ação.

A avaliação da biodisponibilidade é realizada com base em parâmetros

farmacocinéticos calculados a partir dos perfis de concentração plasmática do

fármaco ao longo do tempo (INFARMED, 2011).

1.7 Genérico, Similar e Referência

Medicamento de Referência: O medicamento de Referência, geralmente

corresponde ao produto farmacêutico inovador ou, na sua ausência, ao líder de

vendas no mercado, cuja eficácia, a segurança e a qualidade foram comprovadas

cientificamente e registradas pelo órgão de vigilância sanitária no país. Este

medicamento geralmente se encontra a bastante tempo no mercado e têm uma

marca comercial conhecida.É um produto de marca pesquisado e desenvolvido por

um laboratório, que fez todos os estudos e que tem todos os dados necessários do

Page 22: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

22

remédio de referência ou seu registro. Esses dados referem-se a eficácia terapêutica

e qualidade do medicamento (ANVISA, 2011).

Medicamento Similar: O medicamento similar possui o mesmo ou os mesmos

princípios ativos, a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração,

posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência registrado no órgão

de vigilância sanitária do país. Porém, os similares podem diferir do medicamento

referência pode apresentar características diferentes, relativas ao tamanho, forma do

produto, prazo de validade e embalagem. São identificados por um nome de marca.

Não tem sua bioequivalência com medicamento de referência comprovada, não são

intercambiáveis com os genéricos e vice-versa (ANVISA, 2011).

Medicamento Genérico: O medicamento Genérico é aquele que fez todas as

análises comparativas a outro de marca, que foi pesquisado e desenvolvido por um

laboratório farmacêutico. O medicamento genérico, além de possuir o mesmo

princípio ativo, tem a mesma composição de substâncias, modo e tempo de ação no

organismo e absorção pela corrente sanguínea apresentados pelo produto de

marca. Tem a mesma forma de apresentação e de dosagem (comprimidos, xarope,

solução injetável entre outros) (ANVISA, 2011).

O medicamento genérico é o único que pode ser intercambiável com o

medicamento de referência (ou seja, substituído), por apresentar os mesmos efeitos

e a mesma segurança, demonstrados nos testes de equivalência farmacêutica e de

bioequivalência realizados. Dessa forma, os genéricos incentivam a concorrência

com os produtos de referência, o que também influencia na redução do preço

(ROCHA et al., 2007).

Para que seja feito o registro do medicamento como Genérico no órgão de

vigilância sanitária do país o medicamento deverá passar pelos testes de

biodisponibilidade e de bioequivalência, o que garantira que ele possui a mesma

eficácia terapêutica do produto de marca. Para sabermos se o medicamento é

genérico devemos observar na embalagem se está escrito “Medicamento Genérico”

dentro de um tarja amarela. O medicamento genérico não tem marca, o que vem

escrito na embalagem é o princípio ativo do medicamento.

Page 23: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

23

2.OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Verificar a aceitação de medicamentos genéricos por universitários da

Fundação Educacional de Fernandópolis (FEF) e usuários do SUS de Indiaporã -

SP.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

a) Identificar melhorias na divulgação e aceitação dos medicamentos

genéricos;

b) Identificar quais os motivos da aceitação ou rejeição de medicamentos

genéricos;

c) Descrever o perfil dos usuários do medicamento genérico.

Page 24: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

24

3. MATERIAIS E MÉTODOS

A coleta de dados foi realizada através de questionário estruturado com 10

questões, com perguntas abertas e fechadas que foram aplicados através de

entrevistas pessoais. O questionário contou com questões sociodemográficas

abordando informações a respeito da escolaridade do cliente, renda familiar,

frequência que compra medicamentos genéricos, satisfação com relação ao

medicamento genérico, grau de confiança no medicamento genérico, obtenção de

informações sobre o medicamento genérico por parte do farmacêutico, confiança no

farmacêutico para fazer a troca do medicamento de referência pelo medicamento

genérico, se encontra o medicamento genérico nas farmácias de sua região, se sabe

a diferença de um medicamento similar com um genérico. Esta pesquisa foi

realizada na FEF- Fundação Educacional de Fernandópolis e na Unidade Básica de

Saúde de Indiaporã –SP, num total de 200 pessoas.

De posse dos dados coletados, os mesmos foram analisados e dispostos na

forma de gráficos para resultados e discussão.

Page 25: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente trabalho contou com a participação de

após a aplicação de questionário,

Figura 2. Incidência do uso de medicamento genérico

Fonte : Elaboração própria.

Observou-se que 6

entrevistados foram do sexo masculino

frequência de consulta de mulheres do que homens, principalmente na aquisição de

anticonceptivo.

40%

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O presente trabalho contou com a participação de 200

aplicação de questionário, foram obtidos os resultados a seguir.

Incidência do uso de medicamento genérico pelos

se que 60% dos entrevistados foram do sexo feminino, e 40

entrevistados foram do sexo masculino. Isso deve-se provavelmente a maior

frequência de consulta de mulheres do que homens, principalmente na aquisição de

60%

SEXO

25

entrevistados, onde

resultados a seguir.

pelos entrevistados.

foram do sexo feminino, e 40% dos

provavelmente a maior

frequência de consulta de mulheres do que homens, principalmente na aquisição de

Feminino

Masculino

Page 26: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

Figura

Fonte : Elaboração própria.

Observou-se que 5

possuem ensino médio

entrevistados possui bom

genérico, provavelmente devido ao grau de instrução.

Analisando os resultados na população de Maringá, percebe

muito baixo de prescrição de genéricos pelos

dados a pesquisa realizada

de Maringá, na qual apenas

medicamento genérico prescrito por seu médico.

não influencia no aumento do número de

dados do presente trabalho contradizem dados do trabalho reali

2002.

Figura 3. Grau de instrução do entrevistado.

se que 50% dos entrevistados possuem nível superior, e

édio e 9% ensino fundamental. Verifica

entrevistados possui bom senso crítico para avaliação geral do medicamento

genérico, provavelmente devido ao grau de instrução.

do os resultados na população de Maringá, percebe

muito baixo de prescrição de genéricos pelos médicos (28%). Comparando esses

dados a pesquisa realizada em acadêmicos de uma instituição de Ensino Superior

Maringá, na qual apenas 22% dos entrevistados disseram ter comprado

nérico prescrito por seu médico. O nível de instrução do paciente

não influencia no aumento do número de prescrições de medicamento genérico.

dados do presente trabalho contradizem dados do trabalho realizado por Mella

26

Grau de instrução do entrevistado.

% dos entrevistados possuem nível superior, e 41%

Verifica-se que 91% dos

o geral do medicamento

do os resultados na população de Maringá, percebe- se um índice

médicos (28%). Comparando esses

em acadêmicos de uma instituição de Ensino Superior

ntrevistados disseram ter comprado

instrução do paciente

prescrições de medicamento genérico. Os

zado por Mella et al,

Page 27: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

Figura 4

Fonte: Elaboração Própria.

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO GENÉRICO? (ENSINO SUPERIOR)

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO GENÉRICO? (ENSINO MÉDIO)

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO GENÉRICO? (ENSINO FUNDAMENTAL)

Figura 4. Você sabe o que é medicamento genérico?

97%

3%

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO GENÉRICO? (ENSINO SUPERIOR)

95%

5%

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO GENÉRICO? (ENSINO MÉDIO)

78%

22%

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO GENÉRICO? (ENSINO FUNDAMENTAL)

ENSINO MÉDIO

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

ENSINO SUPERIOR

27

. Você sabe o que é medicamento genérico?

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO

sim

não

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO

sim

não

VOCÊ SABE O QUE É MEDICAMENTO GENÉRICO? (ENSINO FUNDAMENTAL)

sim

não

Page 28: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

Observa-se que 78% dos entrevistados que possuem grau ensino

fundamental conhecem totalmente o medicamento genérico.Enquanto que 22% dos

entrevistados de grau ensino fundamental não conhecem totalmente o

medicamento.

Dos entrevistados que possuem ensino

medicamento genérico.Enquanto que 5% dos entrevistados de grau ensino médio

não conhecem totalmente o medicamento.

Já dos entrevistados que possuem ensino superior 97% conhecem totalmente

o medicamento genérico.E apenas

não conhecem totalmente o medicamento.

Entre estudantes universitários

60%. Mesmo entre os estudantes de nível superior, estes números

considerados baixos, já que o profissional

realizar a intercambialidade

Conforme aumenta o grau de instrução, aumenta o conhecimento sobre o

medicamento genérico.

Figura 5. Incidência de

Fonte: Elaboração própria.

Observou-se que grande parte dos

genérico. Pode-se sugerir que a maioria dos entrevistados

UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTO

se que 78% dos entrevistados que possuem grau ensino

fundamental conhecem totalmente o medicamento genérico.Enquanto que 22% dos

entrevistados de grau ensino fundamental não conhecem totalmente o

Dos entrevistados que possuem ensino médio 78% conhecem totalmente o

medicamento genérico.Enquanto que 5% dos entrevistados de grau ensino médio

não conhecem totalmente o medicamento.

Já dos entrevistados que possuem ensino superior 97% conhecem totalmente

o medicamento genérico.E apenas 3% dos entrevistados de grau ensino superior

não conhecem totalmente o medicamento.

Entre estudantes universitários (MELLA et al, 2002), este índice sobe para

60%. Mesmo entre os estudantes de nível superior, estes números

já que o profissional farmacêutico é o único habilitado a

realizar a intercambialidade do medicamento de referência pelo genérico.

Conforme aumenta o grau de instrução, aumenta o conhecimento sobre o

Incidência de utilização de medicamento genérico.

se que grande parte dos entrevistados fazem uso do medicamento

se sugerir que a maioria dos entrevistados (8

86%

11%

3%

UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTO GENÉRICO

28

se que 78% dos entrevistados que possuem grau ensino

fundamental conhecem totalmente o medicamento genérico.Enquanto que 22% dos

entrevistados de grau ensino fundamental não conhecem totalmente o

médio 78% conhecem totalmente o

medicamento genérico.Enquanto que 5% dos entrevistados de grau ensino médio

Já dos entrevistados que possuem ensino superior 97% conhecem totalmente

3% dos entrevistados de grau ensino superior

, 2002), este índice sobe para

60%. Mesmo entre os estudantes de nível superior, estes números podem ser

farmacêutico é o único habilitado a

pelo genérico.

Conforme aumenta o grau de instrução, aumenta o conhecimento sobre o

utilização de medicamento genérico.

entrevistados fazem uso do medicamento

86%), escolhe esse

UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTO

sim

não

não sei

Page 29: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

produto influenciado provavelmente

que independente da renda, grande parte dos entrevistados se importam com o

valor do medicamento no momento

genérico. Por outro lado 11% dos entrevistados não fazem us

genérico, Enquanto que 3% dos entrevistados não sabe se faria uso do

medicamento genérico.

Figura 6. O medicamento genérico apresentou o efeito desejado?

Fonte: Elaboração própria.

Os resultados obtidos na

entrevistados concordam

mesmo efeito que um medicamento de

não concordam totalmente que o medicamento genérico causa o mesmo efeit

o medicamento de referência. E 4% dos entrevistados menciona que talvez faça o

mesmo efeito que o medicamento de referência.

provavelmente pelo seu valor comercial. É relevante lembrar

renda, grande parte dos entrevistados se importam com o

valor do medicamento no momento de se decidir pela escolha do medicamento

Por outro lado 11% dos entrevistados não fazem uso do medicamento

genérico, Enquanto que 3% dos entrevistados não sabe se faria uso do

. O medicamento genérico apresentou o efeito desejado?

s resultados obtidos na figura 6 revelam que a m

m totalmente que os medicamentos genéricos causam o

que um medicamento de referência. Enquanto 9% dos entrevistados

não concordam totalmente que o medicamento genérico causa o mesmo efeit

o medicamento de referência. E 4% dos entrevistados menciona que talvez faça o

mesmo efeito que o medicamento de referência.

29

pelo seu valor comercial. É relevante lembrar

renda, grande parte dos entrevistados se importam com o

de se decidir pela escolha do medicamento

o do medicamento

genérico, Enquanto que 3% dos entrevistados não sabe se faria uso do

. O medicamento genérico apresentou o efeito desejado?

revelam que a maioria, 87%, dos

genéricos causam o

Enquanto 9% dos entrevistados

não concordam totalmente que o medicamento genérico causa o mesmo efeito que

o medicamento de referência. E 4% dos entrevistados menciona que talvez faça o

Page 30: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

Figura 7

Fonte: Elaboração própria.

Observando-se a figura 7 podemos

tem conhecimento algum do que venha ser bioequivalência. Enquanto 52% dos

entrevistados nunca ouviu falar o que venha ser bioequivalência. Os entrevistados

que responderam não, ou nunca ouvi falar nessa questão, são a

alegaram que o medicamento genérico não possui o mesmo efeito que o

medicamento de referência (pergunta 7 do questionário). Isto mostra que o não

conhecimento do conceito de bioequivalencia induz o paciente a não utillizar o

medicamento genérico.

A bioequivalência, na grande maioria dos casos, particularmente para o

tratamento de afecções agudas, assegura que o medicamento genérico é

equivalente terapêutico ao medicamento de referência, ou seja, apresenta a mesma

eficácia clínica e a mesma segur

certifica que ambos apresentam a mesma

quantidade e a velocidade na qual o princípio ativo é absorvido a partir da forma

farmacêutica e se torna disponível no sítio de ação. Prod

bioequivalência e biodisponibidade comprovadas devem ser considerados

intercambiáveis. A intercambialidade

qualidade, eficácia e segurança quando da substituiç

Figura 7.Você sabe o que é bioequivalência?

se a figura 7 podemos concluir que 48% dos entrevistados não

tem conhecimento algum do que venha ser bioequivalência. Enquanto 52% dos

entrevistados nunca ouviu falar o que venha ser bioequivalência. Os entrevistados

que responderam não, ou nunca ouvi falar nessa questão, são a

alegaram que o medicamento genérico não possui o mesmo efeito que o

medicamento de referência (pergunta 7 do questionário). Isto mostra que o não

conhecimento do conceito de bioequivalencia induz o paciente a não utillizar o

A bioequivalência, na grande maioria dos casos, particularmente para o

tratamento de afecções agudas, assegura que o medicamento genérico é

ao medicamento de referência, ou seja, apresenta a mesma

eficácia clínica e a mesma segurança em relação ao mesmo. A bioequivalência

certifica que ambos apresentam a mesma biodisponibidade

quantidade e a velocidade na qual o princípio ativo é absorvido a partir da forma

farmacêutica e se torna disponível no sítio de ação. Produtos que tenham a sua

bioequivalência e biodisponibidade comprovadas devem ser considerados

intercambialidade é a propriedade que garante ao paciente

ficácia e segurança quando da substituição do medicamento de

30

.Você sabe o que é bioequivalência?

concluir que 48% dos entrevistados não

tem conhecimento algum do que venha ser bioequivalência. Enquanto 52% dos

entrevistados nunca ouviu falar o que venha ser bioequivalência. Os entrevistados

que responderam não, ou nunca ouvi falar nessa questão, são aqueles que

alegaram que o medicamento genérico não possui o mesmo efeito que o

medicamento de referência (pergunta 7 do questionário). Isto mostra que o não

conhecimento do conceito de bioequivalencia induz o paciente a não utillizar o

A bioequivalência, na grande maioria dos casos, particularmente para o

tratamento de afecções agudas, assegura que o medicamento genérico é

ao medicamento de referência, ou seja, apresenta a mesma

ança em relação ao mesmo. A bioequivalência

biodisponibidade, definida como a

quantidade e a velocidade na qual o princípio ativo é absorvido a partir da forma

utos que tenham a sua

bioequivalência e biodisponibidade comprovadas devem ser considerados

é a propriedade que garante ao paciente

ão do medicamento de

Page 31: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

referência por outro medicamento bioequivalente a ele, considerado

terapêutico (VALENTE, 2004).

Figura 8. Você acha que a população é bem informada em relação ao

Fonte: Elaboração própria.

Observa-se segundo

perguntam ou não são informados sobre a existência do medicamento genérico no

momento da consulta médica

mesmo, sendo que os 1

divulgação pela ANVISA

medicamento genérico. Portanto,

melhora no que diz respeito à

população, o que levou à maior curiosidade do

medicamento genérico no momento da prescrição.

informada em relação a bioequivalência do medicamento genérico e referência, esse

é o principal motivo para a deficiência na aceitação do medicamento genérico.

VOCÊ ACHA QUE A POPULAÇÃO É BEM INFORMADA EM RELAÇÃO AO

MEDICAMENTO GENERICO?

tro medicamento bioequivalente a ele, considerado

(VALENTE, 2004).

acha que a população é bem informada em relação ao

medicamento genérico?

se segundo a figura 8, 72% dos entrevistados afirmaram que não

ou não são informados sobre a existência do medicamento genérico no

médica e que não tem conhecimento de divulgação do

, sendo que os 19% relatam ter conhecimento do medicamento e da

pela ANVISA. E 9% relatam talvez seja informado a população sobre o

. Portanto, sugere-se que com o passar do tempo houve

melhora no que diz respeito à divulgação do medicamento ge

população, o que levou à maior curiosidade do usuário pela existência do

medicamento genérico no momento da prescrição. Porém a população não é bem

informada em relação a bioequivalência do medicamento genérico e referência, esse

al motivo para a deficiência na aceitação do medicamento genérico.

19%

72%

9%

VOCÊ ACHA QUE A POPULAÇÃO É BEM INFORMADA EM RELAÇÃO AO

MEDICAMENTO GENERICO?

sim não

31

tro medicamento bioequivalente a ele, considerado equivalente

acha que a população é bem informada em relação ao

2% dos entrevistados afirmaram que não

ou não são informados sobre a existência do medicamento genérico no

e que não tem conhecimento de divulgação do

relatam ter conhecimento do medicamento e da

. E 9% relatam talvez seja informado a população sobre o

se que com o passar do tempo houve

divulgação do medicamento genérico junto à

usuário pela existência do

Porém a população não é bem

informada em relação a bioequivalência do medicamento genérico e referência, esse

al motivo para a deficiência na aceitação do medicamento genérico.

VOCÊ ACHA QUE A POPULAÇÃO É BEM INFORMADA EM RELAÇÃO AO

não talvez

Page 32: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

Figura 9. Diferença de medicamento genérico de um medicamento similar

Fonte: Elaboração própria.

Observa-se que mais da metade dos entrevistados apontaram não saber ou

ter dificuldade em ver a diferença entre similar e genérico, o que não justifica porque

o genérico é de fácil identificação, e possui características próprias na embalagem.

VOCÊ SABERIA DIFERENCIAR UM

Diferença de medicamento genérico de um medicamento similar

se que mais da metade dos entrevistados apontaram não saber ou

dificuldade em ver a diferença entre similar e genérico, o que não justifica porque

o genérico é de fácil identificação, e possui características próprias na embalagem.

47%

46%

7%

VOCÊ SABERIA DIFERENCIAR UM MEDICAMENTO GENÉRICO DE

MEDICAMENTO SIMILAR?

32

Diferença de medicamento genérico de um medicamento similar?

se que mais da metade dos entrevistados apontaram não saber ou

dificuldade em ver a diferença entre similar e genérico, o que não justifica porque

o genérico é de fácil identificação, e possui características próprias na embalagem.

VOCÊ SABERIA DIFERENCIAR UM MEDICAMENTO GENÉRICO DE

sim

não

talvez

Page 33: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

Figura 10. Você encontra medicamento genérico com facilidade nas

Fonte: Elaboração própria.

Em meio às pessoas entrevistadas,

genérico com facilidade,

adquirir o medicamento genérico.

1%

20%

VOCÊ ENCONTRA MEDICAMENTO GENÉRICO COM FACILIDADE NAS

FARMÁCIAS DA SUA REGIÃO?

Você encontra medicamento genérico com facilidade nas

farmácias da sua região?

Em meio às pessoas entrevistadas, 79% encontraram o medicamento

genérico com facilidade, 1% nunca os encontraram e 20% às vezes conseguiram

dicamento genérico.

79%

VOCÊ ENCONTRA MEDICAMENTO GENÉRICO COM FACILIDADE NAS

FARMÁCIAS DA SUA REGIÃO?

33

Você encontra medicamento genérico com facilidade nas

% encontraram o medicamento

% às vezes conseguiram

VOCÊ ENCONTRA MEDICAMENTO GENÉRICO COM FACILIDADE NAS

sempre

nunca

ás vezes

Page 34: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

Figura 11. Incidência dos entrevistados que declaram confiar no farmacêutico para

fazer a troca do medicamento de referência pelo medicamento genérico.

Fonte: Elaboração própria.

Foi possível ver, conforme

que o farmacêutico tem a confiança dos pacientes para trocar o referência pelo

genérico no momento da compra.

farmacêutico faz referência ao medicamento genérico. Sendo 8% diz que o

farmacêutico não faz referência ao medica

que o farmacêutico é um importante divulgador do medicamento genérico junto à

população. Outro dado levantado, conforme figura

na capacidade do farmacêutico em fazer a troca do medicame

medicamento genérico.

Com relação ao índice de confiança nas capacidades do farmacêutico na

intercambialidade do medicamento de referência pelo medicamento genérico,

conclui-se que o farmacêutico possui alto respaldo junto à

sendo este número de 63

Mella et al (2002) e Oliveira

estudo revela alto nível de

não foi possível relacionar os motivos

um posterior estudo onde os entrevistados

Incidência dos entrevistados que declaram confiar no farmacêutico para

medicamento de referência pelo medicamento genérico.

Foi possível ver, conforme a figura 11 que 63% dos entrevistados informaram

tem a confiança dos pacientes para trocar o referência pelo

no momento da compra. Enquanto que 29% informou que talvez o

farmacêutico faz referência ao medicamento genérico. Sendo 8% diz que o

farmacêutico não faz referência ao medicamento genérico. Portanto,

que o farmacêutico é um importante divulgador do medicamento genérico junto à

população. Outro dado levantado, conforme figura 11, é o alto índice de confiança

do farmacêutico em fazer a troca do medicamento de referência pelo

Com relação ao índice de confiança nas capacidades do farmacêutico na

intercambialidade do medicamento de referência pelo medicamento genérico,

o farmacêutico possui alto respaldo junto à população entrevistada,

63%. Quando comparado a outros estudos, 60% e 33% de

Oliveira et al (2005), respectivamente, o valor obtido neste

estudo revela alto nível de confiabilidade nas capacidades do farmacêutico.

não foi possível relacionar os motivos do aumento desta confiabilidade, sugerindo

um posterior estudo onde os entrevistados além de responder se confiam no

34

Incidência dos entrevistados que declaram confiar no farmacêutico para

medicamento de referência pelo medicamento genérico.

% dos entrevistados informaram

tem a confiança dos pacientes para trocar o referência pelo

Enquanto que 29% informou que talvez o

farmacêutico faz referência ao medicamento genérico. Sendo 8% diz que o

Portanto, observou-se

que o farmacêutico é um importante divulgador do medicamento genérico junto à

, é o alto índice de confiança

nto de referência pelo

Com relação ao índice de confiança nas capacidades do farmacêutico na

intercambialidade do medicamento de referência pelo medicamento genérico,

população entrevistada,

%. Quando comparado a outros estudos, 60% e 33% de

(2005), respectivamente, o valor obtido neste

confiabilidade nas capacidades do farmacêutico. Porém

do aumento desta confiabilidade, sugerindo-se

além de responder se confiam no

Page 35: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

35

farmacêutico também relatariam o motivo para tal. Sugerindo que se ele efetuar a

atenção farmacêutica bem feita, obtêm a confiança do cliente.

Page 36: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

36

4. CONCLUSÃO

Através das pesquisas realizadas, verificou-se que os medicamentos

Genéricos possuem boa participação e aceitabilidade no mercado e é a escolha da

grande maioria dos consumidores entrevistados. Os consumidores demonstraram

confiarem nos medicamentos genéricos em sua maioria, procurando-os na hora da

compra.

A política nacional de medicamentos, no que diz respeito aos medicamentos

genéricos, representa avanço no acesso da população ao tratamento

medicamentoso, uma vez que facilita a aquisição dos produtos farmacêuticos pelos

usuários. Atualmente, o conhecimento sobre o medicamento genérico e a sua

conceituação é uma realidade presente na pluralidade da população.

Assim, podemos concluir que, apesar dos avanços e benefícios trazidos pela

Política de Medicamentos Genéricos, ainda é necessário o desenvolvimento de

ações que possibilitem uma concretização definitiva do medicamento genérico no

Brasil, principalmente mudando atitudes entre os profissionais de saúde e conceitos

pré-estabelecidos pela população.

Page 37: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

37

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os principais motivos da não aceitação do medicamento genérico são: a falta

de conhecimento sobre o conceito de biequivalencia e biodisponibilidade; falta de

informação sobre a segurança, qualidade e eficácia dos genéricos; e até mesmo o

seu baixo custo. Alguns consumidores desconfiam muito da diferença de preço entre

referência e genérico, e por não possuírem conhecimento suficiente, alegam que o

genérico por se mais barato, não possui a mesma eficácia que o de referência. Sendo assim falta esclarecimento sobre estas questões.

Page 38: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

38

6. REFERÊNCIAS

ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Mercado de genéricos no Brasil.1993. Disponível em: <http://www.anvisa. gov.br> Acessado em 04/08/2011.

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------. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Atenção farmacêutica. Disponível em: <http://www.anvisa. gov.br> Acessado em 24/10/2011.

BRASIL. Decreto n° 793 de 05 de Abril de 1993. Determina o uso da denominação genérica do fármaco (nome genérico) nas embalagens, em tamanho três vezes maior que o da marca do medicamento. Disponível em <http://e-legis.bvs.br/leisref/public/search.php>. Acesso em 29/10/2005.

------. LEI Nº. 9.787, DE 10 DE FEVEREIRO DE 1999. Altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e dá outras providências. Disponível em: <http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/leis/12964-9787.html>. Acessado em: 22/08/2011.

------. Portaria n. 3.916. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Diário Oficial da União 1998.

------. Resolução nº 41, de 28 de abril de 2000. Estabelece critérios para a aceitação das unidades que realizam ensaios de equivalência farmacêutica, biodisponibilidade e bioequivalência em medicamentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 mai. 2000. Seção 1. 14 p.

------.Resolução nº47, de 28 de março de 2001. Dispõe sobre as embalagens de Medicamentos Genéricos. O uso de faixa amarela para genéricos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 abr. 2001. Seção 1. p. 20-32.

COBRA, M. Administração de Marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992.

DE CARVALHO, M. C.R.D.; JÚNIOR, H. A.; RAFFIN, F.N. Representações sociais do medicamento genérico por usuários. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 42, n. 4, out./dez., 2006.Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcf/v42n4/a12v42n4.pdf>. Acessado em: 22/09/2011.

Page 39: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

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Page 41: Aceitação dos medicamentos genéricos pelos alunos da fef.pdf

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7. APÊNDICE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS – FEF

FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS – FIFE

PESQUISA PARA CONCLUSÃO DO CURSO DE FARMÁCIA ACEITAÇÃO DO MEDICAMENTO GENÉRICO

Sexo: ( )Masculino ( )Feminino Idade: ____anos. Renda: _____________. Grau de escolaridade: ( )Ensino fundamental ( )Ensino médio ( )Ensino superior 1 – Você sabe o que é medicamento genérico? ( ) Sim ( ) Não ( ) Nunca ouvi falar 2 – Você já utilizou medicamento genérico? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei 3 – Caso já tenha utilizado medicamento genérico sentiu que surgiu o efeito desejado? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez 4 – Você sabe o que é bioequivalência? ( ) Sim ( ) Não ( ) Nunca ouvi falar 5 – Você encontra medicamento genérico com facilidade nas farmácias da sua região? ( ) Sempre ( ) Nunca ( ) às vezes 6 – Você confiaria em um farmacêutico para fazer a troca de um medicamento referência por um genérico? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez 7 – Você acredita que um medicamento genérico tenha o mesmo efeito de um de referência? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez 8 – Você recomendaria medicamento genérico para outra pessoa? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez 9 – Você acha que a população é bem informada em relação ao medicamento genérico? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez 10 – Você saberia diferenciar um medicamento genérico de um medicamento similar? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez