AFO EM EXERCÍCIOS TCU 2008 - Aula 07

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    Ateno.

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    ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA EM EXERCCIOS P/ TCUPROFESSOR DEUSVALDO CARVALHO

    AULA 07: EXERCCIOS DE ADMINISTRAO FINANCEIRA EORAMENTRIA

    Colega concursando!

    Com a prorrogao da data da prova aproveite a oportunidade pararevisar seus estudos ou conseguir assimilar contedos que aindacarecem de melhor entendimento. a oportunidade para voc fazer uma reviso com muitatranqilidade e tentar fixar os tpicos importantes.

    Desejo-lhe uma mente ILUMINADA na hora das provas e que asorte lhe acompanhe em todas as fases desse concurso, posto queat mesmo os candidatos preparados precisam de sorte, assim,espero, sinceramente, que ela esteja ao seu lado.

    Agradeo de corao a todos por estarmos juntos nessa empolgantejornada de concursos e tenham a certeza de que estou bastante gratopela convivncia, mesmo virtual, de pessoas que procuram o seuespao de forma democrtica e atravs do MRITO.

    V tranqilo(a) para a prova com a certeza de que fez a sua parte eque se no for desta vez porque existem pessoas mais preparadasdo que voc, ou seja, outros colegas que esto nessa batalha hanos.

    O importante no desistir porque existem bons concursos em vista,a exemplo da Polcia Federal.

    Assim, nunca desista no primeiro ou segundo tropeo! Levante econtinue a caminhada de cabea erguida, se assim fizer, cedo oumais tarde seus objetivos sero alcanados.

    Conforme anunciado na aula anterior, esta nota de aula contempla squestes de concursos de 2007/2008 (TCU e TST).

    Na prxima e ltima nota de aula continuaremos resolvendo orestante da ltima prova do TCU/2007 e mais questes de concursosde 2008.

    Ateno! No fim desta nota de aula estamos apresentando a lista comtodos os exerccios nela comentados, para que o aluno, a seu critrio,os resolva antes de ver o gabarito e ler os comentrioscorrespondentes.

    Vamos continuar o nosso estudo com o nimo de sempre egarantir

    alguns preciosos pontos na prova do TCU?

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    Lembrete! Antes de iniciar a resoluo dos exerccios deixe ao seualcance o material de consulta: livros, notas de aula, normas etc.

    Reflexo!"No procure felicidade dentro de outro ser humano e sim dentro do seu prprio corao. Muitas vezes ela est to perto que no conseguimos enxerg-la, pois o essencial invisvelaos olhos".

    Bom estudo!

    1. (CESPE Analista Judicirio Contabilidade TST/2008) Para finsde cumprimento da chamada regra de ouro da Lei deResponsabilidade Fiscal, computam-se tambm as operaes decrdito por antecipao de receitas, desde que liquidadas no mesmoexerccio em que forem contratadas.

    ResoluoAo Contrrio do que se afirma no comando da questo, asAntecipaes de Receitas Oramentrias - AROs NO so computadaspara efeito da regra de ouro, desde que liquidadas at o dia dezde dezembro de cada ano.Significa que as receitas de ARO PODERO ser includas entre asreceitas de capital quando no forem liquidadas at o dia dez dedezembro de cada ano.Essa incluso s para efeito de clculo, cujo objetivo verificar ocumprimento da regra de ouro pelo Ente Federado, portanto, em

    nenhuma hiptese as AROs so receitas de capital e nem receitasoramentrias.Item Errado.

    2. (CESPE Analista Judicirio Contabilidade TST/2008) Deacordo com a atual legislao brasileira, a Lei de DiretrizesOramentrias (LDO) dispor sobre as alteraes na legislaotributria, que, para todos os fins, no estaro sujeitas aos princpiosda anterioridade e da anualidade.

    ResoluoA LDO criao da Constituio de 1988. O Presidente da Repblicadeve enviar o projeto anual de LDO at oito meses e meio antesdo encerramento do exerccio financeiro e o Congresso Nacionaldever devolv-lo para sano at o encerramento do primeiroperodo da sesso legislativa, que no ser interrompida sem aaprovao do projeto (art. 57, 2 da CF).

    No Congresso, o projeto de LDO poder receber emendas, desde quecompatveis com o plano plurianual. As emendas sero apresentadasna Comisso Mista de Planos, Oramentos Pblicos e Fiscalizao

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    CMPOF, onde recebero parecer, sendo apreciadas pelas duas casasna forma do regimento comum.

    Da mesma forma que o PPA, o Presidente da Repblica poder enviarmensagem ao Congresso Nacional para propor modificaes no

    projeto de lei da LDO, enquanto no iniciada a votao na CMPOF, daparte cuja alterao proposta.

    O que a LDO estabelece?A LDO Compreende as metas e prioridades (MP) da administraopblica federal, incluindo as despesas de capital para o exercciofinanceiro subseqente. Orienta a elaborao da lei oramentriaanual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria eestabelecer sobre a poltica de aplicao das agncias financeirasoficiais de fomento.

    De acordo com o 2 do art. 165 da CF, a LDO dever:Compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo asdespesas de capital para o exerccio financeiro subseqente;

    Orientar a elaborao da Lei Oramentria Anual;

    Dispor sobre as alteraes na legislao tributria; e

    Estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento

    LDO

    Metas Prioridades

    Ainda existem outras matrias que podem ser tratadas naLDO:

    Estrutura e organizao dos oramentos;Disposies relativas dvida pblica federal;Disposies relativas s despesas da Unio com pessoal e encargos sociais;

    Disposies sobre a fiscalizao pelo Poder Legislativo e sobre as obras eservios com indcios de irregularidades graves; etc.O Governo poder inserir regras na LDO estabelecendo, por exemplo,que no sero destinados recursos na LOA para as obras emandamento com indcios de irregularidades apontadas pelo TCU.Assim, o governo estaria vinculando a destinao de recursossomente para aquelas obras que as irregularidades fossem sanadas.

    Essncia da LDO:A LDO o instrumento propugnado na Constituio Federal para fazera ligao (transio) entre o PPA (planejamento estratgico) e a leioramentria anual - LOA.

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    A Lei de Diretrizes Oramentrias tem por funo principal oestabelecimento dos parmetros necessrios alocao dos recursosno oramento anual, de forma a garantir, dentro do possvel, arealizao das diretrizes, objetivos e as metas contempladas no plano

    plurianual. papel primordial da LDO ajustar as aes de governo, previstas noPPA, s reais possibilidades de caixa do Tesouro Nacional.

    A LDO , em realidade, uma cartilha que direciona e orienta aelaborao do Oramento Geral do Ente Pblico, o qual deve estar,para sua aprovao, em plena consonncia com as disposies doPlano Plurianual.A LDO est sujeita ao princpio oramentrio da anualidade porqueestabelece as Metas e Prioridades de governo para o perodo de um

    ano.Porm, essa norma no se sujeita ao princpio da anterioridade, postoque entra em vigor no mesmo ano de sua elaborao e aprovao.Item Errado.

    3. (CESPE ACE/TCU 2007) Recursos que, em decorrncia de veto,emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficaremsem despesas correspondentes podero ser utilizados, conforme ocaso, mediante crditos especiais ou suplementares, com prvia eespecfica autorizao legislativa.

    ResoluoO 8 do art. 166 da Constituio Federal estabelece a seguinteregra: 8 - Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficarem sem despesas correspondentes podero serutilizados, conforme o caso, mediante crditos especiais ou suplementares, comprvia e especfica autorizao legislativa.A situao prevista no 8 do artigo 166 da constituio Federalestabelece, em realidade, uma fonte de recursos destinada aberturade crditos adicionais com regramento constitucional.

    A Lei n. 4.320/64 estabelece que a abertura dos crditossuplementares e especiais dever ser justificada e com indicao dasfontes de recursos.

    Atualmente as fontes de recursos esto estabelecidas na ConstituioFederal, na Lei n 4.320/64, LOA e na LRF.

    As fontes de recursos previstas na legislao acima citada so:1. Supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccio anterior,encerrado em 31/12 (art. 43, 1, inciso I, da Lei n 4.320/64).

    2. Os provenientes de excesso de arrecadao (art. 43, 1, inciso II, da Lei n4.320/64).

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    3. Os resultantes de anulao parcial ou total de dotaes oramentrias ou decrditos adicionais, autorizados em Lei (art. 43, 1, inciso III, da Lei n4.320/64);

    4. O produto de operaes de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiz-las (art. 43, 1, inciso IV, da Lei n4.320/64).

    5. Os resultantes da reserva para contingncias, estabelecido na LOA (art. 5,inciso III, alnea b, da LRF).

    6. Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do projetode lei oramentria anual, ficarem sem despesas correspondentes, desdeque haja prvia e especfica autorizao legislativa (art. 166, 8, da CF).

    Vejamos um exemplo da situao apresentada na questo, fonte derecursos n 6 do quadro acima:

    Suponha a seguinte situao hipottica:

    O Projeto de Lei da LOA encaminhado ao CN da seguinte forma:

    Receitas previstas 100Tributria 50De contribuies 30Operaes de crdito 20Despesa fixada 100Pessoal e encargos sociais 50Obras pblicas 20Inverses financeiras 20Pagamento de dvidas 10

    Vamos supor agora que o projeto de lei foi alterado por emenda de

    parlamentar, sendo rejeitado o pagamento de dvidas de $ 10apresentado pelo Executivo e aprovado conforme a seguirdemonstrado:

    Assim sendo, a LOA foi aprovada e encaminhada para sano ou vetodo Presidente da Repblica da seguinte forma:

    Receitas previstas 100Tributria 50De contribuies 30Operaes de crdito 20Despesa fixada 90Pessoal e encargos sociais 50Obras pblicas 20Inverses financeiras 20Pagamento de dvidas ---

    Nessa situao, no oramento aprovado a receita ficou maior, ouseja, existe uma sobra de recursos de $ 10.

    Conforme o art. 166, 8 da CF, esse valor poder ser utilizadocomo fonte de recursos para a abertura de crditos especiais ousuplementares, com prvia e especfica aprovao legislativa.

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    Se o Executivo resolver utilizar essa fonte de recursos para utilizaoem obras pblicas, mediante abertura de crdito suplementar de $10 e com prvia e especfica aprovao legislativa e supondo que nohouve nenhuma outra alterao na LOA, no momento da abertura, ooramento ficaria assim:

    Receitas previstas 100Tributria 50De contribuies 30Operaes de crdito 20Despesa fixada (dotao atualizada) 100Pessoal e encargos sociais 50Obras pblicas 30Inverses financeiras 20Observe que a dotao para obras pblicas era de $ 20 e com aabertura do crdito adicional suplementar de $ 10 essa dotaopassou para $ 30.

    Ateno! O termo com prvia e especfica aprovao legislativasignifica que o Executivo dever obter do legislativo especficaautorizao para utilizar essa sobra de recursos, ou seja, naautorizao dever ser especificado onde e quanto o governo deverutilizar o recurso.

    Essa fonte de recursos altera o oramento? O assunto polmico!Entretanto entendo que no h alterao da LOA, mas apenasrecomposio da situao anterior (projeto de lei).

    Pode-se verificar que com a alterao da LOA no CN, o oramento

    ficou desequilibrado. Tambm, o governo no est obrigado a utilizaressa fonte de recurso.

    Entendo que para fins de concurso dificilmente ser cobrado umquestionamento no pacfico na doutrina.

    Item Certo.

    A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 11, classifica a receitaoramentria em duas categorias econmicas: receitas correntes ereceitas de capital. Com a Portaria Interministerial STN/SOF n.338/2006, essas categorias econmicas foram detalhadas em receitascorrentes intra-oramentrias e receitas de capital intra-oramentrias. A respeito da funo das receitas intra-oramentrias,julgue o prximo item.

    4. (CESPE ACE/TCU 2007) Como se destinam ao registro dereceitas provenientes de rgos pertencentes ao mesmo oramentodo ente pblico, as contas de receitas intra-oramentrias no tm amesma funo da receita original, sendo criadas a partir de baseprpria pela Secretaria do Tesouro Nacional.

    Resoluo

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    As receitas correntes e de capital intra-oramentrias soclassificadas da mesma forma que as receitas correntes e decapital, ou seja, das receitas originais. Porm, atendem especificidade de se referirem a operaes entre rgos, fundos,autarquias, fundaes, empresas estatais dependentes e outras

    entidades integrantes dos oramentos fiscal e da seguridade social damesma esfera governamental. A verdadeira funo de tais receitas registrar operaes entre rgos do mesmo Ente Federado.

    Essas receitas no so criadas a partir de base prpria pela Secretariado Tesouro Nacional, mas sim a partir da codificao abaixo:7000.00.00 Receitas Correntes Intra-Oramentrias;8000.00.00 Receitas Intra-Oramentrias de Capital

    Observe as regras da Portaria Interministerial STN/SOF n.338/2006:Art. 1o Definir como intra-oramentrias as operaes que resultem de despesas dergos, fundos, autarquias, fundaes, empresas estatais dependentes e outrasentidades integrantes dos oramentos fiscal e da seguridade social decorrentes daaquisio de materiais, bens e servios, pagamento de impostos, taxas econtribuies, quando o recebedor dos recursos tambm for rgo, fundo,autarquia, fundao, empresa estatal dependente ou outra entidade constantedesses oramentos, no mbito da mesma esfera de governo.

    Art. 2o Incluir as seguintes classificaes em nvel de categoria econmica no Anexo I da Portaria Interministerial STN/SOF no 163, de 4 de maio de 2001,destinadas ao registro das receitas decorrentes de operaes intra-oramentrias:I - 7000.00.00 Receitas Correntes Intra-Oramentrias; eII - 8000.00.00 Receitas de Capital Intra-Oramentrias.

    1o A natureza de receita intra-oramentria deve ser constituda substituindo-seo 1o nvel das categorias econmicas 1 ou 2 pelos dgitos 7, se receita intra-oramentria corrente ou 8, se receita intra-oramentria decapital, mantendo-se o restante da codificao.

    2o As classificaes ora includas no constituem novas categoriaseconmicas de receita, mas especificaes das categorias econmicas corrente ede capital.Item ERRADO.

    A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 11, classifica a receitaoramentria em duas categorias econmicas: receitas correntes ereceitas de capital. Com a Portaria Interministerial STN/SOF n.o338/2006, essas categorias econmicas foram detalhadas em receitascorrentes intra-oramentrias e receitas de capital intra-oramentrias, constituindo, assim, contrapartida das despesas intra-oramentrias. Com relao ao efeito das contas de natureza intra-oramentria na consolidao das contas pblicas, julgue o itemabaixo.

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    5. (CESPE ACE/TCU 2007) Com o novo detalhamento, asdespesas e receitas intra-oramentrias podero ser identificadas demodo que se anulem os efeitos das duplas contagens decorrentes desua incluso no oramento.

    ResoluoLegalmente as receitas oramentrias so classificadas em doisgrandes grupos ou categorias econmicas: Receitas Correntes eReceitas de Capital (art. 11, da Lei n 4.320/64).

    A categoria econmica da receita representa o 1 Nvel e utilizado para mensurar o impacto das decises do Governo naeconomia nacional (formao de capital, custeio, investimentos etc.). codificada e subdividida da seguinte forma:1. Receitas correntes;

    2. Receitas de capital;7. Receitas correntes intra-oramentrias;8. Receitas de capital intra-oramentrias.

    Fique atento! O Manual de Procedimentos da Receita Pblicaaprovado pela Portaria Conjunta n. 2, de 08 de agosto de 2007inovou e incluiu nas categorias econmicas da receita: Receitascorrentes intra-oramentrias e as Receitas de capital intra-oramentrias, porm, conforme a Portaria InterministerialSTN/SOF n. 338/2006, que altera o Anexo I da PortariaInterministerial STN/SOF n. 163/2001, as mesmas no constituamnovas categorias econmicas da Receita, mas sim classificadas nomesmo nvel.

    Receitas Correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitasoriundas do poder impositivo do Estado e so as seguintes:tributria e de contribuies; da explorao de seu patrimnio patrimonial; da explorao de atividades econmicas - agropecuria,industrial e de servios; as provenientes de recursos financeirosrecebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado, quandodestinadas a atender despesas classificveis em despesas correntes

    transferncias correntes; e as demais receitas que no se enquadramnos itens anteriores outras receitas correntes.

    Segundo o Manual de Procedimentos da Receita Pblica:So os ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades operacionais,para aplicao em despesas correspondentes, tambm em atividades operacionais,que no decorre de uma mutao patrimonial, ou seja, so receitas efetivas.

    Receitas de Capital: de acordo com o art. 11, 2 da Lei n4.320/64, com redao dada pelo Decreto-Lei n 1.939/82, so asseguintes:

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    Provenientes da realizao de recursos financeiros oriundos deconstituio de dvidas; da converso, em espcie, de bens e direitos;os recursos recebidos de outras pessoas de direito pblico ou privado,destinados a atender despesas classificveis em despesas de capitale, ainda, o supervit do oramento corrente.

    As receitas de capital so representadas por mutaes patrimoniaisque nada acrescentam ao patrimnio pblico, s ocorrendo uma trocade elementos patrimoniais, isto , um aumento no sistema financeiro(entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial(sada do patrimnio em troca de recursos financeiros).Segundo o Manual de Procedimentos da Receita Pblica:So os ingressos de recursos financeiros oriundos de atividades operacionais ouno operacionais para aplicao em despesas operacionais, correntes ou de capital,visando ao alcance dos objetivos traados nos programas e aes de governo. Sodenominados receita de capital porque so derivados da obteno de recursos

    mediante a constituio de dvidas, amortizao de emprstimos e financiamentosou alienao de componentes do ativo permanente, constituindo-se em meios paraatingir a finalidade fundamental do rgo ou entidade, ou mesmo, atividades nooperacionais visando ao estmulo s atividades operacionais do ente.Importante! Cabe ainda destacar a distino entre receita de capitalereceita financeira.

    O conceito de receita financeira surgiu com a adoo pelo Brasil dametodologia de apurao do resultado primrio, oriundo de acordoscom o Fundo Monetrio Internacional - FMI. Assim sendo, passou-sea denominar como receitas financeiras quelas receitas que no so

    consideradas na apurao do resultado primrio, como as derivadasde aplicaes no mercado financeiro ou da rolagem e emisso dettulos pblicos, assim como as provenientes de privatizaes, entreoutras.

    Receitas Intra-OramentriasConforme comentado, a Lei n 4.320/64, em seu artigo 11, classificaa receita pblica oramentria em duas categorias econmicas:Receitas Correntes e Receitas de Capital.

    Com a edio da Portaria Interministerial STN/SOF n 338 de 26 deabril de 2006, essas categorias econmicas foram detalhadas em:Receitas Correntes Intra-Oramentrias e Receitas de CapitalIntra- Oramentrias.

    Essa especificao deveu-se necessidade de se evidenciar asreceitas decorrentes de operaes intra-oramentrias, ou seja,operaes que resultem, de um lado, de despesa de rgos, fundosou entidades integrantes dos oramentos fiscal e da seguridadesocial, e, de outro lado, receita de outros rgos, fundos ou entidades

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    tambm constantes desses oramentos no mbito da mesma esferade governo.

    Portanto, receita de operaes intra-oramentrias so ingressosoriundos de operaes realizadas entre rgos e demais entidades da

    administrao pblica integrantes dos oramentos de uma mesmaesfera de governo.

    As receitas intra-oramentrias constituem contrapartida dasdespesas realizadas na Modalidade de Aplicao 91 aplicao diretadecorrente de operao entre rgos, fundos e entidades integrantesdos oramentos fiscal e da seguridade social, includa na PortariaInterministerial STN/SOF n 163/2001 pela Portaria InterministerialSTN/SOF n 688, de 14 de outubro de 2005.

    Assim sendo, na consolidao das contas pblicas, essas despesas ereceitas podero ser identificadas, de modo que se anulem osefeitos das duplas contagens decorrentes de sua incluso nooramento.

    Receitas Correntes Intra-Oramentrias: Receitas correntes dergos, fundos, autarquias, fundaes, empresas estataisdependentes e outras entidades integrantes dos oramentos fiscal eda seguridade social decorrentes do fornecimento de materiais, bense servios, recebimentos de impostos, taxas e contribuies, alm deoutras operaes, quando o fato que originar a receita decorrer dedespesa de rgo, fundo, autarquia, fundao, empresa estataldependente ou outra entidade constante desses oramentos, nombito da mesma esfera de governo.

    As receitas correntes intra-oramentrias sero classificadas damesma forma das receitas correntes. Porm, atendem especificidade de se referirem a operaes entre rgos, fundos,autarquias, fundaes, empresas estatais dependentes e outrasentidades integrantes dos oramentos fiscal e da seguridade social damesma esfera governamental.

    Receitas de Capital Intra-Oramentrias: Receitas de capital dergos, fundos, autarquias, fundaes, empresas estataisdependentes e outras entidades integrantes dos oramentos fiscal eda seguridade social decorrentes do fornecimento de materiais, bense servios, recebimentos de impostos, taxas e contribuies, alm deoutras operaes, quando o fato que originar a receita decorrer dedespesa de rgo, fundo, autarquia, fundao, empresa estataldependente ou outra entidade constante desses oramentos, nombito da mesma esfera de governo.

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    As receitas de capital intra-oramentrias so classificadas da mesmaforma que as receitas de capital. Porm, atendem especificidade dese referirem a operaes entre rgos, fundos, autarquias,fundaes, empresas estatais dependentes e outras entidadesintegrantes dos oramentos fiscal e da seguridade social da mesma

    esfera governamental.

    As rubricas das receitas intra-oramentrias devero ser identificadasa partir dos seguintes cdigos:7000.00.00 Receitas Correntes Intra-Oramentrias;8000.00.00 Receitas Intra-Oramentrias de Capital

    O mecanismo de formao do cdigo dessas receitas consiste emsubstituir a categoria econmica da natureza pelos dgitos 7, sereceita intra-oramentria corrente, e 8, se receita intra-

    oramentria de capital. Os demais nveis devero ser mantidos,conforme a conta original.Importante! Esses novos conceitos de receita podem ser novidade emconcursos! Se for cobrado nos prximos concursos acredito quepoucos acertaro.

    Portanto, a codificao da categoria econmica da receitaoramentria est estabelecida da seguinte forma: (1) para receitascorrentes, (2) para receitas de capital, (7) Receitas correntes intra-oramentrias e (8) para as Receitas de capital intra-oramentrias.Item CERTO.

    A classificao funcional da despesa composta de um rol de funese subfunes prefixadas. A subfuno representa uma partio dafuno, com o objetivo de agregar determinado subconjunto dedespesa no setor pblico. Acerca da relao entre as funes esubfunes, julgue o item seguinte.

    6. (CESPE ACE/TCU 2007) As subfunes no podero sercombinadas com funes diferentes daquelas s quais estejamvinculadas.

    ResoluoA classificao funcional (por funes e subfunes) da despesa buscaresponder basicamente indagao em que rea de aogovernamental a despesa ser realizada.

    Cada atividade, projeto e operao especial identificar a funo e asubfuno s quais se vinculam as despesas.

    Importante! Principalmente o trecho em negrito! A classificao

    funcional representada por cinco dgitos. Os dois primeiros referem-

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    se funo, que pode ser traduzida como o maior nvel deagregao das diversas reas de atuao do setor pblico. Afuno est relacionada com a misso institucional do rgo, porexemplo, cultura, educao, sade, defesa etc. que guarda relaocom os respectivos Ministrios.

    Exemplificao dos dgitos:Dgitos Funo Subfuno1/2 - 12 Educao

    3/4/5 - dgitos361 Ensino fundamental;362 Ensino mdio;363 Ensino profissional;364 Ensino superior;365 - Educao Infantil366 - Educao de Jovens e Adultos367 - Educao Especial

    A atual classificao funcional foi instituda pela Portaria n 42 de 14de abril de 1999, do ento Ministrio do Oramento e Gesto, atualMPOG e composta de um rol de funes e subfunes prefixadas,que servem como agregador dos gastos pblicos por rea de aogovernamental nas trs Esferas de Governo.

    Trata-se de uma classificao independente dos programas detrabalho. Por ser de aplicao comum, essa classificao obrigatriano mbito dos Municpios, dos Estados, do Distrito Federal e daUnio, cuja finalidade permitir a consolidao nacional dos gastosdo setor pblico.

    O que funo e subfuno da despesa?Repetindo! A funo representa o maior nvel de agregao dasdiversas reas de despesa que competem ao setor pblico.

    Inclusive, no Balano Financeiro a despesa dever ser classificada porfuno, que seu maior nvel de agregao. A partir da funo adespesa dividida em categoria econmica, grupo de natureza dadespesa, e assim sucessivamente, ou seja, tudo bem

    organizadinho.No se esquea!

    Funo Maior nvel de agregao da despesa.

    No balano financeiro A despesa dever ser classificada por funo.

    A subfuno representa uma partio da funo, visando agregardeterminado subconjunto de despesas do setor pblico e identificar anatureza bsica das aes que se aglutinam em torno das funes.

    A subfuno representa um nvel de agregao imediatamenteinferior funo e deve evidenciar cada rea da atuao

    governamental, por intermdio da agregao de determinado

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    subconjunto de despesas e identificao da natureza bsica das aesque se aglutinam em torno das funes.

    Ateno! As subfunes podem ser combinadas com funesdiferentes daquelas s quais esto relacionadas na Portaria n.

    42/99.As aes devem estar sempre conectadas s subfunes querepresentam sua rea especfica.

    Regra da matricialidadeExiste tambm a possibilidade de matricialidade na conexo entrefuno e subfuno, ou seja, combinar qualquer funo comqualquer subfuno, mas no na relao entre ao e subfuno.Deve-se adotar como funo aquela que tpica ou principal dorgo.

    Assim, a programao de um rgo, via de regra, classificada emuma nica funo, ao passo que a subfuno escolhida de acordocom a especificidade de cada ao.A exceo matricialidade encontra-se na funo 28 EncargosEspeciais e suas subfunes tpicas que s podem ser utilizadasconjugadas.

    Exemplificando as funes e subfunes

    Funes Subfunes (partio da funo)

    01 Legislativa 031 ao legislativa032 controle externo

    02 Judiciria 061 ao judiciria062 defesa do interesse pblico no processo judicirio301 ateno bsica

    10 Sade

    Item ERRADO.

    302 assistncia hospitalar e ambulatorial-----304- vigilncia sanitria

    7. (CESPE ACE/TCU 2007) Os crditos adicionais so autorizaes

    de despesa no computada ou insuficientemente dotada na Lei deOramento, classificando-se, entre eles, os crditos especiais. Essescrditos tm por finalidade atender a despesas imprevisveis eurgentes e exigem tramitao diversa da aplicada aos demaiscrditos adicionais.

    ResoluoA Lei n. 4.320/64 regulamenta a matria acerca dos crditosadicionais da seguinte forma:Art. 40. So crditos adicionais as autorizaes de despesas no computadas ouinsuficientemente dotadas na Lei de Oramento.Art. 41. Os crditos adicionais classificam-se em:

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    I - suplementares, os destinados a reforo de dotao oramentria;II - especiais, os destinados a despesas para as quais no haja dotaooramentria especfica;III - extraordinrios, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso deguerra, comoo intestina ou calamidade pblica.Art. 42. Os crditos suplementares e especiais sero autorizados por lei e abertos

    por decreto executivo.Art. 43. A abertura dos crditos suplementares e especiais depende da existnciade recursos disponveis para ocorrer despesa e ser precedida de exposiojustificativa

    O 3 do art. 167 da Constituio federal estabelece que a aberturade crdito extraordinrio somente ser admitida para atender adespesas imprevisveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,comoo interna ou calamidade pblica, observado o disposto no art.62 (abertura por medida provisria na Unio ou nos estados em

    que suas constituies admitem a edio de MP).

    Analisando a legislao acima transcrita pode-se verificar que oscrditos adicionais tm por finalidade:

    Suplementares So destinados a reforo de dotao oramentria, ouseja, reforar uma dotao existente na LOA.So destinados a atender despesas para as quais no

    Especiais

    Extraordinrios

    haja dotao oramentria especfica, ou seja, despesasno dotadas ou no inseridas quando da aprovao daLOA.Segundo a CF somente ser admitido para atender adespesas imprevisveis e urgentes, como as decorrentesde guerra, comoo interna ou calamidade pblica,observado o disposto no art. 62.

    Observe que o comando da questo afirma que os crditos especiais:tm por finalidade atender a despesas imprevisveis e urgentes eexigem tramitao diversa da aplicada aos demais crditosadicionais.Essa afirmao falsa porque o texto refere-se aos crditosextraordinrios.Item ERRADO.

    8. (CESPE ACE/TCU 2007) Conforme os efeitos produzidos, ouno, no patrimnio lquido, a receita oramentria pode serclassificada como efetiva ou no-efetiva.

    ResoluoEsses termos (receita efetiva e no-efetiva) tm visitado bastante asprovas de concursos!A receita pblica efetiva a receita oramentria que provocaalterao positiva na situao lquida patrimonial, no momento doreconhecimento da receita.

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    A receita pblica no efetiva a receita oramentria que noaltera a situao lquida patrimonial no momento do seureconhecimento.

    Interpretao dos termos:

    As receitas efetivas possuem as seguintes caractersticas prpriasque as identificam:1. Ingressos de disponibilidades de recursos no foram precedidosde registro de reconhecimento do direito.

    Exemplo: As receitas provenientes de crdito inscrito na dvida ativae de amortizao de emprstimos foram precedidas de registrocontbil de reconhecimento de direito. Ou seja, antes de suaarrecadao a administrao pblica procedeu ao registro de umdireito a receber. Portanto as receitas oriundas da dvida ativa e

    amortizao de emprstimos concedidos so receitas oramentriasno-efetivas. Importante! A receita da dvida ativa classificada nacategoria econmica receitas correntes outras receitas correntes.

    2. No constituem obrigaes correspondentes.Exemplo: As receitas de capital originadas de operaes de crditogeram obrigaes para a administrao pblica, posto querepresentam dvidas contradas para a realizao de despesaspblicas. Assim sendo, so receitas no-efetivas.

    Pode-se perceber, a partir dos conceitos acima, que todas as receitascorrentes, exceto aquelas provenientes de crditos inscritos na dvidaativa, so receitas efetivas e as receitas de capital, no-efetivas.

    Caractersticas das receitas efetivas:Ingresso de recursos no precedidos de registro de reconhecimento de direito;Receita arrecadada sem obrigaes ou correspondncias passivas;Basicamente arrecadada de forma contnua e permanente, exceo quanto sreceitas financeiras;Incluem-se basicamente todas as receitas correntes, exceto as provenientes dadvida ativa;Altera a situao lquida patrimonial, posto que se trata de fato modificativo.

    Caractersticas das receitas no efetivas:Ingresso de recursos precedidos de registro de reconhecimento de direito;Receita arrecadada com obrigaes ou correspondncias passivas;Arrecadao espordica ou no permanente;Receitas arrecadadas por mutao patrimonial;Incluem-se basicamente todas as receitas de capital, tais como emprstimos(operaes de crdito), amortizao de emprstimos concedidos, alienao debens, inclusive privatizaes etc.;No altera a situao lquida patrimonial, posto que se trata de fato permutativo.Concluso: conforme os efeitos produzidos, ou no, no patrimnio

    lquido (saldo patrimonial), a receita oramentria pode ser

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    classificada como efetiva ou no-efetiva, sendo que a efetiva altera opatrimnio lquido e a receita no efetiva, NO altera.Item CERTO.

    Com relao competncia para legislar sobre oramento, julgue o

    item que se segue.

    9. (CESPE ACE/TCU 2007) Atualmente, compete Unio, aosestados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre ooramento, limitando-se a Unio a estabelecer normas gerais ecabendo aos estados exercer competncia suplementar.

    ResoluoEm obedincia ao princpio constitucional da LEGALIDADE osinstrumentos de planejamento da administrao pblica (PPA, LDO e

    LOA) devem ser apreciados pelo Poder Legislativo.A Constituio Federal determina que as matrias oramentriasdevem ser estabelecidas mediante leis de cada Ente da Federao.Assim sendo, a matria oramentria obrigatoriamente tem que serestabelecida por lei. A competncia oramentria a qual estamos nosreferindo resume-se ao poder de editar as leis que tratam de matriaoramentria.

    A competncia para legislar sobre Direito Financeiro no Brasil concorrente entre a Unio, Estados e Distrito Federal.

    Ateno! No estamos falando de competncia para criar uma receitatributria (que a competncia tributria), mas sim de umacompetncia para editar leis que tratam de matria oramentria. Essacompetncia est prevista, inicialmente, no art. 24 daConstituio.

    Trata-se da competncia concorrente para legislar sobre DireitoFinanceiro (tributrio), atribuda Unio, aos estados e ao DF.Observem os dispositivos que nos interessam no momento:Art. 24. Compete Unio, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

    concorrentemente sobre:I - direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico e urbanstico;.......... 1 - No mbito da legislao concorrente, a competncia da Unio limitar-se- aestabelecer normas gerais. 2 - A competncia da Unio para legislar sobre normas gerais no exclui acompetncia suplementar dos Estados. 3 - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercero acompetncia legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4 - A supervenincia de lei federal sobre normas gerais suspende a eficcia dalei estadual, no que lhe forcontrrio.

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    Observe que no mbito da competncia concorrente no estoincludos os municpios. Isso no significa que eles no tenhamcompetncia para legislar sobre Oramento. Eles tm, sim, com baseno art. 30, incisos I e II, da Constituio:Observe:

    Art. 30. Compete aos Municpios:I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislao federal e a estadual no que couber;Para fins de concursos no podemos afirmar que os municpioslegislem concorrentemente com a Unio, os estados e o DF sobreoramento. Eles legislam sobre oramento, mas exercendo umacompetncia suplementar ou supletiva, fundada no art. 30 daConstituio, que no se insere no mbito da competnciaconcorrente.

    A competncia concorrente segue a sistemtica descrita nos 1 a

    4 do art. 24, a saber:1) Unio compete estabelecer normas gerais;2) Aos estados e DF compete suplementar as normas gerais daUnio, mediante lei prpria de cada um;3) Caso no existam, ou deixem de existir, as normas gerais daUnio, os estados e o DF exercero a competncia legislativa plena,para atender a suas peculiaridades. Cada um editar leis sobrenormas gerais que obrigaro somente a eles prprios. A lei denormas gerais de cada estado e do DF, entretanto, no deverobservncia a nenhuma outra, exatamente porque no existe, ou

    deixou de existir, a lei da Unio sobre normas gerais. isso que otexto constitucional quer dizer com exercer a competncia legislativaplena.4) A supervenincia de lei federal sobre normas gerais suspende aeficcia da lei estadual ou do DF, no que lhe for contrrio. Explica-se:suponhamos que, na inexistncia de lei federal (ou nacional, comoparte da doutrina prefere chamar), o estadoYeditou integralmentesua lei de normas gerais. Mais tarde, editada uma lei de normasgerais da Unio. Nesse caso, a lei estadual de normas gerais, editadano uso da competncia plena decorrente da inexistncia anterior de

    norma geral federal, ficar suspensa no que for contrria leifederal de normas gerais que foi editada depois. No se trata derevogao. Trata-se de suspenso de eficcia. No revogaoporque no existe hierarquia entre as pessoas polticas.

    Uma lei federal no pode revogar uma lei estadual ou municipal. Umalei estadual no pode revogar uma lei municipal ou federal.

    Concluso: Compete Unio, aos estados e ao Distrito Federallegislar concorrentemente sobre o oramento, limitando-se a Unio aestabelecer normas gerais e cabendo aos estados exercercompetncia suplementar.

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    Item CERTO.

    O legislador definiu para a execuo financeira aplicada administrao pblica brasileira o regime misto, ou seja, o regime decompetncia para as despesas e de caixa para as receitas, conforme

    disposto no art. 35 da Lei n.o 4.320/1964. Contudo, o registro dodireito se dar no momento do fato gerador, em observncia aosprincpios da competncia e da oportunidade.Acerca desse entendimento, julgue o item abaixo.

    10. (CESPE ACE/TCU 2007) No momento da arrecadao, o entedever registrar no sistema oramentrio a receita pelo regime decaixa e, ao mesmo tempo, proceder baixa do ativo anteriormenteregistrado.

    ResoluoO comando da questo no menciona a que tipo de receita se refere,se corrente ou de capital, efetiva ou no-efetiva.

    De acordo com os conceitos contbeis e oramentrios estabelecidos,a Receita Oramentria pode ou no provocar variao na situaopatrimonial lquida.

    Assim, conforme os efeitos produzidos ou no no Patrimnio Lquido,a Receita Oramentria pode ser efetiva ou no-efetiva.

    A 4 Edio/2007 do manual de procedimentos da receita pblicaaplicado Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, elaboradopela Secretaria do Tesouro Nacional, assim estabelece acerca dareceita efetiva e no-efetiva e sua classificao:A Receita Oramentria Efetiva aquela que provoca alterao positiva nasituao lquida patrimonial, no momento do reconhecimento da receita.A Receita Oramentria No-efetiva aquela que no altera a situao lquidapatrimonial no momento do seu reconhecimento.Arrecadao da Receita a aplicao do regime oramentrio de caixa descrito no art. 35 da Lei n4.320/64, que resulta em registro contbil em contas dos sistemas oramentrio e

    financeiro, do ingresso de recursos entregues pelos contribuintes ou devedores,provenientes de receitas reconhecidas anteriormente ou no momento dorecebimento.Classificao da Receita o processo de classificao da receita arrecadada de acordo com o art. 11 da Lein 4.320/64. Resulta em registro contbil nas naturezas de receitas oramentriasem contrapartida ao ingresso financeiro.Recolhimento da Receita o depsito, na conta do Tesouro, relativo ao produto da arrecadao de receitas,que resulta em registro contbil, e a compatibilizao ou conciliao com a receitaclassificada.

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    Entendemos que Receita Pblica Efetiva aquela em que os ingressosde disponibilidades de recursos no foram precedidos de registrode reconhecimento do direito e no constituem obrigaescorrespondentes e, por isso, alteram a situao lquida patrimonial.

    A Receita Pblica No-Efetiva aquela em que os ingressos dedisponibilidades de recursos foram precedidos de registro doreconhecimento do direito e, por isso, no alteram a situaolquida patrimonial.

    Analisando as informaes acima pode-se perceber que o comandoda questo se refere a um tipo de receita no-efetiva, haja vista queexiste meno de que na arrecadao da receita existe a baixaconcomitante do ativo anteriormente registrado.Esses seriam exemplos clssicos de arrecadao de receita de capital

    provenientes da alienao de bens ou da amortizao de dvidas, nasquais pelas suas arrecadaes haveria registro da receita econcomitante registro da sada dos bens e desaparecimento do direitoa receber no ativo do rgo.

    Caso fosse o recebimento de receitas correntes provenientes detributos, por exemplo, no existe nenhuma baixa de ativoanteriormente registrado.

    Ateno! A receita tributria proveniente de dvida ativa no efetivaporque quando de seu recebimento existe baixa do direito a receberdo ativo permanente.

    O CESPE apresentou gabarito CERTO, porm, entendo que essaquesto deveria ter sido anulada porque o comando da questo noinforma o tipo de receita arrecadada, deixando apenas implcito deque se trata de receita no efetiva.

    11. (CESPE ACE/TCU 2007) O Sistema de Contabilidade Federalcompreende as atividades de registro, de tratamento e de controledas operaes relativas administrao oramentria, financeira e

    patrimonial da Unio, com vistas elaborao das demonstraescontbeis.Os rgos setoriais desse sistema sujeitam-se orientao normativae superviso tcnica do Ministrio do Planejamento, Oramento eGesto, que o rgo central do sistema.

    ResoluoO comando dessa questo refere-se Lei n. 10.180 de 06 defevereiro de 2001 que Organiza e disciplina os Sistemas dePlanejamento e de Oramento Federal, de Administrao Financeira

    Federal, de Contabilidade Federal e de Controle Interno do PoderExecutivo Federal, e d outras providncias.

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    Ateno! Essa norma consta no edital TCU/2008.

    importante que o candidato consulte essa norma e atente-se paraas competncias e objetivos dos diversos sistemas. Geralmente as

    questes de concursos acerca dessas normas so exigidosbasicamente conceitos literais, a exemplo dessa questo.

    Observe:Art. 16. O Sistema de Contabilidade Federal compreende as atividades de registro,de tratamento e de controle das operaes relativas administrao oramentria,financeira e patrimonial da Unio, com vistas elaborao de demonstraescontbeis.Art. 17. Integram o Sistema de Contabilidade Federal:I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como rgo central;II - rgos setoriais. 1o Os rgos setoriais so as unidades de gesto interna dos Ministrios e daAdvocacia-Geral da Unio. 2o O rgo de controle interno da Casa Civil exercer tambm as atividades dergo setorial contbil de todos os rgos integrantes da Presidncia da Repblica,da Vice-Presidncia da Repblica, alm de outros determinados em legislaoespecfica. 3o Os rgos setoriais ficam sujeitos orientao normativa e superviso tcnica do rgo central do Sistema, sem prejuzo da subordinao ao rgo em cuja estrutura administrativa estiveremintegrados.

    Art. 14. O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situaooramentria, financeira e patrimonial da Unio.Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos efatos relacionados com a administrao oramentria, financeira e patrimonial daUnio e evidenciar:I - as operaes realizadas pelos rgos ou entidades governamentais e os seusefeitos sobre a estrutura do patrimnio da Unio;II - os recursos dos oramentos vigentes, as alteraes decorrentes de crditosadicionais, as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada epaga conta desses recursos e as respectivas disponibilidades;III - perante a Fazenda Pblica, a situao de todos quantos, de qualquer modo,arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a elapertencentes ou confiados;IV - a situao patrimonial do ente pblico e suas variaes;

    V - os custos dos programas e das unidades da Administrao Pblica Federal;VI - a aplicao dos recursos da Unio, por unidade da Federao beneficiada;VII - a renncia de receitas de rgos e entidades federais.Pargrafo nico. As operaes de que resultem dbitos e crditos de naturezafinanceira no compreendidas na execuo oramentria sero, tambm, objeto deregistro, individualizao e controle contbil.Concluso:Analisando as regras da norma acima transcrita pode-se verificar queos rgos setoriais do sistema NO se sujeitam orientaonormativa e superviso tcnica do Ministrio do Planejamento,Oramento e Gesto, mas sim da Secretaria do Tesouro Nacional

    STN, que o rgo central do sistema.Item ERRADO.

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    12. (CESPE ACE/TCU 2007) Segundo o disposto no art. 1.o doDecreto n.o 93.872/1986 e no art. 56 da Lei n.o 4.320/1964, arealizao da receita e da despesa da Unio far-se- por via bancria,em estrita observncia ao princpio de unidade de caixa, conhecido

    como conta nica.Acerca do funcionamento da conta nica, julgue o item que se segue.O controle dos saldos e a transferncia de recursos entre as unidadesgestoras so feitos pelo Sistema Integrado de AdministraoFinanceira (SIAFI).

    ResoluoDepois de aprovada e publicada a LOA passa-se a efetiva execuodo oramento.Primeiramente a Unidade Oramentria ou Administrativa recebe o

    crdito, aps realizar todos os procedimentos relativos s despesas eestando em condies de pag-la, receber o recurso.

    Portanto, primeiro executa o lado oramentrio (crditos) e, emseguida, a parte financeira (recursos).

    Uma vez publicada a LOA, inicia-se imediatamente os procedimentosde execuo oramentria e de programao financeira.

    A execuo oramentria processada basicamente da seguinteforma:

    1 passo: A Secretaria de Oramento Federal SOF do Ministrio doPlanejamento, Oramento e Gesto MPOG, gera automaticamenteno SIAFI, o documento Nota de Dotao ND. Com esse documentocria-se o crdito oramentrio e inicia a execuo oramentriapropriamente dita. No que se refere movimentao de crditos erecursos financeiros, a funo da SOF se encerra nesse ponto.2 passo: Com base no Decreto de programao financeira, a STNinicia a movimentao (descentralizao) de crditos. S aps orecebimento do crdito que as Unidades Gestores ou oramentrias

    esto em condies de efetuar a realizao das despesas pblicas.A LRF estabelece que at trinta dias aps a publicao dosoramentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizesoramentrias, o Poder Executivo estabelecer a programaofinanceira e o cronograma de execuo mensal de desembolso (art.8 da LRF).Nos dois primeiros passos no houve nenhum reflexo financeiro, ouseja, no ocorreu movimentao de recursos, apenas de crdito.3 passo: Recebido o crdito, cabe a cada unidade contempladarealizar os procedimentos relativos execuo das despesas

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    (licitao, dispensa, inexigibilidade, tipo de despesa, empenho,liquidao, etc.).Com a transferncia dos recursos comea a fase de desembolso parapagamentos diversos, depois de cumpridos os estgios ou fases dadespesa (empenho e liquidao).

    4 passo: A primeira movimentao de recursos a liberao decota e deve ser realizada em consonncia com o cronograma dedesembolso aprovado pela STN. Assim, cota o montante derecursos colocados disposio dos rgos Setoriais de ProgramaoFinanceira OSPF pela Coordenao-Geral de ProgramaoFinanceira COFIN/STN mediante movimentao intra-siafi dosrecursos da Conta nica do Tesouro Nacional.Portanto, ateno! Cotas so somente os recursos transferidos pelaSTN para os OSPF.5 passo: Liberao de repasses ou sub-repasses. Repasse

    (transferncia externa), a movimentao de recursos realizadapelos OSPF para as unidades de outros rgos ou ministrios eentidades da Administrao Indireta, bem como entre esses; e sub-repasse (transferncia interna), a liberao de recursos dos OSPFpara as unidades sob sua jurisdio e entre as unidades de ummesmo rgo, ministrio ou entidade.

    Todos os procedimentos acima demonstrados so executados onlinevia SIAFI.

    A partir das transferncias de repasses e sub-repasses, as unidadesgestoras, agora com os recursos em caixa, podem dar incio fase depagamento de seus compromissos (despesas).

    Resumindo: Descentralizao de crditos: transferncia de crditos entre unidadegestoras; Descentralizao interna de crditos (proviso): a movimentao decrditos entre unidades gestoras de um mesmo rgo ou entidades integrantes dooramento fiscal e da seguridade social, respeitada fielmente a classificaofuncional (art. 2 c/c o art. 3 do Decreto 825/93); Descentralizao externa de crditos (destaque): a descentralizao de

    crditos entre unidades gestoras de rgos ou entidades de estruturas diferentes,respeitada fielmente a classificao funcional (art. 2, pargrafo nico, c/c o art.3 do Decreto 825/93); Descentralizao de recursos financeiros: a transferncia de dinheiroentre as Unidades Gestoras que compem o sistema de programao financeira eocorre sob a forma de liberao de cotas, repasses e sub-repasses; Cota: a liberao de recursos do rgo central para o setorial de programaofinanceira; Repasse: a liberao de recursos do rgo setorial de programao financeirapara entidades da Administrao Indireta, e entre estas e ainda de um ministriopara outro; Sub-repasse: a liberao de recursos dos rgos setoriais de programao

    financeira para as unidades gestoras de sua jurisdio e entre as unidadesgestoras de um mesmo ministrio, rgo ou entidade.

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    Concluso:O controle dos saldos e a transferncia de recursos entre as unidadesgestoras so feitos pelo Sistema Integrado de AdministraoFinanceira (SIAFI).Item CERTO.

    13. (CESPE ACE/TCU 2007) De acordo com o princpio dooramento bruto, as receitas e despesas pblicas devem constar dalei oramentria, de forma a possibilitar que nela se incluam apenassaldos positivos ou negativos resultantes do confronto entre asreceitas e as despesas de determinado servio pblico.

    ResoluoO princpio do oramento bruto estabelece que as receitas e despesasdevam ser demonstradas na LOA pelos seus valores totais, isto ,

    sem dedues ou compensaes.Exemplo: a proposta oramentria da Unio deve ser apresentadasem as dedues dos recursos a serem transferidos aos fundos departicipao dos estados e municpios.

    O princpio do oramento bruto est previsto na parte final do art. 6da Lei n 4.320/64. Esse artigo consagra dois princpios, a primeiraparte se refere ao princpio da universalidade, e a segunda, o dooramento bruto.

    O art. 6 estabelece que todas as receitas e despesa constaro da Leide Oramento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues.Ateno! No confundir o princpio do oramento bruto com oprincpio da universalidade.

    A parte final do art. 6 da norma citada refere-se ao princpio dooramento bruto.

    Observe a regra prevista na Lei n. 4.320/64:

    Art. 6o Todas as receitas e despesas constaro da Lei de Oramentopelos seus totais, vedadas quaisquer dedues.

    Exemplificando o princpio: Suponha-se que existe previso para aUnio arrecadar $ 70.000.000,00 de Imposto de Renda (PessoaFsica/Pessoa Jurdica) e $ 20.000.000,00 de Imposto sobre ProdutosIndustrializados IPI.

    Desse valor total h previso de repasse de $ 40.000.000,00 para oFundo de Participao dos Estados e Municpios FPE/FPM.

    Assim sendo, a proposta oramentria da Unio foi elaborada assim:RECEITAS VALOR $

    Imposto de Renda pessoa fsica/jurdica 30.000.000,00

    Imposto sobre Produtos Industrializados IPI 20.000.000,00

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    Total 50.000.000,00

    Procedendo-se conforme apresentado acima, ou seja, sem a incluso(deduzindo) do Imposto de Renda a parcela a ser transferida aosestados e municpios, a informao no estaria adequada, haja vistaa omisso de receitas.

    Esse procedimento estaria em desacordo com o princpio dooramento bruto.

    Portanto, o correto seria evidenciar na proposta oramentria aarrecadao bruta e o valor a ser transferido aos estados emunicpios.

    Proposta oramentria apresentada de acordo com o princpio dooramento bruto:

    RECEITAS VALOR $

    Imposto de Renda pessoa fsica/jurdica 70.000.000,00

    Imposto sobre Produtos Industrializados IPI 20.000.000,00

    ( - ) FPE/FPM (40.000.000,00)

    Total 50.000.000,00

    Concluso:De acordo com o princpio do oramento bruto, as receitas edespesas pblicas devem constar da lei oramentria pelos seustotais (valor bruto sem dedues).Admite-se na LOA informao acerca das receitas a serem devolvidasou transferidas, sem, no entanto, contrariar o princpio em comento.

    Exemplo:Receita tributriaImposto de renda pessoa fsica 100.000.000,00(-) Restituio do IRPF (10.000.000,00)Item ERRADO.

    14. (CESPE ACE/TCU 2007) O princpio do equilbrio oramentriopermanece, no Brasil, como norma de hierarquia constitucional.

    ResoluoO princpio do equilbrio oramentrio doutrinrio, ou seja,reconhecido pelos estudiosos do Direito Financeiro (Contadores,Economistas e Juristas).No Brasil no existe nenhuma norma legal que determina o equilbrioentre receitas e despesas no planejamento oramentrio, ou seja, napreviso de receitas e fixao das despesas.Entretanto, a doutrina reconhece que o Executivo deva encaminhar aproposta oramentria ao Legislativo em equilbrio (total das receitasigual ao total das despesas). Porm, esse equilbrio apenas didtico,posto que o Legislativo pode alterar a proposta inicial e aprovar aLOA em desequilbrio (receita prevista maior do que as despesas

    fixadas ou de forma diversa).

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    Certamente na execuo oramentrio de qualquer ente da federaodificilmente ocorrer equilbrio, haja vista que a demanda porinvestimentos relevante e geralmente as receitas so insuficientes.Item ERRADO.

    15. (CESPE ACE/TCU 2007) O princpio da unidade oramentria,mais recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se aadmitir a existncia de oramentos setoriais, que, afinal, podem serconsolidados em um nico documento que permita a viso geral doconjunto das finanas pblicas. Diante de tal mudana, hoje j possvel falar-se em um princpio da totalidade.

    ResoluoPara essa questo apresentamos recurso ao CESPE no qual foidevidamente acatado pelos seguintes motivos:

    Observe o recurso apresentado:

    A questo deve ser anulada pelos seguintes motivos:O princpio da unidade oramentria, realmente tem sidorelativamente esvaziado em virtude de oramentos setoriais.Essa afirmao verdadeira, mesmo porque a CF/88, em seu art.165, 4 estabelece a possibilidade de que o governo implementeplanos e programas nacionais, regionais e setoriais em consonnciacom o plano plurianual e apreciados pelo Congresso nacional.

    Porm, no comando da questo existe afirmao de que osoramentos setoriais PODEM ser consolidados em um nicodocumento que permita a viso geral do conjunto das finanaspblicas.

    Infere-se que o documento nico mencionado seja a LOA. Os incisosI, II e III do art. 165 da CF/88 determina que a LOA compreenda osoramentos fiscal, da seguridade social e de investimento dasestatais de todos os poderes, rgos, fundos e entidades daadministrao direta e indireta.

    Essa regra constitucional consagra o princpio da unidadeoramentria, ou seja, a LOA deve ser uma nica pea (documento)de todos os poderes, rgos, fundos e entidades da administraodireta e indireta.

    Assim sendo, mesmo que o governo implemente oramentossetoriais, estes devem estar em consonncia com o PPA, LDO e LRF,fazendo parte de um nico instrumento de planejamento e devendofazer parte integrante da LOA.A Lei 4.320/64 em seu art. 2 estabelece: A Lei do Oramento

    conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a

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    poltica econmica financeira e o programa de trabalho do Governo,obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade.

    Ao estabelecer que a Lei de oramento conter a discriminao dareceita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica

    financeira e o programa de trabalho do Governo essa norma tambmconsagra o princpio da unidade oramentria DEVE SERCONSOLIDADO em um nico documento.Assim sendo, os oramentos setoriais no PODEM, mas sim DEVEMser consolidados em um nico documento e se constituir um anexoda LOA.Item NULO.

    LISTA DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA

    1. (CESPE Analista Judicirio Contabilidade TST/2008) Para finsde cumprimento da chamada regra de ouro da Lei deResponsabilidade Fiscal, computam-se tambm as operaes decrdito por antecipao de receitas, desde que liquidadas no mesmoexerccio em que forem contratadas.

    2. (CESPE Analista Judicirio Contabilidade TST/2008) Deacordo com a atual legislao brasileira, a Lei de DiretrizesOramentrias (LDO) dispor sobre as alteraes na legislaotributria, que, para todos os fins, no estaro sujeitas aos princpiosda anterioridade e da anualidade.

    3. (CESPE ACE/TCU 2007) Recursos que, em decorrncia de veto,emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficaremsem despesas correspondentes podero ser utilizados, conforme ocaso, mediante crditos especiais ou suplementares, com prvia eespecfica autorizao legislativa.

    A Lei n. 4.320/1964, em seu artigo 11, classifica a receitaoramentria em duas categorias econmicas: receitas correntes e

    receitas de capital. Com a Portaria Interministerial STN/SOF n.338/2006, essas categorias econmicas foram detalhadas em receitascorrentes intra-oramentrias e receitas de capital intra-oramentrias. A respeito da funo das receitas intra-oramentrias,julgue o prximo item.

    4. (CESPE ACE/TCU 2007) Como se destinam ao registro dereceitas provenientes de rgos pertencentes ao mesmo oramentodo ente pblico, as contas de receitas intra-oramentrias no tm amesma funo da receita original, sendo criadas a partir de base

    prpria pela Secretaria do Tesouro Nacional.

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    A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 11, classifica a receitaoramentria em duas categorias econmicas: receitas correntes ereceitas de capital. Com a Portaria Interministerial STN/SOF n.o338/2006, essas categorias econmicas foram detalhadas em receitascorrentes intra-oramentrias e receitas de capital intra-

    oramentrias, constituindo, assim, contrapartida das despesas intra-oramentrias. Com relao ao efeito das contas de natureza intra-oramentria na consolidao das contas pblicas, julgue o itemabaixo.

    5. (CESPE ACE/TCU 2007) Com o novo detalhamento, asdespesas e receitas intra-oramentrias podero ser identificadas demodo que se anulem os efeitos das duplas contagens decorrentes desua incluso no oramento.

    A classificao funcional da despesa composta de um rol de funese subfunes prefixadas. A subfuno representa uma partio dafuno, com o objetivo de agregar determinado subconjunto dedespesa no setor pblico. Acerca da relao entre as funes esubfunes, julgue o item seguinte.

    6. (CESPE ACE/TCU 2007) As subfunes no podero sercombinadas com funes diferentes daquelas s quais estejamvinculadas.7. (CESPE ACE/TCU 2007) Os crditos adicionais so autorizaesde despesa no computada ou insuficientemente dotada na Lei deOramento, classificando-se, entre eles, os crditos especiais. Essescrditos tm por finalidade atender a despesas imprevisveis eurgentes e exigem tramitao diversa da aplicada aos demaiscrditos adicionais.

    8. (CESPE ACE/TCU 2007) Conforme os efeitos produzidos, ouno, no patrimnio lquido, a receita oramentria pode serclassificada como efetiva ou no-efetiva.

    Com relao competncia para legislar sobre oramento, julgue o

    item que se segue.

    9. (CESPE ACE/TCU 2007) Atualmente, compete Unio, aosestados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre ooramento, limitando-se a Unio a estabelecer normas gerais ecabendo aos estados exercer competncia suplementar.

    O legislador definiu para a execuo financeira aplicada administrao pblica brasileira o regime misto, ou seja, o regime decompetncia para as despesas e de caixa para as receitas, conforme

    disposto no art. 35 da Lei n.o 4.320/1964. Contudo, o registro do

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    direito se dar no momento do fato gerador, em observncia aosprincpios da competncia e da oportunidade.Acerca desse entendimento, julgue o item abaixo.

    10. (CESPE ACE/TCU 2007) No momento da arrecadao, o ente

    dever registrar no sistema oramentrio a receita pelo regime decaixa e, ao mesmo tempo, proceder baixa do ativo anteriormenteregistrado.

    11. (CESPE ACE/TCU 2007) O Sistema de Contabilidade Federalcompreende as atividades de registro, de tratamento e de controledas operaes relativas administrao oramentria, financeira epatrimonial da Unio, com vistas elaborao das demonstraescontbeis.Os rgos setoriais desse sistema sujeitam-se orientao normativa

    e superviso tcnica do Ministrio do Planejamento, Oramento eGesto, que o rgo central do sistema.

    12. (CESPE ACE/TCU 2007) Segundo o disposto no art. 1.o doDecreto n.o 93.872/1986 e no art. 56 da Lei n.o 4.320/1964, arealizao da receita e da despesa da Unio far-se- por via bancria,em estrita observncia ao princpio de unidade de caixa, conhecidocomo conta nica.Acerca do funcionamento da conta nica, julgue o item que se segue.O controle dos saldos e a transferncia de recursos entre as unidadesgestoras so feitos pelo Sistema Integrado de AdministraoFinanceira (SIAFI).

    13. (CESPE ACE/TCU 2007) De acordo com o princpio dooramento bruto, as receitas e despesas pblicas devem constar dalei oramentria, de forma a possibilitar que nela se incluam apenassaldos positivos ou negativos resultantes do confronto entre asreceitas e as despesas de determinado servio pblico.

    14. (CESPE ACE/TCU 2007) O princpio do equilbrio oramentriopermanece, no Brasil, como norma de hierarquia constitucional.

    15. (CESPE ACE/TCU 2007) O princpio da unidade oramentria,mais recentemente, foi relativamente esvaziado, passando-se aadmitir a existncia de oramentos setoriais, que, afinal, podem serconsolidados em um nico documento que permita a viso geral doconjunto das finanas pblicas. Diante de tal mudana, hoje j possvel falar-se em um princpio da totalidade.

    Gabarito:1E 2E 3C 4E 5C 6E 7E 8C 9C 10C 11E 12C 13E 14E 15NULO