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Estruturas e Controles Organizacionais Nova estrutura da Microsoft A Microsoft tem 257 mil dólares de renda por empregado contra média de 17 mil do índice da bolsa Standard and Poors, eles estão reconstruindo a firma, mudando sua liderança e suas disposições estruturais. Steve Ballmer ass
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Estruturas e Controles Organizacionais
Gisele Dos Santos Ferreira
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Curso in Company – Unibanco/Itaú Especialização em Gestão Empresarial – TURMA I (1/3)
Disciplina: Estratégia Empresarial
Professora: Gisele Di Dio
Nova estrutura da Microsoft
A Microsoft tem 257 mil dólares de renda por empregado contra média
de 17 mil do índice da bolsa Standard and Poors, eles estão reconstruindo a
firma, mudando sua liderança e suas disposições estruturais. Steve Ballmer
assume o cargo de CEO no lugar de Gates.
A Microsoft pretende deixar fazer o que as pessoas querem, onde
quiserem e como quiserem. Ela dividirá sua estrutura em seis diferentes
divisões, não ligadas ao tipo de tecnologia em comum, mas sim ligadas ao tipo
de cliente que as utilizam.
A tomada de decisão deixará de ser feita pelo presidente, cada divisão
terá autonomia para tomar tais decisões estratégicas, fazendo que o sistema
de implementação de idéias seja muito mais rápido e menos burocrático,
aumentando assim o fluxo e aproveitamento das idéias implementadas.
Desta maneira eles pretendem maximizar seu tempo e reter capital
intelectual, já que há fuga de recursos pessoais quando suas idéias não são
ouvidas.
Essa mudança se consolida a partir do momento em que a presidência
for abrindo mão de seu poder no longo prazo, o problema da descentralização
do poder é que as diferentes divisões podem optar por estratégias conflitantes.
A estrutura organizacional influencia no trabalho administrativo e as
decisões tomadas pelos gerentes de alto nível.
Os competidores globais mais produtivos são aqueles que possuem
diferentes habilidades de inovação de produto e estrutura organizacional que
facilite a capacidade interna e das competências essenciais.
No cenário atual competitivo para que uma empresa obtenha uma
vantagem sustentável ela tem que integrar estrutura e estratégia.
Escolher uma estrutura e controle organizacional de maneira eficiente é
um desafio fundamental para os gerentes. As firmas devem ser flexíveis,
inovadoras, criativas a fim de explorar suas competências essenciais.
Estabilidade na estrutura também é determinante no processo para que
as tarefas sejam concluídas de forma eficiente.
Estrutura organizacional é a configuração do papel formal,
procedimentos, mecanismos de direção e controle de processos de autoridade
e tomada de decisão de uma empresa.
A estrutura reflete aquilo que a firma faz e como realiza, de acordo com
suas escolhas estratégicas.
A competitividade estratégica de dá quando há congruência com sua
estratégia formulada e estrutura.
Estrutura Simples
O proprietário ou gerente toma todas as decisões importantes
diretamente e monitora todas as atividades. Ela é utilizada em empresas com
uma única linha de produtos, em um único mercado geográfico. É uma
estrutura com pouca especialização de tarefas, poucas regras e formalização
limitada.
Novos produtos são facilmente introduzidos no mercado, e gera
vantagem competitiva, apresenta ampla abertura à inovação, flexibilidade
estrutura e rápida resposta ao meio ambiente.
No entanto o crescimento destas empresas devido o sucesso de sua
estrutura e estratégia, pode aumentar demandas e sua estrutura simples acaba
perdendo sua eficácia. Quando a estrutura simples não comporta mais a
estratégia, é necessário implementar estruturas funcionais ou multidivisionais.
Estruturas simples para implementar estratégias focalizadas
Quando a firma se concentra em atender as necessidades únicas de
uma pequena parte da indústria independente da estratégia que utilize a
estrutura simples é a mais indicada.
Porém quando há uma crescente receita de vendas devido o sucesso é
necessário que os gerentes identifiquem o momento oportuno pra a alteração
da estrutura.
Estrutura Funcional
Consiste em um CEO e um staff corporativo limitado com gerentes
funcionais de linha em áreas operacionais predominantes como produção, mkt
e etc. Esta estrutura tem especialização funcional facilitando o
compartilhamento de conhecimentos e de idéias.
A tarefa do CEO é integrar decisões e ações em beneficio da
corporação, a estrutura funcional facilita o desenvolvimento profissional e
carreira em áreas especializadas.
Uma conseqüência negativa é de se focar somente em questões locais
em detrimento as questões globais.
Para implementar a estrutura funcional na estratégia de liderança em
custo é necessário especialização, centralização e formalização.
Especialização consiste em dividir o trabalho da empresa em
subgrupos, cuja a base seja áreas funcionais, produtos ou clientes.
Centralização é o grau de autoridade para tomar decisões é retido nos
níveis mais altos da corporação.
Formalização, ou seja, padronização é o grau em que as regras e os
procedimentos regem as atividades nas organizações.
O foco é reduzir drasticamente os custos através da especialização e
padronização.
Na estrutura funcional pode ser utilizada aliada a uma estratégia de
diferenciação, no caso desta estratégia é necessário alterar a centralização da
tomada de decisão, deverá haver consenso na decisão entre CEO e gerente de
divisão, por tal motivo a descentralização é necessária.
As funções de MKT para a estratégia de diferenciação é fundamental,
pois é este setor que comunica o perfil da empresa e adaptação de novos
produtos com o perfil dos consumidores.
Já na estratégia integrada de liderança em custo e diferenciação, para
que seja implementada de forma bem sucedida é necessário dar prioridade a
engenharia de processos, pois é ela que é responsável por criar a
diferenciação para o cliente. Neste caso a estrutura funcional deve ser
complementada por uma coordenação horizontal com equipes transfuncionais
e forte cultura organizacional.
Estrutura Multidivisionais
Esta estrutura proporciona o controle necessário para lidar de maneira
eficiente com níveis adicionais de diversificação.
Ela é composta de divisões operacionais cada uma representando um
negócio no qual a maior autoridade corporativa delega responsabilidade pelas
operações diárias e pela estratégia as unidades de negócios e para os
gerentes da divisão.
Essa estrutura é usada nas corporações onde se compete nas
economias globais
Os gerentes de nível corporativo recorrem ao controle para obter um
entendimento operacional das estratégias e avaliação do conjunto de ações
estratégicas.
Controle Estratégico
São utilizados critérios longo prazo e estrategicamente relevantes pelos
gerentes de nível corporativo para avaliar o desempenho dos gerentes de
divisão e negócios.
Eles exigem elevados níveis de diversidade cognitiva, essa diversidade
captura diferenças entre relações de causa e efeito entre as preferências dos
gerentes de alto nível.
Controle Financeiro
A capacidade de controle financeiro tem de adicionar valor aos
esforços de implementação da estratégia.
Ela acarreta critérios objetivos, por exemplo, retorno dos investimentos
(ROI) são avaliados o resultados de cada divisão independentes das demais
divisões.
Quando as empresa crescem e diversificam seus produtos ou
mercados é necessário abandonar a estrutura simples e funcional para
implementar a Forma M, multidivisional.
Há três tipos de forma M a cooperativa, UEN- unidade estratégica de
negócio e a competitiva.
Cooperativa
Nesta estrutura M há cooperação e integração entre as divisões da
firma, é enfatizado os vínculos e relações horizontais.
Para facilitar a cooperação algumas funções organizacionais são
centralizadas com RH e MKT.
Além dos vínculos podem nascer outros através de projetos onde
recursos de várias divisões se encontram.
Pode surgir a organização matricial, quando há uma estrutura dupla
que combina tanto a especialização funcional com a especialização do produto
ou projeto comercial.
O lado negativo desta estrutura é que pode implicar na perda de
autonomia administrativa, os gerentes da divisão podem não querer se
comprometer prontamente com a integração.
UEN- unidade estratégica de negócio
Esta estrutura consiste em pelo menos três níveis, sendo o nível
máximo a sede corporativa seguindo os grupos UEN’s e as divisões de nível
final agrupadas por relatividade ( produto ou mercado geográfico).
Cada UEN é um centro de lucro e não são relacionadas entre si, elas
são controladas pelo escritório central.
A estratégia vem da própria UEN, as grandes empresas utilizam esta
estrutura, pois ele garante autonomia fazendo com que as decisões
estratégicas sejam tomadas de forma rápida com é o caso da Microsoft
Competitiva
Ela é utilizada para implementar a estratégia que não é relacionada
com a diversificação. Sua característica é a ênfase na competição das diversas
divisões para o capital corporativo
Nesta estrutura é estabelecido alvos de retorno e é monitorado o
desempenho de cada divisão.
Resumindo, a forma cooperativa é mais centralizada, tem critérios
subjetivos de avaliação e a compensação é global, sua estrutura é mais
custosa.
A UEN é parcialmente centralizada, integração moderada, tem critérios
tanto objetivos e subjetivos e a compensação é ligada a UEN.
Na competitiva é descentralizada, integração inexistente, a avaliação é
feita através de indicadores de desempenho e a compensação é divisional.
Efeito da estrutura sobre a estratégia
A forma M tem potencial de influenciar a estratégia de diversificação da
firma, pois encoraja os gerentes a correr atrás de melhores oportunidades de
negócios através de alocação de recursos que podem resultar e maiores
retornos, porém a demasiada diversificação pode causar ineficiência por falta
de focalização.
Estrutura de área geográfica internacional: na estratégia
multidomestica - é quando as decisões estratégicas e operacionais são
descentralizadas para a s UEN em cada país de acordo com os mercados
locais, a dificuldade está em identificar quais os lugares que se transformarão
em mercados locais, optando por esta estratégia multidomestica a organização
foge da competitividade global.
Não é necessário integrar divisões para implementá-la e requer pouca
coordenação a desvantagem é que se perde a eficiência global.
Estrutura de área geográfica internacional: na estratégia Global – é
quando produtos padronizados são oferecidos para o mercado domestico e
para o mercado internacional.
A estrutura divisional internacional de produtos é uma forma na qual a
autoridade para a tomada de decisão está na sede da divisão internacional
para coordenar e integrar decisões do grupo. Essa integração é possível
através de contatos mútuos e foco nas interações pessoais.
Entre as desvantagens da estratégia global é a dificuldade de
coordenação das decisões e incapacidade de agir rapidamente as
necessidades do mercado.
Estrutura Combinatória: na estratégia transnacional – é mesclar a
responsabilidade nas tomadas de decisões no mercado domestico focando a
eficiência global.
Ela combina focalização de área domestica com o produto da
estratégia global.
Para se alcançar sucesso competitivo é necessário criar redes
estratégicas, a firma centro estratégica é crucial para administração das redes