Equações de Autovalor. Observáveis

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  • 8/18/2019 Equações de Autovalor. Observáveis.

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    Aula 09Solução da equação de autovalor 

    •   Na aula passada mostramos que a equação de autovalor,  A|ψi =  λ|ψi,   poderia

    ser re-escrita com aux́ılio de uma base completa, {|uii},   com dimensão finita  N 

    (para facilitar), desde que respeitassehui|uji =  δ ij  → ortonormalidade

    PN i   |uiihui| = 11 →  completeza.

    Primeiro, projetamos a equação em |uii,   isto é:   hui|A|ψi =  λhui|ψi.  Depois,

    usamos o operador unidade para obter:

    hui|A11|ψi=

    N Xjhui|A|uji | {z } huj |ψi | {z } =λ hui|ψi | {z } ⇒

    N XjAij−λδ ijcj = 0.

    Aij   cj   ci z }| { 

    equação linear e homogênea

    •  O sistema de equações acima tem uma solução trivial. Qual? Que tal,  cj = 0  ∀  j.

    Qual é a condição para uma solução não trivial? ⇒  det

    A − λI 

     = 0,   onde  A  é

    uma matriz cujo elemento é  Aij .  Essa é a  equa瘠ao caracterı́stica  do sistema.

    Esse determinante é uma equação de ordem  N   em  λ.  Consequentemente, possui

    N   ráızes

    (reais ou complexas

    iguais ou distintas⇒   Seria a equação caracterı́stica independente

    da representação escolhida? No próximo slide mostraremos que sim.

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    Aula 09Solução da equação de autovalor 

    •  Digamos que para resolver a equação de autovalor,  A|ψi = λ|ψi,   tivéssemos

    escolhido outra base completa,  {|tki},  com mesma dimensão finita  N,   mas

    respeitandohtk|t`i = δ k` → ortonormalidade

    PN `  |t`iht`| = 11 → completeza.

    ⇒  Seguindo os passos que

    executamos para a base  {|uii},   teŕıamos:   nova equa瘠ao caracterı́stica 

    N X`

    htk|A|t`i

     | {z } ht`|ψi

     | {z } =λ htk|ψi

     | {z } ⇒

    N Xj

    A

    (t)k` −λδ k`

    c(t)`

      = 0 ⇒ z }| { 

    detA(t) − λI 

     = 0

    A(t)k`   c

    (t)`

      c(t)k

     z }| { equação linear e homogênea na nova base

    Colocamos o super-escrito (t) para lembrar que todos os elementos estão escritos

    em uma nova base. Nesse ponto ainda não sabemos se o conjunto de  λ0s

    continuará o mesmo. Para continuar, lembre que sabemos mudar de base.

    htk|A|t`i = Xijhtk|uiihui|A|ujihuj |t`i → A

    (t) = S †AS   com  S †S  = I 

    Assim a nova equação caracteŕıstica, detA(t) − λI 

     = 0 poderia ser escrita por

    detS †AS −λS †S 

    = 0 ⇒ det

    S †(A−λI )S 

    = 0 ⇒ detS † det

    A−λI 

    detS = 0, ou

    ainda, detS †S 

    det[A−λI 

    = 0→det[A−λI 

    = 0  a equa瘠ao de  {|uii}.

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    Aula 09Solução da equação de autovalor 

    •   Consequência importante: As raı́zes   λ0s   independem da escolha da representa瘠ao.

    Estas ráızes, os   λ0s,  são os autovalores do operador  A.

    •   Determinação dos autovetores.

    Seja  λ0  um autovalor de  A. Vamos achar o(s) autovetor(es) correspondente(s).

    Trataremos separadamente o caso de um autovalor não-degenerado (raiz simples)

    e o caso degenerado (múltiplas ráızes iguais).

    ◦   Caso (1).   λ   é uma raiz simples da equa瘠ao caracteŕıstica.  Chame-a de  λ0.

    Graças a imposição da equação caracterı́stica, o sistemaN 

    XjAij−λ0δ ijc(λ0)j   = 0

    é linearmente dependente

    (Quantas variáveis desconhecidas? N  → c

    (λ0)j   j = 1, N ;

    Quantas equações linearmente independentes? N −1.

    Colocamos um sobrescrito (λ0) nos  c(λ0)j   para lembrar o vetor que eles dizem

    respeito é o autovetor cujo autovalor é  λ0.  Como temos apenas  N  − 1 equações

    linearmente independentes, podemos solucionar esse sistema e obter N −1 dos  c0j

    em função do  N ́ezimo  coeficiente (escolha arbitrária). O  N ́ezimo  coeficiente será

    escolhido pela condição de normalização. Vamos escolher  N ́ezimo = 1 e realizar

    uma troca de variáveis  c0j   =  α0jc

    01  com  α

    01  = 1 (N −1 incógnitas).

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    produz  N   equações, pois  i = 1, ..., N.

    Com essa escolha, teremos o autoket  |ψ0(c01)i =

    X

    j

    c0j |uji  que pode se reescrito

    por:   |ψ0(c01)i =

    X

    j

    c01α0j |uji =  c

    01

    X

    j

    α0j |uji =  c01|ψ0i  com |ψ0i =

    X

    j

    α0j |uji.

    ◦   Note que a arbitrariedade, até então, de escolha do  c01   faz todos os  |ψ0(c01)i

    colineares (eles diferem entre si por uma constante multiplicativa). Ao forçar

    hψ(c01)|ψ0(c01)i = 1,   acha-se  |c

    01|  e esta arbitrariedade se reduz à uma fase.

    ◦  Para achar os  α0j   faça uso da equação de autovalores do slide anterior usando

    os  α0j ,   isto é:N X

    j

    Aij−λ0δ ij

    c(λ0)j   = 0 ⇒

    N X

    j

    Aij−λ0δ ij

    α0jc

    (λ0)0   = 0,

    que pode ser reescrita porN X

    j=2

    Aij−λ0δ ij

    α0j=−

    Ai1−λ0δ i1

    α01,  um sistema de

    N −1 equações L.I., não-homogêneas (uma delas é ignorada, pois é combinação

    linear das outras) com  N −1 incógnitas (lembre que  α01  = 1).  Realize os passos

    usuais (álgebra linear) para resolver esse sistema e encontre  α0j   ( j  = 2, ...N ).

    Esse procedimento pode ser aplicado para 

    todos os autovalores n˜ ao-degenerados.

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    tem componente |u2i mas n˜ ao |u1i

    tem componente |u1i mas n˜ ao |u2i

    |ψ01i   e |ψ0

    2i   n˜ ao colineares 

    componente |u1i presente e |u2i ausente 

    componente |u1i ausente e |u2i presente 

    ◦   Caso (2).   λ   é uma raiz m  ́ultipla de ordem  2 da equação caracteŕıstica.

    Chame-a, novamente, de  λ0.  Estudaremos só o caso onde  A  é Hermiteano.

    No caso anterior, o caso não-degenerado, foi possı́vel obter uma solução não

    trivial, impondo dependência linear entre as  N   equações. Isso resultou em

    um sistema de  N −1 equações linearmente independentes. Na situação com

    um autovalor  λ0  bi-degenerado, é posśıvel mostrar que neste caso teŕıamos

    N −2 equações linearmente independentes.

    Isso permite que os  c0j  sejam escritos em termos de dois deles, por exemplo,

    c0

    1  e  c0

    2.  Uma troca de variáveis agora seria  c0

    j=β 0

    j c0

    1 + γ 0

    j c0

    2,   com  β 0

    1=γ 0

    2=1e  β 02=γ 

    0

    1=0.  As variáveis  β 0

    j   e  γ 0

    j  podem ser encontradas da seguinte forma:

    Suponha

    (c02 = 0 e ache  β 

    0

    j  → (N −2)β 0s,   pois  β 01  = 1 e  β 

    0

    2  = 0

    c01 = 0 e ache  γ 

    0

    j  → (N −2)γ 0s,   pois  γ 01  = 0 e  γ 

    02  = 1

    Todos os autovetores associados com  λ0  tomam a forma:

    |ψ(c0

    1, c0

    2)i =Xj

    c0

    j |uji =Xj

    β 0

    j c0

    1|uji +Xj

    γ 0

    j c0

    2|uji  que pode ser reescrito

    |ψ(c01, c0

    2)i=c0

    1

    Xj

    β 0j |uji+c0

    2

    Xj

    γ 0j |uji=c0

    1|ψ0

    1i+c02|ψ

    0

    2i

    |ψ(c01, c0

    2)i ⇒ constitui um espaço vetorial bi-dimensional.

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    •   Quando  A  é Hermiteano, e se a multiplicidade da raiz  λ0   for  q,   existem   N −q 

    equações linearmente independentes e  q  vetores L.I. com autovalor  λ0.

    •  Assim, para um operador  A,  Hermiteano, caso a dimensão do espaço seja  N,   é

    possı́vel afirmar que existem  N  autovetores linearmente independentes.•  Para operadores não Hermiteanos, isso pode não ser verdade (A  pode até não

    ser diagonalizável).

    Observáveis.

    Algumas propriedades dos autovetores e autovalores de operadores Hermiteanos:

    •  Os autovalores de um operador Hermiteano são reais.

    hψ|A|ψi =  λhψ|ψi ⇒ hψ|A|ψi =  hψ|A†|ψi =  hψ|A|ψi? ⇒  ∴   hψ|A|ψi  é real.

    Como hψ|ψi  também é real, concluı́mos que  λ  é real.

    implicações

    (A|ψi =  λ|ψi ⇒ hψ|A† = hψ|λ?

    mas, como  A† = A  e  λ? = λ=⇒   temos   ∴   hψ|A =  hψ|λ

    Conclusão:

    (se   |ψi   é autoket de  A  com autovalor  λ,   ent˜ ao  hψ|   é autobra de  A

    com o mesmo autovalor.

    Note que  ∀ |ϕi ∈ E ,   temos  hψ|A|ϕi =  λhψ|ϕi ⇒ será útil!

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    ortogonais 

    •   Os autovetores de um operador Hermiteano, correspondendo a 2 autovalores

    diferentes, são ortogonais.

    Suponha

    A|ψi =  λ|ψi

    A|ϕi =  µ|ϕi→ do que aprendemos até agora, podemos escrever:

    hϕ|A|ψi =  λhϕ|ψi =  µhϕ|ψi =⇒ (λ − µ)hϕ|ψi = 0 =⇒ Se  λ 6= µ, z }| { 

    hϕ|ψi = 0 .

    •   Preparativos para uma defini瘠ao matem´ atica de uma observ´ avel.

    Quando E   tem dimensão finita, vimos que é sempre possı́vel formar uma base

    com autovetores de um operador Hermiteano. Considere agora uma base dedimensão infinita, porém discreta.

    Seja  gn, o grau de degenerescência de um autovalor an  ⇒ A|ψini =  an|ψ

    ini.

    Isto implica que  i = 1, ...gn  e que para  i 6= i0,   |ψini  e  |ψ

    i0

    n i  são L.I.

    Já mostramos que vetores de  E n  (com autovalor  an) são ortogonais aos de  E n0

    (com autovalor  an0),   pois  an 6= an0  =⇒ hψin|ψjn0i = 0 se  n 6= n0

    .  Como são L.I.,dentro do subespaço E n,  podemos sempre escolher  |ψ

    ini,  tais que  hψ

    in|ψ

    jni =δ ij .

    O operador Hermiteano  A  é uma observável se:∞Xn=1

    gnXi=1

    |ψinihψin| = 11.

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    Aula 09Observáveis 

    omentarios 

    •   Uma vez que  hψin|ψjni =δ ij,  podemos definir  P n  =

    gnX

    i=1

    |ψinihψin|.  Compare

    isso com

    ∞X

    n=1

    gnX

    i=1

    |ψinihψin| = 11 e conclua que

    ∞X

    n=1

    P n  = 11.

    •   Note também que  AP n  = anP n,  pois todos os kets que compõem  P n   tem o

    mesmo autovalor.

    •   Finalmente, aplique as duas observações acima em

    A|ϕi =  A11|ϕi =  A∞X

    n=1

    P n|ϕi =∞X

    n=1

    AP n|ϕi =∞X

    n=1

    anP n|ϕi = ∞X

    n=1

    anP n|ϕi

    Como isso vale  ∀|ϕi ⇒ A  =∞X

    n=1

    anP n.

    •   Vamos aplicar essa definição em  |ψini  para ver se está coerente.

    A|ψini =∞X

    n0=1

    an0P n0 |ψini =

    ∞X

    n0=1

    an0δ nn0 |ψini =  an|ψ

    ini,   onde usamos

    P n0 |ψini =

    gn0X

    i0=1

    |ψi0

    n0ihψi0

    n0 |ψini =

    gn0X

    i0=1

    |ψi0

    n0iδ nn0δ ii0   = δ nn0 |ψini

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    Aula 09Mais sobre operador unidade 

    •   Alguns operadores Hermiteanos tem espectro cont́ınuo e discreto misturados.

    Neste caso

    A|ψini =  an|ψ

    ini,   com  n = 1, 2,...  e  i = 1,...,gn

    A|ψν i =  a(ν )|ψν i,   com  ν 1 ≤ ν  ≤ ν 2

    Estes kets são

    obtidos de tal forma que

    hψin|ψi0

    n0i =  δ nn0δ ii0

    hψν |ψν 0i =  δ (ν  − ν 0)

    hψin|ψν 0i = 0

    e a relação de completeza

    Xn=1

    gn

    Xi=1

    |ψinihψin| + Z 

      ν 2

    ν 1

    dν   |ψν ihψν | = 11 garante que se trata de uma observável.

    •   Se levássemos em conta o spin da partı́cula, a parte cont́ınua também poderia

    adquirir uma degenerescência discreta.

    •  Exemplo: considere o projetor  P ψ  = |ψihψ|,   será uma observável?

    Já sabemos que é Hermiteano,  P †ψ  = P ψ  e que seus autovalores são 1 ou 0, isto é

    o operador  P ψ

    autovalor = 1 ⇒  |ϕi =  |ψi

    autovalor = 0 ⇒ ∀|ϕi,   tal que  hψ|ϕi

    ◦   Um ket qualquer |ϕi sempre pode ser escrito na forma:

    |ϕi =P ψ|ϕi+(1−P ψ)|ϕi.

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    Aula 09Exemplo (continuação) e Observáveis que comutam 

    o su espaço e auto ets com autova or   a

    ◦   Note também que  P ψ|ϕi  é um autoket de  P ψ  com autovalor 1,   pois

    P ψ(P ψ|ϕi) = P 2

    ψ|ϕi =  P ψ|ϕi

    ◦   E que (1 − P ψ)|ϕi  é um autoket de  P ψ  com autovalor 0,   pois

    (1 − P ψ)(P ψ|ϕi) = (P ψ − P 2

    ψ)|ϕi = (P ψ − P ψ)|ϕi = 0|ϕi

    ◦   Como ∀ |ϕi ∈ E  pode ser escrito em termos de  P ψ|ϕi  e (1 − P ψ)|ϕi,   podemos

    concluir que eles formam uma base e   ∴   P ψ   é uma observável.

    •   Conjunto de observáveis que comutam.

    Nosso livro texto trata esse assunto de maneira formal com aux́ılio de teoremas.

    Teorema I:(

    Se dois operadores  A  e  B  comutam, e se  |ψi  é um autovetor de  A,

    B|ψi  também é um autovetor de  A  com o mesmo autovalor.

    Demonstração:

    Se  |ψi  é autovetor de  A =⇒ A|ψi =  a|ψi.  Aplique  B  dos dois lados desta

    equação e obtenha  BA|ψi =  aB |ψi.  Como [A,B] = 0 ⇒  AB |ψi =  aB |ψi  e

    conclua:  B|ψi  também é autoket de  A  com o mesmo autovalor  a.Coment´ arios 

    (1) Se  a  não é degenerado, todos os autokets associados à ele são colineares,

    ∴   B|ψi ∝ |ψi.

    (2) Se  a   for degenerado,  B|ψi  é uma combinação de autovetores de  E a.

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    Aula 09Observáveis que Comutam 

    Coment´ arios    continuação :

    (3) O subespaço E a   é dito globalmente invariante sob a ação de  B.

    (4) Note que qualquer combinação de kets do subespaço E a   é um autoestado de

    A  com auto valor  a.  Isso indica que uma determinada combinação poderáser autoestado de  A  e  B   simultaneamente.

    (5) Podeŕıamos ter tratado esse último item como um Teorema I’:

    Se dois operadores  A  e  B  comutam, qualquer subespaço de  A   é globalmente 

    invariante sob a a瘠ao de  B.

    Teorema II:

    Se duas observáveis  A  e  B  comutam, e se  |ψ1i  e  |ψ2i  são dois

    autovetores de  A  com autovalores diferentes, o elemento de matriz

    hψ1|B|ψ2i  é zero.

    Demonstração:

    Se  |ψ1i e  |ψ2i  são dois autovetores de  A ⇒A|ψ1i =  a1|ψ1i

    A|ψ2i =  a2|ψ2i

    e z }| { 

    hψ1|ψ2i = 0

    De acordo com o teorema I,  B|ψ2i  é autovetor de  A  com autovalor  a2  e isso

    garante que  |ψ1i ⊥ |ψ2i,   pois  a1 6= a2.   ∴   hψ1|B|ψ2i = 0.

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    Aula 09Observáveis que Comutam 

    Demonstração (continuação):

    Uma outra forma de provar o teorema seria:

    Primeiro considere que  hψ1|[A,B]|ψ2i = 0, uma vez que eles comutam, [A,B] = 0.

    Note

    hψ1|AB|ψ2i =  a1hψ1|B|ψ2i

    hψ1|BA|ψ2i =  a2hψ1|B|ψ2i

    ⇒ hψ1|[A,B]|ψ2i = (a1 − a2)hψ1|B|ψ2i = 0

    e como o produto precisa ser zero e um dos fatores não é (a1 6= a2),   conclua que

    hψ1|B|ψ2i = 0 se

    A|ψ1i =  a1|ψ1i

    A|ψ2i =  a2|ψ2i

    com  a1  6= a2

    Conclusão importante:

    Se a representa瘠ao matricial da observ´ avel  A  for diagonal, a representa瘠ao de  B

    nesta mesma base ser´ a no mı́nimo bloco-diagonal, onde os blocos ser˜ ao os 

    subespaços de autovalores degenerados de  A.