Direito Penal Intensivo II

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    DIREITO PENAL

    Aula Data Tema Professor Obs.:

    01 28.01.2011 Teoria Penal da Pena - Introduo RogrioSanches

    02 31.01.2011 Teoria Penal da Pena

    03 02.02.2011 Teoria Penal da Pena

    04 07.02.2011 Teoria Penal da Pena

    05 18.02.2011 Teoria Penal da Pena, Concurso deCrimes e Medida de Segurana

    06 28.02.2011 Medida de Segurana, Efeitos daCondenao e Reabilitao

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    NDICE

    1 PROGRAMA DO CURSO E BIBLIOGRAFIA ....................................................................... 52 TEORIA PENAL DA PENA INTRODUO ....................................................................... 62.1 CONCEITODEPENA................................................................................................................................ 62.2 FINALIDADEDAPENA............................................................................................................................. 62.2.1 TeoriaAbsoluta(Retribucionista):............................................................................................................... 62.2.2 TeoriaPreventiva(Utilitarista):.................................................................................................................... 62.2.3 TeoriaMista(Ecltica):................................................................................................................................. 62.2.4 FinalidadedapenanoBrasil:Tripicifinalidade.............................................................................................7

    2.3 PRINCPIOSINFORMADORESDAPENA................................................................................................... 82.3.1 PrincpiodaReservaLegal............................................................................................................................ 82.3.2 PrincpiodaAnterioridade........................................................................................................................... 82.3.3 PrincpiodaPessoalidadeouIntranscendnciadaPena............................................................................. 92.3.4 PrincpiodaIndividualizaodaPena.......................................................................................................... 9Art.5,XLVICF:......................................................................................................................................................... 92.3.5 PrincpiodaProporcionalidade.................................................................................................................. 102.3.6 PrincpiodaInevitabilidadeouInderrogabilidadedaPena....................................................................... 112.3.7 PrincpiodaHumanidadeouHumanizaodasPenas.............................................................................. 112.3.8 PrincpiodaProibiodaPenaIndigna...................................................................................................... 11

    2.4 TIPOSDEPENA..................................................................................................................................... 112.4.1 PENASPROIBIDAS...................................................................................................................................... 122.4.2 PENASPERMITIDAS.................................................................................................................................... 14

    2.5 APLICAODAPENA............................................................................................................................ 15 IETAPA:ClculodaPena................................................................................................................................ 152.5.1 SistemaTrifsicodoCalculodaPena......................................................................................................... 162.5.2 REGIMEINICIALDECUMPRIMENTO.......................................................................................................... 35

    2.6 CONCURSODECRIMES......................................................................................................................... 562.6.1 CONCEITO................................................................................................................................................... 562.6.2 ESPCIES..................................................................................................................................................... 56

    2.7 CONCURSOMATERIALOUREALDECRIMES.......................................................................................... 562.7.1 PREVISOLEGAL........................................................................................................................................ 562.7.2 REQUISITOS................................................................................................................................................ 572.7.3 ESPCIES..................................................................................................................................................... 572.7.4 REGRASDEFIXAODAPENA................................................................................................................... 57

    2.8 CONCURSOFORMALOUIDEALDECRIMES........................................................................................... 582.8.1 PREVISOLEGAL........................................................................................................................................ 582.8.2 REQUISITOS................................................................................................................................................ 592.8.3 ESPCIES..................................................................................................................................................... 592.8.4 REGRASDEFIXAODAPENA................................................................................................................... 59

    2.9 CONCURSOFORMALPERFEITO............................................................................................................. 59

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    2.10 CONCURSOFORMALIMPERFEITO......................................................................................................... 602.11 CRIMECONTINUADO............................................................................................................................ 602.11.1 PREVISOLEGAL.................................................................................................................................... 602.11.2 NATUREZAJURDICADACONTINUIDADEDELITIVA.............................................................................. 612.11.3 ESPCIESDECRIMECONTINUADO........................................................................................................ 612.11.4 CRIMECONTINUADOESPECFICO:........................................................................................................ 62

    3 MEDIDA DE SEGURANA ................................................................................................. 653.1 CONCEITODEMEDIDADESEGURANA................................................................................................ 653.2 FINALIDADESDAMEDIDADESEGURANA............................................................................................ 653.3 PRINCPIOSNORTEADORESDAMEDIDADESEGURANA...................................................................... 653.4 PRESSUPOSTOSDAMEDIDADESEGURANA........................................................................................ 663.4.1 Prticadefatoprevistocomocrime(fatotpico+antijurdico)................................................................ 66fatoprevisto3.4.2 Periculosidadedoagente........................................................................................................................... 66

    3.5 ESPCIESDEMEDIDADESEGURANA................................................................................................... 673.5.1 MedidadeSeguranaDETENTIVA............................................................................................................. 673.5.2 MedidadeSeguranaRESTRITIVA............................................................................................................. 67

    3.6 DURAODAMEDIDADESEGURANA................................................................................................ 683.7 PERCIAMDICANAMEDIDADESEGURANA...................................................................................... 693.8 DESINTERNAODAMEDIDADESEGURANA...................................................................................... 693.9 SUPERVENINCIADEDOENAMENTALNAFASEDEEXECUO............................................................ 704 EFEITOS DA CONDENAO ............................................................................................. 714.1 EFEITOSPENAIS.................................................................................................................................... 714.1.1 Principal...................................................................................................................................................... 714.1.2 Secundrios................................................................................................................................................ 71

    4.2 EFEITOSEXTRAPENAIS.......................................................................................................................... 714.2.1 Genricos(CP,art.91)............................................................................................................................... 714.2.2 Especficos(CP,art.92).............................................................................................................................. 72

    5 REABILITAO .................................................................................................................. 735.1 PREVISOLEGAL.................................................................................................................................. 735.2 CONCEITODEREABILITAO................................................................................................................ 735.3 REQUISITOSPARAAREABILITAO...................................................................................................... 745.4 REABILITAOXPLURALIDADEDEPENAS............................................................................................ 755.4.1 REVOGAODAREABILITAO................................................................................................................. 755.4.2 REQUISITOSPARAAREVOGAO............................................................................................................. 75

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    5.4.3 RECURSOCABVEL...................................................................................................................................... 76

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    sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

    1 PROGRAMA DO CURSO E BIBLIOGRAFIA

    INTENSIVO I

    - INTRODUO AO DIREITO PENAL

    - TEORIA GERAL DO DELITO (art.13 AO ar.t 31 CP e art. 107 CP)

    INTENSIVO II

    - TEORIA GERAL DA PENA (art. 32 ao art. 99 CP)

    - PENAL ESPECIAL

    - OBS: LEGISLAO PENAL ESPECIAL

    INTENSIVO III

    - MATRIAS ESPECFICAS

    - REVISO DAS PRINCIPAIS MATRIAS

    BIBILIOGRAFIA:

    COLEO CINCIAS CRIMINAIS; Ed. RT (cords. Rogrio e LFG):

    Vol. 1: Principios

    Vol. 2: Parte Geral

    Vol.3: Parte Especial

    Vol. 4: Conveno Americana de direitos humanos

    Vol. 5: Criminologia

    Vol. : 6Legislao Especial

    CESAR ROBERTO BITENCOURT; Ed. Saraiva (4 volumes)

    ROGRIO GRECO; Ed. Impetus (1 vol. de parte geral e 3 vol. de parte Especial).

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    2 TEORIA PENAL DA PENA INTRODUO

    2.1 CONCEITO DE PENA

    uma espcie de sano penal. uma espcie, pois existem outras sanes penais.Ex: medida de Segurana.

    Pena uma resposta estatal consistente na privao ou restrio de um bem jurdicoao autor de um fato punvel.

    2.2 FINALIDADE DA PENA

    Vamos estudar as teorias que discutem a finalidade da pena:

    2.2.1 Teoria Absoluta (Retribucion ista):

    Pune-se algum pelo simples fato de haver delinqido. Pena uma majestade

    dissociada de fins (no tem fim especfico, punido quem delinqir).Esta teoria fomenta a lei do Talio (olho por olho, dente por dente). Esta teoria

    obedece, pelo menos, a proporcionalidade.

    Com teoria nasce a idia de proporcionalidade.

    2.2.2 Teoria Preventiva (Util itaris ta):

    A pena passa a ser algo instrumental. meio de combate a ocorrncia e reincidnciade crimes.

    Esta teoria traz um perigo: a pena deixa de ser proporcional gravidade do fatopraticado. Afasta o princpio da proporcionalidade. Ex: as vezes uma pena de leso corporalser maior da que um furto, se o agente for uma pessoa tendente a cometer leses.

    2.2.3 Teoria Mista (Ecltica):

    Mistura, em um s corpo, as duas teorias anteriores.

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    2.2.4 Finalidade da pena no Brasil: Tripici finalidade

    O Brasil no adotou nenhuma destas teorias, pois no Brasil a pena tem trplicefinalidade:

    Finalidade Retributiva; Finalidade Preventiva; Finalidade Ressocializadora.

    O STF, recentemente, utilizou a expresso Polifuncionalidade da Pena (Informativo604 STF), que significa a trplice finalidade da pena.

    Apesar de a pena ter esta trplice finalidade, as finalidades no se operam ao mesmotempo. Dependendo do momento se tem uma finalidade.

    2.2.4.1 Fases da Pena

    Quais so as finalidade da pena em cada fase.

    PENA EM ABSTRATO PENA NA SENTENA EXECUO DA PENA

    - FINALIDADE DE PREVENOGERAL

    uma preveno geral, que visa asociedade.

    Se divide em:

    a) Preveno Geral Positiva:afirma a validade da norma

    b) Preveno Geral Negativa:Evitar que o cidado venha adelinqir.

    - FINALIDADE DE PREVENOESPECIAL

    uma preveno especial, quevisa o delinqente. Busca evitarreincidncia.

    - FINALIDADE DE RETRIBUIO

    Retribuir com o mal, o mal causado

    - PREVENO GERAL

    A doutrina o moderna diz nestafase (aplicao da pena) no setem a pretenso de fazer dadeciso um exemplo para outrospossveis infratores, em nome dapreveno geral, sob pena deviolao do princpio daproporcionalidade. eindividualizao da pena. Ou seja,o juiz no deve considerar a

    preveno geral (preocupando-secom a sociedade) e sim sepreocupar com as caractersticasda pessoa e da infrao e com a

    CONCRETIZAR AS DISPO-SIES DA SENTENA

    concretizar a prevenoespecial mais a retribuio

    TRABALHAR A RESSOCIALI-ZAO

    reintegrar o condenado aoconvvio social.

    Art. 1 LEP:Ar t. 1 - A execuopenal tem por objetivoefetivar asdisposies desentena ou decisocriminal eproporcionarcondies para aharmnica integraosocial do condenado edo internado.

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    gravidade do fato.

    2.2.4.2 Comparao entre a Just ia Retributiva e a Just ia Restaurativa

    No Brasil predomina a Justia Retributiva, mas a tendncia termos cada vez maispredicados da Justia Restaurativa (concursos MP principalmente).

    No se pode dizer que no Brasil se adota uma ou outra. h o predomnio da justiaretributiva, mas j existe leis com vrios elementos de justia Restaurativa.

    Estamos caminhando para a justia Restaurativa.

    Exemplos: Lei n 9.099/95 lei predominantemente Restaurativa Lei n 8072/90 (Crime Hediondos) Lei Retributiva

    JUSTIA RETRIBUTIVA JUSTIA RESTAURATIVA

    O crime ato contra a sociedade representadapelo Estado (estado se acha to vtima quanto).

    O crime ato contra a comunidade e contra avtima.

    O interesse na punio pblico.

    O interesse em punir das pessoas envolvidas

    no caso.

    A responsabilidade do agente individual (s ele responsvel pelo que vez).

    H responsabilidade social pelo ocorrido.

    Predomina a indisponibilidade da ao penal. Predomina a disponibilidade da ao penal.

    Predomnio das penas privativas de liberdade. Reparao do dano e penas alternativas.

    Pouca assistncia vtima. Preocupa-se com a assistncia vtima.

    2.3 PRINCPIOS INFORMADORES DA PENA

    2.3.1 Princpio da Reserva Legal

    J explicado

    2.3.2 Princpio da Anterioridade

    J explicado.

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    2.3.3 Princpio da Pessoalidade ou Intranscendncia da Pena

    Tambm chamado de Intransmissibilidade ou Pessoalidade.

    Art. 5, XLV CF: Nenhuma pena passar da pessoa do condenado.

    Este princpio absoluto ou relativo? Existem 2 correntes:1 corrente: O principio da pessoalidade relativo, admitindo uma exceo prevista na

    prpria constituio Federal, qual seja, a pena de confisco.

    Art. 5, XLV CF: Nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo aobrigao de reparar o dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termosda lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, at o limite do valor dopatrimnio transferido;

    2 Corrente: o princpio da pessoalidade absoluto, no admitindo excees. Confiscono pena, mas efeito (obrigao) da sentena. Prevalece esta corrente!

    OBS: a multa pode ser executada como divida ativa, mas no perde o carter penal,por isso no pode passar da pessoa do condenado.

    2.3.4 Princpio da Individualizao da Pena

    A pena deve ser individualizada considerando o fato e o agente do fato

    Art. 5, XLVI CF:

    XLVI - a lei regular a individualizao da pena e adotar, entre outras, as seguintes:

    a) privao ou restrio da liberdade;

    b) perda de bens;

    c) multa;

    d) prestao social alternativa;

    e) suspenso ou interdio de direitos;

    No s o juiz que individualiza a pena. A individualizao da pena deve se observadaem 3 momentos:

    Momento da Cominao da Pena: criao do tipo. Ou seja, comete aolegislador individualizar a pena no momento em que ele cria o crime.

    Momento da Aplicao da Pena: O juiz quando aplica a pena da sentenatambm tem que individualizar.

    Momento da Execuo da Pena: tarefa do juiz, representando o Estado.

    Este foi um dos princpios que levaram o STF a julgar pela inconstitucionalidade doregime integralmente fechado.

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    O Brasil respeita este princpio da individualizao da pena?

    No Brasil temos 2 sistemas, e dependendo do sistema fica impossvel respeitar esteprincpio.

    Sistema de Penas Relativamente Indeterminadas: as penas estao estabelecidas

    (fixadas) respeitado um mnimo e um mximo, e nestas balizas o juiz trabalha aindividualizao da pena. Este o sistema adotado no Brasil, para poder concretizareste mandamento constitucional.

    Sistema de Penas Fixas: No se tem a pena varia de um mnimo e um Maximo.Tem-se uma pena determinada. Neste caso no cabe individualizao da pena.

    2.3.5 Princpio da Proporcionalidade

    um princpio constitucional implcito (vetor implcito). Muitos entendem que ele estaimplcito no prprio princpio da individualizao da pena

    Este princpio significa que a pena deve ser proporcional gravidade da infrao.

    A pena deve ser proporcional aos fins por ela almejado (meio proporcional ao fimperseguido com a aplicao da pena).

    O ngulo de evitar excessos (hipertrofia da punio) conhecido, mas tem outrongulo que o princpio da proporcionalidade tambm atua, qual seja, evitar a insuficincia da

    interveno estatal (impunidade).

    Ex: art. 319-A CP este artigo demonstra a total insuficincia estatal, dada a penapequena

    Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciria e/ou agente pblico, de cumprir seudever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefnico, de rdio ou similar, quepermita a comunicao com outros presos ou com o ambiente externo: (Includo pelaLei n 11.466, de 2007).

    Pena: deteno, de 3 (trs) meses a 1 (um) ano.

    2.3.5.1 Princpio da Suficincia da Pena Alternativa.

    H um princpio novo, que desdobramento deste princpio proporcionalidade, quevem sendo utilizado pelo STF sob a denominao de princpio da suficincia da penaalternativa.

    Significa que, se a pena alternativa suficiente para retribuio e preveno, deve seevitar a pena privativa de liberdade.

    Um princpio lgico, desdobramento do princpio da proporcionalidade o princpio dasuficincia da pena alternativa.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11466.htm#art2
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    2.3.6 Princpio da Inevitabilidade ou Inderrogabil idade da Pena

    Presentes os seus pressupostos a pena deve ser aplicada e fielmente cumprida.

    EXCEO: Perdo Judicial: juiz perdoa, em alguns casos, mesmo estando presentesos pressupostos para aplicao. Ou seja, presentes os seus pressupostos, mas a pena noser aplica, ou se aplicada no ser cumprida. H o perdo judicialpor falta de interesse depunir. Ex: me que mata acidentalmente seu filho. As conseqncias que a morte do filhocausa a me j so suficientes

    Passamos a diferenciar o princpio da bagatela prpria e o princpio da bagatelaprpria:

    PRINCPIO DA BAGATELA PRPRIA PRINCPIO DA BAGATELA IMPRPRIA

    Mesma coisa que princpio da insignificncia. Ofato no causa relevante leso ao bem jurdico -ATIPICIDADE

    Apesar de ofato causar relevante leso ao bemjurdico a pena desnecessria FALTA DEINTERESSE DE PUNIR

    2.3.7 Princpio da Humanidade ou Humanizao das Penas

    Esto proibidas as penas de carter cruis, desumanas e degradantes.

    Art. 5, XLIX CF

    XLIX - assegurado aos presos o respeito integridade fsica e moral;

    2.3.8 Princpio da Proibio da Pena Indigna

    A ningum pode ser imposta pena ofensiva a dignidade da pessoa humana

    Ambos princpios so desdobramentos lgicos do princpio da dignidade da pessoahumana.

    Com base nestes 2 princpios tem doutrina questionando a constitucionalidade do RDD(Regime Disciplinar Diferenciado).

    Se, por um lado, o crime jamais deixar de existir no estgio atual da humanidade, hformas humanizadas de garantir a eficincia do Estado para punir o infrator.

    2.4 TIPOS DE PENA

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    2.4.1 PENAS PROIBIDAS

    As penas proibidas no permitidas esto no art. 5, XLVII da CF:

    Art. 5 XLVII - no haver penas:

    a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

    b) de carter perptuo;

    c) de trabalhos forados;

    d) de banimento;

    e) cruis;

    2.4.1.1 Pena de Morte

    A pena de morte, EM REGRA, esta proibida no Brasil, salvo em caso de guerradeclarada. A pena de morte, no Brasil, se executa atravs de fuzilamento. No se cobra ocusto da execuo da famlia do executado.

    Para Zaffaroni (ministro Italiano) pena de morte no pena, pois falta-lhe cumprir asfinalidade de preveno e ressocializao. Em caso de guerra declarada, admite-se, vezque, nesta hiptese, fracassou o direito, merecido resposta especial, caso de inexigibilidadede conduta diversa.

    Lei do Abate (art. 303 2 da Lei n 7565/86): uma lei que permite a nossa foraarea em abater avies que esto sobrevoando o Brasil sem se identificar, sem guerradeclarada.

    Art. 303. A aeronave poder ser detida por autoridades aeronuticas, fazendrias ouda Polcia Federal, nos seguintes casos:

    I - se voar no espao areo brasileiro com infrao das convenes ou atosinternacionais, ou das autorizaes para tal fim;

    II - se, entrando no espao areo brasileiro, desrespeitar a obrigatoriedade de pousoem aeroporto internacional;

    III - para exame dos certificados e outros documentos indispensveis;

    IV - para verificao de sua carga no caso de restrio legal (artigo 21) ou de porteproibido de equipamento (pargrafo nico do artigo 21);

    V - para averiguao de ilcito.

    1 A autoridade aeronutica poder empregar os meios que julgar necessrios paracompelir a aeronave a efetuar o pouso no aerdromo que lhe forindicado.(Regulamento)

    2 Esgotados os meios coercitivos legalmente previstos, a aeronave serclassificada como hostil, ficando sujeita medida de destruio, nos casos dosincisos do caput deste artigo e aps autorizao do Presidente da Repblica ouautoridade por ele delegada. (Includo pela Lei n 9.614, de 1998)(Regulamento)

    3 A autoridade mencionada no 1 responder por seus atos quando agir comexcesso de poder ou com esprito emulatrio. (Renumerado do 2 para 3 comnova redao pela Lei n 9.614, de 1998) (Regulamento)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5144.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9614.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5144.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9614.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9614.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5144.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5144.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5144.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9614.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9614.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5144.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9614.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5144.htm
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    Tem doutrina que questiona a constitucionalidade deste art. 303 2 da lei 7565/86,pois seria uma pena de morte, em no se tratando de caso de guerra.

    Lei dos Crimes Ambientais (art. 24 da Lei n 9.605/98) prev uma verdadeira penade morte para a pessoa jurdica poluidora. uma liquidao forada e tem gentequestionando a constitucionalidade.

    Art. 24. A pessoa jurdica constituda ou utilizada, preponderantemente, com o fim depermitir, facilitar ou ocultar a prtica de crime definido nesta Lei ter decretada sualiquidao forada, seu patrimnio ser considerado instrumento do crime e como talperdido em favor do Fundo Penitencirio Nacional.

    2.4.1.2 Pena de carter perptuo

    Art. 75 CP:

    Art. 75 (Limite das penas) O tempo de cumprimento das penas privativas deliberdade no pode ser superior a 30 (trinta) anos. (Redao dada pela Lei n 7.209,de 11.7.1984)

    1 - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma sejasuperior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite mximodeste artigo. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    2 - Sobrevindo condenao por fato posterior ao incio do cumprimento da pena,far-se- nova unificao, desprezando-se, para esse fim, o perodo de pena j

    cumprido.(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    um artigo condizente com a previso constitucional.

    Estatuto de Roma (art. 77, 1 - B): autoriza a pena de carter perptuo, e o Brasilratificou este tratado.

    Artigo 77. - Penas aplicveis

    1 - Sem prejuzo do disposto no artigo 110., o Tribunal pode impor pessoa

    condenada por um dos crimes previstos no artigo 5. do presente Estatuto uma dasseguintes penas:

    a) Pena de priso por um nmero determinado de anos, at ao limite mximo de 30anos; ou

    b) Pena de priso perptua, se o elevado grau da ilicitude do facto e as condiespessoais do condenado o justificarem.

    2 - Alm da pena de priso, o Tribunal poder aplicar:

    a) Uma multa, de acordo com os critrios previstos no Regulamento Processual;

    b) A perda de produtos, bens e haveres provenientes, directa ou indirectamente, do

    crime, sem prejuzo dos direitos de terceiros que tenham agido de boa f

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    O conflito apenas aparente. A CF/88, quando prev a vedao da pena de carterperptuo esta direcionando o seu comando to-somente para o legislador interno (olegislador interno no podem criar pena de carter perptuo), no alcanando oslegisladores estrangeiros e tampouco os legisladores internacionais. Os crimesinternacionais podem ser punidos com pena de carter perptuo

    2.4.2 PENAS PERMITIDAS

    2.4.2.1 Privativa de liberdade

    Recluso Deteno

    Priso simples (contraveno penal)

    REGIME INICIAL MEDIDA DESEGURANA

    INTERCEPTAOTELEFNICA

    RECLUSO

    Fechado

    Semi-aberto

    Aberto

    Internao

    OBS: hoje a tendncia uma poltica anti-maniconial, evitando-se ao mximo ainternao mesmo noscrimes punidos comrecluso.

    Admite

    DETENO

    Sem-aberto

    Aberto

    OBS: em regra nocabe regime inicial

    fechado

    Pode ser TratamentoAmbulatorial.

    No se admite

    De acordo com o STF, realizada a interceptao telefnica, de formafundamentada, legal e legitima, as informaes e provas coletadas na diligencia podesubsidiar denncia para crime punido com deteno, desde que conexo ao delito punidocom recluso, objeto da interceptao.

    2.4.2.2 Penas restri tivas de direito

    Professor no referiu nada.

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    2.5 APLICAO DA PENA

    I ETAPA: Clculo da Pena

    Juiz deve Calcular a Pena. Para isso o juiz deve considerar o art. 68 CP (critrioTrifsico):

    Clculo da pena

    Art. 68 - A pena-base ser fixada atendendo-se ao critrio do art. 59 deste Cdigo;em seguida sero consideradas as circunstncias atenuantes e agravantes; porltimo, as causas de diminuio e de aumento. (Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)

    Pargrafo nico - No concurso de causas de aumento ou de diminuio previstas naparte especial, pode o juiz limitar-se a um s aumento ou a uma s diminuio,prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.(Redao dada pelaLei n 7.209, de 11.7.1984)

    O art. 68 CP adotou o chamado critrio Trifsico (Nelson Ungria), isto , deve-seadotar 3 fases. Sobre a Pena Simples (6 a 20 anos) ou Sobre a Pena Qualiicada (12 a 30anos) o juiz deve cumprir 3 fases:

    1 FASE: fixa a pena base (art.l 59 CP)

    2 FASE: juiz fixa a pena intermediria: Para tanto, considera as atenuantes eagravantes

    3 FASE: Juiz chega na pena Definitiva: ser fixa a sobre a pena intermediaria,considerando as causas de aumento ou diminuio de pena. Verificar se possvel substituir por penas alternativa sou SURSIS.

    A pena qualificadora no entra no critrio trifsico, ela ponto de partida.

    OBS: Este mtodo Trifsico procura viabilizar o exerccio do direito de defesa,colocando o ru inteiramente a par de todas as etapas de individualizao da pena, bemcomo passa a conhecer que valor atribuiu o juiz s circunstncias legais que reconheceupresentes.

    O clculo da pena a primeira etapa da sentena.

    II ETAPA:Juiz Fixa o regime Inicial de Cumprimento

    III ETAPA:Juiz analisa a possibilidade de Substituio por Penas Alternativas

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    2.5.1 Sistema Trifsico do Calculo da Pena

    2.5.1.1 1 FASE

    Objetivo: fixar a pena-base.

    Ponto De Partida:Pena simples ou pena qualificada. OBS: A qualificadora noentra no critrio trifsico. Qualificadora ponto de partida.

    Ferramenta: Art. 59 CP (circunstncias judiciais).

    Fixao da pena

    Art. 59 - O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente, aos motivos, s circunstncias e conseqncias do crime,bem como ao comportamento da vtima, estabelecer, conforme seja necessrio esuficiente para reprovao e preveno do crime: (Redao dada pela Lei n 7.209,de 11.7.1984)

    I - as penas aplicveis dentre as cominadas;(Redao dada pela Lei n 7.209, de11.7.1984)

    II - a quantidade de pena aplicvel, dentro dos limites previstos;(Redao dada pelaLei n 7.209, de 11.7.1984)

    III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade;(Redao dadapela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    IV - a substituio da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espcie de pena,se cabvel. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Adotando a CF/88, um direito penal garantista, compatvel unicamente com um direitopenal do fato, temos doutrinadores criticando as circunstncias subjetivas constantes do art.59 CP (Salo de carvalho e Ferrajoli).

    Prevalece, no entanto, que as circunstncias subjetivas devem ser consideradas para

    se alcanar a justa individualizao da pena (aplicar a pena atendendo-se ao fato e ao seuagente).

    Circunstncias Judiciais

    1) Culpabilidade: juiz deve se atentar para a culpabilidade do agente. Estaculpabilidade no aquela culpabilidade requisito (substrato) do crime, em outro sentido.Trata-se uma expresso usada no sentido de grau maior ou menor de reprovabilidade da

    conduta.

    Nucci ensina que a culpabilidade do art. 59 nas circunstncias judiciais o conjunto detodos os fatores do art. 59 CP.

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    2) Antecedentes do Agente: a vida pregressa do agente (vida anteacta).

    OBS: Fato posterior ao crime no gera maus antecedentes. O juiz s pode analisar osfatos anteriores ao crime

    Smula 444/STJ: vedada a utilizao de inquritos policiais e aes penais emcurso para agravar a pena-base.

    Com esta smula n 444 STJ, pacifica-se o entendimento que se deve respeitar oPrincpio da Presuno deIinocncia (ou princpio de no culpa).

    O que gera maus antecedentes? Condenao definitiva que perdeu fora para gerarreincidncia, pois uma condenao da pena s gera reincidncia nos 5 anos aps ocumprimento da pena, passando estes 5 anos no gera mais reincidncia, mas continuagerando maus antecedentes.

    DA CONDENAO DEFINITIVA AT 5 ANOS POSTERIORES AO CUMPRIMENTO DA PENA: REINCIDNCIA!

    APS 5 ANOS PASSADOS DO CUMPRIMENTO A PENA: MAUS ANTECEDENTES!

    Prevalece que passagem pela Vara de Infncia da Juventude no pode ser usadacomo maus antecedentes. Mas se utiliza na conduta social e na personalidade.

    OBS: suspenso condicional do processo no gera maus antecedentes.

    3) Conduta Social: Comportamento do agente no seu ambiente familiar, de trabalho ena convivncia com os outros. Aqui que se fundamenta eventual exasperao ou no. Setiver boa convivncia, por exemplo, no haver exasperao. Aqui que entra a testemunhade antecedncia.

    4) Personalidade do Agente: o retrato psquico do condenado. No adiantasimplesmente apontar a circunstancia judicial, tem que apontar e fundamentar. No adiantadizer que a pessoa tem personalidade voltada para o crime, se no dizer o que levaapensar isso. Tem que apontar algo concreto que fundamente a deciso, seno a decisoser fulminada.

    De acordo com o STJ, a personalidade do agente no pode ser considerada de formaimprecisa, vaga, insuscetvel de controle, sob pena de se restaurar o Direito Penal doAutor.

    5) Motivos do Crime: O juiz deve considerar a razo da prtica da infrao penal.

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    6) Circunstncias do Crime: Maior ou menor gravidade do crime espelhada pelo modode execuo. Crimes brbaros devem sofrer uma pena base majorada. Ex: prtica crime deroubo e para pratic-lo utiliza um modo de execuo que traumatiza as vitimas.

    7) Conseqncias do Crime: so conseqncias do crime no somente para a vitima.Trata-se dos efeitos para a vtima e/ou para a sua famlia.

    8) Comportamento da Vtima: muitas vezes o juiz vai considerar o comportamento davtima para atenuar a pena-base do autor da infrao.

    Ex: uma vtima de atropelamento. O pedestre atravessava em momento inoportuno.Temos culpa concorrente da vtima, que no exclui a responsabilidade do agente,masatenua.

    Ento, a culpa concorrente da vtima no elide a culpa do agente, mas atenua a suaresponsabilidade.

    Estudamos que para verificao destas circunstncias judiciais o ponto de partida apena simples ou qualificada.

    Pode o juiz fazer a pena ficar aqum do mnimo ou alm do mximo?

    NO. Previso no art. 59, II CP:

    Art. 59 - O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente,aos motivos, s circunstncias e conseqncias do crime, bem como ao comportamento da vtima,estabelecer, conforme seja necessrio e suficiente para reprovao e preveno do crime: (Redao dada pelaLei n 7.209, de 11.7.1984)

    II - a quantidade de pena aplicvel, dentro dos limites previstos;(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Ex: art. 121 CP Homicdio simples. Ponto de partida 6 (pena mnima simples) at20 anos (pena mxima simples).

    Nesta etapa o juiz esta atrelado aos limites mnimo e mximo abstratamente previstosno preceito secundrio da infrao penal.

    Qual o quantum do aumento e o quantum da diminuio?

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art59http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art59http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art59http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art59http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art59http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art59http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art59http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art59
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    O juiz sempre ai partir do mnimo. Se ele tem circunstncias judiciais desfavorveis, vaise aproximando do Maximo. Se no tem circunstancias judiciais favorveis (ou no temdesfavorveis) a pena tem que ficar no mnimo.

    Ento, o Quantum de Aumento ou Diminuio fica a critrio do juiz, devendo motivar a

    deciso.

    Qual a conseqncia de Pena-base fixada sem fundamentao?

    Primeira coisa que se deve analisar se a pena-base foi fixada acima do mnimo ou nomnimo. Se a pena for fixada no mnimo se fundamentao judicial tolera-se. J a penafixada acima do mnimo sem fundamentao, torna a sentena nula (no ponto). No pontosignifica que no se anula a sentena toda, mas somente a fixao da pena, devendo o juizrenovar o ato. Ento, a sentena s ser nula na parte da condenao da pena (no anula a

    condenao, s a pena. O juiz deve ficar nova pena, mas no pode dar nova deciso.)

    A finalidade do art. 59 no nica e exclusivamente para fixar a pena base. Este art.59 vai ser utilizado em outras oportunidade. Ele vai servir tambm para as questes dosincisos III e IV.

    Art. 59 - O juiz, atendendo culpabilidade, aos antecedentes, conduta social, personalidade do agente, aos motivos, s circunstncias e conseqncias do crime,bem como ao comportamento da vtima, estabelecer, conforme seja necessrio esuficiente para reprovao e preveno do crime:

    I - as penas aplicveis dentre as cominadas;

    II - a quantidade de pena aplicvel, dentro dos limites previstos;

    Ento, depois que o juiz encontra a pena base, juiz vai voltar a analisar o art. 59nestas outras 2 oportunidades.

    2.5.1.2 2 FASE

    Objetivo: fixar a pena intermediria.

    Ferramentas: agravantes e atenuantes.

    Ponto de Partida: a pena-base.

    AGRAVANTES:

    Previstas nos art. 61 e 62 CP. OBS: tambm esto previstas na legislaoextravagante. Ex: lei dos crimes ambientais tem uma agravante que praticar o crime anoite.

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    Circunstncias agravantes

    Ar t. 61- So circunstncias que sempre agravam a pena, quando no constituem ouqualificam o crime:(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    I - a reincidncia; (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    II - ter o agente cometido o crime: (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    a) por motivo ftil ou torpe;

    b) para facilitar ou assegurar a execuo, a ocultao, a impunidade ou vantagem deoutro crime;

    c) traio, de emboscada, ou mediante dissimulao, ou outro recurso que dificultouou tornou impossvel a defesa do ofendido;

    d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,ou de que podia resultar perigo comum;

    e) contra ascendente, descendente, irmo ou cnjuge;

    f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relaes domsticas, decoabitao ou de hospitalidade, ou com violncia contra a mulher na forma da leiespecfica; (Redao dada pela Lei n 11.340, de 2006)

    g) com abuso de poder ou violao de dever inerente a cargo, ofcio, ministrio ouprofisso;

    h) contra criana, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grvida; (Redaodada pela Lei n 10.741, de 2003)

    i) quando o ofendido estava sob a imediata proteo da autoridade;

    j) em ocasio de incndio, naufrgio, inundao ou qualquer calamidade pblica, oude desgraa particular do ofendido;

    l) em estado de embriaguez preordenada.

    Agravantes no caso de concurso de pessoas

    Ar t. 62 -A pena ser ainda agravada em relao ao agente que: (Redao dada pelaLei n 7.209, de 11.7.1984)

    I - promove, ou organiza a cooperao no crime ou dirige a atividade dos demaisagentes; (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    II - coage ou induz outrem execuo material do crime; (Redao dada pela Lei n7.209, de 11.7.1984)

    III - instiga ou determina a cometer o crime algum sujeito sua autoridade ou no-punvel em virtude de condio ou qualidade pessoal; (Redao dada pela Lei n7.209, de 11.7.1984)

    IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa derecompensa.(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Reincidncia

    ATENUANTES:

    Previstas nos arts. 65 e 66 CP. Tambm esto previstas na legislao extravagante.Ar t. 65 -So circunstncias que sempre atenuam a pena: (Redao dada pela Lei n7.209, de 11.7.1984)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art43http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art43http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm#art61iihhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm#art61iihhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm#art61iihhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art62http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm#art61iihhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm#art61iihhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art43http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art43http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art61
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    I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta)anos, na data da sentena; (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    II - o desconhecimento da lei; (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    III - ter o agente:(Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;

    b) procurado, por sua espontnea vontade e com eficincia, logo aps o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqncias, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;

    c) cometido o crime sob coao a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem deautoridade superior, ou sob a influncia de violenta emoo, provocada por ato injustoda vtima;

    d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

    e) cometido o crime sob a influncia de multido em tumulto, se no o provocou.

    Ar t. 66 - A pena poder ser ainda atenuada em razo de circunstncia relevante,anterior ou posterior ao crime, embora no prevista expressamente em lei. (Redao

    dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    A agravante sempre agrava a pena?

    Em regra Sim, mas existem excees, uma delas esta no prprio art. 61 traz umaexceo.

    1 Exceo: A agravante sempre agrava a pena, salvo quando constituiu ou qualifica ocrime. Ex: uma agravante Crime contra mulher grvida. Se o crime for de aborto no

    pode a agravante porque haveria um claro bis in iden (estaria considerando 2 vezes amesma circunstancia mulher grvida em prejuzo do agente).

    2 Exceo: Quando a pena-base foi fixada no mximo. Tambm na agravante o juizesta atrelado a pena mxima prevista abstratamente no preceito secundrio.

    3 Exceo: Quando as circunstncia atenuante for preponderante. (art. 67 CP).

    As atenuantes sempre atenuam a pena?

    Segundo o caput do art. 65 CP sempre as atenuantes atenuam a pena. Ento, segundoa doutrina, em regra a atenuante sempre atenua a pena, porem a doutrina constataExcees:

    1 Exceo: Quando constitui ou privilegia o crime. Trata-se de uma analogia ao art. 61CP (quando no constitui ou qualifica o crime), que pretende evitar bis in iden, mas emsituao de prejuzo do agente. Zaffaroni no reconhece esta exceo (em situao debenefcio para o agente) por falta de previso legal.

    2 Exceo: Quando a pena-base foi fixada no mnimo. O juiz tambm esta atrelado aomnimo previsto no preceito secundrio Smula 231 STJ.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art66http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art66http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art66http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art66http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art66http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65
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    STJ Smula n 231 - 22/09/1999 - DJ 15.10.1999 Circunstncias Atenuantes -Reduo da Pena - Mnimo Legal A incidncia da circunstncia atenuante no podeconduzir reduo da pena abaixo do mnimo legal.

    De acordo com parcela da doutrina, a Smula 231 STJ ofende os principis dalegalidade, da isonomia e da individualizao a pena

    OBS: Para concurso de Defensor Pblico: deve-se considerar a Sumula 231 STJ comoinconstitucional. Mas prevalece a constitucionalidade da Smula 231 STJ!

    Ex: Crime de Homicdio simples (art. 121 CP) praticado por A (de 21 anos) e B (19anos).

    3 Exceo: Quando a circunstncia agravante for preponderante. Temos que estudaro critrio de preponderncia entre as agravantes e atenuantes.

    Critrio de Preponderncia da Agravante x Atenuante

    Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se dolimite indicado pelas circunstncias preponderantes, entendendo-se como tais as queresultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e dareincidncia. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    A jurisprudncia montou a seguinte tabela, devendo-se seguir esta ordem:1 Circunstncia: A Primeira circunstncia que prepondera sobre qualquer outra a

    atenuante da Minoridade.

    2 Circunstncia: Agravante da Reincidncia. Se ele reincidente, a agravante dareincidncia vai incidir, salvo se ele for menor de 21anos, porque a menoridade prepondera.

    3 Circunstncia: Atenuantes ou agravantes Subjetivas.

    4 Circunstncia: Atenuantes e Agravantes Objetivas.

    Agente A

    (21 anos)

    Agente B

    (19 anos)

    1 FASE 6 anos 6 anos

    2 FASE 6 anos Tem atenuante minoridade. Mas segundo a smula 231STJ no pode a consider-la. Ento...

    6 anos

    3 FASE 6 anos 6 anos

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art67http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art67http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art67
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    Havendo concorrncia, deve-se obedecer a hierarquia desta tabela. Ex: uma agravantesubjetiva concorrendo com uma atenuante objetiva. Prevalece a agravante subjetiva.

    No havendo concorrncia (estando no mesmo patamar) tolera-se a compensao. Ex:uma atenuante objetiva concorrendo com uma agravante objetiva tambm.

    Em razo do estatuto do idoso, a doutrina tem colocado como 1 circunstancia (ao ladoda atenuante de minoridade) o fato de ser maior de 70 anos na data da sentena.

    A reincidncia esta no segundo degrau. A confisso espontnea esta no terceirodegrau. Logo, a reincidncia prevalece sobre a confisso espontnea?

    A defensoria pblica (em recurso) conseguiu com que o STJ decidisse que areincidncia deve ser anulada pela confisso espontnea (porm no isso que prevalece,a agravante da reincidncia prepondera).

    Ento, apesar de haver julgados no sentido de se compensar a agravante dareincidncia com a atenuante da confisso espontnea, no o que prevalece. Acircunstncia da reincidncia deve prevalecer sobre a atenuante da condio espontnea(STJ, HC n 151.079; STF, HC n 102.486).

    Quanto o quantum de aumento na agravante e quanto o quantum de diminuio emuma atenuante? No tem previso legal, ento ficam a critrio do juiz, devendo ele motivara deciso.

    Para aplicar uma atenuante ou agravante, importa saber qual o crime praticado?

    possvel atenuante em crime culposo? possvel agravante em crime culposo?ATENUANTE: Incide nos crimes dolosos e culposos

    AGRAVANTE: Em regra, incide somente nos delitos dolosos. Ento em regra umaagravante exige dolo do agente (tem que ser conhecida, aceita ou querida pelo agente). Mastem uma Exceo: Agravante que tambm se aplica nos crimes culposos: A reincidncia.

    A doutrina s reconhece esta agravante (reincidncia) nos crimes culposos, maisnenhuma.

    Questo do CESPE: Ento se aplica a agravante do motivo torpe no crime dehomicdio culposo, segundo o STF Afirmativa errada. Porm a banca deu esta questocomo verdadeiro, devido a apenas um julgado de 1990 que jamais se repetiu.

    O STF, no HC 70.362/RJ (julgado Batomuch), entendeu aplicvel ao crime culposo aagravante da torpeza (por ganncia). Pois o barco virou por excesso de tripulantes a bordo.OBS: Deciso Isolada!

    2.5.1.2.1 AGRAVANTEAGRAVANTE

    Vamos estudar apenas a principal agravantes do art. 61 CP.

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    a) Reincidncia

    Conceito Simples: repetir o fato punvel.

    Requisitos da Reincidncia (Art. 63 CP + Art. 7 Lei das Contravenes Penais):

    1) Trnsito em julgado de sentena penal condenatria por crime anterior.

    2) Cometimento de novo crime.

    Reincidncia

    Art. 63 CP - Verifica-se a reincidncia quando o agente comete novo crime, depois detransitar em julgado a sentena que, no Pas ou no estrangeiro, o tenha condenadopor crime anterior.

    Art. 7 da lei n3.688/41 - Verifica-se a reincidncia quando o agente pratica umacontraveno depois de passar em julgado a sentena que o tenha condenado, no

    Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo decontraveno.

    CONDENAO DEFINITIVAANTERIOR

    NOVA INFRAOPENAL

    GERA...

    CRIME COM CONDENAO NOBRASIL OU NO ESTRANGEIRO

    CRIME Art. 63 CP REINCIDNCIA

    CRIME COM CONDENAO NO

    BRASIL OU NO ESTRANGEIRO CONTRAVEN0 PENAL ART. 7 LCP - REINCIDNCIA

    CONTRAVENO PENAL (BR) CONTRAVENOPENAL

    ART. 7 LCP - REINCIDNCIA

    CONTRAVENO PENAL (BR) CRIME

    No tem previso legal parareincidncia. Ento o Agenteser apenas, no mximo,portador de maus antecedentes.

    Observaes

    Contraveno penal s pode ser cometida no Brasil.

    A prtica de novo crime no dia do trnsito em julgado no gera reincidncia. Ex: otrnsito em julgado foi dia 20/01/10. Se a prtica do crime se deu neste mesmo dia nogerar reincidncia.

    A condenao estrangeira, para gerar reincidncia no Brasil, no tem que serhomologada no Brasil (pelo STJ), isto , dispensa homologao (as hipteses denecessidade de homologao de sentena estrangeira no Brasil esto no art. 9 CP, eno consta condenao).

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    Importa saber qual foi a pena imposta infrao penal anterior, basta a condenaoem crime anterior, no necessita ser a condenao em determinado crime com umadeterminada pena ou determinado regime. A pena de multa tambm gera reincidncia.

    Art. 77, 1 CP: A condenao a pena de multa, apesar de gerar reincidncia, no

    impede o SURSI Ento isto comprova que a pena de multa gera reincidncia, porqueeste pargrafo excepciona em que apena gera reincidncia, mas no pode impedir oSURSI.

    Pargrafo nico - No poder a pena exceder a que seria cabvel pela regra do art.69 deste Cdigo. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Se a infrao penal anterior for atingida por causa extintiva de punibilidade, tem queanalisar se foi anteS sou depois do trnsito em julgado da condenao, para saber segera reincidncia.

    CAUSA EXTINTIVA DA CONDENAOANTES DO TRNSITO EM JULGADO DA

    CONDENAO

    CAUSA EXTINTIVA DA CONDENAOANTES DO TRNSITO EM JULGADO DA

    CONDENAO

    IMPEDE A REINCIDNCIA

    Exemplo: Prescrio da pretenso punitiva

    NO IMPEDE A REINCIDNCIA

    Exemplo: Prescrio da pretenso executria

    EXCEES: hipteses em que se impede areincidncia em crime futuro, isto , se apagatodos os efeitos penais da condenao:

    1. Abolitio Crimis

    2. Anistia

    OBS: O art. 120 CP: A sentena que concederperdo judicial no ser considerada para efeitosde reincidncia.

    Art, 64, I CP: O Brasil adotou o sistema da Temporariedade da Reincidncia.

    - Praticar crime durante o curso do processo (entre inicio do processo e acondenao definitiva): no gera reincidncia.

    - Praticar crime depois de definitivamente julgado (condenao definitiva), masantes de cumprida a pena: gera reincidncia

    - Praticar crime depois do trnsito em julgado, mas antes dos 5 anos depois de

    cumprir a pena: gera reincidncia.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art70http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art70http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art70
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    - Praticar crime depois do trnsito em julgado mas depois dos 5 anos depois decumprir a pena:Gera maus antecedentes, no gera reincidncia.

    Reincidncia Ficta: Se o novo crime ocorre entre a condenao definitiva e o

    cumprimento da pena

    Reincidncia Real: Se o novo crime ocorre entre a o cumprimento da pena e os 5 anosaps a condenao:

    OBS: Cumpridos 2 anos do sursis, abate-se os 2 dos 5. Depois de 3 anos, no maisreincidente

    Art. 64, II CP

    CP, art. 64 -Para efeito de reincidncia: (...)

    II - no se consideram os crimes militares prprios e polticos.

    Se a condenao anterior por crime militar prprio, no gera reincidncia, a no serque seja praticado outro crime militar prprio (art. 71 do CPM).

    CONDENAO ANTERIOR NOVO CRIME

    Crime militar prprio (que s pode sercometido por militar).

    No gera reincidncia, SALVO se outrocrime militar prprio.

    Crime poltico (art. 2 da Lei dos crimescontra a segurana nacional Lei n7.170/83)

    No gera reincidncia.

    Tudo que evita o trnsito em julgado no gera reincidncia. Ento a suspenso doprocesso e a Transao Penal no geram reincidncia, nem mesmo maus antecedentes.

    Reincidncia Genrica: crimes que no so da mesma espcie

    Reincidncia Especifica: crimes que so da mesma espcie.

    A reincidncia comprovada mediante a certido cartorria. Mas as folhas deantecedentes tambm comprovam.

    Smula 241 STJ: O juiz no pode considerar um novo crime como sendosimultaneamente reincidncia e maus antecedentes o porque seria bis in iden (utilizou amesma condenao 2 vezes )

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    O STF decidiu que a utilizao de condenaes distintas e com trnsito em julgado,para fins de aumento depena por maus antecedentes e reincidncia, no viola o princpio dono bis in iden (STF, HC n 96961 de 17.08.2010). ex: condenao anterior.

    A agravante da reincidncia, por si s, no gera o bis in inden. O STJ decidiu que

    no bis in iden, porque precisa-se considerar a reincidncia para atingir o princpio daindividualizao da pena.

    CONDENAO ANTERIOR NOVO CRIME CONSEQUNCIA

    Art. 155 Art. 157

    Maus antecedentes oureincidncia?

    Reincidncia, para evitar bis inidem. Smula 241 do STJ.

    Arts. 155 e 213 Art. 175

    Posso considerar o furto mausantecedentes e o estupro

    reincidncia?*

    Ento de acordo com o STJ, o fato de o reincidente ser punido mais gravemente doque o primrio no viola a garantia do no bis in iden, pois visa somente reconhecer maiorreprovabilidade na conduta daquele que contumaz violador da lei penal (Resp.984.578/RS)

    2.5.1.2.2 ATENUANTESATENUANTES

    Vamos estudar apenas as 2 principais agravantes do art. 61 CP.

    a) Menoridade do Agente

    Art. 65, I CP: menoridade na data do fato e no na data da senyena. Ento seatingiu a maioridade na data da sentena porque era menor na data do fato.

    CP, art. 65 -So circunstncias que sempre atenuam a pena: (Redao dada pelaLei n 7.209, de 11.7.1984)

    CONDENAO ANTERIOR NOVO CRIME

    Furto (art. 155) 1 VEZ: usado para conden-lo Roubo (art. 157)

    2 VEZ: O furto (art. 155) tambm esta sendousado novamente para servir de reincidncia nocrime de roubo (art. 157)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65
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    I -ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta)anos, na data da sentena; (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    (...)

    Smula 74 STJ

    STJ Smula n 74- 15/04/1993 - DJ 20.04.1993Efeitos Penais - Reconhecimentoda Menoridade - Prova Documental Para efeitos penais, o reconhecimento damenoridade do ru requer prova por documento hbil.

    CC/2002: no alterou em nada a previso do art. 65, I CP pois, para o direito penal,o menor entre 18 e 21 anos continua sendo beneficiado pela atenuante porque o CPconsidera a idade cronolgica e no a capacidade civil.

    Maior de 70 anos: Neste caso, tem que ser maior de 70 anos na data da sentena.

    STF e STJ discutem se abrange acrdo confirmatrio (no deciso que condenou).STF e STJ esto dividido, a questo no esta consolidada.

    O Estatuto do idoso no alterou o art. 65, I, CP, ou seja, s o idoso que tenha mais de70 anos, no qualquer idoso.

    b)Confisso Espontnea

    Art. 65, III d CP

    CP, art. 65 -So circunstncias que sempre atenuam a pena: (...)

    III - ter o agente: (...)

    d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;

    Requisitos:

    1) Espontaneidade: sem interferncia externa. No basta voluntariedade (cominterferncia externa)

    2) No se aplica na confisso incompleta ou qualificada (atrela tese de defesa, ouseja, junto com a confisso confisso atrela tese descriminante. Ex: confessa o crime masalega legitima defesa). De acordo com o STF a confisso qualificada gera atenuante, pois olegislador no ressalvou esta forma de o agente se pronunciar (HC n 99436 de 26.10.2010).

    3) No se aplica para o caso de o agente haver confessado na policia e se retratadoem juzo. De acordo com o STJ, se a confisso extrajudicial foi efetivamente utilizada para

    embasar a condenao, a atenuante da confisso espontnea deve ser aplicada, mesmoque posteriormente haja retratao em juzo (HC n 68010). No mesmo sentido entendeu oSTF (HC n 91654).

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art65
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    quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

    AGRAVANTES ATENUANTES

    Rol taxativo Rol Exemplificativo

    Juiz no pode considerar agravantes que noestejam previstas em lei.

    Juiz pode considerar atenuantes no previstasem lei.

    Art. 66 CP:

    A pena poder ser aindaatenuada em razo decircunstncia relevante, anteriorou posterior ao crime, embora noprevista expressamente em lei.(Redao dada pela Lei n 7.209,de 11.7.1984)

    c) Teoria da Coculpabilidade:

    O presente princpio nasce da inevitvel concluso de que a sociedade, muitas vezes, desorganizada, discriminatria, excludente, marginalizadora, etc, criando condies sociaisque reduzem o mbito de determinao e liberdade do agente, contribuindo, portanto, para odelito.

    Esta postura social deve ser em parte compensada, isto , a sociedade deve arcar comma parte da reprovao.

    Ento, a Coculpabilidade a responsabilidade solidria da sociedade, pois a sociedadecolaborou de alguma forma com a conduta e por isso vai arcar com parte da pena, e de queforma? Atenuando a pena do agente.

    So artigos de lei tpicos de coculpabilidade: Art. 4, VI e art. 19, IV Lei 11.343 (Lei deDrogas):

    Ar t. 4o So princpios do Sisnad:

    VI - o reconhecimento da intersetorialidade dos fatores correlacionados com o usoindevido de drogas, com a sua produo no autorizada e o seu trfico ilcito;

    Ar t. 19. As atividades de preveno do uso indevido de drogas devem observar osseguintes princpios e diretrizes:

    IV - o compartilhamento de responsabilidades e a colaborao mtua com asinstituies do setor privado e com os diversos segmentos sociais, incluindo usuriose dependentes de drogas e respectivos familiares, por meio do estabelecimento deparcerias;

    A maioria entende que a Coculpabilidade extrada do prprio art. 66 CP, ou seja, aCoculpabilidade passa a ser uma atenuante inominada.

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    A minoria entende que a Coculpabilidade deve ser considerada no art. 59 CP, ou seja,na primeira fase, como circunstncia judicial favorvel ao agente.

    Esta teoria j esta em desuso, j despencou em concurso e hoje mais objeto de

    critica do que elogio, e j h uma outra teoria que vem sucedendo esta, qual seja, a Teoriada Vulnerabilidade.

    A doutrina moderna tem dito que esta teoria da coculpabilidade to discriminatriaquanto a sociedade. Esta teoria diz que a pobreza responsvel pelo crime. Joga o crimecomo favor de pobreza, discriminando o rico.

    Criticas Coculpabilidade:

    1) Parte da premissa que a pobreza causa do delito;

    2) Pode conduzir reduo de garantias quando se trata de rico;

    3) Continua ignorando a seletividade do poder punitivo (seleciona o rico).

    d) Teoria da Vulnerabil idade:

    No se atenua a pena para o pobre, mas para aqueles que esto mais vulnerveis paraa prtica de crimes, pouco importa se pobre ou rico (pessoas em uma famlia desajustada,pessoas sem formao, etc).

    Quem conta com alta vulnerabilidade de sofrer a incidncia do direito penal (e este ocaso de quem no tem instruo, nem famlia, etc) tem a sua responsabilidade reduzida.

    Esta teoria sucede teoria da culpabilidade, e se extrai do mesmo art. 66 CP.

    2.5.1.3 3 FASE

    Objetivo: fixar a pena definitiva.

    Ferramentas: causas de aumento e diminuio de pena.

    Ponto de Partida: a pena intermediria (aquela pena que se encontrou na 2fase).

    As causas de amento e de diminuio podem estar previstas em quantidade (patamar)fixa ou quantidade (patamar) varivel

    exemplo de Causa de Aumento em quantidade Fixa o art. 226 CP: cada inciso traz

    uma quantidade fixa de aumento:

    Art. 226. A pena aumentada:(Redao dada pela Lei n 11.106, de 2005)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226
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    I - de quarta parte, se o crime cometido com o concurso de 2 (duas) ou maispessoas; (Redao dada pela Lei n 11.106, de 2005)

    II - de metade, se o agente ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmo, cnjuge,companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vtima ou por qualqueroutro ttulo tem autoridade sobre ela; (Redao dada pela Lei n 11.106, de 2005)

    exemplo de Causa de Aumento ou Diminuio em quantidade Varivel o art. 157 2CP: a pena ou diminui variando.

    Art. 157 - Subtrair coisa mvel alheia, para si ou para outrem, mediante graveameaa ou violncia a pessoa, ou depois de hav-la, por qualquer meio, reduzido impossibilidade de resistncia:

    Pena - recluso, de quatro a dez anos, e multa..

    2 - A pena aumenta-se de um tero at metade:

    I - se a violncia ou ameaa exercida com emprego de arma;

    II - se h o concurso de duas ou mais pessoas;

    III - se a vtima est em servio de transporte de valores e o agente conhece talcircunstncia.

    IV - se a subtrao for de veculo automotor que venha a ser transportado para outroEstado ou para o exterior; (Includo pela Lei n 9.426, de 1996)

    V - se o agente mantm a vtima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Includopela Lei n 9.426, de 1996)

    tambm exemplo de Causa de Aumento ou Diminuio em quantidade Varivel o Art

    14 :a pena varia de 1 a 2 teros.

    Pena de tentativa(Includo pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Pargrafo nico - Salvo disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a penacorrespondente ao crime consumado, diminuda de um a dois teros.(Includo pelaLei n 7.209, de 11.7.1984)

    No se pode confundir Circunstncias Agravantes e Atenuantes com Causas deAumento ou Diminuio de Pena:

    AGRAVANTES E ATENUANTESCAUSAS DE AUMENTO OU

    DIMINUIO DE PENA

    MomentoConsideradas na 2 fase doclculo da pena

    Consideradas na 3 fase doclculo da pena

    Quantum O quantum fica a critrio do juizO quantum est previsto em lei(ainda que em quantidadevarivel).

    Respeito aos limitesprevistos em lei

    No podem extrapolar os limitesmnimo e mximo previstos em lei.Tem que respeitar os limitesprevistos abstratamente.

    No devem respeitar os limitesprevisto em lei.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226ihttp://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226ihttp://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9426.htm#art157%E7%B2%A9vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9426.htm#art157%E7%B2%A9vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9426.htm#art157%E7%B2%A9vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9426.htm#art157%E7%B2%A9vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9426.htm#art157%E7%B2%A9vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art14http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9426.htm#art157%E7%B2%A9vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9426.htm#art157%E7%B2%A9vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9426.htm#art157%E7%B2%A9vhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226iihttp://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11106.htm#art226i
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    Ex: se o juiz fixou a pena-base nomximo o juiz no pode fazer comque a ultrapasse. Se ficou a pena-base no mnimo, a pena no podeficar a quem do mnimo previstoem lei

    Tambm no se pode confundir Causas de Aumento ou Diminuio de Pena comQualificadora:

    CAUSA DE AUMENTO QUALIFICADORA

    Majorante da pena intermediria ( a terceirabase do critrio trifsico)

    Substituiu a pena simples (no entra no critriotrifsico, ponto de partida deste critrio)

    2.5.1.3.1 Concurso de Causas de Aumento e/ou Diminuio de PenaConcurso de Causas de Aumento e/ou Diminuio de Pena

    Aplicar as causas de aumento e diminuio de pena fcil, a questo quando existeconcurso de causas de aumento e/ou diminuio de pena.

    EXPLICAO

    Incidncia isolada:Ex: pena de 6 anos. Juiz vai aplicar as 2 causas de aumento (1/3 e 1/2). O aumentode metade no recaiu sobre 6 anos. mais benfica para o ru, portanto neste caso esta incidncia que seaplica.

    Fica 6 + [1/3 de6 anos] + [1/2 de6 anos] = 11 anos

    Incidncia Cumulativa:Ex: pena 6 anos. Juiz vai aplicar as 2 causas de aumento (1/3 e 1/2). O aumentode metade no recaiu sobre 6 anos e sim sobre o resultado de 6anos aumentado de 1/3.

    Fica 6 + 1/3 de 6 anos = 8 anos + de 8 anos = 12 anos

    Incidncia Isolada: os 2 aumentos ou diminuio incidem sobre os 6 anos.

    Incidncia Cumulativa: A frao seguinte recai sobre a operao da frao anterior.o primeiro aumento oudiminuio recai sobre 6 anos e a 2 aumento ou diminuio sobre o resultado da primeira operao.

    a)Concurso Homogneo:

    Temos 2 causas de aumento e/ou 2 causas de diminuio.

    1 Situao:

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    Temos 2 causas de aumento na Parte Especial.

    Aplica-se o art. 68 CP o juiz pode limitar-se a um s aumento, desde que o juizescolha a causa que mais aumente a pena.

    Clculo da pena

    Art. 68 Pargrafo nico - No concurso de causas de aumento ou de diminuioprevistas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um s aumento ou a uma sdiminuio, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua.(Redaodada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    Mas o juiz pode tambm aplicar as 2 causas de aumento. Esta opo do juiz vai levarem conta as finalidades da pena (alcanar a retribuio e a preveno).

    Em casos de aumento da pena, aplica-se a Incidncia Isolada, pois a mais benfica.

    Ex: Pena de 6 anos. Uma causa de aumento de 1/3 e uma causa de aumento de 1/2.

    6 + 1/3 de 6 anos + 1/2 de 6 anos = 11 anos.

    2 Situao:

    Temos 2 causas de diminuio na parte especial.

    Aplica-se o art. 68 CP o juiz pode limitar-se a aplicar uma s diminuio, desdeque o juiz escolha a causa que mais diminua a pena.

    Mas o juiz pode tambm aplicar as 2 causas de diminuio. Esta opo do juiz vai levarem conta as finalidades da pena (alcanar a retribuio e a preveno).

    Em casos de diminuio da pena aplica-se a Incidncia Cumulativa, porque aincidncia isolada pode resultar em pena zero.

    Ex: 6 anos. Uma causa de diminuio de 1/3 e uma causa de diminuio de 1/2.

    6 - 1/3 de 6 anos = 4 anos - de 4 anos = 2 anos.

    Ex: pena de 6 anos e 2 causas de aumento de

    3 Situao:

    Temos 2 causas de aumento na parte Geral. Uma causa de aumento de 1/3 e umacausa de aumento de 1/2.

    No se aplica-se o art. 68 CP, pois este dispositivo s se aplica quando se tarta departe especial do CP.

    O juiz deve aplicar as 2 causas de aumento.

    Aplica-se a Incidncia Isolada (sempre quando tiver aumento).

    http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art68http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art68http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art68http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art68http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art68
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    4 Situao:

    Temos 2 causas de diminuio na parte Geral.

    O juiz deve tambm aplicar as 2 causas de diminuio.Aplica-se a Incidncia Cumulativa.

    5 Situao

    Temos 2 causas de aumento, uma na parte geral e outra na parte especial.

    No se aplica o art. 68 CP porque as 2 causas deveriam estar na parte especial.

    O juiz deve aplicar as 2 causas de aumento.

    Aplica-se a Incidncia Isolada.

    6 Situao

    Temos 2 causas de diminuio, uma na parte geral e outra na parte especial.

    No se aplica o art. 68 CP porque as 2 causas deveriam estar na parte especial.

    O juiz deve aplicar as 2 causas de diminuio.

    Aplica-se neste caso a Incidncia Cumulativa (para evitar pena zero).

    b)Concurso Heterogneo:

    Temos um causa de aumento concorrendo com uma causa de diminuio, no importase esta na parte geral ou especial.

    O juiz deve aplicar as 2 causas, tanto a de aumento quanto a de diminuio.

    Mas qual aplica-se primeiro? Temos 2 correntes:

    1 Corrente: O juiz primeiro diminui e depois aumenta, seguindo o mandamento do art.68 CP.

    2 Corrente: O Juiz primeiro aumenta e depois diminui, pois mais benfico para o ru.

    Esta corrente Prevalece!OBS: no tem diferena nenhuma entre as 2 forma se a pena estiver em anos ou em

    meses, a no ser que a pena j esteja em dias.

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    Aplica-se a Incidncia Cumulativa, pois mais benfica.

    Vejamos como ficaria abaixo:

    Ex: Pena de 6 anos. Causa de aumento de 1/3 e causa de diminuio de Incidncia Cumulativa: aumenta 6 anos de 1/3 = 8 anos. Diminui 8 anos de = 4 anos.

    Incidncia Isolada: aumenta 6 anos de 1/3 = 8 anos. Diminui 6 anos de = 5 anos.

    2.5.2 REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO

    O juiz, quando fixa o regime inicial de cumprimento de pena, tem que atender a 4critrios (requisitos).

    Juiz deve observar:

    11CCrriittrriioo:: Tipo de pena: se recluso ou deteno.

    22CCrriittrriioo:: Quantidade da pena

    33CCrriittrriioo:: Eventual Reincidncia do condenado

    44CCrriittrriioo: Circunstncias judiciais (art. 59 CP).

    Juiz, quando voc for fixar o regime inicial de cumprimento de uma pena, voc temque atender ao tipo de pena imposta, quantidade da pena, se reincidente ou no, e se ascircunstncias judiciais so compatveis com esse regime previsto no delito. Vamos comearestudando a fixao do regime inicial de um crime punido com recluso.

    Vamos analisar cada um dos regimes iniciais de cumprimento de pena.

    2.5.2.1 Recluso

    Analisemos o art. 33, CP:

    Ar t. 33- A pena de recluso deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ouaberto. A de deteno, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade detransferncia a regime fechado.

    1- Considera-se:

    a)regime fechado a execuo da pena em estabelecimento de segurana mxima oumdia;

    b) regime semi-aberto a execuo da pena em colnia agrcola, industrial ouestabelecimento similar;

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    c) regime aberto a execuo da pena em casa de albergado ou estabelecimentoadequado.

    2 - As penas privativas de liberdade devero ser executadas em formaprogressiva, segundo o mrito do condenado, observados os seguintes critrios e

    ressalvadas as hipteses de transferncia a regime mais rigoroso:a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos dever comear a cumpri-la emregime fechado;

    b) o condenado no reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e noexceda a 8 (oito), poder, desde o princpio, cumpri-la em regime semi-aberto;

    c) o condenado no reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos,poder, desde o incio, cumpri-la em regime aberto.

    Fechado: Recluso com pena superior a 8 anos.

    Semi- Aberto: Recluso com pena superior a 4 anos que no suplanta (supera) 8anos, desde que no reincidente.

    Se for reincidente comear no fechado,mesmo que a pena fique entre 4 e 8 anos).

    Aberto: Recluso com pena no superior a 4 anos, desde que no reincidente.

    Se for reincidente, a lei quer que ele v para o fechado, no importa o quantum dapena. Mas a lei muito rigorosa, e para abrandar veio a Smula 269 STJ:

    STJ Smula n 269 - 22/05/2002 - DJ 29.05.2002 Regime Semi-Aberto -Reincidentes Condenados - Circunstncias Judiciais admissvel a adoo doregime prisional semi-aberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior aquatro anos se favorveis as circunstncias judiciais

    Questo: Crime punido com recluso, pena imposta superior a 8 anos com regimeinicial aberto. Existe algum caso?

    Trata-se do art. 1, 5 da Lei de Lavagem de Capitais - d este regime aberto como

    premio de uma delao.

    Art. 1, 5 CP- A pena ser reduzida de um a dois teros e comear a sercumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplic-la ou substitu-la porpena restritiva de direitos, se o autor, co-autor ou partcipe colaborarespontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam apurao das infraes penais e de sua autoria ou localizao dos bens, direitos ouvalores objeto do crime.

    2.5.2.2 Deteno Fechado: Somente no caso de regresso (regredir do semi-aberto para o fechado).

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    Semi- Aberto: Pena superior a 4 anos,mesmo que reincidente.

    Aberto: Pena no superior a 4 anos, desde que no reincidente.

    Se for reincidente vai para o regime Semi-Aberto.

    Questo: Crime punido com deteno, no importa a pena imposta, e o regime comeano fechado.

    Art. 10 da lei 9034/95 Crime praticado por organizao criminosa comea no fechadomesmo que punido com deteno.

    A doutrina entende inconstitucional o art. 10, por ferir o princpio da individualizao dapena.

    Ar t. 10 Os condenados por crime decorrentes de organizao criminosa iniciaro ocumprimento da pena em regime fechado. Citado por 246

    2.5.2.3 Priso Simples

    Contraveno penal punida com priso simples.

    A priso simples s admite regime semi-aberto ou aberto. No admite regime fechado,nem mesmo por meio da regresso.

    Questo: Tenho um crime de roubo com emprego de arma. O ru primrio. A ele imposta uma pena de 5 anos e 4 meses de recluso. Qual regime inicial que o juiz vai impora ele?

    Lendo o art. 33 2 CP, o regime seria o Semi-Aberto. Porm os juzes aplicam oregime fechado sob o argumento de que o crime de roubo crime gravssimo, incompatvelcom o regime semi-aberto.

    2 - As penas privativas de liberdade devero ser executadas em formaprogressiva, segundo o mrito do condenado, observados os seguintes critrios e

    ressalvadas as hipteses de transferncia a regime mais rigoroso: (Redao dadapela Lei n 7.209, de 11.7.1984)

    a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos dever comear a cumpri-la emregime fechado;

    b) o condenado no reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e noexceda a 8 (oito), poder, desde o princpio, cumpri-la em regime semi-aberto;

    c) o condenado no reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos,poder, desde o incio, cumpri-la em regime aberto.

    Smula 718 STF:

    http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2752117/art-10-da-lei-do-crime-organizado-lei-9034-95http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2752117/art-10-da-lei-do-crime-organizado-lei-9034-95http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art33http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art33http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art33http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art33http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art33http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2752117/art-10-da-lei-do-crime-organizado-lei-9034-95http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/anotada/2752117/art-10-da-lei-do-crime-organizado-lei-9034-95
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    A opinio do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime no constituimotivao idnea para a imposio de regime mais severo do que o permitidosegundo a pena aplicada

    Smula 440 STJ:

    Fixada a pena-base no mnimo legal, vedado o estabelecimento de regime prisional

    mais gravoso do que o cabvel em razo da sano imposta, com base apenas nagravidade abstrata do delito.

    Smula 719 STF:

    A imposio do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada permitirexige motivao idnea.

    A imposio de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada nopode considerar a gravidade em abstrato (Smulas 440 STJ e 718 STF), mas a gravidade

    do caso concreto (smula 719 STF)

    2.5.2.4 PENAS ALTERNATIVAS

    2.5.2.4.1 Penas Restritivas de DireitoPenas Restritivas de Direito

    a sano imposta em substituio pena Privativa de Liberdade, consistente na

    supresso ou diminuio de um ou mais direitos do condenado.

    a tendncia do direito penal moderno, qual seja, eliminao da pena privativa deliberdade de curta durao.

    A Pena Restritiva de direitos espcie de Pena Alternativa. A Pena Alternativa no seconfunde com Alternativa Pena.

    PENA ALTERNATIVA ALTERNATIVA PENA

    Substitui pena privativa de liberdade Evita imposio de pena.

    Pressupe condenao Evita condenao

    uma medida despenalizadora.

    Ex: Transao Penal

    Espcies de Penas Restr itivas de Direito

    1. Prestao de Servios a Comunidade -

    2. Limitao de Fim de Semana

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    3. Interdio Temporria de direitos

    4. Perda de Bens ou Valores (no se confunde com Confisco que um efeito da

    sentena e no uma pena).

    5. Prestao Pecuniria

    OBS:

    Outras leis criaram outras espcies de Penas Restritivas de Direito:

    Art. 28, III da Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) ampliou as espcies. A lei 10.671/03 (Estatuto do Torcedor)

    Pena de Natureza Pessoal: Cumpre a pena (Prestao de Servios a Comunidade,Limitao de Fim de Semana e Interdio Temporria de direitos).

    Pena Natureza Real: Cumpre a pena com o patrimnio (Prestao Pecuniria ePerda de Bens ou Valores).

    Classificao das Infraes Penais segundo a Gravidade

    a) Infrao de menor Potencial Ofensivo:

    Admite alternativa Pena de 2 espcies: Transao Penal e Suspensocondicional do processo.

    Admite penas alternativas.

    b) Infrao Penal de Mdio Potencial Ofensivo:

    Admite alternativa Pena de uma espcie: Suspenso condicional do processo. Admite penas alternativas.

    c) Infrao Penal de Grande Potencial Ofensivo:

    S admite Penas alternativas, no admite alternativas Pena.

    d) Delito Hediondo:

    Para o STF admite penas alternativas.

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    Caractersticas das Penas Restr itivas de Direito

    Ar t. 44 CP. As penas restritivas de direitos so autnomas e substituem as privativas

    de liberdade, quando: (Redao dada pela Lei n 9.714, de 1998)

    I - aplicada pena privativa de liberdade no superior a quatro anos e o crime no forcometido com violncia ou grave ameaa pessoa ou, qualquer que seja a penaaplicada, se o crime for culposo;

    II - o ru no for reincidente em crime doloso; III - a culpabilidade, os antecedentes, aconduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e ascircunstncias indicarem que essa substituio seja suficiente.

    1) Autonomia

    No podem ser cumuladas com as penas privativas de liberdade. O juiz ou aplica arestritiva de liberdade ou aplica