Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 123

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• Por favor, sem consulta.

• E, no final, não ficar tempos infindos à espera de inspiração. Creio que dará para completar em 15-20 minutos.

os dois poemas

o poema de Mensagemo poema de Pessoa e as estâncias de Os Lusíadas

«Os Lusíadas»

Os Lusíadas

Camões e Pessoa

os sujeitos poéticoscfr. Vasco da Gamae o «nós» de «Mar Português»

cônjuguescônjuges (apesar de conjugal)

ciclo viciosocírculo vicioso

ascençãoascensão

A principal causa deve-se

vêem

veem

Inalienável

deteriorar

em detrimento

venusto = ‘lindo, elegante’

vetusto = ‘antigo’

deslumbrar

vislumbrar

obcecado

obsessão

obsessivo

expor

impor

supor

pôr

regressarão (futuro)

O poeta dirige-se ao mar, um mar responsável pelo sofrimento das mães, dos filhos, das noivas de todos aqueles que ousaram cruzar as suas águas com o intuito de o dominarem — "Para que fosses nosso, ó mar!"

Terá valido a pena tanto sofrimento? "Tudo vale a pena / Se a alma não é pequena". É mais uma nova maneira do poeta afirmar a importância da vontade da alma humana, vontade sempre insaciável.

Se, na primeira estrofe, o mar é sinónimo de dor, já na segunda estrofe, o mesmo mar aparece associado à conquista do absoluto. O mar encerra "perigo" e "abismo", mas também espelha o "céu", ou seja, oferece recompensas, ao permitir o acesso a um prémio superior, seja ele a Verdade, a heroicidade, a imortalidade, a glória...

No poema de Torga faz-se referência às mulheres («Pátria-Mãe-Viúva que ficava», v. 6), tristes e amarguradas («aos gritos e aos gemidos», v. 7), e aos navegadores que partem, animados por um «sopro viril de reação» (v. 10) e confiantes na sua coragem (vv. 13-16).

As estâncias d’Os Lusíadas destacam os mesmos grupos: «As mulheres c'um choro piadoso» (est. 89, v. 3) apresentam os mesmos sentimentos de «desesperação» e «medo» (89, v. 7). «Mãis, Esposas, Irmãs»

(89, 5) estavam «descontentes» (88, 4) e já com saudades («Saudosos», 88, 4), presumindo que os nautas estariam «perdidos» (89, 2). Os marinheiros são apresentados de forma que acentua a sua fragilidade. Vasco da Gama confessa que se sentia «Cheio dentro de dúvida e receio» (87, 7), o que salienta a natureza humana e sensível dos navegadores e, posteriormente, realçará a sua dimensão épica, ao ultrapassarem todos os perigos e concretizarem um objetivo antes vedado aos homens.

1.Localiza as estâncias na ação d'Os Lusíadas, referindo o plano narrativo em que se integram. 2. Atendendo ao conteúdo da primeira estância, comenta a expressividade do discurso parentético do verso 2.

3. Indica a reprovação dirigida a D. Fernando e aponta os dois motivos apresentados pelo narrador para a justificar. 4.As considerações sobre D. Fernando conduzem o poeta a uma reflexão sobre o amor. Sintetiza-a.

1.

Estas estâncias do Canto III correspondem ao momento em que Vasco da Gama, narrador heterodiegético, relata ao rei de Melinde a História de Portugal. Integram-se, pois, no plano da História de Portugal, que suspende momentaneamente o plano da viagem para que o capitão português acedesse ao pedido do monarca melindano, contando-lhe a História do seu país.

2.

A expressão do poeta colocada entre parênteses no verso 2 constitui uma observação de teor irónico acerca do percurso de D. Fernando, quando comparado com o de seu pai, D. Pedro I. Este, conhecido pela crueldade usada para com os assassinos de D. Inês de Castro, deu lugar no comando do reino a um filho que, "Remisso e sem cuidado algum" (est. 138, v. 3), hipotecou por diversas vezes a independência nacional, com guerras contra Castela e, sobretudo, com a ligação a D. Leonor Teles e o posterior casamento da filha de ambos com o rei de Castela.

3.

O poeta reprova em D. Fernando o facto de ter colocado a nação em "muito aperto" (est. 138, v. 4), por ser um rei "fraco" (est. 138, v. 8, e est. 139, v. 7). Tal teria acontecido como castigo por "tirar Lianor a seu marido" (est. 139, v. 2) e com ela ter casado ou por se ter tornado submisso nessa relação amorosa, numa alusão à ascendência de D. Leonor Teles sobre o rei português (est. 139, vv. 4-8).

4.

Segundo o poeta, é impossível resistir ao amor, mesmo que este nasça de artifícios femininos assentes na beleza (est. 142 e 143, vv. 1-4). É ele que "está sempre as almas transformando" (est. 143, v. 3).