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Encontros para os Grupos Bíblicos em Famíliadas CEBs, com o tema: Justiça e Profecia a Serviço da Vida; e em 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, o 13º. Intereclesial

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Encontros para os Grupos Bíblicos em FamíliaTempo Comum – 2011

PROFETAS DO REINO

Arquidiocese de Florianópolis

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SUMÁRIOApresentação ................................................................................................... 3 Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos

Bíblicos em Família .................................................................... 4Nota introdutória e explicativa referente ao livreto do Tempo Comum ................ 6

Rumo ao 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (1º bloco)

Celebração inicial: Justiça e profecia .................................................................. 81º Encontro: Justiça e profecia a serviço da vida ......................................... 152º Encontro: CEBs “Romeiras do Reino” no campo e na cidade ................. 223º Encontro: A justiça de Deus na Bíblia e na vida ....................................... 284º Encontro: Profecia a serviço da vida ........................................................ 345º Encontro: Vida, dom de Deus .................................................................. 416º Encontro: Romarias: modos populares de expressar fé e vida ................ 477º Encontro: Memória da caminhada ........................................................... 538º Encontro: Juventude em defesa da vida .................................................. 609º Encontro: Romaria da terra e da água ..................................................... 67

Seguindo as Diretrizes da Ação Evangelizadora da CNBB (2º bloco)

10º Encontro: A Igreja em missão .................................................................. 7611º Encontro: Igreja, casa de iniciação cristã ................................................. 8112º Encontro: Catequese: educação e vivência da fé .................................... 8813º Encontro: Igreja, fonte de animação bíblica ............................................. 9414º Encontro: Igreja, comunidade de comunidades ..................................... 10115º Encontro: Igreja a serviço da vida para todos ........................................ 10716º Encontro: Nossa Catedral: Igreja-mãe da Arquidiocese ........................ 11217º Encontro: Jesus e sua pedagogia no anúncio do Reino ........................ 11818º Encontro: Encontro com Jesus Cristo .................................................... 124Celebração final: Ação de graças ao Deus da vida ........................................... 131Anexo 1: Hino dos Grupos Bíblicos em Família .................................... 139

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APRESENTAÇÃO

Profetas do Reino da Justiça, do Amor e da PazCom o tema “Justiça e Profecia a serviço da Vida” vêm sendo prepa-

rados dois encontros das Comunidades Eclesiais de Base: o 11º Estadual – de Santa Catarina – em Florianópolis, no próximo ano; e o 13º Interecle-sial – nacional – no Crato (Ceará), em 2014.

Na primeira parte do nosso livreto, os encontros de 01 a 09 colocam-nos, junto com muitos outros irmãos e irmãs, particularmente do nosso Estado, na trilha que leva a esses dois eventos. Fazem-nos, sobretudo, percorrer um caminho de escuta da Palavra de Deus, de reflexão, de oração, de discernimento, de escolhas, de tomadas de decisão e de ação; assim poderemos nos tornar mais justos e mais profetas a serviço da vida.

Na última Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida, no mês de maio, foram aprovadas as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para os anos 2011 a 2015. Elas nos oferecem as linhas gerais, referências e orientações para nossa vivência cristã nas Dioceses e Paróquias.

Acompanhando os encontros da segunda parte deste livreto, você poderá entrar no espírito das Diretrizes e, assim, predispor a mente e o coração para o engajamento na missão da Igreja nestes próximos anos.

Saímos do Tempo Pascal e iniciamos a segunda etapa do Tempo Comum, que nos levará até o Advento, com a ordem de Jesus de sermos também hoje, em toda parte, seus missionários, profetas como Ele, procla-madores do seu Reino de Justiça, Amor e Paz.

Pe. João Francisco SalmAdministrador Arquidiocesano

de Florianópolis

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ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORES E ANIMADORAS DOS GRUPOS BÍBLICOS

EM FAMÍLIACom o objetivo de colaborar com a paróquia na divulgação e organi-

zação da prioridade da Ação Pastoral Evangelizadora em nossa Arquidio-cese, que são os Grupos Bíblicos em Família, os animadores e animadoras exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidiocesana. As presentes orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funcionamento dos Grupos:

1. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.

2. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, preparando bem o ambiente, com alguns símbolos que ilustrem a ideia central do en-contro.

– A Bíblia não pode faltar, porque é a fonte inspiradora de toda ora-ção, reflexão e proposta de ação do grupo. É importante que todos os parti cipantes a levem sempre, e que se acostumem a ler com antecedência o texto proposto para cada encontro.

– Símbolo forte, que deveria estar sempre presente, é a casinha, porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”, lembrando as primeiras comunidades cristãs.

3. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou substituídos por outros que o grupo conhece.

4. TAREFAS DO GRUPO: Envolver todos os participantes, distri-buindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e bem-estar para todos.

5. GRUPOS GRANDES: Se o grupo se tornar muito grande, a ponto de dificultar a participação ativa de todos, a saída seria propor que alguns membros, já bem familiarizados com a vida dos grupos, se disponham a iniciar novos grupos, colaborando com a propagação desta prioridade da arquidiocese na sua paróquia ou comunidade.

6. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conversar sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da comunidade (água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações e de lazer, etc.), a fim de que o

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grupo esteja sempre atento, valorizando a vida e colaborando com o bem-estar da comunidade.

7. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o com­promisso sugerido para um encontro for difícil de ser executado, escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação.

8. CONTINUIDADE: Manter o grupo bem unido e articulado, moti-vando-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano, ou seja: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.

9. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Para o bom funcionamento dos GBF em nível paroquial é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado no planejamento paroquial.

– É importante que os coordenadores(as) e animadores(as) se re-únam e tracem um planejamento para todo o ano, com reuniões periódicas na comunidade e em nível paroquial; formação para animadores e animadoras; temas de estudos; celebrações e lan-çamento dos livretos, conforme o tempo litúrgico.

10. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto. Avaliando é que se aprende a melhorar a qualidade do nosso traba-lho de evangelização. Após o último encontro, provoque o grupo a fazer a avaliação em conjunto, seguindo o questionário que está no final do livreto, e envie para:

Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em FamíliaRua Esteves Junior, 447 – Centro CEP: 88015-130 – Florianópolis/SC

E­mail: [email protected]

Obrigado pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!

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Nota introdutória e explicativa referente ao livreto do Tempo Comum.

Como os Grupos Bíblicos em Família caminham em unidade com a Igreja em Santa Catarina, o nosso livreto para o Tempo Comum deste ano apresenta alguns aspectos diferentes, desde a capa até os conteúdos de alguns encontros. Para melhor compreensão dessa particularidade, vão aqui algumas explicações gerais:

1. Toda a Igreja no Brasil é representada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e está dividida em 17 Regionais, de acordo com as regiões do país (norte, nordeste, leste...): Norte 1; Norte 2; Noroeste; Nordeste 1; Nordeste 2; Nordeste 3; Nordeste 4; Nordeste 5; Oeste 1; Oeste 2; Centro Oeste; Leste 1; Leste 2; Sul 1; Sul 2; Sul 3; Sul 4. As dez dioceses do nosso Estado formam o Regional Sul 4 da CNBB. Daí, o mapa do Estado na capa deste livreto.

2. Todas as dioceses do Regional Sul 4 têm como uma prioridade pastoral os Grupos de Reflexão/Família (GR/F), com nomes e siglas diferentes: Grupos Bíblicos em Família (GBF); Grupos de Reflexão Bíblicos (GRB); Grupos de Reflexão (GR); Grupos de Reflexão/Família (GR/F); Grupos de Família (GF).

3. Anteriores a esses grupos de evangelização, existiam no Brasil – e continuam a existir – as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), as quais têm a prática de celebrar, a cada quatro anos, um grande Encontro Estadual, sempre em outra diocese, e um Encontro Intereclesial, em um dos Regionais da CNBB.

4. Em abril de 2012 acontecerá em nossa Arquidiocese o 11º. Encontro Estadual das CEBs, com o tema: Justiça e Profecia a Serviço da Vida; e em 2014, na cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, o 13º. Intereclesial das CEBs, com o mesmo tema, e o lema: “CEBs romeiras do Reino no campo e na cidade”.

5. Em preparação ao evento em nossa Arquidiocese, e como expressão de comu-nhão eclesial no nosso Regional, surgiu a proposta de cada diocese contribuir este ano com um tema para o livreto dos grupos das demais dioceses.

6. Assim, no presente livreto, após a Celebração Inicial para o Tempo Comum, teremos um 1º. Bloco de encontros com o tema geral: Rumo ao 11º. Encontro Estadual das CEBs em 2012, constando de 8 Encontros com temas elaborados pelas dioceses de Criciúma, Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Tubarão, Rio do Sul, Joinville e Lages, ligeiramente adaptados à nossa arquidiocese; e um 2º. Bloco, com temas inspirados pelas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) aprovadas na última assembleia da CNBB, concluindo com uma Celebração Final do Tempo Comum.

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1º BLOCO

RUMO AO 11º ENCONTRO ESTADUAL DAS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE

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Celebração inicial

JUSTIÇA E PROFECIA “O Espírito do Senhor

Deus está sobre mim...” (Is 61,10).

Símbolos: Bíblia, casinha, Círio Pascal ou vela, incen-so, colcha de retalhos (diversidade dos nossos grupos e das nossas comunidades), mapa de Santa Catarina, se for possível, fotos que mar-caram a vida da comunidade e da Igreja e velas para todos os participantes.

Momento de Meditação

(A Equipe de animação saúda a todos(as), convidando-os para um clima de oração, cantando.)

Mantra: /: Onde reina o amor, fraterno amor, onde mora o amor, Deus aí está. :/ (3X).

Motivação e oração inicial

Animador(a)1: Irmãos e irmãs participantes dos Grupos Bíblicos em Família, celebramos com entusiasmo nossa caminhada de “Igreja nas casas”, no compromisso de assumir, agora, uma nova jornada de trabalho, nesse novo tempo litúrgico, o Tempo Comum, que inicia no Domingo da Santíssima Trindade.

A 2: Rezando e refletindo os encontros do Tempo Comum, caminharemos em comunhão com toda a Igreja em Santa Catarina, celebrando nos-sa caminhada de fé em defesa da vida humana e de toda a criação, também rumo ao 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

(Num clima de preparação para a celebração, vão entrando os símbolos: casinha, colcha de retalhos, o mapa de Santa Catarina, fotos que marcaram

a vida da comunidade e da Igreja, enquanto cantamos.)

Canto: Hino dos GBFs

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/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/

1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram/ em torno da Bíblia, Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam,/ na prece entrelaçam a terra e os céus.

A 1: Em comunhão com toda a Igreja, abraçamos a missão que nos é confiada, e unidos anunciaremos o seu Reino de verdade, justiça, paz e amor. Saudamos com alegria a Santíssima Trindade, a melhor comunidade:

Todos(as): O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

A 2: A Oração do Ofício Divino das Comunidades é uma proposta de oração eclesial e popular, bíblica e litúrgica, que nos ajuda a unir fé e vida na dimensão social e pessoal, no louvor, na escuta e na prece. Cantemos ou rezemos:

– Venham, ó nações, ao Senhor cantar! Ao Deus do universo venham festejar! (bis)

Seu amor por nós é firme para sempre, sua fidelidade dura eternamente! (bis)

(Nesse momento acende-se o Círio ou a vela, luz de Cristo, que ilumina nossos caminhos.)

– Ó luz radiosa, do Pai esplendor, a ti rendemos glória, nosso Salvador! (bis)

És a luz do mundo, és a luz da vida, Cristo Jesus, resplandece, és nossa alegria. (bis)

(Agora se oferta o incenso [ervas aromáticas], como símbolo de louvor, oferenda elevada a Deus.)

– Suba nosso incenso a ti, ó Senhor! Este louvor pascal, oferta de amor. (bis)

Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito! (bis)

Aleluia, irmãs, aleluia, irmãos! Glória a Jesus Cristo, nossa salvação! (bis)

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Momento da recordação da vida

A 1: O tema da nossa celebração é: “Justiça e profecia a serviço da vida”. É o mesmo tema do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que constitui o fio condutor do 1º bloco do nosso livreto. Ao longo dos 08 primeiros encontros, conheceremos um pouco da realidade das dioceses que compõem o Regional Sul 4, a Igreja em Santa Catarina.

A 2: Em comunhão com todas essas dioceses, que nesse tempo fazem as mesmas reflexões, vamos recordar momentos de alegria, bem como fatos e testemunhos de luta na defesa da vida em todas as suas dimensões.

(Neste momento podemos lembrar-nos de fatos ou acontecimentos vividos na comunidade em favor da vida. Após a partilha, cantemos.)

Canto: Baião das comunidades

/: Somos gente nova vivendo a união, somos povo semente de uma nova nação, ê, ê... Somos gente nova vivendo o amor, somos comunidade, povo do Senhor, ê, ê... :/

1. Vou convidar os meus irmãos trabalhadores, operários, lavradores, biscateiros e outros mais. E juntos vamos celebrar a confiança, nossa luta na esperança de ter terra, pão e paz, ê, ê.

A 1: Em vista do 11° Encontro Estadual, vamos conhecer um pouco mais sobre as Comunidades Eclesiais de Base, em nosso Estado e na nos-sa Arquidiocese. Tendo consciência de sua missão evangelizadora, elas celebram, no chão da vida, as experiências do encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, na missão profética de anunciar o Reino de Deus.

Leitor(a) 1: Inspiradas pelo Espírito de Deus, as Comunidades Eclesiais de Base nasceram do grito de homens e mulheres que se fizeram voz do povo de Deus no clamor por justiça em favor dos excluídos.

L 2: No seguimento de Jesus, as Comunidades Eclesiais de Base são centradas na Palavra de Deus, na partilha, na Eucaristia, na caridade e na opção preferencial pelos pobres.

Canto: /: CEBs têm um rosto, e o rosto é de Deus. Cuidemos da vida, presente que ele nos deu. :/

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L 3: São comunidades fundamentadas nas experiências das primeiras comunidades cristãs. Exercem a profecia, irradiando a Palavra de Deus e o amor libertador de Jesus, denunciando as injustiças contra a vida.

L 4: São sal e fermento do Reino, na construção de uma sociedade fun-damentada na paz, na justiça e no amor fraterno do Cristo vivo entre nós.

Canto: /: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça. E tudo o mais vos será acrescentado. Aleluia. :/

L 1: As Comunidades Eclesiais de Base constroem redes de comunidades, inclusive de caráter ecumênico, que trabalham em prol de condições de vida digna para todos, principalmente os pobres, os oprimidos, os marginalizados...

T: “Aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça para o órfão, defendei a causa da viúva” (Is 1,17).

A 2: Dom Dimas Lara Barbosa diz na apresentação do Documento 92: “Mensagem ao Povo de Deus sobre as Comunidades Eclesiais de Base”, que as CEBs são hoje, teologicamente, uma experiência ecle-sial amadurecida, uma ação do Espírito de Deus no horizonte das urgências de nosso tempo.

L 2: As Comunidades Eclesiais de Base constituem, em nosso país, uma realidade que expressa um dos traços mais dinâmicos da vida da Igreja.

T: Elas continuam sendo um “sinal da vitalidade da Igreja”. L 3: Os discípulos e discípulas de Cristo nelas se reúnem para uma atenta

escuta da Palavra de Deus, para a busca de relações mais fraternas, para celebrar os mistérios cristãos em sua vida e para assumir o compromisso de transformação da sociedade.

Canto: /: CEBs têm um rosto, e o rosto é de Deus. Cuidemos da vida, presente que ele nos deu. :/

A 1: Tanto os Grupos Bíblicos em Família como as Comunidades Eclesiais de Base têm como centro de sua espiritualidade a Palavra de Deus, na qual se inspiram para viver a dimensão fraterna, a missão profética e evangélica da opção preferencial pelos pobres e a promoção humana, nos meios urbanos e rurais.

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Canto: Nesta mesa da irmandade

1. Nesta mesa da irmandade, a nossa comunidade se oferece a ti, Senhor. Nosso sonho, nossa luta, nossa fé, nossa conduta te entregamos com amor.

/: Novo jeito de sermos Igreja nós buscamos, Senhor, na tua mesa! :/

Momento da Palavra Deus

A 2: A Palavra de Deus nos conduz à libertação e ao compromisso de construir um Reino de justiça, fraternidade e paz, em busca de um novo céu e uma nova terra. Animados pelo Espírito de Deus, vamos acolher a Palavra, cantando:

Canto: A comunidade dança alegre e canta

/: A comunidade dança alegre e canta, acolhendo agora a Palavra santa. :/

1. A Palavra vem, fala ao coração. Chega como a chuva, fecun-dando o chão.

Leitor(a) da Palavra – Leitura do livro do Profeta Isaías 61,1-4.

(Em silêncio, vamos interiorizar a Palavra de Deus. Em seguida, fazer um cochicho e comentar o texto que ouvimos.)

Momento de partilha e reflexão da Palavra de Deus

A 1: Vamos refletir um pouco mais o texto bíblico.a) Quais as palavras do texto que mais nos chamaram a atenção?b) O que esse texto nos diz?c) Qual a relação do texto bíblico com o tema da nossa reflexão?

(Tempo para conversa.)

A 2: O texto do profeta Isaías, que ouvimos e refletimos, é o anúncio da libertação, da esperança e da Boa-Notícia do Reino, dirigido a uma sociedade estruturada no poder, na hipocrisia, na opressão e em várias práticas de injustiça contra o projeto de Deus, que é vida em abundância para todos.

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T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

L 4: O profeta Isaías nos faz um forte apelo para anunciar e testemunhar a justiça, a fraternidade e a solidariedade na sociedade em que vive-mos, muito marcada pela desigualdade social que gera sofrimento, preconceito e exclusão.

L 1: No evangelho escrito por Lucas, Jesus retoma a profecia de Isaías, mostrando-nos o caminho para deixarmos o comodismo, o indivi-dualismo, e para termos atitudes de conversão e libertação para a transformação da sociedade.

T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me ungiu para anun-ciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

L 2: O modo de evangelizar dos Grupos Bíblicos em Família e das Co-munidades Eclesiais de Base vem ao encontro do que Deus pede no texto de Isaías: o anúncio da Boa-Notícia do Reino de Deus.

T: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado” (Lc 4,43).

Canto: Dentro de mim

1. Dentro de mim existe uma luz que me mostra por onde deverei andar. Dentro de mim também mora Jesus, que me ensina a buscar o seu jeito de amar.

/: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos da paz. :/

Compromisso

A 1: Qual é a nossa resposta a Deus diante do que ouvimos e refletimos na sua Palavra, através do profeta Isaías?

(Tempo para conversar e assumir um compromisso em resposta a Deus.)

Momento orante

A 2: Os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base, seguindo o caminho de Jesus Cristo, querem ser expressão viva de uma

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Igreja que se renova animada pelo Espírito Santo, assumindo seu lugar na comunidade e na sociedade, testemunhando o amor preferencial de Deus pelos pobres e por toda a humanidade.

(Acender as velas e em seguida rezar.)

T: Que Maria, mãe de Deus e da Igreja, abençoe os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base do nosso Estado, para que floresçam ainda mais, em nossas comunidades e paróquias, com sua riqueza educadora e evangelizadora (cf. DAp).

A 1: Jesus venceu a morte pela Ressurreição. Unidos a ele, queremos vencer toda forma de injustiça e todo mal do mundo. Animados pelo Espírito de Deus, com as velas acesas em nossas mãos, digamos:

T: “Brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras...” (Mt 5,16).

A: Deus, fonte de vida e de luz, afaste de nós toda escuridão e fique conosco. Deus de amor, ternura e compaixão nos abençoe, agora e sempre.

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém! A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. T: Para sempre seja louvado! Canto: Maria do sim

/: Maria do sim, ensina-me a viver meu “sim”. Oh, roga por mim, que eu seja fiel até o fim. :/

1. Um dia, Maria deu o seu “sim”, mudou-se a face da terra, porque pelo “sim” nasceu o Senhor, e veio morar entre nós o amor.

2. Um dia eu dei também o meu “sim”, um “sim” que mudou minha vida. Porque dar um “sim” é igual a morrer, a fim de que Deus possa em nós viver.

3. Ensina­me a ser fiel como tu, vivendo meu “sim” cada dia. Que eu possa no mundo ser um sinal da tua humildade, Maria.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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1º Encontro – Diocese de Criciúma

JUSTIÇA E PROFECIA A SERVIÇO DA VIDA

“Eu ponho minhas palavras na tua boca” (Jr 1,9b).

Ambiente: A Palavra de Deus, vela, casinha, flores, gravuras, fotos de profetas conhecidos de ontem e de hoje, que marcaram a caminhada da nossa Igreja, ou escrever seus nomes em pedaços de cartolina ou folhas de papel.

Acolhendo os irmãos e irmãs

Alguém da casa: Nossa família está muito feliz com a presença de todos vocês nesta noite. Este é o nosso momento de oração em família. Que todos se sintam à vontade como se estivessem na própria casa.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, iniciamos nosso encontro, partilhando os compromissos que assumimos no encontro anterior.

(Tempo para a partilha.)

A: Nossa Igreja do Estado de Santa Catarina, o Regional Sul IV da CNBB, está se preparando para o 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que irá acontecer em 2012, na nossa Ar-quidiocese. Também em 2014, na Diocese de Crato, no Ceará, vai acontecer o 13º Encontro Intereclesial das CEBs. Hoje iremos refletir o tema desses dois grandes encontros:

Todos(as): Justiça e Profecia a Serviço da Vida. A: Saudamos, com alegria, a Santíssima Trindade, a melhor comunidade.

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.A: Façamos, em dois lados, parte da oração escrita por D. Pedro

Casaldáliga, adaptada para o 11º Estadual das CEBs.

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T: Deus da vida e do amor, Pai de Jesus e Pai nosso, Santíssima Trindade, a melhor comunidade: abençoai as nossas CEBs, rumo ao 11º Estadual, que iremos celebrar em Florianópolis.

Lado A: Ajudai-nos a reacender, sempre mais, a nossa paixão pelo Reino, no seguimento de Jesus.

Lado B: À luz da Bíblia e na mesa da Eucaristia, na opção pelos pobres, em diálogo ecumênico e ecológico, na defesa dos Direitos Humanos, sobretudo dos Povos Indígenas e Quilombolas.

Lado A: No cuidado da Terra, nossa mãe. Em família e na comunidade eclesial, no trabalho, na política, no movimento popular, crianças, jovens e adultos, mulheres e homens.

Lado B: Denunciando a economia neoliberal dos grandes projetos depre-dadores, da seca, da cerca, do consumismo e da exclusão.

T: Mãe das Dores e das Alegrias, ensinai-nos a sermos CEBs ro-meiras do Reino, no campo e na cidade, fermento de justiça, de profecia e de esperança pascal. Proclamando a Boa-Nova do Evangelho sobretudo com a própria vida, que é “o melhor pre-sente que Deus nos deu”.

A: Venha sobre nós, Senhor, a vossa graça.

T: Da mesma forma que em vós nós esperamos.Canto: /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar! :/

Acolhendo a Palavra de Deus

A: A Palavra de Deus nos mostra que ser profeta é receber um chamado muito especial da parte de Deus. No tempo do povo de Israel, Deus suscitava profetas, homens e mulhe-res, que anunciavam sua Palavra e denunciavam as injustiças. O profeta Jeremias foi um desses que sentiu no coração o chamado especial de Deus. Vejamos como foi o seu chamado e qual foi a missão que o Senhor lhe confiou. Vamos aclamar a Palavra de Deus.

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Canto: Pela Palavra de Deus

/: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. :/

1. Cristo me chama, Ele é Pastor. Sabe meu nome. Fala, Senhor.

Leitor(a) da Palavra: Leitura do Livro do profeta Jeremias 1,1-10: A vocação de Jeremias.

(Momento de interiorização da Palavra de Deus. Em seguida, contar ou reler o texto.)

Refletindo a Palavra de Deus

A: Jeremias era ainda jovem quando teve uma forte experiência com Deus; desde cedo, quando ainda estava no ventre materno, sentiu-se chamado.

T: “Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia; antes de saíres do ventre, eu te consagrei e te fiz profeta para as nações” (Jr 1,5).

Leitor(a) 1: Sua primeira reação diante do chamado foi de alguém que se sente incapaz para uma missão tão complexa.

T: Eu respondi: “Ah! Senhor Deus, não sei falar, sou uma criança” (Jr 1,6).

L 2: Mas o Senhor não se deixa vencer pelos argumentos humanos; é ele quem escolhe e prepara o profeta.

T: O Senhor me respondeu: “Não digas: ‘Sou uma criança’, pois a quantos eu te enviar, irás, e tudo o que eu te mandar dizer, dirás” (Jr 1,7).

L 3: O Senhor também infundia coragem no seu escolhido, para que ele não se deixasse dominar pela insegurança.

T: “Não tenhas medo deles, pois estou contigo para defender-te” – orá-culo do Senhor. “Eu ponho minhas palavras na tua boca” (Jr 1,8).

L 1: A missão do profeta não era fácil. Sua responsabilidade era fazer o povo de Israel caminhar na luz da Palavra de Deus. Por isso enfrentou muitos inimigos.

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T: “Vê: hoje eu te coloco contra nações e reinos, para arrancar e para derrubar, devastar e destruir, para construir e para plantar” (Jr 1,10).

L 2: O profeta tem que ser forte, porque o Senhor exige dele vigilância, firmeza, fidelidade e perseverança.

T: “Tu, porém, põe-te em prontidão, fica de pé e anuncia-lhes tudo o que eu te mandar dizer” (Jr 1,17).

L 3: Na missão do profeta, a sua força é a confiança na fidelidade do Se-nhor; sua única segurança é o próprio Senhor, que não desampara o escolhido.

T: “Hoje eu faço de ti uma cidade fortificada, uma coluna de ferro, um muro de bronze, para enfrentar o país inteiro: os reis de Judá e seus chefes, os sacerdotes e o povo do país. Farão guerra contra ti, mas não te vencerão, porque estou contigo para te defender” – oráculo do Senhor (Jr 1,18-19).

Canto: Se calarem a voz dos profetas

1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão; se fecharem uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão. Muito tempo não dura a verdade nestas margens estreitas demais: Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais!

/: É Jesus este pão de igualdade. Viemos pra comungar com a luta sofrida do povo que quer ter voz, ter vez, lugar! Co-mungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. Com a fé e união, nossos passos um dia vão chegar! :/

Partilhando a Palavra

A: Os profetas eram pessoas que não concordavam com as injustiças. Quando percebiam que a comunidade se desviava de sua missão, manifestavam-se contra, denunciavam os erros e desvios e anuncia-vam a vontade de Deus.

T: O profeta deve conservar a esperança e a fé do povo no Deus da vida.

L 1: Hoje também ainda temos muito que denunciar: os abusos do poder, a concentração de riquezas e do saber, quando esses bens deveriam ser postos a serviço de Deus e das pessoas. É preciso denunciar a opressão, o sofrimento e morte do povo pobre e humilde.

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T: Ficar calado ou ser indiferente é o mesmo que concordar com as atitudes daqueles que provocam sofrimento e morte.

L 2: Temos também que anunciar a Justiça e a Verdade, como valores do evangelho que conduzem à felicidade; praticar a solidariedade e a unidade, como meio para recuperar a dignidade e as relações de justiça social.

T: Anunciar a Boa-Notícia do Reino de Deus, onde todos são reco-nhecidos e amados, com todas as suas qualidades e limitações; onde as relações serão de irmãos e irmãs, capazes de dialogar, de perdoar-se mutuamente.

L 3: Anunciar que somos capazes de nos ajudar uns aos outros, fazendo que fortes e fracos se sintam pertencentes ao povo e à comunidade, onde a sabedoria e a autoridade se convertem em serviço concreto com atenção maior aos mais pequenos e fracos.

T: Devemos anunciar que o Deus da vida não se afastou da sua cria-ção. Ele participa da nossa vida. Só alcançaremos a verdadeira felicidade, à medida que formos fiéis ao seu projeto de vida.

Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. :/

Para refletir

– Assim como o profeta Jeremias, temos coragem de aceitar o convite de Deus para sermos profetas em nossa comunidade e sociedade? Como?

(Tempo para conversar.)

Canto: Momento novo

1. Deus chama a gente pra um momento novo, de caminhar junto com seu povo. É hora de transformar o que não dá mais; sozinho, isolado, ninguém é capaz.

/: Por isso vem, entra na roda com a gente também; você é muito importante! :/ Vem!

2. Não é possível crer que tudo é fácil; há muita força que produz a morte: gerando dor, tristeza e desolação. É necessário unir o cordão.

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A: A profecia hoje não é missão de uma única pessoa, mas é missão de todos nós, dos grupos, das comunidades e dos povos inteiros, que denunciam e gritam por justiça, por respeito à vida humana e à vida da natureza. Quais são os profetas do nosso tempo que conhecemos?

(Conversar, lembrando os nomes de homens e mulheres que se destacam na luta pela vida na nossa comunidade ou no nosso País.)

Canto: /: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar, e neste dia os oprimidos numa só voz a liberdade irão cantar. :/

Rezando juntos

A: Lembrando esses homens e mulheres corajosos, vamos fazer nossas preces e súplicas espontâneas.

(A cada dois pedidos, rezamos.)

T: Ajudai-nos a reacender sempre mais a nossa paixão pelo Reino, no seguimento de Jesus.

A: Rezemos, pedindo ao Pai que tenhamos força e coragem para cons-truirmos um mundo mais justo, fraterno e solidário:

T: Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...

Gesto concreto

A: O tema e a Palavra de Deus que refletimos hoje nos levam a assu-mir compromisso diante dos desafios em que vivemos, e nos fazem recordar os mártires que doaram sua vida, testemunhando o amor e os ensinamentos de Jesus Cristo. Diante de tudo isso, o que iremos fazer de concreto em prol da nossa comunidade?

(Nesse momento podemos dizer os nomes dos nossos profetas. Em seguida, conversar sobre o compromisso que vamos

assumir até o próximo encontro.)

Bênção

A: O Senhor nos abençoe e nos guarde. T: Amém.

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A: O Senhor nos mostre sua face e tenha misericórdia de nós. T: Amém. A: O Senhor volva seu rosto para nós e nos dê a paz (cf. Nm 6,24-26). T: O Senhor nos abençoe, Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo.

Amém. Sagrado Coração de Jesus, nós temos confiança em vós.

Canto: Uma Igreja que olha para frente.

1. Uma Igreja que olha para frente, com projetos em nome do Se-nhor, tem o Cristo consigo, bem presente, faz de todos irmãos vivendo o amor.

/: Abertos ao Espírito, conscientes da missão, queremos ser Igreja, povo em comunhão :/

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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2º Encontro – Diocese de Blumenau

CEBs “ROMEIRAS DO REINO” NO CAMPO E NA CIDADE

“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei

descanso” (Mt 11,28).

Símbolos: Bíblia, cruz, terra, água, flores, casinha, imagem ou nomes dos santos de romaria e símbolos dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), se possível.

Acolhida: A pessoa da casa acolhe os participantes do grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, como Grupos Bíblicos em Família fazendo comunhão com todas as dioceses do Estado de Santa Catarina, vamos partilhar recordando os Encontros Estaduais e Intereclesiais das Comunidades Eclesiais de Base e/ou de romarias de que já participamos.

(Tempo para as pessoas conversarem sobre as romarias e os encontros das CEBs citados acima.)

Canto: /: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós somos todos viajantes, mas é difícil sempre andar! :/

A: No encontro de hoje vamos refletir sobre o tema: CEBs “Romeiras do Reino” no campo e na cidade. Somos um povo que caminha. Cami-nhando rumo ao Pai, saudamos a Trindade Santa:

Todos(as): Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém. A: Em comunhão com os grupos das Comunidades Eclesiais de Base,

rezemos a Oração escrita por D. Pedro Casaldáliga em preparação ao 13º Encontro Intereclesial das CEBs:

T: Deus da vida e do amor, Pai de Jesus e Pai nosso, Santíssima Trindade, a melhor comunidade: abençoai as nossas CEBs, rumo

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ao 13º Encontro Intereclesial, que iremos celebrar no coração alegre e forte do Nordeste, nas terras do Pe. Cícero e do Pe. Ibiapina, do beato Zé Lourenço e da beata Maria de Araújo, e de tantos sofredores e lutadores, profetas e mártires da caminhada, no Brasil, em nossa América, no mundo solidário.

Lado A: Ajudai-nos a reacender sempre mais a nossa paixão pelo Reino, no seguimento de Jesus:

Lado B: à luz da Bíblia e na mesa da Eucaristia, na opção pelos pobres, em diálogo ecumênico e ecológico, na defesa dos direitos humanos, sobretudo dos povos Indígenas e Quilombolas,

Lado A: no cuidado da terra, nossa mãe, em família e na comunidade ecle-sial, no trabalho, na política, no movimento popular, crianças, jovens e adultos, mulheres e homens,

Lado A: denunciando a economia neoliberal dos grandes projetos de pre-dadores, da seca, da cerca, do consumismo e da exclusão.

Lado B: Mãe das Dores e das Alegrias, ensinai-nos a sermos CEBs romei-ras do Reino, no campo e na cidade, fermento de justiça, de profecia e de esperança pascal,

T: proclamando a boa nova do Evangelho, sobretudo com a própria vida, que é “o melhor presente que Deus nos deu”. Amém, axé, auerê, aleluia.

Canto: /: Em procissão, em romaria, romeiro ruma para a casa de Maria. Para sair do cativeiro, romeiro vai buscar a paz em Juazeiro. :/

Refletindo o tema

A: As Comunidades Eclesiais de Base são Romeiras do Reino, que caminham rumo ao Pai em busca da vida plena. São comunidades proféticas, denunciadoras da injustiça social, que fere a vida da hu-manidade e do planeta, e anunciadoras da esperança em busca de um mundo melhor.

Leitor(a) 1: São pequenas comunidades, povo simples e humilde, povo que faz a experiência de caminhar com Jesus como romeiros e peregrinos do Reino.

T: CEBs, Romeiras do Reino no campo e na cidade.L 2: O povo de Deus sempre fez experiências de caminhadas em busca

de libertação e de melhores condições de vida: Abraão e Sara, em

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busca de terra e água; os filhos de Jacó, em busca de alimentos; os exilados da Babilônia que voltavam para a Palestina.

L 3: O povo de Israel realizava as romarias anuais para Jerusalém, inclusive a família de Nazaré, para celebrar a festa da Páscoa, das Tendas, de Pentecostes, e outras...

T: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor. Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém” (Sl 122,1).

L 1: Os romeiros e romeiras do Reino fazem a experiência do encontro com Jesus Cristo na fé e na oração junto aos irmãos e irmãs.

L 2: Organizam-se em romarias na busca de uma sociedade mais justa e igualitária, fortalecendo-se no entusiasmo da partilha da Palavra e do pão.

L 3: Num ambiente onde se cultiva a gratuidade, o amor e o bem comum, aparece a solidariedade, a partilha, que é a força dos pequenos e pobres, peregrinos e romeiros:

T: “Gente simples, fazendo coisas pequenas em lugares pouco impor-tantes, consegue mudanças extraordinárias” (Provérbio africano).

A: Os romeiros, povo simples e humilde, fazem romarias para pedir a intercessão dos Santos, pagar promessas, agradecer as graças rece-bidas, louvar a Deus e pedir os seus favores. São várias as romarias que conhecemos, e muitas delas se dirigem a Santuários e lugares especiais de peregrinação:

T: Aparecida do Norte; Nossa Senhora de Nazaré; Senhor Bom Je-sus de Iguape; Bom Jesus do Bonfim; São Francisco de Canindé; Padre Cícero, em Juazeiro do Norte; Bom Jesus de Pirapora; Beata Albertina Berkenbrock; Santa Paulina; Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Angelina; Nossa Senhora de Azambu-ja, aqui perto de nós, e muitos outros Santuários de devoções populares.

Canto: /: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar um novo hino de unidade, amor e paz. :/

Momento da Palavra de Deus

A: A Bíblia nasce da caminhada de um povo que caminha com Deus, que nos leva a refletir a vida. Na leitura do Evangelho que iremos

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ouvir, Deus se revela aos pequeninos e humildes. Com alegria, vamos acolher a Palavra de Deus, cantando:

Canto: Quando o Espírito de Deus soprou

1. Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou, a esperança na terra brotou, e um povo novo deu-se a mão e caminhou!

/: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador. Justiça e paz hão de reinar, e viva o amor. :/

Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo escrito por Mateus, 11,25-30.

(Tempo para meditar a Palavra.)

A: No Evangelho, Jesus acolheu todas as pessoas, especialmente os pequeninos. Vamos refletir:– Por que Jesus louva o Pai?– Quem Jesus chama para junto de si e para que?– Que convite Jesus faz aos que estão cansados e pequeninos?– Qual a condição para sermos discípulos e discípulas de Jesus?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: No texto bíblico que lemos e refletimos, Jesus diz que o Pai revela aos simples e pequeninos um jeito todo especial de vivenciar a fé.

L 1: Jesus é enviado pelo Pai para anunciar o Reino. Ele vem para aliviar o fardo pesado, muitas vezes causado pela opressão dos sábios e poderosos...

T: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos peque-ninos” (Mt 11,25).

L 2: Enquanto os sábios e os inteligentes muitas vezes se fecham na sua arrogância, prepotência, ganância e poder, não reconhecendo a ação de Deus que se manifesta em Jesus, os pequeninos, os simples, os humildes compreendem o seu anúncio do Reino.

T: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,25).

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A: Como Igreja, somos um povo que caminha em busca de um novo céu e uma nova terra, somos colaboradores na construção do Reino de Deus.

L 3: Em nossas Comunidades encontramos muita gente humilde, cansa-da, desanimada, mas que busca em Jesus a esperança, a força, o descanso, a paz e a alegria de viver.

T: “Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração...” (Mt 11,28).

L 1: Os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base querem ser espaço de evangelização, onde as pessoas partilham alegrias e esperanças, angústias e sofrimentos, sentindo-se acolhidas e amadas.

L 2: Este jeito de vivenciar a fé, de ser Igreja, é importante para a vida cotidiana, seja em áreas urbanas ou rurais, pois ajuda as pessoas a se organizarem em pequenos grupos em busca de uma vida em plenitude.

T: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração se-melhante ao vosso.

A: Precisamos ser peregrinos, sair de nós mesmos, ir ao encontro de pessoas a quem podemos ajudar a se encontrarem com Jesus.

Canto: /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar. :/

Gesto concreto

A: A reflexão de hoje nos leva a assumir compromissos em busca de um mundo melhor e mais fraterno:a) Aproximar-nos das pessoas que muitas

vezes passam por momentos difíceis: escutá-las, oferecer-lhes ajuda...

b) Convidar o grupo para mobilizar a comunidade e juntos buscar melhores condições de vida, como, p.ex.: saneamento básico, conscientização na reciclagem do lixo, Posto de Saúde, creches comunitárias ou domiciliares, e outras necessidades urgentes...

c) Fazer nossas romarias aos santuários como verdadeiro ato de fé e oração, e não apenas como excursão, lazer...

(Tempo para conversar.)

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Oração e bênção

A: Durante esse Tempo Comum, as dioceses, paróquias e comunidades do nosso Estado se reúnem nos pequenos grupos, preparando-se para participar do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) em nossa Arquidiocese. Pedimos ao Pai que ilumine nossos momentos de reflexão, rezando:

T: Pai nosso... Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo...A: Com a presença de Maria, Mãe de Jesus e nossa, pedimos sua pro-

teção para as mulheres, que são a grande maioria na nossa Igreja, trazendo um toque feminino, materno, cheio da ternura de Deus. Saudamos a Mãe de Jesus, rezando:

T: Ave Maria, cheia de graça...A: Que Deus nos abençoe, nos proteja e nos dê forças para continuarmos

firmes na missão que nos foi confiada, T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém. Canto: Maria, mãe dos caminhantes

/: Maria, mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós somos todos viajantes, mas é difícil sempre andar! :/

1. Fizeste longa caminhada para servir a Isabel, fazendo-te de Deus morada, após teu sim a Gabriel.

2. Depois de dura caminhada para a cidade de Belém, não encon-traste lá pousada; mandaram-te passar além.

3. Com fé fizeste a caminhada, levando ao templo teu Jesus, mas lá ouviste da espada, da longa estrada para a cruz.

4. Humilde foi a caminhada em companhia de Jesus, quando pre-gava sem parada, levando a todos sua luz.

5. Vitoriosa caminhada fez finalmente te chegar, ao céu, à meta da jornada dos que caminham sem parar!

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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3º Encontro – Diocese de Chapecó

A JUSTIÇA DE DEUS NA BÍBLIA E NA VIDA

“O fruto da justiça será a paz”! (Is,32,17a).

Ambiente: Um lugar de destaque para a Bíblia, vela, casinha, uma balança, terra, água, sementes crioulas, se for possível, e flores naturais.

Acolhida: Pode ser feita pelos moradores da casa.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Como é bom nos encontrarmos para refletir sobre a Palavra de Deus em nossa vida! Com alegria, podemos dar um forte abraço em nossos amigos e amigas e dizer: “O Deus que está em mim acolhe você”!

(No momento do abraço da acolhida, se possível uma música em CD, ou após o abraço um canto conhecido pelo grupo.)

A: Hoje nos reunimos para refletir sobre “A Justiça de Deus na Bíblia e na vida”. O assunto do nosso encontro aborda o tema: Justiça e pro-fecia a serviço da vida, do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base, que acontecerá em 2012.

Todos(as): Somos chamados e enviados por Deus para denunciar to-das as formas de injustiça e anunciar a justiça de Deus em meio a uma sociedade que marginaliza e maltrata a vida.

A: Na certeza da presença de Deus Pai e Mãe, que nos criou no amor, do Filho, que nos ensinou a praticar a justiça, e do Espírito Santo, que nos impulsiona na ação da justiça e da paz, acolhemos a presença da Santíssima Trindade no nosso meio, rezando:

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. A: Rezemos, em dois lados, o Salmo 85,8-14.

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T: Mostra-nos, Senhor, a tua misericórdia e dá-nos a tua salvação.Lado A: Ouvirei o que diz o Senhor Deus: ele anuncia paz para seu povo,

para seus fiéis, para quem volta para ele de todo o coração. Sua sal-vação está próxima de quem o teme, e sua glória habitará em nossa terra.

T: Misericórdia e fidelidade se encontram, justiça e paz se abraçam. Lado B: A fidelidade brota da terra, e a justiça se inclina do céu. Quando o

Senhor conceder o seu bem, a nossa terra dará seu fruto. Diante dele caminhará a justiça, e a salvação seguirá seus passos.

T: Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo...Canto: Se calarem a voz dos profetas

Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão; se fecharem uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão. Muito tempo não dura a verdade nestas margens estreitas demais: Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais! /: É Jesus este pão de igualdade. Viemos pra comungar com a luta sofrida de um povo que quer ter voz, ter vez, lugar! Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. Com a fé e união, nossos passos um dia vão chegar! :/

A realidade nos questiona

A: A sociedade capitalista do mundo provoca a fome da humanidade, sempre marcada por muitas injustiças. Basta ver a concentração da riqueza: dois terços da humanidade passam fome num mundo de fartura.

Leitor(a) 1: No Brasil, 46% da terra estão nas mãos de 1% de proprietários, 10% dos mais ricos são donos de quase a metade da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres ficam com apenas 13,3% da renda.

L 2: O agro-negócio, hidro-negócio e as grandes empresas desmatam, com a desculpa de aumentar a produtividade; as monoculturas são privilegiadas, as sementes são modificadas geneticamente, usam­se agrotóxicos, deixando um rastro de destruição e morte. Só em 2009, cada brasileiro ingeriu 5,2 litros de venenos.

T: Nosso planeta está sofrendo com a exploração desenfreada dos recursos naturais.

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Canto: /: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

A: Essa realidade ameaça e destrói a vida. Não podemos ficar no con-formismo, indiferentes, como já dizia o cantor Zé Geraldo:

T: “Isso tudo acontecendo, e eu, aqui na praça, dando milho aos pombos”.

L 3: Precisamos ser uma Igreja impulsionada pelo Evangelho de Jesus, atenta aos clamores da natureza e dos filhos e filhas da terra.

L 4: Uma Igreja samaritana, que vai ao encontro dos caídos e assume essa clara opção pelos empobrecidos, a fim de ajudá­los no processo da libertação.

A: Para impulsionar esta caminhada de uma Igreja comprometida com a vida do povo de Deus e com a transformação da sociedade, estará acontecendo, em 2012, o 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), aqui na nossa Arquidiocese, com o tema:

T: Justiça e Profecia a Serviço da Vida.L 1: Nessa caminhada, queremos fortalecer as características desse jeito

de ser Igreja, assumindo a missão de comprometer-nos com as lutas sociais em benefício do povo e em defesa da vida humana e de toda a criação.

Canto: Nesta mesa da irmandade

1. Nesta mesa da irmandade, a nossa comunidade se oferece a ti, Senhor. Nosso sonho e nossa luta, nossa fé, nossa conduta te entregamos com amor.

/: Novo jeito de sermos Igreja nós buscamos, Senhor, na tua mesa. :/

É Deus quem nos fala

A: O profeta Isaías nos indica como construir uma sociedade pautada na justiça. Acolhamos a Palavra de Deus, cantando e, em seguida, ouçamos atentamente.

Canto: /: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos viver um mundo novo. :/

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Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do profeta Isaias, 32,1-8.15-17

(Tempo para cada pessoa reler o texto bíblico na sua Bíblia.)

A: Vamos refletir:1. O que chamou atenção no texto? 2. Como está a justiça em nossa sociedade?3. Como reagimos diante das injustiças? 4. Para nós, hoje, o que significa governar com

justiça?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando

A: No texto de Isaías se renova a esperança num tempo de justiça e paz. Nossa maior dificuldade é que, muitas vezes, confundimos o nosso entendimento de justiça com o que é a justiça de Deus.

L 2: Geralmente identificamos a justiça relacionada com juízes ou promo-tores. Porém, a justiça de Deus vai além. Ela nos propõe relações mais fraternas, solidárias, igualitárias, de cuidado com a natureza, em defesa da vida e dos excluídos.

T: “Os olhos dos que enxergam já não serão cobertos, não serão tapados os ouvidos dos que escutam, a cabeça dos confusos buscará ideias claras, e a língua dos gagos, esperta, falará com perfeição” (Is 32,4-5).

L 3: Quando os governantes governam com justiça, segundo o direito, o povo sai da alienação e torna-se capaz de formar uma sociedade onde as relações humanas são construtivas e se voltam para o bem comum.

T: “Ninguém mais vai chamar de nobre ao corrupto nem ao ladrão de excelência” (Is 32,5).

L 4: Este é o sinal do Reino de Deus, acontecendo em nosso meio.

A: É importante observar as leis, não somente por serem leis, mas por aquilo que elas realizam de justiça. Exijamos que elas sejam aplicadas em defesa dos empobrecidos, visando ao bem comum e à garantia de uma nova sociedade: o Reino de Deus.

T: “O fruto da justiça será a paz”! (Is,32,17a).

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Canto: Ninguém pode prender um sonho

/: Ô, ô, ô, ô, lá, laiá, lá, laiá, lá! :/1. Ninguém pode prender um sonho, e impedir alguém de sonhar. Nin-

guém pode prender a esperança de um povo sofrido a lutar. Ninguém pode abafar o grito do oprimido clamando Javé. Deus que salva e liberta o seu povo, que ergue o caído e alimenta sua fé.

É Deus que nos chama ao compromisso

A: Neste Tempo Comum da Liturgia, em que também estamos refletindo sobre o tema do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), é importante fortalecer nossos Grupos Bíblicos em Família, revendo nossas ações concretas iluminadas pela Palavra de Deus.

(Tempo para partilhar como foi assumido o compromisso da semana anterior.)

A: Depois do que refletimos e partilhamos hoje, podemos assumir novos compromissos: – Convidar outras pessoas para participar dos nossos encontros.– Comprometer-nos em engajar-nos no empenho de promover a

justiça e fraternidade em todas as situações do nosso dia a dia. (Tempo para conversarmos sobre as necessidades da comunidade

e ver o que mais podemos assumir em defesa da vida.)Oração final

A: Jesus é claro, quando nos fala nas bem-aventuranças sobre os critérios do Reino de Deus e de sua justiça.

Canto: /: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça. E tudo mais vos será acrescentado. Aleluia! Aleluia! :/

A: As bem-aventuranças (Mt 5,1-12) são o anúncio da felicidade, não do con-formismo. Elas anunciam a vinda do Reino através da palavra e ação de Jesus. Elas tornam presente no mundo a justiça do próprio Deus. Vamos, agora, rezar as bem-aventuranças, expressando o anseio de Jesus e nosso por um mundo novo.

Lado A: Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino do céu. Felizes os aflitos, porque serão consolados.

Lado B: Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.

T: “Justiça e profecia a serviço da vida”!

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Lado A: Felizes os que são misericordiosos, porque encontrarão misericór-dia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.

Lado B: Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos e filhas de Deus. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.

T: Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim. Fiquem ale-gres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no Céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vocês.

Canto: /: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar. E neste dia os oprimidos numa só voz a liberdade irão cantar. :/

A: Agradecemos a presença de todos, neste nosso encontro. Sejamos lutadores, pessoas engajadas, para que a justiça de Deus se concretize em nosso meio. Vamos pedir a bênção de Deus.

Bênção

A: Estendendo a mão em direção à Bíblia e à balança, símbolo da justiça, digamos juntos.

T: “O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça brilhar sobre nós a sua face, e se compadeça de nós. O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a paz” (cf. Nm 6,24-28).

Canto: Quando o dia da paz renascer

1. Quando o dia da paz renascer, quando o sol da esperança bri-lhar, eu vou cantar. Quando o povo nas ruas sorrir, e a roseira de novo florir, eu vou cantar.

/: Vai ser tão bonito se ouvir a canção cantada de novo. No olhar do homem a certeza do irmão, reinado do povo. :/

2. Quando as cercas caírem no chão, quando as mesas se enche-rem de pão, eu vou cantar. Quando os muros que cercam os jardins, destruídos, então os jasmins vão perfumar.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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4º Encontro – Arquidiocese de Florianópolis

PROFECIA A SERVIÇO DA VIDA

“Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão. Eu te formei e te encarreguei de seres a aliança do meu povo e a luz das nações” (Is 42,6.)

Ambiente: Bíblia, vela, casinha, rede, mapa de Santa Catarina (se for possível), folha ou cartolina com desenho de uma boca anunciando as seguintes palavras: justiça – igualdade – solidariedade – fraternidade – defesa da vida – partilha – direitos humanos – paz.

Acolhida: Por pessoas da casa que acolhe o grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Meus irmãos, minhas irmãs, sejam todos bem-vindos a este encon-tro. Neste momento vamos partilhar como estamos vivenciando as reflexões dos encontros anteriores e o que estamos fazendo de concreto.

(Tempo para a partilha.)

A: Hoje somos chamados por Deus para refletir coletivamente sobre a profecia diante da realidade que vivemos nas nossas dioceses, em comunhão com toda a Igreja em Santa Catarina, o Regional Sul IV da CNBB, lembrados de que estamos nos preparando para o grande acontecimento, o 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Motivados pelo Espírito de Deus, saudemos a Trindade Santa, cantando:

Todos(as): Em nome do Pai...A: Rezemos juntos, agradecendo a Deus. T: Senhor, queremos agradecer pelo dom da vida, pela graça de

podermos refletir sobre nossa realidade, que clama por justiça, solidariedade e ternura nas relações do dia a dia com Deus, com os irmãos e irmãs e com toda a criação. Bendito seja Deus para sempre!

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Canto: /: Contigo, Deus de amor, eu quero caminhar, e assim, por onde eu for, irás me acompanhar. :/

A: Segundo o Documento de Aparecida, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) têm por objetivo o seguimento missionário de Jesus, a Palavra de Deus como fonte de sua espiritualidade, e a orientação de seus pastores como guias que asseguram a comunhão eclesial, assu-mindo o compromisso evangelizador entre os mais simples e afastados, como expressão visível da opção preferencial pelos pobres. Cantamos com alegria, acolhendo os símbolos de nossa caminhada.

(Enquanto cantamos, seguremos os símbolos.)

Canto: /: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar um novo hino de unidade, amor e paz. :/

Refletindo o tema

A: Comprometidos com o Projeto de Jesus e sua prática junto a seu povo, queremos exercer o dom da profecia como profetas e profetizas do Reino. Para isso, somos convidados a olhar a nossa realidade e partilhar os fatos que ameaçam a nossa vida, a vida da comunidade e da sociedade.

(Tempo para pensar e partilhar.)

A: Vamos cantar:

Canto: /: Tenho que gritar, tenho que arriscar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito! Tenho que andar, tenho que lutar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito! :/

A: Como animadores e animadoras das nossas comunidades, não po-demos ficar indiferentes diante das injustiças que vivenciamos no dia a dia.

Leitor(a) 1: Profeta é quem leva a esperança e exerce a profecia no anúncio da Palavra de Deus viva e transformadora, denunciando toda forma de injustiça, marginalização e exclusão.

L 2: Encontramos em nossas comunidades, e na Igreja toda, verdadeiros profetas e profetizas, que vão além de suas possibilidades, que doam sua vida em prol do Reino de Deus, como fez Jesus.

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T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

A: Poderíamos citar muitos exemplos de vida, mas queremos destacar D. Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), que dedicou sua vida e seu trabalho como pastor, assumindo seriamente a opção pelos pobres. Trabalhando desde 1968 na região do Araguaia, foi ordenado bispo em 1971.

L 3: Dom Pedro sempre trabalhou junto às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), na luta por vida digna para todos.

L 4: Enfrentou a ditadura militar da época e os grandes latifundiários, so-freu vários atentados, mas ganhou o respeito internacional pela forma eloquente na defesa da vida e dos direitos dos menos favorecidos.

L 1: É homem simples, com sandálias nos pés e anel de tucum no dedo, anel simbolizando o poder episcopal, na opção preferencial pelos pobres.

L 2: Pedro, como prefere ser chamado, é apaixonado pela Igreja da América Latina e pelo rio Araguaia, com quem tem uma relação de cumplicidade nas poesias, nos textos que escreve diariamente e nas causas em defesa da vida do povo humilde.

L 3: Mesmo debilitado pela idade, mantém-se otimista, alicerçado na fé e na esperança que cultiva através das ações que nortearam a sua opção de vida e das orações às quais se entrega diariamente, na pequena capela no fundo da humilde residência que está sempre aberta para as pessoas e para a vida, que parece fluir generosamente através da fala mansa, dos gestos e ações compassados do “profeta do Araguaia”.

A: Numa entrevista à revista Mundo e Missão, assim se pronunciou D. Pedro:

L 4: “Há muita sede de Deus no coração da humanidade. Testemunhar, gritar, viver o Evangelho inculturado nos diferentes povos, culturas, circunstâncias e épocas sempre a partir da opção pelos pobres. O ca-rinho do povo, a amizade dos militantes, cartas de gente desconhecida que chegam e que dizem que nosso pequeno testemunho estimula: tudo isso me alegra e ajuda muito. Em última instância, é fundamental saber que conto com a misericórdia de Deus. Quero lembrar todos e todas: façam da juventude esperança, força, doação, sonho. Que não caduquem antes da hora, corporal e espiritualmente. Saibam abraçar as causas maiores, as causas da justiça, da libertação, da ecologia, da política e da paz. Apaixonem-se por Jesus Cristo, sua palavra, sua

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vida, sua morte e sua ressurreição. Neste momento da minha vida, agradeço a Deus a oportunidade desses anos todos, que têm sido tempo de graça para mim”.

Iluminando a vida com a Palavra

A: A Palavra de Deus é viva e eficaz na vida do povo. Vamos cantar, acolhendo a Bíblia.

Canto: /: É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa. Tua Palavra é as-sim, não passa por mim sem deixar um sinal. :/

A: Leitor(a) da Palavra: Leitura do Livro do profeta Isaías, 42,1-9.

A: Vamos refletir sobre Isaías e as palavras de D. Pedro Casaldáliga: a) Reler o texto bíblico e dizer uma frase que nos tocou.b) Quais são os cegos, os presos, os oprimidos e os injustiçados de

hoje?c) O que mais nos chamou atenção nas palavras de D. Pedro?d) Como o texto nos conduz a denunciar as situações de injustiças?e) Como anunciar o amor e a ternura de Deus na realidade difícil que

vivemos?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a palavra

A: No texto do profeta Isaías constatamos que o servo do Senhor é o escolhido, o consagrado para denunciar as injustiças e anunciar a Boa-Nova.

T: “Eis o meu servo, dou-lhe o meu apoio. É o meu escolhido... Sobre ele pus meu espírito, para que promova o direito nas nações” (Is 42,1).

L 1: Deus revela a Isaías, e hoje a nós, qual é a justiça que ele quer. Quando reagimos frente aos fatos gritantes que nos rodeiam, estamos exercendo a profecia, buscando essa justiça, sendo fiéis à missão para a qual Deus nos chamou.

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T: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão. Eu te formei e te encarreguei de seres a aliança de meu povo e a luz das nações...” (Is 42,6).

L 2: As palavras ditas por Isaías muito tempo antes foram repetidas por Jesus na sinagoga de Nazaré, no início de sua missão.

T: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois Ele me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar o ano da graça do Se-nhor!” (Lc 4,18).

L 3: Ungidos pelo mesmo Espírito, também nós assumimos o projeto de vida de Jesus, seu amor libertador, para anunciar com alegria a ternura de Deus para com seu povo.

L 4: Nossa missão profética desafia­nos a engajar­nos nas políticas pú-blicas em defesa da vida numa sociedade injusta, que gera violência, miséria e exclusão.

Canto: Se calarem a voz dos profetas

1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão. Se fecharem uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão. Muito tempo não dura a verdade, nestas margens estreitas demais. Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais.

É Jesus este pão da igualdade. Viemos pra comungar com a luta sofrida de um povo que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar é tornar-se um perigo, viemos pra incomodar. Com a fé e união, nossos passos um dia vão chegar.

Assumindo compromissos

A: A partir do que refletimos, partilhamos e reza-mos, a nossa missão profética precisa somar forças com todas as pessoas engajadas na luta em defesa da vida, denunciando todas as formas de injustiças. a) Levar a Palavra de Deus em locais de maior

risco de vida, sendo presença solidária e fraterna.

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b) Ser sinal de esperança, comprometendo-nos com os empobrecidos, sem moradia, sem emprego e sem esperança de vida melhor.

c) O que ainda podemos fazer na nossa comunidade, para melhorar as situações de violência, desprezo, marginalização, e o descuido com o meio ambiente?

(Tempo para conversar.)

Oração e bênção

A: Elevando nossa oração ao Deus da vida, de ternura e compaixão, cantemos (rezemos) o Pai nosso dos Mártires.

Canto: Pai nosso, dos pobres marginalizados. Pai nosso, dos mártires, dos torturados. Teu nome é santificado naqueles que

morrem defendendo a vida. Teu nome é glorificado, quando a justiça é nossa medida. Teu reino é de liberdade, de fraternidade, paz e comunhão. Maldita toda a violência que devora a vida pela repressão. /: O, o, o, o. O, o, o, o. :/

Queremos fazer tua vontade, és o verdadeiro Deus libertador. Não vamos seguir as doutrinas corrompidas pelo poder opres-sor. Pedimos-te o pão da vida, o pão da segurança, o pão das multidões. O pão que traz humanidade, que constrói o homem em vez de canhões.

Perdoa­nos, quando por medo ficamos calados diante da mor-te. Perdoa e destrói os reinos em que a corrupção é a lei mais forte. Protege-nos da crueldade, do esquadrão da morte, dos prevalecidos.

/: Pai nosso revolucionário, parceiro dos pobres, Deus dos oprimidos. :/ O, o, o, o. O, o, o, o.

A: Pedimos a bênção e a força de Deus para continuarmos firmes na caminhada como verdadeiros profetas e profetizas na missão de levar a alegria e a esperança do Cristo Ressuscitado.

T: O Senhor nos abençoe e guarde! O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós! O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz! (cf. Nm 6,24-26)

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Canto: CEBs têm um Rosto

/: CEBs têm um rosto, e o rosto é de Deus. Cuidemos da vida presente que ele nos deu. :/

1. Deus está presente no meio da gente, no povo que luta e re-parte o pão. E no dia a dia nas periferias com a Eucaristia e na oração.

2. Deus é companheiro na vida da gente, no pão partilhado, na alegria e no amor. Na simplicidade da comunidade, Deus se manifesta com humanidade.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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5º Encontro – Diocese de Tubarão

VIDA, DOM DE DEUS

“Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10,37c).

Símbolos: Bíblia, vela, cruz, casinha, folhagem, flores, e fotos/figuras que representam vida.

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

Animador(a): Iniciando o nosso encontro, vamos partilhar como vivemos o com-promisso que assumimos no encontro passado.

(Tempo para conversar.)

Oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs! Deus nos reúne em seu amor. Ele nos acolhe como seus filhos e filhas muito amados. Hoje somos chamados por Deus a refletir o nosso compromisso com a vida. Saudamos com fé e confiança o Deus Trindade:

Todos(as): O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

A: Senhor, agradecemos pelo dom da vida, pela graça de podermos colocar-nos a serviço em nossa realidade, que clama por justiça, so-lidariedade e ternura nas relações do nosso dia a dia com Deus, com os irmãos e irmãs e com toda a criação.

T: Bendito seja Deus para sempre.

Canto: Dom da vida, ó Pai, celebramos

1. Dom da Vida, ó Pai, celebramos, na alegria de irmãos a can-tar. Por teu Filho Jesus te louvamos, e queremos com força aclamar:

/: Ó Senhor, nós queremos a vida, por Jesus que se faz nosso irmão, em seu povo, na fé reunido, na partilha do amor e do pão. :/

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2. Dom da vida é o sonho eterno de Deus Pai que nos fez filhos seus; seu projeto é um mundo fraterno e, depois, vida plena nos céus.

A: No nosso encontro de hoje vamos refletir sobre o tema: “Vida, dom de Deus”. A vida é o mais precioso dom de Deus, confiada a nós com o compromisso de promovê-la e protegê-la.

Leitor(a) 1: O primeiro direito de uma pessoa é o direito à vida. Direito a nascer e a crescer. Direito a ter todas as condições que garantam uma vida digna.

L 2: Em nosso dia a dia, somos constantemente questionados pela reali-dade difícil com a qual nos deparamos. O ser humano, inteligente e livre, muitas vezes contraria a ordem divina e da natureza e assim se mostra o maior agressor à vida.

L 3: Assim, até mesmo a vida de todo o planeta se encontra ameaçada. A Campanha da Fraternidade deste ano nos mostrou por que é urgente mudar de atitude.

T: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).Canto: /: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de

parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

Iluminados pela vida

A: Neste momento somos convidados a partilhar situações de valorização da vida, fatos ou gestos em que se reconhece o respeito que a pessoa tem pela vida como grande dom de Deus.

(Tempo para que as pessoas partilhem suas conquistas e suas experiências vividas na última semana, ou algum fato que queiram partilhar)

Iluminados pela Palavra

A: A Palavra de Deus é luz em nossa vida. Luz que ilumina a realidade que precisamos ver. Vamos deixar que o texto bíblico de Lucas nos faça perceber os desafios que nos levem a uma prática responsável a serviço da vida.

Canto: /: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas, que-remos ouvir. :/

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Leitor(a): Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 10,25-37.

(Silêncio para meditar a Palavra.)

Momento de reflexão

A: Contar o texto bíblico com as nossas palavras.(Tempo para contar o texto.)

A: O que este texto diz a nós, hoje? (Tempo para as pessoas falarem.)

A: O que este texto nos leva a dizer a Deus?(Tempo para as pessoas orarem a partir do texto.)

A: O que a Palavra de Deus que hoje refletimos pede que façamos? (Tempo para as pessoas partilharem as inquietações e compromissos.)

A serviço da vida

A: Jesus, o Enviado do Pai, “veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Ao doutor da Lei, que lhe perguntou sobre o que fazer para alcançar a vida eterna, Jesus indicou o caminho do serviço à vida, onde ela é ferida e ameaçada, à beira de qualquer caminho. Sua própria prática foi assim:

L 4: Manifestou a misericórdia do Pai e ofereceu o perdão aos pecadores; deu especial atenção aos doentes e excluídos; providenciou alimento aos que tinham fome.

L 1: No exemplo do bom samaritano, Jesus deixou claro que o serviço à vida exige de nós um olhar atento e uma grande disponibilidade para fazer o bem sem olhar a quem, seja amigo ou inimigo.

T: O samaritano “aproximou-se dele e tratou-lhe as feridas... Depois colocou-o em seu próprio animal e o levou a uma pensão...” (Lc 10,34)

L 2: Jesus quer que fique bem claro para o doutor da Lei, e também para nós, que, no serviço à vida, o próximo é quem usa de misericórdia para com o irmão ou irmã, cuja vida é ameaçada.

T: “Vai e faze tu a mesma coisa” (Lc 10,37b)

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L 3: A atitude do amor-serviço é sempre uma resposta ao clamor da pes-soa que sofre. O discípulo­missionário, empenhado no serviço à vida, enxerga, em cada rosto sofredor, o rosto do seu Senhor.

T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

A: O amor-serviço é um sinal de contradição num mundo que prioriza os bens materiais. Esse amor deve ser capaz de sensibilizar-nos em relação ao valor sagrado de cada pessoa, de cada vida, mesmo da-quelas ainda por nascer.

T: Feliz aquele que caminha na justiça, faz o bem e promove a vida.

L 4: Cada ato de bondade que praticamos, cada palavra de ânimo que pronunciamos, cada sorriso de acolhida que damos a alguém pode ser um serviço à vida, como o óleo e o vinho com que o samaritano amenizou a dor do homem ferido.

Canto: Eu vim para que todos tenham vida

/: Eu vim para que todos tenham vida. Que todos tenham vida plenamente. :/

1. Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males. Hoje és minha presença junto a todo sofredor. Onde sofre o teu irmão, eu estou sofrendo nele.

Compromisso com a vida

A: Colocar-se sempre a serviço da vida, em todas as circunstâncias, é responder à confiança que Deus depositou em nós. Nossos Grupos Bíbli-cos em Família, motivados pela fé e pelo amor a Deus e ao próximo, também devem colocar-se a serviço da vida, rezando este compromisso:

L 1: Colocar-se a serviço da vida é respeitar a dignidade da pessoa, desde a concepção até a morte natural.

L 2: Colocar­se a serviço da vida é dar atenção especial à família, para que tenha uma moradia digna, um lar de boa convivência e realizações significativas, vivendo os valores humanos e cristãos.

T: Feliz de quem caminha na justiça, faz o bem e promove a vida.

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L 3: Colocar-se a serviço da vida é promover uma sociedade que respeite as diferenças, combatendo o preconceito e a discriminação.

L 4: Colocar-se a serviço da vida é educar para a preservação da natureza através de atitudes e ações que protejam o meio ambiente e todo o planeta.

T: Deus nos confiou o dever de fazer o bem e de cuidar da vida.L 1: Colocar-se a serviço da vida é acompanhar as alegrias e as preocu-

pações dos trabalhadores e trabalhadoras, lutar em favor de melho-res oportunidades de emprego e de salários que garantam uma vida digna.

L 2: Colocar-se a serviço da vida é empenhar-se na busca de políticas públicas voltadas para a defesa da vida e do bem comum.

T: Feliz de quem caminha na justiça, faz o bem e promove a vida.A: A opção pelos pobres não se reduz ao gesto imediato da ação cari-

tativa. Antes de tudo, implica convívio, relacionamento fraterno, aten-ção, escuta, acompanhamento nas dificuldades, a partir dos próprios pobres, para mudança de sua situação.

Momento da bênção

A: Somos portadores da bênção de Deus, quando nossas atitudes deixam transparecer o bem interior e os bons desejos. Espalhemos o bem em todos os lugares. Benditos somos nós, quando acreditamos na paz e somos solidários, a ser-viço da vida, da esperança e da alegria.

T: Assim seja para sempre. A: Sejamos portadores das bênçãos de Deus, colocando a mão no ombro

de quem está ao nosso lado, e digamos:T: “O Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça brilhar sobre ti

sua face, e se compadeça de ti. O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz. Assim invocarão o meu nome sobre os israelitas, e eu os abençoarei” (Nm 6,24-26). O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém!

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Canto: Hino da Campanha da Fraternidade 2008

1. Com carinho desenhei este planeta; com cuidado aqui plantei o meu jardim. Com alegria eu sonhei um paraíso, para a vida, dom de amor que não tem fim.

/: Ponho então à tua frente dois caminhos diferentes: vida e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/

2. Fiz o homem e a mulher à minha imagem; por amor e para o amor eu os criei. Com meu povo celebrei uma aliança, o caminho da justiça eu ensinei.

A: Bendito seja Deus para sempre.T: Para sempre seja louvado. Amém.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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6º Encontro – Diocese de Rio do Sul

ROMARIAS: MODOS POPULARES DE EXPRESSAR

FÉ E VIDA

“Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa” (Lucas 2,41).

Preparação do ambiente: Colocar no centro do grupo a Bíblia aberta em Lc 2,41-52. Flores, vela acesa, casinha, sandália, e cartazes ou gravuras de pessoas participando de romarias, caminhadas, procissões.

Acolhida: A família acolhe as pessoas, dando as boas-vindas.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos bem-vindos e bem-vindas a este encontro. Vamos partilhar os compromissos que assumimos no encontro anterior.

(Tempo para a partilha.)

A: Irmãos e irmãs, sempre é bom nos reunirmos em família, para rezar-mos como Grupos Bíblicos em Família, pois, afinal de contas, estamos fazendo a verdadeira experiência da Igreja nas Casas na comunidade. Iniciamos o nosso encontro, cantando com alegria:

Canto: O povo de Deus no deserto andava

1. O povo de Deus no deserto andava, mas à sua frente alguém caminhava. O povo de Deus era rico de nada, só tinha esperança e o pó da estrada.

/: Também sou teu povo, Senhor, e estou nessa estrada. Somente a Tua graça me basta e mais nada :/

A: O nosso encontro de hoje quer refletir e rezar a partir das romarias, caminhadas, celebrações, que o nosso povo faz em nossas comunida-des. Participar do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais

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de Base é, de certa forma, fazer uma grande romaria, como jeito de sermos Igreja. Tracemos sobre nós o sinal da Santíssima Trindade:

Todos(as): Em nome do Pai, ... A: Que a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comu-

nhão do Espírito Santo estejam sempre conosco.T: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.A: Queremos fazer a experiência do povo de Deus que caminha e reza

como peregrinos no mundo, mas também queremos continuar lutando para que tenhamos um mundo justo, cada vez mais fraterno e humano. Queremos que:

T: A justiça e a profecia estejam a serviço da vida!A: Podemos também colocar nossas intenções para o encontro de hoje.

Dizer por que e por quem queremos rezar.

(Deixar um tempo para as pessoas colocarem seus pedidos.)

Canto: O povo de Deus

/: Também sou teu povo, Senhor, e estou nessa estrada. Tu és alimento na longa jornada. :/

1. O povo de Deus também vacilava, às vezes custava a crer no amor. O povo de Deus chorando rezava, pedia perdão e reco-meçava.

Proclamação do texto bíblico

A: A Palavra de Deus é viva e eficaz. Ela foi escrita para nos ajudar, é nela que bus-camos o fundamento e o sustento para a nossa vida. O Evangelho de hoje ilumina a reflexão do tema do nosso encontro. Após o canto, ouçamos com atenção, amor, respeito e esperança a Palavra de Deus.

Canto: Teu povo aqui reunido

1. Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o Deus que nos consola. /: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens Palavras eternas, queremos ouvir. :/

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Leitor(a) da Palavra: Proclamar o Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas 2,41-52.

(Ao terminar a leitura, dizer:)

A: Palavra da Salvação.T: Graças a Deus.

(Deixar um momento de silêncio para interiorização da Palavra ouvida.)

A: Neste momento, vamos contar o texto bíblico, repetindo algumas palavras ou frases que mais nos chamaram atenção.

(Tempo para que as pessoas falem. Se necessário, pode-se ler novamente o texto bíblico.)

Meditação do texto bíblico

A: Na história do Evangelho de hoje ouvimos que os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa, e o menino Jesus também ia com eles.

L 1: Jerusalém ficava a uns 160 km de distância da cidade onde Jesus vivia. Ou seja, a Sagrada Família de Nazaré fazia todos os anos uma longa romaria para Jerusalém. Caminhavam com fé, juntamente com uma grande multidão de peregrinos.

T: “Todos os anos, os pais de Jesus iam a Jerusalém para a festa da Páscoa” (Lc 2,42).

L 2: Na volta daquela romaria da qual fala o texto do Evangelho, os pais não perceberam a ausência de Jesus na caravana.

L 3: Quando perceberam a sua falta, eles voltaram a Jerusalém e o en-contraram no templo, ouvindo a Palavra de Deus, falando do Reino de Deus e de sua justiça.

T: “Depois de três dias, o encontraram no templo, sentado entre os mestres, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas” (Lc 2,46).

L 4: Jesus, ainda muito jovem, aproveitou a oportunidade da romaria para falar com os Doutores da Lei sobre as maravilhas de Deus. Aprendeu isso na família, na sinagoga e na caminhada.

T: “Todos aqueles que ouviam o menino ficavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas” (Lc 2,47).

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L 1: Esse jeito simples de celebrar a fé participando de uma romaria é bíbli-co e foi vivido por Jesus. Em 2012, nós também viveremos um grande momento de expressão da nossa fé em Jesus Cristo, participando do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base. Nesse evento, acolheremos muitas caravanas vindas das 10 dioceses de nosso Estado, que refletirão sobre o tema:

T: Justiça e profecia a serviço da vida!A: A mensagem que podemos tirar do encontro de hoje para a nossa

vida é que as romarias, caminhadas, procissões nos ajudam no for-talecimento da fé e na vivência do Evangelho e nos tornam irmãos e irmãs na caminhada.

Canto: Todo dia eu encontro muita gente

1. Todo dia eu encontro muita gente que vai, que vem. O que pensa, o que vive, o que sente eu não sei se o sabe alguém.

/: Caminhar, com razão, eis da vida uma lição. E sorrir. E cantar. E o mundo a Deus levar :/

Para conversar:

A: Viver hoje o evangelho no seguimento de Jesus na família, nos Grupos Bíblicos em Família, nas Comunidades Eclesiais de Base, é de certa forma, colocar-nos nesse mesmo caminho: anunciar o Reino de Deus por onde andarmos.1. Quais são as romarias, procissões, caminhadas religiosas mais

comuns em nossa comunidade, paróquia ou diocese?2. Você participa ou já participou de alguma? Por quê?3. Que lições podemos tirar, quando participamos das romarias, pro-

cissões, caminhadas religiosas ou de grandes eventos? (Tempo para conversar.)

Oração a partir do texto bíblico

A: Caminhar na vida é colocar-se numa atitude de aprender sempre, pois o caminho não está pronto, mas a gente o faz enquanto caminha. A oração brota do nosso coração. A partir do que rezamos e refletimos, vamos apresentar algumas preces espontâneas.

(Motivar para que as pessoas façam preces espontâneas. Após cada duas ou mais preces, digamos:)

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T: Senhor, ajudai-nos a caminhar na justiça e na profecia construindo o vosso Reino.

A: Tradicionalmente, a nossa Igreja no Brasil celebra a Romaria da Terra e da Água, como expressão de fé dos cristãos comprometidos com a transformação da sociedade. Em Santa Catarina vai acontecer neste ano, no dia 11 de setembro, na Diocese de Joaçaba, a 22ª Romaria da Terra e da Água, cujo tema é “Mudanças Climáticas”, e o lema:

T: “Deus criou... tudo era muito bom” (Gn 1,31).A: Rezemos em dois lados a Oração da 22ª Romaria da Terra e da Água,

a oração do povo que caminha em romaria: Lado A: Senhor, nós vos bendizemos e vos damos graças, porque crias-

tes, por meio de vossa Palavra, o céu, a terra, as águas e tudo o que eles contêm.

Lado B: Formastes o homem e a mulher à vossa imagem e semelhança e os destinastes à missão de servir, amar e vos louvar com toda a criação.

Lado A: Vosso amor transborda sobre nós e nos confia a responsabilidade de cuidar da vida em nosso planeta.

T: Nós vos pedimos, Senhor nosso Deus, Pai e Criador, ajudai-nos a fazer da 22ª Romaria da Terra e da Água uma sintonia com a Campanha da Fraternidade, vivenciando a fraternidade com a vida do planeta e contemplando a criação: “Deus criou e viu que tudo era bom” (Gn 1,31).

Lado B: Que o vosso Espírito Santo nos dê sabedoria e discernimento, para desenvolvermos uma consciência forte que transforme os sinais de morte em sinais de vida, em nós e no planeta.

Lado A: Ajudai-nos, Senhor, a sermos protagonistas de novos tempos. Que transborde em nossos corações um amor profundo e fraterno para cada ser humano e toda a criação.

Lado B: Fazei-nos, Senhor, discípulos e discípulas missionários e missio-nárias, empenhados em construir um mundo viável para os tempos atuais e as futuras gerações.

T: Que pelo amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo sejamos todos transformados em novas criaturas. Amém.

Canto: /: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/

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Contemplação: Comprometer-se a partir do texto bíblico

A: A oração sempre traz consigo uma responsabilidade, pois, quando en-tramos em contato com Deus, nunca saímos de mãos vazias. Saímos cheios de graças, mas também com o dever de servir. Em resposta à Palavra de Deus: – Vamos nos organizar em caravanas nas nossas paróquias para

participar da 22ª Romaria da Terra e da Água, no dia 11 de setembro, na Diocese de Joaçaba, juntamente com toda a Igreja do nosso Estado.

– E vamos também preparar-nos bem para participarmos do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base, em 2012, em Florianópolis.

A: Que outros compromissos nós podemos assumir para melhorar a nossa vida e a vida da nossa comunidade?

(Conversar e ver que compromissos seja possível o grupo assumir.)

A: O Senhor esteja conosco.T: Ele está no meio de nós.A: Desça sobre todos nós, que participamos deste encontro, a bênção

de Deus.T: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.A: Vamos em paz, e que o Senhor nos acompanhe.T: Graças a Deus.Canto: Maria, Mãe dos caminhantes

/: Maria, Mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós somos todos viandantes, mas é difícil sempre andar. :/

1. Fizeste longa caminhada para servir a Isabel, sabendo-te de Deus morada, após teu sim a Gabriel.

2. Depois de dura caminhada para a cidade de Belém, não encon-traste lá pousada: mandaram-te passar além.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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7º Encontro – Diocese de Joinville

MEMÓRIA DA CAMINHADA

“Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum...” (At 2,44).

Ambiente (símbolos): Bíblia, casinha, vela acesa, pote com água, fotos que marcaram a história da comunidade, das famílias e dos encontros dos GBF e das CEBs.

Acolhida: A família que acolhe dá as boas-vindas.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, iniciamos nosso encontro partilhando os compromissos que assumimos no encontro anterior.

(Tempo para a partilha.)

A: Hoje vamos fazer uma memória da caminhada dos nossos Grupos e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), grupos que nasceram da intuição de homens e mulheres que nos precederam na fé, que se fizeram voz do povo de Deus.

A: Estamos aqui em nome de Deus, e saudamos a Santíssima Trindade:

Todos(as): O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém. A: Rezemos em dois lados:

Lado A: Senhor Deus, Pai, sempre presente na história da caminhada do povo, tu construíste a tua tenda no meio da humanidade, para que se mantivesse viva a lembrança do projeto sonhado para todo o teu povo.

Lado B: Senhor, ajuda-nos a sermos perseverantes na caminhada dos Grupos Bíblicos em Família e das Comunidades Eclesiais de Base, para construirmos comunidades do teu Reino, aqui e agora.

T: Maria, Companheira de nossa caminhada, Mãe de Jesus, tu que és fiel à esperança de teu povo, ajuda-nos a ser fiéis ao Evangelho

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de Jesus, na partilha e no serviço, na denúncia da morte e na defesa da vida.

Canto: Companheira Maria

1. Companheira Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai. Modelo dos consagrados, nosso sim ao chamado do Senhor confirmai.

/: Ave Maria, cheia de graça, plena de raça e beleza. Que-res com certeza que a vida renasça. Santa Maria, mãe do Senhor, que se fez pão para todos, criou mundo novo, só por amor. :/

Refletindo o tema

A: A Igreja de Santa Catarina, em suas Diretrizes da Ação Evangelizadora, escolheu como prioridade os Grupos Bíblicos em Família. Eles são o eixo dinamizador da caminhada pastoral.

Leito(a) 1: Os Grupos Bíblicos em Família, ou mesmo com outros nomes, estão hoje presentes em todas as dioceses. Esses grupos são im-portantes nas comunidades, por unirem as pessoas nas casas em torno da Palavra de Deus e no compromisso com os irmãos e irmãs, relacionando fé e vida. Esses mesmos grupos também fortalecem a chama das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

T: “Gente simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco im-portantes, consegue mudanças extraordinárias” (Provérbio africano).

L 2: Dom Orlando Brandes, grande incentivador dos Grupos Bíblicos em Família quando bispo da diocese de Joinville, dizia:

T: “Grupos Bíblicos em Família é a Igreja nas casas. Os grupos transformam as pessoas, mas têm que chegar ao social e ser proféticos”.

L 3: Em 2008 e 2010 tivemos dois momentos de entusiasmo e de graça em nosso Estado: a realização dos Interdiocesanos dos Grupos Bíblicos em Família, uma iniciativa que visibilizou, fortaleceu e animou a nossa missão de evangelizar.

L 4: Para nós, aqui da Arquidiocese, os encontros aconteceram em Tubarão (2008) e Criciúma (2010). Os lemas que iluminaram esses encontros foram:

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T: “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos” (At 2,44). “Ai de mim, se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).

A: A vivência dos Grupos Bíblicos em Família, das Comunidades Eclesiais de Base, das Pastorais Sociais e da Pastoral da Juventude, parceiros de caminhada, proporciona, na comunidade, um espaço de oração, de acolhida do outro, do diferente, no respeito à dignidade e individu-alidade humana, dando voz e vez para as pessoas.

T: Queremos ser uma Igreja viva e autêntica, uma escola de forma-ção para homens e mulheres que promovam a defesa da vida e do meio ambiente e a preservação da cultura.

L 1: Os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base são o chão em que se vive a vida da Igreja, são uma prática eclesial de viver os ensinamentos que Jesus nos deixou.

Canto: /: Amar como Jesus amou. Sonhar como Jesus sonhou. Pensar como Jesus pensou. Viver como Jesus viveu. Sentir o que Jesus sentia. Sorrir como Jesus sorria. E, ao chegar ao fim do dia, eu sei que dormiria muito mais feliz. :/

Momento da Palavra

A: A primeira comunidade cristã nasce do anúncio, que provoca a conversão, cresce com os ensinamentos dos apóstolos e se espalha através do testemunho. Vamos acolher a Palavra de Deus, cantando:

Canto: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos vi-ver num mundo novo.

Leitor da Palavra: Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, 2,42-47.

(Silêncio.)

A: Ler novamente ou contar o texto.

(Tempo para contar o texto.)

A: Vamos refletir o texto bíblico:– Em que pontos os primeiros cristãos foram perseverantes?– Por que os cristãos eram estimados pelo povo?

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– E nós, como vivemos hoje os ensinamentos dos Apóstolos, a fração do pão, a partilha e a oração?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra e o tema

A: O texto nos apresenta como eram as primeiras comunidades cristãs. Em nossas comunidades procuramos ser testemunhas vivas da vi-vência das primeiras comunidades.

L 2: Os Grupos Bíblicos em Família e as Comunidades Eclesiais de Base de hoje são herdeiros desse modo de ser Igreja, reunidos nas casas, em torno da Palavra de Deus, iluminando a vida e alimentadas pela Eucaristia.

T: “Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,41).

L 3: O Papa Paulo VI, ao final do Sínodo sobre a Evangelização, referiu­se às Comunidades Eclesiais de Base como:

T: “Lugar privilegiado de Evangelização”. Comunidades seguidoras de Jesus.

A: Com a renovação da Igreja, a partir do Concilio Vaticano II (1962-1965) e do impulso da Conferência de Medellín (1968), as Comunidades Eclesiais de Base foram se firmando como uma nova forma de ser Igreja, caracterizada pela corajosa opção pelos pobres e pela libertação do povo.

T: “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o di-nheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um...” (At 2,42).

L 4: A conjuntura política do Brasil na década de 70 era marcada pelas ditaduras militares, por um autoritarismo absoluto. Nesse tempo, as Comunidades Eclesiais de Base foram uma presença viva e marcante da Igreja, articulando fé e vida.

T: O povo de Deus cultiva a fé e guarda a memória da caminhada.L 1: As Comunidades Eclesiais de Base querem manter viva a memória

de Jesus, das primeiras comunidades e dos mártires de ontem e de hoje.

(O grupo poderá listar os nomes dos mártires.)

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A: A caminhada dessas Comunidades é marcada por muitos Encontros: Intereclesiais e Estaduais. O primeiro Encontro Intereclesial nasceu num contexto da história marcado pela ditadura militar e realizou-se em Vitória, em 1975, com o tema:

T: “Uma Igreja que nasce do povo pelo Espírito de Deus”. L 2: Em 1980, iniciaram os Encontros Estaduais das Comunidades Eclesiais

de Base. O nosso primeiro encontro estadual aconteceu na Diocese de Joinville, na Paróquia Cristo Ressuscitado, com o tema:

T: “Igreja, povo oprimido que se organiza para a libertação”.A: Em Santa Catarina já celebramos o 10° Encontro Estadual, que acon-

teceu em Lages, em abril de 2008, com o tema: T: “CEBs – Povo de Deus cuidando da vida”.L 3: Em julho de 2009 celebramos o 12º Encontro Intereclesial, que acon-

teceu em Porto Velho – Rondônia, com o tema e o lema:T: “CEBs, Ecologia e Missão. Do ventre da terra, o grito que vem da

Amazônia”.L 4: Os Encontros Estaduais e Intereclesiais das Comunidades Eclesiais

de Base são momentos fortes da caminhada pastoral da Igreja e, sobretudo, uma grande e entusiasmada explosão de alegria, de fé e esperança, uma celebração da vida.

T: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” (Atos 4,32).A: Em abril de 2012 celebraremos, em mutirão, aqui na nossa Arquidio-

cese, o 11º Encontro Estadual, e em janeiro de 2014, no Ceará, em Juazeiro do Norte, diocese de Crato, será celebrado o 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base. Os dois grandes eventos têm, em comum, o tema:

T: Justiça e profecia a serviço da vida.Canto: /: Somos gente nova vivendo a união, somos povo semente da

nova nação! Eh, eh! Somos gente nova vivendo o amor, somos Comunidade, Povo do Senhor! Eh, eh!. :/

Compromisso

A: A partir do que refletimos hoje, procuremos testemunhar os ensinamen-tos de Jesus com atitudes concretas de comunhão fraterna, partilha, oração, perseverança, mesmo diante dos desafios que encontramos.

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Também podemos escrever a história da caminhada dos nossos Grupos Bíblicos em Família e das Comunidades Eclesiais de Base, para serem publicadas no Jornal da Arquidiocese. Algumas indicações:

– Como e quando iniciou a caminha-da na comunidade?

– Quem deu início aos primeiros encontros?

– Onde se encontravam? – Como se organizam hoje? – Como são assumidos os nossos

compromissos?

Oração e bênção

A: Animados pelo Espírito do Ressuscitado, sob a proteção de Maria, a Mãe de Deus e nossa, e com tantas testemunhas de vida e de mar-tírio, seguiremos a caminhada, como Igreja de Jesus, nas lutas e na esperança de um Reino de amor, paz e justiça. Rezemos, em dois lados:

Lado A: Maria de Pentecostes, mostra-nos como se segue Jesus nos Grupos Bíblicos em Família e nas Comunidades Eclesiais de Base, pelos caminhos do Estado e das dioceses, nas Romarias da Terra e da Água, nos Interdiocesanos e nas romarias populares que marcam a história da Igreja.

Lado B: Como tu, Mãe romeira, nós, seguidoras e seguidores de Jesus, indígenas, lavradores, mulheres e ho-mens, povo urbano, jovens e adultos, pastores e fiéis, avançaremos nessa santa romaria até sermos amanhã comunidade feliz na própria comuni-dade do Pai.

T: Que o Deus da vida nos abençoe e nos proteja de todos os males, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

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Canto: CEBs têm um rosto

/: CEBs têm um rosto, e o rosto é de Deus. Cuidemos da vida presente que ele nos deu. :/

1. Deus está presente no meio da gente, no povo que luta e re-parte o pão. E no dia a dia nas periferias com a Eucaristia e na oração.

2. Deus é companheiro na vida da gente, no pão partilhado, na alegria e no amor. Na simplicidade da comunidade, Deus se manifesta com humanidade.

3. Em toda a nossa história, o Deus libertador, em nosso Regional tem demonstrado o seu amor. Povo que trabalha, gente que batalha, buscando a justiça e a libertação.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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8º Encontro: Diocese de Lages

JUVENTUDE EM DEFESA DA VIDA

“Não tenhas medo deles, pois estou contigo para defender-te” (Jr 1,8).

Ambiente: Bíblia, vela, casinha, pão para ser aben-çoado e partilhado, flores, gravuras, fotos de jovens e o cartaz da Campanha Contra o Ex-termínio de Jovens (se for possível) ou recortes de jornais e de revista com manchetes que demonstram a violência da juventude.

O teu nome nos reúne

Animador(a): Bem-vindos, irmãos e irmãs, para mais um encontro dos Grupos Bíblicos em Família, que são lugar do cuidado com a vida, de relações fraternas, de alimentar nossa fé, nossa amizade e nosso compromisso cristão. Vamos nos acolher com um caloroso abraço.

(Tempo para abraçar o irmão/irmã)

A: Neste encontro de hoje vamos refletir sobre a juventude na sociedade e na vida da Igreja. Saudemos a Santíssima Trindade que nos reúne:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Oração inicial

A: Façamos, em dois lados, a oração escrita por D. Pedro Casaldáliga, adaptada para o 11º estadual das CEBs.

T: Deus da vida e do amor, Pai de Jesus e Pai nosso, Santíssima Trindade, a melhor comunidade: abençoai as nossas CEBs, rumo ao 11º Estadual, que iremos celebrar em Florianópolis.

Lado A: Ajudai-nos a reacender, sempre mais, a nossa paixão pelo Reino, no seguimento de Jesus.

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Lado B: À luz da Bíblia e na mesa da Eucaristia, na opção pelos pobres, em diálogo ecumênico e ecológico, na defesa dos Direitos Humanos, sobretudo dos Povos Indígenas e Quilombolas.

Lado A: No cuidado da Terra, nossa mãe. Em família e na comunidade eclesial, no trabalho, na política, no movimento popular, crianças, jovens e adultos, mulheres e homens.

Lado B: Denunciando a economia neoliberal dos grandes projetos depre-dadores, da seca, da cerca, do consumismo e da exclusão.

T: Mãe das Dores e das Alegrias, ensinai-nos a sermos CEBs ro-meiras do Reino, no campo e na cidade, fermento de justiça, de profecia e de esperança pascal. Proclamando a Boa-Nova do Evangelho sobretudo com a própria vida, que é “o melhor pre-sente que Deus nos deu”.

Canto: Somos gente nova vivendo a união, somos povo semente de uma nova nação, ê, ô. Somos gente nova vivendo o amor, somos comunidade, povo do Senhor, ê, ô.

A: Nessa reflexão de hoje sobre o papel importante da juventude na Igreja e na sociedade, pensamos com carinho na preparação do grande evento do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base. Esse encontro reunirá gente que sonha e acredita numa Igreja comprometida com a defesa da vida. Desde já convidamos para participarem da organização e da preparação os jovens e a Pastoral da Juventude.

T: Justiça e profecia a serviço da vida!Leitor(a) 1: Como cristãs e cristãos, temos a missão profética de anunciar

a justiça, para que a nossa dignidade, a dignidade da juventude e de todas as idades, seja respeitada. Queremos construir uma Igreja e uma sociedade sem exclusões.

T: Justiça e profecia a serviço da vida!A: A juventude é uma etapa da vida cheia de sonhos e esperanças, ou-

sadia e teimosia. A juventude tem sonhos e garra para lutar em defesa da vida que é ameaçada de tantas maneiras no dia a dia de nossas realidades.

T: Juventude em defesa da vida!L 2: O ensino precário, as dificuldades de acesso a empregos, a depen-

dência econômica, a tecnologia, têm empurrado o jovem do campo

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às cidades, na busca de melhores condições de vida. Isso tem levado muitos jovens a viverem sem perspectivas para o futuro.

L 3: A migração de famílias do campo para a cidade em busca de melhores condições de vida e estudo para os filhos, na maioria das vezes jovens, tem trazido inchaço às grandes cidades, concentrando­se mais nas periferias.

T: Muitas vezes, o desejo de ter uma vida digna coloca as famílias em situações vulneráveis em relação à pobreza e à violência.

L 4: A juventude, tão cheia de vida, muitas vezes vê seus sonhos rouba-dos. As realidades de violência contra a juventude nos assustam e entristecem, mas também nos chamam para viver a profecia e para sermos atuantes na defesa da vida.

T: Justiça e profecia a serviço da vida!A: O sistema capitalista muitas vezes impõe padrões de consumo além

da realidade da juventude, levando os jovens à ilusão, à busca de roupas de marca, da moda, do acesso a tecnologias modernas, a ter status, dificultando o discernimento e a vivência dos valores humanos e cristãos.

L 1: No Brasil morrem em torno de 35 mil jovens por ano, devido a cau-sas violentas. Santa Catarina é o Estado brasileiro onde mais jovens morrem no trânsito.

T: Chega de violência e extermínio de jovens!L 2: A superação da violência acontece quando as pessoas têm o direito

de viver com dignidade, oportunidades de emprego, moradia, edu-cação, lazer, etc. É preciso oferecer aos jovens a esperança de uma sociedade sem violência, mais justa e solidária.

Canto: Deixe-me ser jovem

/: Deixe-me ser jovem, não me impeça de lutar, pois a vida nos convida a uma missão realizar. :/

1. Deixe-me ser jovem, ser livre pra sonhar; não reprima, não re-prove o meu jeito de amar.

A tua Palavra é vida

A: O Senhor tem falado a seu povo de muitas maneiras. Fala através das pessoas, dos acontecimentos. Fala através da juventude. Vamos

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recordar e partilhar experiências bonitas da juventude de nossa co-munidade, de nossa paróquia.

(Tempo para partilha.)

A: Ouçamos o que Deus nos fala no texto bíblico da profecia de Jeremias, um jovem que recebe a missão de anunciar e denunciar. Vamos acolher a Palavra, cantando:

Canto: /: Pela Palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar.:/

Leitura bíblica: Leitura do livro do profeta Jeremias 1,4-10

(Contar o texto com as próprias palavras.)

Para conversar e partilhar

A: Vamos refletir um pouco mais sobre o texto do profeta Jeremias: a) Qual a missão que Deus deu a Jeremias?b) Qual a resposta de Jeremias a Deus?c) O que leva Jeremias a assumir sua missão?d) E hoje, quais as nossas desculpas, quando somos convidados para

alguma ação?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando o tema à luz da Palavra

A: Esse texto nos ajuda a retomar nossa missão. Jeremias é um jovem lavrador e catequista de uma cidadezinha do interior, chamada Ana-tot. Viveu numa época muito agitada e violenta por causa de grandes disputas e conflitos. Quem mais sofria, como sempre, eram os pobres. Jeremias não se calava diante dos poderosos. Apesar das persegui-ções e ameaças, continuava sua missão, na certeza da fidelidade e presença de Deus.

L 3: Jeremias era homem de Deus e homem do povo. Conhecia as violên-cias sofridas por seu povo e não aguentava ficar calado. O sofrimento do povo e a certeza da força de Deus libertador impulsionavam Jere-mias na sua missão de profeta.

T: “Não tenhas medo deles, pois estou contigo para defender-te” (Jr 1,8).

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L 4: Conhecemos um pouco da vocação do profeta Jeremias. Isso serve de exemplo para a nossa juventude e também para nós que, muitas vezes, nos sentimos cansados e desanimados com tantos desafios que encontramos no nosso cotidiano.

L 1: Jeremias assumiu sua missão com coragem, enfrentando os desafios, a violência e a opressão em favor do povo na sua época. Hoje, tam-bém, vemos muitos jovens que são protagonistas da paz, assumindo sua missão de evangelizadores.

T: “Tu, porém, põe-te em prontidão, fica de pé e anuncia-lhes tudo o que eu te mandar dizer. Hoje eu faço de ti uma cidade fortificada, uma coluna de ferro...” (Jr 1,17-18).

A: Como a vocação de Jeremias, tivemos também um grande profeta, Padre Gisley Gomes, apóstolo da Juventude de nossos tempos, que sempre procurou defender os direitos, a cidadania e a vida dos nossos jovens.

L 2: O Padre Gisley, como assessor do Setor Juventude da CNBB, com-prometido com a Pastoral da Juventude, foi um dos grandes idealiza-dores da Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio dos Jovens.

L 3: Defendendo a vida da Juventude, foi assassinado pela mesma violên-cia que tanto ansiava combater, como tantos jovens não conhecidos, que são exterminados.

T: Juventude em marcha contra a violência.A: A presença da juventude na Igreja e na sociedade, realçada todos os

anos em eventos significativos, contribui para a construção de uma cultura de paz.

L 4: Em abril, sempre acontece a Semana da Cidadania, que é uma ativi-dade dos grupos de jovens organizados como Igreja no Brasil. É uma ação ligada à dimensão social, um modo concreto de manifestarmos, como cristãos, nossa fé na defesa da vida e no protagonismo da juventude.

L 1: Também é importante a participação dos jovens na Semana do Estudante, no mês de agosto, que visa a discutir nas escolas, nas universidades e nos grupos de jovens, temas que comprometem a juventude com a realidade que os envolve.

L 2: No mês de outubro acontece o Dia Nacional da Juventude (DNJ), que reúne, em nosso Estado, milhares de jovens que celebram a

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caminhada da Pastoral da Juventude, a vida e a esperança, as lutas da juventude organizada, que busca a justiça social na construção da paz de um mundo mais irmão.

T: Que a juventude seja nas comunidades e na sociedade sinal de profecia, fonte de esperança e injeção de ânimo na missão de ser luz de Cristo no mundo.

A: Apesar das grandes dificuldades que a juventude vive em nosso país, muitos jovens dão testemunho de uma vida ligada à Igreja, ao compromisso social e à evangelização. Vejamos o que a jovem Aline Nandi, de 21 anos, nos relata:

Testemunho: Participar da organização da juventude fez com que eu crescesse espiritualmente e pudesse estar buscando atuação em ou-tros espaços da Igreja. Isso me faz ver a vida de outros ângulos, com a participação em missões e outros trabalhos. A minha vida sendo Igreja é bastante movimentada; ao contrário do que pensam muitos jovens, a Igreja nos dá inúmeras opções de trabalho, de conhecimento, de vivência. Mas acima de tudo está o crescimento espiritual, que é muito importante nos dias atuais. Ser jovem é ser Igreja, é ser feliz.

Canto: /: Tenho que gritar, tenho que arriscar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito? Tenho que andar, tenho que lutar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito? :/

A: A Palavra de Deus nos leva a assumir compromisso em defesa da vida. Por isso, neste momento vamos lembrar e partilhar os compromissos que executamos durante a semana.

(Tempo para a partilha.)

A: Diante do que refletimos hoje, vejamos algumas ações para assumir. – Empenhar­nos junto à Pastoral da

Juventude, grupos de jovens, na divulgação da Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio dos Jovens.

– Convidar nossos jovens das comu-nidades para participarem da pre-paração do 11º Encontro Estadual das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

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– Contribuir, de alguma forma, no fortalecimento dos Grupos de Jo-vens nas nossas comunidades.

O teu sonho é o pão partilhadoA: Ó Deus da vida, que saciaste o povo no deserto, abençoa este pão e nos

fortalece no compromisso de realizar a justiça e a profecia a serviço da vida. (Estendendo nossa mão em direção ao pão, pedimos a bênção de Deus, cantando.)

Canto: /: Este pão será abençoado, pois o Senhor derramou o seu amor! Der-rama, ó Senhor, derrama, ó Senhor, derrama sobre nós o Teu amor. :/

A: Precisamos de muita força e coragem para viver a profecia promovendo a justiça do Senhor. A sua Palavra, a entre-ajuda das irmãs e irmãos e o pão partilhado nos alimentam nesta caminhada.

(Faz-se a partilha do pão depois do canto final.)

A tua bênção nos envia em missãoA: Neste momento de oração a Deus, façamos nossas preces espontâ-

neas, pedindo pelos nossos jovens. (A cada duas preces, digamos:)

T: Senhor, ilumina e abençoa nossos jovens!A: Deus, na sua misericórdia de Pai e ternura de Mãe, acompanha nossos

passos e nos carrega no colo, quando nossas forças parecem diminuir. Deus está sempre conosco. O Senhor esteja conosco!

T: Ele está no meio de nós!A: Que o amor de Deus Pai nos acompanhe, a ternura de Jesus nos

envolva, e a luz do Espírito Santo nos mostre o caminho. T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém!Canto: A juventude do povo do Senhor

/: A juventude do povo do Senhor saberá viver o seu amor. Viverá a sua vocação. :/

1. Os caminhos do Senhor são puros, queremos os caminhos dele.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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9º Encontro

ROMARIA DA TERRA E DA ÁGUA

“Deus criou...tudo era muito bom!” (Gn 1,31)

Ambiente: Bíblia, casinha, vela, água, terra, sementes crioulas, cesta com frutas, planta verde, galho seco, sandálias, mapa de SC (se possível), cartaz da CF 2011 (se possível).

Acolhida: Pelas pessoas da casa que recebe o grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Queridos amigos e amigas, sejam todos bem-vindos em nosso encontro, juntamente com a família (dizer o nome da família) que nos acolhe em sua casa. Com imensa alegria, saudemos a San-tíssima Trindade presente em nosso meio:

Todos(as): O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.A: Em alguns encontros das semanas anteriores foi motivada a nossa

participação na 22.ª Romaria da Terra e da Água, que acontecerá no município de Irani, na Diocese de Joaçaba, no domingo, dia 11 de setembro. Como estamos nos preparando para participar? Estamos nos organizando em caravanas?

(Tempo para partilhar e se organizar para participar.)

A: No encontro de hoje vamos conhecer um pouco melhor essa Romaria. Para bem iniciarmos esse encontro, rezemos em dois coros a Oração da 22.ª Romaria da Terra e da Água:

Lado A: Senhor, nós vos bendizemos e vos damos graças, porque crias-tes, por meio de vossa Palavra, o céu, a terra, as águas e tudo o que eles contêm.

Lado B: Formastes o homem e a mulher à vossa imagem e semelhança, e os destinastes à missão de servir, amar e vos louvar com toda a criação.

Lado A: Vosso amor transborda sobre nós e nos confia a responsabilidade de cuidar da vida em nosso planeta.

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T: Nós vos pedimos, Senhor nosso Deus, Pai e Criador, ajudai-nos a fazer da 22ª Romaria da Terra e da Água uma sintonia com a Campanha da Fraternidade, vivenciando a fraternidade com a vida do planeta e contemplando a criação. “Deus criou e viu que tudo era bom” (Gn 1,31).

Lado B: Que o vosso Espírito Santo nos dê sabedoria e discernimento para desenvolvermos uma consciência forte, que transforme os sinais de morte em sinais de vida, em nós e no planeta.

Lado A: Ajudai-nos, Senhor, a sermos protagonistas de novos tempos. Que transborde em nossos corações um amor profundo e fraterno para cada ser humano e toda a criação.

Lado B: Fazei-nos, Senhor, discípulos e discípulas missionários, empe-nhados em construir um mundo viável para os tempos atuais e as futuras gerações.

T: Que pelo amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo sejamos todos transformados em novas criaturas. Amém.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade de 2011/: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

1. Olha, meu povo, este planeta terra: das criaturas todas a mais linda! Eu a plasmei com todo amor materno, pra ser um berço de aconchego e vida.

Compreendendo melhor a Romaria da Terra e da Água

A: A Romaria da Terra e da Água é um compromisso que a Igreja de Santa Catarina assumiu ao longo de sua caminhada pastoral. Ela tem como principal objetivo ser um momento de celebração, reflexão, denúncia, profetismo e, principalmente, de compromisso com a garantia e defesa da terra, da água e de todas as formas de vida.

Leitor(a) 1: A Romaria é realizada a cada dois anos, em locais que mar-caram histórias de luta e resistência. Neste ano, a 22.ª Romaria da Terra e da Água será na cidade de Irani, no meio oeste, na Diocese de Joaçaba.

L 2: Hoje esse município tem pouco mais de 9 mil habitantes. No início do século passado, ele foi palco do primeiro combate da Guerra do Con-testado, o Combate de Irani, ocorrido em 22 de outubro de 1912.

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L 3: Marcada pela luta e resistência do povo caboclo, a história da Guerra do Contestado guarda a lembrança de marcas fortes de morte e so-frimento, mas, sobretudo, de esperança.

L 4: Em meio à guerra e violência, os caboclos desenvolveram formas e princípios coletivos de produção para sua sobrevivência: vinte ou trinta pessoas se juntavam, animados pelo espírito de cooperação, e faziam trabalhos na roça em forma de mutirão.

T: Nas comunidades, a ideia era que todos pudessem ganhar o alimento e reparti-lo, principalmente com os idosos e as crian-ças. Esta experiência de solidariedade e partilha, de luta e de fé, tornou-se um dos traços culturais da resistência ao mundo da ganância.

A: Além de vivenciarem experiências coletivas, os caboclos também cultivavam uma espiritualidade muito própria, motivada pelos “Mon-ges” João Maria de Agostinho, João Maria de Jesus, José Maria e a virgem Maria Rosa. Essas pessoas eram animadoras das comunida-des e provocadoras de práticas de partilha. Foram apoio dos pobres, alimentando a luta através da fé, da oração, das devoções populares, convidando o povo para rezar contra a fome, a peste e a guerra.

Canto: /: Lutar e crer, vencer a dor! Louvar ao Criador! Justiça e paz hão de reinar, e viva o amor! :/

A: É nesse chão de vida, de luta e de partilha que a 22.ª Romaria da Terra e da Água acontece. A Romaria é um espaço para reunir gente de fé, gente que acredita no Deus Criador da terra e de todas as formas de vida.

L 1: Ela é organizada em forma de tendas. Esse jeito não é só por uma questão de estética ou prática, mas é uma forma de espiritualidade. Resgatar a espiritualidade das tendas é apontar para outro jeito de se organizar e se relacionar.

L 2: O povo de Deus que andava no deserto já se organizava em tendas, para eles era um espaço de partilha, aconchego e de oração.

L 3: O projeto das tendas se contrapõe ao projeto dos poderosos, que tantas vezes oprimem o povo. Os grandes palácios são muitas vezes lugares de opressão e arrogância, lugares de concentração de poder e de riqueza, longe dos lugares da vida sofrida.

L 4: Tenda é lugar de recriar a vida, a dignidade, a liberdade. Lugar da partilha do ser, do saber, do ter e do poder. É lugar de relações igua-litárias; lugar de acolhida e aconchego; lugar de cuidar da vida.

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A: E é pensando no cuidado com a vida, e principalmente com a vida do planeta, que a Romaria da Terra e da Água convoca os cristãos e cristãs para uma grande caminhada em romaria até Irani.

T: “Alarga o espaço de tua tenda, ligeira estende a tua lona, nada de economia, estica a corda, finca a estaca! Para todos os lados irás te expandir, a tua descendência conquistará nações que virão repovoar as cidades abandonadas” (Is 54,2-3).

Canto: /: Eu vim de longe pra encontrar o meu caminho, tinha um sor-riso e o sorriso ainda valia. Achei difícil a viagem até aqui, mas eu cheguei, mas eu cheguei. :/

A: Em sintonia com a Campanha da Fraternidade de 2011, a Romaria da Terra deseja dar continuidade ao debate e às reflexões sobre a vida do planeta, e por isso elegeu as Mudanças Climáticas como tema central, e como lema:

T: Deus criou... tudo era muito bom! (Gn 1,31).L 1: Hoje é visível que as mudanças climáticas estão muito presentes no

nosso dia a dia, a temperatura está mais elevada, enchentes acon-tecem por toda a parte, vendavais, tornados e longas estiagens ou secas.

L 2: Com o aumento da temperatura, e outros fatores climáticos, têm aparecido, com mais frequência e intensidade, desastres ecológicos graves em nosso Estado.

L 3: Em 2004, o Furacão Catarina, no sul; em novembro e dezembro de 2008, enchentes e deslizamentos no vale do Itajaí e no litoral, com 135 mortes, 32 mil desalojados e desabrigados e um enorme prejuízo material.

L 4: Em 2009, o tornado que atingiu a região do oeste e meio-oeste, sendo o município de Guaraciaba o mais atingido.

A: Durante o período intenso da Campanha da Fraternidade, e aqui mes-mo, através dos temas dos livretos dos Grupos Bíblicos em Família, tivemos a oportunidade de conhecer, refletir e compreender melhor a situação gritante que o nosso planeta vive.

L 1: O nosso grande desafio é sermos sensíveis à realidade das mudanças no clima do planeta e das suas consequências para a comunidade humana.

L 2: Sabemos que as mudanças sempre existiram, mas com a nossa ação e descuido com o meio ambiente o processo de degradação aumentou o ritmo, o que coloca em risco a vida do Planeta.

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T: “Sejamos nós mesmos a mudança que queremos para o mundo!” (Mahatma Gandhi, grande defensor da vida).

Canto: /: Nossa mãe terra, Senhor, geme de dor noite e dia. Será de parto essa dor? Ou simplesmente agonia?! Vai depender só de nós! Vai depender só de nós! :/

A Palavra de Deus ilumina a caminhada

A: No encontro de hoje vamos ouvir a narração da criação do ser humano, com destaque das funções que lhe foram concedidas para cuidar do jardim que Deus criou.

Canto: /: É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal! :/

Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do Gênesis 1,26-31.A: Para melhor compreendermos essa Palavra, vamos em silêncio reler

o texto, cada um na sua Bíblia. (Tempo para a releitura.)

A: Conversaremos num breve cochicho:– Como vemos toda a criação de Deus?– Deus disse ao ser humano: Dominarás a terra, os peixes e todos

os animais. O que realmente Deus quis dizer?– Deus ofereceu toda a natureza, plantas e animais, para que as

pessoas pudessem usufruir e daí tirar o seu sustento. Como nós estamos respondendo a isso?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra de DeusA: Deus deixou o ser humano com muita autonomia e liberdade, mas

também exigiu total responsabilidade: T: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a!

Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os ani-mais que se movem pelo chão” (Gn 1,28).

L 3: Infelizmente nem sempre compreendemos a verdadeira intenção dessa ordem de Deus, na relação entre pessoa humana e obra da criação.

L 4: A natureza, que deveria estar à nossa disposição para nos servir de alimento e sustento, conforme o desejo de Deus, muitas vezes é utili-zada e abusada para o comércio, a especulação e para servir apenas ao capital.

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T: “Eis que vos dou toda a terra, todas as plantas que dão semente e todas as árvores que produzem seu fruto com sua semente, para vos servirem de alimento” (Gn 1,29).

L 1: Pelo sopro divino, todos nós nos tornamos imagem e semelhança de Deus. Assim, a nossa vocação e responsabilidade imprimem a marca do divino às ações humanas na terra.

L 2: Todas as outras criaturas deveriam sentir-se aconchegadas aos seres humanos. Os animais deveriam sentir-se protegidos. A terra deveria ser cuidada.

T: Cultivar a terra é a missão do ser humano, mas a terra não é nossa, não nos pertence. A inteligência e a vontade voltadas para o desen-volvimento são dom de Deus, mas tudo deve estar orientado para o cuidado com o jardim, que é de Deus.

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade de 20081. Com carinho desenhei este planeta; com cuidado, aqui plantei o

meu jardim. Com alegria, eu sonhei um paraíso para a vida, dom de amor que não tem fim./: Ponho, então, à tua frente, dois caminhos diferentes: vida e morte, e escolherás. Sê sensato: escolhe a vida! Parte o pão, cura as feridas! Sê fraterno e viverás. :/

A Palavra de Deus nos compromete

A: Nesse momento, queremos mais uma vez nos comprometer com a defesa da vida. Nossa mãe terra continua a gemer e sofrer como em dores de parto. Não podemos ficar indiferentes diante de tanto sofri-mento, é hora de nos comprometermos:a) Viver a espiritualidade do cuidado, alimentando uma mística de

amor e pertença à Terra;b) Tomar consciência, aprofundar o estudo e a compreensão das

causas e consequências dos problemas do planeta e da humani-dade, como: o efeito estufa, o aquecimento global, a fome, a crise alimentar e outros;

c) Resgatar e apoiar a Agricultura Camponesa, como forma de produzir e de se relacionar, favorecendo a produção de alimentos saudáveis e evitando o uso de agrotóxicos, fertilizantes e sementes modifica-das (transgênicos);

d) Aproveitar os espaços (públicos) e quintais de nossas casas para fazer hortas caseiras e comunitárias, produzindo de forma ecológica;

e) Diminuir nosso consumo, evitando as compras desnecessárias e o uso de materiais descartáveis;

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f) Esforçar-nos por participar da 22.ª Romaria da Terra e da Água no dia 11 de setembro; ser sujeito ativo desse momento de fé e resistência, na luta sempre teimosa pela vida plena para todas as pessoas.

Oração A: Na história da Bíblia, um punhado de gente fez a opção pelas tendas.

Precisamos esticar as cordas e fincar novas estacas, aumentar o es-paço de nossas tendas, para que caibam todas as pessoas excluídas do direito de viver com dignidade.

T: Senhor Deus, dá-nos o dom de partilhar um pouco do que somos, do que temos, do que podemos e sabemos, de partilhar o nosso tempo, o nosso carinho, a nossa vida!

A: De mãos dadas, num gesto de união e irmandade, vamos juntos rezar:

T: Pai nosso... Ave Maria...

Bênção das frutas e partilhaA: Estendendo nossas mãos para estas frutas que trouxemos, vamos

abençoá-las:T: Senhor Deus, Pai Criador de todas as coisas. Abençoa estas fru-

tas que vamos partilhar. Que elas sirvam de alimento e sustento às nossas famílias, às famílias que as plantaram e colheram, e a todos os que irão consumi-las. Ajuda-nos a ter mais cuidado e carinho pela vida presente no planeta. Que saibamos compreen-der o teu projeto de amor, reservado a todos nós. Amém.

(Faremos a partilha depois do canto final.)

A: Deus Pai nos abençoe e nos proteja, esteja à nossa frente para nos guiar, ao nosso lado para nos proteger, atrás de nós para nos resguar-dar e acima de nós para nos abençoar e nos fortalecer no compromisso de cuidar de toda a criação.

T: Abençoa-nos, ó Deus todo-poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto: Romaria da Terra

/: Romaria da terra faz o povo reunir; numa luta sem guerra nós lutaremos por ti. :/

1. A terra é sagrada, feita por nosso Senhor. Ele fez e deu ao homem e também nos ensinou que é nela que vivemos e a ela abençoou.

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Como é linda a natureza, é obra do criador. Deus deu a inspiração, o homem fez a plantação e foi assim que começou.

2. Mas, ao passar o tempo, que o povo aumentou, começou a ambi-ção e a terra negociou. Uns compraram, outros não, e à força ele tomou, fazendeiros e jagunços matando o trabalhador. A família que era dona hoje vive no abandono, sem suas terras ficou.

3. Amigo trabalhador, veja a nossa situação. Nós queremos traba-lhar e não temos condição, e a terra que era nossa hoje é toda do patrão. Desemprego na cidade virou uma maldição, precisamos resistir, e nós vamos conseguir pôr a terra em nossas mãos.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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2º BLOCO

SEGUINDO AS DIRETRIZES DA AÇÃO EVANGELIZADORA DA CNBB

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10º Encontro

A IGREJA EM MISSÃO

“Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho

e do Espírito Santo” (Mt 28,19).

Ambiente: Casinha, Bíblia, cruz, vela, sandálias, notícias de missionários(as), jornal Missão Jovem, se possível, Jornal da Arquidiocese.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem­vindos! Hoje vamos refletir sobre nossa missão como Igreja. Iniciemos nosso encontro em nome da Santíssima Trindade, pois ela é a fonte de nossa missão.

Todos(as): Em nome do Pai...A: Confiantes na graça de Deus, que conduz a nossa vida, queremos

viver e crescer em comunidade como discípulos missionários. Reze-mos em dois lados:

Lado A: Senhor Deus da vida e do amor, abri nossos ouvidos para escutar vossa Palavra, fonte de vida e missão.

Lado B: Fazei-nos discípulos missionários movidos pelo dom do vosso Espírito, comprometidos com o anúncio do Evangelho, caminhando ao encontro dos afastados, pobres e excluídos.

T: Transformai nossa Igreja em comunidades orantes, acolhedoras e missionárias, testemunhas de fé, de esperança e caridade.

Canto: /: Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia e meu fim. No grito que vem do teu povo te escuto de novo chamando por mim. :/

Refletindo o tema

A: A Igreja é por sua natureza missionária, chamada a anunciar o Evan-gelho em toda a parte, e a sempre transmitir a fé a cada homem e

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mulher, em qualquer cultura. Ela é a mais plena expressão para o mundo, se viver a sua natureza como povo missionário.

Leitor(a) 1: A missão universal da Igreja nasce da fé em Jesus Cristo, pois somente na fé se fundamenta e se compreende a missão.

L 2: Jesus recebeu do Pai a missão de pregar a Boa-Nova. Depois da ressurreição, ele, por sua vez, também envia seus discípulos nessa mesma missão.

T: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21).

L 3: O objetivo próprio da missão é fazer-nos participantes da comunhão que existe entre o Pai e o Filho no seu Espírito de amor.

T: “Ide, portanto, fazei que todas as nações se tornem meus discí-pulos” (Mc 16,15).

A: A missão de anunciar nos é confiada no batismo, pelo qual somos confirmados como filhos e filhas de Deus, membros de Cristo, incor-porados à Igreja.

Canto: /: Pelo batismo recebi uma missão: vou trabalhar pelo Reino do Senhor, vou anunciar o Evangelho para os povos, vou ser profeta, sacerdote, rei, pastor. Vou anunciar a Boa-Nova de Jesus, como profeta recebi esta missão; aonde eu for, serei fermento, sal e luz, levando a todos a mensagem de cristão. :/

A: Na sua Encíclica “A missão de Cristo Redentor”, o Papa João Paulo II acentua fortemente o mandato que a Igreja recebeu de Cristo de anunciar o Evangelho até os confins do mundo. Vejamos algumas passagens:

L 4: A missão é a medida exata de nossa fé em Jesus Cristo e do seu amor por nós. A missão renova a Igreja, revigora a sua fé e identidade, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações. É dando a fé que ela se fortalece!

L 1: A Igreja, e nela cada cristão, não pode esconder e nem guardar para si esta novidade e riqueza da boa nova do Reino de Deus, recebida da bondade divina para ser comunicada a todas as pessoas.

L 2: Depois da ressurreição e ascensão de Jesus, os apóstolos viveram uma experiência que os transformou: o Pentecostes.

T: A vinda do Espírito Santo fez deles testemunhas e profetas.

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L 3: O Espírito Santo deu-lhes a capacidade de testemunhar Jesus sem medo. O testemunho da vida cristã é a primeira e insubstituível forma de missão.

A: Para imitar o divino Mestre, e continuar a missão dos apóstolos, todos podemos e devemos dar o mesmo testemunho, que é muitas vezes o único modo possível de sermos missionários e missionárias.

Canto: Vai, vai, missionário do Senhor, vai trabalhar na messe com ardor. Cristo também chegou para anunciar. Não tenhas medo de evangelizar.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: O cristão deve alimentar-se diariamente da Palavra de Deus. Vamos ouvir o que Jesus nos diz no Evangelho de São Mateus. Aclamemos a Palavra, cantando:

Canto: Quero ouvir teu apelo, Senhor

1. Quero ouvir teu apelo, Senhor, ao teu chamado de amor responder. Na alegria te quero servir, e anunciar o teu reino de amor.

/: E pelo mundo eu vou, cantando o teu amor. Pois disponível estou para servir-te, Senhor. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, 28,16-20.

(Tempo para reler o texto)

A: Vamos partilhar o que entendemos do Evangelho:1. Qual é o mandato de Jesus?2. De que maneira nós levamos adiante a mensagem de Jesus?

(Tempo para conversar)

Aprofundando o tema com a Palavra

A: Em cumprimento ao mandato de Jesus, algumas pessoas de nossa Arquidiocese encontram-se diretamente em missão, fora e dentro do Brasil: na África, na Bahia e em muitos outros lugares.

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T: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19).L 4: Jesus fez a grande promessa. Ele estará sempre com aqueles que se

comprometerem com Ele.T: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”

(Mt 28,20b).L 1: Como cristãos somos todos e todas enviados a dar testemunho de

nossa fé em Jesus Cristo em qualquer lugar onde estivermos.L 2: A nossa tarefa é anunciar e testemunhar o amor de Deus e ao próximo

com gestos concretos.Canto: Senhor, se tu me chamas

/: Senhor, se Tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui. :/

1. Profetas te ouviram e seguiram tua voz, andaram mundo afora e pregaram sem temor. Seus passos tu firmaste, sustentando seu vigor. Profeta tu me chamas: vê, Senhor, aqui estou.

Assumindo compromissos

A: A partir do que rezamos e refletimos, vamos assumir nosso compro-misso de cristãos batizados. a) Participar das missões populares na nossa paróquia, quando hou-

ver, e, se possível, das duas semanas de missões na Bahia...b) Abrir nossas casas e receber bem os missionários.c) Rezar pelos missionários e missionárias que estão em missão e

ajudar financeiramente a quem parte em missão. d) Ser missionários pela Palavra e o testemunho de vida em nossa

família e em nossa comunidade.

Oração e bênção

A: Antes de concluir o nosso encontro com a oração final e a bênção, vamos lembrar alguns missionários e missionárias da nossa Igreja: Pe. Lúcio Espíndola Santos (África), Pe. Iseldo Scherer (Bahia); Pe. Paulo de Coppi, Dom José Negri, Pe. Vandanam Raju Koppula, italianos que estão em Santa Catarina; religiosas(os) de diversas Congregações; leigos e leigas...

(Tempo para lembrar outros missionários que conhecemos.)

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A: Tendo presentes as pessoas que lembramos, e toda a nossa Igreja, rezemos em dois lados a oração que o Papa Bento XVI fez em vista da Conferência de Aparecida, em 2007:

Lado A: “Senhor Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rosto humano de Deus e rosto divino do homem, acendei em nossos corações o amor ao Pai que está no céu e a alegria de sermos cristãos.

Lado B: Vinde ao nosso encontro e guiai os nossos passos para seguir-vos e amar-vos na comunhão da vossa Igreja, celebrando e vivendo o dom da Eucaristia, carregando a nossa cruz, e urgidos por vosso envio.

Lado A: Dai-nos sempre o fogo de vosso Santo Espírito, que ilumine as nossas mentes e desperte entre nós o desejo de contemplar-vos, o amor aos irmãos, especialmente aos afligidos, e o ardor por anunciar­vos no início deste século.

Lado B: Discípulos e missionários vossos, nós queremos remar mar adentro, para que os nossos povos tenham em Vós vida abundante e construam com solidariedade a fraternidade e a paz.

T: Senhor Jesus, vinde e enviai-nos! Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós. Amém”.

A: Pedimos que o Senhor nos abençoe e nos envie em missão.T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo...Canto: Ide por todo o universo

/: Ide anunciar minha paz. Ide sem olhar para trás! Estarei convosco e serei vossa luz na missão! :/

1. Ide por todo o universo meu Reino anunciar, dizei a todos os povos que eu vim pra salvar! Quero que todos conheçam a luz da verdade, possam trilhar os caminhos da felicidade.

2. Vós sois os meus mensageiros e meus missionários, ide salvar o meu povo de tantos calvários. Minha verdade liberta e a vida promove, meu Evangelho ilumina e as trevas remove.

3. Eu anunciei o meu Reino na cruz e no templo, dei minha vida por todos, deixei meu exemplo. Quem por amor der a vida, será meu amigo. E na riqueza do Pai terá parte comigo!

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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11º Encontro

IGREJA, CASA DE INICIAÇÃO CRISTÃ

“Mestre, onde moras? Vinde e vede!” (Jo 1,38-39).

Ambiente: Bíblia, casinha, catecismo, manuais de catequese, livros de orações, terços, crucifixo, imagem ou estampa de Jesus.

Acolhida: Pela família que recebe o grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, vamos partilhar como cumprimos os com-promissos que assumimos no encontro anterior.

(Tempo para a partilha.)

A: Com alegria, aqui nos encontramos para refletir sobre nossa vivência cristã. O batismo marcou o início de nossa vida cristã. Como estamos vivenciando nossa fé? É sobre este assunto que vamos conversar neste encontro, que iniciamos saudando a Trindade Santa:

Todos(as): Em nome do Pai...A: Quando crianças, aprendemos na família e com os catequistas as

primeiras orações do cristão. Hoje, lembramos com carinho aqueles e aquelas que nos iniciaram no caminho da nossa fé. Rezemos:

T: Pai nosso... Ave Maria... Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo...Canto: Eu era pequeno, nem me lembro

1. Eu era pequeno, nem me lembro. Só lembro que, à noite, ao pé da cama, juntava as mãozinhas e rezava apressado, mas rezava como alguém que ama. Nas Ave-Marias que eu rezava, eu sempre engolia umas palavras, e, muito cansado, acabava dormindo, mas dormia como quem amava.

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/: Ave Maria, Mãe de Jesus. O tempo passa, não volta mais. Tenho saudade daquele tempo que eu te chamava de minha mãe. Ave Maria, Mãe de Jesus. Ave Maria, Mãe de Jesus. :/

Aprofundando o tema

A: Logo após a ressurreição de Jesus, os seus discípulos iniciaram o anúncio da Boa-Nova que o Mestre lhes transmitiu. Ao ouvirem este anúncio, muitas pessoas pediam para participar do grupo daqueles que tinham conhecido Jesus Cristo e agora testemunhavam sua fé pela palavra e pelo exemplo de vida.

Leitor(a) 1: Após a pregação de Pedro, no dia de Pentecostes, o povo perguntou:

T: “E nós, o que devemos fazer?” (At 2,37).L 2: Pedro respondeu:

T: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Je-sus Cristo, para o perdão de seus pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2,38).

L 3: Assim, aos poucos, iam se formando pequenas comunidades cristãs:

T: “Eles eram perseverantes no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).

Canto: Creio, Senhor

/: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé! :/

1. Eu creio em Deus, Pai onipotente, criador da terra e do céu.

2. Creio em Jesus, nosso irmão, verdadeiramente homem-Deus.

3. Creio também no Espírito de amor, grande dom que a Igreja recebeu.

A: Pela história da Igreja sabemos que os primeiros cristãos formavam pequenas comunidades onde eram iniciados na fé cristã, e então re-cebiam o que hoje chamamos de sacramentos de Iniciação Cristã:

T: Batismo, Eucaristia e Crisma.L 4: Nos primeiros séculos da Igreja, esse período de iniciação tinha a

duração aproximada de dois anos. As pessoas assim preparadas

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(catecúmenos) eram acolhidas oficialmente pela Igreja na noite da Vigília Pascal, recebendo os sacramentos de iniciação à vida cristã.

T: O tempo de preparação era chamado de Catecumenato, e só pessoas adultas participavam.

L 1: Com o passar do tempo, à medida que o número de cristãos au-mentava pelo mundo afora, entrou a prática do batismo de crianças. Perdeu­se assim o processo de iniciação à vida cristã, celebrando­se apenas o batismo.

A: Enquanto a sociedade vivia um cristianismo tradicional, parecia que tudo ia muito bem. Hoje, no contexto em que vivemos, as pessoas precisam estar convencidas das razões de sua fé.

L 2: Por isso, é necessário desenvolver em nossas comunidades um novo processo de iniciação na vida cristã, que conduza a pessoa já batizada, e outras que desejam o batismo, a um encontro pessoal com o Senhor Jesus.

L 3: É necessário cultivar a amizade com Jesus na oração, no apreço pela celebração litúrgica, na experiência comunitária, no compromisso apostólico, mediante um permanente serviço aos nossos irmãos e irmãs.

Canto: Agora é tempo de ser Igreja

/: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar! :/

1. Somos povo escolhido e na fronte assinalados com o nome do Senhor que caminha ao nosso lado.

2. Somos povo em missão. Já é tempo de partir. É o Senhor que nos envia em seu nome a servir!

A Palavra de Deus ilumina

A: Para encontrar-se com Jesus Cristo, é necessário procurá-lo, ouvir sua Palavra. É preciso que alguém o apresente a nós. No texto que va-mos ler e ouvir, é João Batista quem apresenta Jesus como o Cordeiro de Deus. Vamos acolher a Palavra de Deus, cantando:

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Canto de aclamação: Eu vim para escutar

1. Eu vim para escutar tua palavra, tua palavra, tua palavra de amor.

2. Eu quero entender melhor tua palavra, tua palavra, tua palavra de amor.

Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo escrito por João 1,35-42.

(Silêncio para interiorizar a Palavra.)

A: Na leitura que ouvimos, o que mais nos chamou a atenção? Quem gostaria de contar o texto?

(Tempo para contar o texto.)

A: Vamos refletir o texto bíblico um pouco mais.a) Quais os personagens que aparecem no texto? O que dizem e o

que fazem?b) O que é necessário para conhecer alguém?c) Como o encontro com Jesus nos compromete a levar a sério o

nosso batismo na realidade de nossa vida?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: No texto que refletimos, ouvimos o anúncio de João Batista aos seus discípulos, e estes seguiram Jesus.

L 4: Percebendo que eles o seguiam, Jesus perguntou-lhes: Que procurais?

T: “Mestre, onde moras?” (Jo 1,38).Canto: /: Vinde e vede, vinde! Ele está no meio de nós. Ele está no

meio de nós! :/ L 1: Os dois discípulos acompanharam Jesus e permaneceram com ele

aquele dia. Em seguida, os próprios discípulos convidaram irmãos e amigos para um encontro com Jesus.

L 2: A partir daí foi se formando um grupo que acompanhava Jesus. Assim, eles o iam conhecendo cada vez melhor.

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A: Essa convivência permitiu a João lembrar, em uma de suas cartas, a forte impressão que o encontro com Jesus lhes deixou.

Leitor(a) da Palavra: Leitura da primeira carta de João 1,1-3.

(Ler novamente na própria Bìblia.)

A: O que entendemos do texto?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando

A: O texto bíblico fala da experiência do encontro com Jesus. Os discípu-los anunciavam a Boa-Nova através do testemunho de sua experiência feita no tempo em que estiveram com Jesus.

L 3: A importância do testemunho continua até aos dias de hoje. Por uma opção de fé, nós anunciamos com convicção, pela palavra e o testemunho, a mensagem da Boa-Nova do Reino, que precisa ser transmitida ao mundo.

T: “... o que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (cf. 1Jo 1,1-3).

L 4: Para nós, hoje, o lugar da Iniciação Cristã é a comunidade eclesial, onde também fazemos o encontro pessoal e comunitário com Jesus.

L 1: A paróquia é um local de educação na fé para as crianças batizadas, mas também de formação continuada para o amadurecimento na vida cristã para os adultos, que foram batizados, mas não suficientemente evangelizados.

L 2: Já que a paróquia é responsavel pela iniciação cristã, é aí que a família precisa buscar as orientações necessárias para iniciar, em casa, a formação religiosa das novas gerações.

Canto: /: Jesus Cristo ontem, hoje e sempre! Ontem hoje e sempre, aleluia! :/

Assumindo compromisso

A: Algumas práticas que favorecem o processo de crescimento na fé:– Fazer sua oração pessoal, familiar e comunitária.

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– Praticar, sempre que possível, a Leitura Orante da Palavra de Deus.

– Valorizar a participação na Celebra-ção Eucarística e/ou Celebração da Palavra.

– Participar, sempre que possível, dos momentos em que a comunidade se reúne para fazer a adoração ao San-tíssimo, a reza do terço, as novenas...

– Sempre que possível, participar dos encontros de formação que a paróquia oferece.

– Colocar-se a serviço da Igreja, nos diversos ministérios, pastorais, serviços...

– Participar dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) e convidar outras pessoas.

A: O que podemos assumir como compromisso para aprofundarmos nossa vivência cristã, nosso encontro pessoal com Jesus Cristo?

(Tempo para conversar.)

Canto: /: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir. Se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui! :/

Oração e bênção

A: Reunidos como comunidade de discípulos e discípulas de Jesus, apresentemos a ele nossas preces:

Lado A: Conduze-nos, Senhor, no caminho da fé.Lado B: Ensina­nos, Senhor, a viver fielmente como teus discípulos e

discípulas.Lado A: Fortalece-nos, Senhor, na prática do amor e da justiça em nossas

comunidades.Lado B: Vem, Senhor, em auxílio de nossas famílias, para que as crianças

cresçam, cultivando a amizade contigo.

(Outras preces espontâneas.)

T: Senhor, atendei a nossa prece.A: A devoção a Maria, mãe de Jesus, é muito importante em nossa vi-

vência cristã. Por isso, façamos nossa consagração a ela.

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T: Ó Senhora minha, ó minha mãe... Canto: Ensina teu povo a rezar

/: Ensina teu povo a rezar, Maria, mãe de Jesus. Que um dia o teu povo desperta e na certa vai ver a luz. Que um dia o teu povo se anima e caminha com teu Jesus. :/

1. Maria de Jesus Cristo. Maria de Deus, Maria mulher, /: ensina a teu povo o teu jeito de ser o que Deus quiser.:/

2. Maria, Senhora nossa, Maria do povo, povo de Deus, /: ensina o teu jeito perfeito de sempre escutar teu Deus.:/

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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12º Encontro

CATEQUESE: EDUCAÇÃO E VIVÊNCIA DA FÉ

“E outras sementes caíram em terra boa; brotaram, cresceram e deram frutos:

trinta, sessenta e até cem por um” (Mc 4,8).

Ambiente: Bíblia, vela, sementes, vários tipos de terra, pedras, espinhos, casinha, flores.

Acolhida: Por pessoas da casa.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos a esse encontro. Irmãos e irmãs, vamos partilhar como cumprimos os compromissos assumidos no encontro anterior.

(Tempo para a partilha.)

A: Meus irmãos e irmãs, dando continuidade à reflexão sobre “justiça e profecia a serviço da vida”, refletiremos hoje especialmente sobre família e catequese. Como filhos e filhas de Deus, somos chamados e escolhidos para continuarmos a obra de seu Filho amado Jesus Cristo. Motivados pelo Espírito de Deus, saudemos a Trindade Santa, cantando...

Todos(as): /: Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui. :/

A: Rezemos em dois lados a oração da família:Lado A: Senhor, vós nos ensinastes a rezar: T: Atendei nossa oração.Lado B: Vós nos destes o dom de escutar: T: Falai aos nossos ouvidos.Lado A: Vós nos destes o dom de falar: T: Escutai nossas palavras.

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Lado B: Vós mandastes perdoar:

T: Perdoai nossas ofensas.Lado A: Vós quereis a família unida:

T: Afastai nossos egoísmos.Lado B: Vós quereis na família carinho e amor:

T: Livrai-nos da violência.Lado a: Vós sois exemplo de compreensão, amor e paz:

T: Fazei de nossa família uma comunidade fraterna.Lado A: Nós queremos ser uma família de Deus:

T: Acolhei nosso desejo em comunhão convosco, na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Canto: /: Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas! Ilumina, ilumina cada passo das nossas famílias! :/

Aprofundando o tema

A: Comprometidos com a ação profética de Jesus, nós, como família, somos chamados a continuar semeando seus ensinamentos, como ele mesmo fez, e deixar as sementes caírem e germinarem no coração das pessoas.

Leitor(a) 1: É na família que se dão os primeiros passos na catequese, é na família que devemos encaminhar nossos filhos e filhas para uma vivência cristã.

T: “O que nós ouvimos, o que aprendemos, o que nossos pais nos contaram, não ocultaremos a nossos filhos; mas vamos contar à geração seguinte as glórias do Senhor, o seu poder e os prodígios que operou” (Sl 78,3-4).

L 2: A família cristã tem a missão de anunciar e testemunhar o evangelho. Nesta vocação comum, o Senhor escolhe algumas pessoas para o serviço eclesial da catequese.

T: “Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16a).

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L 3: Quando se fala em catequese, vêm-nos logo em mente os sacramentos da Iniciação Cristã:

T: Batismo, Eucaristia e Crisma.

L 4: Embora seja muito importante e necessária a preparação para esses sacramentos, é preciso entender que não basta só essa catequese; ela precisa ser continuada e aprofundada em nossa vida inteira.

A: É muito importante que os pais tenham interesse em conhecer e acompanhar o trabalho da catequese na comunidade. Também é necessário que os/as catequistas visitem e conheçam as famílias de seus catequizandos.

T: A família e os catequistas precisam assumir sua vocação em prol do Reino de Deus e comprometer-se com a missão de Jesus.

L 1: É na família que aprendemos a rezar e a vivenciar os valores religio-sos, éticos e morais. Aprendemos que Maria é nossa Mãe e que Jesus Cristo é nosso irmão.

L 2: É na família que a Igreja deve acontecer, tornar-se concreta na vivência do amor, do perdão, da igualdade, da caridade e da fraternidade.

T: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 10,14).

L 3: A família, a catequese e os Grupos Bíblicos em Família devem fazer, juntos, um excelente trabalho de evangelização.

A: A catequese e os Grupos Bíblicos em Família são meios importantes para apoiar e ajudar a família na sua missão primordial da transmis-são da fé às novas gerações, através do processo da iniciação à vida cristã.

Canto: É no campo da vida.

1. É no campo da vida que se esconde um tesouro. Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha. É presente de Deus, é o céu já aqui, o amor mora ali e se chama família.

/: Como é bom ter a minha família, como é bom! Vale a pena vender tudo o mais para a poder comprar. Esse campo, que esconde um tesouro, que é puro dom, é meu ouro, meu céu, minha paz, minha vida, meu lar. :/

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Iluminando a vida com a Palavra

A: A Palavra de Deus é fonte de inspiração para toda pessoa compro-metida com a educação da fé. Ouviremos com atenção o que ela tem a nos dizer hoje:

Canto: /: É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa, tua Palavra é assim, não passa por mim sem deixar um sinal. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 4,1-9.

(Silêncio para interiorizar a Palavra de Deus, olhando os símbolos.)

A: Vamos contar o texto que ouvimos.

(Tempo para contar o texto.)

A: Refletindo o que lemos e ouvimos, vamos conversar: a) O que mais me chamou atenção no texto?b) Que terras encontramos hoje para lançar as sementes da Palavra

de Deus?c) No nosso cotidiano, o que sufoca o crescimento da Palavra de

Deus?d) Como podemos viver e anunciar o evangelho de Jesus em meio a

tantos desafios e diversidades do mundo em que vivemos?(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: O Evangelho nos mostra que Jesus trouxe a Palavra de Deus, que é semente do Reino, e ela se espalhou pelo mundo.

L 4: Jesus nos deu a missão de continuar espalhando a sua Palavra e fazendo­a frutificar.

T: E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura!” (Mc 16,15).

L 1: É na família que devem cair as primeiras sementes do Evangelho. E é dela que devem sair os primeiros frutos. Cabe a nós, pais, mães, avôs, avós e catequistas, garantir que a colheita seja abundante.

T: “E outras sementes caíram em terra boa; brotaram, cresceram e deram frutos: trinta, sessenta e até cem por um” (Mc 4,8).

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A: Espalhar as sementes do Reino é comprometer-se com a justiça e a profecia a serviço da vida.

Canto: /: Põe a semente na terra, não será em vão. Não te preocupe a colheita, plantas para o irmão! :/

A: Nossa missão profética nos leva a um compromisso maior com as sementes lançadas ao longo do caminho da nossa evangelização.

L 2: Todos nós somos semeadores da Palavra de Deus, andamos pelas cidades, vilas e periferias, semeando, de mãos cheias, valiosas sementes.

L 3: O campo é o coração daqueles e daquelas que nos ouvem, que se tor-nam santuário sagrado onde a graça de Deus faz a semente nascer.

L 4: A fé então se transforma em força; a palavra se torna luz; a solida-riedade opera milagres; a esperança não deixa desistir. A coragem enfrenta os desafios; a fraternidade gera união; o perdão refaz a ponte da paz.

T: A oração mergulha o ser humano em Deus; o amor fecunda as sementes e garante uma colheita generosa e uma partilha feliz!

Canto: /: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos viver num mundo novo. :/

Assumindo compromissos

A: A partir do que refletimos, partilhamos e rezamos, vimos que nossa missão de educadores e educadoras da fé precisa ser bem mais traba-lhada. A catequese não pode ser somente sacramentalista, como em geral se pensa; os Grupos Bíblicos em Família são parte importante nessa compreensão do processo de iniciação à vida cristã. Portanto, precisamos assumir juntos alguns compromissos:a) Ser semeadores do Reino de Deus, levando sua Palavra a quem

ainda não a conhece. b) Como Grupos Bíblicos em Família, procurar famílias mais afastadas

para visitá-las e convidá-las a participar dos grupos, das celebra-ções e a se engajarem nos serviços e ministérios da Igreja.

c) Motivar para que a família acompanhe as crianças no trabalho da catequese e que participem das celebrações no domingo.

(Tempo para conversar.)

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Oração e bênção

A: Elevando nossa oração ao Deus Trindade, rezamos pedindo por nos-sas famílias.

T: Pai nosso... Glória ao Pai...A: Pedimos a bênção de Deus para os

nossos lares.T: Ó Deus, abençoai e protegei os moradores desta casa. Abençoai

e protegei as nossas casas e os que nelas entram e delas saem. Guardai nossas casas e dai-nos coragem para enfrentarmos, com sabedoria e amor, a luta do dia a dia, transformando-nos em instrumentos de vossa vontade. É o que vos pedimos, Trindade Santa, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém!

Canto: Oração da Família1. Que nenhuma família comece em qualquer de repente. Que nenhu-

ma família termine por falta de amor. Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente, e que nada no mundo separe um casal sonhador. Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte. Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois. Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte. Que eles vivam do ontem, no hoje, em função de um depois. Que a família comece e termine sabendo onde vai. E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai. Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor, e que os filhos conheçam a força que brota do amor./: Abençoa, Senhor, as famílias. Amém! Abençoa, Senhor, a minha também! :/

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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13º Encontro

IGREJA, FONTE DE ANIMAÇÃO BÍBLICA

“Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações... Ensinai-lhes a observar tudo o que vos

tenho ordenado” (Mt 28,19-20).

Ambiente: Bíblia, velas, casinha, um caminho forma-do por papéis em formato de pés...

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

Animador(a): Irmãos e irmãs muito queridos! Sejam todos bem-vindos! É momento de alegria especial! Somos a família de Deus! Aqui estamos para ouvir sua Palavra e partilhar a nossa vida. Jesus está no meio de nós! Vamos iniciar o nosso encontro contando uns aos outros como vivemos o compromisso que assumimos na semana passada.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Fazemos parte da família de Deus. Na unidade entre nós, e com a certeza do amor de Deus, saudamos com alegria o nome da Santís-sima Trindade:

Todos(as): O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.A: Vamos hoje conversar sobre uma das mais importantes missões da

Igreja, que é a animação bíblica nas comunidades, como nos pedem as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. A Palavra de Deus é luz e força para a nossa caminhada nesta vida. Ela é tão importante que Jesus chegou a dizer: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”. Vamos invocar o Espírito Santo, rezando uma oração que o Papa Paulo VI nos ensinou:

Lado A: Ó Espírito Santo! Dai­me um coração grande e aberto à vossa silenciosa e forte Palavra inspiradora, fechado a todas as ambições

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mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, com-penetrado do sentido da Santa Igreja!

Lado B: Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa!

T: Ó Espírito Santo! Dai-me um coração grande e forte e constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração, cuja feli-cidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir humilde e fielmente a vontade do Pai. Assim seja!

Refletindo o tema

A: Após a morte e ressurreição de Jesus, foram se organizando as pe-quenas comunidades cristãs. Elas se reuniam para conversar sobre as palavras e ações de Jesus, celebrar a Ceia e partilhar a vida e os bens. Assim nasceu e cresceu a Igreja, a família de Deus, que acredita em Jesus Cristo como Salvador do mundo.

T: “Jesus é a Palavra de Deus que se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

Leitor(a) 1: A Igreja, formada pelos primeiros discípulos e apóstolos, recebeu uma missão especial de Jesus. O Evangelho de Mateus conta que Jesus ressuscitado se aproximou dos apóstolos reunidos na Galileia e disse:

T: “Foi-me dada toda autoridade no céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos” (Mt 28,19-20).

L 2: “Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado”. A Igreja, portanto, tem a missão de ensinar. Em primeiro lugar, isso significa anunciar a própria pessoa de Jesus Cristo, Filho de Deus e nosso Salvador. Ele é o centro de toda a Bíblia.

T: “Jesus é a Palavra de Deus que se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

A: As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil lembram que a Igreja deve suscitar a fé em Jesus Cristo através do anúncio da Palavra de Deus. Assim ela cumpre uma missão de mãe,

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que sempre gera novos cristãos no mundo. Como é que uma pessoa pode conhecer e seguir a Jesus Cristo sem que alguém anuncie a sua Palavra?

T: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,21).

L 3: É através da pregação que a Palavra de Deus se torna conhecida. É através do estudo da Bíblia que conhecemos a Deus e o seu plano de amor e de salvação.

L 4: Quem ouve e estuda a Bíblia tem o acompanhamento especial do Es-pírito Santo. Ele ilumina a nossa inteligência para entendermos a Bíblia, ele fortalece a nossa vontade para praticarmos a Palavra de Deus.

Canto: /: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor! Lâmpada para os meus pés, Senhor! Luz para o meu caminho. :/

A: O anúncio e a acolhida da Palavra de Deus são, portanto, fundamentais para a vida e a missão da Igreja. Isso acontece, de modo especial, na liturgia. Quando se lê a Palavra de Deus na Bíblia é o próprio Deus que fala conosco.

T: Participar das celebrações litúrgicas é ser alunos de Deus, se-guidores de Jesus Cristo.

L 1: É necessário que haja uma cuidadosa preparação para a Liturgia da Palavra nas nossas celebrações ao longo do ano litúrgico.

L 2: Os comentários e homilias devem ser preparados com muito cuidado e respeito, para poderem ser bem entendidos por todos.

T: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,21).

A: A Igreja tem a missão de animar o estudo da Bíblia. É muito importante que cada Paróquia desenvolva a pastoral bíblica. Isto significa, em primeiro lugar, incentivar a leitura e a meditação da Bíblia em cada família. A Bíblia deve ser o “alimento nosso de cada dia”. Jesus mesmo nos alerta:

T: “Não só de pão vive o ser humano, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4,4).

L 3: A pastoral bíblica deve também animar todas as famílias a participarem dos Grupos Bíblicos em Família. Aí a Bíblia ocupa um lugar central.

L 4: A Palavra de Deus nos aproxima uns dos outros e nos ajuda a viver na fraternidade e na justiça. Somos a família de Deus!

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T: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,21).

L 1: Existe uma forma privilegiada de entrar no sentido profundo da Palavra de Deus, que é a “Leitura Orante da Bíblia”.

L 2: É importante conhecer o método da Leitura Orante da Bíblia e incentivar a sua prática. Muitos cristãos já praticam este modo de ler e meditar a Bíblia.

T: Os quatro momentos da Leitura Orante: – leitura, meditação, ora-ção e contemplação – favorecem o encontro pessoal com Jesus Cristo.

Canto: /: Pela palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. :/

A: A Igreja tem a missão de animar o estudo da Palavra de Deus. Não basta ler a Bíblia. Toda pessoa tem o direito de conhecer a história do povo de Israel, onde se inicia a história da salvação.

L 3: Conhecer a situação do povo no tempo de Jesus e das primeiras co-munidades cristãs; saber como nasceram os textos bíblicos e como interpretá-los de forma correta.

T: A Bíblia mostra que Deus se revela na história humana: ele está no meio de nós!

L 4: Por isso, a Igreja se preocupa com a catequese permanente e oferece cursos de formação bíblica e teológica.

L 1: Todas as lideranças precisam ser bem formadas, para exercer sua função com seriedade e segurança. Muitas paróquias já possuem as escolas bíblicas e investem na formação de leigos e leigas.

T: Estudar a Bíblia é um direito de todos os cristãos.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Jesus dedicou três anos a ensinar seus discípulos. As fontes de onde tirava seus ensinamentos eram duas: a vida e a Bíblia. Jesus não se deixava levar pelas propostas do poder que dominava as pessoas; ele se fez solidário com todas as pessoas sofredoras; ele lia, meditava, interpretava, praticava e anunciava a Palavra de Deus.

(Durante o canto pode-se fazer uma procissão na direção da Bíblia colocada no centro do grupo, para beijá-la em sinal de reverência à Palavra de Deus.)

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Canto de aclamação: Toda Bíblia é comunicação

/: Toda a Bíblia é comunicação de um Deus amor, de um Deus irmão. É feliz quem crê na revelação, quem tem Deus no coração. :/

1. Jesus Cristo é a Palavra, pura imagem de Deus Pai. Ele é vida e verdade, a suprema caridade.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 6,46-49.

(Depois de um tempo de silêncio, o grupo pode contar o texto com as próprias palavras.)

A: Jesus dá uma importância muito especial à Palavra de Deus. Ele a compara com uma casa construída sobre a rocha. a) O que isso significa para a nossa vida? b) Quais são as “enchentes”, as “correntezas” que ameaçam atingir

e derrubar a vida cristã em nossas famílias e comunidades? c) Quem já participou ou está participando de algum Curso ou Escola Bíblica? d) Quais são os benefícios que o estudo bíblico traz para a nossa vida?

(Tempo para conversar.)

Refletindo a Palavra

A: A Palavra de Deus é rocha firme sobre a qual podemos alicerçar nossa vida. Para isso, é necessário dedicar tempo ao estudo da Bíblia.

L 2: Há muitos cristãos apenas de nome. Nós todos, muitas vezes nos diri-gimos a Jesus e o chamamos de “Senhor, Senhor”, mas não fazemos o que ele nos ensinou...

L 3: Há muitos cristãos que constroem sua casa sobre a areia. Muitas vezes nos deixamos levar pelo desânimo, quando aparecem dificuldades em nossa vida...

L 4: Há muitos cristãos sem conteúdo. Muitas vezes achamos tempo para tudo, menos para ler e meditar a Palavra de Deus...

L 1: Há muitos cristãos de “qualquer jeito”. Muitas vezes seguimos na vida sem convicções profundas e sem saber as razões de nossa fé...

T: Somos chamados por Deus para construir o seu Reino de amor e de paz. Somos construtores de uma nova sociedade que precisa ser fundamentada em rocha firme, que é a Palavra de Deus.

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Assumindo compromissos

A: Para sermos cristãos e cristãs autênticos e responsáveis, a Igreja nos anima a ler e me-ditar a Bíblia na família e nos Grupos Bíblicos em Família.Todos nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, devemos ter consciência de nossa missão no mundo. Ele

nos ensinou a construir a casa sobre a rocha que é a Palavra de Deus. – Nesta semana vamos então esforçar-nos para ler e meditar, todos

os dias, um texto da Bíblia. Vamos também informar-nos sobre como participar de cursos de formação bíblica. Se em nossa paróquia ou região já existem cursos, vamos convidar mais pessoas para participar.

(No próximo encontro, vamos partilhar o que estamos fazendo para crescer na formação bíblica.)

Oração e bênção

A: Maria, a mãe de Jesus e nossa mãe, é o modelo de ouvinte e praticante da Palavra de Deus. Quando visitou sua prima Isabel, ela cantou o “Magnificat”, oração de louvor a Deus com frases tiradas da Sagrada Escritura. Vamos rezar com nossa Mãe querida (Lc 1,39-55):

Lado A: A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva.

Lado B: Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem.

Lado A: Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que têm planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e

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exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias.

Lado B: Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre.

T: Ave-Maria, cheia de graça...A: Para comprometer­nos mais com a missão que Jesus nos confiou,

vamos cantar o canto da vinha, enquanto escrevemos o nosso nome nos pés de papel que formam o caminho.

Canto: Venham trabalhar na minha vinha

1. Venham trabalhar na minha vinha, dilatar meu Reino entre as nações, convidar meu povo ao banquete, quero habitar nos corações.

/: Unidos pela força da oração, ungidos pelo espírito da missão, vamos juntos construir uma Igreja em ação. :/

A: A bênção de Deus no final deste encontro pode ser dada pelo animador(a) ou pelos donos da casa, de modo espontâneo.

(Momento para a bênção.)

Canto: Hino dos GBF

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram / em torno da Bíblia,

Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, / na prece entrelaçam a terra e os céus.

2. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia, / resposta divina a huma-nas questões. / Assim, a oração, reflexão da Palavra / motiva e orienta concretas ações.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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14º Encontro

IGREJA, COMUNIDADE DE COMUNIDADES.

“Somos em Cristo um só corpo” (Rm 12,5).

Ambiente: Bíblia, casinha, crucifixo, imagem de Nossa Senhora, flores, fotos de comunidades reunidas, fotos dos Grupos Bíblicos em Família (se possível).

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo, ou pelo animador.

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos partilhar a experi-ência do nosso compromisso assumido na semana passada.

(Tempo para conversa.)

Motivação e oração inicial

A: Hoje vamos tratar de um assunto muito familiar para todos nós: A nossa Igreja. Somos todos cristãos e cristãs e, portanto, seguidores de Jesus. Ele nos reúne na grande família de Deus que é a Igreja. Para aprendermos a conhecer e amar mais a nossa Igreja, iniciemos nosso encontro, saudando a Santíssima Trindade.

Todos(as): O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.A: Rezemos, em dois lados, a Oração dos Grupos Bíblicos em Família.Lado A: Senhor Jesus, tu nos garantiste: “Onde dois ou três estiverem

reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20).Lado B: Por isso, acreditamos em tua presença quando nos reunimos nos

Grupos Bíblicos em Família. Lado A: Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por tua

Palavra, fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça.

Lado B: Somos, também, confortados pela presença de irmãos e irmãs que, como nós, querem ser discípulos e missionários teus.

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Lado A: Porque queremos ser teus discípulos, ensina-nos a fazer a von-tade do Pai, a estar atentos às necessidades dos que sofrem e a ser “alegres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12).

Lado B: Porque queremos ser teus missionários, dá-nos um coração ge-neroso e entusiasta, um coração como o teu, incansável no anúncio de que Deus é amor.

Lado A: Nossos encontros bíblicos nos preparem para o domingo, Dia do Senhor, quando somos convidados a nos reunir ao redor do teu Altar.

Lado B: Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão da Vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia.

Lado A: Tua Mãe Maria, Nossa Senhora do Desterro, interceda por nos-sas famílias e nossos grupos, para que saibam imitar a Família de Nazaré.

T: Assim estaremos nos preparando para viver um dia com a San-tíssima Trindade, numa alegria que não terá fim. Amém.

Canto: Agora é tempo.

/: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar :/

1. Somos povo escolhido e na fronte assinalado com o nome do Senhor, que caminha ao nosso lado.

Refletindo o tema

A: A palavra igreja, como Jesus a edificou sobre Pedro e os Apóstolos, quer dizer assembleia. Assembleia é a reunião de todo o povo. Vamos refletir sobre o que é ser Igreja e como está a nossa participação nesta responsabilidade comunitária.

T: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18).Leitor(a) 1: Ser Igreja é praticar a vida de comunhão com os irmãos e

irmãs de fé e de comunidade. A experiência de fé é inseparável da experiência comunitária.

L 2: A Igreja é a comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus Cristo, reunidos em torno da sua Palavra, testemunhando o seu amor.

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T: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20).

L 3: A Igreja é uma grande comunidade de comunidades, que vivem e atuam em rede umas com as outras, como nos ensinam as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil .

L 4: Assim temos as paróquias na Diocese e, nas paróquias, as comu-nidades (capelas), os Grupos Bíblicos em Família, as Comunidades Eclesiais de Base, e grupos diversos que se reúnem para viver, em comum, a sua fé.

T: A Igreja é uma rede de comunidades.A: Segundo o Documento de Aparecida, a Igreja deve refletir a Santíssi-

ma Trindade, isto é, a unidade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Por essa unidade é que podemos dizer que a Santíssima Trindade é a melhor comunidade, Ela é o modelo perfeito da Igreja, comunidade de todo o povo de Deus.

T: Santíssima Trindade, a melhor comunidade.Canto: /: Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vossa comu-

nhão! Que esta mesa favoreça, favoreça nossa comunicação. :/

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Na Carta de São Paulo aos Romanos, o Apóstolo nos diz que somos em Cristo um só corpo, e todos nós somos membros uns dos outros. Acolhamos a Palavra de Deus, cantando:

Canto: Palavra santa

/: Palavra santa do Senhor, eu gravarei no coração :/

1. Vossa Palavra é uma luz a iluminar o vosso povo em marcha alegre para o Pai.

2. Palavra viva, penetrante e eficaz, que nos dá força, nos dá vida, amor e paz.

Leitor(a) da Palavra: Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 12,4-8.

(Pausa para releitura e interiorização da Palavra.)

A: Após ouvirmos a Palavra de Deus e relê-la em nossa Bíblia, vamos refletir:

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– Que dons (talentos) a leitura nos indica?– Que dons descobrimos em nós, e podemos colocar a serviço da

comunidade?– Viver a unidade é criar comunhão na nossa comunidade e entre

as comunidades da nossa Igreja. Temos cultivado e fortalecido os laços que nos unem?

– São Paulo nos recomenda que façamos com alegria as nossas atividades comunitárias. Como estamos realizando as nossas tarefas: como um fardo ou como um dom gratuito?

(Tempo para conversa.)

Aprofundando a Palavra

A: O Apóstolo São Paulo nos diz que, na Igreja, somos muitos membros, cada qual com uma função própria, mas, em Cristo, um só corpo.

T: Fazei de nós um só Corpo e um só Espírito.L 1: Como membros desse mesmo Corpo de Cristo, precisamos ter o es-

pírito aberto para acolher-nos mutuamente, respeitar as diferenças pessoais e comunitárias e somar esforços para construir a unidade da Igreja, que é o sonho de Jesus.

T: “Pai, que todos sejam um, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).

L 2: Segundo o Documento de Aparecida, deve-se cultivar a formação comunitária entre os fiéis. Todos precisam viver a Igreja como grande família na fé e na caridade fraterna.

T: “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum” (At 2,44).

L 3: As comunidades eclesiais, para serem vivas e dinâmicas, precisam cultivar uma sólida espiritualidade baseada na Palavra de Deus, para se manterem em plena comunhão de vida pessoal e comunitária, colocando-se com simplicidade a serviço do outro.

T: “Formamos um só corpo em Cristo, e cada um, por sua vez, é membro dos outros” (Rm 12,5).

L 4: Viver a união na comunidade local e com as outras comunidades da paróquia é o melhor testemunho de vida cristã.

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T: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).

L 1: Através dos Grupos Bíblicos em Família, a Igreja se faz presente nas próprias casas dos moradores de toda a comunidade. É bom convidar sempre mais os nossos vizinhos para participarem dos nossos Grupos Bíblicos em Família.

T: “E, a cada dia, o Senhor acrescentava ao seu número mais pes-soas que eram salvas” (At 2,47).

Canto: Igreja nas casas

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/

1. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade. Pessoas diversas constro-em comunhão. Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, e tudo se torna fraterna oração.

2. Igreja nas casas! São células vivas da comunidade em torno a Jesus. Ninguém é cristão isolado, sozinho, amor verdadeiro à unidade conduz.

Compromisso

A: Diante do que ouvimos e refletimos, vamos considerar o que podemos assumir como compromisso. Algumas sugestões:

1. Reconhecer humildemente os dons pes-soais que Deus nos deu e colocá-los ao serviço da comunidade eclesial.

2. Participar ativamente da vida comuni-tária e paroquial, engajando-nos nos serviços da Igreja, como, por exemplo, a catequese, liturgia, ação social, admi-nistração econômica ou outros.

3. Cultivar um espírito de abertura na convivência familiar, comunitária e paroquial, superando as divergências e diferenças, em vista do bem comum.

4. Convidar mais pessoas para participarem dos nossos Grupos Bí-blicos em Família.

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Oração e bênção

A: Ao terminar o nosso encontro, lembremo-nos de que o Evangelho se vive na unidade. Para que Jesus nos ajude a construir a unidade com que Ele sempre sonhou, vamos rezar as orações da família cristã.

T: Pai nosso... Ave Maria..., Glória ao Pai ...A: O Senhor nos abençoe e nos guarde unidos em seu amor.T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. AmémCanto final: Imaculada

/: Imaculada, Maria de Deus. Coração pobre acolhendo Je-sus. Imaculada, Maria do povo, Mãe dos aflitos que estão junto à cruz. :/

1. Um coração que era sim para a vida, um coração que era sim para o irmão, um coração que era sim para Deus, Reino de Deus renovando este chão.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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15º Encontro

IGREJA A SERVIÇO DA VIDA PARA TODOS

“Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,14).

Ambiente: Bíblia, água, luz, terra, casinha, palavras escritas em folhas com no-mes que gerem vida (saúde, em-prego, perdão...)

Acolhida: As boas-vindas dadas pelas pessoas que acolhem o grupo.

Animador(a): Irmãos e Irmãs, iniciamos nosso encontro, partilhando os compromissos que assumimos no encontro anterior.

(Tempo para a partilha.)

Oração Inicial

A: Pedimos as luzes do Espírito Santo sobre nós, cantando:

Canto: /: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor. Vem a nós, traz à Igreja um novo vigor. :/

A: Rezemos em dois lados o Salmo 113, um hino de louvor à grandeza de Deus libertador.

Lado A: Aleluia! Louvai, servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Seja bendito o nome do Senhor, desde agora e para sempre.

Lado B: Do nascer ao pôr-do-sol seja louvado o nome do Senhor. O Senhor se eleva sobre todos os povos, mais alta que os céus é sua glória.

Lado A: Quem é igual ao Senhor nosso Deus, que mora no alto e se inclina para olhar para os céus e para a terra?

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Lado B: Ergue da poeira o indigente, da imundície levanta o pobre, para fazê-lo sentar-se entre os príncipes, entre os príncipes do seu povo. Faz a estéril morar na sua casa como alegre mãe de filhos.

Todos(as): Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo...Canto: /: Alegrai-vos sempre no Senhor! Alegrai-vos, alegrai-vos,

alegrai-vos no Senhor! :/

Refletindo o tema

A: Neste encontro iremos refletir sobre a nossa Igreja, a Igreja que que-remos ser, que deve estar a serviço da vida para todos, como nos pedem as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Leitor(a) 1: Uma Igreja amiga, profética, solidária, missionária, seguidora de Jesus Cristo, Igreja que se realiza também a partir dos Grupos Bíblicos em Família (GBF), o chão de nossa caminhada.

Canto: /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/A: Cada vez mais devemos intensificar as nossas relações de compro-

misso, de solidariedade e partilha, à luz da Palavra de Deus.

L 2: Como membros dos Grupos Bíblicos em Família, também somos responsáveis pela evangelização, e nessa missão reconhecemos os desafios de nossa realidade social e religiosa:

L 3: Desemprego, exclusão, drogas, desânimo, omissão, falta de condições de vida digna para muitas pessoas do nosso povo.

T: Nosso Deus é o Deus da vida. Veio para servir, e não quer ver seu povo injustiçado e oprimido.

Canto: /: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente. :/

A: Como Igreja a serviço da vida, da justiça, cabe-nos denunciar toda prá-tica de discriminação e exclusão, em suas diferentes expressões.

L 4: No serviço à vida cabe promover uma sociedade que respeite as diferenças, combatendo o preconceito nos mais diversos meios, efetivando a convivência pacífica das diversas culturas e expressões religiosas.

L 1: Cabe-nos igualmente apoiar as reivindicações pela defesa dos direitos humanos em todas as dimensões.

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A: A Igreja também se coloca a serviço da vida, quando se empenha na educação para a preservação da natureza e o cuidado com a ecologia, através de atitudes que respeitem a biodiversidade e de ações que zelem pelo meio ambiente.

L 2: Entre essas ações, destaca-se o empenho pela preservação da água, patrimônio da humanidade, evitando a sua privatização.

Canto: /: Pela água que dá vida, pelos dons da criação, ó Senhor do universo, eis a nossa louvação! :/

A: Precisamos ser uma Igreja mais profética, que faça, de um lado, uma experiência profunda de Deus libertador e, de outro lado, uma expe-riência encarnada na realidade do povo.

L 3: Essa experiência desperta no profeta o desejo de orientar, anunciar e denunciar. É uma profecia sustentada pelo amor e pela fé. É um apelo à conversão.

Canto: /: Tenho que gritar, tenho que arriscar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito! Tenho que andar, tenho que lutar. Ai de mim, se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito! :/

A Palavra de Deus ilumina

A: Somos a Igreja de Jesus Cristo. Quere-mos seguir seu exemplo de amor e ser-viço. Vamos iluminar essa nossa reflexão com a Palavra de Deus. Antes, vamos aclamá-la, cantando:

Canto: /: A Palavra de Deus vai chegando, vai. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de São João 13,1-15.

Para conversar:

1. Segundo o texto, que exemplo de vida Jesus nos deixou?2. O que significa para nós, hoje, lavar os pés uns dos outros?3. Nós somos Igreja profética, servidora...? Como? Quando?

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Aprofundando a Palavra

A: Continuemos nossa reflexão sobre o texto bíblico e a Igreja a serviço da vida. Jesus nos dá o grande ensinamento. Na comunidade, toda autoridade só pode ser entendida como serviço aos irmãos e irmãs.

T: “Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,14).

L 4: Na comunidade cristã existem diferentes funções, mas todas elas devem contribuir para o serviço à vida e à prática do evangelho.

T: “Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós” (Jo 13,15).

L 1: Na Igreja servidora não se justifica nenhum tipo de superioridade, mas somente a relação pessoal de irmãos e amigos.

T: “Jesus, que tinha amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1b).

L 2: O amor é um modo eficiente de anunciar o Reino de Deus, que alcança a vida das pessoas ali onde elas se encontram, especialmente em situações de sofrimento, opressão e injustiça.

Canto: /: Vem, Senhor Jesus, vem conosco caminhar, ilumina nossa vida pra teu povo libertar. :/

A: Precisamos ser uma Igreja mais corajosa na defesa dos pobres e dos excluídos, denunciadora de situações econômicas e políticas, que fa-vorecem mais o capital do que o trabalhador, mais o mercado que as pessoas, mais o fruto do trabalho que as próprias mãos do trabalhador.

(Formar o acróstico com as palavras escritas nas tiras de papel: o rosto da Igreja que queremos.)

T: A Igreja dos nossos sonhos é mais profética e mais corajosa, mais disposta a lavar os pés uns dos outros.

Compromisso

A: A Palavra de Deus nos leva ao compromisso, algo de concreto que devemos assumir na comunidade. – Se já assumimos algum trabalho na comunidade, procurar fazê-lo

sempre com amor e humildade. Se ainda não o fazemos, assumir algum serviço que sirva para dignificar a vida na comunidade, principalmente nas questões sociais.

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Oração e bênção

A: Dentro do que refletimos, e olhando os símbolos do ambiente, elevemos a Deus nossas orações espontâneas, rezando após cada prece:

T: Senhor, que sejamos uma Igreja servidora, comprometida com a justiça e a vida plena.

(Tempo para as preces espontâneas.)

A: Nessa oração final, vamos rezar, em dois lados a Oração da Escola de Ministérios (EMAR).

Lado A: Senhor Jesus Cristo! Vieste caminhar conosco e fundaste a Igre-ja. Hoje percebemos que ela é chamada a ser profética, missionária, servidora, a partir do teu exemplo, no lava-pés e na cruz.

T: Queremos acolher o teu projeto de vida: “Eu não vim para ser ser-vido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos” (Mt 20,28).

Lado B: Suplicamos-te, Senhor, a graça, para que o serviço que nos é con-fiado seja vivido: na fé que lhe dá o verdadeiro sentido, na humildade que nos aproxima de Ti e de todos, e na caridade que torna o nosso ministério continuação do teu serviço de amor e salvação.

T: Queremos acolher o teu projeto de vida: “Eu não vim para ser ser-vido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos” (Mt 20,28). Amém.

A: Pedimos a bênção de DeusT: Que o Senhor nos torne pessoas conscientes da realidade em

que vivemos, nos faça comprometidos com a causa da justiça e nos dê a paz. Por intermédio de Maria, nossa mãe, o Senhor nos abençoe: o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. Amém

Canto: Maria, mãe dos caminhantes

Maria, Mãe dos caminhantes, ensina-nos a caminhar. Nós somos todos viajantes, mas é difícil sempre andar.

1. Fizeste longa caminhada, para servir a Isabel, sabendo-te de Deus morada, após teu sim a Gabriel!

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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16º Encontro

NOSSA CATEDRAL: IGREJA-MÃE

DA ARQUIDIOCESE

“Quão amável, ó Senhor, é vossa casa! Quanto a amo, Senhor Deus do universo!” (Sl 84,1).

Ambiente: Bíblia, casinha, vela, foto da catedral e/ou de outra(s) igreja(s), da própria matriz ou capela da sua comunidade.

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

Animador(a): Na alegria de termos sido acolhidos e acolhidas por esta família em sua casa, igreja doméstica, vamos começar nosso encon-tro partilhando a experiência do compromisso assumido para esta semana.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Como Igreja arquidiocesana viva, que somos todos e todas nós, queremos hoje refletir uma vez sobre a igreja material, a casa de Deus construída por mãos humanas, o templo em que nos reunimos para o louvor de Deus, sobretudo na celebração da sagrada liturgia. Nossa igreja-mãe, referência maior entre todas as igrejas, santuários, e capelas das 68 paróquias da arquidiocese, é a nossa Catedral Me-tropolitana, no centro de Florianópolis. Nela queremos entrar agora, em espírito, para a nossa oração inicial.

Todos(as): Em nome do Pai...Canto: Senhor, quem entrará

1. Senhor, quem entrará no santuário pra te louvar? (bis) Quem tem as mãos limpas e o coração puro, quem não é vaidoso e sabe amar. (bis)

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2. Senhor, eu quero entrar no santuário pra te louvar! (bis) Oh! Dá-me mãos limpas e um coração puro, arranca a vaidade, ensina-me a amar. (bis)

3. Senhor, já posso entrar no santuário pra te louvar. (bis)Teu san-gue me lava, teu fogo me queima, o Espírito Santo inunda meu ser. (bis)

A: Rezemos com as palavras que o salmista achou para expressar seu amor ao templo, sua saudade, quando longe dele:

Lado A: Quão amável, ó Senhor, é vossa casa! Quanto a amo, Senhor Deus do universo!

Lado B: Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Se-nhor. Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!

Lado A: Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar!

Lado B: Felizes os que em vós têm sua força, e se decidem a partir quais peregrinos!

Lado A: Na verdade, um só dia em vosso templo vale mais do que milha-res fora dele!

Lado B: Prefiro estar no limiar de vossa casa a hospedar­me na mansão dos pecadores!

T: Deus do universo, escutai minha oração! Feliz quem põe em vós sua esperança! (Sl 84,1-3.5-6.11.13)

Canto: /: Senhor, quem entrará no santuário pra te louvar? :/ /: Quem tem as mãos limpas e o coração puro, quem não é vaidoso e sabe amar. :/

Aprofundando o tema

A: Igreja catedral é a ”igreja do bispo” numa diocese. Ela tem esse nome como referência à cátedra, a cadeira onde se senta o bispo, que é o primeiro anunciador da Palavra de Deus na sua diocese. A história de uma igreja é sempre uma história de fé, a história da fé de um povo de Deus que busca um espaço físico próprio, sagrado, para a celebração do culto, da liturgia.

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Leitor(a) 1: A nossa Catedral tem como padroeira Nossa Senhora do Desterro. Esse já era o nome da primeira pequena igreja construída, em 1678, na então também pequena vila que até 1894 se chamava Desterro.

L 2: Durante vinte anos, de 1753 a 1773, foi construída no mesmo lugar uma nova igreja, agora como Igreja Matriz da então Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, criada em 1712.

T: No ano que vem celebramos 300 anos da paróquia da Catedral.L 3: Lembrar a história de uma igreja é fazer memória da caminhada de fé

de tantos irmãos e irmãs nossos que nos precederam no caminho e santificaram com suas virtudes esse chão para a nossa vivência cristã de hoje.

Canto: /: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar. :/A: Outro grande momento dessa história: Em 1908, com a criação da

Diocese de Florianópolis, a Matriz de Nossa Senhora do Desterro passou a ser Catedral Metropolitana, Sé Episcopal, a igreja-mãe da Diocese, hoje Arquidiocese.

L 4: Com gratidão e alegria celebramos, em 2008, em toda a Igreja arqui-diocesana, o Centenário da Criação da Diocese, agradecendo tudo o que “de graça” recebemos nesses cem anos de vida diocesana.

Canto: /: De graça recebestes, de graça dai! :/

A Palavra de Deus nos ilumina

A: A primeira grande igreja – casa de Deus – foi o templo de Jerusa-lém, planejado pelo rei Davi, mas construído por Salomão, seu filho e sucessor. Com mais ou menos posses, e no estilo das mais diver-sas culturas, mas com o mesmo respeito e veneração pelo Senhor Deus, foram e são construídos os nossos templos cristãos, de ontem e de hoje. Pensemos em nossa ca-tedral ao escutarmos a Palavra de Deus, que acolhemos cantando:

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Canto: /: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor! Lâmpada para os meus pés, Senhor! Luz para o meu caminho. :/

Leitor(a) da Palavra: Leitura do primeiro livro dos Reis 8,22-30.

(Tempo para reler o texto na própria Bíblia.)

A: Vamos refletir um pouco sobre esta leitura:a) Onde acontece o fato que ilumina a nossa reflexão de hoje?b) Quem fala e com quem? Que conversa é?c) O que mais chama atenção na conversa?d) Que pedidos são feitos nos três últimos versículos?

(Tempo para conversar.)

Refletindo o tema com a Palavra

A: Salomão reúne o povo para a solene inauguração do templo de Je-rusalém. Ele está consciente de que uma casa construída por mãos humanas não pode “aprisionar” o grande Deus num só lugar, mas essa casa pode, sim, ser um lugar sagrado, lugar de encontro de Deus com o seu povo.

T: “Se os mais altos céus não te podem conter, muito menos esta casa que eu construí!” (1Rs 8,27b)

L 1: As nossas igrejas também são construídas com fé e amor e solene-mente consagradas com um rito litúrgico especial, para serem o lugar sagrado da reunião do povo cristão para a celebração do louvor de Deus.

L 2: A nossa Catedral tem 300 anos de Paróquia. Mas como casa de Deus, lugar de reunião e celebração da comunidade, tem uma bela história de 333 anos, história de fé e da experiência da presença e bênção de Deus no meio de nós.

L 3: Lembrando as inúmeras graças aí recebidas por tantas pessoas nes-ses três séculos, como também, dia por dia, em cada uma das nossas igrejas paroquiais, podemos também nós rezar com o rei Salomão:

T: “Tu guardas a aliança e a misericórdia para com teus servos e servas que, de todo o coração, andam na tua presença” (1Rs 8,21b).

A: A nossa Catedral, e todas as nossas igrejas cristãs e católicas, têm ainda uma característica sagrada a mais em relação ao templo do Primeiro Testamento: a presença sacramental, no altar e no sacrário,

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de Jesus, Filho de Deus feito homem por nós, feito pão na Eucaristia, para saciar a nossa fome de Deus.

Canto: /: Vinde e vede, vinde! Ele está no meio de nós! :/

L 4: E nós, católicos, temos também as imagens de nossos santos padro-eiros e padroeiras das nossas paróquias e comunidades, amigos e amigas de Deus, que intercedem por nós. A Catedral tem uma bela imagem artística, esculpida em madeira, da sua padroeira Nossa Senhora do Desterro.

Canto: Senhora do Desterro

1. Senhora do Desterro, eis vosso povo, que vem saudar-vos, re-correr a vós! Ó Mãe querida, com o vosso Filho, vinde socorrer-nos, pois estamos sós!

/: Depois deste desterro mostrai-nos Jesus, ó Mãe pura e clemente, na pátria da luz! :/

Assumindo compromissos

A: A nossa reflexão de hoje poderia motivar­nos a:– Visitar,quando possível, a nossa Catedral e

observar os pontos especiais, além do altar (centro do presbitério): a capela do Santíssimo (ca-

pela à esquerda); a cátedra (no presbitério, à esquerda); os túmulos dos arcebispos Dom Joaquim e Dom Afonso (capela à direita); a imagem de Nossa Senhora do Desterro (no espaço do museu, atrás da

Catedral).– Procurar conhecer melhor a história da nossa

igreja paroquial e/ou da comunidade, seu padroeiro(a): Conhecer para amar!

– Oferecer com mais amor o nosso dízimo, também para a digna manutenção da casa de Deus e celebração da sagrada liturgia.

– Ler todo o contexto da leitura que refletimos hoje: 1Rs 8,1­66

(Tempo para conversar.)

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Oração e bênção

A: Reunindo-nos, em espírito, no templo de Jerusalém, rezemos, em dois lados:

Lado A: Senhor nosso Deus, atende a oração de súplica dos teus servos e servas, e ouve o clamor e a prece que hoje fazemos em tua pre-sença.

Lado B: Teus olhos repousem atentos noite e dia sobre esta casa, sobre o lugar do qual disseste: “Aqui estará o meu nome!” Ouve a oração que os teus servos e servas te fazem neste lugar.

T: Ouve as súplicas de teus servos e servas e de teu povo, quando aqui orarem. Escuta-os desde tua morada no céu, escuta-os e perdoa! (1Rs 8,28-30).

A: Voltando agora à nossa Catedral, rezemos com toda a Igreja arqui-diocesana:

Lado A: Mãe Santíssima, Nossa Senhora do Desterro, acompanhai nossos passos nas estradas muitas vezes difíceis de nossa vida.

Lado B: Quando chegarmos ao fim do caminho, sede para nós a porta do céu e mostrai-nos o bendito fruto do vosso ventre, Jesus.

T: Rogai por nós, santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Nossa Senhora do Desterro, rogai por nós.

A: E assim nos abençoe, hoje e sempre, o nosso Deus, que é:T: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.Canto: Hino de Santa Catarina de Alexandria

1. Nossa Igreja peregrina, sempre unida à Santa Sé, no Evangelho se ilumina para as lutas pela fé!

/: Virgem mártir, flor divina, que morreste pela cruz, salve, Santa Catarina, seguidora de Jesus! :/

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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17º Encontro

JESUS E SUA PEDAGOGIA NO ANÚNCIO DO REINO

“Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede

na Boa Nova” (Mc 1,15).

Ambiente: Casinha, bíblia, vela, gravura de Jesus com o povo ou pregando, o livreto GBF: Tempo Comum 2010 – “Eis que estou à porta e bato”.

Acolhida: A família que acolhe o grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam bem-vindos e bem-vindas. Assim como Jesus, que veio para anunciar um Reino de amor, o Reino do Pai, nós, cristãos e cristãs, pelo compromisso batismal também devemos ser anunciadores desse Reino, que deve ser de justiça, amor e paz. E Jesus disse:

Todos(as): “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado” (Mt 28,18-20).

A: Vamos fazer uma rápida memória do encontro anterior, lembrando os compromissos que deveríamos assumir:

(Tempo para lembrar e partilhar o que na prática foi realizado.)

A: Iniciemos este encontro com o sinal do nosso batismo:

T: Em nome do Pai...Canto: Jesus Cristo me deixou inquieto

/: Jesus Cristo me deixou inquieto nas palavras que ele pro-feriu. Nunca mais eu pude olhar o mundo sem sentir aquilo que Jesus sentiu. :/

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1. Eu vivia tão tranquilo e descansado, e pensava ter chegado ao que busquei. Muitas vezes proclamei extasiado, que ao seguir a lei de Cristo me salvei. Mas depois que meu Senhor passou, nunca mais meu coração se acomodou.

2. Minha vida que eu pensei realizada, esbanjei como semente em qualquer chão. Pouco a pouco, ao caminhar na longa estrada, percebi que havia tido uma ilusão. Mas depois que meu Senhor passou, ilusão e comodismo se acabou.

A: O Evangelista Mateus nos conta que Jesus, ao ouvir que João Batista tinha sido preso, foi a Cafarnaum, um vilarejo que fica às margens do mar da Galileia, onde Jesus havia começado a sua vida pública.

Leitor(a) 1: Uma das primeiras coisas que fez foi organizar uma comunidade para trabalhar com Ele.

L 2: Para essa missão, escolheu pessoas pobres e ricas, de profissões diferentes, dentre as quais pescadores e cobradores de impostos.

L 3: Jesus os chamou, enquanto estavam em seus ofícios, e disse:

T: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens!” (Mc 1,18).A: Em nossa oração inicial, queremos afirmar nossa confiança em Jesus

na fidelidade ao amor e na retidão do nosso coração.

T: Senhor Jesus, vós nos chamastes a seguir-vos, a fim de levar a todas as pessoas a redenção no amor. Diante de vós, queremos renovar a nossa disponibilidade. Dai-nos a graça da perseverança. Aumentai a nossa fé e ensinai-nos a viver da oração e da escuta, como Maria, vossa Mãe. Pedimo-vos que nos conserveis no vosso amor agora e todos os dias de nossa vida. Amém!

Canto: Como membro dessa Igreja peregrina

1. Como membro dessa Igreja peregrina, recebi de Jesus Cristo uma missão: de levar a Boa-Nova a toda gente, a verdade, a paz e o perdão.

/: Envia, envia, Senhor, operários para a messe. Escuta, escuta esta prece, multidões te esperam, Senhor! :/

2. Por caminhos tão difíceis muita gente vai andando sem ter rumo ou direção. Não conhece a verdade do Evangelho que liberta e dá força ao coração.

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A: Começando sua vida pública na Galileia, Jesus iniciou-a pela periferia, ou seja, em lugar afastado de Jerusalém, a capital do país.

L 1: A Galileia era conhecida como terra dos gentios, terra de onde não se esperava coisa boa, muito menos profetas (Jo 1,46;7,52).

T: “Jesus percorria toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pre-gando o Evangelho do Reino e curando toda doença e enfermi-dade do povo” (Mt 4,23).

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Vamos acolher a Palavra de Deus, na passagem na qual Mateus narra um discurso de grande ensinamento de Jesus para os que ouvem a Palavra e a colocam em prática.

Canto: Por tua Palavra

1. Senhor, tua santa Palavra é men-sagem de vida, nos fala de paz. É luz que ilumina os caminhos, põe rumos nos passos, nos fala de amor.

/: Por tua Palavra sempre estarás falando de amor e paz!: /2. Ensina, Senhor, a mensagem da tua Palavra, que fala de paz.

Queremos viver o sentido do teu mandamento, que fala de amor.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, narrado por Mateus: 5,1-12.

(Momento de silêncio para interiorização da Palavra. Após o silêncio, vamos contar o texto que ouvimos.)

A: Neste texto temos o primeiro grande discurso de Jesus para os discí-pulos e discípulas e a multidão que ali se encontravam. Este discurso é conhecido como “Sermão da Montanha”. Aqui se apresenta a prática de Jesus como fundamento para a maneira de agir do povo. A base dessa prática pedagógica é a justiça de Deus.

Canto: /: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado, aleluia, aleluia! :/

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A: Ao contrário do que acontecia no Antigo Testamento, onde o povo não podia se aproximar da montanha onde Moisés falava com Deus, os dis-cípulos, representando aqueles e aquelas que se comprometeram com o ensinamento de Jesus, se aproximaram dele com muita atenção.

L 2: Jesus assume a posição de mestre: senta-se e começa a ensinar.

L 3: O fato de os discípulos se aproximarem de Jesus, enquanto ele faz o seu discurso, anuncia que não existe distância entre Deus e as pessoas.

L 1: Aqui acontece algo muito especial: Deus, na pessoa de Jesus, e o povo que o escuta e segue, se encontram no mesmo lugar.

A: A missão de Jesus não tem fronteiras. Ele prega na Judeia, na Galileia, em Jerusalém e na Samaria.

T: “E Jesus começou a ensiná-los” (Mt 5,2).Canto: /: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais

vos será acrescentado, aleluia, aleluia! :/A: A missão profética e pedagógica de Jesus revela o seu zelo em servir

às comunidades, curando as enfermidades do povo.

L 2: Desse modo, Jesus fez a opção pelos excluídos, privilegiando os pobres como eleitos de Deus.

T: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino de dos céus” (Mt 5,3).

A: Nos seus ensinamentos, Jesus vem trazer todo tipo de esperança aos humilhados, aos presos e aos sofredores.

T: “Felizes os aflitos, porque serão consolados” (Mt 5,4).L 3: Jesus vem nos dizer que, sem justiça, o ser humano se encontra em

situação de morte. O Reino de Deus, que é a prática da justiça, sig-nifica vida digna para todos.

T: “Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão sacia-dos” (Mt 5,6).

L 1: Jesus também enaltece os que promovem a paz, os que são retos de coração e íntegros no comportamento.

T: “Felizes os mansos, porque possuirão a terra; felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,5;7).

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L 2: Jesus anuncia o Reino do amor e da não-violência, e coloca a prática da solidariedade e da misericórdia acima da lei.

T: “Felizes os que são misericordiosos, porque alcançarão miseri-córdia” (Mt 5,6).

Canto: Ousamos chamar-te de Pai

1. Ele assumiu nossas dores, veio morar entre nós, santificou nos-sas vidas, cansadas, vencidas de tanta ilusão. Ele falou do teu Reino, e te chamava de Pai, e revelou tua imagem que deu-nos coragem de sermos irmãos.

/: Ousamos chamar-te de Pai. Ousamos chamar-te Senhor. Jesus nos mostrou que tu sentes e ficas presente onde mora o amor. Pai nosso que estás no céu, Pai nosso que estás aqui. :/

2. Ele mostrou o caminho, veio mostrar quem tu és. Disse, com graça e com jeito, que os nossos defeitos tu vais perdoar. Disse que a vida que deste queres com juros ganhar. Cuidas de cada cabelo que vamos perdendo sem mesmo notar.

Nossos compromissos

A: Nas lições de Jesus encontramos a sabedo-ria de um mestre, o cuidado de um pastor, o anúncio de um profeta. Em tudo o que ele en-sinou, encontramos o mandamento do amor. Olhemos para os símbolos que estão sobre a mesa. O que nos lembram?

(Momento de silêncio.)

A: Sugestão de compromissos:a) Ler diariamente a Palavra de Deus e colocá-la em prática na

solidariedade, na justiça, no acolhimento e atendimento aos necessitados.

b) Apoiar as iniciativas das ações sociais da Paróquia.c) Apoiar associações de bairro nos projetos de melhoria para o

povo.

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Oração e bênção

A: Vamos elaborar algumas orações espontâneas. A cada prece digamos:

T: Ó Jesus, fazei-nos fiéis ao vosso amor!

(Tempo para as preces.)

A: Vamos erguer uma das mãos para o nosso irmão ou irmã do grupo e invocar sobre nós a bênção do Senhor:

T: O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor volte sua face e tenha compaixão de nós. O Senhor mostre o seu rosto para nós e nos conceda a paz! Em nome do Pai...

Canto: Companheira Maria

1. Companheira Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai. Modelo dos consagrados, nosso sim ao chamado do Senhor confirmai.

/: Ave Maria, cheia de graça, plena de graça e beleza, que-res com certeza que a vida renasça. Santa Maria, Mãe do Senhor, que se fez pão para todos, criou mundo novo só por amor. :/

2. Intercessora Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai. Justiça dos explorados, combate o pecado, torna todos iguais.

3. Transformadora Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai. Espelho de competência, afasta a violência, enche o mundo de paz.

A: Louvado seja nosso Senhor, Jesus Cristo! T: Para sempre seja louvado!

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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18º Encontro

ENCONTRO COM JESUS CRISTO

“Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28).

Ambiente: Bíblia, vela, casinha, imagens de igrejas, de Jesus, de pessoas pobres, enfermos...

Acolhida: Pela família que recebe o grupo.

Animador(a): Iniciando o nosso encontro, vamos partilhar como vivemos o compromisso que assumimos no encontro passado...

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Irmãos e irmãs! Deus nos reúne em seu amor. Ele nos acolhe como seus filhos e filhas muito amados. Hoje queremos nos encontrar com Jesus. Ele se deixa encontrar na comunidade e na intimidade do nosso coração. Vamos iniciar nosso encontro saudando a presença da Santíssima Trindade em nosso meio:

Todos(as): O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.A: Cantemos, pedindo o Espírito Santo que nos ilumine e nos conduza

ao encontro com Cristo.

Canto: Vem, Espírito Santo

/: Vem, Espírito Santo, vem! Vem iluminar! :/

1. Nossos caminhos vem iluminar. Nossas ideias vem iluminar. Nossas angústias vem iluminar. As incertezas vem iluminar.

2. Toda a Igreja vem iluminar. A nossa vida vem iluminar. Nossas famílias vem iluminar. Toda a terra vem iluminar. O nosso en-contro vem iluminar.

A: Façamos nossas as palavras do Salmo 25, rezando:

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Lado A: A ti, Senhor, elevo a minha alma, meu Deus, em ti me refugio: que eu não fique decepcionado! Não triunfem sobre mim meus inimigos!

Lado B: Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me tuas veredas. Faze-me caminhar na tua verdade e instrui-me, porque és o Deus que me salva, e em ti sempre esperei.

Lado A: Todas as veredas do Senhor são amor e verdade para quem observa sua aliança e seus preceitos. Por teu nome, Senhor, perdoa meu pecado, por maior que seja.

Lado B: O Senhor se faz íntimo de quem o teme, dá-lhe a conhecer sua aliança. Volta-te para mim e tem misericórdia, porque sou só e infeliz.

T: Protege-me, dá-me a salvação; sob tua proteção eu não fique de-siludido. Integridade e retidão me protejam, pois em ti confiei.

Canto: A ti, meu Deus

1. A ti, meu Deus, elevo meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.

/: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar, e a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos. :/

2. A ti, meu Deus, que és bom e que tens amor ao pobre e ao so-fredor, vou servir, esperar. Em ti, Senhor, humildes se alegrarão, cantando a nova canção de esperança e de paz.

Refletindo o tema

A: Ao longo deste encontro queremos refletir sobre as diversas maneiras de nos encontrarmos com Jesus.

L 1: Os discípulos fizeram esta maravilhosa experiência de se encontra-rem com Jesus. Ficaram fascinados diante da maneira como tratava a todos.

L 2: O evangelista João nos deixou por escrito o impacto que a pessoa de Jesus produziu nos primeiros discípulos que o encontraram, João e André. Tudo começa com uma pergunta:

T: “Que procurais?” (Jo 1,38).L 3: A esta pergunta seguiu-se a resposta de Jesus:

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T: “Vinde e vede!” (Jo 1,39a).L 4: E João lembra até mesmo a hora em que se deu esse encontro que

os marcou para sempre:T: “Foram, viram onde morava e permaneceram com Ele aquele dia.

Era por volta das quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido a declaração de João e seguido Jesus” (Jo 1,39-40).

Canto: Vinde e vede/: Vinde e vede, vinde! Ele está no meio de nós! Ele está no meio de nós! :/

1. Como a André e a João que perguntavam: Onde moras, Senhor, onde é que estás? recebemos da Igreja esta resposta: Ele mora entre nós e tem a Paz!

A: São muitos os lugares em que podemos encontrar-nos com Jesus. L 1: Os nossos encontros com Jesus acontecem graças à ação invisível do

Espírito Santo.

L 2: Encontramos Jesus na Sagrada Escritura, fonte de vida para toda a Igreja e para toda a ação evangelizadora.

Canto: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor! /: Lâmpada para meus pés, Senhor, luz para o meu caminho. :/

A: Encontramos Jesus, de modo especial, na celebração litúrgica da Palavra, da Eucaristia e dos Sacramentos.

Canto: Vinde e vede

/: Vinde e vede! Ele está no meio de nós! :/1. Ele, o Filho, a Palavra se fez carne e assumiu nossa humana

condição: nossa vida viveu e nossas lutas e, agora, entre nós, se dá no Pão!

A: Encontramos Jesus em cada irmão e cada irmã, nos pobres, sofredo-res, marginalizados, nos doentes e nos excluídos que encontramos ao longo dos nossos caminhos.

Canto: Seu nome é Jesus Cristo

1. Seu nome é Jesus Cristo e passa fome, e grita pela boca dos famintos. E a gente, quando o vê, passa adiante, às vezes pra chegar depressa à igreja. Seu nome é Jesus Cristo e está sem

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casa, e dorme pelas beiras das calçadas, e a gente, quando o vê, aperta o passo e diz que ele dormiu embriagado.

/: Entre nós está e não o conhecemos. Entre nós está e nós o desprezamos. :/

A Palavra de Deus ilumina

A: Hoje queremos experimentar de novo o amor de Deus e anunciar ao mundo que conhecemos Jesus. Precisamos ter a consciência de que Jesus está em nosso meio e que Ele se revela a cada um de nós. Preparemos o nosso coração para ouvir a Palavra de Deus, conforme está escrita no Evangelho de João.

Canto de aclamação: Eu vim para escutar

1. Eu vim para escutar tua Palavra, tua palavra, tua Palavra de amor.

2. Eu quero entender melhor tua Palavra, tua palavra, tua Palavra de amor.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João, 20,24-29.

(Momento de silêncio.)

A: Vamos contar o texto com nossas próprias palavras.

(Tempo para o texto ser contado.)

A: Para conversar:1. Como Tomé encontrou Jesus?2. Como podemos encontrar Jesus, na nossa família, na comunidade,

na rua, no ambiente de trabalho, no lazer?3. Como podemos fazer a experiência do amor de Jesus?

(Tempo para conversar.)

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Aprofundando o tema com a Palavra

A: O texto bíblico que lemos e refletimos nos apresenta a experiência do encontro pessoal e comunitário com Jesus.

L 3: Na segunda aparição de Jesus no cenáculo, Tomé junta-se aos outros discípulos, à comunidade de fé, o que lhe proporciona fazer a expe-riência com o Ressuscitado.

L 4: Tomé faz a experiência que os outros já tinham feito uma semana antes. Ele vai da descrença total ao privilégio de ver as chagas de Cristo, deixa de ser incrédulo e passa a ser homem de fé. Dessa experiência decorre a mais bela profissão de fé:

T: “Meu Senhor e meu Deus” (Jo 20,28).L 1: Tomé faz o seu encontro pessoal, colocando a mão nas chagas de

Jesus. Quem coloca a mão física é muito feliz, mas quem coloca a mão da fé é mais feliz ainda:

T: “Bem-aventurados os que não viram, e creram!”(Jo 20,29).

L 2: Aquele que estava distante cai aos pés de Jesus e entra na comu-nidade dos discípulos missionários.

A: Essa amizade com Jesus vai se construindo na vida. E isso se cul-tiva através da oração, da liturgia, da vida pessoal e comunitária. O autêntico caminho da fé exige uma experiência verdadeira com o Ressuscitado.

Canto: Creio, Senhor

/: Creio, Senhor, mas aumentai minha fé! :/1. Eu creio em Deus, Pai onipotente, criador da terra e do céu. 2. Creio em Jesus, nosso irmão, verdadeiramente homem-Deus.3. Creio também no Espírito de amor, grande dom que a Igreja

recebeu.

Assumir compromissos

A: A partir do que lemos, refletimos e conversamos é preciso assumir alguns gestos concretos. Sugestão: 1) Reservar momentos de oração pessoal, para fazer a experiência

do encontro com Jesus.2) Ir ao encontro daqueles que estão excluídos da nossa comunidade,

reconhecendo Jesus na sua pessoa.

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3) Participar dos Grupos Bíbli-cos em Família conhecendo e anunciando a Palavra de Jesus e vivenciando os seus ensinamentos.

4) Colocar-se a serviço dos ir-mãos e irmãs na comunidade e na Igreja.

5) Participar assiduamente das celebrações de domingo, na nossa comunidade.

6) Evitar fofocas e comentários de mau gosto.

Oração e bênção

A: Vamos dirigir nossas preces espontâneas a Deus, nosso Pai de bondade.

(Tempo para as preces espontâneas.)

A: Rezemos a oração que Jesus nos ensinou:T: Pai Nosso...A: Vamos pedir a bênção para o nosso lar, rezando esta oração em dois

lados:Lado A: Deus, Pai de misericórdia, criador de todas as coisas, invocamos

o teu Espírito Santo sobre este lar e seus moradores.Lado B: Assim como visitaste e abençoaste a casa de Abraão, de Isaac e

de Jacó, visita-nos e guarda-nos na tua luz.Lado A: Guarda estas paredes de todos os perigos: do incêndio, da inun-

dação, do raio, dos assaltos, de todo e qualquer mal.Lado B: Venham teus anjos portadores de paz! Suplicamos também a

proteção e a saúde para todos os que aqui habitam. Afasta-os da divisão e da falta de fé.

T: Abençoa e guarda este lar e todos os que o visitam. Por Cristo Jesus. Amém!

A: Que o Deus da paz e da unidade nos abençoe e nos mostre o caminho do encontro com Ele no nosso cotidiano:

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.

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Canto: Quando Jesus passar

/: Quando Jesus passar, quando Jesus passar, quando Jesus passar, eu quero estar no meu lugar. :/

1. No meu trabalho e na minha casa, no meu estudo e no meu lazer. No compromisso e no meu descanso, no meu direito e no meu dever.

2. Nos meus projetos olhando em frente, no meu sucesso e na decepção. No sofrimento que fere a gente, sonhando o sonho de um mundo irmão.

3. Com meus amigos, com minha gente, com quem da vida já se cansou. A semear e a espalhar sementes na terra onde meu Deus passou.

Atenção: É importante levar a Bíblia em todos os encontros e também nos preparar para o próximo encontro,

lendo o tema e o texto bíblico.

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Celebração final

AÇÃO DE GRAÇAS AO DEUS DA VIDA

“Ide também vós para a minha vinha! Eu pagarei o que for justo” (Mt 20,1-16).

Preparação do ambiente: Arrumar um espaço bem alegre, com flores e a colcha de retalhos, se for possível.

Símbolos: Bíblia, casinha, cartazes com os títulos dos encontros, água, terra, frutas.

Sugestão: Confeccionar uma colcha com pedaços de tecido de cores diferentes, escrevendo neles os títulos dos 20 encontros do livreto e costurando-os junto com outros retalhos sem nada escrito.

Acolhida: Pela equipe que prepara a celebração.

Motivação

Animador(a) 1: Que sejam todos e todas bem-vindos a esta celebração. É sempre uma alegria encontrar-nos. Nossa Igreja tem muitos momentos fortes e alegres que nos ajudam a celebrar e viver nossa fé. Nesta celebração queremos louvar e agradecer a Deus pela diversidade e a beleza do Tempo Comum que estamos terminando.

Canto: Entoai ação de graças

1. Eu te exaltarei, meu Deus e Rei, por todas as gerações. És o meu Senhor, Pai que me quer no amor!

/: Entoai ação de graças e cantai um canto novo! Aclamai a Deus Javé, aclamai com amor e fé! :/

A 2: Nos Grupos Bíblicos em Família nos encontramos muitas vezes, ao longo deste Tempo Comum. Foram encontros importantes sobre vários assuntos, sempre buscando promover a “justiça e profecia a serviço da vida”, tema do 11º Encontro Estadual das CEBs.

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A 1: Com os símbolos que trouxemos para a nossa celebração, façamos uma bonita caminhada, fazendo memória deste tempo, lembrando os encontros que refletimos.

(Enquanto cantamos, entram a Bíblia, a casinha e os cartazes com os títulos dos encontros.)

Canto: Hino dos GBFs

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família :/1. Igreja nas casas! Assim foi no início, / aí se encontravam os

grupos cristãos. Por isso, o símbolo é hoje a casinha, / a mística é o grupo de

irmãs e irmãos.

A 2: Animados e animadas pela força da fé, da alegria do encontro e do entusiasmo da profecia, saudemos a Santíssima Trindade, cantando.

Canto: /: Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo. Amém. Este nosso encontro vamos celebrar. Em nome do Pai, vamos celebrar. :/

A 1: Estamos nos preparando para o novo tempo litúrgico, o Advento que se aproxima. Avaliando nossa caminhada de filhos e filhas de Deus, façamos um instante de silêncio para interiorizar a memória da cami-nhada. Cantemos:

Canto: Só no silêncio

/: Agora é hora de silêncio interior, de deixar Cristo falar sua mensagem de amor. :/

1. Só no silêncio Deus se revela a você. Só no silêncio entendemos por que é importante calar pra ouvir a sua voz.

A 2: Conscientes de que muitas vezes falhamos, mas confiantes na mise-ricórdia divina, podemos colocar diante do Senhor os nossos pedidos de perdão:

(Tempo para os pedidos de perdão.)

Canto: Senhor, tende piedade

1. Senhor, tende piedade, perdoai a nossa culpa, e perdoai a nos-sa culpa, porque nós somos vosso povo que vem pedir vosso perdão.

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2. Cristo, tende piedade, perdoai a nossa culpa, e perdoai a nos-sa culpa, porque nós somos vosso povo que vem pedir vosso perdão.

3. Senhor, tende piedade, perdoai a nossa culpa, e perdoai a nos-sa culpa, porque nós somos vosso povo que vem pedir vosso perdão.

Bênção da água

A 1: Vamos estender nossas mãos em direção à água. Façamos a oração pedindo a bênção para a água com a qual seremos aspergidos:

T: Água, fonte de vida, vem até nós e sacia nossa sede de justiça, cura nossas feridas e restaura nossas forças. Nós te pedimos, Senhor, abençoa esta água e olha para nós, teus filhos e filhas, tu que és Pai, e Filho e Espírito Santo. Amém.

(Uma pessoa faz a aspersão, enquanto cantamos:)

Canto: /: És água viva, és vida nova, e todo dia me batizas outra vez. Me fazes renascer, me fazes reviver, eu quero água desta fonte de onde vens. :/

Momento de louvor

A 2: Com muita gratidão pela vida, pelos dons que recebemos, pela graça de mais uma etapa cumprida, e lembrando também o nosso compro-misso de justiça e cuidado com a criação divina, cantamos enquanto trazemos em procissão a água, a terra, outros elementos da natureza e as frutas:

Canto: Onipotente e bom Senhor

/: Onipotente e bom Senhor, a ti a honra, glória e louvor. Todas as bênçãos de ti nos vêm, e todo o povo te diz: Amém! :/

1. Louvado sejas nas criaturas, primeiro o sol, lá nas alturas. Clareia o dia grande esplendor, radiante imagem de ti, Senhor!

2. Louvado sejas pela irmã lua, no céu criaste, é obra tua. Pelas estrelas claras e belas, tu és a fonte do brilho delas.

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3. Louvado sejas pelo irmão vento e pelas nuvens, o ar e o tem-po. E pela chuva que cai no chão nos dá sustento o Deus da criação.

4. Louvado sejas, ó meu Senhor, pelo irmão fogo e seu calor. Cla-reia a noite robusta e forte, belo e alegre, bendita sorte.

5. Louvado sejas pela irmã terra, mãe que sustenta e nos governa; produz os frutos, nos dá o pão, com flores, ervas faz sorrir o chão.

6. Louvado sejas, meu bom Senhor, pelas pessoas que em teu amor perdoam e sofrem tribulação. Felicidade em ti encontrarão.

7. Louvado sejas pela irmã morte, que vem a todos, ao fraco e ao forte. Feliz aquele que em ti amar, a morte não o vai matar.

8. Bem aventurado quem guarda a paz, pois o Altíssimo satis-faz. Vamos louvar e agradecer, com humildade ao Senhor bendizer.

A Palavra de Deus ilumina

A 1: Nossos encontros foram permeados de muitos assuntos relacionados com a nossa realidade, a nossa Igreja e a sociedade, sempre buscando a luz da Palavra de Deus. No Evangelho, Jesus conta uma parábola para explicar como funciona a justiça do seu Reino. Nela podemos perceber que a justiça de Deus está a serviço da vida.

Canto de aclamação: Fala, Senhor

/: Fala, Senhor, fala, Senhor, palavra de fraternidade! Fala, Senhor, fala, Senhor. És luz da humanidade! :/

1. A tua Palavra é fonte que corre, penetra e não morre, não seca jamais.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho escrito por Mateus 20, 1-16.

(Tempo para interiorizar a Palavra.)

A 2: Para melhor compreender o texto, podemos contar o que lemos.

(Tempo para contar.)

A 1: Neste momento vamos refletir sobre a Palavra que ouvimos:

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– Quem são as pessoas que o “pai de família” contratou para traba-lharem na sua vinha?

– Qual o critério que ele utilizou para pagar o salário de cada trabalhador?

– No texto, conseguimos perceber que a justiça está a serviço da vida? Como?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A 2: A parábola do texto proclamado realça a maneira de agir do dono da vinha, que dá salário igual aos trabalhadores da primeira e da última hora.

Leitor(a) 1: A justiça humana propõe: quem trabalha poucas horas deve receber menos do que aquele que trabalhou mais.

T: “Companheiro, não estou sendo injusto contigo. Não combina-mos a diária? Toma o que é teu e vai! Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti“ (Mt 20,13-14).

L 2: A justiça divina é diferente. A bondade de Deus ultrapassa a mentalida-de mesquinha da retribuição humana paga ao trabalho executado.

L 3: Jesus, na parábola, vai à raiz do problema. Essa sociedade está pro-duzindo gente que vive na praça, e a causa disso é a má distribuição de renda.

T: “Ide também vós para a minha vinha! Eu pagarei o que for justo” (Mt 20,1-16).

L 4: O trabalho, que devia proporcionar igualdade, dignidade, satisfação e justiça para todos, está produzindo desigualdade.

L 1: A proposta de Jesus é romper com a nossa injustiça, é ensinar-nos a ser-mos justos em nossos compromissos, a não retribuir desigualdades.

T: “Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja porque estou sendo bom?” (Mt 20,15).

L 2: Jesus nos ensina que o salário do trabalhador não deve ser medido somente pelas horas trabalhadas, pelo que ele produz, mas, princi-palmente, pela necessidade de cada pessoa.

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L 3: Os últimos trabalhadores, por terem ficado tanto tempo sem trabalho, certamente precisavam muito do salário que lhes foi pago.

L 4: A tradição do povo de Israel ensinava que o pagamento de diária dos trabalhadores deveria ser feito a cada dia de trabalho, pois as famílias empobrecidas dependiam do dinheiro recebido.

T: “Não oprimirás um assalariado pobre... Dá-lhe no mesmo dia o salário, pois este significa o seu sustento” (Dt 24,14-15).

A 1: A justiça de Deus se apresenta de forma diferenciada para os trabalha-dores. Aqueles que estavam o dia inteiro desempregados, certamente eram os mais necessitados do salário, pois talvez o ‘básico’ já faltava em casa.

L 1: Essa é a justiça do Reino anunciado por Jesus. Os últimos, ou seja, aquelas pessoas que sempre foram deixadas à margem da sociedade, serão os primeiros, por precisarem de mais atenção.

T: Justiça e profecia a serviço da vida.Canto: /: Na festa da partilha, Jesus, és nosso pão, presença que

anuncia a mesa dos irmãos! Se houver acesso igual aos bens do nosso chão, “justiça e paz” na terra então “se abraçarão!” :/

Oração

A 2: Por todo o teu ensinamento que acabamos de refletir, nós te louva-mos, Senhor Jesus, que vieste e vens ao nosso encontro e nos dizes através de Mateus:

T: “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6).

Lado A: Nós te louvamos, Senhor Jesus, pois na tua justiça olhas o segredo do coração.

Lado B: Nós te louvamos, Senhor Jesus, pois na tua justiça a pessoa vale mais do que a lei.

Lado A: Nós te louvamos, Senhor Jesus, pois na tua justiça chamas ao trabalho do Reino.

Lado B: Nós te louvamos, Senhor Jesus, pois na tua justiça os últimos serão os primeiros.

T: “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão sacia-dos” (Mt 5,6).

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A 1: De mãos dadas, peçamos ao “Senhor da vinha” que faça crescer em nós a semente do seu Reino de justiça, paz, fraternidade. Isso nós pedimos com as palavras de Jesus que também Mateus nos transmitiu:

T: Pai nosso...A 2: Estamos nos aproximando do novo Tempo Litúrgico, o Advento. So-

mos convidados a fazer um novo caminho, celebrando os mistérios da nossa fé, buscando viver a Palavra de Deus em nosso dia a dia, assim como fez Maria. Quando foi saudada pelo anjo, ela colocou-se a serviço da vida. Saudemos a Mãe de Jesus, rezando:

A 1: O anjo do Senhor anunciou a Maria

T: e ela concebeu do Espírito Santo.A: Eis aqui a Serva do Senhor,

T: faça-se em mim segundo a tua palavra.A: E o Verbo se fez carne

T: e habitou entre nós. Ave Maria...A: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,

T: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém!

Bênção das frutas

A 2: Vamos estender as mãos em direção às frutas e pedir a bênção de Deus sobre elas:

T: Senhor Deus, nós te agradecemos pelas frutas, fonte de sabor, energia e alimento. Agradecemos também por todas as pessoas que as plantaram, cultivaram e as trouxeram até nós. Que desça sobre elas a vossa bênção, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém

(Sugerimos que a partilha das frutas seja feita após o canto final.)

Bênção final

A 1: Concluindo essa nossa celebração de encerramento do Tempo Co-mum, pedimos a Deus que abençoe o precioso tempo do Advento que agora inicia; abençoe a nossa disposição para acolher com alegria e entusiasmo o 11º Estadual das Comunidades Eclesiais de Base, em

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junho de 2012; abençoe nossos Grupos Bíblicos em Família, nossas famílias e nossas comunidades, e nos dê a sua Paz.

T: Abençoa-nos, Deus da vida, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.Canto: Tua voz me fez refletir

1. Quando chamaste os doze primeiros pra te seguir, sei que cha-mavas todos os que haviam de vir. /: Tua voz me fez refletir, deixei tudo pra te seguir, nos teus mares eu quero navegar. :/

2. Quando pediste aos doze primeiros: Ide e ensinai! Sei que pedias a todos nós: Evangelizai!

3. Quando enviaste os doze primeiros a dois e dois, sei que envia-vas os que viessem depois.

Lembrete:

1) Preparar-se bem para o início do novo livreto – Advento;

2) Fazer o planejamento de ati-vidades para o próximo ano, incluindo-o no cronograma da Paróquia;

3) Fazer a avaliação que está no final do livreto e encaminhar à Co-ordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família.

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Anexo 1

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Equipe de elaboração e revisão do conteúdoAlzira Steiner Horr

Carla Cristiani de Oliveira GuimarãesCelso Loraschi

Diác. José Antônio SchweitzerDiác.Wilson Fábio de Castro

Edson Luiz Mendes Édem Silvana Demari

Flavio VenhorstIr. Adirce Ana de Souza

Ir. Clea FuckIr. Emília de Bona Sartor

Ivanice StramariJupira Silva da Costa

Maria Angelina da SilvaMaria Glória da Silva

Pe. Alcides Albony AmaralSem. Tiago Vicente Santana

Silvia TogneriVanilda Maria dos Passos

CNBB Regional Sul 4 – Equipe de coordenações diocesanas dos Grupos de Reflexão/Família

e Comunidades Eclesiais de Base Criciúma – Blumenau – Chapecó – Florianópolis

– Tubarão – Rio do Sul – Joinvile – Lages

Equipe de Editoração Digitação: Maria Glória da Silva Revisão Redacional: Diác. José Antônio Schweitzer Revisão Teológica: Pe. Vitor Galdino Feller Apresentação: Pe. Francisco João Salm Revisão Final: Ir. Clea Fuck

Editoração eletrônica e capa: Atta (José Valmeci de Souza)

Coordenação Arquidiocesana de PastoralPe. Vitor Galdino Feller

Leda Cassol Vendrúscolo

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Equipes de Articulação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família Coordenação Arquidiocesana

Maria Glória da Silva (48) 3224 4799 / (48) 9634 4667 / (48) 3033 1091Rua: Esteves Júnior, 447 – Centro. CEP: 88015-130 – Florianópolis – SC

E­mail: [email protected]

Equipes de Articulação ComarcalComarca de Santo Amaro

Diác. Osvaldo Prim – (48) 3245 9020 Anita Steffen Degering – (48) 3252 0164

Diác. Paulo Cesar Turnes – (48) 3245 5282 / 9994 9113Comarca de São José

Osmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247 8886Diác. Neri Candido da Silva – (48) 3357 3644 / (48) 9959 1953

Comarca da IlhaRoberto G. da Costa – (48) 3269 6707 / (48) 9618 7962

Marlene de Almeida Dias – (48) 3225 2025 – (48) 9103 5506Dionísio José Vilpert – (48) 3206 0482 / (48) 9621 1955

Comarca do EstreitoRosana Maria de Lima Silva – (48) 3348 7569

Orildo Luiz da Silva – (48) 3348 7569Elísio Marcelo Finato – (48) 3244 0102 / (48) 9983 0102

Comarca de BiguaçuMaria da Glória Agassi – (48) 3246 5945

Ir. Viola Feltrim – (48) 3243 5014Maria Helena Campos Siqueira – (48) 3243 4600

Comarca de TijucasLucelaine Souza Loudetti – (48) 3265 0807

Pe. Revelino Seidler – (47) 3369 4062Comarca de Itajaí

Maria da Graça Vicente – (47) 3268 1954 Glória Maria Dal Castel – (47) 3348 5726

Noêmia Mariana da Silva – (47) 3344 2561Comarca de Brusque

Elza Creppas Bosio – (47) 3355 2673Regina Martinenghi – (47) 3355 7819

Maria Luiza Rodrigues – (47) 3351 1954

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Coord. Arquidiocesana das Comunidades Eclesiais de Base

Edson Luiz Mendes (48) 3733 5327 / (48) 9901 9297Édem Silvana Demari (48) 3733 5327 / (48) 9901 9316

Programas dos GBFs nas rádios:

Rádio “Cultura AM 1110 – Mais Feliz com Jesus”

Programa dos GBFs – “Igreja nas casas”, aos sábados às 16hs30min. Contato: Volmar de Souza Netto – (48) 3733 4941 / (48) 9998 6800.

Radio “Conceição” – Itajaí

Programa dos GBFs – “Sintonia Bíblica”, às segundas­feiras às 20horas. Contato: Glória Maria Dal Castel – (47) 3348 5726.

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AVALIAÇÃOAs Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em

Família pedem que você colabore com o sucesso desta Prioridade Pastoral de nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando a resposta, até o dia 20 de dezembro de 2011, endereçado à

Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: [email protected]

1) Quanto aos grupos: Quantos grupos há sua na sua paróquia?

2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo?

– Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões? Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ).– Existe a preocupação de convidar outras pessoas, principalmente as

que se encontram afastadas da Igreja? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

3) O conteúdo do livreto:– Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja,

para a sua paróquia, para a sua comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos grupos? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

4) A linguagem do livreto:– Dá para entender bem tudo o que está escrito? Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ).– Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?

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5) Os cantos:

– Os cantos estão de acordo com os temas tratados? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Os cantos são conhecidos pelo seu grupo? Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ).

6) Como é elaborado o planejamento dos Grupos Bíblicos em Família na sua Paróquia?

7) Avalie a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família na sua comunidade e na sua paróquia.

– Três pontos positivos:

– O que e como poderia ser melhor:

8) Há algum testemunho que o grupo queira contar?

Narre em seguida.

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