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Curso Gestão de RH Artigo Original UM ESTUDO DE CASO QUANTO A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS ASCENSORISTAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. A CASE STUDY FOR THE QUALITY OF LIFE IN WORKING OF CÀMARA DOS DEPUTADOS ELEVATORS OPERATORS. Pedro Henrique Lima Coqueiro 1 ,Diel Junior 2 1 Aluno do Curso de Gestão de Recursos Humanos 2 Professor Orientador Resumo Introdução :O tema qualidade de vida no trabalho vem sendo frequentemente estudado, apresentando os aspectos que podem afetar diretamente a saúde física, intelectual e mental do colaborador tendo assim repercussões tanto na vida do indivíduo propriamente dito quanto para as organizações. O local de trabalho é o lugar em que passamos maior parte do tempo, e as organizações vem tendo a preocupação em implantar ações que ofereçam bem-estar, conforto, motivação. Objetivo: analisar a qualidade de vida dos ascensoristas da Câmara dos Deputados e se é utilizado algum programa para melhorar a QVT dos ascensoristas. Materiais e métodos: pesquisa documental e pesquisa de campo baseada em amostragem. Questionário adaptado de um já existente WHOQOL- 100 da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi aplicado a 30 respondentes, dividido em quatro aspectos: psicológicos, físicos, profissionais e econômicos. Discussão dos resultados: Os resultados apontaram que a falta de um programa bem definido de QVT pode desmotivar o colaborador tanto em seu ambiente de trabalho como em sua vida cotidiana. Consideração finais: Concluiu-se que programas de QVT podem ser fatores determinantes para unir colaborador e organização ajudando assim em sua retenção de talentos. Palavras-Chave: bem-estar, motivação, qualidade de vida, satisfação Abstract Introduction: The quality of life theme in the work has frequently been studied, showing aspects that can directly affect the physical, intellectual and mental developerthus having repercussions on the individual's life itself as for organizations. The workplace is the place where we spend most of the time, and organizations has had the concern to implement actions that provide welfare, comfort, motivation Objective: analyze the quality of life of elevator operators the House of Representatives and is used a program to improve the QWL of elevator operators .Materials and methods: desk research and sampling -based field research. Questionnaire adapted from an existing WHOQOL -100 of the World Health Organization (WHO) was applied to 30 respondents, divided into four aspects : psychological, physical , professional and economic . Discussion of Results: The results showed that the lack of a developed program of QVT can demotivate the employee both in the workplace and in their daily lives .Final consideration: It was concluded that QWL programs can be decisive factors to unite employees and organization helping in their retaining talent. Keywords: welfare, motivation, quality of life, satisfaction Contato: [email protected] Introdução A qualidade de vida no trabalho é um fato essencial para o melhor rendimento do colaborador em sua organização. Por estes motivos, devemos esclarecer alguns pontos para que os representantes de empresas possam levar esta prática para dentro das organizações. Para que seus colaboradores melhorem os seus rendimentos, ajudando assim a empresa para o cumprimento de seus objetivos e melhores condições aos colaboradores. Nos dias de hoje, nota-se que os colaboradores sofrem muito com a falta de qualidade de vida no trabalho, caindo o desempenho e o grande índice de absenteísmo causado por doenças psicológicas ou até mesmo físicas. Este trabalho busca desvendar o nível de satisfação do ascensorista da Câmara dos Deputados quanto aos aspectos de QVT disponibilizados aos mesmos, e mostrar que é um ponto muito positivo tanto para colaboradores, tanto para empresas a implantação de programas de qualidade de vida no trabalho para unir colaborador e organização. Tendo como o objetivo principal do trabalho analisar a qualidade de vida dos

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Curso Gestão de RH Artigo Original

UM ESTUDO DE CASO QUANTO A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS ASCENSORISTAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. A CASE STUDY FOR THE QUALITY OF LIFE IN WORKING OF CÀMARA DOS DEPUTADOS ELEVATORS OPERATORS.

Pedro Henrique Lima Coqueiro1,Diel Junior2 1 Aluno do Curso de Gestão de Recursos Humanos 2 Professor Orientador

Resumo

Introdução :O tema qualidade de vida no trabalho vem sendo frequentemente estudado, apresentando os aspectos que podem afetar diretamente a saúde física, intelectual e mental do colaborador tendo assim repercussões tanto na vida do indivíduo propriamente dito quanto para as organizações. O local de trabalho é o lugar em que passamos maior parte do tempo, e as organizações vem tendo a preocupação em implantar ações que ofereçam bem-estar, conforto, motivação. Objetivo: analisar a qualidade de vida dos ascensoristas da Câmara dos Deputados e se é utilizado algum programa para melhorar a QVT dos ascensoristas. Materiais e métodos: pesquisa documental e pesquisa de campo baseada em amostragem. Questionário adaptado de um já existente WHOQOL-100 da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi aplicado a 30 respondentes, dividido em quatro aspectos: psicológicos, físicos, profissionais e econômicos. Discussão dos resultados: Os resultados apontaram que a falta de um programa bem definido de QVT pode desmotivar o colaborador tanto em seu ambiente de trabalho como em sua vida cotidiana. Consideração finais: Concluiu-se que programas de QVT podem ser fatores determinantes para unir colaborador e organização ajudando assim em sua retenção de talentos.

Palavras-Chave: bem-estar, motivação, qualidade de vida, satisfação

Abstract

Introduction: The quality of life theme in the work has frequently been studied, showing aspects that can directly affect the physical, intellectual and mental developerthus having repercussions on the individual's life itself as for organizations. The workplace is the place where we spend most of the time, and organizations has had the concern to implement actions that provide welfare, comfort, motivation Objective: analyze the quality of life of elevator operators the House of Representatives and is used a program to improve the QWL of elevator operators .Materials and methods: desk research and sampling -based field research. Questionnaire adapted from an existing WHOQOL -100 of the World Health Organization (WHO) was applied to 30 respondents, divided into four aspects : psychological, physical , professional and economic . Discussion of Results: The results showed that the lack of a developed program of QVT can demotivate the employee both in the workplace and in their daily lives .Final consideration: It was concluded that QWL programs can be decisive factors to unite employees and organization helping in their retaining talent. Keywords: welfare, motivation, quality of life, satisfaction

Contato: [email protected]

Introdução

A qualidade de vida no trabalho é um fato

essencial para o melhor rendimento do

colaborador em sua organização. Por estes

motivos, devemos esclarecer alguns pontos para

que os representantes de empresas possam levar

esta prática para dentro das organizações. Para

que seus colaboradores melhorem os seus

rendimentos, ajudando assim a empresa para o

cumprimento de seus objetivos e melhores

condições aos colaboradores.

Nos dias de hoje, nota-se que os

colaboradores sofrem muito com a falta de

qualidade de vida no trabalho, caindo o

desempenho e o grande índice de absenteísmo

causado por doenças psicológicas ou até mesmo

físicas. Este trabalho busca desvendar o nível de

satisfação do ascensorista da Câmara dos

Deputados quanto aos aspectos de QVT

disponibilizados aos mesmos, e mostrar que é um

ponto muito positivo tanto para colaboradores,

tanto para empresas a implantação de programas

de qualidade de vida no trabalho para unir

colaborador e organização.

Tendo como o objetivo principal do

trabalho analisar a qualidade de vida dos

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ascensoristas da Câmara dos Deputados e se é

utilizado algum programa para melhorar a QVT

dos ascensoristas.

A empresa

Declarada a independência do Brasil, no

dia 7 de setembro de 1822, e sob forte influência

da guerra da independência dos Estados Unidos,

da Revolução Francesa e da Revolução

Constitucionalista da Espanha, e das guerras de

libertação na América espanhola, foram

convocadas eleições para a Assembléia Geral,

Constituinte e Legislativa do Império do Brasil, que

se reuniu pela primeira vez, em sessão

preparatória, no dia 17 de abril de 1823.

A Câmara dos Deputados surgiu no Rio de

Janeiro em 17 de abril de 1823, com a abertura da

primeira assembleia geral constituinte legislativa

do império Brasileiro. Foi trazida junto com a inau-

guração da cidade planejada chamada Brasília,

para o centro-oeste do Brasil em 1956. A casa

onde trabalham todos os deputados do Brasil,

tanto deputados federais, como distritais, servido-

res e os terceirizados. E também divide o espaço

com o Senado Federal, no Distrito federal. Pos-

suindo uma quantidade de 513 deputados federais

e distritais juntos. O Poder Legislativo cumpre

papel imprescindível perante a sociedade do País,

visto que desempenha três funções primordiais

para a consolidação da democracia: representar o

povo brasileiro, legislar sobre os assuntos de inte-

resse nacional e fiscalizar a aplicação dos recur-

sos públicos (http://www2.camara.leg.br/).

Nesse contexto, a Câmara dos Deputados,

autêntica representante do povo brasileiro, exerce

atividades que viabilizam a realização dos anseios

da população, mediante discussão e aprovação de

propostas referentes às áreas econômicas e soci-

ais, como educação, saúde, transporte, habitação,

entre outras, sem descuidar do correto emprego,

pelos Poderes da União, dos recursos arrecada-

dos da população com o pagamento de tributos.

Qualidade de Vida no Trabalho

Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) são

programas de medidas preventivas para uma

melhor harmonia na função exercida por pessoas

de determinadas organizações, onde busca sanar

problemas de estrutura, odores indesejados,

desconfortos físicos ou até mesmo grandes

pressões sobre o colaborador em sua função

trabalhista. Segundo Chiavenato (2002) QVT tem

o objetivo de assimilar o bem estar-físico dos

colaboradores, com o interesse organizacional no

cumprimento de suas metas. Para Vasconcelos

(2001, p. 25 apud França, 1997). QVT é quando

ligamos colaborador e organização como um só

foco biopsicossocial.

QVT é fundamental nos dias de hoje em

que vivemos constantemente estressados e na

correria do dia-a-dia.Conforme Vasconcelos (2001,

p 25) entendendo que o foco da produtividade

atualmente no mercado é o ser humano

propriamente dito, deve-se valorizar o ser como

humano, e não como apenas um objeto produtivo.

Segundo Chiavenato (2003, p 224) deve-se

investir nos colaboradores para que possam ser

mais produtivos e eficientes nas funções

exercidas. É neste ponto que programas de QVT

vem servindo como uma solução mediata para

problemas de stress, pouca produtividade,

desconfortos no trabalho, absenteísmo ou até

mesmo atestados médicos.

Segundo Chiavenato (2001, p 92) o bem

estar físico e emocional são de grande importância

para determinar o rendimento de um colaborador.

Segundo Rodrigues (1994), um colaborador que

se sente confortável em seu lugar de trabalho é

um colaborador que consequentemente renderá

mais e será mais produtivo à sua organização. A

QVT busca unir estes dois polos do processo de

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um lado a disposição humana e de outro os

interesses da organização em relação a objetivos

e metas. Segundo Sammartino(1995) os

resultados agregam valor a organização e a

organização necessita dos colaboradores para

gerar estes resultados, logo deve-se valoriza-los

como parte da empresa.

Antigamente, por volta de 1875, as

organizações viam os seus trabalhadores apenas

como ferramenta para obtenção de suas metas.

Isto na segunda revolução industrial, quando cada

pessoa tinha uma função diferente, porém não

conheciam o resto do processo, apenas a sua

parte. Era uma pessoa para colocar uma

engrenagem, outra para botar o parafuso que

segura a engrenagem e um para apertar o

parafuso que encaixava entre a engrenagem e a

peça. Com isto, os trabalhadores ficavam muito

desgastados com o serviço repetitivo e o pouco

intervalo que os era oferecidos. Não tinham um

coffeebreak para que pudessem relaxar a mente e

o corpo, do árduo trabalho exercido nas grandes

fábricas de antigamente.

Com o passar dos anos, foi se

constatando que se investissem no bem-estar

emocional e físico de seu colaborador, eles

renderiam mais. Após o surgimento da Gestão de

Recursos Humanos (GRH), principalmente com a

Teorias das Relações Humanas, com Elton Mayo e

as pesquisas em Howthorne, que deu enfoque no

ser humano como parte do processo e não

somente uma ferramenta de trabalho, diz Munhoz

(2003), os resultados são expressivos, melhoria na

produtividade e no rendimento do serviço. Além

disso há diminuição do índice de absenteísmo,

pouca rotatividade e redução e acidentes no

trabalho.

Chiavenato (2004) aponta que GRH veio

para unir ser humano e organização para que o

mesmo pudesse sentir-se parte da organização

em que trabalha, com foco na motivação do ser

humano. Segundo Costa (2002), o fator humano

tem sido tema de objeto de pesquisas cientificas

para o entendimento de uma boa administração de

empresas multinacionais.

Para Walton (1983), os valores ambientais

e humanísticos para a QVT foram colocados à

beira pela sociedade moderna e industrial sob a

influência direta do capitalismo industrial.

Conceitos

A qualidade de vida no trabalho é um

aspecto bem relevante para o sucesso de

empresas e para os colaboradores que nela

trabalham. De acordo com Davis(1996), o termo

qualidade de vida faz referência direta com a

preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos

colaboradores em seu dia-a-dia e no exercício de

sua função, envolvendo tanto os aspectos físicos,

psicológicos, econômicos e profissionais. Podendo

assim a empresa oferecer projetos e programas

como: biblioteca, projetos esportivos, cinema,

lazer: patrocínios, incentivos a prática de

exercícios, associação, clube, projetos sociais:

eventos para a comunidade e família, colônia de

férias; projetos ambientais: reciclagem, dicas de

economia de energia, água e papel.

Aspectos físicos

Sobre os aspectos físicos, Herzberg os

classifica como fatores de higiene as condições de

trabalho, que fazem referência aos aspectosfísicos

do meio ambiente, como ventilação apropriada,

iluminação, equipamentos, e espaço para os

colaboradores. Segundo Estefano (1996), fatores

de higiene referem-se ao ambiente e são vistos

como fatores extrínsecos do trabalho, tendo assim

a função de evitar o desconforto e a insatisfação

no trabalho. Ele vê ainda como em fase de

construção, por nunca estarem por completo

satisfeitos, ou seja, precisam ser mantidos

constantemente.

França e Rodrigues (1999) afirmam que as

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doenças como a LER (Lesões por Esforços

Repetitivos) e DORT (Lesões por Esforços

Repetitivos Doenças Osteoarticulares

Relacionadas ao Trabalho) ocorrem no ambiente

de trabalho do colaborador. E está diretamente

combinado ao estresse sofrido na rotina de

trabalho dentro do ambiente de trabalho.

Aspectos psicológicos

Quanto aos fatores psicológicos França

(2009) enfatiza que são ações desenvolvidas para

recuperar, manter, proteger e beneficiar a saúde e

bem-estar dos colaboradores para evitar doenças.

Chiavenato (2009) corrobora enfatizando que os

programas de bem-estar dos colaboradores

também influenciam no comportamento dos

indivíduos e reduzir os custos com saúde.

Limongi-França (2009) afirma que a condição

básica para um ambiente produtivo e saudável da

organização é feito através de modelos gerenciais

efetivos voltados para a relação entre

produtividade e qualidade de vida no trabalho,

contribuindo assim para a motivação de resultados

satisfatórios e positivos.

Aspectos profissionais

De acordo com Masset (2011), condições

de trabalho podem ser classificadas como tudo

aquilo que pode indicar um trabalho, viabilizando

(ou não) a atividade dos colaboradores.

Chiavenato (2008) diz que o meio pode interferir

diretamente nas tarefas executadas pelo indivíduo.

De acordo com os aspectos profissionais,

Munhoz (2001) afirma que um colaborador bem

reconhecido profissionalmente é um colaborador

intensamente motivado, pois este sabe que faz

parte da empresa, e que a empresa necessita do

mesmo para atingir seus objetivos. Chiavenato

(2005) diz que um colaborador motivado tanto

externamente como internamente,

consequentemente irá atingir suas metas com

maior eficiência.

Aspectos econômicos

Os aspectos econômicos são classificados

como o plano de carreira que o colaborador irá

trilhar dentro da organização. Vasconcelos (2003)

afirma que um bom plano de carreira dentro da

organização traz uma enorme motivação para que

o trabalhador queira crescer cada vez mais dentro

da empresa em que trabalha. Já Chiavenato

(2001) diz que a motivação pode ocorrer

externamente quanto internamente, através de

comportamentos ou atitudes de um determinado

indivíduo perante o seu ambiente externo.

Um bom plano de carreira com cargos e

níveis definidos de maneira correta e promissora,

traz enorme interesse para os indivíduos à

continuarem focados e ligados à empresa em que

trabalham. Segundo Nadler (2001), uma boa

estruturação de cargos traz uma enorme harmonia

para os colaboradores, pois cada um terá ciência

de sua função e seus deveres, fazendo com que a

qualidade de vida seja preservada no ambiente de

trabalho e evitando o retrabalho por falta de

compromisso ou competência de alguns.

Materiais e Métodos

Marconi e Lakatos (1992) dizem que a

pesquisa bibliográfica é considerada o primórdio

de toda a pesquisa científica e que na pesquisa de

campo além do levantamento de dados no próprio

local onde ocorrem de fato os fenômenos, ela

pode ser feita através da observações diretas,

entrevistas e medidas de opinião.

Para Gil (2006), a pesquisa bibliográfica é

um método que se utiliza de material já existente.

As fontes de pesquisa bibliográficas são livros,

artigos, teses, dissertações e monografias. De

acordo com Lucio (2006) a pesquisa tem como

objetivo primordial a contribuição para resolução

de um problema, direcionar o conhecimento e

testar determinados fatos. Gil (2006) aborda

também que as pesquisas bibliográficas são de

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utilidades para os pesquisadores por oferecer

disponibilizar informações que seriam complicadas

de se adquirir em campo, entretanto, as mesmas

podem comprometer a qualidade da pesquisa

quando apresentados dados coletados ou

processos de forma equivocada.

Na pesquisa de campo, Gil (2006) aborda

que a pesquisa de campo é um método que se

originou na antropologia e hoje utilizados também

em outras áreas como na sociologia, na educação,

na saúde pública, e na administração.

Quanto a pesquisa documental, Lacombe e

Vergara (2009) enfatizam que são aquelas

realizadas através de documentos conservados no

interior de órgãos públicos, regulamentos,

circulares, ofícios, comunicações informais, filmes,

microfilmes, fotografias, para coletar informações

relevantes para a pesquisa.

Os recursos utilizados para a elaboração

deste artigo foi a revisão bibliográfica de

importantes e conceituados autores internacionais

e nacionais da área atuante, de artigos científicos

e em bibliotecas de instituições de ensino superior

com o objetivo de compreender a qualidade de

vida no trabalho, e para que ela serve no dia a dia

dos colaboradores e seus impactos.

Foi utilizado a metodologia de caráter

exploratório, que segundo Vergara (2004) uma

investigação exploratória é realizada em áreas nas

quais temos pouco conhecimento acumulado e

sistematizado. Já Andrade (2001) complementa

dizendo que esta configura-se como a fase

preliminar, que busca proporcionar maiores

informações sobre o assunto que será investigado.

Este trabalho é exploratório por não haver

nenhuma pesquisa anterior desta dando auxilio

quanto a obtenção de resultados futuros.

O instrumento de pesquisa utilizado neste

artigo foi o questionário que, segundo Pádua

(2004) é um instrumento para coletar dados de

caráter quantitativo, composto por perguntas

fechada ou abertas, sendo elas objetivas para

uma total compreensão do indivíduo pesquisado,

de acordo com o conhecimento dos pesquisados.

Vergara (2013) completa que o questionário

necessita ser padronizado, para obtenção de

respostas em que se buscam, devendo estar junto

de uma carta formal de apresentação com as

instruções do preenchimento do mesmo, com

anonimato do pesquisado o objetivo da pesquisa e

a finalidade da mesma.

O questionário foi de natureza anônima,

onde o pesquisado não precisa se identificar para

responder as perguntas propostas à ele, e

adaptadas para os colaboradores terceirizados,

ascensoristas da Câmara Dos Deputados.

Abordando questões sobre aspectos físicos,

psicológicos, sociais e econômicos. O questionário

teve como base o modelo de perguntas de

WHOQOL-100 da Organização Mundial da Saúde

(OMS), modelo adaptado de Paula e Andréia

(2015).

Collado, Lucio e Sampiere (2006) abordam

que o instrumento de coleta envolve a coleta de

dados propriamente dita, a análise de resultados e

a aplicação do instrumento com o objetivo de nos

aproximar ao máximo das representações das

variáveis da pesquisa. Rudio(1986, apud Andreia e

Paula 2015) enfatiza que na análise e

interpretação dos dados, é necessário que as

respostas estejam organizadas, sendo necessária

a tabulação, ou seja, apresentação gráfica dos

dados permitindo assim, uma melhor

compreensão e interpretação dos resultados.

Sampiere, Collado e Lucio (2006) afirmam que há

diversos tipos de métodos para medir as variáveis,

destacando um dos mais conhecidos a escala

Likert, corresponde a um conjunto de afirmações

ou juízos onde o indivíduo manifesta sua escolha

dentre 5 opções da escala, não sendo

recomendável o indivíduo ultrapassar 20 palavras

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totais.

Amostra

De acordo com Costa Neto (1977) amostra

é um subconjunto extraído da população, com um

número limitado de observações. Esta por sua vez

é constituída por elementos que são extraídos da

população de maneira aleatória e independente

(NAGHETTINI 2007).

Nesta pesquisa foi utilizado o método de

amostragem não probabilística que segundo

(Naghettini 2007), embora não possa obter um

resultado com exatidão, torna-se útil quando se

deseja conhecer a ocorrência da probabilidade em

que um fenômeno seja igualado ou superado.

A pesquisa utilizou a técnica de amostragem

não-probabilística por conveniência aplicada em

30 ascensoristas da Câmara dos Deputados.

Discussão dos resultados

Foi feita uma pesquisa sobre a Qualidade

de Vida dos ascensoristas da Câmara dos

Deputados em Brasília-DF. E segue os respectivos

resultadosda pesquisa aplicada em 30

colaboradores sobre QVT, representado nos

gráficos a seguir por porcentagem.

Quanto aos aspectos psicológicos

Fonte: Próprio autor, 2015.

Quanto aos aspectos psicológicos, pode-

se notar que a satisfação dos respondentes na

questão 1 o quanto você aproveita a vida: 7,00%

(nada), 23,01% (Muito), 35,71% (Médio) e 32,14%

(Muito Pouco). Já no que se refere ao otimismo ao

futuro do ascensorista, 5,51% (Completamente),

15,71% (Muito), 35,01% (Médio), 35,50% (Muito

Pouco) e 8,27% (Nada). Já em relação à

sentimento de depressão os resultados obtidos

foram: 1,08% (Completamente), 10,21% (Muito),

42,29% (Muito Pouco) e 35,71% (Completamente).

No item que avalia a autoestima obteve-se:

20,01% (Completamente), 40,71% (Muito), 30,14%

(Médio) e 9,14% (Muito Pouco). Em que medida

avalia-se a qualidade do lazer da família: 12,28%

(Completamente), 10,29% (Muito), 42,86% (Médio)

e 34,57% (Muito Pouco). A pergunta de número3 é

bastante negativa com 35,50%(Muito Pouco) de

negatividade na questão dois e com 42,29%(Muito

Pouco) na questão de número três refletindo

pouca satisfação com a qualidade de vida dos

pesquisados.

E segundo Davis (1996) o termo qualidade

de vida faz referência direta com a preocupação

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

1 - O quanto vocêaproveita a vida?

2 – O quão otimista você se sente em relação ao futuro?

3 – O Quanto sentimentos de depressão ou

tristeza interferem no seu dia a dia?

4 - Em que medidavocê avalia sua

autoestima?

5 - Em que medidavocê avalia a

qualidade do seulazer e da sua

família?

0,00% 8,27%

35,71%32,14%35,50%

42,29%

9,14%

34,57%

35,71%35,01%

10,21%

30,14%

42,86%

23,01%15,71%

10,71%

40,71%

10,29%2,00%

5,51% 1,08%20,01% 12,28%

Nada Muito Pouco Médio Muito Completamente

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com o bem-estar geral e a saúde dos

colaboradores em seu dia-a-dia e no exercício de

sua função, envolvendo tanto os aspectos físicos,

psicológicos, econômicos e profissionais. E

conforme Chiavenato (2001) a falta de QVT pode

afetar diretamente na motivação do colaborador

afetando o seu desempenho no exercício de suas

funções.

Com a maioria dos resultados negativos

em relação ao bem-estar do colaborador

pesquisado, a empresa precisa elaborar

programas de qualidade de vida no trabalho

eficientes como leitura, cinema, atividades lúdicas

para que o colaborador sinta-se mais à vontade e

confortável em seu ambiente de trabalho liberando

um pouco da carga do estresse diário em que o

mesmo sofre realizando as suas atividades

trabalhistas.

Quanto aos aspectos Físicos

Fonte: Próprio autor, 2015.

Quantos aos aspectos físicos pode-se

perceber pelo gráfico logo acima que a questão1

que aborda se o pesquisado se preocupa com sua

própria saúde obteve-se: 20,01% (Muito) que se

preocupam com a própria saúde, 40,71% (Médio)

e 31,14% (Muito Pouco) em relação a

preocupação à saúde. Já no que se refere à

prática de exercicios fisicos, 5,51% se preocupam

(Completamente) com a saúde, 11,71% se

preocupam (Muito), 39,01% se preocupam

(Médio), 25,50% (Muito Pouco) e 18,27% (Nada).

Nota-se que na questão que aborda a pratica de

exercicios fisicos ou ginastica laboral os resultados

obitidos foram: 5,71% (Muito), 13,21% (Médio),

45,37% (Muito Pouco) praticam atividades fisica

ou ginástica laboral e 35,71% não praticam

nenhum tipo de ginástica laboral ou atividade

fisica. Na questão que aborda se o colaborador se

acha saudavel obeteve-se os seguintes

resultados:5,01% (Completamente), 30,71%

(Muito), 35,14% (Médio) e 29,14% (Muito Pouco)

se acham saúdaveis. E o quanto o pesquisado se

sente incomodado pelo cansaço. 32,28% se sente

(Completamente) incomodado pelo

cansaço,34,29% (Muito), 22,86% (Médio) e 10,57

(Muito Pouco) incomodados pelo cansaço. No item

3 e 5 são negativos à respeito do bem-estar físico

do pesquisado, possuindo 45,37%(Muito), e no

item cinco 34,29%(Completamente) incomodado

pelo cansaçõ físico sofrido no ambiente de

trabalho e em sua vida cotidiana.

E conforme Chiavenato (2009) enfatiza

que os programas de bem-estar dos

colaboradores também influenciam no

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

1 - Quanto você sepreocupa com sua

saúde?

2 – Você pratica exercício físico

regular?

3 – Você pratica ginástica laboral ou

outro tipo de atividade física na

sua empresa?

4 - Você se achasaúdavel?

5 - O quanto você sesente incomodado

pelo cansaço?

0,00%18,27%

35,71%31,14%

25,50%

45,37%

29,14%10,57%

40,71%39,01%

13,21%

35,14%

22,86%

20,01%11,71%

5,71%

30,71%

34,29%

5,51% 5,01%

32,28%

Nada Muito Pouco Médio Muito Completamente

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comportamento dos indivíduos e a reduzir os

custos com saúde. E podemos notar que não é

oferecido pouco a oportunidade da prática de

algum tipo de esporte ou ginástica laboral no

ambiente de trabalho dos pesquisados, porém

estes praticam alguma atividade fora do trabalho.

Sugere-se que a empresa ofereça

programas de esporte ou ginástica, para que o

colaborador possa praticar suas atividades físicas

no trabalho, economizando o tempo após ou

posterior ao serviço que o colaborador praticaria

suas atividades físicas diárias. Podendo assim

utilizar este tempo livre para ficar com os filhos ou

investir em outras coisas de sua vida trazendo um

bem-estar físico/emocional. Chiavenato (2010) diz

que a qualidade de vida no trabalho. Fatores

como: a satisfação com o trabalho executado,

possibilidades de futuro na organização,

reconhecimento pelos resultados alcançados, o

salário percebido, benefícios auferidos,

relacionamento humano dentro do grupo e da

organização, ambiente psicológico e físico do

trabalho, afetando atitudes pessoais e

comportamentais que refletem na produtividade do

indivíduo.

Quanto aos aspectos profissionais

Fonte: Próprio autor, 2015.

De acordo com o gráfico dos aspectos

econômicos, nota-se que os itens 1 e 2 são

medianos a respeito do ambiente físico de

trabalho do pesquisado, possuindo

respectivamente 40,71%, e 37,01%. Já os itens de

número 3 que aborda o quanto o pesquisado

sente-se satisfeito com a qualidade de vida no

trabalho: 1,09% (Completamente) satisfeito, 4,71%

(Muito) satisfeito, 13,21% (Médio), 47,37% (Muito

Pouco) satisfeito com a qualidade de vida no

trabalho em que possui e 33,71% (Nada)

satisfeito. Portanto em que se trata sobre a medida

de motivação que o colaborador tem para

trabalhar obteve-se: 10,28% (Completamente)

motivado, 24,29% (Muito), 24,86 (Médio) e 40,57%

(Muito Pouco) motivado para trabalhar. Obtendo-

se o item de número três 47,17%(Muito Pouco), o

número quatro 33,14%(Muito Pouco) e o item

número cinco 40,57% (Muito Pouco).

Conforme Chiavenato (2005) Diz que um

colaborador motivado tanto externamente como

internamente, consequentemente irá atingir suas

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

1. Como você avaliaa segurança no

ambiente detrabalho?

2. Quão é saudávelseu ambiente físico?

3. O quão satisfeitovocê está com sua

qualidade de vida notrabalho?

4. O quão satisfeitovocê está com sua

capacidade deaprender novasinformações?

5. Em que medidavocê avalia suamotivação para

trabalhar?

0,00%22,27%

33,71%20,00%

35,14%

29,50%

47,37%

33,14%

40,57%

40,71%

37,01%

13,21%

31,14%

24,86%

15,01%8,71% 4,71%

10,71%24,29%

5,00%2,51% 1,00% 5,01% 10,28%

Nada Muito Pouco Médio Muito Completamente

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metas com maior eficiência e gerar mais lucros

para a empresa contratante. Chiavenato (2004)

também diz que os indivíduos possuem

personalidade própria uns dos outros e algumas

necessidades diferentes, e não podem ser vistos

apenas como recursos para organização e sim

parte dela, prontos para atingir os objetivos

organizacionais impostos. Alguns Fatores como

remuneração adequada e o reconhecimento,

ajudam na melhora do relacionamento

interpessoal e a motivação do colaborador.

Segundo o mesmo autor as condições de trabalho

não estão relacionadas tão somente a questões

físicas do ambiente de trabalho, mas também

quanto ao clima psicológico imposto à esse

colaborador. Nota-se que no item 3 é muito

negativo em questão a qualidade de vida no

trabalho possuindo 47,37% (Muito Pouco) e

33,71% (Nada/Muito Pouco).

Sugere-se que a empresa reorganize o

ambiente de trabalho do colaborador, oferecendo

conforto, e fazendo com que o colaborador se

sinta à vontade em seu ambiente físico de

trabalho. E sugere-se também atividades lúdicas

como espaço de leitura ou cinema em horários

determinados, para descontrair e relaxar o

colaborador evitando fadiga e stress.

Quanto aos aspectos econômicos

Fonte: Próprio autor, 2015.

Observa-se no gráfico que os itens 1 e 5

são negativos e possuem respectivamente,

37,14% (Muito Pouco) o quanto o pesquisado

aproveita a vida e 33,57% (Muito Pouco) o quanto

o respondente aproveita o tempo livre. Já o item 2

é mediano possuindo 39,52% (Médio). E os itens 3

e 4 possuem 53,71% (Nada/Muito Pouco) a

respeito de sofrer algum tipo de dificuldade no

trabalho por causa de sua cultura e 34,00%

(Nada/Muito Pouco) Em qual medida o pesquisado

tem oportunidades de atividades de lazer. A

respeito dos aspectos econômicos Chiavenato

(2010) faz citação à Walton (1973), concordando

que a remuneração que é paga ao empregador

deve ser justa de acordo com sua qualificação e

grau de responsabilidade, possibilitando que o

empregador viva dentro dos seus padrões

pessoais, sociais, culturais e econômicos no meio

em que ele vive.

Já na percepção de Lacombe (2011), os

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

1. O quantosatisfeito você está

com orelacionamento

familiar?

2. Você senteorgulho perante a

sociedade detrabalhar naorganização?

3. Você sofre algumtipo de dificuldade

no trabalho porcausa da sua cultura

familiar?

4. Em que medidasvocê tem

oportunidades deatividades de lazer?

5. O quanto vocêaproveita seu tempo

livre?

0,00%28,27%

53,71%34,00%

10,00%37,14%

29,50%

27,37%

33,14%

33,57%

20,71%

39,52%14,21%

21,14%

27,86%15,01%

7,71% 4,71% 8,71%21,29%15,00%

3,01% 8,28%

Nada Muito Pouco Médio Muito Completamente

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indivíduos são agentes econômicos que possuem

como objetivo primordial expandir sua própria

satisfação buscando satisfazer suas

necessidades, uma vez motivadas irá

desempenhar melhor suas funções trabalhistas.

No item 2 nota-se que o índice de colaboradores

que sentem orgulho de trabalhar em suas

organizações é bastante negativo com 39,52%

(Médio) e 29,50% (Muito Pouco).

Sugere-se que a empresa dê um foco em

suacomunicação interna para que os

colaboradores conheçam melhor a empresa, e se

sintam parte da organização e não somente uma

ferramenta de trabalho para que a organização

atinja os seus objetivos, unindo colaborador e

organização em um só. Já no item 4 percebe-se

que os colaboradores pesquisados em sua grande

maioria, não possuem oportunidades ou tempo

disponível para praticarem atividades físicas.

Sugere-se ainda que a organização invista

em projetos de ginástica laboral em serviço ou

atividades físicas em seus ambientes de trabalho,

trazendo mais saúde para o colaborador e

consequentemente abaixando o nível de stress

gerado pelo trabalho.

Considerações Finais

O objetivo de pesquisa foi investigar o

nível satisfação da qualidade de vida no trabalho

dos ascensoristas da Câmara dos Deputados,

entendendo conceitos sobre QVT baseado em

aspectos físicos, econômicos, profissionais e

psicológicos. Foi utilizado conceitos deautores

renomados e qualificados neste meio. Para tanto

foi utilizado a pesquisa bibliográfica e a pesquisa

de campo baseada em amostragem aplicada em

30 participantes. Os resultados da pesquisa de

campo foram transformados em gráficos, que

facilitou a interpretação daquela realidade.

Quanto aos pontos positivos encontrados

em relação ao nível de QVT destaca-se que um

dos aspectos positivos foi a cultura organizacional

que parece estar alinhada ao colaborador, não

trazendo conflitos culturais entre colaborador e

organização. E outro ponto positivo é quanto a

saúde de grande parte dos pesquisados, notando-

se estar em dia, apesar de nenhum programa de

ginástica laboral ou atividade física ser

disponibilizado pela organização vigente, podendo

assim ser um dos focos de melhoria da

organização já que nenhum programa de QVT é

oferecido pela Câmara dos Deputados aos seus

ascensoristas.

Quanto aos pontos negativos, destaca-se

que a empresa não possuí nenhum programa para

enriquecer a QVT de seus colaboradores,

trazendo grande insatisfação dos ascensoristas e

elevando o nível de stress gerado pelo esforço

cotidiano de suas funções trabalhistas, podendo

assim ser oferecido programas de ginástica

laboral, leitura, cinema, atividades físicas,

palestras sobre alimentação e saúde para que o

colaborador se sinta melhor consigo mesmo e

consequentemente trazendo resultados positivos

para a organização devido a sua motivação

interna. E por fim um dos tópicos que precisa ter

um foco melhor é a segurança no trabalho que

pelos gráficos possui 40,71% e 35,71% de

insatisfação. Precisando assim a empresa tomar

medidas preventivas para que seus funcionários

não sofram quaisquer tipos de acidentes, fazendo

assim a empresa gastar com indenizações e

cobertura por atestados médicos.

Por fim, em relação tão somente aos fatos

apresentados, pode-se rematar que o nível de

QVT encontrado é muito baixo em alguns quesitos

e outros poucos como cultura organizacional é

mediano porém não satisfatório. E a empresa não

possuí nenhum programa para modelar estes

resultados positivamente, e trazer alguma

qualidade de vida aos colaboradores pesquisados.

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Sugere-se à empresa que invista em

programas de qualidade de vida, e interaja mais

com seus colaboradores através de palestras e

programas sociais, moldando a relação

organização/colaborador para que o mesmo sinta-

se valorizado e assim ficando motivado para

atingir melhores resultados à organização

sentindo-se parte da organização e não somente

uma ferramenta para a empresa atingir seus

objetivos, gerando melhorias à QVT dos

ascensoristas lotados na Câmara dos Deputados.

Para os próximos trabalhos de pesquisa

deste âmbito, sugere-se que seja realizada uma

pesquisa-ação ligada à ginástica laboral no

ambiente de trabalho, buscando levantar mais

detalhadamente o perfil dos colaboradores antes e

entender quais os benefícios gerados pela

atividade física depois de algum tempo do

funcionamento do programa. E também sobre

plano de carreira dentro das organizações,

buscando valorizar seus colaboradores e ajudando

na retenção de talentos da organização através do

fator remuneração

Agradecimentos

Este artigo só pode ser concluído com a

participação direta e indireta de algumas pessoas

na realização do mesmo. E agradeço

imensamente o professor Diel Gomes da Silva

Júnior que me auxiliou comparecendo aos

encontros marcados de orientação, agradeço

também aos professores do curso de Gestão de

Recursos Humanos: Bruno, Henrique, Margarida,

Luís Augusto da faculdade Icesp Promove, pelos

ensinamentos e teorias passadas em sala de aula.

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REFERÊNCIAS

1. CHIAVENATO, Idalberto.Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas

organizações. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

2. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 9 ed. Rio de

Janeiro: Elsevier, 2009.

3. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano nas organizações. 8 ed. São

Paulo: Atlas, 2004.

4. DAVIS, Keith; NEWSTROM, Jonh W. Comportamento humano no trabalho. 2 edição. São Paulo:

Pioneira, 1996 (Biblioteca Pioneira de administração e negócios).

5. GIL, Antônio Carlos - Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. – 1.ed. 14 reimpr. São

Paulo: Atlas, 2014.

6. LACOMBE, Francisco Jose Masset. Recursos humanos: princípios e tendências. 2 ed. São Paulo:

Saraiva, 2011.

7. LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina, Qualidade de vida no trabalho – QVT: conceitos e práticas

nasempresas da sociedade pós-industrial. 2 ed. 4 reimpr. São Paulo: Atlas, 2009.

8. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico. São

Paulo: Editora Atlas, 1992. 4a ed. p.43 e 44.

9. MARRAS, Jean Pierre. Gestão estratégica de pessoas: conceitos e tendências. São Paulo:

Saraiva, 2010.

10. MORIN, Estelle M; AUBÉ, Caroline; tradução Maria Helena C.V. Trylinski. Psicologia e gestão – São

Paulo: Atlas, 2009.

11. NAGHETTINI, M; PINTO, E. J. de A. Hidrologia estatística. Belo Horizonte, MG: CPRM, 2007. 552 p.

12. RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de vida não trabalho: evolução e análise no

nível gerencial. Petrópolis, RJ: Vozes,1994.

13. PAULA, V. A.; ANDRÉIA L.C. artigo cientifico. Estudo de caso QVT, Brasília-DF, 2015.

14. SAMMARTINO, W – A influência das políticas e práticas de gestão de recursos humanos no

desempenho organizacional, 1995: um estudo de caso na área industrial de uma empresa do

setor de telecomunicações. São Paulo, 1995. Dissertação (Mestrado em Administração) -

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

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APENDICE

QUESTIONÁRIO

O questionário que segue faz parte de pesquisa acadêmica que analisa satisfação dos

colaboradores quanto a qualidade de vida no trabalho oferecidos pela empresa, tais como: saúde, esporte,

lazer, cultura e educação. No intuito de explorar o nível de satisfação dos colaboradores

Esta pesquisa está sendo desenvolvida com ascensoristas da Câmara dos Deputados, Brasília –

Distrito Federal.

As informações fornecidas não serão divulgadas isoladamente.

As questões são simples e não demandam muito de seu tempo.

Suas respostas são primordiais para a conclusão deste trabalho.

Desde já, agradeço imensamente sua contribuição.

Instruções

Este questionário é sobre como você se sente a respeito da sua qualidade de vida, saúde e outras

áreas da sua vida. Por favor, tenham em mente seus valores, prazeres e preocupações á (4) quatro

semanas atrás, seguido das opções abaixo, marcando o número que melhor corresponde:

Nada Muito Pouco Médio Muito Completamente

1 2 3 4 5

As questões a seguir referem-se a sua satisfação, como você tem se sentido nas últimas quatro

semanas. Você deve marcar uma das opções que melhor indicar sua resposta dentre as opções.

Aspectos Psicológicos 1 2 3 4 5

1. O quanto você aproveita a vida?

2. O quão otimista você se sente em relação ao futuro?

3. O quanto sentimentos de depressão ou tristeza interferem no seu dia a

dia?

4. Em que medida você avalia sua autoestima?

5. Em que medida você avalia a qualidade do seu lazer e da sua família?

As questões a seguir referem-se ao seu condicionamento físico, preocupação com a saúde e como

você tem se sentido nas últimas quatro semanas. Você deve marcar uma das opções que melhor indicar sua resposta dentre as opções.

Aspectos Físicos 1 2 3 4 5

1. Quanto você se preocupa com sua saúde?

2. Você pratica exercício físico regular?

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3. Você pratica ginástica laboral ou outro tipo de atividade física na

empresa?

4. Você se acha saudável?

5. O quanto você se sente incomodado pelo cansaço?

As questões a seguir referem-se como você avalia o seu ambiente e satisfação no trabalho nas

últimas quatro semanas. Você deve marcar uma das opções que melhor indicar sua resposta dentre as opções.

Aspectos Profissionais 1 2 3 4 5

1. Como você avalia a segurança no ambiente de trabalho?

2. Quão é saudável seu ambiente físico?

3. O quão satisfeito você está com sua qualidade de vida no trabalho?

4. O quão satisfeito você está com sua capacidade de aprender novas

informações?

5. Em que medida você avalia sua motivação para trabalhar?

As questões a seguir refere-se em como você se relaciona no trabalho e ambiente familiar,

baseando-se nas últimas quatro semanas. Você deve marcar uma das opções que melhor indicar sua resposta dentre as opções.

Aspectos Econômicos 1 2 3 4 5 1. O quanto satisfeito você está com o relacionamento familiar?

2. Você sente orgulho perante a sociedade de trabalhar na organização?

3. Você sofre algum tipo de dificuldade no trabalho por causa da sua cultura familiar?

4. Em que medidas você tem oportunidades de atividades de lazer?

5. O quanto você aproveita seu tempo livre?