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CEBs - Informação e Formação para animadores 1 Formação e Informação para animadores Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VI - Setembro de 2010 - Nº 60 Vida em primeiro lugar: Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular. 1º Grito dos Excluídos na Diocese de São José dos Campos - SP Promovido pelas CEBs e Pastorais Sociais ÍNDICE Palavra do Assessor 2 CEBs, Igreja nas Casas 3 Notícias da CNBB 4 Vidas pelo Reino Ezequiel Ramin 5 Veias Finas da Igreja 6 Fique Ligado 7 Grito dos Excluídos 10 Pastoral Social 11 Festa nas Colinas 15 Mãos na Massa 16

Informativo das CEBs - setembro 2010

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Informativo das CEBs - setembro 2010

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Page 1: Informativo das CEBs - setembro 2010

CEBs - Informação e Formação para animadores 1

Formação e Informação para animadores

Lá vem o Trem das CEBs...

Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VI - Setembro de 2010 - Nº 60

Vida em primeiro lugar:Onde estão nossos direitos?

Vamos às ruas para construirum projeto popular.

1º Grito dos Excluídosna Diocese de São José dos Campos - SP

Promovido pelas CEBse Pastorais Sociais

ÍNDICE

Palavra do Assessor2 CEBs, Igreja nas Casas3

Notícias da CNBB4Vidas pelo ReinoEzequiel Ramin5

Veias Finas da Igreja6 Fique Ligado7

Grito dos Excluídos10 Pastoral Social11

Festa nas Colinas15 Mãos na Massa16

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CEBs - Informação e Formação para animadores2

PALAVRA DO ASSESSOR

Estimado(a) Animador(a) de Pe-quenas Comunidades, olá!

Tradicionalmente setembro é o mês da Bíblia e sabemos da importân-cia e da necessidade de Leitura como escuta de Deus diariamente. Cardeal Martini foi entrevistado sobre muitos temas num livro entitulado “Diálogos noturnos em Jerusalém”, o qual reco-mendo a leitura a todos, e em certo momento ele dá uma resposta que é o tema desta minha reflexão: sobre a Leitura Orante da Bíblia.

Na Catedral de Milão (Itália), ele fa-zia catequese mensal com mais de 5 mil pessoas, na maioria jovens, e nesta ex-periência simplesmente fazia a Leitura Orante da Palavra de Deus, sem dar respostas diretas às questões da vida e da fé. Simplesmente (e entenda esta palavra não como algo simplório) mo-tivava a leitura e releitura e convidava a todos para o silêncio. Afirma o tex-to na íntegra: “Líamos uma passagem e depois todos ficávamos em silêncio.

Isso era importante para permitir a cada um encontrar sua resposta. Não dei respostas prontas, somente ofere-ci um impulso inicial para que todos escutassem a Palavra, com cuidadosa atenção. Não dei muitas explicações nem apresentei muitos conhecimen-tos exegéticos. Só pro-curei que os jovens se confrontassem dire-tamente com o texto. Assim chegaram a uma intimidade com Jesus. Entenderam que Deus os questionava. Ainda anos mais tarde, diver-sos participantes me escreveram que esta escuta comum os aju-dou a tomarem uma decisão. Aprenderam a orar com a Sagrada Escritura e chegaram a um momento de re-conhecerem: esta palavra foi dita para

Leitura Orante da Bíblia

DINAMIZANDO O ENCONTRO DE COMUNIDADE

Simbologia do Cartaz da Campanha Missionária de 2010

A Campanha Missionária, promovi-da e coordenada pelas Pontifícias Obras Missionárias, propõe para este ano de 2010 o tema Missão e Parti-lha, e, como lema, Ouvi o Clamor do Meu Povo (cf. Ex 3,7b).

O tema Missão e Partilha remete à Cam-panha da Fraternidade deste ano, a qual todo ano buscamos resgatar, com enfoque e dimen-são missionária. O lema Ouvi o Clamor do Meu Povo recorda o Êxodo do povo de Israel, e os muitos “êxodos” dos povos atuais. Também nos remete ao tema da migração, mobilidade huma-na, do ser peregrinos, lembrando-nos permanentemente que o horizonte da Missão é o mundo, a humanidade no seu todo.

Oração Missionária 2010

Ó Deus, Pai de todos os povos,Vós que nos abraçais com a ter-

nura de uma mãe, Ouvi o clamor das multidões da Amazônia e do mundo inteiro, Desejosas de Vos

conhecer e Vos amar. Ensinai-nos a Vos servir, Na partilha da Fé e dos

Bens, Que Vós mesmos nos destes.Amém.

mim, muito pessoalmente para mim, e tem uma mensagem para mim”.

Esta experiência ele a fazia em co-munidade e atingia todos e cada um dos participantes. Por isso, venho nes-te mês reanimar a você, animador de Pequenos Grupos de nossa Diocese a

dedicar o melhor pos-sível para que nosso método de encontros nas casas chegue ao seu objetivo. Chamo a atenção de que a simplicidade e o si-lêncio atento levam a uma experiência que só Deus pode explicar. Cabe a cada um de nós a disposição para que esta experiência acon-teça, pois Deus sem-pre quer manter diálo-go com suas criaturas. Não pense que a Lei-

tura Orante da Bíblia leva a pessoa ao

fanatismo e a uma religião sem Deus e sem compromisso. Pelo contrário, o próprio Jesus Cristo assim o viveu, le-vando-o até as últimas consequências, numa dimensão libertadora e livre.

Converse com seu coordenador pa-roquial sobre as dificuldades encontra-das nos encontros nas casas. Lembre-se: não é para partilhar temas fora do evangelho rezado naquele dia, nem para alguém dar suas “lições de moral” ou sua mensagem do Evangelho. As re-flexões devem ir muito além disso...

Que Deus nos atraia e nos faça cada vez mais solidários e irmãos.

Paz e bem!

Pe. Ronildo Aparecido da RosaAssessor Diocesano das CEBs

Bibliografia: MARTINI, Carlo M. Cardeal;

SPORSCHILL, Georg, Diálogos noturnos em Je-

rusalém - sobre o risco da fé, p.69. 2* edição,

Paulus, 2009.

O cartaz traz um fundo verde, sinal de esperança. A Missão alimenta, forta-

lece nossa fé, esperança e caridade, mantém-nos no caminho da fidelidade a Deus e à humanidade, Povo de Deus (LG 2).

A água remete ao va-lor e a dignidade da vida como elemento vital para o planeta, onde vive e está inserida a humani-dade. Aqui, especifica-mente, remete-nos à re-alidade amazônica, com sua rica biodiversidade. Lembramos que a última semana do outubro, de-dicada à Amazônia, vem

inserida no contesto do Mês das Missões.O barco faz alusão à figura bíblica

da Igreja Peregrina que “navega” pe-los mares da história da humanidade. Nela se destaca a figura de Jesus Cristo. É Ele quem dá segurança: “Não tenham

medo... Avancem para águas mais pro-fundas!” (cf. Mt 4,18). Ao mesmo tempo aponta para o horizonte amplo e univer-sal da Missão, que é o mundo, a humani-dade. A Missão não tem fronteiras!

Destaca-se ainda a figura dos índios, etnias vivas e presentes na realidade amazônica, do Brasil e de outros países. Povos que nos acolheram, abrindo-se à Boa-Nova do Evangelho, e que preci-sam ser respeitados e valorizados, como portadores de valores evangélicos já presentes, quais “sementes do Verbo En-carnado” que estabeleceu morada defini-tiva junto à humanidade e que, portanto, chegou lá muito antes que o missionário. Contudo, este poderá, sim, ajudar no pro-cesso de explicitação da Verdade e Pes-soa de Jesus Cristo, como nosso Senhor e Salvador, já atuante e presente na histó-ria salvífica da humanidade.

Padre Daniel Lagni,diretor Nacional das POM do Brasil.

Fonte: POM

Intenção Missionária doMês de Setembro de 2010

A fim de que, abrindo o coração ao amor, se dê fim às inúmeras guerras e aos conflitos que ainda cobrem de

sangue o mundo.

Foto: Bernadete Mota

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IDENTIDADE DAS CEBs

CEBs, Igreja nas CasasOs grupos bíblicos em família são a

presença do Evangelho e da Igreja nas casas!

“É preciso que a Igreja vá aonde o povo está, que o Evangelho seja levado aonde o povo vive. Daí, esse impulso dado pelo Espírito Santo”

O documento conclusivo da V Confe-rência do Episcopado Latino- Americano, em Aparecida, de 2007, sugere que um dos meios modernos de evangelização é a criação de pequenos grupos, onde os fiéis possam fazer, de modo bem con-creto, a experiência de Deus e firmar sua conversão a Cristo. “Como resposta às exigências da evangelização, junto com as comunidades eclesiais de base, exis-tem outras formas válidas de pequenas comunidades, e inclusive redes de co-munidades, de movimentos, grupos de vida, de oração e de reflexão da Palavra de Deus” (DAp 180). Os grupos bíblicos em família são também um meio bas-tante criativo e ousado para fazer dos católicos verdadeiros missionários, que se dispõem a enfrentar o grande desafio da evangelização nas cidades.

O que são os Grupos Bíblicosem Família?

São grupos de pessoas que se reú-nem nas casas, para rezar, refletir, par-tilhar, à luz da Palavra de Deus, a reali-dade que os cerca, com o compromisso de ações práticas para a transformação dessa realidade. Essas pessoas querem fazer a experiência do encontro com Deus, que é Amor e Vida; são pessoas que querem aprender a prática da ora-ção em comum, da vivência fraterna, da vida cristã; pessoas que se encontram para partilhar a vida, a fé e a oração, na ligação entre Bíblia e vida, revelação e realidade, Palavra de Deus e ação hu-

mana. Nesses grupos, as pessoas são va-lorizadas, conhecidas pelo nome, onde as pessoas se sentem Igreja, onde fazem a experiência de serem iguais, filhos e filhas do mesmo Pai.

Os grupos bíblicos em família são uma manifestação de resistência profética, de construção da cidadania, de descoberta de novos caminhos de vida cristã e ação social, de solidariedade e de testemu-nho de vida. São um meio privilegiado de evangelização e de valorização da vida, um meio que se tem mostrado conve-niente também no mundo urbano. Nes-ses grupos surgem novas lideranças, onde as pessoas descobrem seus dons e caris-mas, para colocá-los a serviço da comu-nidade, através dos diversos ministérios, pastorais, organismos etc. Através deles, a Igreja busca viver conforme o modelo das primeiras comunidades cristãs: Igreja que vai ao encontro das pessoas; Igreja nas casas, nos condomínios, nas ruas; Igreja Povo de Deus; Igreja que liga Palavra, fé e vida.

Por que criar Grupos Bíblicosem Família?

A Igreja dos nossos tempos não con-segue chegar a todas as pessoas com os meios dos tempos passados. É necessá-rio que todos os católicos assumam a fé recebida no batismo e se tornem verda-deiros discípulos de Cristo e missionários anunciadores de seu Evangelho, que pre-cisa chegar a todos os corações, famílias, instituições e estruturas. Não se pode esperar que as pessoas venham às nossas igrejas. É preciso que a Igreja vá aonde o povo está, que o Evangelho seja leva-do aonde o povo vive. O povo se encontra nas casas. Daí,

esse impulso dado pelo Espírito Santo a diversas dioceses do Brasil para se cria-rem pessoas se reúnem para a oração, a reflexão e a ação, ao redor da leitura e meditação da Palavra de Deus. São muitos os fiéis que descobrem a beleza e a força que lhes dá a leitura cotidiana da Bíblia.

Nos grupos bíblicos em família, vive-se à semelhança da Santíssima Trindade, que é comunidade e unidade na diversi-dade de pessoas. Nesses grupos, todos se encontram iguais enquanto pessoas humanas, mas distintos nos dons e caris-mas que cada qual vai descobrindo em si e qualificando-se nos serviços e minis-térios mais diversos, tanto no interior da Igreja quanto no meio do mundo. Um grupo bíblico é experiência de comunhão, de vida comunitária, de união das pes-soas, no mesmo modo da união entre as pessoas divinas: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30). Nos grupos bíblicos em família realiza-se a Igreja dos primeiros tempos: os primeiros cristãos viviam em comuni-dade e perseveravam unidos na doutrina dos apóstolos; nas reuniões em comum; na fração do pão e nas orações; eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um; to-dos juntos frequentavam o Templo e nas casas partiam o pão, tomando alimento com alegria e simplicidade de coração; juntos louvavam a Deus (cf At 2,42-47); vi-

viam unidos e tinham tudo em comum; formavam um só coração e uma só

alma; tudo era posto em comum entre eles; davam testemunho

da ressurreição do Senhor Jesus; gozavam de gran-

de aceitação; entre eles ninguém pas-

sava necessidade (cf At 4,32-37).Igreja nas Casas

A casa era o lugar da ação e da prega-ção de Jesus e das primeiras comunida-des cristãs. Grandes acontecimentos da salvação aconteceram nas casas. Maria recebe o anúncio do Salvador em sua casa (Lc 1,26ss). A casa foi lugar funda-mental na missão de Jesus (Mc 2,1- 2; 7,17.24; 9,33; 10,10; Mt 13,36). Jesus entrou em diversas casas: na de Simão Pedro e André, onde cura a sogra de Pedro (Mc 1,29-33); na casa de Jairo, o chefe da sinagoga, onde cura a menina filha Talita (Mc 5,35-43); na de Simão, o leproso (Mc 14,3-9); na do fariseu Simão (Lc 7,36ss); na casa de Marta e Maria (Lc 10,38-42); na de Zaqueu (Lc 19,1-10). Je-sus visitava as famílias, entrava em suas casas, fazia refeições nas casas do povo, inclusive na casa de pecadores (Levi e Zaqueu, por exemplo). Os evangelhos relatam 18 parábolas sobre a vida do-méstica, valorizando a evangelização nas casas.

Jesus manda celebrar a Páscoa numa casa (Mt 26,17-20). O Pentecostes acon-teceu em uma casa (At 2,1-2). A primeira evangelização se deu nas casas, abrindo-se assim para o mundo. No Templo, as pessoas ficavam de fora, havia exclusão. A Igreja primitiva evangelizava nas casas: “de casa em casa não cessavam de en-sinar” (At 5,42). Paulo evangelizava “de casa em casa” (At 20,20). A Igreja dos nossos tempos também precisa voltar a evangelizar nas casas. Os grupos bíblicos em família são um meio atual e criativo de fazer que o Evangelho chegue a um número cada vez maior de pessoas.

Pe. Vitor Galdino FellerFonte: Arquidiocese de Florianópolis

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CEBs - Informação e Formação para animadores4NOTÍCIAS DA CNBB

Mutirão para a Superação da Miséria e da FomeParticipa de Campanha da ONU

A Food and Agriculture Organization (FAO), um departamento da Organização das Nações Unidas (ONU), responsável pela erradicação da fome no mundo, aca-ba de lançar uma campanha mundial de coleta de assinaturas para pressionar a própria ONU, sobre a existência de 1 bi-lhão e 200 milhões de pessoas vivendo em situação de fome crônica. A campa-nha se chama “1billionhungry” ou em português “1 bilhão de pessoas vivem com fome crônica e eu estou louco de raiva”.

O Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) assumiu o compro-misso de divulgar esta campanha. Dom Guilherme Werlang, bispo referencial do Mutirão para a Superação da Miséria e da Fome da CNBB, juntamente com o secretário do Mutirão, padre Ne-lito Dornelas e a irmã Graça Apolinário, do Conselho de Religiosos do Brasil (CRB) e conselheira do CONSEA, se compro-meteram em divulgar a campanha nas co-munidades religiosas. “Para tanto, solicita-mos o empenho de todos na mesma. A cam-panha está disponível na in-ternet. As pessoas pedem fazer a assinatura via internet ou por meio de uma lista. Esta assinatura é simples. Não necessita de documentos de identifica-ção”, destacou o padre Nelito.

O padre ressalta ainda o envio das as-sinaturas à CNBB ou a CRB. “Estamos so-licitando também que quem abraçar esta campanha, tenha a bondade de remeter as listas preenchidas para a CNBB ou para a CRB até o dia 08 de setembro. Elas se-rão encaminhadas ao CONSEA, que as enviará à FAO, para chegarem a ONU até o dia 16 de outubro, dia mundial da ali-mentação”.

O símbolo da campanha é um apito amarelo. A idéia é encorajar as pessoas a apitar contra a fome. “Deveríamos estar furiosos com o vergonhoso fato de que seres humanos ainda sofram de fome”, disse o Diretor Geral da FAO, Jacques Diouf.

Se o mundo continuar no mesmo rit-

mo de redução da fome, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir pela metade o percentual de pessoas com fome até 2015 não será alcançado. De cerca de um bilhão de pessoas com fome, 642 milhões vivem na Ásia, 265 mi-lhões na África Subsaariana, 53 milhões na América Latina e Caribe, 42 no Oriente Médio e Norte da África e 15 milhões em países desenvolvidos.

Segundo José Graziano, diretor da FAO para a América Latina e Caribe, esta é a única região do Mundo que retroce-deu em número de pessoas com fome por causa da crise econômica. Nesta re-gião, “quem não trabalha não come”. O único país que gerou empregos durante a crise foi o Brasil. “É um milagre”. Hoje, América Latina e Caribe têm mais po-

bres e miseráveis que nos anos oitenta. São 53 milhões de

famintos quando eram 45 milhões em números ab-

solutos. “Perdemos em três anos o que leva-mos quinze para avan-çar”. Na Guatemala, há uma criança desnutri-da para cada duas. Ao

mesmo tempo, aumenta o sobrepeso. “Comemos

pouco e comemos mal.”Quem tem fome, tem pres-

sa, dizia Betinho. Por isso, a urgência da campanha lançada pela FAO em todo o mundo, que deve recolher um milhão de assinaturas até o dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação. O CONSEA está engajado. Falta engajar governos e so-ciedade. As assinaturas podem ser feitas por meios eletrônicos assim como haverá listas de assinaturas circulando em todos os lugares.

Fonte: CNBB

Para assinar a petição:

www.1billionhungry.org/faobrasil/

Informações: [email protected]

As assinaturas sejam enviadas para a CNBB Na-

cional no seguinte endereço: A/C Pe. Nelito Nona-

to Dornelas – Setor das Embaixadas Sul - Quadra

801 – Conjunto B – CEP 70 200 014 - Brasília DF.

Também para a CRB Nacional, no seguinte ende-

reço: A/C Ir. Maria das Graças Apolinário – SDS

Bloco H, 26 – Sala 507 – Edifício Venâncio II

CEP 70 393 900 – Brasília DF.

Os Bispos do Regional Sul 1, da CNBB (Estado de São Paulo), no cumprimento de sua missão pastoral, oferecem as se-guintes orientações aos seus fiéis para a participação consciente e responsável no processo político-eleitoral deste ano:

1. O poder político emana do povo. Votar é um exercício importante de cida-dania; por isso, não deixe de participar das eleições e de exercer bem este poder. Lembre-se de que seu voto contribui para definir a vida política do País e do nosso Estado.

2. O exercício do poder é um serviço ao povo. Verifique se os candidatos estão comprometidos com as grandes questões que requerem ações decididas dos gover-nantes e legisladores: a superação da po-breza, a promoção de uma economia vol-tada para a criação de postos de trabalho e melhor distribuição da renda, educação de qualidade para todos, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à vida e de-fesa do meio ambiente.

3. Governar é promover o bem co-mum. Veja se os candidatos e seus par-tidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade social, a segurança pú-blica, a superação da violência, a justiça no campo, a dignidade da pessoa, os direitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até à morte natural. São va-lores fundamentais irrenunciáveis para o convívio social. Isso também supõe o re-conhecimento à legítima posse de bens e à dimensão social da propriedade.

4. O bom governante governa para todos. Observe se os candidatos repre-sentam apenas o interesse de um grupo específico ou se pretendem promover políticas que beneficiem a sociedade como um todo, levando em conta, espe-cialmente, as camadas sociais mais frá-geis e necessitadas da atenção do Poder público.

5. O homem público deve ter ido-neidade moral. Dê seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, dignos de confiança, capazes de governar com pru-dência e equidade e de fazer leis boas e justas para o convívio social.

6. Voto não é mercadoria. Fique aten-to à prática da corrupção eleitoral, ao abuso do poder econômico, à compra de votos e ao uso indevido da máquina administrativa na campanha eleitoral. Fa-tos como esses devem ser denunciados imediatamente, com testemunhas, às au-

toridades competentes. Questione tam-bém se os candidatos estão dispostos a administrar ou legislar de forma transpa-rente, aceitando mecanismos de controle por parte da sociedade. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber nosso apoio nas eleições.

7. Voto consciente não é troca de favores, mas uma escolha livre. Procure conhecer os candidatos, sua historia pes-soal, suas idéias e as propostas defendi-das por eles e os partidos aos quais estão filiados. Vote em candidatos que repre-sentem e defendam, depois de eleitos, as convicções que você também defende.

8. A religião pertence à identidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé.

9. A Família é um patrimônio da hu-manidade e um bem insubstituível para a pessoa. Ajude a promover, com seu voto, a proteção da família contra todas as ameaças à sua missão e identidade natu-ral. A sociedade que descuida da família, destrói as próprias bases.

10. Votar é importante, mas ain-da não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e parla-mentares, para cobrar deles a coerência para com as promessas de campanha e apoiar as decisões acertadas.

Fonte: CNBB

Aparecida, 29 de junho de 2010CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

73ª Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 - Aparecida-SP, 29, 30 de junho e 1 de julho de

2010. Doc. 15/73ªABDom Nelson Westrupp, scj/ Presidente do CONSER

Dom Benedito Beni dos Santos/ Vice-PresidenteDom Airton José dos Santos/ Secretário-Geral

Votar Bem - Orientação da CNBB aosCatólicos sobre o Voto nas Eleições de 2010

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CEBs - Informação e Formação para animadores 5

DA MORTE PARA A VIDAPe. Ezequiel Ramin tinha 33 anos,

quando foi assassinado em 24 de julho de 1985, na fazenda Catuva, município de Aripuanã, por jagunços dos fazen-deiros da região. Nasceu na Itália, em 1953. Missionário da diocese de Ji-Pa-raná, Rondônia. Membro da Congrega-ção dos Combonianos, veio ao Brasil em meados de 1983. Assumiu a causa dos trabalhadores sem-terra e dos índios. Ganhou a confiança dos povos indíge-nas Suruí que iam procurá-lo para expor os problemas da aldeia.

O QUE ACONTECEU EM24 DE JULHO DE 1985

Prontidão de missionário, Ezequiel era uma pessoa extrovertida, de fáceis relações humanas. Tinha sido ordenado em 1981 e destinado, depois da ordena-ção, para um trabalho no mundo juvenil em sua própria terra. Estava começando a entrar nele quando um terremoto sa-cudiu o sul da Itália. Ele não teve dúvi-das: aquele era o lugar do missionário. Deixou tudo e lá foi ele para socorrer as vítimas e ajudar na reconstrução. A CHEGADA EM CACOAL, RONDÔNIA

Quando, em 1984, Padre Ezequiel Ramin chegou a Cacoal, encontrou co-munidades consolidadas em todo lugar. Não teve dificuldade de se inserir. Com pouco mais de 30 anos, ele tinha o en-tusiasmo necessário para entrar logo na realidade e as experiências anteriores, feitas na vida, o habilitavam a ser um bom padre para todo aquele povo.

‘PROIBIDA A ENTRADA!’Pouco tempo depois da chegada de

Ezequiel a Cacoal, em uma região en-tre Mato Grosso e Rondônia, em terras ocupadas por 250 famílias, apareceu uma placa: ‘Fazenda Catuva: proibida a

entrada’.As terras que as famílias trabalhavam

há mais de dois anos, bem relacionadas com os índios suruí, que podiam se dizer os únicos verdadeiros proprietários, esta-vam sendo reivindicadas por dois fazen-deiros. Eles eram proprietários de 2.500 hectares e tentavam abocanhar 50 mil hectares, passando por cima tanto dos índios como das 250 famílias e de suas roças.

Tudo começou com uma chegada dis-creta, mas depois vieram a placa, a cerca e os jagunços para não deixar dúvidas em relação às reais intenções dos fazendei-ros.

ROTINA DE VIOLÊNCIASEm relação a tudo isso Padre Ezequiel

mostrava-se profundamente incomoda-do. Ele dizia:

‘Não aprovamos violências nem que-remos reivindicações irreais. É irreal pe-dir comida para a própria família? Ou só quem é poderoso tem filhos que preci-sam comer? Aqui muita gente tinha ter-ra, foi vendida. Tinha casa, foi destruída. Tinha filhos, foram mortos. Tinha aberto estradas, foram fechadas!’.

Na Fazenda Catuva o confronto entre posseiros e jagunços começou a virar ro-

tina. Os padres acompanha-vam, realizando encontros com as famílias para orientá-las. A linha de ação era esta: que permanecessem na ter-ra, mas evitando agressões e confrontos.

24 DE JULHO DE 1985Às 5.30h da manhã do

dia 24 de julho, Padre Eze-quiel saiu, junto com o ami-go Adilio de Souza, para a Fazenda Catuva. Quando chegaram ao posto indí-gena Lourdes, um funcionário da FUNAI quis impedir a passagem. Tinha ordem de não deixar passar ninguém. Mas chegou um carro vindo do interior da fazenda, com um pessoal desconhecido, pedindo que a entrada fosse liberada. Foi o que o funcionário fez. Os dois alcançaram a porteira sem qualquer problema. Che-garam rapidamente ao barraco onde se encontravam os posseiros, onze ao todo, que os aguardavam para acompanhá-los na vistoria da área. O acampamento dos jagunços estava muito próximo, a não mais de 100 metros de distância.

Ezequiel e Adílio conversaram com os posseiros. Pediram que desocupassem a área porque a situação estava tensa. Eze-quiel puxou da sacola a máquina fotográ-fica, tirou algumas fotos, inclusive da fa-zenda e dos jagunços. Adilio fez algumas anotações. Pouco depois das 11 horas, Ezequiel entrou no carro para pegar o ca-minho de volta...

RAJADA DE BALASDepois de dois quilômetros, na saída

de uma curva, teve o ataque. Sete ho-mens armados, em posição de tiro, es-tavam esperando a passagem do carro. Dois deles abriram fogo. Veio uma pri-meira rajada de balas. Ainda dentro do

carro Pe. Ezequiel foi atingido. Disse: ‘Pára, pára pelo amor de Deus’.

Depois saiu do carro, pelo lado do motorista, afastando-se dos atiradores. Adilio saiu em direção contrária, ganhando a mata. Ezequiel caiu uns 50 me-tros depois. Alguém chegou e descarregou nele a espingarda à queima-roupa.NA MADRUGADA SEGUINTE...

Adílio bateu na casa dos

Mártires: Vidas pela vida, vidas pelo Reino

padres a uma hora da madrugada do dia seguinte. Estava ensangüentado e exausto. Contou o que tinha aconteci-do. Não sabia dizer se Ezequiel estava vivo ou morto... Era preciso correr para lá imediatamente.

Na mesma hora os dois padres foram à delegacia: o delegado estava ausente e os policiais mostraram pouca disposi-ção de ajudar. Os padres então avisaram o bispo e se dirigiram a Ji-Paraná, onde chegaram por volta das 4.00 horas.

Finalmente às 8.00 horas, com mais dois carros da polícia na frente, saíram, e às 11h30 cruzaram a porteira da fa-zenda. Mais 5 minutos e chegaram ao local. O carro de Ezequiel estava ainda no meio da estrada, com as portas aber-tas, os vidros quebrados.

O corpo logo foi avistado 50 metros adiante, caído à beira da estrada. Ne-nhum sinal de violência, a não ser as perfurações das balas e dos chumbos: havia sinais de um tiro de espingar-da em pleno rosto; os braços abertos, como se tivesse sido crucificado.

A família quis o corpo, mas a camisa ensanguentada ficou em Cacoal.

Os padres estavam providenciando o enterro em Cacoal. Parecia-lhes lógi-co que o corpo do colega descansasse na terra que tinha recebido seu sangue. Mas chegou um telefonema da Itália: um superior informava que os pais e os irmãos queriam ter o corpo de volta, na Itália. A camisa ensangüentada de Pa-dre Ezequiel ficou exposta na igreja ma-triz de Cacoal por muito tempo...

Fonte: www.combonianos.org.brColaboração: Maria Matsutacke

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Caminhada Penitencial - 12º Intereclesial

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CEBs - Informação e Formação para animadores6

AS CEBs NO DOCUMENTO CONCLUSIVO DO I SÍNODO DIOCESANO

Como nos pede Dom Moacir Silva, de-vemos olhar o Documento Conclusivo em sua totalidade e acolhê-lo de forma criativa e nos alerta “O espírito do Sínodo vai muito além de um ou outro projeto: é uma mentalidade nova para homens e mulheres novos.” E nos pede, com alegria, conforme o Do-cumento de Aparecida: “Conservemos a doce e confortadora alegria de evagelizar, inclusive quando é necessário se-mear entre lágrimas, [...] que o mundo atual [...] possa assim rece-ber a Boa Nova, não através de evageliza-dores tristes e desalentados, impacientes e ansiosos”.

São Paulo compara a Igreja ao Corpo de Cristo. Nós somos muitos, mas for-mamos um só corpo (cf. 1Cor 12,1-12). O corpo para se manter vivo precisa ter o sangue correndo em suas veias. A Pa-lavra de Deus é como o sangue que cor-re nas veias da Igreja. Sem a Palavra de Deus a Igreja perde a sua vitalidade.

Se a Igreja é o Corpo de Cristo e a Palavra de Deus o sangue que corre em suas veias, podemos comparar a liturgia como o coração da Igreja. A liturgia é que faz a Igreja viver. Sendo o centro da vida da Igreja, é na liturgia que celebramos as alegrias e as vitórias, as dores e os sofri-mentos de Jesus. Na liturgia celebramos a nossa vida nos mistérios da vida de Jesus. Assim, é a liturgia que constante-mente bombeia o sangue da Palavra de

Deus para alimentar todo o corpo.O corpo possui as artérias que são

aquelas veias mais grossas que distri-buem o sangue. São as veias que apare-cem mais. Podemos comparar estas veias mais grossas com o trabalho das pasto-rais, com o trabalho da catequese e dos cursos de formação nas comunidades. São trabalhos que aparecem mais, rece-bem mais formação, têm mais apoio dos dirigentes e até uma maior atenção por parte da Igreja.

Mas no corpo, também são indispen-sáveis aquelas veias finas, que não apare-cem tanto, mas que levam o sangue até aos lugares mais afastados e distantes do corpo. Estas veias finas são os Grupos de Reflexão. Geralmente seu trabalho não aparece muito e, às vezes, não são valori-

zados por certos dirigentes da Igreja. Mas são os Grupos de Reflexão que levam e fazem a Palavra de Deus correr através das casas e chegar até aos mais afasta-dos. Por isso os Grupos de Reflexão con-seguem reforçar a comunidade trazen-do novos participantes e reconduzindo aqueles que se afastaram. Eles também oxigenam a comunidade com gestos con-cretos e com a solidariedade aos neces-sitados. Eles também despertam novos animadores e novas pessoas para ingres-sar nas pastorais e fortalecem assim toda a comunidade.

É através deste trabalho simples e despretensioso que toda a comunidade se fortalece e até a liturgia, o coração da Igreja, bate mais forte e feliz fazendo sentir ali a presença do Ressuscitado. Por

Veias Finas da Igreja

Comunidade Gallo Branco Com. Campo dos Alemães Comunidade Santana Comunidade Santa Cecília

Comunidade Pinheirinho

tudo isso podemos cantar com a música “Eu sou feliz na comunidade”.Grupos de Reflexão / faz o sangue circularVai fazendo a Palavra, / chegar em todo lugar.

Fonte: Movimento Boa Nova

Pequenas Comunidades Eclesiais81. Com o Documento de Aparecida,

“constata-se que nos úl-timos anos está crescen-do a espiritualidade de comunhão e que, com diversas metodologias, não poucos esforços têm sido feitos para levar os leigos a se integrarem nas pequenas comuni-dades eclesiais, que vão mostrando frutos abun-dantes. Nas pequenas comunidades eclesiais temos um meio privi-legiado para chegar à

Nova Evangelização e para chegar a que os batizados vivam como autênticos dis-cípulos e missionários de Cristo” .

82. Na estruturação paroquial, assu-

mimos com a Conferência de Aparecida as pequenas comunidades eclesiais, que são “um ambiente propício para se es-cutar a Palavra de Deus, para viver a fra-ternidade, para animar na oração, para aprofundar processos de formação na fé e para fortalecer o exigente compromis-so de ser apóstolos na sociedade de hoje. São lugares de experiência cristã e evan-gelização que, em meio à situação cultu-ral que nos afeta, secularizada e hostil à Igreja, se fazem muito mais necessários” . Com essas pequenas comunidades ecle-siais, a paróquia vai se tornando comu-nidade de comunidades, uma rede de comunidades, “capazes de se articular conseguindo que seus membros se sin-tam realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo em comunhão” .

83. Como experiência de pequenas comunidades, as CEBs (Comunidades

Eclesiais de Base) merecem uma atenção especial. O tempo de dedicação à missão e o número de pessoas envolvidas, por meio da setorização de nossas paróquias, tem trazido resultados satisfatórios. Com o Documento de Aparecida, afirmamos: “As comunidades eclesiais de base, no seguimento missionário de Jesus, têm a Palavra de Deus como fonte de sua espi-ritualidade e a orientação de seus pasto-res como guia que assegura a comunhão eclesial. Demonstram seu compromisso evangelizador e missionário entre os mais simples e afastados e são expres-são visível da opção preferencial pelos pobres. [...] as CEBs se convertem em um sinal de vitalidade na Igreja particular.” .

Fonte: Documento Conclusivo do I Síno-do Diocesano – Disponível para downlo-

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FIQUE LIGADO

Brasília, 5 a 11 de setembro de 2010.Um dos mais importantes legados

da V Conferência Geral do Episcopado latino-americano em Aparecida foi as-sumir o compromisso de uma grande Missão Continental. Contudo, a recep-ção inicial desta proposta não foi a de realizar uma gigantesca mobilização eclesial, tampouco a de articular um projeto missionário em nível de toda igreja do Continente.

Se existe uma novidade na perspec-tiva da Missão Continental, essa con-siste num decisivo salto de passar de uma Igreja que promove alguns even-

tos “missionários” para arrebanhar fiéis, para uma Igreja em estado permanente de missão. Isso equivale a reconhecer o contexto de pluralismo no qual se en-contra o mundo de hoje. Esse pluralismo é a propria “casa” dos nossos povos na América e no mundo, onde temos que entrar tirando as sandálias, para anunciar permanentemente o Evangelho ali onde o povo se encontra.

Para concretizar pedagogicamente esse intuito, o Centro Cultural Missioná-rio e a Comissão Episcopal para a Missão Continental promovem uma Semana Bra-sileira sobre a Missão Continental, com o

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO1. Domingo, 5 de setembro, 20h00: “Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24,48).Acolhida e abertura da Semana Brasileira sobre Missão Continental.

2. Segunda, 6 de setembro: ELEMENTOS BÍBLICOS DA ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA.Para uma formação missionária moldada pelo estudo e pela leitura orante da Sagrada EscrituraPe. Sérgio Bradanini, PIME, biblista e missiologo, diretor do ITELSE (Instituto de Teologia da Região Sé) de São Paulo, SP.

3. Terça, 7 de setembro: PARÓQUIA MISSIONÁRIA, UM PROJETO POSSÍVEL? Mudanças estruturais rumo a um novo pa-drão pastoral - Pe. José Carlos Pereira, CP, sociólogo e teólogo pastoralista, pároco da paróquia São José e Nossa Senhora das Dores, Rio de Janeiro, RJ.

4. Quarta, 8 de setembro: PROJETOS E MÉTODOS PARA UMA NOVA EVANGELIZAÇÃO. Memória, seguimento e perspec-tivas - Pe. Manoel Godoy, diretor executivo do ISTA (Instituto Santo Tomás de Aquino) de Belo Horizonte, MG.

5. Quinta, 9 de setembro: MISSÃO JUNTO À JUVENTUDE PARA UMA JUVENTUDE PROTAGONISTA DA MISSÃO. O desafio de descobrir com os jovens a vocação de ser ami-gos e discípulos de Jesus – Pe. Jorge Boran, CSSp, coordenador do Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) de São Paulo, SP.

6. Sexta, 10 de setembro: A DIMENSÃO CONTINENTAL NO MEIO DE NÓS. Para uma missão inter gentes na América Latina e Caribe junto aos migrantesPe. Sidnei Dornellas, CS, sociólogo e teólogo, diretor do Centro de Estudos Migratórios, em São Paulo, SP.

7. Sábado, 11 de setembro, até 12h00: “Permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,49).Conclusões, articulação e encaminhamentos.

Semana Brasileira sobre a Missão ContinentalCentro Cultural Missionário (CCM) - Comissão Episcopal para a Missão Continental

objetivo de afunilar a reflexão em torno de três grandes temas do Documento de Aparecida: a espiritualidade missionária, dimensão essencial para a formação mis-sionária; a paróquia missionária, exigên-cia de conversão das nossas estruturas; os projetos para uma nova evangelização, caminhos para uma aproximação aos ou-tros e para uma ação evangelizadora sig-nificativa em todo Brasil.

A Semana Brasileira sobre a Mis-são Continental tem como lema bíblico o mandato missionário de Lucas: “Vo-cês são testemunhas dessas coisas” (Lc 24,48). O Espírito que conduz a missão desperta um olhar contemplativo nos discípulos missionários. Eles são teste-munhas das coisas que vêem. A teste-munha não protagoniza a ação, ela não faz nada: apenas aponta o que Deus está fazendo. Deus com seu Espírito já está

agindo no mundo, abrindo os corações, dispondo as pessoas a receber o anún-cio do Evangelho. A Igreja é chamada a perceber essa ação divina através dos sinais dos tempos participando dessa mesma ação: saindo de seus ambien-tes, tornando-se hospede na casa dos outros. É um deslocamento fundamen-tal que necessita de uma continua, pro-gressiva, profunda e diligente conversão interior.

Fonte: www.ccm.org.br

“Vocês são testemunhas destas coisas” (Lc 24,48)

Da Diocese de São José dos Campos irão participar deste evento, Padre Edinei Evaldo Batista, coordenador

Diocesano de Pastoral, PadreRogério Félix, Pároco da Paróquia

Coração de Jesus, Tianinha eIsalete Silva, do Comidi eLuiz Marinho, das CEBs.

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CEBs - Informação e Formação para animadores8

A Bíblia nos InterpelaFORMAÇÃO

Carlos MestersFrancisco Orofino

5ª E ÚLTIMA PARTE

CAMINHOS NOVOS APARECEM,PROBLEMAS NOVOS SURGEM

1. A Leitura feminista ou leitura de gênero

Esta leitura questiona e relativiza a secular leitura masculinizada feita pelas igrejas para manter o sistema patriar-cal. Ela não pode ser descartada como um fenômeno passageiro nem como uma das muitas curiosidades exegéticas sem maiores conseqüências. Ela é uma das características mais importantes que vem surgindo de dentro da leitura popular da Bíblia. O seu alcance é mui-to maior do que poderia parecer à pri-meira vista. No Brasil ela adquire uma importância maior ainda por causa da esmagadora maioria de mulheres que participam ativamente nos grupos bíbli-cos e sustentam a luta do povo em mui-tos lugares. No CEBI é grande o número de assessoras que se formaram nos úl-timos anos e que estão aprofundando a leitura de gênero não como um novo setor, mas como uma característica que deve marcar toda a leitura popular que fazemos.

2. Como enfrentar a rea-lidade do fundamentalismo?

Nos encontros de massa promovidos pelas redes de televisão, padres cantores aparecem. Nos encontros bí-blicos promovidos pelo CEBI, abertos a pessoas dos vários setores da vida das igrejas, aparece cada vez mais o se-guinte fenômeno. O estudo e a interpretação da Bíblia são feitos numa linha claramente libertado-ra.

Mas nas celebrações, nas conversas de grupos, nas perguntas, aparece uma atitude interpretativa diferente, em que se mistura fundamentalismo com teologia da libertação. Sobretudo nos jovens! Como explicar este fenômeno? Vem de onde? Do contato com a linha conservadora, com a linha carismática, com os pentecostais?

Será que também não vem das de-

ficiências da atitude libertadora frente à Bíblia?

Será que não vem de algo ainda mais profundo que está mudando no subcons-ciente da humanidade? Pois, a realidade do fundamentalismo não existe só nas igrejas cristãs, mas também nas outras religiões: judaica, muçulmana, budista... Existem até formas de um fundamenta-lismo secularizado. “O fundamentalismo é um perigo”.

Ele separa o texto do resto da vida e da história do povo e o absolutiza como a única manifestação da Palavra de Deus. A vida, a história do povo, a comunida-de, já não teriam mais nada a dizer sobre Deus e a sua Vontade. O fundamentalis-mo anula a ação da Palavra de Deus na vida. É a ausência total de consciência crítica. Ele distorce o sentido da Bíblia e alimenta o moralismo, o individualismo e o espiritualismo na interpretação. É uma visão alienada que agrada aos opressores do povo, pois ela impede que os oprimi-dos tomem consciência da iniqüidade do sistema montado e mantido pelos pode-rosos” (Coleção: Tua Palavra é Vida, Vol I: A Leitura Orante da Bíblia, Publicações CRB, 1990, p. 22). Na Igreja Católica, pela

primeira vez, o documento O Uso da Bí-blia na Igreja critica fortemente o funda-mentalismo como uma coisa nefasta que não respeita suficientemente o sentido da Bíblia.

3. A busca de Espiritualidade e o nos-so método de interpretação

Em todo canto se ouve e se sente o desejo de maior profundidade, de mís-tica, de. A Bíblia, de fato, pode ser uma resposta a este desejo. Pois, a Palavra de Deus tem duas dimensões fundamentais.

De um lado, ela traz uma LUZ.Neste sentido, ela pode contribuir

para clarear as idéias, desmascarar as fal-sas ideologias e comunicar uma consci-ência mais crítica. De outro lado, ela traz uma FORÇA. Neste sentido, ela pode ani-mar as pessoas, comunicar coragem, tra-zer alegria, pois ela é força criadora que produz o novo, gera o povo, cria os fatos, faz amar. Infelizmente, muitas vezes, na prática pastoral, estes dois aspectos da Palavra estão separados. De um lado, os movimentos carismáticos; de outro lado, os movimentos de libertação. Os caris-máticos têm muita oração, mas muitas vezes carecem de visão crítica e tendem para uma interpretação fundamentalista, moralizante e individualista da Bíblia. Por isso, a sua oração, muitas vezes, carece de fundamento real no texto e na reali-dade. Os movimentos de libertação, por sua vez, têm muita consciência crítica, mas, às vezes, carecem de perseverança e de fé, quando se trata de enfrentar situ-ações humanas e relacionamentos entre pessoas que, dentro da análise científica da realidade, em nada contribuem para a transformação da sociedade. Às vezes, eles têm uma certa dificuldade para en-xergar a utilidade de longas horas gas-tas em oração sem resultado imediato. Já existem várias iniciativas importantes que procuram enfrentar e superar este problema para além das divergências: o projeto Tua Palavra é Vida, (Projeto de formação bíblica para religiosos e religio-sas, promovido pela CRB - Conferência dos Religiosos do Brasil); A equipe de es-piritualidade do CEBI (Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos), a iniciativa da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Bra-sil) de valorizar os quatro evangelhos e os Atos em preparação do jubileu do Novo Milênio, etc.

4. A cultura dos nossos povosNo mito do Tucumã, que explica aos

índios da região amazônica a origem do mal no mundo, o culpado pelos males não é a mulher, mas sim o homem. Num encontro bíblico, alguém perguntou: “Por que não usamos os nossos mitos em vez dos mitos do povo hebreu?” Não houve resposta. A mesma pergunta foi feita num curso bíblico na Bolívia em Maio de 1991. Os participantes, quase todos Aymaras, perguntavam: “Por que usar só a Bíblia? As nossas histórias são mais bonitas, me-nos machistas e mais conhecidas!” As re-

ligiões da Ásia, mais antigas que a nossa, levantam estas mesmas perguntas há vá-rios anos. Qual o valor da nossa história e da nossa cultura.

Será que elas não poderiam valer como o nosso Antigo Testamento, onde estão escondidas as promessas que Deus fez aos nossos antepassados e onde exis-te a nossa lei como “nosso pedagogo para Jesus Cristo” (Gál 3,24)? O Evangelho não veio eliminar nem substituir o Antigo Testamento, mas sim comple-tá-lo e expli-citar todo o seu signi-f i -

c a -d o ( M t 5 , 1 7 ) . O Antigo Testamento do povo de Is-rael é o cânon ou a norma inspirada que nos ajuda a perceber e a re-velar esta dimensão mais profunda da nossa cultura e história, do nosso An-tigo Testamento. Neste sentido são muito importantes as diferentes iniciativas da leitura indígena, negra e de gênero.

5. Necessidade de um estudo mais aprofundado da Bíblia na América Latina

A caminhada das Comunidades avan-ça e se aprofunda. Aos poucos, do cora-ção desta prática popular está surgindo uma nova atitude interpretativa que não é nova, mas muito antiga. Ela tem neces-sidade de ser legitimada tanto a partir da Tradição das igrejas como a partir da pesquisa exegética. A leitura que se faz a partir dos pobres e a partir da causa dos pobres tem suas exigências próprias. Na medida em que se avança, cresce o de-

Fotos: Bernadete Mota

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CEBs - Informação e Formação para animadores 9

sejo de maior aprofundamento científico. Há muitos assessores e assessoras popu-lares que gostariam de ter um conheci-mento das línguas bíblicas; gostariam de conhecer melhor o contexto econômi-co, político, social e ideológico em que nasceu a Bíblia; gostariam de levar para dentro da Bíblia as perguntas que hoje angustiam o povo na vivência da sua fé. Existe uma escassez de assessores e de assessoras acadêmicos capazes de res-ponder a esta demanda crescente de for-mação bíblica dos assessores populares e de fazer frente ao problema novo que está se criando por causa do crescimento imenso do fundamentalismo (muito mais

perigoso do que qualquer outro -ismo).

A prática da leitura bíblica, feita nas

Comunidades Eclesiais de

Base da América

Latina, já ad-

q u i -r i u

u m a c e r t a

r e p e r -cussão em

todas as Igre-jas, pois está pro-

vocando discussões, reações e adesões em mui-

tos lugares. Isto se viu claramente nos encontros intereclesiais, realizados desde os anos 70, no Encontro Mundial da Igreja Luterana, realizado em Curitiba em janeiro de 1990, e no Encontro Mun-dial da FEBIC, realizado em Bogotá em julho de 1990. Há muitos outros sinais do interesse que existe nos outros Continen-tes pela leitura que se faz da Bíblia aqui na América Latina. Por tudo isso, é im-portante que se comece a pensar seria-mente na criação de centros de pesquisa e de formação bíblica que se orientem a partir dos problemas reais que sentimos por aqui nas nossas comunidades.

O CEBI, Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, é uma tentativa que procura ser uma resposta a este “Sinal dos Tempos”.

Fundado em 1978, cresceu e se expandiu rapidamente. Agora existe organizado em praticamente todos os Estados do Brasil, prestando o seu serviço a um nú-mero cada vez maior de igrejas. Além dis-so, recebe solicitações de vários países da América Latina, África e Europa para um intercâmbio deste tipo de leitura bíblica.

HISTÓRIAS PARALELAS QUE SEILUMINAM MUTUAMENTEPARA ALEGRIA DE MUITOS

1. A Revelação de um novo rosto de Deus

Numa roda de amigos alguém mos-trou uma fotografia, onde se via um homem de rosto severo, com o dedo le-vantado, quase agredindo o público. To-dos ficaram com a idéia de se tratar de uma pessoa inflexível, antipática, que não permitia intimidade. Nesse momen-to, chegou um rapaz, viu a fotografia e exclamou: “É meu pai!” Os outros olha-ram para ele e, apontando a fotografia, comentaram: “Pai severo, hein!” Ele res-pondeu: “Não! Não é não! Ele é muito carinhoso. Meu pai é advogado. Aquela fotografia foi tirada no tribunal, na hora em que ele denunciava o crime de um latifundiário que queria despejar uma fa-mília pobre que estava morando num ter-reno baldio da prefeitura há vários anos! Meu pai ganhou a causa.

Os pobres não foram despejados!” Todos olharam de novo e disseram: “Que fotografia simpática!” Como por um mi-lagre, ela se iluminou e tomou um outro aspecto. Aquele rosto tão severo adqui-riu os traços de uma grande ternura! As palavras do filho, mudaram tudo, sem mudar nada! As palavras e gestos de Je-sus, nascidas da sua experiência de filho, sem mudar uma letra ou vírgula sequer, mudaram o sentido do Primeiro Testa-mento (Mt 5,17-18). O Deus, que parecia tão distante e severo, a ponto de o povo não ter mais coragem de pronunciar o seu Nome, adquiriu os traços de um Pai bondoso de grande ternura! O mesmo acontece hoje nas Comunidades Eclesiais de Base. A experiência humanizadora da convivência comunitária e da luta em prol da justiça e da fraternidade gera uma nova experiência de Deus e da vida que se transmite através da participação das pessoas nos Círculos Bíblicos e encontros comunitários e lhes comunica um critério novo de interpretação. Aqui está a fonte escondida e geradora do processo da lei-tura popular da Bíblia na América Latina.

2. Ultrapassando a letra, o espírito comunica vida

O apóstolo Paulo dizia: “A letra mata, mas é o Espírito que comunica vida”

(2Cor 3,6). Para Paulo, a letra era a his-tória do povo descrita no Antigo Testa-mento. O Espírito era o rumo que exis-te dentro da história e cujo objetivo ou ponto final fica para além da história. No tempo de Paulo, alguns judeus se fecha-vam dentro da sua própria história (letra) e não aceitavam que ela estivesse orien-tada para desembocar na Boa Nova de Deus que Jesus nos revelou (2Cor 3,13). Por isso, assim afirma Paulo, a letra já não lhes comunicava a vida. Até hoje, a letra mata, quando a pessoas se fecham no seu próprio pensamento e não querem perceber que dentro da nossa história existe o fio de ouro da ação do Espírito de Deus que nos orienta para a vida plena. A letra mata quando reduzimos a imagem de Deus ao tamanho das nossas idéias ou das nossas igrejas. Ao contrário, a letra desabrocha e revela o Espírito que co-munica vida quando as pessoas se abrem para além de si mesmas, do seu próprio mundo e da sua própria igreja, e procu-ram descobrir o rumo para o qual as con-duzem a sua história, a sua cultura, a sua igreja. Aí, o seu horizonte se abre para a experiência sempre renovada de Deus e da vida. Aí, a letra da Bíblia está se tor-nando para elas a gramática que as ajuda a ler o que o Espírito nos fala pela nossa vida e pela história dos nossos povos. Ela ajuda a relativizar as confissões religiosas em vista do Reino de Deus.

3. Superando os preconceitos, a ima-gem de Deus se purifica

A experiência de Deus, a imagem de Deus, transmite-se não tanto pelo que in-formamos sobre Deus através das doutri-nas que ensinamos, mas muito mais pelo que transmitimos das atitudes que to-mamos. Mesmo sem falar de Deus, dele somos um reflexo. Algo se comunica. A imagem do Deus-Juiz-que-condena pro-duz gente medrosa. A imagem do Deus-todo-poderoso-só-nosso pode produzir gente intolerante. A imagem de Deus-ternura-mãe-e-pai gera pessoas acolhe-doras e solidárias. A experi-ência de Deus se reflete no relacionamento humano. A Bíblia pode ajudar-nos a pu-rificar nossa imagem de Deus e a humanizar nossa vida. Ao longo das suas páginas corre a expressão de uma dupla experiência. De um lado, uma experiência sempre re-novada da vida, que leva as pessoas a descobrir e a cri-ticar as imagens erradas de Deus. De outro lado, uma ex-periência sempre renovada de Deus, que leva as pessoas

a descobrir e a criticar atitudes e leis religiosas repressivas contra a vida. Até chegar a Jesus que é, para nós cristãos e cristãs, revelação plena de Deus e do sentido da vida. Tudo isso está come-çando a nascer como uma semente de mostarda.

4. Humanizando o relacionamento, a vida humana se diviniza!

A imagem verdadeira de Deus é o ser humano, pois Deus nos fez à sua imagem e semelhança, Ele nos fez ho-mem e mulher (Gn 1,27). Por isso, a experiência do Deus verdadeiro só é verdadeira quando ela gera um relacio-namento que humaniza as pessoas e as torna acolhedoras esolidárias, com-preensivas e amigas. Pois, se Deus nos fez humanos, o que mais honra a Deus e mais reflete a sua imagem é a huma-nização progressiva da vida. Para nós, cristãos e cristãs, Jesus é o modelo. O Papa Leão Magno disse a respeito dele: “Jesus foi tão humano, mas tão huma-no como só Deus pode ser humano”. A experiência sempre renovada de Deus deve gerar novas relações entre nós. A última frase do AT que faz a transição para o NT exprime a esperança messiâ-nica de todo ser humano: reconduzir o coração dos pais para os filhos e o cora-ção dos filhos para os pais, para que a terra não seja destruída (Ml 3,24). É o que a humanidade pode e deve espera da ação de nós cristãos que seguimos o ensinamento de Jesus. As comunidades procuram ser uma resposta a este de-sejo mais profundo do coração huma-no. Procuram ser, como Jesus, uma Boa Nova de Deus para todos, sobretudo para os pobres.

Fonte: Centro de Estudos Bíblicos

Encerramos este mês a formação

Sobre a Leitura Popular da Bíblia

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Tema: “Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas para construir um projeto popular.”

O que é?O Grito dos Excluídos é uma mani-

festação popular carregada de simbolis-mo, é um espaço de animação e profe-cia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimen-tos sociais com-prometidos com as causas dos ex-cluídos.

O Grito dos Excluídos, como indica a própria expressão, cons-titui-se numa mobilização com três sentidos:

• Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, con-centra riqueza e renda e condena mi-lhões de pessoas à exclusão social;

• Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;

• Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de to-dos os cidadãos.

O Grito se define como um conjun-

to de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na socieda-de brasileira. Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de par-

ticipação livre e po-pular, em que os pró-prios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os de-fendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da so-ciedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças.

As atividades são as mais variadas: atos

públicos, romarias, celebrações espe-ciais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, mú-sica, dança, feiras de economia solidária, acampamentos – e se estendem por todo o território nacional.Como nasceu e quem promove o Grito

dos Excluídos?O Grito nasceu de duas fontes distin-

tas, mas, complementares. De um lado, teve origem no Setor Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), como uma forma de dar conti-

nuidade à reflexão da Campanha da Fra-ternidade de 1995, cujo lema – Eras tu, Senhor – abordava o tema Fraternidade e Excluídos.

De outro lado, brotou da necessidade de concretizar os debates da 2ª Semana Social Brasileira, realizada nos anos de 1993 e 1994, com o tema Brasil, alterna-tivas e protagonistas. Ou seja, o Grito é promovido pela Pastoral Social da Igreja Católica, mas, desde o início, conta com numerosos parceiros ligados às demais Igrejas do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), aos movimentos sociais, entidades e organizações.

Nos dois casos, podemos afirmar que a iniciativa não é propriamente criada, mas descoberta, uma vez que os agentes e lideranças apenas abrem um canal para que o Grito sufocado venha a público. A bem dizer o Grito brota do chão e en-contra em seus organizadores suficiente sensibilidade para dar-lhe forma e visibi-lidade.

Por que 7 de setembro?Desde 1995 foi escolhido o dia 7 de

setembro para as manifestações do Grito dos Excluídos. A idéia era aproveitar o Dia da Pátria para mostrar que não basta uma independência politicamente formal. A verdadeira independência passa pela so-berania da nação. Um país soberano cos-

tura laços internacionais e implementa políticas públicas de forma autônoma e livre, não sob o constrangimento da dívi-da externa, por exemplo. Relações eco-nomicamente solidárias e justiça social são dois requisitos indispensáveis para uma verdadeira independência.

Nada melhor que o dia 7 de setem-bro para refletir sobre a soberania na-cional. É esse o eixo central das mobi-lizações em torno do Grito. A proposta é trazer o povo das arquibancadas para a rua. Ao invés de um patriotismo pas-sivo, que se limita a assistir o desfile de armas, soldados e escolares, o Grito propõe um patriotismo ativo, disposto a pôr a nu os problemas do país e debater seriamente seu destino. É um momento oportuno para o exercício da verdadeira cidadania.

Fonte: www.gritodosexcluidos.org

A 16ª edição do Grito dos/as Excluí-dos /as pretende resgatar as condições reais e efetivas da vida. Pretende tam-bém retomar a esperança e a utopia do projeto popular, fundamentado na justi-ça e no direito. Nisto radica-se a mística de todo caminheiro: aquele que tem os pés firmes num chão marcado por so-nhos e contradições, as mãos solidárias para a luta e a construção de caminhos alternativos, e os olhos postos no hori-zonte de uma sociedade renovada, tan-to nas relações pessoais e comunitárias quanto nas relações sociais, políticas, econômicas e ecológicas.

O respeito e a defesa, a conquista, ampliação e universalização dos direi-tos básicos de cada cidadão ou cidadã exigem uma base sólida no sentido de preservar “a vida em primeiro lugar”. É a coluna vertebral do Grito, desde sua primeira edição em 1995. Essa base, por sua vez, requer hoje mudanças urgen-tes e profundas da sociedade. Convém

ter presente, porém, que direitos não se confundem com migalhas e mudança é muito mais que mero ajuste ao mercado mundial ou programas pontuais.

Entre as mudanças, vale destacar uma re-forma agrária e agríco-la que leve em conta o limite da propriedade da terra rural e urbana; melhorias substanciais nos sistemas de saúde, educação e transpor-te público, habitação; uma nova convivência com o planeta terra, preservando as diver-sas formas de vida e um desenvolvimento justo, solidário e sustentável; espaço aberto à comunicação e à participação popular.

Na origem do Grito está também a idéia de soberania nacional e internacio-nal, a qual não exclui relações solidárias

com outros países, especialmente nossos vizinhos latino-americanos, conforme sublinham o Grito Continental, a Rede Jubileu Sul, a Assembléia Popular, entre

outras iniciativas.Direitos, soberania e

relações livres são pres-supostos indispensá-veis para a construção de um projeto popular. Um projeto que leve em conta as necessida-des fundamentais dos setores mais pobres e excluídos da população, fugindo da mera mate-mática do crescimento e do lucro. Somente um povo autônomo

pode estabelecer laços com outros povos igualmente autônomos.

Coordenação Nacionalwww.gritodosexcluidos.org

Dia 07 de setembro, às 15h30, na Praça. Pe. João Marcondes ( Matriz de São José, no centro da cidade de São José

dos Campos – SP, ao lado da Rodo-viária Velha). To-das as Pastorais, movimentos e Espiritualidades estão convida-

dos a participar.Sairemos em caminhada rumo à Ca-

tedral São Dimas, coroando este evento com a Renovação da aliança de Jesus Cristo pela Humanidade, celebrando a Eucaristia (Santa Missa) às 17h30.

Vamos lá! Leve sua família, seu gru-po, seus amigos, sua paróquia. Mar-quemos presença diante da sociedade, como Igreja, para dizermos que quere-mos que todos tenham vida em abun-dância...

Pe. Ronildo

DICAPara a participação efetiva dos ex-cluídos, as manifestações do Grito

devem priorizar a simbologia, a criatividade e a mística. As imagens falam mais que textos e discursos.

A linguagem simbólica deve ser priorizada a linguagem escrita e

discursiva.

1º Grito dos Excluídos na Diocese de São José dos Campos

Foto: Maria Matsutacke

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Para a Igreja, o serviço da caridade “é expressão irrenunciável à sua própria essência”. A Pastoral Social é expressão desta caridade e da solicitude da Igreja com as si-tuações nas quais a vida está ameaçada. Expressão que renova, a cada dia, a lição da Gaudium Et Spes: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles e aquelas que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos e discípulas de Cristo”. Os diferentes serviços das Pastorais Sociais colocam-se na dinâmica do seguimento de Jesus, para que nele os marginalizados, os excluídos - pobres, mulheres, crianças e adolescentes, sem terra, sem casa, os considerados “insignificantes” para o sistema, camponeses, indígenas, afro-descendentes, povos tradicionais, migrantes, itinerantes... - tenham vida e a tenham num ambiente preservado.

Diante de um mundo marcado por profundas desigualdades sociais, a Igreja, segundo sua vocação própria, é chamada a seguir a Jesus, no compromisso de possibilitar que “todos tenham vida e a tenham em abundância”.9 É por este compromisso que a Igreja se faz solidária para com todas as pessoas que sofrem. Neste sentido, a Pastoral Social atualiza, em novos contextos, a solicitude de toda a Igreja para com as questões sociais, concretizando, assim, sua opção preferencial pelos empobrecidos e margina-lizados.10

Quando afirmamos que a Pastoral Social faz opção pelos pobres e marginalizados, precisamos ter clareza de qual pobreza e de qual marginalização estamos falando. Não pode haver dúvidas. Falamos de pessoas que têm rosto, como insistem o bispos latino-americanos e caribenhos em Medellín, Puebla e Aparecida, pessoas que vivem na pobreza real, material, em condição “desumana”, que Medellín qualificou como “antievangélica” e que Puebla retomou, pedindo uma opção preferencial.

Este é um desafio à consciência humana e cristã.* 9 João 10,10. - * 10 Cf. Mt 11,2-6; 25,31-46.

Fonte: A Missão da Pastoral Social – Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da justiça e da Paz – Edições da CNBB – páginas 31

O que é a Pastoral Social?

Pastoral do Menor A Pastoral do Menor é uma das

pastorais sociais pertencentes à Co-missão de Justiças e Paz, instituída no Brasil há mais de 30 anos, inicial-mente, no Estado de São Paulo. Com o objetivo de manter viva a proposta evangélica de acolhida aos pequenos, lema da Campanha da Fraternidade de 1987: “Quem acolhe o menor a Mim acolhe (Mc 9,37)”. Compreendendo o “menor” como aquela criança ou adolescente empobrecido, esqueci-do, rejeitado e excluído dentre todos.Tendo como missão “promoção e de-fesa da vida da criança e adolescentes empobrecidos e em situação de risco, desrespeitados em seus direitos fun-damentais”.

A Pastoral do Menor da Diocese de São José dos Campos, trabalha com apoio técnico de profissionais dos segmentos: jurídico, social e psicológico, contribui-ção voluntária para o atendi-mento das áreas de ação da Pastoral: Crianças e Adoles-centes empobrecidos e em situação de risco, Adolescen-tes autor de ato infracional, Família das Crianças e Ado-lescentes, Políticas públicas de Promoção e Defesa das Crianças e Adolescentes.

Na atualidade a Pastoral do Menor, Pastoral Catequé-tica e Renovação Carismática estão se preparando para ini-ciar em 2010 o Projeto de Evangelização no interior das unidades de internação

Fundação Casa (antiga FEBEM) em São José dos Campos e Jacareí.

Concluindo, queremos afirmar que a Pastoral do Menor não pode se limitar aos aspec-tos meramente humanos e materiais. Ela se inspira e se alimenta no Projeto de Deus. Assim, além da soli-dariedade e fraternidade, desejamos que as crian-ças e adolescentes sejam respeitados como filhos e filhas prediletos de Deus; além da justiça, queremos o amor; além do combate à pobreza, queremos vida digna e plena para cada

menino e menina; além do bem físico, queremos uma mística e uma espiritu-

alidade que levem nossas crianças e adolescentes a uma verdadeira expe-riência de Deus.

“Se você acender uma luz na vidade uma criança, essa criança será

a luz de sua vida” , D. Luciano.Sinta-se convidado a fazer parte

desta pastoral diocesana. Paz e Bem!

Pastoral do Menor Diocese de São José dos Campos

Organismo vinculado da CNBBCoordenadora Lucimar Ponciano Luiz

Tel. (12) 9778.1551 Noite (12) 3952.8409 (Noite)

e-mail: [email protected] Pe. Vitor Mendes

“Quem acolhe o menor é a mim que acolhe”. JESUS CRISTO.

CENPLAFAM

A CENPLAFAM – Confederação Nacional de Planejamento Natural da Família é uma associação civil sem fins lucrativos, com sede em São Pau-lo, fundada no início da década de 80. Sua principal missão é divulgar os Mé-todos Naturais, que como técnica, se constituem o componente essencial do Planejamento da Família. O CEN-PLAFAM foi implantado em São José dos Campos, em 1987, por casais da Paróquia Coração de Jesus (Bosque dos Eucaliptos), que perseveram até hoje em sua missão.

O que é o Cenplafam?A CENPLAFAM – Confederação

Nacional de Planejamento Natural da Família. É um centro dedicado à

educação para o Amor e para a Vida, tendo presente a dignidade da pessoa

humana e princípios de sexualidade humana e

conjugal. Está envolvido na promoção da vida e da família contribuin-do na construção de

uma sociedade sempre mais humana, justa e

harmônica. É um meio de promoção do plane-jamento familiar consciente, através de pesquisa, ensino e orientação, mostran-

do através dos métodos naturais, os indicadores da fertilidade. Utiliza- se de

métodos cientificamente bem estudados e desenvolvidos.

Como faz?Os casais instrutores marcam encon-

tros com o casal interes-sado. Os encontros são previamente agendados e acontecem exclusivamen-te para o casal, respeitan-do assim sua privacidade.

O que faz?Quando o casal opta

por conhecer e usar mé-todos naturais é feito um

acompanhamento para que a mulher possa conhecer bem seu ciclo menstrual. Promove palestras, cursos, orientações e formação de instrutores dos métodos na-

turais indicadores da fertilidade. Equipe Cenplafam:

Se você quer saber mais ou agen-dar uma instrução sobre o Planeja-mento Natural da Família, entre em contato com algum casal da equipe:

Braulino e Vera ........3916 3152Anderson e Cirlene ...3302 6408Tarcisio e Ivete .........3929 5748Antonio e Cristina .....3929 1099Pedro e Luciana ........3917 4712Joaquim e Julia .........3322 5697

O grupo está disponível também para dar palestras, cursos, orienta-ções e formação de instrutores dos métodos naturais indicadores da fer-tilidade.

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Cáritas Diocesana deSão José dos Campos

A Cáritas Diocesana de São José dos Campos, faz parte da Rede Cári-tas Brasileira e Internacional, rede da Igreja Católica de atuação social com-posta por 162 organizações presentes em 200 países e territórios, com sede em Roma. Organismo da CNBB – Con-ferência Nacional dos Bispos do Brasil, que foi criada em 12 de novembro de 1956 e é reconhecida como de utilida-de pública federal.

Há mais de 10 anos, tem exercido sua missão de defender e promover a vida, participando da construção soli-dária de uma sociedade justa e iguali-tária junto às pessoas em situação de exclusão social. Para executar ampla-mente esta missão, a Cáritas desenvol-ve e apóia diversos projetos humanitá-rios revertidos em ações práticas que beneficiam essas pessoas.

A Cáritas Diocesana financia a exe-

cução de Projetos Sociais que são envia-dos pela comunidade. Os projetos são pré-analisados e depois discutidos em reunião, se aprovados há os ajustes téc-nicos e financeiros, para depois haver a divulgação e por fim as de-vidas prestações de conta a entidade.

O projeto mais recen-te aprovado pela Cáritas Diocesana de São José dos Campos, é a Central de Doa-ções que está transforman-do sofás e bancos de carros usados e descartados, em produtos para atender pro-gramas sociais.

A Central de Doações foi criada com a finalidade de favorecer a captação destes materiais que são descartados pela população, muitas vezes em locais inadequados. Es-ses bens são recuperados e ficam em per-feito estado de uso.

Após a reforma, os sofás são doados para famílias carentes ou vítimas de ca-

tástrofes naturais ou vendidos em prol da manutenção do projeto. “Para doação é feita uma triagem nas paróquias, onde as assistentes sociais avaliam a situação das famílias”, explica Daniel de Jesus Via-

na, um dos coordenadores do projeto.

Além da Central recolher o material doado pela popu-lação. A matéria prima (os so-fás) também chegam à Cen-tral de Doações, através dos Pontos de Entrega Voluntária (PEV’s). Uma parceria entre a Urbam (Urbanizadora Mu-nicipal) e a Cáritas Diocesana de São José dos Campos.

Com o material disponibi-lizado mais o apoio da Cáritas

Diocesana, além dos móveis semi-novos, o projeto também dá oportunidade as pessoas que querem aprender o ofício da tapeçaria, querem ter uma profissão.

Segundo Viana, o curso de tapeçaria está funcionando como um projeto-pilo-to, mas a ideia surgiu, pela necessidade

de recuperar estes móveis e ao mes-mo tempo ajudar pessoas a se qua-lificar para o mercado de trabalho. Poderíamos ajudar mais pessoas, não só aquelas que receberiam os sofás reformados, mas também aquelas que aprenderiam a profissão de tapeceiro.

O programa atende as segundas e quartas-feiras os homens, e as terças e quintas-feiras, as mulheres. Em dois horários (manhã e noite),das 8h30m às 11h e das 19h às 21h. Os cursos acontecem na Central de Doações no Parque da Cidade, Av. Olivo Gomes s/nº em Santana.

Além dos sofás e bancos de carros, a Central recebe todo tipo de doação.Desde móveis grandes e pesados, a utensílios de cozinha, eletrodomés-ticos, eletroeletrônicos, roupas, cal-çados. Tudo é muito bem vindo, pois será recuperado e colocado em uso. Para fazer as doações, basta ligar para Central pelo telefone 3911-3225.

Andréia Santos

A Associação Nossa Casa de Aco-lhida é uma ação profissional e evan-gelizadora de nossa diocese que nas-ceu pela vontade Deus com a principal missão, sob a ótica cristã, promover a dignidade das pessoas que vivem com HIV/Aids, bem como dos que delas cuidam.

A entidade atende cerca de 150 fa-mílias, aproximadamente 700 adultos e 40 crianças, que recebem atendi-mento social, psicológico, jurídico e a oportunidade de participar das ofici-nas de artesanato e geração de renda.

Atualmente, a entidade funciona em duas unidades, sendo uma aluga-da e a outra própria que se encontra em processo de ampliação de seu es-paço físico. Esta obra iniciou no dia 8 de fevereiro de 2008, e hoje se encon-tra em fase de acabamento. Busca-mos com esta ampliação a unificação das duas unidades visando melhorar a logística em nossos atendimentos, redução de despesas, o aperfeiçoa-mento dos projetos já existentes e a possibilidade da implantação de no-vos projetos.

Contamos com uma diretoria que

é composta somente por voluntários e presidida pelo padre Raimundo Nonato Viana Sobrinho.

Estamos funcionando de segunda a sexta, das 8 às 17 horas.

Venham nos visitar!

ASSOCIAÇÃO NOSSA CASA DE ACOLHIDAAv. Rui Barbosa, 124 – Centro

São José dos Campos – SPCEP: 12.209-000

Email: [email protected]: www.casadeacolhida.org.br

Escrito por: ALEX PRADOAdministração

[email protected]: 8154-6080

Assossiação Nossa Casa de Acolhida

A 1ª Comissão Sócio Política in-tegra a Pastoral Social e existe desde novembro de 1995 com o objetivo de conscientizar os cristãos, leigos e lei-gas, sobre sua grave responsabilidade de participar, de forma livre e cons-ciente, da vida política do país, tendo em vista a busca do bem comum, vi-sando a construção de uma sociedade justa e solidária, a caminho do Reino de Deus.

É papel desta Comissão: conscien-tizar os cidadãos cristãos sobre o di-reito e dever de usar livremente seu voto para promover o bem comum; estimular as pessoas a conhecerem o verdadeiro conceito de política, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina So-cial da Igreja contribuindo para a evan-gelização; formar consciência crítica; mobilizar o povo na busca de seus di-reitos e deveres; estimular o exercício da cidadania e o surgimento de lide-ranças democráticas, comprometidas com a causa dos excluídos; estimular as ações e condutas éticas em todos os níveis do serviço público e político, combatendo a corrupção; acompa-nhar os trabalhos dos políticos eleitos,

visando manter sua fidelidade à ética e aos compromissos assumidos com o povo; criar comissões regionais e pa-róquias sócio-políticas estimulando a integração dessas comissões com os diversos segmentos organizados da sociedade e favorecer o diálogo entre pessoas que tenham ideologias políti-cas diferentes.

Logo, toda Paróquia pode e deve contar com uma Comissão Sócio Polí-tica que estará ajudando o povo a ter paixão pela vida das pessoas na socie-dade. “Para a igreja, a política parti-dária é o campo próprio dos cristãos leigos (GS 14) onde gozam de legítima autonomia. Compete a eles a obriga-ção da séria participação política até o nível partidário, sabendo que a po-lítica é uma mediação privilegiada da caridade e que a fé cristã valoriza e a tem em alta estima (Puebla 514).

Fonte: Princípios e Orientações da Comissão Sócio Política, 2006.

Maria Cristina de Paula Machado Coordenadora Diocesana da

Comissão Sócio Política.

Comissão Sócio Política

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PASTORAL DA SAÚDE

Comissão Diocesana dePastoral da Saúde

“Aquele que amas está doente”(Jo 11,3)

A Pastoral da Saúde iniciou-se ofi-cialmente na Diocese em 18 de maio de 1987, por Dom Eusébio Oscar Scheid, portanto já com 23 anos de atuação. O primeiro diretor espiri-tual foi Pe. Moacir Silva, hoje nosso bispo.

Pastoral da Saúde é ação orgânica e evange-lizadora de todo o povo de Deus comprometido em promover, preservar, respeitar, defender e ce-lebrar a vida, cuidando dela nos seus mais diversos aspectos e considerando a pessoa nas suas dimensões biofísica, psíquica, social e espiritual, tornando presente no mundo de hoje a missão libertadora e salvífica de Cristo na área da saúde.

Ela atua em cinco dimensões: soli-dária, comunitária, político-institucio-nal; litúrgica e ecumênica (são seus objetivos específicos).

Atualmente na Diocese não tem Pastoral da Saúde apenas em quatro Paróquias.

OBJETIVO GERAL DA PASTORALDA SAÚDE

Evangelizar o mundo da saúde com renovado ardor missio-nário, testemunhando o amor de Deus e reve-lando Jesus Cristo, em comunhão fraterna e espírito ecumênico, na vivência da unidade, e opção preferencial pe-los pobres, enfermos e sofredores, em união

com toda a Igreja, participando da cons-trução de uma sociedade justa e solidá-ria, a serviço da vida em plenitude, sinal do Reino de Deus entre nós.

Maria José de Souza AlmeidaCoord. Diocesana da Pastoral da Saú-

de - Tel: 3922 1768 - Cel: 8149 0889Email: [email protected]

Conselho Nacional doLaicato do Brasil - CNLB

O CNLB reúne, representa e arti-cula o laicato do Brasil com vistas aos seguintes objetivos

I – Ser instância de representativi-dade do laicato do Brasil na Igreja e na sociedade, representando-o junto aos demais organismos da Igreja Católica, de outras igrejas ou tradições religio-sas e da sociedade civil, em nível na-cional e internacional;

II - Articular e organizar o laicato buscando o diálogo e a comunhão com os pastores e ministros da Igreja;

III - Ser espaço de articulação, di-álogo, formação e informação do lai-cato presente nos diversos setores e segmentos da sociedade, a fim de garantir uma atuação mais qualificada nos espaços sociais, políticos, econô-micos e culturais;

IV – Suscitar, desenvolver e apro-fundar no laicato a consciência crítica e criativa de sua identidade, vocação e missão, a fim de que seja presença atuante nos espaços sociais, políticos, econômicos e culturais do país;

V - Promover iniciativas voltadas à formação do laicato para o cumprimento de sua missão no mundo, iluminado pela ética cristã, no respeito à diversidade de dons, carismas e ministérios, à luz da evangélica opção preferencial pelos po-bres, com ênfase na dignificação da pes-soa, na intransigente defesa da vida e da família;

VI – Estimular e promover o protago-nismo do laicato e a sua participação nos processos de planeja-mento, decisão, exe-cução e avaliação da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, fortalecendo a consci-ência de Igreja-Povo de Deus;

VII – Fomentar o diálogo, a comuni-cação e a integração com os outros Or-ganismos da Igreja no Brasil, na busca da comunhão e da unidade na diversidade;

VIII - Ser instância de diálogo, inter-câmbio de experiências e cooperação entre todos os filiados, visando a criar a necessária colaboração mútua em suas ações, com espírito de comunhão, soli-

dariedade e partilha na construção do Reino;

IX - Ser presença e estímulo na ca-minhada ecumênica e no diálogo inter-religioso;

X – Soncretizar e aprofundar os la-ços de solidariedade entre os cristãos

leigos e leigas, buscando facilitar o relacionamen-to, o conhecimento e a confiança recíprocos, o intercâmbio de opiniões e experiências, a supe-ração das divergências, a aceitação e integração das diferenças, com vis-tas ao testemunho de amor, fraternidade e co-

munhão;XI - Participar do debate sobre os

problemas nacionais e globais, incen-tivando seus membros a participarem da elaboração, execução e avaliação de leis e políticas publicas que objetivem a promoção social dos setores excluídos da sociedade, em estreita observância das exigências éticas do Evangelho

Colaboração: Mauro Xavier

Pastoral da CriançaA partilha que salva vidas

Os líderes da Pastoral da Criança de-senvolvem ações de saúde, nutrição, educação, cidadania e espiritualidade de forma ecumênica nas comunidades mais carentes. Essas atividades visam promo-ver o desenvolvimento integral das crian-ças, desde a concepção até os seis anos de idade, e a melhoria da qualidade de vida das famílias.

O líder conhece bem as famílias e as condições em que ela vive, pois atua na sua própria comunidade e, junto com ela, busca maneiras de melhorar a realida-de. Também orienta as famílias sobre os seus direitos e deveres e contribui para prevenir a violência doméstica, levando a mensagem da paz, do amor e da solida-riedade.

As famílias acompanhadas se sentem amparadas e fortalecidas para buscar so-luções para os seus problemas.

Os líderes comunitários, com apoio dos demais voluntários, desenvolvem suas atividades, orientados pelo Guia do Líder da Pastoral da Criança.

Atualmente, a Pastoral da Criança

na Diocese de São José dos Campos acompanha 3.017 crianças menores de 6 anos e 180 gestantes. Contamos com o trabalho de 360 líderes capaci-tados e 273 pessoas no apoio. Porém, acompanhamos apenas 17% das crian-ças pobres da Diocese. Precisamos ajudar as 83% de crianças que estão excluídas. Venha partilhar e salvar vi-das conosco.

Coordenadora Diocesana da Pastoral da CriançaDiocese de São José dos CamposElisa F. Matias

Escola de Políticae Cidadania

A Escola de Política e Cidadania da Diocese de São José dos Campos foi criada com o objetivo de educar para a prática política e cidadã à luz do Evangelho, evangelizar com fun-damentos da Doutrina Social da Igre-ja, ser sinal do Reino de Deus entre outros objetivos.

Queremos convidá-los para par-ticipar dessa luta e juntos caminhar-mos como Igreja Missionária.

As aulas são mensais no Seminá-rio Diocesano. Inicio agosto de 2010.

Paulo PeneluppiTesoureiro AESI

Informações: (12) [email protected]

www.escoladepolitica.org.br

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Pastoral da Sobriedade

A Pastoral da Sobriedade tem a missão de evangelizar quem se perdeu no mundo das drogas e sua família. Usando os 12 passos para o cristão e os 12 passos do amor exigente, tentamos mostrar que Jesus é o único caminho para a restau-ração do dependente químico.

Robson/ Sobriedade

Campanha Nacional contra a Vio-lência e o Extermínio de Jovens

O que é a Campanha? É uma ação articu-

lada de diversas organi-zações para levar a toda sociedade o debate so-bre as diversas formas de violência contra a ju-ventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acon-tecendo no Brasil. Com isso, a Campanha ob-jetiva avançar na cons-cientização e desenca-dear ações que possam mudar essa realidade de morte.

Quem a promove?As Pastorais da Juventude do Bra-

sil (Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil, Pastoral da Ju-ventude do Meio Popular e Pastoral da

Juventude Rural). Com o objetivo de

unir forças na defesa da vida da juventude, vá-rias outras organizações estão se juntando como parceiras da Campanha. No Seminário Nacional de preparação da Campa-nha, realizado em maio de 2009, várias organiza-ções estiveram presen-tes.

Daniel Luiz - GT de For-mação e

Comissão diocesanawww.pjsjc.com.br

Pastoral da Juventude

No Documento n° 75 da CNBB, a PASCOM encontra sua definição, de forma clara, objetiva e sintética. O Do-cumento diz que a Pastoral da Comu-nicação “é a pastoral do ser/estar em comunhão/comuni-dade. É a pastoral da acolhida, da par-ticipação, das inter-relações humanas, da organização soli-dária e do planeja-mento democrático do uso dos recursos e instrumentos da comunicação. Não é uma pastoral a mais, mas aquela que integra todas as demais pastorais”.

O Documento situa a posição da PASCOM no conjunto das demais pas-

torais da Igreja e explicita: “A PASCOM perpassa, pela própria razão de ser, as ações das demais pastorais, animan-do-as e colocando-se a serviço, tendo como referencial programático a Pas-

toral de Conjunto”. Na Diocese de São

José dos Campos está integrada à Comissão Diocesana para Cultura, Educação e Comunicação Social, que “é responsável por fazer a ponte entre as atividades da Igreja e os ‘mundos’ da cultura, das comunicações sociais, da educação, da universi-

dade e do ensino religioso.” (DCIS, n. 183). O Assessor Diocesano é Padre Edinei Evaldo Batista e a coordenadora diocesana é Ana Lúcia Zombardi.

O QUE É A PASCOM

BAILE DAS CEBs

VISITA DE SUA BEATITUDE, GREGORIO III

O momento de confraternização e descontração no Baile das CEBs, realizado no dia 30/07/10, no clube Nova Era, em São José dos Campos, foi brilhante. Um encontro, onde pessoas e famílias de nossa Diocese esbanjaram alegria, demonstrando que o nosso povo sabe trabalhar e se divertir em comunidade.

Foi emocionante saber que alguns que lá estavam, haviam ido de ônibus urbano (circular), sem saber se conseguiria uma carona para voltar, mas a vontade e a garra dessas pessoas foram maiores do que as dificuldades.

Aconteceram também vários sorteios de brindes doados por participantes das re-giões pastorais, e o micro system, adquirido pela Comissão Diocesana das CEBs, saiu para Tânia Mara da Paróquia Coração Eucarístico de Jesus.

Aprendemos que o cristão tem que rezar, trabalhar, celebrar e confraternizar, sen-do luz por onde passa e dando seu testemunho de vida.

Silvia Macedo - Representante da Diocese de São José dos Camposna Colegiada Estadual das CEBs

No dia 10 de agosto de 2010 - O Patriarca Gregório III celebrou a Divina Liturgia na Igreja Melquita de Sant’Ana em Taubaté-SP, e fez a cerimônia da dedicação do novo altar e do iconostácio. Concelebraram com o Patriarca: o Arcebispo Melquita do Brasil, Dom Farès Maakaroun, o Arcebispo Emérito de Taubaté, Dom Antonio, o Arquimandri-ta Antoine Dib, Chanceler Patriarcal, o pároco, Pe. Dimitrios, o Pe. Marcos, da Catedral de Taubaté, e o Frei José Moacyr Cadenassi, franciscano capuchinho.

Maria MatsutackeEquipe de comunicação das CEBs

ACONTECEU

Fotos: José Hamilton

Fotos: Maria Matsutacke

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CEBs - Informação e Formação para animadores 15

FESTA NAS COLINAS 2010Mais uma vez, aconteceu este momento festivo, promovido por nossa Diocese. Apesar do frio intenso, os participantes o superaram com muito calor afetivo, desde o início

até o encerramento com o show do Flavinho.Neste ambiente bom, como não poderia deixar de ser, a solidariedade e a fraternidade afloraram percebidas nos semblantes alegres, nas mãos que se estenderam para o

acolhimento, no serviço e atendimento nas diversas barraquinhas devidamente organizadas.Nossa barraca também se fez presente, multicolorida, com suas colchas de retalhos, que muito chamaram atenção. Estivemos envolvidos na coleta de assinaturas para a

Superação da Miséria e da Fome no mundo organizado pela ONU, e no Brasil assumido pelo CONSEA, divulgação através da CNBB e CRB.Distribuímos o nosso In-Formativo-Trem das CEBs e divulgamos o Grito dos Excluídos, que este ano será em nossa diocese no dia 07/09, a partir das 16h, iniciando com

uma caminhada da Matriz de São José até a Catedral e encerrando com a celebração Eucarística presidida por Dom Moacir. Todos estão convidados!Cumprimos nossa missão de, neste dia, mostrar o que fazemos e contribuir para a divulgação dos valores do Reino, assim como tantos outros que lá estiveram. A Festa nas

Colinas, como sempre, é um importante espaço de congraçamento de todos os diocesanos e é uma rica oportunidade de praticarmos nosso gesto concreto na manutenção de nossos seminários.

Queremos também registrar a presença de padres, diáconos, seminaristas, religiosas e religiosos e do nosso pastor Dom Moacir que permaneceu na festa desde o mo-mento da abertura, com o seu jeito simples e acolhedor visitando e cativando a todos.

Valeu !!! Foi muito bom por tudo o que lá aconteceu.Parabéns a todos os que contribuíram e organizaram a Festa nas Colinas.

Luiz Marinho - Equipe de Comunicação Diocesana das CEBs

Fotos: Bernadete Mota

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Sugestões, críticas, artigos, envie para Bernadete.Av. Ouro Fino, 1.840 - Bosque dos Eucalíptos CEP 12.233-401 - S. J. Campos - SP

E-mail do informativo: [email protected] Esperamos seu contato!

Fale com a Redação...

Expediente: Publicação Mensal das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos – Diretor: Dom Moacir Silva – Diretor Técnico: Pe.Ronildo Aparecido da Rosa - Jornalista Responsável: Ana Lúcia Zombardi - Mtb 28496 – Equipe de Comunicação: Coordenador: Luis Mario Marinho - Integrantes: Celso Corrêa e Maria Aparecida Matsutacke - Colaboradora: Madalena das Graças Mota - Diagramação: Maria Bernadete de Paula Mota Oliveira - Correção: Sandra Memari Trava - Revisão: Pe. Ronildo - Arte Final, Editoração e Impressão: Katú Editora Gráfica - Tiragem: 6.200 Exemplares

MÍDIAS SOCIAIS

No dia 19 de agosto na Catedral São Dimas aconteceu a Missa de mandato dos Ministérios de Leitores e Acólitos aosCandidatos ao Diaconado Permanente presidida por Dom Moacir e concelebrada por vários padres da diocese.

A Pastoral Catequética e Crisma Diocesana, juntamente com a Comissão em Defesa da Vida da Diocese de São José Campos (SP),realizou no domingo, 22 de agosto, o evento “Juntos pela Vida”, em celebração ao dia do catequista, defendendo a vida e a família.

ACONTECEU

BOLO MINEIRO

INGREDIENTESIngredientes:2 ½ xícara. (chá) de farinha de milho 1 xícara. (chá) de água 1 colher (café) de sal 3 xícara (chá) de açúcar 7 xícara (chá) de leite 4 colher (sopa) de margarina

MODO DE FAZERNuma tigela, misture a farinha de milho a água e o sal. Deixe descansar até ficar bem úmido. À parte, coloque o açúcar e o leite no fogo; quando levantar fer-vura, acrescente a farinha de milho e cozinhe em fogo baixo, até desprender do fundo da panela. Retire do fogo e acrescente a margarina. Asse em forno médio pré aquecido por 40 minutos.

Cozinha Brasil SESI

Tempo de preparo: 1hValor calórico da porção: 260,62 KcalDica: Energia a baixo custo.Rendimento: 16 porções

Mãos na Massa!

Fotos: Bernadete Mota

Fotos: Bernadete Mota

Baixe as músicas do subsídio das CEBs e aprenda a cantar os cantos dos encontros.

Siga nos no Twitter:https://twitter.com/tremdascebs

http://tremdascebs.blogspot.com/

http://www.youtube.com/user/bernadetecebsAssista aos videos dos principais acontecimentos das CEBs, dos encontros de comunidades nas paróquias, das Regiões Pastorais...

Novos Vídeos no Canal da CEBs• Juntos pela vida: Pastoral Catequética e Crisma

• A Missa / Ministérios de Leitores e Acólitos aos candidatos ao diaconado.