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ESTADO DE MINAS - 1ª p. E p. 3 - 04.05.2011

Ezequiel Fagundes Um seleto grupo de servidores apo-

sentados e da ativa egressos das cúpulas do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público Estadual (MPE) virou alvo de uma ação judicial de devolução de dinheiro aos cofres pú-blicos do estado. Segundo investigação da Promotoria de Defesa do Patrimô-nio Público de Belo Horizonte, pelo menos 85 funcionários dos dois órgãos, dos quais 50 do TCE e 35 do MPE, são suspeitos de terem se beneficiado de uma série de promoções conquistadas de forma irregular pelo chamado siste-ma de apostilamento. Por enquanto, os valores ganhos de forma indevida não foram contabilizados. Antes de serem apostilados, o que dá direito ao titular do cargo a continuar recebendo salário integral depois de aposentado, o grupo foi saltando etapas na carreira pública ao mesmo tempo que acumulava pro-gressões salariais. Na maioria dos ca-sos, o servidor foi nomeado em funções inferiores, mas com o passar dos anos foi juntando penduricalhos e passando a ganhar salário de integrante de cúpu-la. Com tantos benefícios incorporados, alguns acumularam ganhos de até R$ 24 mil mensais, a mesma faixa salarial de conselheiro vitalício do TCE e do procurador-geral de Justiça de Minas.

A suspeita de favorecimento é tão consistente que os pedidos de aposti-lamento eram sempre deferidos pela mesma turma de servidores, os mes-mos que foram contemplados com as promoções indevidas. De acordo com as investigações, havia uma espécie de rodízio entre os funcionários mais gra-duados, que, em última análise, batiam

o martelo nos pedidos de progressão de carreira.

Um dos casos que mais chamam a atenção envolve o ex-conselheiro Fued José Dib. Sua mulher, Maria das Gra-ças Toste Dib, foi apostilada e aposen-tada pelo TCE contando como tempo de serviço em cargo público o período em que ela teria trabalhado na Prefeitu-ra de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. No entendimento da promotoria de BH, somente o fato de ela ter computado o tempo de serviço em outro órgão para ganhar promoção já é uma irregulari-dade grave. Não bastasse isso, há sus-peitas de que a certidão emitida pela prefeitura da cidade, que até 2007 tinha como prefeito o ex-conselheiro Fued Dib, tenha sido forjada. Fued Dib se aposentou em 1999. Na sua vaga, assu-miu o ex-deputado Elmo Braz.

A situação funcional de três filhos de ex-conselheiros também está sendo investigada. Ainda na ativa, Sylo Cos-ta Júnior, filho do ex-conselheiro Sylo Costa, que já ocupou a presidência do TCE, está entre os apostilados. Costa se aposentou em 2006, quando entrou em seu lugar a ex-prefeita de Três Pon-tas Adriene Andrade. O mesmo ocor-reu com Leonardo de Araújo Ferraz e Luciano de Araújo Ferraz, ambos fi-lhos do ex-conselheiro José Ferraz da Silva, morto em 2004. Os dois foram promovidos para o exercício em outras funções. Luciano Ferraz já teria pedido exoneração do cargo, o que não impede de ser processado por ganhos indevi-dos. FOgO

Personagem central do incêndio criminoso no prédio do TCE, em 2002,

o ex-diretor-geral Walace de Oliveira Chaves é outro que está na lista dos in-vestigados por suspeita de ter se favo-recido de contagem de tempo irregular de serviço no tribunal. Réu no processo do incêndio, Walace Chaves foi pro-movido para o cargo mais graduado da estrutura administrativa do tribunal. O incêndio destruiu mais de 3 mil proces-sos, muitos dos quais contendo provas de irregularidades cometidas por auto-ridades do Estado.

O secretário geral do TCE, Marco-ni Augusto Castro Braga, e Guilherme Costa, filho de um ex-auditor do tribu-nal, também teriam recebido progres-sões salariais para depois ganharem apostilamento. O OuTrO lADO

O ex-presidente do TCE Sylo Costa declarou ontem ser legal a pro-gressão da carreira que seu filho, Sylo Costa Júnior, alcançou no tribunal. O ex-conselheiro estranhou a investiga-ção da Promotoria de Defesa do Patri-mônio Público de Belo Horizonte, que vai entrar na Justiça para reaver os va-lores pagos indevidamente. Sylo Costa salientou que o seu filho foi apostilado antes de 2004, ano em que o governo estadual acabou com o sistema de pro-moção. Ele justificou que Sylo Júnior ganhou o benefício depois de ter traba-lhado mais de quatro anos no órgão. O ex-conselheiro destacou ainda que seu consangüíneo foi aprovado em concur-so público e que ficou 14 anos no tribu-nal no cargo ocupando o cargo de chefe de gabinete.

Procurado pela reportagem, o ex-conselheiro Fued Dib não atendeu aos pedidos de entrevista em seu telefone

Investigação

Como subir na carreira e cair na malha do MPPromoções irregulares favoreceram 85 servidores do TCE e do Ministério Público Estadual, segundo a

própria promotoria de Justiça. Eles podem ter de devolver o dinheiro que receberam a mais

MP APELA À JUSTIÇA CONTRA SUPERSALÁRIOS

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ESTADO DE MINAS - 1ª p. E p. 3 - 04.05.2011celular. Os filhos do ex-conselheiro José Ferraz, morto em 2004, não foram localizados ontem. O mesmo ocorreu com os servidores Marconi Braga e Guilherme Costa, que não foram en-contrados no tribunal para comentar o assunto. Para o ex-conselheiro Sylo Costa, todos os apostilamentos feitos antes de 2004 são legais.

85 promoções suspeitas (50 no TCE e

35 no MPE) Entre elas: - Maria das Graças Toste Dib -

mulher do ex-conselheiro TCE Fued José Dib

-Sylo Costa Júnior - filho do ex-conselheiro Sylo Costa

- Leonardo de Araújo Ferraz e Lu-ciano de Araújo Ferraz - filhos do ex-conselheiro José Ferraz da Silva

- Walace de Oliveira Chaves - réu no processo do incêndio criminoso do TCE em 2002

- Guilherme Costa - filho de ex-au-ditor do TCE

- Marconi Augusto Castro Braga secretário-geral do TCE

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Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL

A GTech é a mesma empresa acusada de envolvimento em irregularidades nos governos dos ex-presidentes Fernan-do Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva

São Paulo - A Justiça mineira determinou a expedição de mandado para notificar o Estado de Minas Gerais, o se-nador Itamar Franco (PPS-MG), representantes da GTech do Brasil Ltda., a ex-procuradora-geral de Minas Misabel Derzi e ex-presidentes da Loteria Mineira. Acusados de uma série de irregularidades em contratos entre o governo estadual e a empresa, o Ministério Público Estadual (MPE) quer que eles sejam obrigados a devolver R$ 414,9 milhões aos cofres públicos.

Os promotores responsáveis pela ação pediram ainda li-minar para a quebra do sigilo bancário e a indisponibilidade de bens dos acusados, mas a Justiça ainda não se manifes-tou. A GTech é a mesma empresa acusada de envolvimento em irregularidades em contratos com a Caixa Econômica Federal (CEF) nos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, como mos-traram investigações do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Bingos, em 2005.

Em Minas, a empresa participou, em 1994, de uma li-citação para adotar o sistema de captação de apostas da Lo-teria Mineira e gestão de jogos online da autarquia no valor estimado de R$ 40 milhões. De acordo com o Ministério

Público, a empresa descumpriu várias cláusulas do edital. A ação, assinada pelos sete representantes da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do MP mineiro, ressalta que, apesar da “flagrante inadimplência da concessionária com suas obrigações contratuais” o governo assinou aditivos ao contrato atendendo pedidos da GTech.pENA rEvOgADA

O Ministério Público ressalta que relatório da própria Loteria Mineira mostrou que o atraso com relação aos pra-zos definidos no edital causou prejuízo de R$ 286,2 milhões à autarquia. O descumprimento das cláusulas levou a dire-ção da Loteria Mineira a aplicar à GTech, em 2000, uma multa de R$ 29,3 milhões, pena revogada por ato do então governador Itamar Franco (PMDB). A decisão teria sido baseada em parecer do procurador do Estado Cleber Reis Greco, “com a concordância expressa” da então chefe da Procuradoria, Misabel Derzi. Os dois já haviam concordado com a multa, segundo o MPE.

O órgão afirmou ainda que o caso, “em tese”, caracte-rizaria improbidade administrativa, mas que houve prescri-ção, já que os acusados deixaram os cargos há mais de cinco anos - a ação foi proposta à Justiça em abril deste ano. Pro-curado pela reportagem o senador Itamar Franco informou, por meio de sua assessoria, que não foi notificado sobre o processo. No antigo endereço da GTech, a informação é a de que a empresa foi desfeita. Misabel Derzi e Cleber Greco não foram localizados. As informações são do jornal O Es-tado de S. Paulo.

ExAME - Sp - cONAMp - 04.05.2011

MP mineiro cobra dívida do governo Itamar FrancoIrregularidades de contratos com a gestão mineira pode obrigar a empresa

GTech do Brasil Ltda a devolver R$ 414,9 milhões aos cofres públicos

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BAlANÇO gErAlMAurO TrAMONTE

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TÂMARA TEIXEIRA Os motoristas de Belo Horizon-

te devem redobrar a atenção quanto à velocidade. Até amanhã, 16 novos ra-dares fixos passarão a operar na capi-tal. Três deles começaram a funcionar ontem. De acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Hori-zonte (BHTrans), os equipamentos estão localizados em avenidas como Amazonas, Andradas e Cristiano Ma-chado (veja quadro). Outros 13 apare-lhos estão em atividade desde janeiro. Os novos radares fazem parte de um pacote de 50 detectores de velocida-de. Os equipamentos são mais mo-dernos e capazes de flagrar também os abusos de motociclistas. Outros 21 aparelhos entram em funcionamento até o final do mês.

Segundo a BHTrans, os equipa-mentos já foram aferidos pelo Ins-tituto de Pesos e Medidas de Minas Gerais (Ipem-MG) e estão sinalizados para os motoristas com o limite de velocidade permitido, além de faixas indicativas.

De acordo com a empresa que gerencia o trânsito da cidade, o nú-mero de multas aplicadas em 2010 caiu 16% em relação a 2009. No ano passado, o número de autuações foi 216.094, ante 254.384 no ano ante-rior. O condutor flagrado com veloci-dade 20% acima da máxima permitida paga multa de R$ 85,13. Se o excesso for acima de 50%, o valor sobe para R$ 574,61. O motorista ainda recebe de quatro a sete pontos na carteira.

Em janeiro, encerrou-se um con-trato emergencial firmado com um grupo de quatro empresas que geren-ciou, por 30 dias, 50 radares na capital.Suspeita.A Splice Indústria, Comércio e Serviços assumiu o serviço em 7 de janeiro. Em março, a empresa foi ci-tada em reportagem do “Fantástico”, da Rede Globo, por sugerir contratos fraudulentos. Nas imagens veiculadas pela emissora, um vendedor da em-presa diz que são comuns as fraudes nos editais.

O TEMpO - p. 25 - 04.05.2011Trânsito.Três novos aparelhos estão em funcionamento na capital desde ontem; amanhã serão outros 13

Radares entram em operaçãoPrefeitura quer fechar o mês de maio com 50 equipamentos

Em troca da escolha na concor-rência, a Splice ofereceria propina. A BHTrans disse que a contratação da empresa foi acompanhada pelo Mi-nistério Público e que não houve ir-regularidades.

Uma das metas é reduzir mortes por

atropelamentoReduzir o número de atropela-

mentos é uma das principais metas da prefeitura com a implementação dos novos aparelhos de fiscalização ele-trônica.

De acordo com a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Ho-rizonte (BHTrans), os pedestres re-presentaram 38,3% das mortes no trânsito em 2009. Uma das principais causas é o excesso de velocidade dos veículos.

Segundo um balanço da empre-sa que gerencia o trânsito na capital,

desde 2000, quando os radares come-çaram a fiscalizar a velocidade dos motoristas na cidade, o número de atropelamentos caiu de 4,27 mortes para cada 10 mil veículos para 2,36 óbitos em 2009.

No mesmo período, a frota de Belo Horizonte praticamente dupli-cou, passando de 679.727 em 2000 para 1, 2 milhão. A meta da prefeitura é reduzir, até 2012, o índice de mortes no trânsito para 1,7 para cada grupo de 10 mil veículos. (TT)

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Gustavo Werneck

Duas importantes obras do acervo do Iate Tênis Clube, na Pam-pulha, em Belo Horizonte, vão ficar diante dos olhos de quem aprecia a arte modernista brasileira. Termo de compromisso firmado entre o Ministério Público Federal (MPF) e a direção do clube vai garantir a exposição das obras O Esporte, de Burle Marx (1909-1994) e Suicídio da Consciência, de Cândido Portinari (1903-1962) ao público. Até o dia 15, conforme o acordo, o Iate deverá preparar um espaço para posterior restauro das telas de grandes dimensões. O Esporte, com 2,5 metros x 7,5 metros, foi feito em 1942 a pedido do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek (1902-1976), enquanto a tela Suicídio da Consciência foi pintada por Portinari em 1944. O trabalho terá acompanhamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pelo tombamento do conjunto arquite-tônico da Pampulha desde 1984.

Segundo a procuradora da República Zani Cajueiro, as duas obras de arte, por integrarem o acervo móvel do conjunto urbanístico e arquitetônico da Pampulha, devem receber proteção especial. “A lei determina que os bens tombados não podem, em hipótese alguma, ser destruídos, demolidos ou mutilados, sob pena de multa de 50% do dano causado. Por isso, negociamos com o Iate medidas de interven-ção para garantir a restauração e a conservação. Em seguida, elas se-rão expostas à visitação pública”, afirmou. Ficou definida a exposição dos quadros por, no mínimo, seis horas diárias e controle de visitantes, entre as terças-feiras e o domingo

“Apesar da grande beleza e importância cultural, essas obras nunca foram expostas ao público com a devida regularidade, devido à atual configuração arquitetônica do Iate Tênis Clube. Agora se preten-de, em trabalho conjunto com os proprietários e órgãos de fiscalização

do patrimônio cultural, além do MPE, rastrear as demais dificuldades que a conservação de todo o acervo da Pampulha enfrenta”, afirma Zani. O termo prevê, além da adequação do espaço físico para mostra das obras, medidas de proteção, como instalação de painéis de vidro e de estruturas que impeçam o acesso até meio metro da área que circunda as telas cONSErvAÇÃO

Inicialmente, o Iate deverá tomar providências emergenciais para a proteção e conservação das obras, entre elas lacrar janelas no salão onde as telas estão guardadas, para evitar umidade e infiltração. Está prevista também a fixação de estruturas para recepção dos pai-néis para a restauração, que deverá ocorrer até o fim de junho. Tais medidas são necessárias, de acordo com o MPF, pois, conforme nota técnica do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), as obras estão sob risco de deterioração devido à inadequação do local. O órgão estadual destacou a existência de “resíduos de excrementos de aves ou pequenos roedores na superfície pictórica” no quadro Suicídio da Consciência, além da “presença de asas de insetos xilófagos na fase de ninfas, o que pode indicar futura ou iminente infestação, favorecida pelos elementos em madeira no ambiente” onde está guardado O Esporte.

O compromisso foi firmado na manhã de segunda-feira por Zani Cajueiro, pela promotora de Justiça Lílian Marotta e representantes do Iphan e do Iate – Zaner de Araújo Abreu, Marcos Antônio Rezende, Adolpho Machado Soares e Alfredo Lomasso Neto. Vice-presidente financeiro, Zaner disse que o clube está tomando todas as providên-cias para que as obras sejam expostas – atualmente, apenas a tela de Portinari está à mostra – “perfeitas”. Em 2004, o quadro O Esporte foi restaurado e “está guardado, sem problemas”. As telas ficarão no mesmo espaço, havendo unicamente a troca de posições.

ESTADO DE MINAS - p. 24 - 04.05.2011 pATrIMÔNIO

Mestres sob olhar coletivo

FOlhA DE Sp - p. A10 - 04.05.2011

Deputados paralisam Assembleia de Minas após fim de benefícioPagamentos de jetom elevava salários de R$ 28,3 mil para mais de R$ 30 mil por mês

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Se um casal se agredisse, de madrugada, em Alpinópolis há uma semana precisaria via-jar 80 km para registrar o Bole-tim de Ocorrência.

Isso porque o delegado re-gional de Passos havia deter-minado que os plantões das de-legacias de cerca de 20 cidades do Sul de Minas fossem feitos apenas durante o dia. Com isso, ocorrências que aconte-cessem após as 18h e nos finais de semana só poderiam ser re-gistradas em Passos, no Sul de Minas.

O juiz da Comarca de Alpinópolis, Roberto Carlos Menezes, emitiu um mandado judicial que obrigava o plantão de Alpinópolis a funcionar nor-malmente, fora dessa medida do delegado regional. “É um absurdo essa portaria que esse

delegado regional baixou.Se alguém presenciasse

uma briga de casal teria que ir até Passos, a 80 km daqui, para prestar o testemunho. Sem contar que, com isso a ci-dade ficaria sem policiamento, já que só temos uma viatura e dois policiais, que precisariam acompanhar os envolvidos na ocorrência até Passos”, contou indignado o magistrado.

Após a decisão do juiz, o delegado regional alterou o modelo de plantão, que pas-sou a funcionar em Alpinópo-lis. “Se (essa transferência) vai sobrecarregar o pessoal daqui não sei, mas o fato é que, pelo menos, em Alpinópolis tere-mos delegacia funcionando”, afirmou o juiz.

O Ministério Público Es-tadual recebeu uma liminar

determinando que o delegado regional de Passos, na mesma região, restabeleça de imedia-to o plantão diário (depois das 18h e nos finais de semana) e feriados na delegacia de Alpi-nópolis.

A questão do policiamen-to apontada pelo magistrado foi reconhecida pelo MPE, já que os policiais militares es-tariam comprometidos com o transporte dos envolvidos nas ocorrências até a delegacia de plantão. Com isso, a cidade de atuação desses militares fica-riam sem policiamento.

Se a determinação não for cumprida, o delegado deverá pagar multa diária de mil reais. Ele ainda pode ser indiciado por crime de desobediência e prática de ato de improbidade administrativa.

Da Redação - 3/05/2011 - 21:01

A Comissão de Direitos Huma-nos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e a Pastoral Carcerária do Estado devem apurar denúncias de maus-tratos contra presidiários da Penitenciária José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

“As reclamações são sobre maus-tratos, superlotação e preca-riedade na assistência médica. Se isso está acontecendo em vários lugares, temos que acompanhar”, afirmou a coordenadora da Pastoral, Maria de Lourdes Oliveira.

Segundo ela, foram os fami-liares dos detentos que fizeram as

reclamações. Maria de Lourdes conta que o problema enfrentado pelos presos é recorrente em uni-dades prisionais de todo o Estado. Um relatório deve ser apresentado à Comissão de Direitos Humanos no próximo dia 13.

Ainda de acordo com Maria de Lourdes, a visita de quarta-feira (4), que ainda não tem horário defi-nido, é para ouvir os presos, já que a reclamação partiu de familiares. “Somente eles podem nos dizer so-bre o que acontece atrás das grades. Na semana passada, fomos a vários presídios. Depois desta visita, va-mos fazer pelo menos mais duas para concluir os trabalhos”.

Uma audiência pública na ALMG está programada para a

próxima semana e vai colocar em pauta as dificuldades passadas pelos presidiários. “Eles fizeram greve de fome na segunda-feira. Recusaram almoçar e lanchar. Por isso, é im-portante ouvir o que eles têm para falar”.

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), nesta terça-feira (3) os detentos vol-taram a se alimentar normalmente. Além disso, segundo a assessoria, nenhuma reclamação foi registrada pela Subsecretaria de Administra-ção Prisional (Suapi).

Até que familiares, advogados ou os próprios presos não reivindi-quem melhorias ou apurações, a se-cretaria informou que nada poderá ser feito.

Comissão apura maus-tratos a presosNa próxima semana, audiência pública vai discutir a situação nos presídios em Minas

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O TEMpO - Mg - cONAMp - 04.05.2011

MPE obriga delegacia de Alpinópolis a funcionar nos fins de semana e depois das 18h

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Por Gabriela RochaCom a vigência do Projeto de

Lei 4.208/2001, que altera o Có-digo de Processo Penal, a prisão processual estará praticamente in-viablizada no Brasil. Essa é a con-clusão do desembargador Fausto Martin De Sanctis, exposta em artigo publicado pelo jornal Valor Econômico desta terça-feira (3/5). Especialistas criticam o projeto que agora só depende de sanção da presidente Dilma Rousseff para ser publicado.

No texto, o desembargador diz que “a prisão estará praticamente inviabilizada no país, já que se exi-ge a aplicação, pelo juiz, de um to-tal de nove alternativas antes dela, restringindo-a sensivelmente. O legislador resolveu “resolver”. O crime econômico e financeiro, em quase toda a sua extensão, ficou de fora. Aos olhos do legislador, o cri-me econômico não seria grave”.

Segundo o defensor público e professor da PUC-SP, Gustavo Junqueira, “nem de longe o proje-to vai inviabilizar a prisão proces-sual no país”. Ele explica que o PL prevê duas hipóteses iniciais e al-ternativas de cabimento desse tipo de pena: crimes dolosos punidos com pena máxima superior a qua-tro anos, e crimes praticados por reincidentes — já condenados por crime doloso em sentença transi-tada em julgado. Ou seja, “o que o projeto obsta, e tem bastante senti-do em fazê-lo, é a pena preventiva a réu primário, cuja pena máxima não supera quatro anos”.

O vice-presidente a Associa-ção Nacional dos Procuradores da República, Welington Cabral Sa-raiva, por sua vez, acredita que o projeto cria uma “armadilha lógi-

ca” para o MP conseguir demons-trar o cabimento da prisão proces-sual e o juiz decretá-la, já que a defesa “sempre poderá arguir que cabia medida cautelar alternativa no caso”.

Nesse sentido, o procurador alerta: “Se o Judiciário entender que o juiz deve demonstrar por-que incabível a aplicação de cada medida cautelar alternativa, vai ser praticamente impossível que o juiz decrete a prisão processual e ela seja mantida, a não ser em ca-sos muito graves, com circunstân-cias muito evidentes”.

Para o criminalista Celso Vilar-di, o que o PL 4.208 fez foi “criar formas alternativas à prisão pre-ventiva e dar mais possibilidades ao juiz na hora de decidir. Caso a caso, o juiz vai analisar se cabe ou não a prisão preventiva”. Segundo ele, a proposta é benéfica porque, “com o sistema carcerário absolu-tamente lotado, sem condições de manter tantos presos, permite que a prisão seja para quem realmente precisa estar preso”.cOlArINhO BrANcO

Quanto à afirmação, de De Sanctis, de que boa parte dos cri-mes econômicos e financeiros fo-ram “protegidos” das prisões pro-cessuais, Vilardi relembra que a Lei 7.492/1986 foi anunciada pelo então presidente da República, José Sarney, como uma norma que nasceu precisando de atualização.

O advogado entende que vá-rias condutas previstas na lei “poderiam ser resolvidas com a aplicação de pena alternativa e a multa. A prisão só deveria se justi-ficar quando houver prejuízo para outras pessoas, como acontece na gestão fraudulenta, por exemplo”.

Para explicar que os crimes econômicos não foram “favoreci-dos” pelo PL, o procurador da Re-pública e ex-presidente da ANPR Welington Saraiva consulta a Lei 7.492 e, prontamente, cita os arti-gos 2°, 3° e 4°, como exemplos de crimes para cujas práticas a prisão preventiva não será proibida se o projeto entrar em vigor. Nesse sentido, observa que “a prisão ain-da será possível em vários casos”.

O defensor público Gustavo Junqueira concorda com Sarai-va ao observar que a maior parte dos crimes dessa espécie tem pena máxima superior a quatro anos, e, portanto, são passíveis de ser apenados com prisão. O defensor nega que haja protecionismo aos crimes econômicos no projeto de lei. Para ele, o sistema em vigor já diferencia os pobres e os ricos quando, por exemplo, prevê prisão especial para quem tem melhores condições financeiras e, por outro lado, o juiz decreta prisão caute-lar para quem não tem residência ou emprego fixo como forma de evitar fuga. Junqueira reconhece que “essa valoração já é feita e não muda com o projeto, já que a lei não fala sobre residência fixa”, isso é fruto de interpretação.

Para o professor, longe de ser perfeito, o projeto é uma evolução no caminho de um Direito Proces-sual Penal mais respeitoso ao cida-dão. E, assim sendo, não lhe pare-ce que vá resolver todos os proble-mas, e acabar com todas as críticas relativas à prisão processual como instrumento pouco democrático, inclusive por manter a decretação dela por ofício.

Nesse ponto, o vice-presiden-te da ANPR concorda com o de-

cONSulTOr juríDIcO - Sp - cONAMp - 04.05.2011

Nova regra para prisão processual respeita o cidadão

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fensor e critica a manutenção, pelo PL, da possibilidade de decretação de prisão preven-tiva por ofício. Ele entende que isso é “contrário ao prin-cípio acusatório que a Consti-tuição Federal pretende esta-belecer no processo penal. O movimento judicial deve ser provocado pelas partes, para afastar função de acusar, que é privativa do MP (conforme artigo 129, inciso I da Consti-tuição) e julgar”.

CríticasQuanto a outros aspectos,

Saraiva acredita que “global-mente é um projeto mal feito, que decorre de uma visão pa-ternalista do processo penal”. Para explicar sua crítica, cita a medida cautelar alternativa prevista no inciso IV do artigo 319 do PL: “proibição de au-sentar-se do país em qualquer infração penal para evitar fuga, ou quando a permanência seja necessária para a investiga-ção ou instrução”. Para ele, se o juiz considera que existem indícios de que o réu preten-de fugir, essa medida é inútil. “Como se réu fosse criança com medo de advertência do juiz. Se há indícios, ele deve ser preso, porque a prisão é para garantir a aplicação da lei penal.”

Da mesma forma, recla-ma do inciso VIII, que prevê pagamento de “fiança, nas infrações que admitem, para assegurar o comparecimento aos atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência in-justificada a ordem judicial”. Saraiva entende que se o juiz

constata que o réu prejudica o andamento do processo ou que descumpriu alguma or-dem anterior, deve prendê-lo. “O réu rico poderá obstruir e descumprir à vontade porque isso não lhe causara conse-quencias processuais. É uma verdadeira desmoralização do processo judicial.”

JurisprudênciaPara a vice-presidente de

Direitos Humanos da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil), Renata Gil, o pro-jeto está em consonância com a jurisprudência das cortes superiores, “que só destinam a prisão processual a casos graves em que a periculosi-dade do réu é externada por reincidência ou gravidade do delito”. Nesse sentido, acre-dita que é a “primeira vez em que o Legislativo acompanha a jurisprudência”.

De modo geral, explica que a AMB encara o projeto de forma positiva “porque sa-bemos que, hoje, tudo o que for substituir a prisão, espe-cialmente cautelar, é salutar ao sistema de justiça e ao Ju-diciário, que está sobrecarre-gado”. Ela deixa claro que o que se busca é uma decisão e sanção definitivas, e, por isso, a celeridade processual é uma preocupação atual. Por conta disso, “a prisão cautelar não pode ser finalidade da perse-cução”.NATurEzA práTIcA

De acordo com Fabio To-fic, advogado criminalista e diretor do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), é evidente que a vigência do

PL não inviabilizará a prisão processual na prática, e ques-tiona: “se uma medida alter-nativa é tão eficaz quanto a prisão, por que lamentar que ela não pode ser usada?”.

Nesse sentido, observa que a prisão preventiva não é um fim em si mesmo, e que “lamentar que ela não possa ser usada é reconhecer que usa as medidas preventivas com caráter de pena”. Para ele, “se existem alternativas que podem acautelar o pro-cesso sem a necessidade de encarceramento provisório, não há razão que justifique não usá-las”.gArANTISMO

Segundo o promotor de Justiça e presidente da Asso-ciação Nacional dos Membros do Ministério Público, César Mattar Júnior, na prática, o PL “funcionará como garantismo às avessas. A regra passaria a ser medidas alternativas e não a prisão”. Por conta dis-so, acredita que “caminhamos na contramão da história e do que a sociedade precisa e exi-ge de quem esta incumbido de aplicar a justiça”.

Para Mattar Júnior, o as-sunto ainda precisa ser deba-tido, mas do jeito que está, “quem perderá serão as viti-mas, e o Ministério Público não pode compactuar com garantia excessiva àqueles que praticam delitos”. Nes-se sentido, não diferencia as consequências a crimes eco-nômicos ou não, e considera que os delitos, no geral, terão reprimendas relativizadas.

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STF garante vaga para Cunha Lima no Senado

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Ludymilla Sá Os dois clássicos da decisão do Campeonato Mineiro

entre Atlético e Cruzeiro serão novamente de uma só torci-da, como foi oficializado, ontem, pelos dirigentes dos dois clubes, representantes do Ministério Público, Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Federação Mineira de Fu-tebol (FMF). A preocupação é com a segurança dos torce-dores, que desde o fechamento do Mineirão para reforma e modernização com vistas à Copa do Mundo de 2014 e as obras no Independência, são obrigados a ir até Sete Lagoas. Daí esse procedimento.

Dessa vez, o alvinegro será o mandante e são esperados apenas atleticanos nas arquibancadas da Arena do Jacaré. O Cruzeiro mandará no jogo de volta. Apesar de a decisão já não ser novidade, atleticanos preferem a emoção das duas torcidas na arquibancada. “Eu não gosto disso. Bom são os dois torcedores no campo”, opina a maioria dos jogadores.

A venda de ingressos para o jogo na Arena do Jacaré começa hoje e vai até o meio-dia de domingo, dia do con-fronto. Cada torcedor poderá comprar até cinco bilhetes. Es-tudantes e maiores de 60 anos pagam a metade.

ESTADO DE MINAS - p.8 - ESpOrTES - 04.05.2011cAMpEONATO MINEIrO

Decidido: torcida só de um time

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FELIPE CARUSO - FLÁ-VIO FERREIRA - DE SÃO PAULO

Um estudo da Febraban (Federação Brasileira de Ban-cos) aponta que, na Justiça co-mum estadual e federal, me-tade dos processos que envol-vem os 11 maiores bancos do país são relativos aos planos econômicos do governo entre 1986 e 1991.

Esse quadro é um dos fa-tores que levam as instituições bancárias a ocupar a segunda posição entre os setores que mais atuam como autores ou réus na Justiça brasileira, se-gundo a Febraban.

O tema foi debatido on-tem, segundo dia do seminá-rio Cem Maiores Litigantes, promovido pela Folha e pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que reuniu as institui-ções com o maior número de processos no Judiciário.

O objetivo do evento foi discutir meios para diminuir a quantidade de causas no siste-ma judicial do país.

O levantamento da Fe-braban foi apresentado ontem pelo presidente da entidade, Murilo Portugal.

Segundo Portugal, o es-tudo mostra que “os bancos são demandados não por uma ação incorreta que tenham feito, mas simplesmente por cumprirem normas públicas”.

“Tenho a convicção de que não haverá outros planos econômicos como esses [de 1986 a 1991], portanto a fonte dessas causas vai se extinguir

quando resolvermos esses processos acumulados do pas-sado”, completou o presidente da Febraban.

O problema também é significativo para a Caixa Econômica Federal, segundo o diretor jurídico da institui-ção, Jaílton Zanon da Silveira. Ele afirmou que cerca de 50% das causas nas quais o banco é réu tiveram origem em ques-tões ligadas aos planos econô-micos.

O INSS (Instituto Nacio-nal do Seguro Social), que é o líder do ranking das cem instituições que mais utilizam o Judiciário, disse no seminá-rio que o órgão está adotando medidas que podem reduzir a quantidade de ações em que é parte.

Na lista dos cem maiores litigantes elaborada pelo CNJ, o INSS é autor ou réu em 22,3% dos processos. Depois aparecem no ranking a Cai-xa Econômica Federal, com 8,5%, e a Fazenda Nacional, com 7,4%

O presidente do INSS, Mauro Luciano Hauschild, disse que o órgão está procu-rando abrir novos pontos de atendimento além de ter ado-tado medidas para aumentar a eficiência na gestão de proces-sos e no atendimento à popu-lação, o que poderá diminuir o número de causas.

As cem instituições do ranking elaborado pelo CNJ estão presentes em cerca de 20% das 71 milhões de causas registradas pelo conselho até o fim de março de 2010.

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Número de processos tende a cair, dizem bancos Para Febraban, ações provocadas por planos econômicos estão perto do fim. Tema foi discutido durante

segundo dia do seminário Cem Maiores Litigantes, promovido pela Folha e pelo CNJ

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FOlhA DE Sp - p. c-5 - 04.05.2011

Tribunais têm 60 dias para atender o público das 9h às 18h Resolução do CNJ foi publicada anteontem; fóruns terão de se adaptar

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Renata Evangelista - RepórterOs quatro acusados de estuprar

e matar a estudante Laila Ribeiro, em 2002, na época com 17 anos, foram ab-solvidos pela Justiça, por unanimidade, na tarde desta terça-feira (3). Adeir da Silva Ramos, 30 anos; Marco Antônio Rabelo Gonçalves, 43; Wender Geraldo Valadares, 32; e Getúlio Ramos Pereira, 50, já haviam sido inocentados do crime em julgamento ocorrido no II Tribunal do Júri de Belo Horizonte, em novembro de 2009, e confirmado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mi-nas Gerais. A sessão desta terça-feira foi presidida pelos desembargadores Judimar Biber, Alberto Deodato e Flávio Leite.O crIME

A jovem foi assassinada na madru-gada do dia 23 de setembro de 2002, nas proximidades do Posto Tigrão, na Via Ex-pressa, em Contagem, Região Metropita-na de Belo Horizonte. Laila foi estuprada e asfixiada com um cadarço. Seu corpo foi localizado no dia seguinte, na Mata do Camargo, na capital. Familiares da vítima contaram que ela saiu de casa por volta de 1h30 para comprar gasolina para uma amiga. Porém, as duas não chegaram a se encontrar. Os quatros acusados trabalha-vam no posto onde Laila teria comprado o combustível. Os réus foram julgados por crime de homicídio duplamente qua-lificado.A DEFESA

Para advogado Dino Miraglia Filho, que defendeu Adeir Ramos, este resulta-do coloca por água abaixo toda a inves-tigação policial presidida pela delegada Maria Cristina Coeli, e principalmente a acusação ministerial dirigida pelo pro-motor Francisco Santiago. “Além dis-so, temos um outro problema social e cri-minal, pois além deste julgamento trazer alívio às famílias dos acusados, gera um verdadeiro terror na sociedade mineira e na família da vítima, haja vista que o as-sassino de Laila continua solto, e de ou-tras tantas mulheres assassinadas na mata da UFMG, do Camargo e das Borboletas, por exemplo”, declarou.

“A delegada que investigou o Caso Laila foi a mesma que recentemente acu-sou dois jovens encontrados mortos em uma Pousada da região metropolitana, de

homicídio e autoextermínio, quando na realidade morreram asfixiado por monó-xido de carbono expelido pela lareira”, lembrou o advogado. Os universitários Alessandra Paolinelli Barros, 22 anos, e Gustavo Laje Caldeira Ribeiro, 23 anos, foram encontrados mortos sobre a cama de um chalé da Estalagem do Mirante, em Brumadinho, em 17 de março deste ano. Um mês depois, laudo da Polícia Civil comprovou que o casal morreu intoxica-do.

hOjE EM DIA - ON lINE - 04.05.2011Acusados de matar estudante são absolvidos pela Justiça

Laila Ribeiro foi estuprada e asfixiada com um cadarço; seu corpo foi encontrado em uma mata de Belo Horizonte

A juíza Sabrina da Cunha Peixoto Ladeira, da Comarca de Itabirito, em Minas Gerais, vai analisar denúncia do Ministério Público Estadual con-tra a estudante de Direito Érika Pas-sarelli Vicentini Teixeira, de 29 anos. Ela é acusada de planejar a morte do pai, Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, em agosto, para ficar com o se-guro. Érica, que está foragida, o na-morado e o pai dele, que estão presos, podem ir a júri.

Acusados de assassinato são

absolvidosMATEUS RABELOOs quatro acusados de participação

no assassinato da estudante Laila Ribei-ro - encontrada morta na Mata do bairro Camargos, em 2002 - foram absolvidos ontem, por unanimidade, no Tribunal de Justiça mineiro.

O advogado dos acusados, Dino Miraglia Filho, comemorou o resultado do jultamento e criticou duramente as investigações que levaram seus clientes ao banco dos réus. O Ministério Públi-co informou que não pretende recorrer da decisão.

O TEMpO - p. 26 - 04.05.2011

O ESTADO DE S. pAulO - Sp cONAMp - 04.05.2011

Estudante acusada de matar o pai pode ir a júri

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