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SÉRIE PROVAS E CONCURSOS ATUALIZADO DE ACORDO COÍV1 A LEI l\la 11.941/2009 Francisco Velter e Luiz Roberto Missagia iHP ELSEVIER < 2 CAMPUS CONCURSOS

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S É R I E P R O V A S E C O N C U R S O S

ATUALIZADO DE ACORDO COÍV1 A LEI l\la 11.941/2009

Francisco Velter e Luiz Roberto Missagia

iH PELSEVIER

< 2CAMPUSC O N C U R S O S

Page 2: Francisco Velter e Luiz Roberto Missagia iHP

© 2010, Elsevier Editora Ltda.

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19/02/1998.Nenhuma porte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

Copidesque: Vânia Coutinho Santiago Revisão: Wilton Fernandes Palha Neto Editoração Eletrônica: SBN1GR1 Artes e Textos Ltda.

Coordenador da Série: Sylvio Motta

Elsevier Editora lida.Conhecimento sem FronteirasRua Sete de Setembro, 111 - 1 6a andar20050-006 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Rua Quintana, 753 - 8a andar04569-011 - Brooklin - São Pauio - SP - Brasil

Serviço de Atendimento ao Cliente0800-0265340sac@elsevie r.com. b r

ISBN 978-85-352-3725-2

Nota: Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação, impressão ou dúvida conceituai. Em qualquer das hipóteses, solicitamos a comunicação ao nosso Serviço de Atendimento ao Cliente, para que possamos esclarecer ou encaminhar a questão.

Nem a editora nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eveniuais danos ou perdas a pessoas ou bens, originados do uso desta publicação.

CIP-Brasíl. Catalogação-na-fonte» Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Ri

V557c Velter, FranciscoContabilidade de custos e análise das demonstrações contábeis: teoria

e questões comentadas / Francisco Velter, Luiz Roberto Missagia. — Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

312 p. - (Provas e concursos)

Inclui bibliografia ISBN 978-85-352-3725-2

1. Contabilidade de custos - Problemas, questões, exercícios. 2. Balanço (Contabilidade) — Problemas, questões, exercícios. 3. Serviço público - Brasii - Concursos. I. Missagia, Luiz Roberto. II. Tífulo. lil. Série.

09-5548. CDD: 657.42 CDU: 657.4

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Dedicatórias

A minha esposa Ana e minha filha Aline, pelo amor, carinho, apoio e incentivo dispensados.

Aos meus pais, Albano e Amália, que Deus acolheu em algum lugar especial, por me inserirem neste mundo e pelo incentivo ao estudo.

Francisco Velter

Aos meus pais, Luiz e Albertina, que não mediram esforços para que eu chegasse até aqui.

À minha esposa Isabela, pela relação que construímos com muito carinho e pela sua inestimável contribuição para a obra.

Ao nosso filho Rafael, que trouxe novo sentido para nossas vidas.

Luiz Missagia

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Os Autores

FRANCISCO VELTER é Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) desde 2001 e foi Técnico da Receita Federai (TRF) desde 1995 até o ingresso no cargo de auditor-fiscal. É professor de Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada e Matemática Financeira em cursos preparatórios para concursos, instrutor da Esaf em cursos de formação de auditores, instrutor de contabilidade em treinamentos internos da Receita Federal e professor convidado do site www.pontodosconcur- sosxom.br. É coautor dos livros Manual de Contabilidade, Aprendendo Matemática Financeira, Contabilidade Avançada e Contabilidade Geral ~ Provas Resolvidas, todos desta editora.

LUIZ ROBERTO MISSAGIA é Auditor Fiscal da Receita Federal Brasil (AFRFB) desde 1996. Possui pós-graduação na Esaf - Escola de Administração Fazendária - em Contabilidade Avançada. Ministra as disciplinas de Contabilidade e Comércio Internacional em cursos preparatórios para concursos. É instrutor da Esaf em cursos de formação de auditores, instrutor de contabilidade em treinamentos internos da Receita Federal e professor convidado do site www.pontodosconcursos.com.br. É coautor dos livros Aprendendo Matemática Financeira, Contabilidade Avançada e Contabilidade Geral - Provas Resolvidas, todos desta editora.

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Apresentação

Esta obra surgiu da ídeia de se apresentar um material complementar aos candidatos a concursos em que sejam cobradas as disciplinas de Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações Contábeis, especialmente àqueles que pretendem alcançar uma vaga nas carreiras da Receita Federal do Brasil, do ICMS, do TCU e de outras de alto nível.

O presente livro está organizado em 4 (quatro) capítulos, sendo o primeiro referente a uma Tevisão das normas que regem os demonstrativos contábeis, o segundo à análise das demonstrações contábeis, o terceiro à contabilidade de custos. Os primeiros três capítulos são seguidos de uma bateria de exercícios, cuja resolução é apresentada no quarto capítulo.

Procurou-se apresentar o conteúdo de forma coesa e objetiva, com enfoque das principais bancas examinadoras, como a Esaf - Escola de Administração Fazendária a Cespe/ünB, a Fundação Getulio Vargas e a Fundação Carlos Chagas.

O presente material também será útil como referência e fonte de informação aos estudantes de Contabilidade em geral.

Com nossa experiência na área de concursos, sabemos que não há tempo a perder e que a concorrência é enorme, sendo necessário não só o estudo com afinco, mas, sobretudo, planejamento e organização para que se atinja o objetivo esperado.

Um bom estudo a todos!

Os autores

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Glossário

Nesta obra, para facilitar a diagramação, utilizamos algumas siglas:

AC - Ativo Circulante

ANC - Ativo Não Circulante

RLP - Ativo Realizável a Longo Prazo

AT-Ativo Total

PT - Passivo Total

PL ~ Patrimônio Líquido

PC - Passivo Circulante

PNC - Passivo Não Circulante

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Sumário

Capítulo 1 Aspectos Gerais de Contabilidade........................................................ 11.1. Introdução..............................................................................................................11.2. Demonstrações conforme a Lei das Sociedades Anônimas...........................21.3. Balanço Patrimonial - BP....................................................................................31.4. Demonstração do Resultado do Exercício - DRE.........................................101.5. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL................. 141.6. Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC................................................... 161.7. Demonstração do Valor Adicionado - DVA..................................................181.8. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA.................. 241.9. Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos - Doar.................271.10. Consolidação das Demonstrações Contábeis............................................... 281.11. Exercícios propostos......................................................................................... 29

Capítulo 2 Análise dás Demonstrações Contábeis.............................................. 592.1. Elementos fundamentais para análise financeira..........................................59

2.1.1. Técnicas contábeis..............................................................................592.1.2. Usuários da Análise Contábil..............................................................592.1.3. Conceito, objetivo e finalidade da Análise Contábil......................60

2.1.3.1. Conceito................................................................................ 602.1.3.2. Obj etivo................................................................................. 602.1.3.3. Finalidade..............................................................................60

2.1.4. Funções da Análise Contábil...............................................................602.1.4.1. Decomposição.......................................................................602.1.4.2. Comparação.......................................................................... 602.1.4.3. Interpretação.................................................................. . 60

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2.1.5. Validade e limitações da Análise Contábil......................................612.1.6. Pressupostos básicos para desenvolvimento da Análise............... 612.1.7. Tipos de Análise Contábil.................................................................612.1.8. Métodos de Análise Contábil........................................................... 61

2.1.8.1. Análise vertical (ou de estrutura)................................... 612.1.8.2. Anãlise horizontal (ou de evolução)................................612.1.8.3. Análise por quociente........................................................ 61

2.1.9. Aspectos das demonstrações passíveis de Análise......................... 622.1.9.1. Análise da estrutura patrimonial...................................... 622.1.9.2. Aspecto financeiro ou análise financeira.........................62

2.1.10. Condições essenciais das demonstrações contábeis paraefeito de Análise.................................................................................62

2.1.11. Ajustes das demonstrações contábeis para efeito de Análise.....622.1.12. Exemplos de demonstrações contábeis padronizadas...................63

2.2. Demonstrações Contábeis ............................................................................ 662.2.1. Demonstrações obrigatórias para todas as empresas.....................66

2.2.1.1. Balanço Patrimonial.......................................................... 662.2.1.2. Demonstração do Resultado do Exercício...................... 672.2.1.3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados.. 672.2.1.4. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos . 672.2.1.5. Notas explicativas.............................................................. 67

2.3. Análise Vertical e Horizontal ..................................................................... ..682.3.1. Análise Vertical.................................................................................. 682.3.2. Análise Horizontal......................... ...................................................70

2.3 2 . 1. Análise de Evolução Nominal.......................................... 702.3.2.2. Análise de Evolução Real.................................................. 71

2.4. índices de liquidez..........................................................................................722.4.1. Liquidez Geral - LG......................................................................... 722.4.2. liquidez Imediata - LI......................................................................722.4.3. Liquidez Seca - LS.............................................................................722.4.4. Liquidez Corrente - LC....................................................................73

2.5. Indicadores de estrutura................................................................................732.5.1. Grau de Endividamento - GE..........................................................732.5.2. Solvência Geral - SG .......................................................................742.5.3. Composição do Endividamento - CE............................................ 742.5.4. Garantia de Capital de Terceiros - GCT......................................... 74

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2.5.5. Imobüização de Capital Próprio - ICP.......... ...............................742.5.6. Grau de Permanência do Ativo - GPA........................................... 75

2.6. Indicadores de Rentabilidade.......................................................................752.6.1. Margem Operacional - MO............................................................752.6.2. Margem Bruta - MB......................................................................... 762.6.3. Margem Geral ou Margem Líquida - MG..................................... 762.6.4. Giro Operacional ~ GO .................................................................. 762.6.5. Giro Geral ou Giro do Ativo - GG ...................................... ....... 772.6.6. Retomo Operacional - RO .............................................................782.6.7. Retomo Geral ou Rentabilidade do Ativo - RG........................... 782.6.8. Retomo do Capital Próprio ou Rentabilidade do PI - RCP.... . 792.6.9. Grau de Alavancagem Financeira - GAF...................................... 792.6.10. Grau de Alavancagem Operacional - GAO..................................80

2.7. Indicadores de prazo médio......................................................................... 812.7.1. Rotação dos Estoques - RE.............................................................812.7.2. Prazo Médio de Rotação dos Estoques - PMRE........................... 822.7.3. Rotação de Duplicatas a Receber - RDR...................................... 822.7.4. Prazo Médio de Cobrança - PMC..................................................832.7.5. Rotação De Duplicatas a Pagar - RDP..........................................832.7.6. Prazo Médio de Pagamento ~ PMP................................................ 842.7.7. Quociente de Posicionamento Relativo ~ QPR........................... 84

2.8. Análise do Capital de Giro........................................................................... 842.8.1. Capital de Giro Próprio.................................................................. 852.8.2. Capital em Giro................................................................................85

2.9. Exercícios propostos..................................................................................... 85

Capítulo 3 Noções d e Custos........................................................................ 1013.1. Introdução.................................................................................................. 1013.2. Conceito.......................................................... ;...........................................1033.3. Integração com a Contabilidade Comercial............................................1123.4. Terminologia contábil............................................................................... 1123.5. Exercícios resolvidos (3.1) ......................................................................1163.6. Classificação dos custos............................................................................ 116

3.6.1. Custos diretos................................................................................1163.6.2. Custos indiretos............................................................................ 1173.6.3. Em relação aos níveis de produção............................................117

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3.7. A Contabilidade de Custos como ramo contábil..................................... 1183.8. Custo de produção do período......................................... ........................ 118

3.8.1. Custo de Produção do Período - CPP........................................1193.8.2. Custo Primário - CP.....................................................................1203.8.3. Custo de Transformação - CT..................................................... 120

3.9. Exercício resolvido (3.2).............................................................................. 1203.10. Sistemas de acumulação de custos..............................................................1213.11. Formas de produção..................................................................................... 1213.12. Formas de custeio......................................................................................... 1223.13. Produção conjunta........................................................................................ 123

3.13.1. Coprodutos ou produtos conjuntos.............................................. 1233.13.2. Subprodutos..................................................................................... 1233.13.3. Sucatas ou resíduos.........................................................................1233.13.4. Sistemas de controle de custos.......................................................123

3.14. Custeio por absorção e custeio variável......................................................1243.14.1. Custeio por absorção......................................................................1243.14.2. Custeio direto ou variável...............................................................1283.14.3. Exemplo comparativo entre custeio variável e custeio por

absorção............................................................................................1323.15. Método RKW................................................................................................. 1343.16. Custeio baseado em atividades - Método ABC......................................... 134

3.16.1. Benefícios......................................................................................... 1353.16.2. Como iniciar o ABC.........................................................................136

3.17. Método do Custo-Padrão............................................................................. 1363.17.1. Custo-Padrão ideal (estimado).......................................................1363.17.2. Custo-Padrão corrente....................................................................1363.17.3. Finalidades....................................................................................... 137

3.18. Custeio dos materiais diretos...................................................................... 1383.18.1. O que integra o valor dos materiais..............................................1383.18.2. Tratamento contábil das perdas de materiais............................... 139

3.19. Custeio, controle e tratamento contábil da Mão de Obra (Direta eIndireta)..........................................................................................................1403.19.1. Tratamento contábil da Mão de Obra Direta — MOD................. 1403.19.2. Classificação.....................................................................................141

3.19.2.1.Fichas de controle e apuração....................................... 1413.19.3. Custeio, controle e tratamento contábil da mão de obra

indireta................................................................... .......................... 141

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3.20. Custeio, tratamento contábil de custos indiretos de fabricação -critérios de rateio......................................................... ................................. 142

3.21. Custos por ordem e custos por processos.................................................. 1433.21.1. Custos por Ordem.......................................................................... 143

3.21.1.1.Daniíxcações na produção por ordem........................... 1453.21.1.2.Prazo dilatado na execução de encomendas......146

3.21.2. Custos por processos ou produção contínua............................... 146.3.22. Formas de custeio da produção conjunta..................................................149

• 3.22.1. Coprodutos, subprodutos e sucatas: conceito, cálculo etratamento contábil.................................................................... . 150

3.23. Conceito de margem de contribuição total e unitária.............................. 1523.24. Análise das relações custo/volume/lucro.....................................................153

3.24.1. Margem de contribuição e taxa de retomo...................................1533.24.2. Os custos (e as despesas) fixos........................................................1533.24.3. Os custos (e as despesas) variáveis................................................ 154

3.25. O ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro..........................1563.25.1. Margem de segurança e alavancagem operacional.......................1583.25.2. Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro..............1603.25.3. Influência das alterações dos custos e despesas fixos no

ponto de equilíbrio.......................................................................... 1613.25.4. Influência das alterações dos custos e despesas variáveis........... 1623.25.5. Influência das alterações dos preços de venda............................. 162

3.26. Exercícios propostos..................................................................................... 163

C a p ít u l o 4 R e s o l u ç ã o d o s E x e r c íc io s P r o p o s t o s ......................................... 1994.1. Capítulo 1 - Aspectos Gerais de Contabilidade................... :....... ;........1994.2. Capítulo 2 - Análise das Demonstrações Contábeis...............................2364.3. Capítulo 3 - Noções de Custos.................................................................. 250B ib l io g r a f ia ................................................................. ............................................287

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Capítulo -L

Aspectos Gerais de Contabilidade

I.I. IntroduçãoInicialmente, cabe esclarecer que este capítulo visa apenas a apresentar os

aspectos gerais e legais das demonstrações passíveis de análise e os elementos que serão utilizados em noções de custos. Desta forma, não se trata de um es­tudo aprofundado sobre o tema, mas trazemos todos os dispositivos da Lei na 6.404/1976 a eles relativos.

A Lei na 6.404, de 15 de dezembro de 1976, publicada no suplemento do DOU de 17 de dezembro de 1976, dispõe sobre as sociedades por ações e é, a par do Código Civil, a matriz legal básica das práticas contábeis adotadas no Brasil.

Para este efeito, as práticas contábeis adotadas no Brasil se constituem numa terminologia que abrange a legislação societária brasileira, os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Con­tábeis - CPC - homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam ao Pronunciamento Conceituai Básico de Estrutura Conceituai para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, emitido pelo CPC e, por conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais.

A referida lei sofreu diversas alterações, porém as mais significativas foram as introduzidas pela Lei n2 10.303, de outubro de 2001, a Lei n° 11.638, de 27 de dezembro de 2007 e, recentemente, a Lei ri211.941, de 27 maio de 2009, que é fruto da conversão da Medida Provisória nfi 449, de 2008.

Além das leis, há normas infralegais emitidas pela Comissão de Valores Mo­biliários - CVM e pelo Conselho Federal de Contabilidade que são obrigatórias, respectivamente, pelas companhias abertas na elaboração de suas demonstrações e pelos contabilistas no exercício de suas atividades profissionais.

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2 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Míssagia

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Disposições relativas à avaliação de estoques e conteúdos mínimos dos de­monstrativos contábeis são tratadas pela Lei nfl 6.404/1976. Portanto, veremos os aspectos mais importantes da referida lei, que for pertinente aos demonstra­tivos contábeis antes de iniciarmos o estudo sobre análise das demonstrações contábeis e noções de custos.

1.2. Demonstrações conforme a Lei das Sociedades AnônimasA Lei n2 6.404/1976 estabelece, por meio do art. 176, as Demonstrações Con­

tábeis Obrigatórias para as sociedades por ações.São as seguintes demonstrações exigidas pela Lei:Balanço Patrimonial - BP;Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA;Demonstração do Resultado do Exercício - DRE;Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC; eSe companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado - DVA.A Lei determina, ainda, que as demonstrações de cada exercício sejam publica­

das com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. Isto facilita, sobremaneira, a análise das demonstrações, principalmente a de evolução ou histórica.

No § 4a do mesmo dispositivo legal a lei assevera que as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demons­trações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. É nesse contexto que pode ser elaborada e publicada, por exemplo, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Doar - , que deixou de ser obrigatória.

Para as companhias abertas, a Comissão de Valores Mobiliários, por força da delegação recebida pela lei, exige a elaboração e divulgação da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL - que, conforme a Lei, substitui a DLPA se elaborada e publicada pela companhia, dispensando-a de elaborar e publicar a DLPA.

A DFC não será obrigatória para as companhias fechadas com Patrimônio Líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00. Desta forma, a DFC é obrigatória para todas as companhias abertas e para grande parte das companhias fechadas.

Vejamos, pois, a estrutura e os principais aspectos de cada um desses demons­trativos.

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade 3

1.3. Balanço Patrimonial - BPQuanto ao BP, a principal demonstração contábil, a lei dispõe sobre a estrutura

e componentes do mesmo no art. 178, cujo dispositivo possui a seguinte grafia:

Art. 178. to balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.§ P. No atira, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos neias registrados, nos seguintes grupos: í-ativo circulante; eII - ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.§ Ik Ho passivo, as contes serão classificadas nos seguintes grupos: í~ passivo circulante;II - passivo não circulante; eIII - patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.§ 3a. Os saldos devedores e credores que a companhia náo tiver direito de compensar serão classificados separadamente.

No concernente à classificação das contas, no art. 179 a lei disciplina a forma de classificar as contas no ativo:

Art 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:l - no ativo circulante; as disponibilidades, os diretos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte;il - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (art. 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que nâo constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; líl - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, náo classi­ficáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei n211.638, de 2007)V - (Revogado peia Medida Provisória n5 449, de 2008.)VI - no intangível: os diretos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos ram essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei n311.838, de 2007)Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a clas­sificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Série Provas

e Concursos

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O inciso V, que foi revogado pela MP n2 449/2008, tratava do ativo diferido. O art, 299-A da lei, acrescentado pela Lei na 11.941/2009, trata da destinação que deve ser dispensada ao saldo do ativo diferido em 31 de dezembro de 2008.

Analisando o dispositivo, constata-se que, embora não seja mais possível a sua constituição, ele pode permanecer no grupo do Ativo Não Circulante, em conta de diferido:

Art. 299-A. 0 saldo existente m 31 de ásimhm és 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, náo puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no a to sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § i d o art, 183 desta Lei. (Incluído pela Lei n511,941, de 2009).

Salienta-se que seu saldo precisa ser reanalisado e, quando cabível, reclassifi- cado. Os que não puderem ser reclassificados para outras contas de ativo, como gastos pré-operacionais administrativos, de reorganização, gastos com pesquisa etc. devem ser baixados jã no balanço de abertura de 2008 contra Lucros ou Prejuízos Acumulados. Alternativamente, é também admitida, legalmente, a possibilidade de esses saldos permanecerem nesse subgrupo até seu total desaparecimento, lem­brando que a Lei das S/A impedia amortização desses valores em prazo superior a dez anos, logo, a sua amortização há de ocorrer nesse prazo desde o período em que seus benefícios possam ser usufruídos.

O art. 180 traz a classificação das contas no passivo exigível ao dispor do seguinte modo:

Art 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art 179 deste Lei. (Redação dada pela Lei n®11.941.de 2009).

Até o advento da MP nc 449/2008, no art. 181 a lei tratava dos resultados de exercícios futuros. A referida MP, convertida na Lei n2 11.941/2009, excluiu este grupo de contas e dispõe que o saldo existente em 31 de dezembro de 2008 deve ser classificado em conta de Receita Diferida, cujo saldo deve evidenciar a receita diferida e o respectivo custo diferido, dentro do grupo do Passivo Não Circulante:

Art. 299-B. 0 saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro de 2008 deverá ser reciassiücado para o passivo não circulante em conta representativa de receita diferida. (Incluído peia Lei n511.941, de 2009)

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CAMPUS Capítulo i — Aspectos Gerais de Contabilidade 5

Parágrafo único. 0 registro do saido de que trata o caput deste artigo deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo diferido. (Incluído peia Lei n211.941, de 2009)

A classificação dos elementos do Patrimônio Líquido é apresentada pelo art. 182 da Lei:

Art. 182. A conta do capitai social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.§ 1S. Serão classificadas como reservas de capitai as contas que registrarem:a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o vaJor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;c) (revogada); (Revogado pela Lei ns 11.638, de 2007)d) (revogada). (Revogado pela Lei n511.638, de 2007)§ 2K Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capita! realizado, enquanto nâo capitalizado.§ 3*. Serão classificadas como ajustes de aviação patrimonial, enquanto não computadas rio resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a vaior justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3** do art 177 desta Lei. (Redação dada pela Lei n211.941, de 2009).§ ¥. Serão classificados como reservas de íucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.§ 5*. As açóes em tesouraria deveráo ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio liquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.

As alíneas c e d do § l s que foram revogadas pela Lei n2 11.638/2007, tratavam, respectivamente, das reservas de capital de prêmios recebidos na emissão de de­bêntures e as doações e subvenções para investimentos. A partir de l2 de janeiro de 2008 os prêmios recebidos na emissão de debêntures e as doações e subvenções para investimentos passaram a ser tratados como receitas e devem ser levados a DRE. O resultado advindo de incentivos fiscais que virem sob a forma de subvenções gover­namentais pode ser transferido para reserva de lucros - Reserva de Incentivos Fiscais.

Para que possamos classificar corretamente os componentes patrimoniais, devemos avaliá-los de forma adequada, pois o resultado da avaliação pode trazer classificações diversas para determinado ativo ou passivo, além de a avaliação poder trazer diferenças de valor para os componentes patrimoniais.

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Os critérios de avaliaçao dos ativos e dos passivos preconizados pela iei estão nos arts. 183, 184 e 184-A, que dispõem do seguinte:

Alt 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaiiâdos segundo os seguintes critérios:I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei n511.638, de 2007)a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada peía Lei n811.941, de 2009)b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei n511.638, de 2007)ii - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;II) - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos arts. 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu vaior, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas boniücadas;IV -o s demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saído da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;VI - (revogado); (Redação dada pela Lei n511.941, de 2009)VII - os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saído da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei n811.638, de 2007)VII) - os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pefa Lei n511.638, de 2007)§ 1s. Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei n511.941, de 2009)a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros.d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: (Incluída peta Lei n511.638, de 2007)

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade 7

1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similanes; (incluído pela Lei n5 11.638, de 2007)2) o vaior presente iíquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou (Incluído peia Lei n211.838, de 2007)3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatístieos de preciíicação de instrumentos financeiras. (Incluído pela Lei tf 11.638, de 2007)§ 2 3. A diminuição do valor dos elementos dos ativos ifnoiizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei n211.941 r de 2009)a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência;b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente Imitado;c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos mineras ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.§ & h companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível a I n de que sejam: (Redação dada pela Lei n311.941, de 2009)I - registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei n811.638, de 2007)II - revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida lítií econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização. (Incluído pela Lei $11.638, de 2007)§ 4a. Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser aváados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito peia técnica Critérios de Avaliação do Passivo.Art 184. fio balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios;I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço;II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambiai, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;III - as obrigações, os encargos e os riscos classificadas no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei n511.941, de 2009)Critérios de Aviação em Operações SocietáriasArt. 184-A. A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá, com base na competência conferida pelo § 3® do art 177 desta Lei, normas especiais de aviação e contabilização aplicáveis à aquisição de controle, participações societárias ou negócios. (Incluído pela Lei n511.941, de 2009)

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As reservas de lucros tratadas no § 4a do art. 182 são as dispostas nos arts. 193 a 197 da Lei.

Reservas e Retenção de Lucros Reserva LegaiArt. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra desteçáo, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capitel social.§ 1s. A companhia poderá deixar de constituir a reserva legai no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capitai de que trata o § 12 do art. 182; exceder de 30% (trinía por cento) do capita! socíaS.§ 2°-. A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capitai sociaí e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.Reservas EstatutáriasArt 194.0 estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; eIII - estabeleça o limite máximo da reserva.Reservas para ContingênciasArt. 195. A Assembleia Geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido àformação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado.§ i s. A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razoes de prudência que a recomendem, a constituição da reserva.§ 25. A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razoes que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda.Reserva de incentivos Fiscais (incluído pela Lei n811.638, de 200?)Art 195-Â. A Assembleia Geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excíuída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei). (Inciuído pela Lei n511.638, de 2007) Retenção de LucrosArt 196. A Assembleia Geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parceía do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capitel por ela previamente aprovado.§ 15. 0 orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreendertodas as fontes de recursos e apticaçóes de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento.§ 2°-. 0 orçamento poderá ser aprovado pela Assembleia Geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social. (Redação dada pela Lei n510.303, de 2001)

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CAMPUS Capítulo 1 — Aspectos Gerais de Contabilidade

Reserva de Locros a RealizarArt 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos íermos do estatuto ou do art 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro liquido do exercício, a Âssembleia Gera! poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constihiíção de reserva de lucros a realizar. (Redação dada pela Lei n5 10.303, de 2001)§ 1s. Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: (Redação dada pela lei n310.303, de 2001)í - o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial {art. 248); e (incluído pela Lei n510.303, de 2001) li - o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. (Redação dada pela Lei n411.838,de 2007)§ 2a. A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso II! do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro. (Incluído pela Lei n810.303, de 2001).

Salienta-se que a constituição das reservas estatutárias e a reserva de retenção de lucros não podem prejudicar a distribuição dos dividendos obrigatórios nos termos do art. 198 da Lei.

Limite da Constituição de Reservas e Retenção de LucrosArt 198, A destinação dos iueros para constituição das reservas de que trata o art 194 e a retenção nos termos do art 196 náo poderão ser aprovadas, em cada exercício, em prejuízo da distribuição do dividendo obrigatório (art. 202).

No art. 199 a Lei dispõe que o somatório das reservas legal, estatutária e de retenção de lucros não pode ultrapassar o valor do capital social e, se atingido esse valor, o excesso deve ser incorporado ao capital social ou distribuído sob a forma de dividendos.

Limite do Saldo das Reservas de Lucro. (Redação dada pela Lei n311.638, de 2007)Ar1.199.0 saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos t o s e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capitai social. Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos. (Redação dada pela Lei n3 11.638, de 2007)

A utilização das reservas de capital está disciplinada no art. 200 da Lei. Res­salta-se que as reservas de capital não podem ser utilizadas para nenhuma outra finalidade não expressa no dispositivo a seguir.

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Reserva de CapitalArt 200. As reservas de capitel somente poderão ser utilizadas para:1 - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (art 189, parágrafo único);IS - resgate, reembolso ou compra de açóes;III-resgate de partes beneficiárias;IV-incorporação ao capital social;V - pagamento de dividendo a açóes preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (art 17, § 52).Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

Desta forma, poderemos encontrar a seguinte estrutura de Balanço Patrimo­nial:

BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31/12/20X8I. ATIVO 2. PASSIVO

1.1. CIRCULANTE1.1.1. Disponibilidades1.1.2. Direitos realizáveis durante o

exercício social subsequente1.1.3. Despesas do exercício seguinte

1.2. NÃO CIRCULANTE1.2.1. Realizável a Longo Prazo1.2.2. Investimentos1.2.3. Imobilizado1.2.4. Intangível

2.1. CIRCULANTE

2.2. NÃO CIRCULANTE

2.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO2.3.1. Capital social

(-} Capital a integralizar(-) Gastos com Emissão de Ações

2.3.2. Reservas de capital2.3.3. (+/-) Ajustes de avaliação patrimonial2.3.4. Reservas de lucros2.3.5. (-) Ações em tesouraria2.3.6. (-) Prejuízos acumulados

1.4. Demonstração do Resultado do Exercício - DREA demonstração do resultado do exercício é a demonstração mais esperada pelo

empresário, pois é por meio dela que se mede o resultado econômico da entidade, ou seja, a rentabilidade da empresa.

A estrutura preconizada pela Lei para este demonstrativo tão importante há de ser observada pelas sociedades anônimas e também pelas empresas em geral, pois o Código Civil não estabelece uma forma de apuração e demons­tração do resultado e dispõe que as disposições da Lei na 6.404/1976 devem ser observadas supletivamente no que couber e em que não houver regula­mentação pelo Código.

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade

Demonstração do Resultado do ExercícioArt 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará;I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;II - a receite líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;IV -o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei n511.941, de 2009)V - o resultado do exercício antes do imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;Vi - as participações de debêntures, empregados, administradores .e partes beneficiárias, mesmo na forma délnstrumen- tos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa. (Redação dada pela Lei n511.941, de 2009)Vil - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do captei social.§ 15. Na determinação do resultado do exercício serão computados:a) as receites e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; eb} os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.§2 3. (Revogado)

Chama-se a atenção do leitor ao disposto no inciso IV, pois foi banida a figura do resultado não operacional. Doravante, os ganhos de capital, por exemplo, devem ser tratados como outras receitas, assim como o resultado positivo da equivalência patrimonial.

O Estatuto da empresa pode estabelecer participações nos lucros para empre­gados, administradores, partes beneficiárias, debêntures e fundos ou instituições de assistência ou previdência de empregados. Entretanto, antes de qualquer par­ticipação, deverão ser deduzidos os prejuízos acumulados e o Imposto de Renda.

As participações devem ser calculadas sucessivamente, nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anterior: Debên­tures, Empregados, Administradores, Partes Beneficiárias e Fundos ou instituição de assistência ou previdência de empregados.

Os aspectos relativos às participações estão dispostos nos arts. 189 e 190.

Dedução de Prejuízos e Imposto sobre a RendaArt 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.Parágrafo único. 0 prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido peios lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

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ParticipaçõesArt. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessi­vamente e nessa ordem, com base nos t o s que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Parágrafo único. Aplica-se ao pagamento das participações dos administradores e das partes beneficiárias o disposto nos parágrafos do art 201.

Percebe-se que o parágrafo único do art. 189 fala que os prejuízos do exercício devem ser absorvidos pelos lucros acumulados. Porém, não podem mais existir lucros acumulados, pois esses, se não destinados para a formação de reservas ou incorporados ao capital social, devem ser destinados sob a forma de dividendos.

A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. Assim, saldos nessa conta preci­sam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela Assembleia Geral Ordinária.

Entretanto, essa conta continua nos planos de contas, e usada para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exer­cícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros. Essa conta também é utilizada para a elaboração da DLPA. Neste caso, a conta Lucros Acumulados figura como conta transitória, não sendo nem conta patrimonial e tampouco conta de resultado.

Após a dedução das participações, teremos o lucro líquido do exercício, con­forme disposto no art. 191 da Lei.

Chama-se a atenção do leitor ao fato de que as participações estatutárias, tec­nicamente, representam despesa para a empresa, visto que diminuem o resultado, embora a Lei diga que não se caracterizem como despesa. Já a destinaçâo do lucro não representa despesa nos termos do art. 192, pois é efetuada após a apuração do resultado.

Lucro líquidoArt 191. lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que remanescer depois de deduzidas as participações de que trata o art 190.Proposta de Destinaçâo do LucroArt 192. Juntamente com as demonstrações financeiras do exercício, os órgãos da administração da companhia apresen­tarão à Assembleia Geral ordinária, observado o disposto nos arts. 193 a 203 e no estatuto, proposto sobre a destinaçâo a ser dada ao lucro liquido do exercício.

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CAMPUS Capítulo i — Aspectos Gerais de Contabilidade 13

Assim, considerando a estrutura de DKE proposta pela Lei, hipoteticamente, a DRE poderá ser apresentada da seguinte forma:

Vendas de mercadorias à vista R$ 12.000,00Vendas de mercadorias a prazo R$ 18.000,00Serviços à vista R$ 5.600,00Serviços a prazo R$ 14.400,00Receita Bruta total R$ 50.000,00(-) Vendas Canceladas R$ 10,00(-) Vendas Devolvidas R$ 20,00(-) Descontos Incondicionais R$ 70,00(-) Abatimentos sobre vendas R$ 100,00(-) 1CMS s/ Vendas R$ 7.000,00(-) ISS sobre serviços R$ 800,00(-) Cofins s/ faturamento R$ 600,00(-) PIS s/ faturamento R$ 80,00(-) Imposto de Exportação R$ 50,00= Receita Operacional Líquida R$ 41.270,00(-) Custo das mercadorias e dos serviços vendidos R$ 24.580,00= Lucro Bruto R$ 16.690,00C—) Despesas com vendas R$ 130,00(-) Despesas Financeiras R$ 240,00+ Receitas Financeiras R$ 180,00(-) Despesas Gerais R$ 85,00(-) Despesas Administrativas R$ 368,00(—) Outras despesas operacionais R$ 469,00= Lucro ou Prejuízo Operacional R$ 15.578,00+ Outras Receitas R$ 574,00(-) Outras Despesas R$ 937,00= Resultado antes do Imposto de Renda R$ 15.215,00(-) Provisão para Imposto de Renda R$ 1.654,00(-) Participação de Debêntures R$ 780,00(-) Participação de Empregados R$ 840,00(-) Participação de Administradores R$ 658,00C-) Participação de Partes Beneficiárias R$ 547,00(-) Participação de fundo de assistência a empregados R$ 360,00= Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício R$ 10.376,00-h Número de ações (10.000)~ Lucro por ação do Capital Social R$ 1,0376

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I.5. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPlApesar de não estar prevista como demonstração obrigatória pela Lei, a DMPL

é citada pela Lei das S.A. em seu art. 186, § 2G, que estabelece:

§ IK A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital sociaí e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio ííquido, se eláorada e publicada pela companhia,

Em que pese a DMPL não ser obrigatória pela Lei das S.A., a sua elaboração e publicação pela empresa, dispensa a demonstração de lucros ou prejuízos acu­mulados - DLPA.

A DMPL apresenta todas as operações que movimentaram as contas do Patri­mônio Líquido.

A Comissão de Valores Mobiliários - CVM - estabeleceu a obrigatoriedade da publicação da Demonstração das Mutações do Patrimônio liquido - DMPL - para as companhias abertas, por meio da Instrução CVM n- 59/1986.

A DMPL indica as transferências de valores entre as contas, demonstrando a origem dos recursos, os acréscimos e as reduções no grupo Patrimônio liquido durante o exercício.

A estrutura da DMPL, conforme preconizado pela CVM, é a seguinte:

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1.6. Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFCA Demonstração dos Fluxos de Caixa se tomou obrigatória a partir de l s de janeiro

de 2008, por força daLein® 11.638/2007, que alterou o art. 188 da Lei n2 6.404/1976.O referido dispositivo tratava da Doar, que deixou de ser obrigatória, e passou

a exigir a DFC e a DVA:

Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado (Redação dada peia Lei n811.638, de 2007}Art 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e Veio caput do art 176 desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei 011.638, de 2007)I - demonstração dos fiuxos de caixa - as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 p s ) fluxos: (Redação dada peia Lei n511.638, de 2007)a) das operações; (Redação dada pela Lei n211.638, de 2007)b) dos financiamentos; e (Redação dada peia Lei n® 11.638, de 2007)c) dos investimentos. (Redação dada pela Lei o511.638, de 2007)II - demonstração do valor adicionado - o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distritóçáo entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída (Redação dada pela Lei n511.638, de 2007)

Sua obrigatoriedade começa para as demonstrações contábeis a partir do exer­cício social findo em 31 de dezembro de 2008.

Todavia, nesse primeiro exercício, ela pode ser apresentada sem comparação com o exercício social precedente, a não ser que a entidade já a venha volunta­riamente apresentando.

Essa demonstração abrange, exclusivamente, fluxos efetivos de caixa, agrupados, obrigatoriamente, em atividades operacionais, de investimento e de financiamento, com o uso do método direto ou indireto para evidenciação do fluxo de caixa das atividades operacionais.

A lei deixou assente que a DFC deve ser segregada em fluxo das operações, fluxo dos financiamentos e fluxo dos investimentos.

O dispositivo legal não definiu os conceitos dessas atividades. A Comissão de Valores Mobiliários, por meio da Deliberação CVM ne 547, de 13 de agosto de 2008, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC n£ 03 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata da Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC, definiu o conteúdo mínimo que deve ser informado na DFC ~, bem como trouxe os conceitos aplicáveis.

Atividades operacionais são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento.

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Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos não circulantes e de outros investimentos que representam ingressos ou gastos destinados a gerar receitas futuras e fluxos de caixa e que não estão incluídos nos equivalentes de caixa.

Atividades de financiamento são aquelas que resultam em mudanças no ta­manho e na composição do capital próprio e no endividamento da entidade, não classificadas como atividade operacional.

Os juros e os dividendos pagos ou recebidos podem ser classificados em ativi­dades operacionais ou, alternativamente, os pagos nas atividades de financiamento e os recebidos nas atividades de investimento.

A DFC pode ser apresentada pelo método direto ou pelo método indireto.No método direto são apresentadas todas as operações que interferiram na

formação do caixa. Jã pelo método indireto, parte-se do resultado do exercício que deve ser ajustado para excluir dele as receitas e despesas que não interferiram na formação do caixa.

A demonstração pelo método direto traz a vantagem de ser de mais fácil com­preensão por parte dos interessados nas demonstrações contábeis, ao passo que a forma de apresentação pelo método indireto traz a vantagem de apresentar a reconciliação do caixa gerado pelo resultado.

Considerando valores hipotéticos, poderemos ter a seguinte estrutura de apre­sentação da DFC:

Demonstração dos Fluxos de Caixa pelo Método Direto 20X2• Fluxos de caixa das atividades operacionaisRecebimentos de clientes 30.150Pagamentos a fornecedores e empregados (27.600)Caixa gerado pelas operações 2.550Juros pagos (270)Imposto de Renda e contribuição soda! pagos (800)Imposto de Renda na fonte sobre dividendos recebidos (100)• Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 1.380

• Fluxos de caixa das atividades de investimentoAquisição da controlada x líquido do caixa incluído na aquisição (550)Compra de Ativo Não Circulante - imobilizado (350)Recebido pela venda de equipamento 20Juros recebidos 200Dividendos recebidos* 200• Caixa líquido usado nas atividades de investimento (480)

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Fluxos de caixa das atividades de financiamentoRecebido pela emissão de ações 250Recebido por empréstimo não circulantes 250Pagamento de passivo por arrendamento (90)Dividendos pagos** (1.200)• Caixa líquido usado nas atividades de financiamento (790)

Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 110Caixa e equivalentes de caixa no início do período 120Caixa e equivalentes de caixa ao fim do período 230

(*) Esse valor também pode ser apresentado no fluxo de caixa das atividades operacionais. (**) Esse valor também pode ser apresentado no fluxo de caixa das atividades operacionais.

1.7. Demonstração do Valor Adicionado - DVAA DVA também passou a ser exigida somente a partir de Ia de janeiro de 2008,

por força da Lei n2 11.638/2007, que alterou o art. 188 da Lei nQ 6.404/1976.

Demonstrações dos fluxos de Caixa e do Valor Adicionado (Redação dada pela Lei nM 1.638, de 2007}Art 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art 176 desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei n2! 1.638, de 2007)I - demonstração dos fluxos de caixa - as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: (Redação dada pela Lei nM 1.838, de 2007}a) das operações; (Redação dada pela Lei n511.638, de 2007)b) dos financiamentos; e (Redação dada pela Lei n211.638, de 2007)c) dos investimentos. (Redação dada pela Lei n511.638, de 2007)II - demonstração do valor adicionado - o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. (Redação dada peia Lei ^11.638, áe 2007}

Essa demonstração (DVA) foi tomada obrigatória para as companhias aber­tas pela Lei n2 11.638/2007. O CPC recomenda sua elaboração como parte das demonstrações contábeis para todas as sociedades que divulgam demonstrações contábeis.

No primeiro ano de sua aplicação obrigatória (exercício social findo em 31 de dezembro de 2008) fica dispensada a apresentação dos valores relativos ao exercício anterior, a não ser que a entidade já venha elaborando e divulgando,

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voluntariamente, essa demonstração, ou voluntariamente opte por apresentar a demonstração do exercício anterior, para fins de comparação.

Essa demonstração deve evidenciar, na primeira parte, a riqueza criada, como diferença entre suas receitas de vendas de bens, serviços e utilidades, diminuídas dos valores dos bens, serviços e utilidades adquiridos de terceiros. A essa riqueza gerada adicionam-se as recebidas em transferência de terceiros, como as deriva­das de juros, equivalência patrimonial, royalties e semelhantes. Essa riqueza total obtida é, na distribuição, mostrada a quem foi repassada: ao trabalho (salários, honorários etc.), ao capital de terceiros, ao capital próprio (distribuído e retido) e ao governo. Evidencia-se assim, de forma muito neutra, a geração e a distribuição do pedaço do PIB produzido pela entidade.

Cuidados especiais devem ser tomados com os tributos recuperáveis. Na de­monstração do resultado o ICMS e os demais tributos recuperáveis são excluídos do custo dos bens e serviços, mas para fins da DVA os tributos precisam estar neles incluídos; na demonstração do resultado esses tributos, quando incidentes sobre a receita, aparecem como redutores da receita bruta. Para fins da DVA esse tratamento na receita bruta permanece, mas os tributos recuperáveis nos custos dos bens e serviços incluídos nas despesas devem ficar acrescidos a esses bens e serviços, de forma que, na parte relativa ao valor adicionado transferido ao gover­no, apareçam apenas as parcelas desses tributos realmente adicionais nascidos das operações da entidade. Tratamento especial deve ser dado aos tributos no regime de substituição tributária.

As instituições financeiras, em especial as de atividade bancária, têm um tra­tamento especial; em vez de as receitas financeiras serem parte do valor adicio­nado recebido em transferência, e de as despesas financeiras serem dadas como distribuição da riqueza, nessas instituições consideram-se as receitas financeiras, diminuídas das despesas financeiras, como parte da riqueza adicionada pelas próprias instituições.

E outro ponto a merecer atenção é a construção de ativos para uso próprio, principalmente edificações e outros imobilizados. Nesse caso, para fins da DVA, o valor de mercado desses ativos é tratado como se fosse uma receita (de produção), e os insumos adquiridos de terceiros nessa construção ficam como redução dessa receita para reconhecimento do valor adicionado gerado pela construção.

A CVM, por meio da Deliberação CVM ns 557/2008, divulgou a forma de apresentação da DVA.

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Conforme a CVM, a DVA deve ser apresentada em partes. Na primeira parte deve ser apresentada a riqueza produzida pela própria entidade que reporta, culminando com VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR, e na segunda parte deve ser apresentada de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída, representado na demonstração pela DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO.

Para as empresas em geral é sugerido o seguinte modelo de apresentação de DVA:

DESCRIÇÃOEm milhares de reais 20X1

Em milhares de reais 20X0

1. RECEITAS1.1.) Vendas de mercadorias, produtos e serviços1.2.) Outras receitas1.3.) Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Reversão/ (Constituição)2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS(Inclui os valores dos impostos - ICMS, IPl, PIS e Cofins)2.1.) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos2.2.) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros2.3.) Perda / Recuperação de valores ativos2.4.) Outras (especificar)3. VALOR ADICIONADO BRUTO {1-2)4. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4)6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERENCIA6.1.) Resultado de equivalência patrimonial6.2.) Receitas financeiras6.3.) Outras7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO *8.1.) Pessoal8.1.1. Remuneração direta8.1.2. Benefícios8.1.3. FGTS8.2.) Impostos, taxas e contribuições8.2.1. Federais8.2.2. Estaduais8.2.3. Municipais8.3.) Remuneração de capitais de terceiros8.3.1. Juros8.3.2. Aluguéis8.3.3. Outras8.4.) Remuneração de Capitais Próprios8.4.1. Juros sobre o Capital Próprio8.4.2. Dividendos8.4.3. Lucros retidos / Prejuízo do exercício8.4,4, Participação dos não controladores nos lucros retidos (só p/consolidação)

* O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7.

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A CVM também trouxe o conteúdo dos componentes da DVA de uma empresa em geral, do seguinte modo:

No item 1. RECEITAS - devem ser inscritos os valores das receitas totais, correspondentes a:

1.1. Vendas de mercadorias, produtos e serviços - Inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo: ICMS, IPI, PIS e Cofins), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas.

1.2. Outras receitas - Da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas.

1.3. Provisão para créditos de liquidação duvidosa - Reversão/Constituição ~ Inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão.

No item 2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos - ICMS, IPI, PIS e Cofins), devem ser apresentados os seguintes elementos:

2.1. Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - Inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio.

2.2. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros - Inclui valores relativos às despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros.

Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, ser­viços, energia etc. consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo: ICMS, IPI, PIS e Cofins), recuperáveis ou não. Esse procedimento é, pois, diferente das práticas utilizadas na demonstração do resultado.

2.3. Perda/Recuperação de valores ativos - Inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, imobilizados, investimentos etc. Também devem ser incluídos os valores levados ao resultado do período, tanto na formação quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos, conforme aplicação do CPC-01 Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se no período o valor líquido for positivo, deverá ser somado).

2.4. Outras - Inclui quaisquer outras aquisições efetuadas pela entidade. Ha­vendo tributos, estes devem também ser considerados.

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No item 3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2), deve ser informado o va­lor adicionado bruto obtido por diferença entre as receitas geradas e os insumos adquiridos.

No item 4. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO, devem ser incluídas as despesas ou os custos contabilizados no período com essas rubricas.

No item 5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDA­DE (3-4), deve ser apresentado o valor adicionado líquido gerado pela entidade por diferença entre o valor adicionado bruto e as despesas e os custos de depreciação, amortização e exaustão.

No item 6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA, devem ser apresentados os valores adicionados gerados por outras entidades e repassados a entidade que reporta. Este item deve ser apresentado com as seguintes subdivisões:

6.1. Resultado de equivalência patrimonial - O resultado da equivalência pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser considerado como re­dução ou valor negativo.

6.2. Receitas financeiras - Inclui todas as receitas financeiras independente­mente de suas origens.

6.3. Outras receitas - Inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia etc.

No item 7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6), deve ser apresentado o total dos valores adicionados, tanto os gerados pela própria entida­de, quanto os gerados por outras entidades e recebidos por esta em transferência. j

No item 8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO, que representa a ísegunda parte de uma DVA, deve ser apresentada de forma detalhada como a ri­queza obtida pela entidade foi distribuída. O valor do item 8 deve ser exatamente Iigual aos do item 7 e deve ser apresentado nos seguintes subitens: j

8.1. Pessoal - Valores apropriados ao custo ou ao resultado do exercício na jforma de: {

8.1.1. Remuneração direta - representada pelos valores relativos a salários, 132 jsalário, honorários da administração, férias, comissões, horas extras, participação §de empregados nos resultados etc. \

8.1.2. Benefícios - representados pelos valores relativos a assistência médica, |alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc. j

8.1.3. FGTS - representado pelos valores depositados em contas vinculadas jjaos empregados. I

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8.2. Impostos, taxas e contribuições - Valores relativos ao Imposto de Ren­da, contribuição social sobre o lucro, contribuições aos INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho) que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e Cofins, devem ser considera­dos apenas os valores devidos ou já recolhidos, e representarão a diferença entre os impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como “insumos adquiridos de terceiros”.

8.2.1. Federais - Aqui são incluídos os tributos recolhidos e administfados pela União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos estados, municípios, autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, Cide, PIS, Cofins. Inclui também a contribuição sindical patronal.

8.2.2. Estaduais - Inclui os tributos recolhidos e administrados pelos estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos municípios, autar­quias etc., tais como o ICMS e o IPVA.

8.2.3. Municipais - Inclui os tributos recolhidos e administrados pelos mu­nicípios, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte às autarquias ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU.

8.3. Remuneração de capitais de terceiros - Valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital.

8.3.1. Juros - Devem ser consideradas as despesas financeiras relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras formas de obtenção de recursos. Inclui os valores que tenham sido ativados no período.

8.3.2. Aluguéis - Devem ser considerados os aluguéis (incluindo-se as despesas com leasing operacional) pagos ou creditados a terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos.

8.3.3. Outras - Devem ser consideradas outras remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas em capital intelectual, tais como royàlties, franquia, direitos autorais etc.

8.4. Remuneração de capitais próprios - Valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas.

8.4.1. Juros sobre o capital próprio (JSCP) e dividendos - Inclui os valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JSCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado do

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próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como “lucros retidos” no exercício em que foram gerados.

8.4.2. Lucros reüdos/Prejuízos do exercício ~ Inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JSCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deverá ser incluído com sinal negativo.

8.4.3. As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de Juros sobre o Capital Próprio - JSCP, independentemente de serem registradas como passivo (JSCP a pagar) ou como reserva de lucros, deverão ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados.

8.4.4. Participação dos não controladores nos lucros retidos (só p/consoli- dação) - As companhias que possuem controladas devem divulgar a demonstração consolidada e, neste caso, a DVA da consolidação deve apresentar a participação dos acionistas não controladores como uma destinação do valor adicionado pelo grupo.

1.8. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPAA DLPA está prevista no art. 186 da lei societária.Neste tópico veremos também os aspectos gerais relativos aos dividendos, visto

que, segundo a lei, na DLPA devem ser evidenciados os dividendos distribuídos fpela empresa.

Demonstração de lucros ou Prejuízos Acumulados ;Art 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: jI - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; jII - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício: |III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. j§ 1fi. Como apjstes de ex^cícios anteriores serão coasíderados apenas os decorTerrtes de eíetos da mudança de critério contábil, jou da r e i cação de erro imputáve! a determinado exercício anterior, e que náo possam ser atribuídas a fatos subsequentes. j§ 1K A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social te poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. ISEÇÃO Ul [Dividendos IíOrigem {Art 201. A companhia somente pode pagar dividendos à conta de iucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de jreserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações preferenciais de que trata o § 5a do art 17. f

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§ 12, A distribuição de dividendos com inobservância do disposto neste artigo implica responsabilidade solidária dos administradores e fiscais, que deverão repor à caixa social a importância distribuída, sem prejuízo da ação pena! que no caso couber.§ 2*. Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos que em boa-fé tenham recebido. Presume-se a má-fé quando os dividendos forem distribuídos sem o levantamento do balanço oy m desacordo com os resultados deste.Dividendo ObrigatórioM 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos t o s esta­belecida no Estatuto out se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pelaieií^ 10.303, de 2001}I - metade do lucro liqüido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: (Redação dada peia Lei n510.303, de 2001)s) importância desinada à constituição da reserva legai (art 193); e (íncíuída pefa lei n510.303, de 2001)b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores. (Incluída pela Lei n210.303, de 2001)1 - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro iiquido do exercício quetiversido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar (art 197); {Redação dada pela Lei n310.303, de 2001)H - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se náo tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização. (Redaçáo dada pela Lei $ 10.303, de 2001)§ 1s. O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do íucro ou do capitel social, ou fixar outros critérios para determiná-lo, desde que sejam regulados com precisão e minúcia e náo sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou da maioria.§ 2* Quando o estatuto for omisso e a Assembleia Geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado nos termos do inciso I deste artigo. (Redação dada pela Lei n510.303, de 2001)§ S5. Assembleia Geral pode, desde que náo haja oposição de qualquer acionista presente, deliberar a distribuição de dividendo inferior ao obrigatório, nas termos deste artigo, ou a retenção de todo o lucro líquido, nas seguintes sociedades: (Redaçáo dada pela Lei $ 10.303, de 2001)I - companhias abertas exclusivamente para a captação de recursos poráebêntures não conversíveis em ações; (incluído pela Lei n810.303, de 2001)II - companhias fechadas, exceto nas controladas por companhias abertas que não se enquadrem na condição prevista no inciso I. (Incluído pela Lei n510.303, de 2001)§ 4*. O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercícío social em que os órgãos da administração infor­marem à Assembleia Gera) ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. 0 conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na companhia aberta, seus administradores encaminharão

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à Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da Assembfeía Gera), exposição josicativa da informação transmitida à assembíela.§ 5*. Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4* serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir a situação financeira da companhia,§ Os lucros não destinados nos termos dos arts. 193 a 197 deverão ser distribuídos como dividendos. (Incluído peia Lei nMO.303.de 2001)Dividendos de Açóes PreferenciaisArt 203.0 disposto nos arts. 194 a 197, e 202, não prejudicará o direito dos acionistas preferenciais de receber os divi­dendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, inclusive os atrasados, se cumulativos.

Perceba que somente a reserva legal poderá prejudicar os acionistas preferenciais de receber dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade.

Art. 204. A companhia que, porforça de iei ou de disposição estatutária, levantar balanço semestral, poderá declarar, por deliberação dos órgãos de administração, se autorizados pelo estatuto, dividendo à conta do lucro apurado nesse balanço.§ I a. A companhia poderá, nos termos de disposição estatutária, levantar balanço e distribuir dividendos em períodos me­nores, desde que o totai dos dividendos pagos em cada semestre do exercício social não exceda o montante das reservas de capital de que trata o § 1s do art 182.§2^.0 estatuto poderá autorizar os órgãos de administração a declarar dividendos intermediários, à conte de lucros acu­mulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral.Pagamento de DividendosArt 205. A companhia pagará o dividendo de ações nominativas à pessoa que, na data do ato de declaração do dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária da ação.§ 15. Os dividendos poderão ser pagos por cheque nominativo remetido por via postal para o endereço comunicado pelo acionista à companhia, ou mediante crédito, em conta-corrente bancária aberta em nome do acionista § lk Os dividendos das açóes em custódia bancária ou em depósito nos termos dos arts. 41 e 43 seráo pagos pela companhia à instituição financeira depositária, que será responsável peia sua entrega aos titulares das açóes depositadas.§ 3a. 0 dividendo deverá ser pago, salvo deliberação em contrário da Assembleia Geral, no prazo de 60 (sessenta) dias da data em que for declarado e, em qualquer caso, dentro do exercício social.

A estrutura proposta pela lei para esse demonstrativo, considerando valores hipotéticos, é a seguinte:

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Empresa BICHANOS S/ADEMONSTRAÇÃO DE LUCROS ACUMULADOS

Exercício findo em 31/12/20X8

Saido em 31/12/20X7 19.590,00( +/-) Ajustes de exercícios anteriores Efeitos da mudança de critérios contábeis Retificação de erro de exercícios anteriores

(2.800,00)(1.000,00)

{ = ) SALDO INICIAL AJUSTADO 15.790,00(-) DESTINAÇÕES DO EXERCÍCIO(+) REVERSÃO DE RESERVA DE CONTINGÊNCIAS 2.337,00(+) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 19.689,00= Saldo a disposição da Assembleia 37.816,00(-} Proposta da administração de destinação do lucroTransferência para Capital SocialTransferência para reservasReserva legaiReserva estatutáriaReserva de lucros a realizarDividendos a distribuir {$ 0,06 por ação)

(10.000,00)

(984,00)(2.405.00)

(16.507,00)(7.920.00)

SALDO EM 31/12/20X8* 0,00

* De acordo com o disposto no § 5a do art. 202, a partir do exercício encerrado após a vigência da Lei n211.638/2007, a conta Lucros Acumulados não poderá possuir saldo. Somente se forem prejuízos acumulados é que poderá haver saldo.

1 *9. Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos - DoarEste demonstrativo deixou de ser obrigatório por força das disposições da Lei

n2 11.638, de 27 de dezembro de 2007.Entretanto, as informações trazidas por este demonstrativo são relevantes,

principalmente para fins de análise, e o sen conteúdo pode ser cobrado em concursos.

Por isso, veremos como a Lei tratava do assunto antes de 31/12/2007:

Art. 188. A demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as modificações na posição financeira da com- pariria, discriminando: í - as origens dos recursos, agrupadas em:a) lucro do exercício, acrescido de depreciação, amortização ou exaustão e ajustado peia variação nos resultados de exercícios futuros;b) realização do capitei sociai e contribuições para reservas de captei;o) recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de investimentos e direitos do ativo imobilizado.

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28 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Ljjíz Missagia

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II - as aplicações de recursos, agrupadas em:a) dividendos distribuídos;1)} aquisição de direitos do ativo imobilizado;c) aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do al/o diferido;d) redução do passivo exigível a longo prazo.III - o excesso ou insuficiência das origens de recursos em relação às aplicações, representando aumento ou redução do capital circulante liquido;IV - os saldos, no inicio e no fim do exercício, do ativo e passivo circulantes, o montante do capitel circulante liquido e o seu aumento ou redução durante o exercício.

{. i O. Consolidação das Demonstrações ContábeisO objetivo do processo de consolidação das demonstrações contábeis é apre­

sentar os componentes patrimoniais de um grupo de empresas (controlador e controladas) como se formassem uma única empresa.

A consolidação está prevista nos arts. 249 e 250 da Lei ne 6.404/1976, na Instrução CVM na 247/1996 e na Resolução CFC nfi 758/1993.

Vejamos os dispositivos da Lei sobre o tema:

Demonstrações ConsolidadasArt 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do art 250.Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir normas sobre as sociedades cujas demonstrações devam ser abrangidas na consolidação, e:a) determinar a inclusão de sociedades que, embora náo controladas, sejam financeira ou administrativamente dependentes da companhia;b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais sociedades controladas.Normas sobre ConsolidaçãoArt 250. Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas;1 - as participações de uma sociedade em outra; il - os saldos de quaisquer contes entre as sociedades;III - as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades. (Redação dada pela Lei n811.941, de 2009)§ 18. A participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no lucro do exercício será destacada, respec­tivamente, no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício. (Redação dada pela Lei n2 9.457, de 1997)

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade29

§ 2J. A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo náo circulante, com dedução da provisão adequada para perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa. (Redação dada pela Lei na 11.941, de 2009)§ 3a. 0 valor da participação que exceder do custo de aquisição constituirá parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até que fique comprovada a existência de ganho eletivo.§ 4 . Para fins deste artigo, as sociedades controladas, cujo exercício social termine mais de 60 (sessenta) dias antes da data do encerramento do exercício da companhia, elaborarão, com observância das normas desta Lei, demonstrações financeiras extraordinárias em data compreendida nesse prazo.

1.11. Exercícios propostos1. (TER/GO/2008) Atualmente, de acordo com o tipo de sociedade por

ações, é obrigatória a demonstraçãoa) das origens e aplicações de recursos, para as grandes companhias;b) do valor adicionado, para as companhias abertas;c) dos lucros ou prejuízos acumulados, no caso das companhias fechadas,

apenas se o Patrimônio Líquido for superior a R$ 2 mifhões;d) dos fluxos de caixa, apenas para as companhias abertas.

2. (TER/GO/2008) No encerramento do exercício de uma empresa comer­ciai, apuraram-se, entre outros, os saidos a seguir.I. faturamento: R$ 700.000,00;II. devoluções de vendas: R$ 35.000,00;III. descontos comerciais sobre vendas: R$ 15.000,00;IV. IPI sobre vendas: R$ 50.000,00;

descontos financeiros sobre vendas: R$ 25.000,00;V. ICMS sobre vendas: R$ 108.000,00;

com issões sobre vendas: R$ 30.750,00;Vt. PIS (cumulativo) sobre vendas: R$ 9.900,00.Com base nesses dados, é correto afirmar que a receita líquida de vendas, nos termos das legislações comerciai e tributária, é de:a) R$ 522.750,00; c) R$ 426.350,00;b) R$ 532.100,00; d) R$ 482.100,00.

3. (TER/GO/2008) Assinale a opção correta com relação ao ICMS, um imposto incidente sobre o valor agregado em cada etapa do processo de produção e circulação, até o consumo final.a) O ICMS integra o preço de venda cobrado do comprador.b) O imposto a ser pago pelas empresas comerciais corresponde à diferença

entre o que é pago na aquisição das mercadorias a serem revendidas e o que é cobrado na venda ao consumidor.

c) O ICMS pago na aquisição das matérias-primas deve ser destacado e integra o custo dos produtos vendidos.

d) O saldo devedor da conta corrente do !CMS indica o saldo do imposto a recolher.

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e luiz Missagia

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(Senado/2008) A Companhia Z apresentava os seguintes saldos das contas patrimoniais em 31/12/XO:Caixa: 50.000;Provisão para Riscos de Contingências: 10.000;Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: 15.000;Contas a Receber 80.000;Reserva de Lucros: 45.000;Contas a pagar: 18.000;Estoques: 100.000;Despesas Antecipadas: 20,000.Considerando que todas as contas serão realizadas dentro de um ano, o valor do Ativo Circulante» em 31/12/X0, é de:a) 235.000;b) 250.000;c) 245.000;d) 225.000;e) 260.000.

(Senado/2008) Um estaleiro assina um contrato de longo prazo para a construção de um navio. O preço total é $ 520,000 e o custo estimado da obra é de $ 380.000. No primeiro ano, o estaleiro incorre em custos de $ 90.000 diretamente vinculados à produção do navio. O valor do lucro bruto a ser apresentado pelo estaleiro no primeiro ano» consi­derando as Normas Brasileiras de Contablidade, é de:a) $430.000;b) $ 140.000;c) zero;d) $ 283.800;e) $ 33.158.

(Senado/2008) De acordo com a regra “Custo ou Mercado, dos dois o menor”, determinada no art. 183 da Lei nQ 6.404 para definição do valor de mercado das matérias-primas, deve ser considerado o conceito de:a) Custo Histórico;b) Custo de Reposição;c) Custo Histórico Corrigido;d) Preço de Venda;e) Preço de Venda deduzido da Margem de Lucro.

(Senado/2008) A Companhia J efetua no período de X8 a alienação de Ações de Tesouraria, obtendo um resultado positivo. Esse valor será evidenciado nas Demonstrações Contábeis da empresa como:a) Resultado Operacional - Demonstração do Resultado do Exercício;b) Resultado não Operacional - Demonstração do Resultado do Exercício;c) Ajuste de Exercícios Anteriores - Demonstração de Mutações do Patrimônio

Líquido;d) Reservas de Capital - Balanço Patrimonial;e) Reservas de Lucro - Balanço Patrimonial.

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CAMPUS Capitulo 1 — Aspectos Gerais de Contabilidade 31

8. (Senado/2008) Em relação aos interesses dos principais usuários dainformação contábil, assinale a afirmativa incorreta.a) Os acionistas atuais da empresa têm grande interesse na sua rentabilidade

atual.b) Os investidores que podem se tornar acionistas futuros efetuam um con­

fronto da rentabilidade da empresa comparando com as diversas opções existentes no mercado.

c) O governo foca na análise do fluxo de caixa da empresa para determinar o imposto a ser pago.

d) Os financiadores concentram-se na capacidade de a empresa pagar os valores dos financiamentos e dos juros.

e) Os empregados analisam a capacidade da empresa em efetuar o pagamento dos salários e em sua capacidade de expansão.

d. (Senado/2008) A Companhia X realizou as seguintes operações no ano20X1:Vendas: 526.000;Lucro na venda de imóvel: 48.000;Despesa de aluguel: 13.000;Despesa Financeira: 22.000;Dividendos pagos: 57.000;Despesas de salários: 42.000;Imposto de Renda e Contribuição Social provisionados: 80.000; Devolução de Vendas: 50.000;Despesa de depreciação: 32.000.De acordo com a estrutura prevista na Legislação brasileira, o valor do Resultado Operacional e do Resultado Líquido, em 31/12/20X1, foi de:a) 310.000 e 278.000; d) 367.000 e 335.000;b) 415.000 e 278.000; e) 469.000 e 278.000.c) 417.000 e 385.000;

10. (Senado/2008) Um analista pretende efetuar o diagnóstico da Compa­nhia V e faz a reclassificação das contas patrimoniais de modo a reali­zar uma análise mais rigorosa. A Companhia Y apresenta os seguintes saldos em suas contas patrimoniais:Ativo Circulante: Caixa 200.000; Contas a receber 50.000;Ativo Imobilizado: Terrenos 80.000;Ativo Diferido: Gastos Pré-Operadonais 120.000;Passivo Circulante: Fornecedores 150.000;Passivo Não Circulante: Financiamentos 50.000;Patrimônio Líquido: Capital Social 250.000.Para fins de análise, o valor-base do Patrimônio Líquido, considerando que a empresa efetua suas classificações de acordo com a Legislação brasileira, deve ser:a) $ 250.000; d) $ 50.000;b) $ 130.000; e) $ 170.000.c) $450.000;

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Texto para as questões de 11 a 13A tabela a seguir apresenta as contas que compõem o balancete de verificação de determinada empresa comercial antes da apuração do

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lucro do período.(em R$)

Aluguéis 2,000Caixa 1.500Capital 3.500Clientes 3.000Custo da mercadoria vendida 7.600Despesas antecipadas 800Despesas de juros 700Duplicatas descontadas 1.000Empréstimos bancários 15.000Estoques 8.000Fornecedores 3.000Móveis e utensílios 2.000Receitas antecipadas 500Receitas de juros 200Salários 3.400Salários a pagar 1.200Veículos de uso 10.000Vendas 14.600

11. (TCE/TO/2008) A soma dos saldos credores é igual a:a) R$ 37.000,00;b) R$ 38.200,00;c) R$ 38.300,00;d) R$ 39.000,00;e) R$ 40.500,00.

12. (TCE/TO/2008) A soma dos saldos devedores das contas de resultadoé igua! a:a) R$ 14.500,00b) R$ 13.700,00c) R$ 13.000,00d) R$ 11.000,00e) R$ 7.000,00.

13. (TCE/TO/2008) O resultado com mercadorias é igual a:a) R$ 14.600,00;b) R$ 7.500,00;c) R$ 7.000,00;d) R $ 5.000,00;e) R$ 3.600,00.

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CAMPUS Capítulo t — Aspectos Gerais de Contabilidade 33

14. (TCE/TO/2008) Cada uma das opções a seguir cita um fato ocorrido e o respectivo lançamento realizado na contabilidade de determinada empresa. Assinale a opção que faz uma associação incorreta entre o fato e o respectivo lançamento.a) Compra a prazo de microcomputador para uso da recepcionista: débito em

estoque de equipamentos de informática e crédito em contas a pagar.b) Compra à vista de mercadorias: débito em estoque de mercadorias e crédito

em caixa.c) Compra a prazo de mercadorias: débito em estoque de mercadorias e crédito

em fornecedores.d) Pagamento de energia elétrica referente ao consumo do mês anterior: débito

em contas a pagar - energia elétrica e crédito em banco.e) Pagamento de despesas diversas do período: débito em despesas diversas

e crédito em caixa.

15. (TCE/TO/2008) Julgue os itens abaixo relativos a registros contábeis simplificados de fatos administrativos.I. Compra de mercadoria, com pagamento para 30 dias, no valor de

R$ 2.000,00:Mercadorias R$ 2.000,00;a fornecedores - curto prazo: R$ 2.000,00.

II. Depreciação mensal correspondente a 1/240 de imóvel avaliado em R$ 48.000,00:Depreciação de imobilizado: R$ 200,00;a depreciação acumulada de imobilizado: R$ 200,00.

III. Recebimento de cliente referente à duplicata vencida na mesmadata, no valor de R$ 300,00:Caixa: R$ 300,00;a clientes - curto prazo: R$ 300,00.

Assinale a opção correta.a) Nenhum dos itens está certo.b) Apenas os itens i e I? estão certos.c) Apenas os itens I e ífl estão certos.d) Apenas os itens ti e lií estão certos.e) Todos os itens estão certos.

16. (TCE/TO/2008) Assinale a opção correta em relação ao patrimônio.a) 0 passivo a descoberto é exemplo de situação líquida negativa.b) A conta capital e as contas de provisões compõem o grupo contábil Patri­

mônio Líquido.c) Situação líquida é a diferença entre o ativo e o Patrimônio Líquido.d) O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma

pessoa ou entidade, ou, eventualmente, a um conjunto de pessoas ou enti­dades.

e) Considerando a equação fundamentai do patrimônio, quando a soma de bens e direitos é maior que a soma das obrigações, a situação líquida resultante é considerada deficitária.

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17. (TCE/TO/2008) Assinaie a opção que representa a equação fundamenta! do patrimônio de uma empresa hipotética que utiliza somente capital de terceiros em suas operações.a) ativo - patrimônio líquido = 0;b) ativo > passivo exigível;c) ativo < patrimônio líquido;d) passível exigível - ativo » 0;e) passivo exigível < 0.

18. (TCE/TO/2008) Suponha que uma empresa considere Sncobrávei de­terminada duplicata e, para baixá-la, utiliza o saldo de provisão para devedores duvidosos. Nessa situação, há um:a) débito em conta do Patrimônio Líquido;b) débito em conta do Ativo;c) débito em conta de Resultado;d) crédito em conta do Patrimônio Líquido;e) crédito em conta de Resultado.

19. (TCE/TO/2008) Considere os três lançamentos contábeis simplificadosa seguir.I. D fornecedores R$ 150

C descontos obtidos R$ 150II. D fornecedores R$ 500

C mercadorias R$ 500III. D móveis e utensílios R$ 650

C bancos - c/movimento R$ 650Com relação a esses lançamentos, considerando que D é débito e C écrédito, assinale a opção que apresenta corretamente alterações oca­sionadas nos grupos contábeis.a) Aumento no Ativo Circulante em R$ 650,00 e redução no Passivo Circulante

em R$ 650,00.b) Aumento no Ativo Não Circulante em R$ 650,00 e redução no Passivo Cir­

culante em R$ 350,00,c) Aumento no Passivo Circulante em R$ 65,00 e redução no Ativo Circulante

em R$ 500,00.d) Aumento no Ativo Circulante em R$ 1.150,00 e redução do Ativo Não Cir­

culante em R$ 650,00.e) Aumento no Ativo Não Circulante em R$ 650,00 e redução do Ativo Circu­

lante em R$ 1.150,00.

20. (TCE/TO/2008) Em virtude do recebimento, com acréscimo pelo atraso,de duplicata vencida, deve ser feito corretamente o seguinte lançamento:a) credita-se duplicatas e juros passivos e debita-se banco - conta/movimento;b) debita-se banco - conta/movimento e credita-se duplicatas a pagar e juros

recebidos;c) credita-se banco - conta/movimento e debita-se duplicatas vencidas;d) debita-se banco - conta/movimento e credita-se duplicatas e juros ativos;e) credita-se duplicatas a pagar e debita-se banco - conta/movimento e juros

ativos.

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CAMPUS Capítulo t — Aspectos Gerais de Contabilidade35

21. (TCE/TO/2008) Considere a situação em que, no balanço patrimonial, a conta duplicatas descontadas, cujo saldo era de R$ 8.500,00, foi incluída no grupo circulante do passivo. Considerando passivo todo o lado direito do balanço patrimonial, assinale a opção que mostra os efeitos dessa classificação indevida.a) O total do Ativo ficou igual ao totai do Passivo.b) O total do Ativo ficou menor que o total do Passivo em R$ 8.500,00.c) O total do Ativo ficou maior que o total do Passivo em R$ 17.000,00.d) O total do Ativo ficou menor que o total do Passivo em R$ 17.000,00.e) O total do Ativo Circulante reduziu-se em R$ 8.500,00 e o do Passivo Cir­

culante aumentou em R$ 8.500,00.

22. (TCE/TO/2008) Assinale a opção que corresponde a um ato ou fato administrativo que provoca alteração no valor do Patrimônio Líquido:a) compra de mercadorias à vista;b) compra de móveis para uso a prazo;c) recebimento de nota promissória;d) pagamento de duplicata;e) despesa com passagens de transporte urbano.

23. (TCE/TO/2008) Considere que em determinada empresa o pagamento de salários do mês de dezembro de 2008 foi feito por meio de trans­ferência bancária em 5/1/2009. Sabendo que a empresa observa o regime de competência, este fato administrativo ocasionou a seguinte movimentação de contas no exercício de 2009.a) Bancos;

a Salários a Pagar;b) Salários a Pagar;

a Despesas de Salários;c) Salários a Pagar;

a Bancos;d) Despesa de Salários;

a Bancos;e) Despesa de Salários;

a Salários a Pagar.

24. (TCE/TO/2008) O lançamento contábil:Diversosa FornecedoresEstoques - Mercadorias para revenda Conta-corrente ICMSa) é de segunda fórmula;b) registra aumento no Ativo Circulante;c) registra fato modificativo diminutivo;d) considera o ICMS como não recuperável;e) contabiliza venda de mercadoria a prazo, incluída alíquota de ICMS.

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25. (TCE/TO/2008) Considere que as contas amortização acumulada; di­reitos autorais; duplicatas em cobrança bancária; imobilizações em andamento; provisão para garantias; e receitas antecipadas devam ser classificadas de acordo com a legislação societária. Sendo assim, é correto afirmar que;a) apenas uma das contas pode ser classificada no Ativo Imobilizado;b) apenas duas das contas podem ser classificadas no Ativo imobilizado;c) apenas uma das contas pode ser classificada no Ativo Não Circulante;d) apenas duas das contas podem ser classificadas no Não Circulante;e) nenhuma conta compõe o ativo imobilizado,

26. (TCE/TO/2008) Em relação às contas classificadas no ativo intangível do balanço patrimonial, de acordo com a Lei nfi 6.404/1976 e alterações posteriores, é correto afirmar que essas contas:a) representam todos os ativos não monetários da empresa;b) representam os bens, os direitos e as obrigações da empresa, sem natureza

corpórea;c) têm normalmente saldo devedor, algumas, porém, podem apresentar-se com

saldo credor;d) registram as fontes de recursos utilizados peia empresa para realização de

suas atividade;e) devem ser dispostas em ordem crescente de grau de liquidez dos elementos

nelas registrados.

2 7. (TCE/TO/2008) Ao fechar a folha de pagamento, o contabilista observouque os salários do pessoal somavam R$ 40.000,00. A alíquota total da previdência era de 35%, sendo 2/7 a parte dos empregados e 5/7 a parte patronal.Assinale a opção que indica a contabilização devida para registrar os encargos da empresa com a previdência.a) Despesas com Salários

a Contribuições a Recolher R$ 4.000,00.b) Despesas com Previdência

a Contribuições a Recolher R$ 10.000,00.c) Despesas com Salários

a Contribuições a Recolher R$ 10.000,00.d) Despesas com Previdência

a Contribuições a Recolher R$ 14.000,00.e) Despesas com Salários

a Contribuições a Recolher RS 14.000,00.

28. (TCE/TO/2008) Suponha que a soma dos salários mensais dos em­pregados de determinada empresa seja de R$ 36.000,00. Sabendo que, durante o ano, não ocorreram novas contratações, demissões ou alterações de salários, nem houve abstinências ao trabalho nem afastamentos de qualquer espécie, com relação aos saldos das contas provisões para férias e para 13a, apurados conforme as Normas Bra­sileiras de Contablidade, após os ajustes de agosto:

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade 37

a) o saldo da conta de provisão para 13a salário é zero;b) o saldo da conta de provisão para férias é zero;c) o saldo da conta de provisão para 13o salário é maior que o saldo da provisão

para férias;d) a soma dos saldos das contas de provisão para 13C e provisão para férias é

menor que R$ 50.000,00;e) o saldo da conta de provisão para férias é maior que o saldo da provisão para

13a!

29. (TCE/T0/2008) Assinale a opção correta em relação ao imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

.. a) A base de cálculo do IPI é o preço da operação na saída da mercadoria, até mesmo no caso de produtos importados, quando, se for o caso, o valor é convertido em reais.

b) As saídas de produtos industrializados dos estabelecimentos comerciais, industriais ou equiparados à indústria, bem como o desembaraço aduaneiro de produtos importados, são fatos geradores do IPI.

c) A apuração do IPI incidente nas saídas de produtos dé estabelecimento in­dustrial ou equiparado à industrial obedece à periodicidade mensal, exceto em determinados casos.

d) O IPI está sujeito aos princípios da anterioridade, razão pela qual suas alí­quotas não podem ser alteradas durante o exercício financeiro, e da seleti­vidade, razão pela qual produtos essenciais recebem alíquotas mais baixas que produtos supérfluos.

e) A base de cálculo do IPI é o valor da operação com mercadorias, incluindo importâncias acessórias, tais como seguros e fretes pagos pelo comprador, excluídos os descontos incondicionais.

30. (TCE/T0/2008> Considere os seguintes dados referentes à compra de mercadorias para venda realizada por uma empresa comercial no mês de outubro/2008:I. valor das mercadorias, incluindo o ICMS: R$ 196.000,00;II. valor do frete pago ao fornecedor: R$ 1.000,00;III. alíquota de IPI: 10%;IV. alíquota de ICMS destacado na nota: 18%;V. naquele mês, a empresa revendeu 70% dessas mercadorias. Sabendo que não havia saldo anterior, o saldo da conta mercadorias em 31 de outubro ficou em:a) R$ 48.216,00; d) R$ 58.800,00;b) R$ 53.283,60; e) R$ 64.980,00.c) R$ 54.372,00;

31. (TCE/TO/2008) Considere que o caixa de determinada empresa noinício do dia 15/1/2009 era de R$ 32.000,00. Nesse dia, ocorreram asseguintes transações na empresa:I. adiantamento a empregado no valor de R$ 8.000,00;II. compra a crédito de mercadorias no valor de R$ 18.000,00;

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III. vendas à vista no valor de R$ 20.000,00;IV. vendas a crédito no valor de R$ 30.000,00;V. apropriação da folha de pagamento no valor de R$ 22.000,00. Com base nesses dados, é possível afirm ar que o caixa, no final do dia, é de:a) R$ 60.000,00; d) R$ 30.000,00;b) R$ 44.000,00; e) R$ 22.000,00.c) R$ 38.000,00;

32. (TCE/TO/2008) Considere que, mensalmente, a empresa A realiza a conciliação entre o extrato bancário emitido pelo banco B e o saido do razão analítico do banco B. Frequentemente, diferenças entre os dois demonstrativos são encontradas. Assinale a opção correta quanto ao efeito na conta do disponível em virtude da divergência encontrada.a) Se um empréstimo é creditado no extrato bancário e não contabilizado pela

empresa, então o saldo do razão analítíco está a maior.b) Se a tarifa de serviços bancários do mês anterior é estornada pelo banco

e não contabilizada pela empresa, então o saldo do razão analítico está a maior.

c) Se a parcela de um financiamento é debitada pelo banco e não contabilizada pela empresa, então o saído do razão analítico está a menor.

d) Se um depósito de cheques é creditado na conta corrente da empresa e não contabilizado pela empresa, então o saldo do razão analítico está a menor.

e) Se uma despesa referente à cobrança de duplicatas em carteira é debitada pelo banco e não contabilizada pela empresa, então o saldo do razão ana­lítico está a menor.

33. (TCE/TO/2008) Assinale a opção correta sobre a s formalidades da escrituração contábil.a) O diário é um livro contábil de uso obrigatório utilizado para resumir e

totalizar, por conta e subconta, os lançamentos efetuados no livro razão.b) O livro de apuração do lucro real (Lalur) destina-se a controlar os registros

que influenciam a determinação do lucro real, que pode ser diferente do lucro contábil, devido às exclusões e às inclusões permitidas por lei.

c) O livro caixa está dispensado de ser registrado e autenticado nos órgãos públicos quando a empresa o utiliza para resumir a escrituração do diário ou razão.

d) O livro de apuração do ICMS tem por finalidade manter o controle quantita­tivo da produção e do estoque de mercadorias do estabelecimento.

e) O livro de registro de letras imobiliárias é obrigatório para todas as compa­nhias abertas.

34. Considere que a empresa A firmou um contrato de locação, pagando, em 01 /09/2008, antecipadamente, o valor de R$ 26.000,00 para o pe­ríodo de 20 meses. Sabendo que a empresa trabalha com o regime de competência e que o exercício social coincide com o ano calendário, o contabilista deve registrar em 1/9/2008:

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CAMPUS Capítulo l — Aspectos Gerais de Contabilidade 39

a) R$ 20.800,00 (16 meses) como despesa antecipada no Ativo Circulante e R$ 5.200,00 como despesa antecipada no Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo;

b) R$ 5.200,00 (4 meses) como Ativo Circulante e R$ 20.800,00 (16 meses) como Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo;

c) RS 1 5.600,00 (um ano) como despesa e R$ 10.400,00 (8 meses) como Ativo Circulante;

d) R$ í 5.600,00 (um ano) como despesa e R$ 10.400,00 (8 meses) como Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo;

e) R$ 26.000,00 (20 meses) como despesa.

35. (TCE/TO/2008) Suponha que o estoque finai, segundo o livro de inven­tário de determinada firma comercial, foi avaliado em R$ 13.775,00. Considere, ainda, os seguintes dados relacionados à mesma firma.

(em R$)estoque inicial de mercadorias 4.350compra de mercadorias no mês 52.200vendas de mercadorias no mês 101.500Com base apenas nessas informações, o custo das mercadorias ven­didas foi de:a) R$ 34.075,00;b) R$42,775,00;c) R$49.300,00;d). R$ 58.725,00;e) R$ 61.625,00.

36. (TCE/TO/2O08) Considere o seguinte Balancete de verificação levan­tado após a apuração do resultado, em reais de 2008, sem indicação da natureza das contas (credoras ou devedoras).

(em R$)ações em Tesouraria 18.000aluguéis a vencer 15.500bancos 38.000caixa 25.000capital 537.500depreciação acumulada veículos 75.000depreciação acumulada equipamentos 50.000depreciação acumulada máquinas 37.500duplicatas descontadas 87.500duplicatas a receber 250.000equipamentos 100.000financiamento vencível em 2009 22.000financiamento vencível em 2010 25.000financiamento vencível em 2011 30.000fornecedores 209.000imóveis 373.000impostos a pagar 24.000

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37. (TCE/TO/2008) Suponha que uma empresa industrial adquiriu má­quinas no exterior por 200 mil dólares dos Estados Unidos, em 20/12/2008. O esquema de pagamento acordado entre vendedor e comprador previa: 60% de pagamento à vista, 20% de pagamento em 360 dias e o restante em 720 dias.Considere ainda valor do US$ em:20/12/2008 « R$ 2,00;31/12/2008 = R$ 2,20.Considerando apenas os dados acima, as contas máquinas e a varia­ção cambial, após os lançamentos de ajustes e antes da apuração do resultado, apresentarão, respectivamente, saido devedor de:a) R$ 200.000,00 e R$ 40.000,00;b) R$ 240.000,00 e R$ 40.000,00;c) R$ 240.000,00 e R$ 24.000,00;d) R$ 400.000,00 e R$ 1 76.000,00;e) R$ 400.000,00 e R$ 16.000,00.

38. (TCE/TO/2008) Considere que o ativo não circulante imobilizado de determinada empresa registrava o valor de uma máquina pelo custo de aquisição de R$ 50.000,00. Após a ocorrência de um incêndio, foi considerada perdida integralmente. Essa máquina havia sido adquirida a crédito, do qual já foi amortizado o montante de R$ 40.000,00.A depreciação acumulada referente a este bem estava registrada atéo dia do sinistro em R$ 35.000,00.Considerando apenas esses dados, a baixa da máquina acarretará uma despesa líquida a ser registrada em outras despesas na DRE de:a) R$ 10.000,00;b) RS 1 5.000,00;c) RS 20.000,00;d) RS 30.000,00;e) RS 35.000,00.

impostos a recuperar 8.000máquinas 64.500mercadorias 113.500reserva de lucros 32.000provisão para devedores duvidosos 12.500salários a pagar 13.500veículos 150.000Considerando apenas os dados anteriores, assinale a opção correta.a) Passivo Circulante: R$ 268.500,00 e ativo não circulante: R$ 687.500,00.b) Passivo Circulante: R$ 246.500,00 e capital circulante líquido: R$ 95.500,00.c) Ativo Total: R$ 875.000,00 e capital circulante líquido: R$ 81.500,00.d) Ativo Total: R$ 900.000,00 e capital de terceiros: RS 348.500,00.e) Capital Circulante Líquido: RS 350.000,00 e capital próprio: RS 551.000,00.

Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis ELSEVIERFrancisco Velter e Luiz Missagia

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CAMPUS Capítulo I — ■ Aspectos Gerais de Contabilidade 41

39. (TCE/TO/2008) Considere que uma empresa comerciai concede e obtémdescontos comerciais. Nesse caso, um desconto comercial de:a) compra obtido reduz a receita líquida;b) venda obtido reduz a receita líquida;c) venda concedido aumenta a receita líquida;d) venda concedido reduz a receita líquida;e) compra concedido aumenta a receita líquida.

Dados para as questões 40 e 41Conta Saldo iniciai Saldo final

(R$) (R$)receita de vendas 23.000contas a receber 12.300 10.900receita antecipada 5.400 9.800recebimento de clientes - 24.400estoques 3.400 2.100custo da mercadoria vendida _ 10.200fornecedores 7.600 5.400aluguéis antecipados 3.400 2.100despesa de aluguel - 2.000aluguéis a pagar 2.100 1.300provisão para contingências 2.130 3.320reservas 889 902despesa de telefone _ 3.210telefone a pagar 1.120 990telefone antecipado 889 320despesa com provisão para contingências 1.400

(AUGE/MG/2008) Assinale a opção correspondente ao valor recebidode clientes, no período:a) R$ 4.400,00; d) R$ 34.200,00;b) R$ 24.400,00; e) R$ 36.400,00.c) R$ 28.800,00;

41. (AUGE/MG/2008) O valor pago aos fornecedores, no período, foi iguala:a) R$2.200,00; d) R$ 11.100,00;b) R$4.100,00; e) R$ 13.200,00.c) R$ 6.200,00;

42. (PUC/PR/2008) Atribua a letra V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA.Segundo o disposto no art. 178, § 2®, III, da Lei na 6.404/1976, reda­ção dada pela MP ns 449/2008, estão entre as contas que compõem o Patrimônio Líquido, as seguintes:

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42 Contabilidade de Custos e Análise-das Demostrações ContábeisFrandsco Veiter e Luiz Missagia

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( ) Capital Social e Ações em Tesouraria.( ) Reservas de Lucros e Reservas de Reavaliação.< ) Reservas de Capital e Prejuízos Acumulados.a) V, V, F; d) V, F, V;b) V, V, V; e) F, V, F.C) F, F, V;

43. (PUC/PR/2008) Atribua a letra V para as proposições verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA.Segundo o art. 184 da Lei n* 6.404/1976, com a redação dada pela MP nB 449/2008, no balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:( ) A s obrigações, os encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis,

inclusive o Imposto sobre a renda a pagar com base no resultado do exercício serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço.

( ) A s obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.

( ) A s obrigações, encargos e riscos classificados no Passivo Circu­lante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

a) F, V, V. d) F, V, F.b) V, F, V. e) V, V, F.c) V, V, V.

44. (PUC/PR/2008) Atribua a letra V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA.( ) Conforme disposto no capttt do art. 226 da Lei n« 6.404/1976,

as operações de incorporação, fusão e cisão somente poderão ser efetivadas nas condições aprovadas se os peritos nomeados determinarem que o valor do Patrimônio Líquido a ser vertido para a formação do capital social é ao menos Igual ao montante do capital a realizar.

( ) Conforme o disposto no art. 226, § 3S da Lei n« 6.404/1976, re­dação dada pela MP n® 449/2008, o Ibracon estabelecerá normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às operações de fusão, incorporação e cisão que envolvam companhia aberta.

( ) Conforme disposto no caput art. 223 da Lei nfi 6.404/1976, a in­corporação, fusão e cisão podem ser operadas entre sociedades de tipos iguais ou diferentes e deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou contratos sociais.

a) V, F, V. d) F, V, F.b) V, F, V. e) F, V, V.c) V, F, F.

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CAMPUS Capítulo 1 — Aspectos Gerais de Contabilidade

45. (PUC/PR/2008) De acordo com as Normas Brasileiras de Contablidade e conforme o Pronunciamento Técnico - CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, constantes na Deliberação CVM n* 557/2008 e na Resolução do CFC n* 1.138/2008, atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA:( ) Valor adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de

forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adiciona­do recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade.

( > Valor adicionado recebido em transferência representa a rique­za que não tenha sido criada peia própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela é transferida, como, por exemplo, receitas financeiras, de equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties etc. Precisa ficar destacado, inclusive para evitar dupla contagem em certas agregações.

< > A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Um dos principais componentes dessa distribuição são os gastos com pessoal - valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de remuneração direta, benefício, como o FGTS.

a) V, V, F. d) F, V, F.b) V, V, V, e) F, F, V.0 F.V.V.

46. Com fundamento nas disposições da Lei n* 6.404/1976 e alterações posteriores e nas normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, analise os itens seguintes e assinale a alternativa que apresenta a resposta correta.i. No balanço, as aplicações em instrumentos financeiros do ativo

realizável disponíveis para venda, devem ser avaliadas pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão.

II. A s aplicações em ouro devem ser classificadas no ativo não circu­lante em investimentos.

III. Os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante.

IV. As contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídas a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avalia­ção a valor justo, enquanto não realizados, serão classificadas no Patrimônio Líquido como ajustes de avaliação patrimonial e serão levadas a resultado quando de sua realização.

V. As obrigações, encargos e riscos classificados no Passivo Não Circulante serão avaliados ao seu valor mercado, sendo os demais ^justados quando houver efeito relevante.

a) Todos os itens estão corretos;b) Os itens 11, III e IV estão corretos;c) Os itens I, II e III estão errados;d) Os itens III, IV e V estão corretos;e) Apenas os itens III e IV estão corretos.

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47. Conforme as recentes alterações da Lei nfi 6.404/1976, todos os investim entos em controladas e coligadas devem ser avaliados pelo Método da Equivalência Patrimonial - MEP. A CVM, por meio da Instrução n* 247/1996 e alterações posteriores, trata do assunto com minúcia.Considerando que a empresa Mala Preta S/A, com patrimônio liquido de R$ 92.786.547,50, participa no capital social da empresa Lucro Fácil S/A, possuindo 600.000 ações e que o Capitai Social da em­presa Lucro Fácil S/A é constituído de 5.000.000 ações ordinárias com preço de em issão de R$ 2,00 cada. Que, além do Capita! Social, a empresa Lucro Fácil S /A apresenta reservas de lucros no valor de R$ 4.000.000,00.Durante o exercício social de 2008, a empresa Mala Preta S/A realizou, entre outras, as seguintes operações:1 - contratou uma consultoria jurídica para que esta apresentasse um

estudo de viabilidade de incorporar a empresa Lucro Fácil S/A, com custo de R$ 265.000,00;

2 - vendeu mercadorias a prazo a clientes diversos pelo valor de R$120.000.000,00;

3 - adquiriu da empresa Lucro Fácil S/A uma máquina para seu Imo­bilizado pelo valor de R$ 300.000,00, com pagamento à vista. A vendedora obteve um lucro de R$ 100.000,00 nessa operação.

4 - emitiu 10.000.000 de ações com valor nominal de R$ 1,00 cadaque foram negociadas com ágio de 24%.

A empresa Lucro Fácil S/A apresentou o seguinte resultado em 2008:1 - lucro líquido do exercício de R$ 2.100.000,00;2 - não houve destinaçâo para a reserva legal, reserva de lucros a

realizar ou reserva de incentivos fiscais;3 - em face da crise mundial, a empresa constituiu uma reserva para

contingências no valor de R$ 100.000,00;4 - o Estatuto não prevê absolutamente nada acerca do percentual de

dividendos a distribuir; e5 - constituiu reservas para investimentos no valor de R$ 1.000.000,00. Considerando as disposições da Lei e da norma da CVM, assinale a alternativa que apresente, corretamente, o valor do investimento na empresa Lucro Fácil S/A que a empresa Mala Preta S/A deve apresentar em seu Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2008, no pressuposto de a proposta de destinaçâo do resultado apresentado à Assembleia tenha sido aprovada, ou seja, após a destinaçâo do resultado. Além disso, a empresa Mala Preta indica um dos conselheiros do Conselho de Administração.a) R$ 1.812.000,00.b) RS 1.800.000,00.c) RS 1.944.000,00.d) RS 1.712.000,00.e) RS 1.844.000,00.

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CAMPUS Capítulo l — Aspectos Gerais de Contabilidade

48. Entre as afirmativas a seguir, indicar aquela que faz parte dos proce­dimentos efetuados pela investidora para a determinação do vaior da equivalência patrimonial.a) Reconhecer os efeitos decorrentes de classe de ações com direito preferen­

ciai ou não de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciação na participação de lucros.

b) Reconhecer os efeitos decorrentes de ciasse de ações com direito preferenciai de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciação na participação de lucros.

c) Eliminar os efeitos decorrentes da diversidade de critérios contábeis, exce­tuando, quando se referir a investimento no exterior.

d) Verificar os efeitos decorrentes de eventos não relevantes ocorridos no caso das demonstrações contábeis de mesma data e efeitos postecipados.

e) Admitir a exclusão do montante correspondente às participações recíprocas quando estas apresentarem caráter eventual e irrelevância.

49. Acerca de consolidação das demonstrações contábeis, de acordo com a Lei ns 6.404/1976 e as normas da CVM, analise as proposições se­guintes e assinale a alternativa que contém a resposta correta.I. A s sociedades anônimas que possuem mais de 30% do valor do

Patrimônio Líquido representado por investimentos em sociedades controladas devem elaborar e divulgar demonstrações consolida- das.

II. A s Entidades de Propósito Especíüco - EPE que possuem as suas atividades controladas devem ser incluídas na demonstração con­solidada da companhia aberta controladora.

III. Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acu­mulados e do custo de estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades.

IV. A participação dos acionistas não controladores no Patrimônio Lí­quido e no lucro do exercício será destacada, respectivamente, no balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício.

V. A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na consolidação, deverá ser baixada para a conta de apuração do resultado do exercício.

a) As proposições 11 e IV estão incorretas.b) As proposições I e líl estão corretas.c) As proposições I e V estão incorretas.d) As proposições I e M estão corretas.e) Apenas a proposição li está incorreta.

Enunciado para as questões 50 e 51.A Cia. LM&FV S/A, apresentou os seguintes dados em seu Balanço Patrimoniale na Demonstração do Resultado do Exercício encerrado em 31/12/2008:

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46 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Balanço Patrimonial31/12/2007 31/12/2008

AtivoCirculante 120,000,00 192.000,00Disponibilidades 66.500,00 94.800,00Duplicatas a Receber 23.654,00 39.782,00(-) Duplicatas Descontadas (6.758,00) (9.638,00)(-) PDD (1.112,00) (3.316,00)Despesas Financeiras a Apropriar 675,00 932,00Estoques de mercadorias 28.761,00 39.648,00Seguros a vencer 6.000,00 18.000,00Adiantamento a Fornecedores 2.680,00 U .792,00Não circulante 527.000,00 800.000,00Realizável a Longo Prazo - 26.000,00Empréstimos a Diretores - 26.000,00Investimentos 221.000,00 305.000,00Imóveis não de uso 89.000,00 89.000,00Participação societária 132.000,00 216.000,00Imobilizado 266.000,00 408.000,00Imóveis de Uso 235.000,00 365.000,00Veículos 65.000,00 78.000,00Móveis e Utensílios 89.000,00 154.000,00(-) Depreciação Acumulada (123.000,00) (189.000,00)Intangível 40.000,00 61.000,00Marcas e Patentes 46.000,00 68.000,00Direito de uso de aplicativos 6.500,00 15.000,00(-) Amortização Acumulada (12.500,00) (22.000,00)Total Ativo 647.000,00 992.000,00

PassivoCirculante 187.676,00 348.435,00Salários a Pagar 12.560,00 21.650,00Impostos a pagar 18.752,00 31.500,00Dividendos a Pagar 95.000,00 178 . 000,00Adiantamento de clientes 25.000,00 47.000,00Fornecedores 24.864,00 42.785,00Empréstimos a Pagar 11.500,00 6.800,00Promissórias Descontadas - 22.500,00(-) Encargos financeiros a transcorrer - (1.800,00)Ativo Não Circulante 16.380,00 24.700,00Impostos Diferidos 2.580,00 6.500,00Empréstimos a Pagar 4.200,00 6.500,00Receita Diferida 12 .000,00 18,000,00(-) Custo Diferido (2.400,00) (6.300,00)Patrimônio Líquido 442.944,00 618.865,00Capital Social 300.000,00 300.000,00Reservas de Capital 22.944,00 38.665,00Reserva Legal 60.000,00 60.000,00Reserva de Lucros a Realizar 40.000,00 76.450,00Reserva para Contingências 20.000,00 143.750,00Total Passivo 647.000,00 992.000,00

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade

Demonstração do Resultado do Exercício em 31/12/2008:Receita Operacional Bruta 3.489.367,00(-> ICMS s/ Vendas 418.724.00(-) Cofins 265.191,00(-) PIS 57.574,00= Receita Operacional Líquida 2.747.878,00<-) CMV 1.318.000,00= Lucro Operacional Bruto 1.429.878,00{-) Despesas Administrativas 524.278,00(-) Despesas Financeiras 123.200,00(-) Despesas com Vendas 189.400,00= Resultado antes !R 593.000,00(~) Juros s/Capital Próprio 30.000,00(-) imposto de Renda 63.000,00(-) Participações estatutárias 97.579,00+ juros s/ Capitai Próprio 30.000,00= Lucro Líquido do exercício 432.421,00

informações adicionais:1 - Entre as despesas com vendas foi contabilizada uma despesa de

provisão para devedores duvidosos no valor de R$ 3.316,00. 2 - 0 item classificado como receita diferida refere-se a um projeto

de incorporação imobiliária (que na verdade se constitui em ante­cipação dos compradores).

50. Com base nos demonstrativos, assinale a alternativa que contém o valor pago aos fornecedores em 2008.a) 1.320.078,00. d) 33.976,00.b) 24.864,00. e) 1.310.966,00.c) 36.656,00.

51. O caixa gerado decorrente de valores recebidos de clientes em 2008 foi de:a) 3.473.230,00;b) 3.474.989,00;c) 3.476.110,00;d) 3.489.367,00;e) 3.503.007,00.

52. Os procedimentos de controles internos têm sido fundamentais na prevenção e inibição de desvios, identificação de erros nos processos contábeis e deterioração ou perdas dos ativos das empresas.Com pertinência ao assunto, assinale a alternativa correta.a) A principal finalidade do Controle interno é a detecção de fraudes, erros e

desvios com o objetivo de reprimir e incriminar os infratores.b) Os controles internos devem ser de conhecimento apenas da alta cúpula da

entidade.

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Francisco Velter e Luiz MissagiaELSEVIER

c) O controle interno compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas coordenados, adotados numa empresa para proteger seus ati­vos, verificar a exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas,

c) A elaboração das normas dos controles internos é de responsabilidade do auditor interno.

e) Somente as sociedades comerciais adotam controles internos.

53. O capitai social da Cia. HD está dividido em 100.000 ações. A empresa está constituída nos limites legais em termos de ações preferenciais e ordinárias. As ações preferenciais são de duas categorias: preferenciais gerais <60%) e preferenciais com garantia de dividendo fixo de 10% do valor patrimonial das ações (40%). O Estatuto estabelece que todo dividendo (fixo ou não) somente pode ser pago â conta de resultado do exercício. No exercício social findo em 31/12/2008 o Patrimônio Líquido da Cia. HD atingiu o montante de R$ 485.000„00. No mesmo período o LLE foi de R$ 78.650,00. O Estatuto da Cia. HD prevê um dividendo mínimo de 30% calculado nos termos do art. 202 da Lei n* 6.404/1976. Na proposta da Administração da Cia. HD consta a cons­tituição de Reserva Legal de 5% do LLE, Reserva Estatutária de 10% e Reserva para Contingências no valor de R$ 8.050,83.Com base nas informações e considerando as disposições da Lei nffi 6.404/1976, assinale a alternativa que apresenta o dividendo total a ser pago aos acionistas detentores de ações ordinárias.a) 12.500,00.b) 13.200,00.c) 16.358,00.d) 20.000,00.e) 23.595,00.

54. Nos termos da Deliberação CVM na 527, de l ô de novembro de 2007, assinale a alternativa INCORRETA.a) Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o

maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em uso.b) Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço de­

pois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e provisão para perdas.

c) Valor residual é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

d) Vida útil é o tempo de utilização que o fabricante determina para a utilização de um ativo.

e) Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade

55. Você, na condição de auditor fiscal da Receita Federal do Brasil, em procedimento regular de fiscalização na empresa Cara de Pau S/A, la­vrou um Auto de Infração contra a mesma, o que gerou um lançamento tributário de R$ 5.648.985,67.0 empresário, inconformado com o valor do Auto de Infração, demandou contra o delegado da Receita Federal do Brasil, seu chefe, arguindo, em síntese, que o Auto era indevido, porque você não observou a legislação pertinente e agiu com abuso de autoridade, pois ele era um empresário renomado e sua reputação não poderia ser maculado com um Auto de Infração de tamanha monta. O juiz, liminarmente, decidiu que fosse efetuado o depósito para que o mérito pudesse ser analisado com cautela e para que não houvesse prejuízo para ambas as partes.Nesse caso, assinale a alternativa que representa adequadamente o lançamento contábil realizado na empresa Cara de Pau S/A para reco­nhecer a despesa tributária e efetuar o depósito judicial.a) A empresa nada registra, pois o fato depende de julgamento definitivo.b) A empresa deve debitar Despesas Tributárias (Resultado) e creditar Contin­

gências Judiciais (PNC) pelo reconhecimento da obrigação tributária e debitar Depósitos Judiciais (ANC-Longo prazo) e creditar Bancos conta Movimento (AC), pelo valor de R$ 5.648.985,67.

c) A empresa deve debitar Depósitos judiciais (PC) e creditar Bancos conta Movimento (AC).

d) A empresa deve debitar despesas tributárias e creditar Bancos conta Movi­mento.

e) A empresa deve debitar Despesas Tributárias (Resultado) e creditar Contin­gências judiciais (PC) pelo reconhecimento da obrigação tributária e debitar Depósitos judiciais (AC) e creditar Bancos conta Movimento (AC), pelo valor de R$ 5.648.985,67.

56. (Esaf/Sefaz/2009) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa falsa.a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas

não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por

período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em con­trário.

c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá- lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade.

d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC nQ 750/1993, apesar de ser­virem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não cons­tituem condição de legitimidade das Normas brasileiras de Contabilidade.

e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente vá­lidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.

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57. (Esaf/Sefaz/2009) A empresa Comércio de Varejos e Atacados Ltda., trabalhando com vendas a prazo, apurou os seguintes saldos em pri­meiro de novembro de 2007:Clientes R$ 30.000,00;Fornecedores R$ 25.000,00;Duplicatas Descontadas R$ 20.000,00;Duplicatas a Pagar R$ 48.000,00;Duplicatas a Receber R$ 52.000,00.Das duplicatas, 40% vencerão de 5 a 12 meses; 20% vencerão em 13 meses e o restante vencerá após 15 meses. As duplicatas descontadas são de curto prazo.Ao ser montado o Ativo Circulante no balanço de 2007, apenas com esses dados, seu valor será de:a) R$ 62.000,00;b) R$ 50.800,00;c) R$ 41.200,00;d) R$ 61.200,00;e) RS 20.800,00.

58. (Esaf/Sefaz/2009) Ao encerrar o exercício social de Cibrazém de Armazenagem e Comércio Ltda. apurou dos:ContasCapital SocialVendasMercadoriasDuplicatas a ReceberCaixaICMS sobre Vendas Duplicatas a Pagar Ações de Coligadas Fornecedores Móveis e Utensílios Provisão para Férias Depreciação Duplicatas Descontadas Depreciação Acumulada Fretes e Carretos Prejuízos Acumulados Salários a Pagar Compras SaláriosProvisão para Devedores DuvidososAluguéis AtivosJuros PassivosCapital a RealizarICMS a Recolher

2008, a empresa os seguintes sal-

Saldos (R$) 200.000,00540.000.00180.000.00140.000.00

70.000.00100.000.00 100.000,00

50.000.00150.000.00310.000.00

15.000.0060.000.0090.000.00

180.000.0025.000.0031.000.0018.000.00

230.000,0088.000,00

2.000,0012.000,007.000,00

40.000.0065.000.00

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CAMPUS Capítuio I — Aspectos Gerais de Contabilidade 51

Reserva Legal Ações em Tesouraria Prêmios de Seguros Soma total 2.756.000,00

6.000,0030.000.0017.000.00

O inventário físico apontou o valor de R$ 154.000,00 de mercadorias em estoque no fim do ano.Elaborando o balanço patrimonial com os dados apresentados, após a apuração do resultado do exercício, vamos encontrar um:a) Ativo Total de R$ 478.000,00;b) Passivo e Patrimônio Líquido de R$ 453.000,00;c) Passivo Circulante de R$ 438.000,00;d) Prejuízo Acumulado de R$ 31.000,00;e) Patrimônio Líquido de R$ 104.000,00.

59. (Esaf/Sefaz/2009) A empresa de serviços Alvorada Ltda. listou os seguintes dados contratuais para elaborar a folha de pagamento re­ferente ao mês de março:Salários R$ 9.000,00;Previdência social patronal (22%) R$ 1.980,00;Previdência social dos empregados (9%) R$ 810,00;FGTS (8%) R$ 720,00;Salário-família R$ 150,00.Com os dados indicados, sem considerar eventuais parcelas de 13a salário ou férias proporcionais, podemos afirmar que a despesa de pessoal, referente ao mês de março, que a empresa deverá efetivamente desembolsar, será de:a) R$ 10.890,00;b) R$ 10.850,00;c) RS T1.700,00;d) R$ 12.510,00;e) R$ 12.660,00.

60. (Esaf/Sefaz/2009) A empresa Soledade S/A, de Guaraí, no Estado do Tocantins, tem um capital social de R$ 240.000,00, formado por 30.000 ações ordinárias, que dão a seus donos direitos iguais. No exercício de 2008, a empresa finalizou, corretamente, a sua demonstração de resultado do exercício com os seguintes valores:Lucro líquido antes do imposto de Renda 186.000,00;Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Liquido 31.500,00;Participações Estatutárias sobre o Lucro 10.500,00.Como se sabe, a última linha dessa demonstração de lucros deverá indicar o montante do lucro por ação do capital social que, neste caso, será no valor de:a) R$ 6,20; d) R$ 1,67;b) R$ 5,15; e) R$ 8,00.c) R$4,80;

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(Esaf/Sefaz/2009) A empresa Jelta Veículos S/A adquiriu dois carros por R$ 40.000,00 cada um, com ICMS de 12%. Na compra pagou, tam­bém, R$ 12.000,00 de IP! e R$ 1.000,00 de frete. Apropriou um dosveículos no ativo imobilizado, como bem de uso próprio, e o outro no Ativo Circulante, como mercadorias.Os veículos são automóveis da marca Renault e têm vida útil estima­da em cinco anos. Após um ano dessa compra, a empresa deverá ter contabilizado uma despesa de depreciação no valor de:a) RS 16.680,00; d) RS 10.260,00;b) R$ 10.700,00; e) R$ 9.300,00.c) RS 8.340,00;

(Esaf/Sefaz/2009) A empresa Serviços e Comércio S/A apurou os se­guintes saldos para fins de elaborar o balancete geral de verificação: Contas Saldos (R$)Mercadorias 18.000,00Vendas 54.000,00Compras 23.000,00ICMS a Recolher 6.500,00Ações em Tesouraria 3.000,00ICMS sobre Vendas 10.000,00Duplicatas a Receber 14.000,00Prêmios de Seguros 1.700,00Provisão para Devedores Duvidosos 200,00Caixa 7.000,00Duplicatas a Pagar 10.000,00Ações de Coligadas 5.000,00Fornecedores 15.000,00Móveis e Utensílios 31.000,00Provisão para Férias 1.500,00Depreciação 6.000,00Duplicatas Descontadas 9.000,00Depreciação Acumulada 18.000,00Fretes e Carretos 2.500,00Salários a Pagar 1.800,00Salários 8.800,00Aluguéis Ativos 1.200,00Juros Passivos 700,00Capital Social 20.000,00Capital a Realizar 4.000,00Reserva Legal 600,00Soma total 272.500,00Sabendo-se que eventuais diferenças no balanceamento, aqui toleradaspara fins didáticos, podem ser atribuídas a lucros ou perdas anteriores,pode-se afirmar que as contas supra! istadas apresentam:a) saldo credor de RS 130.800,00;b) saldo credor de R$ 103.600,00;c) saldo devedor de RS 100,500,00;d) saldos devedor e credor de RS 136.250,00;e) saldo devedor de RS 134.700,00.

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade 53

63. (Esaf/Sefaz/2009) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa verdadeira.a) Após apurado o resultado do exercício e calculadas as provisões para contri­

buição social e para pagamento do Imposto de Renda, deverão ser calculadas e contabilizadas as participações contratuais e estatutárias nos lucros e as contribuições para Instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados.

b) As despesas do mês, que foram pagas antecipadamente, estão registradas em contas do Ativo Circulante. A apropriação no último dia do mês é feita debitando-se à conta que representa a referida despesa e creditando-se à conta do Passivo Circulante que registrou a despesa paga antecipadamente.

c) Despesas não operacionais são aquelas decorrentes de transações não incluídas nas atividades principais ou acessórias da empresa, como, por exemplo, o montante obtido na alienação de bens ou direitos integrantes do ativo permanente.

d) Os prejuízos acumulados correspondem a prejuízos apurados pela Conta­bilidade em exercícios anteriores, que estejam devidamente contabilizados e que não podem ser compensados pelo lucro apurado no exercício atual.

e) Lucro Bruto é a diferença entre a receita líquida de vendas de bens ou serviços e o custo das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados por terceiros.

64. (PUC/PR/2008) Atribua a letra V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA.Segundo o art. 182 da Lei na 6.404/1976, na conversão de debêntures em ações, as parcelas que ultrapassem o valor nominal da ação deverão ser registradas como:( ) Reserva de Lucros, destinada a amortizar prejuízos acumulados.( ) Outras Receitas do período.( ) Reservas de Capital.a) V, F, F. d) F, F, F.b) F, V, F. e) V, V, F.c) F.F.V

65. (PUC/PR/2008) Atribua a letra V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA.De acordo com o § 5®, do art. 176, da Lei «Ia 6.404/1976, redação dada pela MP ns 449/2008, as notas explicativas deverão indicar:( ) o número, espécie e ciasses das ações do capital social;( ) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obri­

gações a curto prazo;( ) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias

prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes.

a) F, F, V. d) F, V, V.b) V, V, V. e) V, F, F.c) V, F, V.

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66. (PUC/PR/2008) Uma empresa obteve um lucro do exercício de R$500.000,00. Constituiu a reserva lega! e destinou R$ 75.000,00 para a reserva estatutária. Em seguida, calculou o dividendo mínimo obri­gatório. Com base nesses dados, e tendo em vista que o Estatuto da empresa é om isso quanto ao percentual do dividendo mínimo obriga­tório, seu valor será de:a) R$ 237.500,00; d) R$ 106.250,00;b) R$ 93.750,00; e) R$ 100.000,00.C) RS 118.750,00;

67. (PUC/PR/2008) De acordo com as Normas brasileiras de Contabilidade, e conforme o Pronunciamento Técnico -CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, constantes na Delibe­ração CVM ne 547/2008 e na Resolução do CFC n5 1.125/2008, a entidade deve divulgar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando:( ) o método indireto, segundo o qual as principais classes de rece­

bimentos brutos e pagamentos brutos são divulgadas;( ) o método direto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é

ajustado pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou outras apro­priações por competência sobre recebimentos ou pagamentos operacionais passados ou futuros;

( ) o método direto, segundo o qual o lucro líquido ou prejuízo é ajus­tado pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento.

a) V, V, F. d) F, F, F.b) V, V, V. e) F, F, V.c) F, V, V.

68. (PUC/PR/2008) De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, e conforme o Pronunciamento Técnico - CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, constantes na Deliberação CVM na 547/2008 e na Resolução do CFC n® 1.125/2008, atribua a letra V para as proposições verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA:( ) são exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades opera­

cionais recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda futura;

( ) são exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento pagamentos de caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade;

( ) são exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento pagamentos pata aquisição de ações ou instrumen­tos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto desembolsos referentes a títulos conside­rados como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação imediata ou venda futura).

a) V, F, F. d) F, F, F.b) V, V, V. e) F, F, V.c) F, V, V.

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CAMPUS Capítulo I — Aspectos Gerais de Contabilidade 55

69. (PUC/PR/2008) Atribua a letra V para as proposições verdadeiras e F para as faisas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA.De acordo com o art. 176 da Lei na 6.404/1976, alterada pela Lei nfl11.638/2007, entre as demonstrações financeiras que a companhia de capita! aberto deverá elaborar ao fim de cada exercício social, com base na escrituração mercantil da companhia, estão:( ) Balanço Patrimonial, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos

Acumulados;( ) Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos, Demonstração

do Resultado do Exercício;( ) Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor Adi­

cionado.a) V,V,V. d) F, V, V,b) V, F, V. e) F, V, F.c) V, V, F.

70. (PUC/PR/2008) Segundo o art. 200 da Lei n« 6.404/1976, é INCORRETO afirmar que as reservas de capitai são utilizadas para:a) incorporação ao capital social;b) resgate de partes beneficiárias;c) resgate, reembolso ou compra de ações;d) absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas

de lucros;e) pagamento de dividendo a ações endossáveis.

71. (PUC/PR/2008) Atribua a letra V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA.Conforme art. 178 da Lei ns 6.404/1976, com a redação dada pela MP na 449/2008 no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a faci­litar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. Portanto, entre os grupos de contas do balanço estão:( ) Ativo não circulante, composto pór Ativo Realizável a Longo

Prazo, investimentos, imobilizado e diferido;( ) Patrimônio Líquido, dividido em capital social, reservas de ca­

pital, reservas de reavaliação, reservas de lucros ou prejuízos acumulados;

( ) Passivo dividido em Passivo Circulante, Passivo Exigível a Longo Prazo e resultados de exercícios futuros.

a) F, V, V.b) V, V, F.c) V, F, V.d) V, V, V.e) F, F, F.

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72. (PUC/PR/2008) Atribua a letra V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência CORRETA.De acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, as receitas consideram-se realizadas:( ) pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;( ) pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente valor do

ativo;( ) pela geração natural de novos ativos independentemente da

intervenção de terceiros.a) F,F,V.b) F, V, V.c) V, V, F.d) V, F, V.e) F, V, F.

73. (PUC/PR/2008) Conforme disposto no art. 187 da Lei n® 6.404/1976, com a redação dada pela MP ns 449/2008, quanto à Demonstração do Resultado do Exercício, é INCORRETO afirmar:a) a DRE discriminará a receita líquida das vendas e serviços, o custo da mer­

cadoria e serviços vendidos e o lucro bruto;b) a DRE discriminará o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas

não operacionais;c) a DRE discriminará o resultado do exercício antes do imposto de Renda e a

provisão para o imposto;d) a DRE discriminará a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das

vendas, os abatimentos e os impostos;e) a DRE discriminará o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante

por ação do capital social.

74. (PUC/PR/2008). Conforme disposto no art. 243 da Lei ns 6.404/1976, com a redação dada pela MP ns 449/2008» quanto às Sociedades Coli­gadas, Controladoras e Controladas, é INCORRETO afirmar:a) são coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência signi­

ficativa;b) é presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20%

(vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la;c) são coligadas as sociedades quando uma participa, com 10% (dez por cento)

ou mais, do capital da outra, sem controlá-la;d) considera-se influência significativa quando a investidora detém ou exerce

o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la;

e) a companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários.

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C A M P U S Capítulo 1 — Aspectos Gerais de Contabilidade

Texto para as questões de 75 a 78

Conta Saldo

inicial (R$)Saldo

final (R$)provisão para contingências trabalhistas 2.340 880abatimento sobre vendas - 990despesa com provisão para contingências trabalhistas - 2.210manutenções antecipadas 5.400 2.340fornecedores de estoques 19.800 2.390empréstimos a pagar 4.456 5.490ações em tesouraria 234 5.540receita antecipada 12.300 9.080matéria! de consumo 13.450 11.230seguros a pagar 12.340 14.560manutenção a pagar 13.450 15.690despesa de manutenção - 21.340mercadorias para revenda 12.340 23.490duplicatas a receber de curto prazo 32.400 28.600capital social 13.450 34.532custo das mercadorias vendidas - 43.500despesas de seguro - 43.500despesa antecipada de seguros 32.400 45.600ações de controladas 4.430 52.209receita de vendas - 54.300veículos 78.699 124.500duplicatas a receber de iongo prazo 25.690 31.240

75. (TCE/TO/2008) O recebimento de clientes no período é igual a:a) R$ 48.750; d) R$ 55.770;b) RS 48.340; e) R$ 58.100.c) RS 52.550;

76. (TCE/TO/2008) O pagamento a fornecedores no período é igual a;a) R$ 16.030; d) R$ 60,910;b) RS 17.410; e) RS 72.060.c) R$ 28.560;

77. (TCE/TO/2O08) O pagamento de seguros no período é igual a:a) RS 54.480;b) RS 43.500;c) RS 13.200;d) RS 10.980;e) R$ 2.220.

78. (TCE/T0/2008> O pagamento de manutenções do período é Igual a:a) RS 23.580; d) RS 18.030;b) RS 22.160; e) RS 16.040.c) RS 19.100;

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79. A Cia. Novidades S/A apresentou as seguintes informações de sua única participação societária:a) Demonstração do Investimento em 30/12/2007, após a avaliação

ao MEP, em reais:ATIVO NÃO CIRCULANTE INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS Antiguidades S/A 1.800.000,00

b) Nota explicativa:■ Ações possuídas da Cia. Antiguidades: 1.290.000Ações Ordinárias

c) Dados da Cia. Antiguidades, em 31/12/2007c.1.) Demonstração do Patrimônio Líquido, em 30/12/2007, em reais: PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital Social R$ 2.580.000,00Reservas de Capital R$ 20.000,00Reservas de Lucros R$ 400.000,00c.2.) Notas explicativas:■ a Companhia só emitiu ações ordinárias;■ valor nominal das ações emitidas: R$ 1,20

A Cia. Antiguidades, que no exercício encerrado em 31/12/2008 apurou um Lucro Líquido de R$ 600.000,00, fez a proposta de distribuição de dividendos no valor de R$ 500.000,00 e apresentou a seguinte de­monstração de seu Patrimônio Líquido, antes do reconhecimento do lucro apurado em 2008 e de sua respectiva distribuição:PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital Social R$ 2.580.000,00Reservas de Capitai R$ 20.000,00Reservas de Lucros R$ 400.000,00Considerando, exclusivamente, as informações recebidas e a boa técnica de avaliação do investimento pelo Método da Equivalência Patrimonial (MEP), a receita do investimento, avaliado ao MEP, a ser contabilizada na controladora, Cia. Novidades, em reais, é:a) 60.000,00; d) 360.000,00;b) 100.000,00; e) 480.000,00.c) 180.000,00;

80. Uma máquina de uso próprio, depreciável, adquirida por R$ 15.000,00 em março de 1999, e instalada no mesmo dia, com previsão de vida útil de dez anos, e valor residual de 20%, por quanto poderá ser vendida no mês de setembro de 2006, sem causar ganhos nem perdas contábeis? Referido bem, nas condições acima indicadas e sem considerar impli­cações de ordem tributária ou fiscal, poderá ser vendida por:a) R$ 5.900,00;b) R$ 5.400,00;c) R$ 3.900,00;d) R$ 3.625,00;e) R$ 3.000,00.

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Análise das Demonstrações Contábeis

Capítulo

2.1. Elementos fundamentais para análise financeira2.1.1. Técnicas contábeis

A contabilidade é uma ciência que possui fundamentos epistemológicos pró­prios. A materialização desta ciência se dá por meio de 4 (quatro) técnicas: Escri­turação Contábil, Demonstração Contábil, Auditoria Contábil e Análise Contábil. Essas técnicas, por sua vez, são executadas com a utilização de diversos métodos.

Escrituração Contábil é a técnica contábil que se preocupa com o registro dos fatos contábeis. A escrituração é representada pelos lançamentos contábeis.

Demonstração Contábil é a forma por meio da qual a Contabilidade se comu­nica com os interessados no Patrimônio da Entidade, evidenciando-o, geralmente, de forma sintética.

Auditoria Contábil é a técnica contábil encarregada de verificar a correta aplicação das práticas contábeis adotadas no Brasil, ou seja, procura certificar a veracidade das informações contidas nas Demonstrações Contábeis consoante as normas contábeis e a legislação.

Análise Contábil é a técnica contábil que decompõe, compara e interpreta as Demonstrações Contábeis, produzindo dados analíticos aos usuários da Conta­bilidade. Esta técnica é aplicável a todas as demonstrações e relatórios emitidos pela Entidade, sejam eles obrigatórios ou não.

2.1.2. Usuários da Análise Contábil

Desde os prímórdios da Contabilidade eram realizados inventários físicos, e esses eram interpretados pelos seus usuários.

Hodiemamente, os maiores usuários são as instituições financeiras, que efetuam análises através de quocientes, especialmente aqueles relacionados com valores a receber e a pagar. Além dos banqueiros, os investidores, os administradores e o governo utilizam a análise com vistas ao planejamento das estratégias de ação.

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2.1.3. Conceito, objetivo e finalidade da Análise Contábil

2.1.3.1. Conceito

A técnica contábil da análise das demonstrações financeiras é aquela que está empenhada na obtenção de informações úteis à tomada de decisões a partir de quaisquer demonstrações e relatórios contábeis.

2. í .3.2. Objetivo

Fomecer uma avaliação do desempenho e as tendências estatísticas de uma entidade por meio da utilização de métodos próprios sobre as demonstrações financeiras, cujos resultados serão utilizados em processos decisóríos.

2.1.3.3. Finalidade

Fomecer aos usuários as informações adequadas e precisas para que possam tomar decisões nas mais diversas áreas de interesse.

2.1.4. Funções da Análise Contábil

As funções da análise sâo a decomposição, comparação e interpretação dos dados patrimoniais constantes nas demonstrações e nos relatórios contábeis.

2.1.4.1 • Decomposição

Consiste na transformação dos relatórios contábeis em dados estatísticos mediante cálculos de índices que serão utilizados na comparação com outras demonstrações ou grupos patrimoniais da própria empresa ou de outras em­presas.

2.1.4.2. Comparação

Comparar significa analisar. Em análise, comparar significa confrontar determi­nados dados patrimoniais com outros dados da própria empresa e/ou com dados de outras empresas, com vistas a avaliar o desempenho econômico-patrimonial.

2.1.4.3. Interpretação

A arte de interpretar está intrinsecamente relacionada com o juízo de valores no qual o analista conclui com base em conhecimentos adquiridos na sua vivência ou com base em modelos preestabelecidos.

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 61

2.1.5. Validade e limitações da Análise Contábil

Uma boa análise busca um diagnóstico eficaz da Entidade, comparar índices próprios e de concorrentes e estabelecer tendências patrimoniais da Entidade.

Desta forma, a análise pode sofrer limitações, pois nem sempre dispomos de registros confiáveis ou não dispomos dos dados de outras empresas do mesmo ramo e época para comparações.

2.1.6. Pressupostos básicos para desenvolvimento da Análise

Em face da diversidade de empresas, o analista deve estar atento, principal­mente, à natureza jurídica da entidade, ao ramo de negócio e à legislação que cerca a sua atividade.

2.1.7. Tipos de Análise Contábil

As análises podem ser por série temporal (com o objetivo de acompanhar a evolução de determinado item patrimonial) e análise comparativa (que visa comparar índices).

2.1.8. Métodos de Análise Contábil

As principais análises são:

2. 1.8.1. Análise vertical (ou de estrutura)

Consiste na análise de determinado elemento dentro de seu grupo de contas ou de determinado grupo em relação ao patrimônio. Geralmente é apresentado em forma percentual.

2.1.8.2. Análise horizontal (ou de evolução)

Visa a apresentar a evolução de determinado patrimônio ou elemento patri­monial por diversos períodos, estabelecendo, assim, a tendência patrimonial da entidade analisada.

2.1.8.3. Análise por quociente

Por meio desse método calcula-se as relações existentes entre os elementospatrimoniais, obtendo-se os chamados índices ou quocientes.

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2.1.9. Aspectos das demonstrações passíveis de Análise

As análises são realizadas com base na estrutura patrimonial e aspectos finan­ceiros.

2.1.9.1. Análise da estrutura patrimonial

Se divide em:a) estrutura de capitais - nesta análise procura-se apresentar as origens e

aplicações dos recursos empregados na Entidade, tanto os próprios quanto os de terceiros;

b) estrutura de endividamento - analisa-se a participação de terceiros sob diversos aspectos, entre eles o prazo de vencimento das dívidas.

2.1.9.2. Aspecto financeiro ou análise financeira

a) liquidez - visa demonstrar a capacidade que a empresa possui de honrar seus compromissos para com terceiros;

b) solvência - visa demonstrar a capacidade de a empresa honrar seus com­promissos em caso de falência ou em fase de recuperação;

c) rentabilidade - também chamada de lucratividade, visa demonstrar a remu­neração do capital investido, por meio da geração de resultados;

d) produtividade - visa mostrar o potencial produtivo dos elementos patrimo­niais;

e) rotatividade - visa mostrar o giro ou rotação de determinados elementos patrimoniais como, por exemplo, a rotação ou giro dos estoques ou contas a receber e/ou a pagar.

2.1.10. Condições essenciais das demonstrações contábeis para efeito de Análise

Somente poderão ser objeto de análise confiável as demonstrações elaboradas consoante as práticas contábeis adotadas no Brasil. Desta forma, as demonstrações devem ser exatas, claras e providas de técnica adequada na elaboração.

2.1.11. Ajustes das demonstrações contábeis para efeito de Análise

Alguns elementos patrimoniais necessitam de ajustes para produzir análise consistente, destacando-se os seguintes:

Simplificação: visa apresentar as informações de forma simples, inclusive com agrupamento de contas.

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis

Padronização: como análise consiste em comparar, e não é crível fazer com­parações com coisas desiguais, é necessário ajustar determinados elementos, fa­zendo conversões de valores, agrupamento de saldos e apresentação dos valores de forma reduzida.

Reclassificação de contas: este ajuste visa a evidenciar uma análise com ele­vada precisão.

Identificação de erros: as demonstrações devem estar desprovidas de erros para gerar análises.

2.1.12. Exemplos de demonstrações contábeis padronizadas

A seguir, apresentamos algumas contas, era seus respectivos demonstrativos financeiros, que merecem padronização por meio de ajustes para efeito de análise.

BALANÇO PATRIMONIAL:O saldo da conta Caixa deve indicar o montante de moeda em espécie em poder

da empresa. Portanto, os valores referentes a vales, cheques pré-datados e outros valores devem ser reclassificados para contas de créditos em função do prazo.

O valor de Duplicatas a Receber ou Clientes deve ser apresentado pelo valor bruto, visto que as contas retificadoras ou redutoras terão tratamento próprio e específico. Assim, a conta Duplicatas Descontadas deve figurar como Passivo Circulante e Provisão para Devedores Duvidosos deve ser deduzida de sua correspondente.

Os Adiantamentos a Fornecedores de mercadorias ou matérias-primas não devem figurar no subgrupo Estoques, mas sim como Outros Créditos. Já o item Almoxarifado deve ser destacado, pois seu saldo não representa mercadorias para revenda.

As Despesas do exercício seguinte, por não possuírem a característica de rea­lização, não poderão ser usados para pagamentos de dívidas, por isso devem ser reclassificadas para despesa, diminuindo o PL.

O valor dos investimentos deve ser apresentado líquido, isto é, deduzido de possíveis provisões para perdas, acrescido de ágio na aquisição do investimento e deduzido de deságio oriundo de mesma natureza.

Na mesma linha de raciocínio, Imobilizado e Intangível devem ser apre­sentados pelo valor líquido, isto é, deduzido das depreciações, amortizações ou exaustões acumuladas.

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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O Ativo ainda deve ser segregado em Ativo Operacional e Ativo Não Opera­cional - o Ativo Operacional é formado pelo circulante operacional, realizável a longo prazo operacional, imobilizado e intangível, composto pelos investimentos intrinsecamente relacionados com a atividade principal da empresa. O Ativo Não Operacional, composto pelo circulante não operacional, realizável a longo prazo não operacional e investimentos, que não constituem operações relacionadas com a atividade principal da empresa.

Em que pese a correta classificação de Duplicatas Descontadas no Balanço Patrimonial ser como conta retificadora de Duplicatas a Receber, ela representa um empréstimo bancário, portanto, para fins de análise, esta conta é classificada no Passivo Circulante. Além disso, as contas do Passivo Circulante devem ser agrupadas por natureza equivalente nos seguintes subgrupos: Obrigações com Fornecedores, Obrigações Sociais e Tributárias e Obrigações Financeiras.

Os Resultados Antecipados, representados pelas Receitas Diferidas diminuí­das de seus custos, classificadas no Passivo Não Circulante, para fins de análise, devem ser classificados no Grupo do Patrimônio Líquido, por não representarem exigibilidade da entidade para com terceiros.

Alguns ajustes do Ativo, que possuem correspondências com despesas levadas à conta de resultado, como as Provisões para Perdas, Provisão para Devedores Duvidosos etc. devem ser reclassificadas para o Patrimônio Líquido, com o título de Ajuste do Ativo, por se tratar de despesas não desembolsáveis. É de se notar que nesse caso a empresa não perdeu ativo. Porém, os titulares do patrimônio tiveram o lucro diminuído em função dos encargos dessas provisões; desta forma, na tentativa de recompor o lucro do exercício, essas contas vão para o Patrimônio Líquido.

Além dos ajustes sugeridos para os componentes do Passivo e do Patrimônio Líquido, devemos segregar estes grupos em Capitais Próprios e Capitais de Terceiros - os Capitais Próprios são as origens de recursos provenientes dos proprietários e dos valores gerados pela Entidade, classificados no grupo do Pa­trimônio Líquido e em Receitas Diferidas. Os Capitais de Terceiros são as origens de recursos oriundos de terceiros e estão representados pelos grupos do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante, com exceção das Receitas Diferidas. .

Na Demonstração do Resultado do Exercício - DREEm face de a maior parte das deduções da receita bruta estar representada por

tributos, que são compulsórios, e sobre os quais o empresário não possui ingerência

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CAMPUS Capitulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis

para modificá-los, para a efetivação da análise vertical e por quociente, devemos utilizar o valor total das Receitas Líquidas de Vendas e Serviços, pois é com base nesse valor que o empresário implementa medidas de controle e planejamento dentro de uma política gerencial.

As Despesas Financeiras e Receitas Financeiras devem ser demonstradas pelo valor líquido. Conforme a Lei na 6.404/1976, as Receitas Financeiras devem ser apresentadas como dedução das Despesas Financeiras (despesas menos receitas financeiras). Estas contas de resultado fazem parte do grupo de Despesas Ope­racionais, diminuindo o seu valor. Caso o valor das Receitas Financeiras supere o das Despesas Financeiras* o saldo retificará o valor das Despesas Operacionais.

Na DRE devemos apresentar as outras receitas e outras despesas pelo valor líquido Oucro ou prejuízo).

Demonstração dos Lucros ou Prejuízos AcumuladosO objetivo dessa demonstração é evidenciar a movimentação ocorrida por

meio do resultado e sua destinação. É um demonstrativo de interesse relativo para análise, pois por meio dele pode-se verificar a política de distribuição de resultado da empresa.

Em que pese a conta Lucros Acumulados não mais existir enquanto conta patrimonial, ela existe como conta transitória e continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros.

A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços do exercício social terminado a partir de 31 de dezembro de 2008. Assim, saldos nessa conta preci­sam ser totalmente destinados por proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela Assembleia Geral Ordinária.

Demonstração das Origens e Aplicações de RecursosO principal objetivo dessa demonstração é a apresentação das origens e apli­

cações de recursos gerados no exercício que afetam o capital circulante líquido proveniente de variações de itens não circulantes, isto é, os novos recursos gerados no exercício e as aplicações realizadas no mesmo exercício no Ativo Não Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido.

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66 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Sempre é bom frisar que a não obrigatoriedade deste demonstrativo não lhe retira a sua importância, especialmente no conceito de Capital Circulante Líquido e suas formas de apuração.

Demonstração das Mutações do Patrimônio LíquidoEsta demonstração apresenta as variações de todas as contas do Patrimônio

Líquido ocorridas no exercício em relação ao exercício anterior. Dessa forma, essa demonstração traz elementos para análise complementar, sendo que a análise da DRE e do BP é mais adequada à tomada de decisões.

2.2. Demonstrações Contábeis2.2.1. Demonstrações obrigatórias para todas as empresas

Consoante o art. 176 da Lei n2 6.404, as demonstrações obrigatórias para as sociedades por ações são:

• Balanço Patrimonial - BP;• Demonstração do Resultado do Exercício - DRE;• Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA;• Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC;• Demonstração do Valor Adicionado - DVA.

Ainda com base na mesma lei, as companhias abertas podem substituir a DLPA pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL. Jã para a CVM, esta demonstração passa a ser obrigatória para aquelas companhias.

As demonstrações contábeis são elaboradas a partir dos registros realizados nos livros contábeis e devem ser complementadas por notas explicativas e outros quadros ou demonstrações com o fim de dar completa evidendação dos elementos patrimoniais passados, presentes e futuros.

Além destes demonstrativos, as empresas podem e devem complementar suas publicações com outros quadros e notas para aumentar a evidendação.

2.2.1.1. Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar o patrimônio de uma entidade sob os aspectos quantitativos e qualitativos numa determinada data. Desta forma, ele representa a situação estática do estado patri­monial. Deve ser interpretado considerando a sua estrutura legal em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido:

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 67

• Ativo - composto pelos bens e direitos, compreende as aplicações de recursos na empresa;

• Passivo - constitui as obrigações para com terceiros e representa as origens de recursos externos da empresa;

• Patrimônio Líquido ~ constitui o capital próprio da entidade e repre­senta a diferença entre o Ativo e o Passivo, podendo, consequentemente, assumir valores positivos, nulos ou negativos. O Patrimônio Líquido negativo recebe a denominação de “Passivo a Descoberto” que, por força da Deliberação CVM na 488, de 3 de outubro de 2005, deve ser demonstrado no grupo do Patrimônio Líquido, como conta retificadora, isto é, com saldo devedor.

2.2 . I .2. Demonstração do Resultado do Exercício

Ao contrário do Balanço Patrimonial, a DRE representa a dinâmica patrimonial com a evidenciaçâo dos elementos que formam o resultado da empresa consoante o regime de competência. A análise deve ser realizada considerando a estrutura legal desse demonstrativo.

2.2.1.3. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados

O objetivo desta demonstração é evidenciar o lucro líquido obtido no período e sua destinação.

Por meio desta demonstração podemos analisar a distribuição de dividendos e a retenção de lucros realizada pela empresa.

2.2.1.4. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos

A Doar é, acima de tudo, um demonstrativo financeiro que evidencia os fi­nanciamentos e os investimentos em determinado exercício. Este demonstrativo deixou de ser obrigatório a partir de 01/01/2008 e, em seu lugar, passou a ser exigida a DFC.

2.2.1.5. Notas explicativas

As notas explicativas complementam as Demonstrações Financeiras, esclare­cendo aspectos relevantes da situação patrimonial e dos resultados do exercício, assim são parte integrante destas demonstrações.

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostraçóes ContábeisFrancisco VeJter e Luiz fviissagia

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2.3. Análise Vertical e HorizontalPor meio da analise vertical e horizontal pode-se verificar o risco empresarial de­

corrente da excessiva flutuação de determinados itens dos componentes patrimoniais.

2.3.1. Análise Vertical

Consiste no estudo e comparações de contas e subgrupos dentro da própria demonstração analisada. Identifica-se o percentual de participação de cada item da Demonstração em relação a um grupo ou ao todo dentro de um período específico.

Utiliza-se a conversão dos itens para percentuais através de “regra de três”, estabelecendo uma base que eqüivale a 100%.

Com o objetivo de exercitar este e os demais tipos de análise, utilizaremos os elementos do seguinte Balanço Patrimonial.

BALANÇOS PATRIMONIAIS

2006 2007 2008ATIVOCirculante 475.234 814.476 1.174.832Disponibilidades 64.520 86.325 136.279Contas a Receber de vendas 217.714 369,926 487.632Estoque de mercadorias 148.000 298.752 482.784Despesas do período seguinte 45.000 59.473 68.137Não Circulante 501.020 747.530 855.776Realizável a longo prazo 72.000 52.318 .61,415Investimentos 83.520 154.260 173.012Imobilizado 315.500 510.952 594.349Intangível 30.000 30.000 27.000Total 976.254 1.562.006 2.030.608

PASSIVOCirculante 411.442 553.434 876.455Fornecedores 126.200 248.691 346.720Salários a pagar 89.265 98.756 125.654Títulos a pagar 67.365 42.465 175.664Aluguéis a pagar 8.200 9.360 11.110Dividendos a pagar 46.870 69.530 125.687Empréstimos 73.542 84.632 91.620Patrimônio Líquido 564.812 1.008.572 1.154.153Capital Social 300.000 568.000 759.000Reservas de Capitai 86.354 158.680 174.961Reserva de Lucros 178.458 281.892 220.192Total 976.254 1.562.006 2.030.608

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis

Outro demonstrativo que utilizaremos em nossas análises é a DRE.

Demonstração do Resultado do Exercício 2006 2007 2008

vendas brutas 5.292.787 6.385.263 7.221.910tributos sobre as vendas (1.047.9715 (1.257.896) (1.422.716)Vendas líquidas 4.244.816 5.127.367 5.799.194custo das mercadorias vendidas (2.656.980) (3.211.788) (3.632.621)Lucro bruto 1.587.836 1.915*579 2-166.573despesas com pessoal . (1.071.180) (1.185.072) (1.507.848)despesas com materiais e serviços (68.530) (96.580) (79.800)despesas com aluguéis e seguros (98.400) (112.320) (133.320)depreciação (36.500) (56.800) (64.400)amortização do intangível - - (3.000)receitas financeiras 11.320 18.400 9.712de apiicação das disponibilidades 6.532 6980 3.980de empréstimos de longo prazo 4.788 11.420 5.732

despesas financeiras (6.830) (15.610) (12.890)Lucro antes de IR e CSLL 317.716 467.597 375.027IR e CSLL (104.846) (154.307) (123.759)Lucro liquido 212.870 313.290 251.268

Exemplo 1:Vejamos a participação do Ativo Circulante em relação ao patrimônio total da

empresa no balanço encerrado em 31/12/2003:Patrimônio total = R$ 976.254,00 (100%)Ativo Circulante = R$ 475.234,00 (X %)X = (R$ 475.234,00 /R$ 976.254,00) X 100% = 48,68%A partir do resultado, podemos verificar que quase metade dos recursos está

aplicada no circulante. Isto toma a empresa bastante atraente e com grande pro­babilidade de realização a curto prazo ou com alta liquidez.

Analisando a Demonstração do Resultado do Exercício, tomando como base 100% a Receita Líquida, vejamos a participação do CMV:

Receita liquida 2003 = R$ 4.244.816,00 (100%)CMV = R$ 2.656.980,00 (X %)X = (R$ 2.656.980,00/ R$ 4.244.816,00) X 100% = 62,59%

Este resultado mostra-nos que 62,59% da receita líquida estão representados pelo CMV

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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2.3.2. Análise Horizontal

Também chamada de análise de evolução ou histórica. Por meio desta análise identifica-se a evolução ou desempenho dos diversos grupos de contas ou contas que compõem as demonstrações analisadas.

2.3.2. i . Análise de Evolução Nominal

A análise de evolução considera as demonstrações de diversos períodos ou exercícios. É natural que nesses períodos tenha ocorrido alguma inflação. A Aná­lise de Evolução Nominal desconsidera esta inflação, pois o analista estabelece que determinado período representa a base 100 e os compara, percentualmente, com os demais períodos.

A guisa de exemplo, faremos a análise de evolução nominal do Ativo Circu­lante - AC, tomando como base de 100% o Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2006.

AC - 2006 = R$ 475.234,00 = 100%AC - 2007 = R$ 814.476,00 - XAC - 2008 = R$ 1.174.832,00 » Y

X = 814.476,00 / 475.234,00 = 171,38%Y = 1.174.832,00 / 475.234,00 = 247,21%

O resultado nos mostra que o AC cresceu 71,38% (171,38 - 100) em 2007 e 75,83% (247,21 - 171,38) em 2008 com base em 2006.

Por seu turno, o Ativo Total apresentou a seguinte evolução, também com base em 2006:

AT - 2006 » R$ 976.254,00 = 100%AT - 2007 = R$ 1.562.006,00 = XAT - 2008 = R$ 2.030.608,00 = Y

X= 1.562.006,00/976.254,00= 159,99%Y = 2.030.608,00 / 976.254,00 = 207,99%

Percebe-se que o Ativo Total cresceu menos do que o AC nesses períodos com base em 2006.

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CAMPUS Capítula 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 71

2 3 .2.2. Análise de Evolução Reai

Esta análise é muito útil, pois na sua estruturação eliminam-se os efeitos da inflação ocorrida nos períodos analisados.

Para ilustrar este tipo de análise, consideremos que no ano de 2007 tenha havido uma inflação de 5% e que no ano de 2008 ela tenha sido de 6%.

Desta forma, para que possamos analisar os elementos das demonstrações segundo- a evolução real, é necessário inflacionar ou deflacionar os números ab­solutos das demonstrações.

Um aspecto que deve ficar bem claro é que a inflação de um período incide sobre o índice do período anterior, como se fosse uma capitalização em regime de juros compostos. Nesta linha de raciocínio, considerando que a inflação de 2008 incidiu sobre a inflação de 2007, teremos os seguintes índices inflacionários:

Período índice01/01/2006 a 31/12/2006 1,000001/01/2007 a 31/12/2007 1,050001/01/2008 a 31/12/2008 1,1130

Deflacionando ou expurgando a inflação, os valores do Ativo Circulante para o ano de 2006 são os seguintes;

Ano Nominal Índice Cálculo Real2007 814.476,00 1,0500 814.476/1,050 775.691,422008 1.174.832,00 1,1130 1.174.832/1,113 1.055.554,35

Efetuados estes ajustes ou expurgado a inflaçao do período, e tomando como base 100% o ano de 2006, podemos calcular os percentuais de evolução real:

163,22%

222,11%

Veja no quadro a seguir a comparação entre os percentuais da evolução nominal e a evolução real:

Análise 2006 2007 2008Nominal 100,00 171,38 247,21

Reai 100,00 163,22 222,11

AC - 2007 -

AC - 2008 =

100% xR$ 775.691,42 R$ 475.234,00

100% x R$ 1.055.554,35 R$ 475.234,00

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s72 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis

Francisco Velter e Luiz MissagiaELSEVIER

Procedendo desta forma para todos os elementos patrimoniais estaremos fa­zendo uma análise histórica ou de evolução sadia e eficiente.

2.4» índices de liquidez2-4-1. Liquidez Geral - LG

LG = AC + RLP / PC + (PNC ~ Receitas Diferidas)indica a quantidade de bens e direitos realizáveis que a empresa possui para

saldar suas dívidas perante terceiros.Considerando o Balanço apresentado, teremos' para o ano de 2008 os. seguinte

índice de liquidez geral:LG - 1.174.832 + 61.415 / 876.455 LG « 1,41Isto significa que para R$ 1,00 de dívida a empresa possui R$ 1,41 de realizável

a curto e longo prazo para honrá-la.A propósito, salienta-se que quanto maior for este índice, melhor é a situação

financeira da empresa a longo prazo.Obs.: No presente estudo, sempre que fizermos referência ao Passivo Não Circu­

lante estaremos excluindo do seu conteúdo as Receitas Diferidas diminuídas dos respectivos custos.

2.4 2. Liquidez Imediata - LI

LI = Disp / PCIndica a capacidade financeira imediata que a empresa possui para pagar cada

real de obrigação a curto prazo. Quanto maior o valor do índice, melhor a capa­cidade financeira ou liquidez da empresa.

Vejamos qual foi o índice de liquidez imediata em 31 de dezembro de 2007: LI = 86.325 / 553.434 LI = 0,1559Isto significa que para R$ 1,00 de dívidas a empresa dispõe, aproximadamente,

de R$0,16.

2.4-3. Liquidez Seca - LS

LS = AC - Estoque / PCEste índice demonstra quanto a empresa possui de bens e direitos circulantes,

diminuídos do valor dos estoques, para pagar cada real de dívida a curto prazo. Quanto maior o valor do índice, melhor é a situação financeira da empresa.

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CAMPUS. Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 73

Analisando o Balanço de 2008, encontraremos o seguinte índice:LS - (1.174.832 - 482.784) / 876.455 LS = 0,789Significa que a empresa possui valores circulantes de R$ 0,79 para cada R$ 1,00

de dívida a curto prazo.Salientamos que esses cálculos devem ser realizados considerando as demons­

trações ajustadas.

2.4-4- Liquidez Corrente - LC

LC = AC / PCEste índice revela a quantia de valores circulantes que a empresa possui para

saldar cada real de dívida a curto prazo. Mais uma vez, quanto maior o valor do índice, melhor é a situação financeira da empresa.

Encontraremos a seguinte liquidez corrente para o ano de 2008:LC= 1.174.832/876.455 LC = 1,34Significa que a empresa possui valores circulantes gerais de R$ 1,34 para saldar

cada R$ 1,00 de dívida a curto prazo.

2.5. Indicadores de estrutura2.5. i . Grau de Endividamento - GE

GE = PC + PNC/ATDo Passivo Não Circulante devemos excluir as receitas diferidas, diminuídas

dos respectivos custos.É um indicador que mostra a participação dos capitais de terceiros no ativo

bruto da empresa. O desejo é que este indicador seja o menor possível.Vejamos a evolução do grau de endividamento para os anos de 2006, 2007 e

2008.GE (2006) = 411.442 / 976.254 GE (2006) - 42,14%GE (2007) * 553.434 / 1.562.006 GE (2007) = 35,43%GE (2008) = 876.455 / 2.030.608 GE (2008) = 43,16%Analisando os resultados, percebe-se que houve uma ligeira melhora no ano

de 2007 mas, em 2008, o grau de endividamento tomou a crescer.

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74 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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2.5.2. Solvência Geral ~ SG

SG = AT / (PC + PNC)Com este índice podemos medir a capacidade que uma empresa possui para

pagar suas dívidas para com terceiros. Quanto maior o seu valor, melhor é a ca­pacidade de pagamento da empresa.

A solvência geral do ano de 2008 é:SG = 2.030.608 / 876.455 SG = 2,31Isto significa que para cada R$ 1,00 de dívidas da empresa, ela possuí R$ 2,31

de bens e direitos em seu Patrimônio Bruto.Observe que este índice é o inverso do índice do grau de endividamento.

2.5.3. Composição do Endividamento - CE

CE = PC / PC + PNCEste índice mede o percentual de endividamento da empresa a curto prazo

tomado como referência o endividamento total. O desejo é que este índice seja pequeno, pois isto dará, a curto prazo, folga financeira à empresa.

Para os Balanços da empresa em análise, a composição do endividamento é de 100%, visto que ela não apresenta PNC.

2.5.4. Garantia de Capital de Terceiros - GCT

GCT = PL / PC + PNCA garantia de capital de terceiros representa quanto a empresa possui de capital

próprio para garantir a exigibilidade total. Quanto maior a garantia do capital de terceiros, melhor é a situação da empresa.

Para o ano de 2007, a garantia do capital de terceiros foi de:GCT » 1.562.006 / 553.434 GCT = 2,82Significa que a empresa possui R$ 2,82 de capital próprio cara cada R$ 1,00

de dívidas.

2.5.5. Imobilização de Capital Próprio - ICP

ICP = (ANC-RLP) / PLEste índice também é chamado de índice de imobilização. Mostra quanto

de Capital Próprio a empresa aplicou no Ativo Não Circulante - Investimento, Imobilizado e Intangível. Valores elevados deste índice não. são bons indicadores.

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 75

Vejamos a imobilização do capital próprio de 2008:ICP « (855.776 - 61.415) / 1.154.153 IC P - 794.361/ 1.154.153 ICP = 68,82%Significa que 68,82% do PL estão aplicados no Ativo Não Circulante (Inves­

timento, Imobilizado e Intangível) ou estão imobilizados ou não são realizáveis.

2.5.6. Grau de Permanência do Ativo - GPA

GPA = (ANC - RLP) / ATíndice também chamado de Grau de Imobilização do Ativo ou índice de Imo­

bilização do Ativo. Mostra o percentual das aplicações que estão alocadas no Ativo Não Circulante (em contas de Investimento, Imobilizado e Intangível). Quanto mais próximo de zero, melhor.

No ano de 2006 o GPA foi de:GPA = (501.020 - 72.000) / 1.154.153 GPA = 429.020/976.254 GPA = 43,94%Indica que praticamente 44% dos recursos da empresa estão aplicados no

permanente ou estão imobilizados, ou seja, não são realizáveis.Infere-se, ainda, que 56% dos recursos da empresa estão aplicados em itens

realizáveis ou estão realizados (Disponibilidades).

2.6. Indicadores de Rentabilidade2.6.1. Margem Operacional - MO

MO = LOL / VL Onde:LOL = Lucro Operacional Líquido VL = Vendas LíquidasMostra o percentual de lucro sobre vendas líquidas (mercadorias e serviços).

Quanto maior for esse percentual, maior a rentabilidade. Chamamos a atenção ao fato de que as vendas brutas não se prestam para análises de rentabilidade visto serem influenciadas por tributos sobre os quais a empresa não possui ingerência.

Considerando a DRE apresentada no item 2.3.1, a margem operacional para o ano de 2008 foi de:

MO = 375.027 / 5.799.194 MO = 6,47%

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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2.6.2. Margem Bruta - MB

MB = LB / VL Onde:LB ~ Lucro Operacional Bruto VL = Vendas LíquidasIndica o resultado com mercadorias e serviços (RCM ou RCS) tomados como

base o valor das vendas líquidas. Objetiva-se que o índice seja alto, o que demonstra um desempenho econômico bom.

Para o ano de 2008, a MB foi de:MB = 2.166.573/5:799.194 MB - 37,36%

2.6.3. Margem Geral ou Margem Líquida - MG

MG = LLE / VLRepresenta o percentual de lucro líquido com referência às vendas líquidas.

Quanto maior esse índice, maior é a atratividade econômica da empresa.A MG do ano de 2008 foi de:MG = 251.268/5.799.194 MG = 4,33%Percebe-se que a empresa em análise trabalha com uma MG bastante -baixa.

Geralmente aplicações no mercado financeiro rendem mais do que este percentual.

2.6.4. Giro Operacional - GO

VENDAS LÍQUIDASCj U —------------------------------------------------------------

ATIVO OPERACIONAL MÉDIO

Escrito de outra forma:

_ Vendas Líquidas AOP1 + AOP2

2

Indica o número de vezes em que as vendas líquidas reproduzem os recursos aplicados em ativos operacionais. Deseja-se um valor alto para este índice.

A propósito, Ativo Operacional são as aplicações de recursos nas atividades precípuas da empresa, isto é, não compõem o Ativo Operacional os investimentos

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CAMPUS Capítulo 2 — Anáíise das Demonstrações Contábeis 77

temporários e permanentes, os adiantamentos, os empréstimos e outros ativos que não são usados na exploração das atividades principais da empresa.

A guisa de exemplo, tomemos o ano de 2008 para analisar o Giro Operacional das demonstrações apresentadas.

Para tanto, devemos considerar como fazendo parte do ativo operacional os seguintes valores:

AOPj aop2

Disponibilidades 86.325 136.279

Contas a Receber de vendas 369.926 487.632

Estoque de mercadorias 298.752 482.784

imobilizado 510.952 594.349

Intangível 30.000 27.000

Total 1.295.955 1.728.044

Desta forma teremos:

5.799.194GO = ■1.295.955 + 1.728.044

GO 5.799.194,001.511.999,50

GO = 3,83

Significa que as vendas líquidas eqüivalem a 3,83 vezes o ativo operacional médio, ou de outra forma: o valor do ativo operacional médio foi vendido 3,83 vezes.

2.6.5. Giro Gera! ou Giro do Ativo ~ GG

„ VENDAS LÍQUIDAS ATIVO TOTAL MÉDIO

Ou_ Vendas Líquidas

at1+ at2

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78 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Demonstra a quantidade de vezes que o equivalente ao Ativo Total foi vendido por meio das vendas líquidas.

Com relação ao ano de 2008, teremos o seguinte GG:GG - 5.799.194/ [Ü-562.006 + 2.030.608) / 2] ■GG = 5.799.194/ 1.796.307 GG = 3,23

2.6.6. Retorno Operacional - RO

RO = MARGEM OPERACIONAL X GIRO OPERACIONAL

R O = L U C R O O P E R A C IO N A L L ÍQ U ID O - L O L ___________V E N D A S L ÍQ U ID A S ___________

V E N D A S L ÍQ U ID A S A T IV O O P E R A C IO N A L M É D IO - A O M

RO = L U C R O O P E R A C IO N A L L ÍQ U ID O

A T IV O O P E R A C IO N A L M É D IO - A O M

OuRO - LOL / AOMRepresenta a percentagem de lucro em relação ao ativo operacional médio.

Quanto maior for o índice, melhor foi o desempenho econômico da empresa.O RO para o ano de 2008 foi de:RO = 375.027,00 / 1.547.304,50 RO - 24,24%

2.6.7. Retorno Geral ou Rentabilidade do Ativo - RG

RG = MARGEM GERAL X GIRO GERAL RG = LU C R O L ÍQ U ID O D O E X E R C ÍC IO (LLE) x V E N D A S L ÍQ U ID A S

V E N D A S L ÍQ U ID A S A T IV O T O T A L M É D IO (ATM)

RG= L U C R O L ÍQ U ID O D O E X E R C ÍC IO (LLE)

A T IV O T O T A L M É D IO (ATM)

OuRG - LLE / ATMIndica o percentual de lucro líquido do exercício tomado em relação ao Ativo

Total médio. Quanto mais próximo de 100% for o resultado, melhor é o retomo econômico do ativo.

Mais uma vez, tomando os demonstrativos do ano de 2008, teremos:RG = 251.268 / [1.562.006 + 2.030.608) / 2]RG = 251.268/ 1.796.307 RG = 13,99%

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 79

2.6.8. Retorno do Capital Próprio ou Rentabilidade do PI - RCP

prp _ LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO

OuT.TF

RCP =-------- — --------PL1 + PLj

2

Este índice é bastante interessante, pois ele demonstra a rentabilidade percentual do capital próprio. Quanto maior o valor deste indicativo, maior será a vontade dos sócios e/ou acionistas investirem na empresa.

Segundo os exemplos que estamos desenvolvendo, tomando por base o ano de 2008, teremos um RCP de:

R c p = _______ 251.268_______1.008.572+ 1.154.153

2

RCp _ 251.268,001.081.362,50

RCP = 23,24%Indica que para cada R$ 1,00 de capital próprio a empresa terá um retomo

de R$ 0,23.Esse índice avalia a rentabilidade dos investimentos dos sócios ou acionistas de

uma empresa. É útil, também, para avaliar a possibilidade de a empresa buscar re­cursos de terceiros ou próprios. Se o índice for maior do que a taxa de juros praticada no mercado, então será vantajoso para a empresa buscar recursos externos. Mas esse assunto será melhor demonstrado por meio do grau de alavancagem financeira.

2.6.9. Grau de Alavancagem Financeira - GAF

O cálculo do Grau de Alavancagem Financeira indica a influência que os acio­nistas estão recebendo pela participação dos recursos nos negócios da empresa.

GAF = Rentabilldade dos capitais próprios — RCP Rentabilidade da empresa — RE

RCP = LL / PL e RE = LL + Desp. Financeira / Ativo Total

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Sempre que o GAF é maior que 1, os capitais de terceiros estão influenciando positivamente o retomo do capital próprio da empresa, isto é, vale a pena para a empresa captar recursos de terceiros.

Para o ano de 2008, teremos o seguinte GAF:RCP « 23,24%RH = (251.268,00 + 12.890,00) / 2.030.608,00 « 13,00%GAF-23 ,24/ 13 ,00 GAF = 1,78Este índice (1,78) indica que a empresa será beneficiada se tomar recursos

junto a terceiros.

2.6.10. Grau de Alavancagem Operacional - GAO

O Grau Alavancagem Operacional mede quantas vezes o resultado de deter­minado exercício aumenta à medida que se aumenta o volume de produção e de vendas.

Um GAO elevado é mais sensível à variação do lucro sobre vendas.Por exemplo: Se determinada empresa Alpha possuir um GAO de 1,5 e aumen­

tar seu volume de vendas em 20%, então ela aumentará o seu lucro sobre vendas em 30% (1,5 x 20%). Por outro lado, se determinada empresa possuir um GAO de 1,2 e aumentar seu volume de vendas também em 20%, a sua lucratividade sobre vendas aumentará apenas em 24% (1,2 x 20%).

Desta forma, podemos dizer que o GAO representa a variação percentual nos lucros sobre a variação percentual no volume de vendas.

GAO = A% Lucro / Á% Volume de vendas Exemplo:A indústria Fundo Falso S/A possui, em determinado período, um GAO de 1,4

e, em função da crise mundial que assola a economia, necessita reduzir o seu vo­lume de vendas em 50%. Dessa forma, o seu lucro sobre vendas será reduzido em:

Resolução:Como GAO = A% Lucro / A% Volume de vendas, então uma variação no per­

centual do volume de vendas reduzirá o percentual dos lucros em:1,4 = À% Lucro / 50%A% Lucro = 1,4 x 50% = 70%Tomando como exemplo os nossos demosntrativos do item 2.3.1, teremos os

seguintes GAOs para o ano de 2007, tomando por base o ano de 2006.

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 81

GAO para 2007, com base em 2006:A% Lucro de 2007 = 313.290 í l 12.870 = 47,17%A% Volume de vendas de 2007 = 5.127.367 / 4.244.816 * 20,79% GAO = 47,17% / 20,79%GAO 2007 = 2,27

2.7. Indicadores de prazo médio2.7.1. Rotação dos Estoques ~ RE

RE = CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

Ou

RE -

ESTOQUE MÉDIO

CMVEi + Ef

Esse índice mostra o número de vezes que o estoque da empresa foi renovado no período analisado. Quanto maior esse indicador, maior é a possibilidade de resultado econômico positivo e oferece maior competitividade à empresa.

Analisemos os demonstrativos apresentados para os anos de 2007 e 2008:

RE (2007)= 3.211.788148.000 + 298.752

RE (2007)

2

3.211.788223.376

RE (2007) = 14,38

RE (2008) 3.632.621298.752 + 582.784

RE (2008) = _____ 3.632.621440.768

RE (2008) = 8,24

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Francisco Veíter e Luiz MissagiaELSEVTER

Percebe-se que em 2007 o estoque médio girou 14,38 vezes ao passo que em 2008 ele girou apenas 8,24 vezes, ou seja, houve uma significativa redução da rotação dos estoques em 2008.

2.7.2. Prazo Médio de Rotação dos Estoques - PMRE

360ROTAÇÃO DOS ESTOQUES

Este indicativo nos mostra quantos dias o estoque levou para ser renovado. Daí conclui-se que quanto menor esse prazo, melhor é o desempenho da empresa.

Para os anos de 2007 e 2008, o PMRE foi, respectivamente, de:PMRE (2007) - 360/ 14,38 PMRE (2007) = 25 dias PMRE (2008) = 360/8,24 PMRE (2008) = 47 dias

Veja-se que em 2007 o estoque renovou-se, em média, a cada 25 dias e no ano de 2008 a renovação do estoque ocorreu, em média, a cada 47 dias (quase o dobro do tempo em relação ao ano anterior).

2.7.3. Rotação de Duplicatas a Receber - RDR

VENDAS BRUTAS A PRAZORDR ~

Ou

RDR »

MÉDIA DE DUPLICATAS A RECEBER

VPDR1 + DR>

Este índice mostra o número de vezes que as duplicatas a receber foram reno­vadas no período analisado. Quanto maior esse indicador, maior é a estabilidade financeira da empresa.

Considerando que a metade das vendas brutas de 2008 tenham sido a prazo, teremos então uma RDR de:

3.610.955RDR =396.926 + 487.632

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CAMPUS Capítulo 2 — - Anátise das Demonstrações Contábeis

RDR = 3 .610.955442.279

RDR = 8,16

2.7.4* Prazo Médio de Cobrança - PMC

PMC = 360 / ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A RECEBERPMC = 3 6 0 /RDREste indicativo nos mostra em quantos dias há o recebimento das vendas a

prazo. Daí conclui-se que, quanto menor esse prazo, melhor é a capacidade fi­nanceira da empresa.

Para o ano de 2008 o PMC foi de:PMC = 360/8,16PMC = 44 dias.Isso significa que em média as vendas a prazo são pelo prazo de 45 dias.

2.7.5. Rotação de Duplicatas a Pagar - RDP

pr»p _ COMPRAS BRUTAS A PRAZOMÉDIA DE DUPLICATAS A PAGAR

OuCPRDP = ----------- — _______

CP1 + CP2

2

Indica quantas vezes há renovação das duplicatas a pagar no período ana­lisado. Deseja-se que esse número seja o menor possível, pois desta forma os estoques estariam sendo financiados pelos fornecedores, não comprometendo a capacidade financeira da empresa. O ideal é que esse indicativo seja menor do que o RDR.

Como tivemos para o ano de 2008 um CVM de R$ 5.799.194,00, um estoque inicial de R$ 298.752,00 e um estoque final de R$ 482.784,00, e considerando a equação básica: CVM = Ei + Co - Ef, concluímos que as compras líquidas totais foram de R$ 5.983.226,00.

Se as compras são tributadas pelo ICMS à alíquota de 17%, então as compras brutas foram de R$ 7.208.706,00.

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84 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Considerando que a metade das compras foi a prazo, então a RDP foi de: 3.604.353RDP

248.691 + 346.720 2

ppp _ 3.604.353,00297.705,50

RDP = 12,11

2.7.6. Prazo Médio de Pagamento - PMP

PMP - 360 / ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A PAGAR PMP = 3 6 0 /RDPFomece, em média, o número de dias que a empresa leva para pagar aos for­

necedores. Quanto maior este tempo, melhor para a empresa.Para o ano de 2008 temos PMP de:PMP = 360/12,11 PMP = 30Significa que, a cada 30 dias, a empresa paga aos seus fornecedores ou que o

prazo médio das compras a prazo é de apenas 30 dias.

2.7.7. Quociente de Posicionamento Relativo™QPR

QPR = PRAZO MÉDIO DE COBRANÇA / PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO QPR = PMC / PMPEste quociente deve ser menor do que 1, pois do contrário a empresa estará

financiando suas vendas a prazo, o que poderá comprometer a sua liquidez.Para o ano de 2008, com os valores já calculados, teremos o seguinte QPR: QPR = 44/30 QPR =1,47Percebe-se que a empresa poderá apresentar crise de liquidez em futuro pró­

ximo, pois está precisando alocar recursos próprios para financiar seus clientes por meio de vendas a prazo.

2.8. Análise do Capital de GiroCapital de giro significa capital circulante ou capital de trabalho. Representa a

parte do patrimônio da empresa que está em constante movimentação - giro ou seja, o Ativo Circulante.

Page 96: Francisco Velter e Luiz Roberto Missagia iHP

CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis

2.8.1. Capital de Giro Próprio

O Capital de Giro Próprio é expressão equivalente a Capital Circulante liquido, pois representa a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.

2.8.2. Capital em Giro

Compreende os capitais próprios mais os capitais de terceiros que estão alo­cados no ativo. Logo, estão representados pelo Ativo Total ou Patrimônio Bruto.

2.9. Exercícios propostos1. (TRF - 4R) Admitidos valores em moeda constante nos demonstrativos

contábeis de uma empresa, o quociente de cobertura total obtido por: Ativo Circulante mais o Ativo Não Circulante/Passivo Totai é de grande importância para os bancos comerciais ou de investimentos, para fins de avaliar a:a) liquidez corrente;b) liquidez gerai;c) possibilidade de concessão de empréstimos;d) rotatividade do capital;e) imobilização do capital.

2. (Analista Previdenciário) Durante o processo denominado "Padroni­zação das Demonstrações Financeiras”, cujo objetivo é preparar as demonstrações para análise, a conta “Duplicatas Descontadas”, se existir, deverá ser:a) reduzida do montante de Duplicatas a Receber, figurando apenas o valor

líquido;b) somada à Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, e o total, reduzido

de Duplicatas a Receber*,c) alocada no grupo do Patrimônio Líquido, porém com sinal trocado, repre­

sentando uma conta redutora;d) transferida para o Realizável á Longo Prazo, para não prejudicar a pureza

dos índices de liquidez;e) transferida para o Passivo Circulante.

3. (Analista Previdenciário) Se a conta Bancos c/Movimento de uma empre­sa apresentou um saldo de R$ 250.000,00 em 2002 e de R$ 185.000,00 em 2003, pode-se afirmar que na(s) anáiise(s):a) horizontal verificou-se uma redução de 26,0% de 2002 para 2003;b) horizontal de 2003 foi apurada uma participação de 35,1%;c) vertical de 2003 foi apurada uma participação de 35,1%;d) vertical verificou-se uma redução de 26,0% de 2002 para 2003;e) vertical e horizontal verificou-se um aumento de 35,1% de 2002 para 2003.

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

ELSEVTER

(Analista Prevtdenciário) Considerando-se que o grau de liquidez cor­rente da Cia. Beta, obtido em 2003, foi igual a 13» pode-se afirmar que para cada:a) R$ 130,00 de Ativo Circulante, a empresa deve RS 1 00,00;b) R$ 130,00 de Ativo Circulante, o Passivo Circulante é de R$ 100,00;c) R$ 130,00 de disponibilidades, a empresa deve R$ 100,00;d) R$ 100,00 de Ativo Circulante, o Passivo Circulante é de R$ 130,00;e) R$ 100,00 de Ativo Total, a empresa deve R$ 130,00.

O exame detalhado das demonstrações financeiras e a crítica às suas respectivas contas, realizados pelo analista das demonstrações antes de iniciar seu trabalho, são conhecidos por:a) avaliação das demonstrações;b) análise prévia das demonstrações;c) padronização das demonstrações;d) estudo prévio da empresa;e) verificação da classificação das contas.

Na análise horizontal encadeada do estoque de comprimidos antitérmi- cos “Febril” do Hospital São Gregório, foi apurada a seguinte situação:

1998 1999 2000 2001 2002Comprimido Febril 100% 105% 85% 80% 90%Na avaliação analítica dos indicadores acima, pode-se afirmar que o

estoque do comprimido Febril, em 2002:a) apresenta um aumento de 10% em relação a 2001;b) apresenta um aumento de 12,5% em relação a 2000;c) corresponde a 90% do estoque de 1998;d) corresponde a 72% do estoque de 2001;e) corresponde a 1 5% do estoque de 1999.

Nos últimos cinco Balanços da Casa de Saúde Santa Madalena Ltda. foi apurada a seguinte composição do endividamento:

1999 2000 2001 2002 2003Composição das dívidas 70% 90% 100% 75% 80%A série acima indica que o melhor perfil da dívida ocorreu no ano de:a) 1999; d) 2002;b) 2000; e) 2003.c) 2001;

(AFRF - 1998) A empresa Simplificada, para conhecimento do mercado, publicou as seguintes informações sobre seu patrimônio:■ não há recursos realizáveis a longo prazo;■ o quociente de solvência é 2,5 mas apenas R$ 10.000,00 são exi-

gibilidades de longo prazo;■ estas, as exigibllidades não circulantes, contidas no Grupo Patri­

monial chamado “Passivo Não Circulante”, têm um coeficiente de estrutura patrimonial (Análise Vertical) igual a 0,05;

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CAMPUS Capitulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 87

h 60% dos recursos aplicados estão financiados com capitat próprio; b o quociente de liquidez corrente é de 1,4, enquanto que a liquidez

imediata alcança apenas o índice 0,4.Considerando que os cálculos da análise supraindicada estão abso­lutamente corretos, não havendo nenhuma outra informação a ser utilizada, podemos afirmar que, no Balanço Patrimonial, o valora) das disponibilidades é: R$ 28.000,00;b) do Ativo Circulante é: R$ 120.000,00;c) do Ativo Permanente é: R$ 88.000,00;d) do Passivo Circulante é: R$ 80.000,00;e) do Patrimônio Líquido é: RS 200.000,00.

9. (NCE-UFRJ/Contador - BNDES/2005) Das características descritas abai­xo, assinale aquela para a quai o cálculo do índice de liquidez seca é mais importante como complemento do índice de liquidez corrente:a) a margem de segurança adotada pela empresa, dentro de sua política de

estoques, tem levado a freqüentes perdas de vendas;b) a idade média dos estoques é baixa;c) o giro dos estoques da empresa é muito superior ao do setor;d) buscando minimizar o custo de emissão de pedidos, a empresa faz poucas

compras de elevado valor;e) é utilizado o sistema just-in-time na gestão de estoques.

10. (NÇE-UFRJ/Contador-BNDES/2005) Com base nos dados abaixo calcule o grau de alavancagem financeira da Empresa XXX.Descrição Valor ($)Ativo Operacional 100.000Patrimônio Líquido 60.000Lucro Antes das Despesas Financeiras 20.000Lucro Líquido 15.000

a) 2,20;b) 1,25;c) 0,45;d) 0,80;e) 1,00.

11. (Cesgranrio/Contador - Petrobras/2005) A Cia. Tamoio fez um lança­mento contábil transferindo um bem do Ativo Não Circulante Imobili­zado para o grupo do Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo, para ser posto à venda. Este lançamento:a) não afeta os índices de liquidez gera! e imobilização, pois apenas ocorre a

troca entre grupos do ativo;b) piora os índices de imobilização e liquidez geral;c) melhora os índices de imobilização e liquidez geral;d) melhora o índice de imobilização e piora o índice de liquidez;e) melhora o índice de liquidez geral e piora o índice de imobilização.

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12, (Cesgranrio/Contador - Petrobras/2005) Determinada empresa apre­sentou os seguintes prazos médios referentes ao ano de 2004:■ Prazo Médio de Renovação de Estoques - 24 dias.h Prazo Médio de Recebimento de Vendas - I S dias.» Prazo Médio de Pagamento de Compras - 34 dias.É correto afirmar que esta empresa obteve, em 2004, um ciclo finan­ceiro:a) positivo de cinco dias;b) positivo de dezenove dias;c) negativo de cinco dias;d) negativo de dezenove dias;e) negativo de quarenta e três dias.

13. (Cesgranrio/Contador - Petrobras/2005) A Demonstração do Resuitado do Exercício da Empresa Óleos & Lubrificantes apresenta as seguintes contas e saldos, em reais:Receitas de Vendas 45.000,00Prejuízo na Venda de Bens do Imobilizado 3.200,00ICMS sobre Vendas 7.500,00Devolução de Vendas 1.100,00Despesas com Vendas 2.800,00Resuitado Negativo de Equivalência Patrimonial 1.500,00Provisão para imposto de Renda 2.250,00Despesas Financeiras 1.700,00Custo das Mercadorias Vendidas 12,200,00

Com base nos dados apresentados, a Margem Operacional Líquida da empresa será, em reais, de:a) 0,35;b) 0,40;c) 0,50;d) 0,70;e) 0,75.

14. (Cesgranrio/Contador - Petrobras/2005) A análise vertical do balanço patrimonial da Cia. Alfa apontou uma participação de 10% do Ativo Imobilizado no Ativo Total da empresa no ano 1. A análise horizontal diz que o crescimento do Ativo Imobilizado do ano 1 para o ano 2 atingiu 50% e que o aumento do Ativo Total atingiu 25% no mesmo período. Com base apenas nas informações apresentadas, a análise vertical do ano 2 aponta participação do imobilizado, no Ativo Total, de:a) 10%;b) 12%;c) 15%;d) 25%;e) 35%.

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CAMPUS Capitulo 2 — ■ Análise das Demonstrações Contábeis 89

15* (UFPA/Infraero/Contador/2004 - com adaptações) A Análise Vertical do Passivo da Cia, Beta em 31/12/20X3 é apresentada a seguir:PASSIVO Análise VerticalCirculanteFornecedores 28Emprést. Bane. 3Outras Obrig. 13Exigíve! a L« PrazoFinanciamentos 16Patrimônio LiquidoCapital 32Reservas de Lucros 8TOTAL DO PASSIVO 100

Considerando essas informações, NÃO é correto afirmar que:a) os Capitais Próprios representam 40% do Passivo Total;b) o principal componente dos Capitais de Terceiros é a conta Fornecedores,

que representa 28% do Passivo Total;c) os empréstimos de curto prazo são pouco expressivos em relação ao total

do endividamento;d) os Capitais de Terceiros representam 44% do Passivo Total;e) 16% do Passivo Total referem-se a dívidas de longo prazo.

16. (UFPA/Infraero/Contador/2004) Considere o quadro a seguir, que apresenta a Análise Horizontal da conta Duplicatas a Receber da Cia. Delta:

31/12/20X0 31/12/20X1 31/12/20X2 31/12/20X3Análise Horizontal 100 213 81 150

Com base nessas informações, é correto afirmar que as Duplicatas a Receber:a) sofreram uma redução de 81% em 31/12/X2, em relação a 31/12/X0;b) aumentaram 113% em 31 /12/X1, em relação a 31 /l 2/XO;c) aumentaram 50% em 31/12/X3, em relação a 31 /12/X2;d) aumentaram 213% em 31/12/X2, em relação a 31/12/X1;e) aumentaram 150% em 31/12/X3, em relação a 31/12/X0.

17. (NCE/UFRj/AFTE •- AM/2005) A Cia. Organizada S.A. ostenta uma relação Capitai de Terceiros/Capital Próprio igual a 1,5. Se o Patrimônio Líqui­do da Cia. é de R$ 50.000, a proporção dos ativos totais financiados pelos Capitais de Terceiros é:a) 50,0%;b) 60,0%;c) 66,7%;d) 75,0%;e) 150,0%.

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18. (NCE/ÜFRJ/AFTE - AM/2005) Considere o quadro a seguir, referente à evolução do passivo da Cia. Correta S.A.:

R$2002 2003 2004

Passivo Circulante 10.384 18.972 52.876Passivo Não Circulante 5.440 14.340 10.776Patrimônio Líquido 8.144 17.320 37.136Total do Passivo 23.968 50.632 100.788

Se tomarmos o exercício de 2003 como data-base para a análise ho­rizontal e o total do Passivo comó referência para a análise vertical, o índice da análise horizontal referente ao Passivo Não Circulante da Cia. em 2004 e o índice da análise vertical correspondente ao Passivo Circulante em 2002 são, respectivamente:a) 75; 21;b) -25; 43;c) -75; 43;d) -25; 21;e) 75; 43.

19. (Eletrobrás/Contador/2002) Considere o seguinte Balanço resumido de uma empresa: ____ATIVO PASSIVOCirculante 800 Circulante 250Permanente 400 Exigível a Longo Prazo 150

Patrimônio Líquido 800Total 1200 Total 1200

O índice de Composição do Endividamento referente a esta empresa é:a) 50; d) 200;b) 63; e) 320.c) 150;

20. <Eletrobrás/Contador/2002) Considere os dados da tabela a seguir:ATIVO 19 x 9 2 0 x 0 20x1Circulante 8.800 1.985 3.455Permanente 6.750 9.400 10.000Total do Ativo 15.550 11.385 13.455

Ao proceder-se a uma análise horizontal nos valores do Ativo Total, pode-se afirmar que, tomando por base o valor referente ao ano de 19 x 9, o índice referente ao ano de 20 x 1 é:a) 23;b) 39;c) 48;d) 73;e) 87.

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 91

21. (Esaf/AFRE - MG/2005 - com adaptações) As demonstrações financeiras da Cia. Abaptiste Comerciai foram elaboradas com base nas contas e saldos abaixo:Caixa e Bancos R$ 200,00Mercadorias R$ 620,00Clientes R$ 400,00Móveis e Máquinas R$ 2.000,00Depreciação Acumulada R$ 180,00Títulos a Receber a LP R$ 200,00Fornecedores R$ 1.150,00Contas a Pagar R$ 250,00Empréstimos a Longo Prazo R$ 430,00Capital Social R$ 1.400,00Reservas de Lucros R$ 100,00Vendas de Mercadorias R$ 5.120,00Compras de Mercadorias R$ 3.160,00Despesas Administrativas R$ 1.370,00Despesas Financeiras R$ 500,00Encargos de Depreciação R$ 180,00

Observações:1. Desconsiderar quaisquer implicações fiscais ou tributárias.2. O estoque finai de mercadorias está avaliado em R$ 780,00. Pro­

movendo-se a análise das demonstrações financeiras elaboradas com base nas informações supra, certamente, encontraremos um quociente percentual de Liquidez Corrente ou Comum equivalente a:

a) 43%; d) 87%;b) 70%; e) 99%.c) 86%;

22. (Esaf/AFRE - MG/2005) A empresa Anna Alisée S/A iniciou o exercício com estoque de mercadorias avaliadas em R$ 12.000,00 e contabili­zou, durante o período, um custo de vendas no vaior de R$ 81.000,00. Sabendo-se que o prazo médio de rotação dos estoques alcançou oitenta dias, podemos afirmar que:a) o giro do estoque teve quociente iguai a quatro;b) o estoque inicial foi um terço do estoque médio;c) o estoque médio foi avaliado em R$ 24.000,00;d) o estoque que vai a balanço é o dobro do estoque iniciai;e) não há dados suficientes para efetuar os cálculos.

23. (NCE-UFRJ/ARQ-NAC/2005) A tabela apresentada a seguir apresenta a evolução da conta “estoques” da Cia. Alfa:Em R$ 31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3Estoques 20.218 12.584 26.568

Considerando o exercício de X I como ano-base para uma análise hori­zontal, pode-se afirmar que:

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92 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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a) o índice referente ao exercício de X2 é -38;b) os estoques caíram 62% em X2, em relação a X I ;c) o índice referente ao exercício de XB é 31;d) os estoques aumentaram 131% em X3, em relação a X I ;e) o índice referente ao exercício de X3 é 131.

24. (NCE-UFRJ/ARQ-NAC/2005) Considere o balanço patrimonial da Cia.Delta, apresentado a seguir:

CIA. DELTA - Balanço Patrimonial em 31/12/20X0ATIVO PASSIVOCirculante 7.526 Circulante 5.986Realizável a Longo Prazo 1.050 Exigível a Longo Prazo 3.547Permanente (Imobilizado) €.169 Patrimônio Líquido 5.212Total 14,745 Total 14.745

Com base nesses dados, é possível afirmar que o índice de imobilização do Patrimônio Líquido é:a) 63; d) 126;b) 70; e) 183.c) 118;

25. (Contador Júnior - Petrobras - Cesgranrio - 2006) A padronização das demonstrações financeiras consiste em:a) realizar uma crítica às contas das demonstrações financeiras, bem como

transcrevê-las para um modelo previamente definido;b) realizar uma crítica às contas que sofrem ajustes no final do exercício, tais como:

Imobilizações, Diferido, investimentos e Resultados de Exercícios Futuros;c) realizar uma avaliação prévia das contas de receitas e despesas, visando a

verificar se o lucro contábil corresponde ao lucro financeiro;d) transferir as contas de depreciações acumuladas, amortizações e exaustões

para o Patrimônio Líquido, como contas redutoras;e) segregar as contas do Ativo Permanente em financeiras e operacionais.

26. (Contador Júnior - Petrobras - Cesgranrio - 2006) Foram extraídos, daanálise de demonstrações contábeis da Cia. Brasília, os seguintes dados: índices 2004 2005Liquidez Geral 1,18 0,88Liquidez Corrente 1,46 1,61Com base exclusivamente nessas informações, pode-se afirmar que a empresa está:a) melhorando o perfil de Liquidez Geral entre 2004 e 2005;b) dependendo de geração futura de recursos para liquidar suas dívidas totais,

em 2005;c) dependendo de geração futura de recursos para liquidar suas dívidas de

curto prazo, em 2005;d) comprometida com dívidas, destinando metade do capital total da empresa

para liquidar suas dívidas, em 2005;e) impossibilitada de pagar suas dívidas de curto ou de longo prazo, em 2005,

sem utilizar empréstimos de curto prazo.

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis

2 7. (Contador júnior - Petrobras - Cesgranrio - 2006) Obtiveram-se da Cia. Mega S/A as seguintes informações, considerando o ano de 360 dias: a Rotação de duplicatas a receber: 12 vezes*& Rotação de fornecedores: 24 vezes.h Rotação de estoques: 8 vezes.Com base nesses dados, o ciclo de caixa da empresa, em dias, é de:a) 44; d) 75;b) 45; e) 90.c) 60;

28. (Contador Júnior/Auditoria - Transpetro - Cesgranrio - 2006) Na análise vertical, o percentual de cada conta mostra:a) a sua real importância no conjunto;b) a variação ocorrida no período em estudo;c) o caminho trilhado pela empresa;d) possíveis tendências da empresa;e) toda a evolução indicada pelo conjunto.

29. (Contador Júnior/Auditoria - Transpetro - Cesgranrio - 2006) A Em­presa Catraia S.A., no exercício social de 2004, apurou um índice de .iquidez corrente de 1,6, contra um índice de liquidez corrente de 1,25, no exercício social de 2003.Tais índices mostram que, em 2004, a empresa:a) teve redução de 20% no comprometimento do Ativo Circulante;b) teve 80% de comprometimento do Ativo Circulante;c) reduziu sua capacidade de pagamento de curto prazo;d) passou a ter um grau de liberdade de 37,5%;e) aumentou sua capacidade de pagamento de longo prazo.

30. (Contador júnior/Auditoria - Transpetro - Cesgranrio - 2006) A Co­mércio Legai Ltda. apresentou as seguintes informações ao final de um determinado exercício social, com valores em reais:Ativo Total 2.750,00Capital Próprio 1.800,00Capital de Terceiros 950,00Vendas Líquidas 7.250,00Custo das Vendas 4.825,00Desp. Operacionais (excluindo as despesas financeiras) 555,00 Despesas Financeiras 340,00Considerando exclusivamente as informações acima, o Grau de Ala­vancagem Financeira (GAF) da empresa, no aludido exercício, foi:a) 1,25;b) 1,35 C) 1,53d) 1,61e) 1,97.

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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31. (Analista Legislativo - Contabilidade - Câmara de São Paulo - Vunesp- 2007) Analise o Balanço Patrimonial.

ATIVO $ PASSIVO $Ativo 10.000,00 Passivo 13.400,00Circulante CirculanteCaixa 3.000,00 Fornecedores 5.400,00Bancos Conta Movimento 4.000,00 Empréstimos a Pagar 8.000,00Duplicatas a Receber 3.000,00Ativo 10.000,00 Patrimônio 6.600,00Permanente LíquidoVeículos 10.000,00 Capital Social 6.600,00Ativo Total 20.000,00 Passivo Total 20.000,00

Os percentuais de capital próprio e de terceiros são, respectivamente, de:a) 33,00% e 67,00%;b) 50,00% e 50,00%;c) 49,25% e 203,03%;d) 106,06% e 52,24%;e) 197,00% e 67,00%.

32. (Analista Legislativo - Contabilidade - Câmara de São Paulo - Vunesp- 2007) Em se tratando de Análise das Demonstrações Contábeis,especificamente ao elaborar a padronização dessas demonstrações, oanalista deve:a) simplificar e alterar os totais de ativo circulante e Passivo Circulante;b) condensar as contas das demonstrações publicadas, examinando a classifi­

cação dada pelo contador em cada conta e numa crítica e transposição para um modelo previamente definido;

c) manter inalterado o resultado líquido - lucro ou prejuízo - ainda que possa alterar a classificação das contas;

d) efetuar os ajustes necessários sempre que tiver indicações inequívocas de fraude;

e) manter inalterados todos os dados das demonstrações, haja vista que as mesmas já se encontram no padrão requerido para as devidas análises.

Utilize as Demonstrações Contábeis a seguir para resolver as questões de números 33 a 36.DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE CAIXA ____

BALANÇOS PATRIMONIAIS R$ MILAtivo 2005 2006 Passivo+ Patrimônio Líquido 2005 2006Circulante CirculanteCaixa 300 490 Fornecedores 1.000 600Clientes 300 Contas a pagar 40Estoques 1.700 1.400 CSLL a Recolher 70Despesas antecipadas 100 IR a Recolher 150Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 95

Depósitos Judiciais 250 Empréstimos a Longo Prazo 1.260Permanente Patrimônio LíquidoInvestimentos 400 Capital 2.000 2.500Imobilizado 1.000 2.500 Reserva de Lucros 680Depreciação Acumulada 140Total 3.000 S.300 Total 3.000 5.300Demonstração de Resultado do Exercício

2006 Doar 2006

Vendas 3.000 Das OperaçõesCMV 1.500 Lucro Líquido do Exercício 680Lucro Bruto 1.500 Despesas Depreciação 140Despesas Operacionais 400 Variação Monetária ELP 60Descasa Depreciação 140 Ganho na Equivalência 100Despesa Seguros 100 Origens das Operações 780Despesa Financeira (V. Monetária ELP)

60 Dos Proprietários

Ganho na Equivalência 100 Integralização de Capital 500Lucro Operacional 900 De TerceirosCSLL 70 Empréstimos a Longo

Prazo1.200

Imposto de Renda 150 Total das OrigensLucro Líquido 680 Aplicações

Aquisição de Imobilizado I.S00Demonstração do Fluxo de Caixa

2006 Aquisição de Investimentos 300

Das Operações Aplicação em Depósitos Judiciais

250

Lucro Líquido Ajustado 780 Total de Aplicações 2.050Origens Variações no CCL 430Redução do Ativo Circulante 300Aumento no Passivo Circulante 260AplicaçõesAumento no Ativo CirculanteRedução do Passivo CirculanteCaixa Gerado das OperaçõesDos InvestimentosAquisição de ImobilizadoAquisição de InvestimentosAplicação Depósitos Compulsórios

250

Caixa Gerado dos InvestimentosDe FinanciamentosIntegralização de Capital 500Empréstimos a Longo PrazoCaixa Cerado de FinanciamentosVariação do Caixa 190Saldo de Caixa Inicial 300Saido de Caixa em 2006 490

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96 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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33. (Contador - Pref. Louveira/SP - Vunesp geral para 2006 é de:a) 1,2b) 2,1 c) 2,5

d) 3,0;e) 3,3.

2007) O índice de solvência

34. (Contador - Pref. Louveira/SP - Vunesp - 2007) O índice de Giro do Ativo Total Médio é de:a) 0,60b) 0,72c) 1,10

d) 1,76;e) 2,10.

35. (Contador - Pref. Louveira/SP - Vunesp - 2007) A Margem Líquida em 2006 é de:a) 0,11; d) 0,31;b) 0,18; e) 0,44,c) 0,23;

36. (Contador - Pref. Louveira/SP - Vunesp - 2007) O retorno sobre o in­vestimento total médio é de:a) 10%; d) 15%;b) 12%; e) 17%.c) 14%;

37. (Contador - UFABC - FAI - 2006) Mantidos constantes os totais das origens e aplicações de recursos, quanto maior for o índice de Imohi- lização do Patrimônio Liquido menor será o índice de:a) Rentabilidade do Patrimônio Líquido;b) Giro dos Estoques;c) Composição do Endividamento;d) Liquidez Geral;e) Lucratividade.

38. (Contador - UFABC - FAI - 2006) Uma empresa possui as seguintes informações extraídas de seu Balancete de Verificação em 2003: Grupos de Contas 01/01/2003 31/12/2003Ativo Circulante R$ 24.000,00 R$ 18.000,00Passivo Circulante R$ 12.000,00 R$6.000,00Em relação ao índice de Liquidez Corrente da empresa em 2003, é CORRETO afirmar que:a) a empresa terminou o exercício de 2003 com um crescimento positivo na

Liquidez Corrente de RS 2,00;b) a empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento positivo na liqui­

dez corrente de R$ 3,00;c) a empresa terminou o exercício de 2003 com uma redução de 50% na liqui­

dez corrente;d) a empresa terminou o exercício de 2003 com uma redução de R$ 6. 000,00

na liquidez corrente;e) a empresa terminou o exercício de 2003 com crescimento positivo na liqui­

dez corrente de R$ 1,00.

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CAMPUS Capítulo 2 — Análise das Demonstrações Contábeis 97

39. (Analista Contábil e Auditor interno - Cia. Águas de Joinville - Sociesc- 2007) Liquidez é a capacidade que um ativo possui de se transformar em moeda corrente. Para uma empresa que apresenta um índice de Liquidez Corrente maior que 1, é VERDADEIRO afirmar que:a) o seu Ativo Total é igual à soma do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo;b) o seu Ativo Circulante somado ao Realizável a Longo Prazo é Igual à soma

do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo;c) o seu Ativo Circulante somado ao Realizável a Longo Prazo é maior que a

soma do Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo;d) o seu Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante;e) o seu Ativo Circulante é igual ao Passivo Circulante.

40. (Analista Legislativo I - Contador - AL/ES - NCE/UFRJ - 2006) A Cia. Epsilon apurou que seu Prazo Médio de Recebimento de Vendas é de 72 dias. Então, seu índice de Rotação de Duplicatas a receber é:a) 3,8; d) 5,0;b) 4,0; e) 7,5.c) 4,6;

41. (Auditor Fiscal de Tributos - Sefaz/AM - NCE/UFRJ - 2005) A Cia. Orga­nizada S.A. ostenta uma relação Capital de Terceiros/Capitai Próprio igual a 1,5. Se o Patrimônio Líquido da Cia. é de R$ 50.000, a proporção dos ativos totais financiados pelos Capitais de Terceiros é:a) 50,096;b) 60,0%;c) 66,7%;d) 75,0%;e) 150,0%.

42. (Auditor Fiscal de Tributos - Sefaz/AM - NCE/UFRJ - 2005) Considere oquadro a seguir, referente à evolução do passivo da Cia. Correta S.A.:R$ 2002 2003 2004Passivo Circulante 10.384 18.972 52.876Exigível de Longo Prazo 5.440 14.340 10.776Patrimônio Líquido 8.144 1 7.320 37.1 36Total do Passivo 23.968 50.632 100.788

Se tomarmos o exercício de 2003 como data-base para a análise hori­zontal e o total do Passivo como referência para a análise vertical, o índice da análise horizontal referente ao Exigível de Longo Prazo da Cia. em 2004 e o índice da análise vertical correspondente ao Passivo Circulante em 2002 são, respectivamente:a) 75; 21;b) -25; 43;c) -75; 43;d) -25; 21;e) 75; 43.

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98 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Veiter e Luiz Missagia

ELSEVIER

Com base no Balanço Exercício que seguem

Ativo Circulante Disponibilidades Clientes EstoquesRealizável a Longo Prazo Empréstimos Concedidos Ativo Permanente Máquinas e Equipamentos Depreciação Acumulada Total do ATIVO

Patrimonial e na Demonstração do Resultado do responda às questões de números 43 a 45:

Balanço Patrimonial35.000.00 Passivo Circulante 14.500,0010.000.00 Salários a Pagar 2.000,0020.000.00 Fornecedores a Pagar 12.000,00

5.000.00 Empréstimos Obtidos 500,008.000.00 Exigível a Longo Prazo 14,000,008.000.00 Empréstimos Obtidos 14.000,00

10.000.00 Patrimônio Líquido 24.500,0030.000.00 Capital Social 17,500,00

(20.000,00) Reserva de Lucros 7.000,0053.000.00 PASSIVO + PL 53.000,00

Demonstração doReceita Bruta Deduções da Receita Receita Líquida CMVLucro Bruto Despesas com Vendas Despesas Administrativas Despesas e Receitas Financeiras Lucro Operacional Resultado não Operacional Lucro do Período

Resultado do Exercício 200.000,00 <40.000,00)160.000,00

(120.000,00)40.000,00

(10.300.00)(13.570.00)

(1.130,00)1 5.000,00

( 10.000,00)5.000,00

43. (Contador Júnior - Potigás - FCV - 2006) Determine a Liquidez Geral.a) 0,51; d) 2,07b) 0,54; e) 2,41c) 1,51;

44. (Contador Júnior - Potigás - FCV - 2006) Determine o EndividamentoGeral.a) 0,26;b) 0,27;c) 0,51;d) 0,54;e) 1,00.

45. (Contador Júnior - Potigás - FCV - 2006) Determine a Composição do Endividamento.a) 0,26;b) 0,27;c) 0,51;d) 0,54;e) 1,00.

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CAMPUS Capítulo Z — Análise das Demonstrações Contábeis 99

46. (Analista judiciário - Contabilidade - TER/PB - FCC - 2007) Ao final do exercício contábil, uma empresa adquire um imobilizado, financiando o valor total através de uma operação de longo prazo. A evidenciação desse evento no Balanço Patrimonial da empresa:a) aumenta o índice de liquidez seca;b) altera o índice de liquidez corrente;c) afeta o índice de liquidez geral;d) reduz o índice de liquidez seca;e) diminui o índice de liquidez imediata.

47. (Técnico em Contabilidade - Trensurb - Conesul - 2006) Procede ao exame e interpretação de informações contidas nas demonstrações contábeis» com o fim de atender à necessidade informacional de dife­rentes usuários da informação contábil.Assinale a assertiva que identifica a qual técnica contábil se refere à definição acima.a) Escrituração.b) Orçamento.c) Auditoria.d) inventário.e) Análise de balanço.

48. (Contador - itnbel - Cetro - 2004) Uma empresa apresentou em seu Balanço Patrimonial, as seguintes informações:Grupo ValorAtivo Circulante Ativo Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Passivo Circulante Exiglvel a Longo Prazo Patrimônio LíquidoCom base nos dados acima, o índice dea) 1,16; d) 0,91;b) 1,39; e) 1,04.c) 0,72;

49. (Agente de Fiscalização - TCM/SP - Cetro - 2006) Dentre as principais técnicas de análise de balanços, assinale a alternativa que identifica a análise por meio da qual se faz a comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes períodos, constituin­do um processo de análise temporal que é desenvolvida por meio de números índices.a) Análise horizontal.b) Análise vertical.c) Análise por indicadores.d) Análise por quocientes.e) Análise por diagrama de índices.

520.000.00 70.000,00

200.000.00450.000.00120.000.00 220.000,00

imobilização do capital é de:

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Francisco Velter e luiz MissagiaELSEVffiR

50. (Esaf - Fiscal de Tributos Estaduais - PA) O índice que mede a capacida­de da empresa de saldar todos os seus compromissos é denominado:a) liquidez gerai;b) rentabilidade operacional;c) alavancagem financeira;d) retomo do passivo;e) nível de endividamento.

51. (UFPR/2009) Dados extraídos das demonstrações divulgadas da em­presa ABC:Estoques = 80.000 e PC = 200.000. Na análise de liquidez, obtiveram- se os seguintes índices:Liquidez Corrente (LC) = 1,5.Liquidez Seca (LS) =1,1.Com base nesses dados, assinale a alternativa correta.a) A ABC possui AC suficiente para honrar os pagamentos do PC.b) A ABC está falida.c) A ABC possui endividamento geral elevadíssimo.d) A ABC não possui direitos a curto prazo suficientes para cobrir as obrigações

a curto prazo.e) A ABC possui liquidez seca altamente preocupante.

52. (UFPR/2009) Foram divulgados os relatórios da empresa NPX em dois exercícios sucessivos, com as seguintes informações contábeis:

31/12/X2 31/12/xlAtivo Circulante (AC) 750 620Passivo Circulante (PC) 500 450A variação do CCL (Capital Circulante Líquido) foi de:a) 1 30;b) -50;c) 80;d) 250;e) 170.

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Capítulo

Noções de Custos

3.1. IntroduçãoA Contabilidade surgiu, basicamente, para controlar o patrimônio das so­

ciedades mercantis. Porém, com o passar dos anos, percebeu-se a riqueza desta ciência e a sua utilidade como instrumento de gerência empresarial, suprindo os executivos com informações poderosas para a tomada de decisões. A Contabilida­de Financeira objetiva controlar o patrimônio e apurar o resultado das empresas, prestando informações a usuários externos e internos.

Na consecução destas finalidades utiliza as técnicas contábeis e, no concernente à técnica de escrituração, utiliza o Método das Partidas Dobradas.

Nas sociedades comerciais, conforme estudo da Contabilidade Geral, o custo das mercadorias vendidas é obtido pela fórmula:

CMV == EI + C — EFOnde:CMV = Custo das Mercadorias VendidasC = Compras do PeríodoEI = Estoque InicialEF = Estoque Final

O resultado com mercadorias ou lucro bruto com mercadorias, por seu turno, é obtido pela fórmula:

: RCM =--V ~ -<CMV"VOnde:CMV = Custo das Mercadorias VendidasRCM = Resultado com Mercadorias (Lucro Bruto)V = Receita de Vendas

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e .Luiz Missagia

ELSEVEER

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, e consistia na mecanização dos sistemas de produção. A Revolução Industrial estava inserida num contexto em que a burguesia industrial era ávida por mais lucros e, para tal, precisava diminuir os custos e acelerar o processo produtivo, visto que se estava iniciando um crescimento populacional e isto requeria mais oferta de produtos e mercadorias a preços mais compensadores. Assim , os métodos de produção ficaram mais eficientes e os produtos mais baratos, pois começou-se a produzir em escala. Porém, a margem de lucro dos produtos diminuiu e foi necessário procurar con­troles cada vez mais eficientes, tendo em vista que os riscos se tomaram crescentes.

Dessa forma, foram adaptados alguns procedimentos de apuração do resul­tado das empresas comerciais (revendedoras) para as empresas industriais, que adquiriam matérias-primas para transformá-las em produtos destinados à venda. Passou-se então a utilizar o mesmo procedimento das empresas comerciais reven­dedoras, substituindo-se o item Compras por todos os gastos com os elementos componentes da produção (salários, matéria-prima, energia elétrica, combustí­veis etc.). Surgiu, desta forma, a Contabilidade de Custos, como uma das áreas de especialização da Ciência Contábil encarregada de controlar a produção e o gerenciamento dos custos de produção.

As sociedades empresariais, incluindo as empresas industriais, têm por objetivo o lucro. As empresas industriais, em particular, obtêm-no transformando matérias- primas em produtos com agregação de diversos outros valores e os vendendo. Este processo, denominado, processo industrial, exige aplicação de capital, por parte da empresa, em instalações, equipamentos, máquinas que são os meios de produção. Além disso, há necessidade de gastos com matéria-prima, pagamento de salários e gastos gerais de fabricação, tais como água, luz, telefone, segurança, seguros etc. Podemos afirmar então que o objetivo principal da Contabilidade de Custos para uma empresa industrial é a avaliação dos seus estoques, para que se possa proceder à apuração do Custo dos Produtos Vendidos - CPV e à apuração do seu resultado.

A solução encontrada para apurar o custo dos produtos vendidos foi adaptar o esquema da Contabilidade Comercial na apuração do custo das mercadorias vendidas, da seguinte forma:

Onde:CPV = Custo dos Produtos VendidosOs Gastos na Produção representam a produção acabada no período.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 103

O resultado bruto é entao obtido pela fórmula:

RB = V - CPVOnde:RB = Resultado Industrial Bruto (Lucro ou Prejuízo)

3.2. ConceitoA Contabilidade de Custos é um ramo da Contabilidade, cuja principal apli­

cação é fornecer informações gerenciais. Com ela, a entidade pode averiguar o desempenho, planejar, decidir e controlar suas operações e atividades.

A Contabilidade de Custos utiliza, na maioria das vezes, dados internos da entidade, fazendo a sua classificação e registros. Esses dados podem ser tanto físicos (horas trabalhadas, unidades produzidas, materiais utilizados, horas má­quinas utilizadas ou disponíveis) quanto monetários. A organização e alocação dos dados, acompanhadas de uma análise dos mesmos, possibilitam a geração de relatórios gerenciais.

Pode-se definir Custo como o conjunto de bens e serviços utilizados num processo fabril, expressos em unidades monetárias. Daí depreende-se, facilmente, que a Contabilidade de Custos é aplicada a todos os setores econômicos e não apenas às indústrias.

Por ser assunto de interesse deste estudo, trazemos alguns trechos do pronun­ciamento técnico do CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis - na 16, que trata de estoques:

Estoques são ativos:a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;b) em processo de produção para essa venda; ouc) na forma de materiais ou suprimentos, a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.Os estoques também compreendem produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade e incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no processo de produção, tais como: componentes, embalagens e material de consumo.Mensuração de estoquesOs estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

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Custos dos estoquesO valor de custo dos estoques deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.Custos de aquisiçãoO custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, - os impostos de importação e outros tributos (desde que não sejam posteriormente recuperáveis pela entidade), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos co­merciais, abatimentos e outros itens semelhantes são deduzidos na determinação do custo de aquisição.Custos de transformaçãoOs custos de transformação de estoques incluem os custos direta­mente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, tais como mão de obra direta. Também incluem a alocação sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que se­jam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados. Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e manutenção de edifícios e instalações febris, máquinas e equipamentos e os custos de administração da fábrica. Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra indireta.A alocação de custos fixos indiretos de fabricação às unidades pro­duzidas é baseada na capacidade normal de produção. A capacidade normal é a produção média que se espera atingir ao longo de vários períodos em circunstâncias normais; com isso, leva-se em conside­ração, para a determinação dessa capacidade normal, a parcela da capacidade total não utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a entidade. O nível real de produção pode ser usado se se aproximar da capacidade normal. Como conseqüência, o valor do custo fixo alocado a cada unidade produzida não pode ser aumentado por causa de um baixo volume de produção ou ociosidade. Os custos

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CAMPUS Capitulo 3 — Noções de Custos 105

fixos não alocados aos produtos são reconhecidos diretamente como despesa no período em que são incorridos- Em períodos de anormal alto volume de produção, o montante de custo fixo alocado a cada unidade produzida é diminuído, de maneira que os estoques não sejam mensurados acima do custo. Os custos indiretos de produção variáveis são alocados a cada unidade produzida com base no uso real dos insumos variáveis de produção, ou seja, na capacidade real utilizada.Um processo de produção pode resultar em mais de um produto fabricado simultaneamente. Este é, por exemplo, o caso quando se fabricam produtos em conjunto ou quando há um produto principal e um ou mais subprodutos. Quando os custos de transformação de cada produto não são separadamente identificáveis, eles são atribuídos aos produtos, numa base racional e consistente. Essa alocação pode ser baseada, por exemplo, no valor relativo da receita de venda de cada produto, seja na fase do processo de produção em que os produtos se tomam separadamente identificáveis, seja no final da produção, conforme o caso. A maior parte dos subprodutos, em razão de sua natureza, geralmente é imaterial.Quando for esse o caso, eles são muitas vezes mensurados pelo valor realizável líquido e este valor é deduzido do custo do produto prin­cipal. Como resultado, o valor contábil do produto principal não é materialmente diferente do seu custo.Outros custos que não de aquisição nem de transformação são in­cluídos nos custos dos estoques somente na medida em que sejam incorridos para colocar os estoques no seu local e na sua condição atuais. Por exemplo, poderá ser apropriado incluir, no custo dos estoques, gastos gerais que não sejam da produção ou os custos de desenho de produtos para clientes específicos.Exemplos de itens não computados no custo dos estoques Exemplos de itens não incluídos do custo dos estoques e reconhecidos como despesa do período em que são incorridos:a) valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção;b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo, como entre uma ou outra fase de produção;

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c) despesas administrativas que não contribuem para trazer os esto­ques ao seu local e condição atuais; ed) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.O Pronunciamento Técnico CPC nfl 20 - Custos de Empréstimos identifica as circunstâncias específicas em que os encargos financeiros de empréstimos obtidos são incluídos no custo dos estoques.Uma entidade geralmente compra estoques com condição para pa­gamento a prazo. Quando a negociação contém efetivamente um elemento de financiamento, esse elemento, por exemplo, uma dife­rença entre o preço de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago, deve ser reconhecida como despesa de juros durante o período do financiamento.Custos de estoques de um prestador de serviços Na medida em que os prestadores de serviços tenham estoques de serviços em andamento, eles os mensuram pelos custos da sua produ­ção. Esses custos consistem principalmente em mão de obra e outros custos com o pessoal diretamente envolvido na prestação dos serviços, incluindo o pessoal de supervisão, o material utilizado e os custos indiretos atribuíveis. Os salários e outros gastos relacionados com as vendas e com o pessoal geral administrativo não são incluídos no custo, mas reconhecidos como despesas do período em que são incorridos. O custo dos estoques de um prestador de serviços não inclui as margens de lucro nem os gastos gerais não atribuíveis que são frequentemente incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços.Custo do produto agrícola colhido a partir de ativos biológicos Os estoques que compreendam o produto agrícola que uma entidade tenha colhido, proveniente dos seus ativos.biológicos, são mensurados no reconhecimento inicial pelo seu valor justo deduzido dos gastos estimados no ponto de venda no momento da colheita. Esse é o custo dos estoques naquela data para aplicação deste Pronunciamento. Outras formas para a mensuração do custo Outras formas para mensuração do custo de estoques, tais como o custo-padrão ou o método de varejo, podem ser usadas por conveniên­cia se os resultados se aproximarem do custo. O custo-padrão leva em consideração os níveis normais de utilização dos materiais e bens de

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos

consumo, da mão de obra e da eficiência na utilização da capacidade produtiva. Ele é regularmente revisto à luz das condições correntes. O método de varejo é muitas vezes usado no setor de varejo para mensurar estoques de grande quantidade de itens que mudam ra­pidamente, itens que têm margens semelhantes e para os quais não é praticável usar outros métodos de custeio. O custo do estoque é determinado pela redução do seu preço de venda na percentagem apropriada da margem bruta. A percentagem usada leva em conside­ração o estoque que tenha tido seu preço de venda reduzido abaixo do preço de venda original. É usada muitas vezes uma percentagem média para cada departamento de varejo.Critérios de valoração de estoquesO custo dos estoques de itens que não são normalmente intercam- biáveis e de bens ou serviços produzidos e segregados para projetos específicos deve ser atribuído pelo uso da identificação específica dos seus custos individuais.A identificação específica do custo significa que são atribuídos custos específicos a itens identificados do estoque. Este é o tratamento apro­priado para os itens que sejam segregados para um projeto específico, independentemente de eles terem sido comprados ou produzidos. Porém, quando há grandes quantidades de itens de estoque que sejam geralmente intercambiáveis, a identificação específica de custos não é apropriada. Em tais circunstâncias, um critério de valoração dos itens que permanecem nos estoques deve ser usado.Nos demais casos, o custo dos estoques deve ser atribuído pelo uso do critério Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou pelo critério do custo médio ponderado. Uma entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham uma natureza e um uso semelhantes para a entidade. Para os estoques que tenham outra natureza ou uso, poderão justificar-se diferentes critérios de valoração. Por exemplo, os estoques usados num segmento de negócio podem ter um uso para a entidade diferente do mesmo tipo de estoques usados num outro segmento de negócio. Porém, uma diferença na localiza­ção geográfica dos estoques (ou nas respectivas normas fiscais), por si só, não é suficiente para justificar o uso de diferentes critérios de valoração dos estoques.

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O critério PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) pressupõe que os itens de estoque que foram comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recente­mente comprados ou produzidos.Pelo critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é deter­minado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos itens comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada numa base periódica ou à medida que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da entidade.Valor realizável líquidoO custo dos estoques pode não ser recuperável se esses estoques estiverem danificados, se se tomarem total ou parcialmente obsole­tos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O custo dos estoques pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os custos estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. A prática de reduzir o valor de custo dos estoques (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os ativos não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua venda ou uso.Os estoques são geralmente reduzidos para o seu valor realizável líquido item a item. Em algumas circunstâncias, porém, pode ser apropriado agrupar unidades semelhantes ou relacionadas. Pode ser o caso dos itens de estoque relacionados com a mesma linha de pro­dutos que tenham finalidades ou usos finais semelhantes, que sejam produzidos e comercializados na mesma área geográfica e não possam ser avaliados separadamente de outros itens dessa linha de produtos. Não é apropriado reduzir o valor dos estoques com base numa classi­ficação de estoques como, por exemplo, bens acabados, ou em todos os estoques de um determinado setor ou segmento operacional. Os prestadores de serviços normalmente acumulam custos relacionados a cada serviço para o qual será cobrado um preço de venda específico. Portanto, cada um destes serviços é tratado como um item em se­parado.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 109

As estimativas do valor realizável líquido são baseadas nas evidências mais confiáveis disponíveis no momento em que são feitas as estima­tivas do valor dos estoques que se espera realizar. Essas estimativas levam em consideração variações nos preços e nos custos diretamente relacionados com eventos que ocorram após o fim do período, à medida que tais eventos confirmem as condições existentes no fim do período.As estimativas do valor realizável líquido também levam em consi­deração a finalidade para a qual o estoque é mantido. Por exemplo, o valor realizável líquido da quantidade de estoque mantido para atender contratos de venda ou de prestação de serviços é baseado no preço do contrato. Se os contratos de venda dizem respeito a quantidades inferiores às quantidades de estoque possuídas, o valor realizável líquido do excesso baseia-se em preços gerais de venda. Podem surgir provisões resultantes de contratos firmes de venda su­periores às quantidades de estoques existentes ou de contratos firmes de compra em andamento se as aquisições adicionais a serem feitas para atender a esses contratos de venda forem previstas com base em valores estimados que levem à situação de prejuízo no atendimento desses contratos de venda.Os materiais e outros bens de consumo mantidos para uso na produção de estoques ou na prestação de serviços não serão reduzidos abaixo do custo se for previsível que os produtos acabados em que eles serão incorporados ou os serviços em que serão utilizados sejam vendidos pelo custo ou adma do custo. Porém, quando uma diminuição no pre­ço dos produtos acabados ou no preço dos serviços prestados indicar que o custo de elaboração desses produtos ou serviços excederá seu valor realizável líquido, os materiais são reduzidos ao valor realizável líquido. Em tais circunstâncias, o custo de reposição dos materiais pode ser a melhor medida disponível do seu valor realizável líquido. Em cada período subsequente é feita uma nova avaliação do valor reali­zável líquido. Quando as circunstâncias que anteriormente provocaram a redução dos estoques abaixo do custo deixarem de existir ou quando houver uma clara evidência de um aumento no valor realizável líquido devido à alteração nas circunstâncias econômicas, a quantia da redução é revertida (a reversão é limitada à quantia da redução original) de modo a

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que o novo montante registrado dos estoques seja o menor valor entre o custo e o valor realizável líquido revisto. Isto ocorre, por exemplo, com um item de estoque registrado pelo valor realizável líquido, porque o seu preço de venda havia sido reduzido, e que ainda está mantido em período posterior e o seu preço de venda aumentou. Reconhecimento no resultadoQuando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido como uma despesa do período em que a res­pectiva receita é reconhecida. A quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as perdas de estoques devem ser reconhecidas como despesa do período em que a redução ou a perda ocorrer. A quantia de toda reversão de redução de esto­ques, proveniente de um aumento no valor realizável líquido, deve ser registrada, no período em que a reversão ocorrer, como redução do item que reconhecera a despesa ou a perda.Alguns itens de estoques podem ser transferidos para outras contas do ativo, como por exemplo, estoques usados como componentes de ativos imobilizados de construção própria. Os estoques alocados a um outro ativo são reconhecidos como uma despesa durante a vida útil desse ativo.DivulgaçõesAs demonstrações contábeis devem divulgar:a) as políticas contábeis adotadas na mensuração dos estoques, in­cluindo formas e critérios de valoração utilizados;b) o valor total escriturado em estoques e o valor registrado em clas­sificações apropriadas para a entidade;c) o valor de estoques escriturado pelo justo valor menos os custos de venda;d) o valor de estoques reconhecido como uma despesa durante o período;e) o valor de qualquer redução de estoques reconhecida no resultado do período;f) o valor de toda reversão de qualquer redução do valor dos estoques reconhecida no resultado do período;g) as circunstâncias ou acontecimentos que conduziram à reversão de uma redução de estoques; e

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos

h) o montante escriturado de estoques dados como penhor de garantia a passivos.A informação relativa a valores contábeis registrados nas diferentes classificações de estoques e a proporção de alterações nesses ativos é útil para os usuários das demonstrações contábeis. As classificações comuns de estoques são: mercadorias, bens de consumo de produção, materiais, produto em elaboração e produtos acabados. Um prestador de serviços pode ter trabalhos em andamento classificáveis como estoques em elaboração.O valor do estoque baixado, reconhecido como uma despesa durante o período, o qual é denominado frequentemente como custo , dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos, consiste nos custos que estavam incluídos na mensuração do estoque que ago­ra é vendido. Os custos indiretos de produção eventualmente não alocados aos produtos e os valores anormais de custos de produção são reconhecidos como despesas do período em que ocorrem, sem transitar pelos estoques, dentro desse mesmo grupo, mas de forma identificada. As circunstâncias da entidade também podem admitir a inclusão de outros valores, tais como custos de distribuição, se eles adicionarem valor aos produtos; por exemplo, uma mercadoria tem valor de venda maior na prateleira do supermercado do que no depósito de distribuição dessa entidade; assim, o custo do transporte do centro de distribuição à loja de venda é considerado como parte integrante do custo de colocar o estoque em condições de venda; consequentemente, afeta o custo da mercadoria.Algumas entidades adotam um formato para a demonstração de resul­tados que ocasiona a divulgação de valores que não sejam os custos dos estoques reconhecidos como uma despesa durante o período. De acordo çom esse formato, a entidade apresenta uma demonstração do custo das vendas usando uma classificação baseada na natureza desses custos, elemento a elemento. Nesse caso, a entidade divulga os custos reconhecidos como despesas item a item, por natureza: matérias-primas e outros materiais, evidenciando o valor das compras e da alteração líquida nos estoques iniciais e finais do período; mão de obra e outros custos de transformação etc.

Há que se fazer uma distinção entre preço e custo, visto que preço é o próprio custo acrescido de margem de lucro desejado.

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3.3. Integração com a Contabilidade ComercialUm sistema de custos integrado à escrituração comercial traz inúmeras vanta­

gens para a empresa, tais como:• o fornecimento do valor dos estoques de materiais e de produtos em

elaboração e acabados, facilitando a elaboração das demonstrações contábeis;

• permite o controle permanente dos diversos estoques;• permite a utilização do preço médio, recomendável para economias estáveis.

Como desvantagem da utilização de um sistema de custos integrado à Conta­bilidade Comercial pode-se citar o válor despendido para sua manutenção, visto que geralmente é elevado.

Uma empresa industrial que não possua um sistema de custos integrado a sua escrituração comercial poderá enfrentar problemas como a impossibilidade de utilização de métodos eficiente de controle de estoque, como PEPS (primeiro que entra primeiro a sair) e CMP (custo médio ponderado ou média ponderada móvel), o que pode gerar distorções na determinação no seu valor e gerar tribu­tação mais elevada.

Salienta-se que a adoção da sistemática da média ponderada pode ser em bases periódicas, conforme o CPC nc 16, ou seja, admite-se a média ponderada fixa em bases mensais.

3.4» Terminologia contábilHá autores que confundem os conceitos de custos, gastos e despesas conside­

rando-os conceitos sinônimos. Porém, não são convincentes em suas explanações acerca dos temas. Para alguns, a empresa faz um conjunto de vários gastos para efetuar uma venda de produto, mercadoria ou serviço, enquanto que outros en­tendem que os dispêndios se constituem em investimento para obter um bem ou serviço, o que se confunde com os conceitos de custo e/ou despesa.

Dessa forma, é necessário que apresentemos algumas definições de termos que geralmente trazem confusões aos estudantes em geral e aos concursandos em particular.

a. Gasto - É um conceito mais genérico e representa o sacrifício com que arca a Entidade, com a finalidade de obtenção de um bem ou serviço, representado pela entrega ou promessa de entrega de bens ou direitos, ou seja, parte do seu ativo (normalmente dinheiro). Somente existe gasto no ato da passagem para a pro­priedade da empresa do bem ou serviço, devendo ser reconhecido contabilmente.

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neste momento. Ex: Gastos com mão de obra, com mercadorias para revenda, com energia elétrica, com reorganização da empresa, com bens de uso, com a aquisição de máquinas e equipamentos, com tributos, com juros etc.

Os gastos podem ser classificados em:• investimentos;• custos;• despesas;• perdas.

a .l. Investimento - é o gasto realizado na aquisição de bens ou serviços que são transformados em Ativo Não Circulante - Imobilizado ou Intangível em função da vida útil dos bens.

São exemplos dessa natureza de gastos: aquisição de máquinas para o setor de produção, que se transformará em custo por meio da depredação. Há ainda os investimentos na compra de móveis e utensílios, de imóveis, de equipamentos, de marcas e patentes e de matéria-prima. Inclui, também, o investimento com a contratação de seguro com vigência para mais de um periodo de apuração de custo (despesa antecipada). Dessa forma, podemos definir os investimentos como sendo gastos que são ativados num primeiro momento e serão transformados em custos ou despesas num momento futuro.

a .l. Custo - é o gasto relativo a bens ou serviços utilizados na produção de ou­tros bens ou serviços, ou seja, são todos os gastos relativos à atividade produtiva da empresa. É o gasto efetuado no setor de produção (espaço físico) ou com terceiros que manuseiam o produto. O custo eqüivale ao consumo de bens ou de serviços vinculados à produção. O custo inicialmente é ativado (conta estoques), sendo transferido para o resultado do período somente quando da venda do produto aca­bado. Numa empresa comercial, o único custo existente é o Custo das Mercadorias Vendidas - CMV São exemplos de custos de produção: salários do pessoal da pro­dução; salários dos supervisores de fábrica; matéria-prima consumida; combustíveis utilizados nas máquinas; aluguéis, seguros e tributos relativos ao prédio da fábrica; depreciação dos equipamentos utilizados na produção; materiais de embalagem dos produtos; gastos com desembaraço aduaneiro, no caso de materiais importados. Obs.: A matéria-prima adquirida pela indústria, enquanto não utilizada pela

produção, é considerada estoque (Ativo Circulante). A partir do momento em que for requisitada pela produção, passa a ser custo, após o produto acabado passa novamente a ser estoque (estoque de produtos acabados) e, por ocasião da venda, passa a ser despesa (custo dos produtos vendidos).

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a.3. Despesa - é o gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades -produtivas, consumidos com a finalidade de obtenção de receitas, sendo que estes gastos não estão vinculados à produção e possuem como característica a diminuição do Patrimônio Líquido.

Nem sempre é fácil a distinção entre custos e despesas. Uma regra simples é que todos os gastos realizados com o produto dentro da fábrica ou na prestação de servi­ços, ou seja, até que este fique pronto, são custos; a partir daí, tomam-se despesas. As despesas, ao contrário dos custos, são lançadas diretamente nas contas de resultado.

Desta forma, os gastos com embalagens realizados durante o processo produtivo são considerados custos. Já o acondicionamento do produto, por ocasião da venda, realizado posteriormente à produção, é considerado despesa. São também exem­plos de despesas: salários do pessoal de vendas, escritório e administração; energia elétrica consumida na administração e escritório; aluguéis e seguros no prédio da administração; gasto com combustíveis e refeições do pessoal de vendas etc.

Observações:1) Algumas despesas, que são administrativas por natureza, tais como despesas

com honorários, gastos com viagens de diretores, podem ter afetado a produ­ção, no caso de algum elemento da administração ter se dedicado em parte ou totalmente ao setor industrial. Neste caso, o mais indicado seria proceder ao respectivo rateio para se identificar qual o montante do gasto que deve ser contabilizado como custo e quanto deve ser apropriado como despesa do período de apuração.

2) Todos os custos que estiverem incorporados nos produtos acabados serão reconhecidos como despesas e apropriados em contas de resultado no mo­mento em que tais produtos forem vendidos. Passarão a compor a conta Custo dos Produtos Vendidos.

3) As matérias-primas industriais, que no momento da sua aquisição repre­sentavam um investimento (estoques), passam a ser consideradas custo no momento de sua utilização na produção, e tomam-se despesa quando o produto fabricado é vendido. Caso o produto acabado permaneça em estoque, então a matéria-prima incorporada voltará a ser investimento.

4) Os encargos financeiros (juros, variação monetária) incorridos pela empresa, mesmo aqueles decorrentes da aquisição de insumos para a produção, des­de que destacado como custo de financiamento, são sempre considerados despesas financeiras; nunca serão considerados custos. Porém, os encargos

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 115

financeiros inclusos no preço da transação, como geralmente são efetuadas as compras a prazo, incluem os custos de aquisição e compõem o valor dos estoques, conforme visto no CPC n2 16.

a.4. Perda - é o consumo anormal de bens ou serviços. É um gasto não inten­cional decorrente de fatores externos ou inerentes à própria atividade operacional da empresa. As perdas decorrentes de fatores externos são consideradas despesas; as ocorridas durante o processo produtivo e que sejam consideradas normais são consideradas custos. Ex.: Perda de matéria-prima, incêndio, greves etc.

Os gastos normalmente implicam desembolso. Este, por sua vez, pode ocorrer juntamente com o gasto, antecipadamente, ou ainda ser postergado para paga­mento futuro. Alguns gastos, entretanto, não geram desembolso, como é o caso da depreciação de máquinas e equipamentos e das provisões em geral.

b. Desembolso ~ é o ato financeiro do pagamento do bem ou serviço adquirido, para liquidação de uma obrigação ou aquisição à vista. Percebe-se que ele pode ocorrer antes, durante ou após a aquisição. Sendo assim, nas compras à vista o desembolso se dá no mesmo instante da aquisição. No caso de compras a prazo,o desembolso ocorre após a aquisição. Nos casos de adiantamentos, o desembolso ocorre antes da aquisição.

c. Custos relevantes e não relevantes - quando se compara os custos de duas alternativas que estão sendo consideradas pela gerência, alguns itens são iguais nas duas alternativas e outros são diferentes. Os que são iguais são não relevantes e os que se apresentam de forma diferente são considerados relevantes, pois podem alterar a composição do produto, quer fisicamente, quer monetariamente.

d. Custos imputados - são os custos relevados (quase inventados), mas são muito importantes para a tomada de decisões. Não possuem nenhuma relação com desembolsos, não merecendo registros contábeis. Exemplo desse tipo de custo seria atribuir um valor de aluguel a prédio próprio.

e. Custo de oportunidade—são custos que não estão registrados contabilmente, pois não estão suportados por documentos hábeis, visto que representam sim­plesmente hipóteses. Os custos de oportunidade representam vantagens perdidas, medidas monetariamente, relacionadas à segunda melhor alternativa rejeitada. Ex.: Você tem um emprego com baixa remuneração. Há duas alternativas: (1) largaro emprego e ficar estudando em tempo integral para passar em algum concurso; ou (2) continuar trabalhando e também estudar para o mesmo concurso. Se optar pela primeira alternativa, corre o risco de não passar e ficar sem o emprego, mas, se optar pela segunda, corre o risco de quase passar e teria passado se tivesse um

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pouquinho mais de tempo de dedicação aos estudos. Por qualquer alternativa que se opte, corre-se um certo risco de a outra alternativa ter sido a melhor. Mas também há a alternativa de passar no concurso, independentemente da opção escolhida. Este risco ou ganho é o custo de oportunidade.

3.5. Exercícios resolvidos (3.1)Nas assertivas abaixo, assinale Verdadeiro (V) ou Faiso <F),1. ( ) Todos os custos apropriados aos produtos passam a ser despesas no

momento em que são vendidos.2. ( ) A perda é o gasto intencional decorrente de fatores internos ou externos

à produção.3. ( ) 0 gasto sempre implica desembolso, seja um custo ou uma despesa.4. ( ) A matéria-prima adquirida pela empresa industrial transforma-se em

custo somente no momento da sua requisição pela produção.5. ( ) 0 sistema de custos não integrado à escrituração comercial é a forma

mais eficiente de as empresas controlarem seus estoques.

Resolução:1. (V) A apropriação ao resultado dos custos somente é efetuada no momento

da venda dos mesmos, e isso é que diferencia o custo da despesa.2. (F) Perda é gasto não intencional, mas a segunda parte estã correta, pois a

mesma pode se dar por fatores internos ou externos ao sistema produtivo.3. (F) O gasto pode implicar desembolso ou não, já que o desembolso pode ser

antecipado, à vista ou postecipado, com relação à efetivação do gasto.4. (V) A matéria-prima, assim como os demais insumos adquiridos pela indústria,

enquanto não utilizados, são considerados como investimento (Ativo), passando a ter tratamento de custo no momento em que requisitada pela produção.

5. (F) Somente um sistema de custos integrado à Contabilidade Comercial é que permite o fornecimento rápido do valor dos estoques, o controle permanente do mesmo e a utilização do método do preço médio.

3.6. Classificação dos custos3.6.1. Custos diretos

São aqueles que possuem uma identidade com o produto fabricado, sendo apropriados diretamente a estes.

Exemplos:1 - Matéria-Prima - é um custo geralmente conhecido pela empresa.2 - Mão de Obra Direta - é o custo do pessoal que trabalha diretamente na produção.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 117

3 - Material de embalagem.4 — Depreciação de equipamento (quando este é utilizado para produzir apenas

um tipo de produto).5 - Energia elétrica das máquinas (quando é possível saber quanto foi consumido

na fabricação de cada produto).

3.6.2. Custos indiretos

São os custos que não estão perfeitamente identificados com os produtos. Por isso eles dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem alocados aos diferentes produtos.

Exemplos:1 - Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de

um produto.2 - Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção.3 - Aluguel da fábrica.4 ~~ Gastos com limpeza da fábrica.5 - Energia elétrica que não pode ser associada ao produto.6 - Seguro do prédio da fábrica.7 - Gastos com vigilância e segurança da fábrica.

Observações:1) Para as empresas que produzem apenas um produto, todos os custos são

diretos.2) Alguns custos, em que pese serem diretos por natureza, são de valor inex­

pressivo, sendo considerados ou tratados como se indiretos fossem, como éo caso de gastos com verniz e cola na fabricação de móveis.

3.6.3. Em relação aos níveis de produção

Custos fixos - são aqueles cujos valores globais não variam dentro de deter­minado nível de atividade, como é o caso do aluguel da fábrica que será devido mesmo que a empresa nada produza.

Custos variáveis ~ são aqueles cujos valores se alteram em função do vo­lume de produção da empresa, pois somente são utilizados à medida que haja produção. Ex.: Matéria-prima consumida. Se não houver quantidade produzi­da, o custo variável será nulo. Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta a produção.

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Obs.: Os custos fixos, por serem amortizados ou diluídos pelas -unidades pro­duzidas, se tomam variáveis por unidade produzida. Por outro lado, os custos variáveis são fixos por unidade produzida.

Exemplos:I - Determinada empresa paga um aluguel de R$ 2.500,00. Os aluguéis são

classificados como custos fixos. Se a empresa produzir 500 unidades, então o custo do aluguel por unidade produzida será de R$ 5,00. Entretanto, se a empresa produzir 2.500 unidades, o aluguel terá um custo de apenas R$1,00 por unidade produzida.

II - O custo unitário de matéria-prima é de R$ 16,00, Se a empresa produzir 100unidades, o custo da matéria-prima será de R$ 1.600,00 e o custo unitário será de R$ 16,00. Porém, se a produção for de 1.000 unidades, o custo com matéria-prima será de R$ 16.000,00, mas o custo unitário continuará sendo de R$ 16,00.

Assim, demonstramos que os custos fixos são variáveis em função das unidades produzidas, ao passo que os custos variáveis são fixos por unidade produzida.

3.7. A Contabilidade de Custos como ramo contábilA Contabilidade Financeira cumpre os principais objetivos da Contabilida­

de e visa à elaboração dos demonstrativos dirigidos ao público extemo, que são guiados pelas normas contábeis e submetidos aos ditames do Código Civil, à Lei nfi 6.404/1976 e às normas emanadas pelo CPC.

A Contabilidade de Custos representa um desdobramento da Contabilidade Financeira. Visa ao controle e à apropriação dos custos com vistas a determinar valores de inventário e serve de parâmetro para a fixação do preço de venda. É, em suma, uma contabilidade voltada a produzir subsídios à gestão eficiente da empresa, pois fomece relatórios à Contabilidade Gerencial e à Contabilidade Financeira.

A Contabilidade Gerencial está voltada ao planejamento, ao controle e à tomada de decisões. Portanto, sua principal finalidade é a análise e avaliação do patrimônio cujo resumo se encontra nas demonstrações financeiras elaboradas consoantes a Contabilidade Financeira e a Contabilidade de Custos.

3.8. Custo de produção do períodoDevemos sempre atentar para o fato de que, sob o aspecto contábil, a despesa

reduz de imediato o Patrimônio Líquido, enquanto o custo inicialmente é ativado

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CAMPUS Capítulo 3 •— Noções de Custos 119

em uma conta de Ativo Circulante, para somente reduzir o Patrimônio Liquido no momento da venda do produto.

O custo dos produtos fabricados representa os gastos aplicados na produção de um produto ou na prestação de serviços destinados à venda.

3.8. i . Custo de Produção do Período - CPP

É a totalidade de custos incorridos na produção durante determinado período de tempo. É composto por três elementos: materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação ou gastos gerais de fabricação.a) Materiais Diretos Consumidos - MD: refere-se a todo material que se inte­

gra ao produto acabado e que possa ser incluído diretamente no cálculo do custo do produto. É o caso da madeira nos móveis, do tecido nas camisas, da uva na produção de vinho, do açúcar na produção de doces, do leite na produção de queijos, do papel na produção de livros, da areia na produção de vidro, da garrafa na produção de vinho, da rolha na produção de vinho, do vaporizador na produção de perfumes. Portanto, são considerados materiais diretos:• matéria-prima;• insumos secundários;• material de embalagem

b) Mão de Obra Direta - MOD: é o custo de qualquer trabalho executado no produto, alterando a forma e a natureza do material de que se compõe. Inclui o gasto total (salários + encargos) com a mão de obra atribuível diretamente ao produto e os operadores de máquinas e equipamentos empregados dire­tamente na produção.

c) Custo Indireto de Fabricação - CIF ou Gastos Gerais de Fabricação ou Despesas Indiretas de Fabricação: são os demais custos necessários à ope­ração da fábrica, porém genéricos demais para serem lançados diretamente aos produtos. É o caso de:• materiais indiretos;• mão de obra indireta;• energia elétrica;• seguro e aluguel da fábrica;• depreciação de máquinas e equipamentos;

Assim, o custo de produção do período pode ser obtido pela fórmula:

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3.8.2. Custo Primário - CP

É o custo da matéria-prima mais o custo da mão de obra direta. É interessante que o leitor perceba que não é a mesma coisa que custo direto, pois aqui só entram as matérias-primas e a mão de obra direta, enquanto que nos custos diretos fazem parte, por exemplo, as embalagens e outros materiais consumidos e que podem ser identificados com o produto.

Obs.: alguns autores também chamam o custo primário de custo direto, por somente possuir custos diretos. Porém, sabemos que, caso a empresa produza somente um tipo de produto, todos os seus custos serão diretos e, portanto, não valeria a igualdade entre custo direto e custo primário.

3.8.3. Custo de Transformação - CT

Representa a soma de todos os custos de produção, exceto os adquiridos que não recebem transformação como, por exemplo, as matérias-primas. Representa, pois,o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um produto (mão de obra, energia, materiais de consumo, depreciação do maquinário etc.).

CT *5 M O D + C IF

3.9. Exercício resolvido (3.2)Dados os valores abaixo, apurados pela indústria de móveis Velssa- gia S.A., que produz vários tipos de móveis, no mês de novembro de 20X8, calcule respectivamente o custo primário, o custo de produção e o custo de transformação, em R$.a) Energia elétrica 1 5.000,00b) Salários dos supervisores 45.000,00c) Madeira 300.000,00d) Salários dos operários 150.000,00e) Lixas 2.000,00f) Depreciação de máquinas 20.000,00

Resolução:Em primeiro lugar, relembremos as fórmulas dos custos:Custo Primário (CP) = MD + MODCusto de Transformação (CT) = MOD + CIFCusto de Produção do Período (CPP) = MD + MOD + CIF

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos

Sendo:MOD = Mão de Obra DiretaMD = Materiais DiretosCIF = Custos Indiretos de Fabricação

Assim,MD = (c) + (e) = 300.000,00 + 2.000,00 « R$ 302.000,00 MOD = (d) = R$ 150.000,00CIF = (a) + (b) + (£) = 15.000,00 + 45.000,00 + 20.000,00 = R$ 80.000,00CP - MD +.MOD « 302.000,00 + 150.000,00 = R$ 452:000,00CT = MOD + CIF = 150.000,00 + 80.000,00 = R$ 230.000,00CPP = MD +MOD + CIF = 302.000,00 +150.000,00 + 80.000,00=R$ 532.000,00

3 J 0 . Sistemas de acumulação de custosMuitos são os sistemas de acumulação de custos, mas somente alguns são mais

largamente utilizados.1 - Sistema de Acumulação de Custos por Ordem de Produção - é o sistema

utilizado quando a entidade produz e vende os produtos ou serviços por encomenda de outrem. Neste sistema, os produtos ou serviços são espe­cíficos àquele produto ou serviço e os custos de materiais, mão de obra e demais custos são a ele atribuídos. Geralmente nesta forma de produção há alguma incerteza quanto ao preço a ser cobrado, visto que faltam à empresa parâmetros de custos prévios.

2 - Custeamento por Processos ou por Departamentos - é o sistema que a enti­dade utiliza quando fabrica ou presta serviços de modo contínuo ou em série. Objetiva-se determinar e controlar os custos pelos departamentos, setores ou fases produtivas e dividir esses custos pela quantidade produzida durante certo período. Comparado ao sistema anterior, que deseja custear a unidade de produto, este sistema visa custear o processo fabril.

Para todos os sistemas de acumulação de custos podemos adotar os critérios de custeio por absorção, custeio direto (ou variável) ou ABC.

3 .11. Formas de produçãoExistem diversas formas de produção, entre as quais destacam-se a produ­

ção continuada e a produção por encomenda ou por ordem. Existe ainda a

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produção conjunta, que veremos mais adiante. Ambas as formas podem sofrer efeitos de mercado e geralmente a demanda se apresenta de forma sazonal, ou seja, há períodos em que a demanda é maior e em outros há uma recessão de consumo. Enfim, o volume de produção não é constante durante um de­terminado período.

3.12. Formas de custeioAs formas mais tradicionais de custeio são: o custeio por absorção, o custeio

direto ou variável, o custeio padrão, o RKW e o ABC.O custeio por absorção se caracteriza por atribuir ao produto ou serviço todos

os custos diretos e indiretos relacionados com a produção ou serviço. Não incluí as despesas de juros. É a forma de custeio que está alinhada com o princípio da competência.

O custeio direto ou variável possui como principal característica a atribuição ao produto ou serviço apenas dos custos variáveis incorridos. Os custos fixos, por sua vez, serão tratados como Despesas, levados diretamente em conta de resul­tado do período. Este método não é aceito pelo Imposto de Renda e contraria os princípios de contabilidade e as instruções contidas no CPC n2 16.

O custeio-padrão não é exatamente um método de custeio, mas um parâmetro para aferir os demais métodos. Entretanto, se a entidade adotar o custeio-padrão, ela deverá ajustar seus custos ao custo real incorrido. Enfim, o custo-padrão é uma excelente ferramenta de controle e planejamento, mas não para ser aplicado na apuração de resultados. A recomendação do CPC é que o custo-padrão seja utilizado apenas quando ele se assemelhar ao custo efetivo.

O método RKW (método alemão) consiste no rateio de todos os custos de pro­dução e de todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, aos produtos, ou seja, todos os custos e despesas recaem sobre os produtos. Este método contraria a legislação pátria, pois poderia pôr em risco a entidade.

O ABC (Custeio Baseado em Atividades) consiste na identificação, análise e alocação de custos aos processos da empresa, visando a melhor gerenciar a lu­cratividade. Esses processos consistem em atividades desenvolvidas no processo produtivo. No desenvolvimento deste são utilizados vários centros de custos indiretos. Os centros de custos são decorrentes das diversas áreas de atividades utilizadas pela empresa.

O sistema ABC é um sistema de custeio baseado nas atividades que a empresa realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica de ratear

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 123

custos indiretos aos produtos, e que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos nos outros sistemas de custeamento.

3 .13. Produção conjuntaEste tipo de produção tem como característica um fluxo comum de produção,

até certo ponto, denominado ponto de cisão, a partir do qual resultam vários produtos. Podemos citar o seguinte exemplo: a pasteurização do leite, cujo processo de fabricação é comum até determinado ponto na produção de queijo, creme de leite, iogurtes, requeijão.

3*13.1, Coprodutos ou produtos conjuntos

São obtidos através do mesmo processo produtivo (produção conjunta). Seu faturamento é considerado significativo para a empresa. Todos os produtos são vistos como principais. Ex.: Os diferentes cortes de carne, tais como filé mignon, alcatra, contrafidLé, maminha, costela, picanha etc.

3.13.2. Subprodutos

São resultantes do mesmo processo produtivo, porém com faturamento não significativo para a empresa, comparado com a receita dos produtos principais, embora sua venda seja considerada praticamente certa. Ex: cascos, chifres e ossos dos bovinos.

3.13.3. Sucatas ou resíduos

Representam as sobras do processo produtivo, devido à natureza da ma­téria-prima (metal, madeira, plásticos, fibras), resultante de quebras, estoque obsoleto, peças defeituosas etc. Em seu estado normal, não possuem merca­do garantido. Sua venda é considerada bastante incerta e é esporádica. Caso ocorra a venda de sucatas, o seu produto deve ser classificado na DRE como outras receitas.

3. i 3.4- Sistemas de controle de custos

Somente podemos controlar algo se conhecemos a realidade a seu respeito e se tivermos um parâmetro (planejamento). Além disso, devemos ter conhecimento rápido dos desvios e suas origens e tomar atitudes para a sua correção.

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Portanto, o orçamento (planejamento) é o ponto crucial para se fazer controle. É neste contexto que se encaixa o custo-padrão como elemento paradigma.

Tanto na Contabilidade Geral quanto na Contabilidade de Custos utilizamos, basicamente, dois sistemas de controle de custos: o sistema de inventário periódico e o sistema de inventário permanente. Esses sistemas são aplicáveis aos estoques de matérias-prima, produtos em elaboração e produtos acabados. Entretanto, em custos, necessita-se de controles permanentes e efetivos de todo ciclo de produ­ção, e devemos possuir meios para identificar quaisquer desvios que ocorram em relação ao planejamento.

3.14. Custeio por absorção e custeio variável3.14- í • Custeio por absorção

O custeio por absorção, também conhecido por custeio pleno ou custeio con­vencional, custeio tradicional ou, ainda, custeio integral ou custeio global, é o único legalmente aceito no Brasil para avaliação-de estoques, a fim de elaboração de demonstrações contábeis, pois é o método de custeio aceito pela legislação do Imposto de Renda e está de acordo com os princípios de Contabilidade, além de ser apregoado pela Lei nfi 6.404/1976 e pelas normas do CPC.

Em que pese ser o custeio por absorção o único método aceito pela legislação pátria, isto não significa que outros métodos de custeamento não possam ser uti­lizados. Entretanto, se a empresa utilizar outros métodos, deve informar o fato em notas explicativas às demonstrações contábeis e apresentar a diferença de custos entre o método utilizado e aquele aplicado ao custeio por absorção. Quanto à legislação do Imposto de Renda, a empresa deve oferecer à tributação a diferença registrada no custo dos produtos vendidos.

Custeio por absorção é o processo de apuração de custos, cujo objetivo é ratear todos os custos incorridos em cada fase da produção, independentemente de se­rem fixos ou variáveis. Um custo é absorvido quando for atribuído a um produto ou unidade da produção, de maneira que o Custo dos Produtos Vendidos ou os Estoques Finais absorverão a totalidade dos custos do período.

Enfim, no critério do custeio por absorção todos os componentes ligados ao processo produtivo, direta ou indiretamente, são considerados como custos e levados a estoques de produtos acabados.

Qualquer sistema de acumulação de custos que aplica os custos fixos à produção e os inclui nos estoques utiliza o custo por absorção.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 125

Pela aplicação desse método de custeio, cada unidade produzida compreende os custos variáveis de produção (diretamente aplicados aos produtos) e uma parcela dos custos fixos. Com isso, o custo unitário será afetado com o volume da produção, pois os custos fixos totais serão atribuídos às unidades produzidas por rateio. Por exemplo: Se determinada empresa pagar R$ 10.000,00 de alu­guel e produzir 10.000 unidades, então, além dos custos variáveis diretamente aplicados aos produtos, teremos um custo fixo unitário de R$ 1,00, relativo à apropriação da parcela do aluguel ao produto. Entretanto, se mudar a quantidade produzida, digamos para 20.000 unidades, então o custo-fixo do aluguel será reduzido para R$ 0,50 por unidade produzida.

Dessa forma, os custos fixos por unidade produzida diminuem quando au­mentamos a quantidade produzida e aumentam quando há uma diminuição na quantidade produzida, ou seja, a entidade deve maximizar a quantidade produzida para não deixar os fatores de produção ociosos a fim de diluir os custos fixos.

No custeio por absorção, todos os custos, fixos ou variáveis, são apropriados à produção de determinado período. Dessa forma, devemos inicialmente segregar as despesas não ligadas à produção dos custos e levá-las a resultado do período, enquanto os custos (tanto os fixos quanto os variáveis) devem ser apropriados à produção realizada no período.

De forma resumida, poderemos ter as seguintes etapas de apuração de custos:1. Separar os custos e todas as despesas;2. Levar as despesas à conta de resultado;3. Apropriar os custos diretos e indiretos à produção do período;4. Apurar o custo da produção acabada;5. Apurar o custo dos produtos vendidos;6. Apurar o resultado industrial.

Para aqueles que gostam de fórmulas, aí vai uma que pode ser usada para mensurar o custeio por absorção, quando se quer apurar o custo unitário de determinado período:

Custo = (Custos fixos + Custos variáveis)/Produção do período Têm-se como vantagens na aplicação deste método de custeamento:

1. Os estoques estarão formados a custos bem reais;2. É o método adotado pela contabilidade financeira, e se também utilizado no

custeamento dos produtos evita desperdício de tempo;

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3. O produto final ou o serviço prestado terá computado todos os custos fixos indiretos de atividades ligadas ao processo produtivo, inclusive com admi­nistração da produção;

4. Traz informações ricas à gerência para estabelecer o preço de venda, tendo em vista a recuperação de todos os custos incorridos pela entidade;

5. O custo final de produção ou o custo do serviço prestado terá o valor agre­gado de todos os valores que fazem parte do processo produtivo. Exemplo desse custo agregado é o valor despendido com a manutenção das máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo.

Como desvantagem desse método de custeio, podemos citar:1. A alocação dos custos indiretos fixos aos produtos é realizada por meio de

rateio muitas vezes baseado no volume de matéria-prima consumida ou na mão de obra direta utilizada no processo produtivo, o que se constitui numa alocação arbitrária, pois geralmente não há uma proporcionalidade entre volume de produção e matéria-prima consumida ou mão de obra empregada;

2. Não é exatamente um sistema de custeamento para fins gerenciais, pois utiliza critérios arbitrários no rateio dos custos indiretos fixos, além de o custo fixo unitário ser variável com o volume de produção.

Como esse método atribui aos custos todos os custos fixos e variáveis, é ne­cessário que se faça o rateio desses custos, o que requer um estudo relativamente apurado sobre o assunto.

Na Contabilidade Comercial, que também é utilizada como ponto de partida para a tributação do Imposto de Renda, os custos de produção (tanto fixos quanto variáveis) são levados a estoques de produtos acabados. Ressalta-se, mais uma vez, que as despesas, por não serem gastos fabris, ficam excluídas do estoque e são levadas à apuração do resultado.

Imaginemos que determinada empresa apresente no início de janeiro de 20X8 um estoque de matéria-prima de R$ 285,00; estoque de produtos em processa­mento de R$ 225,00; e estoque de produtos acabados de R$ 235,00. Durante o mês foram adquiridas matérias-prima no valor de R$ 685,00 e requisitadas pela fábrica para o processo produtivo matérias-primas no valor de R$ 450,00. Foram empregados gastos com Mão de Obra Direta — MOD no valor de R$ 580,00 e apropriados à produção os Gastos Gerais de Produção no valor de R$ 798,00. A produção acabada no mês foi de R$ 1.854,00. Durante o mês foram realizadas vendas no valor de R$ 3.020,00 com Custo dos Produtos Vendidos de R$ 1.750,00.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos

Pelo custeio por absorção teremos o esquema apresentado a seguir:

MÁTERIA-PRIMAMAO DE OBRA

DIRETAGASTO GERAIS DE

FABRICAÇÃO285.00685.00 450,00

580,00 ^580,00 798,00 798,00

520,00

PRODUPROC

á o E M Isso /

PFJOtfíJÇÃO^"ACABADA

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

225,00/ 450,00 Jué54.0p^<->

^ 235,00 1.854,00 1.750,00 n^> 1.750,00

685,0C

798,001339,00

304,00

Percebe-se pela análise do esquema que a matéria-prima, a Mão de Obra Direta e os Gastos Gerais de Fabricação (chamado por alguns autores como despesas gerais de fabricação ou de Custos Indiretos de Fabricação - CIF) são alocados aos produtos em processo. À medida que a produção vai sendo acabada ela é trans­ferida para estoque de produção acabada e este será baixado pela venda, dando origem ao Custo dos Produtos Vendidos - CPV

Teríamos os seguintes lançamentos:1 - Pela requisição de matérias-primas:D — Produção em ProcessoC — Estoque de Matéria-Prima 450,00

2 - Pela apropriação da mão de obra ao processo produtivo:D - Produtos em ProcessoC — Mão de Obra Direta 580,00

3 — Pela alocação dos gastos gerais de fabricação à produção:D - Produtos em Processo 798,00C -G G F

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Obs.: Gastos Gerais de Fabricação são a mão de obra indireta, aluguel, depre­ciação das máquinas e equipamentos, energia, água etc.

4 - Pela transferência da produção acabada para o estoque de produtos aca­bados:

D - Produtos AcabadosC ~ Produção em Processo 1.854,00

5 - Pelo registro dos produtos vendidos:D - Custo dos Produtos VendidosC - Estoque de Produtos Acabados 1.750,00

Na Demonstração do Resultado do Exercício teremos o seguinte esquema:

VENDAS BRUTAS 3.020,00(-) DEDUÇÕES DE VENDASVendas CanceladasAbatimentos e Desc. Incondicionais ConcedidosTributos sobre Vendas(=) VENDAS LÍQUIDAS 3.020,00(-} CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (*) 1.750,00(=) RESULTADO INDUSTRIAL 1.270,00{-) DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS<«) LUCRO OPERACIONAL LIQUIDOC**) 1.270,00

(*) No Custeio por Absorção, o CPV contém a totalidade dos custos fixos e variá­veis. Todavia, os juros não compõem os custos.* * Perceba que não consideramos deduções de vendas e tampouco outras despesas e outras receitas.

Finalmente, em que pese esse método de custeamento não ser o mais apro­priado para fins gerenciais, ele parece ser o mais apropriado no custeamento para produtos sob encomenda ou para novos produtos, quando não se tem, ainda, parâmetros de custos preestabelecidos, tendo em vista que se procura recuperar todos os custos (diretos e indiretos). Além de elevar a margem de lucro desejada.

3.14.2. Custeio direto ou variável

O custeio direto ou variável, também conhecido por custeio marginal, custeio variável e custeio por não absorção, consiste em imputar ao produto ou serviço

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somente os custos e despesas variáveis. Os custos e as despesas fixas devem ser levados ao resultado do período.

Por este critério de custeio, os custos fixos não são considerados como fatores da atividade produtiva, ou seja, são considerados como elementos alheios à pro­dução, visto que existem mesmo que não haja produção alguma, como é o caso do aluguel da fábrica que deve ser pago mesmo que nada esteja sendo produzido.

Dessa forma, somente compõem o custo os elementos que estejam relaciona­dos aos produtos quando há atividade produtiva, ou seja: os custos variáveis. Em conseqüência, os custos e os estoques resultarão em valores mais baixos do que os obtidos pelo critério do custeio por absorção.

Assim, esse método não fornece o valor do custo de um produto, mas deter­mina a contribuição que cada produto traz à empresa na formação do resultado.

Os custos fixos e indiretos, como a depredação, seguros, aluguel, gastos gerais de fabricação etc., são atribuídos ao resultado do exercício e não compõem o custo fabril nessa metodologia.

É de ressaltar que a legislação do Imposto de Renda não aceita este método de custeamento, visto que ele reduz, inicialmente, o resultado do exercício pelo fato de haver diminuição do estoque e aumento das despesas.

Á Lei n2 6.404/1976 estabelece, de forma implícita, que o método de avaliação dos custos é o custeio por absorção, pois menciona que na escrituração devem ser observados os princípios fundamentais de Contabilidade e, segundo o princípio da competência, o método adequado é o custeio por absorção, pois por meio dele haverá o confronto das receitas com as despesas.

A par de ser a causa da não aceitação do custeio variável pela legislação do Imposto de Renda, a diminuição do resultado é uma vantagem da aplicação desse método de custeio nas empresas.

Outras vantagens:1. Como os rateios dos custos fixos e indiretos ficam eliminados, a operaciona-

lização do sistema fica mais simples;2. É possível identificar a margem de contribuição de cada produto ou serviço;3. É possível identificar o relacionamento custo-volume-lucro;4. Auxilia a administração na decisão de quais produtos devem merecer mais

ou menos esforço de vendas;5. O método é usado na avaliação da produção e alternativa para a formação

dos preços de venda;

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6. Com base nesse método (pela análise da margem de contribuição) podemos decidir pela continuidade ou não na produção de determinado produto;

7. Podemos quantificar a produção necessária para alcançar um lucro desejado;8. A análise do desempenho dos produtos é facilitada pela contribuição marginal;9. O custo direto facilita o controle do custo-padrão e ponto de equilíbrio; e10. O método de custeio direto ou variável fornece informações de custos ge­

renciais.Se existem vantagens na aplicação desse método, há também desvantagens. Empresas que utilizam custos fixos proporcionalmente maiores do que os

custos variáveis tendem a apresentar deficiências na formação do preço de venda.Outra desvantagem consiste na correta classificação dos custos fixos e variáveis

e, principalmente, dos custos semivariáveis.Também a dificuldade na separação dos gastos variáveis e fixos se constitui em

desvantagem deste processo, além de os estoques resultarem subavaliados. Ade­mais, esta forma de custeamentonão é adequada para definição de preços de venda.

Na aplicação desse critério de custeio procedemos da seguinte forma:1. Separar os custos incorridos pela empresa em fixos e variáveis;2. Alocar os custos variáveis à produção do período;3. Calcular a margem de contribuição dos produtos (receita dos produtos menos

os custos variáveis);4. Da margem de contribuição total da empresa (somatório das margens de

contribuição dos produtos) subtrair os custos fixos, chegando, então, ao lucro da empresa.

A propósito de margem de contribuição, assunto muito cobrado em diversos concursos, para seu cálculo utilizamos o método extracontábil do custeio fixo, a partir da identificação dos custos variáveis e dos custos fixos diretos e indiretos. Estudaremos este assunto mais adiante, em ponto dedicado exclusivamente a ele.

Além de oferecer a medida de Margem de Contribuição, o método fornece ao administrador a análise do ponto de equilíbrio. O produto dessas análises se cons­titui em ferramenta extremamente útil na tomada de decisões, pois representam números reais de avaliação.

Vale a pena frisar que os custos fixos não são ignorados nesse sistema, apenas são levados à conta de apuração do resultado do exercício e não a custos de produção.

O fato de nesta sistemática de custeio os custos fixos serem levados à conta de resultado gera uma discrepância nos resultados se comparado ao custeio por

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 131

absorção, entretanto essa discrepância entre os lucros apurados segundo os dois critérios do custeio tende a desaparecer em longo prazo.

Sendo assim, haverá uma diferença em relação ao Custeio por Absorção na apresentação da Demonstração do Resultado do Exercício. No custeio direto surge o conceito de Margem de Contribuição, que é a diferença entre as Vendas Líquidas e a soma do Custo dos Produtos Vendidos (que só contêm custos variáveis), com as Despesas Variáveis (administrativas e de vendas). Deduzindo-se desta os Custos Fixos e as Despesas Fixas, obtêm-se o Lucro Operacional Líquido. Procedendo desta forma, fica mais fácil determinar os pontos críticos das vendas necessárias para alcançar os resultados desejados.

O sistema possui as seguintes características:1. As vendas são as geradoras de riqueza da empresa;2. Possui origem na atividade gerencial;3. É orientado para as funções financeiras e de marketing;4. Os custos fixos são despesas do período;5. Somente os custos variáveis são atribuídos aos produtos;6. A margem de contribuição unitária é um parâmetro de análise;7. Dá ênfase para a análise da relação custo-volume-lucro.

Ressalta-se que no custeio por absorção, na apuração do resultado, temos a margem bruta, enquanto que no custeio direto temos a margem de contribuição. Observe o esquema de apuração de resultado apresentado a seguir:

VENDAS BRUTAS(-) DEDUÇÕES DE VENDAS____________________________Vendas Canceladas____________________________________Abatimentos e Desc. Incondicionais Concedidos __________Tributos sobre Vendas_________________________________{=> VENDAS LÍQUIDAS(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (*)_______________(-> DESPESAS VARIÁVEIS______________________________(*=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO_______________________(-) DESPESAS E CUSTOS FIXOS________________________(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO

(*) No Custeio Direto, o CPV somente contém custos variáveis.

Apresentado de outra forma, a apuração de resultado, no sistema do custeio direto, segue o seguinte fluxo, iniciando pela formação dos custos:

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ELSEVDBR

m a t e r ia is d ir e t o s m ã o d e o b r a c u s t o s e d e s p e s a s

(MD) DIRETA (MOD) VARIÁVEIS (CDV)

O leitor deve perceber que os Materiais Diretos, a Mão de Obra Direta e os Custos e Despesas Variáveis são alocados aos produtos em processo. À medida que os produtos forem sendo acabados, serão transferidos para estoque de pro­dução acabada e os custos serão transferidos para CPV quando houver a venda dos produtos.

Das vendas brutas excluímos as deduções de vendas (descontos, devoluções, vendas canceladas e tributos incidentes sobre vendas) e obteremos as vendas lí­quidas, que é, enfim, o ponto de partida para análise, pois sobre os tributos e os demais elementos redutores de receita bruta, geralmente a empresa possui pouca ou nenhuma ingerência.

Vendas líquidas menos CPV fornecem a Margem de Contribuição Total. Di­minuindo os custos e despesas fixas do valor assim obtido, teremos o resultado operacional.

3.14-3. Exemplo comparativo entre custeio variável e custeio por absorção

A empresa industrial Fabrikatuto Ltda. produziu 10.000 unidades no período, totalmente acabadas. Sabendo que não havia estoques iniciais de produtos aca­

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 133

bados e de produtos em elaboração, que a empresa vendeu 7.000 unidades a R$5,00 cada uma e também o seguinte:

Custos Variáveis (CV) R$ 22.000,00Custos Fixos (CF) R$ 8.000,00Despesas Variáveis (DV) R$ 4.000,00Despesas Fixas (DF) R$ 5.000,00

Elabore a DRE pelo custeio direto e pelo custeio por absorção:a) Custeio por absorção:Custó de Produção do Período — CPP:CPP = CF + CV = 22.000 + 8.000 = 30.000,00 Custo da Produção Acabada - CPA:Como não havia estoques iniciais e finais de produtos em elaboração, CPA =

CPP = 30.000,00.Custo dos Produtos Vendidos - CPP:CPP = CF + CV = 22.000 + 8.000 = 30.000 Custo unitário = $ 30.000 / 10.000,00 = $ 3,00 CPV= 7.000 x $ 3,00 = $ 21.000,00

DRE

VENDAS 35.000,00(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (21.000,00)<«) RESULTADO INDUSTRIAL 14.000,00(-) DESPESAS FIXAS E VARIÁVEIS (9.000,00)(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 5.000,00

b) Custeio variável:CPP - $ 22.000,00 = CVCusto unitário = $ 22.000,00 / 10.000 « $ 2,20CPV = 7.000 x $ 2,20 « $ 15.400,00

DRE

VENDAS BRUTAS 35.000,00{-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (15.400,00)(-) DESPESAS VARIÁVEIS (4.000,00)(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 15.600,00(-) DESPESAS E CUSTOS FIXOS (13.000,00)(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 2.600,00

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Vantagens e desvantagens do custeio variável1) Impede que aumentos de produção que não correspondam a aumentos de

vendas distorçam o resultado (vantagem gerencial ou administrativa). Basta imaginar uma elevação na produção (de 10.000 para 16.000 unidades), mantendo-se a quantidade vendida, e ver que o lucro no custeio variável permanece o mesmo, já no custeio por absorção o lucro iria aumentar, pois o custo unitário seria reduzido.

2) Toma o critério mais objeüvo, escapando da subjetividade do rateio dos CIF (vantagem). Para saber qual o produto mais lucrativo ou se vale a pena incre­mentar a produção para vender a outro cliente, bastaria se verificar a margem de contribuição. Por isso é mais útil para a tomada de decisões na empresa.

3) Nem sempre é possível separar objetivamente a parcela fixa da variável (des­vantagem).

4) O custeio variável não é aceito pela auditoria externa das empresas de capital aberto e nem pela legislação do IR (desvantagem), visto que não obedece ao Princípio da Competência. Esse princípio estabelece que os custos associa-, dos aos produtos só possam ser reconhecidos no resultado à medida que os produtos sejam vendidos. Isso porque somente quando reconhecida a receita (na venda) é que devem ser deduzidos todos os sacrifícios necessários à sua obtenção (Custos e Despesas). Como o Custeio Variável admite que todos os custos fixos sejam deduzidos do resultado, mesmo que nem todos os produtos tenham sido vendidos, ele viola tais princípios.

3.15. Método RKWConsiste no rateio de todos os custos de produção e de todas as despesas da

empresa, inclusive financeiras, aos produtos, ou seja, todos os custos e despesas recaem sobre os produtos.

3.16. Custeio baseado em atividades - Método ABCO custeio baseado em atividades consiste na identificação, análise e alocação

de custos aos processos da empresa, visando melhor gerenciar a lucratividade. Estes processos consistem em atividades desenvolvidas no processo produtivo.

No desenvolvimento deste são utilizados vários centros de custos indiretos. Os centros de custos são decorrentes das diversas áreas de atividades utilizadas pela empresa.

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CAMPUS Capitulo 3 — Noções de Custos 135

Assim, poderemos ter, em certa fábrica de móveis, o centro de corte, cujas atividades podem ser a medição, o desenho e o corte propriamente dito.

Os custos indiretos absorvidos no centro serão mensurados pelo tempo ou outro fator utilizado em cada uma das atividades ali desenvolvidas.

Os critérios de alocação de custos são, com maior frequência, direcionadores de custos.

Os critérios de alocação de custos indiretos são frequentemente variáveis não financeiras, como o número de peças de um produto ou horas teste.

A metodologia ABC procura entender as atividades desenvolvidas pela empresa e como estas são demandadas pelos produtos ou serviços, de modo a ratear os custos indiretos a essas atividades. Procura, com isso, reduzir as distorções do sistema tradicional de custeio.

A metodologia do custeio por absorção, sistema tradicional de custeio, trans­fere aos produtos ou serviços os custos dos insumos diretamente utilizados neles (materiais diretos, Mão de Obra Direta etc.). Os outros custos sofrem repartição, muitas vezes aleatórias ou arbitraria, conforme algum critério rígido previamente estabelecido, o que pode gerar distorções. Essas distorções podem trazer reflexos como:

• os gerentes podem decidir erroneamente sobre os preços ou atribuir destaque equivocado ao produto na hora de escolher o que produzir;

• há que se entender que os preços são estabelecidos, em última análise, pelo mercado. Assim, um custo elevado de forma equivocada poderá fazer com que a empresa deixe de produzir um determinado produto, também de forma equivocada, se o seu preço, em função do custo equi­vocado, não for competitivo;

• o risco de estabelecer um preço de venda abaixo do preço de custo é elevado nesta sistemática de avaliação de custos.

3.16.1. Benefícios

Com o uso da metodologia do ABC, tem-se um cálculo mais realista do Custo de Produtos e Serviços.

O método permite mais precisão nas Análises de Lucratividade.O método fornece mais subsídios para decisões sobre mudança de preços e

sobre o que produzir, inclusive, se for o caso, sobre qual segmento de produtos ou qual diversificação de produtos trará melhores resultados.

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Fica mais fácil identificar desperdícios, o que pode acarretar melhorias opera­cionais e redução de custos.

É possível mensurar o desempenho de cada processo e das atividades, permi­tindo análises comparativas entre os processos.

Por fim, tem-se melhor compreensão do que o pessoal está fazendo e das oportunidades de redução dos custos, ou seja, melhor controle.

3.16.2. Como iniciar o ABC

Além do apoio contábil, na implantação do ABC é necessário um conhecimento técnico aprofundado da operação a ser custeada, com plena identificação das ati­vidades ali exercidas. No mínimo, os seguintes passos básicos devem ser levados em consideração no estabelecimento do método ABC.1. Identificação dos processos a serem mensurados.2. Identificação de atividades dos processos.3. Levantamento dos recursos consumidos nos processos.4. Definição dos direcionadores de recursos e alocação para as atividades.5. Identificação dos objetos de custo.6. Definição dos direcionadores de atividades e alocação para o objeto de custos.

3.17. Método do Custo-Padrão3.17.1. Custo-Padrão ideal (estimado)

Custo fixado resultante de análise que considera o uso das melhores matérias- primas possíveis, com a mais eficiente mão de obra viável, a 100% da capacidade da empresa - mesmo que isso não seja viável para ela de imediato sem nenhu­ma parada por qualquer motivo, a não ser as já programadas em função de uma perfeita manutenção preventiva etc. No final, custo-padrão ideal seria um objetivo da empresa a longo prazo, e não a meta fixada para o próximo ano ou para um determinado mês.

3.17.2. Custo-Padrão corrente

Muito mais válido e prático este diz respeito ao valor que a empresa fixa como meta para o próximo período para um determinado produto ou serviço, mas com a diferença de levar em conta as deficiências sabiamente existentes em termos de qualidade de materiais, mão de obra, equipamentos, fornecimento de energia etc. É um valor que a empresa espera que possa ser alcançado com base nas médias

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos I

históricas, ou seja, o custo-padrão corrente representa uma estimativa estatística que pode ou não se concretizar.

O custo-padrão leva em consideração os níveis normais de utilização dos ma­teriais e bens de consumo, da mão de obra e da eficiência na utilização da capaci­dade produtiva. Ele deve ser regularmente revisto à luz das condições correntes.

3.17.3. Finalidades

É o controle dos custos que obriga a realização de levantamentos que irão, em confronto posterior com a realidade, apontar ineficiências e defeitos na linha de produção.

Seu grande objetivo, portanto, é o de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. E isso nos leva à conclusão de que custo-padrão não é uma outra forma de contabilização de custos (como absorção e variável), mas sim uma técnica auxiliar. Não é uma alternativa, mas um coadjuvante. Á instalação do custo-padrão não significa a eliminação de Custos a Valores Reais Incorridos (custo real); pelo contrário, só se toma eficaz na medida em que existia um custo real, para se extrair, da comparação de ambos, as divergências existentes.

Assim, o Padrão é uma base de comparação para o Real, e só tem de fato uti­lidade à medida que a empresa tem um custo real.

Na utilização do custo-padrão há alguns pontos de simplificação, como, por exemplo, a contabilização dos estoques por valores já fixados, sem necessidade da apuração do custo real para seu registro, o que facilita e dá agilidade na elaboração dos relatórios mensais; permitem à empresa fazer fechamento de custos trimes­tralmente, por exemplo, sem eliminar os balancetes e balanços mensais, exigindo, dessa forma, que haja a adoção, de um maior volume de serviço, devido à compa­ração entre Padrão e Real, à análise das variações ocorridas e, principalmente, ao desencadeamento do processo de correção quando cabível. O custo-padrão não elimina o Real, nem diminui sua tarefa; aliás, a implantação do Padrão só pode ser bem-sucedida onde já existia um bom sistema de custo real (quer absorção, quer variável; ou qualquer combinação entre eles).

Finalmente, uma outra importante utilidade decorrente do custo-padrão diz respeito à obrigação que cria na empresa de registro e controle não só dos valores em reais de custos, mas também das quantidades físicas de fatores de produção utilizados. Não que isso só ocorra com o custo-padrão, mas com ele se converte em uma prática inevitável, prática essa de extraordinária importância.

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Ao se fixar o Padrão, deve ser isso feito com base em quantidade e valor (por exemplo, quilogramas de material e preço por quilograma), para se poder, depois, avaliar onde estão as diferenças. E para a comparação, será necessário que o custo real também levante quantidades e valores consumidos. E esse fato irá realmente possibilitar melhores controles e análises por parte da empresa.

Por fim, a apuração do custo dos produtos vendidos, da produção acabada e da produção em processo que constarão nas demonstrações financeiras deve ser registrada consoante o custo real incorrido.

3.18. Custeio dos materiais diretosOs materiais diretos devem ser avaliados pelo valor de custo ou pelo valor realizável

líquido, dos dois o menor, e com este devem ser incorporados aos custos de fabricação.O princípio contábil do registro pelo valor original, veiculado pelo art. 7a da

Resolução nc 750, do Conselho Federal de Contabilidade estabelece que:

Art 72. Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a vaíor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da Entidade.Parágrafo único. Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:

II - uma vez integrados no patrimônio, o bem, o direito ou a obrigação náo poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo*se, tão somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;

Portanto, é desta forma que devemos proceder na agregação de materiais aos produtos em fabricação, ou seja, incorporá-los aos produtos pelo custo de aqui­sição ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menòr.

3.18.1. O que integra o valor dos materiais

Todos os gastos incorridos para a colocação do ativo em condições de uso (equipamentos, matérias-primas, ferramentas etc.) ou em condições de venda (mercadorias etc.) incorporam o valor desse mesmo ativo.

Assim, integram o custo dos materiais todos os gastos realizados, como o pre­ço de aquisição, gastos com transporte, segurança, armazenagem, impostos de importação, seguros, gastos com liberação alfandegária etc.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 139

Em algumas situações é necessário o rateio dos valores de frete, seguros e ou­tros aos diversos materiais transportados, visto que no conhecimento de frete não estará especificado o valor do frete de cada item. Nessas condições, um critério de rateio poderá ser o peso dos diferentes materiais considerados ao peso total da carga. Outro critério poderia ser o valor dos materiais (mais apropriado ao rateio de seguros), ou mesmo o volume que cada material ocupa, quando o critério da cobrança de frete for o espaço ocupado no meio de transporte.

Com relação aos descontos financeiros, estes não representam uma diminuição de custos. Representam uma receita financeira. Logo, integram o custo os valores brutos dos materiais.

Já os descontos comerciais e abatimentos reduzem o valor do custo de aquisição.No caso de os materiais terem sido adquiridos em épocas diferentes e a valores

diferentes, e como o custo de aquisição deve prevalecer, os materiais devem ser avaliados por um dos seguintes critérios de avaliação estudados Na Contabilidade Geral ou Comercial:

* PEPS;* Média ponderada móvel;* Média ponderada fixa;* Preço específico.

Ressalta-se que, na prática, o critério de avaliação de estoques mais utilizado é o da média ponderada móvel.

3.18.2. Tratamento contábil das perdas de materiais

Muitos processos produtivos não aproveitam integralmente as matérias-primas, gerando desperdícios na ordem de 5% a 10%.

Existem as perdas normais nos processos produtivos, que são inerentes à •• própria atividade produtiva. Estas perdas são previsíveis e seus custos já estão calculados no planejamento da empresa e serão atribuídos de forma normal aos produtos acabados. Essas são decorrentes dos processos de corte, de tratamentos térmicos, de reações químicas, enfim de diversos fatores próprios das atividades desempenhadas pelas empresas.

Porém, ocorrem perdas anormais, não previstas ou imprevisíveis. Essas perdas se constituem em danificações, degenerações de materiais, incêndio, inundação, desabamento etc. O tratamento contábil dispensado a essas perdas anormais é de incluí-las na parte de perdas do período, indo diretamente para a conta de Resultado do Exercício, não fazendo parte do custo de produção.

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3 .19. Custeio» controle e tratamento contábil da Mão de Obra (Direta e Indireta)

Mão de Obra Direta representa o custo do pessoal que trabalha diretamente na elaboração de determinado produto. Para ser considerada Mão de Obra Direta é necessário que possamos averiguar o tempo despendido e quem executou o trabalho. Não pode haver nenhuma possibilidade de rateio ou estimativa, pois, caso isso ocorra, ela passará a ser tratada como mão de obra indireta, perdendo a característica de direta. Se estivermos tratando de custeio variável, a mão de obra indireta será considerado despesa ou custo fixo.

3.19.1. Tratamento contábil da Mão de Obra Direta - MOD

Somente se pode considerar Mão de Obra Direta o trabalho realizado em determinado produto de cada vez e que possa ser perfeitamente mensurado e atribuído àquele produto. Dessa forma, as horas de trabalho do supervisor de várias máquinas que processam mais de um produto não é Mão de Obra Direta, visto que o trabalho não está identificado com um determinado produto em si e requer rateio ou outra forma de apropriação aos custos de produção. Assim, um operário com essas características representa mão de obra indireta.

Além do salário contratado do empregado que trabalha diretamente na produ­ção de um determinado produto, devemos adicionar o custo dos encargos sociais e trabalhistas (INSS, FGTS, PIS sobre folha, salãrio-família, salãrio-educação, provisão para férias, provisão para 13a salário e outros) que fazem parte do custo horário da mão de obra.

Contribuições sociais e trabalhistas representam as imposições legais ou con­vencionadas por acordos coletivos de trabalho.

Dessa forma, hã que se fazer uma distinção entre Mão de Obra Direta e folha de pagamento. A folha de pagamento é um gasto que pode representar custo ou despesa. Será custo se o pessoal a que se refere à folha de pagamento trabalhar na fábrica e serã despesa se a folha de pagamento se referir ao pessoal que trabalha na parte administrativa ou no escritório ou com vendas. A folha de pagamento do pessoal que trabalha na fábrica pode conter custos diretos e indiretos. Serão diretos os custos relativos ao pessoal que trabalha diretamente na produção, ao passo que os custos do pessoal que não possam ser atribuídos diretamente a determinado produto devem ser considerados como custos indiretos. Estes custos indiretos são atribuídos aos produtos por meio de rateio no custeamento por absorção e levados à conta de resultado no custeamento direto ou variável.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos

Outro detalhe a ser observado com relação à mão de obra diz respeito às horas em que o operário é remunerado, mas não trabalha na produção. Nesse caso, àquelas horas são gastos fixos, mas não são custos variáveis ou diretos, pois os custos não podem ser atribuídos aos produtos.

3.19.2. Classificação

As empresas necessitam controlar as horas de trabalho aplicadas diretamente sobre os produtos ou serviços. Esses controles precisam retratar a realidade dos fatos para que não haja distorções nos custos dos produtos. É comum que tais controles sejam efetuados por meio de fichas ou outros meios (eletrônicos), de modo que permitam segregar as horas trabalhadas no processamento de cada tipo de produto ou serviço. Aqueles trabalhos que não puderem ser identificados no processamento direto de um determinado produto ou serviço devem ser alocados, posteriormente, por meio de um critério justo de rateio, como mão de obra indireta.

Destarte, no que concerne ao item apuração, os custos da mão de obra podem ser classificados em diretos (Mão de Obra Direta) e indiretos (supervisão, pessoal de apoio, gastos com segurança e vigilância da fábrica), já com relação à forma­ção dos custos, os custos com mão de obra podem ser classificados em variáveis (Mão de Obra Direta e mão de obra contratada por tarefa executada) e em fixos (supervisão, pessoal de apoio).

3. í 9.2.1. Fichas de controle e apuração

As empresas industriais controlam as horas trabalhadas de seus funcionários por meio de cartão de ponto; cartão de apropriação de custos; relatório de apropriação de custos; folha de pagamento etc. Não importa muito o modo como o controle é feito desde que seja eficaz e que os custos relativos às horas trabalhadas reflitam o custo efetivo despendido na produção.

No custo da mão de obra deve-se considerar o salário, os encargos sociais e trabalhistas, os benefícios diversos concedidos, os serviços profissionais contra­tados, as horas extras trabalhadas e outros benefícios oferecidos aos operários.

3.19.3. Custeio, controle e tratamento contábil da mão de obra indireta

A mão de obra indireta recebe o tratamento contábil de custo indireto. Seu custeio será realizado por algum critério de rateio ou outra forma como estimativa de apropriação.

Deve-se ter o cuidado de selecionar criteriosamente a metodologia de rateio para que a produção final não seja discrepante com o custo real incorrido.

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O controle da mão de obra indireta há de ser efetuado da mesma forma como é realizado o controle da MOD, ou seja, por meio de folha ponto, fichas e folha de pagamento.

3.20. Custeio, tratamento contábil de custos indiretos de fabricação -critérios de rateio

Os custos indiretos são necessários à produção, mas não são diretamente rela­cionados a cada produto especificamente.

Os principais custos indiretos são:* Aluguel, energia elétrica, materiais indiretos, mão de obra indireta,

depredação, água, telefone, administração da fábrica, manutenção de máquinas e equipamentos, segurança e vigilância etc.

• As formas de custeio mais conhecidas são o rateio e outras estimativas.O rateio consiste em determinar um parâmetro e atribuir os custos va­riáveis aos produtos ou serviços com base nesse parâmetro.

Os prindpais critérios de rateio são os seguintes:1. Unidades físicas produzidas - consiste em dividir os custos indiretos totais

pelo total de unidades produzidas. O método é aplicável quando as unidades produzidas são homogêneas e possuem relação com o custo a ser rateado.

Taxa de custos indiretos = ---------Custos indiretos totais-------- ■Total de unidades produzidas

2. Horas de Mão de Obra Direta - consiste em dividir os custos indiretos es­timados pelo número estimado de horas de MOD. Este método é aplicável quando os custos indiretos possuem alguma relação com o tempo de operação, ou seja, com as horas trabalhadas.

Taxa de custos indiretos = ----- Custos indiretos estimados------Horas estimadas de MOD

3. Horas-máquina - consiste em determinar os custos indiretos de acordo com as horas de máquina trabalhadas. Geralmente as máquinas possuem um dispositivo que controla as horas trabalhadas e, neste caso, este critério se mostra razoável.

4. Custo da Mão de Obra Direta. Este método é apropriado quando os custos indiretos possuem alguma relação com horas adidonais de trabalho com emprego de MOD.

5 . Material direto. Este critério poderá ser utilizado quando for o prindpal item na composição do custo.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 143

Alguns casos especiais de rateio:• Para o rateio da energia elétrica pode-se usar o consumo em kw/h e

ratear proporcionalmente por centro de custo.• O aluguel pode ser rateado proporcionalmente à área ocupada por cada

centro de custos.° A administração da fábrica pode ser rateada proporcionalmente ao custo

direto total de produção de bens e serviços.

3.21. Custos por ordem e custos por processosInicialmente, hã que se distinguir a produção por ordem da produção contínua.

0 que diferencia estes dois tipos de custeio é o tipo de atividade exercida pela empresa: produção por ordem ou produção contínua.

Quando uma empresa adota um sistema de produção contínua para formação de estoque de produtos acabados e iguais e para posterior venda, sem que haja encomenda prévia de determinado produto com características especiais, estará na produção por processo ou contínua. Por outro lado, se a empresa estiver atendendo encomendas ou efetuar a industrialização de bens para venda posterior, mas cujos produtos possuem características não comuns ou não corriqueiras, estará diante do processo de produção por ordem.

3.2 L i . Custos por Ordem

Deve-se ter em mente que a denominação “Custos por OP” é genérica, visto que não se destina apenas a acumular os custos de produção, pois envolve todos os sistemas de acumulação de custos nas empresas que produzam produtos ou serviços com alguma diferença específica da que é feita de forma contínua e habi­tual. Na produção por ordem os bens e serviços produzidos são, esisencialmente, diferentes entre si. Então, nesta modalidade de custos, o que se deseja é saber o custo de um bem ou serviço produzido para formação do preço de venda.

Os exemplos mais clássicos de produção por ordem são as indústrias de mate­riais pesados, algumas indústrias de móveis, as empresas de construção civil, os escritórios de planejamento, as agências de publicidade, os escritórios de auditoria, as concessionárias de veículos, escritórios de arquitetura etc.

Exemplos práticos de produção ou serviços por ordem:1 - O Sr. Luiz da Silva, próspero servidor público federal, adquiriu um carro Okm,

modelo luxo, com o salário do primeiro ano de trabalho. Passados 6 meses da aquisição, teve que levar o “carango” à rede autorizada para revisão onde

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foi aberta uma ordem de serviços com as anotações dos serviços que o Sr. Luiz desejava que fossem realizados em seu veículo. Essa ordem de serviço é uma ordem de produção. A autorizada executará os serviços solicitados e/ ou necessários e irá acumulando os custos inerentes à revisão do “carango” do nobre servidor público. Veja que os serviços a serem prestados pela rede autorizada são específicos e não são aplicados a nenhum outro veículo, pois se referém ao “carango” tal.

2 - A Sra. Helena, igualmente servidora pública, resolveu aplicar seu primeiro ano de salários na mobília de seu apartamento (afinal, agora com bom salário, quer casar!!! Pretendentes não faltarão Ül). Para tanto, resolve contratar os serviços especializados de uma fábrica de móveis e encomenda móveis sob medida que se encaixem direitinho em seu apartamento, determinando o número de portas, gavetas, maleiro etc. A fábrica também abrirá uma Ordem de Produção e anotará nessa OP os custos incorridos na produção desses móveis.

É de se salientar que o sistema de custeio por ordem nem sempre é puro. Não raro, algumas empresas trabalham parte do produto ou serviço de forma contínua e outra parte da produção é realizada por ordem. Pode-se citar o caso de uma indústria automobilística que pode produzir seus carros de forma contínua até determinado estágio e fazer a conclusão por ordem segundo a vontade do cliente encomendante, com as especificações de cor ou acessórios solicitados.

Destarte, podemos definir os custos por ordem de produção como sendo um sistema em que os itens de custos são acumulados às ordens específicas.

A contabilização dos custos na produção por ordem é feita mediante registro numa conta específica para cada ordem ou encomenda, que somente para de receber custos quando o serviço ou a produção estiverem concluídos. Desta forma, poderemos ter no final de um exercício social ordens em aberto, ou seja, não concluídas, que representam estoque de produtos em elaboração, no Ativo Circulante, pelo valor da soma dos custos incorridos até a data do en­cerramento do exercício social. Com o encerramento de uma ordem de serviço ou produção devemos registrar o respectivo custo em estoque de produtos acabados ou, sendo o caso de entrega direta ao encomendante, em custo dos produtos vendidos.

Os custos indiretos de produção deverão ser acumulados nos diversos depar­tamentos de onde serão, posteriormente, apropriados aos produtos ou serviços fabricados ou realizados.

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CAMPUS Capítulo 3 •— Noções de Custos 145

Exemplo de contabilizaçãoA Fábrica de Móveis Belos Ltda. recebeu uma encomenda de móveis sob medida

em 25/11/2007 para entrega num prazo de 4 meses. A Móveis Belos Ltda. registrará a encomenda numa Ordem de Produção, digamos a de n2 247! Durante os dias restantes do mês de novembro e o mês de dezembro são requisitados materiais diretos no valor de R$ 3.400,00 e hã, no mesmo período, o apontamento de Mão de Obra Direta no valor de R$ 1.875,00. A empresa tem seu exercício social coin­cidente com o ano calendário. Desta forma, no final de dezembro será atribuída à Ordem nfl 247 os Custos Indiretos de Fabricação - CIF, no valor de R$ 1.458,00.

Ordem de Produção 0a 247 MD 3.400,001

MOD 1.875,00CIF 1.458,00____________

6.733,00

Perceba que a ordem ainda está aberta, pois a encomenda não foi concluída, e somente serã fechada quando da conclusão dos bens. Assim, os custos acumula­dos na ordem constarão no Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2007 como Produtos em Elaboração, pelo valor de R$ 6.733,00.

Em 2008 serão registrados os seguintes custos por conta da OP na 247:Material direto R$ 2.800,00Mão de Obra Direta R$ 1.368,00Rateios de CIF R$ 1.023,00Total R$ 5.191,00Dessa forma, o saldo da conta OP na 247 será de R$ 11.924,00. Esse valor poderá

seguir dois caminhos distintos, conforme os bens sejam entregues diretamente ao encomendante ou não. Caso haja a entrega imediata dos bens ao encomendante, a ordem de produção será encerrada contra a conta Custo dos Produtos Vendidos - CPV Se a entrega ocorrer em data posterior e os bens saírem da fábrica para um depósito de produtos acabados, então o valor da OP será encerrado contra a conta de estoques de Produtos Acabados.

3.21.1.1. Danificações na produção por ordem

Aplicam-se diretamente à produção por ordem os custos diretos. Os custos indiretos são alocados por rateio à produção.

A par da produção normal, em que os produtos ou serviços são iniciados e encerrados sem problemas, podem ocorrer danificações de materiais diretos e in­diretos. Nesse caso, para as danificações normais ou previsíveis, podem-se utilizar

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dois critérios de apropriar os gastos realizados. O primeiro consiste em apropriar os gastos aos custos por ordem diretamente e, o segundo, tratar esses gastos como custos indiretos e apropriar aos produtos ou serviços por meio de rateio. Já para as perdas anormais, o procedimento a ser adotado é baixar essas perdas em conta de resultado do período,

Quando ocorrer a danificação de uma ordem por inteiro, o procedimento con­tábil mais adequado é a baixa dos custos incorridos contra conta de resultado. Para fins gerenciais, entretanto, os relatórios devem informar essas perdas para que a administração possa tomar suas decisões quanto à formação do preço de venda.

3.21.1.2. Prazo dilatado na execução de encomendas

O princípio contábil da competência, também conhecido como confronto das receitas com as despesas, nos assevera que as receitas e despesas devem ser reconhecidas simultaneamente, quando se correlacionarem. Assim, esta é a regra geral, ou seja, os custos vão sendo acumulados e transferidos a resultado apenas quando da entrega, momento em que se reconhece também a receita.

Entretanto, nas execuções de longa maturação, é necessário sair da normalidade para que os resultados não fiquem distorcidos. Nesse caso, devemos apropriar ao resultado as parciais dos custos incorridos e das receitas proporcionais aos custos ou à parcela concluída. Desse modo procedem, por exemplo, as empreiteiras de obras públicas em que a obra é subdividida em etapas e estas são apropriadas aos resultados à medida que são vencidas ou concluídas. Procedendo dessa forma, não haverá produtos em elaboração em estoque. Perceba que isto é viável apenas quando o preço global da obra é subdivida por etapas ou é do tipo em que se possa mensurar claramente o percentual do serviço ou da obra executados. Por exemplo, no caso de uma empreiteira contratada pelo Poder Público para construir uma estrada com extensão de 200Km. A construção de uma obra dessa natureza leva um tempo relativamente longo. Mas, no contrato, são especificados diversos serviços, como terraplanagem, colocação de cascalho, asfaltamento, sinalização. Cada etapa pode ter os preços estipulados separadamente e, nesse caso, também os custos estarão individualizados para cada etapa. A construtora reconhecerá as receitas e os custos à medida que as etapas vão sendo concluídas.

3.21.2. Custos por processos ou produção contínua

O sistema de custos por processos ou contínuo possui como finalidade principal apurar os custos e as despesas do ciclo produtivo.

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Quando a empresa produz bens iguais de forma contínua, os quais irão para estoque de produtos acabados e ficarão à disposição para venda, com produção padronizada, ter-se-á caracterizado o sistema de produção por processo ou pro­dução contínua.

Nessa sistemática os custos são acumulados em contas representativas dos produtos ou linha de produtos. Tais contas geralmente não são encerradas to­talmente, pois a produção é contínua e normalmente a qualquer tempo poderá haver produtos em elaboração.

O custo unitário médio de cada processo de determinado período é obtido pela divisão dos custos acumulados por processo pelas unidades produzidas pelo mesmo processo. Destaca-se que um bem para ser produzido pode passar por diversos pro­cessos, que podem ser uma fase, uma seção, um departamento ou um setor fabril.

Imaginemos que a produção de um carro seja efetuada totalmente por uma em­presa. Teríamos diversos processos. Vamos citar apenas alguns, a título de exemplo. Imaginemos que haja vários departamentos que executem, cada um, um processo produtivo. Assim, poderíamos ter o departamento da produção do chassi, outro que produza as portas, outro que produza as rodas, outro a carroceria, outro de funilaria e pintura, outro que fabrique o motor, outro a caixa de transmissão etc. Finalmente, um outro que faça a montagem. Em cada departamento são acumu­lados custos e acabados certos bens que se constituem em materiais diretos para o processo ou departamento seguinte. No último departamento (montagem) serão acumulados os custos finais e estes comporão o estoque de produtos acabados.

Exemplo numéricoA empresa Misstorva S/A, fabricante de roupas de grife, no final de novembro

de 2008, apresentou as seguintes informações relativas ao setor fabril de calças femininas do modelo “Z”:

Estoque inicial:Produtos em elaboração R$ 0,00Produtos acabados R$ 0,00Custo da Produção do Período:Material Direto Empregado - MD R$ 160.000,00Mão de Obra Direta R$ 100.800,00CIF rateado no período Total75% da produção iniciada no período foi acabada Da produção acabada foram vendidos 90%

R$ 139.200,00 R$ 400.000,00 R$ 300.000,00 R$ 270.000,00

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Em 31/12/2008, teremos a seguinte situação nas respectivas contas:Produtos em Elaboração Produtos Acabados CPV

Ei 0,00 300.000,00160.000,00100.800,00139.200,00

Ei 0,00 270.000,00300,000,00

270.000,00

100.000,00 30.000,00 270.000,00

Na produção por processo pode haver três situações distintas com relação aos estoques iniciais e finais de Produtos em Elaboração ou em Processo.1. Não há estoque inicial nem estoque final no processo. Neste caso, todos os

custos requisitados foram atribuídos aos produtos acabados e transferidos ao processo seguinte.

2. Há estoque final, mas não há estoque inicial. Nessa hipótese, os custos foram aplicados aos produtos acabados no período e na produção iniciada e não completada.

3. O estoque inicial e o estoque final de produtos em elaboração existem e são significativos. Ainda existem produtos iniciados no período. Nessas circuns­tâncias, a produção acabada será determinada considerando os produtos em processo no início do período, os custos recebidos durante o período e o saldo existente no final do período.

Das situações apresentadas, a primeira não apresenta problemas, visto que todas as requisições estarão refletidas no custo dos Produtos Acabados.

Para a segunda e terceira situação apresentada surge o problema de determinar o Equivalente de Produção acabada para a Produção do período.

Tomemos novamente o exemplo da empresa Misstorva S/A, com a produção das calças femininas modelo “Z”. Vamos supor que tenha sido iniciada a produção de4.000 unidades de calças do modelo “Z” e que 2.400 foram totalmente concluídas no período, e 1.600 estão em fase de produção com 50% acabadas.

Dessa forma, para determinar o Equivalente de Produção acabada no perío­do temos que apurar o quanto de produção acabada representa a produção em processo.

Existem 1.600 unidades iniciadas em processo, com 50% concluídas, o que corresponde a uma produção acabada de 800 unidades (50% de 1.600).

Como a produção acabada foi de 2.400 unidades e a produção em andamento corresponde a 800 unidades acabadas, temos o equivalente de produção acabada no período de 3.200 unidades.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 149

De posse desse valor, podemos calcular o custo de cada unidade produzida no período pela divisão dos custos totais de produção do período pelo Equivalente de Produção do período.

No nosso exemplo, teremos:

Custo Unitário = R$400.000,003.200un

Custo Unitário = R$ 125,00 por unidadeAssim, debitaríamos a Produção Acabada pelo valor de R$ 300.000,00, en­

quanto que os Produtos em Elaboração teriam um saldo de R$ 100.000,00, cor­respondente a 1.600 unidades com 50% de acabamento.

A produção acabada no período corresponde a 75%, pois foi acabada uma produção de 2.400 unidades de um equivalente de produção acabada de 3.200 unidades.

PA = 2.400,00/3.200,00 « 0,75 ou 75%.Perceba que o percentual de 75% foi calculado dividindo-se o total de unidades

acabadas pela produção do período em Equivalente de Produção acabada, ou seja: 2.400/3.200 = 0,75 ou 75%.

Finalmente, cabe mencionar que os materiais normalmente entram no início do processo de produção, enquanto que os recursos produtivos, que correspon­dem ao custo de transformação (MOD e DIF), entram no processo ao longo da produção.

3,22. Formas de custeio da produção conjuntaEste tipo de produção caracteriza-se por um fluxo comum de produção até

certo ponto, denominado ponto de cisão, do qual resultam vários produtos.É a forma de custeio industrial em que ocorre como resultado mais de uma '

espécie ou qualidade de produto.O exemplo clássico utilizado para ilustrar esta forma de custeio é o abate e corte

do boi. Salientamos que nos processos produtivos industriais tudo que possa ter algum retomo econômico terá de ser aproveitado de alguma forma. Assim, após a aquisição do boi do fazendeiro, o frigorífico o prepara para abate. O primeiro processo é matar o boi. Após o bicho estar mortinho lhe é tirado o couro e o seu ventre é aberto para que seja possível a retirada da buchada. Depois desse proce­dimento é efetuado o corte dos diversos tipos de came que conhecemos. Teremos como resultado dessa atividade os seguintes produtos:

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• carnes nobres: filé, picanha, alcatra, contrafilé, maminha, coxão mole, fraldinha etc.;

* carnes de segunda: com osso, costelas, rabo, pescoço etc.;• órgãos: fígado, coração, rins, língua, miolo, testículos etc.;• outras partes: orelhas, patas, ossos com tutano, pele etc.;* sucatas: ossos, chifes e sangue;* perdas: todas as partes que Mo alcançam valor econômico.

Essas partes, depois de separadas por cortes especiais, feitos com intensiva utilização de mão de obra, devem ser armazenadas em câmaras frigoríficas onde ficam no aguardo de sua comercialização.

A partir daí temos um problema: como separar o custo do boi e atribuí-lo aos diversos cortes de carne e aos demais produtos?

Além disso, é necessário conhecer todo o processo de produção e sua destina- ção. É possível que algumas partes sejam processadas em operações subsequen­tes, outras poderão ser vendidas como subprodutos ou, ainda, como sucatas, ou destinadas a perdas permanentes. O contador de custos deve estar atento a essas destinações para que possa adotar o adequado critério de custeio.

3.22. i . Coprodutos, subprodutos e sucatas: conceito, cálculo e tratamento contábil

Coprodutos são os obtidos através do mesmo processo produtivo (produção conjunta). O faturamento de todos eles é considerado significativo para a empresa. Também são considerados produtos principais. Ex.: Os diferentes cortes de carne, tais como filé mignon, alcatra, contrafilé, maminha, costela, picanha etc., obtidos no abate do boi.

Desta forma, produtos conjuntos são obtidos com a utilização de uma mesma matéria-prima ou são produzidos ao mesmo tempo por um, ou mais de um, processo produtivo.

Os subprodutos são aqueles resultantes do processo produtivo que possuem mercado assegurado, entretanto, o seu valor não é expressivo se comparado ao coproduto ou produto principal, em função de sen valor mais elevado.

No caso do boi, consideramos como coprodutos os cortes de carnes nobres e as carnes de segunda, tendo em vista o seu alto valor comercial.

Os órgãos e as outras partes serão os subprodutos.Os subprodutos são avaliados, contabilmente, pelo valor líquido de realização,

ou seja, do valor provável de realização deduz-se os gastos necessários para realizar estes componentes.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 151

As sucatas ou as sobras do processo produtivo, devido à natureza da matéria- prima (metal, madeira, plásticos, fibras), resultante de quebras, estoque obsoleto, peças defeituosas etc., em seu estado normal, não possuem mercado garantido. Sua venda é considerada bastante incerta, mas quando ocorre a comercialização, a receita é considerada Outras Receitas, dentro da DRE.

Os custos da produção conjunta, o que ocorre até o ponto de cisão, são cha­mados de custos conjuntos. No caso do boi, os custos conjuntos representam o custo de aquisição do bicho, o frete até o frigorífico, a estocagem dos animais vivos, a limpeza do animal ainda com vida (lavação com gastos de água, energia e mão de obra), e ã sua morte. Ressalta-se que os custos conjuntos são indivisíveis.

A atribuição dos custos aos coprodutos é bastante arbitrária. Geralmente utilizam-se as unidades físicas produzidas e o valor de mercado dos produtos para apropriar os custos aos diversos produtos. Em ambos os casos, o único objetivo é atribuir a cada coproduto os custos conjuntos ou inseparáveis, pois a partir do ponto de cisão cada produto incorre em custos próprios no seu processamento.

Para o custeamento dos coprodutos e subprodutos, tomemos novamente o exemplo do boi. Digamos que o frigorífico o tenha comprado pelo valor de R$1.800,00. Pagou fretes no valor de R$ 120,00. Teve gastos de materiais diretos e mão de obra direta de R$ 265,00 e os custos fixos de R$ 135,00. Com isto, o custo conjunto, até o ponto de cisão, é de R$ 2.320,00.

Esse custo conjunto será apropriado aos produtos proporcionalmente aos valores da sua venda.

Resumindo um pouco, digamos que as vendas alcancem os seguintes valores e respectivos percentuais:

Cames nobres R$ 1.650,00 55%Carnes de segunda R$ 1.260,00 42%Subprodutos R$ 90,00 3%Total R$ 3.000,00 100%O exemplo mostra que o preço de venda utilizado como parâmetro para apro­

priar os custos indivisíveis se constitui num critério razoável de custeamento. Mas ele não pode ser aplicado a todos os processos de produção conjunta, pois, em alguns casos, o volume ou as unidades produzidas são mais adequados.

Se fossemos utilizar o peso dos diversos cortes de carne, certamente os cor­tes nobres representariam menos de 30% do peso total. Por isso, nesse tipo de produção temos que escolher o critério de custeio mais adequado. Se estivésse­mos diante do processamento da soja (tendo como coprodutos o óleo e a torta),

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certamente utilizaríamos os pesos dos diversos produtos por se adequar mais à espécie em produção.

3.23. Conceito de margem de contribuição total e unitáriaMargem de contribuição unitária: Podemos definir a margem de contribuição

unitária como sendo a diferença entre a Receita e o Custo Variável de cada produto.Para consolidar esse conceito, veja os exemplos a seguir em relação aos custos

variáveis (diretos e indiretos) e valores de venda de 5 (cinco) tipos de laptop:

Produto Custo Direto Variável R$

Custo Indireto Variável R$

Custo Variável Total R$

Preço de Venda R$

Margem de Contribuição Unitária R$

Laptop A 613,00 83,00 700,00 1.680,00 980,00Laptop B 731,00 89,00 820,00 1.940,00 1.120,00Laptop C 631,00 84,00 715,00 2.365,00 1.650,00Laptop D 857,00 97,00 954,00 2.938,00 1.984,00

É sempre bom lembrar que a margem de contribuição não é lucro, pois para tanto faltam os custos e despesas fixos.

Margem de contribuição total: Se multiplicarmos a margem de contribuição unitária pelas quantidades vendidas, somada à margem de contribuição unitária dos demais produtos multiplicada pelas respectivas quantidades vendidas, teremos a margem de contribuição total.

Assim, considerando os mesmos laptops, digamos que foram vendidas as se­guintes quantidades de cada tipo:

Produto Margem de Contribuição Unitária R$

QuantidadesVendidas

Soma da Margem de Contribuição Unitária R$

Laptop A 980,00 238 233.240,00Laptop B 1.120,00 321 359.520,00Laptop C 1.650,00 218 359.700,00Laptop D 1.984,00 197 390.848,00

Margem de contribuição total 1.343.308,00

Analisando os dados, percebemos que o Laptop D possui a maior margem de contribuição unitária e, mesmo vendendo uma quantidade menor do que a dos outros tipos, também apresenta a maior soma da margem de contribuição unitária.

Para passar da margem de contribuição total ao resultado (lucro), basta subtrair da margem de contribuição total os custos fixos, e obteremos o resultado, ou seja, o lucro, que poderia ser chamado de Lucro Bruto Industrial no custeio por absorção.

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3.24. Análise das relações custo/volume/lucroA impressão que dã é que os custos fixos devem ser sempre excluídos quando

usamos os custos para fins gerenciais ou tomada de decisões. Mas cuidado! Os custos fixos existem e representam gastos da empresa. Por isso, também devem ser lembrados. De nada adiantaria uma boa margem de contribuição total se esta fosse insuficiente para cobrir os custos fixos. A empresa teria prejuízo! Então, não devemos omitir os custos fixos, mas analisá-los de forma apropriada e criteriosa. O rateio e a atribuição de parcela deles a cada unidade do produto não parece o modo mais adequado de tratá-los.

Afinal, quais valores integram a margem de contribuição?O conceito que apresentamos anteriormente em relação à margem de contri­

buição unitária e total é válido e correto. Entretanto, ele não é completo, pois para o cálculo da margem de contribuição devemos considerar também as despesas variáveis com vendas (comissões, tributos etc.) e financiamentos.

Em que pese as Despesas Variáveis integrarem o cálculo da margem de contribui­ção (nós já vimos isto), elas não compõem o valor do produto, logo não integram os estoques. Assim, o tratamento mais adequado a essas despesas é considerá-las como redutoras de vendas. Isto não altera o cálculo da margem de contribuição, mas possibilita melhor quantificação do custo de produção.

3.24-1 . Margem de contribuição e taxa de retorno

A análise do cálculo de retomo de um investimento representa uma excelente forma de avaliar a eficácia de um empreendimento.

Uma boa maneira de se calcular a taxa de retomo é dividir o lucro obtido an­tes da dedução do Imposto de Renda e das despesas financeiras pelo Ativo Total utilizado para a obtenção do produto.

Taxa de retomo = Lucro antes do IR e das Desp. FinanceiraAtivo Total

Perceba que no retomo as despesas financeiras não são incluídas, por serem geradoras de passivo. O retomo financia o capital de terceiros e o capital próprio, o que define o desempenho da empresa.

3.24.2. Os custos (e as despesas) fixos

Os custos e as despesas fixos são fixos apenas dentro de certos limites de atividade industrial. Para outros limites de produção, talvez sejam necessários custos e despesas fixos adicionais. Esse incremento de custos e despesas fixos não

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é proporcional ao incremento da atividade. Um exemplo disso pode ser o custo . de supervisão. Se a empresa estiver operando, digamos, até 30% da capacidade instalada, será necessário um supervisor, mas se passar desse patamar produtivo, talvez seja necessário mais outro (ou outros) supervisor(es).

Existem, é verdade, alguns custos fixos que se alteram, apenas, se for alterada a capacidade produtiva instalada como um todo. É o caso do prédio da fábrica.

Desse modo, os custos fixos podem ser representados graficamente como se fos­sem uma escada, pois são incrementados à medida que aumenta a atividade industrial ou que a empresa vai se aproximando da utilização plena da capacidade instalada.

Custo Fixo

Volume de Atividade

3.24-3. Os custos (e as despesas) variáveis

A matéria-prima é, na maioria das empresas, o item variável mais significativo. Definimos em tópico anterior que os custos variáveis são fixos por unidade produ­zida. Entretanto, com as matérias-primas, isto nem sempre funciona exatamente dessa forma, pois temos que considerar o desperdício. Este costuma ser mais elevado quando a empresa estiver em nível de atividade baixo e diminui quando o nível de atividade aumenta. Como os desperdícios naturais são imputados aos custos, os custos variáveis, geralmente, tendem a diminuir quando a empresa estiver em nível de atividade mais elevado.

Com relação à Mão de Obra Direta pode ocorrer algo inverso ao que ocorre com a matéria-prima, pois ela pode crescer à medida que se produz em nível mais

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elevado, porém dificilmente de forma proporcional. Isto ocorre porque a produ­tividade dos operários tende a aumentar até certo nível de produção e, após esse nível de produção, tende a diminuir.

A par dessas possibilidades, em termos clássicos, permanece verdadeira a afirmativa de que os custos variáveis são fixos por unidade produzida e de que os custos fixos são variáveis por unidade produzida.

Graficamente, teremos o seguinte:

Custos Variáveis

Se adicionarmos o custo fixo, temos a seguinte representação gráfica:

Custo total

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Hodiemamente, as maiores alterações na estrutura não são decorrentes da alteração do volume de atividade ou dos custos variáveis, mas do preço princi­palmente da matéria-prima que pode oscilar bastante.

3.25. O ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiroO Ponto de Equilíbrio, denominado por alguns autores de ponto de ruptura

ou, em inglês, Breàk-even Point, se constitui numa análise que considera os custos totais e as receitas totais, conjuntamente.

Como a receita total é o preço vezes o número de unidades vendidas, a repre­sentação da receita total é linear.

Se houver alteração no preço, a reta que a representa no gráfico será inclinada para a esquerda ou direita.

Teremos, então, a seguinte representação gráfica:

Valor (R$)

Até o ponto de equilíbrio, o resultado da empresa é prejuízo. No ponto de equilíbrio, o resultado é nulo. Acima do ponto de equilíbrio, o resultado é positivo, ou seja, a empresa obterá lucro.

Exemplo:A empresa FVLM Ltda. fabrica o produto “X”. O preço de venda praticado em

determinado período foi de R$ 125,00 por unidade. Na produção do produto “X” são consumidos custos e despesas variáveis no valor de R$ 68,00 por unidade. Além disso, a empresa incorreu em custos e despesas fixos no montante de R$357.960,00. Desta forma, a partir de quantas unidades vendidas a empresa começa a apresentar resultado positivo?

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Solução:O resultado positivo ocorre acima do ponto de equilíbrio, ou seja, quando as

receitas totais superarem os custos e as despesas totais. RT = (C + D)T Desse modo, temos que calcular o ponto de equilíbrio:RT = (C + D)T, onde RT - Receita Total C = Custo e despesa variável total D = Custo e despesa fixo total RT - Quantidade x Valor Unitário RT = Quantidade x R$ 125,00 C = Quantidade x R$ 68,00 D » R$ 357.960,00Teremos, então, de resolver a seguinte equação:Quantidade x R$ 125,00 = Quantidade x R$ 68,00 + R$ 357.960,00 Quantidade x (R$ 125,00 - R$ 68,00) = R$ 357.960,00 Quantidade = R$ 357.960,00/R$ 57,00 = 6.280 unidades.As quantidades representam o ponto de equilíbrio, ou seja, a empresa FVLM

Ltda., para não ter prejuízo, deve vender 6.280 unidades do produto “X”.O leitor percebeu o que significam os R$ 57,00 utilizados na resolução?É isso mesmo, esse valor representa a margem de contribuição unitária!!! Assim, podemos calcular o ponto de equilíbrio do seguinte modo:

Ponto de. Equilíbrio ’ Custos + Despesas Fixos

Margem de Contribuição Unitária „

Considerando o exemplo anterior, em termos de unidades monetárias (R$), a nossa empresa terá de faturar o equivalente a R$ 785.000,00 para sair do prejuízo. Isto é, multiplica-se a quantidade do ponto de equilíbrio pelo -valor de venda praticado.

Como a margem de contribuição unitária é de R$ 57,00, se a empresa produzir6.281 unidades, então terá tido um lucro de exatos R$ 57,00.

Então, a partir do ponto de equilíbrio, cada unidade adicional produzida irá gerar um lucro exatamente igual à margem de contribuição unitária.

Ainda considerando os dados do exemplo anterior e considerando que a empresa deseja obter um lucro de R$ 204.573, qual devem ser a quantidade de unidades vendidas do produto “X”?

Ora, se a partir do ponto de equilíbrio cada unidade adicional produzida pro­picia um lucro de R$ 57,00, logo, a quantidade adicional a ser produzida será de

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3.589 unidades (R$ 204.573,00/R$ 57,00). A quantidade total será então obtida . pela soma das unidades do ponto de equilíbrio e as unidades adicionais, ou seja:6.280u + 3.589 u = 9.869 unidades.

Entretanto, a Receita Total para obter esse lucro pretendido pode ser obtida pela multiplicação da quantidade total pelo preço de venda unitário. 9.869u x R$125,00 = R$ 1.233.625,00.

Ainda com relação ao exemplo anterior, se as vendas estiverem sujeitas à tri­butação de 25% (ICMS, PIS e Cofins), então o ponto de equilíbrio será:

PE - R$ 357.960,00/R$ 25,75 - 13.901,36 unidadesPerceba que, com a tributação, a Receita liquida por unidade vendida diminui

em R$ 31,25 (25% de R$ 125,00). Togo, também diminuirá a Margem de Con­tribuição Unitária, que passa para R$ 25,75.

Atenção: No caso de a empresa aplicar o custeio por absorção, este cálculo somente será válido se houver a venda de todas as unidades produzidas, pois, do contrário, haverá o problema dos custos fixos que ficam nos estoques. Sendo o caso, para apurar o resultado no custeio por absorção, podemos proceder da forma acima indicada, e do resultado assim obtido devemos excluir os custos fixos do estoque anterior e somar os do estoque final.

Já para o custeio variável, o resultado será apurado conforme demonstrado acima, considerando essas relações de Custo e Volume.

3.25.1. Margem de segurança e alavancagem operacional

Uma fábrica de carrocerias produz “baús” para caminhões. Todos os meses ela incorre nos seguintes custos:

Custos variáveis = R$ 56.000,00Custos + Despesas Fixos = R$ 400.000,00O preço de venda de cada unidade produzida é de R$ 96.000,00.Assim, esta indústria terá o seu ponto de equilíbrio quando produzir 10 uni­

dades por mês, pois a Margem de Contribuição Unitária é de R$ 40.000,00

Ponto de Equilíbrio = ______, Custos + Despesas Fixos______Margem de Contribuição Unitária

Ponto de Equilíbrio = ---- R$ 400.000,00----R$ 40.000,00

Ponto de Equilíbrio = 10 unidades por mêsSe esta empresa estiver produzindo 13 unidades por mês, ela estará lucrando:3u/mês x R$ 40.000,00 = R$ 120.000,00

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Desta forma, esta empresa possui uma margem de segurança de 3 unidades de baú por mês, ou seja, poderá vender 3 unidades a menos do que vem vendendo e mesmo assim não incorre em prejuízo.

Em termos percentuais, a margem de segurança considerando o volume de quantidades vendidas será:

Margem de Segurança = 3u/13u = 23,08%A margem de segurança em termos de Receitas será:M.S. = (Receitas Efetivas - Receitas no Ponto de Equilíbrio)/Receitas Efetivas

■ M.S. = (R$ 1.248.000,00 - R$ 960.000,00)/R$ 1.248.000,00 M.S. = R$ 288.000,00/R$ 1.248.000,00 M.S. = 23,08%Assim, a empresa pode reduzir o valor de suas vendas em R$ 288.000,00

(23,08% de R$ 1.248.000,00) sem entrar em prejuízo.Se a empresa continuar produzindo as 13 unidades por mês, continuará tendo

lucro de R$ 120.000,00. Entretanto, como as necessidades e as aspirações do ho­mem são ilimitadas, a empresa pode querer ter um lucro maior. Para tanto, terá de aumentar as quantidades vendidas.

Assim, digamos que esta empresa passe a vender 17 unidades, isto acarretará aumento de 4 unidades e percentual de 30,76%. Já o lucro aumentará de R$ 120-000,00 para R$ 280.000,00, ou seja 133,33%.

Veja que um acréscimo de 30,76% no volume das vendas provoca aumento de 133,33% no lucro. Isto nos fomece uma alavancagem de:

133,33%/30,7ó = 4,34 vezesEntão, se a empresa passasse a produzir 20 unidades, o lucro passaria do atual

(R$ 120.000,00) para R$ 400.000,00, o que corresponde a 233,33%.Com relação ao volume teríamos o seguinte percentual: 7u/13u - 53,83%. Alavancagem operacional - 233,33%/53,83% = 4,34 vezes.Então, se aumentarmos o volume das vendas atuais em 1%, o lucro aumentará

4,34%, ou seja: o aumento de 1% nas vendas em relação às vendas atuais aumenta em 4,34% o lucro.

Entretanto, se o volume atual de vendas fosse outro, essa relação Volume/Lucro seria diferente. Isto é, a cada nível de venda temos uma relação Volume/Lucro e de alavancagem operacional. Isso ocorre porque a alavancagem operacional é in­fluenciada pela margem de segurança. Quando aumenta a margem de segurança, diminui a alavancagem operacional.

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3.25.2. Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro

A empresa Bons Negócios possui as seguintes características de custos e vendas mensais:

Custos + Despesas Variáveis: R$ 8,00/uCustos + Despesas Fixos: R$ 3.810,00Preço de Venda: R$ 11,00.O ponto de equilíbrio será alcançado quando a soma da margem de contri­

buição unitária (R$ 3,00/u) se igualar ao montante dos Custos e Despesas Fixos.Contabilmente esse é o ponto de equilíbrio, pois nesse ponto não haverá nem

lucro nem prejuízo.Assim, o Ponto de Equilíbrio Contábil - PEC será:PEC = R$ 3.810,00/R$ 3,00 = 1.270 unidades ou R$ 13.970,00 de vendas/mês.O PEC mostra o ponto em que o resultado é nulo. Entretanto, nessas condições,

a empresa estará perdendo dinheiro, pois deve considerar o juro sobre o capital próprio, que se considerado representa um custo de oportunidade imputado.

Imaginemos que o Patrimônio liquido dessa empresa no início do ano fosse de R$ 84.000,00 e que a variação da TJLP projetada para o ano fosse de 10%. Com isso, a empresa necessita de um lucro mínimo de R$ 8.400,00 no ano, ou R$ 700,00 no mês para remunerar o Capital Próprio, pois do contrário seria conveniente para ela aplicar seus recursos no mercado financeiro que lhe daria esse rendimento.

Incrementando a receita necessária para remunerar também o Capital Próprio obteremos um novo ponto de equilíbrio que será chamado de Ponto de Equilí­brio Econômico - PEE.

Assim, o Ponto de Equilíbrio Econômico será obtido quando a soma das Mar­gens de Contribuição Unitária atingir o montante dos Custos e Despesas Fixos mais R$ 700,00 por mês.

PEE = R$ 4.510,00/R$ 3,00 - 1.503,33 unidades ou R$ 16.536,63 de receita por mês. Nessas condições, a empresa estará com lucro contábil e no Ponto de Equilíbrio Econômico. Um volume de vendas entre o PEE e o PEC ocasionará lucro contábil, porém prejuízo econômico.

Outro conceito é o Ponto de Equilíbrio Financeiro - PEF, que geralmente não coincide com o PEC e o PEE, pois alguns custos e despesas que compõem o resultado não representaram desembolso, como é o caso das depreciações, amortizações e provisões retificadoras de Ativo ou das constitutivas de obriga­ções no Passivo.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 161

Assim, se para os custos e despesas fixas de nossa empresa existir, por exem­plo, uma depreciação de R$ 810,00, então o Ponto de Equilíbrio Financeiro será obtido se a soma da margem de contribuição alcançar o valor de R$ 3.000,00.

PEF « R$ 3.000,00/R$ 3,00 = 1.000 unidades ou R$ 11.000,00 de receita. Perceba que um nível de vendas nessas condições (1.000 unidades ou R$

11.000.00) resulta em prejuízo contábil (de R$ 810,00/mês) e econômico (R$ 1.510,00/mês), mas estarã equilibrando as finanças da empresa.

É bem verdade que nesse cálculo do PEF não levamos em conta eventuais desembolsos no pagamento de empréstimos e financiamentos (amortização), que não representam custos ou despesas.

3.25.3. Influência das alterações dos custos e despesas fixos no ponto de equilíbrio

A empresa Cata Venttus Ltda., possui a seguinte estrutura de custos, despesas e valor de vendas em determinado ano:

Custos + Despesas Variáveis: R$ 10,00/u Custos + Despesas Fixos: R$ 150.000,00 Preço de Venda: R$ 18,00.PEC = R$ 150.000,00/R$ 8 -1 8 .7 5 0 unidades ou uma receita bruta de vendas

de R$ 337.500,00 por ano.Sabe-se que os salários, em determinadas empresas, são muito significativos.

Supondo um incremento de 50% na folha de pagamentos, e que esta representa 60% dos custos fixos, qual será o impacto desse aumento nos salários dos ope­rários no PEC?

A folha de pagamento eqüivale a 60% dos Custos e Despesas Fixos, então ela possui o valor de R$ 90.000,00 (60% de R$ 150.000,00).

Dessa forma, o acréscimo será de R$ 45.000,00 (50% de R$ 90.000,00).O novo PEC será:PEC = R$ 150.000,00 + R$ 45.000,00/8 = 24.375 unidades ou uma receita

total de vendas de R$ 438.750,00.Isso acarreta um acréscimo de 30% no volume de vendas [(24.375 - 18.750)

/18.750],Perceba que os custos ou as despesas fixas aumentaram de 150.000 para

195.000, ou seja, aumentaram R$ 45.000,00 em R$ 150.000,00, o que também representa 30%. Isso sempre será assim, pois 1% de aumento no custo ou despesa fixos gera 1% de aumento no volume ou no valor de vendas!

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3.26.4. Influência das alterações dos custos e despesas variáveis

A matéria-prima é um dos fatores de produção que mais influenciam os custos em muitas empresas* Sabemos que alguns materiais diretos são importados ou sujeitos as oscilações de preço com maior ou menor constância.

Desta forma, admitindo que determinada empresa apresente a seguinte estrutura de custos, despesas e valor de venda, o PEC será de:

Custos + Despesas Variáveis: R$ 22,00/uCustos + Despesas Fixos: R$ 165.000,00Preço de Venda: R$ 38,50.PEC - R$ 165.000,00/R$ 16,50 = 10.000 unidades ou R$ 385.000,00 em

vendas totais.Imagine, agora, que haja um aumento de 20% nos custos variáveis em função

do aumento no preço dos materiais diretos. Os custos e Despesas Variáveis pas­sarão a ser de R$ 26,40 (R$ 22,00 x 1,2) e a margem de contribuição será de R$ 12,10 (R$ 38,50 - R$ 26,40). O novo PEC será:

PEC - R$ 165.000,00/R$ 12,10 = 13.636,36 unidades ou R$ 525.000,00 de vendas totais.

Analisando esse resultado, percebe-se que o aumento de 20% nos Custos e Despesas Variáveis provocou aumento de 36,36% no ponto de equilíbrio.

Em regra, se a Margem de Contribuição Unitária é pequena, uma variação nos Custos + Despesas Variáveis, mesmo que seja pequena, provoca aumento em per­centual maior no ponto de equilíbrio. Entretanto, se a Margem de Contribuição Unitária for grande, um aumento nos Custos e Despesas Variáveis provoca menor alteração no ponto de equilíbrio.

3.26.5. Influência das alterações dos preços de venda

Um aumento no preço de venda provoca aumento na Margem de Contribuição Unitária e, com isso, redução das quantidades vendidas ou do valor das vendas totais para se chegar ao PEC.

Tomemos como exemplo os dados do item anterior, em que apuramos um PEC de 10.000 unidades ou R$ 385.000,00 de vendas totais. Se aumentarmos o preço de venda em 10%, o novo valor das vendas passará para R$ 42,35, então a nova Margem de Contribuição Unitária será de R$ 20,35. O novo PEC será, então, de:

PEC = R$ 165.000,00/R$ 20,35 = 8.108,11 unidades ou R$ 343.378,37 em vendas totais.

Isso representa uma redução de 18,92% no PEC.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 163

3.26. Exercícios propostos1. (Cesgranrio/TEC-CTB - Petrobras/2005) Todo o custo variável, neces­

sariamente, é também:a) alocado aos produtos, por meio de rateio;b) considerado um custo de transformação;c) elemento a ser desprezado na apuração do custo real;d) um custo indireto;e) um custo direto.

2. (Cesgranrio/TEC-CTB - Petrobras/2005) Em relação a custos diretos e indiretos, assinale a afirmativa correta.a) Matéria-prima é custo indireto, porque não se identifica com os produtos.b) Depreciação das máquinas é custo direto, porque se relaciona com o equi­

pamento utilizado na produção.c) A manutenção das máquinas é custo direto, porque varia proporcionalmente

ao aumento de vendas.d) Matéria-prima e mão de obra direta são custos diretos, porque podem ser

apropriados perfeitamente aos diversos produtos fabricados.e) O aluguel de fábrica não é um item apropriáveí na contabilidade de custos.

3. (Cesgranrio/TEC-CTB - Petrobras/2005) Assinale a opção que apre­senta a principal diferença entre o critério de custeio por absorção e o critério de custeio direto ou variável.

Critério de custeio por absorção Critério de custeio direto ou variávela) Só aloca aos produtos o custo variá­

vel.Apropria todos os custos aos produtos.

b) Considera como custo até despesas fixas.

Contabiliza como custos somente o custo direto e as despesas variáveis.

c) Apropria aos produtos tanto os cus­tos variáveis quanto os fixos.

Apropria os custos variáveis, tratando os fixos como se fossem despesas do período.

d) Acumula, nos produtos, os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis, além dos custos imputados.

Somente apropria aos produtos os custos variáveis, lançando os custos fixos, na pro­dução do período seguinte.

e) Apropria aos produtos todos os cus­tos, exceto o custo de oportunidade.

Apropria aos produtos os custos variáveis e o de oportunidade.

4. (UFPA/lnfraero/Contador/2004) Para fins de tributação, o Fisco admiteo seguinte método de apuração de custos:a) ABC; d) padrão;b) absorção; e) variável.c) direto;

5. (Esaf/AFC/2002) Nas opções abaixo, assinale a afirmativa correta.a) O custeamento por ordem de produção ocorre quando a empresa programa

sua atividade produtiva a partir de encomendas específicas, caracterizando uma produção contínua.

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b) A grande desvantagem da análise do ponto de equilíbrio está na sua com­plexidade. Dificulta os estudos de viabilidade econômica para avaliar em­preendimentos potenciais.

c) O custeio por absorção é um processo cujo objetivo é ratear todos os ele­mentos variáveis do custo em cada fase de produção.

d) Custo-Padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de fabricação e se divide nos tipos: estimado, con­vencional e corrente.

e) O sistema ABC é um sistema de custeio baseado nas atividades que a em­presa realiza no processo de fabricação, caracterizando uma forma analítica de ratear custos indiretos aos produtos.

(NCE/UFRJ/AFTE - AM/2005) Em razão da necessidade de base adequa­da para a fixação do preço de venda, nasceu a técnica chamada RKW, que consiste:a) em atribuir custo-padrão usado com o custeio por absorção;b) em atribuir custo-padrão usado com o custeio variável;c) em atribuir custo-padrão usado tanto com o custeio por absorção quanto

com o custeio variável;d) no rateio não só dos custos de produção, como também de todas as despesas

da entidade, excluídas as financeiras, a todos os produtos;e) no rateio não só dos custos de produção, como também de todas as despesas

da entidade, inclusive as financeiras, a todos os produtos.

(Esaf/AFRE-MG/2005) Assinale a opção que contém procedimento,, uti­lizado no tratamento de custos, conflitante com princípios/norm as/ convenções contábeis.a) custeio variável; d) consistência;b) custeio por absorção; e) materialidade.c) custo benefício;

(Esaf/MPOG/2002) Assinale a opção correta.a) No sistema denominado de custeio variável o lucro dos produtos vendidos

é formado pelo valor total das vendas, deduzido dos custos variáveis totais.b) O valor total dos custos com matérias-primas mais o valor total dos custos

com Mão de Obra Direta, aplicados em um produto, é denominado custo primário.

c) A margem de contribuição é apurada comparando-se as receitas de vendas com a soma dos custos com matérias-primas e mão de obra aplicadas na produção.

d) Na hipótese de uma economia sem inflação, isto é, sem alteração nos custos de produção, podemos afirmar que os custos totais da indústria são inde­pendentes do volume de produção.

e) Se a inclusão de determinada matéria-prima, na produção de um produto único, for obrigatória, esse gasto constitui-se em um custo fixo.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 165

9. (Agente de Fiscalização - TCM/SP - Cetro/2006) Assinale a alternativa que identifica um "Custo Imputado”.a) Um custo indireto atribuído ao produto por rateio.b) Um custo de oportunidade atribuído ao produto.c) Um custo logístico diretamente atribuído ao produto.d) Um custo comum apropriado por um direcionador.e) Um custo fixo identificado.

10. (Analista Legislativo I - Contador - AL/ES - NCE/UFRJ/2006) Em relação à contabilidade de custos, é correto afirmar que:a) Custo Direto: são os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas

para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados diretamente aos produtos. 0 parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério de rateio;

b) Custo Indireto: é um custo determinado da forma mais científica possível peia engenharia de produção da empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência da mão de obra, com o mínimo de desperdício de todos os insumos envolvidos;

c) Custo ABC: é uma metodologia que procura reduzir sensivelmente as dis­torções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos;

d) Custeio Direto: significa a apropriação, aos produtos elaborados pela empre­sa, de todos os custos incorridos no processo de fabricação, quer estejam diretamente vinculados ao produto, quer se refiram à tarefa de produção em geral e só possam ser alocados aos bens fabricados indiretamente, isto é, mediante rateio;

e) Custeio por Absorção: é o método de avaliar os estoques de produtos atribuindo-se a eles apenas e tão somente os custos variáveis de fabricação, sendo os custos fixos descarregados diretamente como despesas do período.

11» (Contador - Pref. Vitória/ES - FJPF/2007) o método de custeio pelo qual todos os custos variáveis são incluídos e os custos fixos são tratados como despesa denomina-se custeio:a) direto;b) por absorção;c) marginal;d) indireto;e) operacional.

12. (Contador - Pref. Vitória/ES - FJPF/2007) O método de custeio pelo qual apenas os custos de materiais diretos são incluídos como custos do produto denomina-se custeio:a) padrão;b) real;c) normal;d) variável;e) racional.

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13. (C on tad or - Pref. Vitória/ES - FJPF/2007) No âmbito da tomada de decisão, quando o agente opta por uma determinada alternativa de alocação de recursos, ele rejeita a contribuição para a renda por não usar um recurso limitado na sua segunda melhor alternativa. O que foi rejeitado é designado por custo;a) marginal; d) a recuperar;b) perdido; e) alternativo.c) de oportunidade;

14. (Cesgranrio/TEC-CTB-Petrobras/2005) O lançamento que registra a requisição de matérias-primas feita pela fábrica ao Almoxarifado é:a) Estoque de Matéria-prima

a Produtos em Elaboração;b) Produtos em Elaboração

a Estoques de Matérias-primas;c) Produtos em Elaboração

a Fornecedores a Pagar;d) Produtos em Elaboração

a Produtos Acabados;e) Fornecedores

a Produtos em Elaboração.

1 S. (Cesgranrio/TEC - CTB-Petrobras/2005) Foram extraídos da Cia. Per­nambucana os seguintes dados, em reais, referentes ao mês de setem­bro de 2005:Vendas Líquidas 200.000,00Mão de Obra Direta (MOD) 24.000,00Mão de Obra Indireta (MOI) 25.000,00Luz e força da Fábrica 8.500,00Materiais D iversos da Fabrica 1.500,00Outros Custos de Fábrica 10.500,00Salários de Vendedores 10.500,00Despesas de Viagens 10.000,00Publicidade e Propaganda 8.500,00Salários do Escritório 15.000,00Despesas Diversas do Escritório 2.400,00Lucro Bruto do Exercício 64.400,00Compras Líquidas 63.100,00

Inventários Inicial FinalMatéria-prima 8.000,00 7.000,00Produtos em processo 6.000,00 5.000,00Produtos acabados 5.000,00 4.000,00

Com base nos dados acima, o custo dos produtos vendidos, em reais, montou a:a) 144.600,00; d) 88.100,00;b) 135.600,00; e) 64.100,00.c) 134.600,00;

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 167

16. (Esaf/AFC/2002) A firma indústria & Comércio de Coisas forneceu aoContador as seguintes informações sobre um de seus processos defabricação:

Estoque inicial de materiais R$ 2.000,00Estoque inicial de produtos em processo R$ 0,00Estoque inicial de produtos acabados R$ 4. SOO,00Compras de materiais R$ 2.000,00Mão de Obra Direta R$ 5.000,00Custos indiretos de fabricação 70% da mão de obra diretaICMS sobre compras e vendas 15%IPI sobre a produção alíquota zeroPreço unitário de venda R$ 80,00Estoque final de materiais R$ 1.400,00Estoque inicial de produtos acabados 75 unidadesProdução completada 150 unidadesProdução iniciada 200 unidadesFase atual de produção 60%Produção vendida 100 unidades

Fazendo-se os cálculos corretos, atinentes à produção acima exempli­ficada, podemos dizer que:a) a margem de iucro sobre o preço líquido foi de 10%;b) o lucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$ 1.400,00;c) o iucro bruto alcançado sobre as vendas foi de R$ 8.000,00;d) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 6.000,00;e) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 7.200,00.

17. (Esaf/AFC/2002) A Fábrica de Sorvetes Spuma, iniciando o período produtivo, adquiriu materiais no valor de R$ 10.000,00, registrou as despesas de Mão de Obra Direta à base de 60% dos materiais consu­midos, aplicou custos indiretos estimados em R$ 6.000,00 e realizou despesas de R$ 3.000,00 com vendas.No período, a fábrica vendeu 70% da produção, na qual usara 90% dos materiais comprados.Sabendo-se que toda a produção iniciada foi concluída, podemos dizer que:a) o custo de transformação foi de R$ 12.000,00;b) o custo por absorção foi de R$ 14.280,00;c) o custo primário foi de R$ 14.400,00;d) o custo do produto vendido foi de R$ 17.280,00;e) o custo total do período foi de R$ 20.400,00.

18. (Esaf/AFC/2002) A Industrialzinha Ltda. adquiriu matérias-primas paraserem utilizadas na fabricação de seus produtos no mês de agosto, exigindo entrega em domicílio, mesmo que onerosa. A nota fiscal dessa compra espelhou os seguintes dados:

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19.

20.

quantidade 500 unidadespreço unitário R$ 8,00IPI 10%ICMS 17%despesas acessórias/fretes R$ 240,00No mês de agosto a empresa utilizou 60% desse material na produção. O s fretes não sofreram tributação. Com base nas informações forneci­das e sabendo-se que a empresa é contribuinte tanto do IPI quanto do ICMS, assinale o lançamento correto para contabilizar a apropriação de matéria-prima ao produto (desconsiderar históricos).a) Produtos em Processo

a Matéria-Primã RS 1.896,00.b) Produtos Acabados

a Matéria-Prima R$ 1.896,00.c) Produtos em Processo

a Matéria-Prima R$ 2.376,00.d) Produtos em Processo

a Matéria-Prima R$ 2.136,00.e) Produtos Acabados

a Matéria-Prima RS 2.136,00.

(Esaf/AFC/2002) Na relação de custos abaixo estão incluídos todos os gastos gerais de fabricação do segundo trimestre de 2002, ocorridos na empresa Comércio & Indústria Ltda.Seguro contra incêndio incorrido R$ 2.100,00 Imposto predial R$ 2.400,00Iluminação do prédio R$2.100,00Depreciação do edifício R$ 2.400,00Mão de Obra Direta R$ 2.400,00Mão de obra indireta R$2.100,00Encargos sociais do período R$ 0,00Com base nas informações acima, pode-se dizer que o valor dos gastos gerais de fabricação debitado na conta Produtos em Processo foi de:a) RS 9.000,00; d) R$ 12.000,00;b) R$ 9.900,00; e) R$ 1 3.500,00.c) R$ 11.100,00;

(NCE/UFRJ/AFTE - AM/2005) A empresa Cortà Custos, ao longo do ano,apurou os dados listados a seguir (ton = tonelada) Com base nessesdados, o resultado da empresa é:vendas no ano 1.000/toncustos fixos de produção $ 150.000custos variáveis de produção $ 125/tondespesas lixas $ 42.000despesas variáveisimpostos $ 10/tontaxas $ 5/tonpropaganda $ 2/tonpreço de venda $ 360/ton

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 169

a) $ 26.000; d) $ 32.000;b) $ 28.000; e) $ 34.000.c) $ 30.000;

21. (Esaf/AFRE - MG/2005) A empresa Atualíssima é totalmente automa­tizada, usando tecnologia de computação de última geração em seu processo produtivo, necessitando, por essa razão, manter um Depar­tamento de Manutenção de Microcomputação, que apresenta siste­maticamente uma ociosidade de utilização de aproximadamente 25% por mês, justificada como imprescindível pela Diretoria de Produção, segundo os relatórios apresentados em reunião de Diretoria. Nessa mesma reunião, o diretor administrativo informa que a manutenção e conserto dos microcomputadores de seu departamento vêm sendo realizados, até então, por uma empresa terceirizada, o que implica um desembolso médio anual de $ 800.000,00. Tendo em vista a política de contenção de gastos aprovada, solicita que esse serviço seja realizado pelo Departamento de Produção, utilizando a ociosidade de tempo re­latada, tendo em vista que é plenamente viável a medição de todos os gastos que vierem a ser efetuados. Além disso, poder-se-ia aproveitar pelo menos parte da ociosidade do Departamento de Manutenção de Microcomputação. Nesse caso, os gastos efetuados com a manutenção solicitada peia Diretoria Administrativa deveriam ser tratados como:a) custo de produção; d) recuperação de custo;b) despesa de manutenção; e) custo primário.c) receita eventual;

Enunciado para a resolução das questões 22 e 23.A Cia. Pesos & Pesados, fabricante do produto "X”, tem um processo de fabricação relativamente simples. Em 20 x 3 os relatórios da Enge­nharia de Produção apontam os seguintes dados: i. dados financeiros;

Itens requisitadosMatéria-Prima 3.800.000Mão de Obra Direta 4.000.000Custo Indireto de Fabricação 2.200.000

Estoques existentes no início do períodoProdutos não Acabados 50.000Produtos Acabados 400.000Matéria-Prima 200.000

Estoques identificados ao final do períodoProdutos Acabados 199.000Matéria-Prima -0-

II. dados físicos;Estoques existentes no início do período

Produtos não Acabados 5% do custo de produçãoProdutos Acabados 1.000/unidadesMatéria-Prima 2.000/toneladas

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III. o u tra s in fo rm ações:Durante o ano de 20 x 4, após a implantação de um rígido controle de qualidade, o índice de produtos em elaboração ao final do período foi reduzido em 80% em relação ao verificado no período anterior; foram acabadas 25.000/unidades no ano, com redução de custo de R$ 2,00 em cada uma das unidades acabadas.Com base nas informações fornecidas indicar:

22. (Esaf/AFRE - MG/2005) Qual o valor da produção acabada?a) R$ 9.000.000,00; d) R$ 9.990.000,00;b) R$ 9.925.500,00; e) R$10.000.000,00.c) R$ 9.950.000,00;

23. (Esaf/AFRE - MG/2005 - com adaptações) O total de unidades vendidas é:a) 24.000; d) 24.890;b) 24.290; e) 25.500.c) 24.800;

24. (Esaf/MPOG/2003) Observe as cinco opções abaixo, apresentadas emordem alfabética. Assinale aquela que contém a assertiva incorreta:a) Regime de caixa é o processo de contabilização pelo qual o reconhecimento

das receitas e das despesas depende apenas do momento em que ocorreram os respectivos fatos geradores.

b) Custo de oportunidade é o lucro máximo alternativo que se poderia ter se o bem, serviço ou capacidade produtiva tivesse sido aplicado de outra forma.

c) Margem bruta é a diferença entre as vendas e o custo dos produtos ou mercadorias vendidas, é também chamada de lucro bruto.

d) Margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e as despesas variáveis. É também chamada de lucro marginal.

e) Custeamento normal é o método de alocação de custos a produtos usando- se materiais diretos, mão de obra direta efetiva e taxas predeterminadas de despesas indiretas.

25. (Esaf/Auditor-Fortaleza/2003) A empresa Reparadora Ltda. apurou osseguintes dados no mês:

Itens Valores ém R$Custo da mão de obra 5.000,00Custo de baixa de bens 1.000,00Custo do material aplicado 4.000,00Depreciação de equipamentos operacionais 300,00Despesas Financeiras 500,00Imposto sobre serviços 500,00Vendas de Serviços 1 5.500,00

Indique a opção que contém o valor correspondente ao Lucro Bruto.a) R$ 4.200,00. d) R$ 5.200,00.b) R$ 4.700,00. e) R$ 5.700,00.c) R$ 5.000,00.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 171

26. (Agente de Fiscalização - TCM/SP - Cetro/2006) Considerando as infor­mações abaixo, identifique a alternativa que demonstra corretamente o resultado operacional antes dos impostos e o saldo do estoque, respectivamente, pelo método de custeio por absorção e pelo método de custeio variável.I. Durante o mês foram fabricadas 135.000 unidades, das quais

somente 100.000 foram vendidas no período (o estoque iniciai é zero).

II. O preço de venda unitário (já deduzidos os impostos) foi de $ 10,00.III. O custo de matéria-prima (variável) por unidade foi de $ 3,00.IV. O custo de Mão de Obra Direta (variável) por unidade foi de $ 2,00.V. O custo indireto de fabricação (fixo) por unidade foi de $ 1,50.VI. As despesas com vendas e administrativas no mês foram de $ 80.000.a) Custeio absorção: resultado operacional de $ 350.000 e estoque de $ 227.500;

Custeio variável: resultado operacional $ 500.000 e estoque de $ 175.000.b) Custeio absorção: resultado operacional de $ 270.000 e estoque de $ 175.000;

Custeio variável: resultado operacional $ 500.000 e estoque de $ 175.000.c) Custeio absorção: resultado operacional de $ 420.000 e estoque de $ 227.500;

Custeio variável: resultado operacional $ 350.000 e estoque de $ 175.000.d) Custeio absorção: resultado operacional de $ 270.000 e estoque de $ 227.500;

Custeio variável: resultado operacional $ 217.500 e estoque de $ 175.000.e) Custeio absorção: resultado operacional de $ 217.500 e estoque de $ 175.000;

Custeio variável: resultado operacional $ 270.000 e estoque de $ 227.500.

27. (Contador - Eletrobras - NCE/UFRJ - 2007) É contabilizado como custo fixo:a) consumo de energia;b) materiais;c) matéria-prima;d) mão de obra;e) aluguel da fábrica.

28. (Auditor Fiscal - Estado/RO - FJTP/2006) Durante o exercício de 2005, uma indústria registrou os seguintes dados no seu sistema de custos(em R$):

Estoque inicial de matéria-prima 7.000Compra de matéria-prima:Valor da matéria-prima discriminado na Nota Fiscal. 12.000Desconto concedido 10% do valor da matéria-primaICMS destacado na Nota Fiscal da compra 18%Frete 200Estoque final de matéria-prima 2.700Salário bruto pago aos operários. 6.000INSS sobre salário dos operários (parcela do empregador) 660INSS parcela do empregado 480imposto de Renda descontado na fonte 1.200Provisão de 13a Salário dos operários 500

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C o n ta b ilid ad e de C u sto s e ftn á lise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Provisão de 1 /3 de Férias dos operários 160Energia (70% do gasto na produção e 30% do gasto na administração) 3.000Aluguel do parque fabrii 3.000Depreciação das máquinas industriais 700Mão de Obra indireta 2.800Estoque inicial de produtos em elaboração 3.000Estoque final de produtos em elaboração 1.800Estoque inicial de produtos acabados 12.300Estoque final de produtos acabados 9.800Receita bruta de vendas 90.000ICMS sobre vendas 18%Despesas de vendas 9.000Outras despesas administrativas 7.100

Com base nas informações acima, o lucro operacional apurado no pe­ríodo foi:a) R $ 21.880b) R$ 22.360c) R$ 23.824d) R$ 24.040e) R$ 25.720

29. (Esaf/AFC/2002) A empresa Fabricante S/A produz os itens Alfa, Betae Delta. O custo a ratear entre os três produtos totaliza R$ 36.000*00. O rateio é baseado nas horas-máquina (hm) trabalhadas para cada um deles. Com o consumo de 120, 240 e 360hm para cada tipo de produto, respectivamente, foi concluída a produção de 300 unidades, em quanti­dades rigorosamente iguais de Alfa, Beta e Delta. O custo direto unitário também foi o mesmo para cada tipo de produto, ou seja, R$ 250,00. Com base nessas informações, pode-se afirmar que:a) o custo unitário de Delta foi de R$ 250,00;b) o custo unitário de Alfa foi de R$ 310,00;c) o custo unitário de cada um dos três produtos foi de RS 370,00;d) o custo unitário de Beta foi de R$ 430,00;e) o custo total do período foi de R$ 36.000,00.

30. (Esaf/MPOG/2003) A fábrica de pentes Karekeskovas LTDA., ao üm do exercício social apresentava as seguintes contas e saldos respectivos. Contas SaldosReceitas de Vendas 5.300,00Compras de Materiais 1.500,00Duplicatas a Receber 1.100,00Duplicatas a Pagar 500,00Produtos Acabados 380,00Produtos em Fabricação 490,00Matérias-Primas 330,00Capital Social 3.000,00Lucros Acumulados 1.200,00

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CAMPUS Capitulo 3 — Noções de Custos 173

Com issões de Vendedores 800,00Mão de Obra Direta 960,00Despesas indireta de Fábrica 700,00Pessoal de Escritório 1.700,00Depreciação Acumulada 450,00Dividendos Distribuídos 400,00Material de Consumo 190,00Máquinas e Equipamentos 1.500,00Bancos Conta Movimento 180,00Móveis e Utensílios 920,00Observações:1. A taxa predeterminada de apropriação das despesas indiretas foi

de 60% da matéria-prima utilizada.2. A taxa predeterminada de apropriação da Mão de Obra Direta foi

de 80% da matéria-prima utilizada.3. A s compras e vendas não estão sendo tributadas.4. Ao üm do período, os inventários físicos confirmaram a existência

dos seguintes estoques:Produtos Acabados 380,00Produtos em Fabricação 450,00Matérias-Primas 630,00

Com base nos valores acima indicados, utilizando-se o método de cus­teio por absorção, processado por custeamento normal, pode-se dizer que, no período exemplificado, o custo do produto acabado foi de:a) R$ 2,900,00; d) R$ 3.350,00;b) R$ 2.920,00; e) R$ 3.370,00.c) R$ 3.300,00;

31. (Esaf/MPOG/2002) De uma empresa industrial, fabricante dos produtos “X” e “Y’\ foram levantados os seguintes dados:

Produto “ X” Produto “Y”Produção do período, unidades 10.000 20.000Horas gastas na produção 20.000 30.000Preço unitário de venda R$ 2,00 R$ 4,00Matéria-Prima consumida R$3.000,00 R$ 10.000,00Mão de Obra Direta empregada R$ 2.000,00 R$ 6.000,00Estoques iniciais nihil nihilEstoques finais nihil nihilProdutos vendidos no período, unidades 10.000 20.000Sabendo-se que os custos fixos do período, no valor totai de R$30.000,00, foram apropriados com base na quantidade de horas gastas na produção e não há incidência de tributos sobre o preço de vendas, podemos afirmar que o lucro bruto unitário de vendas do produto “X” e do produto ‘T foi, respectivamente, de:a) R$ 0,30 e R$ 2,30b) R$ 1,70 e R$2,30c) R$ 2,30 e R$ 1,70

d) R$ 2,30 e R$ 2,30;e) R$ 1,70 e R$ 1,70.

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32. (Esaf/MPt>G/2002) O Departamento de Produção da Cia. Industrial, emum determinado período, Identificou os seguintes dados:

ProdutoCustos Variáveis/

unidadePreço de Venda/

unidadeUnidades totais

produzidasA R$ 2.800,00 R$ 4.000,00 1.500B R$ 4.000,00 R$ 5.000,00 2.000C R$ 1.500,00 R$ 2.500,00 500D R$ 1.700,00 R$ 3.500,00 1.000

Levando em conta que a empresa produz e vende, Integralmente, a sua produção, que no período incorreu em custos fixos no valor de R$ 1.000.000,00, e que sobre o preço de venda não há incidência de tributação, pode-se afirmar que;a) utilizando como rateio dos custos fixos as unidades produzidas, o produto

“A” será o que apresentará o menor iucro unitário em relação aos demais produtos;

b) se a empresa rateia seus custos fixos, tomando como base as unidades produzidas, o lucro unitário obtido com o produto “B” terá o mesmo valor do lucro unitário do produto “C”;

c) independente do critério de rateio utilizado o produto “B” terá o maior lucro unitário em função de ter o maior preço unitário de venda e a maior produ­ção;

d) o produto “C” é o que gera o menor lucro unitário tendo em vista possuir a menor produção e o preço de venda unitário mais baixo em relação aos demais produtos;

e) o lucro unitário de “C” será maior que o obtido pelo produto “D" se o critério utilizado para o rateio dos custos fixos do período for o total dos custos variáveis.

33. (Esaf/AuditoHFortaleza/2003) A empresa Reparadora Elétrica Ltda.» que conserta eletrodomésticos, no mês atual possui as seguintes in­formações:estoque inicial da peça QT era de 100 peças a um custo unitário de R$ 2,00;as compras, no mês, montaram em 150 peças a um custo unitário de R$ 2,50;foram aplicadas 160 peças em reparos de eletrodomésticos. Considerando o método de avaliação dos estoques, denominado Custo Médio Ponderado, indique o Custo do Material Aplicado, que irá compor o Custo dos Serviços, assinalando a opção correta.a) R$ 320,00.b) R$ 328,00.c) R$ 360,00.d) R$ 368,00.e) R$400,00.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 175

34. (Esaf/Auditor-Fortaleza/2003) A empresa Computador Ágil Ltda. é prestadora de serviços de manutenção de computadores e identificou os seguintes dados no mês:itens Valores em R$Custo da mão de obra 2.000,00Custo do material aplicado 1.000,00O custo da mão de obra é pago no mês.A s operações correspondentes ao material aplicado possuem a seguinte descrição:compras, no mês, no montante de R$ 500,00; com prazo de pagamento de 30 dias;o estoque inicial correspondia a R$ 1.500,00.Identifique o conjunto de lançamentos referentes às operações reali­zadas, em uma das opções a seguir:

Valores em R$Débito Crédito

Caixa 2.000,00a Custo da mão de obra 2.000,00Estoques 500,00a Fornecedores 500,00Custo do material aplicado 1.000,00a Estoques 1.000,00Custo da mão de obra 2.000,00a Caixa 2.000,00Fornecedores 500,00a Estoques 500,00Estoques 1.000,00a Custo do material aplicado 1.000,00Caixa 2.000,00a Custo da mão de obra 2.000,00Fornecedores 500,00a Estoques 500,00Estoques 1.000,00a Custo do material aplicado 1.000,00Custo da mão de obra 2.000,00a Caixa 2,000,00Estoques 500,00a Fornecedores 500,00Custo do material aplicado 1.000,00a Estoques 1.000,00Custo da mão de obra 2.000,00a Caixa 2.000,00Fornecedores 500,00a Estoques 500,00Estoques 1.000,00a Custo do material aplicado 1.000,00

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35. (E sa f/A ud ito r-Fo rta leza /2 0 0 3 ) A empresa Elétrica de Automóveis Ltda. ap u rou os seguintes dados no mês:Itens Valores em R$Custo da mão de obra 3.000,00Custo de baixa de bens 1.000,00Custo do material aplicado 2.000,00Depreciação de equipamentos operacionais 200,00Despesas Financeiras 300,00Imposto sobre serviços 400,00Vendas de Serviços 10.400,00

Indique a opção que contém o valor do custo dos serviços prestados.a) R$ 5.000,00. d) R$ 6.200,00.b) RS 5.200,00. e) R$ 6.600,00.c) R$ 5.600,00.

A empresa Industriai Grasse fabrica e vende 2 tipos de perfume: X e Y. A fabricação do produto X consome 2,75Kg de matéria-prima por unidade e 2b de Mão de Obra Direta por unidade, ao passo que a fa­bricação do produto Y consome 1 OKg de matéria-prima por unidade e 3b de Mão de Obra Direta por unidade. Sabe-se que a matéria-prima e a Mão de Obra Direta podem ser utilizadas indistintamente nos dois produtos. O quilo da matéria-prima custa ft$ 2,00 e a taxa da mão de obra R$ 3,00/h. A empresa incorre em custos lixos mensais (comuns aos dois produtos) de R$ 9.400,00 e em despesas fixas mensais de R$ 4.000,00, além de despesas variáveis correspondentes a 10% da receita. Considere que, em agosto próximo passado, a empresa Gras­se produziu 100 unidades do produto X e 90 unidades do produto Y. Considere, ainda, que em agosto os estoques iniciais estavam vazios e que a empresa vendeu 80 unidades de cada produto, sendo o produto X ao preço unitário de R$ 150 e o produto Y por R$ 250.

36. (Auditor Fiscal - Sefaz/RJ - FGV/2008) O resultado que a empresa in­dustrial Grasse apurou em agosto próximo passado, pelo custeio por Absorção (utiIizando*se as horas totais de Mão de Obra Direta como critério de rateio), foi:a) R$ 20.760,00; d) R$13.560,00;b) R$13.400,00; e) R$12.160,00.c) R$ 13.538,67;

37. (Auditor - Imbel - Cetro - 2004) Num determinado período, ocorreram os seguintes gastos em reais numa empresa:Matéria-prima 135.000,00Mão de Obra Direta 80.000,00Energia elétrica da produção 30.000,00Salários e encargos administrativos 40.000,00Depreciação de máquinas produtivas 15.000,00Despesas de entrega 10.000,00

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos

Com base nos dados acima, o custo da produção do período foi de:a) 21,500,00; d) 260.000,00;b) 245.000,00; e) 300.000,00.c) 310.000,00;

38. (Contador - TCE/RO - Cesgranrio - 2007) Em Contabilidade de Custos, quando houver necessidade de utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação, ou cada vez que houver o uso de estimativas, em vez de medição direta, o custo será incluído como:a) imputado; d) variável;b) segregado; e) identificado.c) indireto;

39. (Técnico de Contabilidade - Refap - Cesgranrio - 2007) A indústria Nordestina Ltda. apresentou, em janeiro de 2007, o estoque inicial e o final de matérias-primas, com saldo igual a zero. Sabendo-se que a Indústria registra como custos variáveis somente a matéria-prima e a Mão de Obra Direta, sendo os demais lixos, o custo direto apurado no mês de janeiro de 2007 correspondeu a (ao):a) diferença entre o estoque finai de matérias-primas e o valor da Mão de Obra

Direta;b) soma das compras de matérias-primas com o valor da Mão de Obra Direta;c) vaíor da Mão de Obra Direta, somente;d) valor das compras de matérias-primas, somente;e) valor zero.

40. (Técnico de Contabilidade - Refap - Cesgranrio - 2007) Em março de 2007, a Indústria de Metais Metaiive Ltda. apresentou os seguintes dados, em reais:Venda de produtos 200.000,00MOD - Mão de Obra direta 24.000,00MOi - Mão de Obra indireta 25.000,00Luz e força da Fábrica 8.500,00Materiais diversos da Fábrica 1.500,00Seguro do prédio da Fábrica 1.300,00Salários de Vendedores 10.500,00Depreciação das máquinas da fábrica 9.200,00Despesas de viagens 10.000,00Despesa de Publicidade e propaganda 8.500,00Salários do escritório central 15.000,00Despesas Diversas do escritório centrai 2.400,00Lucro Operacional do exercício 18.000,00INVENTÁRIOS INICIAL FINAL (Em reais)Matéria-prima 8.000,00 6.000,00Produtos em Processo 6.000,00 8.000,00Produtos Acabados 5.000,00 6.000,00Com base nos dados acima, o valor, em reais, das compras de matérias- primas foi:

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a) 67.100,00; d) 46.400,00;b) 64.400,00; e) 45.500,00.c) 63.100,00;

Considere os dados de uma indústria automotiva, com valores em reais, no mês de janeiro de 2007, e responda à questão de na 41. Produção 180 unidades no mêsSalários e Encargos do Pessoal da Fábrica 28.000,00Manutenção das Máquinas da Fábrica 4.000,00Preço de Venda Unitário 600,00Despesas Administrativas 8.000,00Seguro da Fábrica no Mês 9.800,00Matéria-prima Consumida na Fábrica 32.000,00A Cia. utiliza o método de custeio por absorção e vendeu somente um terço da sua produção.

41. (Analista / contabilidade - EPE - Cesgranrio - 2007) O custo dos pro­dutos vendidos, em reais, foi:a) 20.000,00; d) 24.600,00;b) 21.333,33; e) 27.266,67.c) 23.266,67;

42. (Analista Legislativo I - Contador - AL/ES - NCE/UFRJ/2006) No método de custo aceito pela Receita Federai para fíns de apuração da tributação sobre o lucro apurado, é considerado(a) despesa:a) depreciação de máquinas usadas na produção;b) valor pago pela tecnologia do produto fabricado;c) valor do frete de matéria-prima;d) valor desembolsado com energia elétrica consumida na produção;e) valor desembolsado em propaganda do produto produzido.

43. (Esaf/MPOG/2003) Abaixo, são apresentados os dados do processo fabril de Colchas e de Edredons da Fábrica Edreds Ltda., no exercício de 2003.Despesas indiretas de fábrica rateadas R$ 1.800,00Custo dos produtos vendidos R$ 4.000,00Despesas indiretas de fábrica efetivas R$ 2.000,00Estoque de materiais diretos R$ 400,00Estoque de produtos acabados R$ 1.400,00Estoque de produtos em elaboração R$ 800,00Custo dos produtos acabados R$ 3.800,00Materiais diretos requisitados para produção R$ 1.700,00Materiais diretos comprados no período R$ 1.900,00

Observações:1. As despesas indiretas de fábrica foram rateadas e alocadas à pro­

dução peia taxa de 180% do custo da Mão de Obra Direta;2. A s vendas brutas alcançaram R$ 7.000,00, com incidência de 20%

de ICMS;

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 179

3. As compras estão isentas de tributação.Se o método de alocação de custos ao produto for o “custeamento nor­mal”, pode-se afirmar que a única opção que responde corretamente à questão é a seguinte:a) o valor do estoque final de produtos acabados é R$ 1.000,00;b) o valor do estoque final de produtos acabados é R$ 1.244,78;c) o valor do estoque finai de produtos em processo é R$ 1.700,00;d) o valor do lucro bruto do período é R$ 1.400,00;e) o valor do custo fabril do período é R$ 5.200,00.

Utilize os dados extraídos da contabilidade de custos da empresa In­dustria Açoforte S/A para responder às questões 44 e 45.A contabilidade de custos da Indústria de Usinagem Açoforte S/A apresenta as seguintes informações:I. O controle de qualidade tem seus custos rateados conforme a quan­

tidade de horas aplicadas em cada unidade produtiva da indústria e no período teve um custo total de R$ 38.250,00.

II. O consumo de horas nas unidades produtivas foram as seguintes: tornearia 110 horas, fresaria 37 horas e estamparia 48 horas.

III. Sabe-se que produto Pino Alpha consome 38%, 14,5% e 23,7% dos recursos produtivos da tornearia, fresaria e estamparia, respecti­vamente, e que o custo direto para produção de 500 peças foi de R$ 38.000,00.

44. (Contador - Ceron/RO - Conesul/2006) Qual o valor do custo total unitário de cada unidade do produto Pino Alpha produzido neste lote de 500 peças?a) R$ 98,96. d) R$ 78,00.b) R$ 141,00. e) R$ 23,00.c) R$64,00.

45. (Contador - Ceron/RO - Conesul/2006) Qual o valor do custo de Con­trole de Qualidade para o produto Pino Alpha produzido no lote de 500 peças, acima descrito?a) R$ 32.000,00. d) R$ 38.250,00.b) R$ 11.483,00. e) R$ 27.577,00.c) R$ 43.483,00.

46. (Auditor Fiscal - Sefaz/RJ - FGV - 2008) Analise as afirmativas a seguir:I. O s coprodutos são todos os produtos secundários, isto é, deles se

espera a geração esporádica de receita que é relevante para a entidade, li. Dos subprodutos se espera a geração de receita regular ou esporá­

dica para a entidade, sendo seu valor irrelevante para a entidade, em relação ao valor de venda dos produtos principais.

III. O s subprodutos são avaliados, contábil mente, pelo valor líquido de realização.

IV. A receita auferida com a venda de sucatas é reconhecida como “Receita Não Operacional”.

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Assinale:a) se somente as afirmativas i e II forem corretas;b) se somente as afirmativas I, II e IV forem corretas;c) se somente as afirmativas li e III forem corretas;d) se somente as afirmativas li e IV forem corretas;e) se somente a afirmativa fll for correta.

47. (Contador Junior - Refap - Cesgranrio - 2007) Em Contabilidade, as sucatas, quando vendidas, são consideradas como:a) outras receitas operacionais;b) redução do custo de fabricação;c) redução do estoque de produtos em elaboração;d) redução do estoque de produtos acabados;e) receitas de vendas de mercadorias.

48. Uma empresa industrial, que apura seus custos através dos departamen­tos A, B e C, apropria o valor das despesas com consumo de energia elétrica levando em conta que:I. O departamento A opera com 5 máquinas.II. O departamento B opera com o dobro de máquinas em relação ao

departamento A.iil. O departamento C não opera máquinas.IV. A s máquinas são iguais entre si e registraram o mesmo consumo,

no período.Sabendo-se que as despesas de energia elétrica no período foram de R$ 150.000,00, a contabilidade de custos apropriou:a) RS 50.000,00 em A, R$ 75.000,00 em B e R$ 25.000,00 em C;b) RS 150.000,00 em A e R$ 0,00 em B;c) RS 0,00 em A e R$ 1 50.000,00 em B;d) RS 75.000,00 em A e RS 75.000,00 em B;e) RS 50.000,00 em A e RS 100.000,00 em B.

49. Para apropriar custos indiretos de fabricação aos seus produtos, uma empresa usa a aplicação de coeficiente predeterminado sobre o custo do material direto. Uma Ordem de Produção para 1.000 unidades do produto A apresentou os seguintes custos:Material R$ 10.000.000,00Mão de Obra R$ 4.000.000,00Sabe-se que a estimativa do valor do material e dos Custos Indiretos de Fabricação para produção total do período é de, respectivamente, R$ 50.000.000,00 e R$ 15.000.000,00. Assim, o valor de custo unitário do produto A relativo à Ordem de Produção citada será de (em R$);a) 13.000,00;b) 14.000,00;c) 17,000,00;d) 18.200,00;e) 25.000,00.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos

50. A Cia. Pasil trabalha com sistema de custeamento por ordem de produ­ção. Num determinado período, predeterminou seus Custos indiretos de Fabricação (CiF) em R$ 250.000,00. Sabendo-se que:1) os CiF efetivos foram R$ 210.000,00;2) não existiam, no Inicio do período, estoques de produtos em

elaboração e produtos acabados;3) no decorrer do período, toda a produção iniciada foi acabada e

desta, 80% foi vendida;4) a empresa encerra a conta Variação do CIF no final do período. Pode-se afirmar que, no lançamento de encerramento da conta, a contra­partida foi efetuada:a) a débito de Custo dos Produtos Vendidos no valor de RS 40.000,00;b) a débito de Custo dos Produtos Vçndidos e de Produtos Acabados nos va­

lores, respectivamente, de RS 32.000,00 e R$ 8.000,00;c) a crédito de Custo dos Produtos Vendidos e de Produtos Acabados nos va­

lores, respectivamente, de R$ 32.000,00 e R$ 8.000,00;d) a débito de Produtos Acabados e de Custo dos Produtos Vendidos nos va­

lores, respectivamente, de R$ 32.000,00 e R$ 8.000,00;e) a crédito de Produtos Acabados no valor de RS 40.000,00.

51. Considere as seguintes informações:1) Ordens de Produção existentes em 01/03/2007

Ordem n* Matéria-Prima Mão de Obra Gastos GeraisDireta de Produção

94.140 20.000,00 15.000,00 4.500,0094.145 9.000,00 14.000,00 4.200,0094.146 2.000,00 1.000,00 300,00

Os gastos de março de 2007 foram:Ordem nfi Matéria-Prima Mão de Obra Direta

94.140 6.000,00 3.000,0094.145 5.000,00 7.000,0094.146 3.000,00 2.000,0094.147 10.000,00 2.000,0094.148 8.000,00 6.000,00

3) O s gastos gerais de produção, no mês, foram de R$ 6.000,00 e foram apropriados proporcionalmente aos gastos com Mão de Obra Direta;

4) As ordens de produção 94.145,94.146 e 94.148 foram completadas e entregues durante o mês.

Na apuração de resultados, em 31/03/2007, foi levado a custo de produtos vendidos, o valor de (em R$):a) 66.000,00;b) 58.000,00;c) 52.000,00;d) 70.800,00;e) 82.500,00.

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Contabilidade de Custos e A n á lis e das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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52. A Cia. Vine utiliza o sistema de custeamento por processo. Num deter­minado mês, em que não havia estoque inicia! de Produtos em Elabora­ção, foi iniciada a produção de 1.000 unidades do produto X, das quais 800 foram acabadas no período. O quadro abaixo reproduz o total dos custos de produção incorridos no período e o grau de acabamento das 200 unidades remanescentes em elaboração, por tipo de custo:

TIPO DE CUSTOTOTAL DOS CUSTOS

INCORRIDOS (R$)

GRAU DE ACABAMENTO DOS PRODUTOS EM

ELABORAÇÃOMatéria-Prima 500.000,00 100%Mão de Obra Direta 300.000,00 80%Custos Indiretos de Fabricação 900.000,00 50%

Pode-se afirmar que, no final do mês, o saldo da conta Produtos em Elaboração corresponderá a (em R$):a) 362.500,00;b) 250.000,00;c) 1.450.000,00;d) 340.000,00;e) 238.000,00.

53. No caso da Cia. Vine, citado na questão anterior, o valor a ser transferi­do no mês para a conta de Produtos Acabados será de (em R$):a) 1.360.000,00;b) 1.337.500,00;c) 1.450.000,00;d) 1.462.000,00;e) 250.000,00.

54. A Cia. Lambda usa o sistema de custo por processo, estando apresenta­dos abaixo os dados de custo para o processo A referentes ao mês de janeiro de 2007.

Unidades em fabricação em 02/01/2007 NihiiUnidades iniciadas em janeiro 20.000Unidades transferidas ao processo B durante janeiro 16.000Unidades em fabricação no dia 31/01/2007 4.000Custo de Materiais Diretos utilizados em janeiro R$ 50.000,00Custo da Mão de Obra Direta incorrida em janeiro R$ 39.800,00Custos Indiretos da Fabricação incorridos em janeiro R$ 38.000,00

Supondo-se que a matéria-prima é utilizada somente no início do pe­ríodo do processo, e que as unidades em fabricação em 31/01/2007 estão 50% acabadas, pede-se o cálculo do custo unitário da produção de janeiro:a) R$ 6,39 por unidade;b) R$ 6,82 por unidade;c) R$ 7,98 por unidade;d) RS 12,78 por unidade;e) R$ 15,97 por unidade.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos

5 S. Quando dois ou mais produtos são produzidos simultaneamente como resultado da mesma operação em que não há uma maneira positiva de determinar o valor do custo aplicável a cada um deles, ocupando cada um posição relevante no mercado, do ponto de vista da empresa que os produz, são denominados;a) coprodutos;b) subprodutos;c) produtos primários;d) produtos secundários;e) produtos intermediários.

56. Assinale a alternativa correta:a) subprodutos e resíduos não são incluídos no Piano de Contas, porque se

trata, geralmente, de valores baixos;b) subprodutos e resíduos são produtos secundários e sucatas, dos quais a

empresa, normalmente, obtém receitas através da sua comercialização;c) as sucatas não devem aparecer, no final do período, no grupo de Estoques,

pois seu valor é irrelevante;d) os custos dos subprodutos devem aparecer como Receita Bruta Operacional

para a apuração do Lucro Bruto Operacional;e) coproduto e subproduto são expressões sinônimas.

57. O s itens de produção, que nascem de forma normal durante o processo produtivo, mas não possuem mercado definido, e cuja venda é alea­tória, são denominados:a) perdas produtivas;b) subprodutos;c) sucatas;d) coprodutos;e) perdas improdutivas.

58. (Esaf/AFC/2002) A Cia. Roupas de Festa coloca no mercado seu produto principal ao preço unitário de R$ 86,75, isento de IPI, mas com ICMS de 17%. O custo variável nessa produção alcança R$ 54,00. A Cia. está conseguindo vender 1.200 peças mensais, mas com isto não tem obtido lucros, apenas tem alcançado o ponto de equilíbrio. A firma acaba de obter uma redução de R$ 9,00 por unidade fabricada no custo da Mão de Obra Direta, mas só conseguirá reduzir o preço de venda para R$ 79,52. Se esta empresa produzir e vender, no mesmo mês, duas mil unidades de seu produto nas condições especificadas, podemos dizer que obterá um lucro bruto de:a) R$ 2.400,00;b) R$ 20.400,00;c) R$ 21.600,00;d) R$ 29.440,00;e) R$ 42.000,00.

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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59. (Esaf/MPOG/2003) No exercício inicial» a indústria industriai S.A. sofreu prejuízo iíquido de R$ 8.000,00, decorrente de receita líquida de R$ 80.000,00, despesas lixas de R$ 40.000,00, além das despesas variáveis. O gerente de produção acredita que um aumento de R$20.000,00 nas despesas de propaganda elevaria as vendas, a ponto de se alcançar iucro. O piano foi aprovado pela Direção da empresa e posto em prática.Nesta hipótese, para conseguir um lucro iíquido de R$ 4.000,00, a empresa deverá alcançar um volume de vendas no valor de:a) R$ 92.000,00;b) R$ 100.000,00;c) R$ 112.000,00;d) R$ 1 50.000,00;e) R$ 160.000,00.

60. (Esaf/MPOG/2002) Os dados da produção da Cia. Alvorada, em um determinado período, são:1. Dados Gerais:Itens Valores em R$Estoque Iniciai de Matérias-Primas 500,00Compras Efetuadas no Período 4.500,00Estoque final de Matérias-Primas 1.000,00Custo de Mão de Obra Direta 6.000,00Custos Indiretos Variáveis 1.000,00Custos Indiretos Fixos 4.000,00Despesas Gerais Fixas 2.000,00Despesas Gerais Variáveis 3.000,00Valor total das Vendas 40.000,00II. O total da produção acabada no período foi de 20.000 unidades.III. Não foi verificada a existência, de estoques iniciais ou finais de

Produtos Acabados e de Produtos em Elaboração.IV. Não há impostos ou outras deduções que afetem o valor das com­

pras e vendas.Com base nas informações fornecidas, assinale a opção que contém o valor unitário da margem de contribuição.a) R$ 2,00. d) R$ 1,25.b) RS 1,50. e) RS 1,30.c) RS 1,00.

61. (NCE-U FRJ/ARQrNAC/2005) O ponto de equilíbrio, para efeito de con­tabilidade de custos, representa:a) o quanto a empresa deve vender para cobrir seus custos fixos;b) a quantidade que a empresa deve vender para ter lucro zero;c) a proporção entre custo fixo e variável;d) a utilização de custos semivariáveis;e) a situação em que a margem de contribuição é zero.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 185

62. (Auditor Fiscal - Sefaz/RJ - FGV/2008) Determinada empresa indus­trial produz e vende somente três produtos diferentes: A, 6 e C, os quais são normalmente vendidos por R$ 10,00; R$ 15,00; e R$ 20,00, respectivamente.Os custos variáveis unitários dos produtos A, B e C costumam ser R$ 6,00; R$ 8,00; e R$ 15,00, respectivamente. A empresa ainda incorre em custos fixos de R$ 400,00 por mês; despesas fixas administrativas e de vendas no valor de R$ 350,00 por mês; comissão variável aos ven­dedores de 3% da receita auferida. O gerente de produção constatou, com o responsável pelo Almoxarifado, que a matéria-prima X, comum aos três produtos, está com o estoque muito baixo - só se dispõe de 700Kg desse recurso. Constatou-se, ainda, que só se dispõe de 60Kg da matéria-prima Y. O gerente de produção sabe que cada unidade do produto A consome 2Kg da matéria-prima X; que cada unidade do pro­duto B consome 3Kg da matéria-prima X e que cada unidade do produto C consome 5Kg da matéria-prima X, além de 4Kg da matéria-prima Y (que é exclusiva do produto C) O gerente de produção verificou com a equipe de vendas que a demanda mensal pelos produtos da empresa tem se mantido em 220 unidades do produto A, 100 unidades do pro­duto B e 150 do produto C. O gerente de produção procurou a equipe de compras e verificou que não é viável adquirir mais matérias-primas até o fim deste mês.Sabe-se que no Almoxarifado há 45 unidades da mercadoria A e 78 unidades da mercadoria C, prontas para serem vendidas, embora não haja qualquer unidade da mercadoria B. Para se maximizar o resultado da empresa neste período devem ser produzidas, ainda este mês, das mercadorias A, B e C, respectivamente:a) zero unidade, 100 unidades e 150 unidades;b) 175 unidades, 100 unidades e 10 unidades;c) 175 unidades, 300 unidades e 72 unidades;d) 200 unidades, 100 unidades e zero unidade;e) 220 unidades, 100 unidades e 150 unidades.

63. (Agente de Fiscalização - TCM/SP - Cetro/2006) Considerando as infor­mações abaixo, identifique a alternativa com a combinação de produção que irá gerar a maior margem de contribuição.S. As margens de contribuição unitária dos produtos X, Y e Z são,

respectivamente: $ 10, $ 6 e $ 4.II. A quantidade de horas necessárias para o processamento de uma

unidade dos produtos X, Y e 2 são, respectivamente: 5 horas, 2 horas e 1 hora.

III. Não há restrições de demanda de mercado para o produto X, ou seja, tudo que a empresa fabricar ela irá conseguir vender. Con­tudo, a empresa não consegue vender (em um mês) mais do que 15.000 unidades do produto Z e 30.000 unidades do produto Y.

IV. A empresa tem uma capacidade-limite de horas de processamento no total de 100.000 horas por mês.

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a) A empresa, para maximizar sua margem de contribuição mensal, deve pro­duzir somente unidades do produto X.

b) A empresa, para maximizar sua margem de contribuição mensal, deve produzir 15.000 unidades do produto Z e o restante de capacidade utilizar para a produção do produto X,

c) A empresa, para maximizar sua margem de contribuição mensal, deve produzir 30.000 unidades do produto Y e o restante de capacidade utilizar para a produção do produto X.

d) A empresa, para maximizar sua margem de contribuição mensal, deve produzir 15.000 unidades do produto Z e o restante de capacidade utilizar para a produção do produto Y.

e) A empresa, para maximizar sua margem de contribuição mensal, deve produzir 15.000 unidades do produto Z, 30.000 unidades do produto V e o restante de capacidade utilizar para a produção do produto X.

64. (Contador - TCE/RO - Cesgranrio - 2007) A Indústria Alfa fabrica o pro­duto X. Em abril de 2006, seus custos totais (incluindo lixos e variáveis) montaram a R$ 600.000,00 para uma produção de 40.000 unidades. Em maio de 2006, a produção alcançou 50.000 unidades, e os custos totais (fixos e variáveis) montaram a R$ 700.000,00. Considerando-se que, para estes níveis de produção, o custo fixo é estável, o vaior do custo variável unitário, em reais, será de:a) 15,00; d) 8,00;b) 12,00; e) 6,00.c) 10,00;

65. (Contador - IPC Cariacica - Cespe/2007)Mão de Obra Direta 12.000,00Matéria-Prima Consumida 50.000,00Componentes Diretos 40.000,00Custos Indiretos Fixos 60.000,00Despesas indiretas Fixas 40.000,00Considerando os dados acima, que mostram os custos e despesas, em reais, de uma empresa, relativos à produção e venda de 10.000 unida­des do produto X em determinado período, julgue o item a seguir.O custo variável unitário do produto X é menor que R$ 12,00.

66. (Técnico de Contabilidade - Petrobras - Cespe/2007) Considere a se­guinte situação hipotética.Uma indústria adquiriu matérias-primas por R$ 220,000,00, com ICMS incluso, de 15%, sobre o valor da operação sem o IPI, calculado em 10% sobre R$ 200.000,00. A venda efetuada pelo fornecedor estava sujeita à substituição tributária do ICMS. Nessa situação, o lançamento correto, em reais, a ser efetuado pela indústria é apresentado a seguir.D - matérias-primas.............. . 200.000D - conta-corrente do IPI................ 20.000C - fornecedores........ 220.000

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 187

67. (Técnico de Contabilidade - Petrobras - Cespe/2007) O custo üxo, quando considerado era seus totais, não varia com o volume de uma atividade constituída como medida de referência. Quando, entretanto, for considerado em base unitária, será um custo variável.

68. (Técnico de Contabilidade - Petrobras - Cespe/2007) A remuneração do pessoal incumbido da manutenção e vigilância da fábrica constitui custo direto quando envolve mão de obra assalariada e é exclusiva da área de produção.

69. (Técnico de Contabilidade - Petrobras - Cespe/2007) Os custos indi­retos devem ser rateados entre os produtos, mediante processo de alocação que costuma conter alguma dose de subjetivismo e até de arbitrariedade. Quando a indústria opera em prédio próprio, o valor do aluguel deve ser imputado contabiimente em função da área ocupada por cada setor.

70. (Técnico de Contabilidade - Petrobras - Cespe/2007) De acordo com as práticas adotadas pela Contabilidade Financeira no Brasil, os encargos de depreciação relativos aos bens utilizados na produção compõem o custo dos produtos, transitando pelo ativo antes de se converteremem despesa.

71. (Técnico de Contabilidade - Petrobras - Cespe/2007) Quando se adota o critério do custeio variável, todos os custos e despesas de fabricação e comercialização são alocados aos produtos, o que é compatível com as exigências da legislação tributária.

72. (Auditor Fiscal - Estado/RO - FJTP/2006) Um determinado hotel tem, em média, R$ 750.000,00 de gastos fixos por trimestre, gastos variáveis por hóspede de R$ 20,00 e cobra uma diária de R$ 45,00 por hóspe­de. O s proprietários planejam aumentar os gastos com propaganda, elevando os gastos fixos em 15%, Considerando a capacidade máxima mensal de 15.000 hóspedes, o lucro máximo mensal que poderá ser obtido com essa medida será de:a) R$ 87.500;b) R$ 125.000;c) R$ 262.500;d) R$ 375.000;e) R$487.500.

73. (Contador - Pref. Vitória/ES - FJPF/2007) Quando o volume de vendas gera uma receita capaz de recuperar totalmente os custos fixos, a margem de contribuição remanescente aumenta o(a):a) lucro bruto; d) receita tributável;b) receita líquida; e) lucro diferido.c) lucro operacional;

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74. (Cesgranrio/BNDES/Contador/2004) O s custos fixos de uma empresa eqüivalem a R$ 400.000,00 para uma produção mensal de 1.000 uni­dades, sendo que essa empresa tem capacidade de produção de 1.200 unidades. O custo variável é de R$ 300.000,00, e a Receita de Venda por produto, R$ SOO,00. A quantidade de peças e o valor da receita para alcançar o ponto de equilíbrio, respectivamente, são:a) 1.600 peças e R$ 800.000,00;b) 1.600 peças e R$ 1.000.000,00;c) 1.800 peças e R$ 900.000,00;d) 2.000 peças e R$ 800.000,00;e) 2.000 peças e R$ 1.000.000,00.

O enunciado a seguir se refere às questões de números 75 e 76.A empresa industrial Grasse fabrica e vende 2 tipos de perfume; X e Y. A fabricação do produto X consome 2,75Kg de matéria-prima por unida­de e 2h de Mão de Obra Direta por unidade, ao passo que a fabricação do produto Y consome lOKg de matéria-prima por unidade e 3h de Mão de Obra Direta por unidade.Sabe-se que a matéria-prima e a Mão de Obra Direta podem ser utiliza­das indistintamente nos dois produtos.O quilo da matéria-prima custa R$ 2,00 e a taxa da mão de obra R$ 3,00/h.A empresa incorre em custos fixos mensais (comuns aos dois produ­tos) de R$ 9.400 e em despesas fixas mensais de R$ 4.000,00, além de despesas variáveis correspondentes a 10% da receita.Considere que, em agosto próximo passado, a empresa Grasse produziu 100 unidades do produto X e 90 unidades do produto Y.Considere, ainda, que em agosto os estoques iniciais estavam vazios e que a empresa vendeu 80 unidades de cada produto, sendo o produto X ao preço unitário de R$ 150 e o produto Y por R$ 250.

75. (Auditor Fiscal - Sefaz/RJ - FCV/2008) O Ponto de Equilíbrio Contábil da empresa industrial Grasse, em valores arredondados, é:a) R$ 5.007,82;b) R$ 14.909,60;c) R$ 1 1.768,39;d) RS 10.458,97;e) R$ 16.776,21.

76. (Auditor Fiscal - Sefaz/RJ - FGV/2008) Admitindo que, para setembro, todas as variáveis de agosto próximo passado permanecem válidas (in­clusive a demanda; 80 unidades de cada produto), salvo a disponibilida­de de matérias-primas, pois, em função da greve dos transportadores, a empresa industrial Grasse só dispõe de 605Kg dessa matéria-prima. Considerando que a única decisão viável diz respeito ao volume a ser produzido, determine quantas unidades de cada produto deverão ser produzidas e vendidas a fim de a empresa industrial Grasse apurar o maior lucro possível em setembro.

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CAMPUS Capitulo 3 — Noções de Custos 189

(Perfume X e Perfume Y, respectivamente - valores arredondados.)a) zero unidade e 76,7 unidades;b) 10 unidades e 70 unidades;c) 100 unidades e 33 unidades;d) 80 unidades e 38,5 unidades;e) 60 unidades e 44 unidades.

77. (Contador Junior - Refap - Cesgranrlo/2007) Uma empresa produz e vende 60.000 unidades por mês» com custos fixos totais de R$1.100.000,00 e custos variáveis totais de R$ 5.000.000,00. Desejando um ponto de equilíbrio de 20%, esta empresa deve fixar o seu preço de venda, em reais, em:a) 125,00; d) 180,00;b) 150,00; e) 200,00.c) 175,00;

78. (Técnico de Contabilidade - Refap - Cesgranrio/2007) Observe os itens extraídos da contabilidade de custos da Indústria Altaneira Ltda. Em reais»ITENS 31/01/2007 28/02/2007 31/03/2007Telefone da fábrica 2.300,00 1.850,00 2.134,50Mão de obra indireta 125.467,00 121.312,00 135.656,00Matérias-primas 54.670,00 67.500,00 87.430,00Com base nos dados acima, assinale a afirmativa correta.a) Em virtude da variação mensal, telefone e matérias-primas são custos variá­

veis, e mão de obra indireta é um custo fixo.b) Mesmo variando mensalmente, todos os itens acima devem ser considerados

como custos fixos.c) Independente da variação mensal, somente matérias-primas são custos

variáveis, os demais são custos fixos.d) Tendo em vista que os três itens acima variam mês a mês, todos podem ser

considerados como custos variáveis.e) Quando sofre variação mensal, a mão de obra indireta torna-se variável;

assim, só é custo fixo, entre os citados acima, o telefone da fábrica.

Considere as informações a seguir relativas à Cia. A e responda às questões de nfiS 79 e 80.Preço de Venda unitário R$ 1.277,50Custos Fixos R$ 57.000,00Custo Variável unitário R$ 642,00Impostos incidentes sobre a Receita 20%

79. (Analista / contabilidade - EPE - Cesgranrio/2007) Considerando os tributos, a Margem de Contribuição da Cia. A, em reais, é:a) 380,00; d) 763,90;b) 507,10; e) 1.022,00.c) 635,50;

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190 Contabilidade de Custos e Análise das Demostraçoes ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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80. (Analista/Contabilidade - EPE - Cesgranrio - 2007) O Ponto de Equilí­brio Contábil da Cia. A, em unidades» será:a) 45; d) 112;b) 56; e) 150.c) 90;

Item vaior (R$)Custos e Despesas Fixas 30.000,00Custos Variáveis Unitários 50,00Preço de Venda Unitário 130,00

Considerando os dados da tabela acima relativos a determinada indús­tria, julgue os itens subsequentes, a respeito da relação custo-volume- lucro dessa indústria.

81. (Contador - iPC Cariacica - Cespe/2007) O Ponto de Equilíbrio Contábil obtido a partir dos dados em apreço é superior a 350 unidades.

82. (Contador - IPC Cariacica - Cespe/2007) Caso a margem de contribui­ção da empresa em questão aumente em 20%, seu Ponto de Equilíbrio Contábü será reduzido para 320 unidades.

83. (Contador - IPC Cariacica - Cespe/2007) Caso as despesas e os custos fixos da referida indústria sejam reduzidos em 50%, seu Ponto de Equilíbrio Contábil será menor de 190 unidades.

84. (Auditor - Imbel - Cetro/2004) O sistema de custeio baseado em ativi­dade (ABC) é uma ferramenta que auxilia na tomada de decisões. Sobre o ABC, pode-se afirmar que:a) é um sistema que estabelece a relação entre as atividades e produtos através

de direcionadores de custos;b) é um sistema de custeio que consiste em apropriar apenas os custos diretos,

utilizando-se de direcionadores que procuram estabelecer a relação entre atividades e produtos;

c) é um sistema de custeamento em que os custos e despesas indiretas são apropriadas aos produtos com base em critérios predeterminados;

d) é um sistema que apropria os custos das atividades executadas diretamente aos produtos;

e) é um sistema que apropria os custos das atividades aos produtos através da utilização dos direcionadores.

85. (Contador - Pref. Vitória/ES - FJPF/2007) O sistema de custeio que consi­dera os eventos, tarefas ou unidade de trabalho com propósito específico como sendo os objetos de custo fundamentais denomina-se sistema de:a) custeio baseado em atividades;b) custeio por grupo de custos;c) rateio por eventos e tarefas;d) rateio progressivo;e) custeio por processos.

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CAMPUS Capítuio 3 — Noções de Custos 191

86. (Esaf/AFC/2002) A empresa Ferraço S/A fabrica canivetes e registrana Contabilidade todos os custos por valores-padrâo, controlando as variações do custo efetivo em contas específicas, encerradas ao fim de cada período mensal.Em outubro, o custo-padrão unitário foi estabelecido em:Material Direto R$ 50,00Mão de Obra Direta R$ 40,00Custos Indiretos R$ 35,00No mês de referência foram produzidos 2 mil canivetes e vendidos 1.600, ao preço unitário de R$ 160,00, com tributação de iPI a 10% e ICMS a 12%. Em 31 de outubro foram apurados os seguintes custos realmente pra­ticados no período:Material Direto R$ 102.000,00Mão de Obra Direta R$ 77.500,00Custos Indiretos R$ 75.000,00Assinale o lançamento que contabiliza corretamente o encerramento das variações entre o custo real e o custo-padrão, no mês de outubro, a partir dos dados exemplificados (o histórico foi omitido)a) Diversos

a DiversosCusto do Produto Vendido Produtos Acabados Variação de Mão de Obra Direta a Variação de Material Direto a Variação de Custos Indiretos

RS 2.500,00 RS 7.000,00RS 2.000,00R$ 5.000,00 RS 7.000,00

RS 3.600,00 RS 900,00

b) Diversos a DiversosVariação de Material Direito Variação de Custos Indiretos a Custo do Produto Vendido a Produtos Acabados a Variação de Mão de Obra Direta RS 2.500,00 RS 7.000,00

RS 2.000,00RS 5.000,00 RS 7.000,00R$ 3.600,00

RS 900,00

c) Diversos a Diversos Produtos Acabados Variação de Mão de Obra Direta a Variação de Material Direto a Variação de Custos Indiretos

RS 4.500,00 RS 2.500,00 RS 2.000,00 RS 5.000,00

RS 7.000,00

RS 7.000,00d) Diversos

a DiversosCusto do Produto Vendido Variação de Mão de Obra Direta a Variação de Material Direto a Variação de Custos Indiretos

RS 4.500,00RS 2.500,00 RS 7.000,00RS 2.000,00RS 5.000,00 RS 7.000,00

e) Diversos a DiversosCusto do Produto Vendido Produtos Acabados a Variação de Mão de Obra Direta a Variação de Material Direto a Variação de Custos Indiretos RS 2.500,00 RS 7.000,00

RS 5.100,00RS 1.900,00 RS 7.000,00RS 2.500,00 RS 2.000,00

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Contabilidade de Custos e Anáiise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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87. (Analista / contabilidade - EFE - Cesgranrio/2007) A respeito de custose anáiise de custos, é correto afirmar que:a) no sistema de custeio variável, apropriam-se à produção todos os custos

fixos e variáveis, tanto os diretos como os indiretos;b) a legislação fiscal permite o arbitramento do custo dos produtos vendidos,

aplicando-se o percentual de 70% do saldo de estoques para a conta de custo das vendas;

c) os custos variáveis são aqueles que mantêm uma relação direta com o volume de produção ou serviço e dessa forma, o total dos custos variáveis sofre redução à medida que o volume de produção da empresa aumenta;

d) o critério do custeio padrão é admitido pela legislação societária, desde que sejam realizados os ajustes ao custeio direto ou variável, para efeito de publicação;

e) o sistema de custeio ABC é baseado nas atividades que a empresa realiza no processo de fabricação e permite atribuir os custos aos produtos por meio de rastreamento.

88. (TCM/RJ - FGV - 2008) Determinada empresa industriai fabrica e vendedois produtos: M e C . Observe os dados desses dois produtos:

Produto M CPreço de venda 25,00 15,00Matéria-prima A (em Kg/unid.) 1 1,2Matéria-prima B (em Kg/unid.) 2 0,5Horas-máquina 1 (em h/unid.) 2 2Horas-máquina 2 (em h/unid.) 3 1Demanda (em unid./mês) 50 80

Sabe-se que os recursos são onerosos e limitados, conforme a tabela a seguir:Recursos Custo Unitário DisponibilidadeMatéria-prima A $ 1,00/Kg 140KgMatéria-prima B $ 2,00/Kg ÍSOKgMáquina 1 $ 3,00/h 300hMáquina 2 | $ 4,00/h 300h

Sabe-se, ainda, que:I. a empresa não tem como aumentar as suas disponibilidades no

próximo mês; portanto, precisa gerenciar aquelas restrições;II. a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos

acabados.Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produzir e vender de cada produto no próximo mês para maximizar seu resultado nesse próximo mês.a) M = 25; C = 0;b) M = 0 ; C = 116,67;c) M = 44; C — 80;d) M = 44; C = 96;e) M = 50; C = 80.

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 193

89. (TCM/RJ - FGV - 2008) Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: N e L. Fase significativa da produção é comum a esses dois produtos. Durante a fase de produção conjunta, incorre-se em custos de transformação no valor de $ 200.000,00, e mais em custos básicos conforme a tabela a seguir:

Recursos produção conjunta

Quantidade consumida(em Kg)

Custo unitário (em $/Kg)

Matéria-prima 1 8.000 12,50Matéria-prima 2 2.000 100,00

No ponto de separação, identificou-se que a produção conjunta pesava lO.OOOKg, dos quais 1 .OOOKg eram de produtos N semietaborados e 9.000Kg eram de produto L semieiaborado. Para terminar a produção, incorreu-se em mais custos de transformação, sendo $ 20.000,00 na produção de N e $ 150.000,00 na produção de L.Sabe-se que:b os preços de venda são: N = $ 72,00/Kg e L = $ 70,00/Kg;s nesse mês a empresa vendeu: N = 600 K g e L = 8.100 Kg;b não havia estoques iniciais;» toda a produção iniciada foi encerrada no mesmo período;» a empresa trabalha com o controle periódico de estoques e os

avaiia pelo custo médio ponderado; e e nesse mês a empresa incorreu em despesas comerciais e adminis­

trativas que totalizaram $ 25.000,00.Desconsiderando-se qualquer tributo, é correto afirmar que o lucro bruto, pelo custeio por absorção, dessa empresa nesse mês foi:a) de mais de $ 7.000,00;b) entre $ 5.001,00 e $ 7.000,00;c) entre $ 3.001,00 e $ 5.000,00;d) entre $ 1.001,00 e $ 3.000,00;e) de menos de $ 1.000,00.

90. (TCM/RJ - FGV - 2008) Determinada empresa industrial é monoprodu- tora. Nos meses de março e abril passados, apurou o seguinte:

Março AbrilEstoque inicial (em unidades) - -Produção (em unidades) 1.000 1.200Vendas (em unidades) 1.000 1.000Custo total de fabricação (em $) 15.000,00 17.000,00Receita bruta de vendas (em $) 25.000,00 25.000,00

Sabe-se que:b a empresa controla seus estoques permanentemente e os avaiia

pelo método PEPS; a a empresa incorre, ainda, em despesas fixas de $ 3.000,00 por mês e

em despesas variáveis equivalentes a 10% da receita bruta mensal; a a empresa não pretende temlnar o mês de maio com produtos

acabados em estoque;

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194Contabilidade de Castos e Análise das Demostrações Contábeis

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8 a empresa é contribuinte do imposto de Renda sobre o lucro à alíquota de 20%; e

■ não houve variação de preços no período.Assinale a alternativa que indique quantas unidades a empresa precisa produzir em maio para que o lucro líquido de maio, pelo custeio por absorção, seja $ 5.000f00.a) mais de 1.150 unidades;b) entre 1.101 unidades e 1,150 unidades;c) entre 801 unidades e 950 unidades;d) entre 951 unidades e 1.100 unidades;e) menos de 800 unidades.

91. Sendo P, o preço de venda médio por unidade, igual $ 2,00; V, o custo variável por unidade, igual a $ 1,50; e F, custos operacionais fixos, no valor de $ 20.000,00, podemos afirmar que o ponto de equilíbrio é de:a) 38.000 unidades;b) 39.000 unidades;c) 40.000 unidades;d) 42.000 unidades;e) 45.000 unidades.

Texto para as questões de 92 a 95.Item Valor (R$)Mão de Obra Direta (por unidade produzida) 5,00Matéria-prima (por unidade produzida) 7,35Custos indiretos de fabricação 20.000,00Despesas fixas do período 32.000,00Preço de venda (por unidade) 25,00Produção máxima da empresa no período: 40.000 unidades

92. O conceito de margem de contribuição é amplamente utilizado pelas indústrias. Com relação à tabela acima, é correto afirmar que, em unidades, a quantidade de produção mínima necessária para atingir o Ponto de Equilíbrio Contábil apurado é:a) inferior a 2.500;b) superior a 2.501 e inferior a 4.000;c) superior a 4.001 e inferior a 5.500;d) superior a 5.501.

93. Considerando uma variação desfavorável de 20% nos custos da mão de obra, o Ponto de Equilíbrio Contábil será atingido com a produção de determinada quantidade de unidades. É correto afirmar que essa quantidade é:a) inferior a 2.500;b) superior a 2.501 e inferior a 3.000;c) superior a 3.001 e inferior a 4.000;d) superior a 4.001.

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CAMPUS Capítulo 3 — - Noções de Custos 195

94. Dados extraídos da contabilidade de custos da empresa Areia & Pedra Ltda., em reais:® preço de venda unitário R$ 10,00;■ custo e despesa variável unitária R$ 5,00;■ custo e despesas fixas mensais R$ 500.000,00; e■ volume de vendas médio mensal 150.000 unidades.Com base nos dados acima, a margem de segurança da empresa é de:a) 10,00%;b) 23,66%;c) 25,75%;d) 33,33%;e) 36,67%.

95. Dados extraídos da contabilidade de custos da empresa Neve & Ceada Ltda.:

ITENS CUSTO-PADRÃO CUSTO REALMatéria-Prima X 2»50Kg a 3,00Kg = 7,50 2,55Kg a 3,1 O/Kg * 7,905Mão de Obra Direta 0„5h a 8,00/h = 4,00 0,6h a 7,90/h = 4,74Custos Indiretos de Produção Variáveis

2,00 por unidade 2,10 por unidade

Custos Indiretos de Produção Fixos

1.200.000,00 1.150.000,00

Unidades Produzidas 60.000u 58.500u

Sabe-se que o estudo das variações do custo-padrão em relação aos Custos Indiretos de Produção - CIP contempla a variação de volume e a variação de custos.Com base nos dados acima, a variação de volume, identificada nos custos indiretos de produção variáveis, em reais, foi:a) 3,000,00 desfavorável;b) 2.850,00 desfavorável;c) 2.850,00 favorável;d) 3.000,00 favorável;e) 5.850,00 favorável.

96. O relatório mensal dos recursos destinados ao restaurante universitá­rio, que oferece no período 30.000 refeições, apontou um custo total de R$ 90.000,00 (custo empregado + perdas) e indicou 30% de perdas em relação ao custo empregado. A análise do detalhamento dos custos e a utilização dos itens indicaram alternativas de aproveitamento dos alimentos que reduziram pela metade as perdas. Assinale a alternativa que indica o custo médio da refeição no caso de redução das perdasna estimativa acima:a) R$ 1,35;b) R$ 3,00;c) R$ 2,65;d) R$ 1,65;e) R$ 2,55.

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196 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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97. Os sistemas de custeio utilizados na contabilidade de custos levam em conta, em alguns casos, a diferenciação dos itens de custo em fixos ou variáveis. Assinale a alternativa que apresenta um item de custo variável.a) Amortização de financiamento de longo prazo.b) Depreciação de instalações.c) Seguro de barragem.d) Despesa de manutenção de turbinas.e) Custo com a matéria-prima.

Para responder às questões 98 e 99, observe os seguintes dados:

(R$>Matéria-Prima 700.000,00Aluguel do Escritório 150.000,00Mão de Obra Direta 400.000,00Mão de Obra Indireta 600.000,00Manutenção da Fábrica 60.000,00Depreciação da Fábrica 90.000,00Materiais Indiretos 350.000,00Seguros da Fábrica 100.000,00Seguros do Escritório 75.000,00Energia da Fábrica 190.000,00Depreciação do Escritório 40.000,00

98. O custo direto (em R$) é de:a) 700.000,00; d)b) 1.400.000,00; e)c) 1.250.000,00;

99» O custo indireto (em R$) é de:a) 1.390.000,00; d)b) 1.200.000,00; e)c) 1.040.000,00;

1. 100.000 ,00 ;1.540.000,00.

1.240.000.00;950.000.00.

100. Observe os dados abaixo e assinale a alternativa que contenha a res­posta correta.(R$)Vendas 230.000,00Custos Fixos 40.000,00Custos Variáveis 60.000,00Despesas Variáveis 45,000,00Estoque Inicial 30.000,00Estoque Final 15.000,00Compras 55.000,00A Margem de Contribuição é de:a) R$ 100.000,00; d) R$ 125.000,00;b) R$ 145.000,00; e) R$ 130.000,00.c) R$ 85.000,00;

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CAMPUS Capítulo 3 — Noções de Custos 197

101. São ciadas as seguintes informações, relativas à escrituração da Cia. Industrial Vale do Ribeira, no exercício de 2007 (em R$):Estoque inicial de produtos em elaboração 100.000,00Mão de Obra Direta 270.000,00Despesas financeiras na aquisição de material direto 70.000,00 Estoque final de produtos acabados 150.000,00Custos Indiretos de fabricação 480.000,00Estoque final de produtos em elaboração 120.000,00Material direto consumido na produção 230.000,00Despesa com fretes de venda 40.000,00Estoque inicial de produtos acabados 200.000,00O custo dos produtos vendidos pela companhia no exercício de 2007 correspondeu, em R$, a:a) 1.1 20.000,00; d) 980.000,00;b) 1.080.000,00; e) 960.000,00.c) 1.010.000,00;

102. O gerente de Custos da Cia. Industrial Tamoío S/A, durante a apuração do custo dos produtos do mês, chegou aos seguintes números, em reais:

Custos Produto A Produto B Produto CTotal

dos custos diretos

Matéria-prima 80.000,00 120.000,00 200.000,00 400.000,00Mão de Obra Direta 22.000,00 47.000,00 21.000,00 90.000,00Energia Elétrica Direta 18.000,00 23.000,00 9.000,00 50.000,00Soma 120.000,00 190.000,00 230.000,00 540.000,00

Sabendo-se que os custos indiretos usualmente alocados aos produtospor rateio, com base no custo da matéria-prima, totalizaram o valor deR$ 250.000,00 no mês, pode-se afirmar que o custo total do ProdutoC, em reais, é:a) 170.000,00;b) 265.000,00;c) 325.000,00;d) 355.000,00;e) 450.000,00.

103. Quanto à contabilidade de custos, é CORRETO afirmar:a) a aquisição de bens de consumo eventual cujo valor exceda 10% do custo

total dos produtos vendidos no período de apuração anterior poderá ser registrada diretamente como custo;

b) o custo dos produtos vendidos de uma indústria é igual a estoque inicial mais baixas, menos estoque final;

c) o custeio por absorção oferece às empresas um mapa econômico de suas operações, revelando o custo existente e projetado de atividades e processos de negócios, que, em contrapartida, esclarece o custo e a lucratividade de cada produto, serviço e unidade operacional;

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d) o custeio por ABC consiste no rateio não só dos custos de produção como também de todas as despesas da empresa, inclusive financeiras, a todos os produtos, ou seja, tudo com base na alocação dos custos e despesas aos departamentos da empresa para depois procederem-se as várias séries de rateio de forma que, ao final, todos os custos e despesas estejam recaindo exclusivamente sobre os produtos;

e) o custo da produção dos bens ou serviços compreenderá, obrigatoriamente, os custos de locação, manutenção e reparos e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção.

104. Determinada indústria vende cada unidade de seu produto por R$1.200,00. Dessa produção, cada unidade possui R$ ISO,00 de des­pesas variáveis e R$ SOO,00 de custos variáveis. A s despesas fixas totalizaram R$ 500.000,00, e os custos fixos R$ 2.000.000,00.0 valor CORRETO do Ponto de Equilíbrio Contábil é:a) RS S.660,60;b) RS 4.750,50;c) R$ 4.545,45;d) R$ 3.535,35;e) R$ 4.595,95.

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Capítulo I

Resolução dos Exercícios Propostos

4 .1 • Capítulo I - Aspectos Gerais de Contabilidade1. Resolução:

A questão versa sobre o art. 176, caput, da Lei n2 6.404/1976:

Art 178, Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:I-balanço patrimonial;li - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;IS - demonstração do resuitado do exercício; eEV - demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei n311.638,de 2007)V - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pefa Lei n211.638,de 2007)

Percebe-se que, pelo disposto no inciso V, a resposta correta é a letra “b”.

2. Resolução:Inicialmente, cabe destacar que no faturamento está incluído o IPI. Assim, no

caso em tela, a Receita Bruta de Vendas é de R$ 650.000,00.Conforme dispõe o art. 187 da Lei n2 6.404/1976:

Art 187. A demonstração do resuitado do exercício discriminará:I - a receita bruto das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; li - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o iucro bruto.

Destarte, na apresentação da DRE a Receita Líquida serã obtida da seguinte forma:

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Receita Bruta de Vendas R$ 650.000,00(-) devoluções de vendas R$ 35.000,00(-) descontos comerciais sobre vendas R$ 15.000,00(-) ICMS sobre vendas R$ 108.000,00(-) PIS (cumulativo) sobre vendas R$ 9.900,00= Receita Liquida R$ 482.100,00Resposta correta letra “d”.

3. Resolução:A doutrina tem classificado 0 ICMS como sendo um imposto “por dentro”

justamente porque ele faz parte de sua base de cálculo.A propósito, o art. 155, § 2fi, alínea i, da CF/1988 assevera que compete à lei

complementar fixar a base de cálculo do ICMS de modo que o imposto a integre também na importação.

Art 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre; i - transmissão causa rnrtis e doação, de quaisquer bens ou direitos;II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intemnu- nicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;

§ 23. 0 imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

X II- cabe à lei complementar:

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

Ora, para que integre, também, na importação é porque nos demais casos o imposto integra a sua base de cálculo, ou seja, o ICMS é um imposto “por dentro”.

Resposta correta letra “a”.

4. Resolução:As contas do Ativo Circulante, apresentadas na questão, são as seguintes: Caixa 50.000Contas a Receber 80.000Estoques 100.000

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

Despesas Antecipadas(-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Total

20.00015.000

235.000Resposta correta letra V\

5. Resolução:No caso de obras de longa maturação, o resultado deve ser reconhecido pro­

porcionalmente às parcelas da obra executada.A base de execução, no caso em tela, é custo.Assim, para um custo de R$ 380.000,00 (custo tòtal), o lucro previsto para

o projeto e de R$ 140.000,00. Para que tenhamos o lucro do primeiro período, em que o custo incorrido foi de R$ 90.000,00, basta resolver a seguinte regra de três simples:

Custo de 380.000,00 = lucro de 140.000 Custo de 90.000,00 - lucro XLucro X = 90.000 x 140.000/380.000 - 33.157,89 = R$ 33.158,00 Resposta correta letra “e”.

6. Resolução:O inciso II do art. 183 da Lei na 6.404/1976 estabelece que:

B - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, psío custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Assim, a avaliação das matérias-primas deve levar em conta o custo de repo­sição, pois o valor de mercado expresso na norma diz respeito à possibilidade de repor o estoque.

Resposta correta letra “b”.

7. Resolução:A alienação de ações em Tesouraria merece igual tratamento contábil dispensado

na colocação de ações no mercado, ou seja, o plus recebido numa negociação com as próprias ações, segundo o art. 182, § 1°, a, se configura em ágio na emissão de ações, em conta de reserva de capital.

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Art 182. A conta do capital social discriminará o montarrte subscrito e, por dedução, a parcela ainda náo realizada.§ 12. Serão classificadas como reservas de capitai as contas que registrarem:a) a contribuição do subscritor de açóes que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das açóes sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em açóes de debêntures ou partes beneficiárias;

Na letra b fala-se em resultado não operacional. Frise-se que a MP nc449/2008 eliminou da DRE esta expressão, isto é, não existem mais as chamadas receitas não operacionais ou despesas não operacionais. Ás outrora receitas e despesas assim tratadas agora devem ser consideradas outras receitas e outras despesas.

Resposta correta letra “d”.

8. Resolução:a) De fato, os acionistas atuais têm grande interesse na lucratividade atual. É da

essência do homem o imediatismo, principalmente o econômico.b) O investidor procura sempre a melhor opção de rentabilidade aliada a baixo

risco.c) O foco do governo para a cobrança de impostos é a rentabilidade, ou seja, a

capacidade econômica ou jurídica. Alternativa incorreta.d) Os financiadores buscam o retorno dos empréstimos concedidos.e) Os empregados querem receber seus salários e, dentro do possível, pedir

aumento.Resposta correta letra “c”.

9. Resolução:A estrutura da DRE, após a MP nfi 449/2008, com os dados da questão, é a

seguinte:Vendas 526.000(—) Devolução de Vendas (50.000)(—) Despesa de depreciação (32.000)(-) Despesas de salários (42.000)(—) Despesa de aluguel (13.000)(-) Despesa Financeira (22.000)= Resultado operacional 3 6 7 . 0 0 0+ Outras receitas 48.000(-) Provisão IR (80.000)= Resultado Líquido 3 3 5 . 0 0 0

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Capitulo 4 — Resoíução dos Exercícios Propostos 203

10. Resolução:Com a edição da MP ne 449/2008 o Ativo diferido deixou de existir, ou pelo

menos não poderá mais receber acréscimos. Segundo a MP o saldo existente deve ser incorporado a outros Ativos ou baixado para conta de resultado como despesa. Os gastos pré-operacionais se enquadram na categoria de desembolsos que devem se baixados como despesa. Desta forma, o Patrimônio liquido da empresa terá um decréscimo de R$ 120,00 relativo à despesa da baixa dos gastos pré-operacionais e passará a ter o saldo de R$ 130,00.

Resposta correta letra “b”.

11. Resolução:As contas com saldos credores são as seguintes:Capital 3.500Duplicatas descontadas 1.000Empréstimos bancários 15.000Fornecedores 3.000Receitas antecipadas 500Receitas de juros 200Salários a pagar 1.200Vendas 14.600Total 39.000,00Resposta correta letra “d”.

12. Resolução:As contas de resultado com saldo devedor são as seguintes:Aluguéis 2,000Custo da mercadoria vendida 7.600Despesas de juros 700Salários 3.400Total 13.700,00Resposta correta letra “b”.

13. Resolução:O resultado com mercadorias é o seguinte:

Custo da mercadoria vendida Vendas ~ ResultadoResposta correta letra “c”.

Débito7.600

Crédito

14.6007 .000,00

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14. Resolução:

O lançamento correto da letra a seria débito em Ativo Não Circulante - Imo­bilizado e crédito em conta de caixa ou bancos. Isto porque o equipamento será utilizado nas atividades da empresa.

Resposta correta letra “a”.

15. Resolução:Todos os lançamentos possuem pertinência com os fatos, ou seja, todos estão

corretos.Resposta correta letra “e”.

16. Resolução:O Passivo descoberto é a situação em que o Passivo Exigível é maior do que o

Ativo, ou seja, o Ativo não basta para cobrir o Passivo, o que acarreta uma situação líquida negativa.

Resposta correta letra “a”.

17. Resolução:Se a empresa utiliza apenas capital de terceiros, então ela não possui Patrimônio

Líquido. Dessa forma, Ativo deve ser igual a Passivo.Resposta correta letra “d”.

18. Resolução:O lançamento adequado para baixar um título incobrável, devidamente pro-

visionado, é o seguinte:D - Duplicatas a Receber (AC)C - Provisão p/ Devedores Duvidosos (AC)Resposta correta letra “b”.

19. Resolução:Os fatos modificaram os três grupos patrimoniais envolvidos do seguinte

modo:__ Ativo Circulante Ativo Não circulante Passivo Circulante

11-500 11! - 650 1 -150iH - 650 11 - 5001.150 650 650

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos205

Assim, houve:1 - Redução do Ativo Circulante de R$ 1.150,00;2 ~ Aumento do Ativo Não circulante de R$ 650,00; e3 - Redução do Passivo Circulante de R$ 650,00. Resposta correta letra “e”.

20. Resolução:No recebimento de duplicatas com juros desaparece um valor de duplicatas a

receber, desaparece um disponível e surge uma receita de juros.O desaparecimento de um valor de duplicatas a receber deve ser efetuado

mediante crédito na conta duplicatas a receber.O desaparecimento de uma disponibilidade ocorre mediante crédito em conta

de caixa ou bancos.O reconhecimento de uma receita é lançado com crédito em Receita de Juros

ou em Juros Ativos.Resposta correta letra “d”.

21. Resolução:Como a conta Duplicatas Descontadas é de saldo credor e retificadora do Ativo,

a sua passagem para o Passivo não altera o equilíbrio do Balanço. Altera o total do Ativo, aumentando-o no valor das duplicatas descontadas transferidas para o Passivo que também é aumentado no mesmo valor. Salienta-se que essa classifi­cação é equivocada para fins de apresentação do Balanço Patrimonial. Entretanto, para fins de análise é um ajuste necessário.

Resposta correta letra “a”.

22. Resolução:Na compra de qualquer coisa não se ganha e não se perde absolutamente nada.

Ou seja, não ocorre receita e nem despesa, mesmo que a compra seja efetuada a prazo. A propósito, um desconto obtido em uma compra diminui o custo de aquisição e o acréscimo de frete ou outro acréscimo aumenta o custo.

O recebimento ou pagamento de títulos, sem juros, não gera alteração no Patrimônio liquido.

O que altera o Patrimônio liquido são as ocorrências dos fatos geradores de receitas e/ou despesas.

Resposta correta letra “e”.

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23. Resolução:

Em 31/12/2008, pela apropriação da despesa de salários ao período de ocor­rência, obtivemos o seguinte lançamento:

D - Despesa de Salários C - Salários a Pagar

Em 05/01/2009, pelo efetivo pagamento dos salários, houve o seguinte lan­çamento:

D - Salários a Pagar C - Bancos

Resposta correta letra “c”.

24. Resolução:O “Diversos” quer dizer que temos mais de uma conta debitada.Desta forma, o lançamento refere-se à aquisição a prazo de mercadorias para o

estoque, aumentando-o. Estoque é conta de Ativo Circulante. Como a compra foi a prazo, não houve a correspondente diminuição do Ativo Circulante pelo paga­mento, mas o aumento do Passivo Circulante pelo compromisso assumido com fornecedores. Logo, houve aumento do Ativo Circulante e do Passivo Circulante.

Os lançamentos em que ocorrem dois ou mais débitos e apenas um crédito são de 32 fórmula.

A aquisição de mercadorias é sempre um fato permutativo.O ICMS está destacado e debitado, o que significa a sua recuperabilidade.O fato contabiliza a compra de mercadorias e não a venda.Resposta correta letra “b”.

25. Resolução:Amortização Acumulada pode ser do Ativo Não Circulante - Imobilizado ou

do intangível, dependendo a que tipo de bem se refere, corpóreo ou incorpóreo. Direitos autorais é conta de resultado — receita.Duplicatas em cobrança bancária é conta de Ativo Circulante.Imobilizações em andamento em conta do Ativo Não Circulante - Imobilizado. Provisão para garantias é uma provisão para contingências do Passivo Circulante. Receitas antecipadas devem ser classificadas no Passivo Não Circulante em

conta representativa de receita diferida.Resposta correta letra “b”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 207

26. Resolução:O Ativo intangível representa os bens e direitos intangíveis de uso da empresa. O Ativo intangível é passível de amortização, desta forma as contas do intangível

podem apresentar saldo devedor ou credor.O intangível representa aplicação de recursos.Como o intangível faz parte do Ativo} as contas que o compõem devem ser

classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez.Resposta correta letra “c”.

27. Resolução:A contribuição previdenciãria dos empregados está incluída nos salários e a

patronal deve ser calculada sobre a folha de salários.Como a alíquota total é de 35% e 5/7 representam a parte patronal, então a

parte patronal representa 25%.Aplicando 25% sobre os salários totais, encontramos o valor de R$ 10.000,00

relativos à despesa de salários decorrente da contribuição previdenciária patronal. Resposta correta letra “b”.

28. Resolução:A provisão para o 13a salário é calculada na base de 1/12 da soma dos salários

mensais.A provisão para férias é calculada à base de 1/12 da soma dos salários mensais

mais 1/3, por disposição constitucional.Resposta correta letra “e”.

29. Resolução:a) O IPI possui alíquotas ad valorem e “específicas”. Na maioria dos produtos

industrializados a base de cálculo é preço de venda normal dos produtos industrializados. Porém, em produtos como o cigarro e as bebidas quentes, a alíquota é específica, não importando o preço de saída.

b) Conforme a Lei n2 4.502, de 1964, art. 2e, o fato gerador do ÍPI é o desemba­raço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.

c) O IPI era de apuração decendial. Posteriormente passou a quinzenal. Agora, com a estabilidade econômica, ele é de apuração mensal. Uma das exceções ao período mensal é o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira.

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d) O IPI pode ter suas alíquotas alteradas durante o exercício financeiro, dentro dos limites estabelecidos por lei.

e) Na base de cálculo do IPI não se excluem os descontos incondicionais. Os fretes e seguros, quando cobrados pelo vendedor contribuinte, compõem a base de cálculo do imposto.

Resposta correta letra “c”.

30. Resolução:O leitor deve perceber que a vendedora cobra o frete e o seguro. Desta forma,

o ICMS e o IPI incidem também sobre esse valor.Como a empresa é comercial e revende as mercadorias adquiridas de um in­

dustrial, ela não é contribuinte do IPI e, neste caso, o IPI será considerado custo de aquisição.

O valor de R$ 197.000,00 (196.000 + 1.000) é a base de cálculo, tanto do IPI quanto do ICMS.

O valor do IPI que deve ser adicionado ao custo de aquisição é de R$ 19.700,00 (10% de 197.000).

O ICMS, na base de 18%, calculado sobre R$ 197.000,00, dará o valor de R$35.460.00, que serã debitado em ICMS a Recuperar.

Dessa forma, o custo de aquisição terá sido de:Valor das mercadorias R$ 196.000,00+ Valor do frete e seguros R$ 1.000,00+ Valor do IPI R$ 19.700,00(-) ICMS a Recuperar R$ 35.460,00= Custo de Aquisição R$ 181.240,00(-) CMV (70% de 181.240) R$ .126.868,00= Estoque final (30% de 181.240) R$ 54.372,00Resposta correta letra “c”.

31. Resolução:Os fatos dos itens 2 ,4 e 5 não afetam o caixa.Apenas os itens 1 e 3 alteram o valor do caixa.Como o saldo inicial era de R$ 32.000,00, e houve a saída de caixa de R$

8.000.00 pelo adiantamento a empregado, e o ingresso de R$ 20.000,00 referente à venda à vista, o saldo final de caixa será de R$ 44.000,00.

Resposta correta letra “b”.

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32. Resolução:Trata-se de uma questão em que devemos analisar o efeito da movimentação

da conta bancos e do extrato bancário. A propósito, um crédito realizado pelo banco corresponde a um registro a débito na conta bancos e um débito efetuado pelo banco corresponde a registro a crédito na conta bancos.

Assim, teremos os seguintes comentários às alternativas apresentadas.a) Um crédito no extrato bancário e não contabilizado pela empresa fará com

que o saldo da conta bancos aumente, ou seja, o saldo do razão analítico está menor do que o real.

b) A tarifa de serviços bancários é uma despesa e reduziu os saldos do extrato e do razão analítico. Havendo o estorno dessa despesa, o saldo analítico deve aumentar.

c) Se a parcela de um financiamento é debitada pelo banco e não contabilizada pela empresa, então o saldo do razão analítico está a maior e deve ser reduzido na proporção da parcela do financiamento amortizado.

d) Se um depósito de cheques é creditado na conta-corrente da empresa e não contabilizado pela empresa, então o saldo do razão analítico está a menor, porque o crédito no extrato merece um débito no razão analítico.

e) Se uma despesa referente à cobrança de duplicatas em carteira é debitada pelo banco e não contabilizada pela empresa, então o saldo do razão analítico está a maior, porque o débito pelo banco requer um crédito na conta bancos do razão analítico.

Resposta correta letra “d”.

33. Resolução:Para que possamos analisar as demonstrações contábeis, que são elaboradas

com base na escrituração mercantil da companhia, é necessário que saibamos como os fatos contábeis devem ser escriturados formalmente.a) O Diário é um livro contábil de uso obrigatório utilizado para registrar em

ordem cronológica de dia, mês e ano os fatos contábeis e também as demons­trações contábeis.

b) O Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) destina-se a controlar os registros que influenciam a determinação do lucro real, que pode ser diferente do lucro contábil, devido às exclusões e às inclusões permitidas por lei. O livro é dividido em duas partes: A e B. Na parte A é apurado o lucro real, que é o lucro fiscal, e na parte B são controlados os valores a serem utilizados em anos calendários subsequentes, como os prejuízos fiscais a compensar.

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■ c) O livro Caixa não é livro próprio para resumir a escrituração do diário ou razão.

d) O livro de apuração do ICMS tem por finalidade registrar o ICMS a Recuperar e o ICMS a Recolher, ou seja, apurar o ICMS. Este livro não se destina a regular o estoque de mercadorias, cuja atribuição é do livro de controle de estoque.

e) Conforme o art. 100 da Lei n2 6.404/1976, não existe o livro de registro de letras imobiliárias.

Resposta correta letra "b”.

34. Resolução:O aluguel de R$ 26.000,00 pelo período de 20 meses corresponde ao valor de

R$ 1.300,00 por mês.Como o pagamento foi realizado por um contrato que começa em 01/09/2008 e

como o exercício social coincide com o ano calendário, a empresa deve reconhecer o valor de R$ 20.800,00 como despesa antecipada no Ativo Circulante e R$ 5.200,00 como despesa antecipada no Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo.

O reconhecimento da despesa se dará mês a mês, pelo valor de R$ 1.300,00. Resposta correta letra “a”.

35. Resolução:O custo das mercadorias vendidas é apurado consoante a seguinte fórmula: CMV = Ei + Co - EfCMV = 4.350,00 + 52.200,00 - 13.775,00 CMV - R$ 42.775,00 Resposta correta letra “b”.

36. Resolução:As contas do Ativo Circulante são:aluguéis a vencer 15.500bancos 38.000caixa 25.000duplicatas descontadas (87.500)duplicatas a receber 250.000impostos a recuperar 8.000mercadorias 113.500provisão para devedores duvidosos (12.500)Total 350.000

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

As contas do Ativo Não Circulante são:equipamentos 100.000imóveis 373.000máquinas 64.500veículos 150.000depreciação acumulada veículos (75.000)depredação acumulada equipamentos (50.000)depreciação acumulada máquinas (37.500)Total 525.000

Assim, o Ativo Total será de R$ 875.000,00 As contas do Passivo Circulante são: financiamento vencível em 2009 22.000fornecedores 209.000impostos a pagar 24.000salários a pagar 13.500Total 268.500

As contas do Passivo Não Circulante são: financiamento vencível em 2010 25.000financiamento vencível em 2011 30.000Total 55.000

O Passivo Exigível soma R$ 323.500,00As contas do Patrimônio liquido são:ações em Tesouraria (18.000)capital 537.500reserva de lucros 32.000Total 551.500

O Passivo Total (PC + PNC + PL) soma R$ 875.000,00 O Capital Circulante Liquido - CCL, que é o Ativo Circulante menos o Passivo

Circulante, é igual a R$ 81.500,00.Resposta correta letra “c".

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37. Resolução:

O valor que a empresa deve registrar como custo de aquisição é o valor do bem, mais acréscimos de fretes, seguros e despesas aduaneiras. No caso presente não foram informados os demais gastos. Desse modo, o valor de US$ 200,000.00 deve ser convertido pela taxa do câmbio do dia do negócio, o que gera o montante de R$ 400.000,00.

Como 60% do pagamento é â vista, 40% serão a prazo, cujo valor será R$160.000,00, o que eqüivale a US$ 80,000.00.

No dia 31/12/2008 a empresa deve US$ 80,000,00, registrados na sua con­tabilidade por R$ 160.000,00. Mas, esse valor deve ser atualizado pela variação cambial, cuja taxa nessa data é de R$ 2,20/US$ 1.00.

Assim, a dívida em reais no dia 31/12/2008 será de R$ 96.000,00. Logo, a empresa deverá reconhecer uma despesa de variação cambial de R$ 16.000,00.

Resposta correta letra “e”.

38. Resolução:A despesa líquida será igual ao valor contábil do bem baixado.Como o bem foi adquirido por R$ 50.000,00 e apresentava depreciação acu­

mulada de R$ 35.000,00, então o valor contábil do bem era de R$ 15.000,00, que é o valor a ser registrado como outras despesas na DRE.

Resposta correta letra “b”.

39. Resolução:O desconto obtido na aquisição de mercadorias reduz o custo de aquisição.O desconto concedido na venda reduz a receita líquida de venda.Resposta correta letra “d”.

40. Resolução:A empresa poderia receber dos clientes o valor das vendas de R$ 23.000,00,

o valor relativo a contas a receber de R$ 12.300,00 e recebeu receita antecipada de R$ 9.800,00, o que totaliza R$ 45.100,00.

Entretanto, não recebeu o equivalente a contas a receber de R$ 10.900,00, e já havia recebido no período anterior o valor de R$ 5.400,00.

Dessa forma, o valor efetivamente recebido de clientes foi de R$ 28.800,00. Receita de vendas 23.000,00+ Contas a Receber (saldo inicial) 12.300,00

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 213

+ Receita antecipada (saldo final)(-) Contas a receber (saldo final)(-) Receita antecipada (saldo inicial) Total

9.800,00(10.900,00)

(5.400,00)28.800,00

Resposta correta letra “c”.

41. Resolução:O valor pago aos fornecedores corresponde ao saldo inicial mais compras

menos saldo final.Dessa forma, precisamos apurar o valor das compras com utilização da fórmula

do CMVCMV = Eí + Co - Ef 10.200 = 3.400 + Co - 2.100 Co = R$8.900,00Assim, o valor pago aos fornecedores foi de:Saldo inicial 7.600,00+ Compras 8.900,00(—) Saldo final 5.400,00Total 11.100,00Resposta correta letra “d”.

42. Resolução:O art. 178, § 2a, III da Lei na 6.404/1976, com as alterações posteriores dispõe:

Art 178. No balanço, as conte serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

§ Ik No Passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

III-Patrimônio Líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído peia Medida Provisória $449, de 2008)

Resposta correta letra “d”.

43. Resolução:O art. 184 possui a seguinte redação:

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Art 184. No balanço, os elementos do Passivo seráo avaliados de acordo com os seguintes critérios:I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço;I I - a s obrigações em moeda estrangeira, com ciáusuíade paridade cambiai, serão convertidas em moeda nacional àtaxa de câmbio em «gor na data do baían^j;III - as obrigações, encargos e riscos classificados no Passivo Náo Circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. {Redação dada pela Medida Provisória n2 449, de 2008}

Resposta correta letra “e”.

44. Resolução:Os arts. 223 e 226 dispõe do seguinte modo:

Art. 223. A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre sociedades de üpos iguais ou diferentes e deverão ser deliberadas na forma prevista para a alteração dos respectivos estatutos ou contratos sociais.Art 226. As operações de incorporação, fusão e cisão somente poderão ser efetivadas nas condições aprovadas se os peritos nomeados determinarem que o valor do patrimônio ou patrimônios líquidos a serem vertidos para a formação de capital social é, ao menos, igual ao montante do capital a realizar.§ 1®. As ações ou quotas do capital da sociedade a ser incorporada que forem de propriedade da companhia Incorpomdora poderão, conforme dispuser o protocolo de incorporação, ser extintas, ou substituídas por ações em tesouraria da incor* poradora, até o limite dos lucros acumulados e reservas, exceto a legal.§ 25. 0 disposto no § 15 aplicar-se-á aos casos de fusão, quando uma das sociedades fundidas íor proprietária de ações ou quotas de outra, e de cisão com incorporação, quando a companhia que incorporar parcela do patrimônio da cindida for proprietária de ações ou quotas do capital desta.§3=.A Comissão de Valores Mobiliários estabelecerá normas especiais de avaliação e contabilização aplicáveis às operações de fusão, incorporação e cisão que envolvam companhia aberto. (Redação dada pela Medida Provisória 0*449, de 2008)

Dessa forma, temos na seqüência: Y F> V Resposta correta letra “a”.

45. Resolução:Os três itens reproduzem o disposto nas normas citadas Resposta correta letra “b’\

46. Resolução:I - O item está errado, conforme o art. 183, inciso 1, da Lei n2 6.404/1976, que

assim dispõe sobre o assunto:

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 215

Art 183. No balanço, os elementos do Ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivAtivos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no Ativo Circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei $ 11.638, de 2007)a) pelo seu valor justo, quando se M a r de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Medida Provisória n5 449, de 2008)b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de reaiização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei n211.638.de 2007)

Desse modo, as aplicações e os instrumentos financeiros disponíveis para venda devem ser avaliados pelo seu valor justo.

II — A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio do item 4 do Parecer de Orientação n2 18, de 18 de janeiro de 1990 (PO nfi 18/1990), dispõe que:

4. APLICAÇÕES EM OUROClassificáveis, junto às empresas que não tenham por objeto social a sua comercialização ou industrialização, como Ativo Circulante ou Realizá­vel a Longo Prazo. Tal tipo de aplicação deverá ser avaliada pelo custo de aquisição atualizado monetariamente pelo BTN fiscal de final do período ou pelo valor de mercado, dos dois o menor, devendo, quando for o caso, ser constituída provisão para ajuste ao valor de mercado. Entende-se por:- custo de aquisição: o preço pago na compra do ouro e constante do documento representativo da transação em bolsa ou emitido por empresa habilitada ao comércio do metal, acrescido da corretagem, emolumentos e taxas efetivamente devidos pelo comprador;- valor de mercado: a média aritmética ponderada das cotações diárias, ocorridas durante o pregão da bolsa do país em que se ve­rificar o maior volume de negociações, no dia do encerramento do exercício social ou, se nesse dia não houver pregão, no dia do último pregão anterior.

III - Por força do inciso VII do art. 183 o item está correto.

Vil - os elementos do Ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei n211.638, de 2007)

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IV - O item está correto segundo o disposto no § 32 do art. 182 que dispõe:

§ 3*. Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídas a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3® do art 177. (Redação dada peia Medida Provisória n8 449, de 2008)

V - Conforme disposição do inciso III do art. 184, o item está errado, pois deverão ser ajustados ao seu valor presente:

III - as obrigações, encargos e riscos classificados no Passivo Não Circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Medida Provisória ip 449, de 2008)

Resposta correta letra “e”.

47. Resolução:A empresa Mala Preta S/A possui 600.000 ações de um total de 5.000.000 e

indica um representante do conselho de administração, o que representa ingerên­cia administrativa, então as empresas são coligadas pois a participação representa 12% do capital votante da empresa Lucro Fácil S/A.

O patrimônio liquido da empresa Lucro Fácil S/A, antes do resultado e da destinação, era de R$ 14.000.000,00 (R$ 10.000.000,00 de Capital Social e R$4.000.000.00 de reservas de lucros).

Assim a participação societária estava avaliada no patrimônio da investidora por R$ 1.680.000,00, antes do resultado da equivalência patrimonial e da destinação de resultado pela investida.

Como a investida constituiu reserva para contingência no valor de R$100.000.00 e o estatuto é omisso quanto ao percentual de dividendo, ela distribuiu 50% de dividendo do lucro ajustado nos teimos do art. 202 da lei, o que montou em dividendos distribuídos de R$ 1.000.000,00.

Após a distribuição do dividendo, o PL da investida será de:Capital Social R$ 10.000.000,00Reservas de lucros (iniciais) R$ 4.000.000,00Reserva para Investimentos R$ 1.000.000,00Reserva para Contingências R$ 100.000,00Total R$ 15.100.000,00

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CAMPUS Capitulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 217

Aplicando sobre esse valor o percentual de participação societária encontrare­mos o valor de R$ 1.812.000,00.

Entretanto, esse ainda não é o valor do investimento a ser apresentado no patri­mônio da investidora, pois o art. 9a da Instrução CVMn2 247/1996 determina que:

Art 9a. 0 valor do investimento, paio método da equivalência patrimonial, será obtido mediante o seguinte cálculo:I - Aplicando-se a percentagem de participação no capital social sobre o valor do Patrimônio Líquido da coligada e da controlada; e

II - Subtraindo-se, do montante referido no inciso I, os lucros não realizados, conforme definido no [§ Ia deste artigo, líquidos dos efeitos fiscais.

§ 12. Para os efeitos do inciso II deste artigo, serão considerados lucros não realizados aqueles decorrentes de negócios com a investidora ou com outras coligadas e controladas, quando:a) o iucro estiver incluído no resuitado de uma coíigada e controlada e correspondido por incíusão no custo de aquisição de Ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial da investidora; oub) o lucro estiver Incluído no resuitado de uma coligada e controlada e correspondido por incíusão no custo de aquisição de Ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial de outras coligadas e controladas.§ 2a. Os prejuízos decorrentes de transações com a investidora, coligadas e controladas não devem ser eliminados no cálculo da equivalência patrimonial.§ 3a. Os lucros e os prejuízos, assim como as receitas e as despesas decorrentes de negócios que tenham gerado, simul­tânea e integralmente, efeitos opostos nas contas de resuitado das coligadas e controladas, não serão excluídos para fins de cálculo do valor do Investimento.

Desse modo, e como há lucros nao realizados de R$ 100.000,00 decorrentes da aquisição de uma máquina para o imobilizado, devemos excluir esse lucro não realizado para apurar o valor do investimento.

Assim, finalmente, temos o valor do investimento que deve ser apresentado no Balanço Patrimonial da empresa Mala Preta S/A, ou seja:

R$ 1.812.000,00 (-) R$ 100.000,00 = R$ 1.712.000,00 Resposta correta letra “d”.

48. Resolução:Nos termos do art. 11 da Instrução CVM, a companhia deve:

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Contabilidade de Custos e AnáSise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Art 11. Para a determinação do valor da eqíilvatência patrimonial, a investidora deverá: í - Eliminar os efeitos decorrentes da diversidade de critérios contábeis, em especial, referindo-se a investimentos no exterior;II - Excluir o montante correspondente às participações recíprocas;III - Reconhecer os efeitos decorrentes de eventos relevantes ocorridos no período intermediário, no caso de demonstrações contábeis levantadas em datas diversas; eIV - Reconhecer os efeitos decorrentes de classes de ações com direito preferencial de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciação na participação de lucros.

Assim, a única resposta correta é a letra b.Resposta correta letra “b”

49. Resolução:Os arts. 249 e 250 da Lei n2 6.404/1976 tratam sobre o assunto do seguinte

modo:

Art 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu Patrimônio Líquido representado por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do art 250.Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir normas sobre as sociedades cujas demonstrações devam ser abrangidas na consolidação, e:a) determinar a inclusão de sociedades que, embora não controladas, sejam financeira ou administrativamente dependentes da companhia;b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais sociedades controladas,Art 250. Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas;I - as participações de uma sociedade em outra;II - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;III - as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros cu prejuízos acumulados e do custo de estoques ou do Ativo Não Circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios entre as sociedades. (Redação dada pela Medida Provisória n* 449, de 2008)§ 1Õ. A participação dos acionistas náo controladores no Patrimônio Liquido e no lucro do exercício será destacada, respec­tivamente, no balanço patrimonial e na demonstração do resuitado do exercício. (Redação dada pela Lei n5 9.457, de 1997) § 2*. A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na consolidação, devera ser mantida no Ativo Náo Circulante, com dedução da provisão adequada para perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa. (Redação dada pela Medida Provisória n5 449, de 2008)§ 3*.0 valor da participação que exceder do custo de aquisição constituirá parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até que fique comprovada a existência de ganho efetivo.

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CAMPUS Capitulo 4 — ■ Resolução dos Exercícios Propostos 219

§ 4®. Para fins deste artigo, as sociedades controladas, cujo exercício sociai termine mais de 60 (sessenta) dias antes da date do encerramento do exercício da companhia, elaborarão, com observância das normas desta lei, demonstrações financeiras extraordinárias em data compreendida nesse prazo.

Conforme estabelecido na lei, a CVM possui competência para incluir outras sociedades no processo de consolidação. Foi assim que procedeu a Autarquia quando emitiu a Instrução na 408, de 18 de agosto de 2004, incluindo entre as Entidades que devem elaborar as demonstrações contábeis consolidadas as Enti­dades de Propósito Especifico — EPE.

O art. Ia da referida Instrução dispõe que:

Art t2. Para fins do disposto na instrução CVM n2 247, de 27 de março de 1998, as demonstrações contábeis consoíidadas das companhias abertas deverão incluir, além das sociedades controladas, individualmente ou em conjunto, as Entidades de Propósito Específico - EPE, quando a essência de sua relação com a companhia aberta indicar que as atividades dessas entidades são controladas, direta ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, pela companhia aberta.Parágrafo único. Considera-se que existem indicadores de controle das atividades de uma EPE quando tais atividades forem conduzidas em nome da companhia aberta ou substancialmente em função das suas necessidades operacionais específicas, desde que, alternativamente, direta ou indiretamente:1- a companhia aberta tenha o poder de decisão ou os direitos suficientes à obtenção da maioria dos benefícios das atividadesda EPE, podendo, em conseqüência, estar exposta aos riscos decorrentes dessas atividades; ouII - a companhia aberta esteja exposta à maioria dos riscos relacionados à propriedade da EPE ou de seus Ativos.

Assim, analisando as proposições apresentadas, temos que:I - A proposição está errada porque apenas as companhias abertas estão obri­

gadas a elaborar demonstrações consolidadas.II - Conforme a norma da CVM, esta proposição está correta.III - Conforme inciso III do art. 250, a proposição está correta.IV - Conforme o § Ia do art. 250 da lei, a proposição está correta.V — A proposição está errada conforme o disposto no § 2a do art. 250 da Lei. Resposta correta letra “c”.

50. Resolução:Os fornecedores poderiam ter recebido todo saldo do período anterior, mais as

compras do período atual, menos o saldo no final do período atual. Além disso, devemos considerar os adiantamentos a fornecedores. Os adiantamentos existentes no final de 2007 devem ser excluídos dos valores que poderiam ser pagos em 2008 e devemos acrescentar o saldo final dos adiantamentos em 2008.

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Portanto, temos que apurar o valor das compras de 2008, para o qual nos socorremos da fórmula de apurar o CMV:

CMV ~ Ei + Co — Ef1.318.000,00 = 28.761,00 + Co - 39.648,00 Co = 1.328.887,00

Fornecedores 2007 24.864,00+ Compras 2008 1.328.887,00(-) Fornecedores 2008 (42.785,00)(-) Adiantamentos 2007 (2.680,00)+ Adiantamentos 2008 11.792,00Total 1.320.078,00Resposta correta letra “a".

51. Resolução:Se a empresa fizesse apenas vendas à vista, ela teria recebido o equivalente às

vendas brutas. Entretanto, a empresa faz vendas a prazo, recebe adiantamentos de clientes e possui receitas diferidas.

As vendas a prazo podem gerar a PDD e Duplicatas Descontadas que merecem a nossa análise.

O saldo inicial de vendas a prazo presume-se recebido durante o exercício. Po­rém, há a PDD que não foi recebida em face de ter sido constituída nova provisão de valor integral e também não foi recebido o valor de Duplicatas Descontadas, cujo valor foi recebido no exercício social anterior.

O valor de adiantamento de clientes de 2007 deve ser reduzido do valor das vendas de 2008, pois já foi recebido em 2007 .0 valor do adiantamento de clientes no final de 2008 representa valores já recebidos e que serão considerados receita somente no ano seguinte. Da mesma forma, a Receita Diferida, por representar antecipação de clientes.

Assim, o valor do caixa gerado pelos clientes, em 2008, foi de:Vendas 3.489.367,00+ Saldo de Clientes em 2007 23.654,00+ Duplicatas Descontadas 2008 9.638,00+ Receita Diferida 2008 18.000,00+ Adiantamento de Clientes 2008 47.000,00(-) Adiantamento de Clientes 2007 25.000,00

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j C A M P U S ' Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

(-) Duplicatas Descontadas 2007 (-) Clientes final 2008 (-) PPD 2007 (-) Receita Diferida 2007 = Valor recebido de clientes Resposta correta letra “e”.

52. Resolução:A boa doutrina se pronuncia no seguinte sentido sobre o assunto:

O Controle Interno é indispensável a qualquer entidade, seja ela pública ou privada.A principal finalidade do Controle Interno é o gerenciamento dos riscos decorrentes de fraudes, erros e desvios com o objetivo de inibir a ocorrência dessas práticas.Os controles internos devem ser estruturados por normas rígidas e escritas e devem ser de observância obrigatória por todos os colaboradores da entidade. Nas empresas, principalmente naquelas que possuem como objeto social a comercialização de mercadorias, e nas indústrias os estoques costumam ser de alta relevância na mensuração do resultado. Assim, todos os atos que envolvem transações com estoques (compra, logística, recepção, aco­modação, venda e entrega de suas mercadorias) e seus registros devem ser alvos de controles internos.Sob a ótica do Americam Institute of Certified Public Accountants - AICPA - “O controle interno compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas coordenados, adotados numa empresa para proteger seus Ativos, verificar a exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas.”Desta forma, e como um dos objetivos deste livro é fechar o programa do concursoparaAuditorFiscaldaRjeceitaFedercãdoBrasil—AFRFB~,queéo mais extenso de todos os concursos, vamos desenvolver esse assunto deforma prática e objetiva para que você consigafechar a prova de contabilidade.

Trecho retirado do livro Contabilidade Avançada, 2a ed., Campus, de Francisco Velter e Luiz Roberto Missagia.

Acrescenta-se que a função do auditor interno é de prestar assessoria à admi­nistração da empresa para que ela consiga alcançar os seus objetivos.

Resposta correta letra “c”.

6.758,0039.782,00

1.1X2,0012.000,00

3.503.007,00

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53. Resolução:A resolução requer os conhecimentos dos arts. 201, 202 e 203 da Lei n2

6.404/1976. I)O dividendo fixo é calculado na base de 10% do valor patrimonial das ações.

Como o PL é de R$ 485.000,00 e o capital social é formado por 100.000 ações, então o valor patrimonial de cada ação é de R$ 4,85. Assim, o dividendo fixo por ação será de R$ 0,485 (10% de R$ 4,85).

Como 40% das ações preferenciais (20.00 ações) possuem dividendo fixo, o total do dividendo fixo será então de R$ 9.700,00.

Para o cálculo do dividendo dos demais acionistas preferenciais e dos acionistas ordinários temos que considerar a constituição da reserva legal e da reserva para contingências, bem como o valor do dividendo fixo destinado.

Lucro Líquido do Exercício R$ 78.650,00(-) Reserva Legal (5%) R$ 3.932,50(-) Reserva para Contingências R$ 8.050,83= Base de cálculo do dividendo R$ 66.666,67Valor do dividendo (30%) R$ 20.000,00Como na estrutura do capital há 50.000 ações ordinárias e 50.000 ações pre­

ferenciais, sendo que destas, 20.000 ações possuem dividendo fixo, o valor do dividendo calculado acima deverá ser distribuído para 80.000 ações. Portanto, cabe a cada ação o valor de R$ 0,25 a título de dividendo.

Assim, os detentores de ações ordinárias receberão dividendo de R$ 12.500,00 (50.000 ações x R$ 0,25).

Resposta correta letra “a”.

54. Resolução:A Deliberação CVM dispõe do seguinte modo, sobre os conceitos introdutórios:Valor recuperável de um Ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior

valor entre o valor líquido de venda de um Ativo e seu valor em uso.Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de Ativos que gera

as entradas de caixa, que são, em grande parte, independentes das entradas de caixa de outros Ativos ou de grupos de Ativos.

Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um Ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda.

Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis ELSEVEERFrancisco Velter e Luiz Missagia

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CAMPUS Capítulo 4 — Resoiução dos Exercidos Propostos 223

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados, que devem resultar do uso de um Ativo ou de uma unidade geradora de caixa.

Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamente atri­buíveis à venda ou à baixa de um Ativo ou de uma unidade de caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o resultado gerado.

Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um Ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Valor contábil é o valor pelo qual um Ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização òu exaustão acumulada e provisão para perdas.

Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor de- preciável, amortizável e exaurível de Ativos durante sua vida útil.

Valor depreciável, amortízãvel e exaurível é o custo de um Ativo, ou outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

Valor residual é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda do Ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o Ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

Vida útil é:a) o período de tempo no qual a Entidade espera usar um Ativo; oub) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a En­

tidade espera obter do Ativo.Ativos corporativos são Ativos, exceto ágio por expectativa de rentabilidade

futura (gooãwill), que contribuem, mesmo que indiretamente, para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa.

Mercado Ativo é um mercado onde todas as seguintes condições existem:a) os itens transacionados no mercado são homogêneos;b) vendedores e compradores com disposição para negociar são encontrados a

qualquer momento para efetuar a transação; ec) os preços estão disponíveis para o público.

Resposta correta letra “d”.

55. Resolução:Os lançamentos envolvidos são os seguintes:1 - contabilização do valor do crédito tributário:D - Despesas tributáriasC — Contingências Judiciais (PNC) R$ 5.648.985,67

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224Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis

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2 - contabilização do depósito:D - Depósitos Judiciais (ARLP)C ~ Bancos conta Movimento R$ 5.648.985,67Ressalta-se que as contas Contingências Judiciais e Depósitos Judiciais são de

longo prazo, tendo em vista que os processos judiciais são, de regra, demorados. Resposta correta letra “b”.

56. Resolução:A questão versa sobre os princípios de contabilidade.1 - Na letra a está contida a máxima do principio da entidade, pelo qual se

assevera a autonomia patrimonial.2 - Na letra b está presente o princípio da continuidade, pelo qual se entende

que a Entidade foi constituída por período indeterminado.3 - Na letra c é apresentada uma faceta do princípio do registro pelo valor

original.4 - Os princípios de Contabilidade constituem condição de legitimidade

das Normas Brasileiras de Contabilidade. A letra d está incorreta e deve ser assinalada.

5 - Na letra e está presente a premissa basilar do princípio da prudência. Resposta correta letra “d”.

57. Resolução:Como 40% das duplicatas vencerão de 5 a 12 meses e 20% vencerão em

13 meses, e o restante vencerá após 15 meses, então, 40% vencerão após 15 meses.

Assim, do valor de duplicatas a vencer de R$ 52.000,00, R$ 20.800,00 ven­cerão em longo prazo.

Teremos, portanto, o seguinte valor para o Ativo Circulante:

Contas Ativo CirculanteClientes 30.000,00Duplicatas Descontadas 20.000,00Duplicatas a Receber 52.000,00Duplicatas a Longo Prazo 20.800,00Soma 82.000,00 40.800,00Saldo 41.200,00

Resposta correta letra “c”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercidos Propostos 225

58. Resolução:O custo das mercadorias vendidas foi de:CMV = Ei + Co - EfCMV = 180.000 + 230.000 - 154.000 = 256.000,00

0 Resultado do Exercício foi de:Vendas 540.000,00ICMS sobre Vendas 100.000,00Depreciação 60.000,00Fretes e Carretos 25.000,00Salários 88.000,00Aluguéis Ativos 12.000,00Juros Passivos 7.000,00Prêmios de Seguros 17.000,00CVM 256.000,00Somas 553.000,00 552.000,00= Prejuízo 1.000,00

Agora podemos analisar as alternativas apresentadas.1 - As contas do Ativo são:Mercadorias - estoque 154.000,00Duplicatas a Receber 140.000,00Caixa 70.000,00Ações de Coligadas 50.000,00Móveis e Utensílios 310.000,00Duplicatas Descontadas 90.000,00Depreciação Acumulada 180.000,00Provisão para Devedores Duvidosos 2.000,00Somas 724.000,00 272.000,00Total 452.000,00

2 - Para apurar as contas do Passivo e do Patrimônio Líquido e considerando a teoria personalista - contas dos proprietários, onde as despesas diminuem o PL e as receitas aumentam o PL, teremos os seguintes valores para a soma do Passivo e do PL:

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Capital Social 200.000,00Duplicatas a Pagar 100.000,00Fornecedores 150.000,00Provisão para Férias 15.000,00Prejuízos Acumulados 32.000,00Salários a Pagar 18.000,00Capital a Realizar 40.000,00ICMS a Recolher 65.000,00Reserva Legal 6.000,00Ações em Tesouraria 30.000,00Totais 102.000,00 554.000,00Total (P + PL) 452.000,00

3 - 0 Passivo Circulante montou:Duplicatas a Pagar 100.000,00Fornecedores 150.000,00Provisão para Férias 15.000,00Salários a Pagar 18.000,00ICMS a Recolher 65.000,00Total 348.000,00

4 ~ Como o resultado do exercício foi um prejuízo de R$ 1.000,00, e ha­via prejuízos acumulados de R$ 31.000,00, o saldo final desta conta será de R$ 32.000,00.

5 - Formam as contas do Patrimônio liquido:Capital Social 200.000,00Prejuízos Acumulados 32.000,00Capital a Realizar 40.000,00Reserva Legal 6.000,00Ações em Tesouraria 30.000,00Somas 102.000,00 206.000,00Saldo 104.000,00Resposta correta letra “e”.

Contabilidade de Custos e Anáiise das Demostrações Contábeis ELSEVIERFrancisco Velter e Luiz Missagia

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercidos Propostos227

59. Resolução:A empresa desembolsará os seguintes valores:SaláriosPrevidência social patronal (22%) FGTS (8%)Total

R$ 9.000,00 R$ 1.980,00 R$ 720,00 R$ 11*700,00

O valor relativo ao salário família a empresa descontará do INSS a Recolher. O INSS dos empregados será descontado dos salários dos empregados.

Resposta correta letra “c”.

60. Resolução:Lucro liquido antes do Imposto de Renda 186.000,00

* 30.000 ações = R$ 4,80 / açao Resposta correta letra “c”.

61. Resolução:Ressalta-se que somente será depreciado o veículo que foi incorporado ao Ativo

Não Circulante - Imobilizado.O custo de aquisição deste veículo será formado pelo valor do veículo propria­

mente dito, mais IPI, e acrescido de frete.Nestas condições, o custo foi de:Valor do Veículo R$ 40.000,00 IPI R$ 6.000,00Frete R$ 500,00Total R$ 46.500,00Como a vida útil do veículo é de 5 anos, então a taxa de depreciação anual é

Desse modo, o valor da despesa de depreciação ao final do primeiro ano será de R$ 9.300,00 (20% de R$ 46.500,00).

Resposta correta letra “e’\

(-) PIR e PCSSL(~~) Participações estatutárias= LLE

31.500.0010.500.00

144 000,00

de 20%.

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Contabilidade de Custos e Anáiise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e luiz Missagia

62. Resolução:Contas Saldos (R$)

Devedor CredorMercadorias 18.000,00Vendas 54.000,00Compras 23.000,00ICMS a Recolher 6.500,00Ações em Tesouraria 3.000,00ICMS sobre Vendas 10.000,00Duplicatas a Receber 14.000,00Prêmios de Seguros 1.700,00Provisão para Devedores Duvidosos 200,00Caixa 7.000,00Duplicatas a Pagar 10.000,00Ações de Coligadas 5.000,00Fornecedores 15.000,00Móveis e Utensílios 31.000,00Provisão para Férias 1.500,00Depreciação 6.000,00Duplicatas Descontadas 9.000,00Depreciação Acumulada 18.000,00Fretes e Carretos 2.500,00Salários a Pagar 1.800,00Salários 8.800,00Aluguéis Ativos 1.200,00Juros Passivos 700,00Capital Social 20.000,00Capital a Realizar 4.000,00Reserva Legal 600,00Somas 134.700,00 137.800,00

63. Resolução:1 - 0 art. 187 da Lei ns 6.404/1976 estabelece que:

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Art 187. A demonstração do resuitado do exercício discriminará: i - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

li ~ a receita liqüida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;ii! - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas,e outras despesas operacionais;IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Medida Provisória v 449, de 2008)V - o resultado do exercício antes do imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumen­tos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Medida Provisória n5 449, de 2008)VII - o lucro ou prejuízo ííquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Desta forma, a letra “a” está correta.2 - Na letra b os lançamentos não correspondem ao registro do reconhecimento

da despesa incorrida, pois deve-se debitar à conta de despesa e creditar à conta do Ativo - despesas antecipadas.

3 — 0 montante obtido na alienação de bens do Ativo Permanente (Ativo Não Circulante) é uma receita e não uma despesa.

4 — Conforme disposição legal, antes de qualquer outra participação, os lucros do exercício devem ser utilizados para compensar prejuízos acumulados.

Art 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.Parágrafo único. 0 prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos iucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legai, nessa ordem.

5 ~ Os serviços prestados por terceiros são despesas e não receitas.Resposta correta letra “a”.

64. Resolução:Conforme o disposto no § l 2 do art. 182, na conversão de debêntures em ações,

as parcelas que ultrapassem o valor nominal da ação deverão ser registradas como Reservas de Capital.

Art 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.§ 1a. Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

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a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capitei social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis ELSEVIERFrancisco Velter e Luiz Missagia

Resposta correta letra “c”.

65. Resolução:Vejamos o disposto no aludido dispositivo:

Art 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

§ S2. As notas explicativas devemI - apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;II - divuigar as informações exigidas pelas praticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;líl - fornecer informações adicionais náo indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e IV-indicara) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões p ia encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do Ativo;b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes {art 247, parágrafo único);c) o aumento de valor de elementos do Ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3a);d) os ônus reais constituídos sobre elementos do Aivo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidadeseventuais ou contingentes;e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;f) o número, espécies e classes das ações do capitel social;g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;h) os ajustes de exercícios anteriores {art 186, § 1S); ei) os eventos subsequentes à date de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.

O item 1 é encontrado na alínea / do inciso IV

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos23 !

O item 2 não condiz com o disposto na letra e do inciso IV, pois se refere às obrigações de curto prazo. Somente sobre as obrigações de longo prazo é que devem ser informadas as taxas.

O item 3 está de acordo com a letra d do inciso IV Resposta correta letra “c”.

66. Resolução:Nos termos do art. 202 da Lei das S/A, quando o Estatuto é omisso, o dividendo

serã de 50% do lucro ajustado nos seguintes termos:

M 202, Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas:I - metade do lucro líquido do exercício diminuído qü acrescido dos seguintes valores:a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); eb} importância destinada à formação da reserva para contingências (art 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios Menores,

Dessa forma, no presente caso, o dividendo deve ser calculado do seguinte modo: Lucro Líquido do exercício R$ 500.000,00 (~) Reserva legal (5%) R$ 25.000,00 Resposta correta letra “c”.

67. Resolução:Pelo método indireto, parte-se do LLE, não apresentando os principais pa­

gamentos e recebimentos que interferem na formação ou no consumo de caixa.No método direto, as atividades operacionais são apresentadas pelos valores

que geram caixa, não aparecendo o LLE.O LLE ou o Prejuízo é ajustado no método indireto.Resposta correta letra “d”.

68. Resolução:A Deliberação CVM na 547/2008, no item 15, apresenta, de forma resumida,

os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais:15 - Os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais são basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam das transações e de outros

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232 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exem­plos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são:1) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços;2) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comis­sões e outras receitas;3) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços;4) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados;5) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice;6) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e7) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda futura.

Conforme o item 7, a primeira proposição é verdadeira.Os pagamentos de caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da En­

tidade são exemplos de fluxo de caixa gerado pelas atividades de financiamento.Os pagamentos para aquisição de ações ou instrumentos de dívida de outras

entidades e participações societárias em joint ventures (exceto desembolsos refe­rentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para nego­ciação imediata ou venda futura) são exemplos de fluxo de caixa das atividades de investimento.

Resposta correta letra “a”.

69. Resolução:O art. 176 dispõe que:

Art 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: i - balanço patrimonial;II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;III - demonstração do resultado do exercício; eIV - demonstração dos fluxos de caixa; eV - se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos233

Percebe-se que a Doar não é mais obrigatória.Resposta correta letra “b ”.

70. Resolução:Conforme disposto no art. 200, a reserva de capital pode ser utilizada para

pagamento de dividendo a ações preferenciais.

Art 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para;I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (art 189, parágrafo único); li - resgate, reembolso ou compra de ações; li - resgate de partes beneficiárias;ÍV - incorporação ao capitai social;V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (art. 17, § 55),Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de parles beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

Resposta correta letra “e”.

71. Resolução:I - O Ativo Não Circulante é dividido em Realizável a Longo Prazo, investi­

mentos, imobilizado e intangível.II - O Patrimônio Líquido é dividido em capital social, reservas de capital,

ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em Tesouraria e prejuí­zos acumulados.

III — O Passivo é divido em Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Pa­trimônio liquido.

Resposta correta letra “e’\

72. Resolução:1 - 0 item refere-se a definição de despesa;II — O item apresenta o exemplo de uma despesa;III ~ O surgimento de um Ativo sem o correspondente Passivo aumenta o Pl,

logo é uma receita.Resposta correta letra “a”.

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234 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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73. Resolução:O art. 187 possui a seguinte grafia:

Art 187. A demonstração do resuitado do exercício discriminará: l - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; li - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;iV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receias e as outras despesas;V - o resuitado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;Vi - as participações de debêntures, empregados, administradores e paríes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capitai social.§ 12. Na determinação do resultado do exercício serão computados:a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; eb) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receites e rendimentos.

Perceba que a MP nfi 449/2008 exclui as receitas e despesas nao operacionais. Resposta correta letra “b”.

74. Resolução:A grafia do art. 243 mudou com a edição da MP n2 449/2008. Agora, para ser

coligada, é necessário que a investidora exerça influência significativa.

Art 243.0 relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício.§ 1S. São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.§ 2S. Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que líie assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sócias e o poder de eleger a maioria dos administradores.§ 35. A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e controladas, que forem exigidas pela Comissão de Vaiores Mobiliários.§ 4*. Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la.§ 5®. É presumida influência significativa quando a investidora for titular de vinte por cento ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.

Resposta correta letra “c”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos235

75. Resolução:Analise o seguinte raciocínio:Receita de vendas R$ 54.300,00(-) Abatimento sobre vendas R$ 990,00(+) Duplicatas a receber curto prazo (inicial) R$ 32.400,00(+) Duplicata a receber longo prazo (inicial) R$ 25.690,00(+) Receita antecipada (final) R$ 9.080,00(—) Receita antecipada (inicial) R$ 12.300,00(~) Duplicatas a Receber curto prazo (final) R$ 28.600,00(-) Duplicatas a Receber longo prazo (final) R$ 31.240,00Total R$ 48.340,00Na solução acima, empregamos o raciocínio de tomar positivo tudo aquilo

que a empresa poderia ter recebido e deduzimos aquilo que ela não recebeu ou já recebeu no exercício anterior.

Resposta correta letra “b”.

76. Resolução:Inicialmente, teremos de apurar o valor das compras no período com utilização

da fórmula do CMV CMV *= Ei + Co — Ef43.500 - 12.340 + Co - 23.490 Co = R$ 54.650,00Utilizando semelhante raciocínio ao do empregado na questão anterior, su­

pondo como positivo tudo o que poderia ser pago e negativo o que não foi pago no período, teremos:

Fornecedores (inicial) R$ 19.800,00(+) Compras no período R$ 54.650,00(—) Fornecedores (final) R$ 2.390,00Total R$ 72.060,00Resposta correta letra “e”.

r. Resolução:Seguros a pagar (inicio) R$ 12.340,00(+) Despesa de seguros R$ 43.500,00(+) Seguros antecipados (final) R$ 45.600,00(-) Seguros a Pagar (final) R$ 14.560,00(—) Despesa antecipada de seguros (inicio) R$ 32.400,00Total R$ 54.480,00Resposta correta letra “a”.

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236 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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78. Resolução:Manutenção a pagar (inicio) R$ 13.450,00(•+) Despesa de manutenção R$ 21.340,00(+) Manutenção antecipada (final) R$ 2.340,00(-) Manutenção antecipada (inicio) R$ 5.400,00(-) Manutenção a pagar (final) R$ 15.690,00Total R$ 16.040,00Resposta correta letra V\

79. Resolução:O número de ações da empresa é de 2.150.000 (2.580.000 / 1,2).A participação societária é de 60% (1.290.000 / 2.150.000 - 0,6).Como o lucro foi de R$ 600.000,00 e a participação é de 60%, então a receita

de investimento será de R$ 360.000,00.Resposta correta letra “d”.

80. Resolução:Como a depreciação é do tipo “com valor residual”, o valor depreciável é de R$

12.000,00. Esta depreciação ocorrerá em 10 anos, ou seja, em 120 meses. Logo teremos uma depreciação de R$ 100,00 por mês.

Não foi informado em que dia do mês de setembro de 2006 o bem poderá ser vendido, desta forma, ele poderá ser negociado no final de setembro.

O período de março de 1999 a setembro de 2006, inclusive, abrange 91 meses, logo, a depreciação acumulada do período será de R$ 9.100,00.

O valor contábil do bem, aquele pelo qual o bem poderá ser vendido sem ganho ou perda, será então de R$ 5.100,00 (R$ 15.000,00 - R$ 9.100,00).

Resposta correta letra “a”.

4-2. Capítulo 2 - Análise das Demonstrações Contábeis1. Resolução:

O índice refere-se à solvência geral. Não se pode confundir o índice de liqui­dez geral com a solvência geral, pois a liquidez presume a realização, ao passo que solvência presume condições de pagamento em caso de falência e envolve o imobilizado e o intangível.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercidos Propostos237

Dessa forma, o índice possui importância aos bancos para avaliar a possibilidade de concessão de empréstimos, visto que as pessoas buscam empréstimos quando estão em crise de liquidez.

Resposta correta letra “c”.

2. Resolução:As duplicatas descontadas devem ser pagas, preferencialmente, pelos clientes.

Entretanto, se eles não pagarem as duplicatas, a empresa emitente da duplicata é que deve resgatar o título junto ao banco, ou seja, a emitente é responsável solidária subsidiária.

Assim, para fins de análise, as duplicatas descontadas devem ser classificadas no Passivo Circulante.

Resposta correta letra V\

3. Resolução:Colocando o ano de 2002 numa base 100, o saldo de 2003 representa 74, ou

seja, 26% a menor.Procedendo dessa forma, estamos fazendo uma análise de evolução ou histórica. Resposta correta letra “a”.

4. Resolução:A liquidez corrente fornece o quociente do AC sobre o PC. Se o quociente for

de 1,3. isto significa que a empresa possui 1,30 de AC para cada 1,00 de PC. Em outras palavras, ela possui 130,00 de AC para 100,00 de PC.

Resposta correta letra “b”.

5. Resolução:A padronização das demonstrações consiste no exame das mesmas e a sua

preparação para análise.Resposta correta letra “c”.

6. Resolução:Trata-se de uma série temporal em que o ano de 2002 representa 90% do

estoque do ano de 1998.Resposta correta letra “c”.

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7. Resolução:

Sempre que tivermos uma base 100, os melhores e piores resultados são os extremos. Como a série trata de endividamento, o melhor resultado é o índice mais baixo, ou seja, 70%.

Resposta correta letra “a”.

8. Resolução:Foi informado que o Passivo Não Circulante vale R$ 10.000,00 e que numa

análise de estrutura ele representa 0,05, ou seja, 5%. Assim, o Passivo Total vale 20 vezes mais, isto é, o Passivo Total é de R$ 200.000,00.

Considerando a digrafia do Balanço Patrimonial, o Ativo total também vale R$ 200.000,00.

Se o quociente de solvência geral é de 2,5, então o Ativo Total é 2,5 vezes maior do que o Passivo Circulante somado ao Passivo Não Circulante.

Como o Ativo Total é de R$ 200.000,00, então o PC+PNC é igual a R$ 80.000,00. Assim, o PC é de R$ 70.000,00, visto que o PNC é de R$ 10.000,00.O índice de liquidez corrente é = AC/PCComo o índice de liquidez é 1,4, então o AC=R$ 128.000,00 (1,4 =AC/70.000,00) O índice de liquidez imediata apresentado é de 0,4 e este representa as dispo­

nibilidades sobre o PC. Assim, as disponibilidades somam R$ 28.000,00 (0,4 = disp./70.000,00).

Resposta correta letra “a”.

9. Resolução:A diferença entre o índice de liquidez corrente e a liquidez seca consiste em

excluir do AC os estoques no cálculo da liquidez seca.Dessa forma, o índice de liquidez seca é mais apropriado quando a empresa

busca minimizar o efeito dos estoques na análise.Resposta correta letra “d”.

10. Resolução:O grau de alavancagem financeira é obtido pela aplicação da seguinte fórmula:

_ Rentabilidade dos capitais próprios (RCP)

Rentabilidade da empresa (RE)

RCP ~ LI/PL e RE = LL + desp. Financeira / Ativo total RCP = 15.000 / 60.000 = 0,25

Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis ELSEVIERFrancisco Velter e Luiz Missagia

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 239

Como o lucro antes das despesas financeiras foi de 20.000 e o lucro líquido foi de 15.000, então as despesas financeiras foram de 5.000.

Assim, teremos o seguinte RE:RE - 15.000 + 5.000 /100.000 » 0,2 GAF = 0,25/ 0,2 GAF = 1,25Resposta correta letra “b’\

11. Resolução:O fato diminui o imobilizado e aumenta o realizável. Com o aumento do rea­

lizável, aumenta o índice de liquidez geral e diminui o índice de imobilização. Resposta correta letra “c”.

12* Resolução:A empresa renova (vende) seus estoques a cada 24 dias e leva mais 15 dias

para recebê-los, ou seja, da data da compra até o recebimento de seus clientes transcorrem 39 dias. Como ela paga as compras a cada 34 dias, ela financia seus clientes em 5 dias nas vendas.

Logo, a empresa possui um ciclo financeiro negativo de 5 dias.Resposta correta letra “c’\

13. Resolução:A DRE terá a seguinte estrutura até o resultado operacional:Receitas de Vendas 45.000,00ICMS sobre Vendas 7.500,00Devolução de Vendas 1.100,00= Receita Líquida 36.400,00(—) Custo das Mercadorias Vendidas 12.200,00= Lucro Bruto 24.200,00(—) Despesas com Vendas 2.800,00(-) Despesas Financeiras 1.700,00(—) Resultado NegÁtivo de Equivalência Patrimonial 1.500,00 = Resultado Operacional 18.200,00Como as análises de resultado são efetuadas considerando-se a receita líquida,

a margem operacional líquida será de 0,5 (18.200/36.400).Resposta correta letra “c”.

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14. Resolução:Considerando que o Ativo Total tenha sido de 100, então o imobilizado foi de 10. Se do ano 1 para o ano 2 o imobilizado cresceu 50%, então ele passou para 15.

No mesmo período, o Ativo Total cresceu 25%, elevando-o para 125.Dessa forma, em termos de estrutura, no ano 2 o imobilizado representa 12%

do Ativo Total (15/125).Resposta correta letra “b”.

15. Resolução:Os capitais próprios somam 40, ou seja, representam 40% do Passivo Total. Os fornecedores representam o valor mais elevado dos capitais de terceiros.

Assim, ele é o principal componente dos capitais de terceiros.Os empréstimos de curto prazo representam apenas 3% do Passivo Total, o

que é relativamente inexpressivo.Os capitais de terceiros estão representados pelo PC e PNC, cuja soma monta em 60. As dívidas de longo prazo (PNC) somam 16.Resposta correta letra “d”.

16. Resolução:Tomando como referência a data de 31/12/XO, temos as seguintes situações: XI representa 113% a mais do que X0.X2 representa 19% a menos do que X0.X3 representa 50% a mais do que X0.Resposta correta letra “b”.

17. Resolução:Se capitais de terceiros sobre capitais próprios é de 1,5, podemos dizer que

capitais de terceiros vale 150 e que capitais próprios vale 100. Assim, o Ativo Total valerá 250.

Pede-se a proporção dos Ativos financiados por capitais de terceiros.Capitais de terceiros/Ativo Total = 150 / 250 - 0,6 Resposta correta letra “b”.

18. Resolução:A análise horizontal do Passivo Não Circulante para o ano de 2004, tomando

por base o ano de 2003, representa 75,14, obtido do seguinte modo:

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 241

10.776/14.340 = 0,75146 x 100 = 75,14A análise vertical do Passivo Circulante do ano de 2002 apresenta o seguinte

resultado:10.384/23.968 = 0,4332 x 100 = 43,32Assim, desconsiderando os centavos temos como resultado da análise horizontal

o valor de 75, ou seja, o Passivo Não Circulante de 2004 representa 75% do valor do mesmo grupo no ano de 2003.

já o Passivo Circulante de 2002 representa 43% do total do Passivo em 2002. Resposta correta letra “e”.

19. Resolução:A composição do endividamento evidencia, em termos percentuais, as dívidas

de curto prazo tomando por base as dívidas totais.Não devemos nos esquecer de que as receitas diferidas, para fins de análise,

devem ser reclassificadas para o grupo do Patrimônio Líquido.Assim, a composição do endividamento ficará:CE = PC/PC + PNC CE = 250/250+ 150 CE = 250/400 CE = 0,625 CE = 63%Resposta correta letra “b”.

20. Resolução:O índice do Ativo Total de 20X1, tomado como base o índice de 19X9, repre­

senta a divisão de 13.455 por 15.550, ou seja, 87%.Resposta correta letra V\

21. Resolução:A liquidez corrente é o quociente do AC sobre o PC.O Ativo Circulante possui o seguinte valor:Caixa e Bancos R$ 200,00Mercadorias R$ 780,00Clientes R$ 400,00Total R$ 1.380,00

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Contabilidade de Custos e Anáiise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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O Passivo Circulante, por sua vez, monta:Fornecedores R$ 1.150,00Contas a Pagar R$ 250,00Total R$ 1.400,00LC = AC/PC LC = 1.380,00/1.400,00 LC » 0,9857LC - 99% - isto quer dizer que a empresa possui 99% dos recurso em curto

prazo para saldar suas dívidas de curto prazo.Resposta correta letra “e”.

22. Resolução:O prazo médio de rotação dos estoques é obtido pela aplicação da seguinte

fórmula:

PMRE = --------------- 360____________ROTAÇÃO DOS ESTOQUES

A rotação do estoque, por sua vez é medida pela fórmula a seguir:

PE _ CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS ESTOQUE MÉDIO

Como o PMRE é de 80 dias, então a rotação do estoque foi de:80 - 360 / RE RE = 360 / 80 RE = 4,5Tendo em vista que a RE é calculada conforme a fórmula acima apresentada,

temos que:RE = CMV/estoque médio 4,5 = 81.000/estoque médio Estoque médio = 81.000/4,5 Estoque médio = 18.000,00O estoque médio representa a média aritmética do estoque inicial e do estoque

final.O estoque inicial informado foi de 12.000, logo o estoque final será de:18.000 = (12.000 + Ef) 2Ef= 3 6 .0 0 0 - 12.000Ef = 24.000,00Resposta correta letra “d”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

23. Resolução:Tomando como referência o ano de XI e atribuindo a ele o valor de 100, teremos: X2 = 12.218/20.218 = 0,6040 = 60 X3 = 26.568/20.218 - 1,314 » 131 Então, teremos os seguintes índices para o estoque:

31/12/X1 31/12/X2 31/12/X3100 60 131

Resposta correta letra V ’.

24. Resolução:O índice de imobilização do capital próprio é calculado pela divisão do Ativo

Não Circulante diminuído do realizável a longo prazo, dividido pelo Patrimônio liquido, do seguinte modo:

ICP = (ANC-RLP)/PL ICP = 6.169/5.212 ICP =1,1836Isso quer dizer que para cada R$ 1,00 de PL a empresa possui aplicado em

Investimentos Permanentes, Imobilizado e Intangível R$ 1,18, ou seja, a ímobi- lização.dos capitais próprios chega a 118%.

Resposta correta letra “c”.

25. Resolução:A padronização das demonstrações financeiras, para. fins de análise, consiste em

criticar (analisar) as contas integrantes dos demonstrativos e transcrevê-las para um modelo previamente definido. Por exemplo, a conta duplicatas descontadas, que figura no Ativo Circulante, no demonstrativo padronizado será escrita na Passivo Circulante.

Resposta correta letra “a”.

26. Resolução:1) A liquidez geral está piorando de 2004 para 2005.2) As dívidas totais não possuem cobertura com os dados apresentados, pois a

liquidez geral é inferior a 1. Assim, a empresa depende de geração de resul­tados para poder liquidar todas as suas dívidas.

3) As dividas de curto prazo possuem cobertura, tendo em vista que para cada R$ 1,00 de dívidas a empresa possui R$ 1,61 de Ativo Circulante.

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4) Com as informações apresentadas não se pode quantificar o quanto do capital está comprometido para o pagamento de dívidas.

5) A empresa necessita de recursos adicionais para o pagamento de suas dívidas de longo prazo. Para as dívidas de curto prazo, ela possui recursos suficientes e não necessita de recursos para tal.

Resposta correta letra “b”.

27. Resolução:Com a rotação de duplicatas de 12 vezes no ano, a empresa leva em média 30

dias para receber suas vendas.A rotação de duplicatas a pagar é 24, o que implica que paga aos fornecedores,

pelas mercadorias adquiridas, a cada 15 dias.Com a rotação dos estoques de 8 vezes no ano, significa que a empresa leva 45

dias, em média, para realizar a venda das mercadorias adquiridas.Assim, como a empresa leva 45 dias para vender as mercadorias adquiridas

e após a venda leva mais 30 dias para receber o valor, então, a partir da data da compra até o recebimento das mercadorias, transcorrem 75 dias. Como a empresa leva, em média, 15 dias para pagar o valor das compras aos fornecedores, ela terá um ciclo financeiro negativo de 60 dias.

Resposta correta letra V\

28. Resolução:O percentual de cada conta, dentro de determinado grupo, mostra o percentual

de participação nesse grupo. Assim, poderemos verificar a real importância relativa de cada conta nos grupos.

Resposta correta letra “a”.

29. Resolução:O comprometimento do Ativo Circulante em 2003 era de 80% (100/125). Em

2004 o comprometimento passou para 62,5% (100/160), isto se considerarmos o Ativo Circulante como sendo 125 e 160 para os anos de 2003 e 2004, respec­tivamente, e o Passivo Circulante como 100.

Como o índice de liquidez corrente aumentou, a capacidade de pagamento de curto prazo aumentou.

Como 62,5% do Ativo Circulante estão comprometidos, a empresa possui um grau de liberdade de 37,5% (100 - 62,5).

Resposta correta letra “d”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

30. Resolução:O GAF é calculado pela seguinte fórmula:

GAF = Rentabilidade dos capitais próprios (RCP)Rentabilidade da empresa (RE)

Como RCP = LL/PLeR E = LL + Desp. Financeira/Ativo Total, precisamos apurar o LLE.

Vendas Líquidas 7.250,00(-) Custo das Vendas 4.825,00= Lucro Bruto 2.425,00Despesas Operacionais 895,00= LLE 1.530,00Dessa forma:RCP - 1.530,00/1.800,00 « 0,85 RE = (1.530,00 + 340,00)/2.750,00 = 0,68 GAF = 0,85/0,68 = 1,25 Resposta correta letra “a”.

31. Resolução:O capital total da empresa é de R$ 20.000,00. Como o PL é de R$ 6.600,00,

ele eqüivale a 33% (6.600/20.0000). Os capitais de terceiros, representados pelo Passivo Circulante somam R$ 13.400,00, o que representa 67% (13.400/20.000).

Resposta correta letra “a”.

32. Resolução:A padronização consiste em analisar a classificação das contas e, se for o caso,

reclassificar as que se fizerem necessárias para um padrão previamente definido. Resposta correta letra “b”.

33. Resolução:A solvência geral é fornecida pela seguinte fórmula:SG = AT / (PC + PNC)O AT é de 5.300.O Passivo Circulante e o PNC somam:Fornecedores 600,00Contas a Pagar 40,00CSLL a Recolher 70,00

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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IR a Recolher Empréstimos Longo Prazo Total

150,001.260,002 . 120,00

Desta forma, a SG = 5.300/2.120 = 2,5 Resposta correta letra “c”.

34. Resolução:O Giro do Ativo Total Médio é obtido do seguinte modo:

rzrz - VENDAS LÍQUIDAS ATIVO TOTAL MÉDIO

As vendas líquidas foram de R$ 3.000,00.O Ativo Total médio = (3.000 + 5.300)/2 = 4.150,00 GC * 3.000,00/4.150,00 = 0,72 Resposta correta letra Mb ”.

35. Resolução:A margem líquida ou margem geral representa o quociente entre o LLE e as

vendas líquidas:MG = LLE/VLMG - 680,00/3.000,00 « 0,23 Resposta correta letra V\

36. Resolução:O investimento total médio é o próprio Ativo Total médio.Dessa forma, o retomo geral ou o retomo sobre o investimento serã obtido

pela seguinte fórmula:

RG= l u c r o l íq u id o d o e x e r c íc io

RG = 680,00/4.150,00 = 0,1638Em termos percentuais e arredondando os valores para cima, teremos como

resultado 17%.Resposta correta letra “e”.

37. Resolução:Considerando que as origens de recursos representam o Passivo Total e que

as aplicações representam o Ativo Total e que a imobilização do capital próprio é

ATIVO TOTAL MÉDIO

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos247

obtida pela aplicação da seguinte fórmula: ICP = (ANC - RLP)/PL, então, este índice aumentará com a diminuição do Ativo Não Circulante realizável a longo prazo.

Com a diminuição do RLP, mantidas as demais condições, diminuirá o índice de liquidez geral.

Resposta correta letra “d”.

38. Resolução:O índice de liquidez corrente representa o quociente percentual entre o Ativo

Circulante e o Passivo Circulante.Teremos os seguintes índices:Início de 2003:LC = 24.000/12.000 - 2 Final de 2003:LC = 18.000/6.000 = 3A liquidez corrente aumentou no período em R$ 1,00 para cada real de dívida. Resposta correta letra “e”.

39. Resolução:A liquidez corrente representa o quociente entre o Ativo Circulante e o Passivo

Circulante. Para que este seja maior do que 1,0, é necessário o Ativo Circulante ser maior que o Passivo Circulante.

Resposta correta letra “d”.

40. Resolução:Como o prazo médio de cobrança ou recebimento de vendas é obtido pela

seguinte fórmula:PMC * 3ÓO/ROTAÇÃO DE DUPLICATAS A RECEBER Então, o índice de rotação de Duplicatas a Receber é:72 = 360/Rotação de Duplicatas a Receber Rotação de Duplicatas a Receber = 360/72 ~ 5 Resposta correta letra “d”.

41. Resolução:Se a relação de capitais de terceiros sobre os capitais próprios é de 1,5 e o PL

é de 50.000, então, os capitais de terceiros somam $ 75.000 e o Passivo Total soma $ 125.000.

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248Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis

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Como o total das aplicações é igual ao total das origens e estas estão represen­tadas pelo Passivo Total, então, o Ativo Total é, também, de $ 125.000.

Assim, os Ativos Totais que estão financiados por capitais de terceiros é de $75.000.

Em termos percentuais teremos, então, 60% do Ativo como financiado por capitais de terceiros (75.000/125.000).

Resposta correta letra “b”.

42. Resolução:Considerando que X seja o valor do Passivo Não Circulante para o ano de 2002

e Y o Passivo Não Circulante do ano de 2004, então teremos:14.340--------1005.440--------X10.776--------YX = 5.440 x 100/14.340 = 38 Y = 10.776 x 100/14.340 = 75Assim, o Passivo Não Circulante de 2004, com base em 2003, é de 75.Com relação à análise vertical, o Passivo Circulante representa do grupo do

Passivo o seguinte valor:PC/Passivo Total 10.384 / 23.968 « 43 Resposta correta letra “e”.

43. Resolução:O índice de liquidez geral é determinado pelo quociente entre a soma do Ativo

Circulante e o Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo e a soma do Passivo Circulante e o Passivo Não Circulante.

LG = AC + ANC(RLP)/PC + PNCLG - (35.000 + 8.000)/(14.500 + 14.000)LG = 43.000/28.500 LG= 1,51Resposta correta letra “c”.

44. Resolução:O grau de endividamento é determinado pela seguinte fórmula:GE = PC + PNC/AT

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CAMPUS Capítulo 4 — Resoíuçio dos Exercícios Propostos249

O somatório do PC + PNC já foi utilizado na questão anterior e possui o valor de R$ 28.500,00.

Assim,GE = 28.500/53.000 GE = 0,54Resposta correta letra “d”.

45. Resolução:A composição do endividamento mede o percentual de endividamento da

empresa a curto prazo, tomando como referência o endividamento total.Dessa forma, a sua determinação será por meio da seguinte fórmula:CE = PC/PC + PNC CE = 14.500/28.500 CE = 0,51Resposta correta letra “c”.

46. Resolução:Com a operação apresentada, o único índice de liquidez que será afetado é o

da liquidez geral, pois o Passivo Não Circulante será aumentado pela operação de longo prazo.

Resposta correta letra “c”.

47. Resolução:Examinar e interpretar significa analisar.Resposta correta letra “e”.

48. Resolução:O índice de imobilização do capital próprio mostra quanto de Capital Pró­

prio a empresa aplicou no Ativo Não Circulante - Investimento, Imobilizado e Intangível.

Seu valor é determinado do seguinte modo:ICP = (AN C-RLP)/PL ICP = 200.000/220.000 ICP = 0,91Resposta correta letra “d”.

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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49. Resolução:O texto apresentado condiz com o conceito que apresentamos para a análise

horizontal ou de evolução.Resposta correta letra “a”.

50. Resolução:O índice de liquidez geral mede a capacidade de a empresa honrar todos os

seus compromissos de curto e longo prazos.Resposta correta letra “a”.

51. Resolução:Como os índices de liquidez corrente e liquidez seca são maiores que 1, a

empresa ABC possui AC suficiente para honrar os pagamentos do PC.Resposta correta letra “a”.

52. Resolução:A variação do CCL representa a diferença entre a variação do AC e o PC.

. A variação do AC é 750 - 620 (AC 2002 - AC 2001) = 130 A variação do PC é 500 - 450 (PC 2002 - PC 2001) = 50 Variação do CCL = 130 - 50 = 80 Resposta correta letra “c”.

4.3. Capítulo 3 - Noções de Custos1. Resolução:

Os custos variáveis são aqueles apropriados diretamente aos produtos. São chamados de variáveis porque variam conforme varia o volume de produção. Ora, somente variam com o nível de produção os custos diretos. Daí, os custos diretos são custos variáveis e vice-versa^

2. Resolução:Conforme consta na página 2 da aula demonstrativa, a resposta correta somente

poderá ser a letra “d”.

3. Resolução:Acreditamos que não há dúvidas sobre a questão, visto que o assunto foi ex­

posto nos exatos termos da questão. Resposta correta letra “c’\

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exerdcios Propostos 2 5 1

4. Resolução:Também está expresso no texto que o método aceito pela legislação do Imposto

de Renda é o custeio por absorção.Resposta correta letra "b”.

5. Resolução:a) O custeio por ordem de produção corresponde a uma produção isolada e

não contínua.b) A análise do ponto de equilíbrio facilita os estudos de viabilidade econômica.c) Os elementos (custos) variáveis nunca podem ser apropriados aos produtos,

pois, se assim o forem, deixarão de ser variáveis (diretos) e passarão a ser custos indiretos.

d) Custo-padrão é um parâmetro, preestabelecido, que dificilmente será igual \.ao custo realAs quatro alternativas anteriores estão incorretas.

e) A letra “e” corresponde ao conceito do custeio ABC que apresentamos no texto. É a alternativa correta.

6. Resolução:Na letra “e” está reproduzido, basicamente, o que definimos para o RKW no

texto. É, portanto, a resposta correta.

7. Resolução:O custeio variável desrespeita o princípio do registro pelo valor original e o

princípio da competência.Resposta correta letra “a”.

8. Resolução:A letra a corresponde ao conceito de margem de contribuição e não ao lucro

dos produtos vendidos.Na letra b temos a resposta correta. Reveja no texto sobre custo primário.O conceito de margem de contribuição é um pouco mais complexo do que o

apresentado na letra c.Os custos totais, principalmente os variáveis, variam com o volume de produ­

ção, mesmo em economias estáveis (sem inflação).Quando uma empresa produz um único produto, todos os custos são diretos

ou variáveis. A letra e está errada.

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C o n ta b ilid ad e de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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9. Resolução:Custo imputado representa um custo de oportunidade atribuído aos produtos

por rateio. O exemplo que apresentamos no texto diz respeito ao aluguel, mesmo que o prédio seja próprio. É um custo de mentirinha, mas que pode ser consi­derado para fins gerenciais. Este tipo de custo não é dedutível pelo Imposto de Renda e não condiz com os princípios de Contabilidade.

Resposta correta letra “b”.

10. Resolução:A letra “c” apresenta a resposta correta. Se tiver dúvida sobre a resposta, veja

novamente no texto o último parágrafo sobre o custeio ABC.

11. Resolução:O custeio direto ou variável é exatamente o que consta no enunciado da questão.

12. Resolução:O custeio direto ou variável é exatamente o que consta no enunciado da questão.

13. Resolução:O conceito de custo de oportunidade apresentado no texto condiz com o

enunciado da questão. Logo, a alternativa correta é a letra Kc".

14. Resolução:Quando a fábrica requisita matérias-primas ao Almoxarifado (estoque de ma­

teriais) ela utiliza esses materiais na fabricação ou produtos em elaboração. Desta forma, a resposta correta é a letra “b”.

15. Resolução:Das contas acima listadas as que compõem o custo são:Mão de Obra Direta (MOD) 24.000,00Mão de Obra Indireta (MOI) 25.000,00Luz e Força da Fábrica 8.500,00Materiais Diversos da Fabrica 1.500,00Outros Custos de Fábrica 10.500,00Compras Líquidas 63.100,00Total 132.600,00

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CAMPUS .Capitulo 4 — Resolução dos Exercidos Propostos 253

Como o estoque inicial de matéria-prima era de R$ 8.000,00 e o final de R$7.000.00, isto quer dizer que, além das compras líquidas, foram utilizados mais R$ 1.000,00 na produção, o que totaliza R$ 133.600,00.

A produção em processo no início do período foi de R$ 6.000,00, mais os R$133.600.00, totalizando R$ 139.600,00. Como restou um saldo de R$ 5.000,00, a produção acabada no período foi de 134.600,00.

Havia um estoque de produção acabada de R$ 5.000,00. Se somarmos a esse valor a produção acabada no período e subtrairmos o estoque final da produção acabada, teremos o valor do custo dos produtos vendidos no período de R$135.600.00,

Resposta correta letra “b”.

16. Resolução:Os custos apropriados à produção foram:

Estoque iniciai de materiais R$ 2.000,00Compras de materiais R$ 2.000,00(-) ÍCMS (RS 300,00)Mão de Obra Direta R$ 5.000,00Custos indiretos de fabricação R$ 3.500,00(-) Estoque final de materiais (RS 1.400,00)Totai R$ 10.800,00

Veja que R$ 10.800,00 correspondem a uma produção iniciada de 200 unidades, mas apenas 150 foram concluídas, e as outras 50 estão 60% con­cluídas, o que eqüivale a 30 unidades prontas. Dessa forma, pode-se dizer que o valor de R$ 10.800,00 corresponde à conclusão de 180 unidades, o que dá um custo de R$ 60,00 por unidade. Por coincidência, o estoque inicial de produtos acabados também possui esse valor unitário (R$ 4.500,00/75), ou seja: R$ 60,00.

Ora, foram vendidas 100 unidades, logo o Custo dos Produtos vendidos foi de R$ 6.000,00, o que corresponde a alternativa “d”.

17. Resolução:A matéria-prima utilizado foi de R$ 9.000,00 (90% dos materiais comprados)A Mão de Obra Direta — MOD utilizada foi de R$ 5.400,00 (60% de R$

9.000,00)Os CIF utilizados foram de R$ 6.000,00.

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2 54 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Desta forma:a) o custo de transformação foi de R$ 11.400,00 (CT = MOD + CIF);b) o custo por absorção foi R$ 20.400,00 (MD + MOD + CIF);c) o custo primário foi R$ 14.400,00 (MD + MOD) - resposta correta;d) o custo dos produtos vendidos foi de R$ 14.280,00 (70% de 20.400,00);e) o custo total do período foi de???. Não é possível fazer essa afirmativa quando

não se faz referência ao sistema de custeio adotado.Resposta correta letra “c”

18. Resolução:Sabemos da Contabilidade Geral que o IPI é tributo cobrado por fora, não faz

parte do preço.A empresa adquiriu 500 unidades pelo preço de R$ 8,00, o que dá um valor bruto

de 4.000,00. Desse valor, devemos descontar o ICMS que será recuperado. Dessa forma, a compra líquida foi de R$ 3.320,00. A esse valor devemos adicionar o frete no valor de R$ 240,00, e teremos o custo de aquisição em estoque de R$ 3.560,00.

Como apenas 60% da compra líquida foi requisitado pela fábrica, o valor a ser destinado à produção do período é de R$ 2.136,00.

Resposta correta letra “d”.

19. Resolução:Corresponde aos CIF ou gastos gerais de fabricação os seguintes itens;Seguro contra incêndio incorrido R$2.100,00Imposto Predial R$ 2.400,00Iluminação do prédio R$2.100,00Depreciação do edifício R$ 2.400,00Mão de obra indireta R$ 2.100,00Total R$ 11.100,00Perceba que dos itens apresentados somente a MDO não faz pa^e dos gastos

gerais de fabricação.Resposta correta letra Kc”.

20. Resolução:Demonstração do Resultado:Vendas Brutas 360.000,00(-) CPV (275.000,00)

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= Lucro Bruto (-) Despesas fixas (—) Despesas variáveis Resultado da empresa Resposta correta letra “a”

21. Resolução:Somente podem ser considerados custos os gastos efetuados que possuem re­

lação direta com a produção. Como os gastos foram realizados no departamento de administração, eles representam despesas que serão levadas ao resultado do período. Assim, a resposta correta é a letra “b”.

22. Resolução:O Custo da produção acabada de 2003 foi de R$ 10.000.000,00. Podemos

chegar a esse valor de duas formas:I a - Pela soma da MD + MOD + CIF2a - Diz no enunciado que os produtos não acabados representam 5% da pro­

dução acabada. A produção não acabada é de R$ 50.000,00.Tendo em vista que o estoque inicial de produtos acabados foi de R$

4.000.000,00 e que isto representou 1.000 unidades, chega-se à conclusão que foram acabadas 25.000 unidades em 2003. Como em 2004 também foram aca­bados 25.000 unidades a um custo de R$ 398,00/unidade (R$ 2,00 a menos por unidade), então o custo total de produção de 2004 foi de R$ 9.950.000,00.

Resposta correta letra “c”.

23. Resolução:Vamos a análise:O estoque inicial de produtos acabados foi de 1.000 unidades, correspondendo

ao valor de R$ 400.000,00.O estoque final de produtos acabados foi de R$ 199.000,00, ao custo unitário

de R$ 398,00, correspondeu a 500 unidades.Ora, se no período foram produzidas 25.000 e havia um estoque inicial de 1.000

unidades e um estoque final de 500 unidades, então a quantidade de produtos vendida foi de 25.500 unidades.

Resposta correta letra “e”.

CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

85.000.00 (42.000,00) (17.000,00)

26.000.00

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256 C o n ta b ilid ad e de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrandsco Veiter e Luiz Missagia

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24. Resolução:A alternativa incorreta é a letra “a”, pois o regime de caixa se caracteriza pelo

momento da ocorrência do recebimento ou pagamento. O regime que se carac­teriza pelo momento da ocorrência do fato gerador é o regime de competência.

25. Resolução:Teremos a seguinte composição do Lucro Bruto:Vendas de Serviços 15.500,00(-MSS (500,00)= Receita Liquida 15.000,00(-) Mão de Obra (5.000,00)(-) Custo Material Aplicado (4.000,00)(-) Depreciação equip. operac. (300,00)= Lucro Bruto 5.700,00Resposta correta letra “e”.

26. Resolução:Demonstração do Resultado pelo custeio por absorção:Vendas totais 1.000.000,00* CPV (650.000,00)= Lucro Bruto 350.000,00(-) Despesas Gerais (80.000,00)= Resultado 270.000,00* O CPV foi obtido pela soma do MD + MOD + CIF (R$ 3,00 + R$ 2,00 + R$

1,50) por unidade.Demonstração do Resultado pelo custeio por absorção:

VENDAS BRUTAS 1.000.000,00(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (**) (500.000,00)(=) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 500.000,00(-) DESPESAS E CUSTOS FIXOS (282.500,00)(=) LUCRO OPERACIONAL LÍQUiDO 217.500,00

* * Composto apenas por MD + MOD Os estoques no custeio variável são:35.000 x 6,50 = 227.500,00Pelo custeio variável os estoques são:35.000 x 5 — 175.000,00 Resposta correta letra “d”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

27. Resolução:Agora essa já está fácil. É óbvio que o aluguel da fábrica é custo fixo. Geral­

mente, ele é custo indireto, mas se a empresa produzir apenas um único produto, ele será custo direto, mesmo fixo.

Resposta correta letra “e”.

28. Resolução:O valor das compras líquidas foi:Compras brutas 12.000,00(-) Desconto(-) ICMS (18% de 10.800)+ frateTotal

(1.200,00)(1.944,00)

200,009.056,00

Estoque matéria-prima consumida:Estoque inicial + Compras líquidas (—) Estoque final = Matéria-prima utilizada

7.000,009.056,00

(2.700,00)13.356,00

Mao de Obra Direta consumida:Salário Bruto INSS patronal Provisão 13a Provisão férias Total

6 . 000,00660,00500.00160.00

7.320,00

Custos Indiretos de Fabricação ~ CIF:AluguelMão de obra indireta Energia (70% de 3.000) Depreciação

3.000,002.800,002 .100,00

700,008.600,00Total

Custo total:MD + MOD + CIF = 13.356,00 + 7.320,00 + 8.600,00 = 29.276,00

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258 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Produção acabada no período:EI Produtos em elaboração 3.000,00+ Custos apropriados 29.276,00(-) Estoque final (1.800,00)= Custo produção acabada 30.476,00

Custo dos produtos vendidos:Estoque inicial de PA 12.300,00+ produção do período 30.473,00(-) Estoque final PA (9.,800,00)* CPV 32.976,00

Demonstração do Resultado operacional: Vendas Brutas 90.000,00(-) ICMS S/ Vendas (16.200,00)= Vendas liquidas 73.800,00(-) CPV (32.976,00)= Lucro Bruto 40.824,00(-) Despesas d vendas (9.000,00)(-) Despesas administrativas (7.100,00)(-) Energia da administração (900,00)= Lucro operacional 23.824,00Resposta correta letra “c”.

29. Resolução:Os custos fixos devem ser rateados pelo número de horas-homem (hm). O

total de hm é de 720 (120 + 240 + 360).Dessa forma, cada hm será de R$ 50,00.Logo, os custos unitários (variáveis e fixos) de cada tipo de produto serão:

Alfa - (120hm X R$ 50,00/100) + R$ 250,00 = R$ 310,00 Beta « (240hm X R$ 50,00/100) + R$ 250,00 = R$ 370,00 Delta = (360hm X R$ 50,00/100) + R$ 250,00 = R$ 430,00 O custo total do período compreende os custos fixos totais e os custos variáveis

totais,CT - R$ 36.000,00 + (300 x R$ 250,00) = R$ 111.000,00 Resposta correta letra “b”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos

30. Resolução:O processo de apuração de custos é o custeio por absorção. Relembrando que

nesse processo todos os custos diretos e indiretos, fixos ou variáveis, são apro­priados aos custos.

Os estoques iniciais apresentados são:MD - R$ 330,00;PEF = R$ 490,00;PA « R$ 380,00.No período foram adquiridos materiais diretos no valor de R$ 1.500,00. Como

o estoque final de materiais diretos é de R$ 630,00, houve a apropriação para PEF de MD no valor de R$ 1.200,00.

A MOD apropriada à produção foi de 80% do MD, ou seja: R$ 960,00.Os CIF correspondem a 60% de MD, ou seja: R$ 720,00.Dessa forma, a conta de Produtos em Fabricação - PEF, apresentou a seguinte

estrutura no período:Estoque inicial = R$ 490,00 Requisição de MD = R$ 1.200,00 MOD empregada = R$ 960,00 CIF apropriados - R$ 720,00 Saldo final R$ 450,00.Assim, a produção acabada foi de R$ 1.920,00.Veja, abaixo, os razonetes das contas de custos envolvidas nesse esquema de

custos.

MATERIAIS DIRETOS - MD MÃO DE OBRA DIRETA - MOD

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO - CIF

330,001,500,00 1.200,00

960,00 960,00 720,00 720,00

630,00

PRODUTOS EM FABRICAÇÃO - PEF

PRODUÇÃO ACABADA - PA

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPV

490,00 2.920,00

720,00

' * 380,00

450,00

Resposta correta letra “b”.

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260 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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31. Resolução:Considerando que os CIF forám rateados 40% para o produto “X” e 60% para

o produto “Y”, importando, respectivamente, R$ 12.000,00 e R$ 18.000,00, acompanhe a resolução no quadro abaixo:

CUSTOS TOTAIS >< i ■w “Y" - R$MD 3.000.00 10.000,00MOD 2.000,00 6.000,00CIF 12.000,00 18.000,00Total 17.000,00 34.000,00

Dessa forma, os custos unitários dos produtos “X” e “Y” foram:Produto “X” = R$ 17.000,00/10.000 u = R$ 1,70/u Produto ‘T ’ = R$ 34.000,00/20.000 u = R$ 1,70/uOs valores de venda foram de R$ 2,00 e R$ 4,00, respectivamente para os

produtos “X” e ‘T\Assim, o produto “X” apresentou um lucro bruto de R$ 0,30 por unidade e o

produto "Y” um lucro bruto de R$ 2,30 por unidade.Resposta correta letra “a”.

32. Resolução:Os custos fixos, segundo o critério das unidades produzidas, será:Custos Fixos totais = R$ 1.000.000,00Total de unidades produzidas = 5.000 unidadesCusto fixo por unidade « R$ 1.000.000,00/5.OOOu = R$ 200,00/u.Desse modo, teremos a seguinte composição de custos e lucro bruto unitários:

ProdutoCustos

variáveis/ unidade (1)

Custos Fixos/ unidade (2)

Custo total/ unidade

(3 = 1+2)

Preço de venda/ unidade (4)

Lucro bruto unitário

(5 = 4 -3)A R$ 2.800,00 R$ 200,00 R$ 3.000,00 R$ 4,000,00 R$ 1.000,00B R$ 4.000,00 R$ 200,00 R$ 4.200,00 R$ 5.000,00 R$ 800,00C R$ 1.500,00 R$ 200,00 R$ 1.700,00 R$ 2.500,00 R$ 800,00D R$ 1.700,00 R$ 200,00 R$ 1.900,00 R$ 3.500,00 R$1.600,00

Resposta correta letra “b”.

33. Resolução:O estoque inidal era de 100 unidades ao custo unitário de R$ 2,00, o que totaliza

R$ 200,00. As compras, de 150 unidades, ao custo unitário de 2,50, totalizaram R$375,00. Logo, o estoque inicial e as compras somam R$ 575,00. Considerando a exis­tência de 250 unidades disponíveis, o custo médio foi de R$ 2,30 (R$ 575,00/250u).

Então, o custo dos serviços prestados foi de R$ 368,00 (160u xR$ 2,30). Resposta correta letra “d”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 261

34. Resolução:Os lançamentos pertinentes aos fatos ocorridos são os seguintes:1 - Pela apropriação e pagamento da MOD:

D - Custo de MODC - Caixa R$ 2.000,00

2 - Pela aquisição a prazo de MD:D - Estoques de MD C - Fornecedores R$ 500,00

3 ™ Pela apropriação dos materiais diretos aos custos dos serviços prestados:D -*Custo dos Serviços Prestados C - Estoque de MD R$ 1.000,00

Resposta correta letra “d”.

35. Resolução:Os componentes apresentados que compõem os custos dos serviços prestados

são os constantes no quadro a seguir:Itens de Custos Vatores em R$Custo da mão de obra 3.000,00Custo do material aplicado 2.000,00Depreciação de equipamentos operacionais 200,00TOTAL 5.200,00

Resposta correta letra “b”.

36. Resolução:A composição dos custos dos produtos “X” e “Y” foi a seguinte:Produto “X”:MD/u * 2,75Kg x R$ 2,00 = R$ 5,50/u x lOOu = R$ 550,00 MOD/u = 2h x R$ 3,00 = R$ 6,00/u x lOOu * R$ 600,00 Produto “Y”:MD/u - 10 Kg x R$ 2,00 = R$ 20,00/u x 90u = R$ 1.800,00 MOD/u = 3h x R$ 3,00 = R$ 9,00/u x 90u = R$ 810,00 Rateio dos CIF:O critério de rateio é a MOD.No produto X foram utilizadas = 200h MOD (2h/u x lOOu)No produto Y foram utilizadas = 270h MOD (3h/u x 90u)Dessa forma, a MOD, em horas, montou 470.Os CIF de R$ 9.400,00 devem ser rateados à base de R$ 20,00 por hora de

MOD empregada (R$ 9.400,00/470h)

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Veiter e Luiz Missagia

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Assim, o produto “X” absorveu R$ 4.000,00 de CIF e o Produto “Y” absorveu R$ 5.400,00 de CIF

Os custos unitários e totais de produção foram:Produto “X”:MD - R$ 550,00MOD - R$ 600,00CIF = R$ 4.000,00Totai = R$ 5.150,00Unitário = R$ 5.150,00/100 = R$ 51,50CPV “X” = R$ 51,50 x 80u - R$ 4.120,00Produto “Y”:MD - R$ 1.800,00MOD = R$ 810,00CIF - R$ 5.400,00Total = R$ 8.010,00Unitário - R$ 8.010,00/90 = R$ 89,00CPV “Y” = R$ 89,00 x 80u - R$ 7.120,00Total do CPV “X” + “Y” - R$ 4.120,00 + R$ 7.120,00 = R$ 11.240,00 A Receita Bruta total é a seguinte:Venda de 80u “X” x R$ 150,00 = R$ 12.000,00 Venda de 80u “Y" x R$ 250,00 = R$ 20.000,00 Venda total = R$ 32.000,00Apuração do Resultado:

Receita Bruta - RB 32.000,00(-) CPV (11.240,00)= Lucro Bruto 20.760,00(-) Despesas fixas (4.000,00)(-) Despesas Variáveis - 10% de RB (3.200,00)Resultado do período 13.560,00

Resposta correta letra “d”.

37. Resolução:Dos itens apresentados, compõem os custos os seguintes valores:

Matéria-prima 135.000,00Mão de obra direta 80.000,00Energia elétrica da produção 30.000,00Depreciação de máquinas produtivas 15.000,00Totai 260.000,00

Resposta correta letra “d”.

Page 274: Francisco Velter e Luiz Roberto Missagia iHP

CAMPUS jCapítuio 4 — Resolução dos Exercícios Propostos263

38. Resolução:Os custos que são rateados são os custos indiretos.Resposta correta letra “c”.

39. Resolução:Se os estoques iniciais e finais são nulos, isto quer dizer que todas as aquisições

de materiais diretos foram empregadas na produção. Dessa forma, os custos diretos compreendem os MD adquiridos mais a MOD empregada.

Resposta correta letra “bM.

40. Resolução:Uma das informações fornecidas é o Lucro Líquido do exercício de R$ 18.000,00.

Este lucro foi obtido da seguinte forma:Receita Bruta 200.000,00(~) CPV ?= Lucro Bruto ~ LB ?(~) Salário de vendedores (10.500,00)(~) Despesas de Viagem (10.000,00)(-) Despesas de Publicidade (8.500,00)(~) Salário do Escritório Central (15.000,00)(-) Despesas Diversas do escritório centrai (2.400,00) (46.400,00)= Lucro Líquido do exercício 18.000,00

Não possuímos o valor do CPV e, em conseqüência, também não possuímos o valor do Lucro Bruto.

Mas o LLE é de R$ 18.000,00, e temos despesas operacionais de R$ 46.400,00. Dessa forma, podemos calcular o valor do Lucro Bruto com um simples somatório das despesas operacionais com o LLE, o que gera o valor de R$ 64.400,00.

O LB de R$ 64.400,00 representa a diferença entre a Receita Bruta e o CPV Assim, o CPV terá o valor de R$ 135.600,00.

Agora, veja o seguinte esquema de custos relativos à questão, baseado no cri­tério de custeio por absorção:

MÃO DE OBRA DIRETA - CUSTOS INDIRETOS DE MOD FABRICACÃO - CIF

MATERIAIS DIRETOS - MD

8 .000,00

6 .000,00

24.000,00 24.000,00 25.000,008.500,001.500,001.3000,09.200,00

45.500,00 45.500,00

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264Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis

Francisco Vciter e luiz MissagiaELSEVTER

PRODUTOS EM FABRICAÇÃO - PEF

PRODUÇÃO ACABADA - PA

CUSTO DOS PRODUTOS VENDiDOS - CPV

6.000,00 135.600,00

?24.000,0045.500,00

6.000,00

8.000,00

Olhando para o razonete da produção acabada e considerando que o CPV foi de R$ 135.600,00, então a produção acabada no período foi de R$ 136.600,00. (5.000 +? - 135.600 = 6.000).

Com relação aos Produtos em Fabricação: acabamos de ver que a produção acabada no período foi de R$ 136.600,00. Para que isso seja possível, a seguinte equação deve se igualar: (6.000 +? + 24.000 + 45.500 - 136.600 = 8.000), ou seja, os MD requisitados pela fábrica foram de R$ 69.100,00.

Ora, se foram requisitados R$ 69.100,00 de MD, eles saíram do estoque de MD. Como havia um estoque inicial de 8.000, houve uma compra cujo valor estamos apurando, e há ainda um saldo de 6.000. Então, o valor das compras foi de R$67.100 (8.000 + Co - 69.100 = 6.000)

Resposta correta letra “a”.

41. Resolução:Os custos totais de produção são:Salários e Encargos do Pessoal da Fábrica 28.000,00 Manutenção das Máquinas da Fábrica 4.000,00Seguro da Fábrica no Mês 9.800,00Matéria-prima Consumida na Fábrica 32.000,00

Como apenas 1/3 da produção foi vendida, o CPV - R$ 73.800,00/3 = R$24.600,00.

Resposta correta letra “d”.

42. Resolução:Os itens constantes nas letras a, b, c e d são componentes de custos. Os gas­

tos com propaganda e publicidade são sempre despesas, independentemente do critério de custeio utilizado.

Resposta correta letra “e”.

Total 73.800,00

Page 276: Francisco Velter e Luiz Roberto Missagia iHP

CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos265

43. Resolução:O custeamento normal é o próprio custeio por absorção. Dessa forma, veja o

esquema de custos com razonetes.

MATERIAIS DIRETOS - MD MÃO DE OBRA DIRETA- MOD

CUSTOS INDIRETOS DE

200,00 1.000,00 1.000,00 2.000,00 1.800,001.900,00 1.700,00 200,00

400,00

PRODUTOS EM FABRICAÇÃO - PEF

PRODUÇÃO ACABADA - PA

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPV

100,001.700,00

3.800,001.000,001.800,00

800,00

1.600,003.800,001 >400,00

4.000,004.000,00

Percebe-se que os CIF totais foram de R$ 2.000,00, mas apenas R$ 1.800,00 foram apropriados à produção. Assim, a diferença de R$ 200,00 deve ser consi­derada na apuração do resultado.

As vendas totais do período foram de R$ 7.000,00. Sobre essas vendas houve a incidência de ICMS de 20% (R$ 1.400,00). O CPV foi de R$ 4.000,00 e, outras despesas, de R$ 200,00. Veja o razonete de apuração do resultado.

1.400,00 7.000,004.000,00

200,005.600,00 7.000,00

(5.600,00)1.400,00

Obs.: O fato de atribuir diretamente a resultado o valor dos CIF não rateados a custos, mas incorridos, é válido, desde que estes valores sejam inexpressivos no cômputo dos custos.

Resposta correta letra “d”.

44. Resolução:Os custos com controle de qualidade representam R$ 38.250,00. São rateados

entre o total de horas aplicadas em cada setor, cuja soma das horas é 195.

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266 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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O casto por hora foi de R$ 196,15 (38.250/195). Como o produto Pino Alpha consumiu, respectivamente, 38%, 14,5% e 23,7% desses custos, os custos de cada setor levados ao custo de Pino Alpha foi de:

Tornearia » llOh x R$ 196,15 = R$ 21.576,92 x 38% = R$ 8.199,23 Fresaria - 37h x R$ 196,15 = R$ 7.257,69 x 14,5% = R$ 1.052,36 Estamparia » 48h x R$ 196,15 - RS 9.415,38 x 23,7% = R$ 2.231,44 Assim, foram apropriados ao produto Pino Alpha, por rateio, R$ 11.483,00.0 custo total, por sua vez, importou em R$ 49.483,00 (R$ 38.000,00 + R$

11.483,00).Como foram produzidas 500 unidades, então o custo unitário foi de R$ 98,96

(R$ 49.483,00/500)Resposta correta letra “a”.

45. Resolução:Conforme apuramos na questão anterior, o custo de controle de qualidade

apropriada ao produto Pino Alpha foi de R$ 11.483,00.Resposta correta letra “b”.

46. Resolução:1 - Realmente, os coprodutos são produtos secundários, mas se espera receita

ordinária e não esporádica. O item está errado.II - Os subprodutos possuem mercado assegurado, mas as receitas não são

expressivas. Qualquer receita é relevante. O item está errado.III - Foi exatamente assim que definimos o valor de realização dos subprodu­

tos. Item certo.IV - A receita decorrente da venda de sucatas, embora esporádica, é operacio­

nal. O item está errado.Resposta correta letra “e”.

47. Resolução:Conforme vimos na questão anterior, a venda das sucatas representa uma receita

operacional, dentro do grupo Outras Receitas Operacionais.Resposta correta letra “a”.

48. Resolução:O valor do rateio é de R$ 150.000,00 e deve ser feito entre o departamento A

e B, visto que no departamento C não há máquinas.

Page 278: Francisco Velter e Luiz Roberto Missagia iHP

CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 267

No departamento B há o dobro de máquinas do que no departamento A.No departamento A são 5 máquinas, logo, no B, são 10 máquinas, o que to­

taliza 15 máquinas. Logo, o custo por máquina é de R$ 10.000,00, ou seja, no departamento A R$ 50.000,00 e no B R$ 100.000,00.

Resposta correta letra “e”.

49. Resolução:Perceba que o material total empregado no período foi de R$ 50.000.000,00,

e o material designado à Ordem de Produção foi de R$ 10.000.000,00, ou seja, há uma proporção de 1/5.

Como os CIF totais foram de R$ 15.000.000,00, então, na proporção com que a empresa usa esses materiais nas ordens, ela utilizou R$ 3.000.000,00 de CIF na ordem de produção.

Resposta correta letra “c”.

50. Resolução:Houve uma diferença entre CIF estimados e CIF efetivos de R$ 40.000,00.

Estes custos foram aplicados na produção do período. Oitenta por cento (80%) da produção foram vendidos e 20% permanecem em estoque. Logo, R$ 32.000,00 foram para CPV e R$ 8.000,00 estão nos estoques, e estes valores devem ser rever­tidos, mediante o lançamento representado na letra “c”, que é a resposta correta.

51. Resolução:Os CIF aplicados no período são rateados à produção na proporção da MOD

empregada no perfodo (março). A MOD empregada foi de R$ 20.000,00 e os CIF totais de R$ 6.000,00, então, a razão de apropriação dos CIF será de R$ 0,30 para cada R$ 1,00 de MOD empregada na produção.

Assim, teremos a seguinte alocação dos CIF:Ordem nfl Matéria-Prima Mão de Obra Direta CIF94.140 6.000,00 3.000,00 900,0094.145 5.000,00 7.000,00 2.100,0094.146 3.000,00 2.000,00 600,0094.147 10.000,00 2.000,00 600,0094.148 8.000,00 6.000,00 1.800,00Pede-se o CPV que representa a produção acabada e entregue no período, ou

seja, os custos aplicados nas ordens 94.145, 94.146 e 94.148.

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268 Contabilidade de Custos e Anáiise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Os castos totais dessas ordens sao os custos no início de março mais os custos aplicados no mês de março, cujos valores são os seguintes:Ordem nfl Matéria-Prima Mão de Obra Gastos Gerais Total

Direta de Produção94.145 9.000,00 14.000,00 4.200,00 27.200,0094.146 2.000,00 1.000,00 300,00 3.300,0094.145 5.000,00 7.000,00 2.100,00 14.100,0094.146 3.000,00 2.000,00 600,00 5.600,0094.148 8.000,00 6.000,00 1.800,00 15.800,00Soma 66.000,00

Resposta correta letra “a”.

52. Resolução:A matéria-prima jã foi toda apropriada à produção. Aliás, isso é uma caracte­

rística da produção em processo, ou seja, a matéria-prima é alocada à produção no primeiro processo. Dessa forma, como restam 200 unidades em processo, o custo da matéria-prima em processo é de R$ 100.000,00.

Quanto à MOD, diz-se que as 200 unidades jã receberam 80% da MOD total que receberão. Assim, temos 800 unidades acabadas e mais o equivalente a 160 unidades acabadas em processo (80% de 200 unidades). Isto eqüivale a 960 unidades acabadas para um custo de R$ 300.000,00. Então, se efetuarmos uma regra de três, teremos:

960u R$ 300.000,00160u R$?? = 160u x R$ 300.000,00/960u = R$ 50.000,00No que concerne aos CIF, eles foram aplicados em 50% nas 200 unidades em

processo, o que eqüivale a 100 unidades acabadas. Logo, temos um custo aplicado de R$ 900.000,00 para 900 unidades, então, a produção em processo (equivalente a 100 unidades) recebeu um custo de R$ 100.000,00.

Assim, o custo total em processo é:MD = R$ 100.000,00 MOD - R$50.000,00 CIF = R$ 100.000,00 Total = R$ 250.000,00 Resposta correta letra “b”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resoíução dos Exercícios Propostos 269

53. Resolução:Perceba que os custos totais aplicados na produção foram de R$ 1.700.000,00.

Como R$ 250.000,00 estão em processo, conforme vimos na questão anterior, então a produção acabada foi de R$ 1.450.000,00.

Resposta correta letra “c”.

j 54. Resolução:Os custos em processo (4.000 unidades) estão 50% acabados no que concerne

à MOD e ao CIF, visto que os MD foram totalmente empregados no início do pro­cesso. Dessa forma, as 4.000 unidades em processo eqüivalem a 2.000 unidades acabadas no que concerne aos fatores de MOD e CIF

Assim, os custos unitários são:MD R$ 50.000,00/20.000u = R$ 2,50/uMOD R$ 39.800,00/18.OOOu = R$ 2,2X/uCIF R$ R$ 38.000,00/18.000u = R$ 2,1 l/uCusto total por unidade = R$ 6,82Resposta correta letra “b”.

55. Resolução:O enunciado traduz o conceito de coproduto.Resposta correta letra “a”.

56. Resolução:a) Não importa o valor das vendas. Se existem, devem ser registradas e, para

tanto, as contas devem fazer parte do plano de contas. Alternativa incorreta.b) A empresa obtém, normalmente receita da comercialização de subprodutos,

porém, com resíduos, as vendas são esporádicas. Alternativa incorreta.c) Realmente não se registra as sucatas em estoque e, por ocasião da venda, esta

é considerada como Outras Receitas Operacionais. Alternativa correta.d) Custos não aparecem como receita, mas como despesa. Alternativa incorreta.e) Coproduto é produto simultâneo ou principal. Subproduto é produto secun­

dário. Alternativa incorreta.Resposta correta letra “c”.

57. Resolução:A característica apresentada no enunciado se refere ao conceito de sucatas. Resposta correta letra “c”.

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Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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58. Resolução:Na situação 1, temos o ponto de equilíbrio, isto é, a receita total se iguala aos

custos totais. Não podemos esquecer do ICMS.A Receita Total é: 86,75 x 1.200 = R$ 104.100 Subtraindo o ICMS de 17%, teremos:RT = R$ 104.100,00(-) R$ 17.697,00Receita líquida = R$ 86.403,00Os custos variáveis totais são = R$ 54,00 x 1.200 = R$ 64.800,00.Dessa forma, e como no ponto de equilíbrio os custos e despesas se igualam

as receitas, os Custos e Despesas fixas totais são:R$ 86.403,00 - R$ 64.800,00 = R$ 21.603,00

Na situação 2, temos:Receita total« R$ 79,52 x 2.000u =ICMS de 17% = R$ 27.036,80 Receita líquidaCusto variável: R$ 45,00 x 2.000 u Custos e despesas fixas LUCROResposta correta letra ub”.

59. Resolução:O ponto de equilíbrio é obtido quando a Receita Total for igual aos custos mais

despesas totais.Os custos e despesas fixos totais são de R$ 40.000,00. A este custo será adi­

cionado mais R$ 20.000,00 a título de propaganda, passando a R$ 60.000,00.Como com a venda de R$ 80.000,00, e considerando os custos fixos iniciais

de R$ 40.000,00, houve um prejuízo de R$ 8.000,00, então, por diferença, os custos e despesas variáveis totais foram de R$ 48.000,00, o que eqüivale a 60% da Receita Total (lembre-se que os custos e despesas variáveis são fixos por unidade).

Dessa forma, e para se obter um lucro de R$ 4.000,00, o volume de vendas terá de ser:

Receita Total (RT) = custos fixos + custos variáveis + lucro esperado.Como os custos variáveis são de 60% da RT, então teremos:

R$ 159.040

- R$ 132.003,20 = (R$ 90.000,00) = (R$ 21.603,00) = R$ 20,400,00

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos271

RT - 60.000 = 0,6RT = 4.000 RT - 0,6RT = 64.000 RT = 64.000/0,4 RT = R$ 160.000,00 Resposta correta letra V\

60. Resolução:Lembrando que Margem de Contibuiçâo Unitária é o valor da venda unitária

diminuída do custo e despesas variáveis por unidade.Valor de venda unitária = 40.000,00/20.OOOu = R$ 2,00/u Custos e despesas variáveis totais:Matérias-primas = 4.000,00MOD = 6.000,00Custos indiretos variáveis = 1.000,00Despesas gerais variáveis - 3.000,00Total » 14.000,00

Custo e despesa variáveis unitários:R$ 14.000,00/R$ 20.000,00 = R$ 0,70

Margem de Contibuiçâo Unitária = PV - custo e despesa variáveis unitários Margem de Contibuiçâo Unitária = R$ 2,00 - R$ 0,70 = R$ 1,30 Resposta correta letra “e”.

61. Resolução:Ponto de equilíbrio representa o ponto em que o lucro é zero.Resposta correta letra “b”.

62. Resolução:A nossa empresa apresenta um pequeno problema de estoque de matéria-prima,

então, ela terá de racionalizar a sua produção de modo que possa maximizar seus lucros.

A produção possível do produto C é de no máximo 15 unidades, pois cada unidade consome 4Kg da matéria-prima Y e somente dispõe de 60Kg. Com isso, eliminamos 3 alternativas (a, c, e).

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272Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis

Francisco Velter e Luiz MissagiaELSEVTER

As vendas mensais do Produto A são de 220 unidades, logo, não há motivo para se produzir 200 unidades, sendo que há em estoque 45 unidades. Assim, eliminamos mais uma alternativa (d), pois nessa alternativa não há produção algu­ma do produto C, e haveria venda normal dos produtos A e B, o que se consegue também se a alternativa escolhida for a letra b, além de se obter a venda de 10 unidades a mais do produto C.

Resposta correta letra “b\Vejam que as aparências enganam. Essa questão parecia de extrema dificuldade,

mas não é! i!

63. Resolução:A limitação produtiva são as horas de processamento.Temos de analisar que, embora o produto X tenha uma margem de contribui­

ção individual maior, ele é o produto que necessita de maior número de horas de processamento.

Analisando as alternativas:a) se a empresa processar apenas o produto X, então ela conseguirá processar

20.000 unidades, o que dará uma Margem de Contribuição Total de R$200 .000 ,00 .

b) Na produção de 15.000 unidades de Z serão consumidas 30.000 horas de processamento e este produto trará uma Margem de contribuição total de R$ 90.000,00. Restam 60.000 horas de processamento, o que darã para produzir mais 12.000 unidades de X, com Margem de Contribuição total de120.000.00. A alternativa produz uma margem de contribuição total de R$210.000.00. Já é melhor do que a alternativa anterior.

c) Na produção de 30.000 unidades de Y são consumidas 30.000 horas de processamento e gera uma Margem de Contribuição Total de R$ 120.000,00. Restam 70.000 horas de processamento para o produto X, ou seja, pode-se produzir mais 14.000 unidades de X, com Margem de Contribuição Total de R$ 140.000,00, resultando em uma Margem de Contribuição Total para a alternativa de R$ 260.000,00. Melhorou mais um pouco!

d) Na produção de 15.000 unidades de Z são consumidas 30.000 horas de pro­cessamento, gerando uma Margem de Contribuição Total de R$ 90.000,00. A produção de 30.000 unidades de Y produz uma Margem de Contribuição Total de R$ 120.000,00, gerando um total para a alternativa de R$ 210.000,00.

e) Pelo que vimos na alternativa anterior, os produtos Z e Y, nessas condições, produzem uma Margem de Contribuição Total de R$ 210.000,00 e consomem

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CAMPUS -Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos273

60.000 horas de processamento. Se as 40.000 horas de processamento forem utilizadas na produção de X, então pode-se produzir 8.000 unidades de X, o que agrega uma Margem de Contribuição Total de R$ 80.000,00. Assim, a alternativa produz uma Margem de Contribuição Total de R$ 290.000,00. É a melhor opção!

Resposta correta letra "e”.

64. Resolução:Perceba que para um aumento de 10,000 unidades produzidas, os custos va­

riáveis aumentaram em R$ 100.000,00. Como os custos variáveis são fixos por unidade produzida, então o custo variável unitário é de R$ 10,00.

Resposta correta letra “c”.

65. Resolução:Os custos variáveis são:

Como a produção foi de 10.000 unidades, o custo variável unitário será de R$ 10,20.

O item está CERTO.

66. Resolução:A questão refere-se à forma de escrituração do ICMS e do IPI na operação de compra.

Sabemos da Contabilidade Geral que o IPI é um tributo calculado por fora e o ICMS por dentro. Entretanto, no presente caso, o ICMS é por substituição tributária e, nesse caso, não gera direito a crédito na adquirente, pois ela não será contribuinte do ICMS, ou melhor, ela é contribuinte do ICMS, mas o tributo está incluso no preço de venda e não fará recolhimento, não destacando esse tributo quando da venda.

O item está CERTO.

67. Resolução:Isso é assim mesmo. O custo fixo total será variável por unidade produzida e o

custo variável será fixo por unidade produzida.O item está CERTO.

Mão de Obra Direta Matéria-Prima Consumida Componentes Diretos Total

12 . 000,0050.000.0040.000.00102 .000.00

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274 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e ü jíz Missagia

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68. Resolução:O pessoal da manutenção e vigilância atende a todos os setores da fábrica onde

são fabricados diversos produtos. Esse pessoal não trabalha diretamente na pro­dução de determinado produto e os seus préstimos não podem ser identificados com os produtos. Dessa forma, esses gastos são custos indiretos.

O item está ERRADO.

69. Resolução:A imputação do aluguel aos custos quando o prédio for próprio diz respeito

ao conceito de custo de oportunidade. Mas este valor não deve ser imputado aos produtos. Poderá ser quando se fala em custos para fins de planejamento, mas não hã obrigatoriedade de se fazer isso.

O item está ERRADO.

70. Resolução:De fato, as depreciações são alocadas aos custos que geralmente vão a estoque

de produtos acabados (Ativo) para se tomarem despesas, sob a forma de CPV, quando os produtos forem vendidos.

O item está CERTO.

71. Resolução:O critério do custeio variável não é aceito pela legislação tributária (Imposto

de Renda) justamente porque não aloca os custos fixos à produção. Nessa forma de custeio apenas os custos variáveis são alocados à produção.

O item está ERRADO.

72. Resolução:Os gastos fixos por trimestre são de R$ 750.000,00 = R$ 250.000,00 por

mês.Um incremento nesses gastos de 15%, com publicidade, representa um custo

fixo de mais R$ 37.500,00, totalizando R$ 287.500,00 de custos fixos.A receita máxima mensal a ser obtida é de R$ 675.000,00 (15.000 x R$ 45,00). Com a ocupação de 100% dos cômodos, os custos variáveis serão de R$

300.000,00 (15.000 x R$ 20,00).Resposta correta letra “a”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 275

73. Resolução:A margem de contribuição, acima do ponto de equilíbrio, forma o lucro ope­

racional.Resposta correta letra “c”.

74. Resolução:O Ponto de Equilíbrio Contábil (em unidades produzidas) é obtido quando a

Margem de Contibuição Unitária multiplicada pela quantidade vendida se igualar aos custos fixos totais.

PEC = Custos Fixos Totais/Margem de Contibuição Unitária.PEC = R$ 400.000,00/R$ 200,00.PEC = 2.000 unidades.A receita total necessária será, então, deR$ 1.000.000,00 (2.000uxR$ 500,00). Se fôssemos consultores desta empresa o nosso conselho seria: “Inventem outra

coisa porque nessa vocês vão se afundar cada vez mais.”Resposta correta letra V ’.

75. Resolução:O Ponto de Equilíbrio Contábil, em termos monetários, é obtido quando a

Receita Total se igualar aos custos e despesas totais (fixos e variáveis).Em outras palavras, o PEC pode ser encontrado quando a Margem de Conti­

buição Unitária, multiplicada pelas quantidades, se igualar aos custos e às despesas fixos totais.

Os custos e despesas fixos totais são: R$ 9.400 + R$ 4.000 = R$ 13.400,00 A Margem de Contribuição Unitária do produto X é obtida pela diferença entre

o valor de venda e os custos e despesa variáveis.Preço de venda de X é de R$ 150,00.Os custos e despesas variáveis de X são:Matéria-prima: 2,75Kg x R$ 2,00 = R$ 5,50 MOD: 2h x R$ 3,00 = R$ 6,00 Despesas variáveis de 10% de vendas = R$ 15,00 Custos e despesas variáveis unitários totais = R$ 26,50.Assim, a margem de contribuição individual do produto X será:R$ 150,00 - R$ 26,50 = R$ 123,50A Margem de Contribuição Unitária do produto Y também é obtida pela dife­

rença entre o valor de venda e os custos e despesa variáveis.

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276 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Vefter e Luiz Missagia

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Preço de venda de X é de R$ 250,00.Os custos e despesas variáveis de X são:Matéria-prima: 10,00Kg x R$ 2,00 - R$ 20,00 MOD: 3h x R$ 3,00 * R$ 9,00 Despesas variáveis de 10% de vendas = R$ 25,00 Custos e despesas variáveis unitários totais = R$ 54,00.Assim, a margem de contribuição individual do produto X será:R$ 250,00 - R$ 54,00 = R$ 196,00Outro problema a considerar é o fato de serem dois os produtos envolvidos.

Neste caso, o problema é relativamente simples, pois os custos fixos são comuns aos dois produtos. Dessa foima, para encontrar o ponto de equilíbrio, podemos fazer a média aritmética das margens de contribuição individual e, considerando que as quantidades vendidas são iguais, também fazer a média dos preços de venda para apurar o valor do ponto de equilíbrio.

O preço médio de venda é de R$ 200,00 (150 + 250/2).PEC = R$ 13.400/ [(R$ 123,50 + R$ 196,00)/2]PEC - R$ 13.400/R$ 159,75PEC = 83,88106u xR$ 200,00 » R$ 16.776,21Resposta correta letra “e”.

76. Resolução:Neste caso, há uma limitação de um fator de produção, ou seja a matéria-prima,

da qual só se dispõe de 605Kg.Como na produção do produto X são consumidos 2,75Kg e, na produção

do Produto Y, lOKg, as alternativas a e b devem ser descartadas de uma análise mais apurada, porque necessitam de um volume de matéria-prima maior do que a disponível.

As outras três alternativas consomem na produção exatamente a matéria- prima disponível, ou seja, em cada uma das alternativas são consumidos 605Kg do material. Entretanto, na análise da alternativa d, devemos con­siderar apenas 38 unidades para o produto Y, pois a empresa não venderá 0,5 unidade.

Outra questão a considerar é que existem em estoque 20 unidades do produto X e 10 unidades do produto Y, produzidas no mês de agosto, e não vendidas. Portanto, na analise, devemos considerar também estes estoques.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 277

Trará maior lucro a alternativa que apresentar maior Margem de Contribuição Total, e no cálculo somaremos as unidades em estoque e a possibilidade de venda de, no máximo, de 80 unidades de cada produto.c) 80 x R$ 123,50 + 43 x R$ 196,00 = R$ 9.880 + R$ 8.428,00 = R$ 18.308,00.d) 80 x R$ 123,5 + 48 x R$ 196,00 = R$ 9.880 + R$ 9.408,00 = R$ 19.288,00e) 80 xR$ 123,5 + 54xR$ 196,00 = R$ 9.88,00 +R$ 10.584,00 = R$ 20.464,00

Resposta correta letra V\

77. Resolução:Definimos o ponto de equilíbrio como sendo aquele ponto em que as receitas

totais se igualem aos custos e despesas totais, ou seja, o ponto em que o resultado será nulo.

Também temos que considerar que a empresa quer o ponto de equilíbrio de 20%, ou seja, ela quer que o ponto de equilíbrio seja alcançado a um nível de produção de12.000 unidades. Dessa forma, os custos variáveis serão de apenas R$ 1.000.000,00.

RT = R$ 1.100.000,00 + R$ 1.000.000,00 RT = R$2.100.000,00Preço de Venda unitária (PVu) será, então, de:PVu = Ri/unidades produzidas PVu = R$ 2.100.000,00/12.000U PVu = R$ 175,00 Resposta correta letra “c”.

78. Resolução:A classificação em custos e despesas fixos e em custos e despesas variáveis

se dá em função do volume de produção. Os custos aplicados diretamente aos produtos, e que com ele podem ser identificados, são custos variáveis. Os demais são custos e despesas fixos.

Na questão em análise, o único item que pode ser identificado e atribuído diretamente aos produtos são as matérias-primas.

O telefone e a mão de obra indireta são custos e despesas fixos.Resposta correta letra “c”.

79. Resolução:A Margem de Contibuiçâo Unitária será obtida pela diferença entre Receita

Liquida Unitária e Custo Variável Unitário:

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278 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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Receita Bruta Unitária = 1.277,50(-) Tributos (20%) - 255,50Receita Liquida = 1.022,00(-) Custo Variável Unitário = 642,00= Margem de Contibuição Unitária = 380,00Resposta correta letra “a”.

80. Resolução:Partindo novamente da premissa de que o ponto de equilíbrio é obtido me­

diante a divisão dos custos e despesas fixos totais pela Margem de Contibuição Unitária, e considerando que sobre a Receita Bruta há incidência tributária de 20%, então teremos:

PEC = R$ 57.000,00/R$ 380,00 = 150 unidades Resposta correta letra “e”.

81. Resolução:A Margem de Contibuição Unitária é de R$ 80,00 (R$ 130,00 - R$ 50,00).

Então, teremos:PEC « R$ 30.000,00/R$ 80,00 =» 375 unidades O item está CERTO.

82. Resolução:Aumentando a Margem de Contibuição Unitária em 20%, ela passará a R$

96,00 (R$ 80,00 x 1,2). Assim, teremos:PEC = R$ 30.000,00/R$ 96,00 - 312,5 unidades O item está ERRADO.

83. Resolução:Reduzindo os custos e despesas fixas totais, elas passarão a R$ 15.000,00. PEC = R$ 15.000,00/R$ 80,00 = 187,5 unidades O item está CERTO.

84. Resolução:Os custos indiretos são aplicados aos produtos através de direcionadores de

custos.Resposta correta letra “e".

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos279

85. Resolução:Mais uma vez estamos diante das características principais do sistema ABC. Resposta correta letra “a”.

86. Resolução:Analisando os quadros, percebe-se que houve uma insuficiente estimativa de

MD no valor de R$ 2.000,00 e de CIF de R$ 5.000,00. Jã a Mão de Obra Direta foi estimada de forma excessiva, no valor de R$ 2.500,00.

Isso gera no somatório uma deficiência na estimativa de R$ 4.500,00, e este valor deve ser alocado aos produtos acabados e ao CPV Foram acabadas duas mil unidades, das quais 1.600 foram vendidas, ou seja: 80% foram vendidos e 20% permanecem em estoque.

Logo, os produtos acabados devem receber um custo de R$ 900,00, ao passo que o CPV deve receber um custo adicional de R$ 3.600,00.

Também devemos registrar as contrapartidas dos ajustes.Resposta correta letra “a”.

87. Resolução:a) Somente os custos variáveis devem ser apropriados no custeamento direto.

Alternativa incorreta.b) O Regulamento do Imposto de Renda, assevera:

Art 298. Se a escrituração do contribuinte não saüsfôeràs condições dos §§ 14e 22 do art 294, os estoques deverão ser avaliados (Decreto-lei ^1.598, de 1977, art 14, § 3*):I - os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos produtos acabados, deteiminado de acordo com o inciso li; li - os dos produtos acabados, em setenta por cento do maior prego de venda no período de apuração.§ 15. Para aplicação do disposto no inciso I!, o valor dos produtos acabados deverá ser determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela atítulo de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e íntermunícipal e de Comunicações - ICMS.§ 2*. 0 disposto neste artigo deverá ser reconhecido na escrituração comerciai.

Alternativa incorreta,c) O total dos custos variáveis aumenta à medida que a produção aumenta.

Alternativa incorreta.

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280Contabilidade de Custos e Análise das Demostraçoes Contábeis

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d) O custeio-padrão é um custeio que serve apenas para fins gerenciais. Para fins de publicação, deve-se adotar os custos reais, sempre. Alternativa incorreta.

e) É a alternativa correta.Resposta correta letra “e”.

88. Resolução:A demanda mensal dos produtos é de 50 unidades de M e de 80 unidades de

C, e como a empresa trabalha com estoques finais zerados, então as alternativas b e d sequer merecem análise.

O objetivo é apresentar a opção que maximiza o resultado. Na alternativa a são produzidas apenas 25 unidade do produto M. Não nos parece uma forma de otimizar os resultados. Assim, a análise deve recair nas alternativas c e e.

Em ambas as alternativas sao produzidas 80 unidades do Produto C. Teremos os seguintes consumos para o produto C:

RECURSO CONSUMO CUSTO SALDOMatéria-prima A 96Kg R$ 96,00 44KgMatéria-prima B 40 Kg R$ 88,00 106KgHoras-máquina 1 160h R$ 480,00 HOhHoras-máquina 2 80h R$ 320,00 220h

Total R$ 984,00Custo unitário R$ 12,30

Analisando o quadro acima, percebe-se que hã somente 44Kg da matéria-prima B em estoque. Dessa forma, como para o produto M há o consumo de IKg dessa matéria-prima por unidade, somente podem ser produzidas 44 unidades.

Resposta correta letra “c”.

89. Resolução:Os custos da produção conjunta foram R$ 200.000,00 e mais custos básicos de:

Recursos - Produção Conjunta

Quantidade Consumida (em kg)

' Custo unitário (em $/kg) Totai

Matéria-prima 1 8.000 12,50 100.000,00Matéria-prima 2 2.000 100,00 200.000,00

Totai 300.000,00

Dessa forma, a produção conjunta teve um custo total de R$ 500.000,00, e se obteve l.OOOKg de produto semielaborado de N e 9.000Kg de produto semiela- borado de L.

Fazendo-se o rateio do custo total pela quantidade produzida, temos os se­guintes custos de cada produto, até o ponto de corte:

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 281

N ~ R$ 50.000,00 e L = R$ 450.000,00Após o ponto de cisão ou de separação, ocorreram os seguintes custos impu­

tados aos produtos N e L:N = R$ 20.000,00 e L = R$ 150.000,00.Assim, os custos totais e unitários de L e N são:N: R$ 50.000,00 + R$ 20.000,00 = R$ 70.000,00/1.000Kg = R$ 70,00/Kg.L: R$ 450.000,00 + R$ 150.000,00 = R$ 600.000/9.OOOKg = R$ 66,67/Kg.Como as vendas foram de ÕOOKg do produto N e de 8.100Kg do produto L,

o CPV foi de:600 x R$ 70,00 = R$ 42.000,00 N; e8.100 x R$ 66,67 = R$ 540.000,00 L.Com custo total de R$ 582.000,00A receita bruta foi de:600 x R$ 72,00 + 8.100 x R$ 70,00 = R$ 43.200,00 + R$ 567.000,00 - R$

610.200,00.Considerando que as despesas foram de R$ 25.000,00 e que não houve tribu­

tação, então a DRE ficará da seguinte forma:

Receita Bruta de Vendas 610.200,00Í-) CPV 582.000,00= Lucro Bruto 28.200,00(-) Despesas 25.000,00~ Lucro Líquido do Exercício 3.200,00

Como foi solicitado que se apresentasse o Lucro Bruto, que é de R$ 28.200,00, então a resposta correta é a letra "a”.

90. Resolução:Analisando os dados apresentados no enunciado verifica-se que:1 - Há um saldo de 200 unidades de mercadorias em estoque no mês de abril,

cujo custo é de R$ 2.833,33 [(R$ 17.000,00/1.200 unidades) x 200 unidades];2 - Comparando o custo de produção total de março e abril, constata-se que

no mês de abril houve um custo maior em R$ 2.000,00, correspondente a uma produção maior em 200 unidades. Infere-se que este custo se refere a custos variá­veis, tendo em vista que os custos fixos já foram considerados, independentemente do nível de produção. Assim, os custos variáveis por unidade são de R$ 10,00;

3 - Se os custos variáveis são de R$ 10,00 por unidade, então os custos fixos totais são de R$ 5.000,00. Perceba que isso é verdade, pois para o mês de março, quando foram produzidas 1.000 unidades, o custo total foi de R$ 15.000,00 (R$

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282 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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5.000,00 de custos fixos e R$ 10.000,00 de custos variáveis). Para o mês de abrilo custo total foi de R$ 17.000,00 (R$ 5.000,00 de custos fixos e R$ 12.000,00 de custos variáveis);

4 — 0 estoque inicial foi todo vendido ao preço unitário de R$ 25,00 e o CPV dessa venda difere do CPV das demais unidades;

5 - 0 custo fixo das 200 unidades é de R$ 833,33.6 - Ás despesas variáveis são de 10% das vendas brutas; isto eqüivale a dizer

que as despesas variáveis por unidade são de R$ 2,50, tendo em vista o preço de venda bruta unitária de R$ 25,00.

7 - 0 custo mais despesa variável por unidade será então de R$ 12,50 (R$10.00 + R$ 2,50);

8 - A Margem de Contribuição Unitária é de R$ 12,50 (R$ 25,00 - R$ 12,50); 9 - 0 Lucro Líquido esperado é de R$ 5.000,00;10 - Há incidência de Imposto de Renda de 20%. Como este imposto incide

sobre o lucro antes da dedução dele mesmo, então o valor do imposto é de R$1.250.00 (veja que se o imposto é de 20% sobre um determinado lucro e, após a sua dedução, o lucro remanescente é de R$ 5.000,00, então, esse lucro de R$ 5.000,00 eqüivale a 80%, e o Imposto de Renda eqüivale aos outros 20% daquele lucro).

R$ 5.000,00--------80%X ------ 20%X - R$ 1.250,00Dessa forma, as quantidades vendidas, com MCU de R$ 12,50, devem satisfazer

as seguintes somas:Custos fixos do mês de maio = R$ 5.000,00Custos fixos de abril = R$ 833,33Despesas fixas = R$ 3.000,00Imposto de Renda = R$ 1.250,00Lucro esperado em maio = R$ 5.000,00Total = R$ 15.083,33Assim, as quantidades a serem vendidas são:Q = R$ 15.083,33/R$ 12,50 Q = 1.206,66Como já havia 200 unidades em estoque, que foram vendidas, então a quan­

tidade que deve ser produzida no período é de 1.006,66 unidades.Resposta correta letra “d”.

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CAMPUS Capítulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 283

91. Resolução:A Margem de Contribuição Unitária é de R$ 0,50 (2,00 - 1,50).PE = Custos Fixos/MCUPE = 20.000,00/0,50 = 40.000 unidades.Resposta correta letra V\

92. Resolução:

Ponto de Equilíbrio Custos + Despesas Fixos

Margem de Contibuição Unitária

A Margem de Contribuição Unitária é de R$ 12,65 (25,00 - Assim, o PEC será o seguinte:PEC = (20.000,00 + 32.000,00)/12,65 PEC = 4.110,67 Resposta correta letra “c”.

5 ,0 0 -7 ,3 5 )

93. Resolução:Nessa hipótese, a Mão de Obra Direta passa para 6,00. Assim, a MCU passa

para 11,65.O PEC será, então, de:PEC = 52.000/11,65 PEC = 4.463,52 Resposta correta letra “d”.

94. Resolução:

Ponto de Equilíbrio Custos + Despesas Fixos

Margem de Contibuição Unitária

MCu = 10,00 - 5,00 = 5,00

PE = 500.000/5,00 PE = 100.000 unidades

Como a empresa está a produzir 150.000 unidades, então ela possui uma margem de segurança de 1/3, ou seja: 33,33%

Resposta correta letra “d”.

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284Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações Contábeis

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95. Resolução:Os custos indiretos de produção variáveis pelo custo-padrão foram de 2,00

por unidade. Como houve uma redução de 1.500 unidades, houve uma redução de custos de R$ 3.000,00.

A análise se concentra apenas nos custos-padrão.Resposta correta letra “d”.

96. Resolução:90.000 x 30% = 27.00050% de 27.000 = 13.500 de redução.Dessa forma, o custo de produção será de: 90.000 - 13.500 = 76.50076.500 / 30.000 refeições = 2,55/refeição.Resposta correta letra “e”.

97. Resolução:Custos variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de

produção da empresa, pois somente são utilizados à medida que haja produção. Exemplo: Matéria-prima consumida e Mão de Obra Direta. Se não houver quan­tidade produzida, o custo variável será nulo. Os custos variáveis aumentam à medida que aumenta a produção.

Resposta correta letra “e”.

98. Resolução:São custos diretos:Matéria-prima 700.000,00Mão de Obra Direta 400.000,00TotalResposta correta letra “d”.

1 .100.000,00

99. Resolução:São custos indiretos: Mão de Obra Direta Manutenção da fábrica Depredação da fabrica Materiais indiretos Seguros da fábrica

600.000,0060.000,0090.000,00

350.000.00100.000.00

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CAMPUS . Capitulo 4 — Resolução dos Exercícios Propostos 285

Energia da fábrica 190.000,00Total 1.390.000,00Resposta correta letra “a”.

100. Resolução:A Margem de Contribuição, em termos de valor total, é obtida pelas vendas

totais diminuídas dos custos, mais despesas variáveis totais.230.000 - (60.000 + 45.000) = 125.000 Resposta correta letra “d”.

101.Resolução:

Produtos em Processo Produtos Acabados CPVEI 100.000 960.000 Ei 200.000 1.010.000 1.010.000270.000 960.000480.000230.000

120.000 150.000 1.010.000

Resposta correta letra “c”.

102* Resolução:Os custos indiretos somam R$ 250.000 e serão alocados ao produto C em

50%, o que representa R$ 125.000,00, mais os R$ 230.000,00, totalizando R$355.000,00.

Resposta correta letra “d”.

103.Resolução:a) O feto de os bens de consumo eventual excederem 10% do custo dos produtos

vendidos no período de apuração anterior não é parâmetro de classificação.b) O CPV é foimado pelo EI + PA ~ Ef, sendo PA a produção acabada no período.c) O custeio por absorção é aquele que apropria ao produto todos os custos

diretos e indiretos incorridos. Ele não é o custo mais apropriado para fins gerenciais.

d) O conteúdo da alternativa diz respeito ao Sistema RKW de custeio.e) A alternativa apresenta uma definição de custos.

Resposta correta letra “e”.

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286 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e tuíz Missagia

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104. Resolução:O Ponto de Equilíbrio Contábil, em termos de quantidades, é obtido da se­

guinte forma:

Ponto de Equilíbrio ---------Custos + Despesas FixosMargem de Contibuiçâo Unitária

Os custos e despesas fixas somam R$ 2.500.000,00.A Margem de Contribuição Unitária é de R% 550,00 (1200 - 150 - 500). Dessa forma:PEc = 2.500.000,00/550,00 = 4.545,45 unidades.Em termos de valor, teremos de multiplicar as quantidades do PEc pelo valor

de venda unitária.PEc em valor = 4.545,45 x 1.200,00 - R$ 5.454.545,45.Resposta correta letra “c”.

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Bibliografia

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288 Contabilidade de Custos e Análise das Demostrações ContábeisFrancisco Velter e Luiz Missagia

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