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José Oliveira,gestor da Bi4all, considera As vantagens competitivas da empresa são as pessoas A actual crise levou José Oliveira, gestor da Bi4all, a adoptar novas estratégias para responder às necessidades dos clientes, mantendo sempre um nível de competitividade bastante elevado. A empresa dedica-se à venda de software de Business Intelligence e à consultadoria na sua implementação. José Oliveira pretende atingir 1,9 milhões de euros de vendas no final deste ano. Segundo o entrevistado, as vantagens competitivas da Bi4all são as pessoas, contando actualmente com uma equipa de mais de 20 consultores. PUB sexta-feira, 8 Maio de 2009 17 NEGÓCIOS E EMPRESAS P ara alguns, o período de serviço militar é uma perda de tempo na vida, para José Oliveira, empresário de 42 anos, foi uma oportunidade de amadurecimento e reflexão da qual ainda hoje obtém benefício na sua vida pessoal e profissional. Este licenciado em Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Línguas e Administração e com uma pós- graduação em E-Business pelo ISEG, iniciou a sua carreira profissional em 1991, na Rhone Poulenc Agro Portugal, onde desempenhou a função de gestor de Tecnologias de Informação, tendo sido responsável por diversos projec- tos, tais como a transição da moeda para o euro e a pas- sagem do ano 2000. Em 1999, o grupo Rhone Poulenc funde-se com a Hoest Shering Agrevo, aparecendo uma nova entidade chamada Aventis, que se torna dessa forma a maior empresa mun- dial do ramo farmacêutico. Com esta situação, apresenta- se um novo desafio para José Oliveira, uma vez que fica responsável pela transição dos sistemas de informação das duas entidades para a nova empresa acabada de criar. Após o sucesso deste projecto, o grupo decide a cen- tralização dos sistemas de informação ao nível europeu tendo passado o centro de decisão para Bruxelas. A filial em Portugal deixa assim de ter qualquer independência ou poder de decisão no que se referia a esta matéria. Perante este facto, a única opção encontrada por José Oliveira é a entrada novamente no mercado de trabalho. Rapidamente abraça uma nova oportunidade na Sin- fic como gestor da Unidade de Negócio. Desempenhou funções de planeamento estratégico e execução operacion- al tendo proporcionado à empresa a liderança em certos nichos do mercado Nacional de Tecnologias e Sistemas de Informação. Passados quatro anos, a área de Business Intelligence da Sinfic já representava 34% do volume de Negócios da em- presa, no entanto o desenvolvimento da carreira de José Oliveira não acompanhou o crescimento do negócio e por isso a única opção era a sua saída da empresa. Uma breve passagem por uma empresa de Gestão de Activos fez ver a José Oliveira que era altura de dar forma à sua faceta de empreendedor. Estavam criadas as condições para o lançamento de um projecto próprio numa área que ele bem conhecia e em que acreditava poder oferecer valor acrescentado. Com uma carteira de clientes de boa dimensão, com os quais mantinha relações comerciais de confiança, e com o apoio das principais softwares do mundo, como parcei- ros de negócio, contando com os melhores consultores do mercado, nasce a BI4all – Consultores de Gestão com um capital social de 100 mil euros. Consciente de que os dois primeiros anos de actividade de uma empresa são os mais críticos, devido à elevada ne- cessidade de financiamento e à inevitável afirmação no mercado, obrigaram à definição de um plano de negócios minucioso e de um conjunto de objectivos de negócio que permitiram ultrapassar as dificuldades iniciais e po- tenciar o crescimento da empresa. O alcançar dos objectivos no primeiro ano de actividade foi fundamental para a expansão do plano de negócios e o crescimento contínuo da empresa, não só em colabora- dores mas também em volume de negócios. A venda de software de Business Intelligence e a con- sultadoria na sua implementação são os pilares do negó- cio desta empresa. O sector tem verificado movimen- tos de concentração, existindo agora quatro grandes fornecedores de soluções de BI, a IBM, a Microsoft, a Oracle e a SAP. Apesar destas alterações no sector, o negócio da Bi4all, não parece ressentir-se, estimando José Oliveira atingir os 1,9 milhões de euros de vendas no final de 2009, o que representa um crescimento de 46% face a 2008. A crise que se vive actualmente em todo o mundo, e que também se faz sentir no nosso país, embora preocupe o gestor da Bi4all não o faz abrandar o ritmo, apenas o leva a adoptar novas estratégias para responder às neces- sidades dos clientes, mantendo sempre um nível de com- petitividade bastante elevado. Afirma que as vantagens competitivas desta pequena empresa são as pessoas, contando actualmente com uma equipa de mais de 20 consultores, que pautam a sua ac- tuação por valores tão importantes como a seriedade e o rigor num sector de actividade tão competitivo e agres- sivo, como o da consultadoria e das tecnologias de infor- mação. Esta empresa conta já com mais de 200 projectos reali- zados divididos entre reengenharia de processos, Planea- mento e Orçamentação, Corporate Governance e Busi- ness Intelligence na perspectiva do Reporting. Regista crescimentos anuais de dois dígitos e com uma carteira de clientes significativa dos quais de destacam Johnson & Johnson, Cetelem, Montepio Geral, Banco Itau, e Merck Sharp & Dhome. No horizonte desta empresa está a abertura de uma su- cursal no Porto, um mercado ainda pouco explorado por esta empresa, e que lhe permitirá trabalhar todo o mercado do Norte de Portugal e da Galiza. Também é objectivo do fundador fazer crescer a presença da organização a nível internacional, bem como aumentar a proposta de valor aos clientes actuais promovendo e potenciando as relações com os mesmos num princípio de Customer Intimacy. MÓNICA MONTEIRO [email protected] Conceito que engloba um vasto conjunto de aplicações de apoio à tomada de decisão que possibilitam um aces- so rápido, partilhado e interactivo das informações, bem como a sua análise e manipulação; através destas ferra- mentas, os utilizadores podem descobrir relações e ten- dências e transformar grandes quantidades de informação em conhecimento útil. Algumas vantagens das tecnologias de Business Intelli- gence nas diversas áreas funcionais de uma empresa: • Comercial – Análise do comportamento do consumi- dor; Análise da rendibilidade de consumidores/segmentos; Análise de cross-selling ; Análise da força de vendas; Aná- lise dos canais de distribuição. • Marketing - Penetração no mercado/segmentos; Eficá- cia das campanhas de marketing (análise de meios); Aná- lise do ciclo de vida do produto/serviço • Finanças - Previsão, planeamento e orçamentação; Análise de performance; Consolidação financeira; Repor- ting financeiro. • Operações/Logística - Eficiência operacional; Plane- amento da produção; Controlo de qualidade; Análise da cadeia logística. • Recursos Humanos - Planeamento da afectação de recursos; Avaliação de performance; Análise da compen- sação; Avaliação de competências. Objectivos dos sistemas de BI: • Acesso a dados fiáveis – a fiabilidade dos dados, a sua fácil integração e compreensão entre áreas é essencial para um exercício consciente da gestão; • Aumento da transparência e compreensão do negócio – a disponibilização de conhecimento em tempo real (o «quê», o «quanto», o «quando», o «onde» e o «como») permite aos gestores e decisores ter uma perspectiva das áreas que devem controlar com total transparência e au- mentar a sua capacidade de compreensão (o «porquê»); • Suporte para a tomada de decisão – só uma compre- ensão oportuna da realidade pode permitir tomadas de de- cisão eficazes; como tal, o conhecimento produzido pelos sistemas de BI, potenciados pelas tecnologias de comuni- cação actuais, deve suportar e justificar as medidas toma- das pelos vários intervenientes no processo de gestão. O BUSINESS INTELLIGENCE? Associação Empresarial de Viana do Castelo terá gabinete de inserção profissional A Associação Empresarial de Viana do Castelo acaba de receber luz verde do Insti- tuto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para a criação de um Gabinete de Inserção Profissional. Segundo o comunicado de imprensa, a estrutura, criada por iniciativa governa- mental como instrumento de resposta à crise socioeconómica, tem por objectivo apoiar jovens e adultos desempregados na definição ou desenvolvimento do seu per- curso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho. Para o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), Luís Ceia, a aprovação deste projecto rep- resenta que o associativismo empresarial da região é dinâmico e consegue contribuir para colmatar carências que existam ao nív- el do tecido socioeconómico. Além da AEVC, apenas a Associação Empresarial de Ponte de Lima (AEPL) foi contemplada com idêntica estrutura, o que leva Luís Ceia a lamentar que não tenham sido abrangidas outras associações empre- sariais, até porque, do ponto de vista de empregabilidade, estas são o parceiro privi- legiado no estabelecimento de contactos com as empresas.

bi4all As vantagens competitivas das empresas são as pessoas

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Artigo publicado na Vida Económica sobre o facto de as vantagens competitivas das empresas serem as pessoas que delas fazem parte.

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José Oliveira,gestor da Bi4all, considera

As vantagens competitivas da empresa são as pessoas A actual crise levou José Oliveira, gestor da Bi4all, a adoptar novas estratégias para responder às necessidades dos clientes, mantendo sempre um nível de competitividade bastante elevado. A empresa dedica-se à venda de software de Business Intelligence e à consultadoria na sua implementação. José Oliveira pretende atingir 1,9 milhões de euros de vendas no final deste ano. Segundo o entrevistado, as vantagens competitivas da Bi4all são as pessoas, contando actualmente com uma equipa de mais de 20 consultores.

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sexta-feira, 8 Maio de 2009 17negócios e empresas

Para alguns, o período de serviço militar é uma perda de tempo na vida, para José Oliveira, empresário de 42 anos, foi uma oportunidade de amadurecimento

e reflexão da qual ainda hoje obtém benefício na sua vida pessoal e profissional.

Este licenciado em Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Línguas e Administração e com uma pós-graduação em E-Business pelo ISEG, iniciou a sua carreira profissional em 1991, na Rhone Poulenc Agro Portugal, onde desempenhou a função de gestor de Tecnologias de Informação, tendo sido responsável por diversos projec-tos, tais como a transição da moeda para o euro e a pas-sagem do ano 2000.

Em 1999, o grupo Rhone Poulenc funde-se com a Hoest Shering Agrevo, aparecendo uma nova entidade chamada Aventis, que se torna dessa forma a maior empresa mun-dial do ramo farmacêutico. Com esta situação, apresenta-se um novo desafio para José Oliveira, uma vez que fica responsável pela transição dos sistemas de informação das duas entidades para a nova empresa acabada de criar.

Após o sucesso deste projecto, o grupo decide a cen-tralização dos sistemas de informação ao nível europeu tendo passado o centro de decisão para Bruxelas. A filial em Portugal deixa assim de ter qualquer independência ou poder de decisão no que se referia a esta matéria.

Perante este facto, a única opção encontrada por José Oliveira é a entrada novamente no mercado de trabalho. Rapidamente abraça uma nova oportunidade na Sin-fic como gestor da Unidade de Negócio. Desempenhou funções de planeamento estratégico e execução operacion-al tendo proporcionado à empresa a liderança em certos nichos do mercado Nacional de Tecnologias e Sistemas de Informação.

Passados quatro anos, a área de Business Intelligence da Sinfic já representava 34% do volume de Negócios da em-presa, no entanto o desenvolvimento da carreira de José Oliveira não acompanhou o crescimento do negócio e por isso a única opção era a sua saída da empresa. Uma breve passagem por uma empresa de Gestão de Activos fez ver a José Oliveira que era altura de dar forma à sua faceta de empreendedor.

Estavam criadas as condições para o lançamento de um projecto próprio numa área que ele bem conhecia e em que acreditava poder oferecer valor acrescentado.

Com uma carteira de clientes de boa dimensão, com os quais mantinha relações comerciais de confiança, e com o apoio das principais softwares do mundo, como parcei-ros de negócio, contando com os melhores consultores do mercado, nasce a BI4all – Consultores de Gestão com um capital social de 100 mil euros.

Consciente de que os dois primeiros anos de actividade de uma empresa são os mais críticos, devido à elevada ne-cessidade de financiamento e à inevitável afirmação no mercado, obrigaram à definição de um plano de negócios minucioso e de um conjunto de objectivos de negócio que permitiram ultrapassar as dificuldades iniciais e po-tenciar o crescimento da empresa.

O alcançar dos objectivos no primeiro ano de actividade foi fundamental para a expansão do plano de negócios e o crescimento contínuo da empresa, não só em colabora-dores mas também em volume de negócios.

A venda de software de Business Intelligence e a con-sultadoria na sua implementação são os pilares do negó-cio desta empresa. O sector tem verificado movimen-tos de concentração, existindo agora quatro grandes fornecedores de soluções de BI, a IBM, a Microsoft, a Oracle e a SAP. Apesar destas alterações no sector, o negócio da Bi4all, não parece ressentir-se, estimando José Oliveira atingir os 1,9 milhões de euros de vendas no final de 2009, o que representa um crescimento de 46% face a 2008.

A crise que se vive actualmente em todo o mundo, e que também se faz sentir no nosso país, embora preocupe o gestor da Bi4all não o faz abrandar o ritmo, apenas o leva a adoptar novas estratégias para responder às neces-sidades dos clientes, mantendo sempre um nível de com-

petitividade bastante elevado.Afirma que as vantagens competitivas desta pequena

empresa são as pessoas, contando actualmente com uma equipa de mais de 20 consultores, que pautam a sua ac-tuação por valores tão importantes como a seriedade e o rigor num sector de actividade tão competitivo e agres-sivo, como o da consultadoria e das tecnologias de infor-mação.

Esta empresa conta já com mais de 200 projectos reali-zados divididos entre reengenharia de processos, Planea-mento e Orçamentação, Corporate Governance e Busi-ness Intelligence na perspectiva do Reporting. Regista crescimentos anuais de dois dígitos e com uma carteira de clientes significativa dos quais de destacam Johnson & Johnson, Cetelem, Montepio Geral, Banco Itau, e Merck Sharp & Dhome.

No horizonte desta empresa está a abertura de uma su-cursal no Porto, um mercado ainda pouco explorado por esta empresa, e que lhe permitirá trabalhar todo o mercado do Norte de Portugal e da Galiza. Também é objectivo do fundador fazer crescer a presença da organização a nível internacional, bem como aumentar a proposta de valor aos clientes actuais promovendo e potenciando as relações com os mesmos num princípio de Customer Intimacy.

Mónica Monteiro [email protected]

Conceito que engloba um vasto conjunto de aplicações de apoio à tomada de decisão que possibilitam um aces-so rápido, partilhado e interactivo das informações, bem como a sua análise e manipulação; através destas ferra-mentas, os utilizadores podem descobrir relações e ten-dências e transformar grandes quantidades de informação em conhecimento útil.

Algumas vantagens das tecnologias de Business Intelli-gence nas diversas áreas funcionais de uma empresa:

• Comercial – Análise do comportamento do consumi-dor; Análise da rendibilidade de consumidores/segmentos; Análise de cross-selling ; Análise da força de vendas; Aná-lise dos canais de distribuição.

• Marketing - Penetração no mercado/segmentos; Eficá-cia das campanhas de marketing (análise de meios); Aná-lise do ciclo de vida do produto/serviço

• Finanças - Previsão, planeamento e orçamentação; Análise de performance; Consolidação financeira; Repor-ting financeiro.

• Operações/Logística - Eficiência operacional; Plane-amento da produção; Controlo de qualidade; Análise da

cadeia logística.• Recursos Humanos - Planeamento da afectação de

recursos; Avaliação de performance; Análise da compen-sação; Avaliação de competências.

Objectivos dos sistemas de BI: • Acesso a dados fiáveis – a fiabilidade dos dados, a

sua fácil integração e compreensão entre áreas é essencial para um exercício consciente da gestão;

• Aumento da transparência e compreensão do negócio – a disponibilização de conhecimento em tempo real (o «quê», o «quanto», o «quando», o «onde» e o «como») permite aos gestores e decisores ter uma perspectiva das áreas que devem controlar com total transparência e au-mentar a sua capacidade de compreensão (o «porquê»);

• Suporte para a tomada de decisão – só uma compre-ensão oportuna da realidade pode permitir tomadas de de-cisão eficazes; como tal, o conhecimento produzido pelos sistemas de BI, potenciados pelas tecnologias de comuni-cação actuais, deve suportar e justificar as medidas toma-das pelos vários intervenientes no processo de gestão.

o Business intelligence?

Associação Empresarial de Viana do Castelo terá gabinete de inserção profissionalA Associação Empresarial de Viana do

Castelo acaba de receber luz verde do Insti-tuto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para a criação de um Gabinete de Inserção Profissional.

Segundo o comunicado de imprensa, a estrutura, criada por iniciativa governa-

mental como instrumento de resposta à crise socioeconómica, tem por objectivo apoiar jovens e adultos desempregados na definição ou desenvolvimento do seu per-curso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho. Para o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC),

Luís Ceia, a aprovação deste projecto rep-resenta que o associativismo empresarial da região é dinâmico e consegue contribuir para colmatar carências que existam ao nív-el do tecido socioeconómico.

Além da AEVC, apenas a Associação Empresarial de Ponte de Lima (AEPL) foi

contemplada com idêntica estrutura, o que leva Luís Ceia a lamentar que não tenham sido abrangidas outras associações empre-sariais, até porque, do ponto de vista de empregabilidade, estas são o parceiro privi-legiado no estabelecimento de contactos com as empresas.

Lpereira
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