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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO DIOGO KLEMZ ROCHA LIMITES DA SUSTENTABILIDADE EM ARACRUZ

Monografia (1)

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Trabalho de Conclusão de Curso: Limites da Sustentabilidade em Aracruz

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Page 1: Monografia (1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

DIOGO KLEMZ ROCHA

LIMITES DA SUSTENTABILIDADE EM ARACRUZ

VITÓRIA2013

Page 2: Monografia (1)

DIOGO KLEMZ ROCHA

LIMÍTES DA SUSTENTABILIDADE EM ARACRUZ

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do grau do Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Alvim Borges da Silva Filho

VITÓRIA2013

Page 3: Monografia (1)

DIOGO KLEMZ ROCHA

LIMÍTES DA SUSTENTABILIDADE EM ARACRUZ

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Departamento do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do grau do Bacharel em Administração.

Aprovada em 16 de Setembro de 2013.

COMISSÃO EXAMINADORA

---------------------------------------------------------------------------Prof. Dr. Alvim Borges da Silva FilhoUniversidade Federal do Espírito SantoOrientador

Page 4: Monografia (1)

RESUMO

Esta pesquisa estuda o município de Aracruz e tem como objetivo principal verificar

a sua sustentabilidade. Foi utilizada a pesquisa bibliométrica para encontrar um

método de avaliação que melhor se encaixe com o objetivo do projeto. Através da

bibliometria foi encontrado um método de avaliação que utiliza indicadores na

comparação de diferentes regiões para analisar a sustentabilidade. Esse método foi

usado para comparar os dados dentro de um determinado período para o município

de Aracruz. Foi verificado que o município de Aracruz está desenvolvendo

sustentavelmente dentro dos parâmetros utilizados na pesquisa, pois a comparação

apresentou resultados satisfatórios na maioria dos indicadores utilizados. Foi

verificado também que para obter melhores resultados outros indicadores poderiam

ser acrescentados, e base de dados que oferecessem dados anuais poderiam ser

utilizados.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Indicadores; Aracruz.

Page 5: Monografia (1)

ABSTRACT

This research studies the municipality of Aracruz and has as main objective to

verify their sustainability using bibliometric research to find a method of

evaluation that best fits with the designed goal. It was found through

bibliometrics an evaluation method thad uses indicators for comparing different

regions to analyze sustainability. This method was used to compare the

municipalitie of Aracruz within a certain period. It was found that the municipality

of Aracruz is developing sustainably within the parameters used in the research,

the comparison showed good results for the majority of the indicators utilized. It

was also noticed that for best results other indicators could be added, and

database that would provide annual data could be used.

Key Words: Sustainability; Indicators; Aracruz.

Page 6: Monografia (1)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................7

1.1 OBJETIVOS..............................................................................8

1.2 JUSTIFICATIVA........................................................................9

1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA.............................................10

2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................12

2.1 SUSTENTABILIDADE..............................................................12

2.2 INDICADORES........................................................................12

2.3 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO....................................................13

3 A ESCOLHA DO MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA

SUSTENTABILIDADE.............................................................15

3.1 SELEÇÃO DO MATERIAL BRUTO.........................................15

3.2 FILTRAGEM DO MATERIAL BRUTO......................................16

4 SELEÇÃO DO MÉTODO DE AVALIAÇÃO............................18

4.1 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DO MÉTODO DE

AVALIAÇÃO.............................................................................18

4.2 ANÁLISE DO QUADRO...........................................................26

4.3 MÉTODO ESCOLHIDO...........................................................29

5 COLETA DE DADOS E ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE

NO MUNICÍPIO DE ARACRUZ...............................................30

5.1 RESULTADOS.........................................................................31

5.2 ANÁLISE DOS INDICADORES...............................................33

5.2.1 SAÚDE PÚBLICA...................................................................33

5.2.2 DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO........................36

5.2.3 INCLUSÃO SOCIAL...............................................................38

5.2.4 HABITAÇÃO...........................................................................40

5.2.5 RECURSOS NATURAIS........................................................42

5.2.6 EMISSÃO DE GASES E RESÍDUOS.....................................45

Page 7: Monografia (1)

5.2.7 ANÁLISE CONJUNTA DOS INDICADORES.........................46

6 CONCLUSÃO..........................................................................49

7 REFERÊNCIAS.......................................................................52

Page 8: Monografia (1)

1 INTRODUÇÃO

Primeiramente, é importante ressaltar que o autor deste trabalho é morador da

cidade de Aracruz, que será alvo do trabalho a ser apresentado, pois esse fato

é relevante na compreensão do texto e do trabalho. A cidade de Aracruz,

reconhecida no Espírito Santo por suas características turísticas devido em

grande parte as suas praias, também ficou conhecida pela produção de

celulose através da FÍBRIA, antes conhecida por Aracruz Celulose.

O município vem desfrutando de novos investimentos, entre eles o já

construído Portocel, e o mais novo projeto em andamento, Estaleiro Jurong.

São esperados mais de $3 bilhões em investimentos nos próximos anos, além

de mais de 15 mil vagas de emprego até o ano de 2015 (gazeta online, 2011).

Esses fatores contribuem para o crescimento econômico não só do município,

mas também de toda a região. O crescimento econômico pode trazer muitos

benefícios para o município, como maior poder aquisitivo dos seus habitantes e

mais investimentos da prefeitura na infra-estrutura.

Os novos investimentos podem influenciar no aumento da população gerando

necessidade de mão de obra e criando novas oportunidades de investimento

no comércio. Entre os anos de 2000 e 2010 a população de Aracruz teve

crescimento de 25,1%, contrastando com o crescimento da população

capixaba, que foi de 9,5% (gazeta online, 2011). Com o crescimento do

município e de sua população, surgirá também a necessidade de atender

exigências básicas que se antes eram atendidas, poderão necessitar de novo

planejamento.

De acordo com dados de 2009 do Instituto Jones dos Santos Neves, Aracruz

tem o segundo maior déficit habitacional do Estado, atrás apenas de Vitória

(gazeta online, 2011). Questões relacionadas à moradia, transporte, educação,

saúde, oportunidades de trabalho, poluição e outros fatores compreendidos no

ambiente urbano devem ser encaradas de maneira estratégica, já que o

crescimento deve ser mais bem planejado para que a cidadania dos habitantes

seja garantida. O ambiente urbano foi descrito da seguinte forma:

“O ambiente urbano, entendido como uma organização social complexa regida pela

incerteza e pela possibilidade — construído pelo conjunto de relações que se

7

Page 9: Monografia (1)

estabelecem entre suas partes —, não se restringe apenas às relações entre suas

medidas e seus materiais. Como ele não vale por si próprio, seu valor ou significado

surge em função das relações que estabelece entre o espaço e seus habitantes”

(RHEINGANTZ, apud ROSSETO et al., 2006, p. 810).

Dentro desse contexto, é importante avaliar a sustentabilidade do município de

Aracruz. A sustentabilidade de uma cidade ou de uma região é avaliada de

acordo com três fatores, que são: social, econômico e ambiental. A análise feita

através desse tripé contribui para que gestores identifiquem as carências de

sua população, e a quais caminhos devem seguir para melhorar as condições

de vida.

Para medir cada fator apresentado anteriormente são utilizados indicadores,

que são construídos de acordo com os fins pretendidos pela pesquisa realizada

ou com as características do objeto de estudo. A escolha dos indicadores é

complexa, assim como sua análise, que depende do peso dado a cada

indicador. Esses indicadores são utilizados para a formação de índices ou

ferramentas que são aplicadas na análise da sustentabilidade, no qual as

ferramentas de avaliação da sustentabilidade são utilizadas dependendo do

contexto onde serão aplicadas e de seus pontos fortes e fracos.

Para a análise e seleção da ferramenta a ser utilizada, serão utilizados nesse

trabalho artigos selecionados através da pesquisa bibliográfica e do método

Pro-Know-C. Após a seleção da ferramenta, será iniciado o aprofundamento na

metodologia escolhida. Dessa forma a análise dos dados, a formulação e a

apresentação dos resultados serão melhor trabalhados. Com isso se espera

responder a seguinte questão: Quais os limites da sustentabilidade no

município de Aracruz?

1.1 OBJETIVO

A pesquisa tem como objetivo central identificar o nível de sustentabilidade do

município de Aracruz utilizando o indicador de sustentabilidade escolhido

através da pesquisa bibliométrica.

Além do objetivo central, o projeto tem como objetivos específicos analisar os

seguintes itens:

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Page 10: Monografia (1)

Saúde

Educação

Moradia

Abastecimento de água e esgoto

Emissão de poluentes

Desigualdade social

1.4 JUSTIFICATIVA

O município de Aracruz está sendo atingido por investimentos que podem

contribuir com o seu crescimento populacional. A pesquisa proposta nesse

trabalho tem o intuito de investigar se a cidade tem a capacidade de comportar

o aumento populacional e o eminente aumento da demanda por direitos

básicos de cidadania.

A pesquisa será utilizada para avaliar a capacidade da cidade de crescer

sustentavelmente, isto é, crescer dentro dos limites dos seus recursos. Para

isso, será pesquisado o estado atual dos requisitos básicos que contribuem

para o bem estar da população.

Para a pesquisa, será utilizado um indicador de sustentabilidade que será

escolhido através da análise dos artigos encontrados na pesquisa bibliográfica.

Esse método será aplicado visando à utilização de artigos relevantes no meio

acadêmico, mensurados através de citações, autores, etc.

Essa pesquisa pode ser utilizada principalmente pela prefeitura da cidade, que

poderá utilizá-la para desenvolver novos projetos e estratégias de longo prazo

para a melhoria da qualidade de vida. A pesquisa poderá servir também para

os cidadãos terem conhecimento de como a cidade está sendo gerida, e como

eles podem ajudar a melhorá-la.

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Page 11: Monografia (1)

1.3 METODOLOGIA DA PESQUISA

A pesquisa bibliométrica é utilizada para a seleção de material na produção

acadêmica. Ela é usada para a análise quantitativa e qualitativa do material

existente sobre determinado tema, definindo parâmetros para encontrar o

material desejado. De acordo com o Congresso Brasileiro de Custos (2010) o

estudo bibliométrico serve para organizar informações que de alguma forma

poderia permanecer desordenado sem a utilização dessa metodologia.

A qualidade da pesquisa depende principalmente da estratégia de busca

utilizada pelo pesquisador e da base de dados escolhida. As estratégias

adotadas podem ser direcionadas por meio de: palavras-chave, autor, assunto,

periódico, relevância, etc. A qualidade da pesquisa pode ser afetada também

por outros fatores, como por exemplo: métodos estatísticos e matemáticos.

Segundo Tasca et al. (apud VILELA, 2012, p. 78) “[...] atualmente, dispõe-se de

ferramentas cada vez mais eficientes para a busca de informações, devido ao

avanço tecnológico ter permitido base de dados eletrônicos, assim como

ferramentas adequadas de busca nesse meio”.

De acordo com Prichard (apud CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS,

2010, p.?), as principais características da bibliometria são:

1. Identificar as tendências e crescimento do conhecimento com base em

uma matéria.

2. Estudar dispersão e obsolescências de certos assuntos científicos.

3. Medir impacto dos estudos publicados e as informações disseminadas

no meio acadêmico.

4. Quantificar a cobertura das revistas científicas.

5. Identificar autores e instituições mais produtivos.

Para a construção do material para a pesquisa, serão utilizados componentes

do instrumento de intervenção chamado Pro-Know-C (Knowledge Development

Process-Constructivist) proposto por Ensslin em 2010 (apud VILELA, 2010, p.

79). A aplicação desse instrumento tem como objetivo selecionar e analisar

quantitativamente e qualitativamente o portfólio bibliográfico.

Esse método de seleção bibliográfica é caracterizado por filtragens que

seguem as seguintes premissas:

10

Page 12: Monografia (1)

Selecionar palavras chave de pesquisa.

Selecionar a base de dados alinhados com o tema de pesquisa.

Selecionar artigos alinhados com o tema de pesquisa.

Selecionar o período em que os artigos foram publicados.

Identificar os artigos relevantes da amostra selecionada.

Validar o método utilizado como instrumento de construção de

conhecimento.

O Pro-Know-C proporcionará á pesquisa bibliométrica estratégias de busca que

mantenham as suas características e facilite a filtragem do material

bibliográfico. As premissas do método de intervenção colaboram com a

validade dos resultados, pois apresenta um método padronizado na coleta do

material, utilizando métodos quantitativos e qualitativos.

11

Page 13: Monografia (1)

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade é um tema que vem sendo cada vez mais discutido na

atualidade (FLORIDI et al., 2011). O conceito de sustentabilidade foi definido

da seguinte maneira pelo Brudtland Report de 1987: “[...] satisfazer as

necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações

futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades [...]” (EATON et al.,

2007, p. 14). Esse é o conceito mais utilizado para descrever sustentabilidade.

O crescimento populacional é um dos fatores que contribuem para o

enfraquecimento do ecossistema e para a diminuição da qualidade de vida. O

crescimento descontrolado ocorre sem o planejamento adequado para que a

ordem e a igualdade sejam mantidas. O progresso via desenvolvimento

econômico vem sendo desafiado, e a sustentabilidade vem se tornando um

fator importante para os governantes analisarem o desenvolvimento da

sociedade e como o seu bem estar é alcançado (BOYKO et al., 2011).

Atualmente têm-se a preocupação de manter controle sobre o crescimento

populacional, avaliando se ele é sustentável ou não. Para avaliar a

sustentabilidade de um país, cidade ou região, foram criados diversos métodos

de avaliação, que estão baseados em avaliações das dimensões ambiental,

social e econômica.

2.2 INDICADORES

A Conferência das Nações Unidas realizada no Rio em 1992 enfatizou a

necessidade de países, organizações governamentais e não governamentais

de “[...] criarem e identificarem indicadores de desenvolvimento sustentável

para melhorar a base de informações e a tomada de decisões [...]” Esses

índices devem ser facilmente compreendidos e comunicados. (BOHRINGER;

JOCHEM, 2007, p. 1). As variedades de indicadores de desenvolvimento

sustentável aparecem como um problema, especialmente pelo fato de

formuladores de políticas necessitarem de um índice agregado.

12

Page 14: Monografia (1)

Os indicadores podem ser escolhidos de acordo com os critérios determinados

em cada pesquisa. No entanto, alguns critérios são essenciais para a escolha

dos indicadores. De acordo com Bohringer e Jochem (2007), Esses critérios

são: forte ligação com o conceito de sustentabilidade; seleção de indicadores

significativos representando campos holísticos; credibilidade e disponibilidade

de informações para quantificação de um longo período; seleção de

indicadores orientados para processo; possibilidade de derivação de objetivos

políticos.

Uma das dificuldades dos pesquisadores está na ponderação dos indicadores.

A subjetividade dessa etapa ainda é um dos grandes problemas na avaliação

da sustentabilidade, pois é subjetiva a valorização dos itens a serem utilizados.

De acordo com Bohringer e Jochem (2007), a normalização e pesagem dos

indicadores ainda não possuem um procedimento generalizado. Algumas

iniciativas têm sido tomadas em relação à ponderação dos indicadores. Desta

maneira, indicadores agregados têm sido desenvolvidos para fornecer aos

governantes respostas sobre sustentabilidade (GRAYMORE et al., 2008).

2.3 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Para a avaliação da sustentabilidade, os indicadores são utilizados em

métodos que usam diferentes abordagens, entre esses métodos podemos citar

a pegada ecológica, índice de desenvolvimento humano, genuine savings etc .

(BOHRINGER; JOCHEM, 2007). Para a realização desse trabalho, um método

será escolhido de acordo com a sua aplicabilidade no objetivo da pesquisa.

A preocupação com sustentabilidade surgiu primeiramente com o

desenvolvimento sustentável. Nas conferências realizadas para traçar os

conceitos sobre sustentabilidade e desenvolvimento sustentável o debate foi

em torno de como seria possível seguir essa linha. Com a disseminação

dessas idéias os pesquisadores passaram a usar esses conceitos a nível

regional. Desta maneira, os métodos de avaliação de sustentabilidade

passaram a ser aplicados em regiões e cidades. A preocupação com a

sustentabilidade das cidades é válida, pois de acordo com Rogers (apud

13

Page 15: Monografia (1)

EATON et al., 2007, p. 15), “[...] até o ano de 2025 três – quartos da população

mundial poderá estar vivendo em cidades”.

Para a análise da situação de um país, é possível utilizar a análise regional,

mostrando as forças e fraquezas, onde a análise da sustentabilidade de uma

região pode ser usada por administradores regionais para aproximar as

políticas de desenvolvimento sustentável da população. De acordo com Rogers

(apud EATON et al., 2007, pg. 17) “O planejamento urbano sustentável deve

envolver os seus cidadãos no processo de tomada de decisões em todos os

níveis”.

Quando os métodos de avaliação de sustentabilidade são aplicados ás cidades

eles podem não fornecer informações precisas. Isso se dá pelo fato das

cidades estarem interligadas, e dependerem de insumos que elas não

possuem dentro de suas fronteiras. Além disso, as cidades são cercadas por

áreas agrícolas, que fornecem insumos para o município onde estão inseridas

e para municípios vizinhos.

De acordo com Wolman (apud EATON et al., 2007), as cidades sobrevivem

graças à entrada de materiais, comida e comodidades. No entanto, esses

elementos são devolvidos a natureza em forma de lixo e poluentes, sendo esse

processo de entrada e saída essenciais para a sustentabilidade de uma cidade.

As características de cada município variam de acordo com a sua localização,

produtividade, administração etc. Por isso, para a análise de sua

sustentabilidade é necessário escolher um método de avaliação com

indicadores que estejam adaptados as condições de cada região.

14

Page 16: Monografia (1)

3 A ESCOLHA DO MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA

SUSTENTABILIDADE

Para escolher o método de avaliação da sustentabilidade a ser usado na

pesquisa no município de Aracruz foi utilizada a pesquisa bibliométrica, onde

foram utilizados componentes do instrumento de intervenção chamado de Pro-

Know-C. A utilização dessa metodologia tem como objetivo selecionar o

método de avaliação da sustentabilidade criteriosamente, exigindo alinhamento

com a pesquisa e relevância. O processo de seleção do portfólio foi dividido em

duas etapas, a seleção do material bruto e a filtragem do material.

3.1 SELEÇÃO DO MATERIAL BRUTO

A primeira parte da pesquisa bibliográfica consiste na escolha da base de

dados a ser usada na pesquisa. Através do Portal CAPES, que disponibiliza

várias bases de dados, foi utilizado o Web of Knowledge para a busca de

documentos. A Web of Knowledge foi escolhida por apresentar ferramentas

que facilitam na busca de artigos científicos e a filtragem dos mesmos. Essa

base de dados apresenta no resultado das pesquisas o número de citações de

cada artigo, facilitando a análise de sua relevância e apresentando padrões de

trabalhos apresentados pelos autores.

Para encontrar o material relacionado a métodos de avaliação de

sustentabilidade foi selecionada uma palavra-chave relacionada ao tema, que

foi traduzida para a língua inglesa. Esse artifício foi utilizado para encontrar

maior número de documentos na pesquisa, pois a maioria dos documentos na

web of knowledge estão em língua inglesa. A palavra selecionada foi:

Indicadores de sustentabilidade que foi traduzida para sustainability indicators.

3.2 FILTRAGEM DO MATERIAL BRUTO

Após realizar a pesquisa utilizando a palavra chave, foi realizada a filtragem do

material encontrado. Esse processo foi baseado nos seguintes critérios e numa

sequência de atividades, que são:

15

Page 17: Monografia (1)

Seleção exclusiva de artigos.

Periódicos revisados por pares.

Indexação na Social Sciences Citation Index e Science Citation

Expanded Index.

Utilização de artigos publicados nos últimos 10 anos.

Leitura dos títulos e resumos.

Análise do número de citações de cada artigo juntamente com o ano de

publicação.

Leitura integral dos artigos

Seleção exclusiva de artigos: O primeiro critério de filtragem dos documentos

foi a preferência por artigos, pois Segundo Gil (apud SAQUETO; CARNEIRO,

2011, p. 21) “os periódicos constituem o meio mais importante para a

comunicação científica”. Dessa maneira excluímos todos os outros

documentos, como teses, dissertações, artigos de congresso, etc.

Periódicos revisados por pares: De acordo com a Organização para

Cooperação e Desenvolvimento Econômico (apud FAPESP, 2013) “A revisão

por pares é uma avaliação técnica que tradicionalmente desempenha papel

central na pesquisa científica [...].

Social Science Citation Index e Science Citation Expanded Index: As bases de

dados foram escolhidas por fazerem parte da Web of Science e permitirem

averiguar o número de citações de cada artigo, e conseqüentemente o impacto

dos mesmos.

Artigos publicados entre 2003 e 2013: Esse critério foi adotado primeiramente

para tentar buscar o material relativamente mais atual, e porque essa prática foi

observada em outros trabalhos.

Leitura dos títulos e resumos: Devido ao conhecimento prévio do pesquisador

sobre o assunto é possível reconhecer quais artigos estão alinhados ao tema e

quais não estão. Em casos em que não é possível reconhecer o alinhamento

entre o tema da pesquisa e o artigo somente pelo título é feita a leitura dos

resumos, o que permitirá aprofundar no conteúdo dos documentos.

16

Page 18: Monografia (1)

Número de citações e data de publicação: Para analisar a importância das

publicações, é utilizado o número de citações que cada artigo possui e a data

de publicação. O critério escolhido foi o mínimo de 15 citações, ou seja, os

artigos que tem menos de 15 citações e mais de três anos são considerados de

pouca relevância.

Leitura integral dos artigos: O último passo consiste na leitura integral dos

artigos. Com isso, é possível concluir se eles estão alinhados com o tema e se

os artigos com mais de três anos são relevantes e podem ser utilizados na

pesquisa.

Tabela 1: Resultados alcançados na pesquisa bibliométrica.

Processo Busca de documentos na Web of Knowledge

Seleção exclusiva de artigos

Periódicos revisados por pares

Artigos do SSCI e SCEI

Artigos publicados entre 2003 e 2013

Leitura dos títulos e resumos

Número de citações e data de publicação

Leitura integral dos artigos

Quantidade 36027 32412 29911 241 188 73 40 28

17

Page 19: Monografia (1)

4. SELEÇÃO DO MÉTODO DE AVALIAÇÃO

4.1 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DO MÉTODO DE

AVALIAÇÃO

Dentro dos artigos selecionados foram identificados nos títulos e nos textos

métodos de avaliação que poderiam ser usados na pesquisa. Alguns métodos

já eram conhecidos pelo pesquisador e alguns foram identificados por se

referirem á sustentabilidade.

Após a escolha dos artigos foi feito a leitura e análise dos textos novamente. A

partir desse ponto foram encontrados métodos de avaliação que em grande

maioria tinham como base os três pilares da sustentabilidade, que são:

ecológico, social e econômico.

Foi observado que alguns métodos apareciam com maior freqüência nos títulos

e nos textos. Com a leitura integral dos textos foi identificado quais métodos

eram mais relevantes e se apresentavam conteúdo que possibilitaria ao

pesquisador analisar se o método era coerente com o objetivo da pesquisa.

Além disso, era possível avaliar quais seriam as exigências de cada método

para o seu uso.

Outro fator que deve ser levado em conta para a escolha do método de

avaliação é a disponibilidade de dados para a utilização da ferramenta. Para a

mensuração do nível de sustentabilidade será necessário a utilização de base

de dados que preencha as necessidades do método a ser escolhido. Caso não

for possível encontrar os dados exigidos poderá ser feito a substituição dos

indicadores necessários.

È importante que os resultados sejam claros e objetivos para que as pessoas

que não estão envolvidas no processo de produção da mesma possam

compreendê-los. Dessa forma, a população pode ter acesso ao nível de

sustentabilidade do município.

Para melhor analisar os artigos foi criada uma tabela que descreve os autores,

objetivos, conclusões e métodos de avaliação utilizados na pesquisa. A tabela

contribui principalmente para a comparação dos métodos.

18

Page 20: Monografia (1)

Quadro 1: Objetivos e conclusões dos artigos.

Autores Objetivos Conclusão Métodos Utilizados

Ferng (2003) Avaliar através da pegada ecológica a produção sustentável e os recursos incorporados na mesma.

O método da pegada ecológica mostra com sucesso as desigualdades no consumo e produção comparando diferentes países e regiões. No entanto, a sua formula padronizada falha na mensuração da sustentabilidade na produção industrial, pois, não leva em consideração a defasagem do solo causado pela produção agrícola e de matéria prima.

Pegada Ecológica

Pillarisetti (2003) Examinar as características empíricas, conceituais e as implicações políticas do sistema utilizado, poupanças genuínas.

Esse método não deve ser visto como um indicador de sustentabilidade. O capital natural deve ser considerado independente do capital físico e humano, e sustentabilidade ambiental deve ser visto do ponto de vista global.

Genuine Savings

Hueting e Reijnders (2004)

Analisar a construção de indicadores e a pesagem de fatores econômicos, sociais e ambientais.

Os indicadores analisados no texto que incluem fatores econômicos e sociais mostram resultados que podem atrapalhar os administradores ao invés de ajudar. Portanto, o genuine savings ainda não é um indicador apropriado.

Genuine Savings

19

Page 21: Monografia (1)

Autores Objetivos Conclusão Métodos Utilizados

Repetti e Desthieux (2005)

O artigo mostra as dificuldades do desenvolvimento urbano e a elaboração de indicadores de sustentabilidade, e propõe o uso de um modelo conjunto de indicadores.

O grupo ideal de indicadores varia de cidade para cidade levando em conta as condições de desenvolvimento, tradições e políticas. O modelo de indicadores conjuntos mostra as áreas mais sensíveis, facilitando o monitoramento.

Relational Indicatorset Model (RIM)

Walter e Stutzel (2005)

Demonstrar o uso de um novo método de avaliação de sustentabilidade do uso de terras através de indicadores de impacto.

O método apresentado não permite uma visão sustentável completa do uso da terra. Primeiramente, o indicador apresentado está no nível individual. Segundo, o método concentra em pontos negativos e não quantifica pontos positivos.

Impacto do Uso de Terras

White (2005) Examinar como a demanda humana em terras bioprodutivas, medidas pela pegada ecológica, é distribuído em todo o mundo usando métodos comumente utilizados para medir a distribuição de renda.

As ferramentas de mensuração utilizadas na pesquisa devem ser usadas junto com outras ferramentas para que a alocação eficiente, escala sustentável e justa distribuição sejam exercidas.

Pegada Ecológica

Wiedman et al (2005)

Combinar a Pegada Ecológica com a análise de entradas e saídas.

O método demonstrou estandardização das estimativas da pegada ecológica.

Pegada Ecológica

Distaso (2006) Demonstrar a teoria de Bem Estar, e como ela pode ser

A área de estudo mostrou-se de grande potencial

Índice Multidimensional de Sustentabilidade

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Page 22: Monografia (1)

Autores Objetivos Conclusão Métodos Utilizados

utilizada para formar um índice multidimensional de sustentabilidade que considera variáveis econômicas, sociais e ambientais.

para futuros estudos. Ela mostrou que diferentes perspectivas e métodos alternados utilizando um sistema de pesagem podem gerar diferentes resultados e comparados entre si.

Hong et al (2006) Avaliar os efeitos da energia incorporada no comércio internacional usando a pegada ecológica na China.

A pegada ecológica fornece ilustrações diretas e quantitativas em sustentabilidade, sendo útil para chamar atenção da população e de políticos. A mensuração da energia incorporada mostrou ter grande influência na pegada ecológica.

Pegada Ecológica

Kemmler e Spreng (2006)

Utilizar indicadores energéticos para mensurar a sustentabilidade em países em desenvolvimento.

Para a análise complexa de uma determinada região um único indicador pode não ser o ideal. No entanto, para a comparação entre diferentes nações como foi proposto, o uso do indicador energético pode ser de grande utilidade.

Indicadores Baseados em Energia

Ness et al (2006) Fornecer uma categorização das ferramentas de avaliação de sustentabilidade dentro do objetivo mais amplo de levantar a compreensão da avaliação de desempenho do

Existe uma contradição na criação de ferramentas para medir sustentabilidade. Há necessidade de ferramentas com objetivos específicos, e há necessidade de

Sustainable National Income, Índex of Sustainable Economic Welfare, Genuine Savings, Pegada Ecológica, Índice de Bem-Estar, Índice de Sustentabilidade Ambiental, Índice

21

Page 23: Monografia (1)

Autores Objetivos Conclusão Métodos Utilizados

domínio ambiental com foco para uma interpretação mais ampla da sustentabilidade.

ferramentas mais abrangentes que sirvam em diferentes circunstâncias. Além disso, os resultados não são transparentes.

de Desenvolvimento Humano.

Reed et al (2006) Analisar a literatura de desenvolvimento e aplicação de indicadores de sustentabilidade para desenvolver um quadro metodológico de melhor prática.

Os diferentes resultados de diferentes métodos, investigativos e teóricos mostraram que é necessário o uso de vários indicadores para entender as interações do ecológico, social e econômico no desenvolvimento sustentável.

Multi-Critério

Siche et al (2006) Comparar os dois índices de sustentabilidade mais utilizados na literatura com dois índices de emergia.

As duas metodologias que melhor se completaram foram a pegada ecológica e o índice de desempenho de emergia. Para refinar a metodologia da pegada ecológica seria importante utilizar alguns pontos fortes da metodologia do índice emergia.

Pegada Ecológica, Índice de Sustentabilidade Ambiental, Renovabilidade, Índice de Sustentabilidade de Emergia

Bohringer e Jochem (2007)

Demonstrar o poder explanatório de vários índices de sustentabilidade aplicada na prática política.

A formação de índices através dos fatores normalização, ponderação e agregação podem não satisfazer padrões científicos e são excessivamente arbitrários. Com isso, ao invés de ajudar nas praticas

Índice Planeta Vivo, Pegada Ecológica, Índice de Desenvolvimento de Cidades, Índice de Desenvolvimento Humano, Índice de Sustentabilidade Ambiental, Índice de Desempenho

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Page 24: Monografia (1)

Autores Objetivos Conclusão Métodos Utilizados

políticas, os índices podem fornecer falsas informações.

Ambiental, Índice de Vulnerabilidade Ambiental, Índice de Bem-Estar Econômico Sustentável, Avaliação do Bem-Estar, Genuine Savings, Green Net National Product.

Eaton et al (2007) Avaliação ambiental através da pegada ecológica de áreas urbanas e rurais.

Alguns problemas foram apontados no uso da pegada ecológica. Problemas no peso dos fatores, demarcação de regiões, influencia dominante de combustíveis fósseis na pesagem etc. No entanto ela fornece grande apelo visual aos usuários e é aplicável tanto para áreas urbanas quanto para rurais.

Pegada Ecológica

Hoekstra (2007) Comparar e revisar a metodologia da pegada ecológica com a pegada ecológica da água e interpretar como elas estão relacionadas.

Enquanto a pegada ecológica mede a área necessária para o consumo, a pegada ecológica da água mede o volume de água necessário. Os dois métodos devem ser usados complementarmente.

Pegada Ecológica e Pegada Ecológica da Água.

Nourry (2007) Apresentar os resultados da análise feita com oito indicadores de sustentabilidade na França.

A análise concluiu que não existe um método perfeito. Para analisar com precisão a sustentabilidade de determinada região, é necessário utilizar vários métodos de avaliação.

Green National Net Product, Genuine Savings, Pegada Ecológica, Indicador de Bem-Estar Econômico Sustentável, Indicador de Progresso Genuíno, Indicador de Desenvolvimento

23

Page 25: Monografia (1)

Autores Objetivos Conclusão Métodos Utilizados

Humano Sensível a Poluição, Indicador de Desenvolvimento Humano Sustentável e French Dashboard on Sustainable Development

Graymore et al (2008)

Avaliar a eficácia dos métodos de avaliação de sustentabilidade atuais.

A limitação dos dados contribuiu para que os métodos de avaliação não fossem eficazes. Além disso, as limitações com as habilidades exigidas pelos métodos e as suas incapacidades de mostrar resultados práticos e de fácil entendimento foram demonstrados.

Pegada Ecológica, Avaliação do Bem-Estar, Qualidade de Vida, Saúde do Ecossistema

Graymore et al (2008)

Testar a aplicabilidade em uma região de um método chamado Manutenção da Capacidade de Suporte Humano, considerando atividades humanas e as pressões geradas no ecossistema.

O método apresentado provou ser efetivo, sendo fácil de compreender, composto de dados acessíveis e cálculos simples. Ele mostrou ser uma ferramenta que pode ser utilizada por administradores.

Manutenção da Capacidade de Suporte Humano

Milman e Short (2008)

Incorporar resistência para indicadores de sustentabilidade utilizando como experiência o setor de abastecimento de água urbano.

Acessar a resistência de um indicador depende da disponibilidade de dados, que podem ser difíceis de medir, incertos, ou difíceis de serem avaliados. No entanto, esse método pode ser aplicado a outras áreas e utilizado

Indicador de Resiliência do Fornecimento de Água

24

Page 26: Monografia (1)

Autores Objetivos Conclusão Métodos Utilizados

para análises a longo-prazo.

Shmelev e Rodriguez-Labajos (2009)

Explorar a questão da sustentabilidade na escala macro utilizando sistemas multi-critério de ajuda na tomadas de decisões.

O módulo multi-critério de macro-avaliação poderia torna-se o elemento padrão de modelos ambientalmente estendidos de insumo-produto e permitem a avaliação de cenários complexos de desenvolvimento futuro.

Sistema Multi-Critério de Macro-Avaliação

Wallis et al (2009) Descrever a importância do ambiente na análise do desenvolvimento sustentável conectando a teoria á pratica.

Para que haja progresso na sustentabilidade, é preciso considerar a sustentabilidade de uma região baseado no ecossistema e de sua capacidade de carga. Para que as ferramentas de avaliação sejam confiáveis, é preciso considerar o local onde a avaliação está sendo aplicada.

Avaliação do Bem-Estar, Pegada Ecológica

Wood e Garnett (2009)

Estender a análise socioeconômica atual á análise ambiental para formar o tripé com os fatores econômicos, sociais e ambientais.

Foi mostrado que as populações urbanas estão bem nos quesitos econômicos e sociais, enquanto o fator ambiental é apontado como fraco.

Pegada Ecológica, Indicadores Conjuntos

Yu e Wen (2010) Analisar a sustentabilidade de 47 cidades chinesas através da análise envoltória de dados e comparar as mudanças através do índice de produtividade de Malmquist.

Foi possível mensurar a sustentabilidade das cidades e fazer comparações utilizando a análise envoltória de dados.

Análise Envoltória de Dados

25

Page 27: Monografia (1)

Autores Objetivos Conclusão Métodos Utilizados

Boyko et al (2011) Utilizar um grupo de indicadores e estabelecer a sensibilidade ou vulnerabilidade de um indicador e planejar diferentes cenários.

O grupo de indicadores não só ajuda a acessar o nível de sustentabilidade atual, mas também pode ser usado para analisar diferentes cenários.

Indicadores Conjuntos (UK toolkit)

Floridi et al (2011) Avaliar a sustentabilidade de regiões italianas através de um índice formado por um grupo central de indicadores.

Indicadores compostos ajudam a entender as várias dimensões da sustentabilidade. Além disso, eles facilitam as comparações e a tomada de decisões.

Índice de Sustentabilidade

Browne et al (2012) Avaliar o pluralismo metodológico ao medir a sustentabilidade urbana e determinar o resultado do uso de mais de um método de mensuração de sustentabilidade em nível de cidade-região.

Não existe um melhor método para avaliar sustentabilidade, pois ela pode variar de acordo com necessidades, prioridades e valores. No entanto, um grupo de indicadores pode ajudar a identificar carências e ser mais completo na análise de cidades e regiões.

Contabilidade do Fluxo de Energia, Análise Metabólica do Fluxo de Energia, Pegada Ecológica.

4.2 ANÁLISE DO QUADRO 1

Ao analisar o material coletado na pesquisa bibliométrica foram encontrados

diversos métodos de avaliação, nos quais foram analisados com base nos

critérios estabelecidos para escolha. Dos vinte e oito artigos encontrados,

alguns falavam especificamente de um determinado método de avaliação,

enquanto outros falavam de vários. Os métodos muitas vezes eram

comparados nos artigos buscando a ferramenta que melhor se aplicava em

26

Page 28: Monografia (1)

determinado caso. Essas comparações foram utilizadas para escolher o

método que melhor se encaixaria na pesquisa.

Já os artigos que falavam especificamente de um determinado método de

avaliação eram usados para uma análise mais aprofundada. As variáveis e

cálculos utilizados eram mais bem detalhados e por isso poderiam fornecer

informações que outros artigos não continham. Além disso, os artigos

continham informações de como o método era implantado em uma

determinada região, quais eram os resultados e os pontos fortes e fracos e

como eles seriam mais bem utilizados.

As informações encontradas nos artigos sugerem que existem métodos de

avaliação que se aplicam a objetivos específicos, e há métodos que são

utilizados de forma mais abrangente. Eles podem ser usados em cidades,

regiões ou países, dependendo do modelo da pesquisa. Portanto, o modelo a

ser utilizado varia de região para região levando em conta fatores culturais,

políticos, condições de desenvolvimento, etc.

A utilização de um único indicador ou método é recomendado quando o

objetivo da pesquisa é comparar determinadas regiões. A análise envoltória de

dados, por exemplo, possibilitou a avaliação e comparação de 47 cidades

chinesas, assim como a pegada ecológica que foi usada para comparar países

e regiões, mostrando as desigualdades de consumo e produção.

Durante a análise dos artigos foi possível observar que os métodos de

avaliação possuem pontos fortes e fracos. Portanto, a utilização de um único

método poderia mostrar certos aspectos da sustentabilidade de uma região e

esconder outras.

Como vimos, os métodos de avaliação apresentam falhas que podem

comprometer a avaliação de uma região e a análise de sua sustentabilidade.

Esse fator pode comprometer a tomada de decisões dos administradores

passando informações incompletas e prejudicando a pesquisa

Para sanar as falhas apresentadas, algumas iniciativas como a utilização

conjunta de diferentes métodos vem sendo testada. Nos artigos foi possível

identificar a junção da Pegada Ecológica com a Pegada Ecológica da Água e

27

Page 29: Monografia (1)

também com o Índice de Desempenho de Emergia, em ambos os casos os

resultados se mostraram satisfatórios.

No entanto, o uso da Pegada Ecológica com a Pegada da Água foi utilizado

para a mensuração da sustentabilidade relacionado á distribuição de água de

uma determinada cidade. Dessa forma, a junção dos métodos foi utilizada para

analisar um dos aspectos da sustentabilidade, não fornecendo uma visão

global. No segundo caso a junção dos dois métodos se mostrou satisfatória na

teoria, tendo a possibilidade de demonstrar uma visão holística da

sustentabilidade de uma região. No entanto, o sistema ainda carece de

aplicação prática para ser testado.

Foi possível identificar nos artigos a utilização de um grupo de métodos que se

complementam. Essa aplicação poderia trazer resultados satisfatórios,

demonstrando resultados detalhados que trariam visão global. Os resultados

de cada método poderiam ser comparados diminuindo a probabilidade de erro

e facilitando a tomada de decisões baseada nos resultados apresentados.

A tabela construída baseada nos artigos mostra que essa abordagem

apresentaria os melhores resultados. No entanto, ela exigiria a compreensão

de vários métodos. Além disso, a quantidade de dados exigidos para preencher

os requisitos de cada método seria extensa, dificultando a coleta dos mesmos

e comprometendo a qualidade dos resultados. Para os fins da pesquisa que se

pretende realizar essa abordagem é demasiadamente complexa.

Outra abordagem apresentada pelos artigos é a composição de índices de

sustentabilidade. Os índices são formulados para avaliar cidades ou regiões,

de modo que se tenha uma visão completa dos aspectos econômicos, sociais e

ambientais. Essa abordagem pode facilitar comparações, tomada de decisões

e o planejamento de futuros cenários.

Alguns aspectos dessa abordagem requerem atenção. A pesagem das

variáveis utilizadas e a normalização dos dados podem influenciar

negativamente os resultados. Além disso, a análise pode não ser tão profunda

quanto à utilização conjunta de um grupo de métodos.

28

Page 30: Monografia (1)

4.3 MÉTODO ESCOLHIDO

Podemos concluir através da análise do Quadro 1 que para os objetivos dessa

pesquisa os índices compostos são mais apropriados. Eles podem fornecer

uma visão holística da região pesquisada, apresentando resultados dos fatores

econômicos, sociais e ambientais. O índice de sustentabilidade escolhido para

ser utilizado na pesquisa foi baseado no índice formulado para a mensuração

da sustentabilidade de regiões Italianas mostrado em Floridi et al. (2011) . Esse

projeto possibilitou a comparação da sustentabilidade de diversas regiões da

Itália.

A composição desse método de avaliação teve como parâmetro a estratégia de

desenvolvimento sustentável desenvolvido pelo EUROSTAT para a União

Européia. As temáticas sugeridas para compor o método são as seguintes:

desenvolvimento socioeconômico; produção e consumo sustentável; inclusão

social; mudanças demográficas; saúde pública; mudanças climáticas e energia;

transporte sustentável; recursos naturais; parceria global e boa governança

(LEDOUX apud FLORIDI et al., 2011).

Após serem selecionados, os indicadores são apresentados em uma tabela

onde é demonstrada a sua unidade de medida e origem. Os indicadores são

colocados em termos relativos utilizando a divisão dos mesmos por variáveis

como: população, trabalhadores, área, etc. A avaliação da sustentabilidade é

feita através dos indicadores que estão inseridos em cada temática, onde os

resultados apresentados por cada indicador ajudam a formar uma visão

completa da sustentabilidade da região pesquisada

Para a análise dos indicadores são utilizados os valores encontrados na coleta

de dados e a comparação da taxa de variação entre os anos zero e um. Além

da comparação da evolução dos indicadores, a comparação com indicadores

estaduais, nacionais podem ser utilizados para fortalecer a análise.

29

Page 31: Monografia (1)

5 COLETA DE DADOS E ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE

NO MUNICÍPIO DE ARACRUZ

Os temas a serem utilizados seriam os mesmos utilizados na metodologia

original, mas alguns temas não apresentaram número relevante de indicadores,

pois não foram encontrados na pesquisa. Os indicadores que restaram em

cada tema foram alocados em outro tema semelhante. Como a maioria dos

indicadores encontrados não foram os originais foi necessária a criação de

novos temas que comportassem os indicadores.

Desta forma, a tabela foi composta pelos seguintes temas: saúde pública;

desenvolvimento socioeconômico; inclusão social; recursos naturais; habitação;

emissão de gases e resíduos. Foram excluídos ou alterados: mudanças

demográficas, mudanças no clima e energia, sustentabilidade do transporte e

consumo e produção sustentável.

A fonte e o ano a que os dados correspondem permitiram padronização na

coleta de informações, com isso foi possível manter a coerência na coleta de

dados e análise. Ao comparar os dados de Aracruz com de outro município é

possível ter uma idéia de onde buscar a informação e de que ano a informação

deveria ser para obter maior qualidade na comparação.

Números como a quantidade de óbitos, carros, leitos foram coletados e

normalizados. No entanto, não foi necessária a normalização de todos os

dados, pois alguns foram encontrados em forma de taxas ou índices. A unidade

de medida se refere a como se chegou ao valor normalizado. Como foi dito no

parágrafo anterior alguns dados não necessitaram de normalização, pois já se

apresentavam em forma de taxas e índices, para esses dados a unidade de

medida não se aplica. Já para os dados normalizados na tabela foi descrito

como se deu tal equação.

Outro fator importante para a construção da tabela foi à estimativa da

população e o tamanho do município. Esses fatores contribuíram para a

normalização dos valores. Para a estimativa da população foi utilizado os

dados do censo do IBGE do ano de 2010, que apresentava população de

81746 habitantes, taxa de crescimento de 2,38% e área do município de 1.423,

874 km².

30

Page 32: Monografia (1)

5.1 RESULTADOS

Como descrito na metodologia, a maior parte dos dados foi encontrado no

IBGE e IJSN. Houve contato com a prefeitura de Aracruz em busca de dados

para a pesquisa, que aconteceu através de email e visita. Foi enviada uma

tabela através de email para a prefeitura solicitando os indicadores da pesquisa

base. Após o envio do email foi feito uma visita á prefeitura e foi constatado

que os dados estavam divididos em diferentes secretarias e que a prefeitura

não possuía todos os dados solicitados.

O tempo necessário para levantar os dados não permitiria a conclusão da

pesquisa em tempo hábil. Com isso não foi possível coletar dados na

prefeitura. É importante destacar que não foi possível encontrar no site oficial

da prefeitura dados que pudessem ser utilizados na pesquisa.

Foram utilizados na pesquisa base sessenta e três indicadores divididos em

oito temas, e na pesquisa atual quarenta e cinco indicadores em seis temas.

Os indicadores foram divididos nos seguintes temas: saúde pública,

desenvolvimento socioeconômico, inclusão social, abastecimento de água e

rede de esgoto, recursos naturais e emissão de gases e resíduos.

Como não foi possível encontrar a maioria dos indicadores exigidos no índice

original, tentou-se aproximar o máximo possível dos mesmos. Alguns dos

indicadores similares não foram encontrados e foram excluídos da tabela. No

entanto, foram encontrados indicadores relevantes na pesquisa e foram

incluídos na tabela.

Quadro 2- Indicadores da pesquisa utilizada como base.

Indicadores Unidades de mensuraçãoDesenvolvimento socioeconômico Produto interno bruto per capita $ per capitaDesigualdade da distribuição de renda

Coeficiente Gíni

Produtividade do trabalho $ de valor agregado por unidade de trabalhoTrabalhadores na área de pesquisa e desenvolvimento

A cada 1000 habitantes

Investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento

% do produto interno bruto

Graduação em ciências e tecnologias

A cada 1000 habitantes de 20 a 29 anos

Patentes concedidas A cada 1000 habitantesUso da internet % das famílias com acesso a internet

31

Page 33: Monografia (1)

Indicadores Unidades de mensuraçãoTaxa de emprego total De trabalhadores de 15 a 64 anosEmprego irregular % de unidades de emprego irregularTaxa de desemprego total Taxa de desemprego da população maior de 14 anosTrabalho temporário Taxa de empregados em empregos temporáriosMudança no clima e energiaEmissão de gases com efeito estufa Toneladas de co2 equivalente per capitaConsumo final de energia Consumo de energia da populaçãoEnergia produzida % de eletricidade produzidaEficiência energética do PIB Tep/milhões de $2000 concatenadasSustentabilidade do transporteUso do transporte público % de usuários do transporte público Uso de bicicleta ou caminhada % de viagensVeículos motorizados A cada 100 habitantesNúmero de Carros % de carrosMortes em acidentes de envolvendo veículos

A cada 100000 habitantes

Energia consumida em transportes Tep a cada 100 habitantesConsumo e produção sustentávelEmissões de pm10 Kg per capitaEmissões de substancias acidas Kg per capitaProdução de lixo urbano Kg per capitaResíduos em aterro Kg per capitaColeta seletiva %Consumo de água M³ de água distribuídas per capitaPurificação de água % da população com acesso a água tratadaAgricultura orgânica Número de fazendas que utilizam produção orgânicaUso de fertilizantes Toneladas /km² de usoSistemas de gestão ambiental Certificados ambientaisRecursos naturaisLicenças para construção M³ de novos prédios a cada 100 habitantesSítio de importância comunitária % da superfície totalÁreas arborizadas % da superfície totalÁreas artificiais % da superfície totalSaúde públicaTaxa de mortalidade Óbitos/100 mil habitantesTaxa de mortalidade infantil Mortes com zero ano de idade a cada 10000

nascimentos com vidaExpectativa de vida infantil Média da expectativa de vida de homens e mulheresAcidentes no trabalho A cada 1000 habitantesPopulação acima do peso ou obesa % (população acima de 18)Fumantes % (população acima de 15)Uso de produtos fitossanitários Kg/haRelação de atração hospitalar % de não residentes no total de pacientes regionaisMédicos de família/clínicos gerais A cada 10000 habitantesPediatras A cada 10000 habitantes < 15 anosInclusão socialPopulação abaixo da linha da pobreza

% da população vivendo em famílias abaixo da linha da pobreza

Diferença entre os sexos na taxa de atividade

Diferença absoluta entre a taxa de atividade masculina e feminina

Taxa de emprego feminino % de mulheres entre 15 e 64 empregadasEmpreendedores estrangeiros A cada 100000 habitantesEstudantes estrangeiros % (dados referentes aos anos escolares) começando

pelos anos indicados

32

Page 34: Monografia (1)

Indicadores Unidades de mensuraçãoCreches %Pessoas com baixo nível de escolaridade

% da população maior de 14 anos que não tenham completado o ensino fundamental

Aprendizagem ao longo da vida % da população de 25 a 64 anos participando em treinamentos ou aprimoramentos

Ingressos vendidos para teatro e shows de música

A cada 100 habitantes

Taxa de desemprego na juventude Taxa de desempregados entre 15 e 36 anosAbandono escolar % da população de 18 a 24 anos sem o ensino

fundamental ou capacitaçãoTaxa de emprego de pessoas idosas

Taxa de trabalhadores com idades entre 55 e 64 anos

Asilos % da população que recebe tratamentos em asilosPreço de casas Preço de casas no centro da cidadeMudanças demográficasTaxa de dependência dos idosos % da população maior de 64 anos em comparação com a

de 15 a 64 anos Taxa de migração Saldo líquido entre migração e imigraçãoNúmero de crianças por mulher Taxa de fertilidade total

5.2 ANÁLISE DOS INDICADORES

5.2.1 SAÚDE PÚBLICA

Tabela 2- Análise dos indicadores da saúde pública.

INDICADOR ANO 0 VALOR ANO 1 VALOR TAXA DE VARIAÇÃO

UNIDADE DE MEDIDA

Unidades de saúde SUS 2006 0,4073 2010 0,4890 20% Unidades a cada 1000 habitantes

Quantidade de leitos 2006 1,3984 2009 1,4840 6% Leitos a cada 1000 habitantes

IFDM saúde 2000 0,7982 2010 0,9095 14% Não se aplica

IDU para equipamentos básicos de saúde

2000 0,0026 2009 0,2039 7742% Não se aplica

IDHM longevidade 2000 0,7360 2010 0,8380 14% Não se aplica

Taxa de mortalidade 2006 0,4860 2011 0,5111 5% Óbitos a cada 100 habitantes

Taxa de mortalidade infantil 2000 20,38 2010 6,88 -66% Não se aplica

Para analisar a área de saúde utilizaremos uma concepção sugerida por

Siedenberg (2003), na qual ele sugere que existem os “indicadores de entrada”

e os “indicadores de saída” do sistema de saúde. Indicadores relacionados à

quantidade de médicos, leitos, enfermeiras e hospitais estariam no primeiro

grupo, enquanto no segundo grupo estariam indicadores relacionados ao

número de mortes, causas de mortalidade, expectativa de vida e

principalmente mortalidade infantil, por se tratar de um segmento da população

especialmente dependente dos meios oficiais de saúde.

33

Page 35: Monografia (1)

Podemos citar como “indicadores de entrada ”presentes na tabela as unidades

de saúde SUS e a quantidade de leitos disponíveis, e como “indicadores de

saída” a taxa de mortalidade, taxa de mortalidade infantil e o IDHM de

longevidade.

Ambos indicadores de entrada apresentaram crescimento na taxa de variação,

no qual o número de unidades de saúde SUS a cada mil habitantes obteve

crescimento de 20% em quatro anos e a quantidade de leitos a cada cem

habitantes obteve crescimento de 6% em três anos. O índice de

desenvolvimento urbano (IDU) para equipamentos básicos de saúde apontou

melhora de 7742% entre os anos de 2000 e 2009, no entanto o valor

apresentado de 0,2039 está longe do valor máximo que é de 1.

Os indicadores de saída apresentaram resultados consideráveis principalmente

no que diz respeito á taxa de mortalidade infantil que apresentou queda de

66%. A taxa de mortalidade infantil segundo Matos et al. (2007) é um

importante indicador de saúde recomendado pela OMS para análise da

situação de um país, e estima o risco de óbito que está exposta uma população

de nascidos vivos em uma determinada área geográfica e em determinado

período até o final do primeiro ano de vida. Entre os anos de 2000 e 2010 a

taxa de mortalidade infantil caiu de 20,38 para 6,88 em Aracruz, número

consideravelmente inferior ao da média estadual de 11,5778 (IJSN, 2013).

Outro indicador que apresentou melhoras foi o IDHM de longevidade. Esse

indicador considera a esperança de vida da população ao nascer e sintetiza as

condições sociais, de saúde e de salubridade do município considerando

diferentes faixas etárias daquela localidade. Todas as causas de morte são

consideradas, doenças, violência, acidentes, etc. (ATLAS, 2013). Aracruz

cresceu no IDHM de longevidade entre 2000 e 2010 de 0,7360 para 0,8380

subindo sua avaliação de bom para muito bom no ranking. O Estado de Santa

Catarina possui os onze primeiros colocados do IDHM de longevidade nacional

onde o primeiro colocado apresenta o índice de 0,894 (ATLAS, 2013).

A taxa de mortalidade apresentou crescimento de 5% de variação entre os

anos de 2006 e 2011. Esse dado é preocupante para o município de Aracruz,

pois segundo Teixeira et al. (2011, p. 2005) “A mortalidade é considerada uma

medida direta das necessidades em cuidados com saúde, refletindo a carga

34

Page 36: Monografia (1)

global da doença na população, não só em termos de incidência da doença,

como da capacidade de tratá-la”.

O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) que estuda o

desenvolvimento dos municípios brasileiros apontou crescimento de 12% na

área de saúde em dez anos, chegando a 0,9095. Esse rendimento colocou

Aracruz em oitavo lugar no estado do Espírito Santo que é liderado nesse

quesito por Santa Maria de Jetibá com índice de 0,9413 (FIRJAN, 2013).

Apesar de ter demonstrado melhoras na variação, o IDU de equipamentos

básicos de saúde de Aracruz ao lado da taxa de mortalidade foram os

indicadores da área de saúde que apresentaram resultados preocupantes. A

taxa de mortalidade além de indicar carências na saúde, também pode estar

relacionada com a violência gerada pelo crescimento populacional e com a

segurança pública.

Os indicadores de entrada apresentaram crescimento quantitativo no número

de unidades por habitantes. Os índices que mensuram de forma geral a saúde

também obtiveram crescimento, apontando que qualitativamente a saúde

também apresenta números satisfatórios estando bem colocados no ranking

estadual. A taxa de mortalidade infantil de Aracruz também apresentou

melhoras com crescimento de 66% em dez anos e taxa inferior á media

estadual.

A saúde pública foi considerada sustentável, pois apresentou melhoras em seis

dos sete indicadores da tabela, e apresentaram índices e colocação nos

rankings considerados acima da média. Os dados indicam que apesar do

crescimento populacional, Aracruz tem conseguido manter as condições da

área de saúde em bom nível.

5.2.2 DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO

Tabela 3- Análise dos indicadores de desenvolvimento socioeconômico.

INDICADOR ANO VALOR ANO 1 VALOR TAXA DE UNIDADE DE MEDIDA

35

Page 37: Monografia (1)

0 VARIAÇÃOPIB 2000 R$

16.667,02 2010 R$ 34.711,19 108% PIB per capita

Índice de Gíni (desigualdade) 2000 0,59 2010 0,50 -15% Não se aplica

População com nível superior completo 2000 4,40% 2010 9,30% 111% 25 anos ou mais

Taxa de atividade 2000 56,51 2010 58,33 3% Não se aplica

Pessoal ocupado total 2000 24,02 2010 35,93 50% A cada mil pessoas

População desocupada 2000 5,05 2010 4,21 -17% A cada mil pessoas

IFDM emprego e renda 2000 0,6329 2010 0,8600 36% Não se aplica

Número de empresas atuantes 2006 2,76 2011 2,62 -5% Empresas a cada 100 habitantes

Para a análise do desenvolvimento socioeconômico, entre outros indicadores,

será analisado o PIB per capita do município de Aracruz. De acordo com Yan

Yu (2010, p. 1752) o indicador citado influencia a sustentabilidade do ambiente

urbano da seguinte forma:

[...] o aumento do PIB significa a expansão da escala econômica e inevitavelmente

influi no aumento do consumo e da poluição. O aumento do PIB per capita pode

levar á mais pesquisas e estimular investimentos em firmas, avanços na tecnologia

e administração tendem a melhorar o controle da poluição e eficiência dos

recursos, resultando em níveis mais altos de sustentabilidade ambiental.

Entre os anos de 2000 e 2010, Aracruz apresentou crescimento de 108% no

PIB per capita, saltando de $16.667,02 para $34.711,19 e deixando o município

com o quarto maior PIB do Espírito Santo no ano de 2010. De acordo com a

análise do PIB dos municípios do Espírito Santo (IJSN, 2010) os seis

municípios que superaram a média do PIB per capita do Estado, são: Anchieta,

Presidente Kennedy, Vitória, Aracruz, Serra e Cachoeiro de Itapemirim. A maior

parte possui como atividade de destaque a Indústria Extrativa Mineral. Aracruz

tem como destaque no Setor Industrial a Exploração de Petróleo e Indústria de

Transformação que é representada pela produção de papel celulose.

O crescimento do PIB per capita do município de Aracruz pode ter influenciado

em indicadores relacionados à renda e ocupação. Os indicadores, taxa de

atividade e pessoal ocupado total apresentaram crescimento de 3% e 50%

respectivamente, já a população desocupada teve queda de 17% mostrando

que o número de empregos aumentou. Além disso, o IFDM de emprego e

renda cresceu em 36% chegando á marca de 0,8600 e colocando o município

com o terceiro melhor índice no Espírito Santo.

36

Page 38: Monografia (1)

Apesar das melhorias nos números do PIB per capita e emprego e renda, o

número de empresas atuantes por habitantes caiu 5% entre os anos de 2006 e

2011. Um fator que pode contribuir para esse dado é a concentração de

grandes empresas em detrimento de pequenas empresas. O indicador da

população com nível superior completo pode sinalizar que a instalação de

grandes empresas no município trouxe a necessidade de mão de obra

qualificada e investimentos na educação. De acordo com Barreto et al. (2012) a

expansão da educação superior é influenciada e influencia investimentos

públicos e privados e mudanças econômicas. A população com nível superior

completo cresceu 111% entre os anos de 2000 e 2010, indo de 4,40% á 9,30%.

Para avaliar o crescimento demonstrado através dos indicadores discutidos até

agora, o Índice de Gíni serve para medir a igualdade da distribuição de renda.

O indicador varia de 0, que significa completa igualdade de renda, á 1, que

significa que a uma pessoa é detentora de toda a renda. Entre os anos de 2000

e 2010 o indicador caiu 15% chegando ao índice de 0,50, enquanto o Brasil

tem segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil (2013) o índice de

0,60.

Através do crescimento econômico apontado pelo PIB, aumento da renda,

oportunidades de trabalho e pelo Índice de Gíni, conclui-se que houve

melhorias na distribuição de renda do município de Aracruz. Esses indicadores

mostram que o crescimento econômico do município está trazendo benefícios

para a população, no sentido de que a renda e as oportunidades estão sendo

melhor distribuídas. Desta forma, podemos concluir que o desenvolvimento

socioeconômico de Aracruz é sustentável.

5.2.3 INCLUSÃO SOCIAL

Tabela 4- Análise dos indicadores de inclusão social.

37

Page 39: Monografia (1)

INDICADOR ANO 0 VALOR ANO 1 VALOR TAXA DE VARIAÇÃO

UNIDADE DE MEDIDA

Salário Médio 2000 670,03 2009 1436,87 114% Não se aplica

Taxa de analfabetismo 2000 21,28 2010 15,29 -28% Não se aplica

Taxa de Escolaridade 2000 29,29 2010 48,42 65% >18 com ensino médio completo

IDHM educação 2000 0,532 2010 0,7070 33% Não se aplica

IDU equipamentos básicos educação

2000 0,9126 2009 1 10% Não se aplica

IFDM educação 2000 0,7357 2010 0,9122 24% Não se aplica

Número de ocorrências 2006 0,0153 2010 0,0133 -13% Ocorrências per capita

IDHM renda 2000 0,664 2010 0,7170 8% Não se aplica

De acordo com Siedenberg (2003, p. 64) “[...] o percentual de analfabetos ou

também de alfabetizados na população acima de 15 anos é um dos principais

indicadores da área de educação [...]”. Ele cita também que o índice de

escolarização é considerado importante nas políticas educacionais e que o

índice de alfabetizados é o resultado dos esforços da área de educação. A taxa

de analfabetismo de Aracruz apresentou variação de 28% entre 2000 e 2010,

saltando de 21,28 para 15,29 e aproximando da taxa do Espírito Santo que é

de 15,2103.

Já a taxa de escolaridade de pessoas acima de 18 anos com ensino médio

completo cresceu 65% entre 2000 e 2010 chegando a 48,42, ficando acima dos

índices nacionais e estaduais com 44,91 e 44,46 respectivamente. No entanto,

a taxa de escolaridade em relação á expectativa de anos de estudo variou

apenas de 10,22 para 10,26 no mesmo período, ainda assim apresentando

números melhores que os índices nacionais e estaduais que obtiveram leve

queda (ATLAS, 2013).

De acordo com Barreto et al. (2012, p. 131) “[...] a escolaridade influencia

diretamente outros indicadores de sustentabilidade [...], e para exemplificar

esse fato ela cita que um estudo do IBGE de 1999 comprova que a maior

escolaridade entre as mulheres influencia na saúde das crianças. O autor cita

também a relação positiva da educação com a violência e com a desigualdade

social.

Além dos indicadores relacionados à educação apresentados, outros índices

foram utilizados na tabela para analisar a inclusão social, apresentando

crescimento na taxa de variação. O IDHM da educação em Aracruz cresceu

33% e atingiu a marca de 0,7070 ficando em terceiro no Estado (ATLAS, 2013),

enquanto o IFDM da educação apresentou crescimento de 24% e chegou á

38

Page 40: Monografia (1)

0,9122 alcançando o sexto lugar no Estado (FIRJAN, 2013). Outro indicador

que apontou crescimento foi o Índice de Desenvolvimento Urbano para

equipamentos básicos de educação que atingiu o nível máximo.

Além da área de educação, foram utilizados para a análise da inclusão social

indicadores relacionados à renda e violência.O número de ocorrências per

capita mostra que a educação pode ter influenciado em seus resultados, pois a

taxa obteve queda de 13% entre os anos de 2006 e 2010. Os indicadores

relacionados à renda podem ser vistos como positivos, mas segundo Wood e

Garnett (2010), maior renda não significa que ela seja sustentável. Ele sugere

que para ser sustentável a renda deve ser dividida igualmente entre a

população, e que grandes desvios da média devem ser considerados.

O salário médio da população de Aracruz apresentou crescimento de 114%

entre os anos de 2000 e 2009. Ao comparar o salário médio de Aracruz

$1436,87 com a média do Estado $1302,33, há diferença de 10%. Já o IDHM

da renda apresentou crescimento de 8% em 10 anos ficando apenas em

décimo quarto lugar no Estado, que tem como primeiro e segundo lugar Vitória

e Vila Velha respectivamente (ATLAS, 2013).

Os indicadores da área de educação apresentaram resultados satisfatórios,

principalmente o IDHM, IFDM e IDU para equipamentos básicos de educação

que estão entre os melhores do Estado assim como a taxa de analfabetismo. A

taxa de escolaridade obteve crescimento e superou a média estadual e

nacional.

O IDHM para renda é um dos indicadores do tema inclusão social que se

relaciona com os indicadores do desenvolvimento socioeconômico. A melhora

no Índice de Gíni pode estar ligada ao crescimento desse indicador, assim

como as melhorias na educação. Outro dado que contribui para a melhoria da

inclusão social e está ligada á renda é a porcentagem de pobres, que segundo

o Atlas do Desenvolvimento humano do Brasil (2013) caiu de 26,91 para 9,67

em Aracruz.

Os indicadores de inclusão social demonstraram crescimento, principalmente

relacionados á educação que segundo os autores citados na análise é um dos

pilares para a formação e inclusão da população. Todos os indicadores do

tema apresentaram melhoras na taxa de variação, e índices considerados

bons. Desta forma o tema inclusão social foi considerado sustentável.

39

Page 41: Monografia (1)

5.2.4 HABITAÇÃO

Tabela 5- Análise dos indicadores da habitação.

INDICADOR ANO 0 VALOR ANO 1 VALOR TAXA DE VARIAÇÃO

UNIDADE DE MEDIDA

IDU infraestrutura da habitação (energia)

2000 0,5851 2009 0,4747 -19% Não se aplica

IDU infraestrutura da habitação (lixo)

2000 0,7225 2009 0,8474 17% Não se aplica

IDU infraestrutura da habitação (esgoto)

2000 0,6244 2009 0,7212 16% Não se aplica

IDU infraestrutura da habitação (habitação)

2000 0,1839 2009 0,1066 -42% Não se aplica

IDU infraestrutura da habitação (saneamento)

2000 0,7823 2009 0,8117 4% Não se aplica

IDU infraestrutura da habitação (água)

2000 1 2009 0,8664 -13% Não se aplica

IDU equipamentos básicos (transporte)

2000 0,1501 2009 0,1416 -6% Não se aplica

Quantidade de domicílios 2000 0,2522 2010 0,2937 16% Domicílios per capita

Abastecimento de água pela rede geral

2000 55,67 2010 71,55 29% Abastecimento a cada 1000 habitantes

Esgotamento sanitário pela rede geral

2000 10,85 2010 18,01 66% Esgotamento a cada 1000 habitantes

Lixo coletado pelo serviço de limpeza

2000 55,09 2010 75,83 38% Lixo coletado a cada 1000 habitantes

Para abordar o tema habitação será utilizado na maior parte dos indicadores o

Índice de Desenvolvimento Urbano (IDU) elaborado pelo IJSN. De acordo com

o Índice de Desenvolvimento Humano do Espírito Santo (IJSN, 2000, p. 31) “O

IDU procura identificar o grau de desenvolvimento urbano, através das

condições locais de atendimento dos principais equipamentos e serviços, assim

como a oportunidade de acesso a habitação adequada [...]”. O índice varia de 0

a 1 e é dividido em quatro intervalos onde os dois primeiros intervalos estão

acima da média do Estado e os outros dois, abaixo da média.

Primeiramente serão analisados indicadores referentes ao abastecimento de

água, que segundo Duarte et al. (2010, p. 2) “[...] a prestação desse serviço

deve reger-se por princípios de universalidade de acesso, continuidade,

equidade e qualidade de serviço [...]”. O IDU da infraestrutura da habitação em

relação à água apresentou queda de 13% entre 2000 e 2009, com o índice de

0,8664 o indicador manteve-se acima da média. Já o abastecimento de água

pela rede geral apresentou crescimento de 29% entre os anos de 2000 e 2010,

apontando que a rede geral está sendo utilizado por porcentagens maiores da

população.

Além do abastecimento de água, a rede geral vem sendo utilizada em maiores

porcentagens para o esgotamento sanitário e coleta de lixo. As taxas de

40

Page 42: Monografia (1)

variação desses indicadores apresentaram crescimento de 66% e 38%

respectivamente. As taxas de variação para o IDU de infraestrutura para lixo,

esgoto e saneamento também obtiveram crescimento e estão acima da média

estadual com os índices de 0,8474, 0,7212 e 0,8117 respectivamente. No

entanto, o município de Vitória apresenta índice máximo para os indicadores

citados (IJSN, 2013), mostrando que melhorias podem ser feitas em Aracruz.

O IDU também foi utilizado para analisar a infraestrutura habitacional para

energia e equipamentos básicos de transporte. O IDU de infraestrutura

habitacional para energia utilizou como indicador o consumo domiciliar

multiplicado pelo percentual dos domicílios particulares que possuem energia

elétrica, objetivando avaliar o conforto domiciliar (IJSN, 2000). O indicador

apontou queda de 19% na taxa de variação entre os anos de 2000 e 2009

apresentando índice de 0,4747 para o último ano, número abaixo da média

estadual e inferior ao apresentado por Vitória que obteve índice máximo (IJSN,

2013).

O IDU para equipamentos básicos de transporte segundo o IJSN utiliza

informações relacionadas à utilização viária, oferta de transporte coletivo e taxa

de motorização. O indicador apresentou queda de 6% de 2000 á 2009

alcançando o índice de 0,1416, enquanto Vitória, segundo o IJSN (2013)

apresenta índice de 0,4738.

Os indicadores apontaram maior utilização dos serviços da rede geral de

saneamento, água, esgoto e coleta de lixo, oferecendo maior acessibilidade á

população. A qualidade dos indicadores citados manteve-se á um nível bom,

apesar da queda da taxa de variação para água. Esse último pode indicar que

com o crescimento da população a qualidade do serviço da distribuição da

água está diminuindo. Além disso, a maior produção de lixo e consumo de

água podem afetar a parte ambiental se não forem bem trabalhados.

O IDU para infraestrutura da habitação para energia e transporte apresentou

queda na taxa de variação, sinalizando que assim como no abastecimento da

água, o aumento populacional e a maior demanda por serviços básicos pode

estar sobrecarregando o município de Aracruz. Os dois indicadores

apresentam índices abaixo da média, em especial os equipamentos básicos de

transporte.

41

Page 43: Monografia (1)

Da mesma forma o IDU para infraestrutura da habitação para habitação pode

estar sendo afetado pelo crescimento populacional. A queda de 42% do índice

nos últimos 10 anos pode ser um reflexo do crescimento de Aracruz,

manifestando através da construção de moradias com condições precárias. O

índice aponta que o município de Vitória obteve queda semelhante à Aracruz

na habitação, fortalecendo a tese de que o crescimento populacional pode ser

um dos motivos da queda.

Analisando a diminuição da qualidade da infraestrutura e de equipamentos

básicos para habitação, é possível constatar que o crescimento de Aracruz já

atinge o seu limite de sustentabilidade na habitação. O município já não é

capaz de oferecer a mesma qualidade nos serviços para a população em

comparação com anos anteriores.

5.2.5 RECURSOS NATURAIS

Tabela 6- Análise dos indicadores de recursos naturais.

INDICADOR ANO 0 VALOR ANO 1 VALOR TAXA DE VARIAÇÃO UNIDADE DE MEDIDA

Taxa de urbanização 2000 82,51 2010 87,31 6% Não se aplica

Densidade demográfica 2000 45,40 2010 56,99 26% Habitantes por KM²

Produtividade da colheita 2000 246,25 2008 761,71 209% Toneladas/hectares

Área colhida (mil HÁ) 2000 8,5 2008 7,60 -11% Mil hectares

Número de bovinos 2006 34206 2011 38288 12% Produção per capita

A relação de recursos naturais com o crescimento da população e da taxa de

urbanização é comentada por Buccheri e Nucci (apud VASCONCELOS;

ZAMPARONI, 2011) onde eles avaliam que o crescimento dos espaços

urbanizados provoca desequilíbrio no ambiente, comprometendo a integridade

do solo, água, ar e organismos vivos. O autor citado abaixo associa o

desenvolvimento tecnológico e a modernização das grandes cidades ao

consumo predatório e aético que causa a degradação ambiental.

O crescimento econômico associado ao crescimento demográfico produz os mais

contraditórios efeitos sobre o meio urbano, dependendo da correlação entre o

tamanho das cidades e os benefícios que ela potencialmente possa oferecer ao

amplo espectro social nela residente. (FAVA apud MAMMARELA, 2011, p.

56)

42

Page 44: Monografia (1)

Para analisar o crescimento demográfico foram utilizados como indicadores a

taxa de urbanização e a densidade demográfica. Entre os anos de 2000 e 2010

a taxa de urbanização subiu de 82,51 para 87,31 crescendo 6%, enquanto a

densidade demográfica subiu de 45,40 para 56,99 crescendo 26%. Dentre os

municípios do interior com PIB superior á média estadual, Anchieta chegou a

75,98 na taxa de urbanização, Presidente Kennedy 33,35 e Cachoeiro do

Itapemirim 91,42 anotando 10%, 26% e 3% de crescimento na taxa de variação

(IJSN, 2013).

De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil (2013) o

município de Aracruz possuía 64.637 mil habitantes no ano de 2000, dos quais

84,25% viviam em áreas urbanas e 15,75% em áreas rurais. No ano de 2010 a

população atingiu o número de 81.832 habitantes divididos em 87,31% na área

urbana e 12,69% na área rural. È possível constatar que o crescimento da

população é cada vez mais concentrado em áreas urbanas.

Apesar da diminuição populacional nas áreas rurais, houve crescimento na

produtividade da colheita. A relação tonelada por hectares subiu de 246,25 em

2000 para 761,71 em 2008 apresentando crescimento de 209% na taxa de

variação. O aumento da produtividade pode ser verificado também através da

diminuição da área colhida que caiu de 8,5 mil hectares em 2000 para 7,6 em

2008.

O crescimento da produção e a diminuição da área para colheita implicam em

eficiência nos métodos de produção, no entanto, é importante avaliar se os

métodos utilizados são sustentáveis. A produção agrícola no Brasil é

responsável por dois terços das emissões de gases de efeito estufa (BRASIL,

apud CARVALHO et al., 2007). Segundo Duxbury (apud CARVALHO et al,

2007) a atividade agrícola contribui com aproximadamente 25%, 65% e 90%

das emissões de CO2, CH4 e N2O respectivamente. Além disso, a produção

pode atingir o ambiente da seguinte forma:

A alteração no meio ambiente ocasionada pelo ser humano visando o econômico

gera desigualdade na forma de produzir, pois a maneira é severa, e há a

necessidade de pensar em produzir, mas que reduza as alterações ocasionadas ao

ambiente, ou seja, pensar em trabalhar os recursos que o ambiente fornece [...]

(MOURA apud MOURA; OLIVEIRA, 2013, p. 8)

43

Page 45: Monografia (1)

O número de bovinos subiu 12% entre os anos de 2006 e 2011, e assim como

a produção da colheita, obteve crescimento na produção total. A criação de

bovinos tem como fator preocupante para o meio ambiente a produção de

metano, que segundo Lima (apud CARVALHO, 2007, p. 7) “[...] é produzido em

condições anaeróbicas associadas com a fermentação entérica em ruminantes,

lavouras de arroz e resíduos animais [...]’

É possível identificar que a produção dos alimentos analisados na tabela subiu

consideravelmente. No entanto, mesmo com o aumento da produção de

bovinos, a porcentagem de bovinos per capita diminuiu. Essa relação pode

indicar que a produção de alimentos para sustentar a população tenha que

aumentar, gerando mais emissões de gás metano, fertilizantes e outros

produtos utilizados na produção agrícola.

A taxa de urbanização de Aracruz já é maior que a média do Estado e do

Brasil. Os impactos do aumento da taxa de urbanização e da densidade

demográfica podem ser identificados na área de habitação, onde alguns

indicadores apontaram queda na qualidade. No entanto, a saúde pública,

inclusão social e desenvolvimento socioeconômico apresentaram bons

resultados mostrando que a população municipal e urbana cresce

sustentavelmente, mas já começa a mostrar sinais de declínio.

È preciso ressaltar que o processo de urbanização pode trazer melhorias,

como foi constatado no Brasil, onde o índice de esperança de vida, taxa de

mortalidade infantil obtiveram melhoras devido ao aumento da infra-estrutura

urbana básica disponibilizada (MARICATO apud FERREIRA, 2000).

5.2.6 EMISSÃO DE GASES E RESÍDUOS

44

Page 46: Monografia (1)

Tabela 7- Análise dos indicadores de emissão de gases e resíduos.

INDICADOR ANO 0 VALOR ANO 1 VALOR TAXA DE VARIAÇÃO

UNIDADE DE MEDIDA

Emissão de resíduos perigosos (Fíbria)

2010 0,0091 2012 0,0028 -69% Toneladas per capita

Consumo de água em M³ (Fíbria) 2010 1349,08 2012 1449,97 7% M³ per capita

Emissão de gases de efeito estufa

2009 73 2012 84 16% Toneladas de CO2 per capita

Total de veículos 2006 0,2036 2012 0,3806 87% Veículos per capita

Número de Carros 2006 0,1212 2012 0,1884 55% Carros per capita

Número de ônibus 2006 0,0042 2012 0,0064 52% Ônibus per capita

Para avaliar a emissão de gases e resíduos no município de Aracruz serão

utilizados dados referentes á Fíbria, que segundo o diagnóstico situacional das

políticas públicas e sociais do município realizado pelo Ministério Público do

Espírito Santo (2006), é a base da economia do município e uma das maiores

produtoras mundiais de celulose.

De acordo com dados disponibilizados pela Fíbria (2013), a empresa produziu

84 toneladas de gás carbônico per capita no ano de 2012, 16% a mais que em

2010, enquanto a emissão de resíduos perigosos caiu 69% e chegou a 0,0028

toneladas per capita. O consumo de água pelas operações da empresa subiu

7% entre 2010 e 2012 alcançando a marca de 1449,97 M³ per capita enquanto

a quantidade de água per capita fornecida pela rede geral foi de

aproximadamente 80 M³ em 2008.

No tema emissões de gases e resíduos foram incluídos indicadores

relacionados à área de transportes, que segundo uma pesquisa realizada em

Portugal (INE, 2013), é a principal fonte consumidora de energia primária e

emissora de gases poluentes no país. De acordo com a pesquisa, “O

crescimento da taxa de motorização e do uso do automóvel privado têm sido

acompanhados por uma fortíssima baixa na procura do transporte coletivo.”

Através da análise do número de ônibus e carros per capita em Aracruz foi

possível identificar semelhanças com o setor de transportes de Portugal. A taxa

de crescimento do número de carros foi de 55%, enquanto o de ônibus foi de

52% entre os anos de 2006 e 2012. Apesar de a diferença percentual ser

pequena, o número de carros em 2012 foi de 15908 e o de ônibus 544. Já o

número total de veículos cresceu 87%, incluindo motos, caminhões, tratores,

etc.

45

Page 47: Monografia (1)

De acordo com o Balanço Energético Nacional de 2012, o Brasil emitiu em

2011 1,8 toneladas de gás carbônico per capita, enquanto os EUA emitiram

16,9, mostrando que as emissões de gás carbônico per capita da Fíbria, diretas

e indiretas, são aproximadamente 46,6 vezes maiores que a média brasileira.

Além da emissão de gases de efeito estufa, a Fíbria utiliza 18 vezes mais água

em comparação com toda a população de Aracruz. Além disso, a empresa

emite resíduos perigosos que podem afetar o meio ambiente.

Apesar do aumento na emissão de gás carbônico e do consumo de água pela

Fíbria, a empresa tem investido em maneiras de diminuir a quantidade de

emissões e de reaproveitar a água e resíduos. O reaproveitamento de resíduos

subiu 14% entre 2010 e 2012 e o percentual de água reutilizada 1% no mesmo

período, chegando a 265.042.771 M³ no ano de 2012. Para diminuir as

emissões de gases de efeito estufa a Fíbria utiliza o Índice Carbono Eficiente

(ICO2) e o Carbon Footprint.

Além do gás carbônico emitido pela Fíbria, devem ser levadas em

consideração as emissões referentes aos automóveis. O aumento do número

de carros fez com que Aracruz superasse o município de Vitória no número de

carros por habitantes. Apesar do aumento do número de carros, há

disponibilidade de transporte público em maior número em Aracruz em

comparação com Vitória (IBGE, 2013).

Considerando as emissões de gás carbônico e o aumento do número de

veículos, é possível concluir que a sustentabilidade do município de Aracruz

está comprometida no que diz respeito a emissões de poluentes, pois a

emissão per capita municipal esta muito acima da média do Brasil. No entanto,

é necessário ressaltar que a empresa utilizada como base de calculo para a

emissão de poluentes tem promovido ações para tornar a produção

sustentável.

5.2.7 ANÁLISE CONJUNTA DOS INDICADORES

Os indicadores mostraram que o crescimento populacional de Aracruz tem sido

acompanhado pelo desenvolvimento econômico e social do município,

enquanto a área ambiental tem enfraquecido. Foi observado que dos 45

indicadores 30 apresentaram melhoras (66,67%), enquanto 15 enfraqueceram

(33,33%). Para apresentar esses resultados, foram criados dois gráficos

46

Page 48: Monografia (1)

utilizando a taxa de crescimento dos indicadores, onde eles foram divididos em

indicadores positivos e indicadores negativos. Os indicadores positivos são os

que trazem benefícios com o seu crescimento, enquanto os indicadores

negativos são os que representam malefícios com o seu crescimento.

Gráfico 1- Indicadores positivos.

INDICADORES POSITIVOS

-100%

-50%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

INDICADORES

TA

XA

DE

CR

ES

CIM

EN

TO

Gráfico 2- Indicadores negativos.

INDICADORES NEGATIVOS

-100%

-50%

0%

50%

100%

INDICADORES

TA

XA

DE

C

RE

SC

IME

NT

O

Dos 15 indicadores que apresentaram enfraquecimento, 5 estão na área de

emissão de gases e resíduos e 4 estão na área de habitação, mostrando que

esses dois setores são os que mais carecem de atenção.

Analisando de forma geral, entre os anos 0 e 1 onde foram utilizados

basicamente os anos de 2000 como ano 0 e 2010 como ano 1, o município de

Aracruz apresentou melhoras em setores fundamentais, como, a saúde,

educação, renda, emprego, igualdade social, produção agrícola e saneamento

básico. Além disso, aproximadamente 67% dos indicadores de Aracruz

47

Page 49: Monografia (1)

apresentaram crescimento, além de estar entre os melhores do Estado em

vários índices, como a taxa de mortalidade infantil, IFDM para educação, IFDM

para saúde etc.

Ambientalmente a diminuição das emissões proporcionaria melhoras nesse

setor, com o uso do transporte público e com maior atenção por parte das

indústrias locais. Foi averiguado através do portal de desempenho ambiental

da Fíbria (2013), que os investimentos no controle da emissão de resíduos

cresceram de 450.000 mil em 2010 para 11.200.000,00 milhões em 2012,

proporcionando a queda de 69% na taxa de variação das emissões, enquanto

os investimentos em emissões de gases de efeito estufa caíram de 9.745.700

milhões em 2010 para 5.725.045,00 em 2012, proporcionando aumento de

16% na taxa de variação das emissões.

Esses números mostram que o investimento das empresas no controle da

poluição está diretamente relacionado á quantidade de poluição liberada, e que

com maiores investimentos no controle da poluição por parte das indústrias

maiores seriam os benefícios para o meio ambiente. No entanto, é necessário

que a prefeitura apresente soluções em relação ao transporte público e a

fiscalização das emissões, para que a área ambiental alcance as áreas

econômicas e sociais no crescimento.

6 CONCLUSÃO

48

Page 50: Monografia (1)

Respondendo aos objetivos específicos, foi verificado que a área de saúde

acompanha o crescimento da população de Aracruz sustentavelmente. A

Tabela 2 apontou que houve melhora em seis dos sete indicadores utilizados

para a análise da saúde pública, com destaque para a taxa de mortalidade

infantil, apresentando números consideravelmente inferiores a taxa estadual.

Além disso, é importante incluir na análise da saúde as melhorias relacionadas

á coleta de lixo e tratamento de esgoto, que são fatores importantes na

prevenção de doenças, e apresentaram melhorias.

Um dos fatores que pesaram negativamente na análise da saúde foi o aumento

da taxa de mortalidade, indicando que pode estar havendo aumento no número

de doenças e queda da qualidade do tratamento das mesmas. É importante

incluir na análise a emissão de poluentes e a produtividade da colheita. O

primeiro fator contribui para a diminuição da qualidade do ar, podendo provocar

doenças respiratórias, enquanto o segundo pode estar ligado ao uso de

agrotóxicos que contaminam alimentos e colaboram para a manifestação de

doenças.

Na análise da inclusão social está inserido a maioria dos indicadores

relacionados á educação. Através deles foi possível identificar que Aracruz

apresentou melhoras nessa área, principalmente na taxa de escolaridade e na

taxa de analfabetismo. Os índices mostram que o município está entre os

melhores do Estado nesse setor. A boa qualidade da área de educação pode

estar sendo influenciada pela presença de empresas que demandam mão de

obra qualificada, aumentando as oportunidades de trabalho e a renda.

Os indicadores apontaram que o crescimento de Aracruz não está sendo

acompanhado por alguns indicadores da qualidade da moradia, que foi

analisada pela infraestrutura da habitação. Houve queda no desempenho dos

indicadores, relacionados á transporte, água e habitação. No entanto, é

necessário ressaltar que o acesso aos serviços de abastecimento de água,

tratamento de esgoto e coleta de lixo apresentaram crescimento na

acessibilidade. Além disso, o IDU para infraestrutura da habitação para água

ainda apresenta índice considerado como acima da média.

O abastecimento de água e esgoto está diretamente relacionado com a

moradia e com a saúde, pois a qualidade destes serviços influi na infraestrutura

49

Page 51: Monografia (1)

habitacional e na prevenção de doenças. Como já citado no texto acima,

Aracruz apresenta qualidade e acessibilidade para a população nos serviços de

abastecimento de água e coleta de lixo, pois os índices apontaram maior

utilização da rede geral e números satisfatórios para o IDU.

Os indicadores de emissões de gases e resíduos apontaram que as emissões

de gás carbônico do município de Aracruz estão acima da média brasileira. O

crescimento do número de automóveis e da emissão de resíduos indica que a

emissão de poluentes tem crescido em Aracruz, e podem estar relacionadas

com as indústrias localizadas no município e com o crescimento populacional.

O crescimento da produção de gado e da colheita em áreas menores pode

indicar a utilização de produtos nocivos ao meio ambiente e emissão de

metano proveniente do gado.

A queda do Índice de Gíni mostra que a desigualdade vem diminuindo no

município de Aracruz, que está dez pontos abaixo do índice brasileiro que é de

0,60. Além de maior igualdade na distribuição, a renda do município também

mostrou crescimento. Fatores como a queda do número de ocorrências e o

crescimento dos índices da educação que colaboram com a diminuição da

desigualdade também apresentaram melhorias na pesquisa.

Respondendo ao objetivo principal da pesquisa, a análise dos indicadores

mostra que Aracruz cresce dentro dos seus limites na área social e econômica,

apresentando bons resultados quando comparados com indicadores estaduais

e nacionais. Já a área ambiental demonstrou estar enfraquecida, devido ao

crescimento da emissão de poluentes. Além disso, 67% dos indicadores

utilizados na pesquisa apresentaram crescimento enquanto 33%

enfraqueceram.

Foi observado na pesquisa que os indicadores podem estar ligados a

diferentes áreas, integrando as áreas sociais, econômicas e ambientais. Se

analisarmos a sustentabilidade do município de Aracruz integrando as áreas

citadas anteriormente podemos concluir que o município apresentou melhoras

na maioria dos indicadores, mostrando que tem se desenvolvido

sustentavelmente dentro dos parâmetros apresentados. No entanto é

necessário que haja mais iniciativas por parte da prefeitura na fiscalização das

emissões de poluentes e na prestação de serviços básicos, principalmente

50

Page 52: Monografia (1)

relacionados à moradia, e das indústrias para controlar as emissões de

poluentes na produção.

A análise apresentada do município de Aracruz e de sua sustentabilidade com

dados referentes em grande maioria aos anos de 2000 e 2010 oferece um

panorama desse período. Para uma análise mais aprofundada e atualizada,

seriam necessárias bases de dados que permitissem a comparação anual do

município de Aracruz até o presente. As utilizações de dados referentes aos

anos citados podem oferecer resultados desatualizados.

Para futuras pesquisas podem ser utilizados mais indicadores, pois no modelo

utilizado como base foram utilizados 63, enquanto na pesquisa atual 45. Um

dos indicadores que é utilizado em índices de sustentabilidade e que não foi

utilizado aqui é a Pegada Ecológica, que possibilita ao pesquisador identificar a

quantidade de material natural utilizado para sustentar uma determinada

população. Esse indicador daria maior embasamento á análise ambiental.

7 BIBLIOGRAFIA

51

Page 53: Monografia (1)

ASTIER, M. et al. Assessing the Sustainability of Small Farmer Natural Resource Management Systems. A Critical Analysis of the MESMIS Program (1995-2010). Ecol. Soc., v. 17, n. 3, 2012. ISSN 1708-3087.

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