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1 Curso de REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL TÍTULO X– DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS Prof. Paulo Mohn 2016 CURSO DE PROCESSO LEGISLATIVO - PAULO MOHN

Curso de REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL · Estado e Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ... CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN 22 DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

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Curso de

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO X– DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

Prof. Paulo Mohn

2016

CURSO DE PROCESSO LEGISLATIVO - PAULO MOHN

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2 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO X – DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

Capítulo I – Do Funcionamento como Órgão Judiciário

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3 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DO FUNCIONAMENTO COMO ÓRGÃO JUDICIÁRIO (Tít. X, Cap. I)

Compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar (arts. 377; 52, I e II, CF):

O Presidente e o Vice

Presidente da

República

Nos crimes de

responsabilidade Mediante autorização

da Câmara dos

Ministros de Estado e

os Comandantes da

Marinha, do Exército e

da Aeronáutica

Nos crimes da mesma

natureza conexos com

aqueles

Deputados, por 2/3 de

seus membros (arts.

380, I; 51, I, CF)

Ministros do STF,

membros do CNJ e do

CNMP, o PGR e o AGU

Nos crimes de

responsabilidade

Mediante denúncia (art.

380, I)

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4 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DO FUNCIONAMENTO COMO ÓRGÃO JUDICIÁRIO (Tít. X, Cap. I)

Presidência O Senado Federal funcionará sob a Presidência do Presidente do Supremo Tribunal Federal-STF (arts. 377, par. único; 52, par. único, CF)

Condenação

- Somente será proferida pelo voto de 2/3 dos membros do Senado Federal (arts. 378; 52, par. único, CF)

- limitar-se-á à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das sanções judiciais cabíveis (arts. 378; 52, par. único, CF)

Suspensão

do PR

- Instaurado o processo, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções (art. 381; art. 86, § 1º, II, CF)

- Se o julgamento não estiver concluído após decorridos 180 dias, cessará o afastamento do Presidente da República, sem prejuízo do regular andamento do processo (art. 381, par. único; art. 86, § 2º, CF)

Lei

reguladora

- serão observados as normas prescritas na lei reguladora da espécie (art. 379)

- No processo e julgamento aplicar-se-á, no que couber, o disposto na Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950 (art. 382)

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5 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DO FUNCIONAMENTO COMO ÓRGÃO JUDICIÁRIO (Tít. X, Cap. I)

Documentos /normas orientadoras do processo:

Lei 1.079, de 1950

Rito estabelecido pelo STF/SF (Ministro Sidney Sanches) para o

processo de “impeachment” de 1992

ADPF 378 (STF)

Fases do processo no Senado

Juízo de Acusação

Recebimento da autorização da Câmara

Admissibilidade do processo pelo Senado [maioria simples]

Afastamento do Presidente da República por 180 dias

Instrução e procedência da acusação (pronúncia) [maioria simples]

Fase de Julgamento

Julgamento em Plenário [condenação por 2/3 dos votos do SF]

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6 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DO FUNCIONAMENTO COMO ÓRGÃO JUDICIÁRIO (Tít. X, Cap. I)

PROCEDIMENTO NO RISF:

Recebimento pela Mesa do Senado (art. 380, I):

da autorização da Câmara dos Deputados para instauração do

processo nos casos do Presidente, Vice-Presidente, Ministros de

Estado e Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica

da denúncia, nos casos dos Ministros do STF, dos membros do

CNJ e do CNMP, do PGR e do AGU

Leitura: Período do Expediente da sessão seguinte (art. 380, I)

Na mesma sessão da leitura: eleição de comissão que ficará

responsável pelo processo, constituída de um quarto da

composição do Senado, obedecida a proporcionalidade dos

partidos ou blocos (art. 380, II)

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7 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DO FUNCIONAMENTO COMO ÓRGÃO JUDICIÁRIO (Tít. X, Cap. I)

PROCEDIMENTO NO RISF:

Comissão encerrará seus trabalhos com o fornecimento do

libelo acusatório, que será anexado ao processo e entregue

ao Presidente do Senado, para remessa, em original, ao

Presidente do STF, com a comunicação do dia designado para

o julgamento (art. 380, III)

Obs.: dispositivo não aplicável em face do Rito estabelecido pelo

STF/SF para o processo de “impeachment” de 1992 (item 14) e

da decisão na ADPF 378. Ver art. 53 da Lei 1.079/1950.

O Primeiro-Secretário enviará ao acusado cópia autenticada

de todas as peças do processo, inclusive do libelo, intimando-

o do dia e hora em que deverá comparecer ao Senado para o

julgamento (art. 380, IV; ver art. 55 da Lei 1.079/1950.)

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8 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DO FUNCIONAMENTO COMO ÓRGÃO JUDICIÁRIO (Tít. X, Cap. I)

PROCEDIMENTO NO RISF:

Se o acusado estiver fora do Distrito Federal, o Presidente do

Senado solicitará sua intimação ao Presidente do Tribunal de

Justiça do Estado em que ele se encontre (art. 380; ver art.

56 da Lei 1.079/1950.)

Um funcionário da Secretaria do Senado, designado pelo

Presidente do Senado, servirá como escrivão do processo

(art. 380, VI)

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9 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO X – DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

Capítulo II – Da Escolha de Autoridades

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10 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA ESCOLHA DE AUTORIDADES (Tít. X, Cap. II)

Compete privativamente ao Senado (art. 52, III, IV e XI):

Autoridades III – aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:

a) magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;

b) Ministros do TCU indicados pelo PR

c) Governador de Território

d) Presidente e diretores do Banco Central

e) Procurador-Geral da República

f) Titulares de outros cargos que a lei determinar

Chefes de Missão Diplomática de Caráter Permanente

IV – aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente

Procurador-Geral da República (exoneração)

XI – aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato

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11 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA ESCOLHA DE AUTORIDADES (Tít. X, Cap. II)

Quórum de aprovação:

Maioria absoluta

Ministro STF (art. 288, III, d, RISF; art. 101, par. único, CF)

PGR: indicação e exoneração (art. 288, III, d e b, RISF; arts.

52, XI, 128, §§ 1º e 2º, CF)

Membro CNJ (art. 288, III, l, RISF; art. 103-B, § 2º, CF)

Membro CNMP (art. 288, III, m, RISF; art. 130-A, CF)

Ministro STJ (art. 104, parágrafo único, CF)

Ministro TST (art. 111-A, CF)

Defensor Público Geral (art. 288, III, j, RISF; art. 6º da Lei

Complementar 80/1994)

Maioria simples

Demais autoridades

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DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA ESCOLHA DE AUTORIDADES (Tít. X, Cap. II)

Mensagem: esclarecimentos sobre o candidato e (art. 380, I):

Curriculum vitae (art. 383, I, “a”)

Argumentação escrita (art. 383, I, “c”)

Se art. 52, III, CF: Declarações do indicado (art. 383, I, “b”)

por escrito (art. 380, § 2º), com certidões (§ 3º)

Se art. 52, IV, CF: relatórios do MRE (art. 383, I, “d”)

Etapas do exame das indicações (art. 383, II):

Relatório na comissão (“a”) vista coletiva automática (“b”)

Participação social (“c”) relator: conteúdo das questões (“d”)

Arguição (“e”) : pública (se art. 52, III, CF) ou secreta (se art. 380,

III e art. 52, IV, CF) inquirição pelos senadores (“f”)

Votação do relatório (“g”)

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13 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA ESCOLHA DE AUTORIDADES (Tít. X, Cap. II)

Comissão: pode fazer audiência pública e requisitar

informações complementares (art. 380, IV)

Relatório aprovado Parecer (art. 380, V)

Se art. 52, III, CF: reunião pública, votação secreta (art. 380, VI)

Se art. 52, IV, CF: reunião e votação secretas (art. 380, § 1º)

Parecer apreciado em Plenário:

Se art. 52, III, CF: sessão pública, votação secreta (art. 380, VII)

Se art. 52, IV, CF: sessão e votação secretas (art. 380, § 1º)

Comunicação ao Presidente da República com o resultado da

votação (art. 380, VIII)

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14 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA ESCOLHA DE AUTORIDADES (Tít. X, Cap. II)

EXONERAÇÃO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

(art. 52, XI, CF)

Recebimento da Mensagem do Presidente da República

solicitando autorização para destituição o Procurador-Geral

da República (art. 385)

Leitura da Mensagem em Plenário (art. 385)

Distribuição à CCJ, para parecer (art. 385)

Parecer da CCJ

aplica-se o disposto para escolha de autoridades, sendo que a

destituição somente se efetivará se aprovada por maioria

absoluta (art. 385, par. único; art. 52, XI, CF)

Votação secreta (art. 52, XI, CF)

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15 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA ESCOLHA DE AUTORIDADES (Tít. X, Cap. II)

ELEIÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DA REPÚBLICA

(INDICADOS PELO SENADO):

O Conselho da República é órgão superior de consulta do

Presidente da República. Dele participam, além de diversas

autoridades (inclusive do Poder Legislativo), seis brasileiros

natos, sendo dois eleitos pelo Senado Federal, com mandato

de 3 anos, vedada a recondução (art. 89, CF).

A Lei nº 8.041, de 5 de junho de 1990, “dispõe sobre a

organização e o funcionamento do Conselho da República”.

A eleição dos membros do Conselho da República será feita

mediante lista sêxtupla elaborada pela Mesa, ouvidas as

lideranças com atuação no Senado (art. 384)

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16 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA ESCOLHA DE AUTORIDADES (Tít. X, Cap. II)

ELEIÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DA REPÚBLICA

(INDICADOS PELO SENADO):

A eleição por cédulas uninominais. Eleito o que obtiver a maioria

de votos, presente a maioria absoluta (art. 384, § 1º)

Eleito o primeiro representante do Senado, será realizada a

eleição do segundo, dentre os cinco indicados restantes, por

maioria simples (art. 384, § 2º)

Se, na primeira apuração, nenhum dos candidatos obtiver a

maioria de votos, será realizada nova votação. Se esse quórum

não for novamente alcançado, a eleição ficará adiada para outra

sessão, a ser convocada pela Presidência (art. 384, § 3º)

A eleição de suplentes, prevista na Lei 8.041, de 5 de junho de

1990, obedecerá o disposto no art. 384 (art. 384, § 5º).

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17 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO X – DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

Capítulo III – Da Suspensão da Execução de

Lei Inconstitucional

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18 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

Compete privativamente ao Senado Federal (art. 52, X):

X – suspender a execução, no todo ou em parte, de lei

declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo

Tribunal Federal [em recurso extraordinário]

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DE LEI INCONSTITUCIONAL (Tít. X, Cap. III)

Leitura

no

Plenário

CCJ:

Apreciação

terminativa

CCJ:

Projeto de

Resolução

Comunicação STF

ou

Representação PGR

Comunicação ao

Plenário

Não

havendo

recurso

Promulgação

da

Resolução SF

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19 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DE LEI INCONSTITUCIONAL (Tít. X, Cap. III)

O Senado tomará conhecimento da declaração, proferida

em decisão definitiva pelo STF, de inconstitucionalidade

total ou parcial de lei mediante (art. 386):

Comunicação do Presidente do Tribunal

Representação do Procurador-Geral da República

Projeto de resolução de iniciativa da CCJ

O processo deverá estar instruído com o texto (art. 387):

da lei cuja execução se deva suspender

do acórdão (decisão) do Supremo Tribunal Federal

do parecer do Procurador-Geral da República

da versão do registro taquigráfico do julgamento.

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20 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DA SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO DE LEI INCONSTITUCIONAL (Tít. X, Cap. III)

Procedimento:

Recebimento da comunicação do Presidente do STF ou da representação do Procurador-Geral da República (art. 388)

Leitura em Plenário da comunicação ou da representação (art. 388)

Encaminhamento à CCJ (art. 388)

CCJ: formulação do projeto de resolução suspendendo a execução da lei, no todo ou em parte (art. 388)

Aprovação do projeto de resolução em caráter terminativo pela CCJ (art. 91, II)

Leitura da comunicação em Plenário e prazo de recurso. Não havendo, é promulgada a Resolução pelo Presidente do Senado Federal (art. 48, XXVIII)

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21 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO X – DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

Capítulo IV – Das Atribuições previstas nos

arts. 52 e 155 da Constituição

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22 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NOS ARTS. 52 E 155 DA CF (Tít. X, Cap. IV)

Operações externas de natureza financeira

Compete privativamente ao Senado (art. 52, V):

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.

Pedido de autorização instruído com (art. 389, par. único):

Documentos que habilitem a conhecer, perfeitamente, a operação, os recursos para satisfazer os compromissos e a sua finalidade

Publicação oficial com o texto da autorização do Legislativo competente

Parecer do órgão competente do Poder Executivo.

Qualquer Senador poderá encaminhar à Mesa documento destinado a complementar a instrução ou o esclarecimento da matéria (art. 389, par. único).

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23 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NOS ARTS. 52 E 155 DA CF (Tít. X, Cap. IV)

Procedimento da Autorização para Operação Externa

Leitura em Plenário, no Período do Expediente (art. 390, I)

Encaminhamento à CAE (art. 390, I)

CAE: formulação do projeto de resolução, concedendo ou

negando a medida pleiteada (art. 390, I)

Plenário: apreciação do projeto de resolução

Promulgação da Resolução: Presidente SF (art. 48, XXVIII)

Resolução enviada à entidade interessada e ao órgão

competente do Poder Executivo, devendo constar do

instrumento da operação (art. 390, II)

Perdão/reescalonamento de dívida de que o Brasil seja

credor: CRE antes da CAE (art. 390, par. único)

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24 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NOS ARTS. 52 E 155 DA CF (Tít. X, Cap. IV)

Atribuições dos arts. 52, VI a IX, CF (art. 393, RISF)

Fixar limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (arts. 393, I; 52, VI, CF)

proposta do Presidente da

República

Resolução, de iniciativa da CAE,

Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal (arts. 393, II; 52, VII, CF) por Resolução, de iniciativa

Dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno (arts. 393, III; 52, VIII, CF)

da CAE

Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (arts. 393, IV; 52, IX, CF)

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25 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NOS ARTS. 52 E 155 DA CF (Tít. X, Cap. IV)

Avaliação do Sistema Tributário Nacional

Compete privativamente ao Senado (art. 52, XV): XV – avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal, e dos Municípios.

Anualmente por grupo de Senadores da CAE (art. 393-A)

SF pode solicitar informações e documentos à União e entes federados, Confaz e sociedade organizada (art. 393-B)

Prazos na avaliação do Sist. Tributário Nacional (art. 393-C)

Até 15/03: recebimento de informações e documentos

Até 30/04: realização de audiências públicas

Até 30/06: apresentação do relatório final

podem ser modificados pela CAE (art. 393-C, par. único)

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26 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NOS ARTS. 52 E 155 DA CF (Tít. X, Cap. IV)

Avaliação do Sistema Tributário Nacional

Aspectos a serem avaliados na avaliação da funcionalidade

do Sistema Tributário Nacional : incisos do art. 393-D

Aspectos a serem avaliados na avaliação do desempenho das

administrações tributárias da União, Estados, DF e

Municípios: incisos do art. 393-D.

Relatório conclusivo (art. 393-F)

o Elaborado pelo grupo de Senadores

o Submetido à CAE em caráter terminativo

o Cópia remetida ao Presidente da República, Pres. CD,

governadores, assembleias legislativas, CLDF e tribunais de

contas (art. 393-F, § 1º)

o Resumo executivo enviado aos Municípios (art. 393-F, § 2º)

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27 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS

DAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NOS ARTS. 52 E 155 DA CF (Tít. X, Cap. IV)

Atribuições relativas à Competência Tributária dos Estados e do DF (art. 394, RISF; art. 155, CF)

Fixar alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (arts. 394, I; 155, § 1º, IV, CF)

por Resolução, de iniciativa da CAE (art. 394, par. único, I)

Estabelecer as alíquotas do ICMS aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação (arts. 394, II; 155, § 2º, IV, CF)

por Resolução, de iniciativa do Presidente da República ou de 1/3 dos membros do Senado, e aprovação por maioria absoluta (art. 394, p. ún., II)

Estabelecer alíquotas mínimas do ICMS nas operações internas (arts. 394, III; 155, § 2º, V, a, CF)

por Resolução, de iniciativa de 1/3 dos membros do Senado, e aprovação por maioria absoluta (art. 394, par. único, III)

Fixar alíquotas máximas do ICMS nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados e do DF (arts. 394, IV; 155, § 2º, V, b, CF)

por Resolução, de iniciativa da maioria absoluta e aprovação por 2/3 da composição do Senado (art. 394, par. único, III)

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28 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO XI – DA CONVOCAÇÃO E DO

COMPARECIMENTO DE MINISTRO DE ESTADO

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29 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DA CONVOCAÇÃO E DO COMPARECIMENTO DE MINISTRO DE ESTADO (TÍT. XI)

O Ministro de Estado comparecerá ao SF (art. 397, RISF; 50, CF):

por convocação pelo Plenário

- Quando convocado por deliberação do Plenário, mediante requerimento de qualquer Senador ou comissão, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado (arts. 397, I; 50, CF)

- A Presidência do SF oficiará ao Ministro, dando-lhe conhecimento da convocação e das informações desejadas, a fim de que declare quando comparecerá ao SF, no prazo que lhe estipular, não superior a 30 dias (art. 398, I)

-Não atendida a convocação Pres. SF: procedimento legal cabível (art. 399, RISF; art. 13, 3, Lei 1.079/1950)

Por solicitação do Ministro

- Quando o solicitar, mediante entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevância de seu Ministério (arts. 397, II; 50, CF)

- a Presidência comunicará ao Plenário o dia e a hora que marcar para o comparecimento (art. 398, II)

perante Comissão

- Quando convocado por comissão, ou espontaneamente, para expor assunto de relevância de seu Ministério (arts. 397, § 1º; 50, § 1º; 58, § 2º, III)

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30 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DA CONVOCAÇÃO E DO COMPARECIMENTO DE MINISTRO DE ESTADO (TÍT. XI)

Regras para o comparecimento do Ministro (art. 398):

Sobre a sessão:

Será destinada exclusivamente ao comparecimento do Ministro (art. 398, V)

Se o Ministro desejar falar no mesmo dia em que o solicitar, lhe será assegurada a oportunidade após as deliberações da Ordem do Dia (art. 398, VI)

Se o tempo normal da sessão não for suficiente para a exposição e interpelações, será prorrogada ou se designará outra sessão para esse fim (art. 398, VII)

No Plenário:

O Ministro ocupará o lugar que a Presidência lhe indicar (art. 398, III)

Será assegurado o uso da palavra ao Ministro na oportunidade combinada, sem embargo das inscrições existentes (art. 398, IV)

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31 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DA CONVOCAÇÃO E DO COMPARECIMENTO DE MINISTRO DE ESTADO (TÍT. XI)

Regras para o comparecimento do Ministro (art. 398):

Exposição do Ministro:

Se o Ministro preparar exposição por escrito, deve encaminhar ao Presidente do SF com antecedência de 3 dias, para prévio conhecimento dos Senadores (art. 397, § 2º)

A exposição do Ministro será de meia hora, seguida da fase de interpelações pelos Senadores (5 min. para pergunta; 5 para resposta; 2 para réplica; 2 para tréplica) (art. 398, X e XI)

aplicam-se ao Ministro as regras do uso da palavra. Só poderá ser aparteado nas interpelações, desde que o permita (art. 398, VIII e IX)

Poderá ser acompanhado por assessores (art. 398, XII)

Esses procedimentos serão aplicados (arts. 400 e 400-A):

ao comparecimento de titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência;

ao comparecimento desses titulares e de Ministros nas comissões.

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32 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO XIII – DA QUESTÃO DE ORDEM

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33 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DA QUESTÃO DE ORDEM (TÍT. XIII)

QUESTÃO DE ORDEM: qualquer dúvida sobre interpretação ou

aplicação do Regimento, suscitável em qualquer fase da

sessão, pelo prazo de 5 minutos (art. 403)

para contraditar a Questão de Ordem: permitido o uso da

palavra a um só Senador, pelo mesmo prazo (art. 403, par.

único)

A questão de ordem deve (art. 404):

ser objetiva

indicar o dispositivo regimental em que se baseia

referir-se a caso concreto relacionado com a matéria tratada na

ocasião

não pode versar sobre tese de natureza doutrinária ou

especulativa

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34 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DA QUESTÃO DE ORDEM (TÍT. XIII)

Questão de Ordem será decidida pelo Presidente,

com recurso para o Plenário, de ofício ou mediante

requerimento, que só será aceito se formulado ou

apoiado por líder (art. 405).

Processamento do recurso art. 408 (próximo slide)

Decisão sobre Questão de Ordem = simples

precedente (art. 406): só adquire força obrigatória

quando incorporada ao Regimento

Nenhum Senador poderá falar, na mesma sessão,

sobre questão de ordem já resolvida pela

Presidência (art. 407)

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35 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DA QUESTÃO DE ORDEM (TÍT. XIII)

PROCESSAMENTO DO RECURSO À QUESTÃO DE ORDEM

Recurso

para o

Plenário

Parecer da

CCJ

Decisão

do

Plenário

CCJ

Decisão

do

Presidente

Questão

de

Ordem

Se tratar de interpretação de texto constitucional

Se NÃO tratar...

É lícito à Presidência solicitar a audiência da CCJ sobre a matéria, quando

se tratar de interpretação de texto constitucional (art. 408)

Solicitada a audiência, fica sobrestada a decisão (art. 408, § 1º)

Prazo para o parecer: 2 dias úteis. Decorrido esse prazo, com ou sem

parecer, o recurso será incluído em Ordem do Dia (art. 408, § 2º)

Matéria em regime de urgência do art. 336, I, ou com prazo de tramitação:

parecer deverá ser proferido imediatamente, podendo o Presidente da CCJ

ou o relator solicitar prazo de até 2 horas (art. 408, § 3º)

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36 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO XIV – DOS DOCUMENTOS RECEBIDOS

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37 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

DOS DOCUMENTOS RECEBIDOS (TÍT. XIV)

Petições, memoriais, representações ou outros documentos

enviados ao Senado (art. 409)

serão recebidos pelo Serviço de Protocolo e

segundo sua natureza, despachados às comissões competentes

ou arquivados, depois de lidos em Plenário, quando o

merecerem, a juízo da Presidência

Não serão recebidas petições e representações sem data e

assinaturas ou em termos desrespeitosos, podendo as

assinaturas, a juízo da Presidência, ser reconhecidas (art.

410)

O Senado não encaminhará à Câmara ou a outro órgão do

poder público documento compreendido no art. 409 (art. 411)

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38 CURSO DE REGIMENTO INTERNO - PAULO MOHN

REGIMENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL

TÍTULO XV – DOS PRINCÍPIOS GERAIS

DO PROCESSO LEGISLATIVO

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39 CURSO DE PROCESSO LEGISLATIVO E REGIMENTOS PAULO MOHN

PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO LEGISLATIVO (Tít. XV)

Art. 412. A legitimidade na elaboração da norma legal é

assegurada pela observância rigorosa das disposições

regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:

I – a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as

atividades legislativas, respeitados os limites regimentais;

II – modificação da norma regimental apenas por norma legislativa

competente, cumpridos rigorosamente os procedimentos

regimentais;

III – impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de

acordo de liderança ou decisão do Plenário, exceto quando

tomada por unanimidade mediante votação nominal,

resguardado o quórum mínimo de 3/5 dos votos dos membros da

Casa;

IV – nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;

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40 CURSO DE PROCESSO LEGISLATIVO E REGIMENTOS PAULO MOHN

PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO LEGISLATIVO (Tít. XV)

.................................................................

V – prevalência de norma especial sobre a geral;

VI – decisão dos casos omissos de acordo com a analogia e os

princípios gerais de Direito;

VII – preservação dos direitos das minorias;

VIII – definição normativa, a ser observada pela Mesa em

questão de ordem decidida pela Presidência;

IX – decisão colegiada, ressalvadas as competências

específicas estabelecidas neste Regimento;

X – impossibilidade de tomada de decisões sem observância do

quórum regimental estabelecido;

XI – pauta de decisões feita com antecedência tal que

possibilite a todos os Senadores seu devido conhecimento;

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41 CURSO DE PROCESSO LEGISLATIVO E REGIMENTOS PAULO MOHN

PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO LEGISLATIVO (Tít. XV)

.................................................................

XII – publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos

casos específicos previstos neste Regimento;

XIII – possibilidade de ampla negociação política somente por

meio de procedimentos regimentais previstos.

Transgressão dos princípios denunciada por Questão de

Ordem (art. 413)

Levantada a Questão de Ordem Presidência

determinará apuração imediata da denúncia

verificando os fatos pertinentes, mediante consulta aos

registros da Casa, notas taquigráficas, fitas magnéticas e

outros meios cabíveis (art. 413, par. único)