12
ANO XVII - Nº 209 - ABRIL DE 2014 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA “A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12

Folha Diocesana Abril/2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Folha Diocesana Abril/2014

ANO XVII - Nº 209 - ABRIL DE 2014 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12

Page 2: Folha Diocesana Abril/2014

Editorial

2

Enfoque Pastoral

VIVER DA FÉ NÃO É ABSTRATO

FD | Abril de 2014

Saúdo a todos os irmãos e irmãs da diocese de Guarulhos. Paz! Foi com grande alegria que experimen-tei a acolhida de todos no dia da celebração que marcou o início do meu ministério episcopal em Guarulhos. Sei que existe muita expectativa. En-tretanto, é necessário continuar a caminhada pastoral da diocese que, aliás, não parou duran-te o tempo da sede vacante. Com serenidade, atenção e oração estou tomando os primeiros

contatos com as realidades diocesanas, ao mes-mo tempo que vou aprendendo a andar em Guarulhos. Peço a todos que tenham paciência comigo. A reflexão que fiz na homilia da Missa de posse não foi para mim algo abstrato, como alguém pode ter pensado. Viver da fé não é abs-trato, em se tratando da fé cristã. Espero em Deus que minhas atitudes e decisões sejam ilu-minadas pela luz da fé. Quando foi publicada a minha nomeação para a diocese de Guarulhos, pessoas que me abordavam, jornalistas que me entrevistavam, sempre perguntavam da ten-são que estaria vivendo, da pressão em ir para uma grande cidade com todos os problemas de uma grande cidade. Outros cumprimentavam--me como se tivesse recebido uma promoção na empresa chamada Igreja Católica. Não é promo-ção, mas um serviço que, sem dúvida, vai exi-gir mais de mim. É, sim, um desafio para mim que, apesar de paulistano, vivi por mais de 30 anos distante da realidade pastoral metropolita-na. Muitos queriam saber quais seriam os meus projetos como bispo diocesano de Guarulhos. Digo, sem demagogia e falsidade, o que tenho

de mais precioso é o dom da fé que recebi da Igreja, esta Mãe onde fui gestado. Esta fé me foi dada com a promessa da vitória da vida eterna. Para viver esta missão espero, na graça do Se-nhor, de permanecer firme (sustentado) nesta fé. Os projetos, o que fazer aqui, lá e acolá, serão iluminados por esta fé. Não dá para ter projetos definidos enquanto não se ouvir a voz do Pai em cada realidade concreta. Espero que os meus ouvidos não deixem de escutar o Filho Amado do Pai. A fé não é cega. Não é um salto no escu-ro. O chamado de Abraão vem acompanhado de uma promessa. Foi sem perder de vista a pro-messa que Abrãao caminhou. Foi com olhos fi-xos na promessa do Deus que é fiel, que Abraão quando devia sacrificar o seu filho Isaac, disse: ‘Deus providenciará’. O mistério da Cruz, a mis-são do Filho, o nosso ser discípulo e segui-Lo até a cruz, só tem sentido por causa da promessa, da vitória que nos é dada já realizada no Filho Amado do Pai.

+ Edmilson Amador CaetanoBispo Diocesano de Guarulhos

TEMPO DE CONVERSÃO

O nosso momento diocesano, com toda a igreja, é um momento especial. Vive-mos a Quaresma, tempo de jejum, esmola e oração. Tempo especial para a nossa conver-são, tempo que nos prepara para a Páscoa. E neste tempo especial vivenciamos a novidade de um recém chegado Pastor. Nosso bispo, Dom Edmilson, chega com o desejo pró-prio de pastor que é estando junto ao povo, fazer com que a Igreja cresça e que Jesus seja o centro de nossas vidas. Vamos continuar nossa caminhada pastoral com o apoio de nosso Bispo. Nosso trabalho pautado em uma vivência eclesial que compreende que a comunidade caminha em obediência aos ensinamentos de Jesus, assimilados pelos Apóstolos e pelas primeiras comunidades. Ensinamentos estes que têm como proposta de Jesus a experiência de co-munhão.

Jesus chama os discípulos a viverem com Ele, em comunhão com o Mestre. Comu-nhão esta que se desdobra em comunhão com todos sem exceção. Esta dimensão de comu-nhão apresentada por Jesus é fundamental na Igreja, pois inspirada na Santíssima Trindade, compreendendo que não há como viver em comunhão, em uma atitude de amor e perse-verança. Que possamos como Igreja, na obedi-ência a Cristo, viver a comunhão no contato com a Palavra de Deus, pois a Palavra é que edifica a comunidade e a Igreja. Vamos trabalhar em unidade e comu-nhão para que a nossa Diocese seja um lugar onde Deus verdadeiramente habita e colabo-rar para que todos possam fazer a experiência de paz e de amor em Jesus com os irmãos.Deus os abençoe.

Padre Francisco G. Veloso JrCoordenador Diocesano de Pastoral

Page 3: Folha Diocesana Abril/2014

3FD | Abril de 2014

Voz do Pastor No ritual da ceia pascal judaica exis-te um rito de preparação para a festa onde até as crianças participam de maneira ativa: a busca dos alimentos fermentados e eliminação dos mes-mos. O alimento fermentado lembra algo que foi corrompido. A festa da Páscoa, da libertação e da vida nova, está ligada à festa dos ázimos (pães sem fermento). Estes pães, sem o fermento da corrup-ção, são preparados na ação de graças com o tri-go novo. Na Páscoa cristã, embora não exista este ritual, somos chamados a prepará-la eliminando todo fermento da maldade. Diz o apóstolo Paulo na 1Cor 5,7-8: “Purificai-vos do velho fermento para serdes nova massa, já que sois sem fermen-to. Pois nossa Páscoa, Cristo, foi imolado. Celebre-mos, portanto, a festa, não com o velho fermento, nem com fermento da malícia e perversidade, mas com pães ázimos: na pureza e na verdade.” Não é possível imaginar um cristão católi-co que venha celebrar a festa da Páscoa sem uma

devida preparação. Não é possível imaginar um cristão católico que não se prepare para a festa da Páscoa. Não é possível imaginar um cristão católi-co que esteja preparando a viagem turística “dos seus sonhos” para o período de celebrações pas-cais. Falamos constantemente de um amor para renovação e restauração de um mundo mar-cado pelo ódio e pelo egoísmo. Jesus Cristo é a manifestação deste amor. Na Páscoa não celebra-mos e pregamos este amor como um belo exem-plo simplesmente. Celebramos um amor vitorioso “mais forte do que a morte”. Muitas pessoas ao longo da história da humanidade, veneráveis em suas memórias, nos deixaram grandes exemplos de amor, mas nenhuma dessas pessoas voltou do cemitério. O amor de Jesus não é somente exem-plo para nós, é certeza de vitória e de vida renova-da. Que este amor nos preencha nas celebrações pascais e nos sustente na missão num mundo que tem se mostrado assustador com o poder da vio-

lência e a prepotência dos poderosos. A Cruz de Jesus derrubou os poderes deste mundo. Busque-mos esta força em nossas paróquias e comunida-des nas celebrações que somos chamados a viver neste ano. Na alegria do ressuscitado, de Páscoa em Páscoa, caminhemos para a Páscoa definitiva. Feliz Páscoa a todos!

+ Edmilson Amador CaetanoBispo Diocesano de Guarulhos

A FESTA DA PÁSCOA

Data Horário Atividade Local

0408:30h Atendimento aos presbíteros Resid. Episcopal14:21h Visita pastoral Par. Sta. Terezinha

0509:30h Visita à Escola de Teologia para leigos19:00h Encontro - Equipe Regional da Past. Familiar

0611:00h Missa Retiro para coordenadores da RCC Seminário17:45h Missa Aniversário da Past. da Pessoa Idosa Vila Fátima

0712:00h Missa Catedral14:00h Atendimento Cúria diocesana

0808:30h Atendimento aos presbíteros Resid. Episcopal14-21h Visita pastoral Par. S. Judas - Jd. Alice

09

09:30h Reunião geral do clero Seminário16:00h Encontro - Past. Diocesana da liturgia Resid. Episcopal17:00h Encontro - Past. Diocesana do dízimo Resid. Episcopal20:00h Visita à Escola de Teologia para leigos

1008:30h Atendimento aos presbíteros Resid. Episcopal14-21h Visita pastoral - Par. Santa Luzia Alvorada

1108:30h Atendimento aos presbíteros Resid. Episcopal15:00h Encontro - Equipe Diocesana do ECC Resid. Episcopal16:00h Encontro - Past. Vocacional Diocesana Resid. Episcopal

12 08:30h Atendimento aos presbíteros Resid. Episcopal13 08:30h Procissão e Missa Domingo de Ramos Catedral

1412:00h Missa Catedral14:00h Atendimento Cúria

1508:30h Atendimento aos presbíteros Resid. Episcopal14:30h Reunião do Economato Cúria

Data Horário Atividade Local

1608:30h Atendimento aos presbíteros Resid. Episcopal14:00h Atendimento Cúria

1709:00h Missa Crismal Catedral20:00h Missa In Coena Domini Catedral

18 15:00h Celebração da Paixão e Morte do Senhor Catedral

1920:00h Vigília Pascal Catedral23:30h Vigília Pascal - Com. Neocatecumenais

20 11:00h Missa na Páscoa da Ressurreição Catedral21 12:00h Missa Catedral22 08:30h Atendimento aos presbíteros Resid. Episcopal23 14:00h Atendimento Cúria

2407:00h Missa e encontro com os propedêutas Sem. Propedêutico10:30h Encontro - Pastoral Familiar Diocesana Resid. Episcopal14-21h Visita pastoral Par. Santa Cruz

2509:30h encontro com os responsáveis do COMIDI Resid. Episcopal14-21h Visita pastoral - Par. São Francisco Uirapuru

2609:30h Encontro - Pastoral Catequética Diocesana10:30h Encontro - Pastoral do Batismo Diocesana

2707:30h Missa Catedral16:00h Missa no encerramento do Congresso do Setor Juventude

2812:00h Missa Catedral14:30h Atendimento Cúria

29 09:30h Conselho Diocesano de assuntos econômicos (CDAE)29/04 - 09/05 52a. Assembleia Geral da CNBB Aparecida

AGENDA DO BISPO

Page 4: Folha Diocesana Abril/2014

4 FD | Abril de 2014

Falando da Vida

Educação MEDITEMOS A ORAÇÃO DE JESUS

Aproxima-se a Páscoa. Para que ela ilumi-ne a vida, renovemos junto o compromisso de luta contra o egoísmo, a violência, a injustiça social e meditemos a oração que Jesus, o Divino mestre nos ensinou: Pai nosso que estais no céu e também no meio de nós, nas nossas escolas, onde professores e alunos querem ser seus seguidores. Santificado seja o vosso Nome e a vossa Pa-lavra que muitas vezes nós absolutizamos e deturpa-mos conforme nossa conveniência; Venha nós o vosso Reino e a vossa sabedoria que revelastes não só aos letrados e intelectuais mas também aos pequenos e ignorantes. Seja feita a Vossa Vontade: a educação liber-tadora seja uma realidade, sobretudo que nenhuma criança fique fora da escola, ou seja, discriminada. O Pão nosso de cada dia que pais, alunos

e professores produzimos, dai-nos saber reparti-lo com os que têm fome. Perdoai as nossas ofensas, sobretudo a nossa omissão frente aos males que nos assolam, perdoai também a nossa pressa e impaciência com os alunos que apresentam mais dificuldade de aprender. Não nos deixeis cair em tentação, principal-mente na tentação de explorar o mais fraco ou aque-le que é pobre, matar o tempo à custa do dinheiro do povo, acumular e transmitir conhecimentos que não promovem a transformação do homem e do mundo, ou assumir uma educação que aliena, repri-me e silencia. Mas, livrai-nos do mal, da apatia e individu-alismo que matam a esperança, a vida e a liberdade que vivem cativas dentro de cada um de nós.

Izabel Gonçalves Arpa GimenoPastoral Diocesana da Educação

Por que as pessoas gostam tantode se expor nas redes sociais?

Se dermos uma rápida olhada nas publi-cações das redes sociais, veremos que o paraíso é ali. Sejam em selfies (fotos tiradas de si mesmo) ou em publicações enfatizando uma vida alegre e feliz, é impossível não chegar à conclusão de que: ou a vida dos outros é bem melhor do que a nossa ou tudo aquilo não passa de fantasia. Quem não gostaria de ser feliz como as pes-soas são no facebook? É ali que estão as melhores viagens de férias, o prato mais delicioso, as melho-res declarações de amor, os amigos ideais, a melhor mãe do mundo, o filho mais fofo e até o melhor cão. Como seria bom se tudo isso fosse real. Mas infelizmente tudo aquilo pode ser apenas projeção. A maioria das pessoas está des-contente com a própria realidade e incapaz de lutar por uma conquista real que às vezes parece estar muito distante, lança nas redes sociais uma imagem positiva de si mesma o que, na verdade, não passa de um projeto de como gostaria de ser vista pelos outros. Nesse sentido as redes se tornam uma plataforma de autopromoção e fonte de inveja, um palco virtual onde as pessoas podem exibir a imagem idealizada de si mesmas, com a oportuni-dade de serem vistas em tempo real por milhares de seguidores.

O vício de usar as redes para autopromo-ção pode ser considerado como exibicionismo virtual já que o exibicionista, em geral, tem um impulso incontrolável de se mostrar em público em situações que ostenta algum tipo de poder, obtendo disso, uma grande satisfação. É claro que nem todos os que publicam fotos nas redes são exibicionistas, mas com certeza grande parte dos exibicionistas está lá. O reflexo que isso causa nos leitores des-ses perfis maravilhosos vai de admiração à inveja quando comparado com a sua própria realidade. Por outro lado, a intenção de quem se expõe, é exatamente esta: despertar algum sentimento em que lê ou vê. Parece estar implícito no nosso sub-consciente, um questionamento tentador: De que adianta ir a Paris se eu não puder mostrar isso aos outros? O Brasil, por ser um país com uma grande população de jovens e com os seus graves proble-mas sociais, sobretudo na área da educação, está mais vulnerável às consequências negativas des-sas novas mídias. Um estudo conduzido recente-mente pela Nielsen, empresa de estatística alemã, indicou que os brasileiros são os maiores usuários de redes sociais do mundo. É uma pena que um meio de comunicação tão eficaz como as redes sociais que poderiam ser usadas para aproximar pessoas, construir novas amizades, formar laços afetivos, propagar ideias e ideais, enfim mudar a nossa história, se torne um instrumento subutilizado a serviço da satisfação

narcísica e egoística que não constrói nada de po-sitivo nem no plano individual nem no coletivo. É hora de parar e rever nossos valores, construir novos ideais e ter mais responsabilida-de na comunicação que queremos ter com nós mesmos e com o mundo em geral. Afinal o proble-ma não está nos canais de comunicação e muito menos na tela do computador, dos tablets ou dos smartphones. O problema está em quem se coloca na frente deles. Portanto, vamos usá-los com inte-ligência e tirar deles, o bem que eles podem nos proporcionar.

Romildo R.AlmeidaPsicólogo clínico

EXIBICIONISMO VIRTUAL

Page 5: Folha Diocesana Abril/2014

55FD | Abril de 2014

Bíblia

LiturgiaRITOS DA PÁSCOA:FAZER DE NOVO PARA NASCER DE NOVO Estamos nos aproximando da Semana Santa, as celebrações que envolvem grandes preparações para celebrar de novo a Páscoa do Senhor. Em alguns grupos, aparece a atitude de fazer “tudo igual ao ano passado”. Não pode ser assim, pois o Ressuscitado é aquele que faz “novas todas as coisas”. Se os ritos são os mesmos, é preciso celebrar, fazendo com que sejam novos para nós. O que foi novidade neste caminho para a Páscoa, desde a quarta-feira de Cinzas? Onde falta avançar a minha conversão pessoal, comunitária, social? O que pertence ao homem velho, que precisa morrer? O que pertence à nova criatura, que precisa nascer? Uma atitude necessária para todos nós é: acolher a palavra como criadora de novidade, e não deixar “palavras ao vento” na celebração. Lembramos que, para o povo da Bíblia, “palavra” (no hebraico da-bar) tem o significado, ao mesmo tempo, de “fala” e de “fato”. Eles não admitem palavras que são ditas e que não se cumprem. Os textos dos ritos litúrgicos são gerados para exercer esta força criadora na assembleia celebrante. Nas orações dos dias principais da Sema-na Santa, percebemos que as palavras querem criar em nós a realidade de novas criaturas. Por exemplo, já na Missa da Ceia do Senhor as orações apontam para a vida nova da Páscoa: ...possamos chegar à plenitude da caridade e da vida (oração inicial) e ser eternamente saciados na ceia do seu reino (oração da comunhão). Da mesma maneira, na Celebração da Paixão, pedimos

a Deus, que nos renova pela santa morte e ressurreição do vosso Filho (oração da comunhão), que assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo (oração inicial). Ou seja, pelas palavras do presidente da celebração, pedimos que a graça da Páscoa se realize em nós! E não somente pelas palavras, mas pelas pa-lavras e ritos a novidade pascal invade o coração da comunidade atenta. Diz o presidente da celebração, no início da Vigília Pascal: Se comemorarmos a Páscoa do Senhor, ouvindo sua palavra, e celebrando seus misté-rios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus (exortação inicial). Estando a comunidade no escuro, ao acender o Círio, quem preside reza: A luz de Cristo, que ressusci-ta resplandecente, dissipe as trevas de nosso coração e de nossa mente. Então a luz de Cristo apresentada no Círio nos chama a cantar graças a Deus, enquanto é partilhada com as velas da assembleia, e vai avançando para dentro da comunidade, vencendo as trevas como a coluna de fogo que conduziu os hebreus na noite do deserto. Da mesma maneira, ao abençoar a água para o batismo, quem preside mergulha o Círio na água e pede a Deus: desça sobre esta água a força do Espírito Santo. E todos que, pelo batismo, forem sepultados na morte com Cristo, ressuscitem com Ele para a vida! Quando esta água é aspergida na assembleia, cantamos: banha-dos em Cristo somos uma nova criatura, as coisas anti-gas já se passaram, somos nascidos de novo! Aleluia!

Quanta beleza e força divina existem escondidas em nossos ritos pascais! Pelas palavras e ritos a graça da Ressurreição pode e quer acontecer em nós. Possa-mos nos preparar bem para saborear estas celebrações, dando-nos tempo e espaço para ler e meditar os ritos nos grupos e nas equipes, vivenciando os gestos simbó-licos. Como diz a oração da sétima leitura da Vigília, que o mundo todo veja e reconheça que se levanta o que estava caído, que o velho se torna novo, e tudo volta à integridade primitiva por aquele que é o princípio de todas as coisas.

Pe. Jair CostaAssessor Diocesano da Liturgia

A Campanha da Fraternidade vem desper-tando um novo interesse pela Bíblia. O tema do tráfico humano já tinha surpreendido, pela amplitude do fe-nômeno e pela assiduidade com que ele se verifica no mundo de hoje, apesar de todas as providências toma-das para garantir os direitos humanos a todas as pessoas. Agora, buscando as referências bíblicas para o assunto, eis que nos deparamos com outra surpresa. O fenômeno do tráfico humano é corriqueiro na Bíblia. O caso mais emblemático é a história cons-trangedora dos filhos do Patriarca Jacó. O mais novo deles, José, foi vendido por seus irmãos por vinte moe-das de prata. Um caso típico de tráfico humano, e prati-cado entre irmãos. Verdade é que a história teve um “final feliz”, com o sucesso obtido por José no Egito, e pelo reen-contro com seu velho pai. Mas o episódio não deixa de ser colocado nas origens do assentamento do povo de Israel no Egito, onde acabaria caindo na escravidão, fruto indesejado da venda de José, mesmo que fruto bastardo, amadurecido lentamente. O fato é que o tráfico humano manchou o povo de Israel desde o seu nascedouro, na época dos seus patriarcas.

Aí se coloca uma questão importante, que pre-cisa ser bem dirimida. Acontece que a Bíblia, ao longo de todo o Antigo Testamento, está repleta de episódios violentos, de intrigas, de violências, de guerras, de as-sassinatos, chegando até a situações de genocídios, com a matança de pequenas populações que residiam na antiga Palestina, para ceder lugar aos israelitas, que acabaram se impondo e dominando toda a região. E tudo isto, interpretado como um sinal de bênção de Deus em favor do seu povo escolhido. Dependendo de como é olhado, o Antigo Tes-tamento pode ser visto como um relato de violências, justificadas em nome de uma crença, colocada a ser-viço da pretensa superioridade de um povo sobre os outros. Essa visão levou muita gente, com sensibilida-de humana refinada, a descrerem da Bíblia, relegando--a a meros relatos tribais, sem nenhuma relevância hu-mana. Que dizer disto, e como recuperar o valor transcendente da Sagrada Escritura? Em primeiro lugar, precisamos nos dar conta que a Bíblia não se exime de sua dimensão humana. Ao contrário, ela a assume propositalmente, para mostrar que ela se identifica com o lento caminhar da humani-dade, dentro do qual vai emergindo cada vez mais cla-

ramente o desígnio de Deus, “de formar um povo que o conheça na verdade, e o sirva na santidade”. É essa humanidade, carregada de ambiguidades e de perver-sidades, que Deus se propôs redimir e salvar “pela força do seu braço”. Em segundo lugar, é preciso dar-nos conta do valor simbólico dos fatos relatados pela Bíblia. Quando, por exemplo, Deus prometeu a Abraão uma numerosa descendência, e pediu que saísse de sua terra, e se di-rigisse para a terra que Deus iria lhe mostrar, a Bíblia não diz onde estaria essa terra. Pois na verdade ela não estava em lugar nenhum. A nova terra prometida a Abraão, não era um território determinado. Era o sím-bolo da bênção que Deus queria conceder a todas as famílias humanas. Essa era a “terra prometida”. Se a promessa de uma nova terra não recupe-rar o valor simbólico que lhe foi dado por Deus, perma-necem os equívocos das disputas por território, como infelizmente ainda se verifica hoje. Como Abraão, e como São Pedro, nós também “esperamos novos céus e nova terra”, não na Criméia, nem em Israel. Mas na prática da justiça e na vivência da fraternidade.

Dom Demétrio ValentiniBispo de Jales

COMO A BÍBLIA SAGRADA TRATAO TRÁFICO HUMANO

Page 6: Folha Diocesana Abril/2014

66 FD | Abril de 2014

Aconteceu

Entre os dias 25 e 28 de Fevereiro, iniciaram-se os trabalhos do seminário prope-dêutico Santo Antonio, com um retiro no Cen-tro de Espiritualidade Flor Carmeli em Mairi-porã. Nesse ano, oito rapazes responderam ao chamado e caminham de forma mais intima com o Senhor.

O seminário propedêutico é um tempo de iniciação e preparação no âmbito humano, cristão, intelectual e espiritual, é o inicio para os jovens que almejam o sacerdócio. Seu ob-jetivo é preparar para o seminário maior e os estudos de filosofia e teologia. Rezemos pela caminhada e perseve-rança destes irmãos: Aderivon (Paróquia S. Francisco – Nações), Daniel e Edmar (Paróquia Santo Antonio – Pimentas), Douglas (Paróquia Sagrado Coração – Stos. Dumont), Fábio e Lu-cas (Paróquia Santa Cruz – Pres. Dutra), Gui-lherme (Paróquia N. Sra. de Fátima – Vl. Fáti-ma) e Rodrigo (Paróquia Santa Cruz - Taboão).Que a Imaculada Conceição, padroeira de nossa diocese, e Santo Antônio os proteja e interceda com o exemplo de suas vidas. Que o Senhor Pastor eterno dê força, ânimo e vigor

para nosso reitor, padre Cleber Leandro, que nos acompanha no dia-a-dia.

Douglas Fernando

SEMINÁRIO PROPEDÊUTICO

Aconteceu nos dias 14, 15 e 16 de Março em Atibaia/ SP a 36ª Assembleia do Serviço de Animação Vocacional - Pastoral Vo-cacional / SAV/PV do Regional Sul 1 da CNBB com o tema: “Vocação: Juventude e projeto de vida” que foi dirigida pelo Pe. Valdecir Ferreira, assessor da CNBB e contou com a presença de Dom Sérgio Colombo, bispo de Bragança Paulista – SP que é referencial para a pastoral vocacional e com o Assessor Dio-cesano do SAV/PV Pe Cleber Leandro, o coor-denador Josué, a vice-coordenadora Nilva e com os Seminaristas Alex e Jonas que acom-panham a pastoral em nossa Diocese. Na assembleia foi discutida a impor-tância de um projeto de vida para que os jo-vens cresçam nas seguintes dimensões: hu-mana, espiritual, comunitária, intelectual e missionária. O desenvolvimento da dimensão hu-mana favorece uma boa autoimagem e a in-cluir na vida pessoal tanto os sucessos quanto os fracassos, os dons e os limites, as conquis-tas e os desafios. A dimensão espiritual nos auxilia na busca das respostas às perguntas: Quem é Deus? Como está minha relação com Ele? Qual seu projeto para mim?. Na dimen-são comunitária a convivência é muito mais do que “estar junto” com pessoas diferentes.

O processo de integração começa em nossas relações mais próximas e se estende aos ambientes mais complexos e exigentes: família, amigos, colegas de trabalho, Igreja e sociedade. Na dimensão intelectual um dos grandes desafios para o adolescente e jovem é o estudo. Estudar é uma questão de amor a Deus que nos criou e nos capacitou com mui-tos dons para a nossa felicidade e o serviço ao próximo. A dimensão missionária diz respei-to à capacitação dos discípulos missionários para atuar tanto na Igreja, quanto no mundo. Todos os nossos conhecimentos e experiên-cias cristãs são organizados para anunciar e denunciar, construir, corrigir, testemunhar e profetizar. Sentimo-nos corresponsáveis com Cristo na implantação do Reino de Deus entre nós. Por fim, foi destacada a importância de uma cultura vocacional, dentro do clero e nas comunidades, criando uma equipe paro-quial vocacional nas paróquias, que desper-te, anime e acompanhe as diversas vocações e ministérios na vida da Igreja. Para que isso aconteça é necessário estar abertos às mu-danças. Precisamos confiar em Deus e estar sempre aberto à Sua graça.

SAV/PV - [email protected]

Pe Cleber Leandro - [email protected]

36ª ASSEMBLEIA VOCACIONAL

Page 7: Folha Diocesana Abril/2014

57FD | Abril de 2014

AconteceuA POSSE DE NOSSO BISPO:“OUVIMOS E VIMOS COM NOSSOS OLHOS”

Assim começa extasiado o autor da Epístola sobre o Verbo encarnado e a comunhão com o Pai e o Filho: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, e o que nossas mãos apalpa-ram do Verbo da vida, porque a Vida manifestou--se: nós a vimos e dela damos testemunho e vos anunciamos esta Vida eterna, que estava voltada para o Pai e que nos apareceu” (1Jo 1,1-2). Também nós ouvimos e vimos com nossos olhos um inesquecível momento, quando da rea-lização da Celebração da Missa de posse de nosso quarto Bispo Diocesano. Ouvimos e vimos, nos momentos que an-tecederam a Missa, a expectativa, a acolhida ao Arcebispo Metropolitano de São Paulo Cardeal Dom Odilo Scherer e, ao seu lado, o Bispo Dom Edmilson Amador Caetano, que tomaria posse; o coral afinando suas vozes e instrumentos; o povo

de Deus sentado nas arquibancadas ou nas cadeiras próximas ao al-tar, ou mesmo em pé; a ausência das flores, em perfeito cumprimento das rubricas quaresmais, como também o roxo dos paramentos litúrgicos da Missa. Entretanto, não a ausência de beleza, per-cebida e contemplada nas pedras, nos galhos e folhagens que decora-vam o ambiente, assim como o painel com a Cruz e o lema Episcopal de nosso Bispo, “Deus providenciará”, dando um colorido profético ao evento. Ouvimos e vimos os murmúrios e conver-

sas trocadas na alegre espera do grande aconteci-mento, que revela a bondade de Deus que não nos deixa desamparados, como ovelhas sem pastor. Deus, em tão curto tempo da Páscoa de nosso ter-ceiro bispo, providenciou alguém para sucedê-lo em seu pastoreio. Vimos mais uma vez ser cumpri-da a Palavra do Senhor: “Não vos deixareis órfãos. Eu virei a vós ” (Jo 14, 13). Ouvimos e vimos a efusiva acolhida da as-sembleia, com palmas que expressavam o conten-tamento incontido no coração, tão fortes como o brilho e a emoção de saber que o báculo logo teria mãos firmes e seguras para tanger o rebanho se-quioso de um pastor. Outros ouviram e viram, pela TV e internet (instrumentos preciosos quando bem utilizados), as primeiras imagens da posse, com a mesma ale-gria e comoção por todos os cantos. Missa iniciada, vimos e ouvimos os cantos, os primeiros rituais da posse, cumprindo o pro-tocolo previsto, de um Bispo diante do rebanho, pela Igreja a ele confiado, como presença do Cristo Bom Pastor. Vimos e ouvimos a Liturgia da Palavra de Deus da Missa do Domingo da Transfiguração do Senhor; Palavra que foi ressoada e encarnada em nossos corações com a breve, mas clara e objetiva, homilia de nosso Bispo. Com emoção, exortou-nos a viver a voca-ção para a santidade, colocando nas mãos de Deus nossas fragilidades e limitações a serviço do Rei-

no, num autêntico e corajoso testemunho de fé (referindo-se ao exemplo de Abraão – Gn 12,1-4a) , fruto da escuta atenta à voz do Filho Amado (Mt 17,1-9). Vimos e ouvimos as preces pelo fortaleci-mento de nossa missão evangelizadora na cidade de Guarulhos, na pura expressão da confiança na divina providência, com sua força e presença. Vimos e ouvimos as palavras da Liturgia Eucarística, e com elas a graça do Mistério da Fé celebrado e proclamado, Pão e Vinho consagra-dos, “eucaristizados”, verdadeiramente, Comida e Bebida para nos fortalecer, sustentar no bom com-bate da fé, e os compromissos sagrados no quoti-diano prolongar. No encerramento, vimos e ouvimos o nos-so Bispo dirigir palavras de ânimo, reavivando a chama batismal no coração de todos, para que, sem recuos, avancemos para as águas mais pro-fundas, com coragem e ousadia, vivendo também a graça da vocação e da profecia. Logo após, vimos e ouvimos as conversas, os cumprimentos, as saudações, os encontros e reencontros... Por fim, a volta para casa com uma alegria transbordante no coração. Verdadeiramente, o Senhor veio ao nos-so encontro e o Seu Espírito pairou sobre nós, e acompanhará a Diocese de Guarulhos, seu Pas-tor, padres, religiosos e religiosas, seminaristas, o Povo de Deus e todas as pessoas de boa vontade. Que nossa ação evangelizadora, assim ani-mada e assistida, continue nos possibilitando con-templar coisas belas para se ouvir e também belas para se viver. Se atentos ao Sopro do Espírito, e à sua voz, muito mais ouviremos e contemplaremos, pois é nesta comunhão fecunda de amor que so-mos inseridos; é nesta comunhão que nos torna-mos fecundos, para fazer florescer e frutificar as mais belas sementes de alegria, vida e paz.

Pe. Otacilio F. LacerdaVigário Forâneo

Page 8: Folha Diocesana Abril/2014

68 FD | Abril de 2014

Aconteceu

Dos dias 28 de fevereiro a 04 de março aconteceu na casa de retiro Madre Re-gina Protmann, na cidade de Guarulhos- SP, o Retiro das Missionárias Diocesanas de Jesus Sacerdote, sob a pregação do Pe. Salvador Ro-

drigues. Retiro que teve por objetivo reabastecerem-se no Espírito Santo para a caminhada do dia a dia, estu-dando e provocando a espiritualida-de a partir da exortação apostólica “EVANGELII GAUDIUM” (A Alegria do Evangelho) e a primeira encíclica do Papa Francisco “LUMEN FIDEI” (Luz da fé). Evidenciou-se a importância e a exigência de se dar um Testemu-nho à luz do Evangelho de Mateus, sobretudo, devido aos desafios diá-rios que se enfrenta numa sociedade

que está em constante modificação e pede atitudes que devem ser refletidas, para que visem o amor ao próximo. E ainda, expôs-se o valor da Palavra de Deus e da força do Espirito Santo que nos motiva, que liberta, que anima

e, assim nos faz capezes de anunciar o Evange-lho com palavras e com a própria vida. Entre os momentos de pregação, ora-ção das horas, missas diárias e momentos de partilha, estava na programação a Vigília em Adoração do Santíssimo e o dia do perdão com o sacramento da Confissão. Finalmente, após estes dias de silêncio e escuta da Palavra o cha-mado era ainda mais forte exigindo uma res-posta, um Testemunho e assim, uma Missão. Além das Missionárias Diocesanas es-tava presentes a Fraternidade de Jesus Sacer-dote e as leigas do Instituto Secular Rainha dos Apóstolos. Valeu, obrigado Senhor!

Aline e NeivaMississionárias Diocesanas

RETIRO DAS CONSAGRADAS DIOCESANAS

ASSEMBLEIA DIOCESANA PASTORAL DA CRIANÇA

A Assembléia Anual da Pastoral da criança aconteceu nos dias 21 e 22 de março, no Santuário Bom Jesus da Cabeça, com o apoio do Pe. Pedro Nacélio. Nesta assembleia, a equipe de coordenação diocesana, coordenadores de área, paroquiais, e de ação, (aproximadamente 50 pe-soas) se reuniram para avaliar o perí-odo que se iniciou em agosto/2013, quando Sonia Basseto assumiu a coordenação de setor – Guarulhos,

com a ida da então coordenadora Eunice Gomes para a coordenação Estadual. No dia 21, contamos com a presença do assessor, Pe Cristiano, que falou sobre a criatividade: “Se-jamos criativos, inovadores e moti-vados.”; e da coordenadora estadual da pastoral da criança Eunice Gomes. No dia 22/03, recebemos a visita de Dom Edmilson.”

Claudia ReginaPastoral da Criança

ENCONTRO DE LÍDERESPASTORAL DA PESSOA IDOSA

A Pastoral da Pessoa Idosa realizou em 08/02/2014 no Centro Comunitário da Paróquia Santa Cruz do Taboão o 4º Encontro anual de lí-deres da Diocese de Guarulhos, com o tema “FÉ, AMOR e UNIÃO”, e con-tou com a presença dos Padres Wel-son Oliveira Nogueira e Antônio Zafa-ni, assessor da PPI, a Coordenadora Diocesana Fátima Pugliesi Pingueiro e o seminarista Tiago Ferraz Leite, da Paróquia Santo Antônio de Pádua da Vila Augusta, que iniciou o encontro num momento de Espiritualidade e

refletiu sobre o chamado de Deus para esta grande missão da Pastoral da Pessoa Idosa, que é promover Vida Dignidade e Esperança a todos os nossos Idosos visitados.

Margarida Filomena Faria SilvaParóquia Santo Antônio Vila Augusta

Page 9: Folha Diocesana Abril/2014

59FD | Abril de 2014

Vida PresbiteralCARTA DO 15º ENCONTRONACIONAL DE PRESBÍTEROS

“Não deixeis que vos roubem a esperança” (EG 86)

Aos irmãos presbíteros e aos seus presbité-rios desse imenso Brasil.

1 - Testemunhas de fé, esperança e caridade Como filhos de Deus e irmãos em Cristo, nós, 531 presbíteros, 10 Bispos e demais convidados, repre-sentando 224 de nossas 274 igrejas particulares, que formam a Igreja no Brasil, reunimo-nos, na Casa da Mãe Aparecida, entre os dias 05 a 11 de fevereiro de 2014, para rezar, conviver e refletir sobre nossa vida e missão como Presbíteros nos dias de hoje. Nosso encontro teve como tema: “Concílio Vaticano II e os Presbíteros no Bra-sil: Testemunhas de Fé, Esperança e Caridade” e o lema: “Estai sempre prontos a dar a razão da esperança a quem pedir” (1Pd 3,15). A grande moldura deste encontro, a celebração dos 50 anos do Concilio Vaticano II. E neste 15º ENP evocamos alguns Presbíteros como exemplos de testemunhas que nos inspiram na caminhada.

2 - Esperança frente à realidade desafiadora No primeiro dia do encontro tivemos a análise da conjuntura sócio-política-econômica e eclesial. Ajuda-dos pelo Dr. Pedro Ergnaldo Gontijo, secretário executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, mergulhamos na realidade mundial, latino-americana e brasileira.. Perce-bemos que, na América Latina, o modelo neo-desenvol-vimentista adotado por vários países, dentre eles o Brasil, torna praticamente inviável a vida de comunidades tradi-cionais. Constatamos, também, a falência do sistema pe-nitenciário, que ainda não despertou significativamente a solidariedade da sociedade civil. A exemplo de Jesus, o Bom Pastor, sofremos ao perceber que o povo, sobretu-do os pobres, continua como ovelhas sem pastor,cabe a nós, Presbíteros, uma pergunta fundamental: o que elas têm a ver com o exercício de nosso ministério? Frente a todos esses desafios, emergem com força as palavras de Dom Hélder Câmara: “não deixem cair a profecia”.

3 - Esperança na retomada da recepção do Concílio Va-ticano II na vida e no exercício do ministério presbiteral Motivados pelos 50 anos da realização do Con-cílio Vaticano II, refletimos como ser verdadeiramente Presbítero, à luz do espírito e textos conciliares, consta-tamos que há inúmeras formas de exercer o ministério presbiteral, de sermos sacerdotes, pastores e profetas, numa Igreja-Povo de Deus, em comunhão com nossos Pastores e com todos os batizados, fazendo emergir o rosto de uma Igreja toda ministerial, que favorece tam-bém a atuação efetiva de nossos irmãos leigos e leigas. Por isso, precisamos ser Presbíteros de uma Igreja em saída, no espírito do Decreto Ad Gentes, que nos lança à maravilhosa e desafiadora aventura da missão incul-turada. Nossa caminhada ministerial precisa ter, com transparência, a centralidade da Palavra de Deus, como nos indica a Dei Verbum, numa busca sincera de equi-líbrio entre o Pão da Vida da Palavra e o Pão da Vida da Eucaristia (DV 21. Ser Presbíteros de vida e coração orantes e celebrativos, à luz da Sacrosanctum Conci-lium. Sendo Presbíteros conciliares, seremos profetas e testemunhas de que outro mundo é possível, fazendo das alegrias e tristezas, angústias e esperanças de to-dos, sobretudo dos pobres, nossas alegrias e tristezas, nossas angústias e esperanças, iluminados pela Consti-tuição Pastoral Gaudium et Spes (GS 1).

4 - Esperança fundada em Jesus e nas palavras e atitu-des do Papa Francisco Vivenciamos de maneira forte e profética o nosso dia de retiro, sob a orientação de Dom Angélico Sândalo Bernardino, que nos instigou a fugir da tenta-ção de sermos presbíteros mais ou menos. Por isso, não basta estarmos na Igreja, precisamos estar em Cristo. Como presbíteros, precisamos ser homens do sacrifício eucarístico, da partilha e de profunda intimidade com Deus e união com seu povo. Lembrou-nos, ainda, de que em nossas inúmeras reuniões, seja de presbíteros, seja dos bispos, não são tratados com transparência os verdadeiros problemas que afetam nossa vida e minis-

tério. È possível viver em comunhão presbiteral, ainda que não nos amemos o bastante. Instigados pelas palavras e atitudes do Papa Francisco que tem chamado a atenção de todos pela sua forma normal de ser pastor e profeta no meio do povo, inspirando-nos nas nossas condutas e no exer-cício de nosso ministério presbiteral, como discípulos missionários do Reino do Pai, ressoando em nossos ouvidos: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enla-meada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enfer-ma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa no emaranhado de obsessões e procedimentos”. (EG 49)

Pe. Paulo LeandroRepresentante dos Presbíteros

Vida ReligiosaNÚCLEO DOS RELIGIOSOSDA CIDADE DE GUARULHOS No dia 23/03/14 o Núcleo dos Religio-sos e Religiosas de Guarulhos esteve reunido para uma reflexão sobre a Identidade e Missão da Vida Religiosa Consagrada. Vimos que a Vida Religiosa só é entendida a partir da experiência profunda de Deus e o seu núcleo central é a relação pessoal com Jesus e seu projeto. A Vida Religiosa consa-grada está vivendo um momento de reflexão em que busca resgatar a alegria de seguir Jesus Cristo, pois a vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros. O horizonte proposto pela Conferência dos Religiosos do Bra-

sil é: “Como discípulos de Emaús, reconhecemos que estamos numa encruzilhada da nossa histó-ria. Aconteceram coisas que não esperávamos e nos perguntamos por nossa identidade e missão. Cremos que Jesus Ressuscitado caminha conosco, aquece o nosso coração e nos convida, por sua Palavra, a viver a radicalidade do seguimento com alegria e esperança. Levantamo-nos com entusias-mo renovado para ir às fronteiras da missão abra-çando a causa dos pobres e dos jovens, ouvindo seus gritos e compartilhando suas dores. E humil-demente imploramos: Permanece conosco!” Este horizonte vai orientar a nossa caminhada durante

os próximos três anos. Também tivemos a posse da nova coorde-nação do núcleo que é composta por: Irmã Ivani Costa, coordenadora, Irmã Benedita Camargo, vice coordenadora, Irmã Maria Rosa, Primeira Secre-tária e Irmã Ana Cecília, Tesoureira. Contamos com a presença do nosso bispo Diocesano, Dom Edmilson, que muito nos alegrou e nos incentivou em nossa vocação.

Ir. Ivani CostaIrmãs da Caridade de Ottawa

Page 10: Folha Diocesana Abril/2014

610

ATENÇÃO COLABORADORES - Enviem suas matérias até o dia 15 de cada mês, contendo no máximo 30 linhas, com corpo 14. Caso venha com

um número maior de linhas, faremos a redução proporcional do conteúdo.

Programe-se

Nascimento03 (1951) - Pe. Luiz Carlos Kalef13 (1980) - Pe. Edson Roberto20 (1960) - Dom Edmilson A. Caetano22 (1961) - Pe. José Miguel28 (1956) - Pe. Jaime Gonçalves

Ordenação02 (1989) - Pe. Megumi Nagayama02 (1989) - Pe. Renato B. Duarte

10 (1988) - Pe. Otacílio F. Lacerda10 (1988) - Pe. Tarcisio A. Almeida21 (2009) - Pe. Daniel Reichter21 (2009) - Pe. Fabrício B. Lopes21 (2009) - Pe. Paulo Leandro21 (2009) - Pe. Pelegrino de R. Neto24 (1988) - Pe. Elisio Mello24 (1988) - Pe. Gildarte A. Costa28 (1996) - Pe. Jair Oliveira

ANIVERSARIANTES

FD | Abril de 2014

DIA HORÁRIO ORGANIZAÇÃO ATIVIDADE LOCAL

03 9:30 CP Conselho de Presbíteros CúriaDiocesana

03 20:00 Forania Fátima Confissões - Quaresma 2014 Pimentas03 20:00 For. Imaculada Confissões - Quaresma 2014 São Geraldo

03 20:00 For. Bonsucesso Confissões - Quaresma 2014 Santo Alberto

04-06 RCC Retiro para coordenadores Seminário Diocesano

05 PASCOM Reunião Equipe A definir05 14:30 Familiar Coordenadores Paroquiais A definir05 Past. Criança Retiro Diocesano05-06 Vicentinos Romaria Aparecida

05 14:30 ECC Formação palestrantes e coordenadores de círculos A definir

05 15:00 Batismo Coordenadores Diocesanos A definir

05 15:30 Past. Operária Encontro Diocesano Centro Social Taboão

05 9:00 Fé e Política Encontro Forania Fátima Alvorada

05 14:30 IAM/JMCOMIDI Reunião dos assessores A definir

05 15:00 Sobriedade Reunião FOMAD Adamastor Centro

05 14:30 Dizimo Reunião mensal Cecap

05 Fé e Política Representantes CâmaraCentro Elizabeth Bruyere

06 14:30 Past. Saúde Enc. agentes de hospitais A definir

06 17:45 PPI Missa – aniversário PPI VilaFátima

07 Past. Saúde Dia Internacional da Saúde08 19:30 RCC Formação para consagração Sede RCC

08 20:00 For. Bonsucesso Confissões Quaresma 2014 JardimFortaleza

09 9:00 CP Reunião do Clero Seminário Diocesano

09 20:00 For. Bonsucesso Confissões Quaresma 2014 SantaTerezinha

09 19:30RCC - ForaniasImaculada eAparecida

Oficina Pregadores Sede RCC

09 9:00 PPI Reunião PPI Sede PPI 10 19:30 For. Bonsucesso Confissões Quaresma 2014 Bonsucesso

11 19:30 For. Bonsucesso Confissões Quaresma 2014 Pres. Dutra

12 Past. Saúde Retiro Diocesano Pq. Sta Terezinha

12 14:00 Carcerária Reunião mensal Catedral

12 15:00 Sobriedade Reunião ordinária SãoGeraldo

12 14:00 SAV - PV Reunião mensal Catedral

12-13 8:00 RCC Formação MOCL 7º e 8º modulo Sede RCC

14 19:30RCC Foranias Imaculada e Aparecida

Oficina Pregadores Sede RCC

14-21 PJ Semana da Cidadania Foranias15 19:30 RCC Formação para consagração Sede RCC15 Past. Criança Reunião Diocesana17 9:00 CODIPA SANTOS ÓLEOS Catedral

17-20 SHALOM Retiro da Semana SantaCentro Evangeli-zação

17 9:00 CP Manhã de oração do Clero Seminário Diocesano

20 DOMINGO DE PÁSCOA22 19:30 RCC Formação para consagração Sede RCC25-27 ECC Forania Imaculada 2ª Etapa Tranquilidade25-27 8:00 RCC Cong. Estadual pregadores Barueri26 15:00 Sobriedade Formação Permanente São José

26 9:00 Vicentinos Conselho central SedeCumbica

26 8:30 Catequese Escola da Catequese Foranias

26 15:00 Past. Operária Encontrão Diocesano

26 Past. Criança Encontrão de Líderes A1

27 8:00 Juventude 3º Congresso Juventude

27 8 - 17 RCC EPA Sede RCC27 15:00 RCC Adoração ministério crianças Sede RCC

27 RCC 3º Congresso Juventude

27 14:00 SAV - PV Enc. Vocacional Catedral

27-30 PastoralOperária Preparação 1º de maio

29 19:30 RCC Formação para consagração Sede RCC

29 14:00 Pastoralda Saúde

Capacitação para novos agentes

CALENDÁRIO ABRIL 2014

Page 11: Folha Diocesana Abril/2014

511FD | Abril de 2014

Vai AcontecerMISSA CRISMAL

O centro do culto da Igreja é o Sacramen-to. (...) Deus nos toca por meio de realidades materiais, através de dons da criação que Ele assume ao seu ser-viço, fazendo deles instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo. Quatro são os elementos da criação com os quais o universo dos Sacramentos é construído: a água, o pão de trigo, o vinho e o azeite. A água, como ele-mento básico e condição fundamental de toda a vida, é o sinal essencial do Batismo, o ato através do qual uma pessoa torna-se cristã; o ato do nascimento para uma vida nova. Enquanto a água é o elemento vital em geral e, por isso, representa o acesso comum ao novo nasci-mento de todos como cristãos, os outros três elemen-tos pertencem à cultura do ambiente mediterrâneo. Deste modo aludem ao ambiente histórico concreto, no qual o cristianismo se desenvolveu. Deus agiu num lugar bem determinado da terra, verdadeiramente fez história com os homens. Estes três elementos, por um lado, são dons da criação e, por outro, são também in-dicações dos lugares da história de Deus junto de nós. São uma síntese entre criação e história: dons de Deus que sempre nos ligam com aqueles lugares do mundo onde Deus quis atuar conosco no tempo da história, fazendo-se um de nós. Nestes três elementos há novamente uma graduação. O pão faz referência à vida quotidiana. É o dom fundamental da vida de todos os dias. O vinho re-corda a festa, o primor da criação, em que se pode ao mesmo tempo expressar de modo singular a alegria dos redimidos. O azeite possui um amplo significado. Serve

de nutrimento, medicamento, conforto, adestra para a luta e dá vigor. Os reis e os sacerdotes são ungidos com este óleo, que assim torna-se sinal de dignidade e responsabilidade e ainda da força que vem de Deus. No nosso nome de “cristãos”, está presente o mistério do óleo. Com efeito, a palavra “cristãos”, com que fo-ram denominados os discípulos de Cristo, já no início da Igreja formada a partir dos pagãos, deriva da pala-vra “Cristo” (At 11, 20-21) – tradução grega da palavra “Messias”, que significa “Ungido”. Ser cristão significa: provir de Cristo, pertencer a Cristo, ao Ungido de Deus, Àquele a quem Deus entregou a realeza e o sacerdócio. Significa pertencer Àquele a quem Deus mesmo ungiu – não com um óleo material, mas com Aquele que é representado pelo óleo: com o seu Espírito Santo. (...) Na Missa Crismal de Quinta-feira Santa, os san-tos óleos estão no centro da ação litúrgica. São consa-grados pelo Bispo na catedral para o ano inteiro. Assim, exprimem também a unidade da Igreja, garantida pelo Episcopado e aludem a Cristo, o verdadeiro “pastor e guarda das nossas almas”, como o chama São Pedro (cf. 1 Pd 2,25). E, ao mesmo tempo, mantêm unido todo o ano litúrgico, ancorado no mistério de Quinta-feira San-ta. Enfim, os óleos aludem ao Horto das Oliveiras, onde Jesus aceitou interiormente a sua Paixão. Contudo, o Horto das Oliveiras é também o lugar donde Jesus subiu ao Pai, tornando-se, assim, o lugar da Redenção: Deus não deixou Jesus na morte. Jesus vive para sempre jun-to do Pai, e por isso mesmo é onipresente, está sempre junto de nós. Este duplo mistério do Monte das Olivei-ras também está “ativo” no óleo sacramental da Igreja. Em quatro sacramentos, o óleo é sinal da bondade de

Deus que nos toca: no Batismo; na Confirmação, como sacramento do Espírito Santo; nos vários graus do Sa-cramento da Ordem; e, finalmente, na Unção dos En-fermos, na qual o óleo nos é oferecido, por dizer assim, como medicamento de Deus – como o medicamento que agora nos torna seguros da sua bondade e deve--nos revigorar e consolar, mas ao mesmo tempo aponta para além do momento da enfermidade, para a cura definitiva, a ressurreição (cf. Tg 5,14). Assim o óleo, nas suas diversas formas, nos acompanha ao longo de toda a vida, desde o catecumenato e o Batismo até ao mo-mento em que nos preparamos para o encontro com Deus Juiz e Salvador. (...)

(trechos da homilia do Papa Bento XVI,1º. de abril de 2010)

Page 12: Folha Diocesana Abril/2014

IMPRESSOESPECIAL

7220993744 - DR/SPMMITRA DIOCESANA

CORREIOSResponsáveis: Pe. Francisco G. Veloso Jr. - [email protected] Resp.: Rodrigo M. Lovatel - MTB. 46.412 - SP Secretária: Caetana Cecília Filha | Revisão: Pe. Antônio ZafaniEditoração Eletrônica: Luiz Marcelo Gonçalves - [email protected]ão: NEO GRAF - Indústria Gráfica e Editora Ltda - Fone: 11 3333-2474Cúria Diocesana - Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Cep: 07122-210Contato: 11 2408-0403 - Email: [email protected]: 28.000 exemplares - www.diocesedeguarulhos.org.br

612 FD | Abril de 2014

CODIPAA Diocese de Guarulhos acolheu,

com alegria, o quarto Bispo Diocesano, Dom Edmilson Amador Caetano, e com ele quere-mos caminhar, confiantes que sua presença é a expressão de Jesus, o Bom Pastor, que nos conduzirá na evangelização, enfrentando os grandes e inúmeros desafios que a Cidade nos apresenta. Entretanto, somente abertos à acolhi-da do sopro do Espírito, seremos capazes de dar respostas sólidas a estes desafios que en-frentamos na planície do quotidiano, atentos à voz do Filho Amado que precisa ser escuta-do, como tão bem enfatizou nosso Bispo na Missa de sua posse. Abertos a este sopro, a Igreja precisa multiplicar ações diante da violação da digni-dade da pessoa humana e na profética defesa da vida, desde a concepção até o seu declínio natural. Seremos assim uma Igreja mais viva, participa-tiva, dinâmica, renovada e com fortalecimento dos ministérios e o surgimento de novos. Ressoando a Conferência de Aparecida (2007), permanece o forte apelo de conver-são das estruturas paroquiais e serviços, bem como de todos que se encontram inseridos e comprometidos com a evangelização. Abertos ao Sopro do Espírito, é mais do que emergente a multiplicação do traba-lho e iniciativas diversas para a santificação e solidificação da família, que passa por sérios momentos de desestruturação por diversos motivos (inúmeros são os ventos e tempesta-des enfrentados pela mesma). O Espírito Santo também nos conduz no fortalecimento da dimensão missionária da Igreja – urge ir ao encontro dos católicos afas-tados, mas sem se esquecer de enraizar e soli-

dificar os que nela já estão participando, forta-lecendo laços sinceros de amizade, comunhão e solidariedade, superando toda e qualquer forma de anonimato numa bela e alegre atitu-de de acolhida mútua, que vai muito além de um seja bem-vindo! Este mesmo Sopro nos pede mais ou-sadia nos meios de comunicação social, para que possamos comunicar a todos a Boa Nova do Evangelho em novos areópagos, chegando às escolas, às universidades, ao mundo do tra-balho, às instâncias de decisões que afetam substancialmente a vida do Povo de Deus. A Comunicação não pode ficar restrita ao espa-ço de nossas salas e Igrejas. Também nos inquieta e nos desinstala para que nos empenhemos na transformação da sociedade, com a superação da apatia e indiferença diante da política, não perdendo a esperança, não permitindo apagar a cha-ma profética que todo batizado recebe no dia

de seu Batismo, para ser sal da terra e luz do mundo. Deste modo, não ficaremos indife-rentes diante da necessária inclusão social em todas as suas formas e dimensões, como expressão da evangélica opção preferencial pelos pobres, que jamais pode ser esquecida pela Igreja, na fidelidade à prática de Jesus na realização do Reino de Deus. E, assim, sempre atentos a estes so-pros, procuraremos por em prática as pistas de ações nas quatro exigências da evangeliza-ção (anúncio, testemunho, serviço e diálogo). Com a abertura e acolhida do sopro do Espírito, cresceremos na fidelidade à Palavra do Senhor, com aquela inquietante preocupa-ção do Apóstolo Paulo, que deve ser de todos nós: “Ai de mim se seu não evangelizar” (1 Cor 9,16).

Coordenação Diocesana de Pastoral

ACOLHAMOS O NOVO BISPOE O SOPRO DO ESPÍRITO