16
180 S. Paulo, 27 de Março de 1915 ANNO IV 4oo rs. .¦¦¦M^m 0 P. R. C. de São Paulo -O SE» líi sL^Aüv-r *ttT^^l I. ^n»nfii^i^ftJ«fi3Bi™ —^ffi -"W^SWfe^^J^^ NjLüí^ròfc*—'Mwfr M^^'-':^'';'--:< 'jÊN^^^^^^^M ** ct''v*Í'*^Í'^'' - ©jf.flt 0 capitão contracta a luxuosa sede do Club.

-O SE» líi 0 P. R. C. de São Paulo - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/213101/per213101_1915_00180.pdf · WsWÊkmÊsmM—¦ t»>»=^ O PIRRALHO rm u C1DAD Sociedade Mutua de Pecúlios

Embed Size (px)

Citation preview

N° 180 S. Paulo, 27 de Março de 1915 ANNO IV

4oo rs. .¦¦¦M^m

0 P. R. C. de São Paulo-O SE» líi

sL^Aüv-r

*tt T^^l I. ^n»nfii^i^ftJ«fi3Bi™ —^ffi -"W^SWfe^^J^^ NjLüí^ròfc*—'Mwfr M^^'-':^'';'--:< 'jÊN^^ ^^^^^ M ** ct''v*Í'*^Í'^'' - jf .flt

0 capitão contracta a luxuosa sede do Club.

WsWÊkmÊsmM—¦

t»>»=^ O PIRRALHO

rm u C1DADSociedade Mutua de Pecúlios por NASCIMENTOS, CASAMENTOS e MORTALIDADE

Approvada e autorizada a funccionar em toda a Republica pelos decretos Ns. 10.470 e 10.706"^0^***

PECÚLIOS PAGOS MAIS DE 350«000$00Q

Todos os que se inscreverem até 31 de Dezembro de 1914, nas séries de casamento

receberão os pecúlios um anno depois da inscripçâo.J)epois da inscripçâo os mutualistas podem casar quando quizerem.

' Quem se inscrever nas séries de nascimento, até o fim do corrente anno, será chamado 10

mezes depois da inscripçâo e receberá de mia só vez o pecúlio que lhe couber.õ nascimento pode dar-se em qualquer tempo.

Todo o sócio que propuzer outro para a sua série terá a seu credito a importância de

cinco contribuições. Depois cie completas as séries, por cada oito chamadas feitas, a sociedade

dispensará as contribuições dos mutualistas para as duas chamadas immediatas.

Sede Social: RUA S. BENTO N. 47 (sob.) - Caixa Postal, U - Telephone, 2588—s— SÃO PAULO -«-

n.-KAr p^MBMáMÉMÈMMÊWMãÉM..y-V*"* '¦"•«-*muMímím .**'

r jau

mI

Das marcas mais conhecidasSão estas que causam fé: ,As mais fortes, mais queridas,São marcas Renault e Jjerlief

São os melhores da praça!Pasmem todos! Vejam só!Pois custam quasi de graçaOs autos Jferlief e Renault

^1

iw

^ai '"ra" BE

Pedidos: CASA ANTUNES DOS SANTOS ¦ Rua Direita N. 41

-.„.....,».. .(.».,„

S. Paulo, 27 de Março de 1915Numero 180 Semanário lllustrado

de Importância: : : : : evidente

ReclaoçãoRUA 15 DE NOVEMBRO, 50-B

Caixa do Correio, 1026

A GOMMISSÃO DOS GINGO

Ainda não esta constituída a commis-

são cios cinco, da qual está dependen-do o destino do general Pente, e, po-cle-se dizer sem errar, da politica bra-

sileira.Entretanto já se murmuram alguns

nomes e ao que parece a victoria se-

rá do caudilho.São bem tristes as nossas provisões,

mas pelo que dizem os bem informa-

dos, o general gaúcho terá tres repre-

sentantes na commissão, o que cor-

responde a uma bella victoria, princi-

palmente para quem já era conclesira-do, não diremos gato morto, mas ago-

nisante.Confiamos todavia, já que nos é

dado ainda ter essa esperança, no tino

e honestidade do sr. Wenceslau Braz

e não nos arriscamos a registar poremquanto a victoria do famigerado P.

R. C.A constituição dessa commissão é

uma cartada difficilima e da menorfalta de segurança poderão advir ne-

faslissimas conseqüências.Que o sr. Wenceslau Braz tenha

força para resistir ás magnetizaçOesdiabólicas do caudilho, que afíaste dacommissão a gentalha perrecista, è o

que desejamos fervorosamente, afimde que a nossa politica não se estor-

ça em convulções angustiosas e que o

nosso povo, depois de tantos annosde perturbações e aviltamentos, tenha

a iranquillidade a que faz jus.

Jk>ta Politica

«^CtS^

Começam a chegar ao Rio, os nossosillustres representantes chi soberania,popular.

Ha muitos diplomados uma, duas etrez vezes, por uma, duas, trez juntasque, livremente fimccionaram nas di-versas partes chi federação. Todos se

julgam eleitos o com direitos adqui-ridos ás suas cadeiras.

Vae ser uma lueta tremenda. Toda

gente nesta terra, que sabe assignaro nome e dizer «apoiado, acha, quepode e eleve ser deputado.

No P. R. C. então, é uma lastima.Qualquer inclividuo que, n'uma mani-festacão tenha dado berros vivandoao sr. Machado, por entre o estrugirde meia dúzia de gyranclolas, tem di-reito a ser deputado. O P. R. C. oindica e clahi ha pouco lá está, nosumptuoso Monrõe, o candidato cliplo-macio, analphabeto quasi e, cheio deactas falsas debaixo do braço.

É assim. Por isso reina agora gran-de azafama, nos arraiaes politicos emtorno chi escolha chi commissão doscinco que é a commissão que tem quejulgar os diplomas expedidos pelasdiversas juntas eleitoraes e classificaros líquidos e os contestáveis.

Se a gente cio P. R. C. tiver a. ma-ioria nessa commissão, será a lastimade sempre: se ao contrario predomi-narem nella elementos do sr. Wen-ceslau ou chi antiga colligação, tere-mos um verdadeiro saneamento moralc intellectual no seio da representaçãonacional do futuro.

Temos os nossos palpites e, espera-mos que para a commissão dos cincosirão representantes de S. Paulo, Minas,Bahia, Pernambuco e Rio Grande doSul.

Surgirá sem duvida uma modifica-

ção e talvez Pernambuco, ou qualquer

dos outros estados colligados exceptoS. Paulo e Minas, cederá logar n^ssacommissã© a um estado pequeno dafederação, representante esse que seráfatalmente do sr. Pinheiro Machado.

Sáo nomes certos para a. commissãocios cinco: Cincinnato Braga, ArlindoL-onc, ou Moniz Sodró, Antônio Carlose Soares dos Santos. Dos Estados

pequenos que figurarão provavelmentena, commissão, Goyaz, ou Matto Grosso,ou Espirito Santo ou o Districto Fe-deral clarão representantes.

Ouvira Deus o sr. Nicanor...D.

filai faceto

Se o pândego rapaz, que vive c mora

Nos bailes e saráus, de alegre face,

Todo o que só vadia, que namora,Também um pouco, os livros, namorasse;

• 1 *

vSe se pudesse, o quanto o bicho ignora

Fazer com que, no seu bestunto entrasse,

Quanto pobre rapaz que a bomba, agora

Carrega, então um plena carregasse...

Ouanto bicho, talvez pensa, comsigo,Ter no lente um recôndito inimigo,Feroz perseguidor, e mau sujeito...

Quanto bicho, talvez, no mundo existeCuja ventura única consisteEm parecer um bipede perfeito.

23 • 3 • ífePardal Trigueiro.

A!m(J:-ai< / PRAT.C/

c^

T vJ 4 2v1 adaCRD.

O PIRKALHO

AS CARTAS D'ABAM 0 PIQUES

A cunfrigaço oropéiaA queda di Pizismizili

Di morto tem-po giá che ionon aparlavomaise inzima dacia a guerra oro-peia, pur causache giá stá mol-to páu. Tuttosdia é a mesimarobba: tuttos gi-

urnale digono chi a Lemagna stá pa-nhano chi né gaxôro, i a «Gapitale»digono chi a Lemagna stá ganháno.Un dos duos stá amintino, ma io áxochi é a «Gapitale» pur causa chi a«Gapitale» menti p'ra burro.

I clisposa, a guerra stá támbê páupur causa chi nunca maise acaba.Até giá apparece eo Mathusalenho.A queda di Pizimizili inveiz nó!

Istu si che fui un fattimo cotuba!Vamos acuntá tutta storia delia.

Chi afundo Pizimizili fui o padreAnchieta, antigo vigáro da carpina-gna do O', giunto co Pietio Caporale,primiére di vim qui dlnzima o Bra-sile p'ro indiscobrí elli.

Intó üios afundáro Pizimizili i opadre Anchieta abri una logia di fa-zenda i o Pietro Caporale um bote-ghino molto «xique», Cuano illos stavomolio bê lá, agagnano un dinheró,viéro os turco é quizéro cume ellis,pur causa chi turco comi genti, con-formo tuttos munno sabi.

Intó illos abriro o pala cli lá i viéroindiscubri o Brasile.

• Lá in Pizimizili, tuttos munno sóintaliano. Os gapitaliste, os fabbrican-ti, os sapatiére, as gompania di ope-reta, só tuttus intaliano.

O governo ostriaco, chi é o donodelii, i chi andava di mar c'ua russa,pur causa d'uns nigozio da a Polônia,i tina pur i tu amutive unfjbruttomedo delia, instabelecê inzima di Pi-zimizili una brutta base di operaçômilitare, pur causa chi Pizimizili ficamesimo nu narizi da Russa.

Quello che si xame a base di ope-raçó militare é un lugáro anclove teuna purçó di surdado.

O quartello da Luiz, o posto poli-ziale do Bó Retiro, o poste du Bille-zinho, só tuttos base di operaçó mi-litare.

Tambê u giardino da Luiz, nu do-mingo é una brutta base cli operaçomilitare: tê maise surdado chi genti.Tambê a Moóca nus clie cli parada éotra base di operaço militare.

Vortáno a vacca fria, ingontiuue-mos co assuntimo.

Intó aóra con ista. guerra a- Russaquizi tumá.Pizimizili, ma o pissoalocli Pizimizili chi só tuttos intalianovalente piore d'un lió, fizéro una re-sistenza, indisgraziata. Maise cli quat-tros inillió di russo cercáro ella clituttos lado, p'ra non clexá entra lijó,né arozo, né acua né nada, ma opissoalo cli Pizimizili iva busca a«boia» di areoplano.

Quano illos non pudéro maise cavacumicla, incumêro os cavallo, os ga-xorro, os gatto i incominciàro tambe

Intó pigô di clá una brutta pidemiadi febbre marella nu pissoalo di Pi-zimizili.

Intó illos tivéro di si intregá a mu-

que, disposa di nove mese di resi-stenza.

Viva o Pizimizil.Juó Bananére.

di mangiá os ratto.

Os nossos instantâneos

.ir*;»: t"^,!-' mm

O MINISTRO DA AGRICULTURA EM S. PAULO-«

te 'I

"" .'jj ; ã^p '¦..I'' I "•• ^ftr^1 ' ¦ Q&.'~!> WÊM?^r~''r~ ' &

íA* "* amwàmú*v < "*'•¦ íjIAi fc flr^WmIíSsSS

^rfflLÍtiÍWyy|M ^"Ji^Êuum '¦¦ ¦¦¦ ImBKMllâl^M? 'üMjjW^v^

¥'• ¦.- _.•* • i tMímI^Ti1 " Tl'i t^M ' íifeySa.aKlKsísPwÍ!*tWm!i *'3SSS i '¦•su^tWÊ w '-;-' ¦'¦'~*-''^Fvirf!ÍJÍMMLi^^F í^â Pr-^ ^m<m'--V-mUm---'¦¦"¦'KJU\'y' ¦¦• m " í iS í VM"0-fl -• '-:B*>*Rra!32B i&3fepW-*^-lfc^ uuuím v PProiWil Pw^JI2P*fS

S. E.xia em companhia do dr. Paulo Jloraes Barros visita Osasco.

È3O PIRRALHO

:oi

fl fJOSSR "ENQUETE" SOBRE ^RÜIQVE jVIE^DESFflLiflH|slOS JOSÉ AGUDO

Fradique Mendes é um typo exclu-sivamente literário, filho da imagina-ção cio seu autor. O autor porém, se-ja esse o mais rico e o mais pródigode concepções artísticas, nada crêado nada, É como o pae carnal dequalquer indivíduo. O seu filho podeparecer-se com elle physica e moral-mente, mas, alem dessa semelhança,muitos característicos deve ter dosseus antepassados paternos e maternos.

O indivíduo é uma somma, A uni-cia de individual não existe senão the-oricamente. A única diferença quese nota entre os filhos carnaes eespirituaes é que estes não só reflec-tem as tendências paternas ou mater-nas mas até as do seu tempo e as doambiente em que elles surgem e evo-luem, ao passo que aquelles, legítimosou não, — isso pouco importa —, trazemcomsigo apenas as influencias ances-tra^s e as dos seus progenitores. Asinfluencias do meio só mais tarde ageme reagem sobre elles, depois perma-necem e principalmente quando co-meçara a educar-se. É que os filhosespirituaes são estáticos, e os carnaes— dynamicos.

Ora, Fradique Mendes, consideradodo ponto de vista puramente concep-cional, é a prova mais flagrante des-se extranho mixto de quichotismo esanchismo que reside em qualquerindivíduo, mormente quando esse in-dividuo pretende erguer-se e erguer-sede facto acima do nivel dos seus con-temporaneos. É simultaneamente lou-co e sensato, ridículo e pratico, nu-vem e lodo águia e tico-tico... Tema mania da perfeição artistica, eresvala no terra-a-terra das frivoli-dades indumentárias. É um exegetade religiões e perquiriclor cie systemas

phisolophicos, e queda-se todo babosodeante do "ephemero feminino". Perlus-tra os paizes exóticos e gasta grandeparte do seu tempo e cio seu dinheiroem Pariz como qmdquer rasta ameri-cano. É rico mas não sabe gerir nemaplicar a sua fortuna...

E porque é elle assim? porque Eçade Queiroz, seu pai espiritual, tinha,entre outras a futil preocupação dasgravatas e era amigo de RamalhoOrtigão, que tinha também a preocu-pação das pengas e cios banhos...

Além disso, Eça de Queiroz cultivoua amizade de ricos e inteligentes globe-trotters que desbaratavam a própriafortuna sem preocupações utilitárias,e elle mesmo em certa época de suavicia foi ao Oriente gastar dinheiro eabeberar-se das mesmas impressõesque outr'ora encantaram Ohateaubri-and, Gauthier e outros próceres cioRomantismo.

Residindo largo tempo em Pariz,onde se congregam habitualmente e

periodicamente os mais curiosos exem-

plares cia imbecilidade humana pro-vindos de todos os pontos do globo,a sua, observação perspicás e argutaincidia, fatalmente sobre esses indivi-duos e havia de retiectir-se natural-mente nos typos de sua concepção.

Fradique é como que a synthesedesses typos, e A Cidade e as Serras,essa beilissima satyra da civilisaçãochamada occidental, está inçada clelles.

Quem é o Jacintho cio 202, senão o

próprio Fradique Mendes mais huma-no e por is-^o mesmo mais verdadeiro?

Mas quem disser que Fradique é otypo do homem superior, revela umanoção muito falsa do que seja a, su-

perioridade masculina,

Como typo literário, elle é um domelhores que lia, na literatura portu-gueza, e tanto que a imitação dessetypo tem proliferado assombrosamenteem verdadeiras caricaturas cada qualmais grotesca.

Será Fradique Mendes o typo cioelegante perfeito? E' possível que ofosse no seu tempo, porque a, elegan-cia,, que é pura questão de moda, nãotem Canon immutavel. Os elegantesdo seu tempo não usavam pulseirascom relógios nem braceletes metálicosnas pernas, porque ainda se não ti-nham feminizado como hoje; nemraspavam a cara, porque não queriamque ninguém os confuncliss? com la-caios, cocheiros e garçons. . .

Typo de elegante perfeito foi Pe-tronio, que até conquistou o titulo deArbitro das Elegâncias; mas quemserá bastante ousado para, o imitarhoje em dia, neste século de automo-veis, aeroplanos e machinas de os-crever ?...

Em resumo: Fradique Mendes é umtypo evolutivamente incompleto e fa,lho. Começa a expandir-se nas Lapi-darias, que renega depois; consegueattrahir a admiração de alguns seuscontemporâneos, e morre estupidamen-te antes do esboçar sequer o equilíbriofinal da sua individualidade,

Como typo literário,- é eminente-mente irradiante, e a prova consistenas imitações que provoca. Comotypo social, é nimiamente absorvente,e a, prova está na admiração quedesperta... Mas, como em todas asespheras conceptuaes lhe falta, o equi-librio final, resulta um typo fictício,inverosimil e inútil.

Salvo melhor juizo.

àà====^

í

O PIRRALHO

Pirralho" Carteiro^ Em suffragio da alma de D. Maria T. Arantes FOOT-BALL

^bljí

^^ fXçL \T2{\

m

M.me Dolorosa: In-felizmente não poudesahir como eu queria.Creio que ella voltara

p r estes dias. Foi umhorror! Emfim, confia-do na sua diplomacia,fiz me fraco e... venci.A historia que a minhaboa amiga me revelou,onde se passou? A notado jornal, achando queeu encontrei o que não

procurava não tem fun-Idamento. O mysterio

será eterno e "assim

é preciso que seja. Não

acha? Beijo-lhe as mãos por tamanha genti-

° Myriam : Apezar de não teres attendido

o meu pedido, capitulei. Pensa bem no ai-

cance do teu acto. Não queiras nunca fazer

martyres na terra, porque os martyres da

terra, são... os santos do 06o. Não prolon-

gues por mais tempo, a tua ausência. Esta

explosão é filha do grande sofrimento a que

me sujeitas. Adeus.M.r D'Artagnan : Como o sr. quer nao e

possível. Mais tarde pode ser. Agora nao.

Obrigados.M.r Paul Brazil: Entenda-se com o nosso

amigo encarregado da secção.A re ista do Bra d! Cinema irá publicar

semanalmente as photographias dos carros

votados nas nossas apurações semanaes.

Gratos.M.lle Brigida: Por que não manda a sua

letra, embora com outro pseudônimo, parao nosso graphologo ler. Elle diz coisas sen-

sacionaes. Experimente e verá. Já mandei

ler a minha e fiquei muito satisfeito, crendo

piamente nessa sciencia de que eu duvi-

dava.M.Ue Gaby: Leia o que vae escripto aci-

ma e, experimente também.M."e Zuleika: Está satisfeita com a lei-

tura que hoje faz o nosso graphologo da

sua letra? Cremos que, em muita coisa elle

acertou.Ninon: Até a hora em que estas linhas

escrevo, nenhuma carta sua recebi. Portanto,

só no • roximo numero.

Dolly: Idem, idem. Espero carta sua pararesponder no próximo numero. No de hoje

não é mais possivel. Sempre seu.

M.r Ibanez Guerra: O sr. me diz que,Myriam, Dolly, Ninon, Brigida, Gaby, M.mG

Dolorosa etc, etc. não existem?Acertou. De faeto, todas ellas são fruotos

diversos da minha travessa imaginação. O

sr. me obriga a fizer esta dec'aração, bem

contra a minha vontade... E só.

AZAMBUJA... Administrador.

0 Santos Foot-Ball Club não podetomar parte no campeonato d'este an-no e despeitado com isso prohibe a en-trada dos seus jogadores para outros«teams.» Que o diga o Paulistano.

*,* *

Constou que a Associação ia sersevera, quanto a cor, o que trouxe osMorenos bastante preoccupados. UmcMles receiando uma recusa declarou-se, no momento da inscripçãocor cie rosa, (sic)

»**

Pessoas que assistiram á missa do sétimo dia 0 Alfredinho Aranha deve estar

amargurado com o epilogo da sua li-

ta, no Rio.

Ao illustre snr. Prefeito: 0Pirralho também quer juntar o seu

pedido ao innumeros feitos ao snr. Dr.

Washington Luiz, sobre o transito de

vehicuJos na Rua 15 cie Novembro.0 transito de autos em todo sentido,

nessa estreita rua da nossa capital,tem sido funestissimo, produzindo, so-

bresaltos, temores a todas as pessoasque transitam pela nossa principal o

mais movimentada rua central.Diriamente terá noticia o sr. prefeito

como nos a temos, de ferimentos e

atropelos causados pelos autos que em

lodo sentido cruzam a rua 15, à tarde

principalmente.Famílias, que para tomarem os car-

ros eleclricos são obrigadas a descerdas calçadas e se dirigirem para o

centro da rua, vêm-se em sérios peri-gos o ameaçadas por todos os lados

pelos autos malucos e desenfreados.Uma lei ou uma postura municipal

que vem ameaçar a segurança publicanão devo nem um instante ser tolerada

por legisladores intelligentes como o

é, o operoso sr. prefeito desta capital.Esperamos do tantas vezes provado

critério do sr. prefeito, a revogaçãodessa concessão aos vehiculos que re-

presentam na Rua lõ, um perigo c

uma ameaça para a vida dos transe-untes.

:J: *

0 Palmeiras pediu ao Santos F. C.

elementos, este accedeu com a condic-

ção de revogarem a lei dos 3 annos.0 presidente do Palmeiras respondeu

que n'estas condicções se arranjariamcom a prata de casa-, o que não

impede a caça de elementos da segun-

da divisão.

***

0 Dias foi barrado com grande pe-zar do Lagrecca,

* *

Dizem as màs línguas que o Ypi-ranga está fraco; certamente isso de-

superará o sympathico Snr. Freinde-reich.

***

0 Corinthian não joga este anuo,apezar do grande empenho.

»Campeão & Cia

Gonçalves & GuimarãesSão do fumo os campeões,Pois fazem cigarros Olga

Garibaldi e Castellões

£g|| O PIRRALHO j[a§2 c

"PIRRALHO" SOCIAIEsteve de-

1 i cioso opic-nic pro-movido do-mingo ulti-mo na Ac-climação,por mlles.Celeste Me-nezes, Au-rora Mene-zes e Anto-

nietta Haro. No Bébé Casino doJardim, um punhado de moçase de moços se reuniu, na maisintima camaradagem, havendodanças, jogos e outros divertimentos.

A festa se prolongou até ánoitinha, decorrendo sempre nama:or animação.

_&. SL.Observações não menos inte-

ressantes que as do penúltimopic-nic, pudemos lazer tambémno de domingo:

Mlle en gris, com os seus

graciosos cachos negros a des-cerem lhe pelos hombros, foimuito admirada, principalmentepor um nosso amigo, próximofuturo medico. De facto Mlle.estava muito engraçadinha, comaquelle seu andar affectado, in-íluencia talvez dos fapatinhos...

JSL, _SL

Mlle., uma das promotoras dafesta, desenvolvendo uma a;ti-vidade espantosa, attendendo,sempre gentil, aos inqjortunosamigos do buffet e da buvette.

SL _SLMr., acadêmico de medicina

(ex-admirador de um lente desaudosa memória) ás voltas como estômago, procurando um an-

tidoto contra o efieito do azeitedos pasteis de queijo.

M.lle eclética, lendo uma deli-ciosa pagina de um bello ro-

A CARAVELLA

\ «Eia! brava maruja! Ao largo a caravella!« Guindae ao escovem as âncoras! Bem alta,« icae nos mastaréos a derradeira vela,«que traz, rubra e espalmada, a nobre cruz de Malta.»

E assim zarpa ru dosa, e assim, gingando aquellavelha náo de conquista affronta o vento, assaltaos escarcéos, e os doma, e os vence, e os atropela;range a carcassa e treme, e de onda em onda salta...

E, bojo ao mar, flammula ao céò, a vela panda,lá vae a pobre nave, indomita, em demandade um mundo que sonhara entregue aos vagalhões...

Sonhara... Mas descobre o intrépido veleiro,só depois de dobrar o cabo derradeiro— o da Bôa-Esperança -- um Mundo de lllusões!

23-3-915.G. de Andrade e Almeida.

mance de Camillo CastelloBranco.

Mlle., de nome tão doce comouma prece, attrahindo e j>ren-dendo uma legião de mortaes.Muito se discutiu sobre a corde seus olhos.. Az/es — diziamuns, verdes— affirmavam outros.Azues ou verdes — todos esta-vam de accordo no poder desuggestão que elles possuem. Siazues — prendem pela sympa-thia; si verdes, que falle o

poeta:«Olhos encontados, olhos côr do mar« Olhos encantados, que fazeis sonhar... »

He HeMr., homônimo do autor de

<¦¦ Amor de Perdição », muitoamoroso...

He HeO corso da Avenida sempre

brilhantíssimo. Em S. Paulo aosdomingos não ha outro pontomais chie.

O concurso aberto pelo Pir'ralho tem tido muita acceitação,e isso, o provam os votos quea mais e mais augmentam.

He HeNMlle. não esteve no pic-nic

da Acclimação.Maguou-se com a no tinha do

ultimo numero ? Não havia razão

para tal, pois que nada ha deinverdade no que dissemos. Poisnão foi assim mesmo?

Mlle. não fingia de amar aMr. Mlle. não provou sobeja-mente esse facto? Mr. tem do-

EM SUFFRAGIO DA ALMA DE D. MARIA T. ARANTES

#^.v'-.¦ ' •. '.

.":.';' V ::.*;.""•.¦¦ A- ¦" :^^

•O dr. Oscar Rodrigues Alves e suas gentilissimasirmãs ao retirarem-se da egreja

Bisbilhoteiro conhecido, relatou-nos a escandalosa fraqueza de Mr.

Saliiram ambos M.me e Mr. no seuautomóvel, um dos mais votados nonosso concurso de corso, n.°...

Ella lindamente vestida. Mas quizo grosseiro destino que Mr. ao feohara portinhola do auto, lhe rasgasse a

ponta cia saia.Da rua... ou avenida. .. onde mo-

ram até o centro foi um horror:

jU Você é bruto, você é desageitado,você não sabe nem fechar nm auto-movei.

Ella cada vez mais linda de raiva.Elle quieto, cordato, eançado de ex-

plicações, calara-se afinal.Em plena rua 15, quando melhor

rolava o auto, ella exasperou-se d'a-quella paciência de mudo alli a seulado e... záz.

0 beliscão doeu tanto que Mr. fez

parar o auto e desceu.Dizem que até hoje M.me não per-

doou nem a gaffe nem a retirada es-trategica de Mr.

O PIRRALHO

EM SUFFRAGIO DA ALMA DE D. MARIA T. ARANTES

I*- *»<w^C ¦¦ Q^bmLj^H me ^B iBB. ^Lr >jii ij»li Bb laftU^KflB^ ^Br '^^H RHmméF^ Ho» ^^^Mt iCSh 5 **k!*'' ¦> * ^1 t ^ revi íllBP

0 R.vmo Arcebispo, que celebrou a missa, ao retirar-se da egreja.

aumentos, que nos mostrou, pelos quaes se

evidencia aquillo que affirmamos. Mas não

ó por esse facto que Mlle. deve estar assim

maguada; tanto mais que Mlle. é admirada

e bemquista, pelos seus bellos dotes de

espirito e coração...

^. zic &.

M.lle a loirinlia de olhos verdes, que es-

teve no pic-nic da Acelimação, fez um sue-cesso estrondoso, pela sua inegualavel graça.

Muito simples e muito elegante, muito

gentil e affavel, M.lle conquistou muitos

corações. E aquelle seu olhar, e aquella

ternura na vóz, e aquella singeleza no modo

de dizer as coisas — tudo isso encantou, tudo

isso impressionou agradavelmente. Como ob-

servadores que somos, de binóculo assestado

para os factos da vida mundana de S. Paulo,temos o dever de communicar a M.lle as

optimas impressões que em todos deixou,

por oceasiâo da festa da Acelimação. . Ficouzangada? Não acredito.

zjc &. tic

Ha dias M.lle escreveu-nos uma "delicada

missiva, acoimando-nos de volúvel, poseur,e quejandas qualidades. Não sabemos ondea razão de ser das suas asserções, e nem

procuramos indaga:-, porqne não nos inte-ressa. Mas o que é facto é que a sua mis-siva provoca de nossa parte uma observação:si M.lle tanto se preoecupa com a nossa

pessoa, é bom que falle francamente porquedaremos a M.lle todas as informações quedesejar.

vfcl ^kL ^c

Cada dia que passa uma nova moda appa-

rece. Dizem o-; entendidos que a moda agora

é beijarem-se os marmanjos, da mesma forma

porqne o fazem as senhoras. Communica-seesse facto ao pessoal do sexo barbado, para

que asim o ponha desde logo em pratica.E... se vou è vero, é, pelo menos, bene

trovato...NkL ^l m.

Os sapatos para homens cahiram em des-

uso. Baro é o rapaz que use sapato nestes

tempos. Mui a gente, philosoplrndo sobre

Os nossos instantâneos

isso, tem perguntado a si mesma qual a ra-zão dessa decadência do sapato. Agora ap-

pareceu um philosopho mais pratico queacaba de descobril a: foi a crise, a grandemegera, quem assim ordenou. Comprehendemque, com o uso dos sapatos, augmenta tam-bem o gasto das meias. E estas não podemser ordinárias, principalmente quando ascalça um gentleman. Eis ahi...

A crise infliíe até na moda...

Mlle. N. R.

De ramos, muitos e lindos ramos, teçamoso chão que a linda M.lle vae passar...

E' dona de um porte aircso de princezaencantada.

Alta, elegante, formosa, cheia de raro en-canto, de M.lle pode-se dizer o que de umasoberba deusa disse Maciel Monteiro:

«Formosa, qual pincel em tela fina

Debuxar jamais poude ou nunca ousara;

Foimosa, qual jamais desabrochára

Em primavera, rosa purpurina; »

« Quem pode ver-te sem querer amar-te ?

Quem pode amar-te sem morrer de amores ? »

Os seus cabellos, são uma noite bem cer-rada, seus lábios cor da verbena, seus dentesminúsculas pérolas de melhor água e os seusolhos lindos e tentadores são duas estreitasd'alva e o seu rosto, uma suave e doce ma-drugada.

M.lle tem alem de tudo isso, um passadogloriosíssimo, nas pugnas do espirito, poisdurante muito tempo foi ella o receptaculode todos os versos, de todo o incenso queum grupo de poetas desta terra lhe vivia

queimando aos pés.E M.lle pelas suas raras qualidades de

belleza e de intelligencia, bem merecia e

merece essa gostosa honraria. Culta, viajada,iutelligentissimn, ainda ha pouco regressoudo Velho Mundo, onde, como aqui, fez bri-

lhar a sua belleza e scintillar a sua graça.M.lle volutariamente retraindo, hoje, sonha-

doramente vive no seu lindo palacete da

Avenida Angélica e raramente a vemos peloTriângulo. Será avareza que M.lle tem da

sua belleza?!No corso, felizmente é ella vista todos os

domingos. Para finalizar, diremos dos olhos

de M.lle o que se lê nestes versos:

«Todo o immenso esplendor desse passadoDe sonhos puros e ventura summaPalpita em teu olhar, como se de uma

Vez o t:vesses todo retratado >

E' essa a perfilada de hoje que sobre ra-mos passa e tem um gracioso nome de fran-

cezinha. E! sóM. P.

HC H/C J&L

O Pirralho, em acção c njuncta c^m oBrasil-Cinema, a mais chi' casa de diversões

paulista, vae promover o footing, no trian-

guio.• Assim, ás quartas e sabbados, o nosso

pessoal da haute virá á cidade fazer o footing,tirando assim o aspecto elegante do centroda nossa urbs, nos das de semana.

O Pirralho publieaiá os nomes das senho-ritas que nesses dias triangulares, e o Bra-zil-Cinema fará passar na tela as suas si-lhouettes, na Revista Brasil Cinema.

Que as nossas familias acoroçoem essa ini-ciativa, para que S. Paulo peiva, de vez

para sempre, esse ar acai pirado de alde acie terceira ordem.

J&L He HeM.11(-, a linda creatma dos Champs-Elisós,

anda agora muito triste, melancólica e como coração cheio de ma.ua, por vêr que se

perdeu nas brumas do horizonte, o pássaroazul dos seus sonhos de moça.

O fino literato e delicado orador, cujo per-fil ainda ha pouco traçamos — o dr. E. C.— era para m.11" o seu único amor, o ceuencanto, h sua vida mesma,..Mas que fazer,m.lle? Julietas nem sempre encontramBomeus.

De amores não correspondidos anda omundo cheio, e os poetas e os romancistasdelles têm feito o enredo de seus escriptos.

Corações despedaçados ha os muitos, e asetta envenenada de Cupiclo tem feito jámilhares de desgraçados.

M.11" deve, pois, resignar-se e na -esigna-

ção encontrar o seu consolo único. Ou entãofaça por esquecei o....

É meihor que o esqueça, para arrancarcio seu coração essa magua que o tortura....E lembre-se, m.lle que, si de amor si vive,ambem de amor se morre....

Buy Blas

Os nossos instantâneos

MM—»—— I ¦ I—^a—»—^

As Relações entre SãoPaulo e o governo daUnião.

Dois aspectos apanhados pelopirralho por occasião da chegadado general Carlos de Campos, com-mandante da (>.« região militarcom sede nesta capital.

CARTA

Jrlyriatn, anjo da minha saudade.

Ainda não me conformei com a tua ausen-cia. Pare e-me que, anjo como és, tinhassob as azas graciosas uma porção de sol e,batendo as p'umagens, partiste deixando-medebatendo em trevas... Capitulei. O reversodo medalhão da vida tem a vantagem denos lembrar o seu outro lado.

Uma face do medalhão é lisa; a outra, temas saliências dos altos relevos.

Tiraste, voluntariamente, a face da minhavida.

A aurora do meu amor, os risonhos diasde ventura (pie puzeste acariciando o meuviver, os fugazes e venturosos momentosque a tua caridade me concedeu, tudo isso,tudo, ppssou,

Orphão dos meus mais caros sentimentos,eu me abraço com a saudade e saio pelavida em fora, vagabundo da tristeza, tendonos meus olhos fontes de lagrimas que senão seccam e no meu pe to lavas de amorde um vulcão que se não estingue...

Saudade e recordarão são esses os meigossustentaculos da minha vida.

A saudade, já o disse alguém, é o amadophantasma evocado pelo coração, recordação,como o nome o indica, digo-te eu, é umcoração velho a palpitar dentro de um co-ração nov«>...

E para terminar, meu amor, lá de longeonde estás, condemnando-me a esta negrasaudade, ouve estes versos que te mandoentre um punhado de soluçantes magoas,roubados por mim de um poeta:

« Ouve. Conheces esta voz maguada,Que aos teus ouvidos chega sussurando?Como se fora um echo de outro mundoOu o sussurro plangente e moribundoDa vaga azul na praia soluçando?

Não a conheces, não? Se outra parece,Foste tu mesma, flor, quem fez mudal-a.Esta tremente vóz leva um segredo...Não te zangues, amor, não tenhas medo,Não sou eu, é minli' alma que te falia.

Não a conheces tu ? Repara — é a mesmaQue meus versos te disse; com cpie chamoPor ti, na treva em que me vês perdido,E que anciosa e ardente ao teu ouvidoCerta vez murmurou baixinho - eu te amo?»

Beijando a tua imagem, coroada pela mi-nha saudade, envio-te o meu adeus orvalhadapelo pranto da tua ausência e repito-te ovelho credo de amor que tantas vezes dosmeus lábios ouviste:

Teu, teu, teu ponr Ia vie,AZAMBUJA.

0 TAGARELA

Recebemos os dois primeiros nume-rus deste interessantíssimo semanárioillustrado.

Charges magnificas, piadas em pen-ca e um texto leve e faceto.

Ao novo collega desejamos vidalonga, cheia de retumbantes triumphos

EeO PIRRALHO

0 NOSSO CONCURSO

Continua disputada a votação para o nosso

concurso de automóveis.Eis a que apuramos hoje :

N.° 7113

» 1358» 579 •

» G67

66 votos65 »59 »

59 >¦ 59 >

» 1305 -» 1009 -» 784 -

57 -951 -

88 -1870 -

979 -133 -Kf\C\ —•JVJU '

488 -737 -798 -407 -953 -401 -404 -

1212 -1510 -

940 -32 -

400 -509 -992 -

2 -1438 -

29 -349 -895 -788 -

5 -52 L -

1029440

1020222

1012188

13531472

5141452

144508

1515374840940

1155

»

»

»

»

N.()t»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

j

»

»

»

»

»

»

»

»

»

N.°

5247464544

44414040103634343433

¦ 3030

30252421

2120191816

15151514141312

-. 121212121211111110(i

44333

»

»

»

»

»

»

1083 —

6 -

1070 -

771 -

741 -

o22111

»

»

»•

>

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»

»»

»•

» 59 — 1 »

» 455 - 1 »

» 608 - 1 »

CONCURSO DO PIRRALHO

Passaram-se annos e hoje que en-contrei os teus olhos sonhadores, comtons quentes e louros muito meigose muito doces, — bellos assassinosda minha alma — recordo-me, não-mais com um sorriso irônico, do ho-munculo de Pariz...

Qual é o automóvel mnis chie

que faz o corso na Avenida? Os nossos instantâneos

Jfs

Foi em Pariz que e o homunculosinistro, de grandes olhos vivos, merecebeu com um sorriso que elle que-ria que íVsse amável.

Examinou-me nervosamente a mãoesquerda e disse: amara alguém num

profundo, num doloroso silencio.Sahi, com um sorriso incrédulo nos

lábios, e nunca mais a sua figurasinistra e a sua phrase me vieramao cérebro.

Ecíios do Carnaval em São José dos Campos

^»-- T»m"J- ^—** •_ _^^^^^^^^^^^p—^—ü——^^*^-*^^^KW^^^^^^^^

O automóvel «As Borboletas A«m» oa familia do Du. Catilos oe Azevedo

SOBEINHO, QUE, KO ULTIMO OAENAVAL, OBTEVE O FH1ME.EO PRÊMIO DE BELLEZA.

ECh™— O PIRRALHO... NO EIO 1ÊÊH

GRRPHOUOGIR

Nota da Redacção:

Os traços da mão cujo clichê hoje publi-camos, são creação do nosso inteligente gra-phologo sr. Henrique Silva, que os concebeue desenhe u-os de acedido com as ív.uitasobservações que tem feito nesse gênero- Sãooriginalíssimos e não se encontraram emauetor nenhum de chi omancia.

Iremos nesse mesmo gem ro e com a mesmaoriginalidade, publcar outros trabalhos donosso amigo, encarregado da secção de gra-phologia no Pirralho.

Tortura de linhas para o dedo de Mercúrio.

Hk- Vss

Loucura de lucros, usura; existência consu-mida em cousas illicitas.

Ruy Blas

Forma graciosa e intelligente. Imagina-ção e poesia. Espontaneidade e espirito ati-ladissimo. Examina e prescruta. Dissimulacom rara habilidade. Tem a importância se-

gura de si mesmo, com a convicção de su-perioridade. Pouca energia e vo'ubilidade.Tem desejos de perseverar, mas fraqueia.Eacil em assimilhar e nitida comprehensão.Antecipa muitas vezes com suecesso, outras

precipita com insuecésso. Tendência ao pa-radoxo e grande amor a sua personalidade.Vaidoso e egoísta nas suas convicções. Temcondescendência por generosidade, não portemperamento. Triumphará na vida, por nãohesitar e não temer.

M.lle Zuleika:

Sente o bello em todas as suas manifes-tações. Aspirações de renome. Amor própriobem caracterisado. Espirito educado e vivon'uma atmosphéra feliz. Custa muito a que-rer e querendo não transparece e oceulta.Susceptibilidade e zelo. — Diplomacia femi-nina; um grande ideal tortura seu espirito.

Metia:

Imaginação eapiichosa e phantastica. Per-severa com intelligencia. Impressionável esuggestiva. Muito zelo e amor próprio. Ex-cesso de carinho, em querendo, terá um opti-mo coração.

Paulo M.

Calmo, rerlectido, pouco expansivo. Admi-ração pelas artes. Intelligencia e algumacultu. a. Attração dos grandes, e seria maiorse não tora a timidez qae accentua bem oseu caiacter. Honesto e intelligente. Espi-rto preocupado com cousas femininas. Noçãoexacta das cousas e dos devei es.

Henrique Silva

NOTA : — Endereçar as cai tas á redacçãodo Pirralho, secção Graphologia. Caixa L026.

Os nossos instantâneos

À Fííeaux

Foi numa linda tarde cie verão,em que eu ia à tua procura, que tume sorriste com o sorriso alegre doteu branco casario.

Desde este dia eu me puz a amar-te religiosamente, minha branca, mi-nha querida Meaux.

Kecordo-me com uma intensa sau-dade dos dias felizes que ahi passei.

Como eras bella, cheia de sói, cir-cumclada dos teus campos cobertos detrigaes maduros, no riso alacre dascreanças e na graça fina e tentadoradas raparigas que iam com olhos pen-sa tivos, pelas brancas estradas bor-ciadas cie alamos, sonhar o grandesonho.

E nos lentos e dolorosos crepuscu-los do outomno como eras mística edolorosa, como a agonia do sói, qua irdo o hymno da tua egrejinha soluçavalenta e docemente o Angelus.

Elles ahi estiveram perturbandocom as suas grossas passadas o silen-cio religioso e campesino das tuasruas, abrindo, com mãos brutaes,grandes chagas nos flancos das tuasbrancas casinhas, derramando o terrorno limpiclo olhar das creanças, espan-tando os bellos sonhos dos olhos clarosdas brancas c roscas sonhadoras...

Certamente também devem ter re-duzido a estilhaços o teu meigo co-ração, agora calado na hora místicado Angelus...

Pobre, branca e infeliz Meaux.

t»»a——aame^ ¦¦ i =^—«—*»¦—^aw m

AFFONSO ARINOS

Affonso Arinos realisou esta semanamais uma das suas soberbas conferen-cias sobre lendas brasileiras, na So-ciedade de Cultura Artística.

Foi real festa nacional essa em queo nobre espirito de Arinos illuminouas historias do bandeiras e minas quefazem o fundo heróico da nossa nacio-nalidade.

Sobre o Rio de São Francisco, asaventuras tenebrosas dos que partiamno encanto das remotas riquezas daterra, Arinos falou assombrosamente,como poeta profundo que è e profun-do pesquizador da historia humana.

Ao grande homem e á Sociedadede Cultura, pelo valor colossal dassuas soireès, os nossos entliusiasticosapplausos.

Políticos, financeiros,Literatos, sabichòes,Todos fumam nesta terraGaribaldi e Castellões

Soldado que está na guerraTendo um minuto de folgaEm vez de comer o lunchFuma dez cigarros 01 ga

O PIRRALHO^m=.O Café subiu

COMEDIA EM 1 ACTO DE ESPERANÇA

PERSONAGENS

Zis Bastião - Fazendeiro.

Dona Bilóca - sua mulher.

Zuzú - filha de ambos, flor de 18 air

nos.

Quincas - filho mais velho do casal,

20 annos, calouro de Direito.

Mane - filho menor, menino damnado,

13 annos.

O acto se passa na sala de jantarde manhã

SCENA I

Zuzú e Mane

Zuzú espreguiçada numa cadeira de ba-lanço tem um «Pirralho» no collo

(Pirralho revista, bem entendido). Manecom uma faca de ponta está querendofazer um canhãozinho de pau.

Zuzú (bocejando) - Alm! Ahn! Você

acaba por cortar a mão com essa faca,.,

Mane não liga.Zuzú — Depois quando eu digo que

esse menino é bobo, papae se zanga.Mane — Boba é você, ouviu?Zuzú — Olha Mane eu me levanto

d'aqui, hein! (ameaça-o com o gesto).Wanê — decidido, brandindo a fa-

ca. Venha!Zuzú — (abre o «Pirralho» e lê o

seguinte a meia voz) — « Alta, morena,

elegante, quando M.lle passa pelas ala-

medas do seu jardim as nores empai,

lidecem de inveja... » (sorrindo), Bobo!

jVtoe' — (pensando que é com elle)

Eu já disse que boba é você! (gritando)eu faço um assassinato um dia nesta

casa.. . .

SCENA II

Zuzú, Mane e Quincas

Quincas entra furioso de chinellos e ocu-los, um livro de Direito na mão.

Quincas — Vocês quando é que aca.

bam de brigar, seus não sei que diga !

Eu estou apertado para fazer exame,

é segunda epocha, e eu vou tomar

bomba porque vocês não me deixam

estudar! É um horror esta casa!

Mane - (continuando muito calmo

o fabrico do canhãonzinho de pau). E

Zuzú que me chamou de bobo.

Quincas - Você também sia Zuzú

parece que tem menos juizo que o

Mane, vive atormentando o pobre.Zuzü (indignada) — Ora essa! Olha

só o mandão! Porque levou bomba

na Academia, os de casa é que pagam.

Quincas - Todo mundo levou bomba

ouviu, não é cleshoma, o Porchat e o

Steidel apertaram...Mane — O Chico filho do dr. Paulo

passou.Quincas (dá-lhe um coque — Cala

a bocca malcreaclo!

Mane larga a faca e o pau em cima

da mesa e abre uma bocca deste ta-

manlio.SCENA III

Os mesmos e D. Bilóca

Attrahida pelos gritos do Mane, D. Bilócaacorre.

D. Bilóca (entrando) — Que é isso,

meu Deus! Que pequenada mais sem

juizo! Onde é que já se viu gritarassim Mane! Você pensa que está na

fazenda! Oh! Deus meus! que vão di-

zer os visinhos! Que é isso Mane?

Mane (soluçando) - Foram esses

diabos... que....ihn....ihn.... me

bateram.Zuzú — (levantando-se) Oh! menti-

roso, eu te bati!Mane— (redobrando a choradeira)

Ihn ! Ihn! Me deu.. . ihn... um be-

liscão !.. .D. Bilóca - Ora Zuzú, porque que

você dá beliscão no Mane?

SCENA IV

Os mesmos menos Quincas, que se vendofora do embrulho, vae sahindo com o pre-texto de continuar os estudos no quarto.

SCENA V

Os mesmos, Zé Bastião e depois

Quincas.Zé Bastião entra de chapéu na cabeça

e vendo a conflagração que vae pela casadá uma grossa risada.

Zé Bastião — Ah! Ah! Ah! Vocês

estão chorando! Ué!D. Bilóca - (nervosa) E você em

vez de dar educação aos seus filhos,

entra' me vê aqui atarantada com esses

insuportáveis e ri-se.Zé Bastião ~(?in> o chapéu, joga-se

na cadeira de balanço e cahe na gar-

galhada) Ué! Vocês estão brigando !&

Ah! Ah! Ah! Ah!

Mané _ (que parou de chorar com

a entrada do pae, ocompanha-o agora)

Ah! Ah! Ah! Ah!

Quincas espia, vindo do corredor.

D. Bilóca — Mas o que é isso Bas-

tião, você virou doido. Cala a bocca

Mané!Zé Bastião - Ah! Ah! Ah!

D. Bilóca - Mas o que é isso Bas-

tião!Zuzu - O que é papae ?

Quincas - (entrando) O que foi queaconteceu papae?

Zé Bastião - (suíFocando de riso) Ah!

Ah! Ah! Ah! O café subiu... e vo-

cês estão chorando! Ah! Ah! Ah!

D. Bilóca, Zuzu, Quincas (a um tem-

p0)-0 café subiu! Ih! Que bom.

Qnincas - Eu passo no exame e

compro um automóvel.Zuzu __ Eu quero assignatura no

Titã Rufo.D. Bilóca - Não, primeiro vamos fa-

zer casa para morar.Zé Bastião - E vocô Mané o que

é que você quer?Mané _ Que o snr. pregue a mão

no Quincas porque elle me deu um

coque...

ZUzú — (chorando de raiva) Eu! Ora

mamãe! Que injustiça! Eu não fico

mais nesta casa, eu vou para a fazen-

da! Vou, vou e vou! (Senta-se n'uma

cadeira e tirando o lencinho chora em

silencio)Mané redobra a gritaria.D. Bilóca - (puxa-lhe as orelhas)

Oh menino! Cala-te !Mané-Ái\ Ai! Ui!

Drs.flntonio Define

Raul Corrêa da Siloa— € —

Oolor Brito francoADVOGADOS

In 15 ii Noventa, 50-B - (Sá 7)ATTENDEM BAS 12 ÍS15

O PIRRALHO

WãwMm

Palcos & Fitas

Pasmadamente \S\C/^fechados, por lon- jfpgos mezes, perma-necem os dois ma-gnificos — TlieatrosMunicipaes — de S.Paulo e Rio, epa-tant les borgeois quenos visitam e attes-tando o nosso culto platônico á Arte.São dois soberbos — Elepliantes Bran-cos — (como os deuses cios Hindus) —com que afirmamos, á boca cheia, anossa cultura artistica.

Companhias dramáticas, de operalyrica ou opera cômica — francezas,italianas e até allemãs, arribam deanuo em anno, e representam parameia dúzia de espectadores, que asentendem e para centenas que as fin-gem entender.

Mas, temos Arte, diz-se, isso temos.Nos nossos tlieatros, companhias na-

cionaes, como realejos, representam —

por sessões — peças de espirito dete-riorado e gosto — o mais chulo.

Temos Arte, porém. Para quebraressa convenção, que vivemos todosna imprensa a alimentar, felizmentevão surgindo, aqui e alli, iniciativasainda que timiclas e modestas.

Uma dessas iniciativas é a de Chris-tiano de Souza, que, com um grupoescolhido de artistas nacionaes in-augurou o Trianon, theatrinho chieda Avenida Rio Branco, na CapitalFederal.

Peças de fino gosto francez — nãoas frivoüdades dos boiãevardiers masproducções de subtil psycologia comoas de H. Bataille, Robert de Flers eCaillavet — constituem o repertóriodo temerário pugilo que vae se apre-sentar peranto a fina platéa carioca.

Certamente — peças de autores na-cionaes, como a — «Muralha» deCoelho Netto — « Bella Madame Var-gas» de João do Rio, — «O Sacrifi-cio» de Carlos Goés. merecerão deChristiano de Souza a honra de viremá ribalta para serem bem conhecidasdo publico a quem alguns emprezariosfazem a injustiça de afirmar que —

aprecia snobsmente operas e tragédiasmas realmente revistas e pochades.

A outra iniciativa é a da companhiaplatina eme se apresentará brevementeperante as platéas de S. Paulo e Rio,com peças de autores nacionaes tradu-zidas, promovendo assim o intercâmbiointellectual das nações visinhas eamigas.

Esses esforços isolados serão indu-bitavelmente bem suecedidos e issodespertará os podêres municipaes —levando-os a pensar no problema doTheatro Nacional. . Encarreguem em-prezarios idôneos que, contractandoelementos bons mais pelo mérito comoo fez Christiano cie Souza, do que poroutras razões subalternas, constituamcompanhias nacionaes capazes de rea-lisar a verdadeira concepção da Arte.

Depois (quem sabe?) o Conservatóriodramático e musical ao envez de con-tinuar somente musical será realmentedramático, e de lá se poderão apro-veitar boas vocações.

Esperamos com fé. Não somos dosque perguntam zombeteiramente: —Theatro Nacional? E respondem nomesmo tom: — «Era uma vez umsonhador que se chamava CoelhoNetto....

0 ministro Da Agricultura em 5. Pauiow»^M^*«————¦

8. Excia. visita uma fabrica em Osasco

Adoro a tua boquinha,Amo o teu cabello jalde,Mas gosto mais, meu amorDo3 cigarros Garibaldi

iNSonniA

Kevolvo-me no leito, fatigado,Espreguiço e bocejo doidamente,Viro-me deste para aquelle ladoE vou virando indefinidamente,

0 corpanzil já todo machucado.Mas por mais que me esforce, lute e tenteSão consigo dormir e torturadoRemexo-me Ma mais, impertinente.

Meia noite, uma hora, duas, três,E o ponteiro dá a volta inda outra vezMas o somno não vem e eu já estou farto.

Accendo a luz e vejo prazenteiroOue anda insomne também um bando inteiroDe pulgas que invadiram o meu quarto.

Jacintho Góes.

Costa Rego, o bellissimo chronis-ta dos Traços da Semana, tomou-sede cólera por ter tido um editor doPorto a petulância de mexer na or-thographia do grande Camillo.

O livreiro portuense, enthusiasmadocom o sucesso da graphia moderna,fez uma edição do Eusébio Macario,expurgando a linguagem cie Camillodas consoantes geminadas e demaiscomplicações da orthographia etymo-lógica.

Sem duvida é um abuso, tanto maisinjustificável por se tratar de umeseriptor morto, que não pôde pro tes-tar contra essas covardes mutilações.

Entretanto é bom que se diga queo exemplo vem de cima. e não é oeditor do Porto o iniciador dessa obra.deletéria.

Que de grammatkos e philologostcem praticado essas mutilações!

Citam trechos de autores clássicos,os mais puritanos manejadores do i-dioma, e com a maior sem cerimoniafazem com Camões, Bernardim Ribei-ro etc, o que o livreiro do Porto hou-ve por bem fazer com Camillo.

Antes de mais nada, portanto, de-via mos clamar contra os grammaticos,pois foram elles os primeiros a des-respeitar as normas do culto devidoaos mortos...

JT

i**tsmB2Exa~*

<*j

© Pirralho • •no Rio

Anno I RIO^DÊrjÃNEIRO, Sabbado 27_de_jtogo de 1915 Num. a

Superstição

Chovia torrencialmente A Avenida apre-

sentava um aspecto desagradável: raros tran-

seuntes buscavam abrigo sob a lona protec-tora dos toldos; os autos corriam em varias

direções, lançando água horrenda a distan-

cia- e um vento fustigante, vindo das ban-

das denegridas da balda ,sibilava enervado-

ramente.Foi na tarde desse dia hybernal, que eu

me encontrei, por acaso, com o Horacio

Faria, velho camarada, aportada "Confei-

taria Castellões".Decorridos momentos estávamos nós sa-

boreando, no interior dessa casa celeste, uns

celestissimos oognacs. E o meu amigo, ante

tão grato paladar, esfregava as mãos de

contente e falava-me sobre vários assumptos

com tanta rapidez que eu fazia um grandeesforço para não perder, de todo, o sentido

das suas palavras.Súbito o "papagaio" emmudeceu. Surpre-

bendido busquei descobrir a causa que ha-

via levado o loquaz Horacio áquelle inopi-

nado mutismo. Dir-se-ia que o meu amigo

illustre fora tocado por uma força qualquer,

invisa "arrolhante" . . .

Ás minhas insistentes perguntas o Hora-

cio acabou respondendo:

—Bem sabes quanto sou supersticioso. Ha

certos indivíduos com os quaes eu desejaria

não me encontrar nunca.— Já sei: viste alguém que não querias

. . •

ver.Exactamente. Ao entrarmos aqui dei

de cara com o Plínio Borgéco. Não imagina

quanto esse encontro me contrariou. Fiquei

logo convencido de que "alguma" estava

para me acontecer. Emfim .. . adéante. . .

Quem é o outro?-Escuta: é outra... é a Sra. "Mãe" do

poeta Pinheiro Viegas, aquella matrona que

lá está no fundo. Basta eu encontral-a,

que ... o resto do dia está perdido.

E eis ahi o que te fêz ficar juruní.. .

Mas ainda não é só!_ 0 que! ainda viste mais seres aza-

rentos ?_ Mais um; mais um, que vale por todos

quantos ha nel Mondo 1Cruzes! quem é esse "urucubaca-assu ?

Eil-o! conheces ?-Conheço É o literato Olegario Ma-

ri ano!_ Literato ! Ah! Ah! Ah! Ah!_ Diante dessa tua risada fico estupefacto!-Pois não fiques; esse "menino" nunca

foi literato nem cousa que o pareça. O que

elle é já t'o disse: é uma espécie de horren-

do portador do meu azarül

— A esta altura despedimo-nos E o meu

amigo Horacio, a olhar de quando em vez

para traz, corria vertiginosamente pela Ave-

nida, afrontando a chuva fustigante, como

que movido pela electriçidade da sua curió-

sa superstição.

D' Axir.0

___mjjmimibwwWp>—w

O MINISTRO DA AGRICULTURA EM S. PAULO

r - ^g-Mjmi^m^*1-' ¦ O •¦S#' i' avie 'B^.v ¦'¦^i \w 1 . iIn 'á^TpP1'' ' 1^1 'Er^" ¦ mSs mm t-jkSH \mB

II W ¦' ?- i \ Im \

= PERFIS =IV

ELOY PONTES

t um prosador de força sobre humana

E um jornalista de mão cheia, É pena

Sue da "A Tribuna" elle deixasse a arena,

Onde quasi cantou victoria e liossana.

Vive com o João do Mo em luta insana:

Fita-o com olhos de indomável liyeua,

E diz, que elle possuindo o olhar de Helena,

Adora a educação greco - romana,

Por vezes, lá, do Eloy, a lyra triua... ¦

E, quando a lyra se lhe torna mona,

0 instrumento da prosa aguça e afina.

Vento propicio a vela ideal lhe infima,

E eil-o, do mar da vida á immensa tona,

A guiar a literária e inquieta escuma.

D' A NILO

Papelaria Define^C5v^.

DEFINE & COMP.RUA FL0HENC10 DE ABREU, 88

Ofíicinas e Deposito % 70

Telefone, 642 -»*• Caixa, 544

A ehegada de S. Exeia.s. PAULO «€>

;¦¦

ÈB? O PIRRALHO [Eill

JD -£-m> ^s JL -B--f •

QUEREM A FELICIDADE?5 O 5 NADA MAIS

ET em S. PAULO, a Rua S. Bento N. 28 — Caixa Postal, 1062Agencias em todo o Brazil — Succursal no RIO á Rua Marechal Floriano, 15 — Caixa Postal, 697

H

ALCANÇA-SE ISTO INSGREVENDO-SE 0 MAIS BREVE POSSÍVEL NA"CAIXA DOTAL I>E> ». PAUIyO"

Approvada e autorisada pelo Decreto N. 10996. do Governo Federal

Esta caixa constitue òotcs para Casamentos, Nascimentos e tem uma Secção de Sejuros contra FofoA tetty&llek jjeirí* essais séries é:

CASAMENTOS

Serie A — 2:ooo$oooJóia . 20$000 — Contribuição para cada casamento

1$000 — Sello e diploma 4$000.Serie B — 5:ooo$ooo

Jóia . 50$000 — Contribuição para cada casamento2$500 — Sello e diploma 5S200.

Serie C — lo:ooo$oooJóia . 100$000 — Contribuição j>ara cada casamento

5$000 — Sello e diploma 6$300.Serie D — 2o:ooo$ooo

Jóia . J50$000 — Contribuição para cada casamento10$000 — Sello e diploma 7$400.

Serie Especial — 5o:ooo$oooJóia . 500$000 — Contribuição para cada casamento

3O$00O — Sello e diploma 15$100.

JtfASOIMElVTO

Serie I - - 2:ooo$oooJoia . 20$000 — Contribuição para cada nascimento

1$000 — Sello e diploma 4$100.

Serie II — 5:ooo$oooJoia . 50$000 — Contribuição para cada nascimento

2$500 — Solio e diploma 5$200.

Serie 111 — 10:ooo$oooJoia . 100$000 — Contribuição para cada nascimento

5$000 — Sello e diploma 6$300.

A pedido inviamos estatutos e prospectos = Prodígios do ]VIvi.tiiaLlisnn.o!!

¦ ¦Vermoufh e Vinho Quinado

eiNZÍ\N©francesco Ginzetno <Ç G. ia

Ünieos Representantes "TURIJVT 9}

Fm H." ¦ Rua IM li Ata, 25 (sérali)¦

Companhia taatograpliiSOCIEDADE ANOOTMA

Capital realisado Rs. 4.000:000$000 == Fundo de reserva Rs. I.080:000$000T H E> AT RO®

{ C1NEMA-PATHE',-RnOTTTHEATRE THEATRO SAO PAULO CINEMA-ODEONÍm-TOTT SATON IDEAL CINEMA R. s 1aneiro j CINEMArAVENIDA

«« P..I1. ÍrÍsTHEATEE THEATKO COLOMBO i R"> « "nC,r0 1 THEATRO SÃO PEDRO.DE AL-5aQ PaUlO < ^^mNMA colyseu dos CAMPOS ELYSEOS ^ CANTARA

OH?N™Ol1k-THEATRE SMABT CINEMA rTNEM.COMMEKCIO _ Jnta de Fora: POLTTHEAMA

Em N.c.h.roy. EBEN.CIHEMAnt-; ^^^^^S|aBA^

TV^ thpatdh < IOSP S Paulo - PALACE THEATRE, Rio de Janeiro

Pftl VTHEAMA. S. Paulo — THEATRO b. JUMi, a. i auiu «^POLYTHtAMA, ^^^

combinaçao oom diversos Theatros da Amenca do Sol

Importação direeta dos Films das mais importantes Fabricas

wi Mi«,, m», i-p, m ¦* ú. ejj. j- Si _S*3ÍKí-.

p*op*ios pa*a Salões em casa de Famílias.Alugam-se e fazem-se contractos de fitas

Sede em S. PAULO ¦ Rua Brigadeiro Tobias, 52 - Succursal no RlOJua S. José, 1124.-^^_» ^«_ ^«tpirloH do tsra.su

Agencias em todos os Estado* do Brasil

/TÉCÕNOAMSAPORÁ PAULISTA«eV

CAIXA INTERNACIONAL DE PENSÕES

;—^^

Caixa A :

Pa,_,se 21500 por mez e tem-se direito a uma pensão mensal vitalícia em dinu.ro, ao fim de

" 15 annos, de 150$000 (máxima).

Caixa B:a to m a,inoS Pensão em dinheiro de 100$000 (máxima) ao fim de 10 annos.

5$000 por mez durante 10 annos. rensd,u em un ^^ ^

___—- & o melhor monte-plo! =_=_======

DIRBCTORIA

Dr. Guilherme Ruhiao, Gustavo Olyntho de Aquino, Antouio de Araújo, Novaes Júnior, J. Hei-

culano de Carvalho. _ ^ \

Soares Hungria, dr. E. Baoellar.

Acceitem-se Agentes - P^a75^íS«PRM.«|. *£*#

Rua 15 Novembro, entrada pelo Largo da Se N. 3 ^ S. PAULU