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NOVA VOLUME, PROFISSIONAIS CAPACITADOS E PESO DO NOME ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS CONSIDERADAS NA HORA DE DECIDIR PELO MODELO DE NEGÓCIO EM MEDICINA DIAGNÓSTICA Gustavo Campana - sócio-diretor da Formato Clínico Paulo Bonadio - fundador e diretor-executivo do Grupo Infinita Luiz Gastão Rosenfeld - diretor de Relações Institucionais da Dasa Luis Roberto Natel - diretor de Medicina Diagnóstica e Preventiva do Albert Einstein O VALOR DA MARCA

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Revista para o setor da saude

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NOVA

VOLUME, PROFISSIONAIS CAPACITADOS E PESO DO NOME ESTÃO ENTRE AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS CONSIDERADAS NA HORA DE DECIDIR PELO MODELO DE NEGÓCIO EM MEDICINA DIAGNÓSTICA

Gustavo Campana - sócio-diretor da Formato Clínico

Paulo Bonadio - fundador e diretor-executivo do Grupo Infinita

Luiz Gastão Rosenfeld - diretor de Relações Institucionais da Dasa

Luis Roberto Natel - diretor de Medicina Diagnóstica e Preventiva do Albert Einstein

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novembro de 2012 • FH 205

Conexão saúde web

Pensadoresantoine Geissbuhler, presidente da associação Internacional de Informática Médica (IMIa), discute o acesso à informação de saúde

IT MÍdIa debaTe os dilemas do crescimento no mercado de medicina diagnóstica

PonTo de VIsTaCabeças disputadas: os gestores respondem se o mercado de trabalho está propício para os cargos de liderança

enTre eLossanta Casa de são Paulo, Logimed e Hospital Geral de Guarulhos trabalham para a economia e melhoria dos processos logísticos

MUndo aForaamiran Jacob Gafni, economista da saúde, aborda os modelos de relação entre médico e o paciente. saúde CorPoraTIVaa importância do programa de benefícios de medicamentos nas empresas

saúde bUsIness sCHooLMobilidade nos Hospitais e Cloud Computing

oPeradoraConheça a Fundação Cesp, que oferece plano de saúde e previdência aosfuncionários e, hoje, é o maior fundo de pensão brasileiro com r$ 20 milhões

IndúsTrIaas soluções verdes para os hospitais

TeCnoLoGIaComo o combate as informações dos silos pode ajudar no cuidado ao paciente

na baGaGeMCom daniela Pontes, do Hospital Moinhos de Vento

LIVros

VITrIne

PaPo aberToobjetivos em comum

HosPITaLJoão octaviano neto, da

aaCd, conta sobre a nova fase da entidade

PersonaLIdadesotto Philipp braun repre-

senta a 6a geração da famí-lia no comando da gigante

alemã b. braun

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4 NOVEMBRO 2012 REVISTAFH.COM.BR

Maria Carolina BuritiEditora da revista FH

RELAÇÕESSUSTENTÁVEIS

Na última FH do ano, pelo menos com essa “carinha” de FH, trazemos um debate sobre o que realmente faz o setor: as relações. Sustentáveis, questionáveis ou tantas vezes inspiradoras, são elas que impulsionam a Saúde ao desenvolvimento. Essa é a proposta do “Entre Elos”, seção que tem o objetivo de trazer iniciativas envolven-do os elos do setor. Inauguramos o espaço na última revista e nas próximas páginas você vai ler mais uma iniciativa, na Santa Casa de São Paulo. Enfatizo que o nosso objetivo é divulgar essas práticas, mas depen-demos das empresas (os elos) para tornar isso possível. Portanto, não tenham medo de divulgar, conhecer ou se inspirar em um projeto que deu certo e só contribui mais para esse relacionamento. E o tipo de relacionamento que você tem com seu mé-dico também é pauta desta edição. Entrevistamos um economista de Saúde, que aborda as relações entre o paciente e o médico. O diálogo entre ambos e a forma que essa relação se dá é fator-chave para o sucesso do tratamento. Mas será que estamos preparados? Mes-mo com a enxurrada de informações, a intensificação do acesso a elas e a educação da população, ainda há uma relação paternalista, principalmente no caso de doenças graves. Ainda sobre sustentabilidade das relações, trazemos

uma reportagem sobre as soluções sustentáveis que a indústria oferece hoje para as instituições hospitala-res. Tema que tem sido abordado, cada vez mais, nas páginas da FH, queremos, por meio de informações, ajudar o setor a entender o seu papel no universo da sustentabilidade e na adoção de melhores práticas, coisas que vão muito além das obrigações regulatórias. Também trazemos a cobertura do IT Debate, uma ini-ciativa que começamos este ano e pretendemos in-tensificar no próximo. Neste mês, o tema discutido foi medicina diagnóstica, em que abordamos as principais dificuldades deste mercado. Player essencial no setor de saúde, esse elo tem crescido e mudado nos últimos tempos. O cenário engloba fusões e aquisições, mas ao mesmo tempo, se mostra muito pulverizado. No debate, questões como terceirização, verticalização e falta de mão de obra qualificada vieram à tona. Explicando a “última FH do ano”, no mês de dezembro, vocês receberão o Referências da Saúde, um estudo realizado pela IT Mídia em parceria com a PWC. O con-teúdo da publicação será inteiramente dedicado aos resultados do estudo em 2012 e aos cases na área de medicina diagnóstica, operadora, hospital e homecare.

Boa leitura!

Foto: Bruno Cavini

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NOVEMBRO 2012 REVISTAFH.COM.BR

CERTIFICAÇÃO

O Hospital Santa Joana, de Recife, obteve acreditação Internacional da Joint Comis-sion International (JCI), a primeira da região Norte e Nordeste do País. A instituição elegeu dois pilares rumo ao reconhecimen-to: a segurança do paciente e a qualidade do atendimento hospitalar. Atualmente, apenas 22 hospitais do Brasil possuem a JCI.

TECNOLOGIA

Vendas online de medicamentos se consolidam como mais um canal de negócio, estabelecendo o tripé: vendas pessoais, telemarketing e e-commerce. O comércio online de medicamentos representa, em média, 20% do negócio das distribuidoras, mas a tendência mostra que essa fatia está aumentando.

Eduardo Noronha é nomeado COO da QualicorpA Qualicorp contratou Eduardo Noronha para o recém-criado cargo de Executivo Chefe de Operações (COO, sigla em inglês para o termo Chief Operating Officer). Recentemente, a companhia anunciou a saída de Heráclito de Brito Gomes, dire-tor - presidente, por “razões estritamente pessoais” e o fundador José Seripieri Filho, por enquanto, permanece no lugar.

Valdesir Galvan é novo superin-tendente do Graacc O executivo deixou a diretoria do Hospital São Camilo para assumir o cargo de superintendente administra-tivo financeiro no Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer (Graacc ). Sérgio Petrilli continua na superintendência geral da instituição.

VAIe

Vem

CUrTAs

A ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos,

Produtos e Suprimentos Médico--Hospitalares) está processando a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por demora para aprovar a en-

trada de novos produtos e equipamentos médicos no mercado brasileiro. Segundo

a associação, que representa 60% do setor, os pedidos de registro de novos

produtos estão represados na agência, sem resposta, desde

maio de 2010.

REGULAÇÃO

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), após análises

técnicas, aprovou a transferência do controle societário das operadoras

de planos de saúde controladas pela Amil Participações S/A para

a operadora norte-americana UnitedHealthcare.

Você sabia? Toda vez que você ver estes íconespode acessar nosso portal e consultar fotos, vídeos e podcasts

www.saudeweb.com.br

Raquel Sabatini assumeTI do Hospital PaulistaA executiva já atuou no Hospital Infantil Sabará e conta com mais de dez anos de experiência no setor de saúde . Na nova casa, a missão será consolidar o de-partamento de TI, de forma que a área sirva de apoio e suporte para os demais gestores.

A InterSystems Corporation, multinacional de software para saúde, e a eHealth Technologies, empresa de soluções de imagem para registros eletrônicos de saú-de, anunciaram parceria para prover acesso rápido a imagens para diagnósticos como raios-–X, tomografias, ressonâncias magnéticas e ultrassons. Com a solução, as imagens externas, que levariam horas ou dias para ficarem prontas, serão entregues junto com os resultados.

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* Pesquisa realizada pela operadora Omint com uma amostra formada por 15 mil profissionais entre média gerência e o alto escalão de grandes companhias com atuação no País.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou a alienação compulsória da carteira de bene-ficiários das seguintes operadoras: Toledo e Lins, Pulmonar Clínica de Pneumologia e Ci-rurgia Toráxica, Conmed Saúde e Assistência Integrada, Unimed Valença, Clínica de Assis-tência Médica Permanente, Odmed Serviços Odontológicos e Santa Casa de Misericórdia Sr. dos Passos de Ubatuba.

números

Ministério quer economizar

R$ 940 milhões por ano

O ministro da Saúde assinou acordos para a formalização de 20 novas Parcerias de Desen-volvimento Produtivo (PDPs) para a produção nacional de medicamentos e vacinas. Com as parcerias, a expectativa é que o ministério tenha uma economia de aproximadamente R$ 940 milhões por ano – 40% do que o governo federal atualmente gasta com a compra dos 21 produtos contemplados pelas PDPs assinadas hoje.

10%Certificações ONA crescem

em três meses

De agosto até o início de outubro, 34 processos foram homologados, entre novas certifica-ções e recertificações de serviços de saúde em todo o País

Quatorze é a quantidade dos hospitais estaduais informatizados em Santa Catarina pela Micro-med Sistemas, sediada em Joinville. Desde que venceu a licitação da Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), em 2009, a empresa de solu-ções faz a integração de diferentes processos da gestão, desde o desempenho de profissionais e equipamentos, a consumo de materiais hospita-lares e administrativos, além de todo o processo assistencial ao público.

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Dor crônica nas costas

10 doenças mais comuns no mundo corporativo

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Rinite Alergia de pele

Dor no pescoço/ ombros Excesso de peso

Dor de cabeça frequente Ansiedade

Asma ou bronquite Insônia

Colesterol alto

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SAÚDE CORPORATIVAAlberto OgataGuloseimas no caixa do supermercado: um fator de risco para doenças crônicas Especialista em qualidade de vida fala sobre intervenções efetivas para a mudança de hábitos. “Isso vai exigir a superação de algumas barreiras, inclusive econômicas, filosóficas e políticas”

POLO DE SAÚDE CONECTADAEmpresas do pólo de tecnologia do SEBRAE MGA saúde do colaborador além da visão de benefício saúdePost fala sobre as propostas de reajustes de operadoras de saúde ou corretoras para as empresas; e por que isso ocorre

TECNOLOGIA & FARMAEric Vinicius Neves Parcerias estratégicas no mercado farma são ainda mais vitaisExecutivo traça diretrizes para fechar negócios que agreguem valor e ajudem na evolução tanto de fornecedores como dos processos produtivos.

POLÍTICAS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIARoberto LatiniMe desculpe, mas e daí...?Advogado considera incongruente medida da Anvisa, que cria uma fila paralela para atender empresas com liminares para a auditoria da Certificação de Boas Práticas de Fabricação no exterior

BLoGs Leia e discuta com nossos colaboradores os assuntos mais quentes do mês:www.saudeweb.com.br/blogs

A INFORMAÇÃO É O INÍCIO DA MUDANÇA. E A REVISTA FH LEVA A SEUS LEITORES A REALIDADE DA SAÚDE NO BRASIL

E NO MUNDO, NOS FAZENDO VISLUMBRAR DESAFIOS E OPORTUNIDADES NO SEGMENTO. POR MEIO DE SUAS

MATÉRIAS E ARTIGOS, NÓS, EMPREENDEDORES, ALÉM DE OUTROS PROFISSIONAIS DA ÁREA, PODEMOS TRANSFORMAR

INFORMAÇÃO EM ATITUDE PARA UM PAÍS MAIS SAUDÁVEL.

Roberto Ribeiro da Cruz, CEO da Pixeon Medical Systems

A INFORMAÇÃO É O INÍCIO DA MUDANÇA. E A REVISTA FH

eU LeIo A FH

mULTImÍDIA

COMO O EINSTEN E A DASA LIDAM COM A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA? O radiologista é um dos profissionais mais em falta na área de medicina diagnóstica. Veja como as instituições resolvem esse gargalo

Veja na Saúde TV: http://migre.me/bGr9H

MOMENTOS DO IT MÍDIA DEBATE SOBRE MEDICINA DIAGNÓSTICA Líderes de instituições como Dasa, Formato Clínico, Einstein e Grupo Infinita, juntamente com plateia, discutiram os modelos de medici-na diagnóstica presentes no mercado. Confira os destaques!

Veja na Saúde TV: http://migre.me/bGruE

NOVA REVISTA FH!Depoimento da equipe IT Mídia sobre a nova FH, reformulada para o leitor ficar mais próxi-mo do setor de saúde e aprimore, ainda mais, seu conhecimento em gestão

Veja na Saúde TV: http://migre.me/bGrPo

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Thaia duó | [email protected]

QuesTão de

Para o presidente da iMia, antoine Geissbuhler, a confiança é uma questão-chave Para a suPeração dos obstáculos de acesso à informação em saúde. assim, a informática médica Pode ajudar a melhorar a eficiência, qualidade e seGurança dos sistemas do setor

conFiançaconFiançaa informática na saúde no século 21 será tão essencial quanto o estetoscópio no século 19. atraído por este pensamento, antoine Geissbuhler mergulhou no tema ti em saúde e hoje acredita que a tecnologia tem impacto transformador no setor. o executivo é presidente da associação internacional de informática médica (imia, da sigla em inglês) e professor do departamento de tecnologia do hospital universitário de Genebra, na suíça.o suíço, nascido e criado naquela cidade, onde atualmente vive, pas-sou cinco anos de sua vida nos estados unidos para se aprimorar no desenvolvimento de sistemas e soluções tecnológicas para a saúde mundial. um de seus projetos inclui a telemedicina em diversas regi-ões da áfrica. Geissbuhler conversou com a fh sobre esta experiên-cia e o cenário mundial da saúde. veja os principais trechos a seguir.

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Revista FH: Em sua visão, como está a saúde global e como a infor-mática médica pode ajudá-la a se transformar para melhor?Antoine Geissbuhler: os siste-mas de saúde estão enfrentando grandes dificuldades em todo o mundo por causa do financia-mento insustentável ou em razão do acesso desigual aos cuidados de saúde. Assim, a informática médica pode ajudar a melhorar a eficiência, a qualidade e a segurança dos sis-temas de saúde, fornecendo ferra-mentas capazes de aprimorar a cir-culação da informação, tornando-a disponível onde e quando for ne-cessário, além de fornecer conhe-cimento adequado para ajudar os profissionais a tomarem melhores

QuemPresidente da Associação Internacio-nal de Informática Médica (IMIA, da sigla em inglês) O que faz• Professor de Informática Médica da Universidade de Medicina de Genebra, na Suiça, onde é presidente do depar-tamento de Radiologia e Informática Médica. Também é diretor do Serviço de TI em saúde dos hospitais universi-tários da região • Autor de mais de 50 publicações científicas em revistas e jornais especializados, sua pesquisa atual concentra-se no desenvolvimento de sistemas de informação baseados em computador para melhorar a quali-dade e eficiência dos processos de atendimento • Coordenador do projeto de Telemedi-cina na África • Participou do desenvolvimento de sistemas de informação clínica e de gestão do conhecimento na Vanderbilt University Medical Center

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ConForMe a InForMÁTICa eM saÚde auMenTa a dIsponIBILIdade e TransparÊnCIa das InForMaÇÕes, a ConFIanÇa Torna-se uMa QuesTão-CHaVe para a superaÇão dos oBsTÁCuLos de aCesso. o CIdadão TeM de ConFIar nos proFIssIonaIs de saÚde e GoVernos, assIM CoMo os proFIssIonaIs de saÚde TeM de ConFIar uns nos ouTros. as InsTITuIÇÕes TaMBÉM preCIsaM IMpLanTar FerraMenTas para auMenTar a ConFIaBILIdade das InForMaÇÕes de saÚde

decisões, principalmente em questões clí-nicas e gerenciais. o advento da conecti-vidade móvel acessível está ampliando o papel das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e também permitindo que outros interessados participem mais ativamente, incluindo doentes e cidadãos.

FH: Mas como enfrentar os obstáculos políticos, financeiros e de abastecimento para o acesso às informações em saúde?Geissbuhler: Conforme a informática em saúde aumenta a disponibilidade e transpa-rência das informações, a confiança torna-se uma questão-chave para a superação dos obstáculos de acesso. o cidadão tem de con-fiar nos profissionais de saúde e nos gover-nos. Assim como os profissionais de saúde têm de confiar uns nos outros. e as institui-ções precisam implantar ferramentas para aumentar a confiabilidade das informações de saúde, como a Honcode fornecida pelo Health on the net Foundation, que ajuda os usuários da web a entenderem o quanto eles podem depositar sua confiança em um determinado site médico.

FH: Incentivar a comunidade global a criar uma mudança transformacional, reivindicando soluções inovadoras e parcerias público-privadas, que colo-quem a saúde no coração da equação, pode ser outra solução?Geissbuhler: As parcerias público-privadas podem desempenhar um papel significativo para o desenvolvimento de soluções inova-doras, desde que as respectivas funções de cada parceiro sejam bem compreendidas. em particular, os parceiros públicos devem assumir a responsabilidade de construir a confiança e assegurar o acesso equitativo a essas soluções.

FH: O Brasil ainda pode ser muito explo-rado na questão de sistemas de informa-ção para saúde. Mas a questão da conver-gência de sistemas sempre acaba sendo a grande culpada pela falta de avanço. Qual a sua opinião sobre isso?Geissbuhler: Interoperabilidade é uma das questões fundamentais que os sistemas de informação de saúde estão enfrentando. É essencial que mais trabalho seja feito para promover qualidade e padrões abertos. e, ainda, usar esses sistemas desde o início dos projetos pode ser fundamental. em paralelo, as instituições, independente da região e país, devem desenvolver quadros de interoperabi-lidade como parte de sua estratégia eHealth, a fim de garantir que os vários componentes do sistema sejam capazes de trabalhar em conjunto, nos níveis técnicos e semânticos.

FH: Quando os temas são mídias sociais e mais acesso à informação, você acredita em uma revolução na saúde? Esse acesso é realmente para todos?Geissbuhler: As mídias sociais estão dando um novo lugar para os pacientes e os cida-dãos. essas ferramentas permitem mais efici-ência, uma comunicação direta de paciente para paciente e, assim, promovem a sabedo-ria coletiva, como um desafio às fontes de conhecimento estabelecidas. Isto é tanto uma grande oportunidade para que os pa-cientes sejam – e se sintam- mais envolvidos nos seus cuidados quanto um desafio para os profissionais de saúde, que precisam en-tender como lidar com estes novos canais.

FH: A saúde tem sido cada vez mais alvo de sites, comunidades e grupos em mídias sociais, como Facebook e Twitter. Se, por um lado, as pessoas se sentem mais prepa-radas e esclarecem mais suas dúvidas, por

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outro, isso pode induzir ao erro do autodiagnóstico, a autome-dicação e ,em alguns casos, colocar o médico em uma situação delicada. Qual sua opinião sobre isso?Geissbuhler: Assim como a maioria dos espaços de informação não é regula-mentado, a internet tam-bém não é, além de ser a casa da melhor e da pior informação. É difícil para os usuários da internet conse-guirem algum tipo de orientação e essa é nossa responsabilidade como profissionais de saúde: garantir que os pacientes não fiquem prejudica-dos por informações inadequadas. As informações da internet devem ser levadas a sério e discutidas com os pacientes durante suas consultas. estamos também tra-balhando no conceito de "receita de informação", em que os pro-fissionais de saúde "prescrevem" informações aos seus pacientes, a fim de ajudá-los a aprender mais sobre sua condição ou tratamen-to, a partir de fontes consideradas confiáveis pelos cuidadores.

FH: Sem esses consideráveis be-nefícios da informática médica, você acredita em uma possível saúde global?Geissbuhler: embora eu acredite que as ferramentas de informática médica são essenciais para cons-truir sistemas de saúde sólidos, a verdade é que as evidências do impacto dessas ferramentas ainda são poucas. nós, como uma comu-nidade profissional, devemos fazer mais para avaliar e documentar o impacto da informática médica e do eHealth nos resultados do setor.

FH: O fato de escolher a informá-tica para trilhar a medicina tem a ver com a sua forma de pensar a saúde do presente e futuro? O que o influenciou a seguir este caminho?Geissbuhler: Ao testemunhar o rápido crescimento na quantida-

de de informação, conhecimento médico e complexidade dos sistemas de saúde,

ficou claro para mim que a informáti-ca seria essencial para os cuidados

profissionais no século 21, assim como o estetoscópio tornou-se essencial para os médicos no século 19. Precisamos construir uma ponte sobre o mundo da informática com o mundo da

medicina, a fim de criar sinergias entre aquilo que os humanos fa-

zem melhor e o que os computado-res fazem bem. Isto é, na sua essência,

o papel da informática médica.

FH: Uma de suas 100 publicações cien-tíficas destaca o desenvolvimento de soluções inovadoras, sistemas de in-formação baseados em conhecimentos habilitados e ferramentas baseadas em computador para melhorar a qualidade, segurança e eficiência dos processos de atendimento ao paciente. Sem falar do desenvolvimento de uma educação à distância e grande rede de telemedicina em países em desenvolvimento. Todo esse esforço já tem resultado?Geissbuhler: nós desenvolvemos sistemas de informação avançados em hospitais de países desenvolvidos, tecnologias que os usuários não aceitariam mais ficar sem, de-pois do experimento. nesse meio tempo, percebeu-se que esse potencial também se aplicaria a países em desenvolvimento, onde a capacidade de mover a informação sem ter de deslocar pacientes ou especia-listas poderia fazer uma enorme diferença para uma prestação de cuidados de saúde de melhor qualidade.

FH: Você esteve envolvido na coordena-ção do desenvolvimento de uma rede de telemedicina na África. Conte um pouco mais sobre essa experiência e como ela pode ajudar a saúde global.Geissbuhler: educação continuada dos profissionais de saúde e acesso a aconse-lhamento especializado são as chaves para melhorar a qualidade, eficiência e acessibi-lidade do sistema de saúde. nos países em desenvolvimento, essas atividades são ge-ralmente limitadas às capitais regionais, e os profissionais deslocados não têm acesso a essas oportunidades, nem mesmo ao mate-rial didático adaptado às suas necessidades.

Isso limita o interesse desses profissionais em permanecerem ativos na periferia, onde são mais necessários para implementar es-tratégias eficazes para a prevenção e cuida-dos de saúde de primeira linha.A fim de atender a estas necessidades, os hospitais universitários de Genebra (Suíça) desenvolveram uma rede de te-lemedicina na África, chamada de rAFT, réseau en Afrique Francophone pour la Télémédecine,primeiro em mali, em se-guida na mauritânia, marrocos, Camarões e, desde 2004, em burkina-Faso, Senegal, Tunísia, Costa do marfim, madagascar, ní-ger, burundi, república do Congo, Argélia, Chade, benin, Guiné e república Democrá-tica do Congo.A atividade principal do rAFT é o web-casting de cursos interativos destinados a médicos e outros profissionais de saúde, com temas propostos pelos parceiros da rede. os cursos são semanais e gratuitos, acompanhados por centenas de profissio-nais que podem interagir diretamente com o professor. Cerca de 70% desses cursos são agora produzidos por especialistas da Áfri-ca. A banda larga de 30 kbits por segundo, a velocidade de um modem analógico, é sufi-ciente e permite a participação de hospitais remotos ou mesmo cibercafés.outras atividades do rAFT incluem teleco-nhecimento médico, teleultrassonografia e desenvolvimento colaborativo de material educacional online.

FH: A telemedicina tem atraído empresas para o Brasil, por ser um país de grande extensão e pouco explorado nesse aspec-to. Se comparado a outros países emer-gentes, como o Brasil está em relação à telemedicina?Geissbuhler: vários projetos brasileiros de telemedicina têm sido bem sucedidos, eles estão crescendo e alcançando escalas signi-ficativas, às vezes servindo vários milhões de cidadãos. Comparado com outros países, com resultados muito menos significativos, este sucesso pode ser explicado pela qua-lidade da infraestrutura de TI existente, o dinamismo da economia e o empreende-dorismo, além da presença de profissionais de informática médica bem treinados. Para a telemedicina, o brasil não é apenas um exemplo a ser seguido por países em de-senvolvimento, mas também uma fonte de inspiração para as nações mais ricas.

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FH | personalidades

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regulação, obstáculos

geográficos e as particularidades do

mercado brasileiro entraram na

agenda de OttO PHiliPP Braun há

três anos, quando, representando a 6ª geração da família,

assumiu a gestão da subsidiária

brasileira da b. braun. confira

suas opiniões sobre os desafios e oportunidades

em nosso mercado emergente

Para que uma empresa centenária se mantenha inovadora é preciso... estar constantemen-te atualizada, em busca de novas tecnologias e, principalmente, trocando informa-ções com clientes e parceiros.

Manter uma estrutura familiar em uma economia marcada por empresas S/A significa... fazer constantes investimentos em tecnologia e buscar sempre trazer soluções moder-nas e eficientes, capitalizando o investimento e buscando a constante sustentabili-dade do negócio.

Com a crise econômica na Europa, focar em países emergentes é.... investir em economias relativamente estáveis, com mercado consumidor atraente e grande potencial de crescimento. O Brasil é um País que tem crescido em ritmo exponencial. Já é a 6ª potência econômica mundial e uma das quatro economias emergentes mais promis-soras do mundo, junto com Rússia, Índia e China.

Entrar na área de diagnóstico genético... nos ajudará a aprimorar diagnósticos em saúde, contribuindo para o bem-estar e a qualidade de vida de pacientes em todo o mundo. A parceria com a CeGaT reforça o papel da B. Braun de estar sempre em busca das mais novas tecnologias em prol do desenvolvimento da saúde em todo o mundo.

Há sempre muita polêmica no que diz respeito aos limites da relação indústria x médicos. Nossas regras de conduta funcionam como... norteadoras de nossas ações, produtos e serviços. Em 2011, lançamos oficialmente nosso próprio Código de Ética, que elen-ca diretrizes de conduta ética identificadas como necessárias e aplicáveis no País. Com isso, buscamos garantir a confiabilidade junto a nossos diversos públicos e reafirmar a ética como valor fundamental para nossa empresa.

Começamos nossa operação no Brasil com a aquisição do Laboratório Americano. Hoje, 45 anos depois, nossos planos incluem... investimento maciço em tecnologia – estamos modernizando nossas fábricas em São Gonçalo (RJ) com novos equipamentos, mais velozes, eficientes, sustentáveis e modernos -, em novos produtos - com a importação de mais itens do nosso portfólio -, investimentos nas quatro divisões B. Braun (Avitum, Hospital Care, OPM e Aesculap) e a expansão das unidades fa-bris – além da Unidade Pharma, que produz soluções parenterais de grande volume, estamos construindo um novo Complexo Industrial em Guaxindiba (São Gonçalo – RJ), com o objetivo de aumentar e otimizar nossa produção de equipos.

Superar os obstáculos logísticos de se atuar em um país de dimensões continentais é ... utili-zar nossos centros de distribuição de maneira eficiente e estratégica, procurando dar um suporte personalizado por meio de nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, criado este ano especificamente para melhor administrar solicitações de pedidos e otimizar o fluxo de entrega de produtos.

A Anvisa, como órgão regulador, acerta quando...promove avanços importantes, como, por exemplo, a NR32, que assegura o uso de materiais perfurocortantes com dispositivo de segurança, buscando garantir mais segurança para profis-sionais de saúde e pacientes em todo o País.

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E erra quando... esbarra em processos burocráticos, no que diz respeito à apro-vação e liberação de medi-camentos e novos produ-tos de saúde.

Minha formação em Finanças e passagem por bancos e empresas de outros segmentos, como no caso da Dr. Oetker, contribuem hoje no meu dia a dia...para saber como gerenciar custos e investimentos, bem como ter uma noção estratégica de todas as áreas da companhia, buscando sempre a in-tegração e um proces-so Lean, enxuto, sem desperdícios.

Nas horas de lazer com a família, o que mais gosto de fazer é... correr, apro-veitando as paisagens lindas do Rio de Janeiro, e ficar com minha filha, recém-nascida, e com minha esposa.

Para mim, o melhor do Rio... são as paisagens naturais espetaculares e o Carnaval.

Uma música: “Para não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré. “Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora/ Não espera acontecer”

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dIleMas docrescimento

Gustavo Campana - sócio-diretor da Formato Clínico. A em-presa de consultoria em medicina diagnóstica tem aproveitado os bons ventos da economia e se tornado uma das importantes marcas do setor. Sua atuação tem ajudado empresas na elabo-ração e revisão de planejamentos estratégicos, educação e na transferência de conhecimento em saúde.

Paulo Bonadio - fundador e diretor-executivo do Grupo Infinita. A empresa é especialista em diagnóstico por imagem e possui forte atuação em mercados emergentes do País. O rápido crescimento e a expansão influenciada pela inclusão de clientes vindos da nova classe média brasileira tornaram o grupo referência em serviços nessa nova configuração de mercado.

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Diante Da expansão Do mercaDo De meDicina Diagnóstica, muitas DúviDas ronDam a cabeça Dos gestores De instituições De saúDe. terceirizar ou não esta operação? É viável usar a força Da marca para obter receita com este serviço? como enfrentar a escassez De mão De obra e a concorrência entre organizações com Diferentes moDelos De negócios? estas foram algumas Das DúviDas aborDaDas por gestores Do setor, que participaram Do IT MídIa debaTe. confira a cobertura

Gilberto Pavoni Junior* | [email protected]

Luiz Gastão Rosenfeld - diretor de Relações Institucionais da Dasa, maior player do mercado na América Latina e quarta maior empresa de medicina diagnóstica do mundo. A empresa tem ampliado sua atuação por meio de aquisições e recentemente investiu R$ 82 milhões numa modernização que incluiu novos equipamentos de imagem, sistemas automatizados e mudanças de processos.

Luis Roberto Natel - diretor de Medicina Diagnóstica e Pre-ventiva do Albert Einstein, uma das principais instituições médi-cas do Brasil e com forte atuação nas decisões sobre o setor de saúde. O crescimento da marca vem ocorrendo com a abertura de novas unidades de atendimento, ensino, diagnóstico, pesquisa e ações sociais.

Fotos: Ricardo Benichio

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A terceirização é uma onda que vem conquistando adeptos em diversos setores há mais de uma déca-da. A proposta se encaixa perfeitamente nas ten-dências de expansão rápida das operações, corte de custos, foco no core business e globalização. A estratégia já é consagrada em empresas de segmen-tos tradicionais como o automotivo, tecnologia e algumas verticais de serviços. na área de medicina diagnóstica, o assunto vem ganhando corpo nos últimos dois anos devido à expansão econômica e gargalos para o crescimento.De acordo com o fundador e diretor-executivo do Grupo Infinita, Paulo bonadio, a medicina diagnós-tica vive o dilema de escolher entre terceirizar e verticalizar. mas o caminho a seguir depende da atuação da empresa e seus planos para o cresci-mento. “nos grandes hospitais, as marcas são fortes e carregam estes serviços, que se tornam fonte de receita. nos menores, a oferta direta destes serviços mais onera do que gera lucro”, diz.o diretor de relações Institucionais da Dasa, Luiz Gastão rosenfeld, complementa: “Para que a ope-ração se torne possível, as instituições precisariam cobrar caro ou procurar clientes de fora. A viabi-lidade econômica fica difícil, considerando-se a média de 50 leitos nos hospitais brasileiros.”o diretor de medicina Diagnóstica e Preventiva do Albert einstein, Luis roberto natel, reforça que a questão financeira determina a decisão e o posicio-namento da instituição no mercado. “nosso avanço em diagnóstico é cada vez maior, mas entendemos que a área funciona como uma fábrica e é volume--dependente. Com volume pequeno, a conta não

fecha”. o executivo destaca também a carência de mão de obra, o que deve ser levado em conta antes de se pensar na abertura de um novo serviço como estratégia de negócio. “Há poucos radiologistas se formando e, se todo mundo internalizar o serviço, não haverá profissionais disponíveis para todas as instituições.”no setor público, terceirizar também parece ser a melhor saída. “Podemos entrar onde o governo não tem capacidade técnica nem operacional para fazer o serviço”, avalia bonadio. Com atuação no norte, nordeste e Centro-oeste, a empresa é res-ponsável pela realização de exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética em um dos hospitais públicos de rondônia e já chegou à marca de 2,5 mil procedimentos realizados.Para o sócio-diretor da Formato Clínico, Gusta-vo Campana, a abrangência da atuação também determina a decisão sobre terceirizar ou verti-calizar. “em grandes centros, uma unidade de negócio de medicina diagnóstica para os hos-pitais é viável, em mercados menores, é prefe-rível um parceiro”, comenta. De acordo com o executivo, a busca por novas fontes de receita irá direcionar qualquer decisão nos próximos meses. “no médio e longo prazos os hospitais sofrerão pressão do mercado para buscar novos negócios e diversificação da receita”, argumenta. e operadoras poderão olhar com mais carinho para esse ramo de diagnóstico ao notarem uma chance de lucratividade. “mas há aspectos desse setor que complicam a decisão para quem não tem uma marca forte”, completa.

TeRCeIRIzação e veRTICaLIzação: quesTão de esTRaTéGIa

C om Pe r sPeCt I vA De Cr e sCe r 8, 3% A I n DA e st e A no,

At I nGI n Do r eCe ItA s De r$ 20, 2 bI L Hõe s e r e A L I-z A n Do 98 e x A m e s Por H A bItA n t e (De ACor Do Com Pe squ I sA DA Con-su Ltor I A For m Ato CL í n ICo), o setor De m e DICI nA DI AGnóstICA se De PA r A Com DI L e m A s PA r A ConseGu I r m A I s e F ICI ê nCI A e LuCr At I-v I DA De e m suA s oPe r A-çõe s, e n t r e e L A s, oPtA r ou não Pe L A t e rCe I-r I z Ação, o qu e FA z e r F r e n t e à s I n ICI At I vA s De v e rt ICA L I z Ação DA s oPe r A Dor A s e Como L I-DA r Com A FA LtA De m ão De obr A e sPeCI A L I z A DA e m seus se rv Iços.o FoCo qu e o br A sI L GA n Hou nA eConom I A m u n DI A L , o Au m e n to DA oF e rtA De e m Pr eGos For m A I s e , Consequ e n-t e m e n t e , De be n e F ICI-á r Ios nos PL A nos De sAú De , e A e n t r A DA De Pos sí v e I s PL Ay e r s qu e I r ão A Prov e ItA r os mov I m e n tos De ou t-sou rCI nG – ConsAGr A-Do e m ou t ros setor e s – Aqu I sIçõe s, A Pr I mor A-m e n to ProF I s sIonA L , A DequAção à s r eGr A s I n t e r nACIonA I s De Pr e stAção De se rv Iços e I novAção são Ce ná-r Ios qu e I r ão FA z e r PA rt e DA s DeCI sõe s e s-t r At éGICA s DA s e m Pr e-sA s qu e qu e r e m Pe r m A-n eCe r no m e rCA Do.

o debate ocorreu no dia do Médico, 18 de outubro. quem compareceu foi homenageado

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estudo realizado por Luiz Gastão rosenfeld, da Dasa, comprova que serviços próprios de diagnóstico só valem a pena em instituições de grande porte: quanto maior o volume de exames, mais caro o custo por procedimento.

íNdICes ReLaTIvos de CusTo No LaBoRaTÓRIo aMBuLaToRIaL X HosPITaLaR PoR PoRTe

Ambulatorialnúcleo técnico

+ 2 milhõesexames/ mês

Equipamentos(bioquímica + Hematologia)

Índice relativo de custoAmortização+manutenção/teste

Reagentes(bioquímica + Hematologia)

Índice relativo de custoCusto médio/teste cobrado

TécnicosÍndice relativo de produtividade

exame/técnico/mês

ColetaÍndice relativo de produtividadeColeta/Colhedor/hora contratada

Área FísicaÍndice relativo de custo

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7,3-2,4

3,1-2.175

5,3-1,15

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6,4-2,12

2,2-3.039

3,5-1,75

13,3-200-0,4

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1,5-4.444

2,3-2,6

12,3-300-0,37

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3-0,99

1,2-5.600

1,8-3,4

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Hospitalar

5.000 a 10.000exames/mês

Hospitalar

10.000 a 20.000exames/mês

Hospitalar

30.000 a 50.000exames/mês

Hospitalar

20.000 a 30.000exames/mês

Hospitalar

50.000 a 100.000exames/mês

Fonte: Luiz Gastão Rosenfeld, Dasa

IT Mídia Debate abordou o tema: Medicina Diagnóstica – confira a galeria de imagens em: http://migre.me/bMIk0

Para os gestores, médicos não estão tão preparados para pedir exames e isso gera excesso e duplicação de serviços

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Globalização – com o Brasil entrando no foco das grandes empresas inter-nacionais, o setor de saúde tem como clara a chegada de novos players in-ternacionais nos próximos anos. Há aspectos legais e burocráticos que di-ferenciam o mercado local de outros como Europa e Estados Unidos. Mas a sensação geral é que as empresas que não conquistarem espaço com a marca e satisfação do cliente terão muita di-ficuldade em se posicionar no futuro.

Fortalecer marcas– Grandes, médias e pequenas empresas estão envolvidas nesse desafio. A estratégia pode variar da atuação em nichos à economia de escala. Não há uma regra básica, a não ser, defini - la de acordo com o poder de investimento, região onde atua e conhecimento total do mercado.

Formação Profissional – A escassez de profissionais qualificados é um dos problemas que afligem vários setores da economia nacional e não é diferente na saúde. A falta de médicos capacita-dos faz com que a demanda por exames aumente e, nessa ponta, a dificuldade vira um gargalo quase intransponível. Especialistas e executivos do setor es-tão recomendando a formação de mão de obra internamente e a adoção de políticas de carreira e benefícios para evitar a fuga para a concorrência.

Contratos – as diversas modalidades de contrato de serviços existentes  é apontada como  um dos problemas crô-nicos do setor. Há modelos de todos os tipos e isso exige uma criatividade das empresas na hora do fornecimento do serviço. Embora isso possa ser visto como uma virtude, também dificulta a comparação das competências e exige custos burocráticos maiores.

saibamais

Desafios Do setor

FoRMação e aPaGão PRoFIssIoNaL o setor de saúde vive grande avanço tecnológico e de crescimento. embora esse quadro seja bom para a maioria das empresas, tal expansão e transformação têm impacto direto na qualidade dos profissionais. equipamentos mais modernos e complexos exigem melhor qualificação e políticas de retenção.em contrapartida, a falta de mão de obra, juntamente com o crescimento, gera uma inflação de salários mesmo em profissionais com pouco gabarito. A empresa que não conseguir equilibrar essa equação corre o sério risco de ver a qualidade dos serviços cair ou sofrer com a fuga de profissionais para a concorrência.A solução para isso depende de cada caso. o einstein, por exemplo, sentindo a necessi-dade de formar enfermeiros, criou uma unidade educacional especializada nisso para atender a demanda. Atualmente, 70% dos profissionais formados são aproveitados na própria instituição. na radiologia, o hospital começou a fornecer residência para evitar fuga de mão de obra e formar melhores técnicos de acordo com os seus padrões.no Grupo Infinita , os profissionais são treinados para atingir o volume esperado, as promoções acontecem por meritocracia e a remuneração é variável. o diretor execu-tivo, Paulo bonadio, aconselha as entidades a focarem na formação profissional e na qualidade e modernização de processos para suportar o crescimento dos próximos anos. “no centro-norte do País, a telerradiologia é uma febre, mas não há profissionais disponíveis, mesmo com boas ofertas de salários e benefícios. quem conseguir ade-quar essa demanda com uma oferta que seja boa para o cliente, será beneficiado”, diz.na outra ponta, de quem solicita o exame, também falta qualificação. muitas vezes por insegurança os médicos pedem exames por rotina mesmo que os pacientes sejam saudáveis acabam passando por procedimentos sem necessidade. “85% dos exames são negativos”, afirma bonadio. é comum que os pedidos cheguem aos centros de diag-nósticos sem informações clínicas ou que sejam solicitados procedimentos que não são os mais indicados para os casos que se pretende investigar. “Devíamos nos negar a realizar exames sem informações clínicas”, sentencia rosenfeld.Para contornar o problema, o Grupo Infinita se apoia em ferramentas como o Pacs e prontuário eletrônico e faz até mesmo conferências por skype para encontrar os me-lhores exames para o diagnóstico buscado pelo médico solicitante. “é preciso ter mais protocolos. quando a técnica não é bem aplicada, o médico acaba pedindo um novo exame”, explica bonadio.Além de protocolos, é preciso definir melhor os critérios de uso. “temos de reinventar nossa posição como especialistas em diagnósticos. Hoje, se cria a demanda e a oferta acompanha. o cenário poderia ser diferente se o uso da medicina diagnóstica fosse mais racional”, finaliza Campana.

durante o debate, os executivos pontua ram desafios como: falta de mão de obra qualificada

* Colaborou Cylene Souza

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Veja alguns momentos do encontro

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1. Fernando Alberto (Fleury) • 2 e 6. Convidados recebem homenagem no Dia do Médico • 3, 5 e 7. Durante o intervalo, participantes fazem rela-cionamento • 8. A diretora editorial, Stela Lachtermarcher, abre o encontro • 9. Verena Souza (editora do Saúde Web) apresenta os debatedores •4. Ne1 Marinho (Hospital San Paolo) • 10. Joel Schmillevitch (Centro Diagnóstico Schmillevitch) • 11. Luiz Gastão Rosenfeld (Dasa) concede en-trevista à Maria Carolina Buriti (editora da revista FH)

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FH | PONTO DE VISTA

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Cylene Souza | [email protected]

CABEÇASDISPUTADAS AS MOVIMENTAÇÕES DE EXECUTIVOS FORAM INTENSAS EM 2012. E, NÓS DA FH, APROVEITAMOS PARA PERGUNTAR: O MERCADO DE TRABALHO ESTÁ PROPÍCIO PARA CARGOS DE ALTA GESTÃO? POR QUÊ?

SIM. OS NEGÓCIOS NO SETOR DA SAÚDE ESTÃO EM FRANCO CRESCIMENTO, O QUE ABRE NOVAS POSSIBILIDADES E EXIGE PROFISSIONAIS MAIS EXPERIENTES E COM MAIOR NÍVELDE ESPECIALIZAÇÃO

GERALDO REPLE SOBRINHO, EX-SUPERINTENDENTE DO HOSPITAL MÁRIO COVAS E ATUAL SUPERINTENDENTE PARA NOVOS PROJETOS E DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS DA HOME DOCTOR

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ACREDITO QUE SIM, O MERCADO DE GESTÃO EM SAÚDE ESTÁ EM ALTA E NECESSITANDO MUITO DE PROFISSIONAIS EXPERIENTES E QUALIFICADOS, PRINCIPALMENTE OS DE ALTA DIREÇÃO. A EXPANSÃO DA MAIORIA DOS HOSPITAIS REQUER PROFISSIONAIS CAPAZES DE REALIZAR E IMPLANTAR PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E FERRAMENTAS DE GESTÃO, JÁ QUE POUCOS HOSPITAIS ADOTAM ESTAS PRÁTICAS, APESAR DE ANTIGAS EM OUTROS MERCADOS. ACREDITO QUE SE AS INSTITUIÇÕES QUEREM PROSPERAR COM QUALIDADE, DEVEM INVESTIR EM GESTÃO, O QUE MUITAS JÁ ESTÃO FAZENDO

VALDESIR GALVAN, EX-DIRETOR GERAL DA REDE DE HOSPITAIS SÃO CAMILO DE SÃO PAULO E ATUAL SUPERINTENDENTE ADMINISTRATIVO FINANCEIRO DO GRAAC

O MOMENTO NÃO PODERIA ESTAR MAIS PROPÍCIO. NA ÚLTIMA DÉCADA, VERIFICAMOS A FALTA DE INVESTIMENTOS MACIÇOS EM SAÚDE, OCASIONANDO ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA NO SEGMENTO. JÁ NOS ÚLTIMOS ANOS, DEVIDO À FORÇA DA ECONOMIA, AGENDA DE GRANDES EVENTOS NO PAÍS E INCENTIVOS GOVERNAMENTAIS PARA O SETOR,VAGAS FORAM E ESTÃO SENDO CRIADAS. TAMBÉM, A PROFISSIONALIZAÇÃO, FORTEMENTE CRITICADA NO SEGMENTO SAÚDE, ESTÁ GERANDO A NECESSIDADE DA TROCA DE EXECUTIVOS. ASSIM, HÁ MUITA OFERTA DISPONÍVEL PARA POUCOS PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, PRINCIPALMENTE EM CARGOS DE ALTA GESTÃO, OCASIONANDO AINDA DISPUTA POR TALENTOS

FRANCISCO FIGUEIREDO, EX- SUPERINTENDENTE GERAL DO HOSPITAL DA BALEIA E ATUAL CONSULTOR NAS ONCOCLÍNICAS DO BRASIL

NÃO PODEMOS ATRIBUIR FATOS PONTUAIS DE MUDANÇAS EMPRESARIAS, COMO OCORRIDO EM 2012, PARA DIZER QUE O MERCADO ESTÁ PROPICIO PARA ALTA GESTÃO. NÓS, DA ÁREA DA SAÚDE, ESTAMOS ACOSTUMADOS COM UMA LONGA PERMANÊNCIA DO “C LEVEL”, INDEPENDENTE DA PERFORMANCE DOS MESMOS E DAS ORGANIZAÇÕES. NESTE NÍVEL PROFISSIONAL QUE NOS REFERIMOS E O GRAU DE EXIGÊNCIA QUE É DEMANDADO, ACREDITO QUE TODOS ACABAM TENDO UM CICLO TEMPORAL PARA SUAS REALIZAÇÕES, POIS AS MUDANÇAS SÃO NECESSÁRIAS. ENTRETANTO, COM UMA DEMANDA DAS ORGANIZAÇÕES POR MELHORES RESULTADOS, TALVEZ ESTE CICLO COMECE A SER MAIS CURTO E PRECISAMOS NOS ACOSTUMAR A ISSO

LUIZ DE LUCA, EX-DIRETOR GERAL DO HOSPITAL 9 DE JULHO E ATUAL SUPERINTENDENTE CORPORATIVO DO HOSPITAL SAMARITANO

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DÉCADA, VERIFICAMOS A FALTA DE INVESTIMENTOS MACIÇOS EM

COMO OCORRIDO EM 2012, PARA DIZER QUE O MERCADO ESTÁ PROPICIO PARA

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FH | ENTRE ELOS

NOVEMBRO 2012 REVISTAFH.COM.BR

CONHECIMENTOS

COMPLEMENTARES

Surgiu há mais de quatro séculos e hoje é reconhecida

pelas áreas de ensino, pesquisa e por ser mantenedora do maior hospital filantrópico da América

Latina. Hoje, administra direta-mente ou como OSS cerca de 40

unidades assistenciais.

É a unidade de referência para o município e para a região do

Alto Tietê. Possui 299 leitos em ginecologia/obstetrícia, pedia-

tria, clínica médica, clínica cirúr-gica, ortopedia e neurocirurgia, além de 36 leitos de UTI adulto,

neonatal e pediátrica.

Empresa do grupo Andrade Gu-tierrez, especializada em logística, distribuição e gestão de suprimen-

tos médico-hospitalares. Fechou 2011 com faturamento de R$ 110 mi-lhões e almejar chegar a R$ 1 bilhão em cinco anos, atendendo grandes grupos de saúde e participando de

parcerias público-privadas.

IRMANDADE SANTA CASADE SÃO PAULO

HOSPITAL GERALDE GUARULHOS

LOGIMED

Com mais de quatro séculos de serviços prestados à população paulistana e re-conhecida como hospital de ensino, a

Irmandade Santa Casa de São Paulo ainda se deparava com um problema comum às insti-tuições de saúde: os altos custos para garantir seus estoques de materiais e medicamentos, que costumam representar de 23% a 30% do custeio destas organizações.O problema se agravava pelo alto volume de atendimentos – em 2011 foram mais de 46

mil cirurgias e 1,8 milhão de atendimentos de emergência – e pelo número de instituições administradas: 13 unidades hospitalares, duas policlínicas e uma unidade de pronto aten-dimento (UPA) em Guarulhos, três prontos--socorros municipais e a microrregião Jaçanã/Tremembé, composta por 11 unidades básicas de saúde (UBS).Nas instituições administradas no modelo de Organização Social de Saúde (OSS), como o Hospital Geral de Guarulhos, a principal forma

de trazer eficiência na gestão dos recursos públicos era também evitar os desperdícios e perdas.Para a Logimed, empresa do grupo Andra-de Gutierrez dedicada ao gerenciamento da cadeia de suprimentos médico-hospitalares, estava aí uma oportunidade de negócio: sua capacidade de investimento e conhecimento em gestão, TI, logística e distribuição se encai-xavam perfeitamente com as necessidades deste complexo de saúde.

Cylene Souza | [email protected]

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Com mais de 8 mil atendimentos por dia, a Santa Casa de São Paulo

enfrentava dificuldades para manter um controle efetivo de almoxarifado e distribuição

de materiais e medicamentos. “Comprávamos estes insumos diretamente, mas não

conseguíamos pagar à vista, precisávamos de 30 a 60 dias. Com isso, o custo era muito maior”, relembra o superintenden-

te geral, Antônio Carlos Forte. Além disso, havia dificuldade para saber como estava o estoque e, por vezes, faltava material.

A solução encontrada foi contratar um parceiro que se responsabilizas-se pela compra, logística e distribuição dos insumos. “Escolhemos a Logi-

med, que é uma empresa do grupo Andrade Gutierrez e que tem um capital importante para aquisição dos materiais. Eles compram à vista, o que nos

traz folga de recursos. Também têm um centro de distribuição grande, trabalham com volume maior e ganham em escala.”

Hoje a Santa Casa trabalha com estoques para 15 a 20 dias e contro-la online quanto gasta por centro de custo. “Em grandes núme-

ros, na rede de hospitais, 26% do custeio era para materiais e medicamentos. Hoje este percentual é de 17%”.

A Santa Casa homologa os insumos que serão utiliza-dos e a Logimed efetua a compra com base nesta lista. A empresa parceira também faz sugestões

para substituir alguns materiais, que só são trocados, de fato, após a homologação.

Após a experiência bem-sucedida no Hospital Central, o modelo foi re-

plicado nas outras unidades administradas pela Santa Casa, seja de forma própria ou como

Organização Social de Saúde (OSS).Uma das primeiras instituições administradas pela

Santa Casa a adotar o novo modelo de gestão de insu-mos foi o Hospital Geral de Guarulhos, com 335 leitos de

especialidades e UTI e 23.690 m2.“A parceria com uma empresa de logística trouxe evolução

no gerenciamento de processos que envolvem materiais e me-dicamentos. As atividades se tornaram melhores, a organização,

mais apropriada, e também notamos diminuição do estoque e do giro de materiais”, conta a coordenadora das OSS estaduais sob gestão

da Santa Casa de São Paulo, Agnes Mello Farias Ferrari. Para diminuir os riscos de desperdício e perdas, as entregas acontecem de

manhã, a tarde e a noite e tudo que não é utilizado é devolvido. “Há tam-bém muita sinergia com a assistência farmacêutica. A dispensação acontece por horário e, com estoque menor, os medicamentos não

vencem e não se acumulam.”Outro fator de ganho na unidade foi a revisão e padronização

da listagem de medicamentos: são utilizados apenas os da linha SUS e as prescrições são, obrigatoriamente, por prin-

cípio ativo, para permitir a utilização de genéricos.O HGG está começando a definir novos protocolos

e vê possibilidade de evolução da parceria. “Ain-da temos espaço para otimizar mais custos e

ganhar com rastreabilidade e segurança para o paciente”, conclui Agnes.

O início da parceria da Logimed com Irmandade se deu em 2008 e, desde

então, o número de unidades assistenciais a entrar no escopo do contrato só aumentou, até

que todas estivessem contempladas, em 2010. “Na Santa Casa, nossa oferta passou por gestão de supri-

mentos, operação, logística, TI e Sistemas”, relembra o presidente da empresa, Alexandre Dib.

Nas unidades administradas no modelo de Organização So-cial de Saúde, a Logimed segue o manual de compras da Secreta-

ria de Estado de Saúde de São Paulo, que determina a tomada de três preços e a justificativa por determinada escolha.

Para o executivo, a redução de gastos responde, principalmente, pelos três prin-cípios para geração de economia estabelecidos pela empresa: compra centraliza-

das e segmentadas, escala e cotações e fechamento de contratos por princípio ativo, não por marca. Hoje, a organização trabalha com 10 mil itens e 500 fornecedores.

Além de compra, armazenagem e distribuição, a empresa institui processos dentro do ambiente hospitalar para otimizar o uso dos insumos e reduzir os

estoques ao mínimo necessário. “A perda de materiais e medicamentos no ambiente intra-hospitalar gira em torno de 15%. Por isso, focamos em

geração de economia, controle e monitoramento e melhoria da quali-dade”, explica o presidente da Logimed, Alexandre Dib.

O próximo passo no setor público é expandir a atuação em Parcerias Público-Privadas (PPP). A empresa venceu a lici-

tação do Hospital Metropolitano do Barreiro, na Grande Belo Horizonte, que deve entrar em operação em

janeiro de 2014, e participa de outros processos em Manaus, São Paulo, Espírito Santo, Brasília,

Salvador e Natal.

PESO DE MAT/MED NO CUSTEIO PASSOU DE 26% PARA 17%

DISPENSAÇÃO ACONTECE POR HORÁRIO E, COM ESTOQUE MENOR, HÁ MENOS

PERDA DE MEDICAMENTOS

EMPRESA TRABALHA COM 10 MIL ITENS E 500 FORNECEDORES, ACOMPANHADOS COM CINCO

INDICADORES DE QUALIDADE

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Verena Souza | [email protected]

28 novembro 2012 revistafh.com.br

É natal, os shoppings estão preparados para o consumo, e a mãe diz à criança apontando para os mais variados tipos de brinquedo. – Pode escolher o que

quiser! o olho brilha diante de tantas cores, formas e tamanhos. As múltiplas op-ções foram dadas e, agora, é com o “pequeno”. essa pode ser uma das formas de relação entre o médico (mãe) e o paciente (filho) – muitas vezes não tão prazero-sa - denominada modelo Informado, por Amiram Jacob Gafni, eleito pelo banco mundial um dos cinco economistas da Saúde mais influentes do mundo.Atento à evidente busca dos pacientes pelo maior envolvimento na hora de decidir seu tratamento, Gafni reconhece a complexidade das relações e elenca três mo-delos básicos: o Paternalista, em que o médico determina a conduta; o Informado, em que o paciente conhece seu diagnóstico e, exposto às opções de tratamento, escolhe o melhor segundo seu julgamento; e o Compartilhado, quando o paciente, munido de informações clínicas, e o médico, a par de todo o contexto pessoal do indivíduo em tratamento, entram em um consenso sobre os próximos “passos”. De acordo com o economista e também professor do Departamento de epidemiolo-gia Clínica e bioestatística da mcmaster University, no Canadá, e membro do Centre for Health economics and Policy Analysis (CHePA), os três modelos, entre muitos

Médicos precisaM estar preparados para os Mais variados tipos de relação coM o paciente. econoMista descreve

três Modelos básicos eM voga: paternalista, inforMado e coMpartilhado – todos praticados de acordo coM as

particularidades de cada caso a ser tratado

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Paternalista: o médico determina a conduta, podendo ser de forma autoritária ou por escolha do paciente, que geral-mente acontece em casos bastante graves.

Informado: em que o paciente conhece seu diagnóstico e é exposto às opções de tratamen-to, incluindo possíveis resultados satisfatórios e contra-indicações, podendo conversar com familiares e amigos para a decisão final.  

Compartilhado: relação de parceria e confiança estabelecida entre os dois. O paciente é munido de todas as informações clí-nicas - incluindo possíveis resultados satisfatórios e contra-indicações - e o médico também fica sabendo do histórico e preferências do “doente” para, juntos, decidirem o tratamento a ser seguido.  

outros, coexistem e são colocados em prática de acordo com o perfil de cada caso, tendo relação direta com aspectos comportamentais, culturais, etários e estruturais do sistema de saúde local.“Por exemplo, a decisão tomada por uma paciente do Canadá com câncer de mama, semelhante a uma brasileira, pode ser diferen-te”, explica Gafni, supondo que uma senhora canadense poderia preferir a Mastectomia (remoção completa da mama) ao invés da Lumpectomia (retirada de parte da mama, com sessões de radio-terapia) por habitar em um país frio e, portanto, habituada a rou-pas invernais e por ter um marido que a apoie. Já uma brasileira, que costuma usar roupas mais leves devido ao clima, poderia escolher pela Lumpectomia. “É típico ver países como o Brasil procurando soluções fora. Mas, para mim, elas devem sempre ser construídas dentro de “casa”. O Brasil é muito diferente, possui um mix de culturas e um sistema de saúde particular, dividido entre público e privado”.

INCONGRUÊNCIAS Entretanto, apesar das inúmeras diferenças envolvidas, há dois cenários em comum acontecen-do em países como Estados Uni-dos, Canadá, Inglaterra e Brasil, entre muitos outros. De um lado, os médicos são pressionados a atender cada vez mais pacientes e, para isso, o modelo paternalista é mais fácil e rápido. Enquanto, do outro, os pacientes estão cada vez mais informados e questionado-res, demandando um atendimento mais personalizado, ou seja, mais próximos aos modelos Informado e Compartilhado.O impacto nos custos, segundo Gafni, ainda não está claro, entre-tanto, para ele é óbvio que “se você quer reduzir custos, não fornece opções de escolha às pessoas.” A sociedade é peça fundamental

nesse contexto antagônico, em que questões sociais e econômicas estão fortemente entrelaçadas. “Nos Estados Unidos, por exemplo, muitas mulheres que tiveram câncer de mama começaram a se mobilizar, pois estavam sentindo que os médicos não ligavam para seus interesses. Elas começaram a pedir mais envolvimento e conseguiram”, enfatiza, deixando evidente que os modelos podem ser aplicados de acordo com a área da medicina e suas necessidades. O movimento “Não Decida Sem Mim”, na Inglaterra, que prega o envolvimento do paciente nas questões de seu próprio tratamento, está ganhando força, se-gundo o economista.

POSTURA MÉDICA  A complexidade das resoluções humanas impõe um grande desafio ao médico que, de acordo com o pro-

fessor, precisa ser sensível e flexível em relação ao paciente para, assim, criar um ambiente onde possa sentir a abertura para uma relação de parceria e igual-dade. “O consenso entre os dois não é fácil de atingir. A decisão compartilhada nem sempre vai acontecer”, diz o economista, esclarecendo que o modelo pater-nalista não vai morrer, pelo contrário, ele é propício para casos bastante graves, em que muitos pacientes preferem não se envolver e deixar a decisão nas mãos do médico. Para colocar em prática tal amadurecimento nas relações entre médico e paciente, Gafni apoia-se na força da educação, voltada tanto para o médico como para o paciente. O professor tem trabalhado em do-cumentos que ensinam os profissionais a explicar, em linguagem simples, todas as possibilidades de escolha da pessoa em tratamento.

Gafni: Consenso entre médico e paciente não é fácil de atingir. A decisão compartilhada nem sempre vai acontecer

MÚLTIPLAESCOLHA

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Como dizia o poeta Cartola: "As rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti..." assim também atua a IT Mídia; colhe de todos nós, da cadeia da Saúde, de forma criativa e ética, a essência do conteúdo e da prática e, de forma inovadora permeia e distribui dadivosamente estes conceitos, criando uma onda positiva e envolvente para todos os atores do setor. Assim como a poesia, que estes valores sejam duradores! Francisco BalestrinPresidente do Conselho da ANAHP e Vice-Presidente Executivo do Grupo VITA

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A IT Mídia, por meio da Revista FH, consolidou-se como principal veículo da

área da Saúde, facilitando a comunicação, a divulgação das inovações e os negócios

entre as instituições, além de promover a aproximação das

pessoas desta comunidade. Funciona assim como um

grande catalisador do progresso do setor da Saúde.

Prof. Dr. Antonio Sérgio Petrilli

Professor Associado Livre Docente do Setor de Oncologia – Departamento de Pediatria

da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista

de Medicina e Diretor Técnico do Instituto de Oncologia

Pediátrica GRAAC – INIFESP – Grupo de Apoio ao Adolescente

e à Criança com Câncer

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patricia santana | [email protected]

Apontada como a principal despesa com a saúde entre as

famílias brasileiras, a responsabi-lidade com os gastos com medica-mentos pode ser compartilhada com as organizações. Comum em países como os estados Unidos, o Programa de benefícios em medi-camentos (Pbm), que oferece sub-sídio para a compra de remédios, ainda está em fase de maturação no brasil.Implantado há pouco mais de uma década, o modelo Pbm ainda é pouco disseminado no país. es-tudos em curso pela Associação brasileira das empresas opera-doras de Pbm apontam para um número perto de 3,5 milhões de beneficiários (entre trabalhadores e dependentes em que a empresa coparticipa no acesso aos medi-camentos prescritos pelos médi-cos). “esse número ainda é muito pequeno quando comparado, por exemplo, aos 48 milhões de bra-sileiros que têm plano de saúde”, critica o presidente da Associa-ção, Luiz Carlos monteiro.A expectativa da entidade é chegar a 20 milhões de beneficiários em

Estima-sE quE menos de um terço das prEscriçõEs dE rEmédios concrEtiza-sE Em tratamEnto. alErtas a isso, cada vEz mais as organizaçõEs sE EnvolvEm com a saúdE dos colaboradorEs, aumEntando a adErência a programas dE bEnEfícios dE mEdicamEntos

Sua Saúdeé o nosso negócio

cinco anos. Para o executivo, o que pode contribuir para esse crescimento é a criação, pelo governo, de incentivos fiscais para os empregadores, a exemplo do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). “Dentro deste possível cenário, subiria considera-velmente o número de empresas interessadas em oferecer Pbm aos seus funcionários”, avalia o presi-dente da associação.A empresa que adota o Pbm pode oferecê-lo de duas maneiras aos colaboradores: desconto em folha (o crédito oferecido pela empresa para a compra do remédio é deduzido do salário); ou subsídio de me-dicamentos (a empresa participa financeiramente sobre o valor dos medicamentos).De acordo com monteiro, este tipo de benefício, além de contribuir para o acesso à medicação, busca preservar a integridade do plano terapêu-tico definido pelo médico, reduzindo riscos de fraude e manipulações indevidas. “Dados ameri-canos mostram que para cada dólar investido na adesão medicamentosa e programas de acom-panhamento, chega-se a reduzir até US$ 7 nos

custos projetados de internações hospitalares e outras condições acarretadas por essas doenças em seus estágios mais avançados”, conta.

Como as empresas que usamenxergam este benefíCio?De acordo com uma pesquisa realizada pelo setor com 120 empresas que já subsidiam a compra de remédios, e que juntas ultrapassam a marca de 520 mil funcionários, 78% dos gestores de rH concordam que o benefício melhora a saúde e aumenta a satisfação dos funcionários. Além disso, 68% avaliam que este tipo de benefício aumenta o nível de adesão dos colaboradores ao tratamento medicamentoso. estima-se que menos de um terço das prescrições de remédios concretiza-se em tratamento.Ao todo, 66% concordam que há uma redução no nível de absenteísmo e aumento da produtivida-de da empresa, como resultado deste programa. A redução da sinistralidade e dos custos de saúde da empresa ainda divide as opiniões das áreas

•  Aumento da adesão ao tratamento médico•  Melhora da saúde do colaborador•  Elevação do grau de satisfação do colaborador•  Redução de absenteísmo e aumento da produtividade•  Diminuição da sinistralidade e custos com planos de saúde

rEtorno sobrE o invEstimEnto

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dilema

A automedicação o grande vilão dos programas de benefícios de medicamen-tos é a automedicação.quando a empresa atribui para si o compromisso de custear parte ou todo o remédio do colaborador, traz consigo a responsabilidade sobre tal ato. por isso, os programas de benefícios fazem um controle rigoroso da prescrição médica. “é importante ressaltar que a compra do medicamento é baseada na obrigatoriedade da apresentação da receita médica. além disto, realizamos ações educativas, abordando os riscos da automedicação”, conta o diretor da philips brasil, renato barreiros.para o presidente da associa-ção brasileira das Empresas operadoras de programa de benefício em medicamentos (pbma), luiz carlos monteiro, as iniciativas de benefício de medicamentos desestimulam a automedicação. “normal-mente, a cobertura só se aplica aos medicamentos prescritos pelos médicos ou odontólogos. a elegibilidade eletrônica, em tempo real, garante a seguran-ça do processo”, posiciona.

de recursos humanos. Apenas 40% acreditam que há uma ligação entre o benefício de remédios e a redução do uso dos planos de saúde. gestão integral da saúdedos Colaboradoresna Philips brasil, o benefício de acesso a medica-mentos faz parte de um programa de gestão da saúde de toda a organização, que é composto por uma série de iniciativas de Saúde e bem estar em prol dos colaboradores. De acordo com diretor da Philips brasil, renato barreiros, o objetivo é fazer um acompanhamento da saúde do colaborador. “o benefício medicamento está associado a uma gestão integrada de saúde”, diz.na Philips, os colaboradores podem receber des-conto de 15% a 60% em lojas da rede credenciada à gestora do benefício para a aquisição de medi-camentos (de marca ou genéricos) para tratar a maioria das patologias ambulatoriais. Além disso, os remédios usados no tratamento de doenças crô-nicas têm o subsídio total da companhia. “Apenas para a principal medicação para a doença base”, ressalta o diretor.Além do colaborador, o benefício também é esten-dido aos familiares. entretanto, a identificação é individual por meio de carteirinha específica que deve ser apresentada na loja das redes credencia-das junto com a receita médica.Para barreiros, gerir a saúde do colaborador de for-ma ampla é ir além do plano de saúde, e isso agrega

valor para a empresa, garante mais prestígio entre os colaboradores e contribui indiretamente para a retenção de talentos. “o fato de se obter descontos significativos na compra dos remédios também tem um reconhecimento muito positivo”, pontua.e os resultados do programa mostram que este tipo de ação contribui para reduzir o uso indiscrimi-nado do convênio médico e melhorar a saúde dos colaboradores. em 2011, 94% dos participantes do programa de benefícios em medicamentos da Phi-lips apresentaram estabilização do quadro clínico, 74% tiveram redução na quantidade de consultas externas e 95% alegaram melhora na saúde.mais do que isso, o diretor da Philips acredita que este tipo de programa aliado a outros elementos podem fazer com que o colaborador continue o tratamento em casa, ou seja, contribui indireta-mente para a saúde pública. A companhia pos-sui há alguns anos um esforço na prevenção de doenças e promoção da saúde, realizando ações e programas para ajudar as pessoas a viverem mais e melhor. exemplo desta atuação é o Programa de Gerenciamento de Condições e Doenças Crônicas como Diabetes, cardiopatias, Hipertensão, doenças respiratórias crônicas e dislipidemias. “os resulta-dos obtidos desde a implantação deste programa são bem expressivos, havendo a estabilização do quadro clínico dos participantes e a diminuição da procura por pronto-socorro e serviços de emergên-cia, além da redução dos custos com absenteísmo e plano de saúde”, conclui.

* Segundo a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (ABIFARMA)

De brASILeIroS São ADePToS Do USo De reméDIoS Sem PreS-CrIção méDICA

*80 milHõeS

** Segundo a literatura

** 36%não vão Ao méDICo

**41%PoSSUem eSToqUe De meDICAmenToS em CASA

**48%DAS mULHereS USAmAnALGéSICo Por ConTA PróPrIA

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S a ú d e B u S i n e S S S c h o o lO s m e l h O r e s c O n c e i t O s e p r á t i c a s d e g e s t ã O , a p l i c a d O s a O s e u h O s p i t a l

m ó d u l O 1 1

Mobilidadenos hospitais

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saúde business school

i n t r o d u ç ã odepoiS do SuceSSo doS primeiroS Saúde BuSineSS School continuamoS com o projeto. eSte ano, falaremoS SoBre tecnoloGia da informação em Saúde

na busca por auxiliar as instituições hospitalares em sua gestão, trouxemos no terceiro ano do projeto saúde Business school o tema tecnologia da informação em saúde. ainda que exista literatura sobre o tema, a nossa função aqui é construir um manual prático para a geração de um ambiente de tecnologia hospitalar mais seguro, que auxilie e oriente as equipes

o projeto envolve oS SeGuinteS temaS:

módulo 1 - infraestrutura de ti nos hospitais

módulo 2 - O papel do ciO

módulo 3 - governança de ti nos hospitais

módulo 4 - erps

módulo 5 - segurança dos dados

módulo 6 - terceirização de ti em hospitais

módulo7 - prontuário eletrônico

módulo 8 - a integração entre engenharia clínica e ti

módulo 9 - ris/pacs

módulo 10 - gestão dos indicadores

módulo 11 - mobilidade nos hospitais

módulo 12 - cloud computing

na organização de seus departamentos de ti e na interação da área com os stakeholders.em cada edição da revista Fh, traremos um capítulo sobre o tema, escrito em parceria com médicos, professores, consultores e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo para você. Os capítulos, também estarão disponíveis para serem baixados em nosso site: www.saudeweb.com.br

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por GuStavo de martini

moBilidade: a outra parte da relação médico-paciente

introdução

1.1. VisãO geralesta é uma introdução à mobilidade em saúde. por ser um assunto amplo, serão destaca-das as principais aplicações, benefícios e riscos na adoção deste tipo de tecnologia.a mobilidade em saúde ou m-health, como é chamado em inglês, é a prática da medicina ou da saúde pública com a utilização das telecomunicações, da utilização de dispositivos móveis tais como smartphones (celulares inteligentes), pda (assistente digital pessoal), tablets, notebooks ou netbooks ou, mais especificamente, coletores de dados e monitores.desta forma, a mobilidade implica em uma plataforma tecnológica rápida, robusta e confi-ável para transmissão de dados, imagens e voz, com o objetivo de dar resposta aos desafios da saúde, tais como acessibilidade, qualidade, velocidade e otimização de custos.Quando começou a ser discutida de forma mais estruturada no início da década passada, o conceito de mobilidade na saúde estava focado na telemedicina, que buscava aprovei-tar o avanço nas telecomunicações com o objetivo de comunicar médicos e pacientes separados fisicamente.esta plataforma poderia apoiar desde o diagnóstico até uma intervenção cirúrgica, pas-sando pelo tratamento e acompanhamento do paciente, porém, com o rápido avanço das diversas tecnologias, este conceito se expandiu para o uso de qualquer recurso tecnolo-gia móvel que possa apoiar a saúde.nunca é demais lembrar que o objetivo principal de qualquer iniciativa no setor da saúde é a melhoria do acesso e da qualidade dos serviços e, no caso de mobilidade não é diferente. graças à enorme dimensão dos serviços de saúde, desde a prevenção até o tratamento de pacientes crônicos, diversas soluções tecnológicas para mobilidade vêm surgindo como resposta.

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por exemplo, o uso de smartphones (celu-lares inteligentes) por equipes de atenção primária para oferecer serviços a comuni-dades, leva a atenção continuada à saúde diretamente aonde as pessoas vivem e faci-lita o acesso ao sistema de saúde, além de possibilitar a manutenção das informações dos cidadãos.a mobilidade complementa a relação médi-co-paciente, otimizando-a em diversos casos, mas jamais em detrimento da quali-dade do atendimento. além disso, possibi-lita uma maior proximidade do sistema de saúde com os cidadãos.este é um dos casos que evidencia como, com telefones celulares, a saúde móvel encontra uma plataforma viável. no caso do Brasil, o enorme crescimento do número de linhas de celulares vendidas representa uma boa opor-tunidade, conforme podemos ver ao lado:

evolução anual do número de terminaiS celulareS

Fonte: anatel

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250.000.000

200.000.000

150.000.000

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

além disso, a evolução dos celulares, enquanto dispositivos inteligentes significa um potencial significativo de desenvolvimento de soluções mais rápidas, seguras e amigáveis o que se traduz em curvas mais aceleradas também na entrega e efetiva utilização de novas aplicações móveis na saúde.por outro lado, é justamente graças à ampla oferta de plataformas de desenvolvimento e comunicação que a padronização se torna um grande desafio, principalmente, se levando em consideração a necessidade de integração dos sistemas de informação “legados”.

1.2. elementOs impulsiOnadOrescomo falado anteriormente, um dos elementos impulsionadores da mhealth ou mobilidade na saúde é a disponibilidade da tecnologia, condição esta necessária, mas não suficiente.Outro fator é a própria factibilidade de uso, ou seja, a real aplicação da tecnologia, desde a dimensão funcional até a cultural, passando pelo custo da implantação da solução.esta é uma questão também fundamental pois, se a tecnologia envolvida representar um custo superior às soluções atuais ou alter-nativas, o investimento se torna inviável.em outras palavras, a conhecida relação custo-benefício é linha de corte na adoção de novas tecnologias, além de outros aspectos, como um baixo resultado funcional que diminui o impacto e consequente relevân-cia desta iniciativa.e vale lembrar que, enquanto o setor privado busca mais eficiência, o setor público tem o desafio de melhorar a acessibilidade e a qualidade dos serviços.portanto, o mais importante elemento impulsionador da mobilidade é a necessidade, ou seja, a real possibilidade da aplicação da tecnologia na viabilização ou melhoria nos diversos campos da saúde.tendo em vista esta perspectiva, podemos destacar três grandes áreas da saúde que apresentam grandes benefícios tangíveis e intangíveis na utilização da mhealth no Brasil:

• Telemedicina• Monitoramento de pacientes crônicos• Cuidado dos pacientes em ambiente extra-hospitalar ( ou Home Care)

1.3. ecOssistemaO ecossistema da mobilidade da saúde ou mhealth sobrepõe três distin-tas dimensões; tecnologia, saúde e finanças, conforme a figura 1:englobando estas dimensões, está a influência governamental que, através das leis, políticas, estratégias e regulação afetam e interferem diretamente na adoção e utilização da mobilidade.por se tratar de um assunto relativamente novo, é fundamental uma visão ampla e que ao mesmo tempo contemple os diferentes envolvidos e seus papéis pois qualquer que seja a iniciativa de implantação de solu-ções de mobilidade, é fundamental que sejam avaliadas todas as dimen-sões, suas influências e impactos.ao mesmo tempo, este ecossistema evidencia a necessidade da avalia-ção da mobilidade sempre contextualizada no Brasil, para que as expe-riências existentes em outros países possam ser corretamente compreen-didas e inteligentemente aproveitadas.por exemplo, na dimensão “tecnologia”, podemos destacar que apesar da disponibilidade de tecnologias de transmissão de dados mais rápidas e baratas, o fator confiabilidade é ainda uma grande preocupação pois a estabilidade e qualidade dos serviços varia muito entre os serviços ofe-recidos no mercado.na dimensão “saúde”, a necessidade de adequar as soluções e treinar as equipes assistenciais são chave para o sucesso da implantação de apli-cações mhealth. nesta mesma dimensão, a mobilidade pode oferecer soluções de alto impacto para a cadeia de suprimentos de materiais e medicamentos.Já a dimensão financeira contempla os atores responsáveis pelo funding (financiamento) dos projetos de mobilidade. por esta razão, a viabili-dade econômico-financeira mencionada anteriormente e os modelos de financiamento destes investimentos são determinantes no processo de amadurecimento da mhealth no Brasil.portanto, as fontes de investimento podem ser um desafio, já que as tecnologias novas ainda têm preços altos, o que dificulta os estudos de viabilidade em termos de prazo de retorno dos investimentos e outros indicadores, tais como taxa interna de retorno e valor presente líquido.no âmbito governamental, o sistema de saúde no Brasil tem particula-ridades muito importantes, o que também se torna fator condicionante da mhealth. neste quesito, vale lembrar dos mecanismos de compras

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Governamentallegisladoresreguladoressistema Jurídicoministérios Saúde

sistema de saúdeprofissionais da saúde

cadeias de suprimentospacientes

tecnoloGiadesenvolvedores de softwaresOperadoras de telefonia móvel

Fabricantes de dispositivos móveis

financeiraBancos

companhias de segurosinvestidores privados

Filantroposdoadores

usúarios individuais e titulares

preStaçãode

ServiçoSmhealth

aplicaçÕeS demhealth

financiamento da Saúde

Fonte: Qiang et al. 2012 (adaptado para o português)

FIGURA 1

públicas que podem ser um grande desafio em investimentos em novas tecnologias e, principalmente, frente às exigências de uma boa prestação de serviços de saúde, versus sistemas de compra que privi-legiam o preço em detrimento dos requerimentos técnicos.

2. principaiS aplicaçÕeSsão inúmeras as áreas da saúde que podem ser beneficiadas pela mobilidade, porém focaremos neste trabalho a telemedicina, o monitoramento de pacientes crônicos e o cuidado dos pacientes em ambien-te extra-hospitalar.

2.1. telemedicinatelemedicina consiste na prestação de cuidados de saúde à distância por meio da troca de dados, voz e ima-gem pela infraestrutura de telecomunicações desde consultas e diagnósticos até o tratamento dos pacientes.

a telemedicina tem muitas variantes e tem sido chave enquanto resposta à necessidade de prestação de melhor serviço de saúde, principalmente em países em desenvolvimento, que tem uma baixa razão médicos/população, por vezes agravada pelas distâncias e dificuldades de transporte.este quadro é ainda mais delicado quando associamos o envelhecimento da população, que demanda um atendimento de maior qualidade e com menor custo, além de ter maior dificuldade de locomoção.além disso, a telemedicina ainda pode promover a descentralização dos serviços de saúde, permi-tindo que determinados procedimentos de média complexidade possam ser realizados em unidades básicas de saúde que estão mais próximas da população, além de expandir a atuação dos profissionais de saúde, com custo mais baixo e sem prejuízo do tempo de deslocamento das equipes ou pacientes.

podemos citar alguns exemplos de aplicação de telemedicina:• Centrais de diagnóstico, onde especialistas analisam exa-mes provenientes de diversas localidades diferentes e envia os laudos eletronicamente via internet;• Médicos podem avaliar seus pacientes, mesmo estando fora do país, analisando resultados de exames, observando sinais vitais e até em contato com o paciente e a equipe local

2.2. mOnitOramentO de pacientes crônicOsa mobilidade permite que doenças crônicas tais como cardía-cas, pulmonares e diabetes possam ser monitoradas na casa do paciente com dispositivos que transmitem e recebem dados via rede celular.informações como pressão, batimentos cardíacos e oxigenação do sangue podem ser medidas em horários específicos e alertar imediatamente a equipe médica em caso de alterações.Outro exemplo é a utilização do serviço de mensagens (sms), que lembra o paciente de tomar o medicamento em determina-dos horários.além do evidente ganho na qualidade de vida do paciente, esta aplicação diminuir sensivelmente a taxa de internação dos por-tadores de doenças crônicas.este tipo de aplicação de mobilidade na saúde se viabiliza, inclusive, em termos de custo de transporte, principalmente em área rurais ou de difícil acesso, como a telemedicina, muito comum em países em desenvolvimento.

2.3. cuidadO dOs pacientes emamBiente extra-hOspitalaras soluções de mobilidade, na forma de comunicação, tele-medicina e monitoramento, facilitam o tratamento dos pacien-tes sem a necessidade de que se desloquem até os hospitais ou mesmo tenham que ser tratados em leitos hospitalares.Quando observamos a disponibilidade e custo dos leitos e a dificuldade de escala para atender à crescente demanda da população, soluções como o cuidado domiciliar ou home-care têm evidente benefício e viabilidade econômico-financeira.sistemas inteligentes podem ajudar os pacientes a entender e acompanhar seus tratamentos, além de trazer informações relevantes e forma simples e amigável, aproximando-os do sistema de saúde e favorecendo a prevenção de doenças por meio da conscientização e educação da população.algumas aplicações podem, ainda, instruir as equipes de saúde quanto à prescrição de determinados medicamentos, bem como sua administração e dispensa, além de alertas de reações adversas. alguns casos de sucesso já são registrados na áfrica, por exemplo.

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além disso, em casos de visitas, os médicos podem acessar os dados dos pacientes através de smartphones ou tablets.novamente, o fator de envelhecimento da população se torna um forte impul-sionador destas aplicações, pois a crescente demanda pode não encontrar res-posta no sistema atual.

3. deSafioS e riScoS 3.1. integraçãO dOs sistemasnenhuma solução tecnológica pode ser avaliada isoladamente.isso significa que as aplicações de mobilidade em saúde devem ser planejadas sempre de maneira integrada com os diversos sistemas de informação em uso ou a serem implantados.por exemplo, o coração de um sistema de informações de saúde é o prontuário eletrônico do paciente (pep) que consiste em todas as informações sejam cadastrais ou administrativas, até dados clínicos que serão essenciais no cuidado deste paciente.e para que esta integração ocorra é condição necessária que esta informação seja padro-nizada, ou seja, tanto o formato como o conteúdo dos dados a serem compartilhados devem obedecer um modelo comum.neste sentido, este já é um grande desafio, pois o mercado apresenta diversos modelos de pep, o que representa um entrave para o processo de integração e os casos de desenvolvi-mento de soluções isoladas se mostram caros, pouco efetivos ou até inviáveis a longo prazo.Os protocolos de intercâmbio de informação (Webservices, por exemplo) também devem ser cuidadosamente escolhidos, tendo em vista as aplicações atuais utilizadas e as novas tendências de plataforma tais como cloud computing.

3.2. cultura dOs prOFissiOnaisem todos os casos de implantação de novas tecnologias, o maior desafio é o fato huma-no. a natural resistência à mudança, o conservadorismo de alguns profissionais, a falta de conhecimento e até o medo da tecnologia são obstáculos que podem por a perder até o mais importante projeto.portanto, é fundamental informar, treinar e, principalmente, envolver os profissionais da saúde nos projetos de mobilidade. além do conhecimento prático, estes profissionais conhecem os riscos e são os detentores da relação com o paciente, portanto, seu valor agregado é inegável.um dos caminhos mais eficazes é a criação de equipes multidisciplinares que se res-ponsabilizam pelo projeto, desde sua concepção até sua efetiva implantação, inclusive entre os prestadores de serviço público e privado para que se consolide uma base sólida para a mobilidade.

3.3. inFraestrutura e tecnOlOgiaconforme mencionado anteriormente, apesar da oferta de serviços de comunicação de dados e acesso à internet, a qualidade deste serviço pode ser um grande fator de risco em qualquer projeto na saúde.Basta imaginar um monitor que não consiga enviar um alerta à equipe médica remota ou a indisponibilidade do prontuário de um paciente durante uma emergência e já temos uma ideia da dimensão deste risco.portanto, desde a escolha do software, sistemas de informação, equipamentos até o ser-viço de comunicação, todo o cuidado e rigor técnico é pouco.uma ferramenta muito útil são os sla (service level agreement ou contrato de nível de serviço) que define a qualidade esperada dos serviços em termos de dispo-nibilidade e funcionamento.da mesma maneira que o cuidado com a integração é tomado no nível dos siste-mas de informação, este fator é chave na infraestrutura lembrando que a fragmen-tação do projeto pode levar à duplicação dos investimentos e a grandes problemas de interoperabilidade.

Outro fator de risco que deve ser cuidadosamente gerenciado é a segurança da informa-ção, tanto na transmissão como no gerenciamento e armazenamento do dado, passando pelos sistemas de informação.

3.4. ViaBilidade ecOnômicO-Financeiraconforme citado anteriormente, os investimentos em qualquer nova tecnologia impli-cam na sua viabilidade financeira.este fato se contrapõe diretamente à maturidade das soluções e o ganho de escala em sua adoção, que se desdobram na redução do custo da tecnologia, o que impacta direta-mente em algo novo como as soluções de mhealth.por outro lado, existem ganhos que transcendem a dimensão financeira, e a mobilidade traz esta oportunidade ao se configurar como uma solução capaz de salvar ou melhorar a qualidade de vida das pessoas.e a boa notícia é que já existem diversas implantações com sucesso em todo mundo, mais notoriamente em países em desenvolvimento, com ganhos evidentes e mensurá-veis. O Brasil não é exceção e, além de projetos já implantados, existem várias soluções desenvolvidas no país em fase bastante avançada.

3.5. legislaçãOÉ indiscutível a necessidade de uma legislação que oriente a incorporação de soluções de mobilidade com muita rapidez, principalmente no que tange à integração com o sis-temas públicos.O grande risco é que fornecedores desenvolvam soluções e sejam feitos investimentos em tecnologias que possam não estar aderentes à futura legislação, o que se traduz em perdas financeiras e operacionais.e, se este cenário se confirmar, o próprio paciente será o maior prejudicado.

4. concluSãonovas aplicações vêm surgindo,também no Brasil, incluindo a localização demédicos especialistas por gps, portais de educação para os médicos e profissionais da saúde e software de prescrição eletrônica para apresentação de medicamentos.também no Brasil, já existem soluções em cloud computing que têm como conceito a descentralização da saúde, em que o paciente é um sujeito ativo nos cuidados e gestão de sua própria saúde.dispositivos como monitores de gestação e sistemas de imagem portáteis base-ados em ultrassom se conectando a smartphones e enviando os dados para o médico já existem e auxiliam nos caso de gravidez de alto risco.soluções que trazem o prontuário eletrônico do paciente em smartphones e pdas reduzirão erros de diagnóstico, tratamento e prescrição e estes mesmos dispositivos poderão trazer imagens e exames em tempo real.as possibilidades são enormes mas, talvez, um dos benefícios mais particulares da mobilidade seja justamente a possibilidade de que os pacientes se tornem agentes no cuidado preventivo, com o uso dos celulares que podem ser uma pla-taforma simples e eficiente de conscientização.e, se desenvolvido de maneira correta, ao invés de levar o paciente a se tornar independente do médico sem ter conhecimento para isso, este tipo de solução poderá conscientizar o paciente dos riscos do autodiagnóstico e da automedica-ção, além de facilitar o acesso ao sistema de saúde.de qualquer perspectiva, a mobilidade tem um enorme benefício para o paciente, para o sistema público em seus vários níveis e para o sistema pri-vado de saúde.com tantas possibilidades, o grande desafio é saber escolher, priorizar, plane-jar... e implementar!

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S o B r e o a u t o rautorGustavo de martini cursou administração de empresas, com extensão em gestão empresarial pela Bsp e em sistemas de saúde pela FgV, possuindo diversos cursos internacionais de liderança, gestão de projetos, técnicas de vendas consultivas, entre outros. com experiência de 29 anos em ti, foi principal executivo de empresas no Brasil e américa latina e consultor, tendo atuado no setor da saúde desde 2005.

c a S o d e S u c e S S omoBilidade à Beira leitohOspital paulistanO inVeste em taBlets para O cOntrOle da administraçãO de medicamentOs. próximO passO É usar O dispOsitiVO para eVOluir Os pacientesthaia duó - [email protected]

há cerca de um ano o hospital paulistano, na capital de são paulo, focado nos padrões da Joint commission international em garantir a administração correta dos medica-mentos dentro da instituição, optou por adquirir tablets para gerir o uso e preparação de remédios à beira leito.mesmo com um controle de rastreamento já adotado, a instituição ainda não confiava 100% no sistema, fato que a levou para o caminho da mobilidade. “garantir o medi-camento certo, para o paciente certo e na hora certa não é fácil. devemos fazer o máximo para evitar erros, que são bem possíveis de acontecer e a mobilidade propicia uma garantia, pois o medicamento é preparado dentro do quarto, com a prescrição já inserida no tablet”, explica a gerente administrativa-financeira, roneide cursino.de acordo com a executiva, o código de barras, tanto da pulseira do paciente quanto do remédio, também é conferido no próprio dispositivo móvel. e somente após confe-rência o uso da medicação é liberado.O grande objetivo aqui é garantir maior segurança e qualidade ao paciente, que normalmente tem o medicamento preparado longe de seus olhos, no posto de enfermagem. “a diferença é que tudo é feito na frente do paciente e com a verificação eletrônica do processo”, avalia.antes de decidir pelo uso de tablets, o hospital paulistano testou outras soluções possíveis para evitar erros. Foram avaliadas ferramentas como um desktop em cada leito e notebooks, com experimento na mão de enfermeiros e em carrinhos de corredor. destas, roneide destaca o motivo da escolha: “chegamos ao tablet pela facilidade e prati-cidade, por ser menor, ocupar menos espaço, ser leve de carregar e, principalmente, pela aprovação dos próprios colaboradores.”

o dispositivoÉ claro que os tablets adquiridos não são comuns se comparados aos de uso pessoal. O aparelho tem resistência considerável. não sofrerá danos com uma simples queda, nem apresentará problemas na parte eletro-eletrônica se a sua tela entrar em contato com líquidos.“tudo foi testado e aprovado. além disso, passamos por um período de adaptação não só do hardware, mas também da infraestrutura do hospital”, diz a executiva, referin-do-se à rede Wi-Fi com velocidade necessária para trafegar todos os dados necessários. hoje, o projeto está na etapa final, com previsão de conclusão para novembro deste ano. O último setor a contar com a mobilidade é o pronto-socorro. “por ser em Box (a área do ps) e considerado um espaço bastante cheio, com maior concentração de pessoas, especificamente aqui adotamos o all in One, que acaba fazendo o mesmo traba-lho do tablet. a diferença é que fica fixo dentro de cada um dos Boxes”, conta.

próximo passoassim que o projeto seja finalizado no paulistano, a ideia é entrar, ainda este ano, com o mesmo conceito no hospital Vitória e, em 2013, no alvorada moema e total care.“Vamos trabalhar para que os médicos, no futuro, utilizem tablets não apenas para administração de medicamentos, mas também para fazer uma prescrição, evolução de um paciente, entre outras atividades que facilitem seu dia a dia.”passado um ano da experiência, a executiva acredita que o uso do dispositivo ainda pode evoluir bastante. “tecnologia sempre vai, no início de tudo, esbarrar em uma coisa normal do ser humano, que é a resistência. toda novidade envolve mudança cultural, por isso a resistência é natural e comum. para superar estes obstáculos, investimos bastante em treinamento e procuramos mostrar os ganhos que os usuários teriam”, diz roneide.hoje, nas auditorias, o paulistano tem adesão de mais de 90%, sem opção de papel.

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Saúde BuSineSS Schoolsaúde Business school é uma iniciativa da it mídia.

todos os direitos reservados.

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S a ú d e B u S i n e S S S c h o o lO s m e l h O r e s c O n c e i t O s e p r á t i c a s d e g e s t ã O , a p l i c a d O s a O s e u h O s p i t a l

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CloudComputing

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i n t r o d u ç ã odepoiS do SuceSSo doS primeiroS Saúde BuSineSS School continuamoS com o projeto. eSte ano, falaremoS SoBre tecnoloGia da informação em Saúde

na busca por auxiliar as instituições hospitalares em sua gestão, trouxemos no terceiro ano do projeto saúde Business school o tema tecnologia da informação em saúde. ainda que exista literatura sobre o tema, a nossa função aqui é construir um manual prático para a geração de um ambiente de tecnologia hospitalar mais seguro, que auxilie e oriente as equipes

o projeto envolve oS SeGuinteS temaS:

módulo 1 - infraestrutura de ti nos hospitais

módulo 2 - O papel do ciO

módulo 3 - governança de ti nos hospitais

módulo 4 - erps

módulo 5 - segurança dos dados

módulo 6 - terceirização de ti em hospitais

módulo7 - prontuário eletrônico

módulo 8 - a integração entre engenharia clínica e ti

módulo 9 - ris/pacs

módulo 10 - gestão dos indicadores

módulo 11 - mobilidade nos hospitais

módulo 12 - cloud computing

na organização de seus departamentos de ti e na interação da área com os stakeholders.em cada edição da revista Fh, traremos um capítulo sobre o tema, escrito em parceria com médicos, professores, consultores e instituições de ensino, no intuito de reunir o melhor conteúdo para você. Os capítulos, também estarão disponíveis para serem baixados em nosso site: www.saudeweb.com.br

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por anderSon fiGueiredo

cloud computinG:conhecendo e uSufruindo!

1. a terceira plataformade ti e telecom

até o início da década de 80, os grandes computadores (“mainframes”) eram a única referência quando o tema informática entrava em discussão e sua utilização estava praticamente restrita às empresas. como podemos ver na figura 1, nessa época todo o processamento era centralizado e realizado por um único dispositivo que ficava em um único e protegido lugar e que era acessado e utilizado em horários pré-determinados e por profissionais altamente especializados para atender diversos usuários remotos. em resumo, um dispositivo (one device), um único lugar (one place) e um tempo delimi-tado (one time).entre os anos de 1985 e 1986, os computadores pessoais (pcs) começam a migrar do ambiente doméstico, para o qual haviam sido originalmente criados, para os ambien-tes corporativos. essa migração atingiu rapidamente todos os segmentos econômicos e auxiliada pela constante e rápida evolução nos produtos e soluções desenvolvidas pela indústria de ti, como as redes locais e a internet, possibilitaram o uso de computadores, de forma distribuída, por um número maior de usuários (múltiplos devices) que podiam ser utilizados em qualquer horário (anytime) e em diversos lugares (“n” places)desde que conectados aos servidores que gerenciavam as redes locais e globais das empresas.essas duas plataformas computacionais, os mainframes e os computadores pessoais, sobreviveram e conviveram por todo esse período (e por muito mais tempo!); no entanto a idc vem apontando há pelo menos três anos que ingressamos em uma nova platafor-ma que inclui novos produtos e soluções tanto de ti quanto de telecomunicações e que é suportada por quatro grandes pilares: mobilidade, redes sociais, Big data e cloud computing. uma realidade em que os usuários querem ter acesso com qualquer disposi-tivo, em qualquer lugar e a qualquer hora (any device, anytime, anywhere).

Vinte e cincO anOs após assistirmOs a chegada dOs primeirOs cOmputadOres pessOais aO mercadO de traBalhO e acOmpanharmOs a transFOrmaçãO que eles prOVOcaram em nOssOs háBitOs e nOs prOcessOs das empresas; estamOs nOVamente de Frente cOm uma reVOluçãO prOVOcada pelOs aVançOs da ti, que apenas se inicia e já se mOstra muitO mais cOntundente e presente nO dia-a-dia das pessOas e cOrpOrações

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2. conceituando cloud computinGnesse artigo, vamos nos ater ao tema cloud computing que é um novo modelo de negócio que está presente em todas as discussões dos gestores de ti no Brasil, independente de qual segmento econômico seja a empresa em que eles atuam.ao apresentar os principais conceitos sobre cloud computing, mostrar o estágio atual e as tendências dessa nova oferta de ti e telecom no mercado brasileiro e buscar alinhar essas características às necessidades e estratégias do segmento de saúde, esse documento objetiva normatizar o conhecimento e ampliar a disseminação do modelo cloud computing da forma mais eficiente e eficaz.como já citado anteriormente, apesar de contar com os mais modernos recursos tecnológicos, cloud computing trata-se de um novo modelo de negócio que consolida diversas práticas até então utilizadas na comercialização de produtos, serviços e soluções de ti e se caracteriza pelo atendimento a quatro requisitos principais, conforme apresentado na Figura 2:

a) Elasticidade / Flexibilidade / Compartilhamento: As empresas não têm mais interesse em adquirir produtos em formatos / tamanhos / capacida-des não aderentes e inadequados às suas necessidades. O modelo Cloud Computing se propõe a fornecer esses produtos de maneira flexível e elás-tica, ou seja, oferece ao comprador a possibilidade de efetuar ampliações ou reduções na quantidade, na forma e no momento que desejar, compar-tilhando os recursos com outras empresas, sem qualquer obrigatoriedade de atendimento a padrões pré-determinados.

b) Rápida aquisição e provisionamento de recursos: No cenário atual, os tempos necessários para atendimento de requisições são cada vez menores e o modelo Cloud Computing possibilita a rápida aquisição de novos produtos / recursos, reduzindo o tradicional ciclo de compra e de entrega desses produtos / recursos, uma vez que a dis-ponibilização dos mesmos é quase que imediata após a concretização online da sua aquisição.

c) Cobrança granular e pagamento por serviço: Essa é, certamente, a caracte-rística do modelo Cloud que mais tem atraído a atenção dos gestores da TI na avaliação dessa nova oferta. Reduzir a imobilização dos recursos financeiros que ocorre com a compra dos produtos (Capex) e passar a pagar apenas pelos produtos utilizados quando forme realmente utilizados em operação (Opex) é um fator extremamente positivo tanto para os gestores de TI (p.ex. CIO) como para os gestores financeiros das empresas (p.ex. CFO) que podem se planejar para aproveitar essa disponibilização de recursos financeiros e realizar novos investimentos para atender à questões estratégicas da companhia.

d) Acessível via Internet: Num mundo em que a mobilidade é uma realida-de cada vez mais presente e, em que o acesso às redes sociais se faz dos mais variados dispositivos, torna-se fundamental que o acesso possa ser realizado de qualquer lugar e a qualquer momento, ou seja, os recursos devem estar sempre disponíveis e acessíveis e a Internet se apresenta como a grande facilitadora para o atendimento dessas requisições.

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3. o cenário atual de cloud computinG no BraSil

como o conceito cloud ainda não está totalmente consolidado, ainda há dúvidas que inibem as empresas na adoção de soluções em cloud computing e a princi-pal delas diz respeito ao receio de compartilhar ambientes e recursos com outras empresas. esse é um aspecto meramente cultural sem nenhuma justificativa técnica e que será rapidamente superado à medida que aumente o número de empresas aderindo a soluções em cloud. Outras preocupações, tam-bém decorrentes do pouco tempo da oferta de cloud no mercado, referem-se a esse novo modelo de cobrança (haverá redução de custos?) e também à possibilidade de ocorrer indisponibilidade dos dados devido a problemas com acesso via internet.rapidez de aquisição e implan-tação aliado à possibilidade de pagamento por uso são conside-rados, pelos responsáveis pelas áreas de ti, os aspectos mais positivos das ofertas cloud. Os gestores tem uma grande expec-tativa que essas características deverão proporcionar uma redu-ção significativa em muitos dos gastos atuais com ti.todos os estudos realizados pela idc Brasil mostram que cloud computing veio para ficar e que as receitas provenientes de solu-ções cloud apresentam uma ten-dência de aumento significativos nos próximos cinco anos, atin-gindo variações anuais superiores a 60% nas receitas de imple-mentações na modalidade iaas (infraestrutura como serviço) e crescimentos próximos a 75% nas receitas originadas em projetos orientados à modalidade saas (software como serviço).

4. como entrar neSSe mundo cloud?

além dos aspectos de aculturamento no novo conceito, de pouca compreensão do modelo financeiro e da dúvida pertinente com relação a algo novo; os temas técnicos também representaram, até o momento, grandes inibido-res para um avanço mais rápido na adoção de soluções cloud. temas e termos como “cloud pública (ambiente externo e recursos compartilhados)”, “cloud privada (ambiente interno ou externo com recursos exclusivos)” “iaas (infraestrutura como serviço)”, “saas (software como serviço)” e “paas (plataforma como serviço)” ainda estão sendo mais bem compreendidos e assimilados pelos gestores de ti das empresas presentes no terri-tório brasileiro.simplificando a equação necessidades x novas soluções, a idc Brasil recomenda às empresas:

a) Validar, em todos os níveis, se a oferta apresenta um ROI (Retorno sobre Investimento) adequado, ou seja, se realmente haverá uma redução nos custos com a implantação da nova solução.

b) Que além de incorporar novos recursos de hardware através de provedores de Cloud Pública, utilizem-se dessa modalidade para a migração de aplicativos que sejam periféricos aos sistemas essenciais da compa-nhia, como por exemplo, aplicativos de colaboração (p.ex. MS-Office), softwares de segurança (p.ex. antiví-rus e anti-spam).

c) Avaliar quais aplicações podem ser migradas para um ambiente de Cloud Privada, levando em consideração, principalmente, a agilidade e flexibilidade que a provedor apresente quanto à aquisição de novos recursos e também quando do momento de devolução de alguns desses recursos contratados como serviço.

d) Buscar no mercado casos de implantação bem-sucedidas, em especial junto a empresas com características semelhantes no que tange ao segmento de atuação, tamanho da empresa e presença no mercado brasileiro e estágio do ambiente e da área de TI.

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5. e o SeGmento Saúdedentro deSSa nova realidade?

como todos os demais segmentos econômicos, a área de saúde está se transformando num grande usuário de soluções cloud. se considerarmos as constantes movimentações desse mercado em que é grande o número de aquisições e/ou fusões de hospitais, podemos afirmar que o aumento da capilaridade é significativo e nesse aspecto o conceito de ter os dados acessíveis por todos, a qualquer instante e a partir de qualquer dispositivo / lugar ganha uma importância definitiva.se analisarmos as implicações da verticalização que ocorre no setor com a junção de hospitais, laboratórios e operadoras de saúde devem ser considerados os seguintes aspectos:a etapa de desenvolvimento de processos e procedimentos para possibilitar a integração e coe-xistência de diversos perfis de profissionais e sistemas de origens e características distintas;a consolidação de sistemas essenciais ou apenas periféricos; a necessidade de recursos adicio-nais de infraestrutura, num primeiro momento, para efetuar essa consolidação e integração e que, ao final dessas etapas não serão mais necessários (escalabilidade, flexibilidade).considerar que, em muito pouco tempo (agilidade), todas as aplicações devem estar acessíveis por todos, preferencialmente via internet (a mobilidade nos exige isso!) e com a maior qualida-de e rapidez possíveis.essas necessidades devem estar também na prioridade dos gestores de ti das empresas de saúde que não passaram ou não estejam passando por um momento de aquisição, fusão ou incorporação. avaliar a migração de alguns recursos para o modelo cloud computing é uma das principais atividades para os gestores, em busca de melhoria operacional, econômica e financeira de suas empresas.Finalmente, há que se considerar o impacto proveniente da atuação do principal elo dessa cadeia de negócios que são os clientes das empresas de saúde, quer sejam hospitais, laborató-rios ou operadoras. todo cliente, hoje em dia, possui um dispositivo móvel e, grande parcela dessa população é usuário contumaz da internet tanto em suas empresas como na vida privada, atuando quase que integralmente num mundo digital em que a manutenção de acompanhamen-to através de documentos em papel, quer sejam receitas, resultados, etc., acaba refletindo de forma negativa na avaliação das empresas prestadoras de serviços de saúde.informações ao alcance de um toque em seu dispositivo e a possibilidade de efetuar online os agendamentos de consultas, exames e procedimentos e a obtenção dos resultados de exames, sem a necessidade de se saber onde essas informações estão sendo armazenadas e processadas é um das principais reivindicações desses usuários.poder interagir com as empresas de saúde no mesmo nível de agilidade, eficiência, confia-bilidade e qualidade que já desfrutam com companhias de outros segmentos da economia é primordial na avaliação do cliente atual: móvel, social e usuário assíduo de recursos na nuvem, ainda que não o saiba.em resumo, ir para a nuvem é questão de tempo; quem melhor e mais rápido se integrar a essa nova realidade, certamente estará numa posição de vantagem em relação aos seus concorrentes.

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S o B r e o a u t o rautoranderson figueiredo é gerente de pesquisa & consultoria da área de enterprise da idc Brasil. lidera a equipe de analistas e consultores na elabo-ração de trackers de hardware, software e serviços e no desenvolvimento de projetos customizados de consultoria para grandes corporações de ti.

SoBra a empreSaa idc é provedora global de inteligência de mercado, serviços de consultoria e eventos para as indústrias de tecnologia da informação e telecomu-nicações. a companhia apoia profissionais de ti, executivos de negócios e investidores na tomada de decisões relativas a compras de tecnologia e estratégias empresariais.

c a S o d e S u c e S S oa nuvem é SeGura para aplicativoS de Saúde?alguns prOVedOres de serViçOs de saúde cOntinuam hesitandO em enViar dadOs de pacientes e aplicatiVOs clínicOs para a nuVem. eis cOmO lidar cOm tal apreensãOmarianne Kolbasuk mcGee | informationWeek eua

Organizações de saúde estão, aos poucos, optando pela nuvem para rodar aplicativos. isto é especialmente verdade entre os pequenos provedores de serviços de saúde, que não possuem equipes de ti ou os recursos necessários para implementar e suportar novos aplicativos locais, além de hardware, redes e outras infraestruturas necessárias de ti. todavia, enquanto alguns provedores de serviços de saúde começam a adotar saas para os negócios – e para aplicativos relacionados a administração – eles ainda se recusam a mover softwares clínicos e dados de pacientes.É o caso da clínica springfield, um grupo com diversas especialidades médicas e 280 médicos atendendo dois milhões de pacientes, em 14 locais na região central do estado americano de illinois. a clínica springfield tem crescido rapidamente, acrescentando entre 30 e 40 médicos por ano, por meio de esforços de recrutamento e fusões. a clínica precisava de uma maneira de trazer esses médicos para o grupo com rapidez e eficiência. por isso, há cerca de um ano, o grupo começou a explorar serviços de aplicativos de gestão do fornecedor de serviços baseados em nuvem, navisite, para rodar e suportar os aplicativos de rh, folha de pagamento e financeiro.a nuvem tem tornado mais fácil e mais barato para a clínica springfield adicionar capacidades aos sistemas quando novos médicos se juntam ao grupo, disse o ciO da clínica springfield, jim hewitt, em uma entrevista para a informationWeek healthcare. Os médicos recém-chegados à clínica “ainda precisam de treinamento e conversão” dos sistemas anteriores, “mas, não precisamos nos preocupar sobre expandir infraestrutura de ti para conseguir isso, hardware ou software”, disse ele.a clínica também usa o software baseado em nuvem, Followmyhealth, como portal de paciente, que permite que eles acessem histórico médico, se comuni-quem com médicos de forma segura e agendem consultas.porém, para acessar o portal baseado em nuvem, os pacientes devem fazer cadastro voluntário para utilizar os serviços e consentir que seus dados sejam aces-sados via web. “isso evita riscos”, disse hewitt sobre algumas das preocupações da springfield. por enquanto, cerca de 14.000 pacientes já utilizam o serviço.mas, como muitas outras instituições de saúde, a clínica springfield não está preparada para enviar os dados de seus 2 milhões de pacientes para a nuvem, movendo emr, disse hewitt. “nosso fornecedor de emr [allscripts] está considerando saas, mas há muita resistência de usuários como nós”, contou ele.Organizações de saúde temem enviar informações pessoais de saúde dos pacientes para a nuvem devido às exigências do hipaa (health insurance portability and accountability act), disse.“eu sou o responsável pelo seu histórico médico, mas, você, paciente, é o proprietário”, explicou. “se eu, como provedor de serviços de saúde, adotar um serviço em saas, terei criado uma relação entre negócio e sócio, e o paciente não sabe quem está com seus dados”, disse hewitt. por outro lado, se o paciente utiliza os serviços do portal, ele é avisado sobre seus dados estarem na web.“se eu vou colocar os dados de 2 milhões de pacientes na nuvem, é necessário que haja um alto nível de confiança”, afirmou. Violações ao hipaa – além de trair a confiança do paciente – podem sair extremamente caras para o provedor de serviços de saúde, conta.“se eu tiver um incidente com os históricos médicos de 2 milhões de pacientes na nuvem, eu tenho de pagar um ano de proteção de crédito, no valor de us$ 40 por cada um desses 2 milhões de pacientes, que podem ter tido a identidade violada, e são us$ 800 milhões só para começar”, sem falar em multas federais e outras multas e custos associados com a solução do problema. com esses riscos em mente, “seremos diligentes com saas” antes de levar prontuário eletrô-nico do paciente ou outros sistemas clínicos para a nuvem.

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Governança: alavancapara osnegócios

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João Octaviano Neto, da AACD: Governança cor-porativa ajuda a angariar recursos

Maria Carolina Buriti | [email protected]

Sábado, 10 de novembro. no palco, vários artistas fazem shows e pedem doações do público em um encontro transmitido pelo SbT durante 24 horas. o grande evento é o Teleton, que há mais

de uma década contribui para a receita da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). este ano, a arrecadação superou a cifra de 2011, de r$ 26,8 milhões, atingindo r$ 30,1 milhões, e o montante já corresponde a 10% da receita da entidade. mas voltemos ao palco. Quem está lá, ao lado do Silvio Santos, é regi-na Helena Scripilliti velloso. A executiva é voluntária na instituição há 12 anos e tem sua história totalmente ligada à AACD: seu pai, Cló-vis Scripiliti, comprou o Teleton. e não é só. este ano, ela começou a presidir o conselho administrativo da instituição, em um momento de busca por profissionalização e desenvolvimento das práticas de governança corporativa. “A regina assume num momento inovador, em que se deixa de ter di-retoria voluntária e passa-se a ter como órgão gestor um conselho com 105 membros”, explica o Ceo, João octaviano neto, um dos executivos contratados para tocar o dia a dia na entidade. A história de octaviano neto com a AACD também não começou agora. Há 12 anos na instituição, o executivo já passou por diversos cargos de forma

Em uma virada histórica, a AACD foca na profissionalização da gEstão E Em govErnança corporativa para obtEr mais rEcursos para sua opEração

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novembro 2012 revistafh.com.br

30, 1 milhões no Teleton 2012

2.186 colaboradores

Cerca de 1500 voluntários

6 fábricas que produzem 65 mil itens/ ano

14 unidades distribuídas pelo Brasil, 2 em construção

e parceria com duas escolas conveniadas

HOSPITAL ABREU SODRÉ111 leitos, incluindo internação e UTI

10 salas cirúrgicas

877 médicos especialistas credenciados

AACD EM NÚMEROS

voluntária e agora está à frente da operação, com um grupo de mais cinco contratados nas áreas de marketing e captação, institucional, operações, admi-nistração e finanças e superin-tendência clínica. o modelo substitui 25 diretores e um pre-sidente que atuavam como voluntários até então. essa é a primeira vez que a instituição tem profissionais contratados em seu corpo diretivo. A guinada rumo às melhores práticas significa profissionali-zar a gestão, mas também fun-ciona como vitrine de atração de recursos para uma organi-zação que tem em sua origem a filantropia e o voluntariado. o começo dessa mudança ocorreu há seis anos, com o trabalho de consultoria do Instituto de Desenvolvimen-to Gerencial (InDG), que foi financiado pela brava.“o novo modelo de Governança Corporativa foi desenhado com conselho de administração e, dentro dele, o presidente do con-selho com seis vice-presidentes, mais os outros vice-presidentes natos, que são da diretoria vo-luntária”, explica octaviano neto, acrescentando que o mo-delo foi desenhado durante os mandatos de Horácio Lafer Piva e eduardo Carneiro, ao longo de dois mandatos de três anos.

Fabricante de suas próprias pe-ças, a AACD tem parceria com a Microsoft para desenvolver software para reabilitação por meio da plataforma Kinect.A parceria permite desenvolver os sistemas com a plataforma do Kinect e depois comparti-lhar com a Microsoft a patente. A entidade possui uma área de engenharia clínica para a pros-pecção de novas tecnologias. Uma delas substitui os moldes feitos de gesso por imagens escaneadas do coto do pacien-te. Assim, a produção é digi-tal, por meio de um sistema computacional chamado de CAD-CAM (desenho assistido por computador), que ajusta e emite as informações para uma máquina, que esculpe o molde em um bloco de espuma e serve de base para a prótese do paciente. “Essa tecnologia é nova, de ponta e melhora a precisão da prótese, dimi-nui o tempo de fabricação e melhora a qualidade para o paciente”, diz. Com o sistema, o paciente não precisará se dirigir à fábrica da AACD, por exemplo, pois as informações serão passadas digitalmente para a linha de produção. Em 2012, também ocorreu a incorporação do Lar Escola São Francisco, que também atuava com portadores de deficiência física. A entidade, que era cus-teada pelo SUS, será o novo centro de pesquisa da AACD, com prospecção de novas tec-nologias na área de técnicas ci-rúrgicas, materiais de implantes, hospitalidade e centro de rea-bilitação. O centro já conta com parceria com cinco laboratórios.

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na estrutura atual há comitês coorde-nados por conselheiros que se rela-cionam diretamente com a presiden-te: planejamento e finanças, jurídico, nomeação, médico e auditoria.

IMÃ DE RECURSOSDe caráter voluntário, a instituição de 62 anos hoje é um conglome-rado que reúne seis fábricas, onde são produzidas as órteses e próte-ses e cerca de 65 mil itens por ano. A pretensão é chegar a 16 unidades de reabilitação até o final de 2012, já com os recursos do Teleton. e é para garantir essa expansão que o modelo de governança corporativa vem sendo tão trabalhado. Afinal, se a transparência na prestação de contas é importante para qualquer entidade, quando se trata de uma organização que depende de doa-ções e, portanto, credibilidade, as

boas práticas se tornam questão de sobrevivência. “o que procura-mos é que, com a governança cor-porativa, se tenha a maior autossus-tentabilidade possível, ou seja, que se possa gerar recursos e participar de leis de incentivo e toda a mecâ-nica de financiamento do terceiro setor. Porque sempre precisaremos de bons doadores - frequentes per-manentes e fidelizados, que aju-dam a nossa associação no ponto de vista do equilíbrio orçamentá-rio”, diz o Ceo. o Hospital Abreu Sodré, localiza-do na capital paulista e mantido pela AACD, é um desses exem-plos. entre 30% e 35% dos recur-sos são provenientes do SUS.os

outros 70% são receitas gera-das por cirurgias particulares e doações. Todos os pacientes dos centros de reabilitação são

custeados com os recursos do sistema público e cerca de um terço das cirurgias tem parte do custo coberto pelo SUS. “e é aí que a AACD complementa e entra o caráter filantrópico. Tanto no centro de reabilitação, quanto na oficina de órteses e próteses e no hospital, em grande medida, há necessidade de complementar essa receita. em alguns casos o SUS cobre 100% das receitas, mas nem sempre”, explica o executivo. e é justamente no recebimento dos repasses que octaviano neto

enfatiza a importância da transpa-rência e qualidade na prestação de contas, um dos requisitos da governança implantada. “otimiza-mos os atendimentos do sistema público para recebermos o máxi-mo possível do enquadramento SUS, porque às vezes erramos no enquadramento e recebemos menos”, explica, e aconselha: “as entidades precisam se adequar ao regramento do SUS de forma muito mais coerente e convergente com as tabelas e o modelo. Isso faz com que se diminua muito o processo de perda no repasse SUS.” neto traz a experiência de quem trabalhou no governo como secre-tário municipal de Serviços e obras. Segundo ele, o conhecimento ajuda a entender os mecanismos e as es-truturas internas do governo e os trâmites burocráticos.

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são receitas geradas por cirurgias particulares e doações

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Há mais de 40 anos, a Fundação Cesp atua na oferta de benefício saúde e Previdência aos funcionários ativos e inativos das comPanHias de energia do estado de são Paulo e constitui-se, Hoje, no maior fundo de Pensão brasileiro, com r$ 20 bilHões

Criada em 1966, após a fusão de 11 empresas, a Companhia energética do estado de São Paulo (CeSP) logo percebeu a necessidade

de oferecer benefícios adicionais a seus funcioná-rios. A então maior geradora de energia elétrica do País criou, em 1969, a Fundação de Assistência aos empregados da Cesp (Faec), que não só contava com assistência médico-hospitalar e odontológi-ca, como também disponibilizava empréstimos pessoais em condições mais vantajosas do que as praticadas no mercado.este foi o primeiro passo para a consolidação do hoje maior fundo de pensão brasileiro, a Funda-ção Cesp (Funcesp), com r$ 20 bilhões em caixa e cinco ofertas de plano de saúde, no modelo de autogestão, que juntas somam 85 mil vidas.A partir da privatização, em 1996, que passou a Cesp ao controle de diversas empresas, a organização trabalhou para evitar a contaminação da carteira de previdência pela de saúde. “Houve uma grande preocupação pós-privatização para evitar isso, o que é característico dos fundos de pensão”, relem-bra o presidente da Funcesp, martin Goglowsky.os planos previdenciários vigentes foram saldados e substituídos por novos modelos que mesclam benefício e contribuição definida e, em 2006, os patrimônios previdenciários foram alocados in-dividualmente, para que se distinguisse a aplica-ção dos recursos de cada plano. As operações de saúde também foram isoladas, pra evitar riscos de contaminação entre as despesas de saúde e o patrimônio dos planos de previdência.

Posteriormente, foi a vez de organizar o plano de saúde, separando os participantes ativos dos par-ticipantes assistidos. o AmH/Digna funciona no modelo de autogestão, com pós-pagamento, e tem como público-alvo os funcionários ativos, coligados ou autopatrocinados das empresas patrocinadoras.o Plano especial de Saúde (PeS), o extensive e o nosso Plano foram destinados aos participantes assistidos, que incluem aposentados e pensionis-tas, e funcionam no modelo coletivo empresarial, com pré-pagamento. “o plano para os inativos é autossustentável e reajustado de acordo com cálculos autuariais. Como não temos comissiona-mento e lucro, como as operadoras de mercado, os reajustes servem apenas para cobrir os gastos e fazer as reservas exigidas pela Agência nacional de Saúde Suplementar (AnS). Com isso, consegui-mos trabalhar com mensalidades aceitáveis e, no ano passado, nosso aumento foi menor do que o autorizado pela agência reguladora”, conta o ge-rente executivo de Saúde da Fundação Cesp, Amir Salemi. os planos foram reajustados em 7,38% e o limite da AnS foi de 7,93%.o desafio, agora, é migrar todos os inativos para o nosso Plano, lançado em agosto de 2011 para aten-der às novas necessidades do mercado de saúde. “esta oferta estabelece valores de pagamentos di-ferentes por faixa etária, não por renda. os planos anteriores contavam com este subsídio cruzado, em que quem ganhava mais, pagava mais pelo mesmo procedimento, o que pode gerar distorção”, comenta Goglowsky.

antecipando-se à

demanda cylene souza | [email protected]

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Foto: Divulgação

Após a privatização, em 1996, a Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) foi dividida em 13 partes e nove empresas: AES Eletropaulo, AES Eletropaulo Telecom, AES Tietê, Bandeirante, Cesp, CPFL Paulista, CPFL Brasil, CPFL Piratininga, CPFL Geração, CTEEP, Duke Energy International, Elektro e Emae.Estas nove empresas têm assento no con-selho deliberativo, junto com outros nove representantes dos participantes. Todas as grandes mudanças, como alteração do regulamento do plano de saúde ou reajus-

tes passam por aprovação. “É um sistema democrático, em que todos são envolvidos na decisão”, conta Goglowsky.Para o executivo, o envolvimento de empre-sas e funcionários na Funcesp estabelece um canal formal para troca de informação, o que os torna mais engajados e responsáveis na utilização dos recursos disponíveis.A instituição também estruturou uma área de relacionamento com as patrocinadoras, para torná-las mais cientes sobre prevenção de doenças, gestão da carteira e a importân-

cia de o RH orientar o participante sobre a melhor utilização do plano de saúde. “Este relacionamento requer conquista, a equipe desta área tem meta de visitar as empre-sas e ser proativa no que diz respeito às soluções, não pode só atender os problemas passivamente. Entendemos que as empre-sas que adotam o modelo de autogestão para o plano de saúde querem ofertar algo mais a seus empregados, não só oferecer o benefício como um produto de prateleira”, conclui Goglowsky.

o envolvimento das patroCinadoras

partici-pação

QuEm É mARTIn GoGLowSkyPresidente da Fundação Cesp, está na companhia há 13 anos e também consta em seu currículo um longo período de experiência em instituições financeiras: 17 anos no Citibank. “Percebi rápido que a Funcesp não era um banco. Aqui, a preocupação é mais com pagar do que com receber”, brinca.Do setor bancário, o executivo mantém até hoje a atenção aos processos, antecipação de deman-das e problemas e a estruturação e organização para a definição e execução de estratégias e ações.

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benefício120 mil participantes nos planos de previdência e saúder$ 20 bilhões em caixa37.272 beneficiários no PES, com idade média de 55 anos35.003 beneficiários no AMH/Digna, com idade média de 31 anos11.931 beneficiários no Nosso Plano, com idade média de 44 anos12 pessoas com mais de 100 anos entre os beneficiários. O mais velho tem 114 anos9 patrocinadoras

números

Sem fins lucrativos, a Funcesp reinveste todos os recursos disponíveis após paga-mento dos serviços utilizados e geração de garantias exigidas pela Anvisa em novos benefícios para seus usuários. “nosso au-xílio medicamento, por exemplo, é muito antigo e quase todos os participantes têm acesso. oferecemos de 10% a 50% de sub-sídio para os remédios de uso contínuo e temos nisso mais um filtro de informações para estruturarmos nosso programa de ge-renciamento de doenças”, explica Salemi.Com base em informações geradas com os benefícios adicionais e com a própria utilização dos serviços, a autogestão es-truturou, em abril deste ano, o Programa mais Saúde, que conta com um programa de gerenciamento de casos e doenças e orientação às patrocinadoras e participan-tes em eventos na capital paulista e no interior de São Paulo.“no caso do gerenciamento, dividimos os participantes em risco primário, em que os monitoramos para que não desenvolvam as doenças crônicas, risco secundário, que são os doentes crônicos sem complicações, e risco terciário, em que evitamos a descom-pensação da doença”, explica o gerente.os pacientes classificados nesta terceira faixa recebem acompanhamento domici-liar temporário, em que profissionais espe-cializados em gerenciamento de doenças preparam cuidadores para que o paciente possa ser tratado em casa depois da alta hospitalar e monitoram seu progresso.outros benefícios oferecidos pela fundação incluem reembolso parcial para aquisições de órteses e próteses que não requeiram intervenção cirúrgica, como óculos, e as-sistência aos portadores de incapacidade, com reembolso parcial de despesas com reabilitação e escola especial, por exemplo. “Estas ações cabem no nosso orçamento e se refletem em um alto índice de satisfação dos beneficiários”, conclui.

visão Global de saúde

o presidente da Funcesp coloca como meta dar mais sustentabili-dade financeira e manter serviços de qualidade aos beneficiários de saúde. “A migração anda nesta direção. nosso grande desafio é conviver com o envelhecimento da população, o que acarreta em mais aposentados e um número

menor de profissionais contrata-dos. É preciso fortalecer a gestão, buscar mais eficiência e detectar os problemas com antecedência. mais que continuidade, queremos segurança para nossos participan-tes, para que tenham um plano longevo, que os acompanhe até falecerem”, conclui.

QuEm É AmIR SALEmIo gerente executivo de saúde é um médico, especializado em clínica médica, que logo no início da carreira deixou os consultórios para dedicar-se aos problemas administrativos do setor. “Descobri que identificar problemas, criar processos e estruturar soluções era muito mais difícil que tratar pacientes e quis dar minha contribuição neste sentido”, comenta.Com passagens por diversas áreas da Intermédica, marítima Seguros, SulAmérica e Hos-pital São Luiz, o médico administrador vivenciou os problemas dos dois lados do balcão e, há quase dois anos, colocou esta experiência a serviço da Funcesp. “estas experiências me enriqueceram muito e hoje é gratificante colocar o conhecimento adquirido a serviço de um plano de saúde que não se preocupa só com custo e que não tem compromisso com o lucro”.

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60 outubro 2012 revistafh.com.br

Patrícia Santana | [email protected]

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InstItuIções hospItalares e a próprIa IndústrIa buscam alternatIvas para garantIr a preservação do meio ambiente e reduzIr custos

rumo ao

verde

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o setor de saúde é responsável por mais de 8% do Produto Interno bruto (PIb) brasilei-ro. A contribuição do sistema de saúde e

de todos os seus atores para a economia é incon-testável. De 2003 a 2008, ou seja, em cinco anos, a preocupação com a saúde vem pesando mais no orçamento das famílias brasileiras. Dados do Ins-tituto brasileiro de Geografia e Estatística (IbGE) apontam que a parcela dos gastos mensais, no

total do orçamento mensal familiar, destina-da à assistência à saúde subiu de 5,7%

para 5,9%.Sendo a saúde um fator de

impacto na economia, há de se ponderar também a sua

representação sob o viés am-

bien-

tal e social. Práticas sustentáveis que já estão evoluídas em outras indústrias ainda estão em discussão no ramo hospitalar. Iniciativas como a organização Não Governamental (oNG) Hospitais Saudáveis, que buscam mobilizar o setor para a proteção do meio ambiente e para a questão social, discutem formas de fazer com que entidades de saúde sejam mais ativas nes-tas questões. Entretanto, a evidente realidade é que os hospitais buscam cumprir as legislações ambientais e ainda julgam ações filantrópicas como soluções sustentáveis.Por isso, a FH buscou no mercado e nas pró-prias indústrias algumas soluções sustentá-veis, que extrapolam apenas o discurso do ecologicamente correto e fazem, de fato, a di-ferença na gestão hospitalar, reduzindo não só o impacto ambiental e social, mas também in-terferindo nos custos das instituições. tanto na

área de geração e manutenção de energia, quanto na alimentação encontramos

empresas e hospitais apostando em propostas sustentáveis.

Para o sócio diretor da La-nakaná Princípios Sus-

tentáveis, rodrigo Henriques, o prin-

cipal equívoco das institui-

ções hospita-lares reside em tratar a s u s t e n t a -b i l i d a d e de forma s ep a r ad a das outras iniciativas de gestão.

“Já estive em organizações onde tratavam os temas de qualidade de forma totalmente iso-lada das ações de sustentabilidade, ocorrendo inclusive resistência das pessoas envolvidas em incorporar os princípios de sustentabilidade por acharem que se tratava de um assunto ‘paralelo’ e não central na gestão”, conta o consultor.Henriques propõe que a sustentabilidade seja imersa em todo o modelo de gestão da organiza-ção, se relacionando com sua estratégia e visão de longo prazo. Para as soluções sustentáveis e a própria sustentabilidade ganharem importân-cia na gestão hospitalar, o consultor avalia que é preciso envolver outros atores, além da indústria e dos complexos hospitalares. “Depende de re-gulamentações e fiscalizações”, defende.Mais do que a preocupação ambiental, os ges-tores hospitalares têm em sua lista de priorida-des um item importante: o resultado financeiro. Assim, se faz necessário mensurar os ganhos de economia pelo racionamento de recursos naturais. Além dos resultados tangíveis, exis-tem os ganhos intangíveis, como a marca, re-putação, gestão do risco, qualidade da gestão, humanização, saúde do colaborador e inovação. “A premissa que acompanha o tema sustenta-bilidade é trocar a visão de curto prazo pela de longo prazo”, pontua.

EnErgia vErdE Quando se trata de energia e preservação am-biental, a primeira alternativa comercial para as instituições hospitalares é o uso do gás natural. Mas, ainda assim, há emissão de gases que im-pactam nas mudanças climáticas.Na Comgás, há um serviço chamado cogeração, em que, da geração de energia elétrica e outras utilities a partir de um motor gerador a gás ou turbina, a energia térmica para gerar outras ener-

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gias é recuperada, o que em um projeto convencional seria descartado. “Fazendo uma recuperação a vapor, conseguimos gerar uma ou mais energias com uma fonte”, resume o gerente de Cogeração & Climatização da Comgás, Pedro Luiz da Silva Jr.A ideia da cogeração é recuperar o calor que seria jogado na atmosfera e transformá-lo em energia no-vamente. “Isso é sustentabilidade e racionalização do uso do recurso, o que contribui para aquisição de selos verdes. Você está deixando de emitir gases pela efici-ência energética”, argumenta o executivo da Comgás.Essa solução, que já é homologada pela Agência Na-cional de Energia Elétrica (Aneel), é chamada de gera-ção distribuída por meio de cogeração qualificada. De acordo com Júnior, é possível atingir uma redução de emissão de gases estufas de 15% a 20%, se comparada à geração de termoelétrica a gás.Além da contribuição para a preservação do meio am-biente, a cogeração tem atributos que podem agregar valor aos hospitais, como:

Segurança da energia: A cogeração faz com que o hospital se torne um auto-produtor de energia segura e de qualidade.

Custo operacional: Dependendo do perfil e do ba-lanço energético, os hospitais têm demanda de vapor e água quente, principalmente aqueles que possuem lavanderia própria. “Essa energia pode ser gerada a partir de uma caldeira no modo tradicional. Mas é possível substituir essa queima direta pela eficiência energética da cogeração, o que traz menor impacto ambiental”, reforça.

Tarifa diferenciada: A Agência reguladora de Ser-viços do Estado de São Paulo oferece uma tarifa que chega a ser até 50% menor do que a convencional (queima direta) para instituições que fazem cogeração.

De uma forma geral, Silva avalia que a cogeração é uma forma de diversificar a matriz energética dos hospitais. Apesar dos benefícios, o gerente da Comgás avalia que ainda existe uma resistência em usar a so-lução por parte dos hospitais, por falta de cultura. “Em geral, os hospitais fazem a gestão interna de serviços que podem ser terceirizados e, para operar uma usina, é preciso ter conhecimento técnico. Como a grande parte das instituições não sabe operar uma usina e não há capacitação, falta confiança para entregar a um terceiro”, posiciona-se. A Comgás está hoje em negociação avançada com uma instituição hospitalar de São Paulo para a im-plantação da cogeração.

No que se referente especificamente à energia, a Dalkia opera e gerencia toda cadeia, desde a aquisição, pro-dução e transformação ao consumo energético. Na Dalkia, o mercado de saúde brasileiro representava de 5% a 10% do faturamento em 2007. Hoje, o segmento é responsável por 35%.Segundo o desenvolvedor de negócios da área de hospi-tais da Dalkia brasil, Maurício Almendro, o mercado de saúde está começando a procurar alternativas energé-ticas aliadas à redução de custo. “o principal motivador para buscar uma opção energética é a redução de con-sumo e custos. Por isso, soluções que envolvem altos in-vestimentos são declinadas na maioria dos casos”, avalia.Na opinião de Almendro, existem soluções energéticas, como o uso da biomassa, mas o mercado hospitalar ainda tem que passar pela fase inicial da gestão de utilities, revisão contratual e soluções corriqueiras de geração de energia de ponta, com o aproveitamento do ar condensado na geração do vapor, varejadores de água, tratamento de efluentes, revisão da iluminação, rotinas de equipamentos, caldeiras, aquecedores, etc. “Estas soluções já são usuais na indústria, mas ainda não são corriqueiras nos hospitais”, sinaliza.

a sodexo tem um caderno de receitas sustentáveis, com medidas adequadas ao ambiente caseiro, que é distribuído aos clientes e colaboradores, sempre que necessário, devido ao gran-de interesse das pessoas. “os pacientes e colabora-dores passaram a enxergar valor nas receitas e querem replicar isso em casa. a sus-tentabilidade também é um trabalho de conscientização”

maiS do QuE a PrEoCuPaÇÃo amBiEntaL, oS GEStorES HoSPitaLarES tÊm Em Sua LiSta dE PrioridadES um itEm imPortantE: o rESuLtado FinanCEiro. aSSim, SE FaZ nECESSÁrio mEnSurar oS GanHoS dE EConomia PELo raCionamEnto dE rECurSoS naturaiS

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o Hospital do Subúrbio, localizado em Salvador (bA), buscou uma alternativa construindo placas de aquecimento solar, o que garantiu a eficiência energética, aproveitando o próprio clima do Estado. “Na bahia, o número de dias de sol por ano é maior do que em São Paulo e o hospital é horizontal, o que favoreceu o sucesso do projeto. Esse tipo de solução ainda é pouco explorado em hospitais do nordeste brasileiro, por exemplo, mesmo que existam linhas de crédito espe-cíficas para este tipo de projeto”, exemplifica o executivo da Dalkia.

Comida sustEntávElHospital Metropolitano, de São Paulo, tem um projeto de promover a sustentabili-dade por meio da alimentação. Para isso, possui receitas sustentáveis (com apro-veitamento total dos alimentos), faz a reciclagem do óleo produzido na cozinha da entidade, promove a segregação de resíduos orgânicos e inorgânicos, faz uso de equipamentos de menor consumo / plano de manutenção, utiliza temperos naturais nas preparações das refeições do hospital e usa produtos de limpeza bio-degradáveis. todas estas ações garantiram para a entidade o selo Green Kitchen, em abril deste ano. “reduzimos em 20% a quantidade de óleos, sal e açúcar nos sachês oferecidos para que as pessoas temperem sua própria refeição. Isso tam-bém é uma forma de induzir as pessoas ao comportamento sustentável”, conta a diretora de sustentabilidade da Sodexo Puras, Ana Cristina Coleti.Esta iniciativa implantada no Hospital Metropolitano faz parte de um progra-ma mundial de sustentabilidade da Sodexo Puras. Dentro de um conceito que atua com soluções sustentáveis para nutrição, saúde e bem estar, preservação do meio ambiente e desenvolvimento das comunidades, a empresa elabora ações adequadas à realidade brasileira.Com o viés da nutrição, saúde e bem estar, existe o projeto de aproveitamento total do alimento, em que a Sodexo desenvolveu um cardápio com receitas sustentáveis, que aproveitam todos os itens dos alimentos, inclusive talos e cascas, que usualmente são descartados.Nas receitas e no preparo, há uma redução do uso de óleo e outros itens quími-cos que impactam no meio ambiente. “Além de trazer mais qualidade de vida aos pacientes e colaboradores, reduzimos o impacto com o meio ambiente e conseguimos diminuir de 15% a 20% a produção de lixo orgânico dos hospi-tais”, conta a diretora.Hoje, todos os clientes hospitalares da Sodexo fazem parte do programa de apro-veitamento total do alimento. o projeto surgiu em setembro de 2011, quando a empresa buscava ampliar o receituário com sustentabilidade. Na ocasião, a en-tidade treinou 945 pessoas e investiu 3.780 horas de treinamento para o projeto receitas sustentáveis. “Não mudamos a forma de trabalho, apenas precisamos ensinar a tratar, armazenar e usar insumos que antes iam para o lixo”, reforça Ana.

a agricultura é responsável por 70% do total do consumo de água potável e água subter-rânea em nível mundial. Estima-se que uma redução de 50% do desperdício de alimentos em nível mundial permitiria economizar cerca de 1.350 km³ de água a cada ano.

Fonte: Organização das Nações Unidaspara a Agricultura e a Alimentação (FAO)

saiba mais

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FH | tecnologia

novembro 2012 revistafh.com.br

michelle mcnickle, da InformationWeek

combate aos silos

Estudo da PwC afirma quE mElhor comunicação EntrE prEstadorEs dE sErviço E opEradoras dE saúdE rEsultará no mElhor cuidado do paciEntE

Se prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde quiserem melhorar os

cuidados assistenciais, precisarão juntar forças para aumentar a quantidade de dados dos pa-cientes disponíveis para os clínicos, afirma o relatório da PwC. A incorporação dessa grande quantidade de dados dentro das organizações será crítica, conforme o cenário evolui para uma abordagem com base nos resultados. Segundo o relatório, os dados podem servir como “uma poderosa arma” na briga para res-

tringir os custos, mas, hoje, tendem a ficar pre-sos em silos, seja na farmácia, na operadora, no consultório do médico ou no computador do paciente. Como resultado, os benefícios da informática ultrapassaram largamente os do paciente.operadoras e prestadores têm “um tesouro em dados”; a junção desses dados precisa ocorrer para transformar-se em informação valiosa. Al-guns já começaram essa transição, juntando fontes díspares. Isso inclui experimentos dentro

da formação de accountable care organizations (ACo – grupo coordenado de prestadores de serviços para atender um determinado grupo de pacientes. neste modelo, o reembolso está vinculado às métricas de qualidade e redução de custos), bem como a mobilização para com-partilhamento do plano de saúde.o diretor de vendas da Digitech Systems, Sean morris, confirmou as descobertas do relatório durante uma entrevista a Information Week Healthcare, observando que dois problemas

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surgem quando se fala em formar um sólida parceria entre operadoras e médicos: a tecnologia e a falta de confiança existente entre os dois grupos. Ambos têm o histórico de não confiar um no outro, devido aos incentivos financeiros pelos quais competem e ao atual sistema de serviços por taxa.“Uma grande quantidade de informação única dos pacientes reside separadamente em bases de dados de operadoras e consultórios médicos. Quando essa informação é combinada, há uma visão muito mais completa da condição do paciente, levando o médico diretamente à melhoria do cuidado e, consequente-mente, melhores resultados. Umas das dificuldades das duas partes é juntar essas tecnologias para im-plantar sistemas que compartilhem informações”.enquanto a indústria se afasta do atendimento indi-vidual (que utiliza dados de pedidos médicos para fornecer serviços) para o atendimento personali-zado, que visa a integração da informação clínica, social, genética e ambiental da pessoa para melhorar sua saúde como um todo, ainda está para ser cons-truída a tecnologia requerida para apoiar este nível de conhecimento avançado.mas a indústria está chegando lá e o primeiro passo é usar a tecnologia de informação em saúde para casar as informações em posse das operadoras, com a “profunda informação clínica coletada pelos pres-tadores de serviços”, de acordo com o relatório. Isso permitirá que as operadoras construam um “registro de paciente longitudinal e completo”, resultando em uma visualização abrangente do histórico do pacien-te. Para fornecedores, isso resulta em um aumento da eficiência nos consultório, redução de erros médicos e melhoria das iniciativas com foco na qualidade, como o Uso Significativo (meaningful Use).o compartilhamento de dados tem o potencial de coordenar o cuidado e alinhar o reembolso com a melhoria dos resultados para os pacientes. “A partir daí, é um passo muito mais curto para o objetivo final de redução de custos e melhoria de qualidade”. Par-cerias entre as operadoras que tenham capacidade tecnológica e prestadores de serviços que tenham a expertise clínica “criam a perfeita combinação de habilidades. este time recém-formado pode, junta-mente, estabelecer metodologias para medir efeti-vidade e reportar os resultados alcançados com os pacientes, tudo concebido para dar mais autonomia tanto para o médico quanto para o prestador.”Fundir as informações armazenadas nos servi-dores das operadoras e dos prestadores oferece um enorme potencial para efetivamente atingir a saúde da população, o estudo conclui. “Indo além e incorporando informações da farmácia, local de trabalho, características da comunidade e as pró-prias observações do paciente, será possível fazer a promessa da informática se tornar realidade. não faltam oportunidades para inovar e ser o o próximo gerador de manchetes da indústria de amanhã.”

Tradução: Alba Milena, especial para a revista FH

ComPartilha informações ClíniCas dos PaCientes Com outras instituições:

não compartilha ainda, mas é importante é necessárionão e não há necessidade para compartilhar informações clínicasSim, algumas informações já são compartilhadas com outras instituições de saúdenão compartilha ainda, mas há um planejamento e real necessidade para compartilhar informações clínicasentretanto não há planos para isso

24%

19%

14%

5%

38%

utiliza sistema de gestão Para as aPliCações ClíniCas

os equiPamentos de sadt estão integrados Com o sistema de gestão hosPitalar:

não, as aplicações clinicas fazem parte do sistema de gestão de mesmo fabricanteSim

25%

75%

41%

33%

26%

nãoSimParcialmente

saibamais

Fonte: Antes da TI, a Estratégia em Saúde (2012), realizado pela IT Mídia

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FH | na bagagem

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Para estreitar o relacionamento com os participantes do even-to, sugiro restaurantes como o Smith & Wollensky, dentro da Costa, e STK, super badalado e bem frequentado.

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Quem não conhece miami, e quer apro-veitar a cidade fora do circuito do evento, não pode deixar de visitar as famosas praias e os outlets

Faço parte do grupo do Porto Alegre Health Care Cluster e participei do World medical Tourism & Global Health Care Congress, que aconteceu du-rante os dias 24 e 26 de outu-bro, em miami (eUA).o encontro ocorre todos anos nos estados Unidos, cada edi-ção é em um local diferente. o intuito é aproximar as entida-des das companhias de seguro. Sempre há novidades em termos de hospitalidade, mas o principal é fazer relacionamen-to com as companhias.

Evento: World Medical Tourism & Global Health Care Congress

Data: 24 a 26 de Outubro

Local: Miami

Daniela Pontes, gerente de marketing do Hospital Moinhos de Vento

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A gerente de marketing do Hospital Moinhos de Vento,Daniela Pontes, participou da 5ª edição do World Medical

Tourism & Global Health Care, em Miami.

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No restaurante STK. Da esq. p/ a dir.Salvador Gullo (hospital São Lucas PUC-RS)Danielle GuersoniMarcia Fernanda (Mãe de Deus)Camila Soares (Mãe de Deus)Aline Ritter (Santa Casa - RS)Daniela Pontes (Moinhos de Vento)

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ENTRE A VIDA E A MORTE – MEDI-CINA E RELIGIÃO

Depois de 20 anos de trabalho como capelão no Hospital das Clínicas da Facul-dade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), o pa-dre Anísio Baldessin reúne neste livro mui-tas histórias, algumas delas situações-limi-te, vividas ao longo desses anos no HC.

Editora: Loyola

Autor: Pe. Anisio

Baldessin

Número de páginas: 160

Preço: R$ 23

TRATADO DE UROLOGIAPEDIÁTRICA

O livro tem como foco a atualização do tratamento cirúrgico de doenças urológi-cas pediátricas. Nele, os autores enfocam os aspectos mais impor-tantes da urologia pediátrica buscando levar a uma visão mais abrangente do que seja a atual práti-ca nesta área.

Editora: Sparta

Autor: Drs. José Carneva-le, Edinaldo Gonçalves de Miranda, Antônio Er-nesto da Silveira e Moacir Astolfo Tibúrcio, com colaboração de diversos especialistas.

Número de páginas: 800

Preço: R$ 457

Analice Bonatto | [email protected]

O LIVRO “TRIBUTOS E MEDICAMENTOS”, LANÇADO PELA INTERFARMA E ORGANIZADO PELOS PROFESSORES E PESQUISADORES EM ECONOMIA (PUC/SP) MARIA CRISTINA AMORIM E EDUARDO PERILLO, E PELO PRESIDENTE EXECUTIVO DA ASSOCIAÇÃO, ANTÔNIO BRITTO, REÚNE PESQUISAS SOBRE ESTRUTURA TRIBUTÁRIA DO SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL. VEJA AS PRINCIPAIS IDEIAS DA OBRA.

BOALEITURA

Foto: Divulgação

FH: O estudo do professor de Políticas de Saúde do Imperial College em Londres Nick Bosanquet mostra a liderança brasileira em impostos sobre medicamentos. Quais os principais dados res-ponsáveis por esta estrutura tributária do setor farmacêutico do país? Eduardo Perillo: A estrutura tributária do Brasil caracteriza-se por graves distorções. Fatores de produção como capital e trabalho são tributados preferencialmente à renda, lucro e patrimônio, dificultando o desenvolvimento econômico e a distribuição da renda. O capitalismo de pedágio é constituído por uma infinidade de instâncias arreca-datórias, municipais, estaduais, federais e sindicais, cada uma absorvendo uma parcela do valor gerado pela produção de bens e serviços.

FH: De que forma estes resultados afastam o desen-volvimento do setor e penalizam a população?Perillo: No âmbito da justiça fiscal, os tributos sobre o consumo oneram principalmente os cidadãos de menor renda, todos pagam o mesmo tributo, inde-pendentemente do nível de renda. No âmbito da or-ganização, a grande quantidade de tributos e a com-plexidade da legislação instituem um ‘capitalismo de pedágio’ - a expressão é do economista Ladislau Dowbor -, impondo custos elevados às organizações e contribuintes, alimentando processos parasitários às atividades produtivas. Não é exagero afirmar que no Brasil, o crescimento econômico se dá apesar da estrutura fiscal. A indústria farmacêutica brasi-leira, naturalmente, está inserida no capitalismo de pedágio, arcando, assim como outros setores, com tributos contraproducentes, custos administrativos desnecessários (se a parafernália fiscal fosse mais

Tributos e Medicamentos

Editora: InterfarmaAutor: Organizadores Eduar-do Perillo, Maria Cristina Sanches Amorim, Antônio BrittoNúmero de páginas: 170Preço: Gratuito

simples), perda de competitivi-dade e de estímulos ao investi-mento. Porém, diferentemente de outros setores econômicos, as farmacêuticas ofertam medica-mentos, um bem essencial ao cidadão e, que, por isso mesmo, é comprado pelo Estado (o gasto federal com saúde que mais cresceu foi com a compra de medicamentos). A essencialida-de do bem, a magnitude do gasto público e as disposições legais sobre o orçamento federal desti-nado à saúde tornam a situação dos tributos ainda mais dantesca no setor farmacêutico, quando comparado a outros setores.

FH: O livro traz bem-sucedidas experiências brasileiras e inter-nacionais visando à redução da carga tributária. O que é possível aprender com estes modelos?Perillo: Ele nos mostra que países com sistemas públicos de saúde, não tributam (Reino Unido e Austrália) ou tributam de forma diferenciada (França) os medica-mentos de prescrição. Não é o que acontece no Brasil, que possui o maior sistema de saúde público do mundo, o SUS, e tributa pesa-damente os medicamentos, mes-mo aqueles que são adquiridos pelo governo para os programas de assistência farmacêutica. É isso mesmo - o governo também paga impostos quando adquire medi-camentos. O modelo introduzido pelo Paraná merece ser acompa-nhado de perto, pode servir de aprendizado para outras áreas da cadeia produtiva da saúde.

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no cEntro cirúrgico Fabricada pela J Procópio, a mesa JP-K-200-mrm foi projetada para o transporte do paciente durante neuro-cirurgia com uso de rmI (ressonância magnética intraoperatória). Dessa for-ma, o equipamento permite a realiza-ção de diagnósticos e procedimentos cirúrgicos dentro do centro cirúrgico.www.jprocopio.com.br

flExibilidadEo ventilador pulmonar e360br, produzido com tecno-logia norte-americana na fábrica do Grupo equipamed, em Juquitiba (SP), além de volume e pressão controla-dos, ventilação bifásica com alívio de pressão, também tem alarmes ajustáveis. Somado a isso, seu tamanho compacto, com recursos exclusivos de simples manu-seio e gráficos de monitoração, garantem flexibilidade para tratamento de pacientes lactantes, pediátricos e adultos, durante o transporte, homecare ou no hospital.www.equipamed.com.br

rapidEz E sEgurançao sistema de comunicação visual Psiu Clínica, da Casa do Instalador, oferece praticidade e segurança para o paciente, que do leito precisa chamar um funcionário. Isto é possível pelo uso de transmissores individuais sem fio que podem ser posicionados perto do móvel ou usados como crachá. Ao acionar o botão, um número é exibido em um dis-play eletrônico ao mesmo tempo em que um alarme avisa da chamada. Isso permite também o acompanhamento gerencial, por meio do registro das visitas aos quartos pelos funcionários. o painel Psiu Clínica exibe 2, 3 ou 4 chamados simultaneamente e gravam até 999 chamados que serão exibidos conforme forem atendidos e apagados.www.casadoinstalador.net

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Como devem ter percebido, a Revista FH mudou para melhor e o seu feedback tem muito valor para melhorá-la a cada edição.

Faça comentários, críticas e sugestões em nossos canais de atendimento:[email protected] | (11) 3823-6675 ou (11) 3823-6615. Aproveite e curta a nossa página no Facebook: facebook.com/saudeweb

E aí,

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PRESIDENTE EXECUTIVO ADELSON DE SOUSA • [email protected]

VICE -PRESIDENTE EXECUTIVOMIGUEL PETRILLI • [email protected]

DIRETOR EXECUTIVO DE RECURSOS E FINANÇASJOÃO PAULO COLOMBO • [email protected]

DIRETORA EXECUTIVA EDITORIALSTELA LACHTERMACHER • [email protected]

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IT Mídia S/APraça Prof. José Lannes, 40 • Edifício Berrini 500 • 17º andar

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MIGUEL PETRILLIVice -presidente [email protected]

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ao setor médico-hospitalar.Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território

nacional, além de gratuita e entregue apenas a leitorespreviamente qualificados.

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CONSELHO EDITORIAL REVISTA FHCláudio Giulliano A. da Costa • Presidente da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde

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Osvino Souza • Professor e Pesquisador da Fundação Dom CabralPaulo Marcos Senra Souza • Diretor da Amil

Sérgio Lopez Bento • Diretor técnico da Planisa

GABRIELA MARCONDESGerente de Negócios

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FRANCISCO YUKIO PORRINO

Editor de Arte e Ví[email protected]

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STELA LACHTERMACHERDiretora Executiva [email protected]

GABY LOAYZAGerente deEstudos e Análises [email protected]

GABRIELA VICARIGerente de Marketing Revistas e Comunicaçã[email protected]

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(11) 99637-7665

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Stela LachtermacherDiretora Editorial IT Mídia

Foto: Magdalena Gutierrez

OBJETIVOS

EM COMUMEm um dos nossos últimos Papos Abertos, que tratou do tema Colaboração na Prática, eu mencionei sites que reúnem co-laboradores em torno de um objetivo comum, seja este um projeto cultural ou uma ação social ou mesmo algum tipo de negócio em gestação, nos quais estes colaboradores podem participar via Web como contribuintes, aderindo à causa com ajuda financeira, por exemplo, ou até mesmo se juntando a ela oferecendo algum tipo de suporte.Algumas pessoas me procuraram para entender me-lhor como estes sites funcionam na prática por terem achado a ideia interessante. Um destes sites é o Catarse. Especializado em projetos culturais, ele atua como um cata-lisador lançando informações sobre projetos que precisam de financiamento. “Faça acontecer os projetos em que você acredita”, diz a home do site, acrescentando: financie proje-tos de maneira colaborativa e torne-se parte de algo maior. Promova uma catarse coletiva! Você é a peça que falta nesta história.”Sob o título de Movere.me, o site convida os leitores (internau-tas) a moverem ideias, pessoas,”mova o mundo”, acrescentan-do que o Movere coloca em suas mãos o poder de financar e realizar projetos maravilhosos. “Aqui as pessoas se unem, investem dinheiro em projetos legais e fazem acontecer”, e pergunta “E você, o que te move?” Entre os cases de sucesso

está a gravação de um CD em homenagem ao músico Nelson Cavaquinho que dependia de um ivestimento de R$ 34mil e arrecadou pouco mais de R$ 35 mil.Outro destes sites tem o sugestivo nome de Vaquinha e trata da arrecadação que vai desde uma comemoração coletiva, tipo churrasco da turma, até a contribuição para a realização de algum sonho de alguém que necessita de um suporte fi-nanceiro, como um empreendedor com uma ideia na cabeça e sem dinheiro no banco.O valor a ser financiado é dividido em cotas e é estabelecido um prazo dentro do qual o projeto deve ser viabilizado para que o dinheiro arrecadado pelo site seja repassado aos autores e a ideia colocada em prática e transformada em realidade.Uma ação de marketing? Pode-se dizer que sim, um ma-rketing web based, ou baseado em iniciativas que tem o ambiente virtual como cenário. E que reforça, também, o conceito de marketing de experiência. Neste caso, o colabo-rador pode se sentir como uma espécie de coprodutor do projeto à medida em que está investindo em algo em que acredita. É o consumidor fazendo acontecer uma iniciativa com a qual concorda e quer participar de alguma maneira. Mais uma vez o consumidor é peça central para que um projeto se concretize e as ferramentas sociais são a forma para que ele se viabilize.

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