Aula 05 LEGISLAÇÃO ADUANEIRA – RFB/2012PROFESSORES: LUIZ MISSAGIA E RODRIGO LUZ

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    LEGISLAO ADUANEIRA - RFB 2012PROFESSORES: LUIZ MISSAGIA E RODRIGO LUZ

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    AULA 05

    (PONTO 9 DO PROGRAMA DE AFRFB/2012, exceto 9.7)

    (PONTO 9 DO PROGRAMA DE ATRFB/2012, exceto 9.7)

    SUMRIO DA AULA

    DESPACHO ADUANEIRO EXPRESSO LINHA AZUL .......................................................... 1DESPACHO DE EXPORTAO ................................................................................................... 2Disposies Gerais .............................................................................................................................. 2Registro de Exportao RE ............................................................................................................ 5Declarao de Exportao ................................................................................................................. 6Locais de Realizao do Despacho ................................................................................................... 7Modalidades de Despacho de Exportao ....................................................................................... 8 Espcies de Declarao de Exportao .......................................................................................... 11Documentos de Instruo do Despacho ......................................................................................... 13Etapas do Despacho de Exportao ............................................................................................... 15Fluxograma do Despacho de Exportao - DE ............................................................................. 23Resumo .............................................................................................................................................. 24CASOS ESPECIAIS DE IMPORTAO E DE EXPORTAO ............................................. 27

    Ol pessoal. Na aula passada falamos sobre despacho de importao eseus diversos procedimentos. O edital misturou, no item 9 (AFRFB e ATRFB) aparte de despacho de importao e de exportao. No meu entendimento,didaticamente melhor separar as duas coisas. S um detalhe. Como a partede despacho de exportao bem menor, inseri nessa aula a parte de CasosEspeciais de Importao e de Exportao Previstos na Legislao(item 9.2.4), at porque, nesse caso a legislao trata conjuntamenteimportao e exportao.

    Ento vamos em frente e boa aula para vocs!Antes de entrarmos na exportao, vou inserir tambm um comentrio

    muito rpido sobre um tpico que pode cair, o despacho expresso.

    DESPACHO ADUANEIRO EXPRESSO LINHA AZUL

    H empresas industriais que so to grandes e importam e/ou exportamtanto, que o governo entende que, em princpio, elas no cometeriam grandesfraudes aduaneiras para no colocar em risco suas reputaes. Por issoresolveu criar um procedimento supersimplificado para elas na importao ena exportao.

    o despacho aduaneiro expresso, conhecido como Linha Azul.

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    Apesar do nome, nesse mecanismo as importaes e exportaes sopreferencialmente direcionadas para o canal verde de conferncia, ficandoresguardada a possibilidade de a aduana realizar a conferncia, caso entenda

    necessrio. Nessa situao, os desembaraos devem ser realizados emcarter prioritrio.

    Para se habilitar ao procedimento de despacho expresso, a empresadeve demonstrar qualidade em seus controles internos, e cumprir umasrie de requisitos, tais como, possuir patrimnio lquido igual ou superior aR$ 20.000.000,00 (vinte milhes de reais); ter realizado, no exerccio fiscalanterior ao pedido de habilitao, no mnimo cem operaes de comrcioexterior (conjunto de importaes e exportaes efetivas), que totalizem, nomnimo, US$ 10,000,000.00 (dez milhes de dlares dos Estados Unidos daAmrica).

    A IN/SRF 476/2004 regulamenta os procedimentos relativos Linha Azul.

    DESPACHO DE EXPORTAO

    Disposies Gerais

    Os dispositivos sobre o despacho de exportao esto previstos noRegulamento Aduaneiro RA (Decreto 6.759/2009), artigos 580 a 596, e maisespecificamente, na Instruo Normativa SRF 28/1994. Nossa! Uma IN de

    1994? Pois . Certamente que ela sofreu alteraes ao longo dos anos, e asrelevantes para a prova sero devidamente tratadas nessa aula. Teve atalterao em 2012! S no me perguntem por que essa IN ainda no foirevogada e substituda por uma novinha, como fizeram com a de importao.Quando nos referirmos a um artigo nessa aula genericamente, estaremosfalando do Regulamento Aduaneiro.

    A primeira coisa que vocs poderiam pensar sobre o despacho deexportao a seguinte. Pra qu um monte de burocracia e controle naexportao, se o imposto de exportao praticamente inexistente? Isso verdade. Assim como verdade que o governo tende a estimular asexportaes, com o fim de aumentar a entrada de divisas no Pas. Portanto,vocs percebero, no comparativo com o despacho de importao (e essa uma forma muito interessante de assimilar o contedo) que o controle nodespacho de exportao diferente daquele aplicado na importao. Por qu?Na importao, o foco maior sobre o pagamento dos tributos incidentes.E na exportao? Como no h praticamente imposto, h uma busca porfraude e sonegao de tributos internos. Podemos nos deparar, por exemplo,com, tentativa de exportao de mercadoria proibida, exportao fictcia,lavagem de dinheiro, e tantas outras fraudes.

    Bom, essa introduo no consta explicitamente no programa, mas creioque importante para situar vocs em que tipo de controle a aduana faz naexportao.

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    Conforme o art. 580 do RA, Despacho de exportao oprocedimento mediante o qual verificada a exatido dos dadosdeclarados pelo exportador em relao mercadoria, aos documentos

    apresentados e legislao especfica, com vistas a seu desembaraoaduaneiro e a sua sada para o exterior.

    Quando comparamos com a definio de despacho de importao,percebemos que a parte inicial dos textos igual (alterando de importadorpara exportador), mas vejam novamente a definio de despacho deimportao:

    Art. 542. Despacho de importao o procedimento mediante o qual verificada aexatido dos dados declarados pelo importadorem relao mercadoria importada,

    aos documentos apresentados e legislao especfica.

    Perceberam a diferena? No final da definio de despacho de exportao,consta: ..., com vistas a seu desembarao aduaneiro e a sua sada para oexterior.. Isso no tem na importao. No RA anterior at constava aexpresso com vistas ao seu desembarao aduaneiro, para o despacho deimportao, mas no RA atual no tem isso. Assim, pode ser que apareaalguma questozinha de prova nesse sentido. Na exportao, alm dodesembarao, o despacho visa a sada da mercadoria para o exterior.Enquanto no embarcada a mercadoria, o despacho no concludo, ou seja,

    a exportao no efetivada. Esse dispositivo existe para coibir a exportaofictcia, fraude na qual uma empresa simula uma exportao, paracomprovar, junto ao governo, que exportou algo, com o fim de auferirdeterminado benefcio, como por exemplo, iseno/imunidade de tributosinternos.

    O RA estabelece que toda mercadoria destinada ao exterior, inclusivea reexportada, dever ser submetida a despacho de exportao. E asexcees?

    No caso de mercadorias que sejam devolvidas ao exterior antes de

    realizado o despacho aduaneiro de importao, o RA permite que a RFBdispense o despacho de exportao. Porm, a RFB, com base na IN/SRF28/94, no dispensou de despacho de exportao a devoluo de mercadoriaao exterior antes do registro da DI.

    Assim, analogamente importao, a exceo ser a dispensa dedespacho de exportao da sada do Pas da mala diplomtica e consular,que deve conter somente documentos diplomticos e objetos de uso oficial, esinais exteriores visveis que indiquem seu carter, alm de ser entregue apessoa formalmente credenciada pela Misso Diplomtica (correiodiplomtico).

    O caso clssico de exportao quando a mercadoria sai fisicamente dopas. Mas h casos em que uma exportao pode ser efetivada sem que a

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    Registro de Exportao RE

    Na importao, temos a LI (licena de importao), no Siscomex,onde o importador registra, previamente ao despacho, informaes relativas

    sua mercadoria. Vale lembrar que, na importao, a regra geral a dispensade licenciamento.

    Na exportao, o registro equivalente seria o registro de exportao(RE), no Siscomex. Assim, grosseiramente (isso no est escrito em lugarnenhum, puramente a ttulo comparativo), o RE na exportao equivale aoLI na importao. Pessoal, esse comparativo no est na norma. Trata-se deuma analogia, j que ambos os registros se referem fase de licenciamento,anterior ao despacho.

    Conforme o art. 584 do RA, o registro de exportao (RE) compreende

    o conjunto de informaes de natureza comercial, financeira, cambial e fiscalque caracteriza a operao de exportao de uma mercadoria e define o seuenquadramento, devendo ser efetuado de acordo com o estabelecido pelaSecex.

    Ento o RE normatizado pela Secex, atualmente pela Portaria Secex23/2011. Ela determina os casos em que o registro de exportao (RE) noSiscomex requisito essencial para o despacho de exportao de mercadoriasnacionais ou nacionalizadas, ou de reexportao.

    Mas ateno! Assim como o LI precede a DI, o RE precede a declaraode exportao (DE). Conforme o 1 do art. 2 da IN/SRF 28/94, o despacho(de exportao) somente poder ter incio aps o registro de exportao - RE,no SISCOMEX, e dentro do prazo de validade desse registro. O RE tem umavalidade.

    Cada RE somente pode ser vinculado a uma DE (Declarao deExportao). Por outro lado, uma DE pode conter mais de um RE, desdeque se refiram, cumulativamente:

    a) ao mesmo exportador;b)a mercadorias negociadas na mesma moeda e na mesma condio de

    venda; e

    c) s mesmas unidades da RFB de despacho e de embarque.

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    Guarde isso!

    Registro deExportao(RE)

    - Controle administrativo

    - Anterior DE- Normatizado pela Secex- S pode ser vinculado a uma DE- Uma DE pode conter mais de um RE, se:

    - mesmo exportador- mesma moeda e condio de venda- mesmas URFB embarque e despacho

    Declarao de ExportaoO despacho de exportao ser processado, em regra, no Siscomex, com

    base em declarao de exportao, normal (DE) ou simplificada (DSE). Hcasos previstos em norma para a realizao do despacho de exportao forado Sistema. Como exemplo, podemos citar o desembarao de urnafunerria, que ser realizado em carter prioritrio e mediante rito sumrio,antes de sua sada para o exterior. Esse despacho ter como base orespectivo conhecimento de carga ou em documento de efeito equivalente,estando o seu desembarao condicionado manifestao da autoridadesanitria competente.

    No confunda!

    Despacho deExportaao

    Regra Geral = Despacho obrigatrioExceo: mala diplomtica e consular

    Regra Geral = Despacho no SiscomexUma das excees: urna funerria(prioritria e carter sumrio)

    O documento base do despacho de exportao a declarao deexportao. A RFB poder estabelecer diferentes tipos e formas deapresentao da declarao de exportao, apropriados natureza dosdespachos, ou a situaes especficas em relao mercadoria ou a seutratamento tributrio. Se lembram? Na importao tambm tem isso...

    Em geral, o despacho de exportao ser processado por meio deDeclarao de Exportao DE, registrada no Siscomex, tendo a sivinculado um ou mais Registros de Exportao RE. H ainda despachos quepodem ser processados atravs da Declarao Simplificada de Exportao

    DSE, no Siscomex (sem a utilizao de RE), e despachos sem registro noSiscomex.

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    Locais de Realizao do Despacho

    Para efeito de despacho, as unidades aduaneiras da RFB so divididas em:

    UNIDADE DE DESPACHO: aquela que jurisdiciona o local deconferncia e desembarao de mercadoria.

    UNIDADE DE EMBARQUE: a ltima unidade que exerce ocontrole aduaneiro antes da sada da mercadoria do territrionacional.

    Vejam um exemplo. Uma mercadoria pode ser levada diretamente peloexportador at o Porto do Rio de Janeiro (RJ) para exportao. Nesse caso, opessoal da RFB que jurisdiciona o Porto, ou seja, a unidade da RFB, ser

    responsvel por processar e fiscalizar o despacho de exportao. Estamosfalando, no caso, da Alfndega do Porto do Rio de Janeiro (a sigla ALF/RJO).Como a mercadoria ser embarcada em navio no cais do Porto do Rio, aunidade que exercer o controle aduaneiro na sada da mercadoria do Passer a mesma, ou seja, ALF/RJO. Acabei de dar um exemplo onde a unidadede despacho e a unidade de embarque so as mesmas.

    Agora vejam outro caso. A mercadoria, por alguma questo logstica,financeira, ou por qualquer outro motivo, levada para exportao no PortoSeco em Cariacica (ES). Nesse caso, a unidade de despacho ser aAlfndega de Vitria (ALF/VIX), que possui jurisdio aduaneira sobre todo o

    Estado do Esprito Santo. Se o exportador indicar (ele quem escolhe) que amercadoria sair do Pas pelo Porto do Rio de Janeiro (RJ), ento a unidadede embarque ser a Alfndega do Porto do Rio de Janeiro (RJ), portantodiferente da unidade de despacho. Vale lembrar que, nesse caso, havernecessidade de transporte, sob controle aduaneiro, do Porto Seco no ES at oPorto (molhado) do Rio, amparado pelo regime especial de trnsitoaduaneiro. Especificamente, essa modalidade de trnsito conhecida comotrnsito de sada ou trnsito de exportao.

    Em relao aos locais onde pode ser realizado, o despacho de

    exportao poder ser efetuado em recinto alfandegado de zonaprimria ou de zona secundria, ou em qualquer local no alfandegadode zona secundria, inclusive no estabelecimento do exportador.Quando realizado em recinto no alfandegado de zona secundria, diz-se que odespacho de exportao foi realizado em Recinto Especial para DespachoAduaneiro de Exportao REDEX, podendo estar localizado noestabelecimento do prprio exportador ou ser instalado em endereo especficopara uso comum de vrios exportadores.

    Quando realizar o despacho de exportao em recinto no alfandegado dezona secundria REDEX, o exportador dever solicitar RFB talprocedimento, ficando a critrio da fiscalizao autorizar ou no.

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    Caso voc, AFRFB, esteja lotado em unidade da RFB que possua REDEX,poder ser designado a realizar a conferncia aduaneira naquele recinto noalfandegado, podendo ser, inclusive, no estabelecimento do exportador, a

    exemplo do que acontece com a exportao de cigarros, que, segundo alegislao, deve ter a conferncia realizada em sua prpria fbrica.

    Nos casos abaixo, dadas as peculiaridades, dever ser indicada comounidade da RFB de despacho e de embarque da mercadoria:

    I - nas exportaes por via postal, aquela que jurisdicione a unidade daECT de postagem da remessa postal internacional;

    II - nas exportaes admitidas em Depsito Alfandegado Certificado-DAC1,aquela que jurisdicione o recinto alfandegado que operar o regime;

    III - nas vendas no mercado interno a no residente no Pas, em moedaestrangeira, de pedras preciosas e semi-preciosas, suas obras e artefatos de

    joalharia, a unidade da RFB que jurisdicione o estabelecimento vendedor; e

    IV - no fornecimento de mercadorias para uso e consumo de bordo emaeronave ou embarcao de bandeira estrangeira ou brasileira, em trfegointernacional, a unidade da RFB que jurisdicione o local do fornecimento.

    Modalidades de Despacho de Exportao

    Os despachos aduaneiros de exportao podem ser de dois tipos:realizados com ou sem registro no Siscomex.

    VIA SISCOMEX

    DSE

    SEM REGISTRO NO SISCOMEX

    (SEMPRE ANTERIOR AO EMBARQUE)

    SEMPRE ANTERIOR AO EMBARQUE

    DEANTERIOR AO EMBARQUE

    POSTERIOR AO EMBARQUERE PRVIO AO EMBARQUE

    REPOSTERIOR AO EMBARQUE

    DSE FORMULRIO

    OUTROS CASOS

    Quanto s caractersticas da negociao que amparou a sada do bemdo Pas, podemos dizer, didaticamente, que o despacho de exportaocompreende duas modalidades bsicas:

    1 O regime DAC estudado na aula de Regimes Aduaneiros Especiais

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    I) Despacho com sada definitiva: quando as mercadorias soexportadas em carter permanente, a exemplo de um automveldestinado revenda na Argentina.

    II) Despacho com sada temporria: quando as mercadorias soexportadas em carter no definitivo, a exemplo de uma mquinadestinada a realizar uma obra de uma construtora no exterior.Nesse caso, ser aplicado ao bem o regime aduaneiro especial deexportao temporria.

    Outra classificao de despacho, quanto ao momento da apresentaoda declarao RFB:

    I) Despacho Normal: a apresentao da declarao de exportaodeve ser realizada antes da sada da mercadoria do territrionacional. Essa a regra geral! Primeiro o exportador apresenta adeclarao de exportao RFB e, somente aps o desembarao damercadoria, ele poder embarcar a mercadoria para o exterior outranspor a fronteira.

    II) Despacho a posteriori: em determinados casos, previstos emnorma, o exportador poder, primeiro, embarcar a mercadoria outranspor a fronteira, e depois apresentar RFB a declarao deexportao para conferncia aduaneira e desembarao. Comoexemplo, podemos citar o fornecimento de vveres e combustveis a

    navios ancorados nos portos. Para agilizar o procedimento deembarque, o exportador previamente autorizado a fornecer asmercadorias ao comprador, e somente depois, num prazo em regrade 15 dias, deve apresentar a declarao de exportao para a RFB.

    III) Despacho com Entrega Fracionada: permitido paramercadorias transportadas por via terrestre quando, em razo dovolume ou peso da mercadoria, o transporte no possa ser realizadopor apenas um veculo. Nesse caso a mercadoria entregue emlotes, medida que forem sendo apresentados, antes de concludo odespacho (IN/SRF 28/1994, arts. 58 e 59). Como exemplo,podemos citar a exportao de soja para o Paraguai. Observe-seque, geralmente, essas exportaes amparam grande quantidade demercadoria (por exemplo: 2.000 toneladas). Quando umaexportao realizada pela via rodoviria (terrestre), em caminhesou carretas, a carga no pode ser transportada de uma nica vez.Assim, a legislao permite que o exportador apresente RFB acarga fracionada. Na medida em que for sendo apresentada (porexemplo: de cinco em cinco caminhes), a fiscalizao aduaneira vaiautorizando a sada do Pas, para somente ao final (das 2.000toneladas) realizar o desembarao.

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    Assim, o termo despacho aposteriorise refere s situaes nas quais aDE (Declarao de Exportao) registrada aps o embarque, j que,como vimos, a regra geral : primeiro registra a RE, depois a DE, e, aps o

    desembarao da DE, a carga pode ser embarcada para o exterior.No despacho a posteriori, a DE registrada aps o embarque. H 2

    tipos de situaes previstas para tal:

    a) RE anterior ao embarque: i) Fornecimento de combustveis econsumo de bordo; ii) venda de pedras preciosas a no residentes emmoeda estrangeira ou em loja franca.

    b)RE posterior ao embarque: Granis, produtos metalrgicos.agroindustriais, veculos novos, papel em bobinas, por exemplo.

    Vejam o que diz a IN/SRF 28/94 diz a respeito:

    Art. 52. O registro da declarao para despacho aduaneiro de exportao, noSISCOMEX, poder ser efetuado aps o embarque da mercadoria ou sua sada doterritrio nacional, nos seguintes casos:

    I - fornecimento de combustveis e lubrificantes, alimentos e outros produtos, para uso econsumo de bordo em aeronave ou embarcao de bandeira estrangeira ou brasileira,em trfego internacional;

    II - venda no mercado interno a no residente no Pas, em moeda estrangeira, de pedraspreciosas e semi-preciosas, suas obras e artefatos de joalharia, relacionados pelaSecretaria de Comrcio Exterior - SECEX; e

    III - venda em loja franca, a passageiros com destino ao exterior, em moedaestrangeira, cheque de viagem ou carto de crdito, de pedras preciosas e semi-

    preciosas nacionais, suas obras e artefatos de joalharia, relacionados pela SECEX.

    ...

    Pargrafo nico. A critrio do chefe da unidade local da SRF, o registro da declaraopoder ser efetuado aps o embarque da mercadoria ou sua sada do territrio nacional,na exportao: (Nova redao dada pela IN 510, de 2005)

    I - de granis, inclusive petrleo bruto e seus derivados;

    II - de produtos da indstria metalrgica e de minerao;

    III - de produtos agroindustriais acondicionados em fardos ou sacaria;

    IV - de pastas qumicas de madeira, cruas, semibranqueadas ou branqueadas,embaladas em fardos ou briquetes;

    V - de veculos novos;

    VI - realizada por via rodoviria, fluvial ou lacustre, por estabelecimento localizado emmunicpio de fronteira sede de unidade da SRF;

    VII - de mercadorias cujas caractersticas intrnsecas ou extrnsecas ou de seusprocessos de produo, transporte, manuseio ou comrcio impliquem variao de pesodecorrente de alterao na umidade relativa do ar;

    VIII - de mercadorias cujas caractersticas intrnsecas ou extrnsecas ou de seusprocessos de produo, transporte, manuseio ou comrcio exijam operaes deembarque parcelado e de longa durao; (Redao dada pela Instruo Normativa RFB

    n 1.096, de 13 de dezembro de 2010)IX - de produtos perecveis; ou (Redao dada pela Instruo Normativa RFB n 1.096,de 13 de dezembro de 2010)

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    X - de papel em bobinas. (Includo pela Instruo Normativa RFB n 1.096, de 13 dedezembro de 2010).

    Espcies de Declarao de Exportao

    Vejam, o RA permite que a RFB estabelea diferentes tipos e formas dedeclarao de exportao, apropriados natureza dos despachos, a situaesespecficas em relao mercadoria ou a seu tratamento tributrio.

    Assim, podemos ter despachos (ou declaraes):

    com registro no Siscomex; e sem registro no Siscomex.

    Quando registradas no Siscomex, as declaraes de exportao poderoser de dois tipos:

    Declarao de Exportao DE

    A DE a forma clssica de registrar um despacho de exportao.

    O registro da Declarao de Exportaoinicia o despacho aduaneiro deexportao. Nesse momento, a DE recebe uma numerao automtica, nica,

    nacional, seqencial e reiniciada a cada ano pelo Siscomex. S existe DE noSiscomex. No existe mais DE manual.

    Essa a regra para a apresentao da declarao de exportao. Nessecaso, o exportador dever obter previamente ao preenchimento da DE noSiscomex o Registro de Exportao RE, conforme j visto.

    Uma DE poder englobar a participao de vrios estabelecimentos damesma empresa. Este despacho ser formulado por um dos estabelecimentos,que discriminar, em campo prprio da DE, a participao de todos nodespacho.

    Declarao Simplificada de Exportao - DSE

    Conforme previsto em norma da RFB (IN/SRF 611/2006), alguns tipos dedespacho, face s caractersticas da mercadoria, do exportador ou daoperao, podero ser realizadas com base em Declarao Simplificao deExportao DSE, registrada no Siscomex.

    Um exemplo so as exportaes com valor de at U$ 50.000,00.

    Nesse caso, no haver a necessidade de autorizao da SECEX pararegistro da Declarao de Exportao, estando dispensado o Registro deExportao - RE. Quando houver a necessidade de manifestao de outro

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    rgo Governamental na efetivao da Exportao (exemplo: ExrcitoBrasileiro, no caso de exportao de armamentos), mesmo que a exportaoesteja dentro dos limites estabelecidos em norma para utilizao da DSE

    eletrnica, o exportador dever realizar a exportao com a Declarao deExportao DE, vinculando a ela um RE previamente autorizado por aquelergo.

    A DSE poder ser formulada por servidor da RFB lotado na unidade ondeser processado o despacho aduaneiro, quando se tratar de exportaoeventual realizada por pessoa fsica.

    H previso legal para dispensa de registro da declarao de exportaono Siscomex (DE ou DSE), como exemplo:

    - Declarao Simplificada de Exportao (DSE) em formulrio

    Neste caso, o exportador dever apresentar o formulrio, devidamentepreenchido, fiscalizao aduaneira, acompanhado dos documentos deinstruo da declarao, para que seja autorizada a exportao do bem. Comoexemplo, podemos citar a exportao de animais de vida domstica, semcobertura cambial e sem finalidade comercial. Basta que o exportadorapresente o formulrio RFB com o certificado fitossanitrio e outrosdocumentos necessrios, para que seja processado o despacho de exportaoe autorizada a sada do animal do Pas.

    - Declarao para a Aduana

    Essa declarao emitida pela Empresa de Correios e Telgrafos ECTpara os bens integrantes de remessas postais internacionais enviadas aoexterior por pessoa fsica ou jurdica, sem cobertura cambial e sem finalidadecomercial, at o limite de US$ 1.000,00 (mil dlares dos Estados Unidos daAmrica) ou o equivalente em outra moeda. Neste caso, basta que ointeressado comparea a uma agncia dos Correios e apresente a mercadoria.Os Correios se incumbem de providenciar a exportao.

    H casos que a RFB considera como ainda mais simplificados, e noinstituiu modelos de declarao para amparar o despacho de exportao, como o caso de:

    - Nota Fiscal

    Utilizada para processar o despacho aduaneiro de mercadorias adquiridasno mercado interno, inclusive no comrcio de subsistncia das populaesfronteirias, por residentes no exterior, nos limites e condies estabelecidos

    em norma. Observem que nesse caso, a nota fiscal passar de documentoinstrutivo da declarao para ser o documento base do despacho deexportao. Essa situao muito comum nas fronteiras brasileiras, quando

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    no residentes (moradores fronteirios dos pases vizinhos) vem ao Brasiladquirir produtos no comrcio local. Quando de sua sada, apresentam a notafiscal de compra RFB.

    - Conhecimento de Carga ou documento equivalente

    Esse documento ser base do despacho de exportao de urnas funerrias(contendo restos mortais) destinadas ao exterior. Esse despacho serprocessado em carter prioritrio e mediante rito sumrio, antes do embarque.O responsvel pelo despacho dever apresentar cpia do atestado de bito e odesembarao aduaneiro somente ser efetuado aps manifestao daautoridade sanitria competente.

    Guarde isso!

    Espcies deDeclarao deExportao

    DE no SiscomexDSE no SiscomexDSE formulrioDeclarao para a AduanaOutras

    ....

    Vimos as diversas espcies de declarao de exportao que podem

    amparar as exportaes brasileiras. Mas, conforme j comentado antes, aforma clssica de despacho de exportao aquele realizado com base emuma DE (Declarao de Exportao) efetivada no Siscomex. Utilizaremoso despacho com base em DE para explicar as etapas do despacho deexportao.

    Documentos de Instruo do Despacho

    O documento base do despacho de exportao a declarao deexportao.

    Quando efetuada no Siscomex, atravs de DE, esta declarao deverestar vinculada ao Registro de Exportao RE, que compreende oconjunto de informaes de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal quecaracteriza a operao de exportao de uma mercadoria e define o seuenquadramento, devendo ser efetuado de acordo com o estabelecido pelaSecex.

    O Registro de Exportao dever ser obtido sempre anteriormente aoregistro da Declarao de Exportao DE e ter o prazo de validade de 60dias a partir da sua efetivao. Se neste prazo o RE no for vinculado a uma

    DE, perder sua validade, passando para a situao de Vencido.

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    Os seguintes documentos devero instruir o Despacho de Exportao,segundo cada caso:

    primeira via da Nota Fiscal (hoje, conforme definido pelo ConselhoNacional de Poltica Fazendria - CONFAZ, a nota fiscal ser emitidaeletronicamente e um extrato DANFE - acompanhar a mercadoria e serentregue RFB);

    via original do Conhecimento e do Manifesto Internacional de Carga, nasexportaes por via terrestre, fluvial ou lacustre;

    outros, indicados em legislao especfica, como, por exemplo,Certificado de Classificao, Certificado Fitossanitrio, autorizao expedidapelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenovveis). Como exemplo, podemos citar a exportao de caf em gros,que acompanhada do Certificado de Classificao emitido pelo rgoresponsvel no Estado produtor.

    Quando se tratar de exportao para pas membro do Cone Sul (Uruguai,Argentina, Paraguai, Chile, Bolvia e Peru), o Manifesto Internacional de Cargaser substitudo:

    I - pelo Manifesto Internacional de Carga Rodoviria /Declarao de Trnsito Aduaneiro MIC-DTA, quando se tratar de transporte;

    II - pelo Conhecimento - Carta de Porte Internacional /Declarao de Trnsito Aduaneiro TIF-DTA, quando se tratar de transporteferrovirio.

    H casos previstos em norma de dispensa da apresentao dosdocumentos de embarque, a exemplo de quando uma mercadoria que transportada por meios prprios. Temos o caso, por exemplo, da exportaodo prprio avio fabricado no Brasil, que ir voando para o pas importador. Amercadoria exportada o prprio meio de transporte nesse caso.

    Documentos deInstruo daDeclarao deExportao

    Nota FiscalOriginal do Conhecimento e doManifesto Internacional de Carga(nas exportaes por via terrestre,fluvial ou lacustre)Outros (ex: Certificado de Origem)

    Havendo a incidncia do imposto de exportao, o exportador e afiscalizao aduaneira sero informados atravs do Siscomex. Neste caso, o

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    exportador dever apresentar o comprovante de pagamento (DARF)juntamente com os documentos que instruem o despacho.

    Ateno! Ao contrrio do que ocorre no despacho de importao, nodespacho de exportao no h o dbito automtico do tributo no momento doregistro da declarao.

    No poder ser autorizado o embarque ou a transposio de fronteira damercadoria cujo imposto de exportao incidente no tenha sido pago.

    Etapas do Despacho de Exportao

    Tomando-se como parmetro do despacho de exportao realizado dobase em Declarao de Exportao (DE) registrada no Siscomex,podemos afirmar que, assim como o despacho de importao, o despacho deexportao dividido nas seguintes etapas bsicas:

    1)Registro da DE (Declarao de Exportao)2)Confirmao da Presena de Carga3)Recepo de Documentos de Instruo4)Seleo Parametrizada5)Distribuio para Conferncia6)Desembarao Aduaneiro7)Transito Aduaneiro de Sada (se cabvel)8)Registro dos Dados de Embarque (*)9)Averbao dos dados de embarque

    (*) O Registro dos dados de embarque (veremos mais adiante o que isso), se o transporte for rodovirio, fluvial ou lacustre, ocorrer antes darecepo dos documentos.

    Vimos que o registro da DE no Siscomex caracteriza o incio do

    despacho de exportao. O exportador dever, aps o registro, juntar osdocumentos de instruo em envelope e lev-los at a unidade de despacho,para recepo dos documentos no sistema.

    Para que o AFRFB ou ATRFB consiga registrar a recepo dos documentos,deve ser confirmada a presena da carga no sistema. Nos locais onde odespacho for realizado em recinto alfandegado, essa presena de carga efetivada pelo fiel depositrio. Esse procedimento evita a realizao deexportao fictcia, ou seja, efetivada no sistema sem que haja uma cargafisicamente presente.

    Recepo de Documentos

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    Os documentos de instruo do despacho de exportao devem serapresentados URFB de despacho para recepo. O registro da entregados documentos de instruo do despacho, no SISCOMEX, marca o inicio do

    procedimento fiscal e impede quaisquer alteraes, pelo exportador, nadeclarao para despacho por ele formulada, sem a prvia anuncia dafiscalizao aduaneira.

    Aps o desembarao aduaneiro, os documentos instrutivos da declaraosero devolvidos ao exportador ou seu representante, que fica obrigado amant-los, em boa guarda e ordem pelo prazo previsto na legislao tributria,para fins de apresentao RFB sempre que solicitados. Isso foi fruto de umaalterao recente (2012) na legislao.

    Conferncia Aduaneira

    A conferncia aduaneira na exportao tem por finalidade identificar oexportador, verificar a mercadoria e a correo das informaes relativas a suanatureza, classificao fiscal, quantificao e preo, e confirmar ocumprimento de todas as obrigaes, fiscais e outras, exigveis em razo daexportao.

    Uma vez realizado o registro da declarao de exportao (DE) e, aps a

    recepo dos seus documentos instrutivos, o despacho ser objeto deconferncia aduaneira, conforme o canal estabelecido pelo Siscomex:

    I - verde, o Sistema proceder ao desembarao automtico damercadoria, sendo dispensado o exame documental da declarao e averificao fsica da mercadoria;

    II - laranja, haver apenas o exame documental do despacho; e

    III - vermelho, a fiscalizao aduaneira proceder ao exame

    documental e verificao fsica da mercadoria.

    Agora, uma pergunta que pode cair na prova: por que, na importao temcanal amarelo e na exportao tem canal laranja para exame documental????

    Reposta: No tenho a menor idia, dizem que foi coisa da cabea dosSecretrios da Receita poca das respectivas Instrues Normativas....

    Por razes fundamentadas, um despacho selecionado para o canal verdeou laranja poder ser redirecionado para o canal vermelho. Assim, mesmoque a declarao de exportao seja selecionada para o canal verde ou laranja,

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    poder a fiscalizao aduaneira agravar o canal de conferncia paravermelho quando tiver suspeita de alguma situao que deva ser melhorverificada.

    A conferncia aduaneira, conforme o canal de parametrizao, entende-sepelo exame documental e pela verificao da mercadoria.

    O Exame Documental consiste no exame dos documentos que instruemo despacho de exportao vista das informaes registradas, no SISCOMEX,antes do desembarao da mercadoria. Conforme informado acima, o examedocumental ser realizado nas declaraes selecionadas para os canais laranjae vermelho. Assim, quando voc estiver realizando o exame documental emum despacho de exportao, dever observar os dados que foram informadospelo exportador quando da confeco da declarao de exportao e compararcom as informaes contidas nos documentos instrutivos (por exemplo:descrio da mercadoria, quantidade comercializada, pesos bruto e lquido,preo das mercadorias, etc...).

    A legislao prev que o exame documental poder ser realizado aps oembarque ou a transposio de fronteira da mercadoria, ou dispensado,observados os critrios definidos, no SISCOMEX, pela administrao aduaneira.

    A Verificao da Mercadoria consiste na sua identificao equantificao, vista das informaes constantes do despacho e dos

    documentos que o instruem.

    A verificao da mercadoria, no curso da conferncia aduaneira ou emqualquer outra ocasio, ser realizada por AFRFB, ou sob a sua superviso, porservidor integrante da Carreira Auditoria da RFB, na presena do viajante, doexportador ou de seus representantes (igual importao).

    Em muitas unidades da RFB h grupos formados somente por AnalistasTributrios que fazem a verificao da mercadoria. O AFRFB responsvel pelodespacho de exportao encaminha a DE para esse grupo, orientando-o sobre

    os dados que deseja que sejam verificados na mercadoria. Aps a verificao,um ATRFB preenche o relatrio de verificao fsica (RVF) e devolve osdocumentos ao AFRFB, que, com base no relatado, dar prosseguimento aodespacho de exportao.

    Como regra, a verificao deve ser realizada na presena do viajante, doexportador ou de seus representantes, mas poder ser realizada na presenado depositrio ou de seus prepostos, sem a presena do exportador, quando amercadoria estiver depositada em recinto alfandegado.

    Tambm o transportador ou seus prepostos podero acompanhar averificao fsica da bagagem ou de mercadoria que esteja sob a suaresponsabilidade, com a dispensa da presena do viajante ou do exportador.

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    A critrio do servidor responsvel, a verificao fsica poder ser realizadapor amostragem. O servidor dever escolher, aleatoriamente, os volumes eembalagens da amostra a ser conferida. Neste caso, dever obrigatoriamente

    ser preenchido o relatrio de verificao fsica, fazendo-se constar asituao de verificao por amostragem (quantidade de volumes abertos). Ele,o AFRFB, informar, para cada despacho, o percentual das mercadorias ou aquantidade de volumes efetivamente verificados, devendo indicar, em caso dedispensa, ou, quando no forem objeto de verificao, o nvel correspondentea zero por cento.

    Assim como na importao, para auxiliar a verificao, podero serutilizados, entre outros, os seguintes documentos1:

    I - relatrios e termos de verificao lavrados por outras autoridades nafase de autorizao administrativa da exportao;

    II - registros de imagens das mercadorias, obtidos:

    a) por cmeras; ou

    b) por meio de equipamentos de inspeo no invasiva.

    Um detalhe. Na situao acima, ou seja, utilizao dos documentosauxiliares, a verificao fsica direta s dever ser realizada pelafiscalizao aduaneira se as informaes ou as imagens disponveis foreminsuficientes para identificar ou quantificar a mercadoria.

    Ateno! Essa previso normativa constava na IN da importao (IN/SRF680/2006), tambm, mas foi revogada em 2009. Mas para a exportao estvalendo. um bom detalhe para ser cobrado em prova, ainda maisconsiderando que a alterao na IN de exportao foi feita em 2012. Issosomente corrobora a tese de que o governo entende que exportar preciso,

    e que o despacho de exportao deve ser processado de forma clere.

    Nos casos de mercadoria cuja natureza exija percia tcnica (a IN/SRF28/94 ainda utiliza o termo assistncia tcnica) para sua identificao oAFRFB solicitar coleta de amostra ou laudo tcnico. O resultado desteexame ou laudo no impede a continuidade do despacho e o embarque damercadoria, ou seja, o desembarao da mercadoria ser realizado e ficar odespacho pendente da confirmao do exame ou laudo.

    1 Alterao introduzida na legislao pela IN/RFB 1.266/2012

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    Quando se tratar de exportao de mercadorias exportadas a granel, adeterminao do seu peso ser feita mediante pesagem, medio direta ouarqueao.

    Desembarao Aduaneiro

    Desembarao aduaneiro na exportao o ato pelo qual registrada aconcluso da conferncia aduaneira, e autorizado o embarque ou atransposio de fronteira da mercadoria

    Concluda a conferncia aduaneira, o AFRFB realizar o DesembaraoAduaneiro, autorizando o embarque ou a transposio de fronteira damercadoria.

    Conforme previsto em norma, mesmo que haja divergncias ouinfraes constatadas no curso do despacho aduaneiro, desde que elas noimpeam a sada da mercadoria do Pas, o desembarao dever serrealizado. Neste caso, as exigncias para correo ou complementao dadocumentao devero ser registradas no Siscomex, desde que asseguradosos meios de prova necessrios.

    Alguma dvida de que exportar preciso?

    O que ento impediria a sada da mercadoria do Pas? Por exemplo,

    tentativa de exportao de mercadoria proibida. O que me dizem de umcamarada tentando exportar um mico leo dourado, espcie animalameaada de extino?

    Como exemplo de exigncia a ser registrada no sistema, podemos citar ocaso de solicitao de laudo tcnico para definio da classificao damercadoria. Em regra, esses laudos exigem muito tempo para seremconcludos. Assim, no seria razovel que uma mercadoria ficasse aguardandoa sua concluso para que fosse autorizada sua sada do Pas. A mercadoria liberada, o laudo emitido depois, e o AFRFB toma as providncias cabveis

    aps a anlise do laudo.

    Observem que o despacho de exportao somente ser interrompido,impedindo-se a sada da mercadoria do Pas:

    I - em carter definitivo, quando se tratar de tentativa de exportao demercadoria cuja sada do pas esteja proibida, vedada ou suspensa, nostermos da legislao vigente; e

    II - at o cumprimento das exigncias legais (temporariamente),

    quando as divergncias apuradas caracterizarem, de forma inequvoca, frauderelativa a preo, peso, medida, classificao e qualidade da mercadoria.

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    Um detalhe. A mercadoria a ser reexportada somente serdesembaraada aps o pagamento das multas a que estiver sujeita.

    Trnsito AduaneiroH os casos em que o desembarao realizado em local distinto daquele

    em que se dar a sada dos bens do pas, ou seja, o despacho ocorrer emrecinto alfandegado de zona secundria ou local no alfandegado. Nessasituao, aps o desembarao, dever ser iniciado um trnsito aduaneirode sada (de exportao) para acobertar o transporte da mercadoria at olocal de embarque. Por exemplo, o despacho de exportao pode ocorrer emum Redex (recinto no alfandegado de exportao em zona secundria) e oembarque ocorrer no Porto de Capuaba (ES). Aps o desembarao deexportao, a mercadoria ser transportada amparada por trnsito aduaneiroat o Porto. L chegando, estando tudo regular, a aduana que jurisdiciona olocal de embarque concluir o trnsito e a mercadoria poder, ento,embarcar para o exterior.

    Registro dos Dados de Embarque

    Consiste na prestao de informao pelo transportador, no sistema,relativamente aos dados da mercadoria efetivamente embarcada. Nashipteses de transporte martimo, ferrovirio ou areo, essa informao prestada aps o desembarao. Nas vias rodoviria, fluvial ou lacustre, o

    registro dos dados de embarque pelo transportador ou pelo exportador deveser efetuado anteriormente recepo dos documentos.

    Averbao de Embarque

    O embarque ou a transposio de fronteira de mercadoria destinada aexportao somente poder ocorrer aps o seu desembarao e, quando for ocaso, a concluso de trnsito aduaneiro, devendo ser realizado sob controleaduaneiro, ou seja, o desembarao autoriza o embarque (ou o incio detrnsito, se for o caso).

    Aps a sada da mercadoria do Pas, ser realizada a Averbao doEmbarque no Sistema. Essa funo consiste na confirmao da sada damercadoria do Pas. Somente ser considerada exportada, para fins fiscais e decontrole cambial, a mercadoria cujo despacho de exportao estiveraverbado, no SISCOMEX

    Para que um despacho seja averbado, o sistema executa basicamenteuma comparao dos dados registrados pelo transportador ou exportador comos dados do desembarao.

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    Se os dados (basicamente quantidade de volumes e peso bruto)conferirem, a averbao automtica, mas no impede apurao deresponsabilidades.

    Se o sistema no averbar automaticamente o despacho, a fiscalizaoproceder averbao manual, com ou sem divergncia.

    Caso haja alguma exigncia registrada no Siscomex, antes ou aps odesembarao da mercadoria, a averbao do embarque somente serrealizada aps a baixa dessa exigncia. o caso da mercadoria que foidesembaraada com pendncia de confeco de laudo tcnico. Aps a coletade amostra ou inspeo da mercadoria por tcnico certificado pelo RFB, oAFRFB poder realizar o desembarao aduaneiro com a formalizao daexigncia no Siscomex para confeco do referido laudo, autorizando a sadada mercadoria do Pas. Concludo o laudo tcnico, o AFRFB confere os novosdados apresentados com os dados do despacho aduaneiro. Caso no hajairregularidades, o AFRFB dever dar baixa na exigncia registrada noSiscomex. Havendo divergncias, novas exigncias podero ser realizadaspara que o exportador corrija a documentao e/ou a declarao deexportao. Baixadas todas as exigncias, ocorrer a Averbao doEmbarque.

    Ateno! O ato final do despacho de exportao a averbao deembarque. a confirmao, pela fiscalizao, do embarque ou transposio

    de fronteira da mercadoria (na importao, o ato final do despacho odesembarao, lembram?).

    Aps a averbao do embarque, apenas se o exportador solicitar, seremitido no Siscomex o Comprovante de Exportao (nunca vi ningumpedir).

    No confunda!

    No Despacho deExportao

    Desembarao Aduaneiro- concluso da conferncia- autorizao paratrnsito/embarque/sada do Pas

    Averbao de Embarque- confirmao da sada do Pas- ato final do despacho de exportao

    Cancelamento da Declarao de Exportao

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    De acordo com as hipteses previstas em norma, o despacho deexportao poder ser cancelado:

    automaticamente, quando a Declarao de Exportao DE no forrecepcionada no Sistema pela fiscalizao aduaneira, no prazo de quinzedias contados a partir do seu registro ou quando a Declarao Simplificada deExportao (DSE) no for registrada aps quinze dias do seu preenchimento noSiscomex.

    pela fiscalizao aduaneira:

    a) de ofcio:

    1. quando constatada, em qualquer etapa da conferncia aduaneira,descumprimento das normas estabelecidas; e

    2. quando a carga tenha chegado unidade da RFB de embarque comindcios de avaria ou falta de mercadoria ou violao dos elementos desegurana; ou

    b) a pedido formal do exportador, quando constatado erro involuntrio,em registro efetuado, no Sistema, no passvel de correo, ou ainda, quandoocorrer desistncia do embarque, acompanhado da pertinente comprovaodocumental.

    O motivo do cancelamento dever ser informado pela fiscalizaoaduaneira, quando da efetivao do cancelamento da declarao deexportao.

    Caso haja Registro de Exportao (RE) com validade para embarque, elepoder ser utilizado em outra exportao, aps o cancelamento da DE ao qualestava vinculado.

    O cancelamento da declarao de exportao no exime o exportador da

    responsabilidade por eventuais infraes, conforme previsto no RegulamentoAduaneiro.

    Fluxo do Despacho de Exportao

    Assim como fiz na importao, disponibilizo o fluxograma do despacho deexportao do site da RFB para que vocs visualizem como e quando ocorrecada etapa, alm de ser um timo resumo. Mas no se esqueam de que essefluxo somente para o despacho de exportao com base em DE(Declarao de Exportao) registrada no Siscomex.

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    Fluxograma do Despacho de Exportao - DE

    Antes de registrar a DE, o exportador deve providenciar o registro de umou mais RE para sua mercadoria. Caso sua mercadoria esteja sujeita a alguma

    anuncia, essa ser providenciada pelo rgo competente por meio do RE, quecorresponde ao documento utilizado no controle administrativo dasexportaes. Nos termos de norma da Secex (Portaria 23/2011), pode ser quea exportao seja financiada, e assim exija tambm o Registro de Crdito(RC).

    O RE, como regra, deve ser registrado antes do embarque, mas hexcees.

    O registro da DE inicia o despacho. O exportador deve ento, levar osdocumentos para recepo na URFB de despacho. Mas lembrem-se: para que aaduana consiga recepcionar a DE, a carga tem que estar com presenaconfirmada no Siscomex. Se a DE no for apresentada URFB de despacho

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    (recepcionada) em 15 aps o seu registro, ela ser automaticamentecancelada pelo sistema.

    Aps a recepo, a declarao submetida a uma parametrizao nosistema. Essa parametrizao encaminha as declaraes para os canais verde(desembarao automtico), laranja (necessidade de exame documental) ouvermelho (necessidade de exame documental e verificao da mercadoria).

    As declaraes selecionadas para conferncia (laranjas e vermelhas) serodistribudas no Siscomex para AFRFB. A verificao da mercadoria serrealizada por AFRFB, ou, sob sua superviso, por integrante da carreiraauditoria da RFB, como o caso do analista-tributrio da RFB.

    Mesmo havendo divergncia ou infrao no impeditiva do embarque,o desembarao ser realizado, mas devem ser tomadas as medidas legaiscabveis, como formalizar exigncias e assegurar os meios de prova.

    Concluda a conferncia, a mercadoria ser desembaraada, e entoautorizado o embarque ou transposio de fronteira. Se o despacho ocorrerem recinto de zona secundria ou local no alfandegado, haver necessidadede um trnsito aduaneiro para acobertar o transporte dessa mercadoria ato local de embarque para o exterior.

    A averbao de embarque o ato final do despacho de exportao,

    procedimento que consiste na confirmao da sada da mercadoria do Pas.

    Se o despacho for realizado com base em DSE no Siscomex:

    - no tem RE- o registro da DSE tem que ser anterior ao embarque- no tem recepo de documentos no sistema- se a carga no estiver armazenada, sempre direcionada para

    conferncia (canal vermelho)

    - se a carga estiver armazenada, pode ser direcionada para conferncia(canal vermelho) ou no (canal verde).

    Resumo

    Definio: Despacho de exportao o procedimento mediante o qual verificada a exatido dos dados declarados pelo exportador em relao mercadoria, aos documentos apresentados e legislao especfica, com vistasa seu desembarao aduaneiro e a sua sada para o exterior

    Aplica-se:

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    - A mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, a ttulodefinitivo ou no;

    - a mercadoria que, importada a ttulo no definitivo, deva ser objeto de

    reexportao. realizado:

    Em regra, no Siscomex, com base em declarao de exportao, normal ousimplificada. H casos, previstos em norma para a realizao do despacho deexportao fora do Sistema.

    VIA SISCOMEX

    DSE

    SEM REGISTRO NO SISCOMEX

    (SEMPRE ANTERIOR AO EMBARQUE)

    SEMPRE ANTERIOR AO EMBARQUE

    DEANTERIOR AO EMBARQUE

    POSTERIOR AO EMBARQUERE PRVIO AO EMBARQUE

    REPOSTERIOR AO EMBARQUE

    DSE FORMULRIO

    OUTROS CASOS

    UNIDADES DA RFB para efeito de despacho de exportao:

    UNIDADE DE DESPACHO: aquela que jurisdiciona o local deconferncia e desembarao de mercadoria.

    UNIDADE DE EMBARQUE: a ltima unidade que exerce o controleaduaneiro antes da sada da mercadoria do territrio nacional.

    Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportao REDEX local de realizao de despacho em recinto no alfandegado de ZonaSecundria

    Modalidades de Despacho

    O despacho de exportao compreende duas modalidades bsicas:

    I.Despacho com sada definitiva: quando as mercadorias so exportadasem carter permanente, a exemplo de um automvel destinado revenda na Argentina.

    II. Despacho com sada temporria: quando as mercadorias so exportadasem carter no definitivo, a exemplo de uma mquina destinada arealizar uma obra de uma construtora no exterior. Nesse caso, seraplicado ao bem o regime aduaneiro especial de exportao temporria.

    Documentos que instruem a declarao de exportao:

    primeira via da Nota Fiscal

    via original do Conhecimento e do Manifesto Internacional deCarga, nas exportaes por via terrestre, fluvial ou lacustre;

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    outros, indicados em legislao especfica.

    Imposto de Exportao apresentao do DARF confirmando o pagamentoantes do desembarao.

    Espcies de Declarao de Exportao:

    - Declarao de Exportao DE

    - Declarao Simplificada de Exportao DSE

    - Outros (sem registro no Siscomex):

    - DSE Formulrio

    - Declarao para Aduana (Correios)

    - Conhecimento de Carga (Urna Funerria)

    - Nota Fiscal

    Os documentos de instruo do sero devolvidos ao exportador, aps odesembarao.

    Registro de Exportao (RE) compreende o conjunto de informaes denatureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza a operao deexportao de uma mercadoria e define o seu enquadramento, devendo serefetuado de acordo com o estabelecido pela Secretaria de Comrcio Exterior SECEX.

    Conferncia Aduaneira

    Canais de Parametrizao

    I - verde, o Sistema proceder ao desembarao automtico damercadoria, sendo dispensado o exame documental da declarao e averificao fsica da mercadoria;

    II - laranja, haver apenas o exame documental do despacho; e

    III - vermelho, a fiscalizao aduaneira proceder ao exame documental e verificao fsica da mercadoria.

    Exame Documental - exame dos documentos que instruem o despacho deexportao vista das informaes registradas.

    Verificao da Mercadoria - identificao e quantificao da mercadoria, vista das informaes constantes do despacho e dos documentos que oinstruem.

    Averbao do Embarque - confirmao da sada da mercadoria do Pas

    Cancelamento da Declarao de Exportao

    automaticamente

    pela fiscalizao aduaneira (de ofcio ou a pedido formal doexportador)

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    O cancelamento da declarao de exportao NO exime o exportador daresponsabilidade por eventuais infraes cometidas

    CASOS ESPECIAIS DE IMPORTAO E DE EXPORTAO

    Esse o item 9.2.4 do programa. Os casos especiais de Importao e deExportao esto previstos no Captulo III do Ttulo I (artigos 597 a 633) doRegulamento Aduaneiro. Puxa vida, o que seriam esses casos especiais? Paraaqueles no to novos (como o meu caso), vo se lembrar daquele programada Globo que passava s cinco e meia da tarde, sempre com uma histria(quando era real) ou estria (quando inventada) muito bacana. Algum selembra? Ser que eu sou o mais velho por aqui? Bom, deixa pra l....

    Aqui no RA, estamos falando de situaes onde, dependendo do tipo demercadoria, pode haver uma lei proibindo sua importao ou exportao, ouexigindo algum certificado ou autorizao especial para tal. Ento, oRegulamento Aduaneiro, que um consolidador dessas normas, agrupou essasexigncias (que tm como origem diversas leis) nesses artigos. Importanteressaltar que alguns desses controles so realizados por meio da fase decontrole administrativo das importaes ou exportaes (lembram? O LI naimportao e o RE na exportao)? H alguns casos especiais previstos naPortaria Secex 23/2011.

    Em termos de prova, vejo como possibilidade de questes exigir o tipo deautorizao e o rgo emissor de cada certificado, misturando algunsprodutos.

    Vejamos ento cada um dos casos. Confesso que uma parte da matriaque exige (ainda mais) decoreba. Vejamos....

    Entorpecentes

    comum surgir a dvida e a confuso sobre a competncia da Receita

    (no seria da Polcia Federal) em relao aos entorpecentes. Mas o servidor daReceita quem controla a entrada e sada de bens no Pas. E se ele encontrarentorpecentes entre os bens destinados a importao ou a exportao?Vejamos.

    Esto sujeitos a controle e fiscalizao, a importao, a exportao, areexportao, o transporte, a distribuio, a transferncia e a cesso deprodutos qumicos que possam ser utilizados como insumo na elaborao desubstncias entorpecentes, psicotrpicas ou que determinem dependnciafsica ou psquica.

    A IN/SRF 110/99 normatiza o assunto e determina que as substnciasentorpecentes ou que determinem dependncia fsica ou psquica, bem como

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    as matrias primas destinadas sua preparao, encontradas no territrionacional por servidor da RFB, sem a devida autorizao da autoridadecompetente, devero ser apreendidas mediante a lavratura do Termo de

    Apreenso de Substncias Entorpecentes e Drogas Afins.E o que so substncias entorpecentes e drogas afins? So aquelas

    especificadas em lei ou relacionadas pelo rgo competente do Ministrio daSade, capazes de determinar dependncia fsica ou psquica.

    Em atividade de batida, voc pode encontrar drogas sendotransportadas. Ento os veculos utilizados no transporte das referidassubstncias, bem assim os bens utilizados na sua produo,acondicionamento ou armazenagem, sero apreendidos.

    Esse dispositivo deve ser aplicado somente s substncias entorpecentes,psicotrpicas ou que determinem dependncia fsica ou psquica, e que noestejam sob controle do rgo competente do Ministrio da Sade, devendoas partes envolvidas nas operaes possuir licena de funcionamento,exceto quando se tratar de quantidades de produtos qumicos inferioresaos limites a serem estabelecidos em portaria do Ministro de Estado daJustia.

    Para importar, exportar ou reexportar os produtos qumicos sujeitos acontrole e fiscalizao (ou seja, que possam ser utilizado como insumo para

    fabricar entorpecentes que gerem dependncia) ser necessria autorizaoprvia do Departamento de Polcia Federal, nos casos previstos em portariado Ministro de Estado da Justia.

    Ento, quem importar ou exportar esse tipo de produto deve possuirlicena de funcionamento do Min. Sade. E a operao de importao eexportao dos referidos produtos qumicos depende de autorizao da PF.

    Para importar, exportar ou reexportar drogas, ou matria-primadestinada sua preparao, que estejam sob controle do rgo competente do

    Ministrio da Sade, indispensvel licena da autoridade competente.Consideram-se como drogas as substncias ou os produtos capazes de causardependncia.

    E o que so drogas? So substncias ou produtos capazes de causardependncia, assim especificados em lei ou em ato do Poder Executivo.

    Fumo e seus Sucedneos

    A importao de cigarros classificados no cdigo 2402.20.00 da

    Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) ser efetuada exclusivamente porempresas que mantiverem registro especial na RFB.

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    vedada a importao de cigarros de marca que no sejacomercializada no pas de origem, ou seja, no ser aceito aqui no Brasilcigarro que no possa ser consumido no pas de fabricao.

    No desembarao aduaneiro de cigarros importados do exteriordevero ser observados:

    I - se as vintenas importadas correspondem marca comercial divulgadae se esto devidamente seladas, com a marcao no selo de controle donmero de inscrio do importador no Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica(CNPJ) e do preo de venda a varejo;

    II - se a quantidade de vintenas importadas corresponde quantidadeautorizada; e

    III - se na embalagem dos produtos constam, em lngua portuguesa,todas as informaes exigidas para os produtos de fabricao nacional.

    Os cigarros destinados exportao no podero ser vendidos nemexpostos venda no Pas, sendo o fabricante obrigado a imprimir,tipograficamente ou por meio de etiqueta, nas embalagens de cada mao oucarteira de vinte unidades, bem como nos pacotes e em outros envoltrios queas contenham, em caracteres visveis, o nmero do Cadastro Nacional daPessoa Jurdica.

    As embalagens de apresentao dos cigarros destinados a pases daAmrica do Sul e da Amrica Central, inclusive Caribe, devero conter, ainda,a expresso "Somente para exportao - proibida a venda no Brasil",admitida sua substituio por dizeres com exata correspondncia em outroidioma. Essa providncia objetiva a impedir a entrada irregular de cigarrosexportados no mercado interno, uma vez que a exportao imune deimpostos e a tributao de cigarros uma das mais altas entre os produtos,tornando-se vantajosa o contrabando de cigarros.

    Da mesma forma, as embalagens destinadas a venda, para consumo ourevenda, em embarcaes ou aeronaves em trfego internacional, inclusive pormeio de ships chandler (fornecedores de bens para consumo a bordo deembarcaes) devero conter, ainda, a expresso "Somente paraexportao - proibida a venda no Brasil".

    Em qualquer caso, devero ser aplicados os selos de controle aoscigarros destinados exportao.

    Ressalvadas as operaes de aquisio no mercado interno realizadas

    pelas empresas comerciais exportadoras com o fim especfico deexportao, a exportao do tabaco em folha s poder ser feita pelasempresas registradas para a atividade de beneficiamento e acondicionamento

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    por enfardamento, de acordo com a legislao especfica, atendidas ainda asinstrues expedidas pela RFB e Secex.

    Produtos com Marca FalsificadaPodero ser retidos, de ofcio ou a requerimento do interessado,

    pela autoridade aduaneira, no curso da conferncia aduaneira, os produtosassinalados com marcas falsificadas, alteradas ou imitadas, ou que apresentemfalsa indicao de procedncia.

    Aps a reteno, a autoridade aduaneira notificar o titular dos direitosda marca para que, no prazo de dez dias teis da cincia, promova, se for ocaso, a correspondente queixa e solicite a apreenso judicial dasmercadorias. O titular dos direitos da marca poder, em casos justificados,solicitar que seja prorrogado o prazo estabelecido no caput uma nica vez, porigual perodo.

    Observe-se que a fiscalizao aduaneira poder promover a reteno dobem. Porm, o prosseguimento do processo depender de ao privadamovida pelo detentor da marca. Isso muito importante, pessoal. O interesseem proteger a marca da empresa, e no do governo. Ele, o interessado, quem deve tomar as devidas providncias. A aduana retm a carga e avisa odono da marca. Se ele no fizer nada, a autoridade deve prosseguir com odespacho e carga pode ser liberada.

    Caso a autoridade aduaneira no seja informada, no prazo de dez dias ouno prazo prorrogado, de que foram tomadas pelo titular da marca as medidascabveis para apreenso judicial das mercadorias, o despacho aduaneirodestas poder ter prosseguimento, desde que cumpridas as demais condiespara a importao ou exportao.

    O titular da marca, tendo elementos suficientes para suspeitar que aimportao ou a exportao de mercadorias com marca contrafeita venha aocorrer, poder requerer sua reteno autoridade aduaneira, apresentando

    os elementos que apontem para a suspeita. Neste caso, a autoridadeaduaneira poder exigir que o requerente apresente garantia, em valorsuficiente para protegero requerido e evitar abuso.

    O procedimento acima visa evitar a guerra comercial, quando umaempresa poder fazer acusaes falsas sobre outra, a fim de atrasar ouimpedir a importao ou exportao de seus produtos. Para resguardar osdireitos dos importadores e exportadores, a autoridade aduaneira poder exigirque o acusador preste garantia em favor do acusado.

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    Sobre esse controle, vejam um caso interessante. Conforme o dispositivoprev, a ao para apreenso judicial da carga privada. Assim, nuncafiquei insistindo muito para que o interessado tomasse suas providncias, j

    que a lei diz que o titular da marca quem deve correr atrs, entenderam?Simplesmente fazia uma comunicao e aguardava o prazo. Mas um dia estavaeu fiscalizando uma importao de culos. Tudo bem. Mas quando fui aoarmazm, verificar a carga, vi que nos culos constava a marca AnaHickmann. Pxa, a diferente, n? Eu no poderia, de forma alguma, deixarpassar uma importao de culos falsificados da minha amiga Aninha, no mesmo?

    Ento arregacei as mangas e solicitei a comunicao oficial, e que, dada arelevncia do caso, seria muito, mas muito importante mesmo, a presenada dona da marca no armazm para acompanhar, junto ao fiscal (o maisprximo possvel), o despacho. Pensei que seria interessante ela vir para,quem sabe, experimentar os culos na minha frente (de preferncia semnenhuma outra pea de roupa para no atrapalhar a averiguao). Aguardeiansiosamente a resposta. Um belo dia, recebo uma ligao: Sr. Missagia, temuma pessoa querendo falar com voc sobre Ana Hickmann!. Sa correndo paraatender, quase derrubei as cadeiras, quando uma voz de valete (para minhadecepo) do outro lado diz: Sr. Fiscal Missagia, aqui o Dr. Fulano de tal,advogado do escritrio XPTO e associados, que representa a marca AnaHickmann..., bom dia!. E eu pensei, como assim bom dia? Quem que pediupara falar com esse cara? Eu s atendo a dona da marca! Bom, mas eu spoderia mesmo pensar isso, e no falar. Ento deixei o barbudo prosseguir, eele me disse que aquela importao era regular de produtos da marca, queestava tudo certo, que eles agradeciam muito .... etc. etc. Que droga!Desembaracei a carga com muita decepo. J estava imaginando a formacomo a Aninha iria me agradecer por ter retido uma importao de culosfalsificados da sua marca. Vida que segue...

    ....

    Prosseguindo...

    No caso de falsificao, alterao ou imitao de armas, brases oudistintivos oficiais nacionais, estrangeiros ou internacionais, sem a necessriaautorizao, a autoridade aduaneira promover a devida representaofiscal para fins penais.

    Fonogramas, Livros e Obras Audiovisuais

    Os fonogramas, os livros e as obras audiovisuais, importados ou aexportar, devero conter selos ou sinais de identificao, emitidos e

    fornecidos na forma da legislao especfica, para atestar o cumprimento dasnormas legais referentes ao direito autoral.

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    A autoridade aduaneira tambm poder promover a reteno dosreferidos bens, aplicando-se, no que couber, s importaes ou s exportaesde mercadorias onde haja indcio de violao ao direito autoral, os

    procedimentos estabelecidos para produtos com marca falsificada.Brinquedos, Rplicas e Simulacros de Armas de Fogo

    vedada a importao de brinquedos, rplicas e simulacros de armas defogo, que com estas se possam confundir. Porm, esto excetuadas dareferida proibio, as rplicas e os simulacros destinados instruo, aoadestramento, ou coleo de usurio autorizado, nas condies fixadas peloComando do Exrcito.

    Bens Sensveis

    Depender de prvia autorizao do Ministrio da Cincia e Tecnologiaa exportao de bem constante das listas de bens sensveis (relacionados emlistas de bens sensveis), assim considerados os bens de uso na rea nuclear,qumica e biolgica:

    I - bens de uso duplo: os de aplicao generalizada, desde que relevantespara aplicao blica;

    II - bens de uso na rea nuclear: os materiais que contenham elementos

    de interesse para o desenvolvimento da energia nuclear, bem como asinstalaes e equipamentos utilizados para o seu desenvolvimento ou para asinmeras aplicaes pacficas da energia nuclear; e

    III - bens qumicos ou biolgicos: os que sejam relevantes para qualqueraplicao blica e seus precursores.

    A importao e a exportao de materiais nucleares depender deautorizao da Comisso Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

    Tambm depender de autorizao da CNEN a exportao de produtosque contenham elementos nucleares em coexistncia com outros elementos ousubstncias de maior valor econmico.

    Medicamentos, Drogas, Insumos Farmacuticos e Correlatos

    A importao e a exportao de medicamentos, drogas, insumosfarmacuticos e correlatos, bem como produtos de higiene, cosmticos,perfumes, saneantes domissanitrios, produtos destinados correo estticae outros de natureza e finalidade semelhantes, ser permitida apenas sempresas e estabelecimentos autorizados pelo Ministrio da Sade elicenciados pelo rgo sanitrio competente.

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    Produtos Contendo Organismos Geneticamente Modificados

    Os organismos geneticamente modificados e seus derivados destinados a

    pesquisa ou a uso comercial s podero ser importados ou exportados apsautorizao ou em observncia s normas estabelecidas pela ComissoTcnica Nacional de Biossegurana ou pelos rgos e entidades deregistro e fiscalizao.

    Biodiesel

    A importao de biodiesel deve ser efetuada exclusivamente por pessoasjurdicas constitudas na forma de sociedade sob as leis brasileiras, com sede eadministrao no Pas, beneficirias de autorizao da Agncia Nacional doPetrleo, Gs Natural e Biocombustveis, e que mantenham RegistroEspecial na RFB, sendo vedada a importao sem o Registro Especial.

    Gs Natural

    Qualquer empresa ou consrcio de empresas, desde que constitudos sobas leis brasileiras, com sede e administrao no Pas, podero receberautorizao do Ministrio de Minas e Energia para exercer as atividades deimportao e exportao de gs natural.

    O exerccio das atividades de importao e exportao de gs natural

    observar as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de PolticaEnergtica.

    Agrotxicos e seus Componentes e Afins

    Os agrotxicos, seus componentes e afins s podero ser importados ouexportados se previamente registrados em rgo federal, de acordo com asdiretrizes e as exigncias dos rgos federais responsveis pelos setores dasade, do meio ambiente e da agricultura, considerando-se:

    proibida a importao, a exportao e o armazenamento dediclorodifeniltricloretano (DDT).

    Animais e seus Produtos

    Nenhuma espcie animal da fauna silvestre, assim considerada osanimais de quaisquer espcies, em qualquer fase do seu desenvolvimento eque vivem naturalmente fora do cativeiro, poder ser introduzida no Pas semparecer tcnico e licena expedida pelo Ministrio do Meio Ambiente.

    proibida a exportao de peles e couros de anfbios e rpteis, embruto.

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    O transporte para o exterior, de animais silvestres, lepidpteros, e outrosinsetos e seus produtos, depende de guia de trnsito, fornecida peloMinistrio do Meio Ambiente. O material consignado a instituies

    cientficas oficiais est dispensado dessa exigncia.Espcies Aquticas

    proibida a importao ou a exportao de quaisquer espciesaquticas, em qualquer estgio de evoluo, bem como a introduo deespcies nativas ou exticas nas guas interiores, sem autorizao doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenovveis (Ibama).

    A importao de espcies aquticas para fins ornamentais e deaquicultura, em qualquer fase do ciclo vital, depender de permisso do rgocompetente.

    Equdeos

    proibida a exportao de cavalos importados para fins de reproduo,salvo quando tiverem permanecido no Pas, como reprodutores, durante oprazo mnimo de trs anos .

    Os equdeos importados, em carter temporrio, para participao em

    competies turfsticas, de hipismo e plo, exposies e feiras, e espetculoscircenses, deixaro o Pas no prazo mximo de sessenta dias, contados dotrmino do respectivo evento, sendo facultada sua permanncia definitiva,mediante processo regular de importao.

    Objetos de Interesse Arqueolgico ou Pr-histrico, Numismticoou Artstico

    Nenhum objeto que apresente interesse arqueolgico ou pr-histrico,numismtico ou artstico poder ser transferido para o exterior, sem licena

    expressa do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional -IPHAN.

    A falta de licena acarretar na apreenso sumria do objeto a sertransferido, sem prejuzo das demais penalidades a que estiver sujeito oresponsvel e na sua entrega ao IPHAN.

    Obras de Arte e Ofcios Produzidos no Pas, at o fim do PerodoMonrquico

    proibida a sada do Pas, ressalvados os casos de autorizaoexcepcional pelo Ministrio da Cultura, de:

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    I - quaisquer obras de artes e ofcios tradicionais, produzidos no Brasil ato fim do perodo monrquico, abrangendo no s pinturas, desenhos,esculturas, gravuras e elementos de arquitetura, como tambm obras de talha,

    imaginria, ourivesaria, mobilirio e outras modalidades;II - obras da mesma espcie das referidas no inciso I, oriundas de

    Portugal e incorporadas ao meio nacional durante os regimes colonial eimperial; e

    III - obras de pintura, escultura e artes grficas que, embora produzidasno estrangeiro no decurso do perodo mencionado nos incisos I e II,representem personalidades brasileiras ou relacionadas com a Histria doBrasil, bem como paisagens e costumes do Pas.

    A tentativa de exportao de quaisquer obras e objetos acima ser punidacom a apreenso dos bens pela autoridade aduaneira, em nome da Unio,sendo feita a destinao dos bens apreendidos em proveito de museus no Pas.

    Se ocorrer dvida sobre a identidade das obras e objetos, a respectivaautenticao ser feita por peritos designados pelas chefias dos servioscompetentes da Unio, ou dos Estados, se faltarem no local da ocorrnciarepresentantes dos servios federais.

    Livros Antigos e Conjuntos Bibliogrficos Brasileiros

    proibida a sada do Pas, ressalvados os casos autorizados peloMinistrio da Cultura, de:

    I - bibliotecas e acervos documentais constitudos de obras brasileiras ousobre o Brasil, editadas nos sculos XVI a XIX;

    II - obras e documentos compreendidos no inciso I, que, pordesmembramento dos conjuntos bibliogrficos, ou isoladamente, hajam sidovendidos; e

    III - colees de peridicos que j tenham sido publicados h mais de dezanos, bem como quaisquer originais e cpias antigas de partituras musicais.

    A infringncia do acima disposto ser punida com a apreenso dos bens esua destinao em proveito do patrimnio pblico, aps a manifestao doMinistrio da Cultura.

    Diamantes Brutos

    A atividade de extrao e o comrcio de diamantes, em muitos pases,est associada a zonas de conflito armado, ou explorao de mo de obraescrava ou infantil. Por isso os pases resolveram estabelecer regras para

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    evitar a aceitao do comrcio de diamantes com origem em locais que noobedeam certos princpios e regras.

    Assim, a importao e a exportao de diamantes brutos dependem deapresentao do Certificado do Processo de Kimberley, em conformidadecom as exigncias estabelecidas no Processo de Kimberley.

    O Processo de Kimberley engloba todas as atividades internacionaisrelacionadas certificao de origem de diamantes brutos. So proibidasas atividades de importao e exportao de diamantes brutos originrios depases no-participantes do Processo de Kimberley.

    Na exportao de diamantes brutos produzidos no Pas, a emisso doCertificado do Processo de Kimberley compete ao Departamento Nacionalde Produo Mineral.

    Compete RFB examinar e manusear os lotes de diamantes brutossubmetidos a despacho aduaneiro, com vistas a verificar sua conformidadecom o contedo do Certificado do Processo de Kimberley.

    Pessoal, quem tiver a oportunidade, assista ao filme Diamantes deSangue, com Leonardo di Caprio. um filme forte, muito bom, e que ajuda aentender a importncia do Certificado Kimberley.

    Esses casos especiais nos fazem lembrar que o controle aduaneiro no serestringe fiscalizao do pagamento regular de tributos, mas tambm importante para a proteo sociedade e livre e leal concorrncia.

    CASOS ESPECIAIS NO RA - RESUMO

    CASOS ESPECIAISEntorpecentes Importao e Exportao sujeitas a autorizao prvia do

    Departamento de Polcia Federal.

    Fumo e seus Sucedneos

    Registro Especial na RFB para importar cigarrosVedada a importao de cigarros de marca que no sejacomercializada no pas de origem.Os cigarros destinados exportao no podero servendidos nem expostos venda no Pas.As embalagens de apresentao dos cigarros destinados apases da Amrica do Sul e da Amrica Central, inclusiveCaribe, devero conter, ainda, a expresso "Somente paraexportao - proibida a venda no Brasil".

    Produtos com MarcaFalsificada

    Podero ser retidos, de ofcio ou a requerimento dointeressado, pela autoridade aduaneira, no curso daconferncia aduaneira.A reteno ter o prazo de dez dias teis para que o

    detentor da marca promova a correspondente queixa esolicite a apreenso judicial das mercadorias.

    Fonogramas, Livros e Devero conter selos ou sinais de identificao.

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    Obras Audiovisuais

    Brinquedos, Rplicas e dosSimulacros de Armas de

    Fogo

    Vedada a importao, excetuadas as rplicas e ossimulacros destinados instruo, ao adestramento, ou

    coleo de usurio autorizado, nas condies fixadas peloComando do Exrcito.

    Bens Sensveis Exportao mediante autorizao do Ministrio da Cinciae Tecnologia.

    Medicamentos, Drogas,Insumos Farmacuticos eCorrelatos

    Importao e Exportao somente por estabelecimentosautorizados pelo Ministrio da Sade e licenciados pelorgo sanitrio competente.

    Produtos ContendoOrganismosGeneticamenteModificados

    Autorizao da Comisso Tcnica Nacional deBiossegurana ou pelos rgos e entidades de registro efiscalizao para importao ou exportao

    Biodiesel Importao somente por PJ autorizada pela ANP.

    Gs Natural

    Autorizao do Ministrio de Minas e Energia para

    importao e exportao.Agrotxicos e seusComponentes e Afins

    Registro em rgo federal dos produtos para seremimportados ou exportados

    Animais e seus Produtos

    Parecer tcnico e licena expedida pelo Ministrio do MeioAmbiente para introduo no Pas.Proibida a exportao de peles e couros de anfbios erpteis, em bruto.

    Espcies AquticasAutorizao do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renovveis para importao.

    Equdeos Proibida a exportao de cavalos importados para fins dereproduo, salvo quando tiverem permanecido no Pas,como reprodutores, durante o prazo mnimo de trs anos.

    Objetos de Interesse

    Arqueolgico ou Pr-histrico, Numismtico ouArtstico

    Licena expressa do Instituto do Patrimnio Histrico e

    Artstico Nacional IPHAN.Apreenso sumria do objeto e sua entrega ao IPHAN.

    Obras de Arte e OfciosProduzidos no Pas, at ofim do Perodo Monrquico

    proibida a sada do Pas, ressalvados os casos deautorizao excepcional pelo Ministrio da Cultura.Apreenso dos bens e sua destinao em proveito dopatrimnio pblico.

    Diamantes BrutosA importao e a exportao de diamantes brutosdependem de apresentao do Certificado do Processode Kimberley.

    EXERCCIOS

    01) - (Do autor) Analise as assertivas abaixo e em seguida assinale aalternativa correta em relao regra geral do despacho de exportao:

    ( ) As mercadorias destinadas ao exterior em carter definitivo esto sujeitasao despacho aduaneiro de exportao.

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    ( ) A mercadoria importada sob o regime de regime aduaneiro especial deadmisso temporria est sujeita ao despacho aduaneiro de exportao,quando do seu retorno ao exterior.

    ( ) A mercadoria importada a ttulo definitivo, quando de sua sada do Pas,estar sujeita ao despacho aduaneiro de exportao

    A) F V VB) V F VC) V V FD) V V VE) V F F

    Comentrio:

    Esto todas certas. Mercadorias nacionais, nacionalizadas, que tenham sidoimportadas a ttulo definitivo ou no, quando destinadas ao exterior, devemser submetidas a despacho de exportao. A exceo somente para maladiplomtica ou consular.

    Resposta: Letra D

    02) - (Do autor) O despacho aduaneiro de exportao ser processadocom base em declarao de exportao, com exceo:

    a) do retorno ao exterior de mercadoria admitida em regime aduaneiroespecial.

    b) da sada definitiva de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto dedespacho aduaneiro de importao em carter definitivo.

    c) da sada do Pas de urna funerria contendo restos mortais.

    d) do retorno ao exterior da mala diplomtica, cujo despacho ser

    processado com base no conhecimento de carga ou no carto de embarque dopassageiro.

    e) da sada de mercadoria nacional que deva permanecer no exteriortemporariamente e depois retornar ao Pas.

    Comentrio:

    O despacho de exportao de urna funerria realizado com base noconhecimento de carga, em carter prioritrio e rito sumrio. A mala

    diplomtica (letra D) est dispensada de despacho.

    Resposta: Letra C

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    03) - (Do autor) Analise as assertivas abaixo e em seguida assinale aalternativa correta:

    ( ) O despacho aduaneiro de exportao poder ser realizado em recintosalfandegados de Zona Primria ou de Zona Secundria.

    ( ) A realizao do despacho aduaneiro de exportao em recinto noalfandegado de Zona Secundria independe de autorizao da fiscalizaoaduaneira que jurisdiciona o local de embarque da mercadoria.

    ( ) A apresentao da declarao de exportao dever preceder autorizaopara sada da mercadoria do Pas, exceo dos casos de despacho aposterioriprevistos em norma.

    ( ) A unidade de despacho na exportao considerada a ltima da RFB queexerce o controle aduaneiro antes da sada da mercadoria do territrionacional.

    ( ) F V V V( ) V F V F( ) V V F V( ) V V V F( ) F F F V

    Comentrio

    1) Verdadeira O despacho de exportao pode ser realizado em zonaprimria ou secundria, inclusive em locais no alfandegados de zonasecundria

    2) Verdadeira A RFB precisa autorizar para que o despacho seja realizadoem zona secundria, mas a autorizao da URFB de despacho (art. 13, III daIN/SRF 28/94)

    3) Verdadeiro Regra Geral: registra a DE, depois desembaraa, e ento autorizada a sada da mercadoria do Pas. Exceo: despacho a posteriori:embarca primeiro, depois registra a DE

    4) Falso Essa a definio de unidade de embarque

    Resposta: Letra D

    04) - (Do autor) Analise as assertivas abaixo e em seguida assinale a

    alternativa correta:

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    ( ) Considera-se efetivado o despacho aduaneiro de exportao na modalidadede sada definitiva quando da sada do Pas de uma mercadoria estrangeira,que tenha ingressado no Pas a ttulo temporrio.

    ( ) No fornecimento de mercadorias para uso e consumo de bordo emaeronave ou embarcao de bandeira estrangeira ou brasileira, em trfegointernacional, considera-se como unidade de embarque a mesma unidade queautorizou o procedimento para o fornecimento, que aps a apresentao dadeclarao de exportao ir proceder ao despacho aduaneiro de exportao.

    ( ) Quando a mercadoria for transportada por via terrestre e, em razo doseu volume ou peso, o transporte no puder ser realizado por apenas umveculo, poder ser autorizada a transposio de fronteira de forma fracionada.

    ( ) A unidade da RFB que jurisdiciona a unidade da ECT de postagem daremessa postal internacional ser considerada a unidade de embarque naexportao, independentemente de qual tenha sido a unidade da RFB dedespacho na exportao.

    ( ) F V V V( ) V F V F( ) V V V F( ) V V F V( ) V F F V

    Comentrio

    1) Verdadeiro na verdade o despacho de exportao s concludo quandoda efetiva sada do bem do Pas (averbao do embarque)

    2) Verdadeiro um detalhe. Diz o art 7, pargrafo nico, IV da IN/SRF28/94, que, no fornecimento de mercadorias para uso e consumo de bordo emaeronave ou embarcao de bandeira estrangeira ou brasileira, em trfegoint