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FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORESEM AVIAÇÃO CIVIL – FENTAC/CUT

Av. Franklin Roosevelt, 194/702 - Cep 20021-120 - Rio de Janeiro - RJFone: (21) 2232.9385 - [email protected]

FILIADA À CNTT/CUT E À ITF

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Edição, projeto gráfico e revisão:

Virya Comunicaçãowww.virya.net

Fone: (11) 4062-9991 / (21) 4062.9991 / (51) 4062.9991E-mail: [email protected]

Ilustrações: Sylvio Ayala

Tiragem: 16 mil exemplaresMaterial finalizado em maio de 2009

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Índice

O acidente de trabalho e as doenças ocupacionaisA emissão da CATA prevenção de acidentes e as CIPAsOs benefícios previdenciáriosNTEP – Nexo Técnico Epidemiológico PrevidenciárioFAP - Fator Acidentário de PrevençãoFP – Fator Previdenciário PPP – Perfil Profissiográfico PrevidenciárioProjeto Vida VivaUm pacto pela inclusão de pessoas com deficiênciaÓrgãos federais em defesa dos direitos do trabalhador

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Sindicatos filiados à Fentac/CUT

Sindicato dos Aeroviários de GuarulhosRua Santo Antônio, 10 - Guarulhos - SP - Cep 07110-150 - Fone: (11) 6408.3039e-mail: [email protected] - site: www.sindigru.com.br

Sindicato dos Aeroviários de PernambucoRua Cruzeiro do Forte, 640 - Recife - PE - Cep 51030-620 - Fone: (81) 3341.4745e-mail: [email protected]

Sindicato dos Aeroviários de Porto AlegreR. Augusto Severo, 82 - Porto Alegre - RS - Cep 90240-480 - Fone: (51) 3343.4302e-mail: [email protected] - site: www.aeroviarios.org.br

Sindicato Nacional dos AeronautasAv. Franklin Roosevelt, 194 - salas 802 a 805 - Centro - Rio de Janeiro - RJ Cep 20021-120 - Fone: (21) 2532.1163e-mail: [email protected] - site: www.aeronautas.org.br

Sindicato Nacional dos AeroportuáriosAv. Antônio Souza, 18 - Guarulhos - SP - Cep 07013-090 - Fone: (11) 6440.6622e-mail: [email protected] - site: www.sina.org.br

Sindicato Nacional dos AeroviáriosAv. Churchill, 97 - 4º andar - Rio de Janeiro - RJ - Cep 20020-050Fone: (21) 2220.2016e-mail: [email protected] - site: www.sna.org.br

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Apresentação

Esta cartilha, publicada pela Fentac/CUT, é fruto das discussões dos trabalhadores do setor aéreo e dos sindicatos a ela filiados em prol da Saúde do trabalhador. Sua criação foi defendida pelo Seminário “Desenrolando o NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário”, realizado pela Federação, em parceria com o INST/CUT e o sindicato alemão DGB, em novembro de 2008.

Ela tem o objetivo de informar aeroviários, aeronautas e aeroportuários, de forma objetiva e sucinta, sobre alguns dos principais temas debatidos pelos coletivos de Saúde das entidades em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Alguns desses assuntos são complexos, outros pontuais, outros polêmicos, mas no geral eles são difíceis de serem pensados conjuntamente e é essa a idéia central desta cartilha. Ou seja, auxiliar o trabalhador do setor aéreo a entender quais os mecanismos que tem a sua disposição na preservação de sua vida e de sua saúde.

Boa leitura!

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O acidente de trabalho e as doenças ocupacionais

É considerado acidente de trabalho todo acidente capaz de provocar lesão corporal ou perturbação funcional, perda ou redução da capacidade laboral, ou morte da vítima. Ele é chamado acidente-tipo quando ocorre durante o período em que o trabalhador está a serviço da empresa (dentro ou fora de sua sede). E denominado acidente de trajeto quando acontece no deslocamento do trabalhador para o local de trabalho, ou vice-versa, ou ainda nos horários das refeições durante a jornada.

Doenças ocupacionais são aquelas doenças que acometem o trabalhador devido à sua exposição cotidiana a agentes nocivos de qualquer natureza presentes no ambiente de trabalho. Um exemplo dessas doenças são as chamadas LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho), que são geradas por movimentos repetitivos. As condições dos locais de trabalho também causam propensão a doenças, como as respiratórias adquiridas por mineradores como resultado de sua atuação em lavras subterrâneas.

Tanto os acidentes quanto as doenças relacionadas ao trabalho (chamados de agravo) devem ser confirmados pela perícia médica do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), para garantir os benefícios previdenciários. Se negados, os trabalhadores têm o direito de recorrer administrativamente e/ou na Justiça.

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A emissão da CAT

Quando reconhecido o agravo, o trabalhador terá direito aos benefícios do INSS durante sua recuperação, ou em função de uma situação de incapacidade.

Para que isso aconteça, a empresa tem a obrigação de emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e enviá-la ao INSS. O documento deve informar detalhadamente o acidente e ser encaminhado até o primeiro dia útil seguinte à ocorrência e, em caso de morte, de imediato. O acidentado, ou dependente, e o Sindicato também devem receber uma cópia da CAT.

Se a empresa não comunicar o acidente, o acidentado (seus dependentes, o Sindicato, ou o médico que o atendeu) podem fazê-lo. Nesse caso, o INSS deve comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e cobrança de multa contra a empresa.

No caso de doença ocupacional, considera-se como dia do acidente a data do início da incapacidade laboral, do afastamento, ou do diagnóstico.

A prevenção de acidentes e as CIPAs

É obrigação da empresa adotar medidas coletivas e individuais de prevenção, proteção e segurança da saúde do trabalhador. Assim como prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da função exercida por seus funcionários.

Se a empresa for negligente e deixar de cumprir normas de segurança e higiene do trabalho incorrerá em crime, punível com multa. O pagamento 10

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das prestações do INSS, por parte da empresa, não exclui suas responsabilidades. Também é obrigação da empresa constituir Comissão Interna de Prevenção

de Acidentes (CIPA). Instituída por lei, em 1977, e regulamentada pelo NR-5, a CIPA é uma comissão composta por representantes da empresa e dos trabalhadores e tem como missão a preservação da saúde e da integridade física no local de trabalho. Seu processo eleitoral deve ser transparente. Todo o trabalhador tem o direito de votar e ser votado, e os participantes eleitos tem estabilidade no emprego garantida por lei, inclusive os suplentes. Os sindicatos devem fiscalizar o processo eleitoral e apoiar os trabalhos das CIPAs nas empresas.

Além da CIPA, as empresas tem que constituir um Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, equipamento de proteção individual (EPI)adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, assim como fiscalizar sua utilização.

Os benefícios previdenciários

Auxílio-doença previdenciário: concedido ao segurado impedido de trabalhar, por doença comum, por mais de 15 dias.

Auxílio-doença acidentário: concedido ao segurado impedido de trabalhar, por acidente de trabalho, por mais de 15 dias.

Para receber o auxílio-doença previdenciário é exigido um mínimo de doze meses de contribuição, exceto em algumas doenças específicas. Para a concessão de ambos

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benefícios, é necessária a comprovação da incapacidade junto à perícia médica. O trabalhador que receber o auxílio é obrigado a realizar exames periódicos e participar de programa de reabilitação. O benefício, com algumas exceções, não cobre doenças pré-existentes à filiação à Previdência, e deve ser requerido nas agências da Previdência Social. Se for negado, o trabalhador pode recorrer administrativamente e/ou na Justiça.

Auxílio-acidente: indenização paga pelo INSS no dia seguinte ao término do auxílio-doença acidentário somente ao segurado reabilitado (que terá de exercer seu trabalho em outra função) e que pode ser acumulada com outros benefícios, exceto aposentadoria. Corresponde a 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente.

NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

O NTEP foi criado para combater e reduzir a subnotificação de doenças e acidentes de trabalho. Em vigor desde abril de 2007, ele faz com que o INSS utilize nas perícias uma lista que relaciona as profissões às doenças de maior

incidência em cada atividade. Como resultado, a doença é classificada automaticamente como ocupacional.

• O afastamento por motivo de acidente de trabalho conta como tempo de serviço para efeito de indenização e estabilidade e não pode ser computado como falta. • Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o período do benefício. • O segurado que sofreu acidente de trabalho tem, no mínimo, doze meses de estabilidade, contados a partir do fim do auxílio-doença acidentário.

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A norma ajuda a reconhecer os direitos e a proteger a saúde dos trabalhadores, uma vez que o reconhecimento de agravos relacionados ao trabalho obriga as empresas a cumprir com mais rigor os programas de proteção à saúde no trabalho.

As notificações de doenças ocupacionais aumentaram mais de 130% após o NTEP entrar em vigor, o que revela a importância da medida em defesa da saúde e dos direitos dos trabalhadores.

Quando a doença é classificada como decorrente do trabalho, o empregador fica obrigado ao recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e a estabilidade fica garantida ao trabalhador afastado.

As empresas preferem a classificação da doença como comum. Para omitir os casos, elas não emitem a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Para se ter uma idéia, em 2007, cerca de 140 mil CATs deixaram de ser emitidas, o que representa mais de 20% dos casos verificados.

Antes do NTEP, o trabalhador tinha de constituir provas para obter os benefícios. Agora, o processo se dá automaticamente, e é a empresa que deve provar que o agravo não foi causado por ela, caso deseje contestar o nexo.

O NTEP é, inegavelmente, um grande avanço. Contudo, ainda há doenças que precisam ser acrescentadas ao projeto para aprimorá-lo, e outras lutas também importantes. Isto porque, além de fraudes a favor das empresas, a falta de respeito e ética de muitos médicos peritos que atendem os trabalhadores no INSS leva pessoas incapacitadas e doentes a retornar ao trabalho, ou perder o emprego. Outro desafio é a impugnação de contestações do nexo por parte das empresas. Ela deve ser feita pelo trabalhador em até quinze dias. Caso o benefício seja negado, o trabalhador tem ainda o direito de restabelecê-lo judicialmente.

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FAP - Fator Acidentário de Prevenção

Para ampliar os efeitos do NTEP, a Previdência instituiu o FAP, que passa a valer em 2010. O objetivo da medida é premiar empresas que investirem em

segurança e diminuirem o número de ocorrências de acidentes de trabalho, com a redução do Seguro Acidente de Trabalho (SAT) pago por elas.

Atualmente, o critério da alíquota da contribuição é setorial. Ela varia de 1% a 3% do faturamento, de acordo com o grau de risco do setor de atividade. Com o FAP, se o índice for alto, as alíquotas dobrarão. E as empresas que adotarem práticas para reduzir as ocorrências terão alíquotas reduzidas pela metade.14

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O FAP foi aprovado pelo Conselho Nacional de Previdência Social, em 2004, e sua aplicação estava prevista para este ano, mas foi adiada a pedido das empresas.

A expectativa é de que, quando em vigor, o FAP gere redução do ritmo de trabalho, troca de maquinário, mudanças operacionais e outras transformações.

FP - Fator Previdenciário

Os sindicatos cutistas do setor aéreo, juntamente com as demais entidades representativas de trabalhadores do país, apoiam o projeto de lei 3.229/2008, de autoria do senador Paulo Paim, que extingue o Fator Previdenciário. O FP é um redutor do valor dos benefícios, que se baseia na idade do trabalhador ao se aposentar e na sua expectativa de sobrevida (do IBGE) no momento da aposentadoria.

Pela proposta do senador Paim, o cálculo da aposentadoria voltaria a ser realizado de acordo com a média dos últimos 36 salários de contribuição ao INSS. Os sindicatos discordam do PL apenas neste ponto e defendem um período de contribuição maior para a realização do cálculo do benefício, a fim de evitar fraudes e injustiças contra o trabalhador.

Os sindicatos lutam ainda por garantias à plena proteção social ao trabalhador, e são contrários à estipulação de idade mínima para a aposentadoria e qualquer proposta que diminua os benefícios previdenciários. Dentre as alternativas defendidas estão a não aplicação do FP para quem atingir na soma da idade com o tempo de contribuição 95 anos (homens), ou 85 anos (mulheres). 15

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PPP - Perfil Profissiográfico Previdenciário

O PPP é um documento oficial, exigido de todos os segurados do INSS, independentemente do ramo de atividade da empresa e da exposição a agentes nocivos. Nele devem constar todas as informações relativas ao empregado, de forma individualizada, como atividade, agentes nocivos ao qual está exposto, exames médicos clínicos, dados da empresa e do ambiente de trabalho. Ele é fundamental para o encaminhamento da aposentadoria e para a garantia da aposentadoria especial.

Para aeronautas e aeroviários, o PPP figura como um dos itens da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A cláusula garante aos trabalhadores que o documento, quando solicitado, seja fornecido pela empresa em até dez dias. O direito foi conquistado através de negociação dos sindicatos com as empresas. Em caso de desligamento, a empresa é obrigada a fornecer uma cópia autêntica do PPP ao trabalhador, e sofre multa se omiti-lo. O trabalhador que solicitá-lo deve fazê-lo formalmente, coletando a assinatura da empresa em seu pedido.

Projeto Vida Viva

“O desejo pela saúde é o mais antigo dos desejos. Apesar disso, desde a revolução industrial, há cerca de 300 anos, milhões de trabalhadores

comprometem sua saúde e, às vezes, sua vida para atender às demandas do Capital”. Com base nesta afirmação, o projeto Vida Viva vem atuando, há 16

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anos, junto aos sindicatos de trabalhadores, pela promoção da saúde e qualidade de vida no trabalho. A troca de informações sobre riscos, doenças ocupacionais, assédio moral, sobrecarga de trabalho e outros temas tem qualificado os trabalhadores para que vivam seu período produtivo com dignidade, visando a manutenção da vida e a saúde integral. Trabalhadores conscientes e informados passam a reivindicar mudanças nas condições e rotinas de trabalho, e suas demandas são apoiadas pelos sindicatos, que as defendem junto às empresas.

O projeto orienta a construção de ações coletivas e oficinas de capacitação, formação de monitores e sindicalistas, a partir do fortalecimento da organização dos trabalhadores no local de trabalho, incluindo as CIPAs. Os sindicatos do setor aéreo participam do projeto, que se estrutura em rede. De âmbito internacional, o Vida Viva foi fundado em cooperação com o TIE (Transnationals Information Exchange) e hoje atua em parceria com a CIDA (Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional), Steelworkers (Sindicato Nacional dos Metalúrgicos do Canadá) e CEP (Sindicato dos Trabalhadores de Comunicações, Papel e Energia do Canadá). Mais informações no site www.projetovidaviva.com.

Um pacto pela inclusão de pessoas com deficiência

A Fentac/CUT e os sindicatos cutistas do setor aéreo participaram, em setembro de 2008, na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) de São Paulo, da assinatura do Pacto Coletivo para Inclusão de Pessoas com Deficiência. O documento promove a inclusão de trabalhadores com

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deficiência no mercado de trabalho, foi assinado pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e pode ser assinado pelas companhias do setor com matriz em São Paulo. A Gol foi a primeira a formalizá-lo. Ele cumpre o artigo 93 da lei 8.213/91.

A cláusula conquistada pelos Sindicatos, na CCT, que instituiu a criação de uma comissão paritária para tratar das questões relativas aos portadores de deficiência, construiu o caminho que levou à assinatura do Pacto. Os trabalhadores portadores de deficiência gerada a partir de acidente de trabalho não podem ser incluidos na cota da empresa onde o acidente ocorreu.

Órgãos federais em defesa dos direitos do trabalhador

Cabe aos sindicatos, em caso de descumprimento dos direitos trabalhistas, denunciar as irregularidades e ingressar com ações em defesa de suas categorias. E o Ministério Público, o Ministério Público do Trabalho, e as superintendências regionais do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTEs) têm tido um papel fundamental nesses casos. Dentre as ações, destacam-se a atuação dos órgãos nas negociações da campanha salarial, na força-tarefa para verificação de irregularidades nas empresas do setor aéreo, nos processos de recuperação judicial das companhias do setor, envolvendo demissões em massa e não pagamento das verbas rescisórias, e nos processos de intervenção dos institutos de previdência Aerus e Aeros. Há ainda outros órgãos federais importantes na defesa das questões

relacionadas ao Trabalho, como o Fundacentro e o Ministério da Saúde.18

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