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FICHA PARA CATÁLOGO UNIDADE DIDÁTICA PROFESSOR PDE/2010
TÍTULO Leitura: contação de histórias – uma prática
diferenciada.
AUTOR Ronicéia Aparecida Biscaia Solak
ESCOLA DE ATUAÇÃO Escola Estadual “Prof. Amálio Pinheiro”. Ensino Fundamental.
MUNICÍPIO DA ESCOLA Ponta Grossa - Paraná
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO
Ponta Grossa - Paraná
ORIENTADOR Jane Kelly de Oliveira
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
Universidade Estadual de Ponta Grossa. (UEPG)
ÁREA DO CONHECIMENTO/DISCIPLINA
Língua Portuguesa
RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho).
Língua Portuguesa e Artes.
PÚBLICO ALVO (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...).
Alunos do 7º ano do Ensino Fundamental.
LOCALIZAÇÃO (identificar nome e endereço da escola de implementação).
Escola Estadual “Prof. Amálio Pinheiro”. Ensino Fundamental. Praça Getúlio Vargas, 183. Nova Rússia. Cep.: 84.070.550
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
RESUMO: (no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples).
A leitura estimula a imaginação, informa e proporciona conhecimentos, porém a leitura tem sido atualmente o grande desafio que a escola tem enfrentado na formação de leitores e na apropriação dos mais diversos conhecimentos que circulam na nossa sociedade. Nesta perspectiva, a metodologia desta Unidade Didática é apresentar um material que propõe a contação de histórias como prática diferenciada de estímulo à leitura e à formação de leitores.
PALAVRAS-CHAVE (3 a 5 palavras).
Leitura; contação de histórias; formação de leitores.
Apresentação
A leitura estimula a imaginação, informa e proporciona conhecimento, no
entanto, a leitura tem sido atualmente o grande desafio que a escola tem enfrentado
na formação de futuros leitores e na apropriação dos mais diversos conhecimentos
que circulam na nossa sociedade. Pode-se evidenciar que tanto a escola como a
sociedade tem papel decisivo na formação de leitores. Nesta perspectiva, a presente
Produção Didático-Pedagógica contempla atividades, em forma de oficinas, as quais
relacionam teoria e prática de leitura, possibilitando ao educando desenvolver os
conhecimentos nos mais variados contextos encontrados na atualidade.
Esta Produção Didático-Pedagógica apresenta-se no formato de Unidade
Didática, a qual busca atender as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de
Língua Portuguesa do Estado do Paraná. A organização da Unidade Didática tem
como prioridade aproximar os educandos do seu cotidiano escolar, objetivando
apresentar ao professor um trabalho significativo e inovador com um material que
propõe a contação de histórias como prática diferenciada para o estímulo a leitura e
a formação de leitores.
Para isso, este material apresenta aprofundamento teórico e oito oficinas de
quatro horas cada uma, com atividades para alunos do 7º ano do Ensino
Fundamental, priorizando a leitura, a oralidade e a escrita. O foco das oficinas visa
incentivar e promover a formação de leitores nas escolas por meio de leituras de
contos, contos de fadas, fábulas e lendas.
A contação de histórias refere-se à estratégia do presente material e as
atividades de análises, seleções de livros, leitura e criatividade são sugestões
adaptadas de vários livros. Neste sentido, a leitura, no transcorrer desta Unidade,
deverá ser entendida como prática fundamental na formação de um leitor
preocupado com aquilo que lê e as atividades realizadas nas oficinas serão
registradas em um caderno intitulado “Diário do leitor”. Este registro é fundamental
para que se possa acompanhar o desenvolvimento das leituras.
Para finalização das oficinas será confeccionado um livro artesanal com
histórias elaboradas pelos alunos, pois, assim, eles observarão as suas produções
organizadas em um material, o qual valorizará o que eles desenvolveram.
Para uma orientação mais objetiva desta produção, no corpo do material
encontram-se recomendações para os professores com destaque em azul.
Neste material, as atividades elaboradas apresentam chamadas
incentivadoras para os alunos, e cada oficina tem seus objetivos próprios:
Oficina 1 - “A história que eu lembro...” – pretende ressaltar a importância da
leitura no cotidiano escolar, por meio da apresentação de narrativas orais.
Oficina 2 - “Histórias contadas pela família” - objetiva resgatar as histórias
repassadas de gerações a gerações.
Oficina 3 - “Caixa encantada” – destina-se a estimular o contato dos alunos
com os livros, através de leituras e de recontar histórias.
Oficina 4 - “Conversa com o escritor” - constitui em apresentar um escritor
com o objetivo de aproximar os alunos de sua realidade.
Oficina 5 – “Visita à livraria ou biblioteca” - visa incentivar a leitura de livros,
com visitas a espaços diferenciados do contexto escolar.
Oficina 6 – “Uma viagem aos contos de fadas” – foca leituras de várias
versões dos contos de fadas.
Oficina 7 - “Descobrindo e redescobrindo como contar histórias” - apresenta
algumas possibilidades de trabalho com a contação de histórias.
Oficina 8 – “Contando e recontando histórias” - é uma oficina de finalização,
na qual se organizará uma exposição dos trabalhos realizados pelos alunos.
A avaliação é o ponto culminante de todas as atividades desenvolvidas na
Unidade Didática, sendo um processo contínuo por meio do qual o professor
observa o desenvolvimento do aluno e do seu próprio trabalho.
Este material foi elaborado para o Programa PDE-2010, sob orientação da
Profª Dra. Jane Kelly de Oliveira a quem agradeço pela sua dedicação e trabalho
intenso para a realização da presente produção.
Introdução
A leitura informa, promove o desenvolvimento intelectual e crítico, pois
propicia conhecimentos de forma que quem lê amplia sua visão diante do mundo.
Então, é possível afirmar que a aquisição do conhecimento em geral requer, em
grande medida, o domínio e o hábito da leitura.
Atualmente, a escola enfrenta o enorme desafio de os professores, em seu
cotidiano da sala de aula, formar leitores conscientes da relevância do conhecimento
necessário para atuarem numa sociedade com exigências cada vez maiores. Esse
desafio parece instransponível quando se observa que em nosso país a importância
dada à leitura é precária. A falta de investimentos é evidenciada nos resultados
alarmantes apresentados nas provas nacionais e internacionais que contemplam a
leitura.
A importância da formação de leitores competentes é explicitada por Solé
(1998, p.172) quando ela destaca que “aprender a ler significa aprender a encontrar
sentido e interesse na leitura. Significa aprender a se considerar competente para a
realização das tarefas de leitura e a sentir a experiência emocional gratificante da
aprendizagem”.
Por isso, uma das alternativas mais próximas de uma leitura proficiente
consiste na escolha do material de leitura realizada pelo professor. Para que o
profissional da educação empreenda uma escolha adequada ele deverá se guiar por
dois importantes aspectos: conhecimento prévio dos alunos e a busca de situar o
educando na realidade em que está inserido para que, depois disto, ele possa se
formar um cidadão capaz de interagir na sociedade.
Nesse sentido, o trabalho do professor desenvolvido com compromisso e
competência contribuirá para uma nova experiência no cotidiano escolar, com vistas
a melhorar os baixos índices apresentados pelos educandos em provas de leitura.
Diante dessa situação, a formação do leitor não depende somente do aluno
ter contato com o livro, é necessário que o professor se conscientize sobre a
importância dele, qual e como indicar, como conduzir os alunos para uma leitura
espontânea, livre e prazerosa. Portanto, não existem fórmulas mágicas. O professor
constantemente precisa analisar as situações em que a leitura se desenvolve.
Nesse entendimento, a leitura é uma prática social que está internalizada no
cotidiano do ser humano, por isso ela deve ser incentivada desde cedo. E, para que
as pessoas se interessem pela leitura, é preciso que elas tenham contato com os
livros, observando e ouvindo histórias, pois esta prática adquirida na infância pode
facilitar a formação de um leitor adulto.
Uma contradição que se observa nas nossas práticas escolares é que a
escola deveria ser um espaço propício ao ensino da leitura e compreensão dos mais
diversificados textos, mas observa-se que alunos são totalmente distanciados dos
livros. Talvez porque a escola seja sua única oportunidade de contato de alunos com
os livros e essa prática de formação de leitores não é suficiente para atender às
necessidades prioritárias estabelecidas pela sociedade como um todo e veiculadas
pelos documentos oficiais da política de ensino.
Nesta perspectiva, é prioritário repensar as práticas de leitura que
contemplem uma leitura prazerosa e ao mesmo tempo crítica. Diante deste
panorama, a contação de histórias como uma prática pedagógica diferenciada no
cotidiano escolar poderá contribuir de forma significativa na formação de futuros
leitores.
A arte de contar histórias
Nas sociedades mais remotas, a prática de contar histórias, fazia parte do
cotidiano. As pessoas se reuniam em volta da fogueira para narrarem assuntos
como origem dos seres e das coisas, de heróis, de deuses, etc. Assim, este
momento, fortalecia o sentimento dos participantes de pertencerem e se
aproximarem de um determinado grupo social.
Para Meireles (1979, p.41), “o ofício de contar histórias é remoto (...) e por ele
se perpetua a literatura oral, comunicando de indivíduo a indivíduo e de povo a povo
o que os homens, através das idades, têm selecionado da sua experiência como
mais indispensável à vida”.
No entanto, a presença de relatos e outros modos de se expressar, como as
danças e os rituais das comunidades primitivas, vieram contribuir para o surgimento
de mitos, fábulas e várias narrações contadas até os dias de hoje, mesmo numa
sociedade tão tecnológica e globalizada como a nossa.
Com o transcorrer do tempo e o advento da escrita, os contadores de
histórias ficaram mais restritos ao âmbito da família, a qual foi responsável por
repassar de geração a geração as narrativas propagando a memória e os valores
presentes no dia a dia das sociedades primitivas.
Neste sentido, ouvir e contar histórias são fundamentais para a formação do
ser humano e do ser leitor, pois para ser leitor é necessário compreender as
histórias como também a sua vivência e a sua história para se posicionar diante dos
acontecimentos atuais.
A contação de histórias para os alunos é uma prática familiar, mesmo que não
seja uma prática comum atualmente, desde pequenos, em situações variadas, eles
já ouviram ou contaram alguma história. Portanto, esta prática desenvolvida na
escola possibilitará trabalhar a emoção e a fantasia, despertando o imaginário e a
criatividade dos educandos.
Nesse sentido, contar histórias no cotidiano escolar aproxima os alunos dos
livros e das narrativas, na procura de ouvir e ler novas histórias e estruturar formas
que possibilitem novas reflexões e novos questionamentos nos leitores.
Nesta perspectiva, a contação de histórias é uma prática que possibilitará o
estímulo à leitura e à formação de leitores, é uma alternativa diferenciada, que foge
dos padrões internalizados nas práticas de leituras presentes no cotidiano escolar.
Portanto, a contação de histórias aparece como uma prática transformadora,
numa busca constante em desenvolver nos educandos o prazer de ler e ouvir.
Orientações para contação de histórias
Contar histórias não é uma prática restrita, todos podem aprender e
aperfeiçoar a capacidade de narrar.
Para ser um bom contador de histórias é necessário ter muita leitura,
conhecer livros, estar atento aos acontecimentos do mundo. As histórias devem ser
selecionadas, pois o contador tem que conhecer e gostar de narrativas que serão
apresentadas, já que só assim despertará a atenção e a sensibilidade de todos os
que estão ouvindo.
Outra orientação importante se refere à apresentação da história. É prioritário
que, o contador memorize, entenda e saiba a sequência da história, além de contá-
la com prazer, emoção e segurança.
O contador deve fazer com que a história se torne interessante; acreditar na
narrativa para que os ouvintes também possam dar valor ao que está sendo
apresentado. Por isso, ao narrar, o contador tem que desenvolver a história de forma
mais natural possível, sem recorrer a artificialismos, o narrador deve se expressar
com clareza e convicção naquilo que se propôs a apresentar.
Ao contar histórias, o contador não deve se preocupar em ser um ator, pois o
fundamental é o uso da palavra, ponto relevante para aguçar o imaginário, construir
espaços e criar novas leituras nos ouvintes.
Outro aspecto importante a ressaltar é que não se deve contar a história com
o mesmo tom de voz, e nem se utilizar de um único ritmo do início ao fim da
narrativa, por isso é fundamental as pausas no decorrer da contação.
Neste contexto, vale destacar o contato visual com os ouvintes. É através
dele que se pode constatar se as histórias contadas estão sendo aceitas ou não; o
olhar tem que ser dirigido para todos, assim fica mais próximo o contato com as
pessoas que estão ouvindo.
Dessa forma, a contação de história é uma oportunidade diferenciada na
prática pedagógica da escola, portanto não pode ser utilizada como forma de
avaliação, ela deve ocupar um lugar privilegiado de emoção e prazer, num espaço
onde a preocupação fundamental é com o saber sistematizado.
Oficina – 1
A história que eu lembro...
*
Esta primeira oficina pretende ressaltar a importância da leitura no cotidiano
escolar. Neste momento, você, professor, poderá fazer um breve comentário sobre o
projeto para os participantes.
Objetivos
Propor que o aluno recupere, em sua memória, narrativas das quais se
lembre;
Incentivar o aluno a apresentar oralmente uma narrativa.
* Esta ilustração e todas as outras deste material foram feitas por Giselle Jansen Xavier de Barros a quem
agradeço imensamente a colaboração.
Apresentação inicial
Professor, neste início você poderá utilizar imagens (pessoas lendo,
capas de livros, e outros) para estimular a conversa inicial através de
comentários e demonstrações. É importante destacar que este bate-papo,
enriquecido pelos diálogos entre professor e alunos, possibilitará aos
educandos buscarem novas informações e argumentações para se
posicionarem como verdadeiros interlocutores.
Professor, outra sugestão para a introdução da oficina é utilizar-se de
textos que abordem a importância da leitura e dos livros, faça uma leitura em
voz alta e em seguida realize comentários.
Sugestão de leitura. MINDLIN, José. Loucura Mansa. In: CEREJA, William
Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português linguagens. 9º ano.
São Paulo: Atual, 2009.
Sugestão de filme: Um faz de Conta que Acontece. Gênero comédia.
Direção: Adam Shankman. Duração: 95 min. 2008. EUA.
Você gosta de trocar ideias?
Reúna-se com um colega e conversem sobre a importância da leitura e dos
livros no seu cotidiano.
Depois da conversa, participe do debate com os outros alunos. Prepare-se
para responder oralmente às seguintes questões:
O que significa leitura para você?
Qual o livro que você leu, atualmente?
Já ouviu ou contou histórias em sua casa?
É importante alguém contar histórias? Justifique.
Proposta
Professor, para iniciar a proposta, você poderá contar uma história de
que recorda: “A história que eu lembro”.
A importância desta atividade está no fato de ao contar histórias busca-
se o resgate da memória, a integração do imaginário e das palavras, e sem
dúvida a formação da identidade nas gerações futuras.
A proposta é que você inicie um diálogo com seus alunos. Abaixo
apresento algumas sugestões de questões para orientar o debate:
Pense e responda:
Você se lembra de alguma história? Uma que foi contada por seus pais ou
outras pessoas?
Como é esta história? Conte para os outros colegas.
Para finalizar
Aluno, agora você já contou a história da qual você se lembrava, é hora de
confeccionar um painel. Vamos fazer um pequeno cartaz com o título do livro que foi
apresentado por você.
Para próxima oficina
Professor, para a oficina seguinte, você irá solicitar que os alunos
convidem familiares ou pessoas da comunidade para participarem do projeto,
para contarem suas histórias guardadas na memória, eles poderão trazer
livros e materiais de apoio.
Oficina – 2
Histórias contadas pela família
Nesta oficina, destaca-se a importância dada à memória de cada um, sendo o
ser humano construtor de um patrimônio cultural repassado de geração a geração,
por isso se propõe histórias narradas e coletadas pelos familiares. A participação da
família ou pessoas da comunidade será fundamental no desenvolvimento das
atividades de incentivo à leitura e à formação de leitores.
Objetivo
Resgatar as histórias repassadas de gerações a gerações.
Apresentação inicial
Professor, você poderá fazer um comentário sobre o projeto de leitura,
ressaltando a importância de se resgatar as histórias acumuladas pelas
gerações passadas, para a preservação da memória e da identidade.
Desenvolvimento
Neste início, professor (a), é importante fazer uma explicação sobre a
“roda de histórias”. Esta é uma técnica em que os participantes sentam-se em
círculo e cada um conta uma história ou relata algum acontecimento.
Para conhecer outras técnicas consulte os livros:
COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil.
Curitiba: Ibpex, 2007.
COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática.
Depois desta explicação, você, professor, poderá contar sua história, e
em seguida solicitará aos participantes para apresentarem suas histórias. É
importante, neste momento, deixar as pessoas tranquilas e à vontade para
narrarem histórias.
Atenção, lá vem história...
Você já participou de uma “roda de histórias”? Vamos nos sentar em círculo,
ouvir e contar várias histórias.
Para finalizar
Agora, aluno, para finalizar esta atividade tão significativa para todos nós,
onde você ouviu e observou as histórias, poderá formar grupos com várias pessoas
com o objetivo de elaborarem um cartaz que ilustre uma das histórias que foram
contadas. Para a confecção do cartaz você poderá utilizar recortes de revistas,
papéis coloridos, desenhos, etc.
Com o cartaz concluído, agora é a vez de todos os participantes construírem
um varal.
Diário do leitor
Aluno, registre no seu diário uma história contada pelas pessoas participantes
desta oficina.
Oficina – 3
Caixa encantada
Na presente oficina pretende-se trabalhar com uma variedade de livros, os
quais serão colocados em uma caixa grande, colorida e atrativa para todos os
participantes.
Objetivo
Estimular o contato dos alunos com os livros, através de leituras e da
atividade de recontar histórias.
Apresentação inicial
Professor, você, irá organizar uma caixa com livros selecionados
conforme a turma, com a qual se desenvolverá o seu trabalho de leitura. Para
que a caixa fique bem atraente e chame a atenção de todos os envolvidos na
atividade, sugere-se a utilização de papéis coloridos, gravuras, desenhos,
pinturas, etc.
Agora, professor, é só aproveitar a sua criatividade!
Desenvolvimento
Professor, neste primeiro contato dos alunos com os livros é importante
criar um clima em que eles se sintam à vontade para fazer suas escolhas. Em
seguida, proponha para que os alunos observem os livros (capa, autor,
conteúdo, ilustração, etc.), leiam alguns trechos dos livros que eles acharam
interessantes e finalmente façam a escolha de um livro, para recontar a história
lida.
Sugestões de leitura:
CUNHA, Leo... et. al. Meus primeiros contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
LAGO, Angela... et .al. Histórias pescadas. São Paulo: Moderna.
COLASSANTI, Marina. Uma idéia toda azul. Rio de Janeiro: Nórdica.
Você poderá explicar: o que significa recontar.
O recontar uma história, consiste em contar uma história que se conhece, não
é necessário reproduzi-la na integra, porém o conhecimento tem que ser dominado e
apresentado de modo simples para que todos os ouvintes entendam o desenrolar da
narrativa.
Proposta
Professor, para esta atividade, você, fará orientações quanto ao ritmo, o
tom de voz, as pausas, etc.
Aluno, depois das leituras, observações e escolha do livro, você fará um
pequeno texto sobre o livro selecionado. Com o texto pronto, você irá apresentar sua
história e trocar idéias com outro colega, a preocupação no momento é recontar a
história escolhida.
Ficou ótimo! Agora, é só recontar para os colegas.
Para finalizar
Aluno, em folha de sulfite ou cartolina represente através de desenhos a
história recontada, para posterior confecção de um mural.
Não se esqueça de colocar o título!
Diário do leitor
Agora, aluno, registre no diário um desenho interessante da história
recontada.
Para próxima oficina
Professor, você vai indicar a leitura de livros de um determinado
escritor, que poderá ser convidado para a próxima oficina, com o objetivo de
conversar com os alunos sobre leitura e seus livros. E, se na sua cidade não
tiver escritores, sugere-se que você convide alguma pessoa entendida sobre
um determinado escritor.
Ainda, para a atividade posterior, você irá solicitar que os alunos
elaborem questões, leiam livros para interagirem com o escritor. É importante,
neste momento, que se estimule o conhecimento prévio dos alunos para
garantir uma conversa significativa com o escritor.
Oficina – 4
Conversa com o escritor
Esta oficina visa apresentar um escritor, o qual foi previamente convidado,
para uma conversa informal com os alunos. O assunto do bate-papo será a
importância da leitura e dos livros.
Sugestão para o professor
Nesta oficina, você, poderá organizar um café literário, nos moldes de
algumas livrarias e eventos que promovem a leitura.
Objetivo
Aproximar os alunos da realidade do escritor.
Desenvolvimento
Professor, você já realizou anteriormente contato com o escritor, neste
momento, você poderá fazer uma apresentação rápida do escritor, sua
trajetória e seus livros. Irá preparar o ambiente agradável para a conversa,
utilizando-se de fotos e livros do escritor.
Em seguida, o escritor inicia sua fala, abordando a importância da leitura e
dos livros para o cotidiano escolar.
Proposta
Aluno, ao término da fala do escritor, você terá a oportunidade de fazer
perguntas sobre o assunto abordado pelo ele. O bate-papo será bem informal, mas
mesmo assim é importante você preparar-se previamente.
A participação dos alunos nesta atividade oferece um contato social maior,
contribuindo para uma diferença significativa no interesse pelos livros e pela leitura.
Em seguida, vocês alunos, formarão equipes de quatro pessoas, as quais irão
escolher e ensaiar um trecho interessante do livro (leitura prévia) do escritor
convidado, com o objetivo de fazer uma dramatização.
Agora é só dramatizar!
Diário do leitor
Aluno registre o trecho do livro que você dramatizou. Não se esqueça do título
e do nome do escritor.
Para próxima oficina
Professor, você deverá entrar em contato com o responsável por uma
livraria ou biblioteca de sua comunidade, para agendar a visita e atividades
dos alunos nestes espaços. Se sua comunidade não apresentar estes
espaços, você poderá levar os seus livros em caixas ou sacolas, para que os
alunos leiam em outros espaços como: parques, praças, etc.
Oficina – 5
Visita à livraria ou biblioteca
Esta oficina terá como objetivo a visita dos alunos a uma livraria ou biblioteca,
onde se poderá encontrar a prática de leitura, e em determinadas ocasiões
dramatizações e contação de histórias. Por isso, se faz necessário agendar a visita
previamente para que o passeio seja aproveitado da melhor forma possível.
Estes espaços possibilitam aos alunos se apropriarem de uma variedade de
livros e de leituras, que serão responsáveis pela construção de outro significado
para as aulas de leitura no cotidiano escolar.
Objetivo
Estimular a leitura de livros, através de visitas em espaços diferenciados do
contexto escolar.
Desenvolvimento
Professor, você irá orientar os alunos quanto à visita e à importância
dos livros e da leitura nas bibliotecas ou livrarias.
Outra orientação, professor, refere-se às pessoas responsáveis pela
Proposta
Aluno, ao chegar à biblioteca ou à livraria você poderá: observar os livros,
realizar algumas leituras, fazer perguntas para os responsáveis destes espaços,
participar de atividades como contação de histórias.
Para finalizar
Alunos, em grupos, confeccionem um cartaz com desenhos que representem
o espaço visitado. Não se esqueçam de agradecer as pessoas responsáveis pela
oportunidade da visita neste local.
Sugestão para o professor:
Na escola, você poderá montar um mural com os cartazes que foram
confeccionados e com as fotos da visita.
Diário do leitor
Aluno, registre um parágrafo ressaltando a importância da visita realizada na
livraria ou biblioteca.
biblioteca ou livraria, as quais realizarão explicações e atividades aos alunos
sobre estes espaços.
Neste momento, você poderá conscientizar os educandos no sentido de
aproveitarem o máximo as leituras, pois no final do projeto irão elaborar uma
história e confeccionar um livro artesanal.
Oficina – 6
Uma viagem aos contos de fadas
Os livros a serem trabalhados nesta oficina versarão sobre contos de fadas
clássicos e contos de fadas modernizados, pois os contos de fadas fazem as
pessoas viajarem pelo mundo da fantasia e imaginação.
Objetivo
Realizar leituras de várias versões dos contos de fadas.
Escolher um conto de fadas clássico e criar um novo final para a história.
Desenvolvimento
Professor, você poderá trazer uma sacola ou caixa com vários livros de
contos de fadas clássicos e modernizados, com o objetivo de os alunos lerem várias
versões dos contos. Explique sobre a diferença entre os contos:
Contos de fadas clássico é uma história antiga contada de geração a
geração. O tempo da narrativa é indefinido, e as personagens, geralmente, são
príncipes, princesas, reis, rainhas, fadas, bruxas e outros.
Contos de fadas exploram temas e personagens presentes nos contos de
fadas clássicos, mas com humor.
Sugestões de leitura:
PRATA, Mário. Chapeuzinho Vermelho de raiva. Porto Alegre: Globo.
ROSA, João Guimarães. Fita Verde no Cabelo: nova velha estória.
SOUZA, Flávio de Souza. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. São Paulo:
FTD.
Sugestão de filmes:
Shreck. Gênero animação computadorizada. Direção: Andrew Adamson e Vicky
Jenson. Duração: 90 min. 2001. EUA.
Deu a louca na Chapeuzinho. Gênero animação. Direção: Cory Edwards.
Duração: 80 min. 2005. EUA.
Ao término das leituras, você solicitará para que os alunos escolham um
conto de fadas e modifiquem o seu final.
É importante que você faça correções nos textos!
Proposta
Aluno, após a leitura dos contos, você irá escolher um conto para criar um
novo final para ele. Será corrigido pelo professor e reescrito por você. Em seguida,
você poderá colocar o novo final em um cartaz e ilustrar.
Em seguida, os alunos irão se dirigir à biblioteca para a apresentação aos
colegas do novo final do conto e os cartazes ficarão em exposição na biblioteca da
escola.
Diário do leitor
Aluno, registre o novo final que você criou para o conto escolhido.
Oficina – 7
Descobrindo e redescobrindo como
contar histórias
Esta oficina oportunizará algumas possibilidades para se trabalhar a contação
de histórias, preparando os alunos para a apresentação final.
Objetivo
Contar histórias utilizando um recurso apresentado na oficina.
Desenvolvimento
Professor selecione uma variedade de livros para que os alunos leiam e
escolham um para apresentarem.
Sugestões de livro:
VERÍSSIMO, Luís Fernando. O Santinho. Rio de Janeiro: Objetiva.
COLASSANTI, Marina. Doze reis e a moça no labirinto do vento. Rio de
Janeiro: Nórdica.
Em seguida, apresente aos alunos, os vários recursos que eles poderão
utilizar para a contação de histórias: fantoches, personagens em EVA,
flanelógrafo, gravuras, transparência e retroprojetor, máscaras, varetas com
personagens, álbum seriado, etc. Estes recursos são apenas sugestões, o
professor irá utilizar o que for viável em sua realidade.
Proposta
Aluno você observou os vários recursos apresentados pelo professor, agora
escolha um livro para leitura. Após a leitura selecione o recurso que você irá utilizar
para contar a história lida, converse com seu colega, peça sugestões sobre sua
apresentação.
Para finalizar
Aluno, após as leituras e a seleção do recurso de contação, chegou o
momento de contar a história. Agora ficou fácil!
Professor faça uma breve explicação sobre a sinopse. Você poderá
distribuir modelos de sinopses que geralmente vem em catálogos ou revistas.
Diário do leitor
Aluno, você fará uma sinopse do livro que você leu. Não se esqueça de
indicar a leitura para as pessoas e ilustrar.
COLASSANTI, Marina.
Palavras aladas. A
narrativa conta a história de
um rei que gostava muito do
silêncio, por isso mandou
construir uma enorme
redoma de vidro que
envolvia todo o seu castelo.
Será que ele conseguirá
viver assim? Leia o conto e
descubra o seu final.
Vale a pena ler!
Aluno(a):...............................
Oficina – 8
Contando e recontando histórias
Esta oficina será diferenciada das anteriores, pois os alunos percorreram
atividades diferenciadas que irão resultar numa exposição dos livros artesanais e
diários confeccionados pelos alunos no decorrer do projeto de leitura.
Objetivo
Organizar uma exposição com os materiais confeccionados pelos alunos no
desenvolvimento do projeto de leitura.
Desenvolvimento
Professor, você já orientou previamente seus alunos, quanto à
exposição dos materiais.
Agora é só organizar!
Proposta
Após a organização da exposição, aluno, você fará a recepção dos
convidados e contará sua história, utilizando algum recurso apresentado pelo
professor.
Sugestões: máscaras, álbum seriado com sequência da história, fantoches,
gravuras, varetas com personagens, etc.
Para finalizar
Professor, você fará os agradecimentos aos participantes do projeto de
leitura e poderá organizar uma festa para o encerramento do projeto.
Diário do leitor
Aluno, antes da festa, registre no seu diário:
O projeto de leitura foi .................................................................................
Sugestões de bibliografias
BUSATTO, Cléo. A arte de contar histórias no século XXI: tradição e ciberespaço. Petrópolis: Vozes, 2006.
BUSATTO, Cléo. Contar e Encantar: pequenos segredos da narrativa. Petrópolis:
Vozes, 2003.
COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil: Ibpex,
2007. 171p.
COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 2006.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2005.
MATOS, Gislayne Avelar & SORSY, Inno. O ofício do contador de histórias. São
Paulo: Martins Fontes, 2005.
MEIRELES, Cecília. Problemas da Literatura Infantil. São Paulo: Summus,
1979.
PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: Seed, 2008.
PRIETO, Heloísa. Quer ouvir uma história: lendas e mitos no mundo da criança.
São Paulo: Angra, 1999. Col. Jovem Século XXI.
SILVA, E. T. A produção da leitura na escola: Pesquisas x propostas. São Paulo:
Ática, 2005.
SISTO, Celso. Texto e pretexto sobre a arte de contar histórias. 2. ed. Curitiba:
Positivo, 2005.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Trad. César Coll. Porto Alegre:
Artemed, 1998.
ZILBERMAN, Regina. Como e por que ler a literatura infantil brasileira. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2005.
ZILBERMAN, Regina. & SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura – Perspectivas
Interdisciplinares. São Paulo: Ática, 2005.
ZOTZ, Werner & CAGNETI, Sueli de Souza. Livro que te quero livre. Florianópolis:
Letras Brasileiras, 2005.
Página em branco