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Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 16-17

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Os protótipos textuais mais presentes neste excerto de carta são

a) descritivo, expositivo, instrucional.b) conversacional, argumentativo, instrucional.c) descritivo, narrativo, injuntivo.d) expositivo, argumentativo, narrativo. 

injuntivo = instrucionalNB — «instrucional» não é ‘explicativo, expositivo’

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Como acontece habitualmente em textos do género epistolar, a seguir à data («Lisboa, 13 de janeiro de 1935») surge um [«Meu prezado Camarada:»]

a) sujeito (correspondente ao sujeito poético).b) sujeito (equivalente a Adolfo Casais Monteiro). c) vocativo (correspondente ao remetente).d) vocativo (correspondente ao correspon-dente de Pessoa).

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Pessoa considera que a propensão para a criação heteronímica

a) não radica em características mentais.b) se deve a uma tendência para a

despersonalização e o fingimento.c) foi exclusivamente casual.d) foi consequência de trauma após

pisadela de cocó de cão. 

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O Chevalier de Pas foi

a) o primeiro heterónimo de Pessoa, escrevendo poemas de índole pagã.

b) o futuro Ricardo Reis.c) um ortónimo.d) uma primeira experiência de quase

heterónimo, aos seis anos.

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O heterónimo que Pessoa considera ser mestre de todos os outros (e até do ortónimo) é

a) Álvaro de Campos.b) Chevalier de Pas.c) Ricardo Reis.d) Alberto Caeiro.

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Pessoa considera que os poemas de Álvaro de Campos

a) são um alarme para a vizinhança.b) não são um alarme para a vizinhança.c) foram escritos por 1912.d) são histéricos.

«Se eu fosse mulher […], cada poema de Álvaro de Campos (o mais histericamente histérico de mim) seria um alarme para a vizinhança»

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O poeta bucólico que Pessoa resolvera criar para fazer partida a Mário de Sá-Carneiro foi

a) Álvaro de Campos.b) Bernardo Soares.c) Alberto Caeiro.d) Ricardo Reis. 

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O heterónimo Ricardo Reis foi criado por Pessoa em

a) 1914. («foi em março de 1914»)b) 1935.c) 1910.d) 1887. («nasceu em 1887»)

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O surgimento de Álvaro de Campos é-nos descrito como momento

a) calmo.b) vertiginoso.c) demorado.d) planeado. 

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À época da enunciação — a da escrita da carta —, ainda estavam vivos

a) Caeiro, Campos, Reis.b) Campos e Reis.c) Reis e Caeiro.d) Caeiro e Campos. 

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Os dois heterónimos de Pessoa que aprenderam latim foram

a) Alberto Caeiro e Ricardo Reis.b) Ricardo Reis e Álvaro de Campos.c) Alberto Caeiro e Bernardo Soares.d) Álvaro de Campos e Alberto Caeiro. 

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As formações de Caeiro, Campos e Reis, eram, respetivamente,

a) CEF de pastor; pintura; línguas clássicas.b) ensino secundário; engenharia naval;

medicina dentária.c) instrução primária; engenharia; medicina.d) estilismo; datilografia; genealogia. 

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A «Ode triunfal», de Álvaro de Campos, foi escrita

a) num avião a jato.b) em 1914.c) em Tavira.d) no Brasil.

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O «Opiário»

a) foi escrito em latim.b) foi inspirado por viagem ao Oriente.c) é um poema de férias.d) foi inspirado por ida ao Parque das

Nações.

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Para Pessoa, Álvaro de Campos, «sensacionista», foi influenciado

a) por Alberto Caeiro, sobretudo, e por Walt Whitman.

b) por Walt Whitman, sobretudo, e por Alberto Caeiro.

c) por Ricardo Reis.d) pelo lado intelectual e pagão de Reis.

«em que predomina, ainda que abaixo da de Caeiro, a [influência] de Walt Whitman»

 

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Segundo o que se depreende da «Tábua bibliográfica», Álvaro de Campos seria

a) o heterónimo mais diferente do ortónimo.b) quem subscreveu textos mais polémicos e

vanguardistas.c) o mais irritadiço dos heterónimos.d) o menos emotivo dos heterónimos.

«produziu diversas composições, em geral de índole escandalosa e irritante»

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Em «A arte futurista» — saído no número único da revista Portugal Futurista, 1917 —, defende-se que já não convém aos tempos modernos uma arte que se limite a representar o que está parado, a ser uma caricatura da Natureza, a cantar a tristeza e o passado. Ao contrário, uma nova corrente, o futurismo, é que pode adequar-se às vivências industriais de hoje, porque

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conseguirá dar conta da agitação, da energia, das máquinas, dos perigos típicos do nosso tempo. Por exemplo, a poesia

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futurista acabará por ser mais humana, mais bela, ao não ter receio de tratar da agressividade, da velocidade, da luta de que se revestem as ações dos dias que correm.

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Ao sentido de modernidade que deseja transmitir, e a que recorre para sentir tudo de todas as maneiras — conferindo poeticidade a temáticas não usuais, como motores, fábricas, energia [...] —, faz o poeta corresponder um nível de expressão carregado de nomes concretos e abstratos («Inconsciente», «Matéria»), isolados ou em conjuntos («aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos, /Instrumentos de precisão, aparelhos de triturar, de cavar, / Engenhos, brocas, máquinas rotativas»), fonemas

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substantivados («r-r-r-r-r-r-r eterno»), topónimos («Panamá, Kiel, Suez»), antropónimos («Platão», «Virgílio», «Ésquilo»), estrangeirismos («manequins», «rails»), maiúsculas desusadas («Momento», «Horizonte», «Nova Revelação», «Inconsciente», «Matéria»), adjetivação expressiva («excesso contemporâneo»), simples e múltipla («grandes ruídos modernos»; «flora estupenda, negra, artificial e insaciável»), polissíndetos («ferro e fogo e força»; «óleos e calores e carvões»),

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metáforas («frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita»), apóstrofes («Ó rodas, ó engrenagens»), anáforas («Amo-vos [...] / Amo-vos»), personificações («maquinismos em fúria»; «um motor se exprime»), sinestesias («bebedeira dos metais»; «rubro ruído»), perífrases (talvez «anúncios elétricos que vêm e estão e desaparecem», por ‘anúncios luminosos [intermitentes]’), iterações (retoma de «ó» de apóstrofes e de vários nomes), gradações («Atirem-me para dentro das fornalhas! / Metam-me debaixo dos comboios! / Espanquem-me a bordo de navios»), comparações («um orçamento é tão natural como uma árvore /

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e um parlamento tão belo como uma borbo-leta»), neologismos («omnibus», «aeropla-nos»), grande variedade de formas verbais (por todo o texto), advérbios expressivos («amo-vos carnivoramente»), gerúndios expressivos («rugindo, rangendo, ciando, estrugindo, ferreando»), musicalidade e ritmo (por todo o texto), aliterações («dolo-rosa luz das grandes lâmpadas elétricas»; «rodas, engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno»), interjeições («Olá», «Ah», «Eia», «Hup-lá», «Hé-lá»), rimas internas («processos! / Pro-gressos»; «Parlamentos […] orçamentos»),

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onomatopeias («Z-z-z-z-z-z-z-z-z!» [125]; «hô-ô-ô» [113]), etc...

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em termos estilísticos

• verso livre e longo

• repetições («Por todos / Por todos»)

• onomatopeias («r-r-r-r-r-r-r»)

• interjeições («Ah»)

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• aliterações («rugindo, rangendo»; «A dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas»)

• frases exclamativas • apóstrofes («Ó rodas»; «ó engrenagens»)

• comparações e metáforas inesperadas («como um automóvel último-modelo»).

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Nas pp. 349-352 do manual há glossário de recursos estilísticos (figuras de estilo), que convém ir reconhecendo.

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a. Com a utilização de sucessivas apóstrofes a "coisas grandes, banais, úteis, inúteis" (v. 49),

3. o sujeito poético procura abarcar no seu canto elogioso todas as realidades contemporâneas, independentemente do seu interesse.

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b. Com o recurso ao discurso parentético (vv. 59-60),

4. o sujeito poético define um novo conceito de arte, assente na supremacia do moderno sobre o natural.

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c. Com as afirmações dos versos 79 a 82,

5. o eu lírico reforça o seu desejo de ubiquidade (omnipresença). 

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d. Com a enumeração de aspetos negativos da sociedade moderna [w. 85-92),

1. o sujeito poético concretiza a apologia do progresso, inclusivamente na sua vertente trágica. 

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e. Com a anáfora do vocábulo "Momento" (vv. 97-99),

2. o eu lírico intensifica o valor do presente, enquanto tempo referencial.

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TPC — Logo que possas, lê «Campos: “A ilha mais lúcida do arquipélago pessoano”» (p. 137); «O percurso poético do engenheiro-poeta» (p. 138); «O modernismo» (pp. 32-33).