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EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA OBJETIVIDADE, CONCISÃO E COERÊNCIA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 11 UNIDADE

Comunicação Empresarial - Unidade11

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EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

OBJETIVIDADE, CONCISÃO E COERÊNCIA

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

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OBJETIVIDADE, CONCISÃO E COERÊNCIA

OBJETIVIDADE

A Comunicação Empresarial busca sempre mensagens objeti-vas, concisas e coerentes. Dessa forma, a seguir, nos aprofundaremos sobre o que é a objetividade, concisão e coerência.

Segundo Gold (2009, p.90), objetividade refere-se às ideias ex-pressas, quer dizer, “em toda situação de comunicação há inúmeras ideias que permeiam a informação, e todas elas estão, direta um indi-retamente, ligadas ao assunto.” (GOLD, 2009, p. 9).

Assim, para se expressar com objetividade é necessário estar atento ao expor as ideias principais ao receptor, livrar o texto de in-formações consideradas supérfluas, para que o receptor não perca a atenção em relação ao assunto tratado. Porém, o desafio é definir quais informações são relevantes para aquele momento.

Dessa forma, clareza, coerência e concisão são os caminhos a serem seguidos. Da clareza já falamos na unidade 9, portanto passa-mos e discorrer sobre a coerência.

Ela diz respeito à ligação existente entre as ideias expostas no texto. Sem essa ligação as ideias ficam perdidas, o texto não tem ló-gica. Como já estudamos na unidade 8, a língua escrita não é igual à falada. Aquela necessita de maior rigor e disciplina para atender às necessidades do emissor e receptor.

Assim, Gold (2009, p. 10), explica que:

[...] para se obter a adequada conexão de sentido na relação entre as palavras, é necessário ater-se à significação de cada uma delas. Por sua vez, o en-cadeamento lógico do texto se faz principalmente mediante relações de tempo, espaço, causa e con-sequência.

Sendo assim, saber quem é o destinatário e qual assunto será

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tratado, auxilia na escolha da linguagem mais adequada, tendo em vista que, atualmente, o e-mail é o canal mais privilegiado para a pro-pagação de vários tipos de informação. Assim, tomar cuidado com a linguagem é fator determinante.

O e-mail agiliza o fluxo de informações, interna e externamente, mas não sublima a necessidade de linguagem formal. No entanto, outros tipos de documentos fazem parte de uma organização, e eles também são escritos dentro da formalidade.

Algumas organizações possuem um protocolo para os diversos tipos de documentos que transitam na empresa. Esta é uma maneira de criar um padrão a ser seguido, evitando inclusive problemas de convivência entre pessoas de diversos níveis hierárquicos.

Portanto, Gold, afirma que um texto objetivo “se articula em função das informações a serem apresentadas e nele não se acrescen-tam elementos que distraiam o leitor daquilo que se deseja transmi-tir.” (GOLD, 2009, p. 36).

OBJETIVIDADE = TEXTO SEM SUBTERFÚGIO, SEM EXCESSO DE PALAVRAS OU DE IDEIAS

Para atingir esse ideal de texto, é necessário eliminar-se os cha-vões, as expressões denotativas de verbosidade e as redundâncias, como já apresentado em unidades anteriores.

O exemplo a seguir apresenta excesso, conforme Gold (2009, p. 36) comenta:

Prezados Senhores,

Em resposta à sua gentil solicitação a nós enviada pelo dignís-simo representante de V. S.ª, Sr. Eldoro Cunha, vimos, através desta, informar que já se encontram à sua disposição nossos estúdios para a gravação do disco em epígrafe.

Conforme contato pessoal com o representante supracitado de V.S.ª, os estúdios deverão ser utilizados nos dias 28 e 29 p.p.

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Outrossim, comunicamos que o custo total pelo uso do estúdio e dos equipamentos sofrerá um desconto de 10% (dez por cento), de acordo com o que ficou estabelecido em nossa última reunião, em 20-2-03.

Sem mais que se nos possa apresentar para o momento, despe-dimo-nos.

Eliminando-se os excessos:

Em resposta à sua gentil solicitação a nós enviada pelo dignís-simo representante de V. S.ª, Sr. Eldoro Cunha, vimos, através desta, informar que já se encontram à sua disposição nossos estúdios para a gravação do disco em epígrafe.

Conforme contato pessoal com o representante supracitado de V.S.ª, os estúdios deverão ser utilizados nos dias 28 e 29 p.p.

Outrossim, comunicamos que o custo total pelo uso do estúdio e dos equipamentos sofrerá um desconto de 10% (dez por cento), de acordo com o que ficou estabelecido em nossa última reunião, em 20-2-03.

Sem mais que se nos possa apresentar para o momento, despe-dimo-nos.

Texto correto:

Prezados Senhores,

Em resposta à solicitação do Sr. Eldoro da Cunha, informamos que nossos estúdios se encontram à disposição para a gravação de seu disco nos dias 28 e 29 de abril.

Comunicamos ainda que, de acordo, com o estabelecido em nossa reunião de 20-3-03, o custo total sofrerá um desconto de dez por cento.

Atenciosamente,

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E qual é o caminho a se seguir para que os próximos textos se-jam objetivos?

EM ETAPAS

• Primeira etapa: o que eu quero dizer ao destinatário?

A resposta a essa pergunta já indicará a ideia principal da men-sagem. Sem ela não haverá mensagem eficaz.

• Segunda etapa: que outras informações podem ajudar o destina-tário na boa assimilação da minha mensagem?

Esta informação é chamada de secundária, pois auxiliam ou jus-tificam a ideia principal.

• Terceira etapa: tem informação que atrapalhe a assimilação de ideias pelo receptor?

É a etapa final, momento de considerar o que realmente é inte-ressante para o receptor.

CONCISÃO

A comunicação empresarial sofreu uma pressão em relação a transmissão de informações de modo mais rápido e, assim, os textos sofreram algumas alterações, tais como: redução das mensagens, sem perder o foco da mensagem, falar muito com pouco, compreensão imediata.

Assim, um texto considerado conciso é aquele que transmite um máximo de informações com um mínimo de palavras, sem prejudicar a clareza da frase. Ele não se desvia dos objetivos e tem informações na medida certa. (VAZ, s/d p. 28)

No entanto, a ideia de concisão não deve ser relacionada com uma ideia de empobrecimento da mensagem, mas sim de busca pela objetividade e clareza.

Gold (2009, p. 47), apresenta as características da concisão, a saber:

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• maximizar a informação com um mínimo de palavras;

Exemplo: Esta tem o objetivo de comunicar – Comunicamos.

• eliminar os clichês;

Exemplo: nada mais havendo a declarar, subscrevemo-nos – Atenciosamente.

• cortar redundâncias;

Exemplo: Em resposta ao ofício enviado por V. S.ª – Em respos-ta a seu ofício.

• eliminar ideias excessivas;

Exemplo: Informamos que a entrada, a frequência e a perma-nência nas dependências deste clube é terminantemente proibida, seja qual for o pretexto, a pessoas que não fazem parte de seu quadro de sócios – É proibida a entrada de não-sócios. (GOLD, 2009, p. 47)

Assim, quanto maior o vocabulário de uma pessoa, melhor será a capacidade de trabalhar com diferentes termos.

COERÊNCIA

Para Correa (2006, p. 33), coerência é a “relação entre as ideias do texto”, também é abstrata, por mais que os elementos coesivos ajudem no processo. No momento da fala é que temos mais dificul-dade em observá-la, mas na escrita é notada com maior facilidade.

Exemplo: João vai ao médico toda semana para consulta. Ele tem uma saúde ótima.

O fato de a pessoa ter uma saúde ótima, não justifica que tenha que ir ao médico toda semana, isto é, a relação das ideias é incoeren-te.

Existem alguns fatores que contribuem para maior coerência ao texto. Kock (2002), citada em Correa (2006, p. 33), esses podem ser de “ordem linguística, discursiva, cognitiva, cultural e interacional) ”.

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(CORREA, p. 2006. p. 33).

A seguir, os fatores de maior importância para coerência textual.

• Elementos linguísticos: no todo textual, as palavras precisam estar relacionadas umas com as outras, respeitando, inclusive, uma ordem significativa.

• Conhecimento de mundo: é por meio deles que podemos en-tender as entrelinhas.

• Conhecimento compartilhado: quanto maior for o conheci-mento comum entre receptor e emissor, melhor se dará o processo comunicativo.

• Inferência: é a operação pela qual, utilizando seu conhecimen-to de mundo, o receptor (leitor/ouvinte) de um texto estabelece uma relação não-explícita entre os dois elementos deste texto que ele busca compreender e interpretar [...]. É ler uma mensagem que não está escrita no texto, nas “entrelinhas”. KOCK (2002. P. 79), cita-do em CORREA, 2006. p. 34-35)

Finalmente temos que, construir um texto coeso, coerente e conciso é uma tarefa que exige do emissor o uso de todos os recur-sos e habilidades comunicativas. Quanto mais conhecimento houver entre emissor/ receptor mais qualidade terão as mensagens e um fe-edback positivo.

O falante da língua consegue perceber, detectar, a falta de coerência de forma rápida e natural, mas ao ser o emissor

da mensagem, ou seja, aquele quem escreve, nota-la se torna extremamente difícil.

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REFERÊNCIAS

AMORA, A. S. Minidicionário Soares Amora da língua portuguesa. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

CORREA CORREA, V. L. Leitura e produção de texto. 2ª Ed. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2006.

_____. Língua portuguesa: da oralidade à escrita. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2010.

MATOS, G. M. de, Comunicação empresarial sem complicação: como facilitar a comunicação na empresa, pela via da cultura e do diálogo. 2ª ed. rev. e ampl.-Barueri, São Paulo, Manole, 2009.

VAZ, M. R. Comunicação empresarial – parte I. e-mail [email protected]

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