36
Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Porto Velho - RO quarta-feira, 4 de setembro de 2013 nº 507 - ano III DOeTCE-RO SUMÁRIO DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1 >>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 5 >>Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Pág. 7 Administração Pública Municipal Pág. 7 ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 28 >>Posses Pág. 31 >>Avisos Pág. 31 MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS >>Atos do MPC Pág. 34 SESSÕES >>Pautas Pág. 34 LICITAÇÕES >>Avisos de Licitação Pág. 35 Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício Administração Pública Estadual Poder Executivo DECISÃO MONOCRÁTICA PROCESSO: 4957/1998. ASSUNTO: Quitação de Multa. INTERESSADOS: Joel Barbosa de Farias, CPF n. 307.520.602-44. ORIGEM: Secretaria de Estado da Agricultura e Reforma Agrária – SEAPES – à época. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra. DECISÃO MONOCRÁTICA N. 174/2013/GCWCSC I – DO RELATÓRIO Os autos originalmente tratavam da Licitação na Modalidade Convite n. 100/98, oriundos da Secretaria de Estado da Agricultura e Reforma Agrária – SEAPES – à época, retornando agora a este Gabinete para apreciação de Baixa de Responsabilidade do Senhor Joel Barbosa de Farias, CPF n. 307.520.602-44. 02. A referida Licitação foi apreciada na Sessão da 1ª Câmara realizada em 28/04/2009, ocasião em que este Tribunal de Contas prolatou o Acórdão n. 30/2009-1ª Câmara (fls. 723/725), in verbis: Acórdão n. 30/2009 - 1ª Câmara Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Prestação de Contas do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia, referente ao exercício de 2001, como tudo dos autos consta. ACORDAM os Senhores Conselheiros da 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro Substituto LUCIVAL FERNANDES, por unanimidade de votos, em: I – Considerar ilegal com efeitos ex nunc, o edital de Convite e o Contrato nº 100/98, de interesse da Secretaria de Estado da Agricultura e Reforma Agrária, por encontrar-se em dissonância com o ordenamento jurídico vigente; II – Multar o Senhor Sebastião Marcelo de Oliveira C.P.F. nº 103.273.552- 04, em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pela prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nos termos do artigo 55, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96, por contratar em inobservância ao procedimento licitatório e em razão da realização de procedimento licitatório simulado; III - Multar o Senhor Sebastião Marcelo de Oliveira em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pela prática de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao Erário, nos termos do artigo 55, III, da Lei Complementar nº 154/96, em razão da aquisição de sementes com baixo poder germinativo;

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Porto Velho - RO quarta-feira, 4 de setembro de 2013 nº 507 - ano IIIDOeTCE-RO

SUMÁRIO

DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1

>>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 5

>>Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Pág. 7

Administração Pública Municipal Pág. 7

ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 28

>>Posses Pág. 31

>>Avisos Pág. 31

MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

>>Atos do MPC Pág. 34

SESSÕES >>Pautas Pág. 34

LICITAÇÕES >>Avisos de Licitação Pág. 35

Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR

Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício

Administração Pública Estadual

Poder Executivo

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO: 4957/1998. ASSUNTO: Quitação de Multa. INTERESSADOS: Joel Barbosa de Farias, CPF n. 307.520.602-44. ORIGEM: Secretaria de Estado da Agricultura e Reforma Agrária – SEAPES – à época. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 174/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Os autos originalmente tratavam da Licitação na Modalidade Convite n. 100/98, oriundos da Secretaria de Estado da Agricultura e Reforma Agrária – SEAPES – à época, retornando agora a este Gabinete para apreciação de Baixa de Responsabilidade do Senhor Joel Barbosa de Farias, CPF n. 307.520.602-44.

02. A referida Licitação foi apreciada na Sessão da 1ª Câmara realizada em 28/04/2009, ocasião em que este Tribunal de Contas prolatou o Acórdão n. 30/2009-1ª Câmara (fls. 723/725), in verbis:

Acórdão n. 30/2009 - 1ª Câmara

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Prestação de Contas do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia, referente ao exercício de 2001, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros da 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro Substituto LUCIVAL FERNANDES, por unanimidade de votos, em:

I – Considerar ilegal com efeitos ex nunc, o edital de Convite e o Contrato nº 100/98, de interesse da Secretaria de Estado da Agricultura e Reforma Agrária, por encontrar-se em dissonância com o ordenamento jurídico vigente;

II – Multar o Senhor Sebastião Marcelo de Oliveira C.P.F. nº 103.273.552-04, em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pela prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nos termos do artigo 55, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96, por contratar em inobservância ao procedimento licitatório e em razão da realização de procedimento licitatório simulado;

III - Multar o Senhor Sebastião Marcelo de Oliveira em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), pela prática de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico de que resulte injustificado dano ao Erário, nos termos do artigo 55, III, da Lei Complementar nº 154/96, em razão da aquisição de sementes com baixo poder germinativo;

Page 2: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

2 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

IV – Multar individualmente, os Senhores. Ébio Antônio de Carvalho, C.P.F. nº187.676.999-87, Lúcia Miúra, C.P.F. nº 791.616.698-49, Aurenildo Souza Araújo, C.P.F. nº 290.275.942-87, Joel Barbosa de Farias, C.P.F. nº 307.520.602-44, e Maria Helena Silva de Souza, C.P.F. nº 085.120.432-53, respectivamente Presidente, Secretária e Membros da Comissão de Licitação, em R$ 3.000,00 (três mil reais), pela prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nos termos do artigo 55, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96, em razão da realização de procedimento licitatório simulado;

V – Multar, individualmente, os Senhores Etelvino Muniz da Mota Filho, C.P.F. nº 785.073.758-04, Marco Antônio Schmidt Amaral, C.P.F. nº 353.013.926-20, Ademiro Oliveira Primo, C.P.F. nº 183.243.122-34, respectivamente Presidente e Membros da Comissão de Recebimento, em R$ 3.000,00 (três mil reais) pela prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nos termos do artigo 55, II, da Lei Complementar nº 154/96, em razão da emissão inverídica de atestados de recebimento;

VI – Fixar o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação deste Acórdão no Diário Oficial do Estado, para que os responsáveis procedam o recolhimento à conta do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas, das multas consignadas nos itens II, III, IV e V, na forma do artigo 3º, III, da Lei Complementar nº 194/97. Decorrido o prazo ora fixado, sem o devido recolhimento, o valor da multa será atualizado monetariamente, nos termos do artigo 56 da Lei Complementar Estadual nº 154/96;

VII – Autorizar a cobrança judicial, após o trânsito em julgado, sem o recolhimento das multas, nos termos do artigo 27, II, da Lei Complementar nº 154/96, combinado com o artigo 36, II, do Regimento Interno desta Corte;

VIII – Dar conhecimento do teor deste Acórdão ao interessado;

IX – Sobrestar os autos na Secretaria Geral das Sessões desta Corte, para o acompanhamento do feito.

03. O jurisdicionado foi notificado por meio do Ofício n. 544/1ªCÂMARA/SGS/2009 (fl. 731).

04. O Senhor Joel Barbosa de Farias, encaminhou os comprovantes acostados às fls. 745/746, demonstrando o recolhimento da multa retro mencionada, nesta medida, o Corpo Técnico às fls. 749/750 emitiu relatório concluindo pela Baixa de Responsabilidade do jurisdicionado.

05. Os presentes autos não foram submetidos ao crivo ministerial em razão do Provimento n. 03/2013 datado de 07 de março de 2013, com o seguinte teor:

Dispõe sobre a manifestação do Ministério Público de Contas nos casos e processos de quitação, parcelamento e embargos de declaração.

A Procuradora-Geral do Ministério Público de Contas, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 130 da Constituição Federal, art. 83 da Lei Complementar nº 154/96, c/c art. 45 da Lei Complementar nº 93/93, de aplicação subsidiária,

CONSIDERANDO que compete à Procuradoria-Geral disciplinar, sem caráter vinculativo, o exercício das atividades dos membros do Ministério Público de Contas;

CONSIDERANDO deliberação do Colégio de Procuradores na reunião do dia 22 de fevereiro do corrente ano;

RESOLVE, respeitado o princípio da independência funcional, que o Ministério Público de Contas não se manifestará nos seguintes casos e processos:

I - Pedidos de parcelamento de débitos e multas, exceto se o Procurador formular requisição em sentido contrário.

II - Quitação de débitos e multas, haja vista tratar-se de mero acompanhamento do cumprimento do quanto já decidido pelo Colegiado da Corte de Contas, exceto se o Procurador formular requisição em sentido contrário.

III - Embargos de declaração, exceto se tiverem efeitos infringentes.

Eis o relatório.

DA FUNDAMENTAÇÃO

06. Pois bem.

07. Conforme já informado no relatório instrutivo (fls. 749/750), o Senhor Joel Barbosa de Farias efetuou o recolhimento da multa a ele imputada, tem-se, assim, que a multa aplicada no item IV, do Acórdão n. 30/2009, foi devidamente quitada, o que está a merecer baixa de responsabilidade, na forma da lei.

08. Nos termos do art. 26 da Lei Complementar Estadual n. 154/96 e art. 35, do Regimento Interno deste Tribunal de Contas, após comprovação do recolhimento integral da multa será expedida a respectiva quitação.

09. Neste sentido já se pronunciou esta Egrégia Corte de Contas, como demonstram os arestos abaixo transcritos:

Processo 1283/2011 – Acórdão nº 29/2012 – 1ª Câmara

EMENTA: QUITAÇÃO DE DÉBITO. EMPRESA DE NAVEGAÇÃO DE RONDÔNIA. RECOLHIMENTO DE MULTA APLICADA NO ITEM VIII DO ACÓRDÃO 159/2010-1ª/CM. ARTIGO 26 DA LC 154/96. APENSAR. UNANIMIDADE.

Processo n. 1037/2011 – Acórdão n. 69/2012 – 2ª CÂMARA EMENTA: QUITAÇÃO DE DÉBITO. PAGAMENTO DOS VALORES DEVIDOS. EXPEDIÇÃO DA CERTIDÃO DE QUITAÇÃO DE DÉBITO POR ESTA CORTE DE CONTAS, NOS TERMOS DO ART. 26 DA LEI COMPLEMENTAR N. 154/96 C/C O ART. 35 DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE CONTAS. UNANIMIDADE

10. Deste modo, considerando que o Senhor Joel Barbosa de Farias, cumpriu a determinação do item IV do Acórdão n. 30/2009 – 1ª Câmara, deverá ser reconhecida a devida quitação da multa.

DO DISPOSITIVO:

11. Ante o exposto, com substrato na jurisprudência consolidada da Corte, de ofício, DECIDO monocraticamente para o fim de:

I - Dar QUITAÇÃO DE MULTA ao Senhor Joel Barbosa de Farias, inscrito no CPF n. 307.520.602-44, referente à multa imputada no Acórdão n. 30/09 – 1ª Câmara, item IV;

II – DÊ-SE CIÊNCIA, ao interessado encaminhando-lhe cópia desta Decisão;

III - PUBLIQUE-SE, a cargo da Assistência de Gabinete a decisão ora exarada;

IV – ENCAMINHE-SE os autos ao Departamento da 2ª Câmara para cumprimento dos itens I e II;

V – Após, VOLTEM-ME os autos para deliberação meritória quanto aos demais devedores elencados no Acórdão n. 30/09 – 1ª Câmara.

Page 3: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

3 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Cumpra-se.

Porto Velho, 02 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 3146/2013 ASSUNTO: Recurso de Revisão RECORRENTE: José Lourenço da Silva Filho RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 182/GCWCSC/2013

I – DO RELATÓRIO

Cuidam os autos de Recurso de Revisão interposto pelo Senhor José Lourenço da Silva Filho, Ex-Diretor do Departamento de Estradas e Rodagem no período de 24/01/1990 a 31/12/1990.

02. Por ocasião da interposição do presente expediente, pleiteou o recorrente uma série de medidas. A propósito:

a) deferir o Desarquivamento do Processo 2649/89, concedendo a Carga do mesmo;

b) conceder carga do Processo de Tomada de Contas Especial procedida pelo órgão competente;

c) conceder carga do Titulo Executório expedido;

d) sejam estendidas as Decisões do Acórdão n. 59/2008-PLENO (anexo 7) nos termos do voto do douto relator (anexo 7) ao Acórdão 357/98, desconstituindo a imputação da Multa e o dever de Ressarcir o erário municipal;

e) como tutela de urgência albergada no ordenamento pátrio, para que o Requerente não seja penalizado injustamente, haja vista já ressentir os melévolos (sic) efeitos de danos irreparáveis ou de difícil reparação à sua pessoa [...] REQUER seja emitida certidão positiva com efeito de negativa, com o escopo de produzir efeitos legais e jurídicos [...].

03. Assim, vieram-me os autos para manifestação, instruído com o despacho de fl. 01, da lavra do Presidente em exercício, Conselheiro Edilson de Sousa Silva, em cuja parte final se lê:

Deste modo, considerando que o Relator do Processo em epígrafe é o Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra, determino o encaminhamento do presente documento àquele Gabinete, para manifestação e deliberação quantos aos itens “a” a “c” , observando que o documento original, a fim de apreciar o recurso manejado, será autuado na forma regimental.

II – DOS FUNDAMENTOS

04. Pois bem. Como visto, faz-se necessário, em atenção ao despacho oriundo da Presidência desta Corte, apreciar, no que couber, os pedidos do recorrente.

05. Por primeiro, manifesto-me sobre o pedido de carga do feito principal, no bojo do qual se emitiu o Acórdão nº 357/98 – Pleno, ora atacado.

06. Considerando tratar-se de direito imanente à própria condição do jurisdicionado, há de se permitir o pleno acesso aos autos, especialmente por não estarem estes envoltos pelo manto do segredo de justiça.

07. Assim — nos termos do que se requereu na alínea “a” do expediente interposto — defiro carga dos autos do Processo nº 2649/89, pelo prazo de 05 (cinco) dias, a contar da notificação pessoal do Dr. Cleber Jair Amaral, OAB/RO nº 2856, o que faço com substrato nos artigos 3º, IV e 6º da Resolução nº 114/2013-TCE-RO.

08. Na sequência, requereu-se na alínea “b” do recurso, carga do processo de Tomada de Contas Especial cuja instauração foi determinada pelo Pleno desta Corte.

09. Não obstante plenamente legítimo, o mencionado pedido resta prejudicado, pois, apesar do teor do Acórdão nº 357/98 – Pleno, que em seu item VI impôs ao então Diretor-Geral do Departamento de Estradas de Rodagem, a instauração da pertinente Tomada de Contas Especial, tal providência jamais foi tomada, pelo que resta impossível atender o pedido do recorrente.

10. De mais a mais, o objeto do contrato teria sido executado em 1990, motivo pelo qual restaria inócua, neste momento, qualquer determinação no sentido de se impor o cumprimento do que se ordenou no item VI do Acórdão nº 357/98.

11. Superado isso, verifica-se que o recorrente, no bojo da alínea “c” do expediente interposto, pleiteia a concessão de carga do título executório expedido.

12. No entanto, julgo prejudicado o pedido pois, referido título executório, emitido pela Procuradoria Geral do Estado, é parte integrante dos autos da Ação de Execução Fiscal que tramita junto ao Juízo da Comarca de Cacoal, fundada na CDA nº 20130200120010 (fl. 354 dos autos principais).

13. Pari passu, requereu-se na alínea “d”, a desconstituição do débito e da multa impostos por ocasião do Acórdão nº 357/1998, como efeito da extensão do Acórdão nº 59/2008 - Pleno.

14. Observo, porém, que referido pedido confunde-se, em absoluto, com o mérito do Recurso de Revisão interposto, motivo pelo qual sua análise peremptória será feita quando do enfrentamento das razões recursais, após a oitiva do Ministério Público de Contas. Em razão disso, por ora, resta indeferido.

15. Por fim, requereu-se no bojo da alínea “e”, a emissão de certidão positiva com efeito de negativa pois, nas palavras do recorrente, a sua injusta penalização está a causar-lhe danos irreparáveis.

16. Acerca do aventado, e compulsando atentamente os autos principais, verifiquei a existência de indícios de plausibilidade recursal pois, como visto, a imputação de débito e multa em sede de fiscalização de atos e contratos, se materializou sem a pertinente conversão dos autos em Tomada de Contas Especial.

17. Desta maneira, ante a verossimilhança da alegação, e do que se pode vislumbrar no bojo dos autos principais, defiro a emissão de certidão positiva com efeito de negativa em favor do recorrente José Lourenço da Silva Filho, especificamente no que tange ao débito e à multa que lhe foram impostos por ocasião do julgamento do Processo nº 2649/89.

III – DO DISPOSITIVO

Pelo exposto, sem maiores considerações ante a objetividade que ora se impõe, DECIDO:

I – DEFERIR carga dos autos do Processo nº 2649/89, pelo prazo de 05 (cinco) dias, a contar da notificação pessoal do Dr. Cleber Jair Amaral, OAB/RO nº 2856, o que faço com substrato nos artigos 3º, IV e 6º da Resolução nº 114/2013-TCE-RO.

Page 4: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

4 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

II – CONSIDERAR prejudicado o pedido de carga do processo de Tomada de Contas Especial que, em desobediência à imposição constante do Acórdão nº 357/98 - Pleno, não foi instaurado pela Diretoria do Departamento de Estradas de Rodagem – DER-RO.

III – JULGAR prejudicado o pedido de concessão de carga do título executório expedido, posto tratar-se de parte integrante dos autos da Ação de Execução Fiscal que tramita junto ao Juízo da Comarca de Cacoal, fundada na CDA nº 20130200120010.

IV – INDEFERIR, por ora, a desconstituição do débito e da multa impostos por ocasião do Acórdão nº 357/1998, como efeito da extensão do Acórdão nº 59/2008 – Pleno, posto tratar-se da matéria de mérito do Recurso de Revisão interposto, cuja análise peremptória será feita quando do enfrentamento do objeto recursal, após a oitiva do Ministério Público de Contas.

V – DEFERIR a emissão de certidão positiva com efeito de negativa, em favor do recorrente José Lourenço da Silva Filho, especificamente no que tange ao débito e à multa que lhe foram impostos por ocasião do julgamento do Processo nº 2649/89, ante a existência de indícios de pertinência recursal pois, prima facie, a imputação de débito e multa em sede de fiscalização de atos e contratos, materializou-se sem a pertinente conversão dos autos em Tomada de Contas Especial.

VI – DETERMINAR à Assistência de Gabinete que:

a) Promova a notificação pessoal do procurador constituído nos autos, Dr. Cleber Jair Amaral, OAB/RO nº 2856, com escritório profissional na Rua Dom Pedro II - Centro Empresarial, Sala 710, 7º Andar, Centro, Porto Velho-RO, telefones 3229-8005 e 8111-5698, advertindo-o do teor da presente Decisão, especialmente da carga deferida.

b) Alerte-se que, a não devolução dos autos pelo causídico no prazo estipulado (5 dias), ensejará a imposição da sanção disposta no item 3, § 1º, art. 7º da Lei nº 8.906/94, conforme art. 9º da Resolução nº 114/2013-TCE-RO.

c) Dê-se ciência à Secretaria de Processamento e Julgamento do que se assentou no item V retro, de modo que, especificamente no que tange ao Processo nº 2649/89, seja emitida certidão positiva com efeito de negativa, ante os indícios de plausibilidade das razões recursais, e a aparente falha processual consistente na imposição de débito e multa em sede de fiscalização de atos e contratos, antes da pertinente conversão dos autos em Tomada de Contas Especial.

d) Retornando os autos nº 2649/89 da carga concedida ao nobre causídico, remeta-se o Recurso de Revisão e seus apensos ao Ministério Público de Contas para manifestação.

VII - SIRVA-SE a presente como mandado, para fins de efetivação da carga deferida.

VIII - PUBLIQUE-SE, na forma regimental.

Porto Velho, 03 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DESPACHO

PROCESSO N.: 3772/2007 - TCER ASSUNTO: Aposentadoria Estadual UNIDADE: Secretaria de Estado da Administração - SEAD INTERESSADA: Apolônia Fuch Junkes RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DESPACHO CIRCUNSTANCIADO N. 176/2013/GCWCSC

Retornam a este Gabinete os autos de Aposentadoria Estadual, tendo como beneficiária a senhora Apolônia Fuch Junkes, de origem da Secretaria de Estado da Administração - SEAD.

02. O presente processo foi apreciado na data de 17 de julho de 2013, na 13ª Sessão da 2ª Câmara deste Tribunal, ocasião em que foi exarada a Decisão n. 269/2013- 2ª Câmara, que considerou legal o ato de aposentadoria em análise nos termos do art. 40, § 1º, III, “b”, da Constituição Federal, com a redação dada pela EC n. 20/98 c/c art. 3º da EC n. 41/03, e seu consequente registro, finalizando pelo seu arquivamento.

03. Consta dos autos Certidão à fl. 152, oriunda do Departamento da 2ª Câmara desta Corte de Contas comunicando que não foi possível notificar a Senhora Apolônia Fuch Junkes, acerca da Decisão n. 269/2013- 2ª Câmara, em razão de a correspondência ter sido devolvida pelas agências postais do correio com o motivo: “MUDOU-SE”.

04. Por tal motivo, o Departamento da 2ª Câmara sugeriu ao Conselheiro-Relator deliberar sobre a realização da notificação da Senhora Apolônia Fuch Junkes, via edital.

Pois bem.

05. Prima facie, em que pese a beneficiária não ter sido devidamente notificada, diviso que novel ato para promover a sua ciência não produzirá resultados práticos a justificar a adoção da medida sugerida, qual seja, o edital.

06. Caminho nesta direção, porquanto do bojo dos autos em epígrafe, verifico que a Decisão mencionada em linhas pretéritas não tem viés prejudicial à parte interessada.

07. Sobretudo, observo a existência do Ofício de fl. 149, cujo conteúdo atesta que a Decisão n. 269/2013-2ª Câmara, concedeu aposentadoria e seu consequente registro à jurisdicionada, surtindo seus jurídicos efeitos.

08. Dessarte, primando pela racionalização dos processos nesta Egrégia Corte, visando resguardar o viés econômico que os atos produzidos pela Administração Pública devem insistentemente perseguir, bem como, frise-se, por não vislumbrar qualquer prejuízo à beneficiária, entendo por desarrazoado impulsionar a notificação via edital somente para dar ciência à jurisdicionada, motivo pelo qual determino o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO do feito sub examine.

09. Ante o exposto, determino à Assistência de Gabinete a adoção das medidas de praxe, encaminhando os autos para o ARQUIVAMENTO DEFINITIVO no Arquivo Geral.

Cumpra-se e, para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho-RO, 03 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

Protocolo: 10.465/2013 Unidade: Secretaria de Estado de Finanças Assunto: Representação Representante: Sindicato dos Técnicos Tributários do Estado de Rondônia Relator: Conselheiro Omar Pires Dias

Decisão: 156/2013-GCPCN

Page 5: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

5 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Sumário: Representação. Secretaria de Estado das Finanças. Auditores Fiscais lotados no TATE. Pagamento de jeton cumulado com adicional de produtividade. Alegado bis in idem. Requerimento de antecipação de tutela. Não deferimento. Cognição sumária. Ausência de prova pré-constituída. Prejuízo ao exame da verossimilhança das alegações. Existência de fiscalização em curso. Proximidade da apreciação. Descaracterização do perigo da demora. Oitiva do Ministério Público de Contas.

Cuida a presente petição de representação subscrita pelo Presidente do Sindicato dos Técnicos Tributários do Estado de Rondônia, Senhor Joy Luiz Monteiro da Silva, noticiando “atos de despesas irregulares” relativos ao pagamento aos Auditores Fiscais de Tributos Estaduais de “jeton”, por participação nos órgãos do Tribunal Administrativo de Tributos Estaduais – TATE.

2. Alegou-se que os Auditores Fiscais lotados no TATE “são remunerados duas vezes” por desempenhar atividade de julgamento de processos administrativos tributários, mediante o pagamento de adicional de produtividade fiscal e de jeton, caracterizando bis in idem.

3. Ao final, requer, dentre outras providências, que sejam “tomadas as medidas imediatas e necessárias para que se estanque (sic) de vez os prejuízos ao erário estadual”.

4. É o relatório do essencial.

5. Passa-se a decidir em sede de cognição sumária.

6. Relativamente ao pedido de antecipação de tutela, não se vislumbra, no momento, a presença dos pressupostos processuais necessários para a sua concessão. Folheando superficialmente a documentação encaminhada, verifica-se que não foi acostada prova pré-constituída acerca da ilegalidade denunciada, o que impossibilita o exame da verossimilhança das alegações.

7. Ademais, já foi instaurado procedimento de fiscalização nesta Corte com objeto idêntico ao da presente representação, qual seja: o Processo nº. 2.276/2011/TCERO, cujos autos já se encontram sobrestados na Secretaria de Controle Externo para exame das justificativas. Por se avizinhar o julgamento do processo, não se vislumbra, neste momento, o perigo da demora, caracterizado pelo risco de ineficácia do provimento final.

8. Dessa forma, nos termos do artigo 108-A, deve ser indeferido o pedido de antecipação de tutela.

9. Ora, por existir fiscalização já em curso, cuja apreciação já se aproxima, e por não contribuir relevantemente para o esclarecimento dos fatos fiscalizados, reputa-se impertinente a juntada da presente representação aos autos do Processo nº. 2.276/2011/TCERO, o que implicaria, por força da ampla defesa, a necessária intimação dos agentes que integram o polo passivo do processo. Tumulto processual esse que, em abono ao princípio da economia e da tempestividade processual, deve ser evitado.

10. Com efeito, o representante não apresentou, a princípio, fatos novos ou supervenientes ou evidências estritamente necessárias à apreciação da controvérsia. Além da legislação estadual, o requerente limitou-se a juntar, ao que se vê, cópia de documentos relativos ao pagamento de “CDS como verba indenizatória”, o que não diz respeito especificamente aos fatos relatados na representação.

11. De qualquer modo, antes de decidir definitivamente sobre o destino da presente representação, impõe colher o judicioso opinativo do Ministério Público de Contas.

12. Em face do exposto, com fulcro no artigo 108-A e do artigo 247 do Regimento Interno, decido:

I. Negar o pedido de antecipação de tutela, por ausência dos pressupostos processuais para a sua concessão;

II. Intimar a entidade representante acerca da presente decisão;

III. Encaminhar esta decisão e a documentação encaminhada ao Ministério Público de Contas, para que, querendo, manifeste-se sobre o que reputar pertinente e, após, devolva-os conclusos ao Relator;

IV. Publicar esta decisão no Diário Oficial Eletrônico desta Corte;

É como decido.

GCPCN, 3 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Relator em substituição

Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO No: 2968/2013 UNIDADE: CAERD – Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia ASSUNTO: Parcelamento de débito – Acórdão n. 03/2011 - 1ª Câmara – Processo 4933/06 REQUERENTE: Jaime da Mota Coelho Neto – CPF 139.095.092-15 RELATOR : Conselheiro Edílson de Sousa Silva

DECISÃO n. 219/2013/GCESS

Tratam-se os autos de pedido de parcelamento de multa formulado pelo responsável Jaime da Mota Coelho Neto, o qual foi condenado em multa no valor de R$ 1.250,00 (um mil duzentos e cinquenta reais) conforme no item II, do Acórdão n. 03/2011 – autos n. 4933/2006.

O requerente pretende adimplir o valor em quatro parcelas.

À fl. 24, determinei que os autos fossem remetidos à Secretaria Geral de Controle Externo – SGCE, para que procedesse à atualização do valor consignado no Acórdão n. 03/2011, entretanto, o demonstrativo de débito aponta que não houve alteração do valor da multa aplicada por ocasião da condenação.

É o relatório.

Inicialmente, extrai-se dos autos que Jaime da Mota Coelho Neto foi responsabilizado por infringir norma legal por ocasião da análise da legalidade do Edital de Concorrência n. 003/2006, deflagrado pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia S/A, conforme Acórdão n. 03/2011 – autos n. 4933/2006. Inconformado, o responsável interpôs recurso de reconsideração, o qual não foi provido, conforme Decisão n. 211/2013, de 5 de junho de 2013.

Pelo que se afere do demonstrativo de débito de fl. 27, no âmbito deste egrégio Tribunal, a multa somente é atualizada a partir do trânsito em julgado da decisão administrativa.

Não perfilho deste entendimento, pois o efeito suspensivo do recurso no âmbito desta egrégia Corte de Contas não tem o condão de impedir a incidência de juros e correção monetária.

A atualização dos cálculos de multa administrativa e congêneres por meio dos juros e correção monetária é reconhecidamente legal e aplicável no âmbito judicial.

Page 6: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

6 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

A LC n. 154/96 e o Regimento Interno, ao disporem sobre a multa, preceituam tal possibilidade, respectivamente:

Art. 55. O Tribunal poderá aplicar multa de até R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais), ou valor equivalente em outra moeda que venha a ser adotada como moeda nacional, aos responsáveis por:

[...]

§ 2º. O valor estabelecido no “caput” deste artigo será atualizado, periodicamente, por portaria da Presidência do Tribunal, com base na variação acumulada no período, pelo índice utilizado para atualização dos créditos tributários do Estado.

Art. 103. [...]

§ 2º. A multa de que trata o “caput” deste artigo será atualizada, periodicamente, mediante portaria do Presidente do Tribunal, com base na variação acumulada no período, pelo índice utilizado para atualização dos créditos tributários do Estado, quando o resultado encontrado alterar, no mínimo, a casa do milhar.

Art. 104. O débito decorrente de multa aplicada pelo Tribunal nos termos do artigo anterior, quando pago após o seu vencimento, será atualizado monetariamente na data do efetivo pagamento.

No ano de 2012, a Portaria n. 1162/2012 tratou de regulamentar os índices de atualização monetária. Em 2013, não há publicação neste sentido.

O efeito suspensivo do recurso tem por finalidade impossibilitar a execução imediata do ato recorrido, que ficará obstada até o trâmite recursal para que possa ser levada a efeito. A atualização da multa é uma garantia de manutenção do valor da moeda e que no caso de desprovimento do recurso retroagirá a partir do momento devido, ou seja, a data da decisão condenatória.

Da mesma forma ocorrem com as decisões judiciais no caso de condenação por danos morais e materiais, obrigações em geral e até mesmo quando da aplicação de multa.

O Pleno do Tribunal de Contas da União, na Tomada de Contas n. 013.637/1997-5, analisou a matéria para assim decidir:

Representação sobre irregularidade em procedimento licitatório. Habilitação irregular de empresa no certame. Multa aplicada a cada um dos responsáveis. Interposição de pedidos de reexame. Não-provimento. Recolhimento das dívidas pelos seus valores originais da data das condenações. Considerações sobre a incidência de atualização monetária durante o prazo de apreciação e de julgamento de recursos com efeito suspensivo. Fixação de entendimento de que é devida a correção de valores de condenação, mesmo em caso de multas, quando improvido o recurso com efeito suspensivo. Determinação. Quitação aos responsáveis no presente processo, em face da orientação então vigente. [...]. Arquivamento. (Decisão n. 729/2002 – TCU-PLENÁRIO). Grifei.

O relator Ministro Marcos Vinicios Vilaça, no fundamento do voto condutor, explicitou que toda manifestação jurisprudencial desta Corte é igualmente no sentido do emprego da atualização monetária de débitos de multa ou contas irregulares (v. Decisão n. 484/94-P, Acórdão n. 88/99-P e Decisão n. 1122/2000-P), sendo incabível apenas, incidência de juros moratório sobre as multas em atraso.

Pelo que se abstrai, no âmbito do TCU e dos Tribunais de Justiça, é convergente o entendimento de que a correção monetária não constitui aumento do débito nem apenação, mas simples instrumento para a manutenção do valor da condenação ao longo do tempo, anulando o resultado da depreciação da moeda.

Neste sentido, pronunciou-se o STJ:

CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CORREÇÃO MONETÁRIA. A SISTEMATICA DA CORREÇÃO MONETARIA DOS DÉBITOS ORIUNDOS DE DECISÃO JUDICIAL - POSITIVADA PELA LEI N. 6.899, DE 08 DE ABRIL DE 1981 – Constitui vero princípio jurídico, aplicável a relações jurídicas de todas as espécies e de todos os ramos do direito. É ressabido que o reajuste monetário visa exclusivamente a manter no tempo o valor real da dívida, mediante a alteração de sua expressão nominal. Não gera acréscimo ao valor nem traduz sanção punitiva. Decorre do simples transcurso temporal, sob regime de desvalorização da moeda. A correção monetária consulta o interesse do próprio estado-juiz, a fim de que suas sentenças produzam - tanto quanto viável - o maior grau de satisfação do direito cuja tutela se lhe requer. Por isso, resulta compulsória a inclusão do IPC de março de 1990 a fevereiro de 1991 nos cálculos de liquidação de sentença. Recurso improvido, sem divergência. (REsp 43046/SP, Rel. Ministro DEMÓCRITO REINALDO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/04/1994, DJ 25/04/1994, p. 9209).

E ainda,

Processo Civil. Improbidade administrativa. Multa. Incidência de juros. Trânsito em julgado.

A incidência dos juros, para efeitos da liquidação, em multa aplicada em condenação por improbidade administrativa incide a partir da data da sentença, momento no qual passou a existir no mundo jurídico e tornou-se exigível.

(Apelação n. 00048249620128220000, Rel. Des. Rowilson Teixeira, J. 14/11/2012).

MULTA AMBIENTAL. Capital Contaminação do solo. Falta de licença da CETESB. Art. 2º, 3º V, 58, 58-A II e 62 do DE nº 8.468/76.

[...]

4. Multa administrativa. Juros e correção monetária. À multa administrativa, que não tem natureza tributária, se aplica a correção monetária e os juros de mora de 1% ao mês conforme art. 39, §§ 3º e 4º da LF n. 4.320/64 c.c. Decreto nº 1.735 /79 e Decreto nº 1.736 /79 e art. 161, § 1º do CTN. Os juros decorrem da mora e incidem desde a data do vencimento sobre o débito atualizado. [...] Recurso da embargante a que se nega seguimento. Aplicação do art. 557 do CPC. Agravo interno desprovido. (TJ-SP - Agravo Regimental AGR 9133100832009826 SP 9133100-83.2009.8.26.0000 (TJ-SP) Data de publicação: 14/06/2011).

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL - INMETRO - CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA - CORREÇÃO MONETÁRIA DA MULTA ADMINISTRATIVA - INCIDÊNCIA DESDE SUA IMPOSIÇÃO - PRESUNÇÃO DE CERTEZA E LIQUIDEZ DA CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA REGULARMENTE INSCRITA NÃO ILIDIDA.

[...]

II - A multa administrativa deve ser corrigida desde quando imposta.

[...]

IV - APELAÇÃO IMPROVIDA. (TRF-3 - APELAÇÃO CÍVEL AC 17986 SP 95.03.017986-6 Data de publicação: 28/07/1999).

O próprio plenário do STF, no julgamento da ACO 404/2004, de relatoria do Ministro Maurício Corrêa, confirmou a atualização monetária para retroagir à data da decisão e pontuou que a correção monetária não se constitui em um plus, não é uma penalidade, mas mera reposição do valor real da moeda corroída pela inflação.

O princípio da aplicabilidade da correção monetária no nosso País, seguramente deve ter observância inarredável, pois diante de um descontrole monetário, cabe ao julgador garantir, o mais próximo da realidade, o valor da moeda.

Page 7: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

7 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Com efeito, os débitos administrativos e judiciais devem ser resguardados da perda do poder econômico mediante o reajuste de sua expressão nominal, a fim de que seu valor real seja preservado.

Feitas as considerações e firme no entendimento de que a incidência de juros legais e correção monetária devem retroagir à data do Acórdão n. 03/2011 - 1ª Câmara, determino:

I – A extração de cópia da presente decisão e remessa à Corregedoria deste egrégio Tribunal para que proceda às providências necessárias, a fim de publicar ato administrativo regulamentando a matéria.

II – À Secretaria Geral de Controle Externo – SGCE, para que proceda à atualização do valor consignado no Acórdão n. 03/2001, no prazo de 15 dias.

III – À Secretaria deste gabinete para cumprimento.

IV – Após, retornem-me os autos conclusos.

Porto Velho, 3 de setembro de 2013.

Conselheiro Edílson de Sousa Silva Relator

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

DESPACHO

DESPACHO DELEGATÓRIO Nº 001/2013/GCBAA

O CONSELHEIRO BENEDITO ANTÔNIO ALVES, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto nos arts. 12, § 1º, e 13, parágrafo único, da Resolução Nº 65/TCE-RO-2010,

Considerando a necessidade de assegurar a eficácia do controle e conferir agilidade ao desempenho das atribuições inerentes às Secretarias Regionais de Controle Externo,

RESOLVE:

Art. 1º. Delegar competência ao Secretário Regional de Controle Externo, em cuja área de circunscrição geográfica estejam as unidades jurisdicionadas afetas à minha relatoria, e, em seus impedimentos legais, ao respectivo substituto, para, observadas a legislação aplicável e as normas vigentes, praticar os seguintes atos:

I – Determinar a autuação de processos concernentes a matérias relativas ao controle externo, observadas as disposições da Resolução Nº 37/TCE-RO-2006;

II – Determinar a promoção das diligências necessárias à instrução de processos desta relatoria, em especial quanto à requisição de documentos e informações indispensáveis à fundamentação ou complementação de análise técnica;

III – Executar as competências definidas nos incisos de I a XVIII do art. 12 da Resolução Nº 65/TCE-RO-2010.

Parágrafo único. Excetuam-se das atribuições ora delegadas as dotadas de conteúdo decisório que, por sua própria natureza, são de competência exclusiva do relator.

Art. 2º. Os atos praticados por delegação de competência deverão indicar esta circunstância nos seus fundamentos.

Art. 3º. Esta delegação de competência entra em vigor na data de sua publicação.

Porto Velho/ RO, 03 de setembro de 2013.

BENEDITO ANTONIO ALVES Conselheiro

Administração Pública Municipal

Município de Castanheiras

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 2063/2013-TCER INTERESSADA: Câmara Municipal de Castanheiras ASSUNTO: Relatório de Gestão Fiscal, referente ao 1º semestre de 2013 RESPONSÁVEL: Orlando Aparecido Pereira – Vereador Presidente RELATOR: Conselheiro OMAR PIRES DIAS

DECISÃO Nº 155/2013

Versam os autos sobre a análise do Relatório da Gestão Fiscal, concernente ao primeiro semestre, relativo ao exercício de 2013, do Poder Legislativo do Município de Castanheiras, sob a responsabilidade do Senhor Orlando Aparecido Pereira – Vereador Presidente, encaminhado por meio eletrônico a esta Corte, em cumprimento à Lei Complementar nº 101/2000 e à Instrução Normativa nº 34/2012/TCE-RO.

Segundo o Corpo Técnico, o Relatório de Gestão Fiscal, do 1º semestre/2013, foi encaminhado a destempo a esta Corte e publicado dentro do prazo legal.

Destaque-se que a receita corrente líquida do Município de Castanheiras somou a importância de R$ 11.194.839,67. A despesa total com pessoal do Poder Legislativo Municipal, por seu turno, atingiu o montante de R$ 373.928,87, o que corresponde a 3,34% do limite máximo contemplado no art. 20, inciso III, alínea “a”, da LRF, que estabelece um linde de 6%. Com efeito, tal despesa acha-se regular, conforme enunciou o relatório técnico (fl. 06-v).

O Corpo Instrutivo, depois de analisar a gestão fiscal do 1º semestre de 2013, apontou que o RGF do 1º semestre foi enviado a esta Corte fora do prazo legal. Ao final, recomendou que o gestor passasse a publicar na rede mundial de computadores o Relatório de Gestão Fiscal, consoante art. 3º, § 1º, da IN º 34/2012/TCE- 1º, da IN º 34/2012/TCE-RO.

Ante o exposto, em Decisão Monocrática, determino o encaminhamento de cópia do relatório técnico e desta Decisão ao chefe do Poder Legislativo Municipal para que empreenda as correções cabíveis ainda durante este exercício, o que deverá ser comprovado perante esta Corte no RGF do 2º semestre de 2013.

Após a ciência do gestor, encaminhem-se os autos à Secretaria Geral de Controle Externo para o acompanhamento do restante da gestão fiscal do exercício de 2013, do Poder Legislativo do Município de Castanheiras, nos termos da LRF e da IN nº 34/2012/TCE-RO.

Porto Velho, 03 de setembro de 2013.

OMAR PIRES DIAS Conselheiro Relator

Page 8: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

8 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Município de Governador Jorge Teixeira

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO TCE/RO Nº: 2726/2012 ASSUNTO: Recurso de Revisão INTERESSADO: Maruedson Vasconcelos de Santana (Ex-Vereador) CPF: 369.383.352-49 RELATOR: Conselheiro Edílson de Sousa Silva

Decisão nº 215/2013

Trata-se de Recurso de Revisão, aportado em 29.05.2012, em que o recorrente Maruedson Vasconcelos de Santana em atenção ao Acórdão nº 001/2009 – Pleno, ingressa com o presente, acostando nova documentação objetivando sanear as irregularidades apontadas no relatório técnico dos autos principais – Processo nº 1584/2006.

Depreende-se dos autos principais – Processo nº 1584/06, que a Prestação de Contas da Câmara Municipal do Município de Jorge Teixeira - exercício de 2005, foi julgada irregular condenando o recorrente em multa por prática de irregularidades.

Apesar do recorrente ter ingressado com o presente recurso, observa-se que em 12.07.2012 ele procedeu o recolhimento da multa imputada nos autos principais , ou seja, praticamente 1 mês e meio após ingressar com recurso.

Em atenção ao artigo 92, do Regimento Interno remeta-se o presente feito ao douto Parquet de Contas para manifestação.

Após, retornem os autos conclusos.

Porto Velho, 03 de setembro de 2013.

Edílson de Sousa Silva Conselheiro Relator

Município de Porto Velho

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 222/2013. ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Convênio n. 028/PGM-2012. RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho e outros. INTERESSADO: Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho - EMDUR. UNIDADE: Prefeitura de Porto Velho – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 180/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos da análise do Convênio n. 028/PGM/2012, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013/TCER, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR.

02. A mencionada Inspeção Especial, visou à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho – EMDUR-, nos exercícios de 2011/2012.

03. Objetivando complementar os trabalhos realizados naqueles autos (Processo n. 029/2013), a Secretaria Geral de Controle Externo deflagrou, em apartado, o procedimento em tela, cuja análise preambular do Corpo Instrutivo consubstanciou-se no Relatório Técnico de fls. 58/65.

04. A Diretoria Técnica, em sua manifestação introdutória de fls. 58/65, traz a lume várias irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da espécie versada, podendo algumas, inclusive, repercutirem, em tese, de forma danosa em desfavor do erário. Diante disso, sugere que seja promovida a audiência dos responsáveis, a fim de que, em querendo, possam apresentar as alegações que entenderem de direito, acerca das impropriedades evidenciadas pela Unidade Técnica e condensadas na prefalada manifestação, dentre outras recomendações. A propósito, grafa-se trechos do referido Parecer Técnico, ipsis verbis:

[...]

7– CONCLUSÃO

Conclui-se o presente relato asseverando que inobstante a ausência dos processos administrativos que poderiam comprovar cabalmente que as despesas do convênio nº 028/PGM/2012 realizadas e tiveram como beneficiários as empresas citadas no relatório da CPI, e diante desse quadro aterrador, considerando que o grupo (agentes públicos e fornecedores) identificado, segundo os nobres Edis, já vêm atuando de longa data em desfavor da Emdur, entende este Corpo Técnico que os responsáveis à época deverão ser instados a comparecer aos autos para apresentar provas em contrário ou devolver aos cofres públicos o produto dos seus, muito prováveis, desvios, em razão das irregularidades a seguir descritas:

a) Klebson Luiz Lavor e Silva – Presidente da EMDUR durante o período de 01/04/2012 a 01/08/2012 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de convênio nº 028/PGM/2012 firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 20.04.2012, relativas ao montante de R$ 401.051,09, que lhe foram repassados, no dia 01.06.2012 valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 e Cleidimara Alves – Secretária Municipal de Esporte e Lazer, no período do repasse, em razão de omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro, considerando que naquele período outros repasses já teriam sido efetuados à EMDUR e nenhuma prestação de contas teria sido encaminhada a Prefeitura do Município de Porto Velho;

b) Cricélia Fróes Simões – Controladora Geral do Município,por Infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter tomado providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto a SEMES a aplicação dos recursos do convênio nº 028/PGM/2012 repassados a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur, e tampouco fiscalizar e advertir à autoridade repassadora sobre a inadimplência da EMDUR relativa a repasses de outros convênios naquele período, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse do montante de R$ 401.051,09 (quatrocentos e um mil, cinquenta e um reais e nove centavos);

c) JOSÉ LOPES DE CASTRO - Procurador do Município de Porto Velho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio nº 028/PGM/2012, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

8 – INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS AO CONSELHEIRO RELATOR.

Page 9: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

9 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Sr. Conselheiro Relator,

Considerando a gravidade dos fatos aqui registrados e considerando a total ausência de prestação de contas dos valores repassados à conta do Convênio de nº 028/PGM/2012, no valor de R$ 401.051,09, insta recomendar que:

1. Que os responsáveis pela irregularidade elencada no item “a” do item “7 – CONCLUSÃO”, deste relatório, sejam instados a comparecer aos autos com o fito de lhes oportunizar o contraditório e ampla defesa ou para que recolham os cofres municipais a importância supramencionada, corrigida da data dos repasses até a data do seu efetivo recolhimento;

2. Que seja aplicada ainda aos responsáveis citados no item “a” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, por cometimento de ato lesivo ao erário municipal;

3. Que seja aplicada aos responsáveis citados nos itens “b” e “c” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 55, Inciso II da Lei Complementar nº 154/96, por omissões que culminaram em grave infração à norma legal de natureza financeira, operacional e patrimonial;

Apenas com o objetivo de informar Vossa Excelência, insta acrescentar que no entendimento deste corpo técnico, a remessa do presente relatório ao Ministério Público do Estado de Rondônia já não se faz necessária, em razão de que as irregularidades aqui apontadas já foram objeto do relatório inserto nos autos de nº 00029/2013, cujo documento o preclaro Relator encaminhou àquele parquet em dezembro último.

05. O Ministério Público de Contas, por sua vez, na forma regimental, após examinar detidamente as peças que constituem os vertentes autos, por intermédio da Cota n. 31/2013 (fls. 84/91-v), da chancela da douta Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, opinou da forma que se transcreve, verbis:

[...]

Verificando o calhamaço disponibilizado pelo MPE, o Corpo Técnico concluiu que a documentação não reunia os elementos necessários para serem considerados prestações de contas e que, por isso, não havia indícios da efetiva realização dos objetos conveniados.

Registre-se que o Convênio n. 030/PGM/2012 consta na relação a que teve acesso a Unidade Instrutiva. A respeito, entendeu que:

“(...) verifica-se que se trata de processos administrativos de despesa, cujo objeto é a proposta, formalização e repasse de recursos na forma de convênios, conforme listado acima, e que não possuem em seu bojo qualquer caráter de prestação de contas, mesmo porque não se prestam e nem devem se prestar a esse fim.” (negrito e grifo do original)

Dessa maneira, pode-se concluir que os documentos de posse do MPE não se caracterizam como prestações de contas.

Sobre os extratos, nota-se que foram juntados apenas os de agosto, julho, junho e maio (fls. 54 a 57), havendo movimentação da conta em junho, no qual há o depósito da quantia atinente ao valor total do convênio (R$401.051,09) ao dia 4.6.2012 e, no mesmo dia, o desconto de um cheque no mesmo valor.

Curioso é que existem duas contas destinadas a receber recursos da Semes para aplicação em manutenção de espaços públicos: a 9430-7 do convênio 28/PGM/2012 e a 9429-3 do convênio 030/PGM/2012 (analisado nos autos 225/2013). Há depósitos nas duas contas no mesmo dia. De R$401.051,09 e de R$275.206,65 na segunda.

Faz-se necessário identificar os beneficiários dos saques, bem como juntar aos autos os extratos de todos os meses (abril de 2012 a junho de 2013, salvo os meses de maio a agosto de 2012, já presentes nos autos)

atinentes à vigência do convênio e ao prazo de prestação de contas, a fim de verificar se a conta não foi indevidamente utilizada para movimentação de valores estranhos.

Aprofundar a abordagem desta fiscalização tem importância para o Tribunal de Contas, como instituição que age diligentemente na apuração dos atos e contratos sob suspeita de irregularidade, assim como para a análise micro e macro das despesas realizadas pela empresa, visto a repercussão para a definição do futuro da Emdur, bem como por conta do destaque que o assunto mereceu nos meios jornalísticos.

Ademais, identificar os beneficiários das quantias incrementa as chances de o Poder Público reaver esses valores, haja vista que o leque de pessoas cujos patrimônios serão chamados a responder aumenta, se acaso se concluir que a quantia executada não corresponde à orçada.

De outro giro, antes dessas providências, deve-se trazer aos autos o resultado da Tomada de Contas Especial instaurada pelo atual Prefeito Municipal através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”.

A uma, porque aquelas informações (análise dos extratos e sobre a efetiva execução do convênio) já pode ter sido esclarecida pela TCE municipal, cuja instrução e resultado podem ter exaurido qualquer providência complementar de apuração desta Corte, fazendo-lhe perder o interesse de agir.

A duas, porque a instauração foi determinada pelo próprio Conselheiro Relator através da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), e deve, assim, instruir os autos de fiscalização que lhes dizem respeito.

Ademais, deve-se juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

A respeito, o Corpo Técnico indicou na conclusão do relatório que o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva teria ocupado o cargo de Presidente da Emdur durante o período de 1.4.2012 a 1.8.2012. No entanto, deixou de mencionar a fonte dessa informação, a qual não foi encontrada por este gabinete. Questionados, a Secretaria de Processamento e Julgamento e o auditor de controle externo que assinou o relatório à fl. 65 destes autos também não souberam informar.

A Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho, por sua vez, empreendeu contato telefônico com a gerência de recursos humanos do município, a qual informou que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira ficou no cargo entre os dias 30.3.2009 a 2.4.2012; o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012 e o Senhor Jailson Viana de Almeida entre os dias 1.8.2012 a 31.12.2012.

Note-se que a vigência do convênio foi estipulada em 12 meses a partir da assinatura, ou seja, até 20.4.2013, com prestação de contas a ser apresentada até 60 dias após esse termo, até 19.6.2013.

Nesse contexto, devem ser corresponsabilizados todos os gestores que passaram pelos órgãos envolvidos durante a vigência do convênio e o prazo disponibilizado para a prestação de contas.

Lembrando que a responsabilidade pelos convênios é, a princípio, do gestor que assinou o termo. Caso a vigência se estenda para a outra gestão, essa será corresponsável.

Page 10: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

10 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Para que o sucedido não sofra as consequências legais da inércia ou deficiência da prestação apresentada pelo sucessor, deve tomar algumas providências básicas para o seu resguardo: a) apresentar uma prestação de contas parcial do que foi realizado durante a sua gestão, guardando prova do envio (protocolo, etc); b) organizar os documentos comprobatórios das despesas realizadas; c) solicitar, na transição da titularidade do órgão, recibo da documentação entregue ao seu sucessor .

O sucessor, por seu turno, deve verificar a regularidade na execução ou prestação de contas dos convênios vigentes na égide da gestão do antecessor. Constatando falhas, deve ele tomar as medidas legais (instauração de tomada de contas especial), sob pena de corresponsabilidade.

O gestor, como pessoa física, será responsabilizado por impropriedade e/ou irregularidades identificadas na execução ou prestação de contas dos convênios.

No caso de mudança de gestor, o sucessor passa a ser o responsável pela apresentação de contas do convênio. Caso seu antecessor não a tenha feito ou na impossibilidade de fazê-la, o novo gestor deve tomar as medidas legais, com vistas a resguardar o patrimônio público, sob pena de co-responsabilidade.

É importante que o gestor, ao final de seu mandato, preste contas até o limite executado, visando resguardar tanto o patrimônio público, quanto seus direitos individuais .

Assim, os diferentes titulares da chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, da presidência da Emdur durante a vigência do Convênio n. 028/PGM/2012 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, corresponsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores .

Mais um motivo para que a Tomada de Contas Especial seja apresentada pelo atual Prefeito, a fim de elidir qualquer responsabilidade sobre a sua gestão e a de seus colaboradores.

Anote-se que os atos de exoneração do Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva e de nomeação do Senhor Jailson Viana de Almeida no cargo de Diretor Presidente da Emdur, ao dia 1.8.2012, foram encontradas por esta Procuradoria no Diário Oficial do Município, disponível online, e encontram-se em anexo.

Do exposto, este Ministério Público de Contas OPINA que sejam realizadas, pela Corte de Contas, as seguintes diligências:

a) requerida a Tomada de Contas Especial instaurada através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”;

b) requerer, à Emdur, os extratos da Conta Corrente n. 9430-7, Agência n. 2757-X, (Banco do Brasil), da sua abertura ao encerramento, especialmente entre os meses de vigência do convênio e de prestação de contas (meses de abril de 2012, setembro a dezembro de 2012, janeiro a junho de 2013); bem como a identificação dos favorecidos pelas operações que retiraram valores da conta (saques, transferências, cheques, etc);

c) juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, especialmente dos titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e da presidência da Emdur entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas (entre 20.4.2012 a 19.6.2013) para se fazer um juízo

adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

Após essas providências, se for apresentada a TCE específica para cada convênio, que sejam estes autos apensados à respectiva TCE. Se não for apresentada, deve-se converter estes autos em Tomada de Contas Especial, nos moldes do art. 44 da LCE 154/1996, abrindo-se oportunidade para o exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CR/1988).

06. Assim, vieram os autos para deliberação.

É o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, tratam os autos da análise do Convênio n. 028/PGM/2012, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013/TCE-RO, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR, visando à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da empresa municipal premencionada, nos exercícios de 2011/2012.

08. Viu-se que o Corpo Técnico, por meio da manifestação inaugural de fls. 58/65, revelara várias irregularidades atinentes ao Convênio n. 028/PGM/2012, afigurando-se algumas, inclusive, como elemento indiciário de dano ao erário, razão por que opinara pela Audiência dos responsáveis.

09. Tenho que, a meu juízo, razão assiste ao Corpo Instrutivo.

10. Sem dúvidas, há que se ponderar sobre a possibilidade de, ao menos em tese, ser afetado negativamente o patrimônio quer seja econômico e/ou jurídico dos agentes públicos apontados como responsáveis pelos supostos ilícitos descortinados pela Secretaria Geral de Controle Externo, por meio do Relatório Técnico de fls. 58/65, aflorando daí a necessidade de lhes facultar a apresentação das razões de justificativas que julgarem pertinentes.

11. Isto, firme em conferir a máxima eficácia aos princípios constitucionais do due processo of law e seus corolários - máxime o contraditório e a ampla defesa -, estampados no art. 5º, LV, da Constituição da República do Brasil de 1988.

12. Desta forma, deve ser promovida a audiência dos Senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, Klebson Luiz Lavor e Silva – Ex-Presidente da Empresa Municiapl de Desenvolvimento Urbano -, Cleidimara Alves – Ex-Secretária Municipal de Esporte e Lazer –, Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora Geral do Município - e José Lopes de Castro – Procurador do Município de Porto Velho –, para que, em querendo, apresentem as justificativas que entenderem de direito, a teor dos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88).

13. Quanto às diligências propugnadas pelo Ministério Público de Contas, por intermédio da Cota n. 31/2013 (fls. 84/91-v), tenho que, a meu juízo, hão de prosperar.

14. Com acerto, pleiteou o Parquet de Contas à juntada dos extratos atinentes à vigência e o prazo para prestação de contas do Convênio em apreço, a exceção dos meses de maio a agosto de 2012, ou seja, abril/2012, setembro/2012 a junho/2013, objetivando, assim, aperfeiçoar a análise ora empreendida nos vertentes autos, vez que se vê anexado aos autos os extrato correspondentes apenas aos meses de maio/2012 a agosto/2012 (fls. 54/57).

15. É inegável que para melhor deslinde do feito sub examine necessário se faz carreá-lo com os extratos da Conta Corrente n. 9.430-7, Agência 2757-X, Banco do Brasil, desde abertura ao seu encerramento, especialmente os referentes ao período de vigência e da prestação de

Page 11: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

11 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

contas do Convênio n. 028/2012, ou seja, abril/2012, setembro/2012 a junho/2013, a exceção dos meses de maio a agosto de 2012, a fim de se verificar, com isto, se a conta não foi eventualmente utilizada indevidamente para movimentação de valores estranhos, assim como identificar os agentes responsáveis e os favorecidos com as operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas em tal conta.

16. Igualmente, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) apontado como irregular, bem como identificar os responsáveis pela prática de tais atos, pleiteou o MPC a juntada no feito em testilha dos atos administrativos que nomearam e exoneraram os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMES) e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de abril/2012 a junho/2013, diante do que há que se determinar ao então Secretário Municipal de Administração de Porto Velho – Senhor Mário Jorge de Medeiros – que apresente os atos administrativos retro declinados.

17. Nada obstante, malgrado tenha a Prefeitura Municipal de Porto Velho instaurado, por meio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013, Tomadas de Contas Especial para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA de nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”, até a presente data não se tem conhecimento do resultado das referidas TCE’s.

18. Destaque-se que as mencionadas TCE’s foram deflagradas em atendimento à determinação por mim exarada no bojo dos autos n. 29/2013, por meio da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), as quais devem, por consectário lógico, instruir os pertinentes autos de fiscalização que lhes dizem respeito, a exemplo destes.

19. Desta forma, deve ser determinado à Prefeitura Municipal de Porto Velho, que apresente as TCE’,s instauradas em decorrência da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), expedida nos autos n. 029/2013/TCE-RO.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DECIDO:

I - DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, que promova a audiência dos jurisdicionados infracitados, para que, em querendo, no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 97, §1º, do RITC, apresente as teses defensivas julgas pertinentes, acerca das supostas irregularidades imputadas pelo Corpo Instrutivo, por meio do Parecer Técnico de fls. 58/65, da forma que se segue:

a) Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva – Ex-Presidente da EMDUR durante o período de 01/04/2012 a 01/08/2012 -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 401.051,09 (quatrocentos e um mil, cinquenta e um reais e nove centavos) que lhe foi repassado no dia 01/06/2012, referente ao Convênio n. 028/PGM/2012, firmado com a Prefeitura do município de Porto Velho, em 20/04/2012;

b) Senhora Cleidimara Alves – Ex-Secretária Municipal de Esporte e Lazer (SEMES) – e, solidariamente, o Senhor Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, por terem infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37 da Carta Magna c/c Art. 8º da Lei Complementar n. 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio n. 028/PGM/2012, por repassarem recursos à EMDUR no montante de R$ 401.051,09 (quatrocentos e um mil, cinquenta e um reais e nove centavos) inobservando a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores à assinatura e repasses do Convênio n.

028/PGM/2012, bem como em razão de não terem adotado as medidas necessárias (TCE) tendentes à exigi-las, inclusive, como condição para efetuar novos repasses;

c) Senhora Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37 da CF/88, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, dado a sua conduta omissiva, caracterizado pela ausência de providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto à SEMES a exigência das prestações de contas das parcelas do Convênio nº 028/PGM/2012 repassadas à Empresa de Desenvolvimento Urbano – EMDUR -, bem como por não ter se manifestado de forma contrária aos repasses das parcelas que totalizaram o montante de R$ 401.051,09 (quatrocentos e um mil, cinquenta e um reais e nove centavos), vez que a EMDUR não havia prestado contas de outros repasses relativos a outros convênios;

d) Senhor José Lopes de Castro - Procurador do Município de Porto Velho -, por ter infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal n. 099/2000 e art. 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal n. 8.666/93, vez que, ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio n. 028/PGM/2012 cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

e) À Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Município Carlos Dobbis, para promover a defesa dos interesses do Município naquilo que for pertinente.

II – NOTIFICAR os agentes públicos abaixo discriminados, o que deve ser levado a efeito pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, no prazo de 15 dias, a contar da intimação, apresentem a documentação ora requerida, sob pena de sanção pecuniária, consoante dicção da norma constante no art. 55 da LC n. 154/96 – TCE, da forma que passa-se a individualizar:

a) Senhor Gerardo Marins de Lima - Presidente da EMDUR-, e/ou quem o substitua na forma da lei, que apresente os extratos bancários, em sua integralidade, desde abertura ao encerramento da Conta Corrente n. 9.430-7, Agência 2757-X, Banco do Brasil, especialmente aqueles atinentes ao período de vigência do convênio em apreço e o prazo de sua prestação de contas, ou seja, de abril/2012 a junho/2013, a exceção dos meses de maio a agosto de 2012, identificando todos os agentes responsáveis e favorecidos pelas operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas na precitada conta;

b) Senhor Mário Jorge de Medeiros - Secretário Municipal de Administração de Porto Velho -, e/ou quem o substitua na forma da lei, que carreie os vertentes autos com cópias dos atos administrativos, por meio dos quais foram nomeados e exonerados os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo do Município de Porto Velho, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMES) e a Presidência da EMDUR, entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de Abril/2012 a Junho/2013, além daqueles que eventualmente os tenham sucedido no presente exercício; e

c) Ao Presidente da Comissão de Tomada de Contas Especial, instaurada por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013 (fls. 734 dos autos n. 0029/2013), e/ou quem o substitua na forma legal, Senhor Mirton Moraes de Souza – Procurador do Município -, que apresente o resultado da TCE deflagrada para apurar os indícios de ilegalidade relativos ao Convênio n. 028/PGM/2012, realizado entre o Município de Porto Velho, com a interveniência da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano – EMDUR.

III – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos jurisdicionados descritos nas alíneas constantes do item I e II deste decisum, remetendo-lhes, para tanto, cópia integral do Relatório Técnico de fls. 58/65 e da Cota Ministerial n. 31/2013 de fls. 84/91-v;

Page 12: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

12 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

IV – PUBLIQUE-SE, na forma regimental;

V – JUNTE-SE aos autos em epígrafe; e

VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA às determinações insertas nos itens IV e V, da parte dispositiva da presente Decisão, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2ª Câmara, para cumprimento das medidas constantes nos itens I, II e III desta.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, RO, 02 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 090/2013. ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Convênio n. 062/PGM-2011. RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho e outros. INTERESSADO: Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho - EMDUR. UNIDADE: Prefeitura de Porto Velho – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 176/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos da análise do Convênio n. 062/PGM/2011, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR.

02. A mencionada Inspeção Especial, visou à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho – EMDUR-, nos exercícios de 2011/2012.

03. Objetivando complementar os trabalhos realizados naqueles autos (Processo n. 029/2013), a Secretaria Geral de Controle Externo deflagrou, em apartado, o procedimento em tela, cuja análise preambular do Corpo Instrutivo consubstanciou-se no Relatório Técnico de fls. 53/60.

04. A Diretoria Técnica, em sua manifestação introdutória de fls. 53/60, traz a lume várias irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da espécie versada, podendo algumas, inclusive, repercutirem, em tese, de forma danosa em desfavor do erário. Diante disso, sugere que seja promovida a audiência dos responsáveis, a fim de que, em querendo, possam apresentar as alegações que entenderem de direito, acerca das impropriedades evidenciadas pela Unidade Técnica e condensadas na prefalada manifestação, dentre outras recomendações. A propósito, grafa-se trechos do referido Parecer Técnico, ipsis verbis:

[...]

7– CONCLUSÃO

Conclui-se o presente relato asseverando que inobstante a ausência dos processos administrativos que poderiam comprovar cabalmente que as despesas do convênio nº 062/PGM/2011 realizadas e tiveram como beneficiários as empresas citadas no relatório da CPI, e diante desse quadro aterrador, considerando que o grupo (agentes públicos e

fornecedores) identificado, segundo os nobres Edis, já vêm atuando de longa data em desfavor da Emdur, entende este Corpo Técnico que os responsáveis à época deverão ser instados a comparecer aos autos para apresentar provas em contrário ou devolver aos cofres públicos o produto dos seus, muito prováveis, desvios, em razão das irregularidades a seguir descritas:

a) Mario Sérgio Leiras Teixeira – Presidente da EMDUR durante todo o exercício de 2011 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter prestado contas relativas ao montante de R$ 150.000,00, que lhe foram repassados referentes ao termo de convênio nº 062/PGM/2011, firmado com prefeitura do município de Porto Velho em 08.06.2011, valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho durante todo o exercício de 2011 e Miriam Saldaña Peres - Secretária Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo-SEMDESTUR, em razão de omissão ao não tomarem as contas do primeiro;

b) Miriam Saldaña Peres - Secretária Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo-SEMDESTUR, em 08.06.2011 (data em que foi assinado o convênio) solidariamente ao Prefeito Eduardo Roberto Sobrinho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 8º da Lei Complementar nº 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, por repassar recursos a Emdur no montante de R$ 150.000,00 e não observar a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores quando da assinatura e repasses do convênio nº 062/PGM/2011, e ainda sem que tivessem adotado medidas no sentido de exigi-las como condição para executar novos repasses;

c) Cricélia Fróes Simões – Controladora Geral do Município,por Infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter tomado providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto a SEMDESTUR a exigência das prestações contas das parcelas do convênio nº 062/PGM/2011 repassadas a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse das sucessivas parcelas no montante de R$ 150.000,00;

d) JEFFERSON DE SOUZA – Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio nº 062/PGM/2011, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

8 – INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS AO CONSELHEIRO RELATOR.

Sr. Conselheiro Relator,

Considerando a gravidade dos fatos aqui registrados e considerando a total ausência de prestação de contas dos valores repassados à conta do Convênio de nº 062/PGM/2011, no valor de R$ 150.000,00, insta recomendar que:

1. Que os responsáveis pelas irregularidades elencadas nos itens“a” a “d” do item “7 – CONCLUSÃO”, deste relatório, sejam instados a comparecer aos autos com o fito de lhes oportunizar o contraditório e ampla defesa ou para, no caso daqueles citados nos itens “a” e “b”, que recolham os cofres municipais a importância supramencionada, corrigida da data dos repasses até a data do seu efetivo recolhimento;

2. Que seja aplicada ainda aos responsáveis citados nos itens “a” e “b” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 54 da Lei

Page 13: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

13 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Complementar nº 154/96, por cometimento de ato lesivo ao erário municipal;

3. Que seja aplicada aos responsáveis citados nos itens “c” e “d” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 55, Inciso II da Lei Complementar nº 154/96, por omissões que culminaram em grave infração à norma legal de natureza financeira, operacional e patrimonial;

Apenas com o objetivo de informar Vossa Excelência, insta acrescentar que no entendimento deste corpo técnico, a remessa do presente relatório ao Ministério Público do Estado de Rondônia já não se faz necessária, em razão de que as irregularidades aqui apontadas já foram objeto do relatório inserto nos autos de nº 00029/2013, cujo documento o preclaro Relator encaminhou àquele parquet em dezembro último.

05. O Ministério Público de Contas, por sua vez, na forma regimental, após examinar detidamente as peças que constituem os vertentes autos, por intermédio da Cota n. 90/2013 de fls. 85/92-v, opinou da forma que se transcreve, verbis:

[...]

Nesse diapasão, o instrumento utilizado foi definindo pela Portaria Interministerial do Governo Federal nº 127, de 29 de maio de 2008, como sendo um “acordo ou ajuste que discipline a transferência de recursos financeiros (...) e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando à execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação.”

Parece ser esse o caso de manutenção preventiva e corretiva em espaços públicos pois a execução dessa obra parece complementar ou indiretamente auxiliar na consecução dos fins da Empresa, definidos na Lei n. 186, de 24 de abril de 1980 e no Decreto n. 1.200, de 13 de agosto de 1980.

Quanto ao cumprimento do convênio, a quase absoluta lacuna na instrução desses papéis, os quais não foram acompanhados do plano de trabalho nem da prestação de contas, não deixa entrever a adequação do objeto com o detalhamento das despesas que deveriam e as que teriam sido pagas através dele.

[...]

O item 7 daquele relatório técnico informa que foram obtidos junto ao Ministério Público Estadual cópias digitalizadas de dez processos. No entanto, da relação que consta às fls. 19-v e 20 verifica-se que o processo atinente ao Convênio 062/PGM/2011 não se encontra entre eles.

[...]

Anote-se que, analisando os autos n. 69/2013/TCE-RO, que trata de representação feita pela Câmara Municipal de Porto Velho acerca de irregularidades arroladas em resultado de Comissão Parlamentar de Inquérito, não se encontrou, no relatório final aprovado pelo Legislativo, qualquer remissão ao presente convênio.

[...]

A Secretaria Geral de Controle Externo remeteu, informalmente, a este gabinete, cópia de relatório técnico produzido para atender solicitação do MPE para que o Tribunal fornecesse auxílio técnico na análise de prestações de contas de diversos convênios celebrados entre a Prefeitura de Porto Velho e a Emdur nos exercícios de 2011 e 2012.

Nele, informa-se que foram solicitadas à Emdur, por diversas vezes, as prestações de contas dos convênios, mas que apenas recentemente, após

a troca de gestão, foram remetidas cópias de documentos e outros papéis intitulados “prestação de contas”.

Verificando o calhamaço disponibilizado pelo MPE, o Corpo Técnico concluiu que a documentação não reunia os elementos necessários para serem considerados prestações de contas e que, por isso, não havia indícios da efetiva realização dos objetos conveniados.

Registre-se que o Convênio n. 062/PGM/2011 consta na relação a que teve acesso a Unidade Instrutiva. A respeito, entendeu que:

“(...) verifica-se que se trata de processos administrativos de despesa, cujo objeto é a proposta, formalização e repasse de recursos na forma de convênios, conforme listado acima, e que não possuem em seu bojo qualquer caráter de prestação de contas, mesmo porque não se prestam e nem devem se prestar a esse fim.” (negrito e grifo do original)

Dessa maneira, pode-se concluir que os documentos de posse do MPE não se caracterizam como prestações de contas.

Sobre os repasses relacionados a esse convênio, o Corpo Técnico afirmou que teria ocorrido apenas um repasse, de R$150.000,00, na data de 10.11.2011.

Ocorre que tanto a posição do empenho 7803 (fl. 39 e 40), quanto a autorização de pagamento à fl. 47 e a relação de ordens bancárias por credor (fl. 49), mostram que também houve um pagamento de R$150.000,00 ao dia 30.8.2011 relativo a esse convênio.

No entanto, o arquivo à fl. 48, mostra uma remessa de R$1.083.190,00 ao dia 30.8.2011, que parece não fazer parte deste processo. Esse valor, em verdade, é a soma do subempenho 01 do empenho 7803 (R$150.000,00), com o subempenho 8 do empenho 1002 (R$473.190,00) e com o subempenho 01 do empenho 10713 (R$460.000,00), juntados e analisados nos autos 87/TCE-RO/2013 e creditados em conjunto na conta 8831-5 da Emdur, através da Ordem Bancária 11091. Esses valores também podem ser visualizados à fl. 49, que traz a relação de ordens bancárias por credor emitidas em 30.8.2011.

Aliás, nos autos n. 88/2013, foram juntados alguns extratos da conta 8831-5 de 2011. Lá, pode-se visualizar a entrada de R$150.000,00 por ordem bancária ao dia 10.11.2011 e de R$1.083.190,00 ao dia 31.8.2011, em sincronia com as parcelas do convênio sob análise. As cópias desses extratos foram juntadas a estes autos por este gabinete.

Dessa forma, o valor a ser considerado para definição da responsabilidade pelo convênio 062/PGM/2011 é de R$300.000,00.

Outrossim, faz-se necessário identificar os beneficiários dos saques, bem como juntar aos autos os extratos de todos os meses (junho de 2011 a abril de 2012) atinentes à vigência do convênio e ao prazo de prestação de contas, a fim de verificar se a conta não foi indevidamente utilizada para movimentação de valores estranhos.

Aprofundar a abordagem desta fiscalização tem importância para o Tribunal de Contas, como instituição que age diligentemente na apuração dos atos e contratos sob suspeita de irregularidade, assim como para a análise micro e macro das despesas realizadas pela empresa, visto a repercussão para a definição do futuro da Emdur, bem como por conta do destaque que o assunto mereceu nos meios jornalísticos.

Ademais, identificar os beneficiários das quantias incrementa as chances de o Poder Público reaver esses valores, haja vista que o leque de pessoas cujos patrimônios serão chamados a responder aumenta, se acaso se concluir que a quantia executada não corresponde à orçada.

De outro giro, antes dessas providências, deve-se trazer aos autos o resultado da Tomada de Contas Especial instaurada pelo atual Prefeito Municipal através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de

Page 14: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

14 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”.

A uma, porque aquelas informações (análise dos extratos e sobre a efetiva execução do convênio) já pode ter sido esclarecida pela TCE municipal, cuja instrução e resultado podem ter exaurido qualquer providência complementar de apuração desta Corte, fazendo-lhe perder o interesse de agir.

A duas, porque a instauração foi determinada pelo próprio Conselheiro Relator através da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), e deve, assim, instruir os autos de fiscalização que lhes dizem respeito.

Ademais, deve-se juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

A respeito, o Corpo Técnico indicou na conclusão do relatório que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira teria ocupado o cargo de Presidente da Emdur durante todo o exercício de 2011. No entanto, deixou de mencionar a fonte dessa informação, a qual não foi encontrada por este gabinete. Questionados, a Secretaria de Processamento e Julgamento e o auditor de controle externo que assinou o relatório à fl. 60 destes autos também não souberam informar.

A Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho, por sua vez, empreendeu contato telefônico com a gerência de recursos humanos do município, a qual informou que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira ficou no cargo entre os dias 30.3.2009 a 2.4.2012; o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012 e o Senhor Jailson Viana de Almeida entre os dias 1.8.2012 a 31.12.2012.

Note-se que a vigência do convênio foi estipulada em 8 meses a partir da assinatura, ou seja, até 8.2.2012, com prestação de contas a ser apresentada até 30 dias após esse termo, até 9.3.2013.

Nesse contexto, devem ser corresponsabilizados todos os gestores que passaram pelos órgãos envolvidos durante a vigência do convênio e o prazo disponibilizado para a prestação de contas.

Lembrando que a responsabilidade pelos convênios é, a princípio, do gestor que assinou o termo. Caso a vigência se estenda para a outra gestão, essa será corresponsável.

Para que o sucedido não sofra as consequências legais da inércia ou deficiência da prestação apresentada pelo sucessor, deve tomar algumas providências básicas para o seu resguardo: a) apresentar uma prestação de contas parcial do que foi realizado durante a sua gestão, guardando prova do envio (protocolo, etc); b) organizar os documentos comprobatórios das despesas realizadas; c) solicitar, na transição da titularidade do órgão, recibo da documentação entregue ao seu sucessor .

O sucessor, por seu turno, deve verificar a regularidade na execução ou prestação de contas dos convênios vigentes na égide da gestão do antecessor. Constatando falhas, deve ele tomar as medidas legais (instauração de tomada de contas especial), sob pena de corresponsabilidade.

O gestor, como pessoa física, será responsabilizado por impropriedade e/ou irregularidades identificadas na execução ou prestação de contas dos convênios.

No caso de mudança de gestor, o sucessor passa a ser o responsável pela apresentação de contas do convênio. Caso seu antecessor não a tenha

feito ou na impossibilidade de fazê-la, o novo gestor deve tomar as medidas legais, com vistas a resguardar o patrimônio público, sob pena de co-responsabilidade.

É importante que o gestor, ao final de seu mandato, preste contas até o limite executado, visando resguardar tanto o patrimônio público, quanto seus direitos individuais .

Assim, os diferentes titulares da chefia do Poder Executivo, da Secretaria de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo e da presidência da Emdur durante a vigência do Convênio n. 062/PGM/2011 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, corresponsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores .

Por essa razão, em que pese os Senhores Roberto Eduardo Sobrinho e Mário Sérgio Leiras Teixeira terem permanecido nos cargos durante o prazo de vigência do convênio e o da prestação de contas, deve-se apurar se a Senhora Mirian Saldaña Peres também permaneceu no cargo ou se houve sucessão da titular da pasta durante esse período.

Do exposto, este Ministério Público de Contas OPINA que sejam realizadas, pela Corte de Contas, as seguintes diligências:

a) alterar o valor a ser considerado para fins de responsabilização para R$300.000,00 e não o de R$150.000,00 apontado pelo Corpo Técnico;

b) requerida a Tomada de Contas Especial instaurada através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”;

c) requerer, à Emdur, os extratos da Conta Corrente n. 8831-5, Agência n. 2757-X, (Banco do Brasil), da sua abertura ao encerramento, especialmente entre os meses de vigência do convênio e da prestação de contas (junho de 2011 a abril de 2012); bem como a identificação dos favorecidos pelas operações que retiraram valores da conta (saques, transferências, cheques, etc);

d) juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável, em especial sobre a titular do cargo de Titular da pasta da Secretaria de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo, vez que não há informação nos autos quanto ao período em que a Senhora Mirian Saldaña Peres permaneceu no cargo.

Após essas providências, se for apresentada a TCE específica para cada convênio, que sejam estes autos apensados à respectiva TCE. Se não for apresentada, deve-se converter estes autos em Tomada de Contas Especial, nos moldes do art. 44 da LCE 154/1996, abrindo-se oportunidade para o exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CR/1988).

06. Assim, vieram os autos para deliberação.

É o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, tratam os autos da análise do Convênio n. 062/PGM/2011, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 0029/2013, por ocasião

Page 15: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

15 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR, visando à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da empresa municipal premencionada, nos exercícios de 2011/2012.

08. Viu-se que o Corpo Técnico, por meio da manifestação inaugural de fls. 53/60, revelara várias irregularidades atinentes ao Convênio n. 062/PGM/2011, afigurando-se algumas, inclusive, como elemento indiciário de dano ao erário, razão por que opinara pela Audiência dos responsáveis.

09. Tenho que, a meu juízo, razão assiste ao Corpo Instrutivo.

10. Sem dúvidas, há que se ponderar sobre a possibilidade de, ao menos em tese, ser afetado negativamente o patrimônio quer seja econômico e/ou jurídico dos agentes públicos apontados como responsáveis pelos supostos ilícitos descortinados pela Secretaria Geral de Controle Externo, por meio do Relatório Técnico de fls. 53/60, aflorando daí a necessidade de lhes facultar a apresentação das razões de justificativas que julgarem pertinentes.

11. Isto, firme em conferir a máxima eficácia aos princípios constitucionais do due processo of law e seus corolários - máxime o contraditório e a ampla defesa -, estampados no art. 5º, LV, da Constituição da República do Brasil de 1988.

12. Desta forma, deve ser promovida a audiência dos Senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, Mário Sérgio Leiras Teixeiras – Ex-Presidente da Empresa Municiapl de Desenvolvimento Urbano -, Miriam Saldaña Peres – Ex-Secretária Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo–, Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora Geral do Município - e Jefferson de Souza – então Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho –, para que, em querendo, apresentem as justificativas que entenderem de direito, a teor dos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88).

13. Quanto às diligências propugnadas pelo Ministério Público de Contas, por intermédio da Cota n. 28/2013 (fls. 85/92-v), tenho que, a meu juízo, hão de prosperar.

14. Com acerto, pleiteou o Parquet de Contas à juntada dos extratos atinentes tanto à vigência e o prazo para prestação de contas do Convênio em apreço, ou seja, de junho de 2011 a abril de 2012, quanto da abertura ao seu encerramento, objetivando, assim, aperfeiçoar a análise ora empreendida nos vertentes autos.

15. É inegável que para melhor deslinde do feito sub examine necessário se faz carreá-lo com os extratos da Conta Corrente n. 8.831-5, Agência 2757-X, Banco do Brasil, desde a abertura ao seu encerramento, dando-se especial destaque, aos extratos referentes aos meses de vigência e de prestação de contas do Contrato n. 62/2011, ou seja, julho 2011 a abril de 2012, a fim de se verificar, com isto, se a conta não foi eventualmente utilizada indevidamente para movimentação de valores estranhos, assim como identificar os agentes responsáveis e os favorecidos com as operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas em tal conta.

16. Igualmente, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) apontado como irregular, bem como identificar os responsáveis pela prática de tais atos, pleiteou o MPC a juntada no feito em testilha dos atos administrativos que nomearam e exoneraram os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (SEMDESTUR) e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, dentre os meses de junho/2011 a abril/2012, diante do que há que se determinar ao então Secretário Municipal de Administração de Porto Velho – Senhor Mário Jorge de Medeiros – que apresente os atos administrativos retro declinados.

17. Nada obstante, malgrado tenha a Prefeitura Municipal de Porto Velho instaurado, por meio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013,

Tomadas de Contas Especial para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA de nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”, até a presente data não se tem conhecimento do resultado das referidas TCE’s.

18. Destaque-se que as mencionadas TCE’s foram deflagradas em atendimento à determinação por mim exarada no bojo dos autos n. 29/2013, por meio da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), as quais devem, por consectário lógico, instruir os pertinentes autos de fiscalização que lhes dizem respeito, a exemplo destes.

19. Desta forma, deve ser determinado à Prefeitura Municipal de Porto Velho, que apresente as TCE’,s instauradas em decorrência da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), expedida nos autos n. 029/2013/TCE-RO.

20. Impende, por fim, dizer que o MPC identificou indícios de que os valores repassados para EMDUR teriam atingindo o montante de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), ao revés de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), como indicou o Corpo Instrutivo em sua manifestação primeira.

21. Tem-se anexado às fls. 39/40, documento nominado de “Posição de Empenho”, no qual consta a informação de que o Município de Porto Velho repassou para EMDUR, em verdade, duas parcelas no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), respectivamente, nos dias 15/08/11 e 09/11/11, relativas ao Convênio n. 062/PGM-2011.

22. Assim, por ora, o valor que se mostra mais adequado a ser imputado aos jurisdicionados é o de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), resultado da adição das duas parcelas repassadas a EMDUR, pela Prefeitura de Porto Velho, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) cada, respectivamente, nos dias 15/08/11 e 09/11/11, conforme se infere do documento acostado às fls. 39/40.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DECIDO:

I - DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, que promova a audiência dos jurisdicionados infracitados, para que, em querendo, no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 97, §1º, do RITC, apresente as teses defensivas julgas pertinentes, acerca das supostas irregularidades imputadas pelo Corpo Instrutivo, por meio do Parecer Técnico de fls. 53/60, da forma que se segue:

a) Senhor Mario Sérgio Leiras Teixeira – Ex-Presidente da EMDUR durante todo o exercício de 2011 -, por ter infringido o Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) que lhe foi repassado, referente ao Convênio n. 062/PGM/2011, firmado com a Prefeitura do município de Porto Velho, em 08/06/2011;

b) Senhora Miriam Saldaña Peres – Ex-Secretária Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (SEMDESTUR) – e, solidariamente, o Senhor Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, por terem infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37 da Carta Magna c/c Art. 8º da Lei Complementar n. 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio n. 062/PGM/2011, por repassarem recursos à EMDUR no montante de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) inobservando a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores à assinatura e repasses do Convênio n. 062/PGM/2011, bem como em razão de não terem adotado as

Page 16: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

16 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

medidas necessárias tendentes à exigi-las como condição para executar novos repasses;

c) Senhora Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37 da CF/88, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, dado a sua conduta omissiva, caracterizado pela ausência de providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto à SEMPLA a exigência das prestações de contas das parcelas do Convênio nº 062/PGM/2011 repassadas à Empresa de Desenvolvimento Urbano – EMDUR -, bem como por não ter se manifestado de forma contrária aos repasses das sucessivas parcelas que totalizaram o montante de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais);

d) Senhor Jefferson de Souza - então Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal n. 099/2000 e art. 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal n. 8.666/93, vez que, ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio n. 062/PGM/2011 cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

e) À Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Município Carlos Dobbis, para promover a defesa dos interesses do Município naquilo que for pertinente.

II – NOTIFICAR os agentes públicos abaixo discriminados, o que deve ser levado a efeito pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, no prazo de 15 dias, a contar da intimação, apresentem a documentação ora requerida, sob pena de sanção pecuniária, consoante dicção da norma constante no art. 55 da LC n. 154/96 – TCE, da forma que passa-se a individualizar:

a) Senhor Gerardo Marins de Lima - Presidente da EMDUR-, e/ou quem o substitua na forma da lei, que apresente os extratos bancários, em sua integralidade, da Conta Corrente n. 8831-X, Agência 2757-X, Banco do Brasil, da abertura ao seu encerramento, especialmente do período atinentes à vigência do convênio em apreço e ao prazo de prestação de contas, ou seja, de junho/2011 a abril/2012, identificando todos os agentes responsáveis e favorecidos pelas operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas na precitada conta;

b) Senhor Mário Jorge de Medeiros - Secretário Municipal de Administração de Porto Velho -, e/ou quem o substitua na forma da lei, que carreie os vertentes autos com cópias dos atos administrativos, por meio dos quais foram nomeados e exonerados os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo do Município de Porto Velho, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (SEMDESTUR) e a Presidência da EMDUR, entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de junho/2011 a abril/2012, além daqueles que eventualmente os tenham sucedido até o final do exercício de 2012; e

c) Ao Presidente da Comissão de Tomada de Contas Especial, instaurada por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013 (fls. 734 dos autos n. 0029/2013), e/ou quem o substitua na forma legal, Senhor Mirton Moraes de Souza – Procurador do Município -, que apresente o resultado da TCE deflagrada para apurar os indícios de ilegalidade relativos ao Convênio n. 062/PGM/2011, realizado entre o Município de Porto Velho, com a interveniência da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo, e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano – EMDUR.

III – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos jurisdicionados descritos nas alíneas constantes do item I e II deste decisum, remetendo-lhes, para tanto, cópia integral do Relatório Técnico de fls. 53/60 e da Cota Ministerial n. 28/2013 de fls. 85/92-v;

IV – PUBLIQUE-SE, na forma regimental;

V – JUNTE-SE aos autos em epígrafe; e

VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA às determinações insertas nos itens IV e V, da parte dispositiva da presente Decisão, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2ª Câmara, para cumprimento das medidas constantes nos itens I, II e III desta.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, RO, 02 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 092/2013. ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Convênio n. 114/PGM-2011. RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho e outros. INTERESSADO: Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho - EMDUR. UNIDADE: Prefeitura de Porto Velho – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 179/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos da análise do Convênio n. 0114/PGM/2011, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR.

02. A mencionada Inspeção Especial, visou à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho – EMDUR-, nos exercícios de 2011/2012.

03. Objetivando complementar os trabalhos realizados naqueles autos (Processo n. 029/2013), a Secretaria Geral de Controle Externo deflagrou, em apartado, o procedimento em tela, cuja análise preambular do Corpo Instrutivo consubstanciou-se no Relatório Técnico de fls. 57/64.

04. A Diretoria Técnica, em sua manifestação introdutória de fls. 57/64, traz a lume várias irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da espécie versada, podendo algumas, inclusive, repercutirem, em tese, de forma danosa em desfavor do erário. Diante disso, sugere que seja promovida a audiência dos responsáveis, a fim de que, em querendo, possam apresentar as alegações que entenderem de direito, acerca das impropriedades evidenciadas pela Unidade Técnica e condensadas na prefalada manifestação, dentre outras recomendações. A propósito, grafa-se trechos do referido Parecer Técnico, ipsis verbis:

[...]

7– CONCLUSÃO

Conclui-se o presente relato asseverando que inobstante a ausência dos processos administrativos que poderiam comprovar cabalmente que as despesas do convênio nº 114/PGM/2011 realizadas e tiveram como beneficiários as empresas citadas no relatório da CPI, e diante desse quadro aterrador, considerando que o grupo (agentes públicos e fornecedores) identificado, segundo os nobres Edis, já vêm atuando de longa data em desfavor da Emdur, entende este Corpo Técnico que os responsáveis à época deverão ser instados a comparecer aos autos para

Page 17: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

17 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

apresentar provas em contrário ou devolver aos cofres públicos o produto dos seus, muito prováveis, desvios, em razão das irregularidades a seguir descritas:

a) Mario Sérgio Leiras Teixeira – Presidente da EMDUR durante todo o exercício de 2011 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter prestado contas relativas ao montante de R$ 1.559.258,56, que lhe foram repassados referentes ao termo de convênio nº 114/PGM/2011, firmado com prefeitura do município de Porto Velho em 09.11.2011, valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho durante todo o exercício de 2011 e Miriam Saldaña Peres - Secretária Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo-SEMDESTUR, em razão de omissão ao não tomarem as contas do primeiro;

b) Miriam Saldaña Peres - Secretária Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo-SEMDESTUR, em 09.11.2011 (data em que foi assinado o convênio) solidariamente ao Prefeito Eduardo Roberto Sobrinho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 8º da Lei Complementar nº 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, por repassar recursos a Emdur no montante de R$ 1.559.258,56 e não observar a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores quando da assinatura e repasses do convênio nº 114/PGM/2011, e ainda sem que tivessem adotado medidas no sentido de exigi-las como condição para executar novos repasses;

c) Cricélia Fróes Simões – Controladora Geral do Município,por Infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter tomado providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto a SEMDESTUR a exigência das prestações contas das parcelas do convênio nº 114/PGM/2011 repassadas a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse das sucessivas parcelas no montante de R$ 1.559.258,56;

d) JEFFERSON DE SOUZA – Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio nº 114/PGM/2011, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

8 – INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS AO CONSELHEIRO RELATOR.

Sr. Conselheiro Relator,

Considerando a gravidade dos fatos aqui registrados e considerando a total ausência de prestação de contas dos valores repassados à conta do Convênio de nº 114/PGM/2011, no valor de R$ 1.559.258,56, insta recomendar que:

1. Que os responsáveis pelas irregularidades elencadas nos itens“a” a “d” do item “7 – CONCLUSÃO”, deste relatório, sejam instados a comparecer aos autos com o fito de lhes oportunizar o contraditório e ampla defesa ou para, no caso daqueles citados nos itens “a” e “b”, que recolham os cofres municipais a importância supramencionada, corrigida da data dos repasses até a data do seu efetivo recolhimento;

2. Que seja aplicada ainda aos responsáveis citados nos itens “a” e “b” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, por cometimento de ato lesivo ao erário municipal;

3. Que seja aplicada aos responsáveis citados nos itens “c” e “d” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 55, Inciso II da Lei Complementar nº 154/96, por omissões que culminaram em grave infração à norma legal de natureza financeira, operacional e patrimonial;

Apenas com o objetivo de informar Vossa Excelência, insta acrescentar que no entendimento deste corpo técnico, a remessa do presente relatório ao Ministério Público do Estado de Rondônia já não se faz necessária, em razão de que as irregularidades aqui apontadas já foram objeto do relatório inserto nos autos de nº 00029/2013, cujo documento o preclaro Relator encaminhou àquele parquet em dezembro último.

05. O Ministério Público de Contas, por sua vez, na forma regimental, após examinar detidamente as peças que constituem os vertentes autos, por intermédio da Cota n. 25/2013 de fls. 83/89-v, opinou da forma que se transcreve, verbis:

[...]

Verificando o calhamaço disponibilizado pelo MPE, o Corpo Técnico concluiu que a documentação não reunia os elementos necessários para serem considerados prestações de contas e que, por isso, não havia indícios da efetiva realização dos objetos conveniados.

Registre-se que o Convênio n. 002/PGM/2011 consta na relação a que teve acesso a Unidade Instrutiva. A respeito, entendeu que:

“(...) verifica-se que se trata de processos administrativos de despesa, cujo objeto é a proposta, formalização e repasse de recursos na forma de convênios, conforme listado acima, e que não possuem em seu bojo qualquer caráter de prestação de contas, mesmo porque não se prestam e nem devem se prestar a esse fim.” (negrito e grifo do original)

Dessa maneira, pode-se concluir que os documentos de posse do MPE não se caracterizam como prestações de contas.

Sobre os extratos, nota-se que foram juntados apenas parte do mês de dezembro (fls. 45 e 46), com registro de duas das três parcelas identificadas à fl. 39, fazendo-se necessário juntar o extrato completo da conta 8831-5, atinente à vigência do convênio e ao prazo de prestação de contas (9.11.2011 a 9.4.2012), a fim de verificar se a conta não foi indevidamente utilizada para movimentação de valores estranhos.

Aprofundar a abordagem desta fiscalização tem importância para o Tribunal de Contas, como instituição que age diligentemente na apuração dos atos e contratos sob suspeita de irregularidade, assim como para a análise micro e macro das despesas realizadas pela empresa, visto a repercussão para a definição do futuro da Emdur, bem como por conta do destaque que o assunto mereceu nos meios jornalísticos.

Ademais, identificar os beneficiários das quantias incrementa as chances de o Poder Público reaver esses valores, haja vista que o leque de pessoas cujos patrimônios serão chamados a responder aumenta, se acaso se concluir que a quantia executada não corresponde à orçada.

De outro giro, antes dessas providências, deve-se trazer aos autos o resultado da Tomada de Contas Especial instaurada pelo atual Prefeito Municipal através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”.

A uma, porque aquelas informações (análise dos extratos e sobre a efetiva execução do convênio) já pode ter sido esclarecida pela TCE municipal, cuja instrução e resultado podem ter exaurido qualquer providência complementar de apuração desta Corte, fazendo-lhe perder o interesse de agir.

Page 18: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

18 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

A duas, porque a instauração foi determinada pelo próprio Conselheiro Relator através da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), e deve, assim, instruir os autos de fiscalização que lhes dizem respeito.

Ademais, deve-se juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

A respeito, o Corpo Técnico indicou na conclusão do relatório que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira teria ocupado o cargo de Presidente da Emdur durante todo o exercício de 2011. No entanto, deixou de mencionar a fonte dessa informação, a qual não foi encontrada por este gabinete. Questionados, a Secretaria de Processamento e Julgamento e o auditor de controle externo que assinou o relatório à fl. 64 destes autos também não souberam informar.

A Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho, por sua vez, empreendeu contato telefônico com a gerência de recursos humanos do município, a qual informou que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira ficou no cargo entre os dias 30.3.2009 a 2.4.2012; o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012 e o Senhor Jailson Viana de Almeida entre os dias 1.8.2012 a 31.12.2012.

Note-se que a vigência do convênio foi estipulada finalizar em 90 dias da assinatura, isto é, 7.2.2012 (fl. 42), com prestação de contas a ser apresentada até 60 dias após esse termo, isto é, até 9.4.2012 (dia 7.4.2012 foi sábado, prorrogando o prazo para o primeiro dia útil).

Nesse contexto, devem ser corresponsabilizados todos os gestores que passaram pelos órgãos envolvidos durante a vigência do convênio e o prazo disponibilizado para a prestação de contas, o que incluiria o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva, nomeado para dirigir a Emdur entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012.

Lembrando que a responsabilidade pelos convênios é, a princípio, do gestor que assinou o termo. Caso a vigência se estenda para a outra gestão, essa será corresponsável.

Para que o sucedido não sofra as consequências legais da inércia ou deficiência da prestação apresentada pelo sucessor, deve tomar algumas providências básicas para o seu resguardo: a) apresentar uma prestação de contas parcial do que foi realizado durante a sua gestão, guardando prova do envio (protocolo, etc); b) organizar os documentos comprobatórios das despesas realizadas; c) solicitar, na transição da titularidade do órgão, recibo da documentação entregue ao seu sucessor .

O sucessor, por seu turno, deve verificar a regularidade na execução ou prestação de contas dos convênios vigentes na égide da gestão do antecessor. Constatando falhas, deve ele tomar as medidas legais (instauração de tomada de contas especial), sob pena de corresponsabilidade.

O gestor, como pessoa física, será responsabilizado por impropriedade e/ou irregularidades identificadas na execução ou prestação de contas dos convênios.

No caso de mudança de gestor, o sucessor passa a ser o responsável pela apresentação de contas do convênio. Caso seu antecessor não a tenha feito ou na impossibilidade de fazê-la, o novo gestor deve tomar as medidas legais, com vistas a resguardar o patrimônio público, sob pena de co-responsabilidade.

É importante que o gestor, ao final de seu mandato, preste contas até o limite executado, visando resguardar tanto o patrimônio público, quanto seus direitos individuais .

Assim, os diferentes titulares da presidência da Emdur, da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Planejamento durante a vigência do Convênio n.

114/PGM/2011 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, corresponsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores . Por isso, o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva, Diretor Presidente da Emdur entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012, também deve ser chamado a responder pelo convênio, devendo os atos de nomeação e exoneração serem trazidos aos autos, a fim de confirmar se houver ou não sucessão nessas pastas durante a vigência do convênio e o prazo para prestação de contas.

Do exposto, este Ministério Público de Contas OPINA que sejam realizadas, pela Corte de Contas, as seguintes diligências:

a) requerida a Tomada de Contas Especial instaurada através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”;

b) requerer, à Emdur, o extrato completo da Conta Corrente n. 8831-5, Agência n. 2757-X, (Banco do Brasil), atinentes à vigência do convênio e ao prazo de prestação de contas (9.11.2011 a 9.4.2012); bem como a identificação dos favorecidos pelas operações que retiraram valores da conta (saques, transferências, cheques, etc);

d) juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, especialmente dos titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão e da presidência da Emdur entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas (entre 9.11.2011 a 9.4.2012), para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

Após essas providências, se for apresentada a TCE específica para cada convênio, que sejam estes autos apensados à respectiva TCE. Se não for apresentada, deve-se converter estes autos em Tomada de Contas Especial, nos moldes do art. 44 da LCE 154/1996, abrindo-se oportunidade para o exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CR/1988).

06. Assim, vieram os autos para deliberação.

É o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, tratam os autos da análise do Convênio n. 114/PGM/2011, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR, visando à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da empresa municipal premencionada, nos exercícios de 2011/2012.

08. Viu-se que o Corpo Técnico, por meio da manifestação inaugural de fls. 57/64, revelara várias irregularidades atinentes ao Convênio n. 114/PGM/2011, afigurando-se algumas, inclusive, como elemento indiciário de dano ao erário, razão por que opinara pela Audiência dos responsáveis.

09. Tenho que, a meu juízo, razão assiste ao Corpo Instrutivo.

10. Sem dúvidas, há que se ponderar sobre a possibilidade de, ao menos em tese, ser afetado negativamente o patrimônio quer seja econômico e/ou jurídico dos agentes públicos apontados como responsáveis pelos supostos ilícitos descortinados pela Secretaria Geral de Controle Externo, por meio do Relatório Técnico de fls. 57/64, aflorando daí a necessidade

Page 19: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

19 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

de lhes facultar a apresentação das razões de justificativas que julgarem pertinentes.

11. Isto, firme em conferir a máxima eficácia aos princípios constitucionais do due processo of law e seus corolários - máxime o contraditório e a ampla defesa -, estampados no art. 5º, LV, da Constituição da República do Brasil de 1988.

12. Desta forma, deve ser promovida a audiência dos Senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, Mário Sérgio Leiras Teixeiras – Ex-Presidente da Empresa Municiapl de Desenvolvimento Urbano -, Miriam Saldaña Peres – Ex-Secretária Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo–, Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora Geral do Município - e Jefferson de Souza – então Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho –, para que, em querendo, apresentem as justificativas que entenderem de direito, a teor dos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88).

13. Quanto às diligências propugnadas pelo Ministério Público de Contas, por intermédio da Cota n. 25/2013 (fls. 83/89-v), tenho que, a meu juízo, hão de prosperar.

14. Com acerto, pleiteou o Parquet de Contas à juntada dos extratos atinentes à vigência e o prazo para prestação de contas do Convênio em apreço, ou seja, 09/11/2011 a 09/04/2012, objetivando, assim, aperfeiçoar a análise ora empreendida nos vertentes autos, vez que se vê anexado aos autos os extrato às fls. 45/46 correspondentes, apenas, a parte do mês de dezembro de 2011, no qual há registro de duas das três parcelas constantes às fl. 39.

15. É inegável que para melhor deslinde do feito sub examine necessário se faz carreá-lo com os extratos da Conta Corrente n. 8.831-5, Agência 2757-X, Banco do Brasil, referentes ao período de vigência e da prestação de contas do Contrato n. 114/2011, ou seja, 09/11/2011 a 09/04/2012, a fim de se verificar, com isto, se a conta não foi eventualmente utilizada indevidamente para movimentação de valores estranhos, assim como identificar os agentes responsáveis e os favorecidos com as operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas em tal conta.

16. Igualmente, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) apontado como irregular, bem como identificar os responsáveis pela prática de tais atos, pleiteou o MPC a juntada no feito em testilha dos atos administrativos que nomearam e exoneraram os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (SEMDESTUR) e Gestão e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de 09/11/2011 a 09/04/2012, diante do que há que se determinar ao então Secretário Municipal de Administração de Porto Velho – Senhor Mário Jorge de Medeiros – que apresente os atos administrativos retro declinados.

17. Nada obstante, malgrado tenha a Prefeitura Municipal de Porto Velho instaurado, por meio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013, Tomadas de Contas Especial para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA de nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”, até a presente data não se tem conhecimento do resultado das referidas TCE’s.

18. Destaque-se que as mencionadas TCE’s foram deflagradas em atendimento à determinação por mim exarada no bojo dos autos n. 29/2013, por meio da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), as quais devem, por consectário lógico, instruir os pertinentes autos de fiscalização que lhes dizem respeito, a exemplo destes.

19. Desta forma, deve ser determinado à Prefeitura Municipal de Porto Velho, que apresente as TCE’,s instauradas em decorrência da Tutela

Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), expedida nos autos n. 029/2013/TCE-RO.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DECIDO:

I - DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, que promova a audiência dos jurisdicionados infracitados, para que, em querendo, no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 97, §1º, do RITC, apresente as teses defensivas julgas pertinentes, acerca das supostas irregularidades imputadas pelo Corpo Instrutivo, por meio do Parecer Técnico de fls. 57/64, da forma que se segue:

a) Senhor Mario Sérgio Leiras Teixeira – Ex-Presidente da EMDUR durante todo o exercício de 2011 -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 1.559.258,56 (um milhão, quinhentos e cinquenta e nove mil, duzentos e cinquenta e oito reais e cinquenta e seis centavos) que lhe foi repassado, referente ao Convênio n. 114/PGM/2011, firmado com a Prefeitura do município de Porto Velho, em 09/11/2011;

b) Senhora Miriam Saldaña Peres – Ex-Secretária Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (SEMDESTUR) – e, solidariamente, o Senhor Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, por terem infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37 da Carta Magna c/c Art. 8º da Lei Complementar n. 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio n. 114/PGM/2011, por repassarem recursos à EMDUR no montante de R$ 1.559.258,56 (um milhão, quinhentos e cinquenta e nove mil, duzentos e cinquenta e oito reais e cinquenta e seis centavos) inobservando a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores à assinatura e repasses do Convênio n. 114/PGM/2011, bem como em razão de não terem adotado as medidas necessárias tendentes à exigi-las como condição para executar novos repasses;

c) Senhora Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37 da CF/88, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, dado a sua conduta omissiva, caracterizado pela ausência de providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto à SEMPLA a exigência das prestações de contas das parcelas do Convênio nº 114/PGM/2011 repassadas à Empresa de Desenvolvimento Urbano – EMDUR -, bem como por não ter se manifestado de forma contrária aos repasses das sucessivas parcelas que totalizaram o montante de R$ 1.559.258,56 (um milhão, quinhentos e cinquenta e nove mil, duzentos e cinquenta e oito reais e cinquenta e seis centavos);

d) Senhor Jefferson de Souza - então Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal n. 099/2000 e art. 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal n. 8.666/93, vez que, ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio n. 114/PGM/2011 cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

e) À Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Município Carlos Dobbis, para promover a defesa dos interesses do Município naquilo que for pertinente.

II – NOTIFICAR os agentes públicos abaixo discriminados, o que deve ser levado a efeito pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, no prazo de 15 dias, a contar da intimação, apresentem a documentação ora requerida, sob pena de sanção pecuniária, consoante dicção da norma

Page 20: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

20 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

constante no art. 55 da LC n. 154/96 – TCE, da forma que passa-se a individualizar:

a) Senhor Gerardo Marins de Lima - Presidente da EMDUR-, e/ou quem o substitua na forma da lei, que apresente os extratos bancários, em sua integralidade, da Conta Corrente n. 8831-5, Agência 2757-X, Banco do Brasil, atinente ao período de vigência do convênio em apreço e o prazo de sua prestação de contas, ou seja, de 09/11/2011 a 09/04/2012, identificando todos os agentes responsáveis e favorecidos pelas operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas na precitada conta;

b) Senhor Mário Jorge de Medeiros - Secretário Municipal de Administração de Porto Velho -, e/ou quem o substitua na forma da lei, que carreie os vertentes autos com cópias dos atos administrativos, por meio dos quais foram nomeados e exonerados os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo do Município de Porto Velho, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (SEMDESTUR) e a Presidência da EMDUR, entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de 09/11/2011 a 09/04/2012, além daqueles que eventualmente os tenham sucedido até o final do exercício de 2012; e

c) Ao Presidente da Comissão de Tomada de Contas Especial, instaurada por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013 (fls. 734 dos autos n. 0029/2013), e/ou quem o substitua na forma legal, Senhor Mirton Moraes de Souza – Procurador do Município -, que apresente o resultado da TCE deflagrada para apurar os indícios de ilegalidade relativos ao Convênio n. 114/PGM/2011, realizado entre o Município de Porto Velho, com a interveniência da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo, e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano – EMDUR.

III – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos jurisdicionados descritos nas alíneas constantes do item I e II deste decisum, remetendo-lhes, para tanto, cópia integral do Relatório Técnico de fls. 57/64 e da Cota Ministerial n. 25/2013 de fls. 83/89-v;

IV – PUBLIQUE-SE, na forma regimental;

V – JUNTE-SE aos autos em epígrafe; e

VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA às determinações insertas nos itens IV e V, da parte dispositiva da presente Decisão, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2ª Câmara, para cumprimento das medidas constantes nos itens I, II e III desta.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, RO, 02 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 224/2013. ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Convênio n. 029/PGM-2012. RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho e outros. INTERESSADO: Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho - EMDUR. UNIDADE: Prefeitura de Porto Velho – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 178/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos da análise do Convênio n. 029/PGM/2012, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR.

02. A mencionada Inspeção Especial, visou à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho – EMDUR-, nos exercícios de 2011/2012.

03. Objetivando complementar os trabalhos realizados naqueles autos (Processo n. 029/2013), a Secretaria Geral de Controle Externo deflagrou, em apartado, o procedimento em tela, cuja análise preambular do Corpo Instrutivo consubstanciou-se no Relatório Técnico de fls. 64/71.

04. A Diretoria Técnica, em sua manifestação introdutória de fls. 64/71, traz a lume várias irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da espécie versada, podendo algumas, inclusive, repercutirem, em tese, de forma danosa em desfavor do erário. Diante disso, sugere que seja promovida a audiência dos responsáveis, a fim de que, em querendo, possam apresentar as alegações que entenderem de direito, acerca das impropriedades evidenciadas pela Unidade Técnica e condensadas na prefalada manifestação, dentre outras recomendações. A propósito, grafa-se trechos do referido Parecer Técnico, ipsis verbis:

[...]

7– CONCLUSÃO

Conclui-se o presente relato asseverando que inobstante a ausência dos processos administrativos que poderiam comprovar cabalmente que as despesas do convênio nº 029/PGM/2012 realizadas e tiveram como beneficiários as empresas citadas no relatório da CPI, e diante desse quadro aterrador, considerando que o grupo (agentes públicos e fornecedores) identificado, segundo os nobres Edis, já vêm atuando de longa data em desfavor da Emdur, entende este Corpo Técnico que os responsáveis à época deverão ser instados a comparecer aos autos para apresentar provas em contrário ou devolver aos cofres públicos o produto dos seus, muito prováveis, desvios, em razão das irregularidades a seguir descritas:

a) Klebson Luiz Lavor e Silva – Presidente da EMDUR durante o período de 01/04/2012 a 01/08/2012 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de convênio nº 029/PGM/2012 firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 20.04.2012, relativas ao montante de R$ 402.149,48, que lhe foram repassados, no dia 22.05.2012 valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 e Cleidimara Alves – Secretária Municipal de Esporte e Lazer, no período do repasse, em razão de omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro, considerando que naquele período outros repasses já teriam sido efetuados à EMDUR e nenhuma prestação de contas teria sido encaminhada a Prefeitura do Município de Porto Velho;

b) Cricélia Fróes Simões – Controladora Geral do Município,por Infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter tomado providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto a SEMES a aplicação dos recursos do convênio nº 029/PGM/2012 repassados a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur, e tampouco fiscalizar e advertir à autoridade repassadora sobre a inadimplência da EMDUR relativa a repasses de outros convênios naquele período, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse do montante de R$ 402.149,48 (quatrocentos e dois mil, cento e quarenta e nove reais e quarenta e oito centavos);

Page 21: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

21 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

c) JEFFERSON DE SOUZA - Procurador do Município de Porto Velho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio nº 029/PGM/2012, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

8 – INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS AO CONSELHEIRO RELATOR.

Sr. Conselheiro Relator,

Considerando a gravidade dos fatos aqui registrados e considerando a total ausência de prestação de contas dos valores repassados à conta do Convênio de nº 029/PGM/2012, no valor de R$ 402.149,48, insta recomendar que:

1. Que os responsáveis pela irregularidade elencada no item “a” do item “7 – CONCLUSÃO”, deste relatório, sejam instados a comparecer aos autos com o fito de lhes oportunizar o contraditório e ampla defesa ou para que recolham os cofres municipais a importância supramencionada, corrigida da data dos repasses até a data do seu efetivo recolhimento;

2. Que seja aplicada ainda aos responsáveis citados no item “a” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, por cometimento de ato lesivo ao erário municipal;

3. Que seja aplicada aos responsáveis citados nos itens “b” e “c” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 55, Inciso II da Lei Complementar nº 154/96, por omissões que culminaram em grave infração à norma legal de natureza financeira, operacional e patrimonial;

Apenas com o objetivo de informar Vossa Excelência, insta acrescentar que no entendimento deste corpo técnico, a remessa do presente relatório ao Ministério Público do Estado de Rondônia já não se faz necessária, em razão de que as irregularidades aqui apontadas já foram objeto do relatório inserto nos autos de nº 00029/2013, cujo documento o preclaro Relator encaminhou àquele parquet em dezembro último.

05. O Ministério Público de Contas, por sua vez, na forma regimental, após examinar detidamente as peças que constituem os vertentes autos, por intermédio da Cota n. 33/2013 de fls. 90/97-v, opinou da forma que se transcreve, verbis:

[...]

Verificando o calhamaço disponibilizado pelo MPE, o Corpo Técnico concluiu que a documentação não reunia os elementos necessários para serem considerados prestações de contas e que, por isso, não havia indícios da efetiva realização dos objetos conveniados.

Registre-se que o Convênio n. 029/PGM/2012 consta na relação a que teve acesso a Unidade Instrutiva. A respeito, entendeu que:

“(...) verifica-se que se trata de processos administrativos de despesa, cujo objeto é a proposta, formalização e repasse de recursos na forma de convênios, conforme listado acima, e que não possuem em seu bojo qualquer caráter de prestação de contas, mesmo porque não se prestam e nem devem se prestar a esse fim.” (negrito e grifo do original)

Dessa maneira, pode-se concluir que os documentos de posse do MPE não se caracterizam como prestações de contas.

Anote-se que os documentos juntados entre as fls. 61 a 63 dizem respeito ao repasse de recursos atinentes ao Convênio n. 28/PGM/2012, analisado

nos autos 222/2013, devendo-se ser desconsiderados para análise do Convênio n. 29/PGM/2012.

Sobre os extratos, nota-se que foram juntados apenas os de agosto, julho, junho e maio (fls. 54 a 57), havendo movimentação da conta em maio e julho, no qual há o depósito da quantia atinente ao valor total do convênio (R$402.149,48) ao dia 25.5.2012 e, em 29.5.2012, o desconto de um cheque quase no mesmo valor (R$402.000,00).

Faz-se necessário identificar os beneficiários dos saques, bem como juntar aos autos os extratos de todos os meses (abril de 2012 a junho de 2013, salvo os meses de maio a agosto de 2012, já presentes nos autos) atinentes à vigência do convênio e ao prazo de prestação de contas, a fim de verificar se a conta não foi indevidamente utilizada para movimentação de valores estranhos.

Aprofundar a abordagem desta fiscalização tem importância para o Tribunal de Contas, como instituição que age diligentemente na apuração dos atos e contratos sob suspeita de irregularidade, assim como para a análise micro e macro das despesas realizadas pela empresa, visto a repercussão para a definição do futuro da Emdur, bem como por conta do destaque que o assunto mereceu nos meios jornalísticos.

Ademais, identificar os beneficiários das quantias incrementa as chances de o Poder Público reaver esses valores, haja vista que o leque de pessoas cujos patrimônios serão chamados a responder aumenta, se acaso se concluir que a quantia executada não corresponde à orçada.

De outro giro, antes dessas providências, deve-se trazer aos autos o resultado da Tomada de Contas Especial instaurada pelo atual Prefeito Municipal através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”.

A uma, porque aquelas informações (análise dos extratos e sobre a efetiva execução do convênio) já pode ter sido esclarecida pela TCE municipal, cuja instrução e resultado podem ter exaurido qualquer providência complementar de apuração desta Corte, fazendo-lhe perder o interesse de agir.

A duas, porque a instauração foi determinada pelo próprio Conselheiro Relator através da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), e deve, assim, instruir os autos de fiscalização que lhes dizem respeito.

Ademais, deve-se juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

A respeito, o Corpo Técnico indicou na conclusão do relatório que o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva teria ocupado o cargo de Presidente da Emdur durante o período de 1.4.2012 a 1.8.2012. No entanto, deixou de mencionar a fonte dessa informação, a qual não foi encontrada por este gabinete. Questionados, a Secretaria de Processamento e Julgamento e o auditor de controle externo que assinou o relatório à fl. 71 destes autos também não souberam informar.

A Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho, por sua vez, empreendeu contato telefônico com a gerência de recursos humanos do município, a qual informou que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira ficou no cargo entre os dias 30.3.2009 a 2.4.2012; o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012 e o Senhor Jailson Viana de Almeida entre os dias 1.8.2012 a 31.12.2012.

Page 22: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

22 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Note-se que a vigência do convênio foi estipulada em 12 meses a partir da assinatura, ou seja, até 20.4.2013, com prestação de contas a ser apresentada até 60 dias após esse termo, até 19.6.2013.

Nesse contexto, devem ser corresponsabilizados todos os gestores que passaram pelos órgãos envolvidos durante a vigência do convênio e o prazo disponibilizado para a prestação de contas.

Lembrando que a responsabilidade pelos convênios é, a princípio, do gestor que assinou o termo. Caso a vigência se estenda para a outra gestão, essa será corresponsável.

Para que o sucedido não sofra as consequências legais da inércia ou deficiência da prestação apresentada pelo sucessor, deve tomar algumas providências básicas para o seu resguardo: a) apresentar uma prestação de contas parcial do que foi realizado durante a sua gestão, guardando prova do envio (protocolo, etc); b) organizar os documentos comprobatórios das despesas realizadas; c) solicitar, na transição da titularidade do órgão, recibo da documentação entregue ao seu sucessor .

O sucessor, por seu turno, deve verificar a regularidade na execução ou prestação de contas dos convênios vigentes na égide da gestão do antecessor. Constatando falhas, deve ele tomar as medidas legais (instauração de tomada de contas especial), sob pena de corresponsabilidade.

O gestor, como pessoa física, será responsabilizado por impropriedade e/ou irregularidades identificadas na execução ou prestação de contas dos convênios.

No caso de mudança de gestor, o sucessor passa a ser o responsável pela apresentação de contas do convênio. Caso seu antecessor não a tenha feito ou na impossibilidade de fazê-la, o novo gestor deve tomar as medidas legais, com vistas a resguardar o patrimônio público, sob pena de co-responsabilidade.

É importante que o gestor, ao final de seu mandato, preste contas até o limite executado, visando resguardar tanto o patrimônio público, quanto seus direitos individuais .

Assim, os diferentes titulares da chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, da presidência da Emdur durante a vigência do Convênio n. 029/PGM/2012 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, corresponsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores .

Mais um motivo para que a Tomada de Contas Especial seja apresentada pelo atual Prefeito, a fim de elidir qualquer responsabilidade sobre a sua gestão e a de seus colaboradores.

Anote-se que os atos de exoneração do Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva e de nomeação do Senhor Jailson Viana de Almeida no cargo de Diretor Presidente da Emdur, ao dia 1.8.2012, foram encontradas por esta Procuradoria no Diário Oficial do Município, disponível online, e encontram-se em anexo.

Do exposto, este Ministério Público de Contas OPINA que sejam realizadas, pela Corte de Contas, as seguintes diligências:

a) requerida a Tomada de Contas Especial instaurada através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”;

b) requerer, à Emdur, os extratos da Conta Corrente n. 9431-5, Agência n. 2757-X, (Banco do Brasil), da sua abertura ao encerramento, especialmente entre os meses de vigência do convênio e de prestação de contas (meses de abril de 2012, setembro a dezembro de 2012, janeiro a junho de 2013); requerer, à Emdur, a identificação dos favorecidos pelas operações que retiraram valores da conta (saques, transferências, cheques, etc);

d) juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável, especialmente no período de vigência do convênio e de prestação de contas (20.4.2012 a 19.6.2013).

Após essas providências, se for apresentada a TCE específica para cada convênio, que sejam estes autos apensados à respectiva TCE. Se não for apresentada, deve-se converter estes autos em Tomada de Contas Especial, nos moldes do art. 44 da LCE 154/1996, abrindo-se oportunidade para o exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CR/1988).

06. Assim, vieram os autos para deliberação.

É o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, tratam os autos da análise do Convênio n. 029/PGM/2012, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013/TCE-RO, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR, visando à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da empresa municipal premencionada, nos exercícios de 2011/2012.

08. Viu-se que o Corpo Técnico, por meio da manifestação inaugural de fls. 64/71, revelara várias irregularidades atinentes ao Convênio n. 029/PGM/2012, afigurando-se algumas, inclusive, como elemento indiciário de dano ao erário, razão por que opinara pela Audiência dos responsáveis.

09. Tenho que, a meu juízo, razão assiste ao Corpo Instrutivo.

10. Sem dúvidas, há que se ponderar sobre a possibilidade de, ao menos em tese, ser afetado negativamente o patrimônio quer seja econômico e/ou jurídico dos agentes públicos apontados como responsáveis pelos supostos ilícitos descortinados pela Secretaria Geral de Controle Externo, por meio do Relatório Técnico de fls. 64/71, aflorando daí a necessidade de lhes facultar a apresentação das razões de justificativas que julgarem pertinentes.

11. Isto, firme em conferir a máxima eficácia aos princípios constitucionais do due processo of law e seus corolários - máxime o contraditório e a ampla defesa -, estampados no art. 5º, LV, da Constituição da República do Brasil de 1988.

12. Desta forma, deve ser promovida a audiência dos Senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, Klebson Luiz Lavor e Silva – Ex-Presidente da Empresa Municiapl de Desenvolvimento Urbano -, Cleidimara Alves – Ex-Secretária Municipal de Esporte e Lazer –, Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora Geral do Município - e Jefferson de Souza – então Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho –, para que, em querendo, apresentem as justificativas que entenderem de direito, a teor dos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88).

13. Quanto às diligências propugnadas pelo Ministério Público de Contas, por intermédio da Cota n. 33/2013 (fls. 90/97-v), tenho que, a meu juízo, hão de prosperar.

Page 23: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

23 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

14. Com acerto, pleiteou o Parquet de Contas à juntada dos extratos atinentes à vigência e o prazo para prestação de contas do Convênio em apreço, a exceção dos meses de maio a agosto de 2012, ou seja, abril/2012, setembro/2012 a junho/2013, objetivando, assim, aperfeiçoar a análise ora empreendida nos vertentes autos, vez que se vê anexado aos autos os extrato correspondentes apenas aos meses de maio/2012 a agosto/2012 (fls. 54/57).

15. É inegável que para melhor deslinde do feito sub examine necessário se faz carreá-lo com os extratos da Conta Corrente n. 9.431-5, Agência 2757-X, Banco do Brasil, desde abertura ao seu encerramento, especialmente os referentes ao período de vigência e da prestação de contas do Convênio n. 029/2012, ou seja, abril/2012, setembro/2012 a junho/2013, a exceção dos meses de maio a agosto de 2012, a fim de se verificar, com isto, se a conta não foi eventualmente utilizada indevidamente para movimentação de valores estranhos, assim como identificar os agentes responsáveis e os favorecidos com as operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas em tal conta.

16. Igualmente, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) apontado como irregular, bem como identificar os responsáveis pela prática de tais atos, pleiteou o MPC a juntada no feito em testilha dos atos administrativos que nomearam e exoneraram os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMES) e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de abril/2012 a junho/2013, diante do que há que se determinar ao então Secretário Municipal de Administração de Porto Velho – Senhor Mário Jorge de Medeiros – que apresente os atos administrativos retro declinados.

17. Nada obstante, malgrado tenha a Prefeitura Municipal de Porto Velho instaurado, por meio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013, Tomadas de Contas Especial para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA de nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”, até a presente data não se tem conhecimento do resultado das referidas TCE’s.

18. Destaque-se que as mencionadas TCE’s foram deflagradas em atendimento à determinação por mim exarada no bojo dos autos n. 29/2013, por meio da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), as quais devem, por consectário lógico, instruir os pertinentes autos de fiscalização que lhes dizem respeito, a exemplo destes.

19. Desta forma, deve ser determinado à Prefeitura Municipal de Porto Velho, que apresente as TCE’,s instauradas em decorrência da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), expedida nos autos n. 029/2013/TCE-RO.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DECIDO:

I - DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, que promova a audiência dos jurisdicionados infracitados, para que, em querendo, no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 97, §1º, do RITC, apresente as teses defensivas julgas pertinentes, acerca das supostas irregularidades imputadas pelo Corpo Instrutivo, por meio do Parecer Técnico de fls. 57/64, da forma que se segue:

a) Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva – Ex-Presidente da EMDUR durante o período de 01/04/2012 a 01/08/2012 -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 402.149,48 (quatrocentos e dois mil, cento e quarenta e nove reais e quarenta e oito centavos) que lhe

foi repassado no dia 22/05/2012, referente ao Convênio n. 029/PGM/2012, firmado com a Prefeitura do município de Porto Velho, em 20/04/2012;

b) Senhora Cleidimara Alves – Ex-Secretária Municipal de Esporte e Lazer (SEMES) – e, solidariamente, o Senhor Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, por terem infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37 da Carta Magna c/c Art. 8º da Lei Complementar n. 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio n. 029/PGM/2012, por repassarem recursos à EMDUR no montante de R$ 402.149,48 (quatrocentos e dois mil, cento e quarenta e nove reais e quarenta e oito centavos) inobservando a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores à assinatura e repasses do Convênio n. 029/PGM/2012, bem como em razão de não terem adotado as medidas necessárias (TCE) tendentes à exigi-las, inclusive, como condição para efetuar novos repasses;

c) Senhora Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37 da CF/88, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, dado a sua conduta omissiva, caracterizado pela ausência de providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto à SEMES a exigência das prestações de contas das parcelas do Convênio nº 029/PGM/2012 repassadas à Empresa de Desenvolvimento Urbano – EMDUR -, bem como por não ter se manifestado de forma contrária aos repasses das parcelas que totalizaram o montante de R$ 402.149,48 (quatrocentos e dois mil, cento e quarenta e nove reais e quarenta e oito centavos), vez que a EMDUR não havia prestado contas de outros repasses relativos a outros convênios;

d) Senhor Jefferson de Souza - então Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal n. 099/2000 e art. 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal n. 8.666/93, vez que, ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio n. 029/PGM/2012 cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

e) À Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Município Carlos Dobbis, para promover a defesa dos interesses do Município naquilo que for pertinente.

II – NOTIFICAR os agentes públicos abaixo discriminados, o que deve ser levado a efeito pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, no prazo de 15 dias, a contar da intimação, apresentem a documentação ora requerida, sob pena de sanção pecuniária, consoante dicção da norma constante no art. 55 da LC n. 154/96 – TCE, da forma que passa-se a individualizar:

a) Senhor Gerardo Marins de Lima - Presidente da EMDUR-, e/ou quem o substitua na forma da lei, que apresente os extratos bancários, em sua integralidade, desde a abertura ao seu encerramento, da Conta Corrente n. 9.431-5, Agência 2757-X, Banco do Brasil, especialmente aqueles atinentes ao período de vigência do convênio em apreço e o prazo de sua prestação de contas, ou seja, de abril/2012 a junho/2013, a exceção dos meses de maio a agosto de 2012, identificando todos os agentes responsáveis e favorecidos pelas operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas na precitada conta;

b) Senhor Mário Jorge de Medeiros - Secretário Municipal de Administração de Porto Velho -, e/ou quem o substitua na forma da lei, que carreie os vertentes autos com cópias dos atos administrativos, por meio dos quais foram nomeados e exonerados os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo do Município de Porto Velho, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMES) e a Presidência da EMDUR, entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de Abril/2012 a Junho/2013, além daqueles que eventualmente os tenham sucedido no presente exercício; e

c) Ao Presidente da Comissão de Tomada de Contas Especial, instaurada por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013 (fls. 734 dos

Page 24: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

24 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

autos n. 0029/2013), e/ou quem o substitua na forma legal, Senhor Mirton Moraes de Souza – Procurador do Município -, que apresente o resultado da TCE deflagrada para apurar os indícios de ilegalidade relativos ao Convênio n. 029/PGM/2012, realizado entre o Município de Porto Velho, com a interveniência da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano – EMDUR.

III – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos jurisdicionados descritos nas alíneas constantes do item I e II deste decisum, remetendo-lhes, para tanto, cópia integral do Relatório Técnico de fls. 64/71 e da Cota Ministerial n. 33/2013 de fls. 90/97-v;

IV – PUBLIQUE-SE, na forma regimental;

V – JUNTE-SE aos autos em epígrafe; e

VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA às determinações insertas nos itens IV e V, da parte dispositiva da presente Decisão, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2ª Câmara, para cumprimento das medidas constantes nos itens I, II e III desta.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, RO, 02 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 0226/2013. ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Convênio n. 059/PGM-2012. RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho e outros. INTERESSADO: Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho - EMDUR. UNIDADE: Prefeitura de Porto Velho – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 181/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos da análise do Convênio n. 059/PGM/2012, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR.

02. A mencionada Inspeção Especial, visou à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho – EMDUR-, nos exercícios de 2011/2012.

03. Objetivando complementar os trabalhos realizados naqueles autos (Processo n. 029/2013), a Secretaria Geral de Controle Externo deflagrou, em apartado, o procedimento em tela, cuja análise preambular do Corpo Instrutivo consubstanciou-se no Relatório Técnico de fls. 66/73.

04. A Diretoria Técnica, em sua manifestação introdutória de fls. 66/73, traz à lume várias irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da espécie versada, podendo algumas, inclusive, repercutirem, em tese, de forma danosa em desfavor do erário. Diante disso, sugere que seja promovida a audiência dos responsáveis, a fim de que, em querendo, possam apresentar as alegações que entenderem de direito, acerca das impropriedades evidenciadas pela Unidade Técnica e condensadas na

prefalada manifestação, dentre outras recomendações. A propósito, grafa-se trechos do referido Parecer Técnico, ipsis verbis:

[...]

7– CONCLUSÃO

Conclui-se o presente relato asseverando que inobstante a ausência dos processos administrativos que poderiam comprovar cabalmente que as despesas do convênio nº 059/PGM/2012 realizadas e tiveram como beneficiários as empresas citadas no relatório da CPI, e diante desse quadro aterrador, considerando que o grupo (agentes públicos e fornecedores) identificado, segundo os nobres Edis, já vêm atuando de longa data em desfavor da Emdur, entende este Corpo Técnico que os responsáveis à época deverão ser instados a comparecer aos autos para apresentar provas em contrário ou devolver aos cofres públicos o produto dos seus, muito prováveis, desvios, em razão das irregularidades a seguir descritas:

a) Klebson Luiz Lavor e Silva – Presidente da EMDUR durante o período de 01/04/2012 a 01/08/2012 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de convênio nº 059/PGM/2012 firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 15.06.2012, relativas ao montante de R$ 649.600,00, que lhe foram repassados, no dia 29.06.2012 valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 e Boris Alexander Gonçalves de Souza – Secretário Municipal de Planejamento e Gestão - SEMPLA, no período do repasse, em razão de omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro, considerando que naquele período outros repasses já teriam sido efetuados à EMDUR e nenhuma prestação de contas teria sido encaminhada a Prefeitura do Município de Porto Velho;

b) Cricélia Fróes Simões – Controladora Geral do Município,por Infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter tomado providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto a SEMES a aplicação dos recursos do convênio nº 059/PGM/2012 repassados a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur, e tampouco fiscalizar e advertir à autoridade repassadora sobre a inadimplência da EMDUR relativa a repasses de outros convênios naquele período, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse do montante de R$ 649.600,00 (seiscentos e quarenta e nove mil e seiscentos reais);

c) JOSÉ LOPES DE CASTRO - Procurador do Município de Porto Velho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio nº 059/PGM/2012, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

8 – INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS AO CONSELHEIRO RELATOR.

Sr. Conselheiro Relator,

Considerando a gravidade dos fatos aqui registrados e considerando a total ausência de prestação de contas dos valores repassados à conta do Convênio de nº 059/PGM/2012, no valor de R$ 649.600,00, insta recomendar que:

Page 25: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

25 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

1. Que os responsáveis pela irregularidade elencada no item “a” do item “7 – CONCLUSÃO”, deste relatório, sejam instados a comparecer aos autos com o fito de lhes oportunizar o contraditório e ampla defesa ou para que recolham os cofres municipais a importância supramencionada, corrigida da data dos repasses até a data do seu efetivo recolhimento;

2. Que seja aplicada ainda aos responsáveis citados no item “a” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, por cometimento de ato lesivo ao erário municipal;

3. Que seja aplicada aos responsáveis citados nos itens “b” e “c” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 55, Inciso II da Lei Complementar nº 154/96, por omissões que culminaram em grave infração à norma legal de natureza financeira, operacional e patrimonial;

Apenas com o objetivo de informar Vossa Excelência, insta acrescentar que no entendimento deste corpo técnico, a remessa do presente relatório ao Ministério Público do Estado de Rondônia já não se faz necessária, em razão de que as irregularidades aqui apontadas já foram objeto do relatório inserto nos autos de nº 00029/2013, cujo documento o preclaro Relator encaminhou àquele parquet em dezembro último.

05. O Ministério Público de Contas, por sua vez, na forma regimental, após examinar detidamente as peças que constituem os vertentes autos, por intermédio da Cota n. 35/2013 (fls. 92/100-v), da chancela da douta Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, opinou da forma que se transcreve, verbis:

[...]

Lado outro, quisera a Prefeitura a aquisição de artefatos para de pavimentação, deveria, a princípio, ter realizado uma licitação, nos moldes do art. 37, XXI, da Constituição.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

(...)

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

[...]

Uma outra possibilidade seria a aplicação do inciso VIII, que permite a contratação sem licitação “para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado”.

A Emdur integra a Administração Pública Municipal e foi criada em 1980, antes da vigência da Lei n. 8.666/1993, através da Lei n. 186, de 24 de abril de 1980, regulamentada pelo Decreto n. 1.200, de 13 de agosto de 1980, o qual aduz que a empresa poderá coordenar a implantação, direta ou indireta, da infraestrutura necessária às áreas onde serão implantadas as unidades habitacionais; a execução direta e/ou indireta de obras e serviços que visem o desenvolvimento urbano dos núcleos existentes e promover a implantação, de forma direta ou indireta e explorar, economicamente, equipamentos urbanos e atividades complementares (art. 6º, VI, XI e VIII).

Sendo assim, e considerando que a produção dos artefatos é atividade complementar e preparatória para a implantação da infraestrutura necessária ao desenvolvimento urbano, a Emdur poderia ter sido contratada pelo Poder Púbico para o fornecimento desses objetos, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.

Não consta, nos autos, esse a demonstração dessa compatibilidade, não havendo subsídios, portanto, para se concluir se a contratação foi regular.

Sem a demonstração de que os gestores observaram os requisitos para a hipótese, parece que incorreram no tipo penal consignado ao art. 89 da Lei n. 8.666/1993.

Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:

Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

Sendo assim, os celebrantes e o procurador municipal que anuiu com os termos do convênio devem ser chamados aos autos para, querendo, exercer o contraditório e a ampla defesa pela prática de ato eivado de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, haja vista terem contratado a Emdur sem licitação, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República.

[...]

Verificando o calhamaço disponibilizado pelo MPE, o Corpo Técnico concluiu que a documentação não reunia os elementos necessários para serem considerados prestações de contas e que, por isso, não havia indícios da efetiva realização dos objetos conveniados.

Registre-se que o Convênio n. 059/PGM/2012 consta na relação a que teve acesso a Unidade Instrutiva. A respeito, entendeu que:

“(...) verifica-se que se trata de processos administrativos de despesa, cujo objeto é a proposta, formalização e repasse de recursos na forma de convênios, conforme listado acima, e que não possuem em seu bojo qualquer caráter de prestação de contas, mesmo porque não se prestam e nem devem se prestar a esse fim.” (negrito e grifo do original)

Dessa maneira, pode-se concluir que os documentos de posse do MPE não se caracterizam como prestações de contas.

Outrossim, faz-se necessário esclarecer se o valor a liquidar entrou em restos a pagar, identificando os beneficiários dos saques.

De outro giro, vê-se que o Corpo Técnico considerou o valor de R$649.600,00 para efeitos de responsabilização (fl. 69). Ocorre que a posição do empenho à fl. 46 mostra que outros R$ 187.200,00 encontravam-se liquidados, em que pese não haver indícios de pagamento nestes autos. Assim, encontrando-se liquidados, significa que os artefatos foram produzidos e o serviço prestado, formando a dívida. Dessa maneira, é possível que tenha sido paga, merecendo ser considerada e somada à responsabilização pelo convênio.

Aprofundar a abordagem desta fiscalização tem importância para o Tribunal de Contas, como instituição que age diligentemente na apuração dos atos e contratos sob suspeita de irregularidade, assim como para a análise micro e macro das despesas realizadas pela empresa, visto a repercussão para a definição do futuro da Emdur, bem como por conta do destaque que o assunto mereceu nos meios jornalísticos.

Ademais, identificar os beneficiários das quantias incrementa as chances de o Poder Público reaver esses valores, haja vista que o leque de pessoas cujos patrimônios serão chamados a responder aumenta, se acaso se concluir que a quantia executada não corresponde à orçada.

Page 26: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

26 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

De outro giro, antes dessas providências, deve-se trazer aos autos o resultado da Tomada de Contas Especial instaurada pelo atual Prefeito Municipal através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”.

A uma, porque aquelas informações (análise dos extratos e sobre a efetiva execução do convênio) já pode ter sido esclarecida pela TCE municipal, cuja instrução e resultado podem ter exaurido qualquer providência complementar de apuração desta Corte, fazendo-lhe perder o interesse de agir.

A duas, porque a instauração foi determinada pelo próprio Conselheiro Relator através da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), e deve, assim, instruir os autos de fiscalização que lhes dizem respeito.

Ademais, deve-se juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

A respeito, o Corpo Técnico indicou na conclusão do relatório que o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva teria ocupado o cargo de Presidente da Emdur no período de 1.4.2012 a 1.8.2012. No entanto, deixou de mencionar a fonte dessa informação, a qual não foi encontrada por este gabinete. Questionados, a Secretaria de Processamento e Julgamento e o auditor de controle externo que assinou o relatório à fl. 73 destes autos também não souberam informar.

A Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho, por sua vez, empreendeu contato telefônico com a gerência de recursos humanos do município, a qual informou que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira ficou no cargo entre os dias 30.3.2009 a 2.4.2012; o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012 e o Senhor Jailson Viana de Almeida entre os dias 1.8.2012 a 31.12.2012.

Note-se que a vigência do convênio foi estipulada finalizar em 30.11.2012 (fl. 49), com prestação de contas a ser apresentada até 60 dias após esse termo, isto é, até 29.1.2013.

Nesse contexto, devem ser corresponsabilizados todos os gestores que passaram pelos órgãos envolvidos durante a vigência do convênio e o prazo disponibilizado para a prestação de contas.

Lembrando que a responsabilidade pelos convênios é, a princípio, do gestor que assinou o termo. Caso a vigência se estenda para a outra gestão, essa será corresponsável.

Para que o sucedido não sofra as consequências legais da inércia ou deficiência da prestação apresentada pelo sucessor, deve tomar algumas providências básicas para o seu resguardo: a) apresentar uma prestação de contas parcial do que foi realizado durante a sua gestão, guardando prova do envio (protocolo, etc); b) organizar os documentos comprobatórios das despesas realizadas; c) solicitar, na transição da titularidade do órgão, recibo da documentação entregue ao seu sucessor .

O sucessor, por seu turno, deve verificar a regularidade na execução ou prestação de contas dos convênios vigentes na égide da gestão do antecessor. Constatando falhas, deve ele tomar as medidas legais (instauração de tomada de contas especial), sob pena de corresponsabilidade.

O gestor, como pessoa física, será responsabilizado por impropriedade e/ou irregularidades identificadas na execução ou prestação de contas dos convênios.

No caso de mudança de gestor, o sucessor passa a ser o responsável pela apresentação de contas do convênio. Caso seu antecessor não a tenha feito ou na impossibilidade de fazê-la, o novo gestor deve tomar as medidas legais, com vistas a resguardar o patrimônio público, sob pena de co-responsabilidade.

É importante que o gestor, ao final de seu mandato, preste contas até o limite executado, visando resguardar tanto o patrimônio público, quanto seus direitos individuais .

Assim, os diferentes titulares da presidência da Emdur, da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Planejamento durante a vigência do Convênio n. 059/PGM/2012 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, corresponsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores . Isso estende a responsabilidade para os sucessores de Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva, visto que ele ficou no cargo até 1.8.2012, o que incluiria o Senhor Jailson Viana de Almeida (1.8.2012 a 31.12.2012) e o atual gestor da Emdur.

Mais um motivo para a Tomada de Contas Especial ser apresentada à Corte, a fim de elidir a responsabilidade da atual gestão.

Por essa razão, os atos de nomeação e exoneração devem ser trazidos aos autos, a fim de confirmar se houver ou não sucessão nessas pastas durante a vigência do convênio e o prazo para prestação de contas.

Do exposto, este Ministério Público de Contas OPINA que sejam realizadas, pela Corte de Contas, as seguintes diligências:

a) incluir, entre as irregularidades evidenciadas pelo Corpo Técnico, a prática de ato eivado de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, haja vista a Emdur ter sido injustificadamente contratada sem licitação, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República;

b) alterar o valor a ser considerado para fins de responsabilização para R$836.800,00 e não o de R$649.600,00 apontado pelo Corpo Técnico;

c) requerida a Tomada de Contas Especial instaurada através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”;

d) requerer, à Emdur, o extrato de outubro, novembro, dezembro de 2012 e janeiro de 2013 da Conta Corrente n. 8834-x, Agência n. 2757-X, (Banco do Brasil); bem como a identificação dos favorecidos pelas operações que retiraram valores da conta (saques, transferências, cheques, etc);

e) juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

Após essas providências, se for apresentada a TCE específica para cada convênio, que sejam estes autos apensados à respectiva TCE. Se não for apresentada, deve-se converter estes autos em Tomada de Contas Especial, nos moldes do art. 44 da LCE 154/1996, abrindo-se oportunidade para o exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CR/1988).

06. Assim, vieram os autos para deliberação.

É o relatório.

Page 27: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

27 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, tratam os autos da análise do Convênio n. 059/PGM/2012, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR, visando à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da empresa municipal premencionada, nos exercícios de 2011/2012.

08. Viu-se que o Corpo Técnico, por meio da manifestação inaugural de fls. 66/73, revelara várias irregularidades atinentes ao Convênio n. 059/PGM/2012, afigurando-se algumas, inclusive, como elemento indiciário de dano ao erário, razão por que opinara pela Audiência dos responsáveis.

09. Tenho que, a meu juízo, razão assiste ao Corpo Instrutivo.

10. Sem dúvidas, há que se ponderar sobre a possibilidade de, ao menos em tese, ser afetado negativamente o patrimônio quer seja econômico e/ou jurídico dos agentes públicos apontados como responsáveis pelos supostos ilícitos descortinados pela Secretaria Geral de Controle Externo, por meio do Relatório Técnico de fls. 66/73, aflorando daí a necessidade de lhes facultar a apresentação das razões de justificativas que julgarem pertinentes.

11. Isto, firme em conferir a máxima eficácia aos princípios constitucionais do due processo of law e seus corolários - máxime o contraditório e a ampla defesa -, estampados no art. 5º, LV, da Constituição da República do Brasil de 1988.

12. Desta forma, deve ser promovida a audiência dos Senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, Klebson Luiz Lavor e Silva – Ex-Presidente da EMDUR -, Boris Alexander Gonçalves de Souza – Ex-Secretário Municipal de Planejamento e Gestão –, Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora Geral do Município - e José Lopes de Castro – Procurador do Município de Porto Velho –, para que, em querendo, apresentem as justificativas que entenderem de direito, a teor dos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88).

13. Não obstante as eivas de ilegalidades destacadas pela Unidade Técnica em sua manifestação inicial (fls. 66/73), o Ministério Público de Contas, por seu turno, via Cota n. 35/2013 (fls. 92/100-v), da chancela da douta Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, propugna pela aditivação, no rol das irregularidades atribuídas aos jurisdicionados, da impropriedade atinente à suposta “prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional”, consistente, em tese, na injustificada contratação sem licitação da EMDUR, afrontando o preceptivo inserto no art. 37, XXI, da Constituição Federal.

14. Com razão o Ministério Público de Contas. Explico.

15. Inicialmente averbou o Parquet de Contas que, para a Prefeitura de Porto Velho adquirir artefatos de pavimentação, a princípio, deveria ter realizado uma licitação, nos moldes do art. 37, XXI, da Carta Magna.

16. Considerando que a produção dos artefatos é atividade complementar e preparatória para a implantação da infraestrutura necessária ao desenvolvimento urbano, aduziu a insigne representante Ministerial que até poderia a Prefeitura de Porto Velho contratar a EMDUR para o fornecimento de tais objetos, desde que restasse demonstrado que o preço contratado é compatível com o valor praticado no mercado, a teor da norma inserta no art. 24, VIII, da Lei n. 8.666/93.

17. In casu, por não constar nos autos em epígrafe prova inequívoca de que o valor contratado encontrava-se compatível com o preço, à época, praticado no mercado, aduziu o MPC que não há subsídios para concluir-se que a contratação da EMDUR foi regular.

18. E mais: a demonstração de que os preços contratados estavam compatíveis com os valores então praticados no mercado, é conditio sine

qua non para incidência da norma encartada no art. 24, VIII, da Lei n. 8.666/93, podendo, portanto, concluir-se, em razão da ausência de tal documentação, que a contratação deu-se de forma irregular, ao arrepio do preceito leal insculpido no art. 37, XXI, da CF/88, o que, se assim for, afigura-se, em tese, em ilícito penal tipificado pelo art. 89 da Lei n. 8.666/93, motivo pelo qual devem ser instados os responsáveis a se manifestarem sobre tal inconformidade, consoante mandamento inserido no art. 5º, LV, da CF/88.

19. Quanto às diligências propugnadas pelo Ministério Público de Contas, por intermédio da Cota n. 35/2013 (fls. 92/100-v), tenho que, a meu juízo, hão de prosperar.

20. Para melhor deslinde do feito, necessário se faz juntar nos vertentes autos os extratos completos da Conta Corrente n. 8834-X, Agência 2757-X, Banco do Brasil, do período atinentes à vigência do convênio em apreço e ao prazo de prestação de contas , ou seja, de 15/06/2012 a 30/01/2013, a fim de verificar, com isto, se a conta não foi eventualmente utilizada indevidamente para movimentação de valores estranhos, assim como identificar os agentes responsáveis e os favorecidos com as operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas em tal conta.

21. Igualmente, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) apontado como irregular, bem como identificar os responsáveis pela prática de tais atos, pleiteou o MPC a juntada no feito em testilha dos atos administrativos que nomearam e exoneraram os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão e da presidência da Emdur entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas (entre 15/06/2012 a 30/01/2013), diante do que há que se determinar ao então Secretário Municipal de Administração de Porto Velho – Senhor Mário Jorge de Medeiros – que apresente os atos administrativos retro declinados.

22. Malgrado tenha a Prefeitura Municipal de Porto Velho instaurado, por meio do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013, Tomadas de Contas Especial para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA de nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”, até a presente data não se tem conhecimento do resultado das referidas TCE’s.

23. Cabe destacar que as mencionadas TCE’s foram deflagradas em atendimento à determinação por mim exarada no bojo dos autos n. 29/2013, por meio da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), as quais devem, por consectário lógico, instruir os pertinentes autos de fiscalização que lhes dizem respeito, a exemplo destes.

24. Desta forma, deve ser determinado à Prefeitura Municipal de Porto Velho, que apresente as TCE’,s instauradas em decorrência da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), expedida nos autos n. 029/2013/TCE-RO.

25. Impende, por fim, dizer que o MPC identificou indícios de que o valor a ser considerado para fins de responsabilização dos jurisdicionados deve ser de R$ 836.800,00 (oitocentos e trinta e seis mil e oitocentos reais), ao revés de R$ 649.600,00 (seiscentos e quarenta e nove mil e seiscentos reais), como indicou o Corpo Instrutivo em sua manifestação primeira (fls. 66/73).

26. Isto porque tem-se anexado às fls. 46, documento nominado de “Posição de Empenho”, no qual consta a informação de que o Município de Porto Velho teria liquidado outros valores no importe de R$ 187.200,00 (cento e oitenta e sete mil e duzentos reais), que somado à monta apontada pela Unidade Técnica (R$ 649.600,00) totalizam R$ 836.800,00 (oitocentos e trinta e seis mil e oitocentos reais).

27. Assim, por ora, o valor que se mostra mais adequado a ser imputado aos jurisdicionados, a título de responsabilização, é o de R$ 836.800,00

Page 28: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

28 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

(oitocentos e trinta e seis mil e oitocentos reais), resultado aritmético da adição dos valores indicados pelo Corpo Instrutivo (R$ 649.600,00) com o encontrado às fls. 46 (R$ 187.200,00).

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DECIDO:

I - DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, que promova a audiência dos jurisdicionados infracitados, para que, em querendo, no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 97, §1º, do RITC, apresentem as teses defensivas julgas pertinentes, acerca das supostas irregularidades imputadas pelo Corpo Instrutivo, por meio do Parecer Técnico de fls. 66/73, da forma que se segue:

a) Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva – Ex-Presidente da EMDUR no período de 01/04/2012 a 01/08/2012 -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 836.800,00 (oitocentos e trinta e seis mil e oitocentos reais) que lhe foi repassado, referente ao Convênio n. 059/PGM/2012, firmado com a Prefeitura do município de Porto Velho, em 15/06/2012, e, ainda, pela infringência ao art. 37, XXI, da CF/88, por ter sido a EMDUR contratada sem o devido processo licitatório;

b) Senhores Boris Alexander Gonçalves de Souza – Ex-Secretário Municipal de Planejamento e Gestão – SEMPLA – e, solidariamente, Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, por terem infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37 da Carta Magna c/c Art. 8º da Lei Complementar n. 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio n. 059/PGM/2012, por repassarem recursos à EMDUR no montante de R$ 836.800,00 (oitocentos e trinta e seis mil e oitocentos reais) inobservando a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores à assinatura e repasses do Convênio n. 059/PGM/2012, bem como em razão de não terem adotado as medidas necessárias tendentes à exigi-las (TCE), inclusive, como condição para executar novos repasses, e, ainda, pela contratação da EMDUR sem o devido processo licitatório, infringindo, assim, a norma constante no art. 37, XXI, da CF/88;

c) Senhora Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37 da CF/88, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, dado a sua conduta omissiva, caracterizada pela ausência de providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto à SEMPLA a exigência das prestações de contas das parcelas do Convênio nº 059/PGM/2012 repassadas à Empresa de Desenvolvimento Urbano – EMDUR -, bem como por não ter se manifestado de forma contrária aos repasses das sucessivas parcelas que totalizaram o montante de R$ 836.800,00 (oitocentos e trinta e seis mil e oitocentos reais), e, ainda, por não ter apontado a infringência do art. 37, XXI, da CF/88, vez que a contratação da EMDUR se dera sem o devido processo licitatório;

d) Senhor José Lopes de Castro - Procurador do Município de Porto Velho -, por ter infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal n. 099/2000 e art. 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, vez que, ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio n. 059/PGM/2012 cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal, e, ainda, por não ter indicado a infringência art. 37, XXI, da CF/88, vez que a contratação da EMDUR ocorrera sem o devido processo licitatório;

e) À Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Município Carlos Dobbis, para promover a defesa dos interesses do Município naquilo que for pertinente.

II – NOTIFICAR os agentes públicos abaixo discriminados, o que deve ser levado a efeito pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, no prazo de 15 dias, a contar da intimação, apresentem a documentação ora requerida, sob pena de sanção pecuniária, consoante dicção da norma constante no art. 55 da LC n. 154/96 – TCE, da forma que passa-se a individualizar:

a) Senhor Gerardo Marins de Lima - Presidente da EMDUR-, ou quem o substitua na forma da lei, que apresente os extratos bancários, em sua integralidade, da Conta Corrente n. 8834-X, Agência 2757-X, Banco do Brasil, o período atinentes à vigência do convênio em apreço e ao prazo de prestação de contas , ou seja, de 15/06/2012 a 30/01/2013, identificando todos os agentes responsáveis e favorecidos pelas operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas na precitada conta;

b) Senhor Mário Jorge de Medeiros - Secretário Municipal de Administração de Porto Velho -, ou quem o substitua na forma da lei, que carreie os vertentes autos com cópias dos atos administrativos, por meio dos quais foram nomeados e exonerados os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo do Município de Porto Velho, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão e a Presidência da EMDUR, entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, 15/06/2012 a 30/01/2013, além daqueles que eventualmente os tenham sucedidos no vertente exercício; e

c) Ao Presidente da Comissão de Tomada de Contas Especial, instaurada por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013 (fls. 734 dos autos n. 0029/2013), ou quem o substitua na forma legal, Senhor Mirton Moraes de Souza – Procurador do Município -, que apresente o resultado da TCE deflagrada para apurar os indícios de ilegalidade relativos ao Convênio n. 059/PGM/2012, realizado entre o Município de Porto Velho, com a interveniência da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão, e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano – EMDUR.

III – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos jurisdicionados descritos nas alíneas constantes do item I e II deste decisum, remetendo-lhes, para tanto, cópia integral do Relatório Técnico de fls. 66/73 e da Cota Ministerial n. 35/2013 de fls. 92/100-v;

IV – PUBLIQUE-SE, na forma regimental;

V – JUNTE-SE aos autos em epígrafe; e

VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA às determinações insertas nos itens IV e V, da parte dispositiva da presente Decisão, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2ª Câmara, para cumprimento das medidas constantes nos itens I, II e III desta.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, RO, 03 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Atos da Presidência

Portarias REPUBLICAÇÃO Portaria n. 1.306/2013, de 27 de agosto de 2013.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com a Portaria n. 1.471, de 24.9.2012 publicada no DOeTCE-RO n. 289 – ano II, de 25.9.2012, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n.

Page 29: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

29 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 3331/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor JAIR DANDOLINI PESSETTI, Técnico de Controle Externo, ocupante do cargo em comissão de Diretor, Cadastro n. 47, ao município de Ji-Paraná - RO, no período de 28.8.2013 a 29.8.2013, com a finalidade de realizar desmontagem e translado de bens móveis daquela localidade até a sede desta Corte de Contas.

Art. 2º Conceder ao servidor 1,5 (uma e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

REPUBLICAÇÃO Portaria n. 1.307/2013, de 27 de agosto de 2013. Autoriza viagem. O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com a Portaria n. 1.471, de 24.9.2012 publicada no DOeTCE-RO n. 289 – ano II, de 25.9.2012, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 3331/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor JULIANO RIGGO, Assessor I, Cadastro n. 990525, ao município de Ji-Paraná - RO, no período de 28.8.2013 a 29.8.2013, com a finalidade de realizar desmontagem e translado de bens móveis daquela localidade até a sede desta Corte de Contas.

Art. 2º Conceder ao servidor 1,5 (uma e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.320/2013, de 29 de agosto de 2013.

Valida viagem.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 187, inciso XXVII do Regimento Interno desta Corte de Contas e do artigo 66, inciso I, da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Processo n. 3269/2013, resolve:

Art. 1º Validar a viagem da servidora ROSSILENA MARCOLINO DE SOUZA, Auditora de Controle Externo, Cadastro n. 355, ao município de Candeias do Jamari-RO, no dia 23.8.2013, com a finalidade de cumprir trabalhos da Comissão de Auditoria Interinstitucional, designada pelas Portarias n.986/2013 e n.289/2013, no Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Estado de Rondônia.

Art. 2º Conceder a servidora 0,5 (meia) diária.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 1.315/2013, de 28 de agosto de 2013.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com a Portaria n. 1.471, de 24.9.2012 publicada no DOeTCE-RO n. 289 – ano II, de 25.9.2012, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 3335/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor WESLEY ALEXANDRE PEREIRA, Motorista, lotado na Secretaria Regional de Controle Externo de Ariquemes, Cadastro n. 378, a esta Capital, Porto Velho - RO, no dia 28.8.2013, com a finalidade de conduzir a servidora Priscilla Menezes Andrade para participar do curso "Capacitação em Elaboração e Análises dos Demonstrativos Fiscais Aplicado ao Setor Público", promovido pelo SINDCONTROLE, na sede desta Corte de Contas.

Art. 2º Conceder ao servidor 0,5 (meia) diária.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.314/2013, de 28 de agosto de 2013.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com a Portaria n. 1.471, de 24.9.2012 publicada no DOeTCE-RO n. 289 – ano II, de 25.9.2012, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 3335/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem da servidora PRISCILLA MENEZES ANDRADE, Agente Administrativo, lotada na Secretaria Regional de Controle Externo de Ariquemes, Cadastro n. 393, a esta Capital, Porto Velho - RO, no período de 28.8.2013 a 31.8.2013, com a finalidade de participar do curso "Capacitação em Elaboração e Análise dos Demonstrativos Fiscais Aplicado ao Setor Público", promovido pelo SINDCONTROLE, na sede desta Corte de Contas.

Art. 2º Conceder a servidora 3,5 (três e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.331, de 29 de agosto de 2013.

Concede recesso.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso VIII da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Requerimento, de 22.8.2013, resolve:

Art. 1º Conceder 30 (trinta) dias de recesso ao estagiário de nível superior LUIZ FELIPE DA SILVA ANDRADE, cadastro n. 770278, para gozo no período de 2.9.2013 a 1º.10.2013, nos termos do art. 29, II da Resolução n. 103/TCE-RO/2012.

Page 30: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

30 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.332, de 29 de agosto de 2013.

Concede recesso.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso VIII da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Requerimento, de 16.8.2013, resolve:

Art. 1º Conceder 15 (quinze) dias de recesso à estagiária de nível superior BIANCA MARCELE NASCIMENTO BARROS, cadastro n. 770323, para gozo no período de 16 a 30.9.2013, nos termos do art. 29, II da Resolução n. 103/TCE-RO/2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.335, de 29 de agosto de 2013.

Concede recesso.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso VIII da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Requerimento protocolado sob n. 10398, de 26.8.2013, resolve:

Art. 1º Conceder 30 (trinta) dias de recesso à estagiária de nível médio TAINARA MENEZES DE SOUZA, cadastro n. 660124, para gozo no período de 16.9.2013 a 15.10.2013, nos termos do art. 29, II da Resolução n. 103/TCE-RO/2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.336, de 29 de agosto de 2013.

Concede recesso.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso VIII da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Requerimento, de 26.8.2013, resolve:

Art. 1º Conceder 10 (dez) dias de recesso à estagiária de nível superior ÉLIDA PONTES ALEXANDRE, cadastro n. 770335, para gozo no período de 4 a 13.9.2013, nos termos do art. 29, II da Resolução n. 103/TCE-RO/2012.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.337, de 29 de agosto de 2013.

Concede dispensa remunerada.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso VI da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o requerimento de 26.8.2013, resolve:

Art. 1º Conceder 8 (oito) dias de dispensa remunerada à estagiária de nível superior ÉLIDA PONTES ALEXANDRE, cadastro n. 770335, por doação de sangue, conforme inciso IV, art. 29 da Resolução n. 103/TCE-RO/2012, para gozo no período de 16 a 23.9.2013.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.341, de 30 de agosto de 2013.

Convalida dispensa remunerada.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com o artigo 1º, inciso VII da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Requerimento, de 27.8.2013, resolve:

Art. 1º Convalidar 2 (dois) dias de dispensa remunerada do servidor GLÁUCIO GIORDANNI MOREIRA MONTES, Agente Administrativo, cadastro n. 400, por ter atuado no V Processo Seletivo para Ingresso no Corpo de Estagiários de Nível Superior do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, nos termos da Portaria n. 1.178, de 12.8.2013, publicada no DOeTCE-RO n. 492 – ano III, de 14.8.2013, usufruída nos dias 15 e 16.8.2013.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.349, de 30 de agosto de 2013.

Exonera, nomeia e relota servidor.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso IX, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o Memorando n. 008/2013/GCBAA, de 20.8.2013, resolve:

Art. 1º Exonerar o servidor HERMES HENRIQUE REDANA NASCIMENTO, Agente Administrativo, cadastro n. 136, do cargo em comissão de Assessor II, nível TC/CDS-2, da Secretaria Regional de Controle Externo de Ariquemes, criado pela Lei Complementar n. 307, de 1º.10.2004, para o qual fora nomeado mediante Portaria n. 430, de 28.2.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 157 – ano II, de 12.3.2012.

Art. 2º Nomear o servidor para exercer o cargo em comissão de Assessor Técnico, nível TC/CDS-5, do Gabinete do Conselheiro Benedito Antônio Alves, criado pela Lei Complementar n. 508, de 15.6.2009.

Art. 3º Relotar no Gabinete do Conselheiro Benedito Antônio Alves.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor a partir de 1º.9.2013.

Page 31: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

31 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.350, de 2 de setembro de 2013.

Designa substituto.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 66, inciso I da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o Memorando n. 293/SGCE, de 27.8.2013, resolve:

Art. 1º Designar o servidor ELTON PARENTE DE OLIVEIRA, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 354, ocupante da função gratificada de Subdiretor, para substituir o servidor JUNIOR DOUGLAS FLORINTINO, cadastro n. 323, no cargo em comissão de Diretor de Controle I, nível TC/CDS-5, no período de 2 a 19.9.2013, em virtude de gozo de licença remunerada do titular, conforme Portaria n. 1.287, de 26.8.2013, publicada no DOeTCE-RO n. 504 – ano III, de 30.8.2013, nos termos do inc. III do art. 16 da Lei Complementar n. 68/92.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor a partir desta data.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 1.353, de 2 de setembro de 2013.

Exonera, nomeia e relota servidor.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 66, incisos I e III da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Memorando S/Nº, de 26.8.2013 e do Memorando n. 187/PGMPC/2013, de 28.8.2013, resolve:

Art. 1º Exonerar o servidor ADRIEL PEDROSO DOS REIS, Auditor de Controle Externo, cadastro n. 383, do cargo em comissão de Secretário Executivo de Licitações e Contratos, nível TC/CDS-6, da Secretaria Executiva de Licitações e Contratos, criado pela Lei Complementar n. 679, de 22.8.2012, para o qual fora nomeado mediante Portaria n. 250, de 26.2.2013, publicada no DOeTCE-RO n. 383 – ano III, de 4.3.2013.

Art. 2º Nomear o servidor para exercer o cargo em comissão de Assessor de Procurador, nível TC/CDS-5, do Gabinete do Procurador Ernesto Tavares Victoria, criado pela Lei Complementar n. 679, de 22.8.2012.

Art. 3º Relotar no Gabinete do Procurador Ernesto Tavares Victoria.

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor a partir de 1º.9.2013.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 1.367 de 4 de setembro de 2013. Designa servidores para comporem Comissão. O PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com o § 1º do art. 113 do Regimento Interno, usando da competência que lhe confere o inciso I, art. 66, da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Processo n. 3105/2013, resolve: Art. 1º Designar os servidores RAIMUNDO OLIVEIRA FILHO, Diretor-Geral da Escola Superior de Contas, cadastro n. 990612, CHIRLANY DA SILVA MENDANHA CARVALHO, Assistente de Gabinete, cadastro n. 990538, EVANICE DOS SANTOS, Assessora Técnica, cadastro n. 990537, MÁRCIA REGINA DE ALMEIDA, Agente Administrativo, cadastro n. 220,

ocupante da Função Gratificada de Chefe da Divisão de Atos e Registros Funcionais – FG-2, e NUBIANA DE LIMA IRMÃO PEDRUZZI, Chefe da Divisão de Projetos de TI, cadastro n. 990610, para sob a presidência do primeiro, constituírem Comissão responsável pelo Processo Seletivo para MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores. Art. 2º Incumbe aos membros da Comissão ora instituída: I – Elaborar e publicar Edital de Seleção com critérios objetivos; II – Receber as inscrições e analisar a documentação; III – Definir a ordem de classificados, segundo os critérios objetivos fixados no Edital de Seleção; IV – Analisar recursos; V – Homologar o resultado da seleção; e, VI – Outras providências necessárias ao fiel cumprimento do Edital de Seleção. Art. 3º Esta Portaria vigorará no período de 5 a 26.9.2013. Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA Presidente em Exercício

Posses

TERMO DE POSSE

TERMO DE POSSE Aos trinta dias do mês de agosto de dois mil e treze, às 9 horas, em Sessão Solene do Colégio de Procuradores do Ministério Público de Contas, compareceu perante a Procuradora-Geral do Ministério Público de Contas do Estado de Rondônia a Excelentíssima Senhora Érika Patrícia Saldanha de Oliveira, e na presença do Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, Conselheiro José Euler Potyguara Pereira de Mello, o Senhor Ernesto Tavares Victoria, nomeado para exercer o cargo de Procurador do Ministério Público de Contas do Estado de Rondônia, por meio do Decreto de 19.08.2013, publicado no Diário Oficial do Estado nº 2281 de 20.08.2013, e no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia nº 498, ano III de 22.08.2013.

O empossado, em virtude de aprovação em Concurso Público de Provas e Títulos para preenchimento de tal cargo, apresentou Declaração de Bens que ficará arquivada em seus assentamentos funcionais.

Satisfeitas as exigências legais, deu-se posse ao Senhor Ernesto Tavares Victoria, no cargo de Procurador do Ministério Público de Contas do Estado de Rondônia, o qual prestou o compromisso de desempenhar com independência, exatidão, justiça e lealdade os deveres do cargo, com observância à Constituição e às Leis.

Porto Velho, 30 de agosto de 2013.

ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA Procuradora-Geral do Ministério Público de Contas JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Presidente do Tribunal de Contas ERNESTO TAVARES VICTORIA Procurador Empossado

Avisos

ATA DE REGISTRO DE PREÇO

ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 16/2013/TCE-RO PROCESSO Nº 2313/2013/TCE-RO VÁLIDA ATÉ: 15 DE AGOSTO DE 2014

Page 32: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

32 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Aos dezesseis dias do mês de agosto do ano de dois mil e treze, o TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, inscrito no CNPJ sob o no 04.801.221/0001-10, com sede Av. Presidente Dutra, 4229, Olaria, nesta cidade de Porto Velho-RO, e a empresa abaixo qualificada na cláusula I, nos termos do art. 15 Lei Federal nº 8666, de 21 de junho de 1993, com as alterações nela inseridas pela Lei Federal nº 8883/94, Lei Federal 10.519/02, Lei Estadual 2.414/11 e, pelas Resoluções 31 e 32/TCERO-2006 e de acordo com as demais normas legais aplicáveis, conforme a classificação das propostas apresentadas ao PREGÃO ELETRÔNICO nº. 35/2013/TCE-RO em virtude de deliberação do Pregoeiro, e da homologação do procedimento pelo Secretário Geral de Administração e Planejamento, firmam a presente ata para registrar os preços ofertados pela empresa para fornecimento dos objetos conforme especificações dos Anexos do Edital de Pregão respectivo, conforme a classificação por ela alcançada, observada as condições do Edital que integra este instrumento de registro e aquelas enunciadas nas cláusulas que se seguem:

CLÁUSULA I – DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

1. Os registros de preços no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia encontram-se regulamentados pela Resolução Administrativa nº 31/2006-TCER, tendo como normativo aplicável ainda o Parecer Prévio TCE-RO nº 59/2010-PLENO.

2. O registro de preços terá vigência máxima de 01 (um) ano, vedada qualquer prorrogação que ultrapasse esse prazo, fixado no art. 15, § 3º, inciso III, da Lei nº 8.666/93.

3. Será permitido o aditamento dos quantitativos consignados na Ata de Registro de Preços em favor do órgão ou entidade beneficiário originalmente, porém limitado a 25%, calculados sobre o valor inicial atualizado do contrato, na forma do art. 65, § 1º da Lei nº 8.666/93.

4. Serão permitidas aquisições ou contratações adicionais (caronas), não podendo exceder uma única vez a 100% (cem por cento) dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços.

4.1. Permitir-se-á adesões, não importando o número de vezes, desde que ao todo, somadas, não se ultrapasse aquele percentual (100%) do valor inicialmente licitado e registrado na Ata originária, observado ainda, o prazo de sua vigência.

CLÁUSULA II – DO OBJETO

1. O objeto da presente Ata de Registro de Preços é a contratação de empresa especializada para o fornecimento de placas de ativos fixo, placas para incorporação, para o período de 12 (doze) meses, improrrogáveis, para atender as necessidades do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, conforme especificações técnicas e condições minuciosamente descritas no Edital de Pregão Eletrônico nº 35/2013/TCE-RO e seus anexos, cujos elementos a integra.

2. A existência de preços registrados não obriga o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia a firmar as contratações que deles poderão advir, sendo-lhe facultada a realização de licitações específicas para aquisição do objeto, assegurado ao beneficiário do registro a preferência de fornecimento em igualdade de condições.

FORNECEDOR: Afixcode Soluções Gráficas Ltda - EPP

C.N.P.J.: 10.350.191/0001-75

ENDEREÇO: Avenida Dr. Lino de Moraes, nº 862, Vila Santa Catarina – São Paulo - SP

TEL/FAX: (11) 3624-4747

E-MAIL: [email protected]

NOME DO REPRESENTANTE: Tarcio Correa Oda

VENCEDOR DO GRUPO: 01

Grupo 01

ITEM OBJETO

QTD UNDVALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

01

Etiquetas, placas, para patrimônio, méd. aproximada 4,50 x 1,50cm com cantos arredondados, em alumínio nacional foto-polimerizado 0,30mm espessura 0,3000mm, com impressão fotográfica foto-polimerizado, com código de barra e furos nas laterais com diâmetro aproximado de 3,200mm e com adesivo no verso para fixar. Com números sequenciais de 11700 a 14700.

3000 UND R$ 0,43 R$ 1.290,00

VALOR TOTAL DO GRUPO 01 R$ 1.290,00

CLÁUSULA III – DA VALIDADE DO REGISTRO DE PREÇOS

1. O registro de preços formalizado na presente ata terá a validade de 01 (um) ano, contado da data da assinatura, conforme previsto no § 3º, do art. 15 da Lei Federal 8.666/93.

2. Durante o prazo de validade do registro, a Administração não será obrigada a adquirir exclusivamente por seu intermédio, os objetos referidos na Cláusula II, podendo se utilizar, para tanto, de outros meios de aquisição, desde que permitidos em lei, sem que desse fato caiba recurso ou indenização de qualquer espécie à empresa detentora, conforme previsto no § 4º, do art. 15 da Lei Federal 8.666/93.

CLÁUSULA IV – DA ADMINISTRAÇÃO DESTA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

1. A Administração e o gerenciamento da presente ata caberão à Secretaria Executiva de Licitações e Contratos, por meio da Divisão de Gestão de Contratos e Registro de Preços, nos termos do parágrafo 1º, do art. 3º da Resolução 31/TCERO-2006 que disciplina o sistema de registro de preços no âmbito desta Corte de Contas.

CLÁUSULA V – DA UTILIZAÇÃO DESTA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

1. É vedada a utilização desta Ata pelos demais órgãos da Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal, salvo após autorização expressa da Administração desta Corte.

2. A Adesão ao presente Registro de Preços fica condicionada ao atendimento das determinações do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, consolidadas no Parecer Prévio nº 59/2010-PLENO.

3. Os pedidos de adesão deverão observar o atendimento prévio aos regulamentos acima mencionados, e encaminhados à Secretaria Executiva de Licitações e Contratos do TCE-RO.

CLÁUSULA VI – DO PREÇO

1. O preço ofertado pela empresa signatária da presente Ata de Registro de Preços é aquele registrado no certame e estabelecido na Cláusula II deste instrumento.

2. Em cada fornecimento decorrente desta Ata será observada a compatibilidade dos preços registrados com aqueles praticados no mercado, conforme especificações técnicas e condições constantes do Edital Pregão, que a precedeu e integra o presente instrumento de compromisso.

CLÁUSULA VII – DO LOCAL E PRAZO DE ENTREGA

Page 33: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

33 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

1. O prazo de entrega do objeto encontra-se definido de forma pormenorizada no Termo de Referência para a contratação, Anexo II do edital de Pregão Eletrônico nº 35/2013/TCE-RO.

2. O objeto desta Ata deverá ser entregue aos cuidados do responsável pelo Setor de Almoxarifado, no prédio sede deste Tribunal, situado na Av. Presidente Dutra, nº 4229, Bairro Olaria, localizado na cidade de Porto Velho/RO, no horário das 07h30m às 13h30m.

CLÁUSULA VIII – DO PAGAMENTO

1. Nas aquisições decorrentes deste registro, o pagamento será feito por crédito em conta corrente no Banco indicado pelo licitante vencedor em sua proposta de preços, através de ordem bancária e depósito em conta corrente indicada pelo Contratado, à vista da fatura/nota fiscal por ele apresentada, no prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar do recebimento dos produtos e da nota fiscal original emitida pela contratada, conforme definido no edital do Pregão Eletrônico nº 35/2013/TCE-RO.

CLÁUSULA IX – DAS CONDIÇÕES CONTRATUAIS

1. Os contratos decorrentes da presente Ata de Registro de Preços serão substituídos pela Nota de Empenho, nos termos do edital de Pregão Eletrônico nº 35/2013/TCE-RO.

2. As licitantes vencedoras ficam obrigadas a atender todas as ordens de serviço efetuadas durante a vigência desta ata, mesmo que a entrega delas decorrente estiver prevista para data posterior à do seu vencimento.

3. Se o produto entregue não corresponder às especificações exigidas no Edital do Pregão que precedeu a presente Ata, a contratada será intimada à sua substituição na forma definida no edital.

4. A fatura deverá ser entregue com a devida comprovação de manutenção das condições habilitatórias previstas no certame, na forma exigida pelo edital de licitação.

5. Os tributos (impostos, taxas, emolumentos e contribuições fiscais, sociais e trabalhistas) que sejam devidos em decorrência direta ou indireta da contratação objeto da presente Ata, assim definidos nas Normas Tributárias, serão de exclusiva responsabilidade do licitante vencedor.

6. O licitante vencedor declara haver levado em conta na apresentação de sua proposta os tributos, emolumentos, contribuições fiscais, encargos trabalhistas e todas as despesas incidentes sobre o fornecimento, não cabendo quaisquer reivindicações devidas a erros nessa avaliação, para efeito de solicitar revisão de preços por recolhimentos determinados pela autoridade competente.

7. Além das condições e exigências constantes desta Cláusula, em cada emissão de empenho decorrente da presente ata deverão ser observadas as disposições constantes do Edital de Pregão Eletrônico nº 35/2013/TCE-RO, que a precedeu e integra o presente instrumento de compromisso.

8. A eventual recusa no recebimento não implicará em alteração dos prazos e nem eximirá a contratada da aplicação das penalidades previstas no Art. 87, da Lei n.º 8.666/93.

9. A empresa é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução dos contratos, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.

CLÁUSULA X – DAS PENALIDADES

1. No caso de atraso injustificado, execução parcial ou inexecução do compromisso assumido com o TCE-RO, a detentora desta ata ficará sujeita, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal, às cominações

previstas no edital, ressalvados os casos devidamente justificados e comprovados, garantida prévia e ampla defesa por parte do contratado.

CLÁUSULA XI – DO REAJUSTAMENTO DE PREÇOS

1. Os preços informados pelo licitante vencedor em sua proposta serão fixos e irreajustáveis durante a vigência desta Ata de Registro de Preços.

1.1. Fica ressalvada a possibilidade de alteração das condições para a concessão de reajustes em face da superveniência de fatos e de normas aplicáveis à espécie, nos termos previstos no art. 65 da Lei Federal 8.666/93 e art. 11 da Resolução Administrativa 31/TCERO-2006.

CLÁUSULA XII – DAS CONDIÇÕES DE RECEBIMENTO E FISCALIZAÇÃO

1. O recebimento do objeto, tanto provisório como o definitivo, far-se-á na forma estabelecida pelo edital de licitação que precedeu o presente registro, em consonância com o art. 73, I da Lei Federal 8.666/93.

2. A Divisão de Patrimônio, Material e Almoxarifado indicará o servidor responsável pela fiscalização da ata.

CLÁUSULA XIII – DO CANCELAMENTO DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS

1. A Ata de Registro de Preços poderá ser cancelada de pleno direito:

1.1. Pela Administração, quando:

1.1.1. O licitante vencedor não cumprir as obrigações constantes desta Ata de Registro de Preços;

1.1.2. O licitante vencedor der causa a rescisão administrativa de contrato decorrente da presente Ata de Registro de Preços;

1.1.3. Os preços registrados se apresentarem superiores aos praticados no mercado, sendo frustrada a negociação para redução dos preços avençados;

1.1.4. Por razões de interesse público, devidamente demonstradas e justificadas pela Administração;

1.2. Pelo licitante vencedor quando, mediante solicitação por escrito, comprovar estar impossibilitada de cumprir as exigências desta Ata de Registro de Preços;

1.2.1. A solicitação para cancelamento dos preços registrados deverá ser formulada com a antecedência de 30 (trinta) dias, facultada à Administração a aplicação das penalidades mencionadas nesta ata, caso não aceitas as razões do pedido.

2. A comunicação do cancelamento do preço registrado pela Administração será feita pessoalmente ou por correspondência com aviso de recebimento, juntando-se comprovante aos autos que originaram esta Ata.

2.1. No caso de ser ignorado, incerto ou inacessível o endereço do licitante vencedor, a comunicação será feita por publicação no Diário Oficial do Estado de Rondônia, por 2 (duas) vezes consecutivas, considerando-se cancelado o preço registrado a partir da última publicação.

CLÁUSULA XIV – DA AUTORIZAÇÃO PARA AQUISIÇÃO

1. A contratação do objeto da presente Ata de Registro de Preços será autorizada pela Secretaria Geral de Administração e Planejamento.

Page 34: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

34 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

CLÁUSULA XV – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

1. Integram esta Ata o edital de Pregão Eletrônico nº 35/2013/TCE-RO, a proposta da empresa vencedora que esta subscreve, bem como todos os demais elementos do Processo nº 2313/2013/TCE-RO.

2. A eficácia da validade da presente Ata de Registro de Preços dar-se-á pela HOMOLOGAÇÃO do resultado da licitação que a originou, Pregão Eletrônico nº 35/2013/TCE-RO, pelo Secretário Geral de Administração e Planejamento do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia.

P/ Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

P/ Empresa vencedora do certame

Empresa: AFIXCODE SOLUÇÕES GRÁFICAS LTDA - EPP TARCIO CORREA ODA Representante Legal da Empresa

Ministério Público de Contas

Atos do MPC Portaria Nº 01, de 03 de Setembro de 2013/PGMPC. A Procuradora-Geral do Ministério Público de Contas, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 130 da Constituição Federal, art. 83 da Lei Complementar nº 154/96, c/c art. 45 da Lei Complementar nº 93/93, de aplicação subsidiária, CONSIDERANDO que compete à Procuradoria-Geral disciplinar, após ouvido o Corregedor-Geral, o exercício das atividades dos membros do Ministério Público de Contas; CONSIDERANDO o disposto no artigo 3º da Resolução nº 87/TCE-RO/2012, bem como na Portaria nº 1.102, de 31 de Julho de 2013/TCE-RO; CONSIDERANDO a demanda de volume laboral experimentada pelo Parquet no recesso relativo a 2012/2013; CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar o funcionamento das atividades do Ministério Público de Contas do Estado de Rondônia, durante o período de recesso do Tribunal de Contas relativo a 2013/2014, esta Procuradora-Geral; RESOLVE: Art. 1º - Comunicar a atuação do Ministério Público de Contas no regime de plantão, no período de 20 de dezembro do corrente a 6 de janeiro de 2014. Art. 2º - Designar os Procuradores de Contas e servidores que atuarão durante o período de recesso como plantonistas, conforme listagem a seguir:

Cad. Nome Cargo Período

295 Érika Patrícia Saldanha de

Oliveira

Procuradora-

Geral 20 a 27.12.13

297 Yvonete Fontinelle de Melo Procuradora 20 a 27.12.13

480 Ernesto Tavares Victoria Procurador 28.12.13 a

06.01.14

303 Willian Afonso Pessoa

Assessor de

Procurador-

Geral

20 a 27.12.13

990510 Christiane Piana Camurça

Batista Pereira

Chefe de

Gabinete 20 a 27.12.13

990377 Marcia Borges da Silva Assistente de

Gabinete 20 a 27.12.13

990583 Jacson Padilha da Silveira Assessor

Técnico 20 a 27.12.13

419 Laiana Freire Neves Aguiar Assessor de

Procurador 20 a 27.12.13

990515 Eloiza Lima Borges Assistente de

Gabinete

20.12.13

a 6.1.14

990460 Karine Medeiros Otto Assessor de

Procurador

28.12.13 a

06.01.14

Art. 3º - Informar que os processos encaminhados ao Ministério Público de Contas, oriundos das unidades e setores do Tribunal de Contas, sem exceção, deverão ser tramitados ao código 70 do Sistema de Acompanhamento Processual - SAP, para a devida distribuição aos Procuradores de Contas, conforme o caso. Art. 4º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação. REGISTRE-SE; PUBLIQUE-SE; ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS

Sessões

Pautas

PAUTA 2ª CÂMARA

Departamento da 2ª Câmara Pauta de Julgamento/Apreciação Sessão Ordinária 17ª/2013

Pauta elaborada nos termos do art. 170 do Regimento Interno, relativa aos processos abaixo relacionados, bem como àqueles adiados de pautas já publicadas que serão julgados/apreciados em Sessão Ordinária, que se realizará no Plenário desta Corte, em 11 de setembro de 2013, às 9 horas. Na hipótese da sessão ser interrompida por razão de qualquer ordem, os processos remanescentes de pauta poderão ser apreciados em sessão que se reiniciará no primeiro dia útil imediato, independentemente de publicação de nova pauta.

Obs.: Para a sustentação oral, conforme previsto no art. 87, “caput”, do Regimento Interno desta Corte, as partes ou os procuradores devidamente credenciados deverão requerê-la, previamente, ao Presidente da Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia até o início da sessão.

1 - Processo n. 3622/2008 – Pensão Interessada: Maria Luiza Souza Carvalho Assunto: Pensão Origem: Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia Relator: Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA 2 - Processo n. 0462/2012 – Edital de Processo Seletivo Simplificado Interessada: Prefeitura Municipal de São Felipe do Oeste Assunto: Exame da Legalidade do Processo Seletivo Simplificado – Edital nº 011/2012 Responsável: José Luiz Vieira - Prefeito Relator: Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA 3 - Processo n. 1679/2013 – Edital de Pregão Presencial Unidade: Prefeitura Municipal de Buritis

Page 35: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

35 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Assunto: Exame de Legalidade do Edital de Pregão Presencial nº 011/2013/CPLMS SRP Nº 008/2013/PMB Responsáveis: Antônio Correia de Lima - Prefeito e Átila Santos Silva – Pregoeiro Relator: Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA 4 - Processo n. 2266/2013 – Edital de Tomada de Preço Unidade: Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes do Estado de Rondônia Assunto: Licitação – Edital de Tomada de Preço nº 14/2013/CEL/SUPEL/RO Responsável: Lúcio Antônio Mosquini – Diretor – Silvia Caetano Rodrigues - Presidente Relator: Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA 5 - Processo n. 2636/2008 – Tomada de Contas Especial Interessada: Câmara Municipal de Rolim de Moura Assunto: Tomada de Contas Especial – Auditoria período de janeiro a maio de 2008 Responsável: José Antônio Gonçalves Ferreira - Ex-Presidente da Câmara Municipal Relator: Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA 6 - Processo n. 2774/2013 – Edital de Processo Seletivo Simplificado Interessada: Prefeitura Municipal de Alto Paraíso Assunto: Exame da Legalidade do Processo Seletivo Simplificado – Edital nº 003/2013 Responsável: Márcio Aparecido Leghi - Prefeito Relator: Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA 7 - Processo n. 0083/2013 - Edital de Pregão Eletrônico Unidade: Superintendência Estadual de Compras e Licitações - Supel e Secretaria de Estado da Saúde – Sesau Assunto: Edital de Licitação - Pregão Eletrônico nº 901/2012 Responsáveis: Márcio Rogério Gabriel – Superintendente da Supel, Jéferson Fernando F. Erpen – Pregoeiro da Supel e Williames Pimentel de Oliveira – Secretário de Estado da Saúde Relator: Conselheiro PAULO CURI NETO 8 - Processo n. 2699/2013 – Edital de Pregão Eletrônico Unidade: Prefeitura Municipal de Ministro Andreazza Assunto: Edital de Licitação – Pregão Eletrônico nº 53/2013 Responsáveis: Vanderlei Alves Moreira – Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos, Sidnei Sotele – Assessor Jurídico, Elias Vieira Amorim - Pregoeiro Municipal e Neuri Carlos Persch - Prefeito Municipal Relator: Conselheiro PAULO CURI NETO 9 - Processo n. 2966/2013 – Edital de Pregão Eletrônico Unidade: Prefeitura Municipal de Novo Horizonte do Oeste Assunto: Edital de Licitação – Pregão Eletrônico nº 2/2013 Responsáveis: Varley Gonçalves–Prefeito Municipal e Alan Ataídes Zuconello-Pregoeiro Relator: Conselheiro PAULO CURI NETO 10 - Processo n. 776/2011 – Pensão Interessada: Miriam Ferreira de Almeida e outra Assunto: Pensão Origem: Instituto de Previdência Municipal de Vilhena Relator: Conselheiro PAULO CURI NETO 11 - Processo n. 0849/2008 – Aposentadoria Interessada: Eli Aquino de Lemes Felizardo Assunto: Aposentadoria Origem: Secretaria de Estado da Administração Relator: Conselheiro PAULO CURI NETO 12 - Processo n. 3122/2008 - Aposentadoria Interessada: Maria de Fátima Amaeling Ruiz Assunto: Aposentadoria Origem: Secretaria de Estado da Administração. Relator: Conselheiro PAULO CURI NETO 13 - Processo n. 2644/2007 - Aposentadoria Interessado: José Januário Pereira Assunto: Aposentadoria Origem: Secretaria de Estado da Administração Relator: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

14 - Processo n. 1571/2011 – Tomada de Contas Especial Unidade: Secretaria de Educação do Estado de Rondônia Assunto: Tomada de Contas Especial Responsável: Lélia Ferreira Sampaio Rocha Relator: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA 15 - Processo n. 1466/2011 – Prestação de Contas Unidade: Instituto de Previdência de Porto Velho Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2010 Responsável: João Herbety Peixoto dos Reis Relator: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA 16 - Processo n. 2105/2012 – Prestação de Contas Unidade: Fundo de Assistência à Saúde de Porto Velho Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2011 Responsável: João Herbety Peixoto dos Reis Relator: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA 17 - Processo n. 1538/2011 – Prestação de Contas Unidade: Fundo Municipal de Saúde de Vale do Paraíso Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2010 Responsável: Charles Luis Pinheiro Gomes. Relator: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA 18 - Processo n. 0979/2010 – Prestação de Contas Unidade: Fundo Penitenciário Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2009 Responsável: Adair Ferreira da Silva Relator: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA 19 - Processo n. 2984/2004 – Convênio Unidade: Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação-Geral - Seplan e Associação Beneficente Casa Santa Marcelina Assunto: Convênio Relator: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA 20 - Processo n. 0903/2012 – Gestão Fiscal Unidade: Câmara Municipal de Alto Alegre Assunto: Gestão Fiscal Responsável: Neri Bianchi Relator: Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA 21 - Processo n. 0748/2009 – Aposentadoria Interessado: Jorge Ueda Assunto: Aposentadoria Origem: Secretaria de Estado da Administração Relator: Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA 22 - Processo n. 2545/2007 – Aposentadoria Interessada: Maria de Fátima Silva Borges Assunto: Aposentadoria Origem: Instituto de Previdência Social de Monte Negro Relator: Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA 23 - Processo n. 4140/2008 – Aposentadoria Interessada: Odete Maria da Silva Cordeiro Assunto: Aposentadoria Origem: Instituto de Previdência Social de Ariquemes Relator: Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA 24 - Processo n. 3827/2008 – Aposentadoria Interessado: João Cardoso Santana Assunto: Aposentadoria Origem: Secretaria de Estado da Administração Relator: Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA

Porto Velho, 3 de setembro de 2013.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara

Licitações

Avisos de Licitação

Page 36: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO - TCE-RO | Tribunal de Contas ... · Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da

36 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 507 ano III quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

ANULAÇÃO DE LICITAÇÃO

AVISO DE LICITAÇÃO – ANULAÇÃO

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 33/2013/TCE-RO

O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, por intermédio de seu Pregoeiro, designado pela Portaria nº 1.332/2012/TCE-RO e autorizado pela Presidência desta Corte, torna pública a anulação do presente certame, conforme despacho à folha 101 dos autos do processo nº 1472/2013/TCE-RO. A íntegra da decisão poderá ser consultada no endereço eletrônico http://www.tce.ro.gov.br/LicitacaoTce.aspx, página dedicada à divulgação das licitações desta instituição.

Porto Velho - RO, 04 de setembro de 2013.

FERNANDA HELENO COSTA VEIGA Pregoeira/TCE-RO