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De 23-06-2014 a 29-06-2014
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REVISTA SEMANAL 138
DE 23-06-2014 A 29-06-2014
BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2014
Revista de Imprensa30-06-2014
1. i, 23-06-2014, Ex-espião defende demissão de Mota Pinto da fiscalização dassecretas
1
2. Público, 24-06-2014, Três arguidos do BPN acusados por compra de colecção dearte
3
3. Negócios, 24-06-2014, Três arguidos acusados por compra de coleção de arte 4
4. Diário Económico, 24-06-2014, Acusados três arguidos por compra de colecção dearte
5
5. Correio da Manhã, 24-06-2014, Venda de obras falsas 6
6. Correio da Manhã, 24-06-2014, Infanta Cristina no banco dos réus 7
7. Público, 25-06-2014, Isaltino Morais saiu em liberdade condicional mas não podesair do país
8
8. Negócios, 25-06-2014, Isaltino sai da cadeia e cumpre resto da pena em liberdadecondicional
10
9. Jornal de Notícias, 25-06-2014, Sai da cadeia mas fica proibido de sair do país 11
10. i, 25-06-2014, Isaltino fica em liberdade condicional. Só não pode sair doContinente
13
11. Diário Económico, 25-06-2014, Isaltino sai da prisão para cumprir resto da penaem liberdade
15
12. Diário de Notícias, 25-06-2014, Isaltino sai em liberdade... 16
13. Record, 26-06-2014, Contas investigadas 19
14. Público, 26-06-2014, Isaltino vai escrever livro e trabalhar como consultor deambiente
20
15. Público, 26-06-2014, Investigadas transferências do FC Porto para a Suíça 22
16. Negócios, 26-06-2014, Infanta Cristina vai ser julgada por fraude fiscal 23
17. Jornal de Notícias, 26-06-2014, Irmã do rei Felipe VI julgada por fraude fiscal 24
18. Jornal de Notícias, 26-06-2014, "Foi uma experiência que me enriqueceu" 25
19. Jornal de Notícias, 26-06-2014, BPN investiu cinco milhões em arte falsa 27
20. i, 26-06-2014, Isaltino admite escrever livro a contar a vida na prisão 28
21. Diário de Notícias, 26-06-2014, «Fiz amigos na prisão. Essa é que é a realidade» 29
22. Diário de Notícias, 26-06-2014, BPN paga milhões por obras sem valor 31
23. Diário de Notícias, 26-06-2014, Murdoch será interrogado por suspeita decorrupção
32
24. Diário de Notícias, 26-06-2014, Juiz espanhol diz que há "indícios de sobra" contraa irmã do rei
33
25. Sol, 27-06-2014, ´Assumo que tive uma falha ética´ 36
26. Sol, 27-06-2014, Independente à espera de juízes 38
27. Diário Económico, 27-06-2014, Solução para créditos fiscais da banca empurraaccionistas para aumento de capital
39
28. Correio da Manhã, 27-06-2014, Lima contesta acusação 40
29. Público, 28-06-2014, Casal preso por branquear centenas de milhares de euroscom negócio de seguranças da noite
41
30. Jornal de Notícias, 28-06-2014, Empresário preso por branquear dinheiro 42
31. Jornal de Notícias, 28-06-2014, Preso dono de empresa de segurança por fraude 43
32. Expresso, 28-06-2014, Morais Pires envolvido em pagamentos offshore 46
33. Expresso, 28-06-2014, Juiz acusa a infanta apesar da oposição do procurador 48
34. Diário de Notícias, 28-06-2014, ´Al Capone de Leiria´ detido por fuga ao fisco elavagem de dinheiro
49
35. Diário de Notícias, 28-06-2014, Líder do PC suspeito de corrupção 51
36. Correio da Manhã, 28-06-2014, Detido por branquear um milhão 52
37. Correio da Manhã, 28-06-2014, Responsáveis de segurança privada presos 53
38. Público, 29-06-2014, Vice-presidente da Argentina vai ser julgado por corrupção 54
39. Correio da Manhã, 29-06-2014, Segurança ilegal dava vida de luxo 55
40. Correio da Manhã, 29-06-2014, Verba milionária levanta suspeitas 56
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Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 4
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Cores: Preto e Branco
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Página 2
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Tiragem: 34107
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 25
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Área: 5,00 x 12,62 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54517631 24-06-2014
Justiça
Três arguidos do BPN acusados por compra de colecção de arte O Ministério Público acusou três arguidos envolvidos no negócio de compra de uma colecção de arte por uma fundação e uma entidade da Sociedade Lusa de Negócios, que detinha o BPN, comunicou ontem o DCIAP.Os três arguidos foram indiciados da prática de burla qualificada, fraude fiscal e falsificação e ainda um deles de ilícitos de branqueamento de capitais e detenção de arma proibida. “A acusação reporta-se a negócios de venda de pretensos espólios arqueológicos, relativamente aos quais os arguidos convenceram duas entidades, uma fundação e uma sociedade do ex-grupo SLN, actual Galilei, a proceder à sua aquisição por cerca de seis milhões de euros.
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Tiragem: 13045
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 36
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Área: 6,17 x 21,46 cm²
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A5
Tiragem: 17456
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 33
Cores: Cor
Área: 4,63 x 13,54 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54517573 24-06-2014
O Ministério Público acusou três ar-guidos envolvidos no negócio decompra de colecção de arte por umafundação e uma sociedade da Socie-dade Lusa de Negócios (SLN), quedetinha o Banco Português de Ne-gócios (BPN), comunicou ontem oDCIAP. Na acusação proferida a 2 deJunho, três arguidos foram indicia-dos da prática de burla qualificada,fraude fiscal e falsificação e, ainda aum deles, os ilícitos de branquea-mento de capitais e detenção dearma proibida. “A acusação reporta--se a negócios de venda de preten-sos espólios arqueológicos, relativa-mente aos quais os arguidos con-venceram duas entidades, uma Fun-dação e uma sociedade do ex-GrupoSLN, actual GALILEI, a proceder àsua aquisição. Tal aquisição envol-veu o pagamento de quantias decerca de 6 milhões de euros”, referea nota do Departamento Central deInvestigação e Acção Penal (DCIAP).
BPNAcusados trêsarguidos por comprade colecção de arte
VALOR EM ARTE
6 milhões €Avaliação do conjunto de obrasde arte a que diz respeito oprocesso em causa.
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A6
Tiragem: 148956
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 42
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Tiragem: 148956
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Âmbito: Informação Geral
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A8
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
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Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
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Tiragem: 17456
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Âmbito: Economia, Negócios e.
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Corte: 1 de 1ID: 54535467 25-06-2014
em liberdade ou em prisãodomiciliária com pulseiraelectrónica. Foi isso que IsaltinoMorais, condenado o ano passadopelos crimes de fraude fiscal ebranqueamento de capitais, fez.Para que um condenado tenhapossibilidade de cumprir a penarestante em liberdade terá de dar
Isaltino sai da prisãopara cumprir restoda pena em liberdadeJustiça Relação revogou decisão do Tribunal de Execução de Penas e deu liberdadecondicional ao ex-autarca. Isaltino terá de cumprir regras para não voltar à cadeia.
Paulo Alexandre Coelho
Ex-autarca terá de cumprir regras paramanter liberdade: tem de fixar residênciaem Miraflores e não pode sair de Portugal.
O Tribunal da Relação de Lisboadeu carta branca a Isaltino Moraispara que cumpra o resto da penaem liberdade, revogando aproibição que tinha sido dada pelotribunal de execução de penas.Mas o ex-autarca de Oeiras ficasujeito ao que se chama deliberdade condicional, isto é, nãopoderá violar as condições que lheforam impostas, sob pena deregressar à cadeia para cumprir oresto da pena. Neste caso,segundo a Lusa, Isaltino ficaobrigado a fixar residência emMiraflores e proibido de seausentar de Portugal até Abril de2015. A decisão da Relação foiconhecida ontem, quando IsaltinoMorais já tinha cumprido um ano eum mês dos dois anos de prisão aque fora condenado. O desenrolardos factos é este: qualquercondenado que tenha cumpridometade da pena pode pedir a umtribunal de execução de penas ocumprimento do tempo restante
algumas garantias e preencheralguns requisitos. Antes de mais,terá de revelar bomcomportamento durante o tempoem que esteve no estabelecimentoprisional. Depois, terá de provarjunto do juiz de execução depenas que não vai reincidir e quereúne condições para aresinserção na sociedade. Isaltinotinha pedido ao tribunal deexecução de penas que o deixassecumprir o resto da pena (12meses) em prisão domiciliária maso juiz negou-lhe essa pretensão.O ex-autarca de Oeiras recorreupara a Relação de Lisboa, queontem decidiu dar “provimento”ao recurso e libertar o ex-autarca.O caso de Isaltino é uma das maislongas novelas judiciais. Assuspeitas de crime surgem em2003, quando é ministro, e acaboupor ser preso apenas o anopassado depois de anos deavanços e recuos, aclarações erecursos. I.D.B.
PENA DE PRISÃO
Dois anosIsaltino foi condenado a sete anosde prisão. Recorreu e a Relaçãobaixou para dois. Já cumpriu ume cumprirá o outro em liberdade.
Dez anosUm dos processos-crime maislongos da Justiça. Isaltino recorreuaos vários expedientes para atrasar,como recursos e aclarações.
DURAÇÃO DO PROCESSO
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A16
Tiragem: 31363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 2
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Tiragem: 31363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 4
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Página 17
Tiragem: 31363
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
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Tiragem: 78504
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Desporto e Veículos
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Tiragem: 34107
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 14
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Corte: 1 de 2ID: 54554078 26-06-2014
Isaltino vai escrever livro e trabalhar como consultor de ambiente
Relação de Lisboa, que decidiu libertação, sublinhou estar demonstrado o arrependimento do ex-autarca de Oeiras por este ter assumido uma “falha ética”. Aos juízes indicou que se vai dedicar à consultoria
NUNO FERREIRA SANTOS
Isaltino Morais frequentou na prisão um curso de Educação Física
Isaltino Morais comunicou à Justiça
já ter um plano de vida bem defi nido
para gozar a liberdade condicional
alcançada depois de 14 meses na ca-
deia da Carregueira, em Sintra. On-
tem disse, citado pela Lusa, que não
sabe bem o que vai fazer, mas aos
juízes adiantara já que perspectiva
trabalhar como consultor na área do
ambiente e do ordenamento do ter-
ritório, como é referido no processo
judicial. Quer ainda escrever um li-
vro sobre a sua experiência prisional.
“É uma experiência que eu acho
que deve ser contada, até por motivos
pedagógicos”, disse à Lusa Isaltino,
sublinhando que “estar em liberdade
é, juntamente com a saúde física, o
bem mais precioso que existe.” Aliás,
a boa forma física que mostrou terça-
feira à saída da cadeia é a prova do
que diz. O ex-autarca não deu como
perdido o tempo de reclusão. Além
do espaço de actividades, frequentou
“o curso extra-escolar de Educação
Física” na prisão, refere o acórdão
que ditou a liberdade condicional e
ao qual o PÚBLICO teve acesso.
Na decisão, os juízes da Relação de
Lisboa sublinham, ao contrário do
juiz do Tribunal de Execução de Pe-
nas (TEP), que recusara a liberdade
condicional, o arrependimento que
acreditam ter sido demonstrado pelo
ex-presidente da Câmara de Oeiras.
A consciência crítica sobre os crimes
praticados é uma forma de avaliar
a evolução do recluso e a previsão
de vir ou não a cometer mais crimes
em liberdade. “Claramente a decisão
recorrida duvida que o arrependi-
mento verbalizado pelo recluso seja
sincero. Não compreendemos por
que é que o tribunal [TEP] concluiu
pelo não arrependimento. Ora, ainda
que o arguido nunca tenha dito que a
pena foi justa, declarou que a aceita
e se assume que os crimes que come-
teu foram uma falha ética é porque,
além de considerar que cometeu cri-
mes, afi rma a sua atitude como mo-
ralmente condenável. Não signifi ca
isto arrependimento?”, questionam
os desembargadores.
Neste ponto, a Relação aponta ain-
da como demonstração de arrepen-
dimento o facto de Isaltino Morais,
condenado a dois anos de prisão por
fraude fi scal e branqueamento de ca-
pitais, ter pago ao fi sco 463 mil euros
de dívida. “O arguido reparou todo o
mal do crime, repondo as quantias.
Não é este também um sinal de ar-
rependimento?”, questionam nova-
mente os juízes.
A Relação, cuja decisão não é
passível de recurso, acredita ainda
que, para Isaltino, “o contacto com
o meio prisional é certamente uma
experiência que não quer repetir”,
concluindo que o ex-autarca não de-
verá reincidir na prática de crimes.
Sublinham que este demonstrou uma
“mudança comportamental”.
O TEP tinha outro entendimento. O
arrependimento teria de ser provado
e não apenas verbalizado pelo argui-
do. Não bastava Isaltino ter assumido
aos Serviços Prisionais, em sede de
relatório, que assumia ter tido uma
“falha ética nas campanhas eleito-
rais” e ter sido “omisso em informa-
ções que devia ter prestado a instân-
cia judiciais”. O relatório afi rmava
ainda que o ex-autarca se mostrava
“constrangido”, o que o TEP conside-
rava normal por estar em ambiente
prisional. Para o juiz de execução de
penas era importante ter em mente
que a pena de dois anos de prisão se
referia a um processo em que foi con-
denado pela “actividade sistemática
e planifi cada ocorrida durante três
anos, consubstanciada na prática de
um outro crime e em falsas declara-
ções (às Finanças e ao Tribunal de
Contas) e em actividades destinadas
à lavagem de dinheiro”.
O Ministério Público alertava mes-
mo que se a liberdade condicional
fosse concedida, não restaria “con-
fi ança no sistema judicial”, que pas-
saria a ideia de “impunidade” de al-
guém “que se espera ser o protector
da coisa pública”. A Relação, porém,
confi a que Isaltino Morais, procura-
dor do Ministério Público antes de
ser autarca, se manterá no futuro,
um “homem fi el do direito”.
JustiçaPedro Sales Dias
Ex-autarca é presidente de fundação
Isaltino Morais, que mantém, indicado pelo município, o cargo de presidente do conselho de fundadores da
Fundação Marquês de Pombal, em Oeiras, segundo o site daquela entidade, viverá, para já, de uma reforma de 2800 euros. “A subsistência do condenado no exterior está assegurada pela sua pensão de reforma, no valor de cerca de 2800 euros e pela actividade laboral desenvolvida pela sua companheira na área da contabilidade”, indicava já a decisão do TEP referida no acórdão.
O ex-autarca, que não se pode ausentar do país até Abril de 2015, não está impedido
de exercer cargos políticos. Porém, em 2013 o Tribunal Constitucional (TC) impediu a sua candidatura à Assembleia Municipal de Oeiras. Para o TC havia uma incompatibilidade entre estar preso e ser candidato. “Tratar-se-ia de uma candidatura-fantasia, sem viabilidade, susceptível de confundir os eleitores”, referia a decisão.
Por ora, Isaltino Morais não pensa na política. “Agora quero descansar o meu espírito, adaptá-lo. Nem falo de política, nem de Justiça. Neste momento, só me interessa saborear as coisas boas que a liberdade nos proporciona.”
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Tiragem: 34107
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Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
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Área: 5,82 x 5,53 cm²
Corte: 2 de 2ID: 54554078 26-06-2014
Juízes libertaram antigo autarca de Oeiras, que frequentou curso de Educação Física na cadeia, porque acreditaram no arrependimento p14
Isaltino prepara livro e quer ser consultor de ambiente
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Tiragem: 34107
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 49
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Área: 5,17 x 30,22 cm²
Corte: 1 de 1ID: 54554070 26-06-2014
A transferência, há dez anos, de 4,7
milhões de euros para duas contas
em Zurique, Suíça, está a ser inves-
tigada pela PJ num último inquérito
ainda do tempo do Apito Dourado.
Em causa está a suspeita de crimes
de fraude fi scal e abuso de confi an-
ça relativos à transferência de Paulo
Ferreira e Ricardo Carvalho em 2004
do FC Porto para o Chelsea, confi r-
mou ao PÚBLICO fonte do Ministério
Público.
A investigação, que está a ser lide-
rada pela Unidade Nacional de Com-
bate à Corrupção da PJ, visa ainda
a venda de Giourkas Seitadiris ao
FC Porto pelo clube grego Panathi-
naikos em 2004, segundo o jornal
Expresso online, que teve acesso a
documentação das autoridades hel-
véticas. O inquérito deverá estar con-
cluído dentro de pouco tempo para
que seja evitado o risco de os crimes
prescreverem. O crime de abuso de
confi ança prescreve, de acordo com
o Código Penal, dez anos após a sua
prática.
O processo está a ser dirigido pe-
lo Departamento de Investigação
e Acção Penal de Lisboa. Segundo
fonte do MP não tem ainda arguidos
constituídos e é de uma complexida-
de extrema.
A Procuradoria-Geral da Repúbli-
ca enviou cartas rogatórias às au-
toridades helvéticas no sentido de
conseguir informação sobre as mo-
vimentações das contas bancárias
usadas e que serão tituladas por seis
empresas.
Os montantes alegadamente al-
tos das comissões verifi cadas neste
processo de transferência foram o
primeiro alarme a lançar suspeitas.
A comissão chegou a atingir metade
do valor da transferência de Seitadi-
ris. Uma das contas pertence a uma
empresa irlandesa que terá recebido
3,1 milhões de euros do FC Porto de-
pois dos contratos de transferência
de Paulo Ferreira e Ricardo Carva-
lho. Os jogadores foram vendidos
por 50 milhões ao Chelsea. Uma
outra conta é de uma empresa com
off shore em Gibraltar. Nela foram ale-
gadamente depositados 1,5 milhões,
sete dias após os “azuis e brancos”
terem comprado por três milhões os
direitos desportivos de Seitadiris ao
Panatinaikos.
O PÚBLICO contactou fonte ofi -
cial do FC Porto que, contudo, disse
desconhecer o caso e preferiu então
não reagir.
Investigadas transferências do FC Porto para a Suíça
Futebol Pedro Sales Dias
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Tiragem: 13045
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 25
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Tiragem: 82937
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País: Portugal
Period.: Diária
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Tiragem: 31363
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Margarida Peixotomargarida.peixoto@economico.pt
A solução que o Governo encon-trou para resolver o problemados activos por impostos diferi-dos - que se aplica a todas as em-presas mas se coloca sobretudopara os bancos - tem como prin-cipal objectivo empurrar os ac-cionistas das empresas que re-corram a este regime para umaumento de capital, apurou oDiário Económico.
Confrontados com a necessi-dade de ajudar os bancos a cum-prirem as regras de Basileia III -um novo quadro regulatório queobriga ao reforço de rácios decapital - os governos europeustêm procurado criar regimes es-peciais que permitam manter osrácios de capital, mesmo com aentrada em vigor das regras maisapertadas. Espanha e Itália jácriaram os regimes em causa e odiploma português foi ontemdebatido na generalidade, noParlamento.
No caso português, o Governoensaia um exercício entre oapoio possível aos bancos - obri-
gados a cumprirem Basileia III -e as regras do Eurostat para acontabilização do défice orça-mental. Com o país ainda sob vi-gilância reforçada do FMI e daComissão Europeia, e depois deum programa de austeridadeagressivo, o Executivo não que-ria arriscar a meta do défice porcausa de um regime que é lidocomo uma ajuda à banca.
Por isso a equipa das Finançasencontrou uma forma de evitarimpactos no défice, pelo menos,para já. Os bancos (ou outrasempresas) que peçam paratransformar os seus activos porimpostos diferidos (ver texto aolado) em créditos fiscais, ficamobrigados a emitir um direito, novalor de 110% dos créditos fis-cais em causa, a favor do Estado.
Este direito permite ao Estadoconverter um valor de 110% docrédito fiscal concedido em ac-ções da empresa. Em alternati-va, o Estado também pode ven-der esse direito no mercado.Neste caso, os 10% de majoraçãoque está a pedir face ao valor docrédito fiscal é uma salvaguardapara minimizar os riscos de um
mau negócio no momento emque vender o referido direito -imagine-se, por exemplo, umcaso em que o mercado só ofere-ce 90% do valor do crédito fiscalpelo direito de conversão.
À partida, o Estado não teráinteresse em entrar no capitaldos bancos, sabe o Diário Eco-nómico. Interessa-lhe sobretu-do vender o direito, que pode sercomprado pelos próprios accio-nistas do banco. Estes, por suavez, se deixarem outros accio-nistas entrarem no capital per-dem poder - é por isso que o me-
canismo empurra os accionistasactuais a comprarem os direitosde conversão e fazerem, na prá-tica, um aumento de capital.
Nas contas públicas, o registoé feito em dois tempos. Se o di-reito de conversão do Estado nãofor vendido, a operação é apenasde capital, sem impactos no dé-fice. É uma questão de patrimó-nio: o Estado compromete-secom os créditos fiscais, mas ga-nha um património, que são asacções da empresa. Mas quandovender - seja o direito de con-versão em acções, seja mais tar-de as próprias acções - pode re-gistar menos ou mais-valias. Sãoestas que têm impacto no défice.
Essa é uma questão para umfuturo Governo resolver, já quesó acontece em Maio de 2016,quando as empresas entregaremas suas declarações de impostos.
Contactada pelo Diário Eco-nómico, a Associação Portu-guesa de Bancos repete que estáa avaliar o diploma, mas queconsidera que não coloca osbancos portugueses em pé deigualdade com os concorrenteseuropeus. ■ com T.F.
Salvaguarda Governo não arriscou ajudar a banca a cumprir Basileia III com medidas fiscais quepesassem no défice orçamental. Solução terá impacto limitado nas contas públicas.
Solução para créditos fiscaisda banca empurra accionistaspara aumento de capital
O BOLO EM CAUSA
2,5 mil milhõesEste é o valor global para a bancaportuguesa dos activos porimpostos diferidos.
Como funcionao regimeespecialde créditosfiscaisBancos podem desistirda adesão antes de se efectivara conversão em créditos fiscais.
O regime está aberto a todas asempresas, mas foi desenhado apensar na banca. Principal no-vidade é a contrapartida de di-reitos de conversão em acçõesem favor do Estado.
1COMO PODEM ADERIR?As empresas podem aderir setiverem registado prejuízos.Têm dez dias para fazer o pedi-do de adesão, que tem de ser re-sultado de uma decisão tomadaem Assembleia Geral.
2QUE ACTIVOSSÃO ABRANGIDOS?Estão em causa os activos porimpostos diferidos que resultemde imparidades registadas comsistemas de pensões dos seustrabalhadores ou de crédito.
3QUAL A CONTRAPARTIDAPARA OS BANCOS?Se pedirem para transformaressas imparidades em créditosfiscais, os bancos têm de emitirdireitos de conversão a favor doEstado no valor de 110% doscréditos fiscais em causa.
4QUAL É O DIREITOQUE O ESTADO GANHA?Fica com o direito a entrar nocapital das empresas. Podeconverter 110% do valor doscréditos fiscais concedidos emacções. Mas também podevender esse direito no mercadoe registar menos ou mais-va-lias, essas com impacto no sal-do orçamental.
5COMO É QUE SE GARANTEESSE DIREITO?A empresa tem de fazer deuma reserva no valor de 110%dos créditos fiscais para ocaso da conversão se concre-tizar. É por isso que este siste-ma não prejudica os rácios decapital dos bancos segundo asregras de Basileia III. Se aconversão acontecer, a reser-va funciona como um aumen-to de capital. ■ M.P.
Paula Nunes
[Este regime]tem um mecanismode compensaçãoque evita o eventualimpacto no Orçamento.
Maria Luís AlbuquerqueMinistra das Finanças
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Tiragem: 148956
País: Portugal
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Corte: 1 de 1ID: 54589713 28-06-2014
Durante sete anos, uma empresa
de segurança privada de Leiria, que
presta serviços em vários organismos
públicos e privados, conseguiu bran-
quear centenas de milhares de euros
com o seu negócio de seguranças da
noite, em casas de diversão. A maio-
ria do lucro obtido com aquele negó-
cio não era declarado, nem sequer
depositado em contas bancárias.
A PJ encontrou, num banco de Lei-
ria, mais de 200 mil euros em dois
cofres titulados pela fi rma. O casal
proprietário da empresa Lexsegur,
Casal preso por branquear centenas de milhares de euros com negócio de seguranças da noite
inquirido quinta-feira no Tribunal
Central de Instrução Criminal, em
Lisboa, está agora em prisão pre-
ventiva indiciado por fraude fi scal
e branqueamento de capitais. Mari-
do e mulher (uma advogada), ambos
com cerca de 30 anos, foram detidos
na terça-feira pela Unidade Nacional
contra Terrorismo da PJ numa opera-
ção que contou com a participação
de técnicos da Autoridade Tributária.
A empresa, criada em 2007, está
agora impedida, por ordem judicial,
de se dedicar à segurança privada
apenas em estabelecimentos de ani-
mação nocturna. A fi rma assegurava
aqueles serviços em inúmeros bares,
discotecas e casas de alterne em Lei-
ria. Não está para já em causa a pres-
tação de serviços nos organismos pú-
blicos, entre os quais se contam um
hospital público da região centro e
cerca de uma dezenas de câmaras.
O primeiro alarme a fazer incidir a
atenção da polícia nesta empresa foi
Justiça Pedro Sales Dias
Marido e mulher estavam já referenciados em vários inquéritos por suspeita de ameaça, coacção e agressão a donos de bares
polícia com medo de represálias.
Esses casos estão a ser investigados
no âmbito de outro inquérito. No âm-
bito deste, a PJ fez nove buscas em
Leiria, Nazaré e Póvoa de Varzim. Os
investigadores visaram, além do ban-
co em Leiria, as casas dos detidos,
de alguns dos seus funcionários e as
instalações da empresa, assim como
o escritório do técnico ofi cial de con-
tas da empresa. Nesta acção, foram
ainda constituídos seis arguidos co-
laboradores mais próximos do casal
na empresa. A fi rma tem dezenas de
colaboradores.
Com a operação, a PJ acredita ter
colocado um fi m à actividade crimi-
nosa que era, aliás, aponta fonte po-
licial, a parte mais destacada do ne-
gócio gerado pela empresa. Os inves-
tigadores apreenderam ainda vários
documentos relativos à contabilidade
da fi rma e uma caixa de munições de
calibre ilegal encontrada na casa de
um dos colaboradores.
a crescente riqueza ostentada pelo
casal, que foi adquirindo património
cada vez mais luxuoso. A operação
permitiu ao Gabinete de Recupera-
ção de Activos da PJ a apreensão de
centenas de milhares de euros em
numerário, além de várias viaturas
topo de gama, uma embarcação e
diversos prédios urbanos.
Os suspeitos, porém, já estavam
referenciados pelas autoridades. Há
vários anos que se sucediam inquéri-
tos por suspeita de ameaça, coacção
e agressão decorrentes das práticas
que passaram a usar para conquistar
o mercado da segurança privada na
região. Aliás, em 2009, a PJ já havia
estado na empresa onde apreendeu
várias armas de fogo e dezenas de
munições.
Para dominarem a segurança de
cada vez mais casas nocturnas ame-
açavam os seus proprietários. Muitos
acabavam por aceder às pretensões
e raramente apresentavam queixa à
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Tiragem: 82937
País: Portugal
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Âmbito: Informação Geral
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Corte: 1 de 1ID: 54597717 29-06-2014GUSTAVO AMARELLE/AFP
Os factos da acusação remontam ao tempo em que Amado Boudou foi ministro da Economia
O vice-presidente da Argentina,
Amado Boudou, foi formalmente
acusado por suborno, tráfi co de
infl uência e negociações incompa-
tíveis com o exercício de cargo pú-
blico, no âmbito de um processo de
corrupção que envolve a atribuição
de contratos para a impressão de
papel-moeda.
É a primeira vez na história da Ar-
gentina que uma fi gura presidencial
em funções se vê a braços com a jus-
tiça. Amado Boudou, um economista
liberal de 51 anos, tornou-se um dos
mais importantes aliados políticos de
Cristina Fernández de Kirchner du-
rante o seu primeiro mandato, tendo
depois sido recompensado pela Pre-
sidente, que o chamou para a Casa
Rosada em 2011.
O caso remonta à época em que
Boudou exercia funções de ministro
da Economia e aprovou um plano de
resgate fi nanceiro da única gráfi ca do
país habilitada a imprimir dinheiro,
a Ciccone Calcográfi ca. A operação
de recuperação da empresa, com a
luz verde do seu ministério, envol-
Vice-presidente da Argentina vai ser julgado por corrupção
veu o perdão de uma dívida fi scal
de milhões.
Mas segundo a investigação da jus-
tiça argentina, o interesse de Amado
Boudou na empresa, e as negocia-
ções dos contratos com o Estado,
não aconteceram por acaso: de acor-
do com o processo, o então ministro
da Economia estaria a manobrar em
proveito da sua própria companhia,
que controlava por intermédio de
um testa-de-ferro, Alejandro Van-
derbroele, que também é arguido
no processo.
O juiz federal responsável pelo
processo, Ariel Lijo, concluiu que
Boudou aproveitou a falência da
Ciccone Calcográfi ca e usou da sua
infl uência para se apoderar da em-
presa, a libertar do passivo tributá-
rio e fi rmar novos contratos com
o Estado. Essa tese foi confi rmada
durante o inquérito, nomeadamente
pelo testemunho da ex-mulher de
Vanderbroele, mas também por
“dados sólidos e numerosos” do es-
quema de associação entre os dois.
O juiz também ouviu um amigo de
Boudou, um dirigente das Finanças
e os antigos proprietários da gráfi ca
— que à semelhança do vice-presi-
dente, vão responder no processo
de corrupção.
Depois de rebentar o escânda-
lo, em 2012, o Governo de Cristina
Kirchner fez aprovar no Congresso
a nacionalização da gráfi ca. A opo-
sição, que pediu o afastamento de
Amado Boudou do palácio presiden-
cial durante o período do inquérito,
exige agora a sua demissão. Se for
condenado, o vice-presidente — que
poderá responder ao processo em
liberdade — enfrenta uma pena de
prisão até seis anos.
Apesar de não ter funções exe-
cutivas — institucionalmente, o vi-
ce-presidente conduz os trabalhos
do Senado —, Amado Boudou viu
crescer o seu perfi l político quan-
do substituiu Cristina Kirchner du-
rante a sua convalescença de uma
operação à cabeça. Além disso,
era apontado como o mais prová-
vel candidato do kirchnerismo nas
presidenciais de 2015.
Ainda é cedo para perceber as pos-
síveis implicações políticas do caso:
a imprensa argentina nota que o
destino do vice-presidente está nas
mãos de Cristina Kirchner. Boudou,
que nega as acusações e classifi ca o
caso como uma perseguição políti-
ca orquestrada pelos meios de co-
municação social que se opõem ao
Governo, encontra-se em Cuba em
visita ofi cial, e não reagiu ainda à
formalização da acusação.
A Argentina está a atravessar mais
um período fi nanceiro turbulento,
com a possibilidade de um novo de-
fault por incumprimento de contra-
tos com os credores internacionais
envolvidos na reestruturação da dí-
vida pública a agitar os mercados. O
país encontra-se em recessão desde o
último trimestre de 2013, com a taxa
de infl ação a bater nos 35%.
ProcessoRita Siza
Amado Boudou, aliado da Presidente Cristina Kirchner e possível sucessor, em 2015, arrisca até seis anos de prisão
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Tiragem: 148956
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