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A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi- ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação que os acolha. Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer- cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras. Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti- nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for- mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino Fundamental. Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei- tando as experiências e os conhecimentos dos alunos. Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o 2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos. A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con- cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões para o trabalho com esses textos. A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário, com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação e a integração das diversas áreas do conhecimento. Bom trabalho! Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC Apresentação CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 1

Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

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A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou

grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi-

ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação

que os acolha.

Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer-

cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras.

Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti-

nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for-

mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente

excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino

Fundamental.

Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas

nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na

escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei-

tando as experiências e os conhecimentos dos alunos.

Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o

2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem

dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos.

A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con-

cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos

de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões

para o trabalho com esses textos.

A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário,

com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação

e a integração das diversas áreas do conhecimento.

Bom trabalho!

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC

Apresentação

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Caro professor

Este caderno foi desenvolvido para você, pensando no seu trabalho cotidiano de educar jovens

e adultos. Esperamos que ele seja uma ferramenta útil para aprimorar esse trabalho. O cader-

no que você tem em mãos faz parte da coleção “Cadernos de EJA”, e é um dos frutos de uma

parceria entre as universidades brasileiras ligadas à Rede Unitrabalho e o Ministério da Educação.

As atividades deste caderno contemplam assuntos e conteúdos destinados a todas as séries

do ensino fundamental e seguem a seguinte lógica:

• Cada texto do caderno do aluno serve de base para uma ou mais atividades de diferentes áreas

do conhecimento; cada atividade está formulada como um plano de aula, com objetivos, des-

crição, resultados esperados, etc.

• As atividades admitem grande flexibilidade: podem ser aplicadas na ordem que você considerar

mais adequada aos seus alunos. Cabe a você escolher quais atividades irá usar e de que forma.

Os segmentos para os quais as atividades se destinam estão indicados pelas cores das tarjas

laterais: as atividades do nível I (1-ª a 4-ª séries) possuem a lateral amarela; as do nível II (5-ª a 8-ª

séries) têm a lateral vermelha. Se a atividade puder ser aplicada em ambos os níveis, a lateral

será laranja. Essa classificação é apenas indicativa. Cabe a você avaliar quais atividades são as

mais adequadas para a turma com a qual está trabalhando.

• Graças à proposta de um trabalho multidisciplinar, uma atividade indicada para a área de

Matemática, por exemplo, poderá ser usada em uma aula de Geografia, e assim por diante.

As atividades de Educação e Trabalho e Economia Solidária também poderão ser aplicadas aos

mais diversos componentes curriculares.

Ao produzir este material pedagógico a equipe teve a intenção de estimular a liberdade

e a criatividade. Se a partir das sugestões aqui apresentadas, você decidir escolher outros textos

e elaborar suas próprias atividades aproveitando algumas das idéias que estamos partilhando,

estaremos plenamente satisfeitos. Acreditamos profundamente na sua capacidade de discernir

o que é melhor para as pessoas com as quais está dividindo a desafiadora tarefa de se apropriar

da cultura letrada e se formar cidadão.

Bom trabalho!

Equipe da Unitrabalho

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Page 3: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Como utilizar a página de atividade

Numeração: indica otexto correspondenteao caderno do aluno.

Área: indica a área do conhecimento.

Nível: sugere o segmento do ensino fundamental para aplicação da atividade.

Materiais e tempo:materiais indicados para a realização da atividade, especialmente aqueles que nãoestão disponíveis em sala de aula (opcional), e o tempo sugerido para o desenvolvimentoda atividade.

Contexto:insere o tema no cotidiano do aluno.

Dicas:bibliografia de suporte,

sites, músicas, filmes, etc. que ajudam o professor

a ampliar o tema (opcional).

Cor lateral:indica o nível sugerido.

Descrição:passos que o professor

deve seguir para discutircom os alunos os

conceitos e questõesapresentados na

atividade proposta.

Introdução:pontos principais dotexto transformados

em problematizaçõese questões para o

professor.

Objetivos:ações que tanto aluno

como professorrealizarão.

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1 A grande floresta Ciências I e II 8Vendo de longe ou de perto Ciências I e II 9A intenção e os movimentos Ed. Física I 10

2 Crenças e ritos Artes I e II 11Os vermes Ciências I e II 12Cultura, culturas Geografia II 13Cultura e natureza História I e II 14Cultura e formas geométricas Matemática I 15Cultura, fala e provérbios Português I e II 16

3 A descrição – a realidade objetiva e subjetiva Português II 17Casa de farinha Ed. e Trabalho II 18

4 Opções de desenho Artes I e II 19Do que é feita a lágrima? Ciências I e II 20Festa junina Ed. e Trabalho I e II 21Arte com geometria Matemática I e II 22Jogo dos campos lexicais Português I e II 23

5 Jantar virtual Artes I e II 24Pirâmides Ciências I e II 25O vinagre Ciências I e II 26Culinária Ed. e Trabalho I 27O texto instrucional Português I e II 28

6 O que é serigrafia? Ciências I e II 29Economia solidária e cultura Econ. Solidária I e II 30Los jóvenes y las posibilidades de acceso al trabajo Espanhol II 31

4 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Sumário das atividades

Texto Atividade Área Nível Página

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 5

Texto Atividade Área Nível Página

6 A participação dos jovens em grupos e movimentos culturais História I e II 32Cadeia produtiva Matemática I e II 33Iniciativas empreendedoras Matemática I e II 34Jogos de alfabetização: As letras nas palavras Português I 35

7 Reflexões múltiplas em espelhos planos Ciências I e II 36Consciência corporal Ed. Física I e II 37

8 Quando alguém diz que "veio dar uma força" devemos ficar felizes? Ciências I e II 38Companies Inglês II 39Anglicismos Português II 40

9 Em nome de quem? História II 41Jogos de alfabetização: Criação de palavras Português I 42

10 Oktoberfest – Herança alegre da cultura alemã Ed. e Trabalho II 43Pontos cardeais e colonização alemã Geografia I e II 44Passeando em Santa Catarina Matemática I 45Festas populares e trabalho Matemática I e II 46

11 Cordel Artes I e II 47Cultura popular ou erudita: ambas como expressão do trabalho humano Ed. e Trabalho I e II 48Ler e criar literatura de cordel Português I e II 49

12 Teatro invisível Artes I e II 50Nós podemos mudar! Ed. e Trabalho II 51

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6 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

13 Rodeios e controvérsias Ciências I e II 52Festa e porcentagem Matemática I 53Festas populares e geração de empregos Matemática I e II 54Jogos de alfabetização:Reconhecimento das vogais Português I 55

14 Óleos e azeites Ciências I e II 56A fome é natureza. Comida é cultura e trabalho Ed. e Trabalho I e II 57As regiões do Brasil Geografia I e II 58Identidade alimentar Geografia I e II 59Typical food Inglês II 60Cultura e alimentação Matemática I 61Receita na medida certa Matemática I 62Receita poética Português I e II 63

15 Cena épica Artes I e II 64Trabalho e produção cultural Ed. e Trabalho I e II 65A riqueza produzida por todos Geografia I e II 66Quem são os sujeitos da História? História I 67

16 Chat Inglês II 68

17 Dança-Teatro Artes I e II 69O açude Ciências I e II 70Cabra marcado para viver Geografia I e II 71Teatro em sala de aula Português II 72

18 Cultura de massa: cultura popular? Artes I e II 73Cultura popular e de massas Ed. e Trabalho II 74Cultura do povo ou cultura para o povo? Ed. e Trabalho II 75

19 Por que os balões sobem? Ciências I e II 76Cultura, turismo, economia e festas juninas Econ. Solidária I e II 77Festas juninas: uma fogueira de alegrias História I e II 78

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 7

20 En Brasil, el fútbol genera muchos puestos de trabajo Espanhol II 79Futebol: matéria-prima de exportação Geografia I e II 80Futebol: uma paixão nacional História I e II 81Procurando o futebol na cidade Matemática I 82Problematizando os números do futebol Matemática I e II 83

21 Encontro cultural Artes I e II 84Maracatu Artes I e II 85Pluralidade cultural no Brasil: imagens de maracatus História I e II 86American holidays Inglês II 87

22 El oficio de zapatero Espanhol II 88

23 El carnaval brasileño ofrece buenas oportunidades de trabajo Espanhol II 89Carnaval: samba, alegria e trabalho Geografia I e II 90Estudo de texto de informação. Produção de anúncio Português I e II 91

24 A ilusão visual de imagens em movimento Ciências I e II 92Você sabe respirar? Ed. Física I e II 93

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8 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Peça aos alunos para representarem a florestaamazônica em um grande cartaz.

2. Os alunos devem fazer essa representação uti-lizando fotos e recortes trazidos de plantas eanimais.

3. Deve ser buscada uma representação que tra-duza a exuberância da floresta, mostrando adiversidade das plantas ali existentes com suasadaptações para o clima.

4. Também deve ser buscada uma representaçãodos animais em seus diferentes hábitats – naporção mais próxima ao solo, na porção inter-mediária da floresta e na porção superior.

5. Discuta com os alunos a importância dessafloresta para os brasileiros e para o restanteda população mundial.

Descrição da atividade

Atividade P A grande floresta

1T e x t o

Objetivos• Conhecer aspectos fundamentais da floresta

amazônica.• Reconhecer que o solo da floresta é pobre em

nutrientes.• Reconhecer a diversidade de animais presentes

na floresta.

IntroduçãoO texto aborda Parintins e o seu festival folclóri-co, que ocorre na maior floresta do planeta, a flo-resta amazônica. Essa floresta é tipicamente tro-pical, possuindo uma imensa diversidade deanimais e plantas. Cerca de 60% dessa florestaencontra-se no Brasil. Há floresta amazônicatambém na Colômbia, nas Guianas, no Equador,no Peru e na Bolívia. Por incrível que pareça, ossolos da Amazônia são pobres em nutrientes. Asplantas ali existentes sobrevivem devido ao ciclofechado de nutrientes. Isto significa que quando

uma planta morre e sofre decomposição, liberanutrientes para o solo, que são assim totalmentereciclados e absorvidos pelas raízes das plantasvivas, sustentando a floresta. A vegetação daregião possui adaptações para viver em condiçõesde excesso de água: ramos e folhas com os ápicesvoltados para baixo, folhas em goteira e revesti-das com cera. A fauna local é exuberante e varia-da. Na parte mais próxima ao solo, identificamosjabutis, cotias, pacas, etc. Esses animais se ali-mentam dos frutos que caem das árvores, servin-do posteriormente de alimentos para felinos e co-bras. Há também animais rastejadores, comoesquilos e anfíbios, que utilizam o solo e o nívelintermediário da floresta. Nos locais mais altos,observamos aves diversas, que buscam frutos,brotos e castanhas. Pela grande diversidade a flo-resta amazônica proporciona matéria prima paravárias indústrias.

Resultados esperados:a) Conhecimento da floresta amazônica e sua

importância social/econômica.b) Reconhecimento de que o solo da floresta é

pobre em nutrientes.c) Reconhecimento da diversidade de animais

presentes na floresta.

Dicas do Professor: Se não houvesse a cobertura do solopela floresta amazônica e a água das chuvas caísse direta-mente sobre o solo, ele seria exaurido, pois a água carregariaos sais minerais. Esta perda de nutrientes é reduzida pelapresença da floresta, já que a rica e densa folhagemamortece a queda da água. Quando ocorre desmatamento,no entanto, há o aparecimento do solo nu, o que certamenteleva ao seu empobrecimento.

Materiais indicados:P recortes de revistas e

jornais, contendo fotosde plantas da floresta

amazônica e de animaisdaquela região, cartolinae lápis de cor.

Tempo sugerido: 2 horas

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Área: Ciências Nível I e II

1. Verifique com seus alunos de quanto em quantotempo costumam consultar um oftalmologista.Diga que seria recomendável consultá-lo anual-mente.

2. Consiga lentes velhas com os alunos ou em al-guma óptica. Com elas, é possível verificar quaissão úteis para míopes ou hipermétropes. Peça aseus alunos para ler um texto aproximando edistanciando uma lente de cada vez. Se as letrasparecerem menores através da lente, ela é di-vergente e serve para alguns míopes (depen-dendo do grau). Se as letras parecerem maioresatravés da lente, ela é convergente e serve paraalguns hipermétropes. Algumas pessoas podempadecer das duas coisas ao mesmo tempo: de

Descrição da atividade miopia (globo ocular ligeiramente mais alonga-do) e hipermetropia (pela rigidez do cristalino)e, neste caso, devem usar lentes duplas, tam-bém chamadas de bifocais.

3. Peça a seus alunos para pesquisar outros de-feitos da visão (astigmatismo, catarata e dalto-nismo) e se é possível corrigi-los com lentes.

Materiais indicados:P lentes usadas de

óculos para míopes ehipermétropes.

Tempo sugerido:pesquisa: 1 semana;aula 2 horas

Atividade P Vendo de longe ou de perto

Resultados esperados: Compreender defeitosda visão e formas de corrigi-los com o uso de lentes.

1T e x t o

Objetivos• Reconhecer alguns dos defeitos da visão (a

miopia e a hipermetropia) e associá-los a len-tes corretivas.

IntroduçãoVocê pode introduzir com esse texto a questão dosproblemas da visão. Quando em local amplo, comoum estádio, algumas pessoas não conseguem fo-calizar imagens, apresentando dificuldade em en-xergar com nitidez símbolos e detalhes de vesti-mentas. Outras pessoas sentem dificuldade paraver objetos próximos ou letras a menos de 30 cen-tímetros de seus olhos. Esses problemas da visãoocorrem devido a diferenças na estrutura do olhode cada pessoa. A pessoa que tem dificuldade defocalizar objetos distantes possui em geral um olholigeiramente mais alongado que o normal, e talveztenha miopia. As pessoas que apresentam proble-mas para ler coisas próximas podem padecer dedois outros defeitos da visão: a) ter o globo ocularligeiramente mais achatado que o normal ou

b) apresentar, após uma certa idade (dos 40 aos 50anos), enrijecimento do cristalino (uma lente natu-ral dos olhos) o que dificulta a sua deformação ealteração de sua distância focal para a visão próxi-ma. Seja por uma causa (a) seja por outra (b), essedefeito de visão chama-se hipermetropia. Miopiaou hipermetropia podem ser amenizados pelo usode lentes corretivas (óculos ou lentes de contato).Em qualquer uma das situações, é importante apessoa consultar um médico de olhos (oftal-mologista) que, além de verificar se ela precisa delentes corretivas, também pode fazer outras ava-liações da saúde dos olhos (medindo a pressãosanguínea, verificando irregularidades na retina eoutras doenças).

Contexto no mundo do trabalho: A evolução tecnoló-gica no cuidado com os olhos traz importantes conquistaspara a qualidade de vida das pessoas e no aprimoramen-to da proteção do trabalhador no exercício de algumasprofissões que envolvem riscos para os olhos.

Dicas do Professor: Convide um oftalmologista para fa-zer palestra sobre cirurgias oculares.

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10 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Educação Física Nível I

1. Promova uma discussão com as seguintesquestões: a) Quando você realiza algum exercício físico, o

faz com qual finalidade?b) Você segue uma orientação para realizá-los?

Pense qual a melhor maneira de praticá-lo.c) Você já procurou a orientação de um profis-

sional para se exercitar? Por quê?

2. Coordenação olho-mão e destreza das mãos ededos: a) Amasse uma folha de jornal de forma que ela

fique com o formato de uma pequena bola.b) Jogue-a para cima seguindo com os olhos a

trajetória da bola e pegue-a com uma dasmãos.

c) Repita o exercício com a outra mão, não es-quecendo de acompanhar a trajetória da bolacom os olhos.

d)Jogue-a novamente para o alto, ainda acom-panhando-a, com os olhos, bata uma palmaantes de pegá-la com uma das mãos.

3. Repita o exercício anterior, criando novas for-mas de executá-lo, sozinho, em duplas ou emgrupo cm os colegas.

Descrição da atividade4. Produza um texto com o título: “A importância

da Educação Física na vida de todos: a inten-cionalidade dos movimentos”.

Atividade P A intenção e os movimentos

1T e x t o

Objetivos• Refletir sobre os movimentos no dia-a-dia de

forma intencional e não mecânica.• Reconhecer a importância da Educação Física

para a vida.

IntroduçãoO texto aborda uma atividade regional, culturale turística que emprega vários trabalhadores eproporciona lazer a todos que dela participam.

As atividades profissionais efetuadas no evento,assim como em qualquer outra profissão, são rea-lizadas em um dia-a-dia repleto de movimentosfísicos que formam corpos fortes, saudáveis, commuita tonicidade muscular e grande domínio dacoordenação motora.

Resultados esperados: Reconhecer a impor-tância da Educação Física no dia-a-dia. Refletir so-bre a intencionalidade do movimento. Produçãode texto.

Dicas do Professor: A Educação Física desenvolve a ap-tidão física, e outras habilidades: a) Coordenação olho-mão; b) Atenção; c) Concentração; d) Controle muscular(reflexos); e) Percepção auditiva, visual; f) Destreza dasmãos e dedos.

Tempo sugerido: 3 horas

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 11

Área: Artes Nível I e II

1. Após a leitura do texto, destacar a questão dosritos e crenças como componentes impor-tantes na formação cultural de um povo.

2. Relacionar no quadro todos os credos pre-sentes na sala e seus principais ritos.

3. Individualmente, os alunos deverão descrevera forma como são realizados, em seus credos,os ritos de nascimento, ingresso e confir-mação no credo, casamento e morte.

4. Formar grupos mistos, ou seja, misturandoalunos de diferentes credos para que troqueminformações sobre a celebração desses ritosem suas religiões. Quanto maior o deta-lhamento, mais rica será a discussão final.

5. Após essa etapa, cada aluno do grupo deveráescolher um dos credos discutidos no grupo eassumi-lo como se fosse o seu.

6. Abrir a apresentação dos ritos, que será feitapara a classe pelos alunos que irão abordar ocredo do colega.

Descrição da atividade 7. Discussão final tendo por foco semelhanças ediferenças entre os credos e seus ritos.

Obs. 1: Se a classe for formada por alunos de ummesmo credo, o exercício levará em conta a cul-tura familiar.

Obs. 2: O professor poderá enriquecer aindamais o exercício através de uma pesquisa sobreas religiões.

Atividade P Crenças e ritos

2T e x t o

Objetivo• Discutir semelhanças e diferenças presentes

nos ritos e crenças.

IntroduçãoO antropólogo e educador Darcy Ribeiro apre-senta neste texto a concepção geral do que é cul-tura. Dentre as inúmeras construções culturais,ou seja, daquelas criadas pela ação do homem,parte significativa relaciona-se diretamente aosritos e crenças, que representam a compreensãoque um povo tem do mundo. Ao longo da

história, as diferenças entre diversos credos e ri-tos têm fomentado guerras, impedido relaciona-mentos e gerado discórdia entre irmãos. Porém,por conta dessas mesmas diferenças, temos umagrande diversidade de costumes, de conhecimen-tos, de modos de produção e de manifestaçõesartísticas. Parte considerável da responsabilidadede transmissão e manutenção das crenças e ritosencontra-se no ambiente familiar, que os tra-duzem de acordo com suas visões particulares,ampliando e enriquecendo-os.

Resultados esperados:a) Ampliar os conhecimentos e a visão de mundo

dos alunos.b) Perceber a importância de se colocar no lugar

do outro e de respeitar as diferenças de credo.

Dicas do professor: Site – www.fundar.org.br/

Tempo sugerido: 2 horas

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12 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Usando uma cartolina, peça aos alunos paraconstruírem um diagrama esquemático do ci-clo do Ascaridis lumbricoides, abrangendo ainfestação por via oral, o caminho percorridono corpo do indivíduo contaminado, até che-gar ao intestino delgado e a liberação dos ovospelas fezes, contaminando águas e alimentos,que são ingeridos.

2. O diagrama deve ser construído na forma deum ciclo.

3. Os alunos devem sugerir ainda algumas medi-das de prevenção, que deverão ser discutidascom a turma.

Descrição da atividade

Atividade P Os vermes

Resultados esperados:a) Conhecimento da ascaridíase e seu ciclo.b) Reconhecimento das formas de prevenção.

2T e x t o

Objetivos• Conhecer a ascaridíase e seu ciclo. • Reconhecer maneiras de prevenir a contami-

nação por vermes.

IntroduçãoNo texto, o autor faz menção a lombrigas. A lombri-ga é o nome comum do verme Ascaris lumbricoides,um animal invertebrado da família dos ne-matelmintos. Ele infesta o intestino delgado doser humano, provocando a ascaridíase. Os princi-pais sintomas dessa doença são o ranger dedentes durante o sono, a coceira no nariz, asdiarréias crônicas e as febres irregulares. O corpoda lombriga é alongado, medindo, a fêmea, cercade 25 cm de comprimento e o macho, 15 cm.Esses animais se reproduzem sexuadamente nointestino delgado. Se a pessoa contaminada vive

em condições precárias de higiene e defeca ao arlivre, elimina ovos de lombriga junto com asfezes. Esses ovos contaminam o solo e a água depoços. Essa água pode contaminar verduras eoutros alimentos e, conseqüentemente, as pes-soas. Os ovos chegam ao intestino humano eacabam se desenvolvendo até a formação de lar-vas. As larvas atravessam a parede do intestino eentram na circulação sanguínea, percorrendo fí-gado, coração e pulmões. Da cavidade pulmonar,as larvas sobem pelos brônquios, traquéia elaringe, provocando tosse. Quando o indivíduotosse, as larvas passam para a faringe, são engo-lidas e chegam ao intestino, onde crescem e setornam lombrigas. Para prevenir a doença, deve-se beber água filtrada, lavar bem verduras e out-ros alimentos, defecar em vasos sanitários ou fos-sas e lavar bem as mãos antes das refeições.

Materiais indicados:P cartolina e lápis de cor.

Tempo sugerido: 1 hora

Dicas do professor: O amarelão (ancilostomose) é umadoença provocada pelos vermes Ancylostoma duodenalee Necator americanus. Provoca ulcerações intestinais,diarréia, anemia, enfraquecimento e o hábito de comerterra. Pode ser prevenida pelo uso de sanitários e decalçados, já que a transmissão ocorre pela penetração delarvas na pele. O bicho geográfico, transmitido pelo Ancylostoma braziliensis, é um parasita normal dos cachor-ros, que acidentalmente parasita a pele humana, causan-do infecção e pruridos. Pode ser prevenido evitando-se ocontato da pele com areias freqüentadas por cães.

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Área: Geografia Nível II

1. Levantar os conhecimentos prévios da turma so-bre cultura. O que cada um entende por cultura?Discutir e registrar as palavras-chave no quadro.

2. Ler e interpretar o texto com a turma, solici-tando que destaquem: a) o conceito de cultura do autor; b)o que faz parte da cultura material e da

imaterial; c) separar os exemplos de cultura material:

uma cadeira, um banquinho, uma casa, umprato de sopa, um picolé ou um diário; cul-tura imaterial: a fala, as crenças, as artes, ascriações culturais e artísticas, os ritos e práti-cas – o batizado, o casamento, a missa, osconceitos e as idéias religiosas ou artísticas;

d)como os alunos interpretam o exemplo dadosobre a filha da professora e da criança xa-vante;

e) a importância da fala para a cultura.

3. Na opinião da turma, a separação de coisascósmicas, coisas vivas, coisas culturais, ajuda-nos de alguma forma?

4. Confrontar as idéias do autor e as definiçõesiniciais do grupo. Debatê-las.

Descrição da atividade 5. Em seguida, dividir a turma em grupos. Cadagrupo deverá preparar e apresentar à turmacomo compreenderam o conceito de cultura.A apresentação poderá ocorrer por meio dedesenhos, da fala, da escrita, do teatro, damúsica, enfim, como escolherem.

Materiais indicados:P papel, cola, revistas,

jornais que possam ser

recortados, sucatas, etc.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Cultura, culturas

Resultados esperados:a) Reflexão sobre o conceito de cultura como

produção humana transmitida de uma gera-ção a outra nos diversos espaços e tempos dahistória.

b) Reflexão e ampliação de seu próprio conceitode cultura e sua expressão.

2T e x t o

Objetivo• Refletir sobre o conceito de cultura como pro-

dução humana transmitida de uma geração aoutra nos diversos espaços e tempos da história.

IntroduçãoO conceito de cultura pode ser abordado a partirde vários referenciais, de forma mais teórica oumais prática, e sempre possibilita diversas inter-pretações e significados. O belo texto de DarcyRibeiro nos ajuda a pensar, a refletir sobre esseconceito como tudo aquilo que é “feito pelos

homens, ou resulta do trabalho deles e de seuspensamentos”. Ele distingue a chamada culturamaterial da imaterial, chamando nossa atençãopara a importância da fala, da linguagem, alémdisso, discute as crenças, criações artísticas e reli-giosas, a produção e a transmissão das idéias deuma geração a outra. E os nossos alunos, o quepensam sobre cultura? Sugerimos partir das con-cepções prévias da turma e construir uma situa-ção de ensino e aprendizagem dialogada: autor,professor e alunos poderão trocar suas idéias.

Dicas do professor: livros – Cultura Brasileira e IdentidadeNacional (Brasiliense), A Moderna Tradição Brasileira(Brasiliense), Cultura e Modernidade (Brasiliense), Mundia-lização e Cultura (Brasiliense), Mundialização: Saberes eCrenças, de Renato Ortiz.

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14 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Ler o texto coletivamente, parando para de-bater e solicitar concordâncias e discordânciasdos alunos.

2. A partir do texto: a) conceituar cultura; b) fazer duas listas – uma do que é cultural e

outra do que é natural; c) identificar diferentes dimensões da cultura

(material e imaterial); d)fazer uma lista de exemplos para essas duas

dimensões.

3. Conversar sobre o autor e salientar em quetrabalhava (antropologia).

4. Pedir para os alunos pesquisarem a história doautor e a respeito da antropologia.

5. Propor para os alunos uma pesquisa daquiloque, no senso comum, se pensa que é da na-tureza, mas, considerando a perspectiva doautor, pertence à esfera da cultura.

Descrição da atividade6. Propor a produção de um texto em duplas, so-

bre as diferenciações entre natureza e cultura.

Atividade P Cultura e natureza

2T e x t o

Objetivo• Refletir a respeito do entrelaçamento da cultura

e da natureza.

IntroduçãoO texto contribui para o debate sobre dimensãoda cultura e da natureza, fundamentando a difi-culdade de separar uma da outra nas vivênciashumanas. Quando observamos uma foto comuma paisagem de floresta, onde está a dimensãohumana? Está na foto? Em quem fez a foto? Emquem a observa e aprecia a paisagem? Na técnicade fazer a foto? Na boa aceitação desse tipo de

imagem? Será que há propriamente na florestauma dimensão humana? No senso comum, porexemplo, a floresta amazônica tem sido consi-derada uma área natural. Mas será que não temuma dimensão humana? Pesquisas antropológi-cas indicam que as populações indígenas têmfeito, durante milhares de anos, transplantes demudas de uma área para a outra e têm montadosuas hortas onde se instalam. A conclusão a quese chega é que a floresta amazônica tem sido oquintal dessas populações e que a visão dos eu-ropeus, quando chegaram ao Brasil, de exaltaçãoda natureza intacta estava equivocada.

Resultado esperado: Refletir a respeito doentrelaçamento da cultura e da natureza histori-camente.

Dicas do professor: Livro – A temática indígena na escola,de Aracy Lopes e Silva e Luís Donisete Benzi (org.).(MEC/MARI/UNESCO).

Tempo sugerido: 4 horas

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Área: Matemática Nível I

1. Uma artista plástica brasileira pintou uma telaretratando várias formas de figuras geo-métricas. Pensando nessa obra, solicite aosalunos que: a) desenhem um quadrado de 10 cm x 10 cm e

verifiquem qual é a sua área e o seu perí-metro;

b) marquem, usando duas cores diferentes, asdiagonais dessa figura;

c) calculem a medida das diagonais de umretângulo cujas medidas são 10 cm x 8 cm eencontrem a área e o perímetro do desenhoque realizaram;

d)criem um desenho de uma circunferênciae um hexágono regular nela circunscrito,e, ao mesmo tempo, desenhem um qua-drado inscrito na circunferência. Exemplodo resultado.

Descrição da atividade2. Orientar os alunos a desenvolverem trabalhos

artísticos ou decorativos usando motivos geo-métricos.

Atividade P Cultura e formas geométricas

2T e x t o

Objetivos• Compreender o sentido e o significado do con-

ceito de cultura. • Desenvolver conceitos geométricos e associá-

los à cultura.

IntroduçãoDarcy Ribeiro afirma no texto que cultura é tudoaquilo que é produzido pelo ser humano, ouaquilo que resulta do trabalho de homens e mu-lheres e de seus pensamentos. Uma casa, umacadeira, um vaso, um prato, um sorvete e aprópria fala são exemplos de cultura. Além disso,também são considerados elementos da culturaas crenças, as artes e os ritos. Sugestões para

discutir com os alunos: que resposta dariam aoautor quanto à pergunta que ele faz no final dotexto? O teatro e o cinema são formas de lazer,são culturais também? Qual tipo de cultura maiscaracteriza sua cidade ou região? Qual é a dife-rença entre cultura e folclore? O artista plásticofaz cultura?

Contexto no mundo do trabalho: A cultura popular dáidentidade a um país. Pode possibilitar emprego e traba-lho às pessoas.

Resultados esperados:a) Desenhar figuras geométricas tais como: cir-

cunferência, retângulo, quadrado, hexágono,polígonos inscritos e circunscritos.

b) Calcular áreas e perímetros de polígonos. c) Medir diagonais das figuras desenhadas.d) Reconhecer que estão realizando, de certa for-

ma, cultura (embora induzida), ou seja, seusdesenhos são criações realizadas por eles.

Dicas do professor: filme – Poeta de sete faces, de PauloThiago.

Materiais indicados:P régua de 20 a 30 cm,

lápis colorido e compasso.

Tempo sugerido: 4 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 15

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16 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Português Nível I e II

1. Ler o texto com os alunos. Observar a formabem-humorada de construção da concepçãode cultura. Dar respostas para as perguntas daIntrodução (observar a pluralidade cultural esua influência na fala e no pensamento daspessoas. Observar que determinadas práticasculturais podem ser nocivas ao próprio ho-mem, além de proibidas por lei, como soltarbalões.)

2. Dentre os elementos culturais, estão a línguae a fala. Língua é o meio de comunicação ver-bal de um grupo de pessoas. Fala é o uso indi-vidual da língua.

3. Perguntar se os provérbios são culturais (sãofundamentais na sabedoria popular).

4. Uma famosa canção de Chico Buarque (BomConselho) subverte os provérbios: a) Espere sentado ou você se cansa. b)Quem espera nunca alcança. c) Faça como eu digo, faça como eu faço. d)Aja duas vezes antes de pensar. e) Eu semeio o vento (...) e bebo a tempes-

tade. Solicitar aos alunos que reconstituama forma cultural, tradicional, original dosprovérbios subvertidos na “fala” de ChicoBuarque.

5. Rememorar o trecho do texto: “Sem a fala, oshomens seriam uns macacos, porque nãopoderiam se entender uns com os outros, para

Descrição da atividade acumular conhecimentos e mudar o mundocomo temos mudado”. Com o objetivo de de-senvolver a fluência, o humor e despertar afantasia, sugerir aos alunos: “Imagine quevocê tem poder absoluto em seu país e setedias apenas para realizar todas as suas obras.Para piorar, seu país não possui uma línguaúnica: há pelo menos dois grupos com línguasbem diferentes. O que você faria para con-seguir realizar suas boas ações?”

6. Pedir que escrevam o que ocorreu na ativi-dade 5 em uma carta aos colegas de sala. Re-memorar a estrutura da carta pessoal.

Atividade P Cultura, fala e provérbios

Resultado esperado: Ampliação da capaci-dade de escrever cartas.

2T e x t o

Objetivo• Compreender a concepção de cultura, língua e fala.

IntroduçãoPergunte à turma: Por que alguns querem ser cow-boys e não caipiras? Podemos chamar a prática desoltar balões de cultura. mesmo sendo proibidapor lei?

Tempo sugerido: 3 horas

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 17

Área: Português Nível II

1. Ler o texto com os alunos e acentuar as carac-terísticas descritivas. Comentar o poder da in-dustrialização versus as atividades manuais.

2. Pedir aos alunos que encontrem no texto omomento em que o autor descreve o processode produção da farinha de mandioca. Pedirque, oralmente, um deles reproduza para aclasse o trecho solicitado e diga os detalhesdessa tarefa.

3. Informar que é pela faculdade da observaçãoque distinguimos as características particu-lares do que observamos. Traduzir essas ima-gens em palavras é descrever.

4. Não é, pois, importante – na descrição – enu-merar todos os detalhes, mas, sim, fixar ascaracterísticas distintivas do ser ou da reali-dade descrita.

5. No trecho destacado, o autor diz: “O momentomais alegre da farinhada é a roda das ras-padeiras da mandioca.”. Ao proceder assim,faz uma descrição SUBJETIVA, pois deixa entr-ever suas impressões, sensações despertadaspela realidade que descreve.

6. Pedir que descrevam o processo usado nopreparo do tucupi.

Descrição da atividade7. Pedir que retirem do texto a descrição do

preparo da goma para roupas.

8. Para que a descrição não se torne cópiacansativa da realidade, o autor pode destacaros cheiros, as cores, as sensações, os barulhos,as formas por meio da escolha de um voca-bulário expressivo, capaz de levar o leitor aformar uma imagem da realidade descrita. Épreciso que o autor escolha cuidadosamenteas palavras, de modo a provocar no leitor im-pressões sensoriais que o façam, de fato, “sen-tir” a realidade descrita.

9. Pedir que os alunos escrevam um texto in-cluindo suas impressões sensoriais.

10. Pedir aos alunos que descrevam uma cena decarnaval de rua. Solicitar que destaquem oque ouvem, o que vêem, o que sentem, se háinstrumentos musicais, o que se destaca emcores e formas, os movimentos, os silêncios eos barulhos...

Atividade P A descrição – a realidade objetiva e subjetiva

3T e x t o

Objetivo• Identificar, em textos, vários elementos estru-

turais da descrição.

IntroduçãoPergunte aos alunos: Vocês já visitaram uma es-tação de trem? Lembram-se do cheiro? Da ilumi-nação? Havia um relógio no final do corredor? Eo piso? Rangia a seus pés ou era ladrilhado? Umbom observador descreve bem o que viu e o quevê. Vocês se consideram bons observadores?

Resultado esperado: Ampliação da capaci-dade de descrever objetiva e subjetivamente.

Tempo sugerido: 4 horas

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18 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Traga dicionários para sala de aula.

2. Peça aos alunos, em grupos, que leiam todo otexto assinalando as palavras desconhecidas.

3. Em seguida, cada grupo ficará com um oudois parágrafos para trabalhá-los detalhada-mente, consultando as palavras desconheci-das e registrando o seu significado.

4. Coletivamente, a turma fará novamente a lei-tura do texto de modo a compreendê-lo.

5. Pergunte se alguém conhece um processotradicional ou moderno de fabricação de fari-nha e peça para relatá-lo. Faça comparaçõescom o do texto.

6. Escreva no quadro os elementos que com-põem o processo de trabalho e apresente-ospara os alunos.

7. Peça-lhes para identificá-los no texto e registreo resultado no quadro. Ajude-os nesta iden-tificação.

Descrição da atividade 8. Para finalizar, peça a um aluno para identi-ficar esses elementos no seu próprio processode trabalho. Novamente, faça comparaçõescom o do texto.

Atividade P Casa de farinha

3T e x t o

Objetivo• Conhecer os elementos que compõem o pro-

cesso de trabalho.

IntroduçãoOs elementos que compõem o processo de tra-balho são três: 1) “a atividade adequada a umfim, isto é, o próprio trabalho; 2) a matéria aque se aplica o trabalho, o objeto de trabalho; 3)os meios de trabalho, o instrumental de traba-lho”. Segundo esta definição, podemos identi-ficar os elementos que compõem o processo detrabalho tradicional de fabricação da farinha.

Assim temos: 1) o trabalho de todos aqueles queestão envolvidos com a fabricação da farinha; 2)a mandioca, que é trabalhada para produzir afarinha; e 3) os meios de trabalho, ou seja, ocomplexo de instrumentos que o trabalhador in-sere entre si mesmo e a mandioca para produzira farinha. O texto apresenta um processo de tra-balho que vigorou durante um certo período danossa história. Você concorda que por meio doestudo desse processo podemos inferir que omodo de produzir de um povo constitui a suacultura?

Resultado esperado: Identificação dos ele-mentos que compõem o processo de trabalho notexto e em alguns casos de alunos da turma.

Materiais indicados:P dicionários.

Tempo sugerido: 4 horas

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Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá eleger um objeto da salapara ser reproduzido. Exemplo:

2. Cada aluno deverá desenhar o objeto em pa-pel branco com lápis preto, observando-o aomesmo tempo que desenha.

3. Numa outra folha de papel, o aluno deverádesenhar o mesmo objeto. Desta vez, pormeio da técnica do desenho cego: observa-seapenas o objeto sem olhar o que está sendodesenhado no papel.

4. Troca-se novamente o papel, observa-se o ob-jeto, porém o desenho deverá ser feito com aoutra mão.

5. Depois dos três desenhos, cada aluno deverádar um pequeno depoimento sobre qual de-

Descrição da atividade senho mais lhe agradou e quais as dificul-dades encontradas em cada execução.

Atividade P Opções de desenho

4T e x t o

Objetivos• Experimentar três formas diferentes de criação

plástica. • Observar a transformação da obra por meio da

libertação do aspecto simplesmente motor.

IntroduçãoElifas Andreato é um artista plástico e gráfico quepor muitos anos dedicou-se à criação de cartazespara teatro, capas de disco e revistas. Como artistasensível, pôde reconhecer, já em seus traços ini-ciais, uma sincronicidade com as idéias e os senti-mentos criativos do artista plástico Volpi. Apesar

da diferença de gerações e de seguirem caminhosdiferentes, a relação com a arte permaneceu: am-bos persistiram com seus sonhos e foram recon-hecidos por eles. O artista, ao dese-nhar, ao pintar,conta com a imaginação, com o olhar aguçado sobreo mundo e com sentimentos inconscientes tam-bém. Muitas vezes sem freios. Quando nos propo-mos a desenhar, somos interrompidos ou amarra-dos pela racionalização, pelos medos conceituais.É preciso começar a experimentar formas difer-entes de criar uma obra. É isso que vamos nos pro-por a fazer.

Resultados esperados:a) Experimentar a criação de um desenho com

três técnicas diferentes.b) Observar que quando deslocamos o foco de

concentração, muitas vezes, o desenho ganhatraços mais livres e relaxados.

c) Observar sua postura diante de uma tarefacriativa e aproveitar momentos de liberdademotora.

d) Compreender que a maneira pela qual realizaum trabalho acaba influenciando na própriarealização e resultado.

Dicas do professor: site – www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73301997000100011

Materiais indicados:P papel sulfite e lápis preto.

Tempo sugerido: 1h e 30min

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Área: Ciências Nível I e II

1. Peça aos alunos que tragam amostras de subs-tâncias que podem produzir fluxo de lágri-mas. Alguns exemplos são: a cebola, o alho, apimenta, produtos de limpeza, produtos uti-lizados em suas atividades, profissionais etc.

2. Solicite que identifiquem se a produção de lá-grimas é causada apenas pela proximidadecom o produto ou se é necessário manipulá-lode alguma forma. Por exemplo, a cebola só éirritante quando cortada. (Lembre-se de to-marem cuidado ao manipular os produtos.)

3. Os alunos devem construir uma escala de irri-tabilidade, conferindo o valor 10 ao produtoque for mais irritante e 1 ao produto menos ir-ritante.

4. Os alunos devem apresentar sugestões de co-mo devem se proteger para evitar a irritaçãoocular causada por esses produtos. Uma su-gestão é avaliar se há indicação de equipa-

Descrição da atividade mentos de proteção individual que possam serutilizados para tal fim.

Materiais indicados:P substâncias domésticas

que causam irritação nos

olhos, como cebola, alho,pimenta, etc.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Do que é feita a lágrima?

Resultados esperados: A reflexão sobre aimportância da saúde dos olhos compreendendoa formação da lágrima e sua composição bem co-mo sua função.

4T e x t o

Objetivos• Identificar as substâncias que compõem a lá-

grima. • Identificar a função da lágrima para a nossa

visão.

IntroduçãoO autor exprime no texto momentos de emoçãoque o levaram às lágrimas. A função da lágrima émanter a umidade dos olhos. Assim, ela contribuipara a saúde deles. Quando piscamos, nossaspálpebras espalham o fluido secretado pelas glân-dulas lacrimais por toda a superfície dos olhos. Istoocorre em intervalos regulares. Podemos identi-ficar três camadas em nossas lágrimas: uma maisinterna de muco, uma intermediária de secreção

lacrimal e um filme oleoso. O objetivo desse filme éminimizar a evaporação da camada intermediária.Em sua composição química, as lágrimas são pare-cidas com a de outros fluidos do corpo, como oplasma sanguíneo, possuindo conteúdo de salsimilar. A lágrima contém também a lisozima, queé uma enzima que pode romper a parede celularde bactérias. Essa propriedade previne infecçõesnos olhos. Alguns materiais provocam lacrimeja-mento intenso, como é o caso da pimenta, ácidosfumegantes, etc. As lágrimas também podem serdesencadeadas por razões emocionais e, neste ca-so, são controladas por hormônios.

Contexto no mundo do trabalho: A saúde dos olhos éfundamental para todas as atividades humanas.

Dicas do professor: O ser humano desenvolveu armasquímicas que têm como objetivo fragilizar o inimigo pormeio da irritação profunda dos olhos, com produção deum fluxo extremo de lágrimas. Um exemplo é o gás la-crimogêneo, alfa-cloroacetofenona, que é especialmenteprojetado para irritar os olhos. A natureza tambémfornece produtos que causam aumento no fluxo das lá-grimas. Um exemplo é a cebola, que quando cortada exa-la substâncias contendo enxofre que são altamente irri-tantes.

20 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

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Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Leia o texto coletivamente com os seus alunos.

2. Em seguida, proponha um trabalho de pes-quisa: cada um deverá entrevistar um fami-liar, um vizinho, um amigo, um colega, umconhecido, professores e funcionários da esco-la, todos mais velhos, e pedir que contem, de-talhadamente, como eram as festas juninas dasua juventude – as danças, as músicas, as ves-timentas e adereços, os santos homenagea-dos, os locais dos festejos, as datas, os doces esalgados, as brincadeiras, os enfeites e ascrendices, os namoros, etc.

3. Numa outra aula, de posse do material coleta-do, organize com seus alunos um grande mu-ral separando os tipos de festa junina queapareceram nas entrevistas, por região.

4. Encerre o trabalho enfatizando o caráter detrabalho coletivo e solidário que sempre es-teve e ainda está presente nessa festa popularbrasileira. O mural pode decorar a festa juni-na da escola.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P se possível, providenciar

e pedir aos alunos quetragam gravuras e fotosde festas juninas,papel colorido para confeccionar bandeirolas,

barbante, cola, materialpara confeccionar o mu-ral, quitutes de festas juninas, etc.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Festa junina

Resultados esperados: Conhecer uma tra-dição por meio de entrevistas com pessoas maisvelhas sobre festas juninas da infância. Organi-zar o material coletado em um grande mural se-parando os tipos diferentes de festas por região.

4T e x t o

Objetivo• Reconhecer as diversas expressões da festa

junina como manifestação da riqueza culturalbrasileira.

IntroduçãoA festa junina é uma das nossas festas popu-lares em que podemos encontrar uma grandediversidade de elementos que constituíram econstituem a cultura brasileira. De origens varia-das, ela carrega manifestações tradicionais deoutros povos que, misturadas aos elementos

culturais encontrados em diferentes regiões doBrasil, produziram uma festa popular com carac-terísticas múltiplas. As danças, as músicas, asvestimentas e adereços, os santos, homenagea-dos, os locais dos festejos, as datas, os doces esalgados servidos, as brincadeiras, os enfeites eas crendices, o conjunto desses elementos se ar-ticula de um modo particular em cada região dopaís. Em todos os casos, a alegria e a soli-dariedade estão sempre presentes. Uma festajunina é sempre organizada contando com otrabalho coletivo de uma comunidade. Qual arelação dessa festa com o trabalho no campo?

Dicas do professor: Realizar a atividade articulada à or-ganização de uma festa junina na escola, num trabalhocoletivo e solidário com outras turmas. Aproveitar asidéias trazidas e trabalhadas pelos alunos para organizara festa: dança, vestimentas, enfeites, quitutes, brin-cadeiras, entre outros.

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 21

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Área: Matemática Nível I e II

1. Leia o texto com os alunos e convide-os a imi-tar Elifas.

2. Organize-os em grupos e peça que meçam erecortem um painel de papel pardo no tama-nho de um colchão de solteiro, tal qual aqueleque Elifas usou para fazer o trabalho para suavizinha (1,80 x 0,80).

3. Oriente que tracem linhas verticais e hori-zontais, distribuindo-as por toda a área dopainel.

4. Distribua revistas e papéis coloridos para que osalunos desenhem e recortem uma bandeirinha,como as de São João. Chame a atenção para afigura geométrica que a bandeirinha representa.

5. Mantendo a proporção da primeira, eles de-vem recortar muitas outras bandeirinhas. As-sim, cada painel se constituirá de um mesmopadrão.

6. Seguindo as linhas traçadas na atividade 3,eles devem colar as bandeirinhas no painel,fazendo uma composição: agrupando-as, su-perpondo-as, criando, enfim, um movimento.

Descrição da atividade 7. Ao final, cada grupo deve expor seu painel naparede da sala.

Materiais indicados:P papel pardo, revistas,

papéis coloridos, tesoura,

cola, régua.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Arte com geometria

Resultado esperado: Painel composto combase em uma figura geométrica.

4T e x t o

Objetivo• Compor uma imagem usando figuras geo-

métricas.

IntroduçãoElifas Andreato é um importante artista gráficodo Brasil. Com uma infância de pobreza e pri-vação, alfabetizou-se quando já era adolescente,foi operário e militante político perseguido peladitadura(1964-1985). Sem instrução formal, tor-nou-se referência no meio intelectual e artístico

do país. Mesmo sem ter passado pela escola, che-gou a ser professor de Artes na USP. Começou afazer arte enquanto ainda era operário, decoran-do o salão de festas da fábrica onde trabalhava.Quantos “Elifas Andreato” existem por aí, so-nhando com uma coisa e fazendo outra? Quantosartistas operários? O artista, geralmente, passapor dificuldades para sobreviver de seu trabalho.Você conhece algum artista? Sabe como ele vive?Sua arte lhe permite pagar as despesas básicas?

Dicas do professor: Obtenha uma imagem da obra deAlfredo Volpi como a citada no texto e mostre-a aos estu-dantes para que avaliem seu trabalho.

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Área: Português Nível I e II

1. Atividades de Pré-Leitura: a)Solicitar respostas às perguntas da Introdução:

Léxico é o conjunto de palavras de uma língua.Dentro desse conjunto podem-se observar“campos lexicais”, subconjuntos formados porpalavras pertencentes a uma mesma área deconhecimento ou interesse. Por exemplo, nocampo lexical do Direito, poderíamos incluiras seguintes palavras: advogado, juiz, manda-do, arrolamento, custas, emolumentos, agra-vo, alçada, ementa, etc. – Futebol: gol, pênalti,escanteio, zagueiro, trave, bola, etc.

b)Ouvir as palavras relacionadas pelos alunospara os termos “carnaval” e “obra de arte”.

2. Atividades de Leitura: a)Pedir inferências sobre o título. Perguntar se

vêem “dubiedade” no primeiro período do tex-to (observar que, da forma como está construí-do, a impressão que se tem é de que os painéisdecoravam as paredes APENAS nas noites desábado. O que o autor quis dizer, sem dúvida, éque AOS SÁBADOS pintava os painéis que de-coravam as paredes).

b)Conversar sobre “vocação”, “profissão” e sobreo sentido da frase “a sorte bateu em minhaporta” (mostrar que, mais do que sorte, Elifasmostrou competência para realizar a tarefa e,por ter trabalhado aos sábados, varrido o salãoe estudado, conseguiu realizar a obra atribuí-da à sorte).

3. Atividades de Produção de texto:a)Iniciar a atividade explicando que uma frase

Descrição da atividade ambígua é aquela que tem mais de um signifi-cado. A posição do adjunto adverbial podecausar duplo sentido: “Cachorros que comemosso freqüentemente ficam doentes”. Pedir aosalunos para deslocarem o adjunto adverbialcom o objetivo de desfazer a ambigüidade.(Cachorros que freqüentemente comem osso fi-cam doentes. – Cachorros que comem ossoficam doentes freqüentemente.)

b)Pedir que eliminem a ambigüidade das seguin-tes frases: b.1) Ele enterrou as jóias que en-controu no quartinho. b.2) Assinei um contra-to para auxiliá-lo no dia 14. b.3) Roubaram acadeira da sala em que eu costumava traba-lhar. b.4) Maria perdeu a chave do cofre dejóias que tinha deixado em cima do armário.b.5) Puseram todos os presentes embaixo dopinheirinho que tínhamos embrulhado nanoite anterior. b.6) Ele colocou a peruca na cabe-ça que estava manchada de azul.

c) Dividir a sala em grupos. Cada equipe escreverápalavras que compõem o campo lexical de “estú-dio de pintura”. Devem escrever tudo o que sou-berem sobre um estúdio de pintura e acharemque possui. Professor, monte também, com ape-nas 10 palavras, a sua lista com esse campo lexi-cal. Inicie o jogo: as equipes dizem o que es-creveram e cada alternativa que coincidir com asua listagem vale um ponto.

Atividade P Jogo dos campos lexicais

4T e x t o

Objetivos• Reconhecer dubiedade em frases em português

e ampliar o vocabulário.

IntroduçãoSeus alunos sabem o que é léxico? Pergunte quepalavras lhes vêm à mente quando ouvem ovocábulo “carnaval”? E quando ouvem “obra dearte”? O que sabem sobre Volpi e Elifas Andreatto?

Resultados esperados: Explorar e solucionardubiedades em frases, ampliar o vocabulário.

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 23

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Page 24: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá trazer uma receita famosaem sua família.

2. Listar todas as sugestões no quadro.

3. A partir da lista, os alunos escolherão os pra-tos mais interessantes para a criação de um“jantar virtual”.

4. Será criado um livrinho de receitas dos pratosescolhidos para o “jantar virtual”, contendo asexplicações necessárias para o seu preparo, ese possível a origem. Não esquecer que be-bidas também fazem parte de uma refeição.

5. Peça que ilustrem as receitas com desenhos.

Descrição da atividade

Atividade P Jantar virtual

5T e x t o

Objetivos• Criação de um “jantar virtual”, com receitas

variadas, temperos e bebidas. • Compartilhar diferentes maneiras de criação

de um prato, procurando as influências e re-gionalização de cada alimento utilizado.

IntroduçãoA culinária de um país representa uma de suasfacetas culturais. Definitivamente, é uma dasmais populares aquela que é levada para o restodo mundo com seus imigrantes. O Brasil, sendoum país jovem e de formação altamente miscige-nada, possui influências dos quatro cantos domundo. De norte a sul do país conhecemos uma

variedade muito grande de receitas, utilização dedeterminados condimentos que vão se modifican-do também à medida que sofrem influência deprodutos locais ou de pessoas com culturas dife-rentes e novas propostas. Um exemplo disso é amaneira como nós brasileiros comemos o aba-cate: em geral, o comemos com açúcar ou leite,tornando-o uma sobremesa bastante rica e sabo-rosa. Europeus e os demais latino-americanoscomem o abacate com sal em saladas e outrospratos. Algumas famílias guardam receitas secre-tamente por muitos anos. Historicamente, a ali-mentação é um ritual tanto de agradecimento co-mo de recuperação das energias. Culinária étambém celebração.

Resultado esperado: Perceber as influênciasculturais presentes nos alimentos.

Dicas do Professor: sitehttp://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/culinaria.htmhttp://www.brasilcultura.com.br/destaque.php?menu=106&id=25

Tempo sugerido: 2 horas

24 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

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Área: Ciências Nível I e II

O propósito desta atividade é estudar como aperda de água proporcionada pela evaporaçãoajuda a conservar melhor frutas e legumes e,analogamente, corpos.

1. Peça aos alunos que tragam frutas e legumes euma faca.

2. Eles devem cortar as frutas e os legumes emporções com diferentes espessuras. Quantomenos espessa (mais fina) for uma fatia, maisfácil é a perda de água e melhor a conser-vação.

3. Algumas das fatias devem ser deixadas ex-postas ao sol e outras em um ambiente úmidodentro da sala de aula.

Descrição da atividade 4. Após dois dias, os alunos devem comparar oestado de conservação das frutas e legumes,buscando identificar fatores que os afetaram(presença de fonte de calor – sol – ou de umi-dade, espessura da fatia, número de horas deexposição ao sol, etc.)

Atividade P Pirâmides

Resultados esperados: Identificar como oscorpos são preservados na areia do deserto egíp-cio. Compreender porque os egípcios começarama construir pirâmides. Comparar com a indústria eo emprego de técnicas de conservação.

5T e x t o

Objetivos• Identificar como os corpos são preservados na

areia do deserto egípcio.• Compreender o porque os egípcios começaram

a construir pirâmides.

IntroduçãoAs pirâmides foram construídas em pedra, hámais de 2500 anos. Possuem base na forma deum retângulo e suas faces podem ter o formatode um triângulo ou de um trapézio. Foram cons-truídas com o objetivo de receber os corpos denobres e sacerdotes, isto é, eram túmulos. Acre-dita-se que podiam funcionar também comotemplos religiosos. Antes do início da con-strução das pirâmides, os corpos eram geral-mente enterrados diretamente na areia.Era cos-tume enterrar com o corpo alguns de seuspertences em vida (jóias, instrumentos de caça evasos contendo bebida e alimento), o indivíduo,após sua morte, era ali enterrado. O contato coma areia possibilitava a perda de água do corpo,

que era absorvida pela areia seca e quente, numprocesso de conservação natural. Sem umidadenão havia crescimento e proliferação de bac-térias que provocam a decomposição do cadáver.Este tipo de sepultamento, bastante simples,mantinha o corpo em condições similares oumelhores que algumas complicadas técnicas demumificação. No entanto, ao longo do tempo aareia poderia se espalhar, expondo o corpo e seuspertences. Por isso, acabam surgindo aspirâmides. O objetivo das pirâmides era evitar aviolaçnao dos túmulos. Quais as contribuições,para a sociedade e o trabalho, da construção daspirâmides?

Contexto no mundo do trabalho: Técnica de conser-vação de objetos e alimentos.

Materiais indicados:P frutas e legumes, facas.

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 25

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Área: Ciências Nível I e II

1. Peça aos alunos que tragam amostras de vina-gres de diferentes origens: vinagre de álcool,de vinho tinto, de vinho branco, de maçã eoutros.

2. Solicite que façam uma tabela listando, paracada amostra trazida, a sua composição e opercentual de ácido acético informados pelofabricante no rótulo.

3. Discuta com os alunos se há alguma diferençanos teores de ácido acético informado, já queeles são regulamentos por legislação.

4. Peça a alunos voluntários que, usando umapequena colher, experimentem uma porçãopequena de cada um dos vinagres. Entre ca-da uma das amostras, eles devem tomar umpouco de água. Os alunos devem também sen-tir o aroma de cada amostra de vinagre.

Descrição da atividade 5. Que observações esses alunos podem compar-tilhar com a turma? Eles identificaram algumadiferença no odor das amostras? Eles identi-ficaram diferenças na cor? E no sabor? Elesdevem procurar traduzir essas diferenças paraos colegas, a fim de identificarem se há resul-tados diferentes entre os degustadores.

Materiais indicados:P amostras de vinagre de

diferentes origens,juntamente com seus

rótulos e colheres pequenas.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P O vinagre

Resultados esperados: Conhecimento do prin-cípio ativo do vinagre. Conhecimento de váriostipos de vinagre existentes no mercado.

5T e x t o

Objetivos• Conhecer o princípio ativo do vinagre. • Conhecer os vários tipos de vinagre existentes

no mercado.

IntroduçãoUm dos igredientes sempre presente na culináriaem geral é o vinagre. O vinagre é um condimentoconstituído de uma solução de ácido acético a 4%(4 g de ácido acético para 100 mL de vinagre). Estevalor, de 4%, é a concentração mínima exigida nalegislação. Além disso, os fabricantes adicionam aoproduto uma substância química chamada estabi-lizante, para aumentar a durabilidade do produto.No entanto, o vinagre original deve ser fabricado apartir de vinho ou outras bebidas alcoólicas (uísque

ou cerveja), de cereais (milho ou arroz) ou de out-ras matérias-primas, como maçã, pêssego, laranja,etc. Vinagres assim preparados são obtidos por fer-mentação e contêm algumas outras substâncias,além do ácido acético, que lhe conferem sabor earoma. Grande parte dos nossos vinagres só con-têm o ácido acético e a água, o que reduz a suaqualidade como ingrediente para nossa alimen-tação. Assim, temperar a salada com limão em vezde vinagre é muito mais nutritivo. A indústria ali-mentícia é abrangente na sociedade. Na sua região,há trabalhos (profissões) vinculados com a indús-tria alimentícia? Quais?

Dicas do Professor: O vinagre tem sido utilizado comocondimento há milhares de anos. Na Bíblia, encontramosreferência ao fato de os soldados romanos terem dadouma esponja embebida em vinagre a Cristo, para, em vezde matar sua sede, aumentar seu suplício.

26 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

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Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Traga e peça aos alunos algumas receitas, tex-tos, ilustrações, livros, fotos sobre a culináriabrasileira.

2. Junto com os alunos, monte um painel comesse material e dê um título para ele.

3. Converse sobre o material trazido: a históriada receita, quem a faz, se é tradição ou não dafamília, se é utilizada como fonte de renda.

4. Pergunte aos alunos o que eles gostariam desaber a respeito da culinária como manifes-tação cultural.

5. Anote as questões no quadro.

6. Selecione, com os alunos, aquelas que sãomais relevantes.

7. Divida a turma em pequenos grupos.

8. Cada grupo escolhe uma ou duas perguntas,dá um título para o trabalho, procura res-postas para as questões e prepara uma apre-sentação para a turma.

Descrição da atividade

Atividade P Culinária

5T e x t o

Objetivos• Compreender a culinária como manifestação

cultural e como atividade que gera emprego erenda.

IntroduçãoQuem quiser vatapá/Que procure fazer/Primeiroo fubá/Depois o dendê. Essa é uma música deDorival Caimmy que traz em sua letra uma recei-ta de vatapá. Como esta, há inúmeras letras demúsicas, filmes, poesias, crônicas, que trazem co-mo tema a culinária. É comum ouvir alguém di-

zer que uma receita não fica igual à de outra pes-soa porque ela tem um segredinho que não contapara ninguém. A culinária como manifestaçãocultural transformada em produto cultural geraemprego e renda e são inúmeras as famílias quese sustentam por meio desse ramo de atividade.Você conhece alguém que sobrevive da culinária?

Resultados esperados: Apresentar o traba-lho em forma de entrevista, painel, ou livro dereceita. Refletir sobre a culinária como atividadeque gera empregos.

Tempo sugerido: 3 horas

Dicas do Professor: livros – Culinária nordestina: Encon-tro de Mar e Sertão (SENAC) Sabores e Cores das MinasGerais (SENAC).sites – Brasilfolclore – Culinaria Brasileira – www.brasil-folclore.hpg.ig.com.br/culinaria.htm.Músicas – Caviar, de Zeca Pagodinho – caviar.zecapago-dinho.letrasdemusicas.com.br/ – Conversa de botequim, deNoel Rosa e Vadico. noel-rosa-musicas.letras.terra.com.br/letras/125756/ – Vatapá, de Dorival Caymmi –www.sobresites.com/candomble/personalidades/caymmi.htm Filmes – O amor está na mesa; Big night; O casamento domeu melhor amigo; Comer, beber, viver; A comilança; Co-mo água para chocolate; O cozinheiro; O ladrão; Sua mul-her e o amante; A festa de Babette; A marvada carne;Tampopo – Os brutos também comem Spaghetti; Tomatesverdes fritos.

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 27

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28 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Português Nível I e II

1. Atividade de Leitura: Discutir o texto com os alunos. Mostrar, pormeio dele, a importância social da escrita. Aescrita fixa uma idéia ou informação no tem-po. Perguntar aos alunos se têm uma “receitade família” que, pela escrita, poderia sertransmitida às próximas gerações.

2. Atividade de Produção de Textos: a)Pedir a um aluno que se levante e siga os

comandos que serão dados por um colegapara que se dirija até a porta, abrindo-a. In-forme que só poderá mover-se a partir dasordens do colega. Aquele que comanda,portanto, não poderá pular etapas (Ex.: Dêcinco passos para frente, vire à direita, dêdois passos em direção à porta, pare, lev-ante a mão direita até a altura da cintura,abra a porta, etc.).

b)Depois da experiência, mostrar que o alunoque comandou a atividade criou, oralmen-te, um texto instrucional: aquele que con-tém informações sobre procedimentos ounormas adequadas a um determinado con-texto (receita de comida, uso de aparelhoeletrônico, jogo etc.). Ressaltar que a lin-guagem deve ser clara e objetiva, todos ospassos precisam ser identificados, assim co-mo devem ser dadas as informações rele-vantes e os cuidados a serem tomados.

Descrição da atividade c) Iniciar o jogo das instruções: Inicie com umjogo simples, já conhecido dos alunos (pas-sa anel, jogo das cadeiras, por exemplo).Depois da atividade, diga aos alunos quevocê precisa instruir outro professor, quenão conhece o jogo, a utilizá-lo em sala deaula. Você precisa fazer isso por escrito. So-licite que escrevam as regras que utilizarampara jogar. Lembre-os de que precisam ex-ercitar a clareza nas regras, determinar pre-cisamente a seqüência das ações e o estab-elecimento de critérios de ganhos e perdas.Depois de pronta a tarefa, comparar osdiversos textos a fim de verificar se a seqüên-cia está correta em cada um dos trabalhos.

d)Para aprofundar o estudo sobre a estruturado texto instrucional, podem-se analisar re-ceitas de culinária, bulas de remédio, regrasde comportamento, outros jogos, manualde instruções de aparelhos eletrônicos oude manutenção de carros.

Atividade P O texto Instrucional

Resultado esperado: Ampliação da capaci-dade de escrever textos instrucionais.

T e x t o

Objetivos• Desenvolver a habilidade de uso da língua em

situações comunicativas diversificadas.

IntroduçãoSerá que seus alunos conseguem ordenar direi-tinho uma receita de bolo? E ensinar as regraspara um jogo de cartas?

Tempo sugerido: 4 horas

5

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 29

Área: Ciências Nível I e II

1. Peça aos alunos para trazerem amostras dematerial impresso com serigrafia: papel, cou-ro, madeira, plásticos, vidros, chapas metáli-cas, tecidos, borrachas, TNT, etc.

2. Solicite que avaliem se é possível identificar sea impressão serigráfica fornece imagens demelhor qualidade em algum tipo de materialdas amostras trazidas.

3. Peça que construam uma escala de aplicabili-dade da serigrafia nos diferentes materiais,procurando dar grau máximo à amostra queapresentou melhores resultados.

4. A fim de ilustrar ainda mais a aplicação dessatécnica, indique que identifiquem a presençade impressões serigráficas nas roupas, camise-tas e bonés que estão vestindo.

5. Avaliem, em conjunto, a importância da seri-grafia em nosso cotidiano, discutindo se é pos-sível imaginar nossa vida sem sua utilização.

Descrição da atividade 6. Verifique se os alunos podem identificar ou-tros usos cotidianos da técnica em atividadesprofissionais ou domésticas, que não foramrepresentados nas amostras trazidas.

Atividade P O que é serigrafia?

6T e x t o

Objetivos• Identificar o uso da técnica de serigrafia em

nosso cotidiano. • Compreender o funcionamento da técnica de

serigrafia.

IntroduçãoO texto trata de um projeto que vem sendo de-senvolvido em Curitiba, para a qualificação dejovens de baixa renda desempregados. Entre asatividades do projeto está a serigrafia. A seri-grafia (ou silkscreen) é um processo que trabalhacom impressão direta. Utiliza uma matriz, que éuma tela permeável de malhas finas, esticada emum quadro. A tinta penetra através da matriz,por meio da pressão de um rodo ou puxador, pas-

sando para o material no qual haverá a im-pressão. Dessa forma, a impressão é produzidano papel, tecido ou outro material. A serigrafiaproduz excelentes resultados em diversos mate-riais: papel, couro, madeira, plásticos, vidros,chapas metálicas, tecidos, borrachas, etc. Pode-mos identificar a presença de serigrafia em nossocotidiano em diversos produtos: adesivos nos car-ros, estampas nos tecidos, circuito impresso deum painel eletrônico, a marca do refrigeranteimpressa na própria garrafa. Um uso bastanteinovador da serigrafia é a impressão no TNT, queé um material sintético muito resistente, utiliza-dos em embalagens e sacos para presentes.

Resultados esperados: Identificação do usoda técnica de serigrafia em nosso cotidiano.Compreensão do funcionamento da técnica deserigrafia.

Dicas do Professor: Antigamente a tela matriz emprega-da em serigrafia era feita de seda, daí o nome em inglêsda técnica: silk = seda e screen = gravar. Hoje, a matriz éfeita com tecidos de poliéster ou com uma rede muito finade arame.

Materiais indicados:P amostras de materiais

impressos com serigrafia.

Tempo sugerido: 1 hora

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30 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Divida a turma em três grandes grupos, queterão as seguintes tarefas: a)grupo 1: Pesquisar sobre a cultura do hip-

hop (Internet, revistas, jornais, contatospessoais e/ou com instituições, etc);

b)grupo 2: Identificar outras experiências queutilizam a cultura do hip-hop para gerar tra-balho e renda;

c)grupo 3: Pesquisar se existe em sua comuni-dade ou nas cidades vizinhas grupos queutilizam a cultura do hip-hop na geração detrabalho e renda, além de outros grupos dejovens que trabalham de forma coletiva, so-lidária e autogestionária, montando os seusempreendimentos (cooperativas, associ-ações de produtores, grupos de produção).

2. Concluída a pesquisa, deverá ser organizadoum círculo de debates com os resultados obti-dos. Para esse debate poderá ser convidado al-gum grupo de jovens empreendedores que re-late a sua experiência.

3. Registre os resultados do debate no quadro esolicite que anotem no caderno.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P caneta, papel, papel

madeira, revistas, jornais,

livros, pincéis tipo piloto,fita crepe, etc.

Tempo sugerido: 16 horas

Atividade P Economia solidária e cultura

Resultados esperados:a) Conhecer melhor outras culturas e as possi-

bilidades de gerar trabalho e renda por meiodelas.

b) Produzir textos relacionando o hip-hop com aeconomia solidária.

6T e x t o

Objetivos• Propiciar uma discussão sobre a importância

de gerar trabalho e renda, tendo como base aspotencialidades culturais.

IntroduçãoEncontrar o primeiro emprego é sempre umgrande desafio para os jovens brasileiros. Osjovens de 16 a 24 anos representam grande partedos desempregados do país. Alguns programasgovernamentais vêm tentando contribuir com ageração de oportunidades de trabalho para a ju-ventude brasileira, tanto no âmbito da inserçãono mercado formal de trabalho, utilizando, por

exemplo, incentivos às empresas que participamdo Programa Primeiro Emprego, como tambémestimulando a organização de grupos produtivosde caráter associativo e autogestionário. Essasexperiências têm se multiplicado em todo país e,em alguns casos, servido para estimular manifes-tações culturais, ao tempo que geram trabalho erenda. O texto mostra bem essa situação ao re-latar a experiência de jovens que, por meio dacultura do hip-hop, estão sendo estimulados a cri-ar os seus empreendimentos. A atividade aquiproposta consiste em desenvolver uma pesquisaque dará origem, posteriormente, a um círculode debates.

4. Indique que produzam um texto a partir dos re-sultados do debate, tendo como tema: “O hip hope a solidariedade entre os jovens”.

5. Selecione um dos textos para ser lido pelo au-tor para a turma.

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Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Após leitura e discussão do texto, proponha asseguintes questões em versão ao espanhol: a) ¿Qué tipo de expresión cultural está vincula-

do al Proyecto del Ministerio de Trabajo yEmpleo?

b) ¿Qué quiere decir hip-hop? c) ¿Cuáles son los temas de que tratarán las

clases del Proyecto?d) Según el texto ¿Es esa una buena oportu-

nidad para los jóvenes de baja renta?

2. Organize a turma em grupos para que discutamas questões e elaborem respostas para elas.

3. Anote no quadro as respostas de cada grupo.

4. Solicite que cada grupo elabore uma frase emespanhol tendo como tema o hip-hop e a ge-ração de trabalho para os jovens.

5. Corrija as frases, individual ou coletivamente.

Descrição da atividade

Atividade P Los jóvenes y las posibilidades de acceso al trabajo

6T e x t o

Objetivos• Estimular os alunos a conhecer as ofertas de

cursos e projetos que relacionam cultura e tra-balho.

IntroduçãoOs jovens de 16 a 24 anos que ainda não con-seguiram oportunidade de se inserir no mercadode trabalho têm atualmente algumas alternativaspara se capacitar, produzir, empreender e admin-istrar. Dentro do que prevê as novas formas deacesso ao mundo do trabalho, o Projeto MercadoAlternativo do MH20, em Curitiba, faz parte doprograma do Ministério do Trabalho e Emprego edesenvolve produtos com o perfil da cultura hip-

hop, que tem quatro elementos estruturantes: obreak, representa o corpo através da dança; oMC, a consciência, o cérebro; o DJ, a alma, a es-sência e raiz e o grafite, a expressão da arte, omeio de comunicação. Tudo isso leva à manifes-tação cultural articulada com a oportunidade dese vincular à cadeia produtiva. Mas haveria possi-bilidade de que jovens por sua livre iniciativapudessem empreender e administrar pequenosnegócios vinculados ao universo cultu-ralbrasileiro? Lembrando que no próprio grupopode haver representantes desse movimento cul-tural, cabe então trabalhar a partir dos conhe-cimentos prévios dos alunos.

Resultados esperados: Compreender o sig-nificado do texto e verificar a possibilidade de ex-pressar parte do seu conteúdo em outro idioma.

Dicas do Professor: sitios –www.mte.org.br www.hiphoprevolucion.org www.claridadpuerto rico.com

Tempo sugerido: 2 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 31

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32 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Em círculo e em grupos, promova uma dis-cussão. Eleja um coordenador para cadagrupo e um ou mais de um redator. Sugestõesde questões a serem feitas e respondidas: Vocêse considera um cidadão? Você participa dealgum movimento ou grupo na sua comu-nidade? Por quê? Você já participou de algumgrupo, ação, movimento ou projeto culturalde defesa dos direitos de cidadania? Você con-hece o movimento hip-hop? Algum outro movi-mento jovem?

2. Agora, faça uma lista das respostas dos grupos,registrando em um cartaz ou no quadro. A listadeve identificar as formas de participação, osgrupos, movimentos, ações nos quais os alunosestejam envolvidos ou conhe-çam.

3. Junto com a turma, leia o texto, discuta, rela-cionando, comparando as necessidades e inter-esses dos alunos aos interesses e necessidadesdo citado movimento hip-hop.

4. Questione: Como esses movimentos podem con-tribuir na conquista dos ideais dos jovens? Quais

Descrição da atividade as possibilidades dessas participações?

5. Incentivar os alunos a escreverem uma cartaou um e-mail para o Ministério do Trabalho eEmprego, MTE, com as conclusões do grupo.

Atividade P A participação dos jovens em grupos e movimentos culturais

6T e x t o

Objetivos• Identificar e debater as diversas necessidades e

possibilidades de participação dos jovens emgrupos e movimentos culturais como forma delutar pelos direitos de cidadania, em especial,o direito ao trabalho.

IntroduçãoComo sabemos, a cultura hip-hop, constitui umfenômeno que representa uma resposta política ecultural da juventude excluída, das periferias eaglutina, hoje, milhares de jovens, especialmentenas grandes cidades. Trata-se de um movimentocultural que, como o texto indica, não tem im-

portância apenas como manifestação artística, laz-er, diversão, mas como forma de luta política e in-serção em projetos educativos e de trabalho. Comojá afirmamos, no Brasil há diversas juventudes.São vários e diferentes grupos, ações, ideais, inter-esses e formas de participação na vida pública. Al-guns se identificam com determinadas idéias e re-jeitam outras. Porém, no interior da diversidade háum elemento comum no mundo juvenil: o jovem éum sujeito histórico, tem direitos, logo é um ci-dadão brasileiro. O movimento hip-hop representavozes juvenis que gritam por oportunidades, dese-jos, ideais. Querem dizer ao mundo que tambémsão cidadãos!

Resultados esperados:a) Refletir sobre a participação dos jovens em

grupos e movimentos culturais como formasde luta pelos seus direitos de cidadania, emespecial, o direito ao trabalho.

b) Escrever carta ou e-mail ao MTE.

Dicas do Professor: livro – Hip-hop: a periferia grita deMirella Domenich, Patrícia Casseano, Janaína Rocha.(Fundação Perseu Abramo).Para enriquecer a atividade poderia ser feito um estudocomparativo com os dados sobre os grupos juvenis nacidade de São Paulo: Mapa da Juventude. Perfil e comporta-mento do jovem de São Paulo, 2003.site – www.prefeitura.sp.gov.br/juventude.A pesquisa iden-tificou 1609 grupos de jovens com 303.952 participantes.

Tempo sugerido: 2 horas

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Área: Matemática Nível I e II

1. Organize os alunos em grupos e peça queleiam o texto. Em uma segunda leitura, elesdevem sublinhar as diferentes atividades ge-radas pelo projeto.

2. Pergunte se eles sabem o que é uma cadeiaprodutiva. Ajude-os a definir dando exemplosde uma delas: cadeia metalúrgica: extraçãodo mineral – beneficiamento do mineral –transformação do mineral em objetos – dis-tribuição e vendas.

3. Oriente para desenharem a cadeia produtiva aque se refere o texto: para isto eles devem desco-brir qual atividade precisa ser desenvolvida emprimeiro lugar para que a segunda possa existir.Esta vai fornecer insumos para alimentar a ter-ceira e assim por diante. A cadeia deve ser de-senhada sobre um papel pardo. Podem-se usarrevistas para recorte de imagens ou desenhosque representem as idéias dos alunos.

4. Peça então que estimem o número de empre-gos que a cadeia pode criar e o montante emdinheiro que ela pode gerar. Para isso, sugiraque levantem informações sobre os preços dosprodutos ou serviços que seriam oferecidos eo potencial de consumidores para esses pro-dutos/serviços.

Descrição da atividade5. Para finalizar, os grupos devem apresentar seus

trabalhos para a turma toda. Os grupos podemainda levantar alguma sugestão de uma cadeiaprodutiva que eles poderiam desenvolver comapoio do mesmo programa de governo.

Materiais indicados:P papel pardo, revista, cola,

tesoura.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Cadeia produtiva

Resultados esperados: Conhecer a cadeia pro-dutiva do projeto MH20, desenhá-la para avaliaresta política do Ministério do Trabalho e Emprego.

6T e x t o

Objetivos• Desenhar uma cadeia produtiva.• Avaliar uma política pública de governo.

IntroduçãoO texto traz uma noticia sobre uma políticapública para criação de empregos para jovens de

baixa renda, aproveitando elementos da culturapopular. Os alunos e alunas da EJA conhecemesse programa do governo? Como avaliam essainiciativa? Que alterações na sua vida esse tipode programa pode produzir? Que atitudes elespoderiam adotar para implementar programasemelhante?

Dicas do Professor: Organize uma busca para encontrarprojetos semelhantes na sua cidade ou região e repita aatividade com os dados coletados.

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 33

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34 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

1. O grupo de jovens desempregados tinha umameta, identifique-a no texto junto com seusalunos.

2. Converse com os alunos sobre as característi-cas necessárias aos empreendedores, como apersistência, o comprometimento e a autode-terminação, por exemplo.

3. Encontre a fração de jovens que, após o cursode aperfeiçoamento, serão selecionados paraconstituir emprendimentos (50 dos 140 jo-vens). Solicite aos alunos que representem es-sa fração também sob a forma de decimais(0,357) e porcentagem (35,7% ou, aproxi-madamente, 36%).

4. Oriente os alunos a montarem um gráfico desetores relacionando o percentual de jovensempreendedores em relação ao total. Paratanto, poderão desenhar um círculo, dividi-loem 100 partes e marcar o setor corresponden-te a 36 partes.

5. Pedir que calculem a quantidade média dejovens por empreendimento a ser formado(50/6 = 8 ou 9 jovens por empreendimento).

6. Solicite o cálculo da porcentagem de jovens

Descrição da atividade que irão para outras atividades e não formarãoempreendimentos (100% – 36% = 64%).

7. Reflita com os alunos sobre os gráficos, anali-sando os resultados que eles expressam. Porque a porcentagem de empreendedores é me-nor que a metade do total? Será que a maioriapode ou quer ser empreendedor?

8. Indique que registrem no caderno as suas con-clusões.

Atividade P Iniciativas empreendedoras

6T e x t o

Objetivos• Incentivar a iniciativa empreendedora.• Representar por meio de números e gráficos

valores percentuais.

IntroduçãoConforme o texto lido, o MH2O, oriundo domovimento cultural hip-hop, é uma demonstraçãode que é possível criar oportunidades alternativas

de trabalho, quando há planejamento e organiza-ção do empreendimento. Quais de seus alunosdesejariam ser empreendedores? A atividade, aseguir, contribui para reforçar as idéias contidasno texto, que acenam com a possibilidade da in-serção dos jovens no mercado de trabalho atravésde empreendimentos ligados à sua cultura e esti-lo de vida.

Materiais indicados:P compasso e calculadora.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:a) Conhecer e desenvolver a atitude empreende-

dora. b) Utilizar gráficos de setores para mostrar va-

lores numéricos, quantidades e percentuais.

Dicas do Professor: livro: Empreendedorismo: transfor-mando idéias em negócios, de José Carlos de Assis Dornelas.(Campus).

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Área: Português Nível I

1. Ler o texto e discutir com os alunos se já exis-tem movimentos ou quais poderiam ser criados,em sua região para possibilitar ampliação dosempregos para jovens de baixa renda.

2. Jogo da ortografia: a) Pedir aos alunos que procurem no texto,

palavras escritas com Ç (atuação, gravação,adereços, preços).

b)Pedir a um aluno que escreva no quadro aspalavras que encontrou.

c) Escrever, então, uma outra palavra retiradado texto (para os propósitos desta ati-vidade, poderia ser “jovens”).

d)Estipular um tempo para que encontrem notexto as palavras que possuam J (cujo, pro-jeto, loja, juvenil).

e) Pedir aos alunos que escrevam três frasesque contenham, em cada uma, essas trêspalavras.

f) Fazer a correção. A seguir, dividir a classeem grupos. Estipular um tempo e pedir querelacionem palavras iniciadas pela letra J.Pode ser estabelecido um número mínimo.

g) Ao final do tempo, fazer a apuração dos re-sultados. Declarar vencedores os gruposque atingiram o número estabelecido. Ogrande vencedor será o grupo que con-seguir o maior número de palavras.

h)Se nenhum grupo atingir o mínimo exigido,

Descrição da atividade substituir a letra e reiniciar o jogo.

Atividade P Jogos de alfabetização: as letras nas palavras

Resultado esperado: Ampliação da capaci-dade de grafar corretamente os vocábulos emportuguês.

6T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de grafar corretamente

vocábulos com Ç e J.

IntroduçãoComo está a memória de seus alunos? Quantaspalavras conseguem relacionar que sejam es-critas com a letra J? E com Ç? Convide-os a en-trar no jogo e mostrarem suas capacidades!

Tempo sugerido: 2 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 35

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36 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Demonstre a lei das reflexões múltiplas a seusalunos com um experimento simples. Para isso,dois espelhos planos com a mesma dimensão(por exemplo, 15 cm x 20 cm) presos como sefossem duas páginas de um livro, por uma desuas laterais, com as partes espelhadas voltadasuma para a outra. É importante que se possamudar o ângulo de abertura. Para prender osespelhos pode ser usada fita crepe ou outra fitaadesiva.

2. Com o auxílio de um transferidor marque emum papel as posições 30°, 45°, 60°, 90°, 120°.Coloque os espelhos na posição 120° e entreeles, um objeto. Mire nos espelhos e veja seformam apenas duas imagens. Faça o mesmopara os outros ângulos e você mostrará cadavez mais imagens, conforme o ângulo dimi-nuir. É possível mostrar que o número de ima-gens é a função dos ângulos entre os espelhos,segundo a fórmula n = (360/k) – 1, onde n é onúmero de imagens e k o número de graus doângulo de abertura entre os espelhos.

Descrição da atividade

Atividade P Reflexões múltiplas em espelhos planos

7T e x t o

Objetivos• Identificar os efeitos das reflexões múltiplas.• Explorar o número de imagens em reflexões

múltiplas, utilizando espelhos planos.

IntroduçãoA partir do texto de W. Whitman é possível perce-ber várias propostas de simetria entre o autor eas pessoas e seus atos. Nesse sentido, o texto sus-cita uma analogia com o fenômeno da formaçãode múltiplas imagens decorrente da interação dedois espelhos planos com a luz. Se colocarmosdois espelhos frente a frente, com um objeto en-tre eles, uma vela, uma canet, veremos muitas

imagens simétricas do mesmo objeto, devido areflexões múltiplas entre os espelhos, pois o re-flexo de um espelho passa a ser objeto para ooutro e assim sucessivamente.

Contexto no mundo do trabalho: Esse fenômeno físicopossibilita uma fruição estética (pela beleza da simetriaque se reproduz) e uma demonstração de princípios de re-flexão como a propagação retilínea da luz no ar e a sime-tria entre o objeto e a imagem em relação ao plano do es-pelho. Esse princípio é usado, por exemplo, na fabricaçãode caleidoscópios. O efeito de profundidade gerado pelareflexão também é explorado em locais muito estreitosgerando a sensação de amplitude espacial.

Resultados esperados: Identificar o fenô-meno de reflexão múltipla. Calcular o número deimagens obtidas em função do ângulo entre osespelhos.

Dicas do Professor: Caleidoscópios usam esse mesmoprincípio para fazer composições estéticas interessantes epodem ser usados como complementos da atividade.Tam-bém pode ser construído um caleidoscópio simples usan-do 3 espelhos presos pela lateral, formando um “túnel”com as faces refletoras voltadas para o lado interno epedaços de papel colorido.

3. Peça a seus alunos para calcularem o número deimagens obtidas, se colocarmos os espelhos comum ângulo de 36° e de 72°. Peça ainda que cal-culem qual o ângulo de abertura em que deve-riam ser colocados os espelhos para obter 20imagens e, depois, 6 imagens.

Materiais indicados:P dois espelhos planos sem

moldura (podem ser retalhos obtidos em

vidraçarias), fita crepe,transferidor.

Tempo sugerido: 2 horas

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Área: Educação Física Nível I e II

1. Reúna o grupo de alunos em um grande círcu-lo dentro da sala de aula ou lugar maior (sepossível sentados).

2. Peça que se virem na direção das costas doaluno ao seu lado.

3. Deslizamento: indique que deslizem a mãoapoiada sobre as costas do colega de maneiralenta e ritmada, fazendo pressão suave.

4. Percussão: peça que dêem golpes secos, ritma-dos. Os golpes poderão ser dados com a pal-ma da mão aberta como se fossem pequenostapas; com os punhos cerrados, aplicando-sepequenos socos com a parte macia da mão; ecom os lados externos das mãos abertas alter-nando ritmicamente as duas mãos, porém,sem machucar.

5. Pressão: com a mão fechada, com o polegar,com o lado externo da mão ou com a palma,diga que comprimam a região a ser massagea-da, com movimentos rítmicos e lentos.

6. Fricção: indique que pressionem as costas ouos ombros com movimentos circulares (redon-

Descrição da atividade dos), ou de ida e volta, de modo a fazer comque a pele deslize sobre os músculos e os ou-tros tecidos que estão logo abaixo.

7. Indique que troquem de lado. Repita os exer-cícios.

8. Peça aos alunos que produzam um pequenotexto sobre essa experiência.

Materiais indicados:P um aparelho de som,

CD ou fita de música

ambiente relaxante.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Consciência corporal

Resultados esperados: Entrosamento do gru-po e relaxamento como forma de combate ao es-tresse.

7T e x t o

Objetivos• Experienciar as diferentes maneiras de com-

bate ao estresse que estimulam um conheci-mento mais profundo de seu corpo, e um en-trosamento maior com a comunidade.

IntroduçãoO texto traz, em forma de poema, reflexões sobreas contradições da vida, as ocupações de cada su-jeito, de um lado, patrões com o poder, e do ou-tro, empregados sujeitos ao patrão, os “eruditose outros menos sábios”, os “ricaços e os pobres”,os “doutores” e os analfabetos, ou seja, de um la-

do poucos com fartura e do outro lado muitoscom nada. A união, as atividades comunitárias, olazer, o cuidar do outro, o tocar o próximo, obrincar com o outro são recursos que a EducaçãoFísica oferece e que possibilitam amenizar o dis-tanciamento entre as pessoas.

Contexto no mundo do trabalho: A atividade propor-ciona a reflexão sobre a melhoria da qualidade de vidapor meio da intencionalidade dos movimentos, que com-bate o estresse.

Dicas do Professor: Toda massagem é sempre feita nadireção centrípeta, ou seja, os movimentos devem serfeitos sempre da periferia para o coração, das extremi-dades para o interior do corpo.

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 37

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38 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Proponha a seus alunos a pesquisa de concei-tos em dicionários e a consulta a colegas e pro-fessores para aprofundar os significados de algu-mas expressões:

a)Quando uma pessoa está com febre, é corretodizer que vamos usar o termômetro para “tirarsua temperatura”?

b)Quando alguém precisa verificar uma fratura, écorreto dizer que a pessoa vai “tirar uma chapa”?

c) Em alguns sucos comerciais lê-se na emba-lagem “não contém substâncias químicas”. Issoé possível?

d)Em embalagens de óleos vegetais lê-se “esseproduto não contém colesterol”. Algum óleovegetal poderia ter colesterol?

e)Em alguns sabões em pó, encontra-se a expres-são “lava mais branco”. Por que a expressãonão afirma “lava mais limpo”?

Descrição da atividade

Atividade P Quando alguém diz que “veio dar uma força” devemos ficar felizes?

8T e x t o

Objetivos• Destacar o uso de conceitos e da linguagem

científica deslocada de seu sentido (do jargão).

IntroduçãoNesta atividade, pode-se partir do texto irônicode Verissimo, para destacar a distorção no uso dealguns conceitos científicos. Por exemplo: a)Quando nos referimos a força, em Física, consi-deramos uma grandeza capaz de modificar asituação de movimento de um corpo, seja o valorde sua velocidade (módulo) seja sua direção demovimento. Assim, se alguém disser que “vai daruma força”, no sentido físico poderá ser um em-purrão ou um safanão (embora no senso comum,essa expressão seja dar um apoio). b) Em Física,energia é a capacidade de realizar trabalho, mu-dando a situação de energia de outro corpo ousistema. Quando alguém diz que uma determina-

da pedra consegue “passar energia para a pes-soa”, interpretando do ponto de vista físico, essapedra poderá ser radioativa, portanto, muitoperigosa por emanar energia...; c) Quando aspessoas se referem a um produto (pão) comonatural não atentam para o fato de que não háárvores desse produto, sendo, então, inevitavel-mente industrializado. Como é possível verificarnesses três casos, a conversa não é tão simples emuita confusão pode ser criada se não prestar-mos atenção ao significado de determinados con-ceitos para algumas áreas de conhecimento.

Contexto no mundo do trabalho: O jargão representauma manifestação de linguagem das especializações deconhecimento. É uma construção coletiva e histórica, quevai além do pitoresco e da gíria (embora essa possa ser aorigem de alguns de seus conceitos). É também um re-flexo da especialização do mundo do trabalho.

Resultados esperados: Compreender que ossignificados de conceitos podem variar se com-pararmos o senso comum com algumas áreas deespecialização como a Ciência.

Dicas do Professor: Outras expressões podem ser incluí-das a critério do professor e mesmo pesquisadas pelosalunos. Quanto ao título: nem sempre devemos aceitar“forças” oferecidas...

Materiais indicados:P recomenda-se o uso de

dicionários de boa qualidade, para que sepossa verificar que umamesma palavra pode ter

vários significados, sendoo significado científicoum deles.

Tempo sugerido: pequisa:1 semana; aula 1 hora

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Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Escreva as seguintes palavras no quadro:

CEO – PR – CFO – Memo – Meeting – Con-ference Call – Manager – Director – Staff –Employee – Board of Directors – Annual Report – To fire – To hire – To dismiss

2. Peça aos alunos para ligar as definições com apalavra correspondente (aqui as definições es-tão na ordem certa, escreva-as em ordemdiferente): Chief Executive Officer – equivale apresidente de uma empresa Public Relations –Relações Públicas. Chief Finance Officer – líderdo departamento financeiro de uma empresa.Abreviatura de Memorando – comunicaçãooficial interna na empresa. Reunião, forma dereunir numa sala pessoas que estão em difer-entes lugares (às vezes diferentes países). Umaparelho com viva-voz ou conexão via Inter-net é ligado, de modo que várias pessoas pos-sam conversar e discutir pautas. Gerente –cargo acima da equipe de trabalho. Diretor –Cargo acima da gerência. Equipe de trabalho,time. Empregado, funcionário. Quadro de di-retores – grupo de diretores responsáveis pelaadministração geral da empresa. Relatório an-ual – documento lançado todos os anos pelasempresas, relatando a situação geral da em-presa (se vendeu mais ou menos, se aumentou

Descrição da atividade ou diminuiu o número de clientes, etc.). Man-dar embora (informal). Contratar. Dispensar,despedir (formal).

3. Depois que os alunos tiverem ligado as palavrasa seus significados, peça que formem cincofrases com o vocabulário apresentado.

Atividade P Companies

Resultado esperado: Memorizar parte do vo-cabulário típico de empresas.

T e x t o

Objetivos• Ensinar parte do jargão empresarial, com al-

guns verbos e nomes de cargos em inglês.

IntroduçãoO texto trata de forma bem-humorada do uso de

jargão técnico em diversas áreas. É importante,então, apresentar parte do vocabulário típico deempresas, em alguns casos mesmo no Brasil, queadotam muitos termos do inglês

8

Tempo sugerido: 1 hora

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 39

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40 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Português Nível II

1. Ler o texto com os alunos. Perguntar o que seentende por “jargão”. (Linguagem corrompida.

2. Comentar o humor de Veríssimo. O autor vale-se de estrangeirismos para provocar o riso. In-formar que, em todas as épocas, o contato depovos de culturas e línguas diferentes resultanuma circulação de hábitos, tecnologias eartefatos que são recebidos com seu respectivovocabulário. Damos o nome de anglicismos àspalavras e às construções que o português as-similou do inglês.

3. Pedir que os alunos relacionem anglicismosreferentes ao futebol (anti-doping, pênalti,córner, off side, beque, drible), à música (jazz,swing, reggae, rock, twist, rap, funk, country),à informática (site, mouse, byte, home page,shift, chip, e-mail, on line, software, game, afo-ra os neologismos como deletar, formatar,navegar e clicar).

4. Pedir aos alunos que tentem substituir os angli-cismos por palavras portuguesas: Fui ao freezer,abri uma coca diet; e saí cantarolando um jingle,enquanto ligava meu disc player para ouvir umamúsica new age. Precisava de um relax. Meucheck up indicava stress. Dei um time e fui ler umbestseller no living do meu flat. Desci ao play-ground; depois fui fazer o meu cooper. Na rua, vinovos outdoors e revi os velhos amigos do foot-ing. Um deles comunicou-me a aquisição deuma nova maison, com quatro suites e até con-

Descrição da atividade vidou-me para o open house. Marcamos, inclu-sive, um happy hour. Tomaríamos um drink, umscotch, de preferência on the rocks. O barman,muito chic, parecia um lord inglês. Perguntou-me se eu conhecia o novo point society dacidade: o TimeSquare, ali no Gilberto Salomão,que fica perto do Gaf, o La Basque e o BabyBeef, com serviço a la carte e self service. Preferiir ao Mc Donald’s, para um lunch: um hamburg-er com milk shake. Dali, fui ao shopping center,onde vi lojas bem brasileiras, a começar pelasLojas Americanas, seguidas por Cat Shoes,Company, Le Postiche, Lady, Lord, Le Mask, M.Officer, Truc’s, Dimpus, Bob’s, Ellus, Arby’s,Levi’s, Masson, Mainline, Buckman, Smuggler,Brummel, La Lente, Body for Sure, Mister Cat,Hugo Boss, Zoomp, Sport Center, Free Corner eBrooksfield. Sem muito money, comprei pouco:uma sweater para mim e um berloque para aminha esposa. Voltei para casa ou, aliás, para oflat, pensando no day after, o que fazer? Dei boanoite ao meu chofer, que, com muito fair play,respondeu-me: Good night.

(RONALDO CUNHA LIMA, http://www.novo-milenio.inf.br/idioma/19981112.htm)

Atividade P Anglicismos

Resultados esperados: Reconhecimentode que a língua aceita incorporação de termosestrangeiros.

8T e x t o

Objetivos• Examinar alguns anglicismos que foram incor-

porados pelo português do Brasil.

IntroduçãoPergunte seus alunos: Vocês vão ao clube?Jogam futebol? Tomam lanche à tarde? Jáuaram biquíni? Não consegue abandonar acalça jeans? O português se forma também pe-lo acréscimo de palavras estrangeiras.

Tempo sugerido: 2 horas

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 41

Área: História Nível II

1. Coletivamente, ler a letra da música e, se puder,também tocá-la para ser acompanhada pelosalunos.

2. Debater o assunto tratado na letra de Tom Zé.

3. Perguntar: De quem a música fala, quem é oautor da música, se o Tom Zé mencionado naletra é também o compositor, se já ouviramfalar dele, que tipo de música faz, qual a suahistória.

4. Questioná-los sobre o que é um “cantor enga-jado”, o que faz um cantor defender a classeoperária, quem pertence à classe operária, seconhecem compositores que pertencem à clas-se operária (quem?).

5. Questionar: Por que o autor fala em defendera classe operária, sem consultá-la? Por que aletra diz que os operários devem se calar? Porque fala que vão ser demitidos? Quem ficacom o sentimento de culpa aliviado e por quê?

6. Propor uma pesquisa sobre Tom Zé e suasmúsicas. Confrontar com os conhecimentosanteriores.

7. Debater qual o propósito de uma música comoessa. Se ela está fazendo crítica e a quem.

Descrição da atividade Quem ouve esse tipo de música? A classe ope-rária ouve a música de Tom Zé?

8. Propor, no final, que os alunos escrevam umaletra de música em resposta a Tom Zé, deba-tendo a relação entre música, intelectuais eclasse operária.

Atividade P Em nome de quem?

9T e x t o

Objetivos• Refletir a respeito da música como crítica so-

cial.

IntroduçãoO autor da letra da música, Tom Zé, coloca sobresi a representação de um grupo de compositores

engajados, que tendem a falar em nome da clas-se operária, do povo brasileiro, da pobreza. Faz,assim, uma crítica aos intelectuais brasileiros emgeral, de diferentes épocas, que assumem umapostura socialista, sem, contudo, ter sensibili-dade para identificar seus próprios compromis-sos de classe.

Resultado esperado: Refletir a respeito damúsica como um instrumento de crítica social.

Tempo sugerido: 3 horas

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42 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Português Nível I

1. Discuta o texto com os alunos. Mostrar a iro-nia de Tom Zé e a crítica feita às formas degoverno que não respeitam a opinião popularpara tomar decisões sobre problemas reais dapopulação.

2. Jogo: A palavra na testa a) Divida a turma em grupos de cinco alunos.

Escolha um membro para ser o “alvo”. Osdemais serão “atiradores”. Cada equipe jo-ga isoladamente.

b) Peça a um atirador de cada grupo que re-tire do texto uma palavra com mais de qua-tro letras, escreva-a, sigilosamente, numretângulo de papel. (Como exemplo, usare-mos: calem)

c) Peça ao atirador que, com o auxílio de umafita adesiva, fixe o retângulo com a palavrana testa do colega à direita (o “alvo”). Evi-dentemente, o alvo não poderá saber quepalavra foi colada em sua testa.

d) O “alvo”, a partir das pistas fornecidas pe-los colegas atiradores, deverá descobrir otermo que está em sua testa.

e) Para dar as pistas, sugere-se colocar papelde embrulho e uma caneta hidrográfica nochão. Com esse material, o primeiro ati-rador escreverá uma palavra que possuapelo menos três letras usadas para escrever

Descrição da atividade aquela que está na testa do alvo. (exemplo– “ela”). Deve pronunciar a palavra em vozalta e precisa escrevê-la corretamente.

f) O próximo atirador procede da mesma formae assim por diante até que um dos atiradoresnão consiga formar uma nova palavra.(calem: ela, mela, mala, meca, mel, cal, mala,maca, cela, mal, lêem, calma...)

g) Quando não houver mais palavras, o últi-mo atirador pergunta ao alvo: “Que pa-lavra está escrita em sua testa?”. O alvoconsultará o texto de Tom Zé e dará suaresposta. Se errar, sai do jogo. Se acertar,passa a ser o novo atirador e seu colega,que não conseguiu formar nova palavra,passa a ser o alvo.

Atividade P Jogos de alfabetização: criação de palavras

Resultados esperados: Ampliação da capaci-dade de observação. Ampliação do léxico.

9T e x t o

Objetivos• Ampliar a capacidade de grafar corretamente

os vocábulos em português.

IntroduçãoPergunte aos alunos: Vocês são bons obser-vadores? Vejam bem as letras que compõem aspalavras formadas por seus colegas e adivinhemqual é a palavra que foi escrita num pedaço depapel e colada em suas próprias testas!

Materiais indicados:P retângulos de cartolina,

papel de embrulho,

adesivo de dupla face,caneta hidrográfica.

Tempo sugerido: 3 horas

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Page 43: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 43

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Após a leitura coletiva do texto, proponha aosalunos que, em grupos, discutam a questão:quais são os principais fatores (econômicos eculturais) que influíram para o sucesso daOktoberfest como manifestação cultural e co-mo investimento lucrativo?

2. Escolha um relator e registre a discussão.

3. Em círculo, o relator de cada grupo apresentaas conclusões para a turma. Juntos, eles redi-girão um texto com o título “A festa como in-vestimento e fonte de lucros”.

Descrição da atividade

Atividade P Oktoberfest – Herança alegre da cultura alemã

10T e x t o

Objetivos• Compreender a festa como manifestação cul-

tural, como investimento e fonte de lucro.

IntroduçãoO sucesso da Oktoberfest é tão grande que Blu-menau não só se recuperou física e economica-mente, após duas enchentes, como também oevento se converteu num elemento associado àidentidade da cidade. A festa cresceu muito e setornou lucrativa. Por trás da segunda maior festada cerveja do mundo – depois da Oktoberfest deMunique, Alemanha – movimentam-se batalhõesde pessoas para viabilizar a estrutura do evento.Graças ao volume de visitantes que a cidade pas-

sou a receber em função da festa, a economia sedesenvolveu de forma equilibrada, harmônica ecrescente. O padrão de vida dos moradores subiuparalelamente. O dinheiro arrecadado é investi-do em melhorias para a cidade, galerias deáguas, asfalto e assistência social. O sucesso domodelo festivo de Blumenau fez com que ele seconvertesse num exemplo que vem se dissemi-nando por todo o país, como modo de incentivaro turismo e, por meio dele, concentrar recursospara financiar obras sociais, gerar empregos e fo-mentar indústrias. Qual o turismo mais expressi-vo em sua região? Quantos postos de trabalhoforam criados?

Resultados esperados: Produção de um tex-to coletivo “A festa como investimento e fonte delucros”.

Dicas do Professor: sites:Oktoberfest Blumenau ww.oktoberfestblumenau.com.brPortal AZ Turismo – www.portalaz.com.br/turismo;pt.wikipedia.org/wiki/Blumenau;www.guiadeblumenau.com.br/

Tempo sugerido: 3 horas

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44 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Promover a leitura do texto em sala de aula.

2. Identificar quais as duas cidades do estado deSanta Catarina que são citadas no texto, alémda cidade alemã que deu origem à festa tradi-cional realizada no Brasil.

3. Apontar em qual cidade a festa teve início.

4. Destacar no texto qual a posição de Itapirangaem relação à cidade de Blumenau.

5. Desenhar o mapa de Santa Catarina no quadroe identificar a localização de Blumenau e Itapi-ranga. Mostrar que a cidade de Itapiranga estáa oeste de Blumenau e que Blumenau está aleste de Itapiranga. Localizar o estado de SantaCatarina no Mapa do Brasil.

6. Para completar, destacar a posição de Joinvillea norte de Blumenau e Brusque ao sul. Grafar aposição dessas duas cidades também no mapa.

7. Mostrar aos alunos que os conhecimentos so-bre nossa localização permitiram ampliar oshorizontes de nossa expansão sobre a superfí-cie da Terra. A navegação marítima foi espe-cialmente beneficiada pela criação.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P mapa de Santa Catarina

contendo as principais

cidades do estado e mapa do Brasil.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Pontos cardeais e colonização alemã

Resultados esperados:a) Conhecer os pontos cardeais e sua importân-

cia para a localização.b) Compreender as possibilidades de expansão

territorial a partir do melhor conhecimento denossa localização sobre a superfície da terra.

c) Refletir sobre a colonização e a mistura cultu-ral que se realiza a partir do contato entrepovos diferentes.

10T e x t o

Objetivos• Levar o aluno a compreender o significado e a

importância dos pontos cardeais para a loca-lização do homem na superfície da Terra. Com-preender ainda a presença alemã no sul doBrasil, especialmente no estado de Santa Cata-rina, a partir da colonização e os hábitos cul-turais trazidos com os imigrantes.

IntroduçãoO texto trata da tradicional festa alemã chamadaOktoberfest, que ocorre anualmente no mês deoutubro, no estado de Santa Catarina, mais pre-

cisamente na cidade de Blumenau. O autor faz re-ferência à cidade que deu início a esse tipo de fes-ta que é Itapiranga, localizada na porção oeste doestado. A localização geográfica é feita pelos pon-tos cardeais que sempre serviram como impor-tante referência para a localização humana. A suacriação propiciou a expansão da comunicação en-tre os territórios e ampliou os horizontes das pos-sibilidades de busca e conquista de novas regiões.Parcelas até então desconhecidas da superfície daTerra foram interligadas e as possibilidades detrabalho ampliadas.

Dicas do Professor: site do Oktoberfest – www.oktoberfestblumenau.com.br – contém muitas in-formações sobre a festa e sua relação com a Alemanha.

8. Mostrar aos alunos que a colonização alemã nosul do Brasil, além do acréscimo populacional,propiciou a assimilação de hábitos, costumes eidentidades, como é a festa do chopp.

9. Expandir essa idéia mostrando que a coloniza-ção caracteriza-se pela troca cultural, ocorren-do também com os portugueses, espanhóis,japoneses, italianos, etc.

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Área: Matemática Nível I

1. Peça aos alunos para lerem o texto e per-gunte se alguém conhece Santa Catarina e ascidades onde são realizadas as festas de ou-tubro.

2. Apresente o mapa do Brasil aos alunos e peçapara localizarem o estado de Santa Catarina.Apresente então as cidades onde acontecemas festas citadas no texto do professor.

3. Peça para os alunos, em grupos, localizaremno mapa cada uma das cidades e imagina-rem uma visita ao estado onde se realizamfestas. Para tal, eles devem traçar um roteiroque passe por todas as cidades das festas,percorrendo a menor distância possível. Paraisso eles tanto podem somar as distâncias en-tre as cidades, caso esses dados estejam dis-poníveis, como estimar usando a escala domapa.

4. Na apresentação dos trabalhos, verifique qualgrupo conseguiu realizar a tarefa com melhorresultado, comparando as estratégias que usa-ram para fazer o menor caminho.

5. Para finalizar, discutam a seguinte questão:Quais as vantagens e desvantagens das festastradicionais tornarem-se um mercado de tra-balho e renda. Solicite que escrevam um pe-queno texto com as conclusões.

Descrição da atividade

Atividade P Passeando em Santa Catarina

10T e x t o

Objetivos• Esquematizar um percurso sobre um mapa es-

colhendo o menor caminho.

IntroduçãoÉ possível encontrar em todos os estados doBrasil um conjunto de festas que una tradição

cultural com atividade econômica e geração deemprego e renda. Em que medida isso des-caracteriza a cultura? É possível essa união acon-tecer sem que o povo seja afastado de suastradições? Quantos alunos e alunas da EJA po-dem participar dessas festas? Quem conheceSanta Catarina?

Resultados esperados: Roteiro de uma via-gem com a distância total percorrida em qui-lômetros; texto contendo de quem conclusões arespeito do tema discutido.

Dicas do Professor: Oktoberfest (Itapiranga) 23ª Okto-berfest (Blumenau) 21ª Fenarreco (Brusque) 20ª Mareja-da (Itajaí) 18ª Schützenfest (Jaraguá do Sul) 17ª Kegelfest(Rio do Sul) 16ª Festa do Imigrante (Timbó) 16ª Ober-landfest (Rio Negrinho) 16ª Tirolerfest (Treze Tílias) 9ªMusikfest (São Bento do Sul) 8ª Fenaostra (Florianópo-lis) 5ª Bananenfest (Corupá) 2ª Festa das Tradições –(Joinville) – Mais detalhes podem ser encontrados em:www.sol.sc.gov.br/santur

Tempo sugerido: 2 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 45

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46 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

Peça aos alunos que façam os seguintes cálculos:

a) Determinem o volume médio de álcool con-sumido por cada visitante que freqüentou as21 edições da Oktoberfest, considerando queo chope é uma bebida que contém cerca de4,2% de álcool.

b) Calculem quantos centilitros (cl) equivalem a290 337 litros, que foi o consumo de chope noano de 2000.

c) Encontre quantos metros cúbicos (m3) há em266 811 litros, que foi o consumo de chope nafesta de 2005.

Descrição da atividade

Atividade P Festas populares e trabalho

Resultados esperados:a) Perceber que festas populares podem divulgar

culturas. b) Realizar operações matemáticas, tais como:

cálculo de volume, médias, regras de três,transformações (volume/capacidades).

10T e x t o

Objetivos• Divulgar a cultura por meio de festas popu-

lares.• Realizar operações matemáticas usando dados

da festa popular mencionada no texto.

IntroduçãoA Oktoberfest é uma festa que teve origem naAlemanha há cerca de 200 anos. No Brasil, amaior festa ocorre anualmente em Blumenau, noestado de Santa Catarina e no mês de outubro.São 18 dias de festa durante a qual a polka, acerveja e a gastronomia divertem pessoas do lo-cal, da região e muitos turistas brasileiros e es-trangeiros. Nesse evento, os blumenauenses têmoportunidade de mostrar para todo o país a suariqueza cultural, a música, a dança e a gastrono-

mia típicas. Dessa forma, essa festa popular é di-vertimento, folclore e tradição. Além disso, é asegunda maior festa popular brasileira, depoisdo carnaval. Nesse período, a economia catari-nense gera empregos e desenvolve o turismo.Pergunte aos alunos: A Oktoberfest é vinculada aqual nacionalidade? Quais outras festas típicaseles conhecem? Na sua região, ocorre esse tipode evento? Essas festas favorecem quais tipos deeconomia? Você já trabalhou em alguma festapopular? Que serviços realizou?

Contexto no mundo do trabalho: Festas folclóricas eétnicas fazem parte do calendário brasileiro e numerososempregos são criados em eventos dessa natureza.

Dicas do Professor: site – www.guiadeblumenau.com.br;acesso em 19 de set. 2006. Lembre das relações 1m3 =1000 l e 1 cl = 0,001 l.

Tempo sugerido: 3 horas

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 47

Área: Artes Nível I e II

1. Dividir a classe em grupos de 3 ou 4 pessoas.

2. Os grupos escolherão um tema para a criaçãodo cordel, que tenha relação com algum fatorecente. O cordel é escrito em versos.

3. Após a criação, os grupos deverão produzir al-guns exemplares do livrinho, em uma folhaA4, dobrada duas vezes.

4. Criar a capa do cordel e montar os livros. Su-gerir que ilustrem com desenhos que lembremuma xilogravura (semelhante ao desenho queconsta do texto).

Descrição da atividade5. Depois de prontos, os livros serão dependura-

dos num varal estendido na classe (daí a ori-gem do nome desse tipo de literatura).

6. Os cordéis serão lidos e apreciados pela classe.

7. Discussão final tendo por foco a participaçãono processo de criação de um cordel, a pro-dução de um livro e a experiência de ver suaobra sendo apreciada.

Atividade P Cordel

11T e x t o

Objetivo• Criação de cordel.

IntroduçãoA origem da literatura de cordel remonta à antigu-idade e segundo consta teria chegado à PenínsulaIbérica por volta do século XVI. É através dos por-tugueses que a literatura de cordel chegará aoBrasil no século XVIII. Caracterizada como poesianarrativa, de forte apelo popular pelo seu viés hu-morístico, essa literatura durante muito tempoocupou o lugar dos noticiários de hoje. Por seu

baixo custo, encontrava facilidade de produção ecomercialização, sendo ainda hoje o único tipo deliteratura consumida em muitas regiões doNordeste, onde é extremamente popular. O cordeltem uma impressão simples e uma capa em xilo-gravura alusiva ao conteúdo. A xilogravura(palavra de origem grega – xilo = madeira) é umatécnica milenar de produção de gravuras em quese esculpe numa chapa de madeira a matriz do quese quer imprimir. Sobre ela, passa-se tinta com umrolo, sobrepõe-se o papel, e se exerce pressão paraimprimir a imagem, como um carimbo às avessas.

Resultados esperados:a) Realizar todas as etapas de construção de um

livro.b) Experimentar a transformação de idéias em

poesia.c) Ampliar seu repertório de possibilidades de pen-

sar a realidade criticamente.

Dicas do Professor: sites – www.ablc.com.br/ www.camarabrasileira.com/cordel01.htm

Materiais indicados:P papel sulfite branco,

papel colorido, tesoura,

grampeador, canetahidrográfica preta.

Tempo sugerido: 3 horas

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48 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Faça uma pesquisa sobre a vida de Lampião econte aos alunos a sua história como homemmarcado pelas condições sociais do seu tem-po.

2. Leia o cordel apresentado no texto e reflitacom seus alunos sobre essa forma de manifes-tação cultural.

3. Problematize sobre cultura erudita e populare sua relação com a condição de classe.

4. Peça aos alunos para, em grupo, escrever erepresentar aos colegas como eles imaginam avida no sertão.

5. Solicite aos grupos que pesquisem outroscordéis, músicas e artesanatos nordestinos epromova um encontro sobre cultura popularnordestina na sala. O tema pode ser: Cultura etrabalho popular do Nordeste.

Descrição da atividade

Atividade P Cultura popular ou erudita: ambas como expressão do trabalho humano

11T e x t o

Objetivos• Refletir sobre as diferentes expressões culturais

produzidas pelo trabalho humano e marcadaspela condição de classe.

IntroduçãoA literatura de cordel é uma das formas de ex-pressão cultural do Nordeste do nosso país. Mui-tas pessoas acham que cultura é apenas aquelaatrelada às formas de expressão clássicas. Nãocompreendem que ópera e samba; balé e capoei-ra; feijoada e cuisses de grenouilles etc. são dife-rentes expressões culturais. Darcy Ribeiro diziaque apesar de sempre perigoso, algumas vezes éútil falar de cultura popular e erudita. “Gosto depensar que essas são as duas asas da cultura que,sem vigor em ambas, não voam belamente. É pre-

ciso reconhecer que uma não é melhor nem pior,superior ou inferior à outra; são apenas dife-rentes.” No entanto, embora “separadas” porquestões de classe social, elas são produzidas pe-lo trabalho humano, num exercício de manifestare expressar desejos e opções, leituras e sentimen-tos, conhecimento e beleza, possíveis somente pe-los seres humanos que dão significado e sentidoàs ações. O cordel apresentado é cultura populare trata da exclusão e exploração social em nossasociedade; canta sobre valores cristãos arraigadosem nossa cultura sedimentada pela competitivi-dade e individualismo. Além da literatura decordel, que outras manifestações culturais sãoconhecidas e produzem o sustento da pessoa ouaté da região?

Resultados esperados: Reflexão sobre a re-lação da cultura popular e erudita com a condiçãode classe e ambas como expressões do trabalhohumano.

Tempo sugerido: 6 horas

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Page 49: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Área: Português Nível I e II

1. Atividades de Pré-Leitura: Verificar o que osalunos conhecem sobre cordel (poesia narrati-va, popular, impressa) e explorar o conheci-mento prévio.

2. Atividades de Leitura: a) Atribuir a cada aluno uma personagem

(narrador, S. Pedro, Padre Cícero, São Jor-ge e seus guerreiros, Lampião etc.) e pedirque façam uma leitura oralizada de A che-gada de Lampião no céu.

b) Discutir a história lida: Que valores são de-fendidos? O que é criticado? Por quê?

c) Observar a forma do cordel: versos de setesílabas poéticas (comuns nas cantigas po-pulares), rimados. Informar que a literatu-ra de cordel se molda em torno de algunstemas constantes: Conselhos, Profecias,Gracejo, Acontecidos, Carestia, Exemplos,Fenômenos, Pelejas, Bravuras e Valentia,Safadeza, Política, Propaganda. Pedir aosalunos que procurem determinar em quaisdessas classificações estaria o cordel lido.

3. Atividades de Produção de Texto: a) São abundantes os sites sobre cordel na In-

ternet. Sugerimos que o professor, se nãotiver possibilidades de trazer para a sala osfolhetos originais, valha-se desse recursopara mostrar aos alunos vários autores, te-mas e capas dessa poesia popular.

b) Depois que os alunos estiverem familiariza-dos com a forma e a temática cordelina,

Descrição da atividade proponha que se dividam em grupos e criemum folheto de cordel sobre um tema queesteja provocando debate no momento.

c) Se houver quem saiba fazer xilogravura,proponha que os folhetos sejam ilustradosutilizando essa técnica, como nos cordéistradicionais.

d) Organize com o grupo uma festa para apre-sentação e leitura dos folhetos, com parti-cipação da comunidade.

4. Exponha, num varal, os folhetos criados pelosalunos e vários outros produzidos por corde-listas famosos. Convide os visitantes a manu-sear o material. Se houver na comunidade al-gum repentista, seria interessante convidá-lopara conversar com o grupo e apresentar suaobra. Os alunos também podem, na mesmaocasião, fazer a leitura dramatizada de seustextos.

Atividade P Ler e criar literatura de cordel

11T e x t o

Objetivo• Ler e ouvir textos dos repentistas; produzir fo-

lhetos de cordel.

IntroduçãoSeus alunos estão familiarizados com a literaturade cordel? Conhecem algum repentista?

Resultados esperados: Ampliação da capaci-dade de escrever textos em versos.

Dicas do Professor:www.cordelon.hpg.ig.com.br/historia_cordel.htm

Tempo sugerido: 8 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 49

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50 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. A classe deverá ser dividida em grupos.

2. Após a releitura do texto, cada grupo deveráescolher temas que serão debatidos fora doambiente escolar: num ônibus, por exemplo.

3. Após escolha do tema (como: a cultura demassa versus a cultura popular, ou a necessi-dade de ampliação do sistema educacionalgratuito, ou o primeiro emprego).

4. Cada membro do grupo escolherá um perso-nagem, uma posição a ser defendida ou ataca-da sobre o tema (por exemplo, um operáriomais preocupado com o aumento salarial ecom o emprego dos filhos do que com a edu-cação deles, uma mãe que queira escola emtempo integral para poder trabalhar). O temae os personagens são escolhidos em sala deaula.

5. Cada grupo deverá tomar um ônibus com umtrajeto de pelo menos 15 minutos. Um dosatores iniciará a “discussão” do tema, outrosparticiparão como personagens e contarão

Descrição da atividade com passageiros que acabarão participandoda encenação, opinando, argumentando, etc.Importante frisar que este exercício não é uma“pegadinha”. É um jogo teatral no qual atoreslançam um debate que poderá ser discutidopor todos.

6. Depois da experiência, os grupos deverão re-latá-la aos demais grupos da classe.

Atividade P Teatro invisível

12T e x t o

Objetivos• Criar um teatro invisível. • Possibilitar a discussão entre alunos e pessoas

de fora da escola sobre um tema escolhido.

IntroduçãoAugusto Boal, o criador do Teatro do Oprimido,nasceu no Rio de Janeiro, em 1931. Dramaturgoformado nos Estados Unidos e conhecido interna-cionalmente, foi um dos representantes mais sig-nificativos do Teatro de Arena, em São Paulo, apartir dos anos 60, com a estréia da peça Revo-lução na América do Sul. Com Gianfrancesco Guar-nieri deu início à linha nacionalista do Teatro de

Arena com a peça, de Guarnieri, Eles não UsamBlack Tie. Juntos criaram espetáculos utilizandoheróis históricos na luta pela liberdade, comoArena conta Tiradentes e Arena conta Zumbi. Du-rante o período militar, Boal viveu no exílio, es-creveu Murro em ponta de faca e lançou seumétodo de trabalho teatral do Teatro do Opri-mido, mencionado pelo texto selecionado. Paraele, o teatro é uma forma de auxiliar as trans-formações sociais, é elemento de conscientiza-ção das massas. O Teatro do Oprimido traz umasérie de exercícios simples para auxiliar no de-senvolvimento da técnica teatral do ator. Entreestas técnicas está o Teatro Invisível.

Resultados esperados:

a) Experimentar um dos exercícios criados porAugusto Boal para teatro e desenvolvimentodo ator.

b) Ampliar a capacidade de argumentação e ex-pressão de opinião.

c) Discutir e reconhecer a responsabilidade ética,educacional e de informação dos veículos decomunicação de massa.

Tempo sugerido: 1 hora para escolha dos personagese 1 hora para sair e voltar de ônibus

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Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Após a leitura individual do texto, sugira a di-visão da turma em três grupos.

2. Cada grupo deverá escolher um eixo de mani-festação artística (palavra, imagem ou som)para que, a partir das cenas vivenciadas noseu cotidiano de trabalho, os alunos possamproduzir outras formas de expressão desse co-tidiano. (Veja os exemplos de cada eixo, apre-sentados no texto).

3. Apresentação da criação de cada um dosgrupos.

4. O grupo que está assistindo, manifesta umacena, uma palavra, um som que acha que po-de ser apresentado de forma diferente e pro-põe a mudança, que deve ser incorporada emuma nova criação. A idéia é ir problematizan-do como o coletivo pode realizar mudançasnessas cenas do cotidiano de trabalho.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P figuras, fotografias,

material de sucata para

criação de cenários.

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Nós podemos mudar!

Resultados esperados: Entender que as ce-nas do cotidiano dos trabalhadores podem sermodificadas, recriadas por meio das várias ex-pressões humanas.

12T e x t o

Objetivos• Perceber as diferentes linguagens e formas de

expressão das idéias e da realidade dos traba-lhadores, destacando a capacidade dos homense mulheres de, coletivamente, mudar o cursoda história.

Introdução“No princípio era o grito. Nós gritamos. Quandoescrevemos ou lemos, é fácil esquecer que noprincípio não é o verbo, mas o grito. Diante damutilação de vidas humanas provocada pelocapitalismo, um grito de tristeza, um grito dehorror, um grito de raiva, um grito de rejeição:NÃO”. A proposta do Centro do Teatro do Opri-

mido – CTO – é fazer com que nós possamos des-cobrir outras formas de manifestação do que so-mos, do que sentimos, revelar nossas potencia-lidades e, acima de tudo, conforme enfatiza otexto, descobrir que por sermos capazes demetaforizar o mundo, ou seja, de representá-lo,somos capazes de recriá-lo. O trabalho, segundoMarx, é o processo pelo qual o homem interagecom a natureza a fim de apropriar-se de seus re-cursos, para a garantia de seu bem-estar físico eespiritual. Nesse sentido, vamos criar outras lin-guagens culturais para que possamos manifestara história sob a ótica dos jovens e adultos traba-lhadores que são nossos alunos?

Dicas do Professor: livros: Cultura e Democracia: o discur-so competente e outras falas, de Marilena Chauí (Cortez);Mudar o mundo sem tomar o poder: O significado da revo-lução hoje, de John.Holloway ( Viramundo). Para sabermais sobre o Teatro do Oprimido, coordenado por Augus-to Boal, site http://www.ctorio.org.br/

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 51

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52 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Após a leitura do texto, apresentar a polêmi-ca e propor um debate. Para isso, a turmapoderá ser dividida em dois grupos, um a fa-vor e outro contra a realização dos rodeios,apresentando justificativas.

2. A questão geradora poderá ser: algumas pes-soas e associações protetoras de animais de-fendem a não realização de rodeios em virtudedos maltratos a que os animais são submeti-dos. Esses maltratos existem? Qual sua opiniãoa respeito?

3. Solicitar que, após o debate, cada aluno redi-ja um texto expressando sua opinião sobre otema.

Descrição da atividade

Atividade P Rodeios e controvérsias

13T e x t o

Objetivos• Discutir o lado controverso dos rodeios ofere-

cendo condições de reflexão aos alunos a partirde diferentes pontos de vista.

IntroduçãoA relação da espécie humana com animais deoutras espécies sempre existiu. Nos dias atuais,algumas relações têm gerado discussões do pon-to de vista ético e moral quanto ao tratamentoque alguns animais recebem. Exemplos disso sãoa utilização de animais em circos e rodeios.Temas assim são oportunidades didáticas en-riquecedoras, pois colocam os alunos ante situ-ações que exigem seu posicionamento e reflexão.Os rodeios vêm ganhando espaço como forma deentretenimento e fonte de geração de rendas eempregos temporários. Nos espetáculos de ro-deio são utilizados animais. Contudo, se, por umlado, essa atividade beneficia a economia local eé fonte de diversão, por outro, desagrada pessoas

preocupadas com o bem-estar dos animais, reve-lando assim seu lado polêmico. As entidades pro-tetoras dos animais têm procurado sensibilizar apopulação alertando para os maltratos dos ani-mai. Um dos pontos polêmicos consiste nos ins-trumentos que são utilizados nos rodeios paraque o animal pule com o peão em seu dorso: a)sedém, uma espécie de cinta de couro que éfortemente amarrada no corpo do animal, pas-sando na região genital; b) esporas; e c) sinos. Oobjetivo é machucar e irritar o animal. Outramodalidade polêmica é a laçada de bezerro, naqual um animal de 40 dias é perseguido pelo cav-aleiro sendo laçado e derrubado, o que podemachucá-lo gravemente.

Contexto no mundo do trabalho: As festas de peões deboiadeiros ou os rodeios agregam várias pessoas para a suarealização constituindo um pólo de atração de trabalho.

Resultados esperados:a) Desenvolver uma percepção crítica sobre a re-

lação da espécie humana com outros animais. b) Entender o lado polêmico (controverso) dessa

relação nos rodeios.

Dicas do Professor: música – Odeio rodeio, de Rita Lee eChico Cesar.

Materiais indicados:P outros textos, como

artigos de jornais,revistasou de sites que abordem

essa temática evidenciando seu ladopolêmico.

Tempo sugerido: 4 horas

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Page 53: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Área: Matemática Nível I

1. Peça aos alunos para lerem o texto e, a partirdele, responderem as seguintes perguntas: a) Qual a população aproximada de Barretos? b)Quanto, em reais, os visitantes gastaram na

viagem e quanto gastaram na cidade? c) Quantos são os empregos na cidade sem a

festa do peão? d)Quais são os sentidos que a festa do Peão

tem para a cidade de Barretos?

2. Faça as correções no quadro das questões a, be c, e medeie a discussão do item d comquestões, tais como: uma festa tem sentidodiferente para pessoas diferentes, dependendoda posição que o sujeito ocupa nela: quemconsegue emprego temporário e quem nãoconsegue; quem ganha o prêmio e quem nãoganha; quem só assiste e quem limpa a cidade;quem gosta de sossego e quem gosta de baru-lho, etc.

Descrição da atividade

Atividade P Festa e porcentagem

13T e x t o

Objetivos:• Resolver situações-problema buscando seus

dados no texto. • Identificar diferentes sentidos para uma festa.

IntroduçãoA festa do Peão de Boiadeiro, na cidade de Bar-retos, no estado de São Paulo, movimenta a eco-nomia, gerando empregos e renda. Quem se be-neficia disto?

Resultados esperados: Perceber que umafesta como a de Barretos pode adquirir di-ferentes sentidos. Responder adequadamenteàs perguntas formuladas.

Dicas do Professor: Se na sua cidade também ocorre al-guma festa como a de Barretos, faça uma pesquisa paradescobrir a economia que ela movimenta na cidade.

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 53

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Page 54: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

54 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Matemática Nível I e II

Solicite aos alunos que:

1. Calculem qual foi a quantia arrecadada noscinco dias de festa considerando que 387 milpessoas pernoitaram na região de Barretos e,em média, cada pessoa gastou R$ 580,00.

2. Encontrem o número de pessoas que não per-noitou na região de Barretos, em 2003, e es-crevam a resposta em forma de porcentagem.

3. Retirem do texto todos os valores escritos emforma de porcentagem, coloquem-nos em or-dem crescente e escrevam o significado de ca-da um deles. (é melhor papel quadriculadopara representar os números).

Descrição da atividade

Atividade P Festas populares e geração de empregos

Resultados esperados:a) Calcular arrecadações que são conseguidas

com a realização da festa popular. b) Fazer comparações com festas populares de

outras regiões. c) Verificar que há modalidades diferentes de ex-

pressão cultural.

13T e x t o

Objetivos• Verificar o sentido e o significado de eventos

festivos para uma comunidade e região, bemcomo ressaltar a possibilidade de empregostemporários em festas populares.

IntroduçãoA festa do Peão de Barretos, em 2003, recebeu682 346 participantes. Muitas pessoas que nãoresidem em Barretos pernoitaram na região du-rante 5 dias. Isso fez com que a economia de Bar-retos e região fosse reforçada. Nessa festa, ondeum número significativo de pessoas comparecepara se divertir, há também homens e mulheresque trabalham, uns para colaborar com a con-tinuidade da tradição dos festejos, outros para

Contexto no mundo do trabalho: Festas populares,além de possibilitar interação social, trazem diversões, la-zer e emprego temporário a muitas pessoas.

reforçar sua renda. A festa gera 4600 empregos,é uma oferta significativa para aquelas pessoasque estão desempregadas. Seus alunos já partici-param ou ouviram falar nessa festa? Localize nomapa do Brasil onde se situa Barretos. Qual arazão do título Nem tudo é brincadeira, nos diasdo evento? Em sua localidade, há festas popu-lares? Se há, elas geram empregos? Que tipos deserviços temporários são oferecidos? Conversecom os alunos a respeito.

Materiais indicados:P calculadora e papel

quadriculado.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do Professor: filme – Quanto vale ou é por quilo?,de Sérgio Bianchi.

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Page 55: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Área: Português Nível I

1. Ler o texto com os alunos e perguntar se co-nhecem a festa descrita no texto. Questionar:por que nem tudo é só festa? Que tipos de em-pregos são gerados num evento como o deBarretos? Se você fosse o prefeito de Barretos,que tipo de investimento faria na cidade paramelhor atender os visitantes da festa? E para apopulação local?

2. Jogo do TCHAN, TCHEN, TCHIN, TCHON,TCHUN.a) Pedir a seis alunos que escolham uma pa-

lavra do texto e a escrevam no quadro. b) A seguir, pedir a um aluno que leia uma das seis

palavras, de acordo com as instruções a seguir.Instruções: A palavra será soletrada, mas nãoserão ditas as vogais. No lugar delas, o alunodeverá dizer TCHAN se a vogal for A; TCHEN sea vogal for E e assim por diante. Exemplos:palavra escolhida: “ocupações”, tarefa oral doaluno: TCHON, C, TCHUN, P, TCHAN, Ç,TCHON, TCHEN, S. Palavra escolhida: “chefe”,tarefa do aluno: C, H, TCHEN, F, TCHEN.

3. A seguir, perguntar a outro aluno qual foi apalavra lida. Se errar, será o próximo a sole-trar uma nova palavra. Se acertar, escolheráum aluno para soletrar e outro para adivinhara nova palavra. E assim por diante.

Descrição da atividade 4. Se quiser aumentar a dificuldade, pedir ao so-letrador que escreva a forma como deverá di-zer a palavra e, assim, ampliar a velocidadedo falar.

5. O jogo pode ser modificado para reconheci-mento das consoantes. Basta escolher duas outrês letras (R, S, N, por exemplo) e mudar aforma de soletrar: TRAN, TSAN, TNAN).Exemplo: palavra escolhida do texto: “partici-pantes”, tarefa do aluno: P, A, TRAN, T, I, C, I,P, A, TNAN, T, E, TSAN.

Atividade P Jogos de alfabetização: reconhecimento das vogais

Resultados esperados: Estimular, pela ati-vidade lúdica, a observação sobre a grafia dosvocábulos.

13T e x t o

Objetivos• Reconhecer as vogais de uma palavra; desen-

volver a oralidade.

IntroduçãoÉ importante que os alunos reconheçam as vo-gais em uma palavra. O jogo, a seguir, trabalha acompetência dos alunos no reconhecimento dasvogais, permitindo sua variação com as con-soantes também.

Tempo sugerido: 1 hora

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 55

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Page 56: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

56 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Peça aos alunos para trazerem rótulos deóleos vegetais, margarinas, gordura vegetal eazeite de oliva.

2. Os alunos devem construir uma tabela, con-tendo as seguintes informações: nome do óleo,origem (soja, algodão, etc.), conteúdo ener-gético e composição.

3. Identifique com os alunos as principais seme-lhanças entre os rótulos de diferentes produ-tos e se há alguma diferença significativa en-tre os óleos analisados.

5. Peça aos alunos para informarem qual foi autilização dos produtos associados a cada ró-tulo, buscando identificar se eles diferem emseu uso doméstico ou comercial.

Descrição da atividade

Atividade P Óleos e azeites

14T e x t o

Objetivos• Identificar as diferentes fontes de óleos utiliza-

dos em nossa cozinha. • Reconhecer a importância e o valor nutricional

dos óleos vegetais.

IntroduçãoO texto traz receitas de pratos típicos de algumasregiões do país, que envolvem o uso de ingre-dientes, como o azeite de dendê. Dá-se o nomede óleo vegetal à gordura que é líquida à tempe-ratura ambiente. Ele provê ácidos graxos essen-ciais pra a formação e manutenção das membra-nas das células, para a produção de hormônios decrescimento e sexuais, além de absorver vitami-nas que se dissolvem apenas em gordura, comoA, D, E e K. Gorduras de origem vegetal possuemuma estrutura que dificulta o seu empacotamen-

to, sendo por isso líquidas. Já as gorduras deorigem animal são intrinsecamente propensas aoempacotamento, o que as tornam sólidas. Ele-mentos químicas que dificultam o empacotamen-to dos óleos e os tornam líquidos são muito im-portantes para a nossa saúde, pois sãomatéria-prima para a produção de substânciasque dão sensação de bem-estar e auxiliam na ci-catrização e cura de processos inflamatórios,além de serem controlarem os níveis de coles-terol, entre outros. As plantas que fornecem óleopara a nossa alimentação são: coco; azeitona –azeite-de-oliva; palma – azeite de dendê; colza –óleo de canola; soja e girassol.

Contexto no mundo do trabalho: A indústria alimentí-cia e a saúde.

Resultados esperados: Identificar as dife-rentes fontes de óleos utilizados em nossa cozi-nha. Reconhecer a importância e o valor nutri-cional dos óleos vegetais.

Dicas do Professor: Óleos e gorduras podem sofrer de-composição quando expostos à luz solar, ao ar e à açãodo calor. Recomenda-se que eles sejam armazenados aoabrigo da luz e em local fresco, preferencialmente em em-balagem opaca, a fim de reduzir o aparecimento de acideze sabor rançoso. Quando óleos são aquecidos a elevadastemperaturas, como na fritura, transformações químicasacontecem e dão origem a substâncias nocivas. Assim, re-comenda-se que eles não sejam aquecidos a tempera-turas acima de 180°C e substituídos ou renovados comfreqüência, antes que apareçam alterações como cor es-cura e cheiro desagradável.

Materiais indicados:P embalagens de óleos

vegetais, margarinas,

gordura vegetal e azeite.

Tempo sugerido: 1 hora

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Page 57: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Peça a cada aluno para escrever uma receita.Àqueles que não souberem, peça que des-crevam como fritar um ovo.

2. Junto com eles, leia as receitas do texto equestione-os sobre: a) o material utilizado; b)o processo de trabalho; c) o conhecimentonecessário; d) o produto e sua finalidade. (Oobjetivo é que eles possam observar a açãodos seres humanos transformando a naturezapor meio do trabalho, a fim de responder auma necessidade específica: comer).

3. Peça que identifiquem em suas receitas ele-mentos da natureza e do processo de traba-lho.

4. Apresente a eles receitas de outros países cujaculinária seja bastante diferente.

5. Problematize sobre as diferentes formas so-ciais e culturais de responder à necessidade decomer.

Descrição da atividade 6. Solicite a elaboração de um painel de foto-grafias com o tema: “Comida: fruto do trabalhoe expressão das relações sociais e culturais”.

Materiais indicados:P revistas e jornais;

cartolinas e papéis

coloridos.

Tempo sugerido: 6 horas(dois encontros)

Atividade P A fome é natureza. Comida é cultura e trabalho

Resultados esperados: Reflexão sobre a for-ma como os seres humanos, por meio do traba-lho, respondem às necessidades impostas pelanatureza, produzindo-se social e culturalmente.

14T e x t o

Objetivos• Perceber que os seres humanos respondem às

necessidades impostas pela natureza por meiodo trabalho, produzindo-se social e cultural-mente.

IntroduçãoA partir das receitas apresentadas e de tantasoutras que seus alunos e alunas devem conhecer,podemos iniciar uma discussão sobre nossacondição humana. Como seres humanos, somosmarcados pela natureza: não escolhemos sentirou não necessidade de comer ou beber. No en-tanto, a forma como respondemos a essas neces-sidades é que define a nossa condição, não ape-

nas como seres da natureza, mas sujeitos sociaisque produzem historicamente formas diferen-ciadas de responder às necessidades. Essas neces-sidades são respondidas por meio do trabalho,por meio do qual, ao mesmo tempo, os seres hu-manos transformam a natureza e a si próprios.Por isso, não é suficiente falar em natureza hu-mana, pois produzimos a própria vida nas re-lações recheadas de história e de cultura. Organi-zamos e atribuímos nomes, sentidos, gostos,cheiros e tantas outras sensações às nossas expe-riências. Assim, a comida feita a partir das re-ceitas apresentadas contém natureza, trabalho ecultura como ingredientes.

Dicas do Professor: livros – Convite à filosofia, de Ma-rilena Chauí; Filosofando: Introdução à filosofia, de MariaLucia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins.filme – Ilha das Flores, de Jorge Furtado; música – Comida,dos Titãs.

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58 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Dividir a turma em grupos. Cada grupo ficaráencarregado de estudar uma região do Brasilpor meio de uma receita de comida. Grupo 1:maniçoba (região Norte); Grupo 2: acarajé(região Nordeste); Grupo 3: pamonhada(região Centro-Oeste); Grupo 4: virado à pau-lista (região Sudeste); Grupo 5: siri no bafo(região Sul).

2. Levar para a sala de aula, um mapa do Brasil,dividido em regiões e livros didáticos deGeografia. Localizar as regiões e os estadosno mapa.

3. Cada grupo deverá escolher um texto, ler e in-terpretar a receita; procurar o significado daspalavras desconhecidas. Destacar: os produtosde origem vegetal, agrícolas, usados na recei-ta; os de origem animal; os produtos in naturae os industrializados. Procurar saber se os in-gredientes são típicos da própria região ou sevêm de outras.

4. Em seguida, buscar conhecer quais são as prin-cipais produções econômicas da região: dadossobre economia, população, indicadores so-

Descrição da atividadeciais; origem das comidas analisadas, cos-tumes e tradições da região.

5. Montar um painel com imagens, frases, dese-nhos e apresentar a região e a comida típica.

6. Apresentar oralmente para a turma e afixar opainel na parede. Se for possível, apreciar umdos pratos em sala de aula.

Atividade P As regiões do Brasil

14T e x t o

Objetivos• Caracterizar os aspectos sociogeográficos e cul-

turais das regiões brasileiras.• Reconhecer e respeitar a diversidade cultural

do nosso país.

IntroduçãoO estudo da Geografia, durante muito tempo,privilegiou os aspectos naturais e humanos, des-colados da compreensão sócio-histórica e cultur-al. Assim, o “decoreba” de fatos e dados era aprincipal metodologia de ensino empregada. Asmudanças operadas na pesquisa acadêmica e no

ensino de Geografia, no século XX, possibilitam,hoje, a partir de qualquer tema e material, ana-lisar diferentes dimensões do espaço geográfico,reconhecer e caracterizar a paisagem, a popu-lação, seus costumes e suas relações, sem deter-minismos e ortodoxias. Assim, as receitas de co-midas típicas de cada região proporcionam odesenvolvimento de forma crítica e criativa, desituações de ensino e aprendizagem em dife-rentes áreas do conhecimento. Também permitemdesenvolver atitudes de respeito, e valorizaçãodas diversas manifestações da nossa cultura.

Resultados esperados:a) Através do estudo de hábitos alimentares, ca-

racterizar os aspectos sociogeográficos e cul-turais das regiões brasileiras.

b) Reconhecer e respeitar a diversidade culturaldo nosso país. Produção de um painel coletivo.

Dicas do Professor: No site do MEC há uma listagemdos livros recomendados: www.mec.gov.br. No site doIBGE encontram-se dados atualizados das regiões:www.ibge.gov.br.

Materiais indicados:

P mapa do Brasil emregiões, livros didáticos,

papel, cola, revistas,fotografias, imagens.

Tempo sugerido: 2 horas

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Área: Geografia Nível I e II 14T e x t o

1. Ler as receitas de diferentes lugares do Brasil.Debater quem conhece uma ou outra, seus in-gredientes e modos de fazer.

2. Questionar os alunos a respeito das comidasde que mais gostam, das que não comem maise sentem saudade, das que marcam suas me-mórias por algum motivo.

3. Fazer uma lista dessas comidas, identificandosua procedência, de que região brasileira sãocaracterísticas e por que fazem parte de suasmemórias. Propor uma pesquisa das receitasdessas comidas.

4. Pesquisar receitas típicas de outras regiõesbrasileiras que não foram contempladas nas“memórias” dos alunos.

5. Discutir as receitas, os ingredientes e suas ori-gens, os modos de fazer.

6. Propor a organização de um livrinho, no qualcada região brasileira esteja representada porpelo menos uma receita.

7. Essas receitas podem ser acompanhadas das

Descrição da atividade memórias de vida dos alunos, da indicação doque delas se recordam, do relato dessa lem-brança ou de uma pequena história do pratoou de um de seus ingredientes.

Atividade P Identidade alimentar

Objetivos• O objetivo é refletir como a alimentação esta-

belece vínculos de identidade regional.

IntroduçãoQuem não tem na memória um alimento e suarelação com o lugar, a casa, a ocasião, a família,a região e mesmo o país? Os cariocas comem fei-jão-preto e os paulistas feijão-carioca. Os gaú-chos aconchegam-se com o chimarrão, enquanto

os nordestinos saboreiam seus sorvetes de fruta(graviola, mangaba, umbu, cajá...). As comidassão culturais e refletem elementos repletos dehistórias de muito tempo. Enquanto a tapiocaconta das tradições indígenas dos beijus, a pre-dominância do pão francês, feito de trigo, ex-pressa hábitos herdados dos europeus desde adominação colonial. Estudar comida e trocar re-ceitas pode assumir uma dimensão de estudosculturais e geográficos.

Resultados esperados: Refletir sobre como aalimentação estabelece vínculos de identidaderegional.

Dicas do Professor: livro – História da alimentação noBrasil, de Luís da Câmara Cascudo (Itatiaia/EDUSP).

Tempo sugerido: 4 horas

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60 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II 14T e x t o

1. Comece pedindo aos alunos que montem umcardápio típico de um brasileiro (café-da-ma-nhã, almoço e jantar). Fale dos tipos de comidaque os brasileiros de um modo geral con-somem. Apresente o estilo norte-americano dese alimentar. Café-da-manhã: panquecas (do-ces, massa diferente da panqueca no Brasil),ovos mexidos com pedaços de bacon, torradas,cereais com leite e achocolatados. É considera-da a refeição mais importante do dia. Almoço:um sanduíche. Restaurantes fast-food e bancasde cachorro quente costumam fazer muitosucesso, principalmente em cidades grandes.Jantar: janta-se fora ou compra-se comidapronta. Não é comum cozinhar, a não ser emépocas de corte de gastos e, mesmo assim, atendência é a compra de congelados para mi-croondas. Comidas típicas americanas incluem:Cole-slaw – salada de repolho com um molho es-pecial à base de mostarda; Caesar Salad – saladade alface americana e alface romana com mol-ho à base de maionese, com queijo parmesãoralado e croutons (cubinhos torrados de pão);Macaroni with cheese – macarrão tipo noodles(pequenas trouxinhas) com queijo derretido;Fried chicken – pedaços de frango empanados;Peanut Butter – pasta de amendoim; Apple Pie –torta de maçã com canela (deve ser servidaquente); Brownies – bolo de chocolate rechea-do com calda de chocolate e nozes; Cookies –biscoitos de nozes e gordura vegetal com gotas

Descrição da atividade de chocolate. Receita: Panquecas americanas:500 ml de farinha de trigo (use um medidor delíquidos para medir), 250 ml de leite, 70 ml deaçúcar, 2 ovos, 1/2 colher de sopa de sal, 3 col-heres de sopa de fermento instantâneo, óleo desoja para fritar. Misture todos os ingredientes.Misture bem, mas sem bater. Coloque óleo nu-ma frigideira (o suficiente para “molhar” ofundo). Coloque um pouco da massa nafrigideira, formando um círculo. Quando asbordas começarem a dourar e houver bolhasna superfície da massa, pode virar a panqueca.Doure o outro lado e passe para um prato. Noprato, coloque um pouco de manteiga, canelae mel, ou geléia. Está pronta para servir.

2. Solicite aos alunos que pesquisem outras re-ceitas dos Estados Unidos e da Inglaterra.

Atividade P Typical food

Objetivos• Familiarizar os alunos com alguns pratos típicos

e hábitos alimentares dos norte-americanos.

IntroduçãoO texto traz receitas de pratos típicos da culturabrasileira. Trata-se de uma boa oportunidadepara discutir com os alunos as diferenças cultu-rais expressas na culinária de cada país.

Resultado esperado: Aumentar a consciênciados alunos sobre as diferenças culturais que serefletem na alimentação.

Dicas do Professor: Se possível, combine com os alunospara fazer as panquecas e comê-las em grupo.

Tempo sugerido: 60 a 70 minutos

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Área: Matemática Nível I

Proponha aos alunos as seguintes questões:

1. Calculem quantos siris são necessários paraservir uma dúzia e meia de pessoas, sendo que1/3 consome 3 porções e as demais conso-mem 2 porções. Como referência, usem a re-ceita indicada no texto.

2. Encontrem a metade dos ingredientes da pa-monhada, exceto o sal.

3. Determinem o aumento da quantidade de in-gredientes de virado à paulista, para 3 dúziasde porções.

4. Divida a turma em 5 ou 10 grupos. Solicite quecada grupo trabalhe com a receita de uma regiãoe elabore uma tabela conforme o modelo:Receita: Acarajé

5. Solicite que troquem as tabelas e corrijam en-tre si.

6. Conferir os resultados, aproveitando para re-visar conceitos e operações com frações.

Descrição da atividade

Atividade P Cultura e alimentação

14T e x t o

Objetivos• Abordar aspectos culturais relacionados a re-

ceitas típicas.• Realizar cálculos que envolvam conceitos ma-

temáticos em uma receita.

IntroduçãoAlém da necessidade biológica, comum a todos osseres humanos, a alimentação mostra a variedadecultural dos povos. Muito da alimentação dediferentes povos tem a ver com valores simbólicosque são produzidos por suas culturas em determi-nados tempos e espaços. O aspecto nutricional,muitas vezes, não é o fator preponderante da es-colha alimentar, por exemplo, o leite de vaca,

Contexto no mundo do trabalho: A necessidade de ali-mentação e de abrigo está na origem do trabalho humanoe, portanto, de toda a construção cultural e social. Saberinterpretar e calcular receitas conforme a necessidade éhabilidade cultural importante.

Resultados esperados:a) Identificar aspectos culturais relacionados à ali-

mentação humana. b) Efetuar operações matemáticas que envolvam:

dúzia, meia dúzia, multiplicação, divisão, fraçãoe regra de três.

Dicas do Professor: filme – O tempero da vida, de TassoBoulmetis.

Tempo sugerido: 2 horas

considerado um alimento com alto teor nutritivo,em alguns povos, é desprezado. Outro aspecto adestacar é que há um padrão de cultura no servira comida, e no uso dos utensílios, na forma depreparar uma refeição e uma receita, por pessoasde diferentes nacionalidades. A religiosidade éoutro aspecto cultural que influencia os hábitosalimentares.

INGREDIENTE

feijãocebola alhoóleo

sal

QUANTIDADEORIGINAL

1/2 quilo1 unidade3 dentessuficientepara fritara gosto

MEIA RECEITA

250 g1/2 unidade1/2 dentessuficientepara fritara gosto

RECEITA DOBRADA

1 quilo2 unidade6 dentessuficientepara fritara gosto

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 61

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62 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Matemática Nível I

Divida a turma em cinco grupos. Cada grupo re-presentará uma das regiões cuja receita compõeo texto. O grupo deve:

a) Localizar a região correspondente no mapa.

b) Calcular a quantidade de ingredientes que seriasuficiente para preparar a receita selecionadapara toda a turma. Destaque e oriente o usodos conceitos de razão e proporção (atravésda regra de três), para calcular as quantidadesde ingredientes necessários para elaborar a re-ceita para todos os alunos. Poderá ser elabora-da uma tabela com a seguinte estrutura:

Descrição da atividade c) Calcular o custo total da receita para a turma.(Se algum ingrediente não existir na região ounão for conhecido pelo grupo, os alunos po-dem fazer uma estimativa do seu preço no lo-cal de origem).

Atividade P Receita na medida certa

Resultados esperados: Adaptar receitas àsquantidades proporcionais ao número de alunosda turma.

14T e x t o

Objetivos• Aplicar o conceito de razão e proporção na ela-

boração de uma receita.

IntroduçãoA culinária brasileira, fruto do trabalho e da cul-tura de diferentes povos, é variada e rica. Pre-parar um alimento seguindo uma receita exigealguns saberes: razão e proporção, medidas demassa e líquidos, além, é claro, das ervas e tem-

peros. São saberes que permeiam um trabalhocorriqueiro que as cozinheiras aplicam, na maio-ria das vezes, sem saber que sabem.

INGREDIENTE

feijãocebola alhoóleo

sal

QUANTIDADEORIGINAL

1/2 quilo1 unidade3 dentessuficientepara fritara gosto

NOVA QUANTIDADE

suficientepara fritara gosto

Total

CUSTO

Tempo sugerido: 2 horas

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Área: Português Nível I e II

1. Ler as receitas com os alunos. Verificar quaisconhecem e quais desconhecem. Quem já sa-boreou as receitas pode comentar o que achou.Se alguém souber fazer uma delas, pode-se soli-citar à classe os ingredientes e, num dia espe-cial, prová-la, num jantar coletivo.

2. Mostrar que as receitas são textos instru-cionais, que precisam ser cuidadosamente or-denados, para evitar erros na execução datarefa.

3. Ler com os alunos, na íntegra, o texto Feijoa-da à minha moda, de Vinícius de Moraes (facil-mente encontrado na Internet). Estes são al-guns fragmentos: Feijoada à Minha Moda(Melhor do que nunca!) este poeta/ Segundomanda a boa ética/ Envia-lhe a receita (poéti-ca)/ De sua feijoada completa. Em atenção aoadiantado/ Da hora em que abrimos o olho/O feijão deve, já catado/ Nos esperar, feliz, demolho/ E a cozinheira, por respeito/ À nossamestria na arte/ Já deve ter tacado peito Epreparado e posto à parte/ Os elementos com-ponentes/ De um saboroso refogado/ Tais: ce-bolas, tomates, dentes/ De alho — e o quemais for azado.

4. Ler, também, a receita de Vatapá, criada porDorival Caymmy: “Quem quiser vatapá, queprocure fazer. Primeiro o fubá, depois o dendê,procure uma nega baiana. Que saiba mexer”(também facilmente encontrável na Internet).

Descrição da atividade 5. Pedir aos alunos que, como fizeram Vinícius eCaymmi, criem uma “receita poética” a partirdas receitas lidas ou outras, à vontade.

6. Num segundo momento, pedir que criem re-ceitas para formar “um bom cidadão”, “um ex-celente presidente de empresa”, etc.

Atividade P Receita poética

Resultados esperados: Ampliação da capaci-dade de escrever textos em diversos registros egêneros.

14T e x t o

Objetivos• Transformar texto instrucional em poema.

IntroduçãoVocê sabe a receita para formar um péssimocidadão? Quantas xícaras de desrespeito sãonecessárias? Quantos gramas de preconceito?Quantas colheres de má educação?

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 63

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64 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. Formar grupos de 4 pessoas.

2. Ler e analisar o texto tentando responder àsperguntas feitas pelo autor.

3. De acordo com as características de seuteatro, o grupo deverá dar vida ao texto, es-colhendo pelo menos dois elementos paracriar uma cena de teatro épico.

4. Apresentar a cena.

5. Discutir o exercício, levando em consideraçãoo impacto causado no público.

Descrição da atividade

Atividade P Cena épica

15T e x t o

Objetivos• Criar uma cena de teatro épico.

IntroduçãoBertolt Brecht, um dos maiores autores do séculoXX, não é conhecido apenas pelos textos que es-creveu, mas por ter criado um outro jeito de inter-pretar e de se comunicar com o público. O início doséculo XX é marcado por grandes avanços na cenateatral. Antes de Brecht e de Stanislavski, o teatrolevava em consideração muito mais as interpre-tações isoladas do que o espetáculo como um todoe as relações entre as personagens ou entre essas eo público. Stanislavski propôs um trabalho de atorvoltado à pesquisa de objetivos e motivações pes-soais da personagem ao dizer ou fazer qualquercoisa em cena. Volta os olhos do ator para a cena epara tudo o que acontece dentro dela. Ele quer umator envolvido com a sua ação, com as outras per-sonagens e não ávido para expor suas habilidadesartísticas para o público de maneira independente.O espetáculo para ele deve se assemelhar à reali-

dade de tal forma que o público “acredite” naquiloque vê na cena. Brecht, por sua vez, estará preocu-pado com a perspectiva histórica e social e nãocom os aspectos individuais. O indivíduo será ape-nas uma peça de uma engrenagem maior. Ele querum ator crítico, capaz de trazer em sua interpre-tação também o seu posicionamento quanto à per-sonagem e ao autor. Ele não quer um público en-volvido na ilusão do teatro. Suas encenaçõesbuscam despertar o espírito crítico e o posiciona-mento político do público. Para isso, ele buscarácriar na estrutura dos textos, na encenação e na in-terpretação mecanismos que quebrem a ilusão,provocando estranhamento, através da utilizaçãode: narrativa (daí ser o seu teatro épico), músicascomo parte constitutiva do próprio texto (comouma ópera), maquiagem branca, gestos que carac-terizam estratos ou ações sociais em vez de carac-terísticas individuais, direcionamento de trechosdiretamente ao público, coro e fábulas. Seus textostratam basicamente da exploração do homem pelohomem.

Dicas do Professor: sites –cliquemusic.uol.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DIS-CO&Nu_Disco=976 www.culturabrasil.pro.br/brecht.htm pessoal.onda.com.br/charlesb/citacao/Bertold_Brecht.htmwww.apropucsp.org.br/revista/rcc01_r09.htm educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2006/09/07/000.htmTempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados:a) Perceber que, além de arte e lazer, o teatro

também possui uma função social.b) Considerar a possibilidade de o teatro tam-

bém provocar transformações sociais.c) Perceber diferenças entre vários tipos de teatro.

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Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Em grupos, proponha que os alunos façam aleitura do texto, identificando palavras oufrases que desconheçam. Com ajuda de di-cionários e por meio de um debate, estimule-os a construir seus significados.

2. Para uma melhor compreensão do texto, pro-ponha uma leitura em voz alta e, em seguida,solicite que façam o exercício de identificarquem, de fato, construiu as grandes realiza-ções citadas no texto: a) Quem construiu a Tebas de sete portas, a

Babilônia várias vezes destruída, a Muralhada China, etc.?

b) Essas realizações foram obras individuaisou coletivas?

3. Em seguida, abra o debate perguntando o queos alunos compreendem por produção cultu-ral? Solicite que cada aluno use a imaginação

Descrição da atividade e lembre-se de algo que tenha feito individuale/ou coletivamente e que identifique comoum trabalho de produção cultural.

4. Peça que anotem em seu caderno e, em segui-da, leiam em voz alta para os demais.

Atividade P Trabalho e produção cultural

15T e x t o

Objetivos• Problematizar o conceito de cultura articulan-

do-o às diferentes concepções de mundo e àsformas pelas quais os seres humanos, por meiodo trabalho, estabelecem relações com a na-tureza e com outros seres humanos.

IntroduçãoOs meios de comunicação tentam cristalizar aidéia de que a cultura é apenas a indústria doentretenimento, desassociando o papel do tra-balho humano como forma de expressão cultu-ral. Assim, de um lado, temos a indústria cultur-al voltada para o mercado capitalista, e deoutro, a cultura que manifesta as formas comoum grupo transforma a natureza para produzir

seus meios de subsistência, a forma como se dáa sua organização social e produção artística,bem como as linguagens que utiliza para sim-bolizar e se comunicar. Como nos diz Gramsci,“criar uma nova cultura não significa fazer indi-vidualmente descobertas ‘originais’; significatambém, e sobretudo, difundir criticamente ver-dades já descobertas, socializá-las por assim diz-er; transformá-las, portanto, em base de açõesvitais, em elemento de coordenação e de ordemintelectual e moral”. O texto de Bertold Brechttambém suscita a necessidade de construir umahistória em que os trabalhadores, com seu modode vida, sejam produtores da cultura e, ao mes-mo tempo, processo e produto de relações políti-cas, econômicas e sociais.

Resultados esperados: Perceber-se como pro-dutor de cultura.

Dicas do Professor: livro – Política educacional e indústriacultural, de Bárbara Freitag (Cortez). Sobre a série Escola eprodução cultural, do programa Salto para o Futuro, da TVEscola, veja www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2001/epc/epc0.htm

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 65

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66 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Realizar a leitura coletiva do poema.

2. Destacar os casos em que a glória recai sobreos líderes, e os liderados não são lembradosno texto:a. Tebas – pedreiros b. Babilônia – pedreiros c. Muralha da China – pedreiros d. Roma – pedreiros e. Bizâncio – pedreiros f. Atlântida – escravos g. Derrota da Índia – soldados h. Derrota dos Gauleses – soldados / cozi-

nheiro i. Guerra dos Sete Anos – soldados.

3. Questionar os alunos sobre a existência realdos trabalhadores nos casos acima.

4. Solicitar aos alunos que procurem resgatar ou-tros casos nas mesmas condições, mais especifi-camente, aqui no Brasil.

5. Questionar ainda sobre quem são os verda-deiros produtores das riquezas: são os reis,

Descrição da atividade rainhas, generais, chefes, presidentes, entreoutros, ou são os trabalhadores produzindocoletivamente.

6. Anotar a síntese das conclusões em cartazesque serão expostos na sala de aula.

Atividade P A riqueza produzida por todos

15T e x t o

Objetivos• Possibilitar a reflexão sobre quem são os pro-

dutores que geram as riquezas no mundo.• Analisar o contar da história sempre sob a ótica

dos líderes e comandantes.

IntroduçãoNormalmente, conta-se a história das glórias, doschefes, reis, imperadores, generais e presidentes.Parece que os trabalhadores, escravos, serviçaisnão existem e nem participaram dela. A ativi-

dade procura resgatar o valor daqueles “anôni-mos” que estiveram no front da guerra, nas cons-truções, no abastecimento de alimentos, nosserviços de saúde e muitos outros que deram su-porte para que a história realmente acontecesse.Estes trabalhadores silenciosos são os que efeti-vamente operaram os feitos históricos, que pro-duziram as bases, os bens necessários ao desen-volvimento, que deram seu suor e, muitas vezes,sua vida, para que o motor da história fun-cionasse.

Resultados esperados: Levar o aluno à re-flexão sobre a origem dos bens produzidos enecessários ao desenvolvimento social. Com-preender que a história é o produto da ação deum sem-número de agentes, normalmente igno-rados e tornados invisíveis diante da glorificaçãode seus líderes.

Dicas do Professor: Uma nova linha de pesquisa identi-fica as pessoas invisíveis na sociedade, ou seja, aquelasque passam despercebidas pela função que exercem, nor-malmente, de baixa qualificação e renda, em trabalhosdesvalorizados socialmente. O site da Radiobrás aborda oassunto em www.radiobras.gov.br/especiais/pessoasinvi-siveis/pessoasinvisiveis_capa.htm.

Tempo sugerido: 3 horas

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Área: História Nível I

1. Ler o poema com o grupo de alunos. Reler emvoz alta. Situar os fatos e os personagens cita-dos no texto. Discutir o texto, focalizando asquestões: quem faz a História? Apenas osgrandes homens? E os trabalhadores?

2. A partir da discussão anterior, encaminhar aseguinte proposição: Se todos nós fazemoshistória, por que nossa história não é registra-da? Quem é você? Qual o seu nome? Qual é asua história? Quem somos nós? Para escrevera História utilizamos diferentes registros?Quais? (Textos, imagens, mapas, cartas, fo-tografias etc.).

3. Motive os alunos a reunirem os registros desua história de vida, suas lembranças, ima-gens, fotos, objetos e documentos pessoais co-mo certidão de nascimento e documento deidentidade (RG).

4. História de vida. Após reunir os documentos,motivar os alunos a escreverem sua autobio-grafia. Ressalte a importância de registrar o

Descrição da atividade nome, a data e o local de nascimento, suadescendência, o jeito de ser e viver de cada um,as mudanças e as permanências, os aconteci-mentos que mais marcaram sua vida. Após aprodução escrita, aqueles que quiserem, po-derão ler e divulgar seus textos, podendo fixá-los na sala em um varal com o título: TantasHistórias!

Materiais indicados:P materiais diversos

trazidos pelos alunos.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Quem são os sujeitos da História?

Resultados esperados: Refletir sobre o que éHistória, quem a faz e se reconhecer como su-jeito dessa História. Produção de textos a partirda história de vida de cada um.

15T e x t o

Objetivos• Discutir o que é História, quem faz a História e

a importância da História para a nossa vida.

IntroduçãoTodos nós fazemos história, mas nem todos pen-sam assim, nem todos se consideram sujeitos daHistória. Quantas vezes ouvimos dos nossos alunosque nós não fazemos História e, sim, personagenscomo Princesa Isabel, D. Pedro, etc. Esta noção deHistória que privilegia datas, fatos e heróis foi am-plamente difundida entre nós, e marca nossasconcepções. O poema de Bertold Brecht nos instigaa questionar quem são os sujeitos, o que é história,

como ela é escrita, por quem ela é produzida? As-sim, o texto constitui excelente material para, apartir dele, estimular o auto-conhecimento, a ex-pressão oral e escrita da história individual e cole-tiva, a compreensão da história como uma cons-trução e não uma verdade absoluta. A História,como sabemos, estuda aquilo que os homens, mu-lheres e crianças fazem durante sua vida, nos dife-rentes lugares e tempos. Por meio de diversos re-gistros é possível escrever a nossa própria história,do nosso grupo, do Brasil e do mundo. A Histórianos ajuda a compreender quem somos, o nossomundo, para que possamos viver melhor e trans-formá-lo!

Dicas do Professor: canções – Futuros Amantes, de ChicoBuarque e O quereres, de Caetano Veloso. Consultar ou-tras atividades na Revista de História da Biblioteca Na-cional, site: www.revistadehistoria.com.br.

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 67

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68 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Escreva no quadro as seguintes frases: “Isso émamão com açúcar”/ “Dar com os burrosn’água”/ “Ele é pé frio”/ “Ela é burra comouma porta”.

2. Peça aos alunos para explicarem o significadodessas expressões. Diga a eles que todas as lín-guas possuem expressões idiomáticas que nãopodem ser entendidas literalmente. Isso sig-nifica que, quando falamos outra língua, nãopodemos fazer uma tradução “ao pé da letra”,porque ela não fará o menor sentido para apessoa de outra cultura. Por exemplo: “mamãocom açúcar” significa “muito fácil”. Essa ex-pressão em inglês é “piece of cake”, que emportuguês literal seria “pedaço de bolo”.

3. Veja a seguir algumas expressões em inglês:24/7 (twenty four seven) – 24 horas por dia. Air-head – cabeça de vento. Big mouth – linguaru-do. Couch potato – pessoa preguiçosa que nãose exercita, só vê TV. Nerd – pessoa muito estu-diosa, normalmente sem muitos amigos. Surfthe web – acessar a Internet. Go bananas – en-louquecer. Chick – garota bonita, gata. Butter-flies in the stomach – ansioso(a), nervoso(a).Egghead – pessoa intelectual, inteligente, quepensa bastante. Apple polisher – puxa-saco.Junk food – comida sem valor nutricional (do-

Descrição da atividade ces, frituras, etc.). Fall in love – apaixonar-se.To rain cats and dogs – chover muito. To learn byheart – decorar, memorizar. Hard up – duro,sem dinheiro. Sweet tooth – pessoa que gostamuito de doces.

4. Separe as expressões de seus significados epeça aos alunos que formem duplas. Cada du-pla deve receber um kit com todas as expres-sões e todos os significados.

5. As duplas deverão discutir e formar os parescorretos.

6. Depois que todos terminarem, confira as res-postas corretas e peça aos alunos que copiema lista (ou distribua cópias do vocabuláriopara cada um).

Atividade P Chat

16T e x t o

Objetivos• Ensinar algumas gírias e expressões em inglês.

IntroduçãoO texto fala da febre por dicionários e seu nível

de especificidade, principalmente no tocante às

figuras de expressão, gírias, etc. Disso resulta anecessidade de apresentar algumas expressõesidiomáticas para o aluno.

Resultado esperado: Memorizar algumas ex-pressões idiomáticas em inglês.

Tempo sugerido: 1 hora

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 69

Área: Artes Nível I e II

1. Individualmente, o aluno deverá sublinhar notexto os trechos que mais chamaram a suaatenção.

2. Escolher dentre os trechos sublinhados umpara transformá-lo em uma cena.

3. O trecho escolhido será analisado segundo asações e sentimentos que o compõem.

4. Elaborar uma lista segundo a ordem de movi-mentos necessários para realizar cada umadas ações presentes no trecho.

5. Escolher uma palavra ou pequena frase paraarticular com a movimentação de cena.

6. Ensaiar a cena, levando em consideração apossibilidade de repetição de alguma dasações.

7. Apresentar.

8. Discussão final tendo por foco a pesquisa demovimentos.

Descrição da atividade

Atividade P Dança-Teatro

17T e x t o

Objetivos• Pesquisar movimentos para a criação de cena. • Criar uma cena de dança-teatro.

IntroduçãoSe a dança, convencionalmente, é caracterizada pe-lo movimento acompanhado de música e o teatro,pela palavra e pela narrativa, a dança-teatro éuma forma de arte baseada na combinação entreeles. Ela utiliza desde o movimento cotidiano(abrir uma porta, acender o fogo), até o abstrato,

em uma construção narrativa que pode ou nãoser acompanhada de música. A repetição de ummovimento cotidiano, por exemplo, pode trans-formar esse movimento em algo abstrato. Obailarino de dança-teatro é alguém que pensa-sente-faz. É alguém que sublinha uma combi-nação de ações corporais com palavras, de formaexpressiva, porém não ilustrativa. Pina Bausch,bailarina e coreógrafa alemã, é a grande repre-sentante deste movimento.

Resultados esperados: Experimentar umanova forma de expressão artística.

Dicas do Professor: sites –www.un i r i o.b r /ope r ceve joon l i ne /7 /a r t i gos /4 /artigo4.htmwww.cianefernandes.pro.br/pinab.htm www.conexaodanca.art.br/

Tempo sugerido: 1 hora e 30 min

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70 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

Nem todos os tipos de terreno são apropriadospara a construção de açudes. Terrenos cristalinospossuem um impermeabilizante natural, que im-pede a infiltração da água no solo. Este imper-meabilizante será representado nesta atividadepelo saco plástico.

1. Peça aos alunos que construam um açude arti-ficial em dois tipos de terrenos.

2. O primeiro terreno será do tipo cristalino. Emuma bacia, será colocado um saco plástico, co-brindo as bordas. Sobre o saco devem ser adi-cionadas pedras grandes, médias e pequenas euma pequena camada de areia.

3. O segundo terreno, do tipo sedimentar, serárepresentado na segunda bacia. Repita nela amontagem descrita no item 2, SEM a colo-cação inicial do saco plástico.

4. Peça aos alunos que adicionem o mesmo vo-lume de água às duas bacias.

Descrição da atividade 5. Solicite aos alunos que façam observações so-bre o volume aparente de água represado pe-los dois tipos de terreno, fazendo comparaçõescom a construção de um açude no terreno se-mi-árido nordestino.

Materiais indicados:P bacias, areia, pedras, saco

plástico, água.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P O açude

Resultados esperados: Reconhecer da im-portância dos açudes para a população do semi-árido. Identificar de condições físicas necessáriaspara a construção de açudes.

17T e x t o

Objetivos• Reconhecer a importância dos açudes para a

população do semi-árido.• Identificar condições físicas necessárias para a

construção de açudes.

IntroduçãoA dura realidade da seca nordestina, retratadaem Vidas Secas, em algumas regiões pode seratenuada através da construção de açudes. Naregião semi-árida nordestina existem caracterís-ticas climáticas e de solo, além da presença deum escudo cristalino, que favorecem a cons-trução de açudes. Eles têm o objetivo de ar-mazenar água no período chuvoso para que sejautilizada posteriormente no período da seca.

Este armazenamento é possível devido à pre-sença de solos rasos, isto é, a rocha mãe estápraticamente à superfície, propiciando que ocor-ra um maior armazenamento de água do que in-filtração no solo. A água acumulada nos açudes éutilizada para a produção de alimentos por meiode irrigação, da agricultura de vazante e da pisci-cultura. Os grandes açudes geralmente são cons-truídos pelo governo, com o objetivo de fornecerágua para uma região, permitindo ainda o desen-volvimento de atividades de produção de alimen-tos pela população. Como são muito grandes eacumulam um enorme volume de água, geral-mente não secam, mesmo com o uso contínuo desuas águas.

Dicas do Professor: Especialistas acreditam que os cus-tos e benefícios da construção de açudes precisam sermelhor avaliados. As respostas que se buscam são aque-las relacionadas ao uso das águas: devem ser utilizadaspara produzir alimentos, mesmo podendo ser antecipadaa falta desse recurso em uma próxima estação seca oudeve-se buscar a manutenção do açude pela preservaçãode seu uso?

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Área: Geografia Nível I e II

1. Promover a leitura do texto em sala de aula.

2. Identificar qual é o eixo central da história.

3. Solicitar que os alunos destaquem no texto el-ementos da paisagem que identifiquem emqual lugar do Brasil se passa a história.

4. Solicitar a associação desses elementos comosendo parte de uma paisagem típica do sertãodo Nordeste.

5. A partir da caracterização do local, descreveras condições sociais em que a cena se passa.Buscar no texto elementos que justifiquem aresposta.

Descrição da atividade

Atividade P Cabra marcado para viver

17T e x t o

Objetivos• Identificar onde se passa a história narrada no

texto a partir das características do local e daspessoas.

• Estudar as condições de vida do povo do sertãodo Nordeste marcadas pela fome e miséria.

IntroduçãoTermos como “cabras” para se referir a pessoas,deitar em rede, sol escaldante, açudes, juazeiro,farinha, dentre outros são características dosertão do Nordeste brasileiro. A partir da apre-

sentação dos elementos da paisagem no decorrerda narrativa, é possível identificar o local.

Contexto no mundo do trabalho: Os retirantes quevagam pelo meio do sertão em busca de água e comidasão marcantes no espaço do sertão nordestino. O latifún-dio e as dificuldades em produzir e escoar a produçãoacabam por expulsar grandes levas de camponeses desuas terras, gerando o êxodo rural e agravando o desem-prego urbano.

Resultados esperados:a) Identificar o local onde se passa a trama a par-

tir dos elementos da paisagem, associando-osao domínio morfo-climático do sertão doNordeste.

b) Refletir sobre a questão da fome e sua influên-cia na atitude das pessoas.

Dicas do Professor: sites – IBGE(http://www.ibge.gov.br/home/default.php) – Dados es-tatísticos estão disponíveis e servem de referência parauma melhor compreensão dos problemas que afligem osertão do Nordeste.

Tempo sugerido: 2 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 71

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72 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Português Nível II

Ler o texto com os alunos e acentuar as carac-terísticas dramáticas obtidas pela descrição enarração das cenas. Discutir o texto: quem é oautor, em que época o texto foi escrito, quandofoi editado e por quem, quem são as personagensprincipais, que problemas enfrentam, como sedesenvolve o enredo, que temas abordam, entreoutras questões.

1. Dê noções gerais de teatro: pergunte aosalunos como seria o cenário em que as ações sedão. Como fariam para reproduzi-la em um es-paço como a sala de aula? Informar que essa éuma atribuição do cenografista. Haveria músi-ca de fundo? De que tipo? Haveria ruídos? Es-sa seria a função do sonoplasta. Como osatores se vestiriam? Essa seria a ação do fi-gurinista. A luz seria normal ou ganharia tonsdiferenciados para cada personagem? Essa é aatribuição do iluminador. Como ficariam osatores no espaço cênico? De pé? Em semicírcu-lo? Ressaltar que esse é o papel do diretor.

2. Escolha alunos para representarem as diversaspersonagens. Peça aos alunos que leiam o tex-to e, durante a leitura, imaginem como as ce-nas se realizariam num palco (cenário, luz, fi-gurino, música...).

Descrição da atividade 3. Verificar se há interesse da sala em “montar”o texto. Em caso positivo, escolha os atores eos auxiliares técnicos. Designe um diretorpara conduzir os ensaios.

4. Peça a um grupo que confeccione os convitespara a peça, com ilustrações ligadas ao temada encenação. Peça-lhes que façam rigorosarevisão do texto.

5. Peça a outro grupo que confeccione cartazespara serem espalhados na escola. O importanteé aguçar a curiosidade do eventual público.

Atividade P Teatro em sala de aula

17T e x t o

Objetivos• Estimular a criatividade, o interesse e o espíri-

to crítico; incentivar a leitura, a expressão orale a integração da classe.

IntroduçãoVocê já pensou em representar? Ou prefere criarcenários ou figurinos para uma peça de teatro?Gostaria de dirigir atores? Iluminar? Há espaçopara esses trabalhadores no mundo mágico doteatro.

Resultados esperados: Ampliar a capacidadede exprimir-se oralmente e por escrito.

Dicas do Professor: livro – Dicionário de Teatro, de LuizPaulo Vasconcelos.

Tempo sugerido: 10 horas

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 73

Área: Artes Nível I e II

1. Reler o texto e discutir a diferença entre cul-tura popular e cultura popularizada.

2. Cada aluno deverá propor um tipo de progra-ma que gostaria de assistir na TV ou ouvir norádio, mas que nunca foi realizado.

3. A classe deverá escolher três programas dife-rentes e dividir-se em três grupos para a pro-dução dos programas escolhidos (um porgrupo).

4. Cada programa deverá ter um editorial quedefina a escolha e a proposta apresentada.

5. Os grupos deverão apresentar programas de15 minutos no máximo.

6. Discussão da atividade.

Descrição da atividade

Atividade P Cultura de massa: cultura popular?

18T e x t o

Objetivos• Criar um programa de TV ideal. • Discutir sobre a participação ou não da cultura

popular nos veículos de comunicação de massa. • Discutir a diferença entre o “popular” e o “po-

pularizado”. • Refletir sobre o que seria uma programação de

qualidade nas emissoras de TV.

IntroduçãoO texto selecionado nos fala da diferença entre acultura popular e a cultura popularizada. Apresen-ta um quadro em que a decisão do que pode oudeve ser visto e ouvido não parte daquele que“consome o produto” apresentado, mas daqueleque detém o mercado cultural. Muito se ouve dizerque a TV e o rádio são veículos democráticos e que

nos dão opções bastante variadas, incluindo “desli-gar”. No entanto, a qualidade do “produto” apre-sentado é determinada pelo mercado, deixando delevar em conta, muitas vezes, a questão cultural,educacional e de informação. Por lei, as emissorasdeveriam oferecer mais de 30% de sua progra-mação para produções independentes e regionais.Todavia, a TV aberta, por exemplo, é formada porredes que produzem quase toda a programação.No máximo, abrem espaço para o jornalismo localque dispõe de tempo reduzido. Por que tornar ho-mogênea uma programação sem levar em contatrabalhos artísticos e culturais de uma região? Porque o movimento cultural do hip-hop, por exemp-lo, está fora dos veículos de comunicação? Quaisos interesses das emissoras de comunicação demassas? A quem representam?

nos dão opções bastante variadas, incluindo “desli-gar”. No entanto, a qualidade do “produto” apre-sentado é determinada pelo mercado, deixando delevar em conta, muitas vezes, a questão cultural,educacional e de informação. Por lei, as emissorasdeveriam oferecer mais de 30% de sua progra-mação para produções independentes e regionais.Todavia, a TV aberta, por exemplo, é formada porredes que produzem quase toda a programação.No máximo, abrem espaço para o jornalismo localque dispõe de tempo reduzido. Por que tornar ho-mogênea uma programação sem levar em contatrabalhos artísticos e culturais de uma região? Porque o movimento cultural do hip-hop, por exemp-lo, está fora dos veículos de comunicação? Quaisos interesses das emissoras de comunicação demassas? A quem representam?

Dicas do Professor: sites –www.crmariocovas.sp.gov.br/com_a.php?t=002 www.bibliomed.com.br

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados:a) Reconhecer a importância do veículo de co-

municação de massa na formação cultural deum povo.

b) Discutir e reconhecer a responsabilidade éti-ca, educacional e de informação dos veículosde comunicação de massa.

c) Pensar nas opções oferecidas pelos veículose como o espectador pode interferir na con-tinuidade da programação.

d) Discutir a sua responsabilidade na transforma-ção da indústria cultural.

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74 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Peça aos alunos, individualmente, que es-crevam qual é o conceito que têm sobre cul-tura, cultura popular e cultura de massas e emseguida leiam o texto.

2. Após a leitura, elabore com eles, os conceitosde cultura. Peça que comparem os conceitosconstruídos pela turma com os que elabo-raram individualmente.

3. Proponha aos alunos os seguintes temas paraum debate:a) Cultura como mola propulsora da economia.b) Cultura como fator de atração de mão-de-

obra qualificada. c) Cultura como geradora de emprego e renda.

4. Peça aos alunos que, em grupos, escolham for-mas artísticas de representar os temas debati-dos em uma exposição.

Descrição da atividade

Atividade P Cultura popular e de massas

18T e x t o

Objetivos• Conceituar cultura, cultura popular e de mas-

sas, e compreender a cultura como fator gera-dor de emprego e renda.

Introdução“No tabuleiro da baiana tem/Vatapá, caruru,mungunzá, tem umbu”. O que mais podemos en-contrar no tabuleiro da baiana? Cultura. Mas oque é cultura? Cultura consiste nos valores deum dado grupo de pessoas, nas normas queseguem e nos bens materiais que criam. E culturapopular? São as manifestações festivas, astradições orais e religiosas de um povo, suas cria-ções, a maneira como se organiza e se expressa,o jeito de trabalhar, a maneira de falar, a música,as misturas que faz na religião, na culinária, nos

folguedos. A cultura popular tem suas raízes nastradições, nos princípios, nos costumes, no modode ser de um determinado povo. Cultura de mas-sa é, em nossos dias, conceito dos mais amplos,abrangendo, muitas vezes, toda e qualquer ma-nifestação de atividades ditas populares. Do sam-ba à banda de rock, das telenovelas às revistasem quadrinhos. Que relações são possíveis entrecultura popular e cultura de massa? Que encon-tros e combinações de tão distintas tradições sãopraticados pelos brasileiros? Que criações resul-tam das tantas misturas culturais que o povobrasileiro é capaz de fazer? Como a cultura po-pular e de massa convivem? O trabalho comocultura também pode ser considerado como pop-ular e de massa?

Resultado esperado: Realizar uma exposiçãocom os produtos dos trabalhos a partir dos temasdo debate.

Dicas do Professor: sites – Brasil Cultura – www.brasilcultura.com.br – www.forumculturalmundial.org Projeto Cultura dá Trabalho – www.reperiferia.com.br/da-trabalho.php;música – No tabuleiro da baiana, de Ari Barroso – www.mpbnet.com.br/canto.brasileiro/bons.tempos/le-tras/no_tabuleiro_da_baiana.htm

Tempo sugerido: 3 horas

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Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Após a leitura do texto, peça aos alunos queconstruam dois quadros, um com exemplos doque eles apreenderam como cultura popular eoutro sobre cultura de massas.

2. Em seguida, peça que identifiquem expressõesculturais em sua cidade, seu estado, suaregião, que definem como cultura popular oucultura de massa. Essas identificações devemgerar debate com alunos que podem divergirdessas classificações. A partir das argumen-tações, procure chegar a consenso, junto coma classe.

3. Há alunos ligados à produção de alguma ex-pressão cultural? Caso positivo, peça paraalguns deles contar sua experiência, identi-ficando-a como cultura de massas ou culturapopular. E você, professor, procure contribuir

Descrição da atividade relacionando essas experiências com outrasque antes não concebíamos como cultura, ouseja, cultura como fruto do trabalho.

Atividade P Cultura do povo ou cultura para o povo?

18T e x t o

Objetivos• Apreender os conceitos de cultura popular e

cultura de massa, identificando seus elementosde reprodução e resistência.

IntroduçãoA concepção de trabalho como mera reproduçãomecânica da vida humana contém a mesmaperspectiva ideológica da concepção de culturada classe dominante. No capitalismo contem-porâneo, configura-se uma realidade em que ahumanidade nunca dispôs de tanto avanço dasforças produtivas, ao mesmo tempo que as re-lações sociais de exclusão condenam a maioriaao desemprego e ao subemprego. O texto quevocê acaba de ler apresenta conceitos construí-dos por alguns autores que definem cultura po-

pular e cultura de massas, sendo esta últimaapresentada como “dirigida às maiorias, inde-pendentemente de diferenças sociais, étnicas,etárias, sexuais ou psicológicas –, e veiculadapelos meios de comunicação de massa”. Comonos lembra Marilena Chauí, no caso da culturapopular, não foram os produtores dessa culturaque a designaram como “popular”, mas sim osmembros da classe dominante para definir asmanifestações das classes ditas “subalternas”.Nossa tarefa é explorar esses conceitos centraise os conteúdos históricos dessas construçõesconceituais, buscando compreender como emnosso cotidiano nos relacionamos com essesconceitos ora nos conformando, ora resistindo,ora os modificando.

Resultados esperados: Identificar ex-pressões da cultura popular e cultura de massa,existentes em sua cidade, seu estado e região.

Dicas do Professor: livros – a) Conformismo e resistência:aspectos da cultura no Brasil, de Marilena Chauí(Brasiliense); b) O que é cultura popular, de Antonio Augus-to Arantes (Brasiliense); d) Aviso de incêndio: uma leituradas teses sobre o conceito de história, de Michael Löwy(Bontempo). Filme – Tapete vermelho, de Luis AlbertoPereira; site: www.almanaquebrasil.com.br

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 75

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76 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Mostre como o ar fica menos denso ao seraquecido. Para isso, você precisará de um co-po, uma vela (com menor altura que o copo),fósforo, um prato fundo e água. a) Coloque a vela no prato fundo com água. b) Acenda a vela e depois de alguns instantes

cubra-a com o copo, de forma que o copoatinja a parte com água.

c) Passados alguns instantes a vela se apaga(devido a total transformação do oxigênioem gás carbônico), a água do prato é entãosugada para dentro do copo.

d) No início, a chama da vela expandiu o ar quese encontrava no copo. Quando se apaga, oar esfria e volta a seu volume original (con-trai-se) e a água ocupa a parcela do copo queo ar expandido ocupava. Com isso, ilustra-seque o ar se expande com o aquecimento,

Descrição da atividadedentro do copo (e do corpo do balão).

e) Peça aos alunos que produzam um pequenotexto relatando a experiência e expressandocom suas palavras o que concluíram com ela.

Atividade P Por que os balões sobem?

19T e x t o

Objetivos• Discutir o funcionamento do balão de ar quen-

te das festas juninas.• Discutir o efeito de aquecimento nos gases (ex-

pansão térmica).

IntroduçãoOs balões de ar quente antigamente utilizadosnas festas juninas são aparatos muito simples efazem parte da cultura popular, mas são proi-bidos por lei. Sua utilização é muito perigosa pe-lo fato de o fogo da mecha poder causar incên-dios. O funcionamento do balão junino e deesporte é semelhante. A mecha aquece o arapriosionado no corpo do balão, com isso, o arinterno do balão se expande, tornando-se menosdenso que o ar externo ao balão. O resultado éuma força ascendente, que permite ao balão

subir. Esse efeito em que algo menos denso sofreuma força ascendente pode ser observado quan-do tentamos misturar substâncias como água eóleo ou ao tentar afundar um pedaço de isoporna água. Essa força ascendente é chamada deempuxo e age no sentido contrário ao peso. Adiferença entre as situações isopor/água eóleo/água e o balão é que, no caso do balão, amudança surge com o aquecimento e expansãodo ar.

Resultados esperados:a) Entender o princípio de funcionamento do ba-

lão junino.b) Entender que o ar se expande ao ser aquecido. c) Expressar suas conclusões por escrito.

Dicas do Professor: Pesquisa sobre balonismo. Quemsão os profissionais que atuam nessa atividade? Quantossão no Brasil? Quanto custa um balão utilizado nesse es-porte? Quem fabrica, etc.

Contexto no mundo do trabalho: O balão é um brin-quedo que, ao longo do tempo, teve aplicações como ob-jeto religioso em algumas culturas e como aparato tec-nológico em outras (como os dirigíveis, balões utilizadosno transporte de pessoas e hoje na filmagem de eventosesportivos).

Materiais indicados:P vela, copo de vidro, fós-

foro, prato e água.

Tempo sugerido: 4 horas

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Page 77: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Sugira aos alunos a realização de uma feiracultural, com abordagem de alguns temasque possam retratar a cultura do Nordeste,suas potencialidades turísticas e a geração detrabalho e renda que ocorre por meio da suaeconomia e da sua cultura. A turma poderáser dividida em grupos. Cada grupo ficaráresponsável por um tema. Esse tema deveráser pesquisado e estudado pelos alunos du-rante um período de 30 dias. O(a) profes-sor(a) acompanhará o desenvolvimento dotrabalho dos grupos esclarecendo as dúvidas,dando sugestões etc.

2. Sugestões de temas: a) Nordeste: setores daeconomia de maior expressão; b) Nordeste:principais manifestações culturais; c) O Nor-deste e sua culinária; d) O artesanato nordes-tino; e) O Nordeste e as festas juninas; f) Potencialidades turísticas do Nordeste; g) Empreendimentos econômicos solidários(cooperativas, grupos de produção, associaçõesde produtores) envolvidos na preservação dacultura do Nordeste e na sua economia.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P jornais com suplementos

de turismo sobre o

nordeste, prospectosde agências de turismo.

Tempo sugerido: 1 mês

Atividade P Cultura, turismo, economia e festas juninas

Resultados esperados: Ter, ao final da ativi-dade, mais elementos para conhecer melhor acultura do Nordeste, suas potencialidades turís-ticas e a existência de empreendimentos eco-nômicos solidários que têm contribuído para aeconomia da região.

19T e x t o

Objetivos• Proporcionar aos alunos a oportunidade de

conhecer melhor a cultura do nordeste, sua po-tencialidade turística e alguns empreendimen-tos econômicos solidários que têm contribuídopara a economia da região.

IntroduçãoO turismo tem sido uma atividade importantepara a geração de trabalho e renda em todo país.No caso do Nordeste, no mês de junho, milharesde pessoas visitam as cidades da região, partici-pam das festas juninas e conhecendo a alegria ecultura desse povo. São várias as formas de ma-

nifestação cultural: quadrilhas, comidas típicas, oforró pé de serra, os fogos de artifícios, etc. Junta-se a participação popular, a preservação da cul-tura e a geração de renda. Percebendo o potencialturístico da região alguns empreendimentos têmsido criados não somente para atender a essa de-manda do mês de junho, mas para incentivar oturismo da região que possui 1,6 milhão de km2

de encantos naturais, cheios de marcos históricos,culinária variada, rico folclore e muito artesana-to. Alguns empreendimentos econômicos solidá-rios estão sendo criados para atender ao turismono Nordeste no âmbito das agências de viagens,alimentação, artesanato, entre outros.

Dicas do Professor: Há inúmeros sites que podem serconsultados sobre economia, cultura e turismo da região.

3. Ao final de 30 dias será organizada a feira quepoderá durar de um a dois dias.

4. O (a) professor(a) deverá estimular cada gru-po no sentido de que use a criatividade paraorganização e apresentação das informaçõesobtidas em cada tema pesquisado. Por exem-plo: o tema “Nordeste e sua culinária” poderáser apresentado com a degustação de comidastípicas da região, distribuição de receitas, en-tre outros.

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 77

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Page 78: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

78 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Conversar com os alunos sobre as festas juni-nas. Problematize com os alunos: Como sãocomemoradas as festas juninas na comunida-de, na região? O que a turma considera maisinteressante? Vocês sabem a história das fes-tas juninas?

2. Se for possível, entrevistar na escola ou foradela uma pessoa com mais de 60 anos quesempre viveu na comunidade. Peça aos alunospara investigar, perguntar a essa pessoa, comoeram comemoradas as festas juninas antiga-mente. Procure identificar com a turma as mu-danças e as permanências.

3. Ler o texto com a turma e solicitar que osalunos destaquem no texto como os historia-dores explicam a origem da festa.

4. O texto nos fala das principais característicasda festa, relacione com a realidade vivida poreles e construa um cartaz, destacando o que fazparte da festa e da comunidade, como e quais:por exemplo danças: quadrilhas, cantigas, brin-cadeiras, rezas, fogueiras e fogos, comidas e be-bidas, correio elegante, entre outros elementos.

Descrição da atividade 5. Leve um calendário para a sala e peça para osalunos identificarem as datas, dias/mês dacomemoração.

6. Motivá-los a montar alguma apresentação cul-tural que faça parte das festas juninas, porexemplo: uma quadrilha ou um correio ele-gante. Não se esqueça de, nesse dia, proporque turma saboreie alguma comida típica dasfestas, como um pé-de-moleque ou pipoca. Eque tal enfeitar a sala de aula com bandeiri-nhas e balões?

Materiais indicados:P papel colorido, cola,

cordão, calendário.

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Festas juninas: uma fogueira de alegrias

Resultados esperados: Conhecer a diversidadedos costumes e tradições culturais das diferentesregiões do Brasil através do estudo de uma mani-festação cultural. Produção de cartaz e uma apre-sentação cultural relacionada às festas juninas.

19T e x t o

Objetivos• Reconhecer e analisar as festas juninas como

uma manifestação cultural popular, ressaltan-do a diversidade dos costumes e tradições cul-turais nas diferentes regiões do Brasil.

IntroduçãoComo todos nós estamos acostumados, durante omês de junho as festas juninas tomam conta doBrasil. De Norte a Sul, no meio rural e nascidades, nas escolas, nas praças, sindicatos, em-presas, ruas as festas são realizadas com muitos

fogos, comidas, bebidas, fogueiras, danças, trajestípicos, rezas e muita animação. Em cada regiãoas comemorações têm suas próprias característi-cas. Mas algumas perguntas são comuns entrealunos e professores: como as festas chegaram aoBrasil? Qual a origem dessas festas? Quais os sig-nificados para a cultura popular brasileira? Tudoisso é muito rico de ser trabalhado, entretantolembramos o cuidado que devemos ter para evi-tar propaganda ou doutrinação religiosa, difusãode preconceitos e discriminações.

Dicas do Professor: Almanaque Brasil de Cultura Popular.São Paulo. Vários números trazem informações interes-santes sobre as festas. Site: www.almanaquebrasil.com.br

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Caderno do professor / Cultura e trabalho • 79

Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Dialogue com os alunos sobre “los puestos de trabajo directos e indirectos que genera el fútbolbrasileño”:

a) Por ejemplo: los jugadores, el entrenador, elpreparador físico, el masajista, el fisioterapeuta,el árbitro, el juez de línea/ asistente etc.

2. Peça aos alunos que respondam às perguntas: a) ¿Cuáles son los jugadores brasileños que

actúan en España? b) ¿Cuáles son sus equipos?

3. Explique la diferencia de género en el léxico español y portugués: el partido = a partida; el equipo = a equipe; los cuartos de final= as quartas de final.

4. Proponha que os alunos elaborem frases utilizando o léxico español.

5. Corrija todas as atividades no quadro.

Descrição da atividade

Atividade P En Brasil, el fútbol genera muchos puestos de trabajo

20T e x t o

Objetivos• Familiarizar-se com o léxico espanhol do futebol

e analisar a relação do esporte com a geração deempregos.

IntroduçãoO futebol brasileiro vive realidades paralelas: umainterna à prática desse esporte de massa, con-siderado a paixão nacional, com um número depostos de trabalho que depende de um árduocaminho a ser percorrido; e outra que está rela-cionada à conquista da mobilidade social por

aqueles que sonham com carreiras no exteriorsendo poucos os que a conquistam. Vale lembrarque somente 2000 atletas atuam fora do país e,desse contingente, quantos nomes podemos con-tar na lista dos que conquistaram fama e uma vidamilionária? Estaria o futebol deixando de ser arte,a paixão nacional, para se transformar num ver-dadeiro balcão de negócios entre atletas, clubes,times e empresas multinacionais? O que real-mente contribui para a geração de postos de tra-balho no âmbito futebolístico interno?

Resultado esperado: Manifestar-se sobre ofutebol arte e o futebol negócio, utilizando-se doléxico específico.

Dicas do Professor: Sitio – www.idiomaydeporte.com

Tempo sugerido: 1 hora

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80 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Realizar uma leitura do texto em grupo nasala, retirando do mesmo as idéias principais.

2. Apresentar para a sala quais são esta idéiasprincipais e construir um quadro com a sín-tese das mesmas.

3. Destacar como o futebol pode “ensinar disci-plina, regras de civilidade e conduta social àsmassas”.

4. Na seleção brasileira de 2006, na Copa doMundo da Alemanha, o time fez alguns jogosaté ser desclassificado pela França. Levantarquantos jogadores atuaram no time titularnesta jornada, quais são os clubes em queatuam e em que país.

5. Apontar para a classe que apesar das expor-tações de jogadores e da entrada de capitaisvolumosos, parte dos recursos são investidosna formação de novos craques.

6. Levantar alguns casos de jogadores famosospesquisando qual foi o valor de venda e quan-to valem hoje.

Descrição da atividade

Atividade P Futebol: matéria prima de exportação

Resultados esperados:a) Refletir sobre o gosto do brasileiro pelo futebol

e os negócios decorrentes desta preferência.b) Avaliar as possibilidades de ascensão social

dadas pela prática do esporte, em função doemprego e da renda obtida.

20T e x t o

Objetivos• Associar a geração de jogadores de futebol em

gramados brasileiros e a sua “exportação”com os que conseguem realmente se destacar.

IntroduçãoO Brasil é normalmente associado ao país dofutebol, em função dos títulos mundiais conquis-tados e da proliferação de jogadores de quali-dade. A atenção dedicada pela população e ocomércio em torno do esporte acabam por lhedar ares de grande e lucrativo negócio.

Contexto no mundo do trabalho: Para muitos bra-sileiros a prática do futebol é fator de obtenção de em-prego e renda, bem como conquistar glórias e ser re-conhecido em sua importância. Em casos mais extremospode-se inclusive conseguir uma transferência para o ex-terior e obter uma remuneração mais vultosa.

Materiais indicados:P material referente à

Seleção Brasileira queaponte os jogadores convocados e os clubes

onde atuam, bem comoos jogos realizados peloBrasil e os jogadores queatuaram.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do Professor: sites – Museu do Futebol http://www.museudosesportes.com.br/noticia.php?id=1362livro – Historia Do Futebol de Jose Almeida De Castro, publi-cado pela Editora EDIPROMO.

7. Refletir sobre a relação entre a quantidade dejogadores que existem no país e o número da-queles que alcançam prestígio e posição finan-ceira elevada.

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Área: História Nível I e II

1. Propor à turma a realização de uma mesa re-donda sobre futebol, semelhante àquelasrealizadas na TV. Deverá haver um mediador,um ou mais representantes de vários times doBrasil. Faça um levantamento sobre os torce-dores da sala e monte uma ou mais mesas, de-pendendo do número de alunos. Além dosrepresentantes dos times, a mesa deverá tercomentaristas/jornalistas esportivos e tam-bém um representante da CBF.

2. Organize os temas que serão debatidos a par-tir da leitura coletiva do texto. Sugestões:a) A importância da seleção brasileira e da Co-

pa do Mundo para os brasileiros.b)O futebol como forma de ascensão social. c) A capacidade de ensinar disciplina, regras

de civilidade e conduta social às massas. d)A importância do futebol para a economia. e) A relação entre futebol e política.f) As torcidas organizadas e a violência. g) O futebol e a educação.

Descrição da atividade h)Futebol e cultura.

3. Ao final, a turma deverá escrever uma notíciarelatando o tema que foi discutido na mesa.

4. Se for possível, grave em vídeo ou em fita-cassete a mesa redonda. Escolham um bonitotítulo para a mesa, sugestões: Passe livre –Apito final – Paixão Nacional.

Atividade P Futebol: uma paixão nacional

Resultados esperados: Analisar os diversossignificados e influências do futebol para a so-ciedade brasileira. Produzir uma notícia jor-nalística.

20T e x t o

Objetivos• Refletir sobre diversos significados do futebol

para a sociedade brasileira.

IntroduçãoO futebol é uma paixão nacional que faz parte danossa cultura, da nossa história, e de acordo como texto, movimenta a economia nacional, geraempregos, renda e é visto, por muitos, como pos-sibilidade de ascensão social. O futebol começouoficialmente a ser praticado no Brasil no séculoXIX, vindo da Inglaterra, na bagagem do jovemCharles Miller, que fundou o São Paulo AtleticClub. De lá para cá, vários clubes foram criados

por diferentes segmentos da sociedade, como oCorinthians, fundado por operários paulistas e oPalestra Itália, hoje Palmeiras, por imigrantesitalianos. Na década de 1930, durante o governoVargas, o futebol tornou-se um esporte profis-sional no Brasil. Ao longo da história do nossopaís, esse esporte foi usado politicamente por se-tores dominantes da sociedade, para manipularas massas e mascarar conflitos e desigualdadessociais. Por outro lado, o futebol não se restringea isso, tratando-se de uma questão complexa,que tem inúmeras implicações e significados nasociedade brasileira. A reflexão sobre futebolpode levar a muitos trabalhos em sala de aula.

Materiais indicados:P fitas de vídeo, gravador,

fita cassete.Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do Professor: site – cbfnews.uol.com.br; livro –Futebol: Uma paixão nacional (Jorge Zahar).

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 81

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82 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Matemática Nível I

1. Faça uma leitura comentada do texto e per-gunte aos seus alunos quantos sabem ondeexiste um campo de futebol na cidade.

2. Convide-os a localizar no mapa da cidade es-ses espaços.

3. Verifique com os alunos a escala do mapa epeça que façam uma estimativa da área quetal campo ocupa, respeitando a escala.

4. Peça que localizem também espaços onde jáexistiu um campo de futebol. Problematize asituação mediando uma discussão sobre ascausas e conseqüências do desaparecimentodo futebol enquanto atividade comunitária so-cializadora e o fortalecimento do futebol demercado.

Descrição da atividade

Atividade P Procurando o futebol na cidade

Resultados esperados: Mapa da cidade comindicação de espaços ocupados pelo futebol. Re-flexão sobre as conseqüências da mercantiliza-ção do futebol.

20T e x t o

Objetivos• Identificar espaços ocupados com futebol, lo-

calizando-os no mapa da cidade, observandoa escala.

IntroduçãoO futebol é uma paixão nacional. Ele está dis-tribuído pelo território brasileiro e parece ser al-go que une a nação. Diz-se até que somos o “paísdo carnaval e do futebol”. Em que medida isto éverdade? O futebol gera empregos e movimentaa economia, como mostra o texto. Mas, ambos, ocarnaval e o futebol, vêm perdendo espaço en-

quanto cultura popular para se tornar cada vezmais um produto de mercado. Desaparecem os“campinhos” de bairro e surgem os fetiches dossalários altos. Como os alunos e alunas da EJApercebem isto? Quantos ainda têm no futeboluma atividade de comunidade? Quantos camposde futebol de várzea ainda existem na suacidade? Quem tem oportunidade de jogar fute-bol sem pagar as taxas do clube, da quadra? Estasituação certamente é diferente nas cidadesgrandes e nas pequenas. Mas a redução de es-paços para atividades de lazer comunitáriasacontece em ambas.

Materiais indicados:P mapa da cidade

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do Professor: Organize com os alunos uma obser-vação mais apurada sobre os espaços da cidade, buscan-do locais de encontro que sejam públicos e gratuitos, co-mo o campo de futebol e/ou parques que permitem aprática de esportes.

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Área: Matemática Nível I e II

1. Peça aos seus alunos para fazerem uma leiturasilenciosa do texto, sublinhando todos os da-dos numéricos que ele contém.

2. Organize-os em grupos e peça que escrevamproblemas usando os dados do texto. Porexemplo:a)Quantos por cento da população brasileira

pratica futebol? (Somos cerca de 170 mi-lhões e, segundo o texto, 30 milhões prati-cam futebol.) Aqui é preciso considerar osnúmeros de mulheres e de homens, vistoque a imensa maioria destes 30 milhões sãohomens.

b)Se são fabricadas mais de 6 milhões de bo-las de futebol, qual o montante de dinheiroque gira no mercado, se uma bola custa emtorno de R$ 70 reais?

3. É importante que você oriente a elaboraçãodos textos dos problemas, que devem conteruma pergunta clara e dados suficientes pararespondê-la, através de cálculos matemáticos.Ajude-os a reformular os textos, se for preciso,antes do próximo passo.

Descrição da atividade 4. Cada grupo deve passar seus problemas es-critos para um outro grupo resolver.

5. Faça com os alunos a correção de todos osproblemas no quadro.

Atividade P Problematizando os números do futebol

20T e x t o

Objetivos• Formular e resolver situações-problema usan-

do dados numéricos do futebol.

IntroduçãoO futebol, além de ser uma paixão nacional, se-gundo o texto, é também fator econômico, movi-mentando milhões de reais. Gera empregos, es-peranças, mas também desilusão e exploração.Enquanto alguns ganham milhões, a maioria dos

jogadores ganha pouco. A riqueza que o traba-lho produz no futebol se concentra nas mãosdos “donos dos times famosos”. É possível queentre os jovens alunos da EJA existam muitosque desejariam ser jogadores de futebol, pela ex-pectativa de ganhar muito dinheiro. Quantosalunos sabem o salário de um jogador de umtime de sua região? Que saberes possuem sobreos números do futebol? Que perguntas o textosuscita?

Resultado esperado: Lista de situações-pro-blema formuladas e resolvidas.

Dicas do Professor: Encaminhe uma pesquisa para de-scobrir dados do futebol da sua região como: número detimes, salários, lugares nos estádios locais, etc. e repita es-ta atividade com tais dados.

Tempo sugerido: 4 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 83

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Page 84: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

84 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Artes Nível I e II

1. Após a leitura, relacionar o texto à realidadedos alunos. Levantar formas de manifestaçãocultural vivenciadas pelos alunos em sua co-munidade (dança, música, artesanato, etc.).

2. Propor uma pesquisa no bairro, comunidade,visando encontrar grupos ou artistas que par-ticipem de manifestações culturais na locali-dade.

3. Contatar essas pessoas e convidá-las para umaapresentação na escola.

4. Os alunos organizarão uma programação comos artistas locais em um Encontro Cultural.

5. Relacionar todas as funções, etapas e detalhesnecessários à organização e realização do even-to (agendamento com a direção da escola, con-vite aos artistas, organização das apresentações,conversas com artistas, mostras de trabalhos,etc.), levantamento dos equipamentos e mate-riais, decoração do ambiente onde o evento serárealizado, divulgação, etc.

Descrição da atividade 6. Distribuir as tarefas e checar o seu cumpri-mento, estabelecendo uma equipe de coorde-nação.

7. Realizar o evento e registrá-lo em fotos ouvídeo. Avaliá-lo.

Atividade P Encontro cultural

21T e x t o

Objetivos• Organizar um encontro cultural com os artistas

locais.

IntroduçãoO estado de arte é parte constitutiva do homem. Oartista diferencia-se de outros profissionais porpossuir conhecimentos e domínio de técnicas deum determinado fazer artístico – de uma lin-guagem artística. O artista é aquele que expressaseus pensamentos e idéias através de uma obraartística. O artista não é uma figura rara, existenteapenas nas galerias e museus, na mídia, nas telasou nos palcos. Ele está bem próximo de nós. É do

seu contato com o mundo e com os outros que eletira a inspiração para suas obras. Como diz MiltonNascimento em sua música Nos bailes da vida – “to-do artista tem que ir aonde o povo está”. No texto,o fotógrafo, com sua arte, registra formas de mani-festação da cultura popular. Ele fotografa artistasanônimos que mantêm viva uma tradição. Há umcontingente imenso de artistas anônimos, próxi-mos a todos nós, que não só encontra na arte o seulazer, mas luta por uma chance, ou simplesmenteluta para manter viva uma tradição.

Resultados esperados:a) Conhecer a sua localidade do ponto de vista

da arte.b) Criar oportunidade para que o artista encon-

tre espaço para mostrar sua arte.c) Problematizar as razões de existência de uma

arte reconhecida e uma anômina. d) Reconhecer nas formas de registro histórico

também uma arte.

Materiais indicados:P os necessários para a

realização do evento.

Tempo sugerido:de 4 a 6 h para o encontro

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Área: Artes Nível I e II

1. Os alunos deverão, individualmente, pesqui-sar a origem, a estrutura, os personagens e oritmo do maracatu.

2. Apresentar e discutir os resultados da pesquisa.

3. Dividir a classe em grupos para a elaboraçãode figurinos para um maracatu.

4. Cada grupo deverá escolher pelo menos duasfiguras representativas da manifestação.

5. Apresentar o figurino e o significado da perso-nagem no folguedo.

6. Discussão do exercício tendo por foco ospersonagens e seus significados, o ritmo e arelação com outras manifestações como acongada, o frevo ou o carnaval.

Descrição da atividade

Materiais indicados:P a critério do grupo. O

figurino poderá ser feitode papel crepom e/ouplástico.

Tempo sugerido:etapas 2 a 6 – 3 horas

Atividade P Maracatu

Resultados esperados:a) Conhecer essa manifestação popular.b) Refletir sobre a importância da preservação de

festas, danças e manifestações populares co-mo modo de preservação da cultura brasileira.

21T e x t o

Objetivos• Criar figurinos para um maracatu.

IntroduçãoO maracatu é uma manifestação cultural quemistura as culturas afro-brasileiras e é típica dePernambuco. Nasceu com a decadência dos

folguedos do Auto dos Congos no século XIX.Possui personagens fixos e uma sonoridade par-ticular marcada pela percussão. Segundo Máriode Andrade, a origem da palavra maracatu seriatupi: maracá (instrumento ameríndio de per-cussão), catu (bom, bonito em tupi), marã (guer-ra, confusão).

Dicas do Professor: sites – www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/5ritmos/maracatu.html www1.uol.com.br/diversao/science.htm

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 85

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86 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: História Nível I e II

1. Motivá-los ao trabalho de observação das ima-gens.

2. Levantar a seguinte questão: As fotografiassão representações da realidade, logo são fon-tes históricas. Questionar: a)Quem as produziu? Fotografou? b)O que retratam? (o fato, o acontecimento,

os personagens, a situação). c) Quando? (tempo: dia, ano, mês, década,

século se for o caso). d)Onde? (lugar: país, cidade, estado, região).e)Por quê? (causas da produção das fotos, as

motivações do autor).f) Os desdobramentos dos acontecimentos re-

tratados (as conseqüências, os impactos, ossignificados).

g)A relação das representações fotográficasdos maracatus com a vida da sua comuni-dade, da cidade ou do Brasil, mais especifi-camente, com as manifestações culturaisvivenciadas pelos alunos no cotidiano.

Descrição da atividade 3. Discutir a importância das imagens fotográficaspara a preservação e transmissão da memória.

4. Cada dupla de alunos deverá escolher umadas imagens e produzir um texto explicitandoo modo como vêem o real representado, o quea imagem lhes sugere.

Atividade P Pluralidade cultural no Brasil: imagens de maracatus

21T e x t o

Objetivos• Refletir sobre a pluralidade cultural do nosso país

por meio de diferentes imagens de maracatus.

IntroduçãoO maracatu é conhecido como uma manifestaçãocultural, dança e música, que tem suas raízes noNordeste brasileiro, mais precisamente do estadode Pernambuco. Segundo registra a história,“nasceu com a decadência dos folguedos do Autodos Congos, no século XIX, de onde foi herdada atradição do cortejo”. Durante a festa, eram emiti-dos sons dos tambores para avisar que a políciaestava a caminho para reprimir a brincadeira. Umdos poucos grupos que mantém vivas a tradição e

a religiosidade do maracatu de baque virado noestado de Pernambuco, o Nação Leão Coroado,considera como data oficial de sua criação o dia 8de dezembro de 1863, que figura no seu es-tandarte, embora haja a hipótese de que ele já exis-tisse em 1852. Pouco prestigiados no século XIX,os maracatus hoje, no entanto, assumem grandedestaque e prestígio na cultura pernambucana. Otexto traz interessante ensaio fotográfico, no quala idéia do autor é documentar o que aconteceantes das apresentações. As fotos ampliam nossoolhar e possibilitam captar os movimentos, a di-versidade, enfim muitos elementos que podemnos ajudar a compreender melhor a riqueza, acomplexidade da cultura brasileira.

Dicas do Professor: sites –www.fundaj.gov.br www.entrecantos.com www.leaocoroado.org.br; “http://pt.wikipedia.org www. fundaj.gov.br e pt.wikipedia.org

Tempo sugerido: 1 hora

Resultados esperados:a) Ampliar seus conhecimentos sobre a plurali-

dade cultural do nosso país por meio de dife-rentes imagens de maracatus.

b) Produção de texto a partir das impressões pes-soais sobre as imagens.

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Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Diga à turma qual é o seu feriado favorito. Ex-plique por quê.

2. Peça a cada um que escolha seu feriado fa-vorito e escreva um pequeno parágrafo (eminglês) explicando o que se comemora nestedia. Duas ou três linhas são suficientes.

3. Escreva no quadro: New Year’s Day, January1st (It’s when we celebrate peace and friend-ship) Birthday of Martin Luther King, thirdMonday in January. (It’s when we celebratethe life and work of Luther King, an Afro-American leader). Valentine’s Day, February14th (It’s when boyfriends and girlfriends ex-change presents) St Patrick’s Day, March 17th(It’s when people go out wearing greenclothes) Easter, the day changes (It’s when weeat chocolate eggs) April Fool’s Day, April 1st(It’s when people tell lies to joke with others)Mother’s Day, second Sunday in May (It’swhen we give presents to our mothers) Me-morial Day, last Monday in May since 1971.Flag Day, June 14th. Father’s Day, third Sun-day in June (It’s when we give presents to ourfathers) USA Independence Day, July 4 (It’swhen we have a traditional barbecue at ho-me) Labor Day, first Monday in September(It’s when we celebrate the workers’ rights)

Descrição da atividade Halloween, October 31st (It’s when we dresscostumes and visit homes to get candies andsay “TRICK OR TREAT”) Election Day, Tues-day on or after November 2 (It’s when we votefor our representatives) Thanksgiving Day,fourth Thursday in November (It’s when weprepare a turkey and have a special dinnerwith our family, thanking God for the goodyear) Christmas Day, December 25th (It’swhen we celebrate Jesus’ birth. People givepresents and eat in family).

4. Escreva os nomes dos feriados em inglês empedaços de papel e peça aos alunos que for-mem grupos de 5 pessoas. Cada grupo deveráreceber um conjunto de papéis com todos osferiados.

5. Eles deverão fazer mímicas para os colegas degrupo e estes deverão adivinhar o feriado.Quem adivinhar, deverá dizer o que se faznesse dia.

Atividade P American Holidays

Resultado esperado: Memorizar os nomes dealguns feriados em inglês.

21T e x t o

Objetivos• Familiarizar os alunos com alguns feriados do

calendário americano, em inglês.

IntroduçãoO texto fala do carnaval, do maracatu e dosfolguedos, festas tipicamente brasileiras, sinôni-mos de feriado. Podemos então apresentar osnomes dos feriados e como explicamos a festaem inglês.

Tempo sugerido: 60 a 70 minutos

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 87

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88 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Leia o texto em voz alta para os alunos.

2. Em seguida, peça que cada aluno leia um tre-cho da carta, de modo que todos possam tomaro lugar do cliente que se dirige ao sapateiro.

3. Analise com os alunos o glossário, verifique seainda há dificuldade sobre o significado depalavras e expressões. Esclareça as dúvidas,ou ofereça dicionários aos alunos, se houver.

4. Escreva no quadro as seguintes perguntas emespanhol sobre o texto. Os alunos devem re-spondê-las por escrito no caderno: a)¿Quién escribió la carta? b) ¿A quién está dirigida? c) ¿Cuándo, o en que época, ha sido escrita? d) ¿Qué hechos o sentimientos describe?

Descrição da atividade e) ¿Cómo empieza la carta y la despedida cómo es?f) ¿Cuál es el registro del lenguaje, formal o

informal? g) ¿Qué opinas del oficio o la profesión de zapa-

tero?

5. Comente e corrija cada pergunta na lousa.

Atividade P El oficio de zapatero

22T e x t o

Objetivos• Analisar as causas do desaparecimento de al-

gumas profissões consideradas históricas e osmotivos que ocasionam essas mudanças.

IntroduçãoO texto em espanhol nos transporta para umtiempo muy lejano. A escritura da missiva, numalinguagem formal, respeitosa e educada, é rari-dade. A relação entre cliente e prestador deserviço, impecável. Bem, passemos ao presente.Hoje em dia, já não é comum encontrar uma sapa-taria em nosso trajeto. Quando falamos em sa-pataria podemos nos referir tanto ao lugar ondese confecciona sapatos, como ao lugar onde seconserta sapatos. A figura do sapateiro do bairroestá desaparecendo. Encomendar um sapato sobmedida então, parece coisa do passado, bem pas-sado. Ou não? Por que isso acontece? Continua-

mos calçando sapatos, mas qual foi a mudança?Onde são fabricados os sapatos, nas grandesfábricas? E o conserto? Os sapatos são des-cartáveis? – “O avanço chinês no setor de calça-dos, preocupa o Brasil”, “Fábricas de calçadosbrasileiras fecham suas portas, desemprego àvista”, “O calçado produzido na China chega maisbarato ao Brasil”. Essas manchetes são comunsnos jornais atuais. Assim como temos notícias deprofissionais brasileiros especializados nesse se-tor que emigram para a China, pois lá o empregoestá garantido para eles. O Brasil estuda aumen-tar a taxa de importação do produto a pedido doscalçadistas brasileiros, que reclamam da concor-rência chinesa e do real muito valorizado. Volte-mos a falar do sapateiro que fabrica e consertacalçados, qual será o futuro dessa profissão?

Resultados esperados: Identificar as causasdas mudanças ocorridas no setor produtivo decalçados no Brasil e familiarizar-se com o uso daescrita em espanhol.

Tempo sugerido: 2 horas

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Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 89

Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

Após a leitura e discussão do texto proponha a seguinte atividade de versão ao espanhol: “El Carnaval genera muchos puestos de trabajo” a) ¿Cuáles serían estos puestos?

R. Ejs. Modista, carpintero, serrajero, admi-nistrador, electricista, coreógrafo, músico, etc.

b) ¿En que ciudades brasileñas se celebran lasgrandes fiestas de Carnaval? R. En Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda,São Paulo.

c) Según el texto, ¿qué debe hacer una persona quetenga interés en trabajar en los carnavales? R. Lo importante es buscar las organizaciones,pues la divulgación, el reclutamiento y la selecciónde personal se hace allí mismo en su interior.

Descrição da atividade

Atividade P El carnaval brasileño ofrece buenas oportunidades de trabajo

23T e x t o

Objetivos• Analisar as possibilidades de emprego que o

mercado cultural oferece e os requisitos exigidos.

IntroduçãoO Carnaval emprega mão-de-obra especializada.A grande festa da cultura popular não é organiza-da dias antes. No Rio de Janeiro, por exemplo,envolve um número muito grande de pessoas quetrabalham o ano todo sem parar até o dia do des-file. Os carnavalescos são profissionais prepara-dos, extremamente criativos e bem-remunerados.São os responsáveis por tudo o que se vê naavenida. Eles trabalham com desenhistas, coreó-grafos, letristas e muitos outros profissionais queos assessoram no desenvolvimento do enredo

que a escola escolheu para apresentar no sam-bódromo. A “cidade do samba” foi criada paraabrigar os barracões das 14 escolas de samba dogrupo especial. Essa iniciativa gerou muitos em-pregos diretamente vinculados com a preparaçãodos carros alegóricos e de fantasias, entre eles es-tão: costureiras, marceneiros, serralheiros, car-pinteiros, etc. As escolas confeccionam fantasias evendem, principalmente, aos estrangeiros que de-sejam desfilar na avenida. O texto nos informasobre outras oportunidades de trabalho tempo-rário no carnaval mas são exigidas formação eexperiência, do ensino fundamental ao curso su-perior e, geralmente, fluência em idiomas es-trangeiros. Vale reforçar: qualificação profissionalé imprescindível?

Resultado esperado: Identificar possibili-dades de emprego nas organizações carnava-lescas.

Materiais indicados:P imagens e reportagens

sobre o tema.Tempo sugerido: 1 hora

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90 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Geografia Nível I e II

1. Em círculo, converse com os alunos, pergunte,motive, ouça o relato, registre as impressões epreferências, enriqueça a conversa com per-guntas tais como: Você gosta de brincar car-naval? Como é o carnaval na sua cidade? Vocêassiste a desfiles de carnaval pela televisão? Oque mais chama sua atenção? Que diferençasvocê observa nas músicas de carnaval dasvárias regiões do Brasil? Quais os significadosdo carnaval para a sociedade brasileira: nacultura, na política e na economia? Vocês con-hecem alguém que trabalha ou já trabalhouem atividades ligadas ao carnaval?

2. Após a discussão ler e discutir o texto.

3. Analisar a importância do carnaval para o mer-cado de trabalho e emprego, compare as in-formações sobre o carnaval do Rio de Janeiroe o da sua região.

4. Fazer, em grupo, um levantamento dos tiposde trabalho que são gerados pelo carnaval nasua cidade ou região.

Descrição da atividade 5. Produzir um pequeno texto coletivo sobre ossignificados do carnaval para a cultura e o tra-balho. Incentive a turma a produzi-lo em for-ma de letra de canção de carnaval. Motive-osa apresentar cantando em diferentes ritmos:samba-enredo, pagode, axé, marchinha etc.,de acordo com as características das regiõesdo Brasil.

Atividade P Carnaval: samba, alegria e trabalho

23T e x t o

Objetivos• Refletir sobre os significados do carnaval como

manifestação da cultura popular nas diferentesregiões do Brasil e como oportunidade de tra-balho e renda.

IntroduçãoO carnaval, festa milenar trazida pelos portugue-ses no período da colonização, constitui uma dasmais importantes manifestações da cultura popu-lar que nos identifica, pois nele é possível lo-calizar heranças culturais de diferentes povosque habitam o nosso país. Em cada região, a festapossui características próprias reveladas nos rit-mos, nas roupas, nos sons e instrumentos musi-

cais, na maneira de festejar. De Norte a Sul doBrasil, percebemos, no carnaval, que a culturabrasileira é formada de diferentes culturas. Pes-soas de diferentes origens étnicas e sociais partic-ipam da festa. “Para muitas pessoas o carnavalsignifica diversão e folia. Já para outros, umaboa oportunidade de descansar e sair da rotinade trabalho”. Representa também oportunidadesde trabalho e renda para muitas pessoas, sobre-tudo as desempregadas. Sugerimos trabalhar essaatividade articulando os temas do trabalho, dacultura e da geografia das diferentes regiões deforma criativa, para que os alunos sejam motiva-dos a pensar sobre os múltiplos significados docarnaval para a sociedade brasileira.

Resultados esperados:a) Compreender os significados do carnaval, co-

mo manifestação da cultura popular, nasdiferentes regiões do Brasil e, também, comooportunidade de trabalho e renda.

b) Produção de texto/letra de canção.

Dicas do Professor: Consultar o Almanaque Brasil deCultura Popular. Site www.almanaquebrasil.com.br.

Tempo sugerido: 2 horas

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Área: Português Nível I e II

1. Estudo do contexto de produção: Pedir aosalunos que, depois da leitura do texto, res-pondam: a) Quem é o autor do texto? Qual é seu objeti-

vo ao escrever o texto? Qual é seu papel so-cial?

b) Para quem o autor escreveu o texto? c) Com que propósitos o autor escreveu o texto? d) Este é um texto literário? Um texto de opi-

nião? Um texto de informação? e) Por onde este texto circula? Poderia estar

numa revista em quadrinhos? Numa narra-tiva mítica? Num jornal de grande circu-lação? Num livro de poesias? Na Internet?Por quê?

2. Análise da organização interna: a) Que tipo de informações o texto apresenta? b) De que forma as diferentes informações são

apresentadas para o leitor? c) Quais são as competências exigidas para se

conseguir trabalho no carnaval? d) A forma global como o texto foi organiza-

do e o tipo de informações selecionadaspara tratar o assunto estão adequados paraque o texto possa cumprir sua finalidade?Justifique.

3. Atividades de Produção de Texto: a) Mostrar aos alunos que o texto de infor-

Descrição da atividade mação responde a questões como: Quem?Quando? Onde? Como? Por quê?

b) Recortar anúncios de jornal que oferecemempregos. Repetir as questões das partes 1e 2 e enfatizar que cada gênero exige umtipo de linguagem, um público específico epossui um suporte esperado.

c) Pedir que criem anúncios para oferta de em-pregos no carnaval, descrevendo as exigên-cias para admissão e descrevendo os respec-tivos cursos e funções.

Atividade P Estudo de texto de informação. Produção de anúncio.

Resultado esperado: Ampliação da capaci-dade de escrever textos informativos e anúncios.

23T e x t o

Objetivos• Reconhecer as características de um texto de

informação.

IntroduçãoPergunte se há alunos na salas que já tenham tra-balhado no carnaval, ou em outras festas. Seráque imaginam quantas pessoas trabalham nesseperíodo?

Materiais indicados:P anúncios de jornais

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 91

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92 • Caderno do professor / Cultura e Trabalho

Área: Ciências Nível I e II

1. Proponha a seus alunos observações diretas demateriais usados para registrar imagens. Ofilme pode ser obtido em laboratórios fotográ-ficos (para observar os fotogramas). Os CDs ouDVDs quando vistos contra a luz produzemdiferentes cores, indicando a superfície metáli-ca onde os bits de informação estão gravados.

2. Peça a seus alunos para obter um projetor defilmes ou uma foto dele. Indicar o motor quefaz o filme rodar e o sistema de lentes.

3. Para estudar a tela digital, peça à seus alunospara observarem a tela da televisão com umalente de aumento, não ultrapassando 1 minuto.

4. Ensine seus alunos a construírem um pequeno“livro animado”: a) papel (aproximadamente 10 cm x 5 cm).

Serão necessários pelo menos 30 pedacinhosde papel;

Descrição da atividade

Atividade P A ilusão visual de imagens em movimento

24T e x t o

Objetivos• Reconhecer as duas formas de projeção de ima-

gens dos projetores de filmes e de DVD. • Entender o processo de sobreposições de ima-

gem que cria a ilusão visual do movimento.

IntroduçãoNesta atividade abordam-se as características físi-cas das imagens de filmes e DVD. Nos filmes, umdispositivo óptico (câmera) transforma as imagensem uma sequência de fotos (fotogramas) forman-do uma fita de extensão variada. Em cada segun-do, são registrados 24 fotogramas de 35mm cada(varia conforme a filmadora). No DVD – DigitalVideo Disk, as imagens são registradas em tabelas

de pontos coloridos (pixels) por meio de arquivosdigitais, em seqüências numéricas. Essas seqüên-cias são gravadas por meio de um feixe de laser noalumínio que compõe o disco óptico (DVD ou CD –Compact Disk). Para reproduzir a sensação demovimento utiliza-se um projetor (para filme) ouum leitor (para DVD). No caso do filme, quandosão projetadas 24 imagens em um segundo, nossosolhos e cérebro não conseguem distinguir umaimagem da outra e temos a ilusão de ver o movi-mento real. No caso do DVD é necessário uma tela(monitor) e um canhão luminoso, com um raio dedimensões muito pequenas, que “bombardeia” atela, varrendo-a em sua extensão 60 vezes por se-gundo. Tudo isso é muito rápido!

Resultado esperado: Compreender os pro-cessos de formação de imagem como ilusões deóptica.

Materiais indicados:P película de filmes com

fotogramas, CD-Rom ou

DVD Rom, papel e colaou grampo.

Tempo sugerido: 4 horas

b) oriente para que prendam uma das lateraisformando um caderninho;

c) sugerir que façam em cada folha um pe-queno desenho; o desenho precisa ser sim-ples para facilitar;

d) repetir o desenho mudando sua posição nafolha, como se estivesse se movendo;

e) após concluir os desenhos, folhear rapida-mente o caderninho;

f) se tudo foi seguido, será criada uma ilusãode que o objeto está se movendo.

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Page 93: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Área: Educação Física Nível I e II

1. Promova uma discussão com as seguintesquestões: a) Você já se percebeu respirando?Como é sua respiração? Descreva todos osmovimentos dela: por onde entra o ar, poronde sai, etc. Respirar é intencional? Por quê?Que outros movimentos no nosso corpo nãodependem de nossa vontade? Descreva-os. Háoutros tipos de respiração? O que é apnéia?No sono, isso pode acontecer? Você conhecealgum esporte que utiliza a apnéia? (mergu-lho) Podemos aumentar o controle sobre ela?Como?

2. Desenvolva a seguinte atividade com os alu-nos: Respiração profunda – a) Deite no chão,em um cobertor, colchonete, etc. b) Flexioneos joelhos e afaste os pés mais ou menos 20centímetros, com os dedos voltados ligeira-mente para fora. Certifique-se de que a colunaestá reta. Relaxe. c) Coloque uma das mãossobre o abdômen e a outra sobre o tórax; d)Inspire lenta e profundamente pelo nariz, ex-

Descrição da atividade pandindo o abdômen e empurrando a mãopara cima, até onde for confortável. e) Aseguir, inspire pelo nariz e expire pela boca,emitindo um som suave, relaxante como ovento, f) Execute inspirações longas, lentas eprofundas, que farão o abdômen subir e des-cer. Concentre-se no som e na sensação de res-pirar enquanto vai ficando cada vez mais re-laxado; g) Continue respirando profundamentedurante cinco a dez minutos de cada vez, umaou duas vezes por dia. Faça disso um hábito.

3. Ao final, peça aos alunos que produzam umtexto sobre todo o processo.

Atividade P Você sabe respirar?

Resultados esperados:a) Reconhecer a importância da Educação Física

no dia-a-dia.b) Refletir sobre a intencionalidade do movimento.c) Produção de texto.

24T e x t o

Objetivos• Refletir sobre os movimentos de forma inten-

cional e não-mecânica. Reconhecer a impor-tância da Educação Física para a vida. Executara respiração natural completa.

IntroduçãoO meio ambiente equilibrado é necessário aobem-estar. O homem inventou estratégias dedominar a natureza (trabalho) de modo a usá-laem proveito próprio com o menor dispêndio pos-sível de sua energia física. Um produto diretodesse conforto está nas atividades de lazer, porexemplo, no cinema. Essa tecnologia permite ocontato com novas culturas, amplia os conheci-

mentos, desvenda outras realidades e ocasiona atransnacionalização da cultura. Fisicamente esselazer é o mais indicado? Deve-se procurar apenasatividades de lazer em que ficamos estáticos? Sócinema e TV? Para a quebra desse ciclo podemoscomeçar com os movimentos que quase nuncasão percebidos por nós e que são os mais impor-tantes para nosso bem-estar. Você já se percebeurespirando?

Contexto no mundo do trabalho: A atividade propor-ciona refletir sobre a melhoria da qualidade de vida pormeio da intencionalidade dos movimentos.

Tempo sugerido: 3 horas

Caderno do professor / Cultura e Trabalho • 93

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Page 94: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Área:

Proposta de atividade

Nível

Nome da atividade P

21T e x t o

Objetivos:

Descrição:

Lista de materiais:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 3

Page 95: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

Anotações:

Coleção Cadernos de EJA

Modelo de atividade.qxd 21.01.07 18:16 Page 4

Page 96: Coleção Cadernos EJA - Professor - 01 Cultura e Trabalho

ExpedienteComitê Gestor do ProjetoTimothy Denis Ireland (Secad – Diretor do Departamento da EJA)Cláudia Veloso Torres Guimarães (Secad – Coordenadora Geral da EJA)Francisco José Carvalho Mazzeu (Unitrabalho) – UNESP/UnitrabalhoDiogo Joel Demarco (Unitrabalho)

Coordenação do ProjetoFrancisco José Carvalho Mazzeu (Coordenador Geral)Diogo Joel Demarco (Coordenador Executivo)Luna Kalil (Coordenadora de Produção)

Equipe de Apoio TécnicoAdan Luca ParisiAdriana Cristina SchwengberAndreas Santos de AlmeidaJacqueline BrizidaKelly MarkovicSolange de Oliveira

Equipe PedagógicaCleide Lourdes da Silva Araújo Douglas Aparecido de CamposEunice RittmeisterFrancisco José Carvalho MazzeuMaria Aparecida Mello

Equipe de ConsultoresAna Maria Roman – SPAntonia Terra de Calazans Fernandes – PUC-SPArmando Lírio de Souza – UFPA – PACélia Regina Pereira do Nascimento – Unicamp – SPEloisa Helena Santos – UFMG – MGEugenio Maria de França Ramos – UNESP Rio Claro – SPGiuliete Aymard Ramos Siqueira – SPLia Vargas Tiriba – UFF – RJLucillo de Souza Junior – UFES – ESLuiz Antônio Ferreira – PUC-SPMaria Aparecida de Mello – UFSCar – SPMaria Conceição Almeida Vasconcelos – UFS – SPMaria Márcia Murta – UNB – DFMaria Nezilda Culti – UEM – PROcsana Sonia Danylyk – UPF – RSOsmar Sá Pontes Júnior – UFC – CERicardo Alvarez – Fundação Santo André – SPRita de Cássia Pacheco Gonçalves – UDESC – SCSelva Guimarães Fonseca – UFU – MGVera Cecilia Achatkin – PUC-SP

Equipe editorialPreparação, edição e adaptação de texto: Editora Página Viva

Revisão:Ivana Alves Costa, Marilu Tassetto, Mônica Rodrigues de Lima, Sandra Regina de Souza e Solange Scattolini

Edição de arte, diagramação e projeto gráfico: A+ Desenho Gráfico e Comunicação

Pesquisa iconográfica e direitos autorais: Companhia da Memória

Fotografias não creditadas: iStockphoto.com

Apoio

Editora Casa Amarela

(Câmara Brasileira do Livro. SP, Brasil)

Cultura e Trabalho : caderno do professor /

[coordenação do projeto Francisco José Carvalho Mazzeu,

Diogo Joel Demarco, Luna Kalil]. -- São Paulo :

Unitrabalho-Fundação Interuniversitária de Estudos

e Pesquisas sobre o Trabalho ; Brasília, DF : Ministério

da Educação. SECAD-Secretraria de Educação Continuada,

Alfabetização e Diversidade,2007, -- (Coleção Cadernos de EJA)

Vários colaboradores.

Bibliografia.

ISBN 85-296-0067-3 (Unitrabalho)

ISBN 978-85-296-0067- (Unitrabalho)

1. Atividades e exercícios (Ensino Fundamental)

2. Cultura 3. Livros-texto (Ensino Fundamental)

4. Trabalho I. Mazzeu, Francisco José Carvalho.

II. Demarco, Diogo Joel. III. Kalil, Luna. IV. Série.

07-0416 CDD-372.19

Índices para catálogo sistemático:

1. Ensino integrado : Livros-texto : Ensino

fundamental 372.19

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