GESTÃO FINANCEIRA DE EMPRESAS - ufjf.br · de investimentos Dimensionamento dos fluxos de caixa;...

Preview:

Citation preview

GESTÃO FINANCEIRA DE EMPRESAS

Prof. Anderson Valverde

Setembro de 2014

AGENDA1. Avaliação de Projetos de Investimento

1.1 Risco e Retorno1.2 Técnicas de Avaliação de Investimentos1.2.1 Payback simples1.2.2 Payback descontado1.2.3 Valor presente líquido 1.2.4 Taxa interna de retorno 1.2.5 Taxa interna de retorno modificada1.2.6 Índice de Lucratividade

AGENDA2. Noções de Contabilidade

3. Gestão Financeira de Curto Prazo

3.1. Introdução à Gestão de Curto Prazo

3.2. Gestão do Disponível

3.3. Gestão do Crédito

3.4. Gestão de Estoques

Metodologia

� Exposições Dialogadas

� Exercícios em sala de aula (40%)

� Avaliação Individual (60%)

OBJETIVO DA GESTÃO FINANCEIRA

� Maximização do lucro?

ou� Maximizar o valor de mercado do capital dos proprietários?

ESTRUTURA BÁSICA DAS DECISÕES FINANCEIRAS

� FINANÇAS DE CURTO PRAZO - decisões que afetam os ativos e passivos circulantes.

� FINANÇAS DE LONGO PRAZO - decisões que afetam os demais ativos e passivos.

Risco e Retorno

� As decisões financeiras são tomadas em um ambiente deincerteza com relação ao futuro;

� Parte-se do pressuposto que todo investidor tem aversão aorisco e prefere maximizar o retorno de seus investimentos;

Risco: capacidade de se mensurar o estado de incertezade uma decisão mediante o conhecimento dasprobabilidades de ocorrência de determinados resultados.

I Parte

Avaliação de Projetos de Investimento

Introdução às Teorias de Investimento

� As decisões de investimento envolvem a elaboração, avaliação e seleção de propostas de aplicações de capital efetuadas com o objetivo, normalmente de médio e longo prazo, de produzir determinado retorno aos proprietários de ativos.

Aspectos básicos da avaliação de investimentos

� Dimensionamento dos fluxos de caixa;

� Avaliação econômica dos fluxos de caixa com base na aplicação de técnicas de análise de investimento;

� Definição da taxa de retorno exigida.

Valor do dinheiro no tempo

Valor do Dinheiro no Tempo

Valor Futuro

� O valor futuro de $ 1,00 aplicado por “ n “ períodos a taxa “ i “ é :

� Valor Futuro = $1,00 x ( 1 + i )n

Valor Presente

� O valor presente de $ 1,00 a ser recebido daqui a “n” períodos, sendo a taxa de desconto igual a “ i “ é :

� Valor Presente = $1,00 /(1+i)n

Fundamentos do Orçamento de Capital

Dispêndio de Capital

� Um dispêndio decapital é uma despesaque a empresa faz,visando gerarbenefícios durante umperíodo superior a umano.

Motivos básicos para dispêndio de capital

� Dispêndio para aquisição de ativos

� Dispêndio para substituição de ativos

� Dispêndio para modernização

� Dispêndios para outras finalidades

Tipos de projetos

� ProjetosIndependentes: Sãoaqueles cuja aaceitação de um delesnão elimina aconsideração dosoutros.

� Projetosmutuamenteexcludentes: Aaceitação de um deleselimina a consideraçãodos outros.

Projetos de Investimento e Fluxo de Caixa

� Tipos padrões de Fluxos de Caixa

� Investimento Inicial

� Entradas de Caixa

Tipos padrões de fluxo de caixa

� Fluxo de caixa convencional:Consiste em uma saída inicial seguida por uma série de entradas.

� Fluxo de caixa não convencional:Consiste em entradas e saídas alternadas.

Entradasde Caixa

Saídasde Caixa

$1.000

0

1 2 3 4 5 6 7 8

$200 $200 $200 $200 $200 $200 $200 $200

Tempo (anos)

Fluxo de Caixa Convencional

Entradasde Caixa

Saídasde Caixa

$2.000

0

1 2 3 4

5

6 7 8

$500 $500 $500 $500 $500 $500 $500

Tempo (anos)

$500 $500

$800

9 10

Fluxo de Caixa Não Convencional

Qual taxa de desconto utilizar?

� Custo de Capital (k):

� Custo de Oportunidade: é a melhor remuneração do investimento que seria obtida em uso alternativo.

� Taxa Mínima de Atratividade (TMA) =

Taxa de Retorno Básica + Prêmio pelo Risco

� Custo Médio Ponderado de Capital – CMPC

Investimento Inicial Esquema Básico

Custo do novo projeto

(+) Custo de instalação

( - ) Recebimento pela venda de ativos antigos

(+/-) IR s/ venda de ativos antigos

( - ) Vantagem tributária s/ novo ativo

( = ) INVESTIMENTO INICIAL (FC0)

Fluxo de Caixa Livre (+) Receitas

(-) Custos e despesas Variáveis

(-) Custos e despesas fixas Desembolsáveis

(-) Depreciação

= Lucro Operacional Tributável

(-) IR e CS

= Lucro Operacional Líquido

(+) Depreciação

= FCO (Fluxo de Caixa Operacional)

(+/-) Investimentos líquidos em equipamentos

(+/-) Investimentos líquidos em capital de giro

= FCL (Fluxo de Caixa Livre)

Fluxo de Caixa Livre 0 1 2 3 4 5

Receita bruta

(-) Custos e despesas variáveis

(=) Margem de contribuição

(-) Custos e despesas fixas desembolsáveis

(=) LAJIDA ou EBITDA

(-) Depreciação, amortização ou exaustão

(=) LAJIR ou EBIT

(-) IR e CS sobre ganho operacional (LAJIR)

(=) Lucro Operacional Líquido

(+) Depreciação

(=) FCO

(+/-) Variação de ativos não circulantes

(+/-) Variação de capital de giro

(=) FCL

O que importa é o caixa!

O lucro, dentro de critérios

perfeitamente adequados, pode ser

manipulado. Caixa não tem jeito.

Como dizem em Wall Street, “lucro

é opinião; caixa é fato”

(MANFREDINI, 2001).

Técnicas de Avaliação de Investimentos

� Período de Recuperação do Investimento ( Payback )� Valor Presente Líquido ( VPL )� Payback Descontado� Índice de Lucratividade ( IL )� Taxa Interna de Retorno ( TIR )� TIR Modificada (TIRM)

Um Exemplo:Empresa Bosco

Período de Recuperação do Investimento - Payback

� Payback é o período necessário para se recuperar o investimento inicial.

� No exemplo da empresa Bosco temos os seguintes períodos de recuperação:

� Projeto A: 3 anos =

$ 42.000 / $ 14.000

� Projeto B: 2,5 anos = $ 28.000 + $ 12.000 +1/2 de $ 10.000 =

$ 45.000

Critério de decisão

� o Projeto B é melhor que o Projeto A.

Vantagens e Desvantagens do Payback

Vantagens

� Considera a época dos fluxos;

� Considera o risco do projeto;

� Considera a Liquidez.

Desvantagens

� Não considera o valor do dinheiro no tempo;

� Não considera os fluxos após o período de retorno.

Valor Presente Líquido - VPL

� VPL é igual ao valor presente das entradas de caixa descontadas a uma taxa igual ao custo de capital, menos o investimento inicial.

Critério de Decisão

� Se o VPL for > ou = a zero deve-se aceitar o projeto.

� Se o VPL for < do que zero deve-se rejeitá-lo.

Valor Presente Líquido - VPL

No exemplo da empresa Bosco, considerando custo de capital de 10% a.a.

Projeto A

Valor presente das entradas = 14.000 + 14.000 + 14.000 + 14.000 + 14.000 = $ 53.071(1,10) (1,10)2 (1,10)3 (1,10)4 (1,10)5

VPL = - $ 42.000 + $ 53.071 = $ 11.071

Projeto B

Valor presente das entradas = 28.000 + 12.000 + 10.000 + 10.000 + 10.000 = $ 55.924(1,10) (1,10)2 (1,10)3 (1,10)4 (1,10)5

VPL = - $ 45.000 + $ 55.924 = $ 10.924

O Projeto A apresenta maior VPL em relação ao Projeto B

Vantagens e Desvantagens do VPL

Vantagens

� Utiliza o fluxo de caixa;

� Considera fundamentalmente o valor do dinheiro no tempo;

� Busca o aumento do valor da empresa.

Desvantagens

� Dificuldade da previsão dos fluxos;

� Assume a mesma taxa de desconto para o período todo.

Payback Descontado

� Avalia o prazo de recuperação de investimento,considerando os valores de entradadescontados.

� Utiliza-se o mesmo critério do Paybacktradicional.

Payback Descontado

Nominal Real Nominal Real

Investimento

Inicial 42.000,00 42.000,00 45.000,00 45.000,00

Ano 1 14.000,00 12.727,27 28.000,00 25.454,55

Ano 2 14.000,00 11.570,25 12.000,00 9.917,36

Ano 3 14.000,00 10.518,41 10.000,00 7.513,15

Ano 4 14.000,00 9.562,19 10.000,00 6.830,13

Ano 5 14.000,00 8.692,90 10.000,00 6.209,21

Projeto A Projeto B

Valores em R$

Custo de Capital (k): 10% a.a.

Resolução

� Projeto A - Recuperação em 3,75 anos

� Projeto B - Recuperação em 3,31 anos

Valores em R$

Real Acumulado Real Acumulado

Investimento

Inicial-42.000,00 -42.000,00 -45.000,00 - 45.000,00

Ano 1 12.727,27 -29.272,73 25.454,55 - 19.545,45

Ano 2 11.570,25 -17.702,48 9.917,36 - 9.628,10

Ano 3 10.518,41 - 7.184,07 7.513,15 - 2.114,95

Ano 4 9.562,19 6.830,13

Ano 5 8.692,90 6.209,21

Projeto BProjeto A

Índice de Lucratividade - IL

� Denominado também índice de custo -benefício.

� Mede o retorno relativo.

� IL = valor presente das entradas de caixa / valor presente das saídas de caixa

Critério de Decisão

� Se o IL for > ou = a 1, aceita-se o projeto.

� Se o IL for < que 1, rejeita-se o projeto.

� O IL leva a mesma decisão que o VPL.

entoVPInvestim

k

CF

k

CF

k

CF

k

CF

IL

n

n

+

++

+

+

+

+

+=

)1(...

)1()1()1( 33

22

11

=∑VPI

VPIL

Índice de Lucratividade - IL

No exemplo da empresa Bosco, considerando custo de capital de 10% a.a.

� Projeto A : $ 53.071 / $ 42.000 = 1,26

� Projeto B : $ 55.924 / $ 45.000 = 1,24

A é preferível ao B, uma vez que propicia um retorno de $ 1,26 para cada $ 1,00 investido, ao passo que B retorna $ 1,24 para cada $ 1,00.

Taxa Interna de Retorno - TIR

� A TIR é definida como a taxa de desconto que faz o VPL igualar-se a zero.

� Os fluxos de entradas descontados à TIR igualam-se ao Investimento inicial.

Critério de Decisão

� Se a TIR for > ou = ao custo de capital deve-se aceitar o projeto.

� Se a TIR for < que o custo de capital, deve-se rejeitá-lo.

Taxa Interna de Retorno - TIR

No exemplo da empresa Bosco

Projeto A

� TIR = 19,9% a.a.

� Com esta taxa o valor presente das entradas é de $ 42.000 (investimento inicial).

Projeto B

� TIR = 21,7% a.a.

� Com esta taxa o valor presente das entradas é de $ 45.000 (investimento inicial).

VPL x TIR

Limitações da TIR

� Risco de se apurar valor virtual da taxaem função do fato de que na equação daTIR está implícito que os fluxos de caixasserão reinvestidos ao valor apurado naTIR.

� A apuração da TIR em fluxos nãoconvencionais pode ser ambígua.

Taxa Interna de Retorno Modificada - TIRM

� Taxa de desconto à qual o valor presentedo custo de um projeto é igual ao valorpresente de seu valor final, onde o valorfinal é encontrado com a soma dos valoresfuturos das entradas de caixa capitalizadosao custo de capital da empresa.

Taxa Interna de Retorno Modificada - TIRM

1001

1

×

=∑ N

VPI

VFTIRM

TMA = 18% a.a.

1001000.200

931.548 5

1

×

=TIRM

TIRM no exemplo da empresa Bosco

Projeto A� Ano 0 = - $42.000� Ano 5 = [14.000 + (14.000 x (1,10) ) + (14.000 x (1,10)2 ) + (14.000 x (1,10)3 ) + (14.000 x (1.10)4 )] = $85.471,40

� A Taxa que iguala estes fluxos é a TIRM = 15,27% a.a.

Projeto B� Ano 0 = - $45.000� Ano 5 = [10.000 + (10.000 x (1,10) ) + (10.000 x (1,10)2 ) + (12.000 x (1,10)3 ) + (28.000 x (1,10)4 )] = $90.067,00

� A Taxa que iguala estes fluxos é a TIRM = 14,88% a.a.

O critério para aceitar ou rejeitar projetos utilizando a TIRM

� O critério é idêntico aoda TIR, ou seja,compara-se a TIRM como custo de capital (i).

� Se TIRM > i ; aceita-se o projeto.

� Se a TIRM < i ; rejeita-se o projeto.

II PARTE

2. NOÇÕES DE CONTABILIDADE

Sistemas Contábeis

SISTEMA PATRIMONIAL

� Refere-se a fatos estruturais.

� Apresenta, de forma estática, a situação do patrimônio da empresa em uma determinada data.

SISTEMA DE RESULTADO

� Refere-se ao movimento da empresa.

� Apresenta, de forma dinâmica, o fluxo das receitas, dos gastos e os resultados da empresa em um certo período de tempo.

Ativos ou Investimentos

Ativos de Curto Prazo ou Capital de Giro

� Ativos Circulantes� Caixa e Bancos

� Duplicatas a Receber

� Estoques

Ativos de Longo Prazo ou Capital Fixo

� Ativos Não Circulantes� Ativo Realizável a Longo

Prazo

� Investimentos

� Imobilizado

� Intangível

Passivos ou Financiamentos

Capital de Terceiros

� Passivo Circulante� Fornecedores

� Empréstimos de curto prazo

� Passivo Não Circulante� Exigível a Longo Prazo

Capital Próprio

� Patrimônio Líquido� Capital Social

� Reservas Legais e Estatutárias

� Reserva de Lucros

Fontes de Financiamento

INV

ES

TIM

EN

TO

S PC

PNC

PL

Decisões de Financiamento

Decisões de Investimento

Separando as fontes …

PC

PNC

PLTerc

eir

os

Pró

pri

o

CP

LP

Es

tru

tura

de

Ca

pit

al

Equação Fundamental da Contabilidade

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Sistema de Resultados

+ Receitas ( Provenientes das vendas de produtos ou serviços )- Despesas e Custos ( Dos produtos ou serviços )= Resultado ( Saldo em forma de Lucro ou Prejuízo )

Exemplo da DREDemonstração do Resultado do Exercício – Cia Y Ano 1 Ano 2 Ano 3

Receita Bruta de vendas 870.414 967.716 974.655

( - ) Impostos sobre vendas (221.223) (231.912) (230.567)

= RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 649.191 735.804 744.088

( - ) Custo das mercadorias vendidas (CMV) (469.960) (509.419) (489.680)

= LUCRO BRUTO 179.231 226.385 254.408

( - ) Despesas comerciais (75.810) (75.820) (83.880)

( - ) Despesas administrativas (38.650) (46.644) (43.674)

( - ) Depreciações (34.620) (32.563) (30.680)

= LUCRO OPERACIONAL 30.151 71.358 96.174

( + ) Receitas financeiras 28.901 9.845 -

( - ) Despesas financeiras - (2.133) (3.557)

( + - ) Outras receitas / despesas (962) 309 (282)

= LUCRO ANTES DO IR 58.090 79.379 92.335

( - ) Provisão IR e CSSL (14.523) (19.845) (23.084)

= LUCRO LÍQUIDO 43.567 59.534 69.251

ORIGENS x APLICAÇÕES

Ativo Passivo e PL

Bens• Dinheiro• Estoque• Máquinas• Veículos

Direitos• Títulos a receber• Depósitos em Bancos

Obrigações• Fornecedores• Salários a Pagar• Empréstimos Bancários• Impostos a Pagar

Patrimônio Líquido• Capital

• Subscrito• Integralizado

Balanço PatrimonialAplicaçõesAplicaçõesAplicaçõesAplicações OrigensOrigensOrigensOrigens

Todos os Recursos entrampelo Passivo e PL.=

Exemplo do Balanço Patrimonial - Ativo

Balanço Patrimonial – Cia Y Ano 1 Ano 2 Ano 3

ATIVO 628.601 643.734 677.719

Ativo Circulante: 335.676 246.043 220.188

Disponibilidades 178.917 53.705 19.639

Duplicatas a receber 101.846 110.241 100.407

( - ) Provisão para devedores duvidosos (5.448) (6.055) (7.495)

Estoques 55.848 67.087 73.659

Outros valores a receber 4.513 21.065 33.978

Ativo Não Circulante: 292.925 397.691 457.531

Realizável a longo prazo 82.303 104.362 119.045

Investimentos 55.396 139.231 166.151

Imobilizado 155.226 154.094 171.039

Intangível - 4 1.296

Exemplo do Balanço Patrimonial - Passivo

PASSIVO 628.601 643.734 677.719

Passivo Circulante: 263.692 255.948 291.853

Duplicatas Descontadas 29.144 29.978 14.190

Instituições Financeiras 102.003 54.934 52.783

Outros não cíclicos 46.532 59.881 65.782

Fornecedores 30.776 44.292 53.199

Impostos e taxas 14.161 25.933 33.078

Outros valores a pagar 41.076 40.930 72.821

Passivo Não Circulante: 77.166 95.317 84.892

Exigível a longo prazo 77.166 95.317 84.892

Patrimônio Líquido: 287.743 292.469 300.974

Capital social integralizado 264.620 264.620 264.620

Reservas de Lucros 6.725 10.631 19.136

Reservas de Capital 16.398 17.218 17.218

Indicadores de Liquidez

� Liquidez Imediata = Disponível / PC� Liquidez Seca = (AC – Estoques – Despesas Antecipadas) / PC

� Liquidez Corrente = AC / PC� Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante)

Indicadores de Lucratividade

� Margem Bruta = (Lucro Bruto / Vendas) x 100

� Margem Operacional = (Lucro Operacional / Vendas) x 100

� Margem Líquida = (Lucro Líquido / Vendas) x 100

Indicadores de Rentabilidade

� Retorno sobre o Ativo (ROA) = (Lucro Líquido / Ativo Total) x 100

� Retorno sobre o Investimento (ROI) = (Resultado Operacional / Ativo Total) x 100

� Retorno sobre o Capital Próprio (ROE) = (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido) x 100

Indicadores de Endividamento

� Índice de Endividamento = (Exigível Total / (Exigível Total + Patrimônio Líquido)) x 100

� Quociente Capital de Terceiros sobre o Capital Próprio = Exigível Total / Patrimônio Líquido

3. Gestão Financeira de

Curto Prazo

2.1 Análise Financeira de CurtoPrazo

� Qual é o nível razoável de caixa a ser mantido ?

� Quanto deve a empresa tomar emprestado a

curto prazo ?

� Quanto crédito deve ser concedido aos clientes ?

� Qual o investimento ideal em estoques?

Introdução à Gestão de Curto Prazo

Ativo Circulante

Ativo Não Circulante

Passivo Circulante

Passivo Não Circulante

PatrimônioLíquido

Análise Risco-Retorno

Suposições básicas:

� Natureza da empresa: empresa industrial

� Capacidade de gerar lucros: ativos permanentes são mais rentáveis que ativos circulantes.

� Custo do financiamento: custo do financiamento no longo prazo é maior que no curto prazo.

Conflito Risco-Retorno

InvestimentoEm

AtivosCorrentes

Redução daRentabilidade

DaEmpresa

Capital Circulante Líquido - CCL

CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO = AC – PC

FOLGA FINANCEIRA X INSOLVÊNCIA

CCL Positivo

Ativo Circulante$35

Ativo Não Circulante

$65

Passivo Circulante$20

Passivo Não Circulante $30

PatrimônioLíquido$50

CCL = $15

CCL Negativo

Ativo Circulante$70

Ativo Não Circulante

$130

Passivo Circulante$110

Passivo Não Circulante $40

Patrimônio

$50

PatrimônioLíquido$50

CCL = -$40

Definição do Investimento em Ativo Circulante

Política Conservadora:

� Manter saldos elevados de caixa;

� Fazer grandes investimentos em estoques.

Definição do Investimento em Ativo Circulante

Política Agressiva:

� Manter saldos reduzidos em caixa;

� Realizar pequenas aplicações em estoques;

� Realizar poucas vendas a prazo.

Políticas alternativas de financiamento do Ativo Circulante.

Política Conservadora:

� Significa menos endividamento a curto prazo e mais endividamento a longo prazo.

Políticas alternativas de financiamento do Ativo Circulante.

Política Agressiva:

� Envolve elevada proporção de dívidas a curto prazo em relação ao financiamento a longo prazo.

Estrutura de Risco Mínimo Investimento (R$)

Tempo

Ativo Não Circulante

Capital de Giro Permanente

Recursos em Excesso

Capital de Giro Sazonal

Recursos de LP

Estrutura de Menor Risco Investimento (R$)

Tempo

Ativo Não Circulante

Capital de Giro Permanente

Recursos em Excesso

Capital de Giro Sazonal

Recursos de LP

Recursos de CP

Estrutura de Maior RiscoInvestimento (R$)

Tempo

Ativo Não Circulante

Capital de Giro Permanente

Capital de Giro Sazonal

Recursos de LP

Recursos de CP

Indicadores de Liquidez

� Liquidez Imediata = Disponível / PC

� Liquidez Seca = (AC – Estoques –Despesas Antecipadas) / PC

� Liquidez Corrente = AC / PC

Ciclo Operacional e Ciclo De Caixa

� A principal preocupação, nas finanças de curto prazo, está ligada as atividades operacionais e financeiras da empresa.

Ciclo Operacional e Ciclo de Caixa

Período de estoque

Compra dematéria-prima

Venda deprodutos acabados

Período de contas a receber

Período de Contas a pagar

Ciclo de Caixa

Pagamento de comprade matéria-prima

Recebimento pela vendade produtos acabados

Ciclo operac iona l

O ciclo operacional é o período desde a aquisição de estoques até o recebimento de caixa. (Àsvezes, o ciclo operacional não inclui o tempo entre o pedido e o recebimento de mercadorias.) Ociclo de caixa é o período desde o pagamento até o recebimento de dinheiro

Ciclo Financeiro e EconômicoCompra de

Matéria-primaInício daFabricação

Fim daFabricação

Venda Recebimentoda Venda

PME(Mp) PMF PMV PMC

Ciclo Operacional

PMPF

Ciclo Financeiro (Caixa)

Ciclo Econômico

Ciclo Econômico

Recebimento da Mercadoria

Venda da Mercadoria

Ciclo Econômico

Exemplo 01DIA ATIVIDADE EFEITO SOBRE O

CAIXA

0 Compra demercadorias

Nenhum

30 Pagamento dacompra

- $ 1.000

60 Venda de merca-doria a prazo

Nenhum

105 Recebimento davenda

+$ 1.400

Definição do Ciclo Operacional

� O ciclo inteiro, do momento em que compramos algo para o estoque, até o momento em que recebemos o dinheiro é denominado Ciclo Operacional.

� Ciclo Operacional = Período de Estoque + Período de Contas a Receber

� No exemplo: 105 dias = 60 dias + 45 dias

Definição do Ciclo de Caixa

� O ciclo de caixa é o número de dias transcorridos até recebermos o valor de uma venda, medido desde o momento em que pagamos pelo estoque adquirido.

� Ciclo de Caixa = Ciclo Operacional -Período de Contas a Pagar

� No exemplo: 75 dias = 105 dias -30 dias

Exemplo 02Item Valor Inicial Valor Final Média

Estoque 2,000 3,000 2,500

Contas a receber

1,600 2,000 1,800

Contas a pagar

750 1,000 875

Vendas líquidas

11,500

Custo dos produtos vendidos

8,200

Índices de Atividade

� Giro de Estoque = Custo dos produtos vendidos / Estoque Médio 8,2 milhões = 3,28 vezes 2,5 milhões

� Período de Estoque = 365 dias / Giro de estoque = 365 / 3,28 = 111,3 dias

� Ciclo Operacional = Período de Estoque + Período de Contas a Receber = 111 dias + 57 dias = 168 dias

� Giro de Contas a receber = Vendas a prazo / Saldo Médio das contas a receber 11,5 milhões = 6,4 vezes 1,8 milhão

� Período de contas a receber = 365 dias / Giro de contas a receber = 365 / 6,4 = 57 dias

Índices de Atividade

� Giro de Contas a Pagar = Custodos produtos vendidos / SaldoMédio de contas a pagar = 8,2 milhões = 9,4 vezes0,875 milhão

� Período de Contas a Pagar = 365 dias / Giro de contas a pagar= 365 / 9,4 = 39 dias

� Ciclo de Caixa = Ciclo operacional - Período de Contas a pagar

� Ciclo de Caixa = 168 dias -39 dias = 129 dias

� Giro de Caixa = 365 / Ciclo de Caixa

� Giro de Caixa = 365 / 129 = 2,83 vezes

Algumas interpretações acerca do Ciclo de Caixa

� Quanto maior o Ciclo de Caixa maiores os investimentos em AC e maior a necessidade de financiamento.

� Ampliação do Ciclo de Caixa pode indicar que a empresa está tendo dificuldade em desovar estoques ou receber suas contas.

O Ciclo de caixa e a Rentabilidade da empresa

� Considerando a decomposição da Taxa de Retorno sobre o Ativo abaixo:

� Taxa de Retorno = Lucro x Vendas Vendas Ativo

� Quanto maior o investimento em AC menor é o Giro do Ativo e consequentemente menor o retorno.

A Rentabilidade da empresa

Valores em R$

A B C

Vendas 10.000.000,00 10.000.000,00 10.000.000,00

Lucro antes dos Juros e Impostos 1.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00

Ativos Correntes 600.000,00 800.000,00 1.000.000,00

Ativos Fixos 2.000.000,00 2.000.000,00 2.000.000,00

Total do Ativo: 2.600.000,00 2.800.000,00 3.000.000,00

Giro do Ativo (Vendas / ativo) 3,85 3,57 3,33

Taxa de Retorno (Lucro / ativo) 38,5% 35,7% 33,3%

2.2. Gestão do Disponível

Razões para a manutenção de caixa:

� Efetuar transações

� Precaução

� Especulação

Atividades que aumentam o saldo de caixa

� Aumentos do exigível a longo prazo;� Aumentos do patrimônio líquido;� Aumentos de passivos circulantes;� Reduções de ativos circulantes, exceto caixa;� Reduções de ativos permanentes.

Atividades que reduzem o saldo de caixa

� Reduções do exigível a longo prazo;� Reduções do patrimônio líquido;� Reduções de passivos circulantes;� Aumentos de ativos circulantes, exceto caixa;� Aumentos de ativos permanentes.

Administração Eficiente de CaixaEstratégias básicas a serem empregadas

� Retardar, tanto quanto possível, os pagamentos, sem prejudicar o conceito de crédito da empresa;

� Girar os estoques com a maior rapidez;

� Receber o mais cedo possível as duplicatas a receber usando os descontos financeiros, quando economicamente justificáveis.

Saldo Mínimo de Caixa

Desembolsos totais de caixaSaldo Mínimo de Caixa = esperados em determinado período

Giro de caixa no período

2.3. Gestão do Crédito

Elementos de uma Política de Crédito:

� Análise dos Padrões de Crédito; � Prazo de Concessão;� Descontos Concedidos;� Política de Cobrança.

Análise dos Padrões de Crédito

Etapas do processo decisório:

� Coleta de informações relevantes;

� Determinação do risco do crédito.

Informações de Crédito -Fontes Básicas

� Demonstrações financeiras

� Empresas especializadas

� Bancos

� Cadastro da própria empresa

Avaliação dos Cinco “C’s” do Crédito

� Caráter� Capacidade� Capital� Collateral ( garantias )� Condições

Prazo do Crédito

� É o intervalo de tempo pelo qual o crédito é concedido.

� O prazo de crédito varia muito de setor para setor.

Descontos Financeiros Concedidos

� Pode ser definido como um abatimento quando os pagamentos das compras são feitos à vista ou a prazos bem curtos;

� Os descontos representam os custos da concessão de crédito.

Políticas de Cobrança

� Acompanhamento de Contas a Receber

� Despesas Gerais de Crédito

� Ações de Combate à Inadimplência

2.4. Gestão de Estoques

Taxa de chuvas

(fase1)

Taxa de consumo

(fase 2)

Estoque

(represa)

Gestão de Estoques

� Tipos de estoques:

- Matéria prima

- Produtos em fabricação

- Produtos acabados

� Estoques x Áreas da Empresa

- Finanças

- Marketing

- Produção

- Compras

Visão do estoque como investimento

� Estoque é um investimento, e como tal deve ser considerado ao se analisar qualquer decisão que altere o nível de estoque.

Relação entre estoques e contas a receber

� Estoques e contas a receber são fortemente relacionados;

� A movimentação de um quase sempre impacta o outro;

� Custo de manter estoque é maior do que o de manter contas a receber.

Técnicas de Administração de Estoques.

� Modelo do Lote Econômico - LEC

� Sistema ABC

� Just in Time

� KANBAN

Modelo do Lote Econômico – LEC

Suposições Básicas:

� Demanda Constante;� Recebimento imediato do Estoque;� Não existe desconto;� Os preços não se alteram;� Cada item em estoque é analisado

separadamente;� Existem dois tipos de custos:

1. Custo de Armazenagem2. Custo do Pedido

Cálculo do LEC

LEC = (2 x D x B ) / (P x i)

Onde:

D = Consumo anualB = Custo unitário do pedidoP = Custo unitário do itemi = Taxa de estocagem por item (%)

Custos relacionados aos estoques

� Obsolescência� Deterioração� Depreciação � Custo de Oportunidade� Despesas de manejo� Aluguéis� Seguros� outros

Cálculo do Custo Total de Armazenagem

CT = Ca + Cp

CT = (P x i x Q/2) + (D/Q x B)Onde:

Ca = Custo de ArmazenagemCp= Custo Total do pedidoP = Custo unitário do itemi = Taxa de estocagem por item (%) Q = Tamanho do LoteD = Consumo no períodoB = Custo unitário do pedido

Custo de Pedido x Custo de Armazenagem

Q’ Quantidade

R$

Custo Mínimo

Cp

Ca

Custo Total

O CASO EPI

Apresentação do Caso

F i m

MUITO OBRIGADO !

Recommended