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A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi- ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação que os acolha. Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer- cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras. Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti- nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for- mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino Fundamental. Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei- tando as experiências e os conhecimentos dos alunos. Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o 2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos. A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con- cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões para o trabalho com esses textos. A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário, com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação e a integração das diversas áreas do conhecimento. Bom trabalho! Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC Apresentação CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 1

Coleção Cadernos EJA - Professor - 02 Diversidades e Trabalho

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A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou

grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi-

ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação

que os acolha.

Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer-

cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras.

Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti-

nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for-

mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente

excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino

Fundamental.

Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas

nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na

escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei-

tando as experiências e os conhecimentos dos alunos.

Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o

2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem

dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos.

A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con-

cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos

de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões

para o trabalho com esses textos.

A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário,

com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação

e a integração das diversas áreas do conhecimento.

Bom trabalho!

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC

Apresentação

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Caro professor

Este caderno foi desenvolvido para você, pensando no seu trabalho cotidiano de educar jovens

e adultos. Esperamos que ele seja uma ferramenta útil para aprimorar esse trabalho. O cader-

no que você tem em mãos faz parte da coleção “Cadernos de EJA”, e é um dos frutos de uma

parceria entre as universidades brasileiras ligadas à Rede Unitrabalho e o Ministério da Educação.

As atividades deste caderno contemplam assuntos e conteúdos destinados a todas as séries

do ensino fundamental e seguem a seguinte lógica:

• Cada texto do caderno do aluno serve de base para uma ou mais atividades de diferentes áreas

do conhecimento; cada atividade está formulada como um plano de aula, com objetivos, des-

crição, resultados esperados, etc.

• As atividades admitem grande flexibilidade: podem ser aplicadas na ordem que você considerar

mais adequada aos seus alunos. Cabe a você escolher quais atividades irá usar e de que forma.

Os segmentos para os quais as atividades se destinam estão indicados pelas cores das tarjas

laterais: as atividades do nível I (1-ª a 4-ª séries) possuem a lateral amarela; as do nível II (5-ª a 8-ª

séries) têm a lateral vermelha. Se a atividade puder ser aplicada em ambos os níveis, a lateral

será laranja. Essa classificação é apenas indicativa. Cabe a você avaliar quais atividades são as

mais adequadas para a turma com a qual está trabalhando.

• Graças à proposta de um trabalho multidisciplinar, uma atividade indicada para a área de

Matemática, por exemplo, poderá ser usada em uma aula de Geografia, e assim por diante.

As atividades de Educação e Trabalho e Economia Solidária também poderão ser aplicadas aos

mais diversos componentes curriculares.

Ao produzir este material pedagógico a equipe teve a intenção de estimular a liberdade

e a criatividade. Se a partir das sugestões aqui apresentadas, você decidir escolher outros textos

e elaborar suas próprias atividades aproveitando algumas das idéias que estamos partilhando,

estaremos plenamente satisfeitos. Acreditamos profundamente na sua capacidade de discernir

o que é melhor para as pessoas com as quais está dividindo a desafiadora tarefa de se apropriar

da cultura letrada e se formar cidadão.

Bom trabalho!

Equipe da Unitrabalho

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Page 3: Coleção Cadernos EJA - Professor - 02 Diversidades e Trabalho

Como utilizar a página de atividade

Numeração: indica otexto correspondenteao caderno do aluno.

Área: indica a área do conhecimento.

Nível: sugere o segmento do ensino fundamental para aplicação da atividade.

Materiais e tempo:materiais indicados para a realização da atividade, especialmente aqueles que nãoestão disponíveis em sala de aula (opcional), e o tempo sugerido para o desenvolvimentoda atividade.

Contexto:insere o tema no cotidiano do aluno.

Dicas:bibliografia de suporte,

sites, músicas, filmes, etc. que ajudam o professor

a ampliar o tema (opcional).

Cor lateral:indica o nível sugerido.

Descrição:passos que o professor

deve seguir para discutircom os alunos os

conceitos e questõesapresentados na

atividade proposta.

Introdução:pontos principais dotexto transformados

em problematizaçõese questões para o

professor.

Objetivos:ações que tanto aluno

como professorrealizarão.

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1 A influência africana na cultura brasileira Matemática II 8

2 Trabalho escravo, assalariado e cooperativo Econ. Sol. I e II 9Trabalho (re)forçado Geografia I e II 10O trabalho da memória História II 11Níveis de Linguagem e Variação Lingüística Português I e II 12

3 Trocas gasosas Ciências I e II 13Sistema Respiratório Ciências I e II 14Trabalho: necessidade ou liberdade? Ed. Trab. I e II 15A descrição - universo afetivo das personagens Português I e II 16

4 Velhas histórias tão presentes Artes I e II 17

5 O corpo misto Artes I e II 18Origens da classe operaria brasileira Ed. Trab. I e II 19Los trabajadores inmigrantes en Brasil Espanhol I e II 20Os motivos da viagem Geografia I e II 21Os significados da terra para os indígenas História I e II 22There is/ There are Inglês I e II 23Organizando dados da imigração Matemática I 24Comparando números da entrada de imigrantes no Brasil Matemática I 25Brasil, nação acolhedora Matemática I 26

6 Hip-Hop Artes I e II 27Figuras de Linguagem Português II 28

7 Diferenças físicas e herança biológica Ciências II 29

4 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Sumário das atividades

Texto Atividade Área Nível Página

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 5

Texto Atividade Área Nível Página

8 Mexa o seu corpo. Experimente a dança. Ed. Física I e II 30Colcha de retalhos Matemática I e II 31A noite do Rap Português II 32

9 Cultura(s) e cultura do trabalho Ed. Trab. I e II 33El arte y sus miradas sociales Espanhol II 34Tem gente de toda cor Geografia I e II 35Operários: lutas e conquistas Matemática I e II 36

10 Vamos .entender os insetos? Ciências II 37Vamos entender as aves? Ciências II 38Vamos entender mamíferos? Ciências II 39

11 Should/Shouldn't Inglês II 40

12 A história, os negros, a roça e a importância da chuva. Ciências I e II 41Identidade, cultura e produção Econ. Sol. I e II 42Quilombos, quilombolas, afro-brasileiros! História I e II 43Características do texto biográfico Português I e II 44Influência africana na Língua Portuguesa e características ortográficas Português II 45

13 Por que somos diferentes? Ciências II 46Diversidade e responsabilidade social corporativa Ed. Trab. I 47People description Inglês II 48

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6 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

14 A Linguagem do corpo Artes I e II 49A diversidade no coletivo Econ. Sol. I e II 50Que País é esse? Ou Sonho (im)possível Ed. Trab. II 51A riqueza que todos criamos Geografia I e II 52Diferentes Formas de Expressão Poética Português II 53

15 Diversidade no ambiente de trabalho dá lucro Ed. Trab. I 54Las empresas y la publicidad estimulan el respeto a la diversidad en el mundo laboral Espanhol II 55Entrevista - elementos conceituais e afetivos do sentido Português I e II 56

16 O jogral da cultura Artes II 57A solidariedade como forma de vida Econ. Sol. I e II 58Nas cidades as pessoas não se respeitam Ed. Física I e II 59A cidade do capital e outras cidades que “dão dó” Ed. Trab. II 60Olhares diferentes para as cidades História I e II 61

17 Cocinando con los argentinos Espanhol II 62

18 Pintura em tecido Artes I e II 63Prevenindo doenças Ciências I e II 64O idoso como sujeito de direitos: o que sabemos sobre isso? Ed. Trab. I e II 65O envelhecimento da população brasileira Geografia I 66Idade: mais de 60 anos, melhor idade? História II 67Oportunidades e disparidades entre os idosos brasileiros Matemática I e II 68Expressão oral de natureza dissertativa Português II 69

19 Povo que vem, história que se faz Geografia I e II 70Mérica, Mérica, América! Historia I e II 71Língua e Dialetos Português II 72

Texto Atividade Área Nível Página

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 7

20 Território Humano Ciências I e II 73Terra de todos Geografia II 74Dar nem sempre exige conta de menos Matemática I e II 75

21 Culturas diferentes Artes I e II 76Índios no Brasil: conhecer para superar preconceitos Ed. Trab. I e II 77Índios no Brasil: conhecer para superar preconceitos Geografia I e II 78Especificidades culturais História I e II 79A relevância da Amazônia e a riqueza de um povo Matemática I e II 80Palavras de Origem Indígena - Ortografia Português I e II 81

22 Sentidos Artes I e II 82A nossa visão Ciências I 83Máquina fotográfica Ciências II 84Olhos da Alma Ed. Trab. II 85A percepção do espaço Geografia I e II 86Criação de uma reportagem Português II 87

23 Salada Mista Artes I e II 88Comida e cultura Ciências II 89Óleo e Água Ciências II 90Divisão social e técnica do trabalho Ed. Trab. II 91Trabalho e alimentação Geografia I e II 92Hum, que delicia! No prato de cada dia, um pouco de nossa história! História I e II 93Feijoada para seis Matemática I e II 94Manjares da brasilidade Matemática I e II 95

Texto Atividade Área Nível Página

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8 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Matemática Nível II

1. Localize no mapa do Brasil a cidade de SãoLuiz.

2. Procure saber junto aos alunos se conhecemesses ou outros rituais religiosos, e peça queescrevam um pequeno texto sobre eles.

3. Faça uma lista com os alunos dos elementosda cultura africana que eles conhecem quepassaram a fazer parte da cultura do Brasil.

4. Considerando as 4 fotos do texto, peça aosalunos que:

a) meçam o perímetro das figuras 1, 2 e 3identificando a medida de cada um doslados das fotos;

b) considerem a escala (medida do desenhodividido pela medida real) de 1 para 10 ecalculem as medidas da ampliação dessasfiguras;

c) transformem as medidas encontradas emcentímetros (sendo que o cálculo de escalaé em centímetros) para metro;

Descrição da atividaded) verifiquem com a fita métrica as medidas

encontradas;

e) observem a figura 4 e calculem sua área.

Materiais indicados:P fita métrica, régua.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P A influência africana na cultura brasileira

Resultados esperados:a) Que o aluno observe as imagens e descreva num

texto o que compreendeu delas fazendo relaçãocom os rituais que conhece.

b) Que o aluno amplie o conhecimento a respeitodos elementos da cultura brasileira de origemafricana.

c) Aplique conceitos matemáticos de escala e deárea.

1T e x t o

Objetivos• Olhar para as figuras que registram rituais reli-

giosos de origem africana percebendo as dife-rentes culturas que compõem o nosso país.

• Interpretar escalas nas fotos.• Utilizar as formas geométricas das figuras e

calcular áreas.

IntroduçãoUma das principais características do povo africa-no escravo era a fé, que lhes dava esperança e for-

ça para sobreviver. Essa fé lhes conservou parte daidentidade e da dignidade e hoje integra a culturado povo brasileiro, como pode ser visto nas ima-gens do texto.

Contexto no mundo do trabalho: Durante o período deescravidão, milhões de africanos foram retirados de suasterras e transferidos como trabalhadores escravos para ascolônias americanas. Desde então, têm participado ativa-mente da construção histórica desses países com seu tra-balho, cultura e luta por liberdade.

Dicas do professor:Músicas – “Meu pai oxalá”,“O canto de Oxum” e “Tatamirô”,todas de Toquinho e Vinícius que se encontram no CDPérolas;Convidar pessoas da comunidade para falar sobre tradiçõese religiões que conheçam e ou praticam.

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 9

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Ler a entrevista com os alunos, o professorserá o entrevistado e a classe o entrevistador.Os alunos se apresentam de forma voluntáriapara ler cada um uma pergunta na ordem daentrevista.

2. Terminada a leitura, construir um texto comos alunos, escrevendo no quadro negro deforma a demonstrar a relação entre patrão eempregado nas três formas de produzir: tra-balho escravo, trabalho assalariado e trabalhocoletivo (cooperativo).

3. Depois dessa síntese, explicar que é possívelproduzir sem ter um “patrão” e as qualidadesda relação de trabalho de forma coletiva (coo-perativa), mostrando que:

a) no cooperativismo todos são donos e nãohá um “patrão”;

b) não são maltratados, pois as decisões sem-pre são tomadas coletivamente pelos traba-lhadores organizados na cooperativa ouassociação;

c) não há patrão para ficar com uma parte doresultado financeiro do que eles produzem;esse resultado é dividido entre eles;

Descrição da atividaded) o trabalho é organizado por eles (horas de

trabalho, de folga, etc.);

e) no cooperativismo o trabalho é mais solidá-rio e democrático;

f) o cooperativismo se preocupa com a comu-nidade e o meio ambiente;

g) o cooperativismo proporciona educação eformação permanente aos seus associados.

4. Por tudo isso, é uma relação de trabalhomais justa e inserida no campo da economiasolidária.

5. Sugerir aos alunos a produção de um textocom o tema “Existem patrões nos empreen-dimentos solidários?”.

6. Debater as redações produzidas.

Atividade P Trabalho escravo, assalariado e cooperativo

Resultados esperados: A possibilidade dereflexão sobre uma outra forma de o trabalhadorproduzir riqueza, trabalho e renda, consideradamais justa e preocupada com a cidadania do tra-balhador, que está inserida na chamada EconomiaSolidária.

2T e x t o

Objetivo• Mostrar aos alunos que existe outra relação de

trabalho possível além da escrava e assalariada.

IntroduçãoA atividade procura chamar a atenção para umarelação de trabalho que não é escrava e tambémnão é assalariada, em que não há a figura do pa-trão, que no caso do escravo é dono dele e do seu

trabalho e na assalariada é o patrão que contra-ta os serviços do empregado em troca de umsalário. Trata-se de uma outra relação de traba-lho que está inserida na economia solidária.

Contexto no mundo do trabalho: Trabalho cooperativocomo alternativa ao trabalho assalariado.

Tempo sugerido: 4 horas

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10 • Caderno do professor / Diversidades e Tabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Realizar a leitura do texto em voz alta na clas-se com dois alunos que representem a figurado entrevistador e do escravo.

2. Formar pequenos grupos na classe e destacarna entrevista as passagens que apontem:

a) a forma de trabalho estafante, cansativa;

b) a violência física com que o escravo eratratado;

c) outras formas de violência com que oescravo era tratado;

3. Registrar essas passagens no caderno naforma de tópicos.

4. Identificar na entrevista as partes que apon-tem para as alternativas encontradas pelos es-cravos para evitar essas condições de vida etrabalho. Registrá-las no caderno em formade tópicos.

5. A partir das anotações dos grupos solicitarque descrevam para a classe cada tópico des-tacado acima.

6. Montar um painel coletivo a partir das anota-

Descrição da atividadeções dos grupos na mesma seqüência da ativi-dade: trabalho cansativo, violência, outrasformas de violência e alternativas de vida, ouseja, formas de resistência à escravidão.

7. Debater com a classe a importância do traba-lho dos escravos como produtores de bens abaixo custo e voltados para a exportação àmetrópole. Instigar comparações entre o tra-balho escravo na colônia e as formas de traba-lho na atualidade.

Atividade P Trabalho (re)forçado

Resultados esperados:a) Possibilitar a reflexão sobre o trabalho escravo

no Brasil, sua importância econômica e herançacultural de resistência.

b) Refletir sobre os custos humanos dessa formasocial de produção de bens.

2T e x t o

Objetivos• Possibilitar ao aluno o reconhecimento do tra-

balho escravo como gerador de riquezas, comoparte da construção da nação brasileira e daconsolidação da economia do país.

• Caracterizar historicamente a escravidão comoo primeiro grupo de braçais brasileiros volta-dos à produção de bens primários destinados àexportação.

IntroduçãoA escravidão marcou a formação do Brasil, nãoapenas pela riqueza gerada, mas também pelacultura da resistência desenvolvida, pela criativi-dade na superação das dificuldades cotidianas epela solidariedade na penúria e no sofrimento.

Tempo sugerido: 3 horas

Dica do professor: O filme Quanto vale ou é por quilo fazuma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atualexploração da miséria e dos miseráveis por meio de umacrítica incisiva à solidariedade de fachada.

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Page 11: Coleção Cadernos EJA - Professor - 02 Diversidades e Trabalho

Área: História Nível II

1. Ler coletivamente o texto com os alunos.Debater suas impressões a respeito do depoi-mento. Propor a divisão da classe em grupos esolicitar que releiam o texto e, a partir dele,façam três listas:

a) Memórias do depoente sobre o passado daescravidão.

b) Outros passados vividos por ele, quando jáestava livre.

c) Referências que faz do presente (da épocaque ele deu a entrevista).

2. Compartilhar os trabalhos realizados pelos gru-pos, refletindo sobre a construção da memóriadaquele que fornece um depoimento. Em se-guida cada grupo ficará responsável por escre-ver um texto dentro do tema da escravidão,tendo como referência as informações colhidasno depoimento que leram, sob a perspectivade um dos três tempos identificados:

a) práticas e vivências da escravidão;

Descrição da atividadeb) o que significa ser livre (ou o que significa

não ser escravo);

c) como o depoente pensa hoje ou reflete so-bre a escravidão.

3. Pedir aos alunos que apresentem seus traba-lhos, debatendo a questão da escravidão e aquestão da construção da memória. Propor aorganização de um livrinho, feito pela classe,falando sobre a escravidão, a partir das pro-duções dos alunos.

Atividade P O trabalho da memória

Resultados esperados: Reflexão a respeito daescravidão, da memória e das relações entre ostempos presente e passado.

2T e x t o

Objetivo• Refletir a respeito da escravidão, da memória e

das relações entre os tempos presente e passa-do.

IntroduçãoOs depoimentos coletados com entrevistados,que falam sobre um outro tempo, solicitam delesum trabalho de memória. Por sua vez, a memó-ria possui uma construção específica de pensa-

mento que inclui relações de tempo entre o pre-sente (época da narração) e o passado já vivido.Assim, nos depoimentos geralmente transpare-cem tanto referências às vivências passadas,como elementos do presente – da realidade e domodo de pensar desse outro tempo. O depoentesempre inclui reflexões suas, comparações, aná-lises por conta das vivências posteriores aosacontecimentos narrados.

Tempo sugerido: 6 horas

Dica do professor: Livro – A memória coletiva, de MauriceHalbwachs. (Editora Vértice) e Revista dos Tribunais.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 11

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12 • Caderno do professor / Diversidades e Tabalho

Área: Português Nível I e II

1. Mostrar que o entrevistado tem competênciagramatical (gera seqüências típicas e inteligí-veis) e competência textual (produz e compre-ende textos bem formados), que o texto repro-duz uma comunicação oral. Na conversação, oprocesso interacional é direto e imediato, envol-ve elementos paralingüísticos (gestos, pausas,entonação). Há quase uma transcrição do oral:particularidades fonéticas advindas da fala dosescravos se mantêm em algumas variedades doportuguês do Brasil, como vogais “e” e “o” pro-nunciadas como “i” e “u” (mininu, cibola);vogais tônicas das palavras oxítonas terminadasem “s” ou “z” se tornam ditongos (atrais, mêis);a desinência “am”, terceira pessoa do plural nopretérito perfeito, é reduzida a “o” (fizero,caíro). Pedir aos alunos que identifiquem, notexto, outras características.

2. Reconhecimento dos níveis de linguagem.Uma língua possui variações e todas são “lín-gua”. Há basicamente dois tipos: os dialetos(ocorrem em função das pessoas que usam alíngua) e os registros (ocorrem em função douso que se faz da língua).

3. Pedir exemplos de dialetos na dimensão:

a) geográfica (formas de falar das pessoas deuma região ou país);

Descrição da atividadeb) social (de acordo com a classe social e jar-

gões profissionais);

c) do sexo e da idade (“Cara, tô azarando umamina que é o maior barato.” “Estou interes-sado em uma mulher muito bonita, elegan-te e inteligente.”).

4. Pedir que encontrem exemplos de níveis:

a) formal (aproximação do padrão culto dalinguagem);

b) semiformal (conversa entre pessoas quenão se conhecem muito bem);

c) informal (coloquialidade). Caracteriza-se,na escrita, pelo uso de abreviações, ortogra-fia, construções simplificadas, sentençasfragmentadas).

5. Pedir aos alunos que transformem o primeiroparágrafo do texto em linguagem informal.

Atividade P Níveis de linguagem e variação lingüística

Resultado esperado:Melhorar a capacidade de comunicação.

2T e x t o

Objetivo• Reconhecer os níveis e registros de linguagem

em Língua Portuguesa.

IntroduçãoTemos longa tradição de considerar as variaçõeslingüísticas numa escala valorativa e de tachar os

usos característicos de algumas variedades emcerto ou errado. A língua, porém, é um processodinâmico, que admite vários registros e varia-ções, e, em diferentes tipos de situação comuni-cativa, deve-se usar a língua de modos variadose ajustados ao momento ou aos interlocutores.

Tempo sugerido: 2 horas

Dica do professor: Ampliar a capacidade de comunicaçãoem diversos registros.

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Page 13: Coleção Cadernos EJA - Professor - 02 Diversidades e Trabalho

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 13

Área: Ciências Nível I e II

O repolho roxo possui um componente capaz demudar de cor na presença de água com maiorquantidade de CO2 dissolvido. Quanto mais so-pramos o ar expirado dentro de um copo deágua, maior quantidade de CO2 é introduzida nasolução.

1. Peça a dois alunos que preparem em suascasas o extrato de repolho roxo. Na classe,encha com água quatro copos até a metade;pingue, em cada um dos copos, 30 gotas deextrato. Peça aos alunos que observem a cordas soluções. Peça que soprem ar expirado emcada um dos copos com os canudos. Cadaaluno deve soprar por tempos diferentes: 0,5minuto, 1 minuto, 1,5 minuto e 2 minutos.

2. Os alunos devem anotar modificações obser-vadas nas cores dos copos.

Descrição da atividadeMateriais indicados:P canudos descartáveis,folhas de repolho roxo,recipiente para aquecimen-to, fonte de calor, um filtrode papel ou de pano, umfrasco com conta-gotas,copos transparentes.

Modo de fazer o extrato:ferva um litro de água com10 folhas de repolho roxo,deixando evaporar até meiolitro. Conserve o extrato emgeladeira.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Trocas gasosas

Resultados esperados: Identificar trocasgasosas no sistema respiratório humano, havendoabsorção de O2 e eliminação de CO2.

3T e x t o

Objetivo• Identificar as trocas gasosas do sistema respi-

ratório humano.

IntroduçãoA foto mostra um senhor picando fumo. O fumoé utilizado por meio da inalação dos gases quesua queima produz. O processo respiratório nor-mal ocorre pela difusão de gases: partículas deum gás vão de uma região (atmosfera) paraoutra (pulmão). O ar que respiramos possui 21% de oxigênio. Quando inalamos, o oxigênio(O2) é transferido do ar pulmonar para o sangue.

Do sangue, o oxigênio é transferido para os teci-dos, utilizado no metabolismo, fornecendo comoresíduo o gás carbônico (CO2). Portanto, o san-gue cede o gás O2 obtido nos pulmões e recebeCO2 resultante da respiração celular.

Contexto no mundo do trabalho: Pessoas que atendemvítimas de acidentes utilizam procedimentos queenvolvem processos de trocas gasosas: a respiração boca-a-boca ou os cilindros de gás, disponíveis em hospitais,restabelecendo o ritmo normal de respiração.

Dicas do professor: Apenas 5% do O2 existente no ar queinalamos são aproveitados na respiração. Na respiraçãoboca-a-boca, há ainda cerca de 16% de O2 na composiçãoda expiração, que é suficiente para atender às necessidadesda vítima.

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14 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Divida os alunos em grupos de três. Peça acada grupo que faça um desenho esquemáticodo sistema respiratório humano. Peça quesobreponham um desenho da parte superiordo corpo humano, para identificar externa-mente a localização de cada um dos compo-nentes do sistema respiratório humano. Peçaque apresentem os desenhos elaborados ecomparem formato e tamanho das partesesquematizadas, procurando identificar seme-lhanças e corrigindo eventuais diferenças.

Descrição da atividadeMateriais indicados:P cartolina e lápis de cor.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Sistema respiratório

Resultados esperados:a) Identificação das partes do sistema respirató-

rio humano e de seu funcionamento.b) Desenho esquemático do sistema respiratório.

3T e x t o

Objetivos• Identificar as partes componentes do sistema

respiratório humano.• Identificar o funcionamento do sistema.

IntroduçãoA foto mostra um senhor picando fumo. O fumo,apesar de bastante utilizado em nossa sociedade,causa danos ao sistema respiratório. O ar entrapelas fossas nasais, passando pela boca, faringe,laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e pul-mões. As fossas nasais são separadas pelo septonasal. Nelas estão as células responsáveis pelosentido do olfato. Nas fossas nasais, o ar é filtrado,umedecido e aquecido, e conduzido à faringe, ca-nal comum aos sistemas digestivo e respiratório.Da faringe, o ar chega à laringe, situada na partesuperior do pescoço. Da laringe, o ar passa pelatraquéia, tubo que chega à região superior do

peito, onde se bifurca, originando os brônquios,que conduzem o ar aos pulmões e se ramificam,formando os bronquíolos. Estes terminam em pe-quenas bolsas denominadas alvéolos. Nossos pul-mões estão apoiados no diafragma, que separa acavidade abdominal da cavidade torácica, estandopresente apenas nos mamíferos. Que doenças res-piratórias são produzidas em função dos am-bientes poluídos que vivemos? Que equipamentosde segurança criamos em função disto?

Contexto no mundo do trabalho: Os equipamentos deproteção individual (EPI) nas atividades que envolvam aliberação de substâncias tóxicas, de poeiras, etc. são fun-damentais. Esses equipamentos funcionam como um fil-tro preliminar, limpando o ar que entrará em nossas fos-sas nasais.

Dicas do professor: O muco produzido pelas fossas nasaisumedece as vias respiratórias e retém partículas sólidas ebactérias que estão presentes no ar que respiramos. Respi-rar pelo nariz, sobretudo no inverno, já que respirar pelaboca causa ressecamento e resfriamento das vias respirató-rias, facilitando infecções e inflamações. O pomo-de-adãofaz parte da laringe, sendo de origem cartilaginosa.

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Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Peça aos estudantes que desenhem algumaatividade de trabalho.

2. Peça a eles que formem grupos e que elejamum dos desenhos e, em seguida, organizemuma dramatização sobre as condições objetivase subjetivas que se dá o processo de trabalho.

3. Apresentação dos grupos.

4. Debate:

a) O trabalho pertence ao reino da liberdadeou ao reino da necessidade?

b) Que tipo de trabalho pertence a um reino eao outro?

c) Em que condições ele se realiza?

5. Cada um dos estudantes escreve em seu ca-derno o que havia pensado ao desenhar umaatividade de trabalho.

6. Depois das dramatizações e do debate, peçaque expliquem seus desenhos.

Descrição da atividade

Atividade P Trabalho: necessidade ou liberdade?

Resultado esperado: Sensibilizar-se paraadmirar uma obra de arte, tendo em conta tam-bém os aspectos onde e como o trabalho represen-tado pelo artista se realiza.

3T e x t o

Objetivo• Perceber os diferentes significados do trabalho,

tendo em conta as condições objetivas/subjeti-vas onde ele se realiza.

IntroduçãoQuem é este trabalhador que nos retrata o pin-tor? Estará picando fumo para os outros ou parasi mesmo? Para quem trabalha? Será um traba-

lhador assalariado ou um trabalhador por contaprópria? Corta o tabaco por prazer ou para podersobreviver? Poderíamos dizer que, além de admi-rar a beleza do quadro de José Ferraz, seria inte-ressante analisar em que relações sociais de pro-dução o trabalhador pica o tabaco. Seu trabalhoé autônomo ou é controlado por alguém? Seutrabalho pertence ao “reino da necessidade” ouao “reino da liberdade”?

Dica do professor: Sobre a vida e a obra de José Ferraz de Almeida Junior, acesse o site www.pitoresco.com/laudelino/almeida_junior/almeida_junior.htm

Tempo sugerido: 6 horas

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 15

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16 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Português Nível I e II

Atividade P A descrição – universo afetivo das personagens

Resultado esperado: Maior acuidade deobservação e conhecimento das características dadescrição.

3T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de leitura do texto não

verbal e a sensibilidade para produzir textos des-critivos (físicos, de ações e psicológicos).

IntroduçãoDescrever é um exercício que exige capacidadede observação, sensibilidade para a percepçãodos detalhes relevantes e ordenação espacial etemporal. A atividade pretende acentuar essashabilidades dos educandos e a criação de textoscoesos e coerentes a partir de uma obra de arte.

1. Atividades de pré-leitura.

a) Entregar o texto a um único aluno e pedirque, à medida que observa o quadro, várelatando o que vê e sente para os demaisalunos.

b) Incentivar o aluno com perguntas sobretonalidades do quadro, cheiros e barulhospossíveis, características singulares do ce-nário; detalhes, tempo e espaço em queocorreu o que se vê no quadro.

2. Atividades de leitura. Mostrar a pintura paratoda a sala. Colher impressões sobre a idéiaque formaram a partir da descrição do colegae a idéia que formam depois de verem o qua-dro. Iniciar as atividades de ampliação da per-cepção e de criatividade:

a) Solicitar a um aluno que faça:

• a descrição apenas física da personagemdo quadro (tamanho, idade, cor, aparên-cia e outras características visíveis);

• a descrição das ações da personagem doquadro (o que faz, como faz, com quevelocidade faz, com que vontade faz etc.);

Descrição da atividade

Dica do professor: Livro – Como usar outras linguagens nasala de aula. Beatriz Marcondes et alii (Contexto).

Tempo sugerido: 2 horas

• a descrição psicológica (personalidade,qualidades, defeitos, opiniões, sentimen-tos etc.).

3. Atividades de produção de texto. Pedir aosalunos que criem uma história sobre a perso-nagem do quadro e que, ao criá-la, introdu-zam os detalhes descritivos propostos noexercício anterior. Sugerimos recomendar queas descrições podem aparecer gradativamentee não em um único parágrafo.

4. Ler as produções e comentá-las.

5. Atividades de correção. Propor que os alunostroquem os trabalhos feitos. Pedir que leiam efaçam a correção formal do texto do colega.

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 17

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá entrevistar, pelo menos umidoso da família, procurando colher informa-ções sobre acontecimentos de família, fatossociais e políticos marcantes, comportamen-tos etc. vivenciados na infância e juventudedo idoso.

2. Cada aluno deverá construir um conto oupoema que resgate pelo menos uma lembran-ça de sua infância que tenha relação diretacom um velho da família, de preferência como velho entrevistado. O aluno deverá procurarlembrar-se de qualidades relacionada: umcheiro, uma cor, um gosto, um sabor, umatemperatura, enfim, de algo significativo.Incluir em seu conto.

3. O resultado do exercício será apresentado emum dia dedicado à memória. O professorpoderá propor que os alunos tragam comidase bebidas que se relacionem com suas lem-branças e/ou registros efetuados. As históriasserão contadas uma a uma, numa roda orga-nizada em torno dos alimentos.

4. Discussão da experiência.

5. Cite, como exemplo de poema, o texto de

Descrição da atividade

Atividade P Velhas histórias tão presentes

Resultados esperados:a) Que o aluno possa recuperar histórias contadas

ou vividas na infância e, ao mesmo tempo, com-preender a importância cultural destas na for-mação de uma sociedade.

b) Refletir sobre a experiência vivida pelos idososda família, cujas histórias devem e merecem serpreservadas.

c) Que o aluno possa refletir sobre a importânciacultural do idoso numa sociedade, não apenascomo guardião de histórias passadas, mas prin-cipalmente como referência constante da cultu-ra no presente.

4T e x t o

Objetivos• Entrevistar os velhos da família, com o objeti-

vo de recuperar histórias individuais dentro deum contexto histórico e cultural.

• Registrar as lembranças de infância, por meiode exercício da memória, das histórias, cos-tumes, fatos pitorescos e/ou pequenos contosque foram transmitidos ou ensinados pelos ve-lhos da família (de preferência, pelo velhoentrevistado).

Introdução“Sobre os velhos” discute a velhice. Envelhecer éguardar tesouros culturais, testemunhos históricos,garantir patrimônios significativos da realidade deuma família, de um povo, de uma nação. São eles,os velhos, os anciãos, que carregam e transmitema cultura às novas gerações, tornando o passadopresente e, dessa forma, ajudam a assentar os tijo-los da identidade cultural de um determinadogrupo social para a construção do futuro.

Tempo sugerido: 3 horas

Casimiro de Abreu, “Meus oito anos”, cujaestrofe inicial é bastante conhecida:Oh! Que saudades que tenhoDa aurora da minha vida,Da minha infância queridaQue os anos não trazem mais!Que amor, que sonhos, que flores,Naquelas tardes fagueiras,À sombra das bananeiras,Debaixo dos laranjais!Fonte: www.paralerepensar.com.br/cassimiro.htm

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18 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. A classe deverá ser dividida em três grupos.

2. Além das informações encontradas no texto,cada grupo deverá pesquisar sobre as influên-cias culturais advindas da imigração.

3. Cada grupo deverá ter um voluntário que sedeitará sobre um papel largo no chão paraque os demais colegas possam desenhar suasilhueta.

4. Cada grupo deverá, por meio de desenhos ecolagens, construir um modelo que contenhaas mais diversas culturas imigrantes encon-tradas no país, desde características físicas atévestuário.

5. Cada grupo apresentará seus modelos e todaa classe deverá discutir as semelhanças ediferenças entre eles.

Descrição da atividade Materiais indicados:P papel kraft, lápis, revistas,

tesoura, cola.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P O corpo misto

Resultados esperados:a) Refletir sobre as influências das diferentes cul-

turas na formação do povo brasileiro.b) Que o aluno possa reconhecer as raízes cultu-

rais de sua própria comunidade.c) Que o aluno possa observar o que ainda é deter-

minado pela cultura imigrante e o que já foitransformado ou abrasileirado.

5T e x t o

Objetivos• Observar as influências das diferentes culturas

imigrantes no Brasil.• Por meio de colagens e desenhos criar bonecos

diferentes que tragam as diversas característi-cas físicas e culturais contidas no brasileiro.

• Baseados em experiências e conhecimentospessoais, relembrar e refletir sobre outros imi-grantes não incluídos no texto.

• Ampliar a percepção sobre a importância damestiçagem na formação cultural do Brasil.

Introdução“Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedi-do de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espí-rito, já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou

pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamosnos fazendo. Essa massa de nativos viveu porséculos sem consciência de si... Assim foi até sedefinir como uma nova identidade étnico-nacio-nal, a de brasileiros...” Darcy Ribeiro, em O povobrasileiro.Como identificar o “brasileiro”? Somos um povomestiço que continua a ser feito. O texto “Tra-balhadores do mundo” apresenta alguns imigran-tes que fazem parte da formação do povo e dacultura brasileiras. Culturalmente, recebemosinfluências de crenças religiosas, organizações fa-miliares, língua, comidas, artes e esportes. Nossacultura está em constante transformação e desen-volvimento.

Dicas do professor: Sites – www.rebea.org.br/vresenhas.php?cod=10 (DarcyRibeiro)www.diasmarques.adv.br/pt/historico_imigracao_brasil.htm(Imigração no Brasil)www.suapesquisa.com/historia/imigracao (Imigração noBrasil)

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Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Leitura e discussão do texto:

a) O que estava ocorrendo no Brasil entre osséculos XIX e os XX?

b) O que os trabalhadores estrangeiros busca-vam no Brasil?

c) Quais eram as condições de trabalho noBrasil?

d) O que ocorria no cenário internacionalpara desencadear processos de imigração?

2. Organização de seminários em grupos:

a) República Velha (1890-1930), enfatizando,no cenário internacional, a RevoluçãoRussa e a Primeira Guerra Mundial.

b) Imigração japonesa, síria e líbanesa.

c) Imigração portuguesa, italiana, espanholae alemã.

d) Levantamento dos primeiros sindicatos epartidos brasileiros.

Descrição da atividade3. Apresentação dos grupos e reflexão sobre as

marcas culturais deixadas pelos processos deimigração nos trabalhadores brasileiros e osmovimentos de organização nos partidos esindicatos.

4. Veja se há alunos filhos de imigrantes ou queconheça algum trabalhador imigrante para re-latar alguns aspectos de sua vida.

Atividade P Origens da classe operária brasileira

Resultado esperado: Refletir sobre a impor-tância da imigração no processo de formação daclasse operária brasileira.

5T e x t o

Objetivo• Compreender a importância da imigração na

formação da classe operária brasileira, tantono que tange às exigências voltadas para o pro-cesso de trabalho, quanto à organização departidos e sindicatos.

IntroduçãoComo você pode observar, trabalhadores de di-versas partes do mundo chegaram ao Brasil. Operíodo da República Velha (1890-1930) se cons-titui num marco na formação acelerada da mão-de-obra brasileira (devido, inclusive, à aboliçãoda escravatura em 1888): no campo, em função

da demanda internacional pelo café; na cidade,por conta do início da industrialização, principal-mente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nesseperíodo ocorre o processo de transição de umBrasil essencialmente agrário-exportador paraum país urbano-industrial. A presença de estran-geiros foi expressiva e decisiva, tanto na qualifi-cação necessária ao processo de industrializaçãocapitalista, quanto no movimento de organizaçãodos trabalhadores (partidos, sindicatos, etc.).Embora a diversidade estivesse presente, a explo-ração do trabalho não fazia restrição à nacionali-dade do trabalhador.

Tempo sugerido: 8 horas

Dicas do professor: 1. Para os seminários, pesquisar fotos antigas de família,livros de história, e sites sobre imigração, sindicatos e par-tidos políticos: www.projetoimigrantes.com.brwww.cut.org.br; www.tse.gov.br 2. Filme – Gaijin – caminhos da liberdade, de TizukaYamazaki.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 19

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20 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível I e II

1. Apresente aos alunos um mapa-múndi edepois um mapa do Brasil.

2. Juntamente com eles, localize os países deorigem dos imigrantes citados no texto.

3. Associe os países a suas respectivas naciona-lidades.

4. Pergunte aos alunos qual a nacionalidade des-ses imigrantes, usando o léxico espanhol.Escreva a lista na lousa:

Los países Las nacionalidadesAlemania alemán, alemana Austria Austríaco, austríaca España español, española Grecia griego, griega Italia italiano, italiana Japón japonés, japonesa Líbano libanés, libanesa Marruecos marroquí, marroquí Polonia polaco, polaca

Descrição da atividadePortugal portugués, portuguesa Rusia ruso, rusa Siria sirio, siria Turquía turco, turca Ucrania ucraniano, ucraniana

5. Apresente o mapa do Brasil para que os alu-nos identifiquem os estados onde cada grupo-de imigrante se instalou.

6. Converse com os alunos sobre o trabalho quecada grupo desenvolveu e a contribuição naeconomia, na cultura e na história brasileira.

Materiais indicados:P mapa-múndi, mapa do

Brasil, atlas.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Los trabajadores inmigrantes en Brasil

Resultado esperado: Saber opinar sobre asimigrações no Brasil, registrando suas causas.

5T e x t o

Objetivo• Compreender as causas e identificar a proce-

dência da imigração de trabalhadores noBrasil.

IntroduçãoApós a abolição da escravatura em 1888, o gover-no brasileiro incentivou a entrada de imigranteseuropeus pela necessidade de mão-de-obra qua-lificada para substituir os escravos. Milhares deitalianos chegaram para trabalhar nas fazendasde café no interior de São Paulo e na indústria;os alemães foram para a zona rural no sul do

país para desenvolver a agricultura com suas téc-nicas. Graças a todos os estrangeiros que vierampara o Brasil (portugueses, africanos, árabes,japoneses, etc.), o país adquiriu múltiplas cores esabores. Em tempos globalizados, os desloca-mentos populacionais são das mais diversas ori-gens e complexidades: refugiados de guerra, tra-balhadores ilegais, trabalhadores escravos, “refu-giados climáticos”, caso das vítimas do furacãoKatrina, nos Estados Unidos. Considera-se que asmigrações serão os grandes desafios do séculoXXI. E qual será o impacto dessas migrações nomundo do trabalho?

Dicas do professor: Sites – www.memorialdoimigrante.sp.gov.brwww.paisesdelmundo.com

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Área: Geografia Nível I e II

1. Fazer uma tabela, a partir das informaçõesobtidas no texto, contendo:

a) A identificação dos grupos de imigrantes.

b) A identificação dos motivos da viagem decada grupo de imigrantes.

c) O ano, ou período, em que ocorreram asimigrações.

d) Outras características existentes no texto.

e) Debater com a classe o que mais motiva asimigrações e anotar no caderno as obser-vações.

f) Qual é o grupo mais numeroso e que hámais tempo vem ao Brasil? Discutir com aclasse os motivos e anotar as observações.

g) Identificar na sala de aula eventuais víncu-los dos alunos com os grupos de imigrantesdestacados no texto.

Descrição da atividadeh) Recolher depoimentos dos alunos de histó-

ricos familiares que ajudem a compor estequadro de migrações apontadas no texto.

Atividade P Os motivos da viagem

Resultados esperados:a) Compreender o valor da miscigenação na cons-

trução da nacionalidade brasileira, em especialseus efeitos na cultura e na organização danossa sociedade.

b) Compreender que as imigrações ocorrem ape-nas por motivos de alta relevância.

c) Entender que o abandono da terra natal e abusca de um novo “lar” representam uma medi-da de alto impacto nas famílias.

5T e x t o

Objetivos• Identificar as causas que motivaram grandes

levas de imigrantes a deixar o seu país e tentara vida no Brasil características principais decada grupo.

• Resgatar o sentido de construção da nacionali-dade brasileira a partir das misturas ocorridashistoricamente entre os grupos diferentes deimigrantes e a população local.

IntroduçãoAs possibilidades de trabalho, de culto religioso,a não ocorrência de guerras em seu território, adisposição do Brasil em recebê-los, as oportuni-

dades, dentre outros fatores, eram atrativos aosque viviam dificuldades em seus respectivos paí-ses. Assim, grandes massas de imigrantes devários países vieram para cá em fins do séculoXIX e início do XX. A contribuição cultural e polí-tica desses povos foram vitais para a constituiçãoda nacionalidade brasileira. A formação da clas-se operária brasileira também passa pela mesclade trabalhadores autóctones com os imigrantes.A sua constituição original parte deste compo-nente (o imigrante), o que implica uma rica com-posição de traços da cultura européia e nacionalnas organizações social e política brasileiras.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor: Pesquisar: hábitos alimentares de cada grupo imigranteanalisado e a incorporação dessa culinária na cultura brasi-leira; músicas típicas dos países.

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22 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Dividir a turma em quatro grupos.

2. Com a ajuda do professor cada grupo deveráler, discutir e preparar uma apresentação oralpara o restante da turma, sobre cada um dostextos.

Grupo 1: Da terra nós tiramos nossa comida.

Grupo 2: Da terra nós tiramos muitas coisas.

Grupo 3: Nós usamos as coisas da terra.

Grupo 4: Nosso jeito de trabalhar.

Poderá ser em forma de jogral, teatro, dese-nhos, cartazes, frases.

3. Após a apresentação dos quatro grupos, dis-cutir no grande grupo os significados da terrapara os indígenas e os não indígenas, a formade se relacionar com a natureza, as maneirasde trabalhar e se relacionar com a terra.

Descrição da atividade4. Produzir, coletivamente, um texto sintetizan-

do o que cada grupo apresentou e comparan-do os significados da terra para indígenas enão indígenas.

Atividade P Os significados da terra para os indígenas

Resultados esperados: Que o aluno com-preenda os significados da terra para os indígenasem comparação com os significados atribuídos aela pelos não indígenas; a compreensão da terracomo fonte de vida e não fonte de lucro; não comocapital, mas sim morada do homem.

5T e x t o

Objetivo• Discutir os significados da terra para os indíge-

nas, comparando com os significados atribuí-dos pelos não indígenas.

IntroduçãoDe acordo com os dados da FUNAI (FundaçãoNacional do Índio), órgão do governo federal quecuida da demarcação das terras indígenas, viviamno Brasil, no ano de 2004, aproximadamente 345mil indígenas distribuídos em 215 sociedadesindígenas. Mais de 100 mil viviam fora das terrasindígenas e, aproximadamente, 53 grupos aindanão contactados. Considerando que no mesmoano de 2004, segundo o IBGE, a população brasi-

leira era de, aproximadamente, 180 milhões depessoas, podemos concluir que os povos indígenasrepresentam, na atualidade, um pequeno percen-tual na composição da população brasileira.Entretanto, apesar disso, são extremamente inte-ressantes e ricas as diferenças, a diversidade delínguas, culturas, costumes, de maneiras de viver,trabalhar, de se relacionar com a natureza. Alémdas diferenças entre indígenas e não-indígenas, háinúmeras diferenças entre os diversos grupos quepovoam o território. Nesse texto, diferentes gru-pos falam dos significados da terra para suasvidas. São diferentes vozes expressando diferentesculturas! Vamos dialogar?

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: Sites – www.funai.gov.br www.ibge.org.br para buscar dados atualizados sobre ospovos indígenas do Brasil.

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Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível I e II

1. Pergunte a seus alunos sobre produtos típicosde certos países (principalmente os listadosno texto trabalhado). Seguem aqui algunsexemplos do que eles poderão dizer:

a) Países Árabes (Arab Countries): petróleo(oil), azeite (olive oil), tecidos (fabrics).

b) Itália (Italy): vinho (wine), sapatos (shoes),turistas (tourists), pizza (pizza), queijo(cheese).

c) Alemanha (Germany): salsicha (sausage),cerveja (beer).

d) Espanha (Spain): azeitonas (olives), dançaflamenca (flamenco dance).

e) Portugal (Portugal): bacalhau (cod fish),azeite, vinho.

f) Japão (Japan): arroz (rice), eletrônicos(electronics).

2. Explique aos alunos que o verbo HAVER eminglês é THERE IS (para singular, líquidos epalavras consideradas incontáveis, por exem-plo arroz) e THERE ARE (para plural).

3. Peça aos alunos que formem 10 frases eminglês falando sobre o que há nos países dis-

Descrição da atividadecutidos. Seguem alguns exemplos do que elespoderão escrever:

There is beer in Germany.

There are tourists in Italy.

There is cod fish in Portugal.

There are olives in Spain.

4. Peça a alguns alunos que leiam suas listas ecorrija as frases criadas.

Material indicado:P dicionários português-

inglês para auxiliar osalunos a criar as frases.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P There is/ There are

Resultados esperados: Troca de informaçõessobre alguns países de onde vieram imigrantes parao Brasil e praticar o uso do There is/ There are.

5T e x t o

Objetivo• Aprender a utilizar as expressões There is/

There are.

IntroduçãoO texto trata dos imigrantes que vieram para oBrasil. É possível utilizar esse assunto como umaintrodução para o aprendizado do verbo HAVERem inglês.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 23

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24 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Matemática Nível I

1. Peça aos alunos que façam uma leitura silen-ciosa do texto, sublinhando as seguintes infor-mações em cada item: nacionalidade; ano/pe-ríodo da imigração para o Brasil; região doBrasil onde a maioria dos imigrantes se insta-lou; razão da imigração para o Brasil.

2. Oriente que, em grupos, construam um qua-dro síntese dos imigrantes no Brasil, onde sepossa visualizar os dados acima.

Exemplo: nacionalidade; ano/período da imigra-ção; principal região de instalação; razão da imi-gração. Japoneses: 1908 – até década de 1950;São Paulo, Paraná, Pará, Mato Grosso; não cons-ta no texto.

3. A seguir, peça aos alunos que acrescentem noquadro outros grupos que constituem a popu-lação brasileira.

4. Feito o quadro, peça aos alunos que tentemidentificar nas suas vidas/culturas algumainfluência dos imigrantes e dos outros povosque constituem a população brasileira.

Descrição da atividade5. Após a apresentação, organize uma busca de

imagens de objetos, de casas, alimentação,vestimentas, representativos da cultura daspopulações listadas para ilustrar o quadro

Material indicado:P papel pardo.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Organizando dados da imigração

Resultado esperado: Construção de um qua-dro síntese da imigração no Brasil e reconheci-mento da diversidade brasileira.

5T e x t o

Objetivo• Construir um quadro síntese da imigração no

Brasil, ajudando na compreensão do texto.

IntroduçãoO texto traz dados que mostram a diversidade daconstituição da população brasileira. Pessoas devárias partes do mundo vieram para cá, na espe-rança de uma vida melhor, por contingências co-mo a guerra. Mas, também vieram pessoas pelaforça e violência, como os africanos, no período

da escravidão, além daquelas que aqui já viviam: as populações indígenas. Quantos de nóspercebemos essa diversidade no dia-a-dia?Quantas coisas já estão incorporadas ao nossohábito sem que saibamos sua origem? Reco-nhecer essa diversificação pode contribuir para aredução dos preconceitos? A atividade a seguirpretende ajudar no reconhecimento dessa diver-sidade e na identificação da riqueza cultural queela proporciona.

Dicas do professor: Livro – O povo brasileiro – A formação e o sentido do Brasil,de Darcy Ribeiro (Companhia das Letras).DVD – “O povo brasileiro”, de Darcy Ribeiro. Direção: IsaGrinspum Ferraz. Co-produção da Perfimes,TV Cultura, GNTe FUNDAR.

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Área: Matemática Nível I

1. Oriente uma leitura silenciosa do texto.

2. Peça aos alunos que reescrevam a tabela dotexto, colocando as quantidades de imigrantesem ordem crescente.

3. A seguir oriente para que façam uma terceiracoluna, com valores escritos na forma simpli-ficada e arredondando os valores para o mi-lhar mais próximo. (Exemplo: 210.825 = 211mil; 1.565.835 = 1.6000.000 = um milhão e600 mil.)

4. Oriente a construção de um gráfico de colunasem papel quadriculado. (Você pode, por exem-plo, estabelecer uma regra de equivalênciaonde um quadrinho vale 100 mil: 210 milequivalerá a 2,1 quadrinhos; 1.600.000 vale16 quadrinhos.)

5. Ao final converse com os alunos sobre a impor-tância do gráfico de colunas para compararvalores permitindo visualizar rapidamente osmaiores e menores valores.

Descrição da atividade6. Promova uma discussão sobre a importância

dos imigrantes na cultura brasileira e orienteuma pesquisa sobre a participação dos imi-grantes na história do movimento sindicalbrasileiro.

Material indicado:P papel quadriculado.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Comparando números da entrada de imigrantes no Brasil

Resultados esperados: Gráfico de colunascom os números da imigração no Brasil até 1950.Consciência da contribuição dos imigrantes para oBrasil.

5T e x t o

Objetivo• Arredondar números na ordem de milhar.

IntroduçãoOs dados da tabela revelam que a cultura brasi-leira tem influência de vários povos. Pode-sedizer que eles, com seus trabalhos, suas culturas,ajudaram a construir o Brasil. O gráfico que pro-pomos construir a seguir além de trabalhar con-ceitos e habilidades matemáticas permite melhorvisualizar a imigração que ocorreu no Brasil até

1950. Em que atividades esses imigrantes estãoprincipalmente? Que contribuição eles trouxe-ram para os trabalhadores brasileiros? Qual acontribuição dos italianos na constituição dossindicatos?

Dicas do professor: O quadro valor de lugar é um bom recurso para ajudar osalunos nos arredondamentos de números muito grandescomo os do texto.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 25

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26 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Matemática Nível I

1. Peça aos alunos que escrevam um pequenotexto sobre a afirmação “É importante a fusãode etnias, pois ela mostra as semelhanças e aomesmo tempo possibilita comparações entrecostumes e crenças diferentes” e que respondamtambém às seguintes questões: Quais grupos deetnias diferentes da sua residem em sua cidade?Você conhece imigrantes? Qual costume delesque você admira? Os trabalhadores imigrantesencontraram melhores condições de vida?

2. Considerando os dados estatísticos retiradosdo Memorial do Imigrante, de 1870 a 1953,solicite aos alunos que:

a) verifiquem quantas ordens e quantas clas-ses há no número de portugueses e digamqual a diferença posicional dos númerosrepetidos nessa quantidade;

b) coloquem em ordem crescente os númerosda tabela e localizem os países no mapa;

c) calculem o número de pessoas caso a quan-tidade total fosse triplicada e classifiquemesse número;

Descrição da atividaded) encontrem quantas unidades há no núme-

ro que representa a quantidade de russos;

e) digam quantas classes há no número querepresenta os italianos.

Materiais indicados:P ábaco e mapa-múndi.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Brasil, nação acolhedora

Resultados esperados:a) Reconhecer o sistema de numeração indo-ará-

bico como um conjunto de símbolos e de regraspara registrar números.

b) Organizar números em ordem crescente edecrescente.

c) Verificar que o sistema de numeração decimal éposicional, usa princípios multiplicativos e adi-tivos.

d) Reconhecer a distribuição dos países num mapa.

5T e x t o

Objetivos• Aplicar dados estatísticos, de trabalhadores

imigrantes, na matemática elementar.• Analisar e discutir com os alunos a miscigena-

ção de povos no Brasil e a conseqüente integra-ção de trabalhadores de diversas origens.

IntroduçãoEm nosso país há a pluralidade de perspectivasculturais, caracterizadas por trabalhadores domundo. Entramos em contato com um grupo

étnico e seus costumes, verificamos a diversidadede pessoas que o Brasil abriga e a riqueza que trazpara nossa cultura.

Dicas do professor: Filme – O Quatrilho, direção de Fábio Barreto, 1994.Música – CD “Canción con todos”, de Armando Gomes,Cesar Isella e Dante Ledesma.

Contexto no mundo do trabalho: Geralmente, as pes-soas saem de seus locais de origem em busca de melhorescondições de vida. Procuram novas oportunidades de tra-balho e realização de seus sonhos. Vemos no Brasil amigração de pessoas, de um estado para o outro, que seassemelha aos imigrantes de outros países.

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 27

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá reler o texto de Tom Zé,sublinhando o que considera importante.

2. A classe deverá ouvir alguns exemplos demúsica hip-hop.

3. A classe escolherá um símbolo para o cadernoDiversidades.

4. Cada aluno deverá criar um poema-cantado,no estilo hip-hop, usando o símbolo escolhidopara falar sobre o caderno e explorar o(s)tema(s) que mais o tocou (aram).

5. As composições serão apresentadas e discuti-das tendo por foco as imagens provocadaspelas letras, os temas abordados e as dificul-dades encontradas para a realização do exer-cício e o processo de criação.

Obs: Se for possível, seria enriquecedor se osalunos pudessem transformar o ambiente da sala

Descrição da atividadede aula, criando também grafittis (de giz) nasparedes da sala.

Material indicado:P giz de diversas cores.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Hip-hop

Resultados esperados:a) Que o aluno possa conhecer novas formas de

manifestação artística.b) Que o aluno possa, por meio da manifestação

artística, expressar seus sentimentos e opiniões.c) Que o aluno possa refletir sobre os signos e suas

significações nas diferentes comunidades dasociedade brasileira.

6T e x t o

Objetivo• Criar uma obra musical a partir do estilo hip-

hop.

IntroduçãoTom Zé ao escrever a canção A gravata nos fazviajar por muitos caminhos. Escolhe um objetocomo símbolo, signo de opressão de uma cultu-ra. Ele mesmo, como compositor, é também sím-bolo de contestação, experimentação, opinião emodernidade. Foi vanguarda nos anos 60 e con-tinua, ainda hoje, surpreendendo com sua postu-ra inquieta, questionadora e pesquisa musical.Um estilo é uma “lente” através da qual se enxer-ga algo. O estilo orienta nossa leitura e nos pro-porciona um espectro de interpretação para uma

determinada obra ou realidade. O hip-hop, porexemplo, surgiu no Brasil na década de 1980,vindo de movimentos americanos que surgiram apartir dos anos 60. A cultura hip-hop inicialmen-te era formada pelos seguintes elementos: O rap,o graffiti e o break. O rap é uma mistura de ritmoe poesia e representa a música. O graffiti repre-senta a arte plástica, expressa por desenhos colo-ridos feitos nas ruas das cidades espalhadas pelomundo, e o break representa a dança.No Brasil, o hip-hop é a voz cantada que denun-cia a desigualdade social e racial, está nos gra-fittis pintados nos muros das grandes cidades,nas roupas da juventude. É um movimento queparte da periferia para o centro das metrópolesbrasileiras.

Dicas do professor: Sites – www.realhiphop.com.br/release.htmbr.dir.yahoo.com/Artes_e_Cultura/Musica/Rap_e_Hip_Hop

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28 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Português Nível II

1. Atividades de leitura. Depois de discutir oaspecto alegre e crítico do texto, solicite que:

a) observem como Tom Zé explora as rimas nopoema (laçou/enforcou, gravata/lata, degra-dação/palavrão, moral/sal, inclinado/dupli-cado, manejar/alegrar, autopunição/cora-ção), os versos que rimam não são regulares.

b) observem que o poeta poderia construirversos assim: “Um cidadão sem gravata ÉCOMO uma coroa sem lata;/ é COMO umgrande palavrão”. Eles criaria relações desemelhança por meio de COMPARAÇÃO.Pedir aos alunos que completem, livre-mente, as seguintes comparações:

• A barriga do padeiro PARECE _____________.• Tua voz ME LEMBRA __________________.

Mostrar que essas são formas de comparação,usuais na linguagem cotidiana.

c) observem que o poeta não se vale da com-paração no poema, ele estabelece relaçãoentre os pares, sem explicitar os termos decomparação (como, parece, lembra etc.).Vale-se de uma METÁFORA, uma compara-ção implícita, mais rica, ampla, de caráterpessoal e subjetivo: Gravata É forca por-tátil/ Gravata É um processo freudiano

Descrição da atividadepara a auto-punição./ Um cidadão sem gra-vata É uma dama sem pudor.

d) transformem as comparações a seguir emmetáforas: A casa parece um parque dediversões. – A lua lembra uma senhoraprateada. (A casa é um parque de diver-sões. A lua é uma senhora prateada.)

e) observem como o poeta atribui açõeshumanas à gravata: já me enforcou, já melaçou. Esse recurso chama-se PERSONI-FICAÇÃO ou PROSOPOPÉIA.

f) observem os versos, ou parte deles, que serepetem na estrofe: “A gravata já me...”, “éa ...”, “é um...”, “é uma...” Esse recursochama-se PARALELISMO. Qual efeito opoeta consegue ao repetir os versos ouparte deles?

2. Atividades de leitura. Escolher um objeto comos alunos e pedir que criem, livremente, com-parações. Depois, as transformem em metáfo-ras e, por fim, criem um poema que divirta ecritique os costumes.

Atividade P Figuras de linguagem

Resultado esperado: familiarização com a me-táfora, a comparação e a personificação.

6T e x t o

Objetivo• Ampliar o conhecimento sobre os recursos poé-

ticos e as figuras de linguagem.

IntroduçãoCom que se parece uma gravata? E o inverno? Éverdade que um cidadão sem gravata é comosopa sem sal?

Tempo sugerido: 3 horas

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 29

Área: Ciências Nível II

1. Converse sobre as diferenças culturais e bio-lógicas que os alunos encontram no trabalho.

2. Peça que façam uma lista dessas diferenças.

3. Peça que escrevam a cor de seus olhos e aspossíveis combinações genéticas:

a) azul ou verde: recessivo + recessivo;

b) castanho e preto: dominante + recessivoou dominante + dominante.

4. Peça que levantem hipóteses sobre qual corseria dominante ou recessiva.

5. Peça que construam a árvore genealógica dacor dos olhos de seus pais e avós e identifi-quem a origem da cor de seus próprios olhos.

6. Discuta com os alunos os resultados obtidos eas possíveis implicações dessa variedadebiológica nas relações entre os indivíduos.

Descrição da atividade

Atividade P Diferenças físicas e herança biológica

Resultados esperados: Construção de árvoregenealógica a partir da associação entre caracterís-ticas físicas e herança biológica. Reflexão sobrepreconceitos com relação a fenótipos.

7T e x t o

Objetivos• Discutir sobre as diferenças biológicas e cultu-

rais e suas relações no cotidiano social.• Associar características físicas com herança bio-

lógica e suas implicações nas relações sociais.

IntroduçãoO texto mostra como diferentes culturas e heran-ças genéticas distintas podem conviver e compar-tilhar aprendizagens e tradições. É o caso de japo-neses e brasileiros que povoam a Amazônia. Vocêjá teve oportunidade de relacionar-se com pessoasde outras culturas? As diferenças biológicas refe-rentes à cor dos olhos, pele e cabelos, o formatodos olhos, mãos e cabeça; a altura, tipo de cabelo,etc. são geralmente de origem genética, um gene

herdado do pai e o outro da mãe, que podem serdominantes ou recessivos. Uma pessoa pode pos-suir a combinação de dois genes: dominante +dominante; dominante + recessivo e recessivo +recessivo. Se dois genes são diferentes, a caracte-rística que observamos (fenótipo) é a do genedominante. Se dois genes são iguais, a caracterís-tica é a do próprio gene. Cabelos e olhos castan-hos são dominantes quando um dos pais apresen-ta este fenótipo, a cor castanha pode corresponderao conjunto de gene: dominante + recessivo oudominante + dominante. Olhos azuis só podemcorresponder ao conjunto recessivo + recessivo: oindivíduo herdou um gene recessivo do pai eoutro da mãe.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor: Utilize os resultados obtidos para ressaltar a importância dadiversidade de genes na construção dos indivíduos e dahumanidade como um todo, avaliando o despropósito dospreconceitos com relação a fenótipos.

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30 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Educação Física Nível I e II

1. Questione os alunos sobre quais assuntos essaletra de música trata?

2. Em seguida ao debate, peça aos alunos que,em grupo, destaquem no texto as palavras quenão conhecem.

3. Proponha a apresentação de cada palavra des-conhecida, por grupo, analisando o significadode cada uma em conjunto com todos os alunos.Os adolescentes de sua classe certamente reco-nhecerão o significado de muitas palavras.

4. Peça aos alunos que apontem, oralmente, osdiferentes ritmos musicais, citados no texto(samba, rap, discoteca).

5. Em círculo, peça aos alunos que executem osseguintes movimentos:

a) pernas paralelas, cruzar a perna direita nafrente da esquerda;

b) sem retirar o pé direito do chão na posiçãoa frente do pé esquerdo, dar um passo paratrás somente com a perna esquerda;

c) voltar à posição de pernas paralelas.

Descrição da atividade6. Fazer esses movimentos que são do ritmo de

samba várias vezes, até que todos os alunostenham aprendido.

7. Colocar um samba no aparelho de som.

8. Pedir aos alunos que executem aqueles movi-mentos, agora ao som da música, adequandoos movimentos ao ritmo.

9. Pedir aos alunos que criem outros movimen-tos para esse ritmo musical.

Materiais indicados:P aparelho de som, cd ou

fita de samba.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Mexa o seu corpo. Experimente a dança

Resultado esperado: Reflexão sobre os pre-conceitos que temos ao conviver com pessoas dediferentes culturas, por falta de conhecimento des-sas culturas. Esses preconceitos são levados para oambiente de trabalho.

8T e x t o

Objetivo• Discutir a diversidade de linguagens, ritmos e

movimentos. Vivenciar a atividade de dança commovimentos simples. Criar diferentes movimen-tos ao ritmo de uma música.

Introdução A letra da música do Fundo de Quintal em parce-ria com Rappin Hood mostra que em nossa socie-dade co-existem diferentes tipos de linguagens queexpressam diferentes formas de viver e de se rela-

cionar entre os indivíduos. Ao ler esse texto, vocêteve dificuldade de entender a mensagem doscompositores? Estamos acostumados a ouvir aspessoas do nosso círculo de amizades, com sua lin-guagem própria, e discriminamos os grupos queusam outro tipo de linguagem. Essa música fala davida de pessoas que vivem nos morros das grandescidades, da união e do companheirismo. Você jáexperimentou dançar um samba, um rap, ou outroestilo de música? Já refletiu se tem preconceitoscom determinados ritmos musicais?

Dica do professor: Para descontrair a turma, você pode colocar a música dogrupo Fundo de Quintal para que eles ouçam e cantemantes de fazer os movimentos de dança.

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Área: Matemática Nível I e II

1. Em dias anteriores peça aos educandos queobservem a cidade quando por ela passarem eregistrem as formas geométricas predominan-tes. Esse registro pode ser feito por meio dedesenhos, palavras, esquemas ou fotos.

2. Faça uma leitura da letra de “Quantos morros”e peça que conversem sobre ela: qual seria amensagem que o autor desejou transmitir?Depois, convide-os a representar a colcha deretalhos – metáfora do autor – em um muralusando elementos matemáticos recortados empapel.

3. Para tanto, sobre um papel pardo, oriente osalunos para que desenhem uma malha usandocomo elemento padrão aquela forma queobservaram e registraram como a predomi-nante na cidade (retas, quadros, retângulos,triângulos).

4. Eles devem recortar os papéis coloridos (revis-tas usadas, por exemplo) usando a forma ouformas padrão que escolheram para a malha.Depois é só colar na malha, sobre o papelpardo.

Descrição da atividade5. Você pode organizar uma exposição com os

resultados do trabalho na escola.

Materiais indicados:P papel pardo, revistas

usadas, cola, tesoura.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Colcha de retalhos

Resultados esperados: Mural usando comoforma base figuras geométricas.Sensibilização do olhar sobre a cidade.

8T e x t o

Objetivos• Perceber a cidade como um espaço de movi-

mento e contradições.• Compor um mural usando formas geométricas.

IntroduçãoA letra da música “Quantos morros” chama aten-ção para o movimento que a cidade produz. Ela

é resultado do trabalho humano, mas não a per-cebemos como tal. Quem olha a cidade? Quemvê seu movimento, sua contradição, preconcei-tos? Como as pessoas pobres criam soluções parasuas necessidades, desenvolvem suas artes? Porque o autor diz que a cidade é uma colcha deretalhos? Converse com seus alunos sobre essasquestões.

Dicas do professor: Você pode mostrar aos alunos algu-mas gravuras de obras de arte em que o artista tenha usadocomo base alguma figura geométrica, como Alfredo Volpi,com sua pintura Mastros em xadrez, ou Piet Mondrian (1872– 1944), Composição, pintura de 1921.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 31

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32 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Português Nível II

1. Atividades de pré-leitura. Perguntar: O quesabem sobre a cultura hip-hop? (Movimentocultural, que surgiu no início da década de1970, nas comunidades afro-americanas, edivulgou os MC – raps –, DJ, grafitti e break-ing (dança de rua).

2. Se possível, pedir que tragam informaçõesmais detalhadas sobre as origens e desenvolvi-mento dessa cultura e, também, CDs, letrasdos raps, para a sala tomar conhecimento.

3. Atividades de leitura.

a) Ler o texto com os alunos.

b) Pedir que retirem do texto as gírias.Informar que a gíria é parte integrante dalíngua: denota o meio de comunicação deum grupo e o identifica. Esclarecer que agíria é efêmera e que, por isso, poucos vocá-bulos se incorporam ao vocabulário diciona-rizado. Mostrar que a língua possui váriosregistros lingüísticos e todos são “língua”:registro formal, semiformal e informal.

4. Atividades de produção de texto.

a) Analisar o aspecto temático e composicio-nal do rap (chavões, como “a lei da selva éassim” ou “ninguém é mais que ninguém”,as longas letras têm força porque são rea-

Descrição da atividadelistas, cruas. Têm retórica, mas é a própriaretórica da periferia. A narração, em pri-meira pessoa, dá um ar de autobiografia acada música.

b) Solicitar aos alunos que levantem, a partirda análise de sua região, os temas quepoderiam fazer parte de uma letra de rap.

c) Incentivá-los a criar seus próprios raps.

d) Se os alunos quiserem, organize a Noite doRap na escola, com o objetivo de denunci-ar os principais problemas de sua região.No evento, os educandos podem apresen-tar raps conhecidos e, principalmente, suaspróprias composições. Podem mostrar seusgrafittis e números de dança.

e) Pedir que elaborem, manualmente, os con-vites para a apresentação.

Atividade P A noite do rap

Resultado esperado: Ampliação da capaci-dade de expressar-se em diversos registroslingüísticos.

8T e x t o

Objetivo• Produzir textos de diferentes tipos e gêneros,

para diferentes interlocutores, em diferentessituações e condições de produção.

IntroduçãoO que é cultura hip-hop? Você conhece cantoresde rap? Considera o rap uma expressão da cultu-ra brasileira? E a dança de rua?

Tempo sugerido: 6 horas

Dica do professor: Site – www.geocities.com/Eureka/Plaza/1704/p148.htm)

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 33

Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Em sala, faça um levantamento da origem dosestudantes de EJA:

a) Onde nasceram?

b) Como é a vida na região?

c) Quais os hábitos e costumes das pessoas?

d) O que gostam de comer?

e) Como é a maneira de falar e de sentir?

f) Como trabalham?

2. Proponha que, em grupos, uma pesquisa sejafeita junto a outras turmas, incluindo algumasperguntas para os alunos e alunas que sejamtrabalhadores assalariados.

a) Quem decide como vai se dar o processo detrabalho?

b) Como se dá o controle do trabalho?

c) Como se dão as relações entre patrão eempregado?

Descrição da atividaded) O que os trabalhadores reivindicam?

3. Terminada a pesquisa, oriente a análise dosdados obtidos, discutindo se, na empresa ca-pitalista, a cultura do trabalho expressa a di-versidade cultural dos alunos de EJA.

4. Os estudantes confeccionam e afixam car-tazes na escola para divulgar os resultados eas conclusões da pesquisa (se possível, comilustrações).

Materiais indicados:P papel pardo, caneta pilot,

fita crepe.

Tempo sugerido: 8 horas

Atividade P Cultura(s) e cultura do trabalho

Resultados esperados: Refletir sobre a diver-sidade cultural dos estudantes de EJA e a homo-geneização da cultura do trabalho na sociedadecapitalista.

9T e x t o

Objetivo• Perceber que na sociedade capitalista a cultura

do trabalho se apropria da diversidade cultu-ral, buscando homogeneizar as práticas dostrabalhadores e trabalhadoras.

IntroduçãoMarrom, café, pastel, bege, ocre... Com tonalida-des diversas, Tarsila do Amaral nos revela ascores-de-pele dos trabalhadores no início daindustrialização no Brasil. Oriundos dos quatrocantos do planeta, cada um deles carrega consigosua cultura, sua maneira própria de fazer, inter-

pretar e simbolizar o mundo. Independente de corou raça, o que todos têm em comum é sua “forçade trabalho”, ou seja, a capacidade de produzir osbens necessários à vida humana. No capitalismo,o trabalhador é obrigado a vender sua “força detrabalho” aos proprietários dos meios de produçãoem troca de um salário. Assim, não são os traba-lhadores que decidem quando, como e quanto sevai produzir. Podemos afirmar que, na empresacapitalista, a cultura do trabalho é a expressão dadiversidade de culturas que se expressam nos ros-tos de cada um dos operários de Tarsila?

Dica do professor: Sobre as concepções de cultura, veja o livro Cultura: um con-ceito antropológico, de Roque de Barros Laraia (Jorge ZaharEditor).

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34 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

1. Desenvolva uma atividade de apreciação daobra, se possível, use uma transparência. Con-duza os alunos a observar a obra por meio dasseguintes perguntas em espanhol:

a) ¿Qué es lo que vemos en esta imagen?

b) ¿Qué diferencia podemos ver entre los planesdel cuadro: formas, colores, etc.?

c) ¿Cómo son las personas presentadas en laimagen? (género, edad, grupo étnico, origen,etc.).

d) ¿Qué es lo que hay de común y de diferenteentre ellas?

e) ¿Qué relación podemos establecer entre laspersonas y el lugar dónde se encuentran?

2. A década de 1930 trouxe modificações signifi-cativas para os trabalhadores brasileiros. Su-gira aos alunos que pesquisem as diferenças

Descrição da atividadeque eles imaginam haver entre os dias de hojee aquele momento histórico. Para isso, Hayque considerar: la inserción de la mujer en elmercado de trabajo; beneficios adquiridos porlos obreros; las condiciones de trabajo en lasfábricas y el origen de los trabajadores de losgrandes centros urbanos.

3. Discuta com os alunos esse tema.

Materiais indicados:P transparência, retropro-

jetor.

Tempo sugerido: 12 horas

Atividade P El arte y sus miradas sociales

Resultado esperado: A compreensão dasmudanças ocorridas no mundo do trabalho noBrasil por meio da arte visual.

9T e x t o

Objetivo• Refletir sobre as mudanças na situação do tra-

balho no Brasil desde o início do século XX e apreocupação social na arte visual brasileira.

IntroduçãoA obra Operários, de Tarsila, se organiza em umadiagonal que divide a tela e estabelece dois cam-pos distintos. Em primeiro plano, com a massa defisionomias, definidas por formas orgânicas e co-res quentes, homens, mulheres e crianças. Maisatrás, em contraposição está a indústria estilizada,composta de cores frias, formas geométricas e li-nhas verticais. A diversidade de feições sugerediferentes origens e modos de vida. Mas a análise

do conjunto nos leva a ver pontos comuns, unifica-dores. Pode-se interpretar certa dureza nos olha-res, cansados e entristecidos. Os rostos, voltados àmesma direção, apresentam certa semelhança nascores e na dimensão das cabeças, ajudando a criarum bloco contínuo. O conjunto pode sugerir aidéia de peças de uma mesma engrenagem, movi-da pelo trabalho e impulsionada pela força daindustrialização, pela necessidade de sobrevivên-cia e por um desejo premente de modificar a situa-ção. Tarsila é testemunha da mudança gradual domodelo econômico agrícola brasileiro para o in-dustrial urbano. Conhecem outras obras de arteque discutem temas parecidos com este? Quais?

Dica do professor: Apresentar outras obras que expressem preocupações so-ciais no universo das artes visuais no Brasil: Lívio Abramo,Carlos Scliar, Hélio Oiticica e Portinari

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Área: Geografia Nível I e II

1. Há quantos anos Tarsila fez este quadro?

2. Quantos operários aparecem na tela?

3. Quantos deles são mulheres e quantos sãohomens?

4. Discutir os motivos que levaram à entrada damulher nas fábricas no Brasil (salários maisbaixos, dificuldade do homem em sustentar olar, luta pela emancipação feminina).

5. Há pessoas de idades diferenciadas no qua-dro? Discutir a presença de velhos e jovensdentre os operários (salários mais baixos).

6. É possível identificar operários de outras na-cionalidades? Quais?

7. Os operários, em geral, apresentam que tipo defisionomia na tela: cansada, alegre, triste, eufó-rica, sonolenta, dispersa, entre outras?

8. Justifique, a partir da resposta do item ante-rior, os motivos que produzem essa fisionomia.

9. A tela indica ainda que as fábricas estejam ematividade ou não? Justifique.

Descrição da atividade10. Onde a tela é mais colorida? Onde é menos?

Que conclusão podemos tirar a partir da pre-sença da cor?

11. Quem está em primeiro plano? Quem apare-ce no plano de fundo? Que conclusões pode-mos tirar a partir desta observação?

Atividade P Tem gente de toda cor

Resultados esperados:a) Refinar a leitura visual do aluno.b) Analisar a importância das imigrações para a

constituição da classe operária brasileira, paraa formação da população e para a sua riquezade valores culturais.

c) Entender a arte a partir das coisas do cotidiano.

9T e x t o

Objetivo• Aguçar os sentidos para leitura visual, identi-

ficar grupos de estrangeiros na tela, divisãopor faixa etária e sexo, refletir sobre a relaçãoentre arte e cotidiano.

IntroduçãoA formação da classe operária brasileira contoucom a presença marcante dos imigrantes que

para cá vieram em fins do século XIX e início doXX. Oriundos das mais variadas partes do mundosua contribuição cultural e política foi vital paraa constituição da nacionalidade brasileira.A tela de Tarsila do Amaral retrata um momentoimportante da história brasileira no que tange àconstrução do parque industrial, a formação daclasse operária, a imigração para o Brasil e o iní-cio da urbanização.

Dica do professor: A pesquisa do modernismo no Brasil auxiliará o aluno a entender as motivações da autora em retratar operários efábricas em sua arte. O Museu de Arte Contemporânea daUSP é uma boa opção para tal, especialmente seu acervo virtual sobre o modernismo: www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/index.html.

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 35

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36 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

A partir das discussões que a observação da telaOperários suscitou, peça aos alunos que façam asseguintes questões:

a) Calculem quanto ganha por semana a irmãde um operário que recebe semanalmenteR$ 121,00, sendo que a operária recebe 1/3da quantia de seu irmão. O salário mensalde ambos é maior ou menor do que umsalário mínimo?

b) Encontrem a fração restante do salário deum trabalhador que aplica, mensalmente,1/6 do que recebe, na caderneta de pou-pança.

c) Façam o arredondamento por centésimosda percentagem que é aplicada pelo traba-lhador, ou seja, transforme em porcenta-gem 1/6.

Descrição da atividadeMaterial indicado:P calculadora.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Operários: lutas e conquistas

Resultados esperados:a) Saber relacionar a luta dos operários de outras

épocas e as suas atualmente.b) Resolver problemas matemáticos que envolvam

frações, percentagens, número decimal e sub-tração.

c) Reconheçer que a história e a matemática nãosão disciplinas isoladas.

9T e x t o

Objetivos• Reconhecer as lutas que os operários têm e

tiveram em suas vidas como trabalhadores.• Resolver problemas matemáticos que envol-

vam salários recebidos.

IntroduçãoVocês sabiam que, antes dos trabalhadores brasi-leiros se organizarem para exigir seus direitos, osoperários trabalhavam 16 horas diárias? Que nãoexistia previdência social nem aposentadoria?Que mulheres e crianças eram operárias e sofriamfreqüentemente castigo, abusos e agressões deseus chefes? No início da industrialização muitosoperários foram mutilados? Diante disso, associa-

ções, sindicatos e partidos foram organizados apartir de 1830. Em 1-º de maio de 1907, no Rio deJaneiro, ocorreu o primeiro Congresso OperárioBrasileiro. O quadro de Tarsila do Amaral mostrahomens e mulheres que vieram de longe para tra-balhar aqui. Observe as pessoas retratadas no qua-dro e converse com seus alunos sobre suas fisiono-mias. Como seria o Brasil se os operários rece-bessem salários dignos? Você conhece as reivindi-cações de seus alunos que são operários?

Contexto no mundo do trabalho: Como trabalhadorescontinuamos com lutas e dificuldades diariamente. Nesteinício de século governantes e todo povo brasileiro têmgrandes desafios a vencer em muitas regiões do país.

Dicas do professor: Filmes – Lugar nenhum na África, de Caroline Link; O longocaminho para casa, narração de Morgan Freeman, eMigração alada, de Jacques Perrin.

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 37

Área: Ciências Nível II

1. Peça aos alunos que recolham insetos já mor-tos e que os tragam para a sala de aula.

2. Cada aluno preenche uma ficha com as se-guintes informações sobre os insetos: localonde ele foi encontrado; nome popular; ca-racterísticas físicas; tipo de alimentação

4. Identifique com os alunos as contribuiçõesdos insetos encontrados para a cadeia ecoló-gica e nas atividades produtivas.

Descrição da atividade

Atividade P Vamos entender os insetos?

Resultado esperado: Reconhecimento de ca-racterísticas de insetos, seu hábitat e seus hábitos,além da importância para a cadeia ecológica.

10T e x t o

Objetivo• Identificar as características de insetos, seu

hábitat e seus hábitos.

IntroduçãoO texto fala de diversas parábolas, que empre-gam animais em seus ensinamentos. Um deles éo gafanhoto, que chega a dar o título à história.O gafanhoto é um inseto, ou seja, apresenta ocorpo dividido em cabeça, tórax e abdômen; umpar de antenas, três pares de patas. Os insetospodem ser subdivididos de acordo com as carac-terísticas externas – morfológicas – e de acordocom a forma como processam os alimentos –metabólicas. Exemplos: traça-dos-livros (semasas, um par de antenas longas e três caudas, ali-mentam-se da cola usada na encadernação);ganhafotos, grilos e baratas (dois pares de asas,

herbívoros ou onívoros, isto é, de alimentaçãovariada); percevejos e barbeiros – que são ostransmissores da doença de chagas (dois paresde asas, parasitas externos de animais e plantas).Qual a indústria que tem como ponto básico aexistência de insetos? Quais são elas? O quefabricam? Que efeitos colaterais surgem dessafabricação? Como poderíamos solucionar os pro-blemas daí emergentes?

Contexto no mundo do trabalho: Os insetos possuemgrande importância ecológica, já que pássaros, mamíferos,peixes, anfíbios e répteis alimentam-se deles. Os insetossão encontrados nos mais diversos ambientes cotidianos ede trabalho. Ressalte-se ainda que certas espécies de inse-tos são pragas e causam enormes prejuízos à pecuária e àlavoura.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: Dentre os exemplos de praga, podemos citar a mosca doberne (prejuízos na agropecuária). Mosquitos sugadores desangue, piolhos, pulgas também podem transmitir doençasao homem e a animais domésticos. Entre as doenças trans-mitidas por mosquitos podemos citar a malária e a febreamarela. No entanto, muitos insetos são úteis ao homem.Por exemplo, certas joaninhas comem pulgões, as abelhas,além de produzirem o saboroso mel, são agentes poliniza-dores de plantas cultivadas pelo homem. indústrias de inse-ticidas, dedetizadoras, farmacêuticas (venenos), etc.

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38 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Ciências Nível II

1. Peça aos alunos que façam uma relação depratos alimentícios baseados em produtos ori-undos de aves.

2. Cada aluno deve trazer pelo menos uma recei-ta que deve identificar: o tipo de ave utiliza-do, qual porção (carne branca, coxas, ovos,sangue, etc.) e modo de cozimento (frito, as-sado, cozido, ensopado, etc.).

3. Identifique com os alunos as contribuições dasaves como fornecedoras de proteínas em nos-sa alimentação, reconhecendo a diversidadede opções que nos são dadas por essa catego-ria de alimento.

4. Compile as receitas trazidas em um livro dereceitas da turma.

Descrição da atividade

Atividade P Vamos entender as aves?

Resultados esperados:a) Identificação das características e hábitos de

aves, reconhecendo sua importância comercial. b) Identificação do poder nutritivo de aves em nos-

sa alimentação, principalmente como forne-cedoras de nutrientes.

c) Livro de receitas baseadas em aves, preparado apartir da contribuição dos alunos.

10T e x t o

Objetivos• Identificar as características e hábitos de aves,

reconhecendo sua importância comercial. • Reconhecer a importância e as contribuições

nutricionais de aves em nossa alimentação.

IntroduçãoO texto fala de diversas parábolas, que empregamanimais em seus ensinamentos. A águia é a avemencionada. As aves possuem penas que garantemisolamento térmico, proteção contra a perda deágua e são imprescindíveis ao vôo. As penas sãotrocadas de forma gradual, a fim de não prejudicara capacidade de vôo. Seus ossos são porosos, a fimde diminuir o peso para voar. Algumas aves nãovoam, elas perderam esta capacidade ao longo doprocesso evolutivo. Elas, adquiriram outras capaci-

dades, como correr velozmente (avestruzes eemas) e nadar, (mergulhões e pingüins). Existemaves criadas para consumo, como as galinhas, quefornecem ovos, carne e penas. Emas também têmsido produzidas em criadouros específicos, mas asua utilização como alimento ainda não é muitogrande em nossa sociedade. Que outras indústriastêm como base as aves?

Contexto no mundo do trabalho: Existem granjas, nopaís, dos mais diversos portes. Em muitos casos, a grandeprodutividade tem sido alcançada com a utilização dedoses maciças de hormônios e com o tratamento confi-nado dos animais, em desrespeito à sua condição deseres vivos.

Tempo sugerido: 1 hora

Dica do professor: A fecundação das aves é interna e o desenvolvimento doembrião ocorre dentro do ovo já botado. Isso significa queas aves são ovíparas. Elas chocam os ovos e cuidam dos fi-lhotes após o nascimento, protegendo-os e alimentando-os.

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Área: Ciências Nível II

1. Peça aos alunos que façam uma relação detodos os mamíferos que conheçam.

2. Cada aluno deve preencher uma ficha con-tendo as seguintes informações sobre os ma-míferos identificados: local onde vivem; nomepopular; tipo de alimentação e importânciaeconômica.

3. Identifique com os alunos as contribuições dosmamíferos para a nossa sociedade.

Descrição da atividade

Atividade P Vamos entender mamíferos?

Resultado esperado: Reconhecimento de ca-racterísticas de mamíferos, seu hábitat e seus hábi-tos, além da importância para a nossa sociedade.

10T e x t o

Objetivo• Identificar as características de mamíferos, seu

hábitat e seus hábitos.

IntroduçãoO texto fala de diversas parábolas, que empregamanimais em seus ensinamentos. Cita touro, came-lo, cavalo, gazela e leão. Mas, o que esses animaistêm em comum? Todos são mamíferos. Eles pos-suem glândulas mamárias, corpo total ou parcial-mente recoberto de pelos, dentes (incisivos, cani-nos, pré-molares e molares) e diafragma (membra-na que separa o abdômen do tórax). Os mamíferosdividem-se em três grandes subclasses: monotre-mados, marsupiais e placentários. Os monotrema-dos botam ovos (ornitorrinco, que vive naAustrália e na Tasmânia). Os marsupiais têm bolsa

de pele no ventre, onde os filhotes, após nascerem,completam o desenvolvimento (cangurus, quevivem na Austrália). Já os placentários são mamí-feros que completam seu desenvolvimento noútero materno, alimentando-se pela placenta.Geralmente, os mamíferos participam na porçãosuperior da cadeia ecológica e possuem diversoshábitos alimentares: herbívoro (boi); carnívoro(leões e hienas); onívoro (ser humano). Quais asindústrias que têm como base os animais?

Contexto no mundo do trabalho: Os mamíferos estãopresentes como animais domésticos (gatos e cachorros).Cavalos, por exemplo, são usados no transporte e auxi-liam a aragem de terras. Grande parte de nossa alimen-tação é de origem animal, como gado bovino, suíno ecaprino.

Tempo sugerido: 1 hora

Dicas do professor: Os mamíferos são divididos em grupos chamados ordens.Os cães, lobos, gatos, leões, tigres, onças, hienas, focas, etc.pertencem à ordem carnívora.A ordem primata, a qual o serhumano pertence, é constituída também por macacos elêmures. Camelos, girafas e cervos pertencem à mesmaordem de bois, cabras, carneiros e porcos, ordemArtiodactyla. À ordem Cetácea pertencem as baleias e gol-finhos, que são marinhos e possuem seus membros anterio-res transformados em nadadeiras. Indústrias: agropecuária,implementos agrícolas, frigoríficos, etc.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 39

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40 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível II

1. Coloque na lousa a seguinte frase:

The Amish should participate in the modernsociety.

(Os Amish deveriam participar da sociedademoderna.)

2. Sublinhe a palavra should e a palavra deveria.

3. Diga então aos alunos que sempre que quere-mos fazer uma recomendação, dar uma suges-tão ou conselho, utilizamos a estruturaSHOULD + VERBO. SHOULDN’T é utilizadoem frases negativas (não deveria). Caso os alu-nos ainda não tenham nenhuma lista de ver-bos principais, prepare uma lista com verbose seus significados e dê a eles. Peça que, emduplas, preparem 10 frases com recomenda-ções e conselhos para os Amish (baseados notexto que leram). Quando terminarem, colo-que na lousa as seguintes frases:

“Estou com gripe.”

“Sinto muita dor de cabeça.”

“Meu vizinho comprou uma bateria.”

“Meu cachorro comeu um pé do meu sapatofavorito.”

Descrição da atividade“Gosto de uma pessoa, mas sou muito tími-do(a).”

4. Peça a eles que, ainda em duplas, escrevamconselhos em inglês para essas pessoas. Pode-se fazer mais de uma frase para cada caso.

Material indicado:P dicionários português-

inglês para ajudar osalunos a encontrar o

vocabulário para a for-mação das frases.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Should/Shouldn’t

Resultado esperado: Que os alunos consigamutilizar a estrutura apresentada corretamente,familiarizando-se, assim, com a língua.

11T e x t o

Objetivo• Aprender a dar recomendações, sugestões e

conselhos em inglês

IntroduçãoO texto em inglês trata da cultura Amish, comdiversas restrições à vida moderna e distancia-mento que causa incompreensão por parte dosgovernos e da sociedade de modo geral. Nessecontexto, além do aprendizado de cultura e voca-bulário, é interessante apresentar como se fazrecomendações em inglês.

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 41

Área: Ciências Nível I e II

1. Com a trena (ou metro) e o giz, desenhe nochão um quadrado com um metro de lado.

2. Vamos verificar quantos copos de água sãonecessários para molhar toda essa área.Derrame água na área demarcada até molhá-la completamente. Use o copo para isso. Contequantos copos de água utilizou. Considere quecada copo comum tem cerca de 200 ml e vocêconseguirá medir o volume de água em litros.Se tiver um recipiente graduado sua tarefaficará mais fácil.

3. Indique quantos litros de água utilizou.

Descrição da atividade Materiais indicados:P trena (ou metro), giz,

copo com 200 ml e água.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P A história, os negros, a roça e a importância da chuva.

Resultados esperados: Compreender aunidade de medida utilizada para chuva. Entendera frase: “A precipitação média do mês é de 30milímetros de chuva”.

12T e x t o

Objetivos• Entender o conceito de índice pluviométrico. • Entender como se mede esse índice.

IntroduçãoQual a importância da chuva na roça? O índicepluviométrico é uma medida do volume de preci-pitação atmosférica que possibilita o planejamen-to das lavouras no campo. Antigamente, muitaslavouras se perdiam por não haver essa técnica. Oíndice pluviométrico pode ser medido em perío-dos longos, como meses ou anos, ou períodos cur-tos, como horas, minutos ou segundos. Todo tipode medida usa um padrão, no caso do índice plu-viométrico, usa-se o milímetro por metro quadra-

do, ou seja, a altura da chuva acumulada que cai,medida em milímetros, em uma área de ummetro quadrado.

Contexto no mundo do trabalho: Os índices plu-viométricos são acompanhados por trabalhadores da áreade meteorologia. O registro diário dos índices ao longo devários anos permite fazer previsões de períodos do anonos quais há possibilidade maior de chuvas intensas ou desecas. Essas previsões orientam, por exemplo, os trabalhoscom a agricultura (plantio, colheita, irrigação) ou a orga-nização da defesa civil de uma determinada cidade, indi-cando se é necessário fazer racionamento de água ou tra-balho de contenção de represas.

Dicas do professor: 1. Cada 1 mm de chuva significa aproximadamente 1 litrode água por metro quadrado. 2. Procure no serviço me-teorológico de sua região qual a precipitação normal. 3.Se você mora no interior, compare esse índice com o deuma cidade do litoral ou próxima de rio. Se você mora nolitoral ou próximo de um rio, compare esse índice com ode uma cidade de regiões mais secas do Brasil. 4. Cadalitro (l) corresponde a 1.000 mililitros (ml).

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42 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Econômia Solidária Nível I e II

1. O professor poderá desenvolver um debateentre os alunos a partir da exposição de umaexperiência desenvolvida em uma comunida-de quilombola.

2. Nesta comunidade existem dois grupos pro-dutivos que trabalham com artesanato. Umdeles utiliza a palha da bananeira e o cipó nafabricação de bolsas e adereços e o outro tra-balha com o bordado. Este último atende auma demanda de municípios vizinhos que aoencomendar os produtos exigem que tenhama marca das suas cidades e outros desenhosque normalmente são mais solicitados pelosclientes (moranguinhos, maçãs, etc.). O quetrabalha com a palha da bananeira utiliza emseus produtos diferenciais que mostram a his-tória da sua comunidade e a sua cultura. Osdois grupos sobrevivem do que produzem.

2. Após relatar essa experiência, o professorpoderá abrir uma discussão e estimular o de-bate, tendo como referência o texto base, nosentido de:

a) perceber o que os alunos conhecem sobreesse tema;

Descrição da atividadeb) verificar a compreensão sobre o significado

da cultura para uma comunidade;

c) verificar, diante da situação relatada, quaisdos grupos têm mais chance de gerar rendae ao mesmo tempo preservar seus aspectosculturais, sua identidade;

d) fazer uma avaliação sobre a atividade.Sugerir que continuem pesquisando sobreo tema.

Materiais indicados:P papel, canetas, cadeiras,

etc.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Identidade, cultura e produção

Resultado esperado: Que ao final da ativi-dade os alunos possam ter desenvolvido reflexãosobre a possibilidade de se desenvolver atividadesprodutivas e preservar a cultura, a história, a iden-tidade das comunidades envolvidas.

12T e x t o

Objetivo• Debater com os alunos a importância do resga-

te e preservação da cultura nas atividades pro-dutivas.

IntroduçãoAs formas coletivas e solidárias têm sido cada vezmais uma alternativa encontrada por camadasda população. Comunidades quilombolas tam-bém têm procurado, por meio de atividades daprodução associada, gerar renda e ao mesmotempo preservar sua cultura.

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Área: História Nível I e II

1. Fazer uma leitura compartilhada do texto.

2. Procurar o significado das palavras desconhe-cidas.

3. Situar com os alunos, no tempo e no espaço(nos calendários, linhas de tempo e no mapado Brasil) os principais fatos e grupos (qui-lombos e quilombolas) mencionados no texto.

4. Interpretar o texto com o grupo, destacandoos seguintes conceitos: quilombos, quilombo-las, discriminação, marginalização, preconcei-to, descendentes africanos, cultura afro-des-cendente.

5. Com base no texto, destacar: o que prevê aConstituição Federal do Brasil, de 1988, sobreos direitos dos quilombolas; o significado doQuilombo de Palmares para as lutas dos ne-gros; o que diz o texto sobre o modo de viver

Descrição da atividadedos grupos de quilombolas: Kalunga, Cafundóe Campinho.

6. Debater a seguinte questão e registrar em umafrase ou parágrafo: o que podemos fazer paravalorizar e respeitar a identidade dos quilom-bolas e dos afro-descendentes na atual realida-de brasileira?

Material indicado:P exemplar da Constituição

Federal do Brasil.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Quilombos, quilombolas, afro-brasileiros!

Resultados esperados: Reconhecimento dosdireitos previstos e valorização da população deorigem africana, de modo geral, na história doBrasil.

12T e x t o

Objetivo• Reconhecer, debater e valorizar a identidade

dos quilombolas e da população de origemafricana, de modo geral, na história do Brasil.

IntroduçãoHá mais de cem anos da abolição da escravidãono Brasil e trezentos anos depois da morte deZumbi, líder do movimento negro do Quilombodos Palmares, como o próprio texto afirma “asatenções se voltam para a situação dos núcleosrurais espalhados pelo país, onde vivem popula-ções remanescentes de quilombos”. Quem equantos são? Como vivem? Quais são os seusdireitos? Essas e outras questões estão na agen-

da das lutas dos movimentos afro-descendentes.Nesse sentido, o estudo da cultura afro-brasilei-ra, como prevê as Diretrizes CurricularesNacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ela-boradas e implementadas pelo MEC, a partir deoutubro de 2004 (Lei 10.639/03-MEC), constituiimportante forma de luta na defesa dos direitosde cidadania, no combate ao preconceito, à dis-criminação e marginalização do negro no Brasil.É tarefa de todos nós, educadores, participardesse processo de forma cidadã, contribuindo,assim, para a valorização e respeito da identida-de da cultura afro-brasileira. Vamos ao desafio!

Dica do professor: Site do MEC – www.mec.gov.br, o texto da (Lei 10.639/03-MEC).

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 43

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44 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Português Nível I e II

1. Atividades de pré-leitura. Em conversa infor-mal, fazer um levantamento, com os alunos,dos heróis, ídolos e figuras importantes noBrasil. Perguntar o porquê de serem famososou importantes e discutir os motivos quefazem um homem sair do lugar comum e ga-nhar status de gênio, herói, ídolo etc. Explicarque uma biografia é uma coleta de dados refe-rentes a uma pessoa. É importante, pois nosajuda a saber como e por que tornou-se famo-sa, quem ou que influenciou em suas realiza-ções, como pensava o mundo, como viveu ecomo morreu (se for o caso).

2. Atividades de leitura. Solicitar, por meio deperguntas, as informações que o texto traz arespeito de Zumbi. Sugerir que os alunos am-pliem essas informações com uma pesquisa arespeito dele.

3. Atividades de produção de texto.

a) Mostrar à classe a necessidade e a impor-tância de uma pesquisa; falar dos meios uti-lizados para levantamento de dados (inter-net, bibliotecas, entrevistas, estudos, cálcu-los, experimentos etc.).

Descrição da atividadeb) Orientar a classe na pesquisa, redação e

montagem de uma biografia sobre Zumbi.Orientar a pesquisa e a redação dos alunos.Marcar um dia para a apresentação dosresultados da pesquisa. Discutir o conteúdo.

c) Se os alunos quiserem, além da criação dotexto biográfico, podem ilustrar o texto comfotos, gravuras, slides etc. Depois, podemmontar um mural para exposição públicado material colhido.

d) Se houver interesse da classe, num segundomomento os alunos podem criar sua au-to-biografia ou, por meio de entrevistas,criar a biografia de alguma pessoa conside-rada importante pela comunidade em quevivem, ou de alguma outra personagemfamosa.

Materiais indicados:P computadores, livros,

revistas.

Tempo sugerido: 6 horas

Atividade P Características do texto biográfico

Resultado esperado: Segurança na conduçãode uma pesquisa bibliográfica e na produção detextos biográficos.

12T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de pesquisa, seleção e

ordenação de dados para redação de biografia.

IntroduçãoA atividade pretende que o aluno ganhe autono-mia e confiança para ampliar conhecimentos so-bre um determinado tema ou pessoa e que en-tenda a necessidade de um trabalho organizadopara a realização desse objetivo.

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Área: Português Nível II

1. Atividades de leitura. Discutir o texto com osalunos e explorar as características dos grupose sua importância para a cultura nacional.

2. Reconhecimento e ampliação do vocabulário:

a) Informar aos alunos que o português doBrasil incorporou muitos vocábulos das lín-guas africanas. Para testar o conhecimentoprévio (e informar), perguntar se conhecemalguns nomes (sugere-se que o professorescreva-os no quadro, pois a próxima ativi-dade recuperará algumas dessas palavras):

• geográficos (Caxambu, Quilombo);

• que designam divindades, crendices, práti-cas rituais (Exu, Iemanjá, Ogum, Orixá,Xangô, candomblê, macumba, mandinga);

• de danças e instrumentos musicais (batuque,lundu, maracatu, samba, agogô, afoiê, berim-bau, canzá);

• de alimentos, iguarias, bebidas (abará, acara-jé, angu, mugunzá, vatapá, cachaça, quitute);

• de animais, aves, insetos: (caxinguelê, ca-mundongo, marimbondo);

Descrição da atividade• árvores, plantas, legumes, frutas (dendê,

inhame, chuchu, jiló, quiabo);

• doenças, estados de alma (calombo,cachumba, cafife, banzo);

• objetos de uso, enfeites, vestes (cachimbo,carimbo, gongá, miçanga).

b) Pedir aos alunos que criem “verbetes dedicionário” para tornar público o significa-do das seguintes palavras de origem afri-cana (os alunos usarão seu conhecimentoprévio e pesquisa):

Exemplo: angu – massa de farinha de trigo,mandioca ou arroz. cachaça (aguardente);dendê (fruto do dendezeiro); maracatu (cortejocarnavalesco); cafuné (carinho na cabeça); can-jerê (feitiço, bruxaria); caxumba (doença dasglândulas falias); fubá (farinha de milho);quitute (comida fina, iguaria delicada); senzala(alojamento de escravos).

Material indicado:P dicionários.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Influência africana na língua portuguesa e características ortográficas

12T e x t o

Objetivo• Conhecer as contribuições africanas para a lín-

gua portuguesa, reconhecer alguns vocábulosherdados e seu significado.

IntroduçãoA necessidade de braços que trabalhassem aterra trouxe ao Brasil, logo depois do descobri-

mento, os negros do grupo guineano-sudanês(Guiné e Sudão Oriental) e banto (ÁfricaAustral). Das línguas que falavam destacam-se onagô ou ioruba (grupo sudanês), que se irradiouna Bahia, e o quimbundo (grupo banto) difundi-do em Pernambuco e outros estados do Norte,Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Resultado esperado: Ampliação do voca-bulário.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 45

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Page 46: Coleção Cadernos EJA - Professor - 02 Diversidades e Trabalho

46 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Ciências Nível II

1. Solicite a seus alunos uma pesquisa sobre adiferença entre fenótipo e genótipo.

2. Discuta as seguintes situações:

a) uma pessoa negra decide clarear sua pelepara não sofrer mais preconceitos. Após otratamento, seus filhos nascerão com apele mais clara?

b) Uma pessoa pode mudar seu fenótipo?

c) Ela poderia mudar seu genótipo?

Descrição da atividade Tempo sugerido:Pesquisa: 1 diaAtividade: 2 horas

Atividade P Por que somos diferentes?

Resultados esperados:a) Compreender os conceitos de fenótipo e

genótipo. b) Concluir que a variabilidade genética é resulta-

do da evolução das espécies e não justifica ospreconceitos sociais.

13T e x t o

Objetivos• Perceber a influência dos genes e do ambiente

na determinação das características físicas deuma pessoa.

• Saber que a reprodução sexuada permite a va-riabilidade genética.

IntroduçãoAlém de apresentarem comportamentos distintos,as pessoas são diferentes fisicamente. A espéciehumana e outros animais originam-se a partir dareprodução sexuada, em que há troca de materiaisgenéticos entre dois indivíduos da mesma espécie.Na espécie humana isso ocorre com o encontro dedois gametas diferentes, o óvulo (gameta femini-no) e o espermatozóide (gameta masculino). Osgametas são células especializadas para a reprodu-ção e contém informações genéticas que, ao com-binar-se na fecundação, originam um indivíduogenética e fisicamente diferente dos seus ances-

trais. Essa bagagem genética (genótipo) determi-nará as característica físicas do indivíduo (fenóti-po). O meio ambiente também influencia no resul-tado dessas características. Por exemplo, uma pes-soa pode ter genes para pele clara, mas se ela seexpor ao Sol pode adquirir uma coloração maisescura. Quanto ao comportamento, será determi-nado pela interação do indivíduo com as outraspessoas (relação indivíduo/sociedade) e decorrede sua história. Nas relações no trabalho o aspectofísico é importante? Por quê?

Contexto no mundo do trabalho: Os fenótipos são per-cebidos nas relações sociais. As pessoas são identificadaspor essas características e, algumas delas, são usadas demaneira a discriminá-las. É o caso da cor da pele e da esta-tura. A sociedade, algumas vezes, rejeita determinadascaracterísticas (preconceitos) por questões sociais, dificul-tando ou facilitando a inserção no mundo do trabalho.

Dica do professor: Uma características genética nemsempre se manifesta nos descendentes. É o caso do lóbu-lo da orelha livre ou aderente.Filme – Gattaca, dirigido por Andrew Niccol, discute aseleção de pessoas com base em suas característicasgenéticas.

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Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Depois de analisar as charges com os estudan-tes, peça que, em grupos, desenhem uma cenade trabalho, na qual se constate a diversidadeexistente entre as pessoas.

2. Apresentação dos grupos, com comentáriosdo professor sobre “diversidade cultural”.

3. Proponha aos estudantes: investigar na inter-net sobre “responsabilidade social corporati-va”, verificando o que dizem os empresários.Podemos fazer alguma relação com o discursosobre a importância da diversidade?

4. Depois de explicar a cinco trabalhadores (queestudem na mesma escola) o que é “ responsa-bilidade social”, perguntar o que acham sobreo tema, bem como por que acham ou não im-portante garantir a diversidade no local de tra-balho (ajude-os a elaborar um questionáriocontendo poucas perguntas, como por exem-

Descrição da atividadeplo: na empresa cidadã não há exploração dotrabalho?

5. Elaboração do trabalho final, por escrito, con-tendo os resultados e análise crítica dos dis-cursos dos empresários e dos trabalhadores.

6. Apresentação dos grupos.

Materiais indicados:P papel pardo, pilot.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Diversidade e “responsabilidade social corporativa”

Resultado esperado: Identificar os principaisargumentos presentes no discurso dos empresáriose dos trabalhadores sobre diversidade e “respon-sabilidade social corporativa”.

13T e x t o

Objetivo• Perceber que no processo de produção capitalis-

ta, o discurso da “diversidade” vem contribuin-do para mascarar as contradições entre capital etrabalho.

IntroduçãoSim, somos diferentes um dos outros!!! Temos cul-turas diferentes, temos maneiras diferentes defazer, de sentir e de pensar. Mas, como seres huma-nos, temos muitas coisas em comum, a começarpela nossa capacidade de dar humanidade às coi-sas da natureza e de nos humanizar com as cria-ções e representações que produzimos e reprodu-zimos sobre o mundo. Ao trabalhar, produzimoscultura; ao mesmo tempo trabalhamos de acordo

com uma determinada cultura. No capitalismo,prevalece uma cultura do trabalho que busca ga-rantir a submissão do trabalhador ao processo deprodução, daí não podemos desvincular cultura einteresses de classe.Independentemente de nossas diferenças comoseres humanos, todos devem ser úteis ao capital.Assim, valeria a pena perguntar em que medida a“diversidade” apregoada pelos empresários é parteintegrante da chamada “responsabilidade socialcorporativa” – critério para que recebam o Cer-tificado SA 8000 e o título de “empresa cidadã”.Talvez por isso, também caibam gatos, cachorros emacacos no processo de trabalho (contanto queeles pensem como o patrão). Vamos pesquisar?

Dicas do professor: 1) No Goggle Acadêmico – www.scholar.google.com.br,veja alguns artigos recentes sobre diversidade cultural.2) Sobre a relação entre cultura e classes sociais, veja Osintelectuais e a organização da cultura, de Antonio Gramsci(Civilização Brasileira).

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 47

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48 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Língua Estrangeira – Inglês Nível II

1. Peça aos alunos que copiem o seguinte voca-bulário em seus cadernos de anotações:

Long hair - cabelo longo

Short hair - cabelo curto

Dark hair - cabelo escuro

Blond - loiro(a)

Brunette - mulher de cabelo castanho/preto

Tall - alto(a)

Short - baixo (a)

Slim - magro(a)

Overweight - pessoa acima do peso (formamais educada)

Fat - gordo(a)

Bald - careca

Dark eyes - olhos escuros

Big ears - orelhas grandes

Small ears - orelhas pequenas

Antennas - antenas

Solicite, então, que localizem nas charges asfiguras com as descrições físicas correspondentesa esse vocabulário.

Descrição da atividade2. Apresente a eles as seguintes frases:

He is tall - Ele é alto

He has dark hair - Ele tem cabelo escuro

She is blond - Ela é loira

It is an ET - Ele é um ET

She has long hair - Ela tem cabelo longo

Depois de explicar essas estruturas aos alunos,peça a eles que escolham dois colegas de classee escrevam suas descrições físicas (eles não de-vem dizer aos outros quem são os colegas esco-lhidos). Após terem escrito suas definições, peçaa alguns que as leiam. O resto da classe devetentar adivinhar quem eles estão descrevendo.

Atividade P People description

Resultados esperados: Espera-se que os alu-nos consigam memorizar parte desse vocabuláriode descrição e consigam comunicar informaçõesbásicas em inglês.

13T e x t o

Objetivo• Aprender a dar descrições físicas de pessoas

em inglês.

IntroduçãoAs charges em inglês falam justamente de diver-sidade no ambiente de trabalho. Nesse contexto,é interessante que os alunos aprendam comofazer descrições físicas de pessoas em inglês.

Tempo sugerido: 1 hora e 10 minutos

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho• 49

Área: Artes Nível I e II

1. A partir do texto, a classe escolherá um temacomum para a criação de uma história.

2. A classe será dividida em 4 grupos.

3. Cada grupo deverá criar uma história sobre otema escolhido.

4. Após a criação da história, cada grupo esco-lherá uma pessoa para contá-la e definirá umobjetivo a ser alcançado, que poderá afirmarou contestar o texto.

5. O escolhido construirá sua interpretação, coma ajuda do grupo, explorando a postura cor-poral, criando um texto gestual condizentecom o sentido que o grupo pretende dar a his-tória.

6. Cada grupo deverá apresentar sua história e aclasse deverá externar como a interpretou.

Descrição da atividadeO exercício poderá ser repetido tomando porbase uma história ou cantiga popular conhecida.Neste caso, a história ou cantiga será contadaapenas a partir de uma construção gestual.

Atividade P A linguagem do corpo

Resultados esperados:a) Que o aluno possa compreender o valor do

gesto na comunicação entre pessoas.b) Que o aluno possa encontrar formas diferentes

de expressão dos pensamentos e sentimentos.c) Que o aluno possa ampliar seus conhecimentos

na área da comunicação não verbalizada.

14T e x t o

Objetivo• Construir diálogos corporais.

IntroduçãoExistem diversas formas de comunicação entre aspessoas. Muitas vezes o que se quer comunicar defato não é naquilo que está sendo verbalizado.Nosso corpo fala. O tom de voz, a postura corpo-ral e os gestos são responsáveis por boa parte dacomunicação entre as pessoas, reafirmando o quese diz, muitas vezes modificando o seu sentido ourevelando ainda significados ocultos ou opostosàs palavras que estão sendo ditas. Boa parte do

trabalho de um ator, por exemplo, consiste naconstrução de gestos, posturas e modulações devoz que sublinhem o texto ou exponham inten-ções não claramente apresentadas nas falas a par-tir de códigos que são reconhecíveis pela platéia,caso contrário a obra resultante correria o riscode não dialogar com o público.Todas as culturas possuem códigos gestuais comsignificados muito específicos. Um sinal da cruzidentifica que você é católico, a aproximação ouo distanciamento entre os dedos polegar e indica-dor indica “pouco” ou “muito”, se o interlocutorconhecer o significado desses códigos.

Tempo sugerido: 1 hora e 10 minutos

Dicas do professor: Site – www.bibvirt.futuro.usp.br/sons/infantil/cantigasderoda.html

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50 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Economia Solidária Nível II

1. O professor deve pedir aos alunos que leiam opoema silenciosamente.

2. Terminada a leitura, o professor deve consti-tuir grupos de alunos, pedindo que cada gru-po escreva em uma folha o que entendeu daleitura.

3. Depois, cada grupo deve fixar em algum lugarna sala, onde todos possam ver, e fazer umaapresentação para a classe.

4. O professor deve, a partir das apresentações,anotar as palavras/frases que dão conotaçãode coletivo e diversidade para explicar queassim também é na economia solidária, poisela reúne:

a) várias profissões e aptidões;

b) homens, mulheres, adolescentes e pessoasmais velhas;

c) pessoas negras, brancas e mestiças;

d) pessoas com vários níveis educacionais.

5. Explicar que todas elas têm um objetivo emcomum: buscam alguma maneira de produzir

Descrição da atividadetrabalho e gerar renda e que isso é economiasolidária.

6. Na economia solidária, apesar de o trabalhoem cada grupo ser coletivo, respeita-se asindividualidades de cada membro do grupo.

Materiais indicados:P papel e lápis ou canetas

coloridas.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P A diversidade no coletivo

Resultado esperado: Ter demonstrado que,como no Brasil, também há uma imensa diversida-de na economia solidária, mas todos estão embusca de um objetivo: gerar trabalho e renda deforma coletiva, cooperativa, respeitando as indivi-dualidades em benefício do coletivo.

14T e x t o

Objetivo• Mostrar que existe diversidade em qualquer

coletivo e que a economia solidária também éum coletivo com muita diversidade.

IntroduçãoA atividade procura chamar a atenção para oaspecto da diversidade que existe em qualquercoletivo. Como no Brasil, na economia solidária

também há uma imensa diversidade de traba-lhadores das mais diversas profissões, mas quehá respeito às individualidades em benefício docoletivo.

Contexto no mundo do trabalho: A diversidade de tra-balhadores existente na economia solidária.

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Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Peça aos alunos que tragam fotografias, gra-vuras de revista, notícia de jornal, poesia quemostre a diversidade de coisas que há noBrasil.

2. Monte com este material um painel e dê umtítulo para ele.

3. Discuta com os alunos o painel a partir dotexto e das seguintes questões:

a) Todo trabalhador pode dizer que quer oBrasil do jeito que ele está?

b) Qualquer trabalhador pode governar estepaís?

c) Todos os trabalhadores têm salários justos?

d) É possível sonhar com um outro Brasil quevem aí?

4. Explore e discuta sobre outros aspectos dotexto, tais como: a discriminação contra amulher, o negro, os tipos de profissão, etc.

Descrição da atividade 5. Anote as conclusões e proponha aos alunosque criem, coletivamente, uma paródia com otítulo “O outro Brasil que vem aí”.

Materiais indicados:P papel pardo, cola,

recortes, caneta pilot.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Que país é esse?

Resultado esperado: Capacidade de sonharcom a possibilidade de um Brasil melhor.

14T e x t o

Objetivo• Refletir e posicionar-se a respeito da diversida-

de em que está inserido o trabalhador no con-texto da sociedade brasileira.

IntroduçãoDiversidade, noção emprestada da biologia e tra-duzida do inglês (“diversity”), tem originalmenteo sentido de “multiformidade cultural”. A partirdos anos 80, a palavra incorporou novos significa-dos, envolvendo o princípio de respeito às dife-renças e de não discriminação na sociedade. Des-de essa época, algumas empresas, mais inseridas

no processo de globalização, passaram a se inte-ressar pela questão e a adotar e estruturar políti-cas de recursos humanos que resgatam e valori-zam as diferenças pessoais em matéria de gênero,raça, idade, aptidão física, orientação sexual,crenças, entre outros aspectos. Não por uma ques-tão humanitária, mas porque se deram conta deque a diversidade é vantajosa, é criativa, eleva aprodutividade, melhora a qualidade de produtose serviços. O que esses significados para a palavradiversidade têm a ver com o texto O outro Brasilque vem aí?

Dicas do professor: Paródia: recriação de forma de umtexto conhecido. contestadora, irônica, zombeteira, crítica,satírica, humorística e jocosa.Sites – www.pucrs.br/gpt/parodia.php Renato Russo: Que país é esse? legiaourbana.letras.terra.com.br/letras/46973/ - 33k www.memoriaviva.com.br/drummond/poema057Livro – Instituto Ethos de Empresas e ResponsabilidadeSocial: manual “Como as empresas podem (e devem)valorizar a diversidade”.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho• 51

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52 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Realizar uma leitura coletiva e em voz alta naclasse do texto em questão.

2. Identificar as profissões que aparecem notexto.

3. Definir qual é o objeto de trabalho de cadaprofissão descrita.

4. Solicitar aos alunos que apontem dentre seusconhecidos, parentes, amigos, ou mesmo en-tre si, os nomes dos que exercem as profissõesdescritas no texto. Anotar então o nome dapessoa e a ligação dela com o aluno da classe.

5. Fazer um painel em sala de aula contendo osresultados obtidos.

6. Levar os alunos a estabelecer uma relaçãoentre as profissões descritas no material e ostrabalhadores brasileiros, em especial os dasala de aula.

7. Debater em sala de aula que a riqueza geradano Brasil é o resultado da somatória de todasas profissões no país, portanto cada aluno é

Descrição da atividaderesponsável por uma pequena parcela doProduto Interno Bruto (PIB) gerado.

8. Debater ainda que, independente da idade dapessoa, sexo, convicções religiosas, cor, histó-ria pessoal ou da sua opção política, todos osbrasileiros dão a sua contribuição à riquezagerada, aos bens produzidos e aos serviçosprestados direta ou indiretamente.

Atividade P A riqueza que todos criamos

Resultados esperados:a) Possibilitar a reflexão sobre a divisão profissio-

nal do trabalho na sociedade.b) Ampliar os conhecimentos sobre as profissões

existentes e seu papel social.c) Permitir a abstração do papel produtivo do tra-

balho a partir de situações concretas.

14T e x t o

Objetivos• Identificar as profissões descritas no material

bem como o significado de cada uma delasdentro de nossa sociedade.

• Levar o aluno a refletir sobre a grande diversi-dade regional do país e o trabalho da socie-dade, parcelado e dividido em tarefas que, jun-tas, produzem a riqueza do país.

IntroduçãoO poema faz menção a um novo Brasil, construí-do pelas mãos de trabalhadores das mais variadas

profissões e tarefas cotidianas. O Brasil é o pro-duto desse trabalhar coletivo, aparentemente dis-sociado e independente, realizado por gente dediversas cores, sexos, idades, histórias e nomes.

Contexto no mundo do trabalho: A divisão do trabalho(necessária para a criação geral da riqueza) coloca cadatrabalhador numa tarefa que, em composição com os ou-tros trabalhadores, geram uma riqueza produzida coleti-vamente, mas apropriada privadamente.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor: O site “O aprendiz” tem conteúdointeressante para se pensar as profissões existentes, asexigências, as perspectivas, dentre outras característicasexistentes no mercado de trabalho.http://aprendiz.uol.com.br/homepage.view.action

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Área: Português Nível II

1. Apresentar à classe, sem comentários, a grava-ção de poemas de épocas distintas. Ler opoema “O outro Brasil que vem aí” ou solicitara leitura expressiva por um dos educandos.Suscitar comentários sobre o conteúdo e os re-flexos conquistados pelo poeta ao criar o textoem versos.

2. Explorar, por meio de perguntas, as funçõesdos textos além da poética (informativa: impar-cial, objetiva, sem juízos pessoais; persuasiva:tende a agir sobre o outro, convencer, provocarum tipo de reação do outro; expressiva: subje-tiva, pessoal, emotiva, crítica, centrada no “eu”;metalingüística: linguagem que fala da próprialinguagem).

3. Levar os alunos a concluírem que:

a) há presença da função poética em todos ostextos;

b) o conceito de “belo” mudou com o tempo.Os poemas mais antigos eram expressospor formas fixas (sonetos, redondilhas etc.)com rimas estudadas e versos metrificados.Os poemas modernos valem-se dos versos

Descrição da atividadelivres e não exploram, necessariamente, arima;

c) houve mudanças sensíveis na concepção dofazer poético; a forma poética evoluiu. Ospoetas parnasianos, por exemplo, valiam-sede vocabulário erudito, de construções sin-táticas complexas e de eloqüência da orató-ria. A partir do Modernismo, a poesia adqui-ri um tom informal, com introdução de ele-mentos do cotidiano, expressões coloquiais.

4. Pedir aos alunos que criem poemas na forma“antiga” ou na forma “moderna” e que apresen-tem à sala. Se quiserem, podem ilustrar opoema e expô-lo, oralizá-lo com ou sem músi-ca de fundo, musicá-lo e apresentar a composi-ção à sala.

Material indicado:P poemas de várias escolas

literárias.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Diferentes formas de expressão poética

Resultado esperado: Sensibilização para osrecursos do texto poético, sua função social eartística.

14T e x t o

Objetivo• Sensibilizar os alunos para as diferentes for-

mas de expressão poética e para o fato de queos recursos da poesia mudaram através dotempo.

IntroduçãoO professor coletará poemas de várias épocas(parnasianos, românticos, simbolistas, mo-dernistas etc.) ou, se possível, solicitará que osalunos selecionem poemas de seu agrado paratrazer para a sala. Sugere-se que todos os poe-mas sejam gravados, com música de fundo, e im-pressos para que todos acompanhem a gravação.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho• 53

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54 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Leia com os alunos o texto 37 e depois apre-sente para eles o conceito de diversidade apli-cado ao trabalho de acordo com a OIT.

2. Ao comparar os dois textos, questione com osalunos a campanha publicitária:

a) Ela está a favor de quem?

b) Quais os mecanismos que ela utiliza paradesvirtuar o conceito de diversidade?

c) Qual é o conceito de diversidade no tra-balho.

3. Estimule-os a apontar e a se posicionarem (emi-tindo opiniões, argumentos, etc.) com referên-cia às estratégias de marketing que unem a pro-dutividade com os apelos:

a) “direito à diferença” (idade, ascendência,nacionalidade, estado civil, condições desaúde).

b) “princípio básico de cidadania”.

4. Proponha aos alunos que elaborem campa-nhas publicitárias sobre a questão da diversi-dade do ponto de vista do trabalhador.

Descrição da atividade

Atividade P “Diversidade no ambiente de trabalho dá lucro”

Resultado esperado: Posicionar-se com ar-gumentos, emitindo opiniões e identificando asestratégias das campanhas de publicidade.

15T e x t o

Objetivo• Analisar, refletir de forma crítica e posicionar-

se em relação aos meios de comunicação.

IntroduçãoSegundo a Organização Internacional do Trabalho– OI –, o conceito de “diversidade” é de uso recen-te e vem surgindo como estratégia de negóciosgeralmente em grandes ou empresas dos setoresmais avançados, com freqüência em empresasmultinacionais. Por vezes é apenas uma resposta ànova consciência social de combate à discrimina-

ção no trabalho. Outras vezes aparece como uminstrumento de marketing. Está assim ligado aquestões como “direito à diferença”, “princípiobásico de cidadania”, “estratégia para preservarcompetitividade”. As razões fundamentais para ocomponente diversidade no trabalho são: ampliaros níveis de consciência sobre a discriminação e aresponsabilidade mais ampla das empresas comrelação aos impactos que provocam em seu entor-no e criar ações de combate à discriminação notrabalho e na qualificação profissional.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor: Sites – revistaescola.abril.com.br/edicoes/0183/aberto/mt_74772.shtml - 17k Como planejar uma estratégia de propagandawww.sebraesp.com.br/.../produtos%20sebrae/artigos/listadeartigos/planejar_estrategia_propaganda.aspx -45k www.oitbrasil.org.br/prgatv/prg_esp/certific.php -29k www.pgt.mpt.gov.br/ A Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade deOportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho(Coordigualdade) foi instalada em 8 de novembro de2002, a fim de articular as ações institucionais com vistasa acabar com atos discriminatórios que atentam contra adignidade do trabalhador.

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Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

Após a leitura e discussão do texto proponha aseguinte atividade em que os alunos destaquemas várias condições de diversidade:

1. Introduza os termos em espanhol para seguircom a atividade:

a) Tener prejuicio – Aprovechar para trabajar ladiferencia entre:

2. Pedir a los alumnos otros ejemplos en activida-des oral y escrita.

3. Introducir las siguientes expresiones:

a) Discriminación racial, por el color de la piel,por edad, discriminación de género, discrimi-nación por condiciones de salud, por estética.

Descrição da atividadeb) ¿Los feos son menos reconocidos?

c) ¿Es posible que una joven fea y baja encuentreempleo de azafata en un programa de tele-visión?

d) ¿O en una exposición de coches?

e) ¿Un joven negro encontraría trabajo en larecepción de un hotel?

4. Praticar a expressão oral e depois a escrita.

5. Corrigir no quadro cada questão.

Atividade P Las empresas estimulan el respeto a la diversidad en el mundo laboral

Resultado esperado: Identificar os váriostipos de diversidades em situações práticas e com-preender a expressão oral e escrita em espanhol

15T e x t o

Objetivos• Respeitar a diversidade de qualquer origem,

seja no mundo do trabalho ou nas relaçõespessoais.

• Ampliar o conhecimento do espanhol específi-co ao tema.

IntroduçãoDe acordo com o texto, algumas empresas que prio-rizam a diversidade no ambiente de trabalhoaumentam sua capacidade de reconhecer e atrairtalentos. Também lembra que ascendência, nacio-nalidade, estado civil, condição socioeconômica,idade, condições de sáude e orientação sexual nãopodem ser motivos de discriminação. O que pode-

mos entender sobre essa iniciativa? Ela realmentereforça a necessidade de desenvolver nas pessoaso respeito e a importância do conceito de diversi-dade? O que é ser diferente? O que é ser normal?Habitualmente, como se reage frente àquilo ouàquele que é diferente? Vocês conheciam o casodo escritor brasileiro Machado de Assis? Alguémdo grupo já foi vítima de discriminação no ambi-ente de trabalho? Alguém conhece empresas queofereçam vagas de emprego para pessoas portado-ras de deficiências? No Brasil, essa prática já estáconsolidada? As campanhas publicitárias podemajudar a diminuir os preconceitos e a discrimina-ção no ambiente de trabalho?

Tempo sugerido: 2 horas

Dica do professor: Utilizar folhetos sobre o tema diver-sidade. Muitas empresas oferecem esse material em por-tuguês e espanhol.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 55

Español Portuguésprejuicio preconceitoperjuicio prejuízo

Ejs. Puedo trabajar con inmigrantes sin ningún prejuicio; Tener que retrasar el viaje me causa un gran perjuicio.

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56 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Português Nível I e II

1. Atividades de pré-leitura.

a) Perguntar aos alunos o que sabem sobre avida de Machado de Assis. Explorar os apa-rentes problemas do autor: ser negro, po-bre, gago e epilético. Realçar suas qualida-des de escritor.

b) Pedir aos alunos que respondam às questõesda Introdução. Ressaltar que o slogan apeladiretamente às paixões, aos sentimentos, aoentusiasmo por uma idéia ou produto.Rememorar slogans famosos citando só oinício. Ex.: Tomou ....... (Doril) a dor sumiu.Indagar o porquê de terem na memória taisslogans e qual o efeito pretendido por eles(dar valor de verdade).

2. Atividades de leitura.

a) Ler o texto e comentar com os alunos aforça das campanhas publicitárias. Pergun-tar o que vendem as campanhas de vacina-ção (saúde), de doações para crianças ca-rentes (solidariedade). Destacar que o pre-conceito impede muito cidadão de encon-trar um trabalho.

b) Mostrar que a publicidade vende não sóprodutos, mas também pessoas e idéias.

3. Atividades de produção de texto (oral eescrito).

Descrição da atividadea) Organizar grupos para que criem, nos mol-

des da campanha proposta no texto, slo-gans e frases publicitárias para demover opreconceito e incitar os empresários a con-tratarem: jovens inexperientes; mulherescasadas; pessoas com dificuldades visuaisou motoras; pessoas com mais de 60 anos.

b) Fazer, com os alunos, criteriosa revisão dostextos e estudar com eles uma forma deexpor os cartazes criados.

4. Entrevista: o objetivo é que o aluno se expres-se oralmente com clareza e responda a per-guntas sobre determinado tema.

a) Alguns alunos verão os seguintes papéis:idoso, deficiente visual, mulher grávida eoutros a critério do professor. Deverão pro-var aos empregadores que seria vantajosoempregá-los para a função de “telefonista”.

b) Alguns alunos viverão os “empregadores”.Deverão traçar um perfil dos profissionaisque querem contratar e elaborar perguntaspara verificar a aptidão dos candidatos.

c) Determinar as regras e montar o cenário. Aclasse observa.

Atividade P Entrevista – elementos conceituais e afetivos do sentido

Resultado esperado: fluência na oralidade,criticidade e criatividade na escrita.

15T e x t o

Objetivo• Desenvolver a comunicação escrita, oral e

exercitar a criatividade.

IntroduçãoVocê sabe qual é a verdadeira maionese? Quem éque tem energia que dá gosto? Você contratariaalguém que não fosse uma Brastemp para umtrabalho muito bem remunerado?

Tempo sugerido: 4 horas

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 57

Área: Artes Nível II

1. Cada aluno deverá reler o texto apresentado,procurando identificar os pontos levantadospelo autor em relação à cidade.

2. Dividir a classe em quatro grupos:

a) formado por alunos que criarão textos querepresentem a visão do indígena sobre acidade;

b) formado por alunos que criarão textos querepresentem a visão da cidade sobre o indí-gena;

c) formado por alunos que criarão textos querepresentem os “desejos” dos povos indíge-nas em relação aos da cidade;

d) formado por alunos que apresentarão tex-tos que representem os “desejos” dos povosda cidade em relação aos indígenas.

3. Depois de formulados, os textos de cada gruposerão transformados em pequenos poemas queserão apresentados na forma de jogral. Paratal, os grupos deverão analisar o poema, des-tacando os sentimentos, idéias e sentidos.

Descrição da atividade4. Construir uma curva melódica para a apresen-

tação do jogral, elaborada a partir da leiturado poema em voz alta para se buscar as possi-bilidades de entonação e modulação da vozpara os diferentes trechos e sentidos que sepretende dar.

5. Os jograis serão apresentados e o processo desua construção será discutido.

Atividade P O jogral da cultura

Resultados esperados:a) Que o aluno possa refletir sobre os conceitos e

os preconceitos criados no encontro de culturas.b) Refletir sobre as diferenças entre as sociedades

e sobre necessidade de conhecimento para for-mulação de conceitos.

c) Que o aluno possa fazer uma análise crítica desua própria cultura através do olhar externo.

d) Que o aluno possa refletir sobre os problemasexistentes em sua sociedade em decorrência desua visão cultural.

16T e x t o

Objetivos• Observar as semelhanças e diferenças entre as

culturas indígenas e as culturas da sociedadeurbana ou rural.

• Criar um jogral que aponte os pontos positi-vos e negativos decorrentes do encontro deculturas.

• Ampliar a capacidade de observação sobre asdiferentes culturas.

IntroduçãoO texto mostra a visão crítica de um indígenasobre a sociedade urbana. Como vemos as so-ciedades indígenas? O que conhecemos delas?Em geral, quando entramos em contato comuma cultura diferente da nossa temos a tendên-cia a analisá-la segundo nossos parâmetros cul-turais.

Tempo sugerido: 2 horas

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58 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. O professor poderá desenvolver uma dinâmi-ca em que todos os alunos participem.

2. Escolha uma música animada e que tenha vin-culação com a cultura local. Se existirem alu-nos que saibam tocar instrumentos, poderásolicitar, previamente, que eles mesmos pen-sem em uma música para animar a dinâmica.

3. Em uma caixa coloque várias perguntas den-tro.

4. Os alunos fazem um círculo e a caixa passa demão em mão com a música tocando. A cadadois minutos pare a música. Quem estiver coma caixa vai pegar uma pergunta e responder.Caso não saiba a resposta, os colegas indicamuma prenda para ele pagar. A caixa segue pas-sando até que as perguntas terminem. Exemplode perguntas:

a) Você conhece uma comunidade indígena?

b) Você sabe como eles trabalham? Do quevivem? Como vivem?

c) Quais os exemplos que podemos tirar apartir da vida das comunidades indígenas?

Descrição da atividaded) A vida na cidade é diferente? Por quê?

e) Você concorda com o texto, quando eleinforma que as pessoas das cidades sãomais individualistas?

f) O que, na sua opinião, é ser solidário?

g) Você acha que as pessoas que moram dacidade conseguem ser solidárias?

h) Você acha que mesmo nas cidades é possívelque as pessoas trabalhem, produzam, de for-ma coletiva e solidária dividindo o que ga-nham, as tarefas, as responsabilidades, asdificuldades e os desafios? Você conhecealgum grupo (cooperativa, associação, porexemplo) que trabalha dessa forma? Fale umpouco sobre isso.

Materiais indicados:P caixa, papel, canetas,

cadeiras, etc.

Tempo sugerido: 1 dia

Atividade P A solidariedade como forma de vida

Resultados esperados: Que os alunos possamter desenvolvido uma reflexão sobre a importânciade cultivar valores muitas vezes esquecidos pelavida agitada da cidade, tendo como referência dasolidariedade dentro da cultura indígena.

16T e x t o

Objetivo• Reforçar junto aos alunos a importância de conti-

nuar exercitando, em todos os espaços de convi-vência social, valores como solidariedade, igual-dade, respeito, etc.

IntroduçãoO texto traz para reflexão alguns elementos docotidiano, muitas vezes deixados de lado, princi-palmente nas grandes cidades, diante da corrida

pela sobrevivência. São poucos os povos que atéhoje conseguem preservar, na essência da convi-vência humana, os valores como a solidariedade,igualdade, respeito, entre outros. Entretanto, oser humano, mesmo embalado pela modernida-de, ainda demonstra que é possível construir umoutro mundo, diferente do que está na lógica docapitalismo que tem como essência o lucro depoucos e o culto ao individualismo.

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Área: Educação Física Nível I e II

1. Peça aos alunos que coloquem as carteiras aoredor da sala de aula para que fique umespaço vazio.

2. Peça aos alunos que se posicionem nesteespaço em pé e todos juntos, o mais próximopossível um do outro (não deixe espaçossobrando entre eles.

3. Peça para esse grupo compacto que agachem.

4. Na posição agachado que dêem dois passos afrente.

5. Na posição agachado que dêem dois passospara trás.

6. Na mesma posição agachado, dois passos parao lado direito.

7. Na mesma posição, dois passos para o ladoesquerdo.

Descrição da atividade

Atividade P Nas cidades as pessoas não se respeitam

Resultados esperados: Reflexão sobre acooperação, a união entre homens e mulheres, odiálogo, o planejamento, o entendimento, a açãoe a coordenação. Todos aspectos que são pressu-postos do trabalho do homem e que são exigên-cias na contratação nas empresas.

16T e x t o

Objetivo• Refletir sobre a comunicação entre os homens.

Identificar a importância da comunicação notrabalho em grupo.

IntroduçãoA comunicação entre os homens é a base dodesenvolvimento da sociedade. Não existe socie-dade se não houver o diálogo entre os homens,que por meio da linguagem se entendem, se com-pletam, se orientam e vivem em comunhão. Masbastaria a linguagem? Não, é necessário haveruma ação para o desenvolvimento natural daqui-lo que ficou acertado na oralidade. Essa ação ouatividade nem sempre é fácil de se fazer, dependede vários fatores e acontece com todos, inclusivecom as crianças, e a todo o momento na vida. O

texto mostra isso na relação entre duas culturas:a urbana e a dos indígenas: “cidade é cheia depreconceituosos, ninguém se respeita, as pessoasnão se ajudam, mesmo que sejam da mesmafamília (...). É assim que as pessoas vivem nacidade, ninguém tem dó de ninguém”. A solida-riedade, a união, o convívio em sociedade, emgrupo são atividades do homem que dependemdo diálogo, do planejamento, da união, do enten-dimento, dos movimentos corpóreos, da coorde-nação motora, da ação, etc. Quando pensamosnas relações no trabalho, uma ordem hierárquicamal compreendida pode causar vários prejuízosnuma empresa? A ação que é desenvolvida emseguida pode causar danos irreparáveis? Comofortalecer o diálogo e o convívio em comunidade?

Tempo sugerido: 1 hora

Dica do professor: Não podem arrastar os pés, os pas-sos devem ser largos como se estivessem andando.

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60 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Leitura e discussão do texto:

a) De que cidade nos fala o autor?

b) Quais as características dessa cidade?

c) Por que não existe solidariedade?

2. Trabalho em grupos:

a) Pesquisar nos livros de História, as caracte-rísticas das cidades na Idade Antiga, Médiae Moderna, destacando quais eram as clas-ses sociais e como conviviam os pobres e osricos.

b) Quem trabalhava para quem?

c) Que classe ou grupo social usufruía dasriquezas do trabalho?

3. Apresentação dos grupos.

4. Tendo em conta os depoimentos dos estudan-tes, o professor anota na lousa as característi-cas das relações sociais na cidade onde estálocalizada a escola.

5. Debate:

Descrição da atividadea) Quais as diferenças e semelhanças entre a

nossa cidade e as cidades que pesquisamosna biblioteca?

b) Quem são os pobres e quem são os ricos?

c) Como fala Ayumã, em que medida podemosdizer que “ninguém tem dó de ninguém”?

6. Pedir que, individualmente, elaborem umaredação intitulada “ A cidade dos meus sonhos”.

7. Cada um dos estudantes elege um parágrafode sua redação para ler para os demais.

Atividade P A cidade do capital e outras cidades que “dão dó”

Resultado esperado: Perceber que a cidade éum espaço onde se expressam as relações sociais,historicamente construídas.

16T e x t o

Objetivo• Compreender que, historicamente, as relações

sociais na cidade são construídas tendo emconta os interesses econômicos e os valores dasclasses e/ou dos grupos sociais que compõem.

IntroduçãoPor que Ayumã Kamaiurá tem tanta antipatia pelacidade? Observe que o autor não se refere aosaspectos físicos, mas às “outras geografias” dacidade, nas quais fica explícito que a falta de soli-dariedade reina entre as pessoas, sejam elas po-

bres ou ricas. O texto fala de uma cidade onde asdesigualdades e injustiça sociais têm a exploraçãodo trabalho alheio como pano de fundo. Em 1845,ao escrever sobre “A situação da classe traba-lhadora na Inglaterra”, Engels dizia que a “guerrapela vida, pela existência” leva os trabalhadores à“uma guerra de vida e morte”. Para ele, a com-petição capitalista representa “a mais completaguerra de todos contra todos” de que cidade nosfala o indígena do Xingu? Será da cidade do capi-tal ou de outra cidade qualquer?

Tempo sugerido: 8 horas

Dicas do professor: Livros – A situação da classe traba-lhadora na Inglaterra, de Friedrich Engels (Editora Global);A cidade do capital, de Henri Levfevre (DP& A); As cidadesinvisíveis, de Ítalo Calvino (Companhia das Letras); Juven-tudes e cidades educadoras, de Paulo Carrano (Vozes).

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Área: História Nível I e II

1. Pedir para cada aluno, individualmente, escre-ver um pequeno texto a respeito de suas vivên-cias na realidade urbana: o que pensam davida na cidade, o que há nela, o que fazemnela, o que só é da vida da cidade, o que gos-tam e o que não gostam nela, a diferença entreviver na cidade ou viver fora dela, etc. Podeorientar para que escolham o tipo de texto quequerem escrever: uma poesia, um relato, umamemória, uma biografia...

2. Solicitar aos alunos que apresentem seus tex-tos para a classe.

4. Debater as produções dos alunos e fazer umalista na lousa das impressões comuns sobre ascidades. Em seguida ler o texto e discutir:quem escreveu esse texto; se quem escreveu otexto costuma viver na cidade; quais as afirma-ções que o autor faz sobre a vida na cidade;por que o autor fala que a aldeia é mais evo-luída do que a cidade; como os alunos imagi-nam que o autor chegou a tais conclusões; seos alunos concordam com as afirmações doautor; será que o que o autor fala da vida na

Descrição da atividadecidade só acontece na cidade; como os alunosexplicam o olhar do autor sobre a cidade.

5. Comparar as impressões dos alunos sobrecidade com as impressões que o professorKamaiurá expressa no texto.

6. Organizar uma tabela com uma coluna com oque é só específico do olhar dos alunos da clas-se; outra coluna com o olhar específico do pro-fessor Kamaiurá; e outra com as semelhançasentre os olhares dos alunos sobre a cidade como olhar do professor indígena (autor do texto).

7. Debater os resultados da tabela. Propor para osalunos a organização de um mural sobre o te-ma “Diferentes olhares para a vida na cidade”.

Atividade P Olhares diferentes para as cidades

Resultado esperado: Espera-se que reflitam arespeito de diferentes olhares para a realidade so-cial em que se insere a vida urbana contem-porânea.

16T e x t o

Objetivo• O objetivo é refletir a respeito de diferentes

olhares para a realidade social em que seinsere a vida urbana contemporânea.

IntroduçãoAs vivências na cidade são muito diversas. Mas, oolhar de quem não costuma viver suas dinâmicascontribui para a reflexão crítica a respeito do mo-do de vida no qual submergimos cotidianamente.Nesse sentido, a reflexão do professor Ayumã

Kamaiurá contribui para apontar sérios proble-mas nas relações sociais que estabelecemos dia-riamente em nossa sociedade em geral (não só nacidade): as desigualdades sociais; o comodismodiante das dificuldades de sobrevivência das pes-soas; a competição capitalista que modela cos-tumes na vida urbana hoje; etc. Assim, confrontarnossas vivências com os olhares “estrangeiros”pode nos ajudar a rever atitudes impostas pelarealidade vivida.

Tempo sugerido: 4 horas

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 61

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62 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Língua Estrangeira – Espanhol Nível II

1. Orienta-se que este texto seja trabalhado emduas etapas. As atividades não estarão vincu-ladas. Serão independentes a cada momento.Por exemplo, escolher a Introdução e uma re-ceita a cada aula.

2. O vocabulário precisa ser estudado, por exem-plo na introdução:

3. Nesta atividade os alunos devem praticar asformas do presente do indicativo do verbohacer que introduz o texto:

Descrição da atividade4. Proponha aos alunos que elaborem uma re-

ceita, ou faça uma versão ao espanhol deuma receita brasileira. Pode ser em duplas ougrupos numa atividade de expressão escrita eoral. Utilize os recortes para facilitar essatarefa: Escriba su receta y Presenta su receta.

5. Cada dupla ou grupo apresenta à classe suareceita.

Materiais indicados:P dicionários, recortes de

revistas e jornais.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Cocinando con los argentinos

Resultado esperado: Identificar os pratos eingredientes da culinária argentina, expressando-se em espanhol.

17T e x t o

Objetivos• Conhecer parte da cultura argentina por meio

de sua culinária.• Familiarizar-se com o vocabulário espanhol da

América no uso culinário.

IntroduçãoEm todos os países se desenvolve uma culináriaque está relacionada com sua história, sua geo-grafia, sua economia, com costumes e hábitos depovos nativos e com a influência de seus imi-grantes. No caso da Argentina, foram os espa-nhóis, os italianos, os judeus vindos da Europa e

do oriente, além da influência “quechua” (índiosque habitavam os Andes) que aportaram seussaberes... daí a Argentina apresentar uma culiná-ria rica e variada como se observa nas receitas dotexto. Mas, a culinária ou a gastronomia de umpaís não é somente uma atividade folclórica, co-mo as vezes pode parecer. Ela é também fonte derenda, emprega pessoas que se profissionalizamnessa área e que têm no turismo uma boa opor-tunidade de emprego. No Brasil vivem muitosargentinos, é possível que alguém do grupo co-nheça algum. Se conhecer, conte a experiência.

Dicas do professor: Sites – www.afuegolento.comwww.pascoalino.net.com.ar

Arrope. um tipo de calda doce feita de uva

Aloja. bebida feita com água, mel e especiaria

Chanfaina. refogado feito com miúdos

Chipá. de origem guarani, torta de milho ou farinha de mandioca e queijo

Humita. um tipo de pamonha

Locro. guisado feito com carne, milho e batata.

¿Cómo hago...?¿Cómo haces...?¿Cómo hace usted...?

¿Cómo hacen ellos, ellas..?¿Qué haces...?¿Qué hacemos...?

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho• 63

Área: Artes Nível I e II

1. A classe deverá debater sobre o Estatuto doIdoso, seus acertos e problemas. O que conti-nuaria? O que acrescentaria?

2. Dividir a classe em grupos segundo semelhan-ça de propostas.

3. Os grupos deverão planejar a execução deuma pintura.

4. Distribuir pedaços de tecido cru (pode sersaco de farinha) de tamanhos similares e for-matos diversos, pincéis e tinta para tecidos decores variadas.

5. Cada grupo deverá escolher um tema para pin-tar sobre o tecido, inspirado no debate ocorri-do e segundo o seu projeto.

6. Depois de seca a pintura, a classe deveráobservar os trabalhos e planejar a união dospedaços para formar uma única obra. Linha debordar ou barbante fino e agulha poderão serusadas.

7. Discussão do exercício.

Descrição da atividade Materiais indicados:P tecido, tesoura, tinta para

tecido e pincéis.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Pintura em tecido

Resultados esperados:a) Que o aluno possa, por meio da criação de uma

obra coletiva, expressar seus sentimentos, suaspreocupações e opiniões.

b) Que o aluno possa ampliar a possibilidade departicipação coletiva numa obra artística que se-rá ao mesmo tempo fruto de pensamentos co-muns e opiniões individuais.

c) Que o aluno possa expressar-se criativamentepor meio da pintura em tecido.

d) Que o aluno perceba que cada matéria pode vira se multiplicar em outras, com sentidos e fun-ções diversas.

18T e x t o

Objetivos• Discutir o Estatuto do Idoso, suas qualidades e

defeitos. O que melhorou? O que faltou?• Expor, de forma criativa, sua opinião sobre al-

go estabelecido pela sociedade.• Criar uma obra coletiva a partir de pontos de

vista variados. • Exposição de uma obra de arte coletiva.

IntroduçãoA arte como expressão de sentimentos, opiniões, eindagações de um indivíduo pode também ocorrercoletivamente, quando um grupo se reúne, discu-te temas e propostas comuns, escolhe uma lingua-gem, define os materiais e técnicas a serem usadase elaboram um projeto de execução. A arte coleti-va pode ocorrer em todas as formas de criaçãoartística, desde uma obra musical até uma obra dearte visual. O Estatuto, assim como a arte coletiva,é fruto de observação, constatação e construçãode uma coletividade. Como re-pensar coletiva-mente o Estatuto?

Dicas do professor: Site – www.overmundo.com.br/overblog/uca-um-espaco-da-arte-e-da-criacao-coletiva www.memoriagrafica.org.br/pdf/arte_abre_horizontes.pdfObs: O exercício é uma adaptação de um similar de auto-ria de Marcos Ferreira dos Santos.

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64 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

Uma maneira de identificar o processo de imuni-zação é constatando que não adquirimos maismuitas doenças que tivemos (sarampo, catapora,rubéola), mesmo quando entramos em contatocom pessoas doentes. Isso ocorre porque nossoorganismo criou anticorpos para aquela doença.

1. Pergunte a seus alunos quais deles tiveramsarampo, catapora e rubéola.

2. Discuta a razão de não adquirirem novamenteessas doenças.

3. Discuta que há doenças, como as citadas, quede maneira geral não deixam seqüelas graves,entretanto há outras, tais como poliomielite ecaxumba, que podem deixar conseqüências(paralisia, esterilidade).

4. Discuta que há doenças, como a AIDS, para as

Descrição da atividadequais ainda não há vacina conhecida.

5. Discuta a importância das campanhas de vaci-nação e a importância dos meios de comunica-ção em todo esse processo.

Materiais indicados:P procure em postos de

saúde cartazes de campa-nhas de vacinação e de

outras doenças existentesem sua região.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Prevenindo doenças

Resultados esperados:a) Reconhecer a importância da vacinação na pre-

venção de certas doenças. b) Relacionar as vacinas com a atuação do sistema

imunitário.

18T e x t o

Objetivo• Reconhecer a importância da vacinação na pre-

venção de certas doenças como gripe, poliomie-lite, sarampo e catapora.

IntroduçãoNosso organismo possui diferentes maneiras denos proteger de doenças causadas por agentesexternos. A primeira barreira é a pele e suas secre-ções. Mesmo assim, alguns microorganismos con-seguem invadir nosso corpo. Nesse caso contamoscom a ação do sistema imunitário (glóbulos bran-cos) que elimina os microorganismos ou torna ina-tiva sua ação. Os órgãos de saúde produzem vaci-nas para evitar que certas doenças se instalem emnosso corpo. Vacinas são preparados que contêmos microorganismos causadores de doenças mortosou atenuados ou, ainda, suas substâncias isoladas.

Esses preparados não são capazes de causar adoença, mas estimulam a produção de defesasorgânicas (anticorpos) contra um agente agressorespecífico (o microorganismo causador daqueladoença). Não existem vacinas para prevenir todasas doenças. Idosos e crianças são mais sensíveis acomplicações em caso de doenças. As campanhasde vacinação anti-gripal vêm ocorrendo anualmen-te para proteger os idosos de complicações comopneumonia. O bem estar, boa saúde afeta as rela-ções de trabalho?

Contexto no mundo do trabalho: A melhoria da quali-dade de vida das pessoas depende de diferentes fatores.A saúde é um deles. Nesse contexto a vacina, produto daação de trabalhadores da área da saúde, tem conseqüên-cias diretas para o bem-estar físico da população.

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Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Faça um levantamento dos alunos que convi-vem diariamente em suas casas com pessoasidosas.

2. Solicite deles a exposição das principais dife-renças entre eles e os idosos com quem convi-vem.

3. Leia o texto com os alunos e faça a relação en-tre as dificuldades e a ausência da garantia dosdireitos previstos no Estatuto do Idoso (procureeliminar as dificuldades vividas pela família seos direitos dos idosos fosse garantido).

4. Levante com seus alunos as atividades realiza-das pelas pessoas idosas que eles conhecem,fazendo-os refletir sobre o que é ser “produti-vo” ou “improdutivo”.

5. Solicite uma redação com o tema “Garantiados Direitos dos Idosos para o processo dehumanização dos seres humanos”.

Descrição da atividade

Atividade P O idoso como sujeito de direitos: o que sabemos sobre isso?

Resultados esperados: Conhecer o Estatutodo Idoso e perceber a participação social do idosoem diversas esferas sociais.

18T e x t o

Objetivo• Conhecer o Estatuto do Idoso, identificando o

idoso como sujeito de direitos

IntroduçãoConforme você leu no texto, o Estatuto do Idoso éuma conquista recente na sociedade brasileira. Foium grande passo, no entanto ainda precisamos as-segurar, na vida cotidiana, o cumprimento. A for-ma como os idosos são tratados em nossa socieda-de tem a ver com a idéia de “homem máquina”, ouseja, abandona-se a dimensão mais universal doser humano como ser que “cria em conformidade

com o belo” para restringi-lo à questão meramen-te produtiva. Assim, na lógica da reprodução deriquezas nos moldes da acumulação privada, ascoisas e as pessoas não “produtivas” são “descartá-veis”. Charles Chaplin nos adverte: “Não sois má-quinas! Homens é o que sois!”. Como resgatar ahumanidade perdida? Por certo, não poderá serdesconsiderando as relações sociais em que esta-mos inseridos, que tal o exercício do diálogo comas gerações anteriores? Um bom começo é o reco-nhecimento da condição de todas as pessoas comosujeitos de direitos.

Dicas do professor: Filme – Elza&Fred, dirigido porMarcos Carnevale.Sobre a vida e obra de Charles Chaplin, acesse o sitehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Chaplin

Tempo sugerido: 4 horas

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho• 65

6. Peça aos alunos que discutam em grupo asredações feitas e que cada grupo escolha umaredação para ser apresentada para a turmatoda.

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66 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Geografia Nível I

1. Faça a leitura do texto para toda a sala, emseguida peça aos alunos que façam individual-mente uma leitura, tomando nota dos seguin-tes pontos:

a) acima de que idade o cidadão é considera-do idoso;

b) quem é responsável em cuidar do idoso;

c) quais os direitos que lhe são asseguradosno Estatuto;

d) o que o documento diz quanto à inserçãodo idoso no mercado de trabalho;

2. Discutir com os alunos a importância dessedocumento tendo em vista que o crescimentoda população de faixa etária mais elevada éuma tendência da população brasileira.

3. Levantar com a classe os motivos que levam àocorrência desse fenômeno demográfico(avanços na área médica, drogas mais eficien-tes, acesso à informação, dentre outros). Sepossível comparar com a demografia de paíseseuropeus.

4. Debater com a classe sobre os motivos da per-

Descrição da atividademanência do idoso no mercado de trabalho(baixa renda familiar, baixo valor das aposen-tadorias, elevação do custo de vida, maiorqualidade de vida, dentre outros).

5. Levantar junto aos alunos seus conhecimentossobre como vivem pessoas idosas que convi-vem com eles (na família, na comunidade emgeral); discutir esses dados comparados àsgarantias legais apresentadas no Estatuto.Essas pessoas realmente usufruem dessesdireitos?

Atividade P O envelhecimento da população brasileira

Resultados esperados:a) Assimilar a ocorrência de duas atuais tendências

demográficas brasileiras.b) Refletir sobre o papel e a situação das camadas

mais velhas da população no mercado de tra-balho e os seus direitos garantidos por lei.

18T e x t o

Objetivo• Estimular a compreensão dos alunos sobre duas

tendências da população brasileira no tocanteàs faixas de maior idade: a primeira é o envelhe-cimento da população e a segunda é a manuten-ção do velho no mercado de trabalho.

IntroduçãoO Brasil passa por mudanças no perfil de sua po-pulação, em especial a população mais idosa. Há

no mundo uma tendência de ampliação da expec-tativa de vida. No Brasil essa tendência tambémse faz presente, o que amplia a participação daspessoas idosas no total da população brasileira,ao mesmo tempo que se verifica, como decorrên-cia da baixa remuneração, em geral da classe tra-balhadora, dentre outras razões, a permanênciadessas pessoas no mercado de trabalho, apesardas dificuldades impostas pela idade.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: Uma pesquisa no site do IBGE(www.ibge.gov.br) para o levantamento de dados sobrepopulação idosa no Brasil contribuirá para o desenvolvi-mento e compreensão da atividade.

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Dicas do professor: Filme – O outro lado da rua, dirigidopor Marcos Bernstein. Com Fernanda Montenegro, RaulCortez, Laura Cardoso, Luis Carlos PercySites – www.techway.com.br

www.direitodoidoso.com.br

Área: História Nível II

1. Levantar as seguintes questões com a turma:O que significa ser idoso no Brasil? Há idososna família? Quantos são, quem são e comovivem? Problematizar e discutir a situação doidoso na comunidade em que vivem.

2. Ler e explorar o texto com a turma. Con-textualizar o texto, relacionando-o ao docu-mento Estatuto do Idoso.

3. Solicitar que, de acordo com o texto, respon-dam às seguintes perguntas:

a) Qual a idade mínima do idoso no Brasil?

b) De quem é a obrigação de cuidar do idoso?

c) O que o Estatuto prevê sobre: liberdade, res-peito e dignidade; alimentação; direito àsaúde; educação, cultura, esporte e lazer;profissionalização e trabalho; previdênciasocial; assistência social; habitação; trans-porte; medidas de proteção; entidades deatendimento ao idoso; acesso à justiça; crimes.

Descrição da atividade4. Debater os direitos dos idosos previstos no

Estatuto.

5. Produzir com a turma um roteiro para umapeça de teatro representando as condições devida e os direitos já conquistados. Pode seruma comédia ou um drama. Escolham os per-sonagens, escrevam o roteiro e encenem apeça para a escola e a comunidade.

Materiais indicados:P roupas, maquiagem, obje-

tos para a montagem dapeça.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Idade: mais de 60 anos, melhor idade?

Resultado esperado: Produção de uma peçateatral que expresse a compreensão da turmasobre as condições de vida e os direitos legais doidoso em nosso país.

18T e x t o

Objetivo• Reconhecer e debater as condições de vida e os

direitos das pessoas idosas com mais de 60anos no Brasil

IntroduçãoO que significa ter mais de 60 anos de idade noBrasil? Essa é uma pergunta que nos remete avárias respostas, tais como: velhice, abandono,aposentadoria, desemprego, pobreza, doenças,preconceito, invalidez. Por outro lado, pode nossugerir: melhor idade, liberação do trabalho,esporte, lazer, vida saudável, viagens, respeito,

assistência médica e social, direitos como transpor-te gratuito, cultura, atendimento especial. NoBrasil vivenciamos um aumento progressivo dapopulação com mais de 60 anos, devido àsmelhorias das condições de vida, trabalho, ali-mentação e saúde tanto preventiva quanto cura-tiva. Entretanto, os idosos no Brasil são discrimi-nados social, cultural e economicamente. Osmovimentos sociais em defesa dos idosos têmconseguido vitórias importantes, como o Estatutodo Idoso. Vamos analisar o texto e refletir sobre oproblema?

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68 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

1. Considerando os seguintes dados da PNAD(Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio):“Havia em 2001, 15,3 milhões de pessoas idosasno Brasil, uma fatia de 9,1% da população” e“39% dos idosos são analfabetos e desses, 40,6%são mulheres e 37,5% são homens”, peça aosalunos que:

a) escrevam 15,3 milhões no sistema decimal;

b) calculem a população total do Brasil em 2001utilizando as informações da PNAD e estabe-leçam relações matemáticas entre elas;

c) determinem 40,6% de mulheres não alfabeti-zadas sobre 39% de idosos da população to-tal brasileira; e 37,5% de homens não alfabe-tizados sobre 39% de idosos da populaçãobrasileira;

Descrição da atividaded) estabeleçam a diferença entre homens e

mulheres idosos não alfabetizados no Brasil.

Material indicado:P calculadora.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Oportunidades e disparidades entre os idosos brasileiros

Resultado esperado: Que o aluno apliqueconceitos matemáticos para estabelecer relaçõesentre a realidade, os dados informacionais e asimplicações sociais originárias.

18T e x t o

Objetivos• Constatar que a discriminação de gênero gera

conseqüências na população de idosos.• Estabelecer relações entre dados informacio-

nais e a realidade utilizando-se de conceitosmatemáticos.

IntroduçãoPodemos dizer que o Estatuto do Idoso é recenteem nosso país, pois entrou em vigor em 1o deoutubro de 2003. A lei estabelece direitos para aspessoas que têm no mínimo 60 anos de idade;trata de questões básicas de valorização da vida,para que haja respeito e proteção. Você sabia quea proporção de mulheres idosas (45,9%) émenor que a dos homens (77,7%)? Qual será arazão dessa diferença? Em sua localidade há ido-

sos trabalhando? Se há quais são seus trabalhos?Discuta essas questões com seus alunos e per-gunte o que eles fariam para ajudar uma pessoaidosa. Peça que reflitam e comentem sobre a afir-mação “a imagem de envelhecer não é sinônimode adoecer”.

Contexto no mundo do trabalho: Reflita e discuta comseus alunos sobre:• A importância do Estatuto do Idoso.• Se os benefícios apontados pelo estatuto são realmen-

te efetivados na localidade onde residem, ou no Estado,ou, ainda, no país.

• Se há alunos trabalhadores com 60 anos de idade, ouse são filhos de pessoas nessa faixa etária, e quais sãoas dificuldades e benefícios que encontram no mundodo trabalho.

Dicas do professor: Revista Brasileira de Ciências doEnvelhecimento Humano: publicação interdisciplinar daUniversidade de Passo Fundo. Vol.1. no 1. Passo Fundo:UPF, 2004.Livro – A Psicologia do envelhecimento: uma introdução, deHamilton I. Stuart (Artmed).Documento – BRASIL, Ministério da Saúde e RedesEstaduais de atenção à saúde do idoso. Guia operacionale portarias relacionadas. Brasília: Editora MS, 2002.

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Área: Português Nível II

1. Atividades de pré-leitura.

a) Vocês conhecem algum documento que faledos direitos e deveres dos cidadãos (Cons-tituição Brasileira, Declaração Universal dosDireitos Humanos, Declaração Universal dosDireitos da Criança)?

b) O conhecimento ou desconhecimento des-ses documentos melhora o modo de viverdos envolvidos?

c) Vocês se lembram de algum comercial ouprograma de TV em que apareçam pessoasvelhas? Como elas são caracterizadas?Vocês vêem alguma vantagem em servelho?

2. Atividade de leitura. Relacionar o texto àsrespostas das atividades de pré-leitura.

3. Atividades de produção de texto.

a) Sugerir temas para discussão.

(A velhice em minha cidade, Há respeito pelosdireitos do velho?, Trabalho na velhice, A visão dosvelhos pelos jovens, A visão dos velhos pelos ve-lhos). Enfocar os direitos e os deveres éticos emorais para com o outro.

b) Traçar os objetivos da tarefa, os interlocu-

Descrição da atividadetores, as condições de produção (reporta-gem, entrevista, depoimento, síntese detextos e a forma de exposição do texto final(apresentação oral para a sala, exposiçãoem mural, gravação em vídeo, texto paraleitura da comunidade).

c) Buscar informações por meio de leituras,observações da realidade, entrevistas,depoimentos.

d) Organizar a apresentação. A etapa de cor-reção é fundamental. Feita a apresentação,o grupo faz uma auto-avaliação de sua per-formance ao longo do processo de criaçãoe exposição final da tarefa. Por fim, a clas-se avalia o grupo.

Materiais indicados:P livros, revistas, gravações

de programas de TV, co-merciais.

Tempo sugerido: 8 horas

Atividade P Expressão oral de natureza dissertativa

Resultados esperados: Desinibição no ato deescrever e de oralizar idéias; ampliação da capaci-dade de solidificar conceitos e de estabelecer juízocrítico sobre os fatos do mundo.

18T e x t o

Objetivo• Ampliação da capacidade de elocução formal

de natureza dissertativa.

IntroduçãoPara que o aluno tenha o que dizer, é precisomotivá-lo a partir de um assunto ou tema quefaça parte de sua realidade. O tratamento dado àvelhice merece reflexões e coleta de opiniões.

Dicas do professor: Pedagogia do oral, de Vânia Milanez(Sama).

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70 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

Inicialmente definir o significado dos conceitosde imigrante, migrante e emigrante.

1. Identificar no texto onde os imigrantes italia-nos trabalhavam. No campo? Na cidade? Ouem ambos?

2. De 1911 a 1920 quantos imigrantes haviamentrado no Brasil?

3. Quantos imigrantes entraram, em média, porano, no Brasil, nesses dez anos?

4. Quantos imigrantes já estavam no Brasil até1911?

5. Qual era a população brasileira em 1910?

6. Qual é a população brasileira hoje? Quantocresceu desde 1910?

7. Destacar em quais atividades a cultura ita-liana se fez presente no Brasil.

8. Dentre os alunos da classe, verificar carac-terísticas da colonização italiana em sobreno-mes, parentesco, traços culturais, vocabulário.

9. Discutir as imigrações a partir de uma refle-

Descrição da atividadexão sobre: as vantagens da composição cultu-ral, a riqueza da troca de experiências, o apri-moramento nas relações sociais, a aproxima-ção entre as nações e os benefícios da miscige-nação populacional.

Atividade P Povo que vem, história que se faz

Resultados esperados: Incorporar conceitossobre movimentação de população; realizar cálcu-los básicos de divisão e obtenção de média; anali-sar o motivo que leva as pessoas a migrarem e oefeito disso.

19T e x t o

Objetivos• Entender o valor das imigrações na criação

de riquezas, na miscigenação cultural, noestreitamento de laços entre nações e na com-preensão da diversidade cultural como um va-lor universal.

• Exercitar cálculos matemáticos de divisão emédia.

IntroduçãoO Brasil foi um dos grandes receptores de imi-grantes em fins do século XIX e início do XX.Vários grupos vieram em busca de terra, empregoe vida melhor: japoneses, libaneses, portugueses,espanhóis, ucranianos. Destaque para os italia-nos, tanto pelo número quanto pela presença noestado de São Paulo, o centro nervoso da econo-mia nacional.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do professor: Pesquisar o site do Memorial doImigrante (em São Paulo) www.memorialdoimigrante.sp.gov.br/

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Área: História Nível I e II

1. Escrever no quadro os sobrenomes dos alunosda turma. Tentar identificar sua origem e seusantepassados pelo sobrenome: Guimarães,Portugal; Ortega, Espanha; Yasuko, Japão.

2. Levantar, junto à turma, se na comunidade hádescendentes de imigrantes europeus, asiáti-cos ou de outra nacionalidade. Se possível,convidar um imigrante ou descendente para irà escola. Em grupo, os alunos poderão entre-vistá-lo. Exemplos de perguntas: De ondeveio? Quando? Por que escolheu o Brasil? Porque deixou seu país? Quais os principais so-nhos? Conseguiu realizá-los?

3. Vocês conhecem a canção registrada no texto?Já ouviram em rádio, filme, novela? O que sig-nificava fazer a América para os imigrantes?

4. Interpretar o texto coletivamente, destacandoos sonhos dos imigrantes, a realidade das con-dições de vida no Brasil e a presença da cons-trução da diversidade cultural.

Descrição da atividade5. Registrar com os alunos, em um painel, a pre-

sença de diversas culturas na sociedade brasi-leira: na música, na comida, nas festas, nofutebol, na língua e no trabalho. Use imagens,fotografias, desenhos!

Materiais indicados:P papel, revistas, gravuras,

cola, pincéis.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Mérica, Mérica, América!

Resultados esperados: Reconhecer a presen-ça das diferentes nacionalidades na constituiçãoda cultura brasileira; a diversidade cultural pre-sente em nosso dia-a-dia; a contribuição do imi-grante na construção da nação brasileira. Produção de um painel ilustrativo.

19T e x t o

Objetivo• Identificar a presença de imigrantes na diversi-

dade cultural do Brasil.

IntroduçãoO texto nos fala da presença dos imigrantes – pes-soas de diferentes países, costumes e línguas quedeixaram sua terra natal para se fixar no Brasil. Ahistória do Brasil foi construída a partir do encon-tro e dos desencontros de povos de diversas cultu-ras. A imigração européia e asiática para o Brasil,entre o século XIX e XX, se deu no contexto detransição do trabalho escravo para o trabalho livre

e assalariado. Os trabalhadores imigrantes, sobre-tudo italianos e espanhóis, participaram, ativamen-te, das lutas e da organização da classe em defesados direitos trabalhistas e de melhores condições devida. A presença dos imigrantes na construção daidentidade cultural brasileira deve ser resgatada deforma crítica e criativa, para uma melhor com-preensão de nossa sociedade multicultural.

Contexto no mundo do trabalho: Relacionar o temaimigração européia com a instituição do trabalho livre eassalariado no Brasil.

Dicas do professor: Livros – De onde você veio?Discutindo preconceitos, de Liliana Iacocca e MicheleIacocca (Ática); A fazenda de café, de A. C. R. Moraes(Ática).Filme – O quatrilho, de Fábio Barreto.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 71

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72 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Português Nível II

1. Qual seria a origem das palavras uísque (ingle-sa) e pizza (italiana). Perguntar se conhecempalavras japonesas que já se incorporaram aoléxico ou que já são comuns no nosso cotidiano(karaoquê, sashimi, hashi, shoyo). E italianas?(violino, viola, violoncelo, piano, corneta,macarrão, tchau) E árabes? (álgebra, algodão,almofada, alvoroço) Se houver possibilidades,pedir levantamento de palavras estrangeiras jáincorporadas no léxico português.

2. Apresentar aos alunos a biografia de AlexandreMarcondes Machado, vulgo Juó Bananère,curioso poeta paulista que escrevia no “patois”falado pela colônia italiana do Brás, Bela Vista,Bom Retiro e outros cantos da cidade de SãoPaulo, nos idos da década de 1920. Escreva noquadro ou faça cópias do poema a seguir:

AMORE CO AMORE SI PAGAPra Migna Anamurada

XINGUÊ, xisgaste! Vigna afatigada i tristeI triste i afatigada io vigna;u tigna a arma povolada di sogno.a arma povolada di sogno io tigna.

Ti amê, m’amasti! Bunitigno io ératu tambê era bunitigna;

Tu tigna uma garigna de féra

Descrição da atividadeE io di féra tigna uma garigna.

Una veiz ti begiê a linda mó,I a migna tambê vucê begió.Vucê mi apiso nu pé, e io non pisé no dasignora.Moltos abbracio mi deu vucê,Moltos abbracio io tambê ti dê.U fóra vucê mi deu, e io tambê ti dê ufóra.

(Fonte: http://bananere.art.br/)

3. Pedir que vertam a paródia de Bananère parao português.

Informar que Bananère parodia o famosopoema parnasiano, escrito por Olavo Bilac,“Nel mezzo del camin”:Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigadaE triste, e triste e fatigado eu vinha.Tinhas a alma de sonhos povoada,E a alma de sonhos povoada eu tinha...

(Poesias, Sarças de fogo, 1888)

Atividade P Língua e dialetos

Resultado esperado: Entender recursos daparódia e dinamicidade da língua.

19T e x t o

Objetivo• Desenvolver a consciência de que a língua é

um processo dinâmico, em constante evolução.

IntroduçãoA língua portuguesa sofreu influência denumerosas outras com que esteve em contato.Por isso, muitas palavras estrangeiras foramincorporadas ao léxico português. Você conhecealgumas?

Dicas do professor: Nova Gramática do PortuguêsContemporâneo, de Celso Cunha e Luís F. L. Cintra. p. 9-14(Nova Fronteira).

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Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 73

Área: Ciências Nível I e II

1. Discuta com seus alunos:

a) A relação entre o desenvolvimento da agro-pecuária, com a devastação do meio ambi-ente, tomando como exemplo a exploraçãodas terras nativas para a instalação de pas-tos e de plantio de soja ou de cana.

2. Utilize mapas que evidenciem a retirada devegetação natural.

3. Utilizando esse texto, compare o modo devida na cidade e de algumas sociedades indí-genas, com relação a conservação de alimen-tos e a comercialização, indicando quem pro-duz e quem consome em cada um dos casos.Utilize, por exemplo, carnes, gorduras e fari-nhas, como ponto de partida.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P a carta do chefe Seattle e

mapas temáticos (a perdade mata original e tiposde cultura hoje existentes)

complementam a dis-cussão.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Território humano

Resultados esperados: Perceber que os pro-blemas ambientais hoje existentes – como a devas-tação do ambiente e suas conseqüências – resultamde uma relação social e econômica que influen-ciam as interações humanidade–meio ambiente.

20T e x t o

Objetivo• Perceber que a relação da humanidade com o

meio ambiente é reflexo da organização econô-mica da sociedade.

IntroduçãoUm tema presente na sociedade atual é a explora-ção que o homem realiza no meio ambiente para asua subsistência e geração de renda. Essa relaçãohumanidade–ambiente aparece de forma incisivana carta enviada ao presidente dos Estados Unidospelo chefe Seatle, em 1855, em resposta à propos-ta do governo americano para comprar terras indí-genas. Nessa carta o chefe Seatle destaca as dife-rentes relações que sua tribo mantinha com a natu-reza em comparação com o homem branco. Entre-tanto, não se deve considerar apenas a origem (se

índio ou se branco) para julgar a relação humani-dade–ambiente. Hoje em dia observam-se situa-ções em que índios exploram suas reservas natu-rais, como fornecedores de matéria-prima para omercado econômico. Quais outras influências exis-tem nessas relações?

Contexto no mundo do trabalho: A humanidade sem-pre explorou a natureza para sua sobrevivência. A huma-nidade se distanciou, ao longo do tempo, de um modelode subsistência para um de exploração intensiva, sem pla-nos para a reconstituição de áreas degradadas. Um exem-plo disso é a grande devastação decorrente das planta-ções de soja (cerrado brasileiro) e de cana-de-açúcar(sudeste e nordeste brasileiro), que sustentam parte daeconomia brasileira.

Dicas do professor: Mapas podem ser obtidos na FIBGEpelo site www.ibge.gov.br/

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74 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Geografia Nível II

1. Identificar no texto e anotar no caderno, aspassagens que apontem para a terra comobem de uso coletivo para os índios.

2. Identificar e registrar os usos que as socieda-des indígenas fazem da terra.

3. Discutir e anotar as conclusões da discussãosobre como se dá a apropriação dos bens pro-duzidos pelas sociedades indígenas.

4. Responder às seguintes perguntas:

a) O texto aponta para disputas entre os ín-dios sobre a terra?

b) Há indícios de conflitos entre os índios pelaapropriação dos bens produzidos?

c) O texto aponta para a produção de bens emquantidades superiores às necessidades deconsumo do grupo?

d) Há conflitos entre os indígenas sobrecomercialização dos bens produzidos?

5. Identificar na classe quem é trabalhador ou já

Descrição da atividadefoi, apontando em cada caso se foi (ou é)empregado assalariado, empresário ou outraforma de trabalho. Identificar se o assalariadoera de empresa privada ou pública.

6. Associar o trabalho assalariado com a vendada força de trabalho para os proprietários dosbens de produção.

7. Comparar as duas formas sociais de produçãoe trabalho: os índios e a nossa forma de orga-nização social. Fazer isso por meio de um pai-nel que possa ser exposto na classe.

Atividade P Terra de todos

Resultados esperados: Refletir sobre a formaassalariada de trabalho em comparação àsociedade indígena.

20T e x t o

Objetivo• Levar o aluno a refletir a diferente função que

a terra tem para a sociedade indígena e nasociedade capitalista. Refletir ainda sobre acondição de propriedade privada ou coletivada terra e suas conseqüências na organizaçãosocial, na apropriação dos bens e na satisfaçãodas necessidades básicas da vida.

IntroduçãoA terra é um bem fundamental para a satisfaçãodas necessidades humanas na reprodução davida e, portanto, herdado da natureza e, origina-

riamente, coletivo. No capitalismo ela vai seconstituindo como bem privado, cujo acesso sedá seletivamente para grupos sociais que se cons-tituem na classe dominante. Os reflexos da priva-tização das terras no mundo do trabalho foramsignificativos. Agora apartado dos meios de pro-dução, os trabalhadores oferecem sua força detrabalho que é o seu único bem disponível.Tal processo de separação do homem de seusmeios de trabalho não ocorreu entre os povosindígenas, entre eles a terra permanece comobem comum acessível ao grupo.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Pesquisar em jornais e revistasmatérias que apontem para a forma assalariada de tra-balho.

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Área: Matemática Nível I e II

1. Apresente aos alunos o seguinte dilemamatemático: Ontem à noite peguei 10 peixes.Dei 3 para meu irmão. Quantos peixes tenhoagora?.

2. Peça que resolvam o dilema, justificando aescolha da operação que utilizaram.

3. Após as apresentações das soluções [que namaioria serão: 7 e subtração sob alegação deque dar é subtrair], apresente a solução dadapelo indígena Tarinu Juruna que vive noParque do Xingu: “tenho 13 peixes”, com oseguinte raciocínio: “quando os Suyá dão algu-ma coisa para alguém, isso não quer dizer quea gente fica com menos. Quando eu dou peixepara meu irmão, ele sempre me paga de volta.Então, se eu tenho 10 e dou 3 para ele, ele vaime dar mais peixe quando ele for pescar. Aí, eufaço 10 mais 3 e não 10 menos 3” [1] .

Descrição da atividade4. Peça aos alunos que, em grupo, leiam o texto e

discutam a solução de Tarinu Juruna, buscandoentender seu raciocínio e procurando nas suasvidas cotidianas histórias e situações seme-lhantes, ou seja, situações em que “dar” não sig-nifique perder, subtração ou menos.

Atividade P Dar nem sempre exige conta de menos

Resultado esperado: Os alunos deverão sercapazes de levantar situações de trocas cotidianasonde valor numérico não tem sentido de lucro.

20T e x t o

Objetivo• Reconhecer que num sistema de trocas pode-

mos encontrar diferentes sentidos para a equi-valência numérica.

IntroduçãoOs seres humanos nas diferentes sociedades emomentos históricos sempre realizaram trocas.Os valores atribuídos aos bens/objetos de trocavão além do material e do econômico, incluindovalores simbólicos e de uso, o que dá à aritméticasentidos e significados diferentes. Na sociedadecapitalista, o lucro é um fim em si mesmo e os cál-culos econômicos são aplicados a todos os tiposde bens, sejam materiais ou simbólicos (FER-

REIRA, 2002, p. 37). Nos textos para os quaissugerimos esta atividade, podemos encontrardiferentes indícios dos conflitos que essa visãodominante acarreta às populações indígenas. Oproblema que propomos a seguir, extraído dolivro Idéias matemáticas de povos culturalmentedistintos, é um argumento para provocar umareflexão sobre nossa cultura e a relação com osnúmeros dela decorrentes. Na cultura branca oci-dental, a soma e a multiplicação normalmenteindicam ganho ou lucro, enquanto prejuízo,perda e dar costumam ser resolvidos com subtra-ção e divisão. Como isso se constituiu? É possívelpensar diferente? É possível agir diferente?

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: Quando 1+1≠2. Práticas matemáti-cas no Parque Indígena do Xingu. Idéias matemáticas depovos culturalmente distintos, de Mariana Kawall LealFerreira (Global).

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 75

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76 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá reler o texto, identificandoas semelhanças e diferenças entre as socieda-des indígenas apresentadas.

2. Cada aluno deverá procurar nos dicionários asdiferentes definições da palavra cultura erelacionar as definições aos aspectos identifi-cados.

3. A classe será divida em grupos e cada grupodeverá criar uma lista de semelhanças e dife-renças entre as culturas indígenas e as da so-ciedade em que vive, seja ela urbana ou rural,de acordo com as definições encontradas paraa palavra cultura.

4. As listas serão apresentadas e a classe escolhe-rá uma delas para a realização do exercício.

5. O professor determinará uma área artística(música, artes plásticas, literatura, vídeo oufotografia) para cada grupo e a tarefa serátransformar o conteúdo da lista escolhida emuma obra dessa área específica.

Descrição da atividade6. Apresentação e discussão dos resultados

levando em consideração o ponto de partidapara a construção da obra do grupo.

Obs: O professor deverá estabelecer o prazo deexecução.

Atividade P Culturas diferentes

Resultados esperados:a) Que o aluno possa refletir sobre a diversidade

cultural entre as próprias sociedades indígenase entre elas e as sociedades urbanas/rurais.

b) Que o aluno possa refletir sobre a importânciada convivência entre as diferentes sociedades,respeitando suas especificidades.

c) Que o aluno possa reconhecer as diferentes defi-nições de cultura e sua presença em todos ossegmentos sociais e em suas formas de organi-zação.

21T e x t o

Objetivos• Observar as semelhanças e diferenças entre as

culturas indígenas no Brasil.• Observar as semelhanças e diferenças entre as

diversas culturas indígenas e a cultura dohomem urbano/rural.

• Refletir sobre a possibilidade de preservaçãoconstante das nações indígenas e a convivênciacom a sociedade moderna.

IntroduçãoComo pudemos observar no texto, as sociedadesindígenas possuem costumes diversos. Do cultivode suas agriculturas até as organizações sociais esuas relações, verificamos semelhanças e diferen-ças entre elas. Mesmo assim, acostumamos aidentificá-las como um corpo uniforme, umaúnica sociedade, reunida num só padrão.

Tempo sugerido: 1hora e 30 minutos para apresentação

Dicas do professor: Estimular a pesquisa em diferentesdicionários.

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Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Faça um círculo com os alunos para debatersobre questões indígenas: preconceito, costu-mes, linguagem, organização do trabalho,divisão das riquezas produzidas etc.

2. Em seguida, peça a eles que escrevam o quesignifica ser índio?

3. Peça que discutam com o colega ao lado sobreo que escreveram para que façam uma síntese.

4. Depois solicite à dupla que escreva falas pre-conceituosas que já ouviu sobre os índios.

5. Distribua uma folha de papel ofício para quecada dupla escreva a sua síntese e as falas pre-conceituosas.

6. Passe o vídeo “Quem são eles” (18’) da sérieÍndios do Brasil, da TV Escola (ou outro quetrate sobre questões indígenas).

7. Peça a cada dupla que relate a síntese e asfalas preconceituosas.

Descrição da atividade8. A partir da apresentação das duplas e do

vídeo apresentado, faça um debate e soliciteuma redação individual com argumentos epropostas de ações para superação dos pre-conceitos sofridos pelos índios.

Materiais indicados:P vídeo-cassete ou mídia de

CD/DVD.

Tempo sugerido: 8 horas

Atividade P Coisa de índio

Resultado esperado: Refletir sobre os precon-ceitos existentes na sociedade em relação aosíndios e as possibilidades de superação.

21T e x t o

Objetivo• Identificar os preconceitos presentes na socie-

dade em relação ao índio brasileiro.

IntroduçãoQuem já não ouviu coisas preconceituosas sobreos povos indígenas? “Programa de índio”, “coisade índio” etc. Conforme o texto, os índios têmuma longa história para contar de exploração epreconceito, repleta de “matança, escravismo,catequização forçada ou mera indiferença dasautoridades”. Mas afinal, o que é ser índio?Considerando que quando falamos de índio nãoreferimos sobre um único grupo étnico, muitomenos a uma raça (existe apenas uma raça, a

humana), em que consiste a identidade doíndio? Além de atribuirmos a idéia de pessoasque fazem parte de diferentes grupos étnicos,com costumes, línguas, concepções e visões demundo completamente diferentes da cultura oci-dental, não podemos esquecer que, a partir dasúltimas décadas, os índios adquiriram um statusjurídico que lhe confere direitos. Que direitos sãoesses? Como eles foram conquistados? Quais asprincipais reivindicações dos povos indígenasneste século? Como eles trabalham? O que elestêm a nos ensinar sobre a forma diferente deconceber a propriedade da terra e das coisas pro-duzidas pelo trabalho humano?

Dicas do professor: Consulte os vídeos da série “Índiosno Brasil“, TV Escola. Eles são breves e excelentes parasuscitar o debate.Site – www.mec.gov.br para obter informações sobre edu-cação indígena.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 77

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78 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Extrair do texto a população indígena estima-da no Brasil no ano da chegada dos portu-gueses em 1500.

2. Identificar qual era a população em 1950,segundo os antropólogos.

3. Calcular qual foi a redução de população indí-gena nestes 450 anos desde a chegada dosportugueses.

4. Apontar em qual região brasileira se concen-tra as terras indígenas. Mostrar para a classeum mapa com a localização da Amazônialegal na América do Sul.

5. Debater com a classe a perda cultural para ospovos indígenas, para nós e para toda ahumanidade, causada pela redução das lín-guas faladas pelos índios.

7. Dividir a classe em grupos e distribuir 17 tri-bos relatadas no texto, de modo que todaselas sejam analisadas.

Descrição da atividade8. Cada grupo deve apresentar para a classe as

características das tribos que lhe couberam,ressaltando seus hábitos, sua identidade cul-tural, seus costumes etc.

9. A partir desse painel, o professor pode sugerira pesquisa de novas tribos e analisá-las emsala de aula da mesma forma.

Materiais indicados:P mapa da Amazônia legal.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P Índios no Brasil: conhecer para superar preconceitos

Resultados esperados:a) Refletir sobre os valores da cultura indígena.b) Incorporar novos valores ao seu cotidiano.c) Desmistificar a visão de que o índio é “atrasado”

e “preguiçoso” e um “atraso ao desenvolvimen-to do país”.

21T e x t o

Objetivo• Possibilitar ao aluno perceber a presença do

índio brasileiro como uma civilização que, assimcomo a nossa, tem seus hábitos, costumes eidentidades, uma cultura diferente, porém muitorica e diversificada. Compreender ainda que arelação do índio com a natureza não é predató-ria e sim harmoniosa.

IntroduçãoA colonização brasileira provocou um choquemuito forte entre os grupos indígenas que aqui

habitavam com os europeus, especialmente osportugueses. Os interesses da metrópole se choca-vam diretamente com o modo de vida indígena,forçando seu aculturamento ou quase extermínio.

Contexto no mundo do trabalho: A escravidão indíge-na mostra como a relação com os colonizadores foi mar-cada pelo conflito. De uma sociedade livre e sem pro-priedade privada agora se viam obrigados a produzir soba força dos invasores e em regime de escravidão paraabastecer a Europa com produtos tropicais.

Dicas do professor: Consulte os vídeos da série “Índiosno Brasil“, TV Escola. Eles são breves e excelentes parasuscitar o debate.Site – www.mec.gov.br para obter informações sobre edu-cação indígena.

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Page 79: Coleção Cadernos EJA - Professor - 02 Diversidades e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Questionar os alunos sobre o que sabem sobreas populações indígenas e solicitar que ano-tem seus conhecimentos prévios. Ler coletiva-mente o início do texto e debater as idéias aolongo da leitura.

2. Dividir a classe em duplas e pedir que cadauma escolha um povo para pesquisar no textoe, se possível, em outras fontes também, comopor exemplo, imagens sobre esses povos.

3. Depois da pesquisa pronta, cada dupla apre-senta as características do povo que pesqui-sou, salientando os elementos que expressemsuas especificidades. Debater as diferençasentre os povos.

4. Propor a montagem de um mural que salien-te as diferenças entre os povos indígenaspesquisados.

Descrição da atividade5. Debater ainda as problemáticas semelhantes

que vivenciam em função de sua inserção nasociedade brasileira.

Atividade P Especificidades culturais

Resultados esperados: Conhecer e refletir arespeito das especificidades das culturas indígenas.

21T e x t o

Objetivo• Refletir a respeito das especificidades das cul-

turas indígenas.

IntroduçãoO estudo das especificidades das culturas é im-portante para que se desfaça a idéia errônea deque os índios: a) são iguais, pois se desconhece a diversidade

sociocultural e lingüística entre os povos; b) pertencem ao passado, ou seja, nega-se que

existam comunidades indígenas como inte-grantes da sociedade brasileira hoje;

c) são remanescentes de culturas do início dahumanidade – exemplo de povos do paleolíti-co (freqüente em livros didáticos);

d) só fazem parte da história do Brasil na épocado descobrimento, depois deixam de ter histó-ria porque foram assimilados ou dominados;

e) são atrasados, não civilizados e precisam seraculturados;

f) não são mais índios porque absorveram costu-mes ocidentais e, nesse caso, não possuem maiso direito de lutar por terra.

Contexto no mundo do trabalho: Um dos aspectosespecíficos de cada povo é a sua organização em funçãoda sobrevivência e da divisão do trabalho.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Ver Referencial Curricular Nacionalpara as Escolas Indígenas (MEC, 2002); os cadernos da TVEscola “Índios do Brasil” (MEC, 1999); livros produzidospor professores de diferentes aldeias, como Ticuna – O livrodas árvores (MEC, 1997) ou A história do Povo Terena(MEC/USP, 2000).

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 79

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80 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

Considerando os dados numéricos do texto, peçaaos alunos que:

1. representem as expressões 35% e 98% emforma de razão centesimal (35/100 e 98/100);

2. obtenham as frações irredutíveis equivalentesa essas expressões;

3. desenhem, em pelo menos três diferentes for-mas geométricas, as frações irredutíveis obti-das (use o papel quadriculado);

4. escrevam a fração irredutível equivalente à ra-zão formada pelo número de índios no Brasile o número que havia na época da chegadados portugueses.

Descrição da atividade Material indicado:P papel quadriculado.

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P A relevância da Amazônia e a riqueza de um povo

Resultados esperados: a) Perceber porcentagem como razão centesimal.b) Identificar razões equivalentes.c) Ler e escrever números que representam

frações.d) Reconhecer os diferentes tipos de frações.

21T e x t o

Objetivos• Perceber a importância da Amazônia para o

povo indígena.• Interpretar os dados matemáticos do texto cons-

tatando a diminuição do número de índiosdesde a chegada dos portugueses no Brasil.

IntroduçãoA Amazônia é uma área internacional que ocupaparte do território de vários países, dentre eles oBrasil. Essa floresta é uma de nossas riquezas cul-turais e é conhecida como um imenso ecossiste-ma. No entanto, nas últimas décadas esse con-ceito vem mudando com a migração, com odesenvolvimento da agropecuária e da minera-ção. Homens e motosserras, entre outros agresso-res, estão fazendo com que a floresta Amazônicaseja destruída, atingindo povos, como seringuei-

ros e indígenas. Estes últimos têm sido os maisprejudicados na transformação da Amazônia,pois, como diz o texto: “O encontro dos índioscom garimpeiros é sempre crítico, há invasão deterras, proliferação de doenças”. O que você jáleu ou ouviu falar sobre a violência praticada aosindígenas? Como a mata Amazônica pode serpreservada? O texto lido é rico em informações.Discutam sobre os costumes indígenas, seus ri-tuais de morte e sobre o processo de Tapiragem.

Dicas do professor: Sites – www.inpa.gov.br www.socioambiental.orgDVD “Planeta Azul”, produzido por Graeme Ferguson,escrito e narrado por Toni Myers.

Contexto no mundo do trabalho: A biopirataria é pra-ticada na floresta Amazônica. Converse com seus alunossobre o que isso significa e o que eles pensam acercadessa questão. De que forma podemos participar social epoliticamente, para repudiar o que ocorre com os indíge-nas e com a floresta em que vivem?

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Page 81: Coleção Cadernos EJA - Professor - 02 Diversidades e Trabalho

Área: Português Nível I e II

1. Atividades de pré-leitura.

a) Perguntar aos alunos se conhecem nomesde pessoas e de lugares que tenham origemindígena (pessoas: Araci, Guaraciaba,Iracema, Jaci, Moema, Ubirajara; lugaresgeográficos: Guanabara, Itatiaia, Paraíba,Paquetá, Ubatuba).

2. Atividades de leitura.

a) Ler o texto com os alunos e comentar arelação branco–índio na história e na for-mação do brasileiro.

3. Atividades de ampliação do vocabulário e deortografia.

a) Escrever, no quadro, as seguintes palavras:“nomes de pessoas”, “nomes de lugares”,“nomes de animais”, “nomes de seres doreino vegetal”, “nomes de objetos, apa-relhos e utensílios”.

b) Entregar a cada aluno um papel com umapalavra de origem indígena. Escrever todaselas sem o “j”. Cada um escreve a palavra noquadro, na divisão correspondente, e a com-pleta com a letra que está faltando.Sugestão: Nomes de pessoas: Jaci, Juraci,

Descrição da atividadeJurema, Jaguaribe; nomes de lugares:Aracaju, Jabaquara, Jacarepaguá, Jundiaí;nomes de animais: jibóia, jacaré, jacu, jabu-ru, juriti, tanajura; nomes de seres do reinovegetal: jabuticaba, jacarandá, jequitibá;nomes de objetos, aparelhos e utensílios:jacá.

c) Pedir que observem o que há de comum nagrafia das palavras: as de origem indígenasão grafadas com “j” em português.

d) Informar que também palavras de origemárabe e africana são grafadas com “j”. Pedirque criem frases com algumas dessaspalavras (ditar para que pratiquem): pajé,canjica, manjericão, Moji, berinjela, cafa-jeste, granja, gorjeta, jerimum, jérsei, jiló,laje, majestade, objeção, objeto, ojeriza,rejeição, sarjeta, traje e trejeito.

Atividade P Palavras de origem indígena – Ortografia

Resultados esperados: Maior segurança dagrafia de termos de origem indígena e africana.Ampliação do vocabulário e da história da língua.

21T e x t o

Objetivo• Ampliar o conhecimento histórico sobre a for-

mação da língua portuguesa e a ortografia depalavras de origem indígena.

IntroduçãoO português, hoje língua majoritária e oficial doBrasil, derivado do latim, sofreu, em sua forma-

ção, influência de diversas outras línguas queeram aqui faladas antes de Cabral. Os índios bra-sileiros de diversas etnias falavam mais de mil lín-guas. Os portugueses, por necessidade de contatocom os índios, aprenderam a chamada línguageral (nheengatu), comum a todos, originada dotupinambá. O português só foi instituído comolíngua oficial em 1758, pelo Marquês de Pombal.

Tempo sugerido: 2 horas

Dica do professor: Gramática Histórica, de Ismael de LimaCoutinho (Ao Livro Técnico).

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82 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá trazer uma venda escurapara os olhos e usá-la durante a atividade.

2. O professor colocará uma música “clássica”que será ouvida por todos os alunos com osolhos vendados (importante: não basta fecharos olhos, pois nossa tendência, muitas vezes,é de abri-los e isso prejudicaria o exercício,daí a importância da venda).

3. Depois de ouvida a música, cada aluno deve-rá escrever um poema sobre as imagens e sen-sações que surgiram durante a sua execução.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P aparelho de som, CD,

venda.

Tempo sugerido: 1hora e30 minutos.

Atividade P Sentidos

Resultados esperados:a) Que o aluno possa ampliar sua capacidade de

explorar sua criatividade, utilizando-se dosrecursos da audição.

b) Que o aluno possa exercitar a transformação dosom em imagens criativas e em expressão ver-balizada.

22T e x t o

Objetivo• Experimentar possibilidades de criação por

meio da privação de um sentido.

IntroduçãoEm 2006 o presidente dos Estados Unidos, GeorgeW. Bush deu uma entrevista nos jardins da CasaBranca. Ao escolher um jornalista para ser inquiri-do, percebeu que este usava óculos escuros e, emtom de brincadeira, fez a seguinte observação:“Hoje não está um dia muito quente e tão claro,você não precisaria estar usando óculos escurosnuma entrevista”. A resposta foi tranqüila e imedi-ata: “Bem, senhor presidente, isto depende doponto de vista”. Em seguida, fez sua perguntasobre a política de Washington no Iraque. Mais

tarde, George W. Bush foi informado de que o jor-nalista, na verdade, era deficiente visual e, porisso, usava os óculos escuros.A deficiência visual não impediu FernandoSegundo de tirar fotos a partir do seu ponto devista, da sua realidade. Igualmente também nãoimpediu, o esloveno Eugen Bavcar, fotógrafo cego,de trabalhar com essa linguagem artística. Em Aluz e o cego, ele diz que para privados da visão asimagens são criadas a partir do verbo. Ele chamaa nossa atenção para o fato do excesso de imagensprejudicarem a construção de uma narrativa, ti-rando-lhe o foco. No entanto, nas sociedadesmodernas, de maneira geral, o sentido da “visão”é muito mais valorizado e estimulado do que osoutros (audição, olfato, paladar e tato).

Dicas do professor: Livro – A luz e o cego, de EugenBavcar. In: Artepensamento, de A. Novaes (org.)(Companhia das Letras).Site – www.funarte.gov.br/vsa/galeria/foto/foto.htm

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Área: Ciências Nível I

1. Peça a cada um dos alunos que execute osseguintes comandos, na ordem mencionada,sem mexer a cabeça durante os movimentos:

a) tapar o olho direito e observar o que estáao seu redor;

b) tapar o olho esquerdo e observar o que estáao seu redor;

c) repetir a observação, mas mantendo osdois olhos abertos;

2. Os alunos devem então elaborar um pequenotexto, narrando e interpretando as obser-vações feitas relacionando-as ao trabalho, ouseja, à transformação da natureza e a capaci-dade da visão binocular (tridimensional).

Descrição da atividade

Atividade P A nossa visão

Resultados esperados:a) Identificação de partes do olho responsáveis

pelo sentido da visão e conceitos relacionados.b) Reconhecimento e identificação de vantagens e

limitações da visão binocular.

22T e x t o

Objetivos• Identificar as partes do olho responsáveis pelo

sentido da visão e conceitos relacionados. • Reconhecer vantagens e limitações da visão

binocular.

IntroduçãoO olho humano é o órgão da visão. Ao abrir osolhos e deixar a luz penetrá-los, ela percorre umcaminho definido até formar uma imagem. A luzpassa pela córnea, pupila, cristalino, chegando àretina, onde forma uma imagem. Isso é feitoseparadamente e ao mesmo tempo pelos doisolhos, que enviam essa informação ao cérebro. Océrebro reúne essas duas informações e superpõeas imagens. Dessa forma, o que percebermos éuma imagem única. Nossa visão é tridimensional,isso significa que conseguimos identificar tam-

bém profundidade, altura e largura. O ser huma-no possui olhos na parte da frente da cabeça(olhos frontais), proporcionando a visão binocu-lar. Animais que têm os olhos na parte lateral dacabeça, como cavalos e vacas, não possuem visãobinocular. Para eles é mais importante enxergar oque está a sua volta, de forma mais abrangente,sem mexer a cabeça, para se defender dos preda-dores. Os predadores, como os felinos, que preci-sam perceber e calcular a distância que os separade uma caça em potencial, têm a visão binocular.Para o trabalho, qual a importância da visão bino-cular? Teríamos a mesma capacidade de produ-ção se nossa visão não fosse binocular?

Contexto no mundo do trabalho: Pessoas que exercematividades que podem danificar os olhos necessitam uti-lizar óculos de proteção individual ou máscaras.

Tempo sugerido: 1 hora

Dicas do professor: Alguns bichos, como o coelho,podem enxergar tudo o que está ao seu redor, num ângu-lo de 360°, o que lhe propicia uma visão adequada parase proteger.Quando tapamos o olho esquerdo, restringimos o quevemos daquele lado. O campo visual direito também ficarestrito quando aquele olho é bloqueado. Quando abri-mos os dois olhos, o cérebro se encarrega de superpor asobservações e formar uma única imagem.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 83

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84 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Ciências Nível II

1. Peça aos alunos que tragam para a sala quais-quer câmeras fotográficas – ainda em funcio-namento ou não. Além disso, devem procurartrazer anúncios publicitários de máquinasfotográficas.

2. Peça aos alunos que identifiquem nas peçastrazidas ou nos anúncios os itens componen-tes das máquinas: lente(s), obturador, dispa-rador, filme, etc.

3. Peça aos alunos que relacionem peças desco-nhecidas presentes nas máquinas e que procu-rem descobrir os seus nomes e funções.

4. Faça um desenho esquemático no quadro,mostrando um diagrama de uma máquinafotográfica e o seu funcionamento.

Descrição da atividadeMateriais indicados:P anúncios publicitários de

máquinas e equipamen-tos fotográficos.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Máquina fotográfica

Resultados esperados:a) Identificação das partes componentes de uma

máquina fotográfica.b) Reconhecimento do princípio básico de fun-

cionamento de uma máquina fotográfica.

22T e x t o

Objetivos• Identificar as partes componentes de uma

máquina fotográfica.• Identificar o princípio básico de funcionamen-

to de uma máquina fotográfica.

IntroduçãoO texto fala que um estudante cego realizou umaexposição de fotografias. Mas como funcionauma máquina fotográfica? Câmeras fotográficasmodernas, mesmo as computadorizas, possuemum mecanismo bastante simples: um corpo leve epequeno, que contém o filme e o mecanismo detransporte do filme, uma lente para enfocar aimagem, um orifício de tamanho ajustável parapermitir a passagem da luz e um obturador, quese abre somente durante um certo intervalo detempo, para que a luz chegue ao filme. Quando

essa luz atinge o filme, mudanças acontecem emsua cobertura química, que é sensível à luz, for-mando assim uma imagem fotográfica latente,isto é, o negativo. Esta exposição do filme é alcan-çada quando pressionamos o botão do dispara-dor. Qual a importância da fotografia para a so-ciedade? Para o trabalho? Existe uma relação damáquina fotográfica com os nossos olhos?

Contexto no mundo do trabalho: Existem os fotógrafosque trabalham em registro de eventos e festas familiarese aqueles que exercem atividades jornalísticas ou mesmoos que registram sinistros policiais. No entanto, afotografia é uma atividade de lazer de muitas pessoas, jáque ela permite registrar e guardar a memória de momen-tos ímpares.

Dicas do professor: Para que o filme avance e umaporção nova seja disponibilizada para uma novafotografia, um rebobinador é utilizado. Normalmente éuma alavanca que avança o filme quando girada. Nasmodernas câmeras digitais, em vez da imagem ser capta-da em um filme, um chip sensível à luz é utilizado.

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Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Peça aos alunos que tragam de casa algumobjeto diferente e que não o mostrem paraseus colegas.

2. Em dupla, de olhos vendados, eles trocarão oobjeto com seu parceiro e cada um deverádescobrir que objeto é apenas usando o tato.

3. Em círculo, relatarão as experiências pelasquais passaram.

4. Apresente-lhes o seguinte título de uma notí-cia: “Portadores de deficiência visual discutemregulamentação de direitos”. Pergunte aosalunos quais direitos eles imaginam que essesportadores reivindicam.

5. Anote no quadro as respostas.

6. Peça que leiam e discutam, coletivamente, otexto 15.

7. A partir das questões levantadas, da leitura ediscussão do texto, proponha aos alunos que,em pequenos grupos, redijam uma notícia.

Descrição da atividade8. Recolha as notícias e monte com elas um

mural para que todos da escola possam terconhecimento da luta dos portadores de defi-ciência visual.

Atividade P Olhos da alma

Resultado esperado: Percepção de que as pes-soas portadoras de deficiência visual são atuantesna vida em sociedade.

22T e x t o

Objetivo• Sensibilizar-se frente aos problemas enfrenta-

dos por portadores de deficiência visual emseu ambiente de trabalho e na sociedade.

Introdução“Lembro-me, também, que foi nesse dia que mediverti com uma mulher no elevador: – Vai pas-sear? – Não, vou trabalhar. – Cego trabalha? –Trabalha. – Em quê? – Eu sou programador, tra-balho em processamento de dados. – É aquele

negócio de computadores? – É. – Cego traba-lhando com computador?”. Diálogo como essedemonstra o preconceito sofrido pelos portado-res de deficiência visual, mas o relacionamentoda professora Marina com seu aluno Fernandonos faz crer que sensibilidade à luz não é sódireito de quem enxerga e sim de quem vê a vidacom os olhos da alma. E você, professor com queolhar vê seus alunos? E os alunos com que olharvêem os deficientes? E no trabalho de cada um,enxergam os deficientes? Como?

Dicas do professor: Notícia – ”Portadores de deficiênciavisual discutem regulamentação de direitos”www.sedes.ma.gov.br/ver_noticia.php?noticia_id=121 -17k Filmes – Janela da alma, de Walter Carvalho; Brasileirosinvisíveis; A pessoa é para o que nasce, de Roberto Berliner.Livro – Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, texto daintrodução: “Sopro no corpo”, de Marco Antonio deQueiroz.

Tempo sugerido: 4 horas

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 85

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86 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Descrever a história de vida de Fernando ecomo ele ficou cego.

2. Identificar no texto qual a sensação deFernando em relação ao espaço que ele foto-grafa.

3. Discutir com a classe o papel dos sentidoshumanos em nossa vida, que é o de permitir ocontato da pessoa com o mundo externo.

4. Realizar exercícios com a classe sem o recursoda visão.

a) Todos devem fechar os olhos e, sob ocomando do professor, fazer com que umaluno fale uma frase e que outro identifi-que o autor da leitura.

b) Dispor cadeiras e mesas pela sala aos olhosde todos. Pedir em seguida que, com osolhos vendados, um aluno faça um deter-minado percurso.

c) Realizar o mesmo exercício fora da sala de

Descrição da atividadeaula, anotando as sensações de calor, baru-lho, cheiro, toque.

d) Discutir e registrar no caderno as impres-sões de se deslocar ou identificar as condi-ções do ambiente sem os recursos da visão.

Materiais indicados:P uso de fitas colantes para

indicar caminhos, panopara venda nos olhos.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P A percepção do espaço

Resultados esperados: Ampliar a sensibili-dade do aluno para o mundo exterior.Experimentar a relação com o mundo exterior semo recurso da visão. Refletir sobre as condições devida de uma pessoa portadora de deficiência a par-tir da experimentação própria.

22T e x t o

Objetivo• Levar o aluno a perceber a existência do espa-

ço através de outros sentidos, que não apenasa visão. Compreender que os sentidos podemser aguçados a partir de seu uso, que é o queocorre com as pessoas portadoras de deficiên-cia, que acabam suprindo a falta de um senti-do pelo aprimoramento dos outros.

IntroduçãoTirar fotografia parece ser uma atividade exclusi-va dos que enxergam. O texto em questão mos-tra que isso não é verdade, pois o fotógrafo e

estudante Fernando Camuaso Segundo desenvol-veu o ofício de registrar as imagens por meio deuma câmera a partir de sua sensibilidade emrelação ao espaço de seu entorno.

Contexto no mundo do trabalho: Em tempos dedesemprego e forte competição no mercado de trabalho,as pessoas portadoras de deficiência acabam sofrendomais para conseguir uma vaga. Implantar políticas afir-mativas que permitam a empregabilidade e sua inserçãono mercado de trabalho, bem como a inibição de práticaspreconceituosas, são fundamentais.

Dicas do professor: Filmes – A prova, de JocelynMoorhouse (Proof, Austrália, 1992), inspirado no fotó-grafo cego Evgen Bavcar; Perfume de mulher, de MartinBrest (Scent of a Woman, EUA, 1992), que trata de ummilitar aposentado em crise pela cegueira.

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Área: Português Nível II

1. Atividades de pré-leitura. Perguntar aos alu-nos o que entendem por “reportagem”.Solicitar que exponham algumas que viram naTV e acharam interessante. Pedir que falem arespeito de reportagens lidas em revistas oujornais.

2. Atividades de leitura.

a) Pedir à classe que leia o texto. Depois, pormeio de perguntas, permitir que os alunospercebam a estrutura de uma reportagem:Do que trata o texto? Qual é o título? Hásubtítulo? De onde foi retirado o texto? Nocorpo do texto, quantos subtítulos há?Quais são? Que pessoas são citadas notexto? Por quê? Que informações interes-santes o texto trouxe para você?

b) Dizer aos alunos que o texto tem a estrutu-ra de uma reportagem. Perguntar se notamdiferença entre notícia e reportagem. Anotícia, normalmente, é mais curta e com-porta temas atuais. A reportagem pode tra-tar de algo que já exista há algum tempo,mas que, por ser interessante, merece umamatéria.

3. Atividades de produção de texto.

a) Escolher um tema e um assunto que envol-

Descrição da atividadeva algo ou alguém da comunidade e mon-tar uma reportagem.

b) Dividir a sala em grupos e atribuir tarefas:entrevista, coleta de dados, divisão doassunto em pequenos temas, redação decada um desses temas, revisão geral dotexto produzido, ilustração, criação de títu-lo e subtítulos.

c) Depois de pronta e revista, a reportagempode ser copiada para distribuição entrecolegas de outras salas; pode ser afixada nomural da escola, publicada em blogs pes-soais ou sites, pode ser enviada para o jor-nal da cidade ou da escola.

Atividade P Criação de uma reportagem

Resultados esperados: Trabalhar com diver-sos gêneros textuais é objetivo do ensino de lín-guas. No caso, o aluno, além da produção de re-portagem, é encaminhado para a pesquisa, reco-nhecimento da estrutura do texto, necessidade deescolher um registro lingüístico adequado e, ainda,de compromissar-se para a boa produção textual.

22T e x t o

Objetivo• Conhecer a estrutura da reportagem e desen-

volver a capacidade de escrita no nível culto dalinguagem.

IntroduçãoA publicação de uma reportagem implica traba-lho de pesquisa, capacidade de seleção de infor-mações e de organização textual.

Dicas do professor: Como usar outras linguagens em salade aula, de Beatriz Marcondes et alii (Contexto).

Tempo sugerido: 12 horas

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 87

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88 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá criar um cardápio para umalmoço (prato principal, salada, acompanha-mentos, bebidas e uma sobremesa), listandotodos os ingredientes necessários.

2. Os alunos apresentarão a lista de ingredientese estes serão escritos na lousa.

3. Os ingredientes serão agrupados segundo suacategoria (legumes, temperos, frutas, cereais).A classe será dividida na mesma quantidadedas categorias, cabendo a cada grupo pesqui-sar a origem de cada um dos ingredientes quelhe coube.

4. Em um mapa-múndi os grupos marcarão ospontos de origem dos ingredientes e redigirãoum pequeno texto que conte como essesingredientes chegaram ao Brasil ou passarama ser usados na mesa brasileira.

5. O resultado da pesquisa será discutido emsala de aula e tudo será registrado no blog ou

Descrição da atividadeno caderno de receitas coletivo, que deverápercorrer os grupos.

Obs: O professor deverá estabelecer um prazopara a realização da pesquisa.

Atividade P Salada mista

Resultados esperados:a) Que o aluno possa conhecer as raízes culturais

da nossa alimentação.b) Que o aluno possa, por meio da criação de um

cardápio, compreender a diversidade culturalda sociedade brasileira.

c) Que o aluno possa, por meio de uma pesquisasobre alimentação, refletir sobre as diversas cul-turas que compõem a sociedade brasileira.

23T e x t o

Objetivos• Criar um projeto de blog ou caderno de recei-

tas coletivo da culinária presente na mesa bra-sileira que contenha as raízes de cada comidaali incluída.

• Conhecer as influências das diferentes culturassobre nossa alimentação.

• Ampliar os conhecimentos sobre a formação dacultura brasileira.

IntroduçãoO Brasil é um país que se orgulha de sua miscige-nação. Somos o resultado da mistura de culturasmuito diferentes. Poderíamos citar diversas for-

mas de manifestação cultural: lendas folclóricas,danças, festas e até mesmo a culinária. Quanto érecebido de influência de cada uma das culturasque formam a grande cultura nacional?Diariamente convivemos e participamos de mani-festações de extrema diversidade cultural, comouma “salada mista” da cultura. Nossa alimenta-ção é uma mistura de diferentes produtos e recei-tas vindas dos mais variados lugares do mundo edo Brasil. Somos o que comemos. Quem somos?Qual a influência de diferentes culturas no pratodiário do brasileiro? Qual a influência negra?Indígena? Européia? Norte-americana? Asiática?

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Ao final do exercício, se a classedecidir pela criação de um blog, automaticamente asinformações estarão disponíveis para todos. Se a opçãofor pelo caderno, seria interessante copiá-lo para quetodos tivessem acesso às receitas e às histórias.

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Área: Ciências Nível II

1. Realize uma pesquisa com seus alunos procu-rando identificar os alimentos que são maisconsumidos por suas famílias.

2. Com o auxílio de livros, procure identificar aorigem desses alimentos.

3. Peça aos alunos que identifiquem pessoas quemigraram para sua cidade vindas de outrasregiões do Brasil ou do mundo, investigando(entrevistas) com elas seus hábitos alimenta-res, identificando similaridades ou diferenças.No caso de não existirem migrantes, faça essainvestigação com os alunos para que elesidentifiquem pratos típicos de outras regiões

Descrição da atividadedo Brasil. A tarefa envolverá trazer algunsdesses pratos preparados para consumo cole-tivo em sala de aula.

4. Antes de saboreá-los o autor do prato faz umaexplanação da origem e característica doprato.

Material indicado:P livros de receitas de dife-

rentes regiões e nacional-

idades.Pesquisa: 1 semanaRealização: 2 horas

Atividade P Comida e cultura

Resultados esperados: Identificar o pre-domínio de certos hábitos alimentares. Perceberque a diferença de alimentos está relacionada coma natureza local e a história de uma população.

23T e x t o

Objetivo• Perceber que os hábitos alimentares de um

povo decorrem de influências culturais.

IntroduçãoVerificando os hábitos alimentares de uma popu-lação, pode-se constatar a diversidade de cos-tumes e valores. No Brasil temos variaçõesregionais interessantes. Em alguns lugares doParaná, o pinhão (semente da araucária) temdestaque na culinária. Em Pernambuco, encontra-se feijão verde (feijão de corda) e manteiga degarrafa. No Rio de Janeiro, feijão preto. EmMinas, é o leite. Essas variações e preferênciasestão relacionadas à disponibilidade dos alimen-tos. O cultivo de determinadas espécies locais sãobeneficiadas pelas características do ambiente etambém tem uma relação com a história do culti-vo daquelas variedades, segundo o processo depovoamento da região. Hoje em dia, estudoscientíficos têm se beneficiado dessa regionalidadena identificação de alimentos funcionais, onde

certas populações não apresentam determinadadoença pelo consumo preferencial de certos ali-mentos. O consumo elevado de peixes em vez decarnes vermelhas faz com que populações doJapão apresentem menor índice de colesterol nosangue e de doenças cardíacas. Situação seme-lhante trata do consumo de tomate e sua relaçãocom menor índice de câncer de próstata. A idéiade alimentos funcionais é uma nova frente depesquisa na área de nutrição e de mercado de tra-balho. Qual é a alimentação dos alunos? Comocomem?

Contexto no mundo do trabalho: Pessoas de diferentesnacionalidades constituíram espaços marcantes de suacultura em diferentes regiões do planeta. Na cidade deSão Paulo, por exemplo, percebe-se a influência de váriasregiões do Brasil e de outros países traduzida pela va-riedade de restaurantes típicos. Tais manifestações cultu-rais constituíram-se em espaços de trabalho e de con-vivência social.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 89

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90 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Ciências Nível II

1. Peça aos alunos que coloquem água em umcopo e óleo em outro.

2. Peça aos alunos que procurem fazer soluçõesdiferentes por meio de diversas misturas des-sas duas substâncias. Por exemplo, em um ter-ceiro copo, coloque metade de água e vá adi-cionando óleo aos poucos, usando um conta-gotas.

3. Peça aos alunos que anotem suas observações.4. Peça aos alunos que elaborem um relatório

contendo desenhos esquemáticos do experi-mento realizado. O relatório deve conter otítulo da atividade, o roteiro do procedimentoexperimental, observações feitas e a explica-ção para o fenômeno observado.

5. Os alunos devem ainda propor outros experi-mentos para avaliar a densidade de produtosque utilizam no cotidiano.

Descrição da atividade Materiais indicados:P óleo, água, copos e

conta-gotas.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Óleo e água

Resultados esperados:a) Conhecimento do conceito de densidade.b) Identificação de alimentos de diferentes densi-

dades em nosso cotidiano.

23T e x t o

Objetivo• Conhecer o conceito de densidade e identificá-

lo em nosso cotidiano.

IntroduçãoA feijoada é o prato mais tradicional de nossa cozi-nha. Nela existem alimentos gordurosos, que dei-xam uma camada de gordura na superfície da fei-joada quando é resfriada. Mas por que a gordura“flutua”? A densidade é uma propriedade físicaque relaciona a massa de uma substância com ovolume por ela ocupado, por meio de uma razão(divisão). Por exemplo, 1 kg de alumínio ocupaum volume de quase 3L. Já 1 kg de chumbo ocupaum volume de cerca de 11L. Isso significa que ochumbo é cerca de quatro vezes mais denso doque o alumínio. A água possui densidade igual a

1, isto é, 1 kg de água ocupa um volume de 1L. Jáa densidade do óleo é menor, por isso ele ficaacima da água quando estão juntos (1 kg de óleoocupa cerca de 0,9L). Substâncias que não têmafinidade suficiente para formar uma soluçãoúnica não se misturam. Qual a importância dasmedidas de volume em nossas vidas? No trabalho?

Contexto no mundo do trabalho: Indústrias de cos-méticos têm lançado produtos que apresentam densi-dades diferentes. É o caso de óleos para o corpo quevisualmente apresentam duas ou mais fases sobrepostas.Esses produtos, para serem utilizados, devem ser agitados,formando uma emulsão, que nada mais é que uma mistu-ra de água e óleo. No entanto, se deixado em repouso, oscomponentes voltam a se separar.

Dicas do professor: Essa atividade não pode ser realiza-da com substâncias que são miscíveis entre si, devido aafinidades químicas. Nesses casos, mesmo que elas pos-suam densidades diferentes, a solução observada terá aaparência de uma solução homogênea, com uma únicafase. O álcool, por exemplo, possui densidade igual a 0,8.No entanto, como ele é miscível com água, devido àafinidade química entre eles, a mistura de água comálcool apresenta-se como uma solução homogênea, deúnica fase.

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Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Em grupos, peça aos alunos que leiam o textoe que identifiquem quem eram os patrões equem eram os empregados no relato sobre aorigem da feijoada e registre o resultado.

2. Em plenária discuta com eles a posição dossenhores de escravos (proprietários) e dos es-cravos (não proprietários), apresentando oconceito de divisão social do trabalho.

3. Procure identificar quem são esses grupos ouclasses nos dias atuais.

4. Em seguida, organize com eles a preparaçãode uma feijoada (que pode ser fictícia ou quepode se transformar numa refeição da escola),distribuindo cada tarefa entre eles:

a) Quem faz?

b) Faz o quê?

Descrição da atividade5. Apresente em seguida o conceito de divisão

técnica do trabalho.

6. Discuta com seus alunos o que mudou nadivisão social e técnica do trabalho no perío-do entre a escravidão e os dias atuais.

Atividade P Divisão social e técnica do trabalho

Resultado esperado: Conhecimento dos con-ceitos de divisão social e técnica do trabalho.

23T e x t o

Objetivo• Conhecer os conceitos de divisão social e téc-

nica do trabalho.

IntroduçãoVocê sabe o que é divisão social e técnica do tra-balho? A divisão social do trabalho separa pro-prietários de não proprietários. A sociedadebrasileira é composta de uma classe social de pro-prietários e uma classe social de não proprietários:de um lado patrões, do outro empregados e, atual-mente, desempregados ou com empregosprecários. A divisão social do trabalho cria poderesdiferentes para cada um destes grupos nasociedade. A divisão técnica do trabalho é aquelaque se dá entre funções, atividades e tarefas dife-

rentes no interior do processo de trabalho. Porexemplo, de um lado os engenheiros e do outrolado os operadores de máquinas de uma mesmafábrica, ou entre os operadores do torno e os ope-radores da prensa. Ou ainda, entre os serventes depedreiro e os trabalhadores do escritório de umaempresa de construção. Também ela cria poderesdiferentes para cada grupo desses. Na escola quaissão os exemplos que se encaixariam aqui? Com osseus alunos e as profissões que exercem? A organi-zação da sociedade brasileira, como de todasociedade, espelha o modo como o trabalho éorganizado. Mas nem sempre foi assim. Isso podemudar. No texto “O prato dos sábados”, podemosidentificar a divisão social e técnica do trabalho.Tente este exercício com seus alunos.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Livros – Dicionário de EducaçãoProfissional, de Fidaldo e Machado (NETE). Crítica dadivisão do trabalho, de André Gorz (Martins Fontes).Trabalho e capital monopolista, de Bravermman (Zahar). Ocapital, Marx (Civilização Brasileira).

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92 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Debater oral e livremente com a classe o tema“trabalho e alimentação”.

2. Pedir aos alunos que escrevam em dupla umpequeno texto a respeito desse tema e emseguida apresentem suas produções para aclasse.

3. Ler coletivamente a receita de feijoada com osalunos.

4. Conversar sobre o hábito de comer feijoada,quem come e o que sabem a respeito dela.

5. Pedir aos alunos que, em grupo, analisem areceita da feijoada, procurando identificar suasrelações com: histórias de outros tempos; si-tuações de trabalho envolvidas na produçãodos ingredientes, no preparo e ao servi-la; si-tuações de convivências sociais entre as pesso-as também nos diferentes momentos de produ-ção dos ingredientes, preparo, servir e consu-mo; relações históricas entre as pessoas que, aolongo do tempo, têm produzido e consumido afeijoada.

Descrição da atividade6. Debater as produções dos alunos e organizá-la

em função do tema “trabalho e alimentação”.Propor que apresentem para uma outra classeda escola o que descobriram sobre o assunto.

Atividade P Trabalho e alimentação

Resultado esperado: Que os alunos reflitam arespeito da relação entre trabalho e alimentação.

23T e x t o

Objetivo• Refletir a respeito da relação entre trabalho e

alimentação.

IntroduçãoA alimentação está entrelaçada à vida em socieda-de. Na medida em que as populações obtêm, pro-duzem, preparam, consomem, trocam, armaze-nam, acumulam, distribuem e transportam ali-mentos, também se organizam social, econômica,política e culturalmente. O alimento está na baseda divisão do trabalho e isso transparece nas tare-fas reservadas aos homens, mulheres e crianças, ou

aos trabalhadores especializados. Igualmente, nopreparo e consumo ficam evidentes as dimensõesculturais específicas de cada grupo e as regras deconvivência modeladas histórica e geograficamen-te. A questão alimentar está ainda na base da dis-tribuição da riqueza e do poder e é importante ele-mento de intercâmbio cultural e de identidadesocial, marcam também características de umpovo, de uma região. E nas cerimônias de parti-lhas, oferendas ou consumo de alimentos, vislum-bramos as convivências e laços sociais e culturais.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Livros – As viagens dos alimentos –As trocas entre os continentes, de Janaina Amado e LuísCarlos Figueiredo (Atual). História da alimentação no Brasil,de Câmara Cascudo (Global). História da Alimentação, deJean-Louis Flandrin e Massimo Montanari (EstaçãoLiberdade). Cotidiano e solidariedade. Vida diária da gente decor nas Minas Gerais, de Julita Scarano (Brasiliense).

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Área: História Nível I e II

1. Motivar a turma com as questões: Qual o pratoque vocês mais apreciam? Quais as comidasconsideradas típicas na região? Vocês conhe-cem a história desses pratos? Foram criadas poralguém da região? Ou terá vindo de outrasregiões? Quem já comeu feijoada? Quem gos-ta, quem não gosta? Por quê? De acordo comos ingredientes ou a forma como é preparada,é possível saber se tem influência de outrospovos, de outros lugares? Questionar a turmasobre a história da feijoada e relatar a outraversão de Elias.

2. Ler o texto e discutir.

3. Propor que em duplas redijam a receita de umoutro prato e contar a história desse prato.

Descrição da atividade 4. Debater a frase: No prato de cada dia, umpouco de nossa história!

5. Solicitar que produzam uma outra frase, rela-cionando alimentação, história e cultura.

Atividade P Hum, que delicia! No prato de cada dia, um pouco de nossa história!

Resultados esperados: Que o aluno perceba adiversidade cultural do Brasil presente também naalimentação do seu povo. Produção de uma fraseque expresse esse fato.

23T e x t o

Objetivo• Relacionar a história da nossa alimentação à

diversidade cultural do Brasil.

IntroduçãoO texto apresenta a receita do prato mais popularem nosso país, apreciado por milhões de brasilei-ros. Há entre nós uma história de que a feijoada foiinventada nas senzalas pelos escravos. Para R.Elias “a mistura de carnes e grãos que resultou noprato mais famoso do Brasil só ocorreu no séculoXIX e, ao contrário do que diz a lenda, bem longedas senzalas”. O autor cita Câmara Cascudo, “o fei-jão com carne, água e sal é apenas feijão. Feijão ra-lo, de pobre. Feijão todo-dia. Há distância entre fei-joada e feijão. Aquela subentende o cortejo dascarnes, legumes, hortaliças”. O padre MiguelGama, conhecido como “Padre Carapuceiro”,publicou no jornal O Carapuceiro, de Pernambuco,

em 3 de março de 1840, um artigo no qual conde-nava a “feijoada assassina”, escandalizado pelofato de que era muito apreciada por homens se-dentários e senhoras delicadas da cidade.Segundo o autor, “vale lembrar que as partes sal-gadas do porco, como orelha, pés e rabo, nuncaforam restos. Eram apreciados na Europa, enquan-to o alimento básico nas senzalas era uma misturade feijão com farinha”. Uma das referências maisantigas que se conhece à feijoada em restaurantesestá no Diário de Pernambuco, de 7 de agosto de1833, no qual o Hotel Théâtre, do Recife, informaque às quintas-feiras seria servida “feijoada à bra-sileira”. Essa citação tem como objetivo ajudá-lo aquestionar algumas lendas sobre nossa história,chamar sua atenção para a riqueza da nossa ali-mentação e mostrar sua relação com a identidadecultural do país. Por isso, vale a pena conhecê-la!

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: O artigo completo de Elias pode serlido no site: www.nossahistoria.netLivro – História da alimentação no Brasil, de CâmaraCascudo (Global).

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94 • Caderno do professor / Diversidades e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

1. Divida a turma em 4 grupos solicitando quecada um calcule as quantidades dos ingredi-entes da feijoada para uma quantidade dife-rente de pessoas: 6, 15, 18 e 24.

2. Para as apresentações, peça aos grupos queexplicitem como fizeram para chegar aosresultados.

3. Para ajudá-los, mostre que se deve encontraras razões de cada ingrediente para 24 pessoase usando a regra de três, encontrar a pro-porção para a sua receita:

Exemplo: 1,5 kg de feijão preto/24 pessoas = [x] kg de feijão preto/6 pessoas.

1,5/24 = x/6

4. Peça a eles que reescrevam a receita, a partirdos ingredientes e costumes de sua região.

Descrição da atividade

Atividade P Feijoada para seis

Resultado esperado: Cálculo da receita de fei-joada com quantidades proporcionais a diferentesnúmeros de pessoas

23T e x t o

Objetivo• Aplicar os conceitos de razão e proporção para

calcular uma receita para quantidades diferen-tes de pessoas.

IntroduçãoA feijoada é um alimento típico do Brasil quereúne a técnica do cozido português com ingredi-entes brasileiros. Desde o feijão e a farinha, quejá eram usados pelos povos indígenas, até tornar-se um prato típico e nobre, lá se vão 500 anos detrabalho e de história. As receitas de preparação

de alimentos, em geral, reúnem informações dequantidades de ingredientes para um determina-do número de pessoas. A receita de feijoada quetemos no caderno de textos do aluno é para 12pessoas. Se quiséssemos prepará-la para outronúmero de pessoas saberíamos fazê-la?

Tempo sugerido: 2 horas

5. Peça que escolham um ingrediente e repre-sentem geometricamente a operação de cálcu-lo. Exemplo:

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Área: Matemática Nível I e II

Considere os preços da primeira receita de feijoa-da, dados por quilo: feijão R$ 1,69; carne secaR$ 7,90; costela defumada R$ 12,90; baconR$ 13,80; paio R$ 11,30; lingüiça R$ 8,60; orelhade porco R$ 3,90; língua R$ 6,90; carne de porcoR$ 7,80; rabo de porco R$ 2,80; cebola R$ 0,79;óleo R$ 1,99; arroz R$ 1,10; couve R$ 0,89 echeiro-verde R$ 0,75.

1. Discuta com os alunos os ingredientes quenão estão por quilo na receita, para chegar auma aproximação das medidas a fim de fazero cálculo.

2. Peça que calculem o preço total da receita.

3. Determinem quantas receitas teriam de serusadas, qual o valor total e per capita da fei-joada se a turma reunida para uma festa fossede 30 pessoas.

4. Proponha que pesquisem os preços locais dosprodutos citados e calculem novamente ocusto da feijoada para a turma de EJA.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P calculadora e balança.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Manjares da brasilidade

Resultados esperados:a) Desenvolvimento do sistema de medidas de

massa.b) Utilização de noções de estimativa.c) Realização de operações matemáticas ele-

mentares.d) Aplicação da propriedade fundamental das pro-

porções e/ou regra de três.

23T e x t o

Objetivos• Perceber que o mesmo prato típico brasileiro

pode ser feito de forma mais sofisticada ou me-nos sofisticada, dependendo do poder aquisiti-vo da pessoa, sem perder o prazer da festa.

• Aplicar conhecimentos básicos de matemáticano cálculo do custo de uma refeição.

IntroduçãoA feijoada, hoje, não é mais um prato somentepara a mesa do trabalhador brasileiro. Ela é con-

siderada um prato típico do país, é servida nosmais diversos restaurantes e, especialmente, noslares brasileiros ela é motivo para festa, inte-gração e é usada no sustento dos membros dafamília. Como é sua receita de feijoada? Quantovocê gasta com ela? O custo da primeira receitado texto é razoável para uma refeição? Pode-sedizer que existe a feijoada mais sofisticada e amais popular?

Dicas do professor: Se possível fazer uma feijoada comos alunos, comentando sobre os ingredientes utilizados,ao mesmo tempo que realizam integração entre os pares.Levar uma balança para pesar os ingredientes.

Caderno do professor / Diversidades e Trabalho • 95

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ExpedienteComitê Gestor do ProjetoTimothy Denis Ireland (Secad – Diretor do Departamento da EJA)Cláudia Veloso Torres Guimarães (Secad – Coordenadora Geral da EJA)Francisco José Carvalho Mazzeu (Unitrabalho) – UNESP/UnitrabalhoDiogo Joel Demarco (Unitrabalho)

Coordenação do ProjetoFrancisco José Carvalho Mazzeu (Coordenador Geral)Diogo Joel Demarco (Coordenador Executivo)Luna Kalil (Coordenadora de Produção)

Equipe de Apoio TécnicoAdan Luca ParisiAdriana Cristina SchwengberAndreas Santos de AlmeidaJacqueline BrizidaKelly MarkovicSolange de Oliveira

Equipe PedagógicaCleide Lourdes da Silva Araújo Douglas Aparecido de CamposEunice RittmeisterFrancisco José Carvalho MazzeuMaria Aparecida Mello

Equipe de ConsultoresAna Maria Roman – SPAntonia Terra de Calazans Fernandes – PUC-SPArmando Lírio de Souza – UFPA – PACélia Regina Pereira do Nascimento – Unicamp – SPEloisa Helena Santos – UFMG – MGEugenio Maria de França Ramos – UNESP Rio Claro – SPGiuliete Aymard Ramos Siqueira – SPLia Vargas Tiriba – UFF – RJLucillo de Souza Junior – UFES – ESLuiz Antônio Ferreira – PUC-SPMaria Aparecida de Mello – UFSCar – SPMaria Conceição Almeida Vasconcelos – UFS – SPMaria Márcia Murta – UNB – DFMaria Nezilda Culti – UEM – PROcsana Sonia Danylyk – UPF – RSOsmar Sá Pontes Júnior – UFC – CERicardo Alvarez – Fundação Santo André – SPRita de Cássia Pacheco Gonçalves – UDESC – SCSelva Guimarães Fonseca – UFU – MGVera Cecilia Achatkin – PUC-SP

Equipe editorialPreparação, edição e adaptação de texto: Editora Página Viva

Revisão:Ivana Alves Costa, Marilu Tassetto, Mônica Rodrigues de Lima, Sandra Regina de Souza e Solange Scattolini

Edição de arte, diagramação e projeto gráfico: A+ Desenho Gráfico e Comunicação

Pesquisa iconográfica e direitos autorais: Companhia da Memória

Fotografias não creditadas: iStockphoto.com

Apoio

Editora Casa Amarela

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro. SP, Brasil)

Diversidades e trabalho : caderno do professor /

[coordenação do projeto Francisco José Carvalho Mazzeu,

Diogo Joel Demarco, Luna Kalil]. -- São Paulo :

Unitrabalho-Fundação Interuniversitária de Estudos

e Pesquisas sobre o Trabalho ; Brasília, DF : Ministério

da Educação. SECAD-Secretraria de Educação Continuada,

Alfabetização e Diversidade,2007, -- (Coleção Cadernos de EJA)

Vários colaboradores.

Bibliografia.

ISBN 85-296-0068-1 (Unitrabalho)

ISBN 978-85-296-0068- 0 (Unitrabalho)

1. Atividades e exercícios (Ensino Fundamental)

2. Diversidade do trabalho 3. Livros-texto (Ensino Fundamental)

I. Mazzeu, Francisco José Carvalho. II. Demarco, Diogo Joel.

III. Kalil, Luna. IV. Série.

07-0408 CDD-372.19

Índices para catálogo sistemático:

1. Ensino integrado : Livros-texto :

Ensino fundamental 372.19

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